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CLASSES DE PALAVRAS

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Meu nome é Fabrício Dutra de Souza, sou
professor de língua portuguesa há nove anos,
sou formado pela UFRJ. Nasci no Rio de Ja-
neiro, mudei- me para Brasília em 2012, e
foi a cidade onde minha carreira começou de
verdade. Ministrei aulas de Língua Portugue-
sa principais cursos preparatórios da capital
dos concursos e já ajudei milhares de alunos
a conseguirem algo que eles, de certa forma,
achavam impossível: aprender Gramática da
Língua Portuguesa e fazer uma prova em con-
dições reais de passar. Esse é mais que meu
objetivo de vida, é a minha missão, ajudar
as pessoas alcançarem os seus objetivos, os
seus sonhos e os seus desejos de estabilida-
de na carreira pública, por meio do ensino de
uma das principais matérias para quem quer
ser servidor público: a a Língua Portugue-
sa. Sou especialista em concursos públicos e
em bancas, pretendo sempre facilitar o seu
aprendizado, colocando-me à sua disposição
para tornar o seu sonho algo possível de se
conquistar.
Sou membro do Grupo do Bigode (@ gru-
podobigode), O maior grupo de professores
língua portuguesa do Brasil, de norte a sul,
com os maiores nomes do universo dos con-
cursos.
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I. CLASSES DE PALAVRAS

1. As palavras do português podem ser enquadradas em dez classes gramati-


cais (ou classes de palavras). São elas:

1. Substantivo 6. Artigo
2. Adjetivo 7. Numeral
3. Verbo 8. Conjunção
4. Advérbio 9. Preposição
5. Pronome 10. Interjeição

2. Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica da maior parte des-


sas classes, focalizando as relações que elas estabelecem entre si (por exemplo,
o substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, etc.) e os significados dos
conectores (conjunções e preposições).
3. Classe gramatical ou classe de palavras é o nome dado à classificação de
uma palavra, baseada na sua estrutura sintática, semântica e morfológica. Em
concursos públicos, é muito mais cobrado o critério sintático, isto é, o comporta-
mento de um vocábulo na estrutura frásica e fundamental para que se reconheça
a que classe ele pertence.
4. Na língua portuguesa, existem dez classes gramaticais, que são subdivi-
das entre classes gramaticais variáreis e invariáveis. As classes gramaticais variá-
veis são conhecidas por: substantivo, adjetivo, numeral, pro-nome, verbo e artigo.
Já as classes gramaticais invariáveis são constituídas pelo: advérbio, conjunção,
interjeição e as preposições.

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DETERMINANTE NUCLEO DETERMINANTE
FUNÇÃO ADJETIVA FUNÇÃO SUBSTANTIVA FUNÇÃO ADJETIVA
Aquele Problema Grave
Nosso Carro Esporte
Algum Esporte Radical

5. Toda análise depende do contexto. Note que, na tabela acima, o mesmo vo-
cábulo pode mudar de função (de comportamento), a depender da frase.

Nosso carro esporte chegou.


O sujeito dessa oração é o termo “Nosso carro esporte”. Dentro desse sujeito,
o núcleo é a palavra “carro”. O termo “esporte” é um mero de-terminante desse
núcleo, ou seja, é uma palavra que vem dizer que tipo de carro é esse. Logo, tem
papel adjetivo na frase, de qualificar um substantivo.

Algum esporte radical agradou aos jovens.


Note que, agora, a palavra “esporte” é o núcleo do sujeito; logo, tem função
substantiva. Pertence à classe dos substantivos.

6. As classes gramaticais serão reconhecidas mediante análise do critério mor-


fossintático. Além da forma, deve-se levar em conta o comportamento no contex-
to frásico. Note o exemplo a seguir:
7. Visão geral: os critérios semântico, morfológico e sintático de classificação

As classes gramaticais podem ser definidas segundo três parâmetros: o critério


semântico, o critério morfológico e o critério sintático. Para en-tender esses crité-
rios, é preciso saber que eles estão diretamente associados a três componentes, ou

subáreas, da gramática: Semântica, Morfologia e Sintaxe.

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Área Definição Exemplo
Estuda o significado Na frase Saí com você,

Semântica das palavras e das frases. a palavra “com” indica

companhia
Estuda a estrutura iter- A palavra “mesa” está

Morfologia na da palavra. no singular, porque não

tem o elementos.
Estuda as relações en- Na frase Ele comeu

tre os constituintes das muito, a palavra muito


Sintaxe
sentenças. está ligada à forma verbal

comeu.

Conhecendo essas três subáreas da gramática, você poderá entender os três

critérios usados para definir as classes gramaticais. Vamos tomar como exemplo o

advérbio.

Critério Definição de advérbio Exemplo


O advérbio exprime di- Circunstância de tempo
ferentes circunstâncias (hoje, amanhã, etc.); cir-
cunstância de lugar (aqui,
lá, etc.); circunstância de
Critério Semântico
modo (rapidamente, tris-
temente, etc.), dentre ou-
tras.

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O advérbio é invariável, O advérbio não tem
porque não sofre flexão plural ou feminino, mas
(gênero, número, tempo, tem aumentativo e dimi-
modo). Por outro lado, nutivo, que aparecem no
Critério Morfológico
pode receber elementos registro coloquial: agori-
que indiquem grau (au- nha, pertinho, lonjão...
mentativo, diminutivo).

O advérbio se liga a Comeu muito -> ad-


verbos, adjetivos e outros vérbio de intensidade liga-
advérbios. do a verbo;
Está muito bonita ->
advérbio de intensidade li-
gado a adjetivo;
Critério Sintático
Comeu muito rapida-
mente -> advérbio de in-
tensidade ligado a um ad-
vérbio de modo.

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8. As relações entre as classes de palavras

1. O substantivo e seus determinantes

Exemplos:

1. Aqueles (det) meus (det) três (det) amigos (núcleo) chegaram

2. Um (det) livro (núcleo) do Zé (det) ficou comigo

3. Esses (det) oito (det) apartamentos (núcleo) serão vendidos.

4. Alguns (det) poucos (det) meninos (núcleo) pobres (det) viajaram.

Det: determinantes, palavras de função adjetiva. Classes que têm essa função:

artigo, pronome, numeral, adjetivo.

Núcleo: palavra central de um sintagma, termo de função substantiva.

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9. Palavras que podem exercer função adjetiva: artigo, pronome, numeral, ad-

jetivo, locução adjetiva.

Palavras que podem exercer função substantiva: substantivo, pronome, nume-

ral.

10. Locução é a união de duas ou mais palavras em uma mesma “expressão”

que possui valor semântico próprio, comportando-se, pois como uma só palavra,

e exercendo a função de um único termo. Locução adjetiva, por sua vez, é uma

expressão formada por duas ou mais palavras, com valor de adjetivo. Ex: Amor

de mãe. /Comportamento de criança. / Objetos de decoração. / Plano de governo/

Cardápio de hoje. Pneus de trás

11. O advérbio é, semanticamente, o modificador ou o fornecedor de ideia de

circunstância em relação a certos vocábulos, principalmente ao verbo. Contudo, ele

tem outras funções. Eles podem expressar: afirmação, acréscimo, negação, modo,

lugar, tempo, dúvida, intensidade, concessão, conformidade, finalidade, condição,

meio, assunto, instrumento, compa-nhia, preço, ordem etc.

12. O advérbio não se flexiona em gênero nem em número, por isso é consi-

derado termo invariável. Diversas palavras, pertencentes a outras classes grama-

ticais, podem passar a funcionar como um advérbio; tor-nando-se, nestes casos,

invariáveis. Ex: o termo “bonito”, tradicionalmente adjetivo, na frase “Ele jogou

bonito”, passa a ser advérbio de modo. / Esse menino fala rápido. (rápido passa a

ser advérbio, por se relacionar com o verbo). A única exceção – quanto à invaria-

bilidade - é o advérbio de in-tensidade “todo”. Ele está todo machucado. Ela está

toda machucada.

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Exemplos:

1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo)

2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar)

3. Minha casa é antes daquele mercado; (advérbio de lugar)

4. Amanhã eu tenho um encontro. (advérbio de tempo)

5. Não gosto dele. (advérbio de negação)

6. Realmente foi uma péssima escolha. (advérbio de afirmação)

7. Possivelmente hoje choverá. (advérbio de dúvida)

13. O advérbio, além de expressar circunstância ao verbo, pode intensificar

verbos, adjetivos e outros advérbios. Ele falou bastante. / Que tolo você é / As

estudantes ficaram muito cansadas. / Todos ficaram meio receosos. / Os alunos

mais preparados passam.

Exemplos

1. Zé estudou demais.

2. Zé fez um plano de estudos árduo demais.

3. Zé estudou arduamente demais.

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Opa! Diferença entre locução adjetiva e locução adverbial

A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma estrutura mínima: preposição + subs-

tantivo

Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do critério sintático. Veja:

Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva, pois está ligada ao substantivo cara)

Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial, pois está ligada à forma verbal morreu)

14. O artigo tem a capacidade de substantivar qualquer palavra à qual se refere.


• O saber mudou a vida daquela família. (A palavra “saber”, tradicional-mente
verbo, passa a ser substantivo.
• Preserve o verde. (A palavra “verde”, que normalmente qualifica), neste
caso, é determinada pelo artigo; passando, assim, a pertencer à classe dos
substantivo.
• Diga-me um porquê para essa atitude. (O fato de o termo “porquê” estar pre-
cedido de artigo faz com que ele seja considerado um substantivo, por isso
ele vem acentuado, com o objetivo de diferenciar da conjunção “porque”.
15. Os artigos são a referência do substantivo. Exercem função de adjunto
adnominal, justamente pelo fato de determinarem os núcleos.
16. Artigos definidos. São eles: O, OS, A e AS. Têm como objetivo in-dividua-
lizar ou determinar um ser ou um objeto de maneira precisa.
• Estudei com o professor. (O professor já era conhecido, determinado, dentro
do contexto)
• O computador estragou. (O objeto é o único do local)
• Conversei com as meninas. (Os seres já são de conhecimento do falante)
• O artigo definido também pode ser usado para mencionar uma espécie. Usa
o singular para demonstrar a pluralidade. Entenda melhor com os exem-plos:

• O homem é um ser mortal. (“O homem” indica todos os seres humanos)

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17. Artigos indefinidos. São eles: UM, UNS, UMA e UMAS. Têm como objetivo

determinar de um jeito vago um objeto ou um ser em questão. Veja alguns exem-

plos:

• Estudei com um professor. (Um médico não referido, desconhecido)

• Um computador estragou. (Pode ter sido qualquer computador do lugar)

• Conversei com umas meninas da rua. (Algumas das várias meninas que exis-

tem na rua)

18. O artigo pode aparecer contraído (ou combinado) com as preposições “a”,

“de”, “em” e “por”. A preposição de + Artigos: de + o = do, de + a = da, de + os

= dos, de + as = das, de + um = dum, de + uns = duns, de + uma = duma, de +

umas = dumas; A preposição em + Artigos: em + o = no, em + a = na, em + os

= nos, em + as = nas, em + um = num, em + uns = nuns, em + uma = numa, em

+ umas = numas; A preposição a + Artigos: a + a = à, a + as = às, a + o = ao, a

+ os = aos; A preposição por + Artigos definidos: por + a = pela, por + o = pelo,

por + as = pelas, por + os = pelos.

19. O falso artigo. Os termos “o, a, os, as”, em alguns contextos, são consi-

derados pronomes demonstrativos (= aquele, aquela e aquilo). Note que, nas fra-

ses em que eles são empregados nessa função, eles não servem para determinar

qualquer substantivo. – A vida é bela, mas os que digam que não. (o termo “os”

equivale a “aqueles” e não serve para determinar núcleo).

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QUESTÕES OBJETIVAS

1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modi-
ficados pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.

2. Na oração “Ninguém está perdido se der amor...”, a palavra grifada pode ser
classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.

3. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:


a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.

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4. Em “Tem bocas que murmuram preces...”, a sequência morfológica é:
a) verbo – substantivo - pronome relativo – verbo - substantivo.
b) verbo – substantivo – conjunção integrante – verbo - substantivo.
c) verbo – substantivo - conjunção coordenativa – verbo - adjetivo.
d) verbo – adjetivo - pronome indefinido – verbo - substantivo.
e) verbo – advérbio -pronome relativo – verbo - substantivo.

5. A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado exemplifica uma classe gramatical


diferente da dos adjetivos é:
a) “Eu não sou arrogante. Simplesmente sou melhor do que você”. (anônimo)
b) “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível”. (Charles de Gaulle)
c) “Eu achei que eu estava errado uma vez, mas eu estava enganado”. (Lee Iacoc-
ca)
d) “Nada grandioso no mundo foi realizado sem paixão”. (Hegel)
e) “Pontualidade é a virtude do chato”. (Evelyn Waugh)

6. A formação de advérbios em -mente é feita com o acréscimo desse sufixo à for-


ma feminina do adjetivo. A frase abaixo em que o advérbio mostra claramente essa
formação é:
a) “Um inimigo pode arruinar parcialmente um homem, mas é preciso um amigo
fiel e desastrado para completar de vez o serviço”. (Mark Twain) “Um homem que
rouba por mim fatalmente roubará de mim”. (Teddy Roosevelt)
b) “O crime é a extensão lógica de um tipo de comportamento per-feitamente res-
peitável no mundo dos negócios”. (Robert Rice)
c) “Para os ricos, a pobreza é incompreensível. Eles não entendem por que as pes-
soas que querem jantar não tocam simplesmente a campainha”. (Walter Bagehot)
d) “Ouro, s.m.: Um metal amarelo mundialmente apreciado por sua utilidade nas

diversas formas de roubo chamado comércio”. (Ambrose Bierce)

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GABARITO

1. a 2. d
3. b 4. a
5. e 6. c

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Fique ligado, lives 3 vezes Publicações relevantes e
por semana. Vai perder essa atualizadas para detonar na
chance de sair na frente? língua portuguesa.

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