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CONCURSO SIMÃO DIAS

APRESENTAÇÃO
Parabéns! Você acaba de adquirir o maior e melhor conteúdo presencial para o Concur-
so da Prefeitura de Simão Dias.

O Canal dos Concurseiros tem a enorme satisfação de lhe apresentar este material que
irá prepará-lo para ingressar no concurso público. É um prazer ter você aqui lendo o nos-
so material. Agradecemos pela confiança! Nossa função é ajudá-lo, da melhor maneira
possível, a alcançar o seu objetivo, pois o seu sucesso é também o nosso! Confie em
nosso material, mas acredite principalmente em você e na conquista do seu objetivo!

O segredo do sucesso no concurso público é a persistência. Portanto, estude sempre!

“Paixão de ler. Ler a paixão.

Como ler a paixão se a paixão é quem nos lê? Sim, a paixão é quando nossos incons-
cientes pergaminhos sofrem um desletrado terremoto. Na paixão somos lidos à nossa
revelia.

O corpo é um texto. Há que saber interpretá-lo. Alguns corpos, no entanto, vêm em


forma de hieroglifo, dificílimos. Ou, a incompetência é nossa, iletrados diante deles?”

(Affonso Romano de Sant’anna)


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CONCURSO SIMÃO DIAS

DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO

OBRA

Apostila Concurso Simão Dias

PROFESSORES DO CANAL DOS CONCURSEIROS

Prof. Sidney Martins - Língua Portuguesa


Prof. Alcir Rezende- Lingua Inglesa

PRODUÇÃO EDITORIAL

Diretor Geral - Fábio Figueirôa


Diretora Gráfica e de Impressão - Raquel Dantas Figueirôa
Diagramação e Design - Fabiano Soares Costa
Coordenador dos Cursos Presenciais - Prof. Bareta

EDIÇÃO
DEZEMBRO/2021

Copyrigts © 2021
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos
pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Nenhuma parte
deste material poderá ser reproduzida, transmitida e
gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por
fotocópia e outros, sem a prévia autorização,
por escrito, da editora Instituto Educar.
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CONCURSO SIMÃO DIAS

SUMÁRIO

SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................................5
LÍNGUA INGLESA......................................................................................................................65

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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA

1. CLASSES DE PALAVRAS Critério Definição de Exemplo


advérbio
As palavras do português podem ser enquadradas Circunstância
de tempo (hoje,
em dez classes gramaticais (ou classes de palavras). O advérbio ex-
amanhã, etc.);
São elas: prime
Critério semântico circunstância de
diferentes circuns- lugar (aqui, lá,
tâncias etc.); circunstância
1. Substantivo 6. Artigo de modo (rapida-
2. Adjetivo 7. Numeral mente, tristemen-
te, etc.), dentre
3. Verbo 8. Conjunção outras.
4. Advérbio 9. Preposição O advérbio é in- O advérbio não
5. Pronome 10. Interjeição variável, porque tem plural ou
não sofre flexão
feminino, mas tem
Neste capítulo, apresentamos uma visão panorâmica Critério morfoló- (gênero, número,
aumentativo
gico tempo, modo). Por
da maior parte dessas classes, focalizando as rela-
outro lado, pode e diminutivo, que
ções que elas estabelecem entre si (por exemplo, o receber elementos aparecem no re-
substantivo com o adjetivo, o verbo com o advérbio, que indiquem gistro coloquial:
etc.) e os significados dos conectores (conjunções e grau (aumentativo, agorinha,
preposições). diminutivo).
pertinho, lonjão...
Visão geral: os critérios semântico, morfológico e Comeu muito →
sintático de classificação advérbio de
intensidade ligado
As classes gramaticais podem ser definidas segundo três Critério sintático O advérbio se liga
a verbo;
a verbos, adjetivos
parâmetros: o critério semântico, o critério morfológico e
e outros advér- Está muito bonita
o critério sintático. Para entender esses critérios, é preciso bios. → advérbio de
saber que eles estão diretamente associados a três com- intensidade ligado
ponentes, ou subáreas, da gramática: Semântica, Morfo- a adjetivo; Comeu
logia e Sintaxe. muito rapidamen-
te → advérbio de
intensidade ligado
a um advérbio de
Área Definição Exemplo modo.
Estuda o significa- Na frase Saí com
do das palavras e você, a palavra
Semântica
das frases. “com” indica com-
panhia
As relações entre as classes de palavras
Estuda a estrutura A palavra “mesa”
está no singular, 1.1 - O SUBSTANTIVO E SEUS SATÉLITES
Morfologia interna da palavra.
porque não tem o
elemento -s.
Estuda as relações Na frase Ele co-
entre meu muito, a
Sintaxe
os constituintes palavra muito está
das sentenças. ligada à forma
verbal comeu.

Conhecendo essas três subáreas da gramática, você po-


derá entender os três critérios usados para definir as clas-
ses gramaticais. Vamos tomar como exemplo o advérbio.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Exemplos:

QUESTÕES OBJETIVAS
1. Aqueles meus três amigos chegaram
2. Um livro do Zé ficou comigo
3. Esses oito apartamentos serão vendidos.
1. A alternativa que apresenta classes de palavras
4. Alguns poucos meninos pobres viajaram.
cujos sentidos podem ser modificados pelo ad-
vérbio são:
1.2 - O ADVÉRBIO E SEUS NÚCLEOS
a. adjetivo - advérbio - verbo.
b. verbo - interjeição - conjunção.
c. conjunção - numeral - adjetivo.
d. adjetivo - verbo - interjeição.
Exemplos
e. interjeição - advérbio - verbo.

1. Zé estudou demais.
2. Na oração “Ninguém está perdido se der
2. Zé fez um plano de estudos árduo demais.
amor...”, a palavra grifada pode ser classificada
3. Zé estudou arduamente demais.
como:

b) demais advérbios
a. advérbio de modo.
b. conjunção adversativa.
c. advérbio de condição.
Exemplos
d. conjunção condicional.
1. Francisco acordou tarde. (advérbio de tempo)
e. preposição essencial.
2. João apareceu aqui. (advérbio de lugar)

3. Aponte a opção em que muito é pronome in-


Diferença entre locução adjetiva e locução
definido:
adverbial
a. O soldado amarelo falava muito bem.
A locução adjetiva e a locução adverbial têm a mesma
b. Havia muito bichinho ruim.
estrutura mínima: preposição + substantivo
c. Fabiano era muito desconfiado.
d. Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
Por isso, a única maneira de diferenciá-las é através do
e. Muito eficiente era o soldado amarelo.
critério sintático. Veja:

Ela fez cara de medo. (de medo é locução adjetiva,


pois está ligada ao substantivo cara)

Ela morreu de medo. (de medo é locução adverbial,


pois está ligada à forma verbal morreu)
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4. Em “Tem bocas que murmuram preces...”, a se- c. “O crime é a extensão lógica de um tipo de com-
quência morfológica é: portamento perfeitamente respeitável no mun-
do dos negócios”. (Robert Rice)
a. verbo – substantivo - pronome relativo – verbo d. “Para os ricos, a pobreza é incompreensível. Eles
- substantivo. não entendem por que as pessoas que querem
b. verbo – substantivo – conjunção integrante – jantar não tocam simplesmente a campainha”.
verbo - substantivo. (Walter Bagehot)
c. verbo – substantivo - conjunção coordenativa – e. “Ouro, s.m.: Um metal amarelo mundialmente
verbo - adjetivo. apreciado por sua utilidade nas diversas formas
d. verbo – adjetivo - pronome indefinido – verbo - de roubo chamado comércio”. (Ambrose Bierce)
substantivo.
e. verbo – advérbio -pronome relativo – verbo -
substantivo. GABARITO

01-a 02-d
5. A frase abaixo em que o vocábulo sublinhado
exemplifica uma classe gramatical diferente da
03-b 04-a
dos adjetivos é: 05-e 06-c
a. “Eu não sou arrogante. Simplesmente sou me-
lhor do que você”. (anônimo)
b. “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituí-
vel”. (Charles de Gaulle)
c. “Eu achei que eu estava errado uma vez, mas eu
estava enganado”. (Lee Iacocca)
d. “Nada grandioso no mundo foi realizado sem
paixão”. (Hegel)
e. “Pontualidade é a virtude do chato”. (Evelyn 2 - SINTAXE
Waugh) TERMOS DA ORAÇÃO

6. A formação de advérbios em -mente é feita A análise dos termos da oração estabelece-se numa níti-
com o acréscimo desse sufixo à forma feminina da hierarquia entre os termos, classificados como: essen-
do adjetivo. A frase abaixo em que o advérbio ciais, integrantes e acessórios.
mostra claramente essa formação é:
TERMOS ESSENCIAIS
a. “Um inimigo pode arruinar parcialmente um ho-
mem, mas é preciso um amigo fiel e desastrado Sujeito
para completar de vez o serviço”. (Mark Twain) Predicado
b. “Um homem que rouba por mim fatalmente Predicativo (do sujeito ou do objeto)
roubará de mim”. (Teddy Roosevelt)
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TERMOS INTEGRANTES 1) Emprego de Verbo (intransitivo, transitivo indireto ou


de ligação) na 3ª pessoa do singular + partícula SE (índice
Complementos verbais (objeto direto e indireto) de indeterminação do sujeito).
Complemento nominal
Agente da passiva Ex: Precisa-se de carpinteiros.

TERMOS ACESSÓRIOS 2) Emprego de verbo na 3ª pessoa do plural, sem nenhu-


ma referência dentro do texto.
Adjunto Adnominal
Adjunto Adverbial Ex: Atropelaram um cachorro na esquina.
Aposto
OPA! ORAÇÃO SEM SUJEITO
2.1 - SUJEITO (ou SUJEITO INEXISTENTE)

É o termo a que o verbo faz referência e com o qual É aquela que não possui nenhum ser ao qual o
concordará. Tem como núcleos o substantivo (ou pala- predicado possa ser atribuído. O que importa,
vra substantivada) e os pronomes substantivos. Jamais se nesse caso, é o processo verbal em si. Os ver-
separa do predicado por vírgula ou vem precedido de bos das orações sem sujeito são chamados de
preposição. Apresenta-se na ordem direta (antes do ver- IMPESSOAIS.
bo) ou indireta( após o verbo). O sujeito classifica-se em:
Tais verbos serão sempre mantidos na 3ª pessoa do sin-
a) SIMPLES - o sintagma nominal apresenta apenas um gular, uma vez que não há sujeito com o qual concordar.
núcleo. Quando acompanhados de verbos auxiliares, transmitem
a eles a sua impessoalidade.
Ex: Os dias nublados entristecem as pessoas. Ex: Havia poucas flores naquele jardim.
Ex: Na próxima semana, viajaremos com a nossa família. Devia haver poucas flores naquele jardim.
(Simples Desinencial ou Elíptico)
CASOS DE IMPESSOALIDADE DE VERBO
b) COMPOSTO - o sintagma nominal apresenta mais de
um núcleo. a) Verbo HAVER exprimindo EXISTÊNCIA ou OCORRÊN-
CIA.
Ex: Pai e filho sempre foram amigos.
Ex: No meio do caminho, sempre haverá uma pedra.
c) INDETERMINADO - é aquele que não está expresso
na oração e não pode ser reconhecido por elementos b) Verbos HAVER e FAZER indicando tempo decorrido.
fornecidos por nenhum outro termo. Nessas orações, em
que só o predicado está expresso, não se pode ou não Ex: Há três meses não o vejo.
se quer determinar sobre quem recai a ação. Casos de Deve fazer dois anos que tudo começou.
indeterminação do sujeito:
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c) Verbo SER nas indicações de tempo. b) PREDICADO NOMINAL - é aquele que contém um
verbo de ligação e, consequentemente, um predicativo
Ex: Já são duas horas. do sujeito. Tem como núcleo o predicativo.
Hoje são 22 de abril.
Agora é tarde. Ex: As luzes da cidade estavam apagadas.

d) Verbos que exprimem fenômenos da natureza (No c) PREDICADO VERBO-NOMINAL - é aquele que con-
sentido denotativo) tém um verbo significativo e um predicativo (do sujeito
ou do objeto). Tem como núcleos o verbo e o predicativo.
Ex: Choveu muito naquela cidade.
Ex: O tribunal julgou culpado o réu.

2.3 - PREDICATIVO

É o termo da oração que indica uma característica que se


Opa!! No sentido conotativo atribui ao sujeito ou ao objeto. O predicativo classifica-se
(linguagem figurada), há sujeito. em:

Ex: Choveram broncas na aula. a) PREDICATIVO DO SUJEITO - é o termo que se liga


ao sujeito, atribuindo-lhe estado ou qualidade. Aparece
2.2 - PREDICADO em predicados nominais (com verbos de ligação) ou ver-
bo-nominais (com verbos intransitivos ou transitivos).
É a parte da oração que contém a informação, a
declaração a respeito do sujeito. Basicamente, pode-se Ex: Aqui eu não sou feliz.
informar a respeito do sujeito uma idéia de ação, pratica- Ela baixou os olhos, amuada.
da ou sofrida, ou uma idéia de estado.
b) PREDICATIVO DO OBJETO - é o termo que se refere
A partir disso, pode-se dizer que o núcleo informativo ao objeto, atribuindo-lhe um estado ou qualidade. Con-
de um predicado pode ser um verbo ou um nome. Há corda com o objeto em gênero e número. Pode vir pre-
também predicados que têm um verbo e um nome como cedido das preposições como, por, para, de. Ocorre,
núcleos ao mesmo tempo. Os predicados classificam-se principalmente, com verbos do tipo: declarar, nomear,
em: julgar, chamar, ver, eleger, consagrar, considerar,
achar, ter, tomar, fazer, deixar e dar.
a) PREDICADO VERBAL - é aquele que contém um
verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Tem como Ex: Dr. Juca achou o negócio ótimo.
núcleo o verbo e não há nele nenhum predicativo.

Ex: As luzes da cidade surgiram à frente de todos.


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b) PARA EVITAR AMBIGUIDADE


OPA!

Ex: Ao guarda o ladrão matou.


1- Segundo vários gramáticos, o predicativo do
objeto indireto só ocorre com o verbo chamar,
c) COM O PRONOME QUEM (INTERROGATIVO OU
significando cognominar, atribuir um nome a.
RELATIVO)

Ex: Chamei-lhe de bobo.


Ex: A quem convidaste?

2 - Pode ocorrer predicativo do sujeito em


d) COM A PREPOSIÇÃO DE COM SENTIDO PARTI-
frases com voz passiva sintética ou analítica.
TIVO
Nesse caso, o predicado será verbo-nominal
e o predicativo da voz passiva será analisado
Ex: Ele bebeu do meu vinho.
como o da voz ativa correspondente.

e) COM OS PRONOMES REFERENTES A PESSOAS


Ex: O jovem foi encontrado ferido pelo policial.
(NINGUÉM, ALGUÉM, OUTROS, TODOS)
O policial encontrou o jovem ferido.

Ex: A menina a todos encantava.


2.4 - COMPLEMENTOS VERBAIS

f) COM OS PRONOMES DE TRATAMENTO


a) OBJETO DIRETO (substantivo ou pronome substan-
tivo) – é o termo que completa o sentido de um verbo
Ex: Colocaram a Vossa Excelência em má situação.
transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio de pre-
posição obrigatória. É importante que só encontremos o
a.2) OBJETO DIRETO INTERNO OU COGNATO -
objeto direto depois de sabermos qual é o sujeito.
quando representado por palavra que repete a ideia já
expressa pelo verbo.
Ex: Recebi o prêmio.
Recebi o quê? o prêmio.
Ex: Ele viveu uma vida gloriosa.
O.D.

a.3) OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO - quando apare-


a.1) OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO - o objeto
ce repetido sob a forma de pronome oblíquo.
direto pode apresentar-se preposicionado em alguns ca-
sos. Cuidado para não confundi-lo com o objeto indireto.
Ex: Esta esperança jamais a terei

PRINCIPAIS CASOS
b) OBJETO INDIRETO (substantivo ou pronome subs-
tantivo) - é o termo que completa o sentido de um verbo
a) COM PRONOME PESSOAL TÔNICO
transitivo indireto, ligando-se a ele com o auxílio obriga-
tório de uma preposição: A, COM, DE, EM, PARA, POR,
Ex: Ele não auxilia a mim.
SOBRE.
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Ex: O peixe depende da água. 2.7 - ADJUNTO ADVERBIAL

2.5 - COMPLEMENTO NOMINAL É o termo da oração que se relaciona ao verbo, ao ad-


vérbio ou ao adjetivo a fim de acrescentar a um desses
Termo que integra ou limita o sentido de um advérbio, elementos uma circunstância qualquer. Os advérbios e as
adjetivo ou substantivo abstrato; aparece sempre prepo- locuções adverbiais desempenham a função de adjunto
sicionado. adverbial.

Ex.: Agiu favoravelmente a ambos. Ex: A prova de matemática foi muito fácil.
O fumo é prejudicial à saúde.
Tenho confiança em ti. 2.8 - ADJUNTO ADNOMINAL

2.6 - AGENTE DA PASSIVA Termo de valor adjetivo que serve para especificar ou
delimitar o significado do substantivo, podendo ser ex-
Termo que, na voz passiva, pratica a ação expressa pelo presso por:
verbo, a qual é sofrida pelo sujeito.
a) Adjetivo: Compareceram pessoas interessadas.
Ex.: As ruas foram lavadas pelas chuvas. b) Locução Adjetiva: Era um homem de consciência.
Mariana era apreciada por todos quantos iam a c) Artigo: O mar era um lago sereno e azul.
nossa casa. d) Pronome Adjetivo: Minha camisa é igual à sua.
e) Numeral : Casara-se havia duas semanas.
Opa! f ) Oração Adjetiva: Os cabelos, que eram fartos e lisos,
caíram-lhe pelo rosto.
1. A voz passiva é privativa dos verbos TD; g) Pronome Oblíquo: “...te beijar a boca de um jeito que
2. O termo “agente da passiva” vem sempre intro- te faça rir...”
duzido por preposição (por, per, de);
3. A voz passiva sempre apresenta sujeito, o qual 2.9 - APOSTO
é o paciente da ação expressa pelo verbo;
4. A voz passiva analítica ou verbal pode apresen- É o termo usado para explicar, enumerar, recapitular ou
tar agente da passiva, mas a voz passiva sintéti- especificar o seu antecedente. O núcleo do aposto é
ca ou pronominal nunca apresentará agente da representado por um substantivo ou palavra substantiva.
passiva. Classifica-se em:

Ex.: 1- Cabral descobriu o Brasil. (VA) a) APOSTO EXPLICATIVO - explica um termo anterior.
1- O Brasil foi descoberto por Cabral. (VPA)
Ex: Londrina, cidade paranaense, é muito linda.
2- Vendem-se flores. (VPS)
2- Flores são vendidas. (VPA) b) APOSTO ENUMRATIVO - enumera um termo an-
terior.
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Ex: Dois países não assinaram o acordo: Brasil e Chile. 4. ( ) As mulheres desconfiam dos homens.
5. ( ) Sabe-se que Brutus traiu a Nero.
c) APOSTO RECAPITULATIVO - resume um termo an- 6. ( ) Obedeço aos meus superiores.
terior. 7. ( ) Não temas da morte.
8. ( ) Não concordaram com o projeto.
Ex: Os amigos, os parentes, os professores, todos o aju- 9. ( ) Fazer samba lá na Vila é um brinquedo.
daram. 10. ( ) O policial sacou do revólver.
11. ( ) Amarás a Deus sobre todas as coisas.
d) APOSTO ESPECIFICADOR - especifica um termo
anterior. 2. Tendo em vista a transitividade verbal e seus
respectivos complementos, analise os termos
Ex: A cidade de Fortaleza é muito visitada por turistas. em evidência de acordo com o código (OD) e/
ou (OI):
2.10 - VOCATIVO
a. Entregamos o livro ao professor.
É o termo da oração usado para chamar, pelo nome, b. Necessitamos de sua ajuda.
apelido ou característica, o ser com quem se fala. O vo- c. Não concordo com suas ideias.
cativo também é uma função substantiva. Ele, como ter- d. Gostamos muito do passeio.
mo independente que é, não faz parte do sujeito nem e. Aprecio a brisa da manhã.
do predicado e aparece sempre isolado por pontuação,
geralmente a vírgula. 3. Analise sintaticamente os termos em destaque,
atribuindo-lhes a devida classificação:
Ex: Sossega, coração, não desesperes.
Pai, afasta de mim esse cálice. a. Ontem, pedi-lhe um favor.
b. Entregamos as encomendas aos clientes.
c. Não o cumprimentamos, pois saímos mais cedo.
Exercícios de Fixação d. Devemos respeitar os mais velhos.

4. Classifique os termos destacados em CN(Com-


1. Classifique os termos integrantes usando os se- plemento nominal) ou AA(Adjunto adnomi-
guintes códigos: nal):

a) Obj. direto. 1. Tinha medo da noite.


b) Obj. direto preposicionado. 2. Ela é digna de pena.
c) Obj. Indireto. 3. É preciso ter respeito a todos.
4. Está enorme a fila do leite.
1. ( ) Adoramos nossas sogras. 5. O amor ao filho reanimava a mãe.
2. ( ) Eduardo Paes cumpriu com a palavra. 6. A descoberta do rapaz deixou-o famoso.
3. ( ) Convidaram-me para uma grande festa.
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7. A descoberta de ouro deixou aquela região muito a) Os verbos são todos transitivos diretos e estão no
rica. pretérito imperfeito.
8. O rapaz mora perto de casa. b) Os verbos são todos transitivos diretos, embora o
9. O apoio ao amigo fê-lo feliz. objeto direto não esteja expresso; e os verbos estão
10. A leitura do anúncio fez-se em voz alta. no pretérito perfeito.
11. A leitura do aluno era deficiente. c) O primeiro e o segundo verbo são transitivos dire-
12. A mesa de vidro quebrou. tos e os dois últimos são transitivos indiretos e estão
13. O fumo é nocivo à saúde. no pretérito mais-que-perfeito.
14. Agiu favoravelmente a nós. d) Todos os verbos destacados são intransitivos e es-
15. A admiração do povo ao Tiririca ainda é grande. tão no pretérito perfeito.
16. Relativamente ao assunto.
17. Barco a vela. 2. Observe as duas orações abaixo:
18. Mula sem cabeça.
19. O receio do frio. I - Os fiscais ficaram preocupados com o alto índice
20. Ele está apto ao serviço. de sonegação fiscal.
21. Ódio ao burguês. II - Houve uma sensível queda na arrecadação do
22. Amor de filho. ICM em alguns Estados.
23. Paulo foi cruel com o vizinho.
24. Homem de coragem. Quanto ao predicado, elas classificam-se, respectiva-
25. Pedro é sincero com o amigo. mente, como:
26. O estudo sobre cinema.
27. Independentemente de nós. a) nominal e verbo-nominal
28. O erro será digno de registro. b) verbo-nominal e verbal
29. O ladrão é cheio de temor. c) nominal e verbal
d) verbal e verbo-nominal
e) verbal e nominal
QUESTÕES OBJETIVAS
3. Assinale a alternativa em que o predicado é
verbo-nominal:
“E agora, José?
A festa acabou a) O garoto tímido fez o discurso.
A luz apagou b) Não encontraram o suspeito.
O povo sumiu c) A garota saiu chateada da escola.
A noite esfriou...” d) O garoto continua internado.

(Carlos Drummond de Andrade)


GABARITO
1. Em relação aos verbos destacados, pode-se
01-d 02-c 03-c
afirmar que:
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3. REGÊNCIA VERBAL ASSISTIR

E NOMINAL a) no sentido de dar assistência, ajudar: com ou sem


preposição – VTD ou VTI.
Acessível A Cuidadoso COM Junto A/DE Prejudicial A
Acostumado A/COM Estranho A Leal A Próprio DE/PARA
Alheio A Favorável A Natural DE Próximo A/DE Assim é aceito pela FCC.
Alusão A Fiel A Necessário A Respeito A/POR
Atenção A/PARA Grato A Necessidade DE Sensível A
Ex.: O médico assistia os (aos) lutadores machucados
Benefício A/PARA Hábil EM Nocivo A Simpatia POR

b) no sentido de ver, presenciar: exige a preposição


3.1 - REGÊNCIA VERBAL a - VTI. O objeto indireto não pode ser representado por
lhe(s), apenas por a ele(s) a ela(s):
AGRADAR

Ex.: Assistimos ao filme


a) no sentido de acariciar – VTD
Ex.: A criança assistiu ao espetáculo inteiro.

Ex.: Não é bom agradar demais as crianças.


c) no sentido de caber, pertencer: exige a preposi-
ção a - VTI. Admite substituição pelos pronomes lhe(s),
b) no sentido de satisfazer, causar agrado (prepo-
a ele(s), a ela(s).
sição a) – VTI

Ex.: Assiste ao homem o direito de permanecer calado.


Para a FCC também pode ser VTD, pois a
(Assiste-lhe ou assiste a ele.)
banca adota o dicionário de regência do
Celso Pedro Luft.
d) no sentido de morar, residir: é intransitivo e exige
a preposição em.
Ex.: O sítio agradou ao fazendeiro.
Ex.: Este chapéu lhe agradará.
Ex.: Assistiu em Maceió por muito tempo.

ASPIRAR
CHAMAR

a) no sentido de cheirar, sorver: sem preposição -


a) no sentido de convocar, sem preposição – VTD.
VTD.

Ex.: A direção chamou os professores.


Ex.: Maradona aspirou o ar puro da manhã.

b) no sentido de apelidar, denominar, caracterizar


b) no sentido de almejar, pretender: exige a prepo-
– VTD ou VTI. É verbo transobjetivo (objeto + predicativo
sição a - VTI.
do objeto). Esse predicativo pode aparecer ou não com
a preposição de.
Ex.: Aspirava ao cargo de promotor de vendas.
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Ex.: Chamei-o de tolo. b) Quando forem pronominais: preposição de - VTI.


Chamei-o tolo.
Chamei-lhe de tolo. Ex.: Lembrei-me de todas as respostas
Chamei-lhe tolo.
INFORMAR / CERTIFICAR / CIENTIFICAR / NOTIFI-
CHEGAR / IR CAR / AVISAR / PREVENIR / COMUNICAR

Deve ser introduzido pela preposição a e não pela pre- a) no sentido de comunicar, avisar, dar informação:
posição em. admite duas construções:

1) Alguém de algo – VTDI.


A FCC classifica esses verbos como tran-
sitivos indiretos. Ex.: Informou todos do acidente.

2) Algo a alguém – VTDI.


Ex.: Vou ao ortopedista./ Cheguei a Brasília.
Ex.: Informou a todos o acidente.
CUSTAR Ex.: Avisei-o de que eu faltaria.

a) no sentido de ser custoso, ser difícil: preposição a. NAMORAR

Ex.: Custou ao aluno entender o fenômeno da crase. Não se usa com preposição - VTD.

b) no sentido de acarretar: sem preposição. Ex.: Elisa namora Otávio.

Ex.: O valor da casa custou-me tudo o que tinha. OBEDECER / DESOBEDECER

c) no sentido de ter valor de, ter o preço: sem pre- Exigem a preposição a - VTI.
posição.
Ex.: 1 - O bom filho obedece aos pais.
Ex.: Imóveis custam caro. 1 - O candidato desobedeceu ao regulamento

ESQUECER / LEMmbrar PAGAR / PERDOAR

a) Quando não forem pronominais: sem preposição a) Se o objeto é a coisa que sofre a ação do verbo:
- VTD. sem preposição – VTD.

Ex.: Esqueci o casaco dele. Ex.: Ela pagou a conta de luz.


Ex.: O professor perdoou os erros do aluno
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b) Se o objeto é pessoa que recebe a ação do verbo: Ex.: Visou o alvo com precisão.
são regidos pela preposição a – VTI. Ex.: Visaram os cheques.

Ex.: Perdoei a todos. b) no sentido de objetivar: preposição a – VTI.


Ex.: O cliente pagou ao dono da loja.
Ex.: Cristo perdoou aos pecadores. Para a FCC também pode ser VTD, pois a
banca adota o dicionário de regência do
PREFERIR Celso Pedro Luft.

Exigem um complemento sem preposição e outro com Ex.: Viso a uma nova vida.
preposição a – VTDI

Ex: Prefiro futebol a vôlei QUESTÕES OBJETIVAS

É errado usar este verbo reforçado pelas expressões ou


palavras: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, etc. 1. Com relação à regência verbal, a norma
padrão aceita a construção presente na al-
Ex.: Prefiro mil vezes dançar a fazer ginástica. ternativa:

QUERER a. Entrei em casa e dela saí.


b. Entrei e saí de casa.
a) no sentido de desejar: sem preposição. c. Entrei a casa e dela saí.
d. Entrei e sai à casa.
Ex.: Quero a risada mais gostosa
2. Assinale a alternativa em que a regência verbal
b) no sentido de querer bem, ter afeto: usa-se com a está CORRETA.
preposição a.
a. Assisti o filme de que você gostou.
Ex.: Quero muito aos meus primos. b. Prefiro mais a cidade do que o campo.
c. Este é o museu de que mais gosto.
SIMPATIZAR / ANTIPATIZAR d. Finalmente chegamos em Diamantina.

exigem a preposição com - VTI. Ex.: Sempre simpatizei 3. Em relação à regência verbal e nominal, o em-
com você. prego do pronome relativo, segundo o registro
culto e formal da língua, está INCORRETO em:
VISAR
a. A conclusão que chegamos é que o fracasso en-
a) no sentido de mirar ou dar visto: sem preposição – sina ao homem como recomeçar
VTD.
LÍNGUA PORTUGUESA
13

b. O barco a cujos tripulantes me referi pode voltar bor e aroma aos alimentos”.
a navegar
c. O ideal por que lutamos norteia nossos projetos. O trecho cujo verbo apresenta a mesma regência é:
d. O infortúnio a que está sujeito o empreendedor
motiva-o a. “Quando você lê ‘aroma natural’ ”
e. Após o término da pesquisa, informei-lhe que b. “ ‘artificial’ no rótulo significa que os aromistas”
tomasse cuidado para não errar. c. “que não existem na natureza,”
d. “O processo encarece o produto”
4. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à re- e. “enviar as moléculas às fábricas de alimentos”
gência:
7. A frase cuja regência do verbo respeita a nor-
a. Chegamos finalmente ao colégio. ma-padrão é:
b. Sua atitude implicará demissão.
c. Ele namora com uma aluna do segundo ano. a. Esquecemo-nos daquelas regras gramaticais.
d. Eles eram fiéis ao amigo. b. Os professores avisaram aos alunos da prova.
e. O presidente assiste em Brasília. c. Deve-se obedecer o português padrão.
d. Assistimos uma aula brilhante.
5. NÃO há erro de regência verbal em: e. Todos aspiram o término do curso.
9. Assinale a opção que apresenta a regência ver-
a. Altos salários são dados os jogadores, sem te- bal incorreta, de acordo com a norma culta da
rem ficado nos bancos escolares. língua:
b. Falta de punição implica violência.
c. Muitos preferem, como ídolos, pessoas sem a. Os sertanejos aspiram a uma vida mais confor-
princípios morais do que pessoas honestas. tável.
d. Todos assistem os programas de televisão que b. Obedeceu rigorosamente ao horário de traba-
só apresentam tragédias. lho do corte de cana.
e. O povo esquece, rapidamente, dos crimes que c. O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
abalam a sociedade. d. O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e. Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas,
5. Alternativa correta: ao lucro pretendido.

a. Precisei de que fosses comigo. GABARITO


a. Avisei-lhe da mudança de horário.
01-a 02-c
b. Incumbiu-me para realizar o negócio.
c. Recusei-me em fazer os exames.
03-a 04-c
d. Convenceu-se nos erros cometidos. 05-b 06-a
07-e 08-a
6. Considere o comportamento do verbo em des-
taque quanto à sua regência, em “para dar sa- 09-d
LÍNGUA PORTUGUESA
14

4.1 - ALGUNS CASOS MERECEM DESTAQUE


4. CRASE
1 - A crase obviamente “não” ocorre diante de palavras
A palavra crase provém do grego Krasis e significa “fusão”, que não podem ser precedidas de artigo feminino. É o
“junção”. Em português, ocorre a crase com as vogais caso:
idênticas a + a. Tal fusão é indicada por meio do acento
grave (à). Pode ocorrer a fusão da preposição a com: ar- a) dos substantivos masculinos:
tigo feminino (a / as), pronomes (aquele (s)/ aquelas (s)/
aquilo), pronome relativo (a qual/ as quais) ou com os Ex.: Andamos a cavalo.
demonstrativos (a / as = aquela/ aquelas). Ex.: Íamos a pé.

prep. art. prep. art b) dos verbos no infinitivo:

Fui a + a feira. Retornamos a + as praias. Ex.: Não tenho nada a declarar.


Ex.: Começamos a sofrer.

Fui à feira. Retornamos às praias. c) da maioria dos pronomes:

Fui a + aquele lugar. Ex.: Entreguei a Vossa Excelência.


Ex.: Diga a ela.

Fui àquele lugar.


OPA!
REGRA GERAL
Alguns pronomes admitem artigos, como:
Haverá crase sempre que o termo anterior exigir a prepo- senhora, dona, mesma, própria, senhorita e
sição “a” e o termo posterior admitir o artigo “a” ou “as”. madame (e também outra e outras). Com isso,
poderá ocorrer crase.

prep. art.

Ex.: Estou-me referindo à mesma pessoa.


Eu me referi a + a diretora.
(ao mesmo homem)

d) de palavras femininas “no plural” precedidas de


Eu me referi à diretora.
um a:

Ex.: Dirigi-me a pessoas desconhecidas.


LÍNGUA PORTUGUESA
15

OPA! 3 - O acento grave, indicativo de crase, é usado nas ex-


pressões adverbiais e nas locuções prepositivas e conjun-
Nesses casos, o a é preposição, e os substanti- tivas de que participam palavras femininas.
vos estão sendo usados em sentido genérico.
Quando são usados em sentido específico, os à tarde à proporção que à força de
substantivos passam a ser precedidos do arti- à toa à procura de às escondidas
go as; ocorrerá então, a crase: à noite à direita às ordens

Ex.: Você está se referindo a vidas humanas? OPA!


Você está se referindo às vidas de nossos compa-
nheiros? Incluem-se nessas expressões as indicações
de horas especificadas: à meia-noite, às duas
e) Não ocorre crase nas expressões formadas por horas, às três e quarenta.
palavras repetidas femininas ou masculinas:
Merece destaque a expressão “à moda de”,
Cara a cara / Gota a gota / Dia a dia que pode estar subentendida:

2 - Com as expressões adverbiais de lugar, deve-se fa- Ex.: Você fez um gol à (moda de) Pelé.
zer a verificação da ocorrência por meio da troca do
termo regente: 4 - A crase é FACULTATIVA diante dos nomes próprios
femininos, e após a preposição “até” que antecede subs-
Ex.: Vou à Bahia Vim da Bahia. / Estou na Bahia. tantivos femininos, e ainda, no caso dos pronomes pos-
sessivos femininos.
Vou a Recife Vim de Recife. / Estou em Recife.
Ex.: Dei um recado a Atadolfa. Dei um recado a Atadolfo.
Dei um recado à Atadolfa. Dei um recado ao Atadolfo.
OPA! Vou até a praia. Vou até o parque.
Vou até à praia. Vou até ao parque.
Merecem destaque as palavras casa (no senti- Refiro-me a minha amiga. Refiro-me a meu amigo.
do de lar, moradia) e terra (no sentido de chão Refiro-me à minha amiga. Refiro-me ao meu amigo.
firme) que só admitirão crase, se estiverem
especificadas.

Ex.: Cheguei a casa. / Cheguei à casa das minhas primas.


A tripulação da GOL desceu a terra. / A aeromoça da
GOL chegou à terra de seus tios.
LÍNGUA PORTUGUESA
16

e. Os metais do caminhão esplendiam à luz da manhã.


Exercício de Fixação
2. Indique a alternativa em que o sinal indicativo
de crase é facultativo:
1. Coloque o acento indicador de crase quan-
do for necessário. a. Voltou à casa do Juiz.
b. Chegou às três horas.
a. Diga às pessoas que me procurarem que tive de sair. c. Voltou à minha casa.
b. Fui à Europa, de onde à Ásia. d. Voltou às pressas.
c. Fui à Natal das praias inesquecíveis.
d. Cheguei a casa tarde da noite ontem. 3. Assinale a opção em que o A sublinhado nas
e. Preciso ir à terra dos meus antepassados. duas frases deve receber acento grave indica-
f. À noite, teremos de ficar à espreita. tivo de crase:
g. Dobre à esquerda.
h. A loja estava às moscas quando chegamos, às quatro a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou
horas. a falar em voz alta.
i. Prefiro isto àquilo. b. Pedimos silêncio a todos. / Pouco a pouco, a
j. A pessoa a que fiz referência não esteve presente à praça central se esvaziava.
reunião. c. Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros
chegaram a Bahia.
d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a
direita da rua.
QUESTÕES OBJETIVAS e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tin-
ta.

1. O sinal indicador da CRASE foi corretamente 4. Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... le-
empregado na frase “Que estivesse bem cedo vá-las ..... sério.
junto ao edifício Brasília para assistir à coleta
de lixo”. Dentre as opções abaixo, porém, este a. às - à - a
sinal foi INCORRETAMENTE utilizado em: b. a - a - a
c. as - à – à
a. O bom repórter não poupa elogios à higiene dos d. à - a – à
lixeiros. e. as - a – a
b. Na adolescência o motorista teria sucumbido à pre-
visão de uma velhice pobre.
c. A esperança sobrevive até mesmo à uma ou outra
mutilações.
d. O motorista parece dizer às pessoas da cidade: “o
lixo é vosso”.
LÍNGUA PORTUGUESA
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5. Marque o item cuja frase apresenta redigida da Ex. urubu, motel, marajá...
forma mais adequada, considerando-se clare-
za, elegância, precisão e correção. 2. PAROXÍTONAS

a. De segunda à sexta, o programa será dedicado A penúltima sílaba é a tônica.


à você.
b. De segunda à sexta, o programa será dedicado Ex. cigarro, janela, lápis...
a você.
c. Da segunda à sexta, o programa será dedicado 3. PROPAROXÍTONAS
a você.
d. Da segunda à sexta, o programa será dedicado A antepenúltima sílaba é a tônica.
à você.
e. Da segunda a sexta, o programa será dedicado Ex. gramática, tóxico, semântica...
a você.
Casos Específicos de Acentuação:
GABARITO
01-c 02-c a) Monossílabos tônicos: acentuam-se os termina-
dos em: a(s), e(s), o(s)
03-d 04-b
05-c Ex: má(s), ré(s), pó(s).

b) Oxítonos: acentuam-se os terminados em: a(s),


e(s),o(s), em, ens

Ex: está(s), prevê(s), amém, reféns.

c) Paroxítonos: acentuam-se os terminados em:

5. ACENTUAÇÃO 1) i(s), us: júri(s), vírus.


E ORTOGRAFIA 2) um, uns: álbum, álbuns.
3) on, ons: íon(s), prótons.
5.1 - ACENTUAÇÃO 4) ôo, ôos: vôo(s).
5) r, x, n ou l: ímpar, látex, hífen, túnel.
Quanto à acentuação tônica (sílaba mais forte), as pala- 6) ditongo: água, mágoa, série, ciência, órgão.
vras recebem as seguintes classificações: 7) ps, ã(s): bíceps, ímã(s).

1. OXÍTONAS d) Proparoxítona: acentuam-se todas.

A última sílaba é a tônica. Ex. fósforo, partícula, álibi...


LÍNGUA PORTUGUESA
18

e) Hiatos: as vogais “i”, “u” receberão acento agu- Ex: Méier, Destróier.
do quando forem segunda vogal tônica de hiato e
estiverem constituindo sílaba sozinhas ou acompa- 2 - Cai o acento circunflexo nos hiatos com vo-
nhadas de “s”. gal repetida (OO; EE).

Ex. baía, faísca, baú, balaústre... Como era Como ficou


Vôo Voo
Enjôo Enjoo
SUPER OPA! Lêem Leem
Crêem Creem
REGRAS MODIFICADAS PELA Vêem Veem
REFORMA ORTOGRÁFICA.
3 - Cai o acento nas vogais i e u antecedidas de
1 - Cai o acento dos ditongos abertos EI e OI ditongo decrescente nas palavras paroxítonas.
nas palavras paroxítonas (sílaba tônica = pe-
núltima). Como era Como ficou
Feiúra Feiura
Como era Como Ficou Sauípe Sauipe
idéia ideia
platéia plateia
jibóia jiboia OPA!
bóia boia
heróico heroico A regra de acentuação diz que I e U são acentua-
dos em HIATO (sozinhos na sílaba ou seguidos de
S). Hiato é V + V. Nas palavras acima, o que temos
OPA! é V + SV. Por isso, a regra do hiato não deve mes-
mo se aplicar.
Lembre-se de que a mudança só vale para as
palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou Note que a regra ainda se aplica em “Guaíba”
monossílabos tônicos). ou “Guaíra”, uma vez que os ditongos são cres-
centes.
Ex: Contrói, Destrói, Dói, Fiéis.

OPA!
OPA!
Lembre-se de que a mudança só vale para as
Quando a palavra paroxítona termina em R, o palavras paroxítonas (e não para as oxítonas ou
acento nos ditongos ei e oi se mantém. proparoxítonas).
LÍNGUA PORTUGUESA
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Ex: Tuiuiú, Piauí e Maiúscula.

4. Com relação ao U, caem o acento agudo e o trema nos ambientes QUE/QUII, GUE/GUII

Como era Como ficou


Apazigúe Apazigue
Argúi Argui
Averigúe Averigue
Conseqüência Consequência
Lingüiça Linguiça

COMO ERA COMO FICOU NOS DOIS CASOS


Para (preposição) X Pára (verbo “parar”) Para
Pêlo (do corpo) X Pelo (por + o) Pelo
Pólo (Ex: Pólo Sul) X Polo (preposição arcaica) Polo
Pêra (fruta) X Pera (preposição arcaica) Pera
Côa/Côas (verbo “coar”) X Coa (com + a) Coa (e Coas)

5. Acento Diferencial - deixa de existir a maio-


ria dos casos de acento diferencial; três casos QUESTÕES OBJETIVAS
ainda se mantêm.

Casos em que o acento diferencial se mantém 1. Assinale a alternativa em que pelo menos um
vocábulo não seja acentuado:
CASOS COM ACENTO DIFERENCIAL
Pôr (verbo) Por (preposição) a. orfão, taxi, balaustre.
Pôde (passado) Pode (presente) b. parabens, alguem, tambem.
Vem / Tem (singular) Vêm / Têm (plural) c. tatil, amago, cortex.
d. hifen, cipos, leem.
EXEMPLOS
2. Assinale a alternativa em que todos os vocábu-
Quis pôr o seu envelope por cima do outro. los estejam corretamente acentuados.
Um dia ele pôde; hoje não pode mais.
Ele sempre vem. X Eles sempre vêm. a. rítmo, impossível, enjoos, alcatéia.
O rapaz tem sorte. X Os rapazes têm sorte. b. pôquer, sanduíche, seminú, afáveis.
c. sótão, môsca, portátil, coronéis
d. ensaísta, antevéspera, protótipo, orquídea
LÍNGUA PORTUGUESA
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3. Assinale o vocábulo acentuado graficamente • Burgu____


por imposição de regra diferente das demais: • Pequen____
• Pequin____
a. inúmeros
b. calmíssima 3. ISAR x IZAR
c. cédulas
d. uísque • Pesqu____
• Anal____
4. “As aves que _____aqui beber água são tão man- • Harmon____
sas que não ____ defesa contra a ação de preda- • Higien____
dores.” • Final_____
• Real____
a. vêem - têm
b. vêm – tem 4. POR QUE/POR QUÊ/PORQUE/PORQUÊ
c. vem – têm
d. vêem – tem • Não sei _______ você se foi.
e. vêm – têm. • _______ você estuda tanto?
• Este é o time ________ tenho carinho.
GABARITO • Correu ________?

01-d 02-d 03-d 04-e • Não sei o ________ disso tudo.


• Não estudarei em outro curso ________ 0 CPC é o
melhor preparatório do Sul, quiçá do Brasil!

Exercício de Fixação 5. MAL x MAU

• Ela não está ______ vestida.


• Há luta do bem contra o _______.
5.2 - ORTOGRAFIA
• Pedro não é um _____ sujeito.
• Não há ____ que sempre dure.
1. ESA x EZA

6. SENÃO x SE NÃO
• Natur___
• Portugu____
• ______ estudar, ficará de castigo.
• Calabr____
• Estude, _______ ficará de castigo.
• Bel____

2. ÊS x EZ

• Palid____
• Franc____
LÍNGUA PORTUGUESA
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7. ACERCA DE x CERCA DE 13. DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

• Discursou _______ problemas políticos. • O carro foi __________ o poste.


• Comprei ______ 200 g de presunto. • Pedro foi ___________ Paula para beijá-la.
• A guerra ocorreu _______ vinte anos.
• A capital fica ______ 200 km daqui. 5.3 - SEMÂNTICA

8. AFIM x A FIM a) Homógrafos

• Trabalhei ______ de ganhar dinheiro. colher (verbo) x colher (substantivo)


• João está ______ de pedir demissão.
• Matemática e Física são disciplinas ______. b) Homófonos

9. DEMAIS x DE MAIS sessão x seção x cessão

• A viúva comeu ________. c) Homônimos perfeitos


• A viúva comeu sal ______.
• Chamaram os ______ colegas. manga (fruta) x manga (de camisa)

10. MAS x MAIS d) Parôni mos

• Ela é a _____ bonita da turma. soar x suar


• Ela estudou, _____ não passou de ano.
14. ABSOLVER x ABSORVER
11. HÁ x A
• Usamos papel para _________ a gordura.
• Ele parou de estudar ____algum tempo. • O juiz vai __________ o réu.
• Daqui ___ alguns dias eu me formo.
• ____ muito tempo não o vejo 15. COMPRIMENTO x CUMPRIMENTO
• Daqui ____ duas semanas ela chegará.
• Vamos garantir o ____________ da lei.
12. ONDE x AONDE • Quando cheguei, recebi um ____________.
• Qual é o ___________ da ponte?
• A cidade ______ moro é linda.
• A cidade ______ irei é linda. 16. DEFERIR x DIFERIR

• É impossível __________ aqueles gêmeos.


• Vamos tentar __________ o compromisso.
• O juiz vai _________ o processo.
LÍNGUA PORTUGUESA
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17. DESCRIÇÃO x DISCRIÇÃO 25. CESSÃO x SESSÃO x SEÇÃO

• Aja com ___________. • Vamos a uma _______ de cinema.


• Fiz uma ___________ minuciosa da casa. • Trabalho na ________ de calçados.
• Fiz uma ________ de direitos autorais.
18. DISPENSA x DESPENSA

• Ponha a comida na __________. QUESTÕES OBJETIVAS


• Houve __________ de muitos empregados.

19. EMINENTE x IMINENTE 1. A única frase que, do ponto de vista semântico,
NÃO está comprometida é:
• Ele é um homem ___________.
• A colisão é __________. a. Delatou a pupila há meia hora, por isso não está
enxergando bem.
20. MANDATO x MANDADO b. Há muito tempo o rapaz está submerso; se ele
demorar mais para imergir, pode correr perigo
• Entramos com um __________ de segurança. de morte.
• O ___________ do político foi cassado. c. Nunca vi uma chuva que não dá um minuto de
trégua; essa intermitência me angustia.
21. RATIFICAR x RETIFICAR d. Distratava tanto a cunhada, que ela deixou de
visitá-los.
• É preciso _________ algumas falhas. e. Quando o temporal se anunciou, mandou arrear
• Estou decidido: vou _________ o que disse antes. o cavalo e partiu imediatamente.

22. ACENDER x ASCENDER 2. Assinale a alternativa em que a palavra desta-


cada foi empregada erroneamente:
• É preciso _________ a luz.
• O elevador vai __________. a. O Diretor-Geral retificou a Portaria 601, que fora
publicada com incorreções.
23. CENSO x SENSO b. Esse assunto é confidencial; conto, portanto,
com sua descrição.
• Como foi o ________ do IBGE? c. O Superintendente da Receita Federal deferiu
• É um guri de pouco _________. aquele nosso pedido.
d. Recuso-me a defender aquele réu, pois foi pego
24. CONSERTO x CONCERTO em flagrante.
e. Este fiscal vai trabalhar na seção de Tributação.
• Essa mesa precisa de um _________.
• Vamos a um _________ de violinos.
LÍNGUA PORTUGUESA
23

3. Assinale a alternativa em que a oração está in- 6. Traduz-se corretamente um segmento do tex-
correta. to em:

a. Eu não sei por que! a. primordial vida marinha = preponderante nascente


b. As agonias, por que passei, não as revelo. marítima
c. Ela fala tanto porque pretende convencer-nos. b. propelida pela luz solar = arrefecida pela energia do
d. Não sei e acho que não saberei, jamais, o por- sol
quê. c. recuperar esse valor intrínseco = reaver essa
e. Você não me quer mais. Por quê? importância inerente
d. colônia extravagante de organismos = linha-
gem errante de seres vivos
4. Considerando-se o contexto, o segmento cujo e. resiliente biologia tropical = perseverante bio-
sentido está adequadamente expresso em ou- ma dos trópicos
tras palavras é:
7. Respeita a ortografia oficial vigente:
a. Entre exclamações, citou = Em meio aos brados,
parodiou a. O culto à ignorância e à xenofobia é o respon-
b. Ofícios fúnebres = Comunicações danosas sável, em nosso dia-a-dia, por esta situação de-
c. o seu necrológio no jornal = a sua matéria fúne- plorável, que enserra a população local na bolha
bre impressa impenetrável de seus interesses e valores parti-
d. obrigado à caceteação = compelido ao aborre- culares.
cimento b. Incrementar a participação política é um desafio
e. aliviar o luto fechado = compensar a grande tris- perene, aja vista a nova estratégia de controle
teza político que aparelha muitos órgãos publicos,
incluindo os do setor educacional.
5. Sem prejuízo da correção e do sentido, o ele- c. A soberania do mercado não é imprescindível
mento em destaque pode ser substituído pelo para a democracia liberal − é uma alternativa a
que se encontra entre parênteses em: ela e a todo tipo de política, na medida em que
elimina a necessidade de serem tomadas deci-
a. ...qualquer possibilidade de remissão humana. sões que contemplem consensos coletivos.
(impiedade) d. Foram mencionadas as estratégias para disper-
b. ...com a maior falta de consideração e desfaça- çar as cepas oligárquicas das altas esferas do po-
tez possíveis... (indiferença) der e, sobretudo, para prover o controle jurídico
c. ...conhecidas pela sua beleza inóspita,... (profí- das suas ações; mais, até o momento, não se
cua) obteve sucesso.
d. − o mesmo país que, hoje, subsidia a tradução e. Suas ideias íam de encontro às dos demais; ele
de seus livros... (consolida) sempre optava pelas vias mais polêmicas afim
e. a linguagem e a verve de Thomas Bernhard... de obter atenção da audiência.
(vivacidade)
LÍNGUA PORTUGUESA
24

GABARITO Ex: Longa novela e filme.

01-e 02-b 03-a 04-d 3. MESMO


05-e 06-c 07-c
a) Quando pronome, concorda com o substantivo
(= próprias)

6. CONCORDÂNCIA Elas mesmas irão lá.

VERBAL E NOMINAL b) Quando advérbio, é invariável (= realmente; de


fato)
6.1 - CONCORDÂNCIA NOMINAL
Elas irão mesmo lá.
É o estudo das relações sintáticas existentes entre um
núcleo (de natureza substantiva) e seus determinantes.
4. ANEXO

MEU ------------ > CÃO < ------------ BRAVO


É adjetivo. Logo, concorda com o substantivo ao
MEUS ------------ > CÃES <------------ BRAVOS
qual se refere.

Principais casos de Concordância Nominal:


Ex: As cartas estão anexas ao contrato.

1. ADJETIVO APÓS VÁRIOS SUBSTANTIVOS


OPA!

a) mesmo gênero – O adjetivo vai para o plural ou


A locução adverbial EM ANEXO é invariável. Ela é
concorda com o último substantivo
repudiada pelos gramáticos, mas não podemos ig-
norá-la.
Ex: Casa e igreja antigas (concordância gramatical)
Casa e igreja antiga (concordância atrativa)
As cartas estão em anexo.

b) gêneros diferentes – O adjetivo concorda com o


Seguem em anexo os documentos.
último ou vai para o plural

5. BASTANTE
Ex: Prédio e casa antiga
Prédio e casa antigos (o gênero masculino prevalece)
a) Quando pronome indefinido, variável (referin-
do-se a substantivo)
2. ADJETIVO ANTES DE VÁRIOS SUBSTANTIVOS

Ex: Eles fizeram bastantes críticas ao projeto


A concordância só poderá ser atrativa
LÍNGUA PORTUGUESA
25

b) Quando advérbio, invariável (referindo-se a ver- 6.2 - CONCORDÂNCIA VERBAL


bo, advérbio ou adjetivo)
É o estudo das relações sintáticas existentes entre
Ex: Eles estudaram bastante. o verbo e o seu sujeito.
Eles chegaram bastante tarde.
Eles permanecem bastante irritados. 1. REGRA GERAL – O verbo concorda com o núcleo
do sujeito.
6. ANEXO
Ex: A flor murchou → As flores murcharam.
a) Quando numeral, concorda com a palavra à qual Surgiu uma dúvida → Surgiram várias dúvidas.
se refere. (= metade)
2. SUJEITO COMPOSTO
Ex: O alcoólatra só bebeu meia garrafa
Antes do verbo → verbo no plural.
b) Quando advérbio, invariável. (=mais ou menos)
Ex: Céu e terra passarão
Ex: A criança ficou meio cansada.
Depois do verbo → verbo no plural ou concorda
7. É BOM / É PROIBIDO / É NECESSÁRIO + com o primeiro.
SUBSTANTIVO
Ex: Sabes / Sabemos tu e eu.
a) Se o substantivo está acompanhado de deter- Cansei / Cansamos eu e ela.
minante (artigo ou pronome) → bom, necessá-
rio, proibido e outros adjetivos concordam com o Com núcleos ligados por ou → verbo no plural (ex-
substantivo. ceto se houver exclusão)

Ex: É permitida a entrada de crianças. Ex: Aída ou Eva estão em casa? Um ou outro ficará na
A cerveja é gostosa. chefia.

b) Se o substantivo NÃO está acompanhado de de- 3. SER


terminante (artigo ou pronome) → bom, necessá-
rio, proibido e outros adjetivos ficam no masculino a) hora, data, distância → verbo concorda com o
e singular. número seguinte.

Ex: É permitido entrada de crianças Ex: É uma hora. São 3 de maio. Da porta à rua são dez
Cerveja é gostoso. metros.
LÍNGUA PORTUGUESA
26

b) quantidade (muito pouco) → verbo no singular.

Ex: Dois minutos é pouco tempo. Dois quilos foi demais.


OPA!

4. EXPRESSÕES COLETIVAS Em sentido figurado, há sujeito.

Coletivo + plural  verbo no singular.


Ex: Choverão muitos exercícios. (sentido figurado)/
Ex: Um enxame de abelhas africanas aterrorizou a cida- Choveram granizos no sul. (Catacrese)
de.
6. FAZER
A maioria de, a maior parte de + plural  verbo no
sing./plural. Indicando tempo transcorrido ou clima

Ex: A maior parte das mulheres protestou/protestaram. Ex: Faziam dez dias que eu não te via (erro!)
Fazia dez dias...(certo)
5. MAIS DE, MENOS DE, CERCA DE Fará dez dias de calor. (certo)

Verbo concorda com número seguinte. 7. PRONOME APASSIVADOR “SE”

Ex: Mais de um bar fechou. Cerca de cem bares fecha- Vale a regra geral: verbo concorda com sujeito
ram.
Ex: A lei é cumprida./ Cumpre-se a lei
6. VERBOS IMPESSOAIS As leis são cumpridas./ Cumprem-se as leis.

Haver no sentido de existir, ocorrer e acontecer. 8. QUEM e QUE

Ex: Haverá dúvidas em concordância. Sou eu quem  verbo concorda com quem ou seu
antecedente.
Verbos que expressam fenômenos da natureza em
sentido denotativo (real). Ex: És tu quem faz/fazes. Fomos nós quem venceu/ven-
cemos.
Ex: Choverá muitos dias seguidos (sentido real)
Sou eu que  verbo concorda com antecedente de
que.

Ex: És tu que fazes. Fomos nós que vencemos.


LÍNGUA PORTUGUESA
27

Exercícios de Fixação a) Já fazem alguns dias que não se veem.


b) Na cidade, haviam viúvas e clérigos.
c) As crianças da cidade tem privilégios.
d) As luzes do castelo se mantinham acesas.
1. Numere as colunas sendo:
e) A maioria da população viviam ao redor do pa-
lácio.
a) Sujeito simples;
b) Sujeito composto;
2. Na oração “Pelas esquinas, havia vendedores,
c) Sujeito indeterminado;
prostitutas e mendigos...”, o sujeito deve ser
d) Oração sem sujeito.
classificado como:

1. ( ) “Sob pressão da opinião pública, a Câmara apro-


a) Simples
vou ontem, em ritmo acelerado, o fim dos salários
b) Composto
extras.” (Jornal O Globo)
c) Indeterminado
2. ( ) “Recebiam R$ 25 mil.” (Jornal O Globo)
d) Inexistente
3. ( ) “Está-se sujeito a incertezas, após as eleições.”
e) Oculto ou desinencial
4. ( )”A Dilma é a primeira presidente do Brasil.”
5. ( ) Choveu muito.
3. “O pároco que lê as escrituras tem mais sabe-
6. ( ) Choveu muito dinheiro.
doria.” A pluralização do termo em destaque
7. ( ) Havia muita gente na rua.
acarretaria as seguintes formas verbais:
8. ( ) Existia muita responsabilidade.
9. ( ) Choram de susto os meninos.
a) Leem e teem
10. ( ) Fazia grande calor.
b) Lêm e têm
11. ( ) Na minha rua estão cortando árvores.
c) Leem e têm
12. ( ) “Bronzeado e de alto astral, Jesus brilhou na se-
d) Lêem e tem
mana de moda carioca.”
e) Lêem e têm
13. ( ) “Miguel Falabella e Marília Pêra se encontram em
Ipanema.” (Jornal EXTRA)
4. Apenas uma das orações abaixo se apresenta
14. ( ) “Divertiram-se muito, no último dia 14, na Gran-
sem sujeito. Identifique-a:
de Rio, Gilberto e Suzana Vieira.”
15. ( ) Corre, Joana!
a) As pessoas haviam abandonado o cão na rua.
b) Os alunos se houveram bem na prova.
c) Haviam ocorrido alguns avanços.
Exercícios de Fixação d) Havia certo rancor em sua voz.
e) Os réus haviam sido libertados.

1. Identifique a opção em que não houve erro de


concordância verbal:
LÍNGUA PORTUGUESA
28

5. Assinale a alternativa que preenche correta- 9. O verbo que se mantém corretamente no sin-
mente as lacunas: “Ainda não ............... soado gular, apesar das alterações propostas entre
as oito horas da noite, quando ................. à parênteses para o segmento grifado, está na
porta: ................ um viajante em busca de abri- frase:
go.”
a. É o desafio do nosso tempo. (os desafios)
a) havia – bateu – era b. E isso quando a própria FAO alerta ... (os espe-
b) havia – bateram – era cialistas da própria FAO)
c) havia – bateu – eram c. E que a produção precisará crescer 70% até
d) haviam – bateram – era 2050 ... (a produção de alimentos)
e) haviam – bateu – eram d. Tudo acontece num cenário paradoxal. (Todos os
problemas)
6. Analise as opções abaixo quanto à concordân- e. Um relatório da própria FAO assegura ... (Os da-
cia verbal e identifique a incorreta: dos de um relatório)

a. Este documento é um dos que identifica a série 10. Assinale a alternativa em que ocorreu erro de
de atribuições de cargo. concordância nominal.
b. A maioria das decisões anteriores desaprova tal
procedimento. a) livro e revista velhos
c. Admite-se que seja propício o estudo e a poste- b) aliança e anel bonito
rior avaliação. c) rio e floresta antiga
d. Vão fazer dez anos que eu não a vejo. d) homem, mulher e criança distraídas
11. Assinale a frase que contraria a norma culta
7. Assim que .................. quatro horas no relógio quanto à concordância nominal.
da igreja, mais de um aluno ................. .
a) Falou bastantes verdades.
a) bateu, saiu b) Já estou quites com o colégio.
b) bateram, saíram c) Nós continuávamos alerta.
c) baterão, sairá d) Haverá menos dificuldades na prova.
d) bateu, saíram
e) bateram, saiu 12. Cometeu-se erro no emprego de ANEXO em:

8. .......... cinco anos que não se ...................mais a. Anexas seguirão as fotocópias.
estes aparelhos. b. Em anexo estou mandando dois documentos.
c. Estão anexos os requerimentos.
a) Fazem, faz d. Anexo seguiu uma foto.
b) Faz, faz
c) Fazem, fazem
d) Faz, fazem
LÍNGUA PORTUGUESA
29

13. Assinale o erro de concordância nominal.


7. TEMPOS, MODOS
E VOZES VERBAIS
a. Maçã é ótimo para isso.
b. É necessário atenção.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo
c. Não será permitida interferência de nin-
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou
guém.
paciente da ação.
d. Música é sempre bom.

São três as vozes verbais:


14. Marque o erro de concordância.

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
a) Os alunos ficaram sós na sala.
expressa pelo verbo. Por exemplo:
b) Já era meio-dia e meio.
c) Os alunos ficaram só na sala.
Ele fez o trabalho.
d) Márcia está meio cansada.
sujeito agente ação objeto (paciente)

15. Assinale a opção incorreta quanto à concor-


dância nominal: b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a
ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
a. Colecionava jornais e revistas antigas.
b. Ao meio-dia e meia desceram para o almoço. O trabalho foi feito por ele.
c. Tinha pelo computador sincero respeito e ad- sujeito paciente ação agente da passiva
miração.
d. Quaisquer que sejam as dificuldades, tudo será c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo
resolvido. agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
e. Ela mesmo se negara a conhecê-lo melhor.
Ex: O menino feriu-se.
GABARITO
01-d 02-d 03-c OBS
04-d 05-d 06-d Não confundir o emprego refle-
07-e 08-d 09-c xivo doverbo com a noção de re-
10-d 11-b 12-d ciprocidade.
13-c 14-b 15-e

Ex: Os lutadores feriram-se. (um ao outro).


LÍNGUA PORTUGUESA
30

últimos séculos, a carta.


QUESTÕES OBJETIVAS e. A carta, essa personagem central dos últimos
séculos, solaparia o e-mail.

1. “... ela nunca alcançava a musa.”. 4. “... o indivíduo exerce livremente sua ativida-
de”
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a
forma verbal resultante será: Transpondo a frase acima para a voz passiva, ob-
tém-se a forma verbal
a. foi alcançada.
b. fora alcançada. a. exercerá.
c. seria alcançada. b. é exercida.
d. era alcançada c. pode exercer.
d. terá exercido.
2. “E assim, num impulso, lança a primeira pin- e. terá como exercer.
celada...”.
5. ... o etanol reduz em mais de 80% a emissão de
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a gases do efeito estufa. (2° parágrafo)
forma verbal resultante será:
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a
a. foi lançada. forma verbal passará a ser, corretamente:
b. é lançada.
c. fora lançada. a. é reduzida.
d. lançaram-se b. foi reduzido.
e. era lançada. c. tinha reduzido.
d. serão reduzidos.
3. A carta, essa personagem central dos últimos sé- e. vinha sendo reduzida.
culos, foi solapada pelo e-mail...

A frase acima está corretamente transposta para a GABARITO


voz ativa em:
01-d 02-b
a. A carta, essa personagem central dos últimos
03-c 04-b
séculos, solapa o e-mail. 05-a
b. O e-mail, essa personagem central dos últimos
séculos, a carta solapou-o.
c. O e-mail solapou a carta, essa personagem cen-
tral dos últimos séculos.
d. O e-mail solapara essa personagem central dos
LÍNGUA PORTUGUESA
31

8. EQUIVALÊNCIA E TRANS- a) com o verbo no início da frase.


Ex.: Comenta-se que ele deverá recebe o prêmio.
FORMAÇÃO DE ESTRU-
TURAS. COLOCAÇÃO DOS b) com o verbo no imperativo afirmativo.

PRONOMES ÁTONOS Ex.: Alunos, apresentem-se ao diretor.

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, c) com o verbo no gerúndio.
te, se, nos, vos), como todos os outros monossílabos áto-
nos, apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxi- Ex.: Modificou a frase, tornando-a ambígua.
ma. Assim, esses pronomes podem ocupar três posições
na oração: antes do verbo; no meio do verbo; depois do OPA!
verbo.
Caso o gerúndio venha precedido pela prepo-
sição em, ocorrerá a próclise.
a) antes do verbo: nesse caso, ocorre a prócli-

se, e dizemos que o pronome está proclítico: Ex.: Em se  tratando de cinema, prefiro filmes
europeus.
Ex.: Nunca me revelaram os verdadeiros motivos.

b) no meio do verbo: nesse caso, ocorre a mesóclise, d) com o verbo no infinitivo impessoal.
e dizemos que o pronome está mesoclítico. A me-
sóclise só é possível com o verbo no futuro do pre- Ex.: Leia atentamente as questões antes de resolvê-las.
sente ou no futuro do pretérito do indicativo:
8.2 - PRÓCLISE
Ex.: Revelar-te-ei os verdadeiros motivos.
Ex.: Revelar-me-iam os verdadeiros motivos. A próclise ocorre geralmente em orações em que
antes do verbo haja:
c) depois do verbo: nesse caso, ocorre a ênclise, e
dizemos que o pronome está enclítico: a) palavra de sentido negativo (não, nada, nunca,
ninguém, etc.)
Ex.: Revelaram-me os verdadeiros motivos.
Ex.: Nunca me convidam para festas.
Apresentamos, a seguir, algumas orienta-
ções acerca da colocação dos pronomes b) conjunção subordinativa
oblíquos átonos.
Ex.: “Quando te encarei frente a frente não vi o meu
8.1 - ÊNCLISE rosto.» (Caetano Veloso)

A ênclise ocorre normalmente:
LÍNGUA PORTUGUESA
32

c) advérbio i) Com certas conjunções coordenativas aditivas e


Ex.: Assim se resolvem os problemas. certas alternativas antes do verbo*

Ex.: Ora me ajuda, ora não me ajuda. / Não foi nem se


OPA! lembrou de mim.

Caso haja pausa depois do advérbio (marcada *nem, não só/apenas/somente...mas/como (também/
na escrita por vírgula), ocorrerá a ênclise. ainda/senão)..., tanto... quanto/como..., que, ou... ou,
ora...ora, quer... quer..., já... já...
Ex.: Assim, resolvem-se os problemas.

8.3- MESÓCLISE
d) pronome indefinido

A mesóclise só pode ocorrer quando o verbo estiver no


Ex.: Tudo se acaba na vida. futuro do presente ou no futuro do pretérito do indica-
tivo.
e) pronome relativo
Ex.: Convidar-me-ão para a solenidade de posse da
Ex.: Não encontrei o caminho que me indicaram. nova diretoria.

f) Ocorre também a próclise nas orações iniciadas por Ex.: Convidar-te-ia para viajar comigo, se pudesse.
palavras interrogativas e exclamativas e nas orações Caso o verbo no futuro do presente ou no futuro do pre-
optativas (orações que exprimem um desejo). térito do indicativo venha precedido de alguma palavra
que exija a próclise, esta será de rigor.
Ex.: Quem te disse que ele não viria? (oração iniciada por
palavra interrogativa); Ex.: Não me convidarão para a solenidade de posse da
nova diretoria.
Ex.: Quanto me custa dizer a verdade! (oração iniciada
por palavra exclamativa); 8.4 - CASOS FACULTATIVOS

Ex.: Deus te proteja. (oração optativa). 01. Pronomes demonstrativos antes do verbo sem
g) Com o infinitivo flexionado precedido de pre- palavra atrativa.*
posição.
Ex.: Aquilo me deixou triste / Aquilo deixou-me triste.
Ex.: Foram ajudados por nos trazerem até aqui. *este (e variações), isto; esse (e variações), isso; aquele (e
variações), aquilo.
h) Com formas verbais proparoxítonas.
02. Conjunções coordenativas (exceto aquelas
Ex.: Nós lhes desobedecíamos sempre. mencionadas nos casos de próclise) antes do verbo
sem palavra atrativa.
LÍNGUA PORTUGUESA
33

Ex.: Ele chegou e dirigiu-se a mim. / Ele chegou e se Até se formar, vai demorar muito. Até formar-se, vai demorar muito.

dirigiu a mim. Corri atrás da bola, mas me escapou. Erro agora em lhe permitir sair? Erro agora em permitir-lhe sair?

Por se fazer de bobo. Enganou a muitos. Por fazer-se de bobo, enganou a muitos.
/ Corri atrás da bola, mas escapou-me.

Colocação dos pronomes oblíquos átonos nas locuções


03. Sujeito explícito com núcleo pronominal (pro-
verbais e nos tempos compostos
nome pessoal reto e de tratamento) antes do verbo
sem palavra atrativa.
Nas locuções verbais em que o verbo principal está
no infinitivo ou no gerúndio, o pronome oblíquo áto-
Ex.: Eu te amo. / Eu amo-te. Sua Excelência se queixou
no pode ser colocado, indiferentemente, depois do
de você. / Sua Excelência queixou-se de você.
verbo auxiliar (com hífen), antes do principal (sem
hífen) ou depois do verbo principal (com hífen).

OPA!
Ex.: Quero-lhe apresentar os meus primos que
vieram do interior.
Com verbos monossilábicos, a eufonia ordena que
Quero lhe apresentar os meus primos que
se use a próclise, segundo o Gramático Manoel Pinto
vieram do interior.
Ribeiro: “Eu a vi ontem, e não Eu vi-a ontem.”
Quero apresentar-lhe os meus primos que
vieram do interior.
04. Sujeito explícito com núcleo substantivo (ou
numeral) antes do verbo sem palavra atrativa.
Ex.: Ia-lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ia lhe dizendo as razões da minha desistência.
Ex.: Camila te ama ou Camila ama-te. / Os três se amam
Ia dizendo-lhe as razões d a minha desistência.
ou Os três amam-se.

Caso haja antes da locução verbal palavra que exija a próclise,


o pronome oblíquo poderá ser colocado, indiferentemente,
OPA!
antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Para banca IBFC nesse caso a ênclise é obrigatória.


Ex.: Não lhe quero apresentar os meus primos que
Portanto, caberia apenas a frase: Camila ama-te.
vieram do interior.
Não quero apresentar-lhe os meus primos que
05. Infinitivo não flexionado precedido de “pala-
vieram do interior.
vras atrativas” ou das preposições “para, em, por,
sem, de, até, a”.
Nos tempos compostos e nas locuções verbais em que o ver-
bo principal está no particípio, a colocação dos pronomes
Ex.:
Meu desejo era não o incomodar. Meu desejo era não incomodá-lo. oblíquos átonos será feita sempre em relação ao verbo auxiliar
Calei-me para não o contrariar. Calei-me para não o contrariá-lo. e nunca em relação ao particípio, podendo ocorrer a próclise,
Corri para o defender. Corri para defendê-lo.
a mesóclise ou a ênclise, conforme as orientações apresenta-
Acabou de se quebrar o painel. Acabou de quebrar-se o painel.

Sem lhe dar de comer, ele passará mal. Sem dar-lhe de comer, ele passará mal.
das anteriormente.
LÍNGUA PORTUGUESA
34

Ex.: Havia-lhe contado os verdadeiro motivos da b. pertencem a outro capítulo da história = per-


minha desistência. tencem a ele.
Nunca o tinha visto antes. c. que pode causar admiração pela força = que
Ter-lhe-ia procurado, se tivesse tempo. pode causá-lo.
d. mas nunca provocará um sorriso = mas nunca
Ex.: Ficou tímido, porque se sentiu rejeitado pelos lhe provocará.
colegas. e. representam a intromissão do humor = o repre-
Se não o convidarem, sentir-se-á rejeitado pelos sentam.
colegas.
3. A substituição do elemento grifado pelo pro-
Nas locuções verbais e nos tempos compostos, quando nome correspondente, com os necessários
se coloca o pronome oblíquo átono depois do verbo au- ajustes, foi feita corretamente em:
xiliar, pode-se usar o hífen ou não.
a. quando veio apanhar a crônica = quando veio
Ex.: Vou-te devolver o livro amanhã. apanhar-lhe
Vou te devolver o livro amanhã. b. Depois de cumprir meus afazeres = Depois de
cumprir-nos
c. Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas =
QUESTÕES OBJETIVAS Já lhes tive
d. pendurei o guarda-chuva = pendurei-no
e. Pedi ao moço de recados = Pedi-lhe
1. A substituição do elemento grifado pelo pro-
nome correspondente, com os necessários 4. ... por conhecer a dádiva do tempo.
ajustes, foi corretamente realizada em: ... que distinguem o homem do resto...
A transitoriedade dá alma ao ser...
a. Duas figuras merecem atenção = Duas figuras
merecem-na Os segmentos sublinhados são, respectivamente,
b. poderá atingir a purgação = poderá lhe atingir substituídos por pronomes em:
c. dissecando a estrutura = dissecando-la
d. provocar compaixão e terror = provocá-las a. por a conhecer / que distinguem-no do resto /
e. mandou organizar as festas = mandou organi- A transitoriedade o dá alma
zar-lhes b. por conhecê-la / que o distinguem do resto / A
transitoriedade lhe dá alma
2. O segmento grifado está corretamente substi- c. por conhecê-la / que distinguem-no do resto /
tuído pelo pronome correspondente, conside- A transitoriedade dá-lhe alma
rando-se também sua colocação, em: d. por conhecê-lo / que o distinguem do resto / A
transitoriedade dá alma a ele
a. para substituir os próprios punhos = para lhes e. por a conhecer / que distinguem-o do resto / A
substituir. transitoriedade o dá alma
LÍNGUA PORTUGUESA
35

5. Ninguém sabe de fato o que é a vida... a colocação do pronome oblíquo está corre-
Querida, não reduza minhas ideias... ta. Assinalar a alternativa em que a colocação
Podemos fazer opções mais ousadas. do pronome oblíquo átono está incorreta, de
acordo com a Norma Culta.
Os trechos sublinhados são corretamente substi-
tuídos por pronomes em: a. O anti-herói leva uma vida de malandro e vadio,
envolvendo-se em vários amores.
a. Ninguém a sabe de fato / Querida, não as re- b. Ademais, dever-se-ia envelhecer maciamente.
duza / Podemo-las fazer c. Nem já sei qual fiquei sendo. Depois que os vi.
b. Ninguém a sabe de fato / Querida, não as re- d. Jamais dar-te-ia tantas explicações, se não fosses
duza / Podemos as fazer pessoa de tanto merecimento.
c. Ninguém a sabe de fato / Querida, não reduza-
-as / Podemos fazê-las
d. Ninguém o sabe de fato / Querida, não nas GABARITO
reduza / Podemos fazê-lo
01-a 02-b
e. Ninguém o sabe de fato / Querida, não as re-
duza / Podemos fazê-las
03-e 04-b
05-e 06-a
6. ... desrespeitando interlocutores.
07-d
Enxurradas de fotos invadem o espaço virtual...
... que caracteriza a obsessão pelos “cliques”.

Fazendo-se as alterações necessárias, os elementos


9. PONTUAÇÃO
sublinhados nos segmentos acima foram corretamente
substituídos por um pronome, na ordem dada, em:

9.1 - USO DA VÍRGULA


a. desrespeitando-os − invadem-no − a caracte-
riza
Dentro de uma oração:
b. desrespeitando-lhes − o invadem − caracteri-
 
za-lhe
1 - É recomendável o uso da vírgula
c. desrespeitando-os − lhe invadem − a caracte-
 
riza
a) Para separar termos de idêntica função (coor-
d. desrespeitando-nos − invadem-no − lhe carac-
denados)
teriza
e. desrespeitando-lhes − invadem-no − caracte-
Ex: Escolheram um garoto-propaganda feio,
riza-a
atrapalhado, desajeitado, carente.
Bois, cavalos, bezerros e vacas vivem em
harmonia aqui.
7. “Ninguém a olhava duas vezes.” Nessa frase,
 
LÍNGUA PORTUGUESA
36

Ex: Mãe, acabei!


OPA!  
f) Para isolar certos tipos de aposto (sobretudo o
Quando ligados por e, não se usa vírgula.
explicativo)

Ex: Pedro estuda e trabalha.


Ex: A minha espingarda, a melhor do mundo,

b) Nas indicações de local e data  nunca falha.


 

Ex: Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2019. g) Para indicar a elipse do verbo

c) A vírgula separa o adjunto adverbial deslocado Dizem que os homens decidem com o cérebro; as mu-

do seu lugar normal lheres, com o coração.


 

Ex: Na virada do século, a operária Luiza trabalhava na


fábrica têxtil Bangu. h) Para isolar palavras e expressões intercaladas
que servem para resumir, incluir, excluir, retificar,
exemplificar.

OPA!
Ex: Esse caso, por exemplo, pode ser resolvido
Quanto maior a extensão, maior a obriga- rapidamente. 
toriedade em isolar o adjunto adverbial
por vírgula para a gramática tradicional.
Contudo, para o CESPE o adjunto adverbial Em suma, sua função era fazer comida.
deslocado com 3 ou mais palavras tem vír-  
gula obrigatória e para a FCC o tamanho do
adjunto adverbial deslocado não importa. i) Para separar, quando deslocadas, as conjunções
A FCC considera a vírgula facultativa sem- adversativas (mas, porém, todavia, contudo, entre-
pre nesses casos.   tanto, no entanto) e as conclusivas (logo, portanto,
pois, por conseguinte)
Ex: Ontem, (facultativa para qualquer banca)
estudei Direito Administrativo. Ex: Tenho certeza; não darei, portanto,
Na semana passada, (Facultativa para banca o braço a torcer.    
FCC e obrigatória para banca CESPE) estudei          
Direito Constitucional. O trabalho é árduo; ele, porém, não pára
 
d) Para isolar o Objeto pleonástico (enfático) 2 - É proibido o uso da vírgula
 
Ex: Esse dinheiro, nunca vou voltar a vê-lo. a) Entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu
  objeto.
e) Para isolar o vocativo

Ex: Os índios, acreditaram, nos invasores. (errado)


LÍNGUA PORTUGUESA
37

b) Entre o nome o seu adjunto adnominal. Ex: O time estava escalado...


 
Ex: A preocupação, do rapaz era enorme. (errado) c) Para enfatizar ideias adversativas ou conclusivas

c) Entre o nome e seu complemento nominal. Ex: Estudou; portanto mereceu.

Ex: A rua é paralela, ao rio (errado) 9.3 - USO DOS DOIS-PONTOS


 
3 - Entre orações Usam-se dois pontos para:

Usa-se a vírgula para: a) Introduzir uma fala, uma citação

a) Para separar as orações coordenadas Ex: A manchete estampava: “a meninha morreu”

Ex: Foi lá no porão, pegou três oitão, deu tiro na mão do b) Anunciar uma enumeração
próprio irmão.
  Ex: Três meninas elegantes: cobra, jacaré e elefante.
b) Para separar a oração subordinada adjetiva ex-
plicativa c) Introduzir um exemplo:

Ex: João, que não se sentia bem, caiu no chão. Ex: um monossílabo tônico: pé.
   
c) Para separar as orações subordinadas adverbiais d) Anunciar um esclarecimento ou explicação de
deslocadas termo anteriormente dito:

Ex: Quando meu time voltar a ganhar, eu compro a ca- Ex: Ele é impaciente: não sabe ouvir.
misa.
  
9.2 - USO DO PONTO E VÍRGULA QUESTÕES OBJETIVAS
 
Usa-se o ponto-e-vírgula para:
  1. Considere as construções abaixo.
a) Separar orações que tenham vírgulas em seu in-
terior. I. Ele pesquisa o transporte público nas grandes cidades,
onde convivem meios obsoletos e avançados.
Ex: Ela agia correto; ele, errado. II. A preferência pela vida no campo tende a diminuir, em
  função das ofertas de trabalho que há na cidade.
b) Separar os itens de uma enumeração: III. Num passado recente, ninguém imaginaria que confor-
tos da cidade viessem a se oferecer na vida do campo.
LÍNGUA PORTUGUESA
38

A exclusão da vírgula altera o sentido do que se mond, em seu poema motivam uma ampla discus-
enuncia APENAS em são, acerca do que se pode ou não classificar, como
uma ação bárbara.
a. I. d. Nunca ocorreu, ao Sr. Matter, que, um índio jivaro,
b. II. tivesse qualquer critério para escolher aquele, de
c. III. quem reduziria a cabeça.
d. I e III. e. A curiosidade do explorador Matter, não deixava de
e. II e III. ser mórbida, mas por vezes, somos levados a apre-
ciar a crueldade, sem pensar no que, esta, significa
2. Atente para as seguintes frases: para a vítima.

I. Com atenção, eles ouviam as músicas que eu sele- 4. Em pouco mais de seis minutos, Porter costura
cionara para eles. cenas de um dia na vida de um bombeiro, esta-
II. Eles gostavam especialmente dos movimentos len- belecendo o conceito narrativo que iria domi-
tos, que lhes pareciam mais poéticos. nar o cinema comercial ao longo das décadas
III. Atenção especial foi dada aos compositores român- seguintes: as imagens se sucedem, convidando
ticos, sobre os quais fiz comentários emocionados. o espectador a organizá-las como uma história
linear, com começo meio e fim.
A exclusão da vírgula acarretará mudança de sen-
tido APENAS em Atente para as afirmações abaixo a respeito do
segmento acima.
a. II e III.
b. I. • I. O sinal de dois-pontos introduz uma decorrência
c. II. do que se afirma antes.
d. III. • II. Sem prejuízo da correção e do sentido original,
e. I e III. uma continuação para o segmento “as imagens se
sucedem” é: “umas as outras”.
3. Está inteiramente correta a pontuação do se- • III. A vírgula empregada após “linear” precede uma
guinte período: explicação.

a. Certamente, os homens caçados pelo czar prefe- Está correto o que se afirma APENAS em:
ririam que este, como outros caçadores, tomasse
como alvo apenas alguma borboleta, ou uma ando- a. I.
rinha, ou mesmo um macaco. b. II e III.
b. Macacos, borboletas, e andorinhas, são, para muita c. I e II.
gente, interessantes alvos de caça, mas não para o d. I e III.
índio jivaro, nem tampouco, para o czar naturalis- e. III.
ta.
c. Tanto Rubem Braga em sua crônica, quanto Drum-
LÍNGUA PORTUGUESA
39

5. A vírgula pode ser retirada sem prejuízo para A oração que forma um período simples recebe o nome
o significado e mantendo a norma-padrão na de oração absoluta.
seguinte sentença:
10.2 - PERÍODO COMPOSTO
a. Mário, vem falar comigo depois do expediente.
b. Na próxima semana, apresentaremos a proposta de É formado por mais de uma oração. Dependendo de
trabalho. como as orações se relacionam, pode ser:
c. Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
d. Encomendei canetas, blocos e crachás para a reu- Composto por coordenação
nião.
e. Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o dis- É formado exclusivamente por orações coordenadas.
curso.
Ex.: No outro dia tomei o trem, peguei no sono e acordei
na estação.
GABARITO No outro dia tomei o trem , peguei no sono e acordei na estação

01-a 02-a
oração coord. assindética oração coord. oração coordenada
assindética sindética aditiva
03-a 04-d
05-b Ex.: Cheguei cedo ao teatro, mas não arranjei um bom
lugar.
Cheguei cedo ao teatro , mas não arranjei um bom lugar.
oração coord. assindética oração coordenada sindética adversativa
10. PROCESSOS DE
COORDENAÇÃO E Composto por subordinação
SUBORDINAÇÃO.
É formado de oração principal e oração(ões) subordina-
Como já sabemos, período é a frase organizada em ora- da(s) à principal.
ções. Dependendo do número de orações que o com-
põem, o período pode ser simples ou composto. Ex.: Um relance de olhos revelou-me que sua fisionomia
não era estranha.
10.1 - PERÍODO SIMPLES Um relance de olhos revelou-me que sua fisionomia não era estranha.
oração principal oração subordinada

é formado por uma única oração, organizada em torno


de um verbo ou uma locução verbal. Ex.: Não conheço a pessoa que ela estava procurando.
Não conheço a pessoa que ela estava procurando.
oração principal oração subordinada
Ex.: “Minha vida era um palco iluminado.”
(Sílvio Caldas e Orestes Barbosa)

Ex.: Amanhã poderá chover.



LÍNGUA PORTUGUESA
40

10.2 - ORAÇÕES COORDENADAS Ex.: Pedro trabalha muito, mas ganha pouco.
Pedro trabalha muito , mas ganha pouco.
Orações coordenadas são aquelas que, no período, não or. coord. Assindética or. coord. sind. adversativa
exercem função sintática umas em relação às outras. Uma
oração coordenada, portanto, nunca será termo das ou- Alternativas
tras coordenadas com as quais se relaciona.
exprimem ideia de alternância, escolha. Haverá alter-
Ex.: Acordei cedo , tomei o café, paguei a conta e deixei nância quando a ocorrência de um fato implicar a não
o hotel. ocorrência de outro. As principais conjunções alternativas
Acordei cedo , tomei o café , paguei a conta e deixei o hotel. são: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já...já, seja...
oração oração oração oração seja.
coordenada coordenada coordenada coordenada

Ex.: Venha agora ou perderá a vez.


Verifique que, no exemplo acima, temos quatro orações Venha agora , ou perderá a vez.
sintaticamente independentes; cada oração é, do ponto or. coord. assindética or. coord. sind. alternativa
de vista sintático, uma unidade autônoma.
Conclusivas
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas
Exprimem ideia de conclusão. As principais conjunções
As orações coordenadas sindéticas classificam-se, de conclusivas são: logo, portanto, então, pois (pospos-
acordo com a conjunção que as introduz, em: aditivas, to ao verbo).
adversativas, alternativas, conclusivas e explicati-
vas. Ex.: As árvores balançam, logo está ventando.
As árvores balançam , logo está ventando.
Aditivas or. coord. Assindética or. coord. sind. Conclusiva

Exprimem ideia de soma, adição. As principais conjun- Explicativas


ções aditivas são: e, nem, mas também, mas ainda.
exprimem idéia de explicação, justificação, confirmação.
Ex.: Pedro estuda e trabalha. As principais conjunções explicativas são: pois (ante-
Pedro estuda e trabalha. posto ao verbo), porque, que.
or. coord. assindética or. coord. sind. aditiva
Ex.: Venha imediatamente, pois sua presença é indis-
Adversativas pensável.
Venha imediatamente , pois sua presença é indispensável.
Exprimem ideia de adversidade, oposição, contraste. As or. assindética or. coord. sind. Explicativa
principais conjunções adversativas são: mas, porém, to-
davia, contudo, entretanto, no entanto.
LÍNGUA PORTUGUESA
41

10.4 - O PAPEL DAS CONJUNÇÕES 10.5 - ORAÇÕES SUBORDINADAS

Como já foi dito no em Conjunção, é fundamental notar No período composto, as orações se relacionam de tal
que o contexto determina o tipo de relação estabelecido modo que umas podem exercer funções sintáticas em re-
pela conjunção, pois uma mesma conjunção pode esta- lação a outras. Toda oração que exerce uma função sintá-
belecer relações diferentes entre orações. tica em relação à outra denomina-se oração subordina-
da. As orações subordinadas, conforme a função sintática
a) Pedro trabalha de dia e estuda à noite. que exerçam, classificam-se em substantivas, adjetivas ou
b) Pedro queria viajar nas férias e não podia. adverbiais.
c) Siga este conselho e terá sucesso.
Substantivas
Observe que, em a, a conjunção e estabelece relação de
adição entre as duas orações. Já em b e c essa mesma Exercem as funções próprias de um substantivo (sujeito,
conjunção assume outros matizes, indicando adversida- objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento
de e explicação, respectivamente. As frases b e c equiva- nominal e aposto). As subordinadas substantivas são in-
lem, respectivamente, a: troduzidas, em geral, pelas conjunções integrantes que
e se, as quais não desempenham nenhuma função sin-
Pedro queria viajar nas férias, mas não podia. tática.
Siga este conselho, pois terá sucesso.
Adjetivas
10.5 - ORAÇÕES INTERCALADAS
Exercem a função sintática de adjunto adnominal, comu-
Orações intercaladas (também conhecidas como orações mente exercida pelo adjetivo. As subordinadas adjetivas
interferentes) são orações independentes que não per- são introduzidas por pronomes relativos - que, quem,
tencem à sequência do período. quanto, como, onde cujo (e flexões), o qual (e flexões).
Os pronomes relativos desempenham diferentes funções
As orações intercaladas são utilizadas para um esclareci- sintáticas na oração por eles introduzida.
mento, um aparte, uma citação.
Adverbiais
Ex.: Eu - retrucou o advogado - não concordo.
Eu retrucou o advogado não concordo. Exercem a função sintática de adjunto adverbial, carac-
oração intercalada terística do advérbio. As subordinadas adverbiais são
introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto as
Ex.: “- Tem razão, Capitu / , concordou o agregado. / integrantes) e exprimem circunstâncias de tempo, con-
Você não imagina como a Bíblia é cheia de expressões sequência, causa, comparação, concessão, proporção,
cruas e grosseiras.” (Machado de Assis) condição, conformidade e finalidade. Tais conjunções não
desempenham função sintática.
As orações intercaladas vêm separadas por vírgula ou
travessões.
LÍNGUA PORTUGUESA
42

10.6 - ORAÇÕES SUBORDINADAS Note as ocorrências mais frequentes de orações su-


SUBSTANTIVAS bordinadas substantivas subjetivas:

As orações subordinadas substantivas, conforme a fun- Ex:


ção sintática que desempenham, classificam-se em sub- É provável que ele chegue ainda hoje.
jetivas, objetivas diretas,objetivas indiretas, predicativas, Convém que ele chegue ainda hoje.
completivas nominais ou apositivas. Conta-se que ele chegará ainda hoje.
Or. Principal Or. Sub. Substantiva Subjetiva
Subjetivas

Exercem a função de sujeito do verbo da oração princi-


OPA!
pal.

Quando há oração subordinada substantiva


Ex: Seu casamento, é urgente.
subjetiva, a oração principal apresenta o verbo
Seu casamento , é urgente. na terceira pessoa do singular e não possui su-
sujeito jeito nela mesma.

Ex: Que você case, é urgente. Objetivas diretas
Que você case , é urgente.
or. subord. subst. subjetiva or. principal
Exercem a função sintática de objeto direto do verbo da
oração principal:
No primeiro exemplo, em que temos um período sim-
ples, o núcleo do sujeito é representado por um subs-
Ex.: Espero que você case.
tantivo - casamento. No segundo exemplo, um período
Espero que você case.
composto formado de duas orações, o sujeito da oração
or. principal or. subord. subst. objetiva direta
principal é representado por uma oração - que você case
- que exerce a mesma função sintática do substantivo ca-
Ex.: Desejo que ele volte.
samento no primeiro exemplo. A essa oração, que exer-
Desejo que ele volte.
ce a função sintática de sujeito de outra oração, dá-se o
or. principal or. subord. subst. objetiva direta
nome de oração subordinada substantiva subjetiva:

Objetivas indiretas

• Oração subordinada, por quê?


Exercem a função sintática de objeto indireto do verbo da
• Porque exerce uma função sintática subor-
oração principal.
dina-se a outra
• Substantiva, por quê?
Ex.: Necessitávamos de que nos ajudassem.
• Porque exerce uma função própri do subs-
Necessitávamos de que nos ajudassem.
tantivo
or. principal or. subord. subst. objetiva indireta
• Subjetiva, por quê?
LÍNGUA PORTUGUESA
43

Ex.: Gostaria de que todos me apoiassem. Apositivas


Gostaria de que todos me apoiassem.
or. principal or. subord. subst. objetiva indireta Desempenham a função sintática de aposto de um nome
da oração principal.
Nesses exemplos os verbos da oração principal exigem
uma preposição, a qual antecede a conjunção integrante. Ex.: Desejo uma coisa: que sejas feliz.
Desejo uma coisa: que sejas feliz.
Predicativas or. principal or. subord. subst. apositiva

Desempenham a função sintática de predicativo do sujei- Ex.: Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
to da oração principal. Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais.
or. principal or. subord. subst. apositiva
Ex.: Meu maior desejo era que todos voltassem.
Meu maior desejo era que todos voltassem. Note que, assim como no caso do aposto, as ora-
or. principal or. subord. subst. predicativa ções apositivas separam-se da principal por sinal
de pontuação.
Ex.: Minha esperança é que sejas feliz.
Minha esperança é que sejas feliz.
or. principal or. subord. subst. predicativa OPA!

Observe a presença do verbo de ligação na oração As orações subordinadas substantivas, como


principal. vimos, começam geralmente pelas conjunções
subordinativas integrantes (que e se). Podem,
no entanto, vir introduzidas por outras pala-
Completivas nominais vras:

Exercem a função sintática de complemento de um nome


da oração principal. Ex.: Não sei/ como ele se comportou.

Ex.: Perguntei/ quando era o exame.


Ex.: Tenho medo de que me traias.
Ex.: Não sei/ por que és tão vaidosa.
Tenho medo de que me traias.
or. principal or. subord. subst. completiva nominal Ex.: Perguntamos/ quanto custava o produto.

Ex.: Não sabemos/ quem escondeu os documentos.


Ex.: Sou favorável a que o condenem.
Sou favorável a que o condenem.
or. principal or. subord. subst. completiva nominal

Observe que as completivas nominais (assim como o


complemento nominal) se ligam ao nome (substantivo,
adjetivo ou advérbio) por meio de preposição.
LÍNGUA PORTUGUESA
44

10.7 - ORAÇÕES SUBORDINADAS É muito fácil reconhecer uma oração subordinada


ADJETIVAS adjetiva, já que ela sempre virá introduzida por um
pronome relativo. A oração adjetiva pode vir depois da
As orações subordinadas adjetivas são, como já defini- oração principal ou estar nela intercalada:
mos, aquelas que exercem a função sintática de adjun-
to adnominal, própria do adjetivo. Estão relacionadas a Ex.: Serão premiados os alunos que conseguirem melhor
um nome da oração principal e vêm introduzidas por um nota.
pronome relativo. Serão premiados os alunos que conseguirem melhor nota.
or. principal pron. rel. or. subord. adjetiva
Ex: Admiramos os alunos, estudiosos.
Admiramos os alunos , estudiosos. Ex.: Os alunos que conseguirem melhor nota serão pre-
adjetivo miados.
Os alunos que conseguirem melhor nota. serão premiados.

or. principal or. subord. adjetiva or. principal
Ex: Admiramos os alunos que estudam.
pron. rel.
Admiramos os alunos que estudam.
or. subord. adjetiva
Quanto ao sentido, as orações subordinadas adjetivas

classificam-se em restritivas ou explicativas.
No primeiro exemplo, em que temos um período sim-
ples, o adjetivo estudiosos exerce a função sintática de
Restritivas
adjunto adnominal. Já no segundo exemplo, um período
composto, a função sintática de adjunto adnominal não é
Restringem a significação do nome a que se referem.
mais exercida por um adjetivo, mas por uma oração que
equivale a um adjetivo - que estudam - a qual funciona
Ex.: O homem que fuma vive menos.
como adjunto adnominal do núcleo do objeto direto alu-
Os alunos que conseguirem melhor nota. serão premiados.
nos. A essa oração dá-se o nome de oração subordinada
or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal
adjetiva:

Verifique que a característica expressa pela oração ad-


• Oração subordinada?
jetiva que fuma não se aplica a todos os elementos da
espécie humana. Dizemos, então, que ela restringe a sig-
Porque exerce uma função sintática, sendo determi-
nificação do nome a que se refere: abrange não todos os
nante de outro termo.
homens, apenas aqueles que fumam.

• Adjetiva?
Outros exemplos:

Porque exerce a função de adjunto adnominal, pró-


Ex.: Os jogadores que foram convocados apresentaram-
pria do adjetivo.
-se ontem.

Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem.


or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal
LÍNGUA PORTUGUESA
45

Ex.: O homem que trabalha vence na vida. 10.8 - ORAÇÕES SUBORDINADAS


O homem que trabalha vence na vida. ADVERBIAIS
or. principal or. subord. adj. restritiva or. principal

Orações subordinadas adverbiais são, conforme defini-


Ex.: Resolveram os exercícios que faltavam. mos anteriormente, aquelas que exercem a função sintá-
Resolveram os exercícios que faltavam. tica de adjunto adverbial, própria do advérbio. Observe:
or. principal or. principal Ex Saímos tarde.
Saímos tarde
Explicativas advérbio

Não restringem a significação do nome; pelo contrário, Ex: Saímos quando era tarde.
acrescentam uma característica que é própria do elemen- Saímos quando era tarde.
to a que se referem. or. subord. Adverbial

Ex.: O homem, que é um ser racional, aprende com os No primeiro exemplo, em que temos período simples, o
erros. advérbio tarde exerce a função sintática de adjunto ad-
O homem que é um ser racional aprende com os erros.
verbial. Já no segundo exemplo, período composto, a
or. principal or. subord. adj. or. principal
função sintática de adjunto adverbial não é mais exerci-
explicativa
da por um advérbio, mas por uma oração equivalente -
quando era tarde. A essa oração dá-se o nome de oração
Ex.: O Sol, que é uma estrela, é o centro do nosso siste-
subordinada adverbial:
ma planetário.
O Sol , que é uma estrela , é o centro do nosso
• Oração subordinada?
sistema planetário.
or. principal or. subord. adj. or. principal
explicativa
Porque exerce uma função sintática sobre outro ter-
mo

Ex.: Capitu , que é uma personagem de Dom Casmurro,


tinha olhos de ressaca. • Adverbial?
Capitu , que é uma personagem , tinha olhos de ressaca.

de Dom Casmurro Porque exerce a função de adjunto adverbial, própria


or. principal or. subord. adj. explicativa or. principal do advérbio

As orações subordinadas adverbiais iniciam-se pelas con-


As orações subordinadas adjetivas explicativas são obri-
junções subordinativas, exceto as integrantes (que, como
gatoriamente separadas da principal por vírgula.
vimos, introduzem as orações subordinadas substanti-
vas).
LÍNGUA PORTUGUESA
46

Causal efeito de uma ação qualquer). A principal conjunção


consecutiva QUE é precedida de um termo intensificador:
Exprime uma circunstância de causa, aqui entendida tão, tal, tanto, tamanho.
como motivo, ou seja,aquilo que determina ou provoca
um acontecimento. As principais conjunções e locuções Ex.: Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
conjuntivas causais são: porque, como (equivalendo a Choveu tanto que o jogo foi suspenso.
porque), visto que, já que, uma vez que. or. Principal or. sudord. adv. Consecutiva

Ex.: Não viajamos, porque estava chovendo. Concessiva


Não viajamos , porque estava chovendo.
or. Principal or. sudord. adv. Causal Exprime circunstância de concessão, que é o ato de con-
ceder, de permitir, de não negar, de admitir uma idéia
Comparativa contrária. As principais conjunções e locuções conjuntivas
concessivas são: embora, conquanto, se bem que, ainda
Exprime circunstância de comparação, que é o ato de que, mesmo que, por mais que, por menos que.
confrontar dois elementos a fim de estabelecer seme-
lhanças ou diferenças entre eles. As principais conjunções Ex.: Choveu embora a meteorologia previsse bom tem-
comparativas são: como, que (precedido de mais ou de po.
menos): Choveu embora a meteorologia previsse bom tempo.
or. Principal or. sudord. adv. Concessiva
Ex.: Choveu como chove em Belém.
Choveu como chove em Belém. Condicional
or. Principal or. sudord. adv. comparativa
Exprime circunstância de condição, entendida como uma
obrigação que se impõe ou se aceita para que um deter-
OPA! minado fato se realize. As principais conjunções e locu-
ções conjuntivas condicionais são: se, caso, contanto que,
Muitas vezes as orações comparativas vêm com o verbo desde que.
elíptico.
Ex.: Viajaremos se não chover amanhã.
Ex.: Choveu / como em Belém. Viajaremos se não chover amanhã.
(= choveu como chove em Belém. Verbo elíptico: chove) or. Principal or. sudord. adv. Concessiva

Ex.: Falava mais / que papagaio. Conformativa


(= Falava mais que papagaio fala. Verbo elíptico: fala)
Exprime circunstância de conformidade, isto é, de acordo,
Consecutiva de adequação, de não-contradição. As principais conjun-
ções conformativas são: conforme, segundo, consoante,
Exprime circunstância de consequência (resultado ou como.
LÍNGUA PORTUGUESA
47

Ex.: Choveu, conforme era previsto. 10.9 - ORAÇÕES SUBORDINADAS


Choveu conforme era previsto REDUZIDAS
or. principal or. sudord. adv. Conformativa
Muitas vezes, as orações subordinadas (substantivas, ad-
Final jetivas, adverbiais) podem aparecer sob a forma de ora-
ções reduzidas. As orações subordinadas reduzidas têm
Exprime circunstância de finalidade, entendida como o duas características:
objetivo, a destinação de um fato. As principais conjun-
ções e locuções conjuntivas finais são: a fim de que, para 1. apresentam o verbo em uma das formas nominais: ge-
que, que. rúndio, particípio ou infinitivo;

Ex.: Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não 2. não vêm introduzidas por conectivos (conjunções
perdessem safra. e locuções conjuntivas subordinativas ou pronomes
Os lavradores esperavam a chuva a fim de que não perdessem safra. relativos).
or. principal or. sudord. adv.final
As orações subordinadas reduzidas classificam-se, de
Proporcional acordo com a forma verbal que apresentam, em:

Exprime circunstância de proporção, entendida como a 3. subordinada reduzida de gerúndio;


relação entre duas coisas, de modo que qualquer altera- 4. subordinada reduzida de particípio;
ção em uma delas implique alteração na outra. As princi- 5. subordinada reduzida de infinitivo.
pais locuções conjuntivas proporcionais são: à proporção
que, à medida que. Para analisar uma oração subordinada reduzida,
basta fazer o seguinte:
Ex.: À proporção que a civilização progride, o romantis-
mo se extingue. a. desenvolvê-la, ou seja, tirá-la da forma reduzida, fa-
À proporção que a civilização progride o romantismo se extingue.
zendo aparecer o conectivo;
or. principal or. sudord. adv.final b. analisar a oração desenvolvida;
c. aplicar a análise da oração desenvolvida à reduzi-
Temporal
da, acrescentando as palavras reduzida de gerúndio,
particípio ou infinitivo, conforme o caso. Observe
Exprime circunstância de tempo. As principais conjunções
atentamente o exemplo que segue:
e locuções conjuntivas temporais são: quando, enquanto,
logo que, desde que, assim que.
Ex.: Penso estar doente.

Ex.: Choveu quando eram dez horas.


Penso que estou doente.
Choveu quando eram dez horas. Penso que estou doente.
or. principal or. sudord. adv. temporal or. principal or. sudord. subst. obj. dir.
LÍNGUA PORTUGUESA
48

Analisando a oração desenvolvida, temos: oração subor- a) Vamos comer, Douglas Canário, que estou mor-
dinada substantiva objetiva direta. Agora, basta aplicar a rendo de fome.
classificação à oração reduzida e acrescentar as palavras b) Alguns leram, no entanto não entenderam.
reduzida de infinitivo. Portanto: c) Não fiques nervoso, Douglas Canário, pois eu é
que fiz os exercícios.
Ex.: Penso estar doente. d) Douglas Canário está nervoso, necessita, pois,
Penso Estar doente. de calmante.
or. principal or. sudord. subst. obj. dir. reduzida de infinitivo e) Cala-te, porque só dizes besteiras.
f ) A vida é curta, por isso aproveitemos cada mo-
Vejamos outro exemplo: mento.
g) Saia, porque você é execrável.
Ex.: Vi guardas conduzindo presos. h) Douglas Canário falou muito, e não convenceu.
i) O prefeito é vítima de atentado, entretanto go-
vernador não acredita em motivação política.
Vi guardas que conduziam presos. j) Entro num drama ou saio de uma comédia.
Vi guardas que conduziam presos. k) A temperatura ameaçava subir; não subia, pois.
or. principal or. sudord. subst. adj. restritiva

Aplicando a análise à oração reduzida, temos: oração su- 2. Classifique as orações subordinadas adverbiais
bordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. destacadas:
Examinemos agora uma terceira hipótese:
a) “Você passou na minha vida como um vadio
Ex.: Terminado o baile, todos saíram. vendaval.”
b) “Quero que você me faça um favor, já que a
gente não vai mais se encontrar.”
Quando terminou o baile, todos saíram. c) “E, embora eu já conheça bem os seus caminhos,
Quando terminou o baile, todos saíram. me envolvo e sou tragado pelos seus carinhos.”
or. sudord. adverbial temporal or. principal d) “Onde andei não deu para ficar, porque aqui é
o meu lugar.”
Aplicando a análise da oração desenvolvida à reduzida, temos: e) “Aguardaremos, brincaremos no regato, até que
oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio. nos tragam frutos.”
f ) Ajoelhou-se porque estava curada.
g) Esforçou-se tanto quanto no dia anterior.
h) Esforçou-se tanto que alcançou o seu objetivo.
Exercícios de Fixação i) Quanto mais pensa, mais nervoso fica.
j) Está no Rio Grande do Sul desde que terminou
a Faculdade.
1. Classifique as orações coordenadas destacadas k) Ganhará um automóvel desde que termine a Fa-
a seguir: culdade.
LÍNGUA PORTUGUESA
49

1. No período: “Paredes ficaram tortas, animais a. porquanto


enlouqueceram e as plantas caíram”, temos: b. em detrimento disso
c. desse modo
a. Duas orações coordenadas assindéticas e uma d. embora
oração subordinada substantiva. e. todavia
b. Três subordinadas substantivas.
c. Três orações coordenadas. 5. Sua inserção no interior do tecido urbano é,
d. Quatro orações coordenadas. porém, uma outra história.
e. Uma oração principal e duas orações subordi-
nadas. Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento
sublinhado pode ser substituído por:
2. “Mauro não estudou nada e foi aprovado”. A
oração sublinhada é: a. contudo
b. afinal
a. adversativa c. portanto
b. conclusiva d. assim
c. explicativa e. logo
d. alternativa
e. aditiva 6. Manaus é uma cidade como as outras, só que
ela tem, como as outras cidades, algumas par-
3. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à ticularidades...
caceteação da quarentena.
Mantêm-se as relações de sentido do texto substi-
Mantendo-se o sentido e a coesão da frase, o seg- tuindo-se o segmento sublinhado por:
mento grifado acima pode ser corretamente subs-
tituído por: a. uma vez que
b. no entanto
a. De sorte que faltava o lazareto c. se acaso
b. Embora faltasse o lazareto d. conquanto
c. Uma vez que faltava o lazareto e. embora
d. À medida que faltasse o lazareto
e. Conquanto faltava o lazareto 7. Embora as esculturas ficassem longe do públi-
co, elas foram vistas por artistas que visitavam
4. E, no entanto, o cinema chegou num ponto em Picasso.
que é capaz de expressar...
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento
Sem prejuízo da correção e do sentido, o elemento sublinhado acima pode ser substituído por:
sublinhado acima pode ser substituído por:
LÍNGUA PORTUGUESA
50

a. Porquanto 11. Chico Mendes foi vereador em Xapuri, onde


b. Apesar de nasceu, e se firmou como crítico de projetos
c. Contudo governamentais de graves consequências am-
d. Conquanto bientais, como a construção de estradas na
e. A despeito de região amazônica. O termo “onde” introduz
oração:
8. “Os homens sempre se esquecem  de que so-
mos todos mortais.” A oração destacada é: a. adjetiva de sentido explicativo.
b. adjetiva de sentido restritivo.
a. substantiva completiva nominal c. substantiva objetiva direta
b. substantiva objetiva indireta d. adverbial de lugar
c. substantiva predicativa e. substantiva explicativa
d. substantiva objetiva direta
e. substantiva subjetiva GABARITO

01-c 02-a
9. “Estou seguro  de que a sabedoria dos legis-
ladores saberá encontrar meios  para realizar
03-c 04-e
semelhante medida.” A oração em destaque é 05-a 06-b
substantiva:
07-d 08-b
a. objetiva indireta 09-b 10-b
b. completiva nominal 11-a
c. objetiva direta
d. subjetiva
e. apositiva

11. COESÃO E COERÊNCIA


10. Na frase “Maria do Carmo tinha a certeza  de
que estava para ser mãe”, a oração em desta-
TEXTUAIS
que é:
Textualidade é um conjunto de características que
fazem com que um texto possa ser considerado um
a. subordinada substantiva objetiva indireta
texto, e não um aglomerado de palavras.
b. subordinada substantiva completiva nomi-
A textualidade conta com dois ingredientes bási-
nal
cos: a coesão e a coerência.
c. subordinada substantiva predicativa
d. coordenada sindética conclusiva
11.1 - COESÃO TEXTUAL
e. coordenada sindética explicativa

Ligação existente entre as ideias, feita por meio de conec-


tivos apropriados, como conjunção, pronomes e artigos.
LÍNGUA PORTUGUESA
51

O texto não é um emaranhado de palavras e nem uma Com metonímia


colocação mecânica de sentenças – há uma interação fei-
ta por meio de conectivos. Ex: Adoro Dom Casmurro. Não deixo de ler Machado.

Ex: Eu ajudei os trabalhadores. Deixei-os felizes. Com sinônimos

Coesão Referencial Ex: O papa nunca desistiu da paz. Sua Santidade


dedica-se a essa causa.
Quando há remissão a outros itens do discurso (elemen-
to do texto) Coesão Elíptica

Anafórica (antes) Ex: O Treinador do time reclamou bastante da


arbitragem após o jogo. Disse que ia recorrer à
Ex: Felicidade era o que ele desejava. Isso era o que Justiça Desportiva
nós também desejávamos. O gorila fugiu da jaula. No entanto, foi recuperado.
A vida é bela. Isso é verdade.
As autoridades chegaram a SP. Lá estava frio. Coesão Transfrástica com famílias
O gorila fugiu da jaula. No entanto, ele já foi recu- etimológicas
perado.
Ex: Júlia e Marcelo se amavam. Esse amor era radiante.
Catafórica (depois)
11.2 - COERÊNCIA TEXTUAL
Ex: Só te pergunto isto: quem vai ficar com Poly?
Falarei uma coisa com toda certeza: o Flamengo A coerência é um dos fundamentos da textualidade. Ela
não vai ser campeão. se refere às ligações de sentido construído no texto, que
podem estar relacionadas a diferentes fatores: lógico-lin-
Exofórica (dêixis) guísticos, textuais ou culturais.

Ex: A vida é bela, mas há os que digam que não. Fatores de incoerência

Coesão Lexical Fatores lógico-linguísticos

Com hipônimos e hiperônimos. • Um determinado conjunto de palavras que participa


da construção de uma frase tem que estar ligado se-
Ex: O gorila fugiu da jaula. No entanto, o animal já manticamente de forma adequada: assim, podemos
foi recuperado. dizer homem enérgico, árvore frondosa, rua engarra-
O garfo estava bem na ponta da mesa. Mamãe fada, mas não faz qualquer sentido dizer-se homem
gritou, mas o talher caiu no meu pé frondoso, rua enérgica ou árvore engarrafada.
LÍNGUA PORTUGUESA
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Na história das palavras de uma língua, cada uma delas, e pensam como seres humanos, nas narrativas do
por sua origem e, principalmente, por seu uso, adquire realismo mágico podem ocorrer ações impossíveis
determinados significados, excluindo qualquer significa- no mundo real etc.
do diferente de suas possibilidades de emprego; assim, é
possível construir-se incoerência a partir do mau empre- • Campo semântico: caso interessante, nesse aspec-
go de vocábulos. to, é a incoerência gerada pela intromissão de um
vocábulo inesperado em um grupo de que seman-
A linguagem figurada é uma “permissão” oficial de incoe- ticamente não faz parte: assim, numa frase como O
rência, em muitos casos, mas, para que seja aceita, deve professor entrou em sala com os livros, o apagador, o
ser vista como tal: assim, ao dizer-se que Um homem é giz, o maiô e o cacho de banana, o que fazem aí os
um touro, o leitor compreende que tal homem é muito dois últimos elementos citados?
forte e, em nenhum momento, que seja um animal.
• Esquemas culturais: muitas ações apresentam de-
• As relações lógicas estabelecidas entre palavras e en- terminada organização estabelecida no meio cultural
tre segmentos de palavras devem ser estabelecidas em que estão presentes e, alterar essa organização
de forma clara, não podendo chocar-se com essas também pode provocar incoerência. Assim, pode
mesmas relações no mundo conhecido; assim, é pos- causar estranheza o fato de alguém entrar em um
sível dizer-se Não fui à universidade porque estava restaurante e solicitar ao garçom, inicialmente, que
chovendo muito, estabelecendo-se uma justa relação lhe sirva a sobremesa e, depois, um prato salgado.
entre um fato e sua causa, mas não se pode dizer
Não fui à universidade embora estivesse chovendo, Fatores textuais
pois a concessão não cabe nesse contexto. Do mes-
mo modo, a frase Por falta de insegurança deixei de Um outro fator de incoerência é a ruptura de esquemas
visitar aquela cidade traz uma incoerência lógica, já previamente estabelecidos e de conhecimento do lei-
que se trata, logicamente, de falta de segurança. tor como os esquemas textuais: cada um dos modos de
organização discursiva apresenta uma estrutura básica,
Fatores culturais estabelecida em sua própria história, e perturbar essa es-
truturação provoca incoerência. Assim, numa narrativa, a
• informações: as informações presentes num texto sucessão de fatos cronologicamente apresentados sem-
devem também estar adequadas ao nosso conhe- pre parte do menos para o mais intenso; daí que uma
cimento de mundo: assim, a frase Pedro Álvares Ca- narrativa que faça o oposto, salvo situações especiais,
bral, depois de proclamar nossa independência, voltou provoca estranhamento em sua leitura.
a Portugal não faria sentido para um leitor sabedor
de que Pedro Álvares Cabral foi nosso descobridor Do mesmo modo, os tipos textuais apresentam caracte-
e nada tem a ver com nossa independência política. rísticas básicas que, se subvertidas, podem trazer incoe-
No entanto, certas informações equivocadas podem rência: um cartaz publicitário que, em lugar de elogiar
ganhar coerência, como sabemos, se modificamos o produto a ser vendido, o deprecie, certamente trará
as condições de leitura do texto, gerando sua aceita- espanto ao leitor.
bilidade. Nas fábulas, por exemplo, os animais falam
LÍNGUA PORTUGUESA
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Assim também, certas estruturas frasais esquemáticas po- sunto, discorrer sobre ele. Dependendo do objetivo do
dem, se modificadas, causar estranhamento: a frase: Não autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
compre um apartamento barato, compre um apartamen-
to bom, provocou ruptura na oposição entre contrários 3.1 Dissertação-Exposição
(barato – caro), causando estranhamento temporário.
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um
11.3 - TIPOLOGIA TEXTUAL saber teórico. Apresenta informações sobre assuntos, ex-
põe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O
1. Narração texto expositivo apenas expõe ideias sobre um determi-
nado assunto. A intenção é informar, esclarecer.  Ex: aula,
Modalidade em que um narrador, participante ou resumo, textos científicos, enciclopédia, textos expositivos
não,  conta um fato, real ou fictício, que ocorreu num de revistas e jornais,  etc.
determinado tempo e lugar, envolvendo certos persona-
gens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação 3.2 Dissertação-Argumentação
de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal pre-
dominante é o passado. Estamos cercados de narrações Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de
desde as que nos contam histórias infantis até às piadas ideias ou um ponto de vista do autor. O texto, além de
do cotidiano. É o tipo predominante nos gêneros: conto, explicar, também persuade o interlocutor, objetivando
fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, re- convencê-lo de algo. Caracteriza-se pela progressão ló-
lato, etc. gica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa.
É tipo predominante em: sermão, ensaio, monografia,
2. Descrição dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de
jornais e revistas.
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um
lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de 4. Injunção / Instrucional
palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela
sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abs- Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva
trata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no
Não há relação de anterioridade e posterioridade. Signi- modo imperativo, porém nota-se também o uso do infi-
fica “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É nitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo.
fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da perso- Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções
nagem a que o texto se Pega. É um tipo textual que se para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; tex-
agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros tos com regras de comportamento; textos de orientação
textuais. Tem predominância em gêneros como: cardá- (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com
pio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.  votos e desejos (de natal, aniversário, etc.).

3. Dissertação

Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um as-


LÍNGUA PORTUGUESA
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Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista


OPA! Marcos Resende primeiro tratou de verificar que estava
vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na
Muitos estudiosos do assunto listam apenas os tipos sua secretária eletrônica: “Hoje é 27 e eu não morri.
acima. Alguns outros consideram que existe também Não posso atender porque estou na outra linha dando
o tipo predição.  a mesma explicação”. Quando li esta nota, me lembrei
de como tudo neste mundo caminha cada vez mais
5. Predição depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de
Gonçalves Dias.
Caracterizado por predizer algo ou levar o inter-
locutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está O poeta estava a bordo do Grand Condé havia cinquenta
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêne- e cinco dias. O brigue chegou a Marselha com um morto
ros: previsões astrológicas, previsões meteoroló- a bordo. À falta de lazareto, o navio estava obrigado à
gicas, previsões escatológicas/apocalípticas.  caceteação da quarentena. Gonçalves Dias tinha ido se
tratar na Europa e logo se concluiu que era ele o morto. A
notícia chegou ao Instituto Histórico durante uma sessão
OPA! presidida por d. Pedro II. Suspensa a sessão, começaram
as homenagens ao que era tido e havido como o maior
Alguns estudiosos listam também o tipo Dialogal, ou poeta do Brasil.
Conversacional. Entretanto, esse nada mais é que o Suspeitar que podia ser mentira? Impossível. O imperador,
tipo narrativo aplicado em certos contextos, pois toda em pleno Instituto Histórico, só podia ser verdade.
conversação envolve personagens, um momento Ofícios fúnebres solenes foram celebrados na Corte e
temporal (não necessariamente explícito), um espaço na província. Vinte e cinco nênias saíram publicadas
(real ou virtual), um enredo (assunto da conversa) e de estalo. Joaquim Serra, Juvenal Galeno e Bernardo
um narrador, aquele que relata a conversa.  Guimarães debulharam lágrimas de esguicho, quentes
e sinceras. O grande poeta! O grande amigo! Que
trágica perda! As comunicações se arrastavam a passo
Dialogal / Conversacional de cágado. Mal se começava a aliviar o luto fechado,
dois meses depois chegou o desmentido: morreu, uma
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o vírgula! Vivinho da silva.
tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa te- A carta vinha escrita pela mão do próprio poeta: “É
lefônica, chat etc. mentira! Não morri, nem morro, nem hei de morrer nunca
mais!” Entre exclamações, citou Horácio: “Não morrerei
de todo.” Todavia, morreu, claro. E morreu num naufrágio,
QUESTÕES OBJETIVAS vejam a coincidência. Em 1864, trancado na sua cabine
do Ville de Boulogne, à vista da costa do Maranhão.
Seu corpo não foi encontrado. Terá sido devorado pelos
A morte e a morte do poeta tubarões. Mas o poeta, este de fato não morreu.
[...]
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(Adaptado de: RESENDE, Otto Lara. Bom dia para nascer. motivação da viagem do poeta para a Europa e as
São Paulo: Cia das Letras, 2011, p.107-8) falhas de comunicação entre o navio e o porto de
Marselha.
1. No texto, o autor contrapõe fundamentalmente c. a impossibilidade dos passageiros do navio
cumprirem o período de quarentena em terra, a
a. as boas condições do porto de Marselha, em presença do Imperador no Instituto Histórico e as
território francês, às péssimas condições do porto homenagens feitas no Brasil ao grande poeta.
brasileiro localizado no Maranhão, perto do qual o d. a morte de um passageiro no navio em que ele
navio Ville de Boulogne acabou por naufragar. viajava, a motivação da viagem do poeta para a
b. a demora com que a notícia da suposta morte de Europa e as falhas de comunicação entre o navio e o
Gonçalves Dias, no século XIX, pôde ser contestada porto de Marselha.
pelo poeta à rapidez com que o pianista Marcos e. a inexistência de lazareto no Grand Condé, a morte
Resende, contemporâneo do cronista, pôde de um passageiro no navio e as homenagens feitas
contestar a própria morte. no Brasil ao grande poeta.
c. a comoção com que foi recebida a notícia da suposta
morte do poeta Gonçalves Dias à indiferença com Do adultério
que se recebeu a notícia da morte do pianista Marcos
Resende, buscando-se esclarecê-la com um simples O adultério é um crime para todos os povos da terra;
telefonema. o adultério das mulheres, entenda-se, visto terem sido
d. a resistência do navio Grand Condé, onde Gonçalves os homens que fizeram as leis. Enxergaram-se como
Dias pôde permanecer em segurança por mais de proprietários de suas esposas; elas são um de seus bens;
cinquenta dias, à fragilidade do Ville de Boulogne, o adultério as rouba, introduz nas famílias herdeiros
que levou pouco tempo para naufragar na costa do estranhos. Acrescente-se a essas razões a crueldade do
Maranhão. ciúme, e não será surpreendente que em tantas nações,
e. a banalização das notícias em seu próprio tempo, mal saídas do estado selvagem, o espírito de propriedade
mesmo as mais trágicas, à solenidade com que tenha decretado a pena de morte para sedutores e
eram dadas no século XIX, muitas vezes em sessões seduzidas.
no Instituto Histórico, com a eventual presença do
próprio Imperador. (VOLTAIRE, O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 63-64)

2. De acordo com o texto, a falsa notícia da morte 3. Ao considerar o adultério como crime que
de Gonçalves Dias teria se originado de uma penaliza sobretudo as mulheres, Voltaire
conjunção de acontecimentos que incluem: estabelece uma íntima conexão entre

a. a morte de um passageiro no navio em que ele a. o preconceito masculino e a moralidade religiosa.


viajava, a impossibilidade dos passageiros do navio b. a ética própria do século XVIII e a capacidade
cumprirem o período de quarentena em terra e a feminina de sedução.
motivação da viagem do poeta para a Europa. c. a origem autoral da legislação e o direito de
b. a inexistência de lazareto no Grand Condé, a propriedade.
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d. a volubilidade masculina e o oportunismo feminino. outra ponta, podem surgir meios que valorizem a leitura
e. a administração política e os direitos da família. e a aplicação nos estudos.

Pátrio poder Nesse modelo, a melhor chance que os pais têm de influir
é determinando a vizinhança em que seu filho vai viver e a
Pais que vivem em bairros violentos de São Paulo chegam escola que frequentará. (Adaptado de: SCHWARTSMAN,
a comprometer 20% de sua renda para manter seus Hélio. Folha de São Paulo, 7/12/2014)
filhos em escolas privadas. O investimento faz sentido?
A questão, por envolver múltiplas variáveis, é complexa, 4. À pergunta O investimento faz sentido? o
mas, se fizermos questão de extrair uma resposta simples, próprio autor responde: “provavelmente sim”.
ela é “provavelmente sim”. Uma série de estudos sugere Essa resposta se justifica, porque
que a influência de pais sobre o comportamento dos
filhos, ainda que não chegue a ser nula, é menor do que a. a escola, ao contrário do que se imagina, tem
a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. efeitos tão poderosos quanto os que decorrem da
Quem primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga convivência familiar.
Judith Harris no final dos anos 90. b. as influências dos pares de um educando numa escola
pública são menos nocivas do que os exemplos de
Para Harris, os jovens vêm programados para ser seus pais.
socializados não pelos pais, como pregam nossas c. a qualidade do convívio de um estudante com seus
instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é, pelas colegas de escola é um fator determinante para sua
outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos formação.
argumentos que ela usa para apoiar sua teoria é o fato d. as grandes concentrações humanas estimulam
de que filhos de imigrantes não terminam falando com a características típicas do que já foi nosso ambiente
pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens que ancestral.
os cercam. e. a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por
desenvolver nos alunos uma subcultura crítica em
As grandes aglomerações urbanas, porém, introduziram relação ao ensino.
um problema. Em nosso ambiente ancestral, formado
por bandos de no máximo 200 pessoas, o “cantinho” das 5. Com a frase O resultado é formação de nichos
crianças era heterogêneo, reunindo meninos e meninas com a exacerbação de características mais
de várias idades. Hoje, com escolas que reúnem centenas marcantes o autor está afirmando que a
de alunos, o(a) garoto(a) tende a socializar-se mais socialização nas escolas se dá de modo a
com coleguinhas do mesmo sexo, idade e interesses.
O resultado é formação de nichos com a exacerbação a. dissolver os agrupamentos perniciosos.
de características mais marcantes. Meninas se tornam b. promover a competitividade entre os grupos.
hiperfemininas, e meninos, hiperativos. O mau aluno c. estabelecer uma hierarquia no interior dos grupos.
encontra outros maus alunos, que constituirão uma d. incentivar o desempenho dos alunos mais habilitados.
subcultura onde rejeitar a escola é percebido como algo e. criar grupos fortemente tipificados.
positivo. O mesmo vale para a violência e drogas. Na
LÍNGUA PORTUGUESA
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6. Considere as seguintes afirmações: condição singular do outro deveria ser o primeiro passo de
toda política. Nem paternalismo, nem admiração prévia,
I. A hipótese levantada pela psicóloga Judith Harris é a nem sentimentalismo: Coutinho vê e ouve, sabendo
de que os estudantes migrantes são menos sensíveis ver e ouvir, para conhecer a história de cada um como
às influências dos pais que às de seus professores. um processo sensível e inacabado, não para ajustar ou
II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade comprovar conceitos. Sua obsessão pela cena da vida é
de outro mau aluno prova que as deficiências similar à que tem pela arte, o que torna quase impossível,
da vida familiar antecedem e determinam o mau para ele, distinguir uma da outra, opor personagem a
aproveitamento escolar. pessoa, contrapor fato a perspectiva do fato. Fazendo
III. Do ponto de vista do desempenho escolar, podem dessa obsessão um eixo de sua trajetória, Coutinho viveu
ser positivos ou negativos os traços de afinidade que como um homem/artista crítico para quem já existe arte
levam os estudantes a se agruparem. encarnada no corpo e suspensa no espírito do outro:
fixa a câmera, abre os olhos e os ouvidos, apresenta-se,
Em relação ao texto, está correto o que se afirma mostra-se, mostra-o, mostra-nos.
APENAS em (Armindo Post, inédito)

a. I. 7. Ao se referir à recusa aos paradigmas


b. III. que atropelam nossa visão de mundo,
c. II e III. identificando-a como uma característica da
d. I e II. arte de Eduardo Coutinho, o autor do texto
e. I e III. enaltece a capacidade que tem esse cineasta de

Eduardo Coutinho, artista generoso a. reproduzir os lugares-comuns e as fórmulas


conhecidas, aderindo aos valores socialmente aceitos
Uma das coisas mais bonitas e importantes da arte do e dados por nós como irrefutáveis.
cineasta Eduardo Coutinho, mestre dos documentários, b. rejeitar as perspectivas estereotipadas que, de forma
morto em 2014, está em sua recusa aos paradigmas que intempestiva, condicionam nosso modo de enxergar
atropelam nossa visão de mundo. Em vez de contemplar as coisas.
a distância grupos, classes ou segmentos, ele vê de perto c. desviar-nos da tentação de embaralhar a
pessoa por pessoa, surpreendendo-a, surpreendendo- compreensão que temos da vida, quando ele
se, surpreendendo-nos. Não lhe dizem nada expressões simplifica e enrijece os valores pelos quais devemos
coletivistas como “os moradores do Edifício”, os “peões nos guiar.
de fábrica”, “os sertanejos nordestinos”: os famigerados d. dissipar os valores éticos, substituindo-os por critérios
“tipos sociais”, usualmente enquadrados por chavões, dão pessoais capazes de nos tornar mais determinados
lugar ao desafio de tomar o depoimento vivo de quem em nossas iniciativas.
ocupa aquela quitinete, de investigar a fisionomia desse e. evitar decididamente os parâmetros estranhos
operá- rio que está falando, de repercutir as palavras e os aos códigos sociais já firmados, para que não nos
silêncios do morador de um povoado da Paraíba. enganemos na apreciação das coisas.
Essa dimensão ética de discernimento e respeito pela
LÍNGUA PORTUGUESA
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8. Atente para as seguintes afirmações sobre queria fazer 24”, até chegar a 20 − acho que ninguém,
Eduardo Coutinho e sua arte: a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e
amnésia, gostaria de ir além, ou melhor, aquém, e voltar
I. As expressões coletivistas referidas e exemplificadas no à adolescência.
primeiro parágrafo são aquelas que ajudam o cineasta a
reconhecer a contribuição original de cada cidadão no Trinta anos é uma idade marcante. Agora é inegável que
exercício de sua função social. você ficou adulto. Mas aí você faz 35 e entra numa zona
II. Deve-se entender que, em seus documentários, o cineasta cinzenta (ou grisalha?) em que idade não significa mais
valoriza sobretudo a singularidade das pessoas retratadas, muita coisa. A impressão que eu tenho, a esta altura do
em vez de tomá-las como tipos sociais já identificados e campeonato − qual altura, exatamente? − é que todo
rotulados. mundo tem a minha idade. Não sendo púbere nem
III. O foco de atenção que o cineasta faz incidir sobre as gagá, estão todos no mesmo barco, uns com mais dor
pessoas que retrata é tão intenso e bem trabalhado que nas costas, mas no mesmo barco, trabalhando, casando,
elas surgem como personagens que se revelam para nós separando e resmungando nas redes sociais. Deve ser
em toda a sua verdade. Está correto o que se afirma em por isso que, sem perceber, parei de contar. (Adaptado
de: PRATA, Antonio. Folha de S. Paulo, 01/02/2015)
a. I, II e III.
b. I e II, apenas. 9. A “saudável aspiração” apontada pelo autor
c. I e III, apenas. refere-se
d. II e III, apenas.
e. III, apenas. a. ao desejo de crescer que se manifesta nas crianças,
que, desse modo, acabam se referindo a uma idade
Texto futura ao dizerem quantos anos têm.
b. ao sonho de perpetuar indefinidamente a infância,
Outro dia, numa mesa de bar, hesitante e assustado, me período do desenvolvimento humano marcado pela
dei conta de que eu não sabia a minha idade. Como pode, fantasia, explorada em contos infantis, de nunca
a esta altura do campeonato − qual altura exatamente? − crescer.
a pessoa ignorar quantos anos tem? c. ao desejo de parar de envelhecer quando se tem
Quando você é criança, a idade é um negócio mais 30 anos e se percebe a inexorabilidade do
fundamental. É o dado mais importante depois do passar do tempo.
seu nome. Lembro que, na época, eu achava de uma d. à pretensão nostálgica do adulto recém-formado
obviedade tacanha esse “vou fazer”, mas hoje entendo: o de retornar à adolescência e, assim, escapar das
desejo de crescer é parte fundamental do software com responsabilidades adquiridas.
que viemos ao mundo. Seis, vou fazer sete, é menos uma e. ao esquecimento voluntário da própria idade,
constatação óbvia do que uma saudável aspiração. estratégia que, segundo o autor, proporciona a
Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com oportunidade de enxergar as pessoas como se não
sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas houvesse diferença etária entre elas.
ser adulto ainda é estranho. A resposta sincera a quantos
anos você tem, nessa fase, seria: “26, queria fazer 25”, “25,
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10. A repetição, na crônica, da pergunta qual logne, é possível que Gonçalves Dias não sobrevive-
altura, exatamente? reitera a ideia do autor de ria muitos dias à seu desembarque, pois seu estado
que, a partir de dado momento, de saúde era de fato muito grave.
e. Ser dado por morto e estar bem vivo, numa ex-
a. é inegável que você ficou adulto. periência das mais inquietantes que o ser humano
b. idade não significa mais muita coisa. pode vir a conhecer, cuja é talvez ainda mais terrifi-
c. idade é um negócio fundamental. cante quando se depara de repente com a notícia da
d. ser adulto ainda é estranho. própria morte.
e. avança-se lentamente, com sentimentos
contraditórios. 2. ... meu velho rancor contra os guarda-chuvas
cedeu a um estranho carinho...
GABARITO Sem que seja feita qualquer outra alteração, a frase
01-b 02-a 03-c 04-c 05-e acima permanecerá correta caso o verbo sublinha-
06-b 07-b 08-d 09-a 10-b do seja substituído pelo que consta em:

a. deu lugar
b. transformou-se
c. foi vencido
Questões Objetivas d. transigiu
e. trocou-se

1. A frase cuja REDAÇÃO está inteiramente clara


3. Por apresentar falha estrutural de construção,
e correta é:
deve-se reelaborar a redação da seguinte frase:

a. Para quem acredita em destino e que o dia da morte


a. Há quem busque disfarçar a falta de talento atribuin-
está marcado, nada nem ninguém pode alterá-la ou
do a autores famosos os textos medíocres que publi-
prolongá-la, e nenhum remédio poderia ser proscri-
ca nas páginas da internet.
to para salvar aquele que já está condenado.
b. A falta de talento faz com que artistas famosos pas-
b. Não foi absolutamente efêmera há glória de Gonçal-
sem por ser alegados como genuínos autores da-
ves Dias, mas ao contrário duradoura e imperecível,
queles textos de escritores medíocres que não o têm.
já que ainda hoje o autor da “Canção do exílio” é
c. Alguns nomes de grandes escritores brasileiros são
considerado um dos maiores poetas brasileiros de
muitas vezes indicados na internet como autores de
que conhecemos.
textos que jamais escreveriam.
c. Outra extraordinária coincidência na biografia de
d. É fácil entender que alguém cometa uma fraude
Gonçalves Dias é a composição de um poema cha-
para enganar os outros; difícil é aceitar que alguém
mado “O mar”, em cujos versos aquele que viria a
se proponha a enganar a si mesmo.
morrer num naufrágio alude ao “oceano terrível” e à
e. Leitores ingênuos deixam-se enganar pelos falsários
própria morte.
da internet, mostrando que não reconhecem a dife-
d. Senão tivesse morrido no naufrágio do Ville de Bou-
rença entre a boa e a má literatura.
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4. ...para ser levado a sério, um jornal precisa dar de seu patrimônio do qual foi usurpado.
a impressão de concretude em seu conteúdo. e. Não obstante se considere que as esposas sejam
parte de seus bens, os homens passam a ver como
O conteúdo expresso acima está preservado, em um roubo o adultério que os privam delas.
formulação condizente com a norma-padrão, em:
GABARITO
a. se quizer ser levado a sério, um jornal não pode es-
01-c 02-a
quivar-se em dar a impressão de concretude em seu
conteúdo.
03-b 04-c
b. um jornal, sendo levado a sério, não pode abster a 05-b
impressão de concretude em seu conteúdo.
c. a condição de que um jornal não pode prescindir,
para ser levado a sério, é a de dar a impressão de
concretude em seu conteúdo.
d. com vistas ser levado a sério, um jornal não pode
deixar de renunciar à impressão de concretude em
seu conteúdo.
e. um jornal tendo a intensão de ser levado a sério, não
pode abdicar quanto à impressão de concretude em
seu conteúdo.

5. Enxergaram-se como proprietários de suas es-


posas; elas são um de seus bens; o adultério as
rouba.

Dando nova redação à frase acima, ela se manterá


coerente e formalmente correta em:

a. Ainda que se vejam como proprietários, os homens


consideram que o adultério as rouba, tal e qual pode
acontecer com um de seus bens.
b. Os homens entendem o adultério como um roubo,
uma vez que consideram suas esposas um bem de
que um terceiro se apropria.
c. Como as esposas são bens inalienáveis dos homens,
qualifica-se como roubo aquele que as usurpam de
seu legítimo proprietário.
d. Uma vez premeditado o adultério como um roubo,
os homens passam a ver suas esposas como parte
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
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LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
1. READING COMPREHENSION • Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas en-
tre duas línguas e que possuem o mesmo signifi-
cado, como a palavra “vírus” é escrita igualmente
em português e inglês, a única diferença é que em
português a palavra recebe acentuação. Porém,
é preciso atentar para os chamados falsos cog-
natos, ou seja, palavras que são escritas igual ou
parecidas, mas com o significado diferente, como
“evaluation”, que pode ser confundida com “evo-
lução” onde na verdade, significa “avaliação”.

• Inferência contextual: o leitor lança mão da in-


ferência, ou seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o
assunto tratado pelo texto, e durante a leitura ele
Interpretar textos pode ser algo trabalhoso, depen- pode confirmar ou descartar suas hipóteses.
dendo do assunto, ou da forma como é abordado.
Tem as questões sobre o texto. Mas, quando o texto é • Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo
em outra língua? Tudo pode ser mais assustador. de textos que se caracterizam por organização, es-
trutura gramatical, vocabulário específico e con-
Se o leitor manter a calma, e se embasar nas estraté- texto social em que ocorrem. Dependendo das
gias do Inglês Instrumental e ter certeza que ninguém marcas textuais, podemos distinguir uma poesia
é cem por cento leigo em nada, tudo pode ficar mais de uma receita culinária, por exemplo.
claro.
• Informação não-verbal: é toda informação dada
Vejamos o que é e quais são suas estratégias de lei- através de figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc.
A informação não-verbal deve ser considerada
tura:
como parte da informação ou ideia que o texto
deseja transmitir.
1.1 - INGLÊS INSTRUMENTAL
• Palavras-chave: são fundamentais para a com-
Também conhecido como Inglês para Fins Específicos preensão do texto, pois se trata de palavras rela-
- ESP, o Inglês Instrumental fundamenta-se no treina- cionadas à área e ao assunto abordado pelo texto.
mento instrumental dessa língua. Tem como objetivo São de fácil compreensão, pois, geralmente, apa-
essencial proporcionar ao aluno, em curto prazo, a ca- recem repetidamente no texto e é possível obter
pacidade de ler e compreender aquilo que for de ex- sua ideia através do contexto.
trema importância e fundamental para que este possa
desempenhar a atividade de leitura em uma área es- • Grupos nominais: formados por um núcleo
pecífica. (substantivo) e um ou mais modificadores (adje-
tivos ou substantivos). Na língua inglesa o modifi-
1.2 - ESTRATÉGIAS DE LEITURA cador aparece antes do núcleo, diferente da língua
portuguesa.
• Skimming: trata-se de uma estratégia onde o lei-
tor vai buscar a ideia geral do texto através de uma • Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a
leitura rápida, sem apegar-se a ideias mínimas ou uma raiz,que modifica o significado da palavra.
específicas, para dizer sobre o que o texto trata. Assim, conhecendo o significado de cada afixo
pode-se compreender mais facilmente uma pala-
• Scanning: através do scanning, o leitor busca vra composta por um prefixo ou sufixo.
ideias específicas no texto. Isso ocorre pela leitura
do texto à procura de um detalhe específico. Pra-
ticamos o scanning diariamente para encontrar-
mos um número na lista telefônica, selecionar um
e-mail para ler, etc.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
2

• Conhecimento prévio: para compreender um Substantivos terminados em y, precedidos de conso-


texto, o leitor depende do conhecimento que ele ante, trocam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante
já tem e está armazenado em sua memória. É a + y = ies
partir desse conhecimento que o leitor terá o en-
tendimento do assunto tratado no texto e assimi- Ex.: fly – flies try – tries curry – curries
lará novas informações. Trata-se de um recurso
essencial para o leitor formular hipóteses e infe- 2.2 - IRREGULAR PLURALS OF NOUNS
rências a respeito do significado do texto.
There are many types of irregular plural, but these are
O leitor tem, portanto, um papel ativo no processo de the most common:
leitura e compreensão de textos, pois é ele que esta-
belecerá as relações entre aquele conteúdo do texto e Substantivos terminados em f e trocam o f pelo v e
os conhecimentos de mundo que ele carrega consigo. acrescenta-se es.
Ou mesmo, será ele que poderá agregar mais profun-
didade ao conteúdo do texto a partir de sua capacida- Ex.: knife – knives
de de buscar mais conhecimentos acerca dos assuntos life – lives
que o texto traz e sugere. wife – wives

Não se esqueça que saber interpretar textos em inglês Substantivos terminados em f trocam o f pelo v; então,
é muito importante para ter melhor acesso aos con- acrescenta-se es.
teúdos escritos fora do país, ou para fazer provas de
vestibular ou concursos. Ex.: half – halves wolf – wolves loaf – loaves

Substantivos terminados em o, acrescenta-se es.


2. REGULAR AND IRREGU- Ex.: potato – potatoes tomato – tomatoes volcano –
LAR PLURAL OF NOUNS volcanoes

To form the plural of the nouns is very easy, but you Substantivos que mudam a vogal e a palavra.
must practice and observe some rules.
Ex.: foot – feet child – children person – people tooth
– teeth mouse – mice
2.1 - REGULAR PLURAL OF NOUNS

Regra Geral: forma-se o plural dos substantivos ge-


ralmente acrescentando-se “s” ao singular.
3. COUNTABLE AND
Ex.: Motherboard – motherboards
Printer – printers
UNCOUNTABLE NOUNS
Keyboard – keyboards
Contáveis são os substantivos que podemos enumerar
Os substantivos terminados em y precedido de vogal e contar, ou seja, que podem possuir tanta forma sin-
seguem a regra geral: acrescentam s ao singular. gular quanto plural.

Ex.: Boy – boys Toy – toys Eles são chamados de countable nouns em inglês.
Key – keys
Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer
Substantivos terminados em s, x, z, o, ch e sh, acres- one orange, two oranges, three oranges, etc.
centa-se es.

Ex.: boss – bosses tax – taxes bush – bushes


LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
3

Incontáveis são os substantivos que não possuem


forma no plural. Eles são chamados de uncountable
4. DEFINITE AND
nouns, de non-countable nouns em inglês. Podem ser
precedidos por alguma unidade de medida ou quan-
INDEFINITE ARTICLES
tificador. Em geral, eles indicam substâncias, líquidos,
4.1 - DEFINITE ARTICLE
pós, conceitos, etc., que não podemos dividir em ele-
mentos separados. Por exemplo, não podemos contar
THE = o, a, os, as
“water”. Podemos contar “bottles of water” ou “liters
of water”, mas não podemos contar “water” em sua
forma líquida. Usos
Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: mu- – Antes de substantivos tomados em sentido restrito.
sic, art, love, happiness, advice, information, news, fur- THE coffee produced in Brazil is of very high quality.
niture, luggage, rice, sugar, butter, water, milk, coffee, I hate THE music they’re playing.
electricity, gas, power, money, etc.
– Antes de nomes de países no plural ou que conte-
Veja outros de countable e uncountable nouns: nham as palavras Kingdom, Republic, Union, Emirates.

THE United States


THE Netherlands
THE United Kingdom
THE Dominican Republic

– Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo.


John is THE tallest boy in the family.

– Antes de acidentes geográficos (rios, mares, ocea-


nos, cadeias de montanhas, desertos e ilhas no plural),
mesmo que o elemento geográfico tenha sido omiti-
do.

THE Nile (River)


THE Sahara (Desert)

– Antes de nomes de famílias no plural.


THE Smiths have just moved here.

– Antes de adjetivos substantivados.


You should respect THE old.

– Antes de numerais ordinais.


He is THE eleventh on the list.

– Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros, ci-


nemas, museus.

THE Hilton (Hotel)

– Antes de nacionalidades.
THE Dutch
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
4

– Antes de nomes de instrumentos musicais. •A


She plays THE piano very well.
– Antes de palavras iniciadas por consoantes.
– Antes de substantivos seguidos de preposição. A boy, A girl, A woman
THE Battle of Trafalgar
– Antes de palavras iniciadas por vogais, com som
Omissões consonantal.
A uniform, A university, A European
– Antes de substantivos tomados em sentido genérico.
Roses are my favorite flowers. • AN

–Antes de nomes próprios no singular. – Antes de palavras iniciadas por vogais.


She lives in South America. AN egg, AN orange, AN umbrella

–Antes de possessivos. – Antes de palavras iniciadas por H mudo (não pro-


My house is more comfortable than theirs. nunciado).
AN hour, AN honor, AN heir
– Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra
language. Usos
She speaks French and English. (Mas: She speaks THE – Para se dar ideia de representação de um grupo, an-
French language.) tes de substantivos.
A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.)
– Antes de nomes de estações do ano.
Summer is hot, but winter is cold. – Antes de nomes próprios no singular, significando
“um tal de”.
Casos especiais A Mr. Smith phoned yesterday.

– Não se usa o artigo THE antes das palavras chur- – No modelo:


ch, school, prison, market, bed, hospital, home, WHAT + A / AN = adj. + subst.
university, college, market, quando esses elementos
forem usados para seu primeiro propósito. What A nice woman!

She went to church. (para rezar) – Em algumas expressões de medida e frequência.


A dozen
She went to THE church. (talvez para falar com alguém) A hundred
Twice A year
– Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathe-
dral, cinema, movies e theater. - Em certas expressões.
It’s A pity, It’s A shame, It’s AN honor...
Let’s go to THE theater.
– Antes de profissão ou atividades.
They went to THE movies last night. James is A lawyer.
Her sister is A physician.

4.1 - INDEFINITE ARTICLE Omissão


A / AN = um, uma – Antes de substantivos contáveis no plural.
Lions are wild animals.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
5

– Antes de substantivos incontáveis.


Water is good for our health.

* Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos


substantivos.

Em Inglês utilizamos adjetivos para comparar duas


coisas ou mais. Eles podem ser classificados em dois
graus: comparativo e superlativo.

O grau comparativo é usado para comparar duas coi-


sas. Já o superlativo, usamos para dizer que uma coisa
se destaca num grupo de três ou mais.
Observações:

1. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos / ad-


vérbios de uma só sílaba.

Exemplos:

taller than = mais alto que / the tallest = o mais alto


bigger than = maior que / the biggest = o maior

2. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos de


duas sílabas.

Exemplos:

happier than = mais feliz que


cleverer than = mais esperto que
the happiest = o mais feliz
the cleverest = o mais esperto

3. Usamos os prefixos more e most com adjetivos


de mais de duas sílabas.

Exemplos:

More comfortable than = mais confortável que


More careful than = mais cuidadoso que
The most comfortable = o mais confortável
The most careful = o mais cuidadoso
Exemplos:
4. Usamos os prefixos more e most com advérbios
As cold as = tão frio quanto de duas sílabas.
Not so (as) cold as = não tão frio quanto
Less cold than = menos frio que Exemplos:
The least cold = o menos frio
As expensive as = tão caro quanto More afraid than = mais amedrontado que
Not so (as) expensive as = não tão caro quanto More asleep than = mais adormecido que
Less expensive than = menos caro que The most afraid = o mais amedrontado
The least expensive = o menos caro The most asleep = o mais adormecido
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
6

5. Usamos os prefixos more e most com qualquer 5.1 - FORMAS IRREGULARES


adjetivo terminado em –ed, –ing, –ful, –re, –ous.
Alguns adjetivos e advérbios têm formas irregulares
Exemplos: no comparativo e superlativo de superioridade.

tired – more tired than – the most tired (cansado)


charming – more charming than – the most charming
(charmoso)
hopeful – more hopeful than – the most hopeful (es-
perançoso)
sincere – more sincere than – the most sincere (sin-
cero)
famous – more famous than – the most famous (fa-
moso) Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma
no comparativo e superlativo de superioridade.

far (longe)
5. VARIAÇÕES farther than – the farthest (distância)
ORTOGRÁFICAS further (than) – the furthest (distância / adicional)
old (velho)
older than – the oldest
– Adjetivos monossilábicos terminados em uma só elder – the eldest (só para elementos da mesma fa-
consoante, precedida de uma só vogal dobram a con- mília)
soante final antes de receberem –er ou –est. late (tarde)
the latest (o mais recente)
Exemplos: the last (o último da série)
fat – fatter than – the fattest (gordo) O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em
thin – thinner than – the thinnest (magro) inglês existe apenas uma especificidade, que pode
causar um pouco de estranheza, que é o pronome “it”,
– Adjetivos terminados em Y, precedido de vogal, tro- o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com
cam o Y por I antes do acréscimo de –er ou –est: a prática, você vai conseguir entender e aprender bem
rápido.
Exemplos:

angry – angrier than – the angriest (zangado)


happy – happier than – the happiest (feliz) 6. SUBJECTIVE &
Exceção OBJECTIVE PRONOUNS
shy - shyer than - the shyest (tímido) 6.1 - SUBJECT PRONOUNS
– Adjetivos terminados em E recebem apenas –r ou
–st.

Exemplos:

nice – nicer than – the nicest (bonito, simpático)


brave – braver than – the bravest (corajoso)
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
7

O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas monstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou
no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo longe da pessoa que fala ou de quem se fala, ou seja,
abaixo: indica posição em relação às pessoas do discurso.

Mary is intelligent = She is intelligent. Veja quais são em inglês:

Uso do pronome “it”

– To refer an object, thing, animal, natural phenome-


non.
Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres
que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos
Example: The dress is ugly. It is ugly.
pronomes demonstrativos nas frases abaixo:
The pen is red. It is red.
The dog is strong. It is strong.
This method will work.
These methods will work.
– Attention
O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para
a) If you talk about a pet use HE or SHE
indicar seres que estão distantes da pessoa que fala.
Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent!
Observe:
b) If you talk about a baby/children that you don’t
That computer technology is one of the most funda-
know if is a girl or a boy.
mental disciplines of engineering.
The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It
Those computers technology are the most fundamen-
is happy.
tal disciplines of engineering.

6.2 - OBJECT PRONOUS 6.4 - POSSESSIVE ADJECTIVES


São usados como objeto da frase. Aparecem sempre AND POSSESSIVE PRONOUNS
depois do verbo.
Em inglês há, também, dois tipos de pronomes pos-
sessivos, os Possessive Adjectives e os Possessive
Pronouns.

Exemplos:

They told me the news.


She loves him so much.
• Possessive Adjectives são usados antes de subs-
tantivos, precedidos ou não de adjetivos.
6.3 - DEMONSTRATIVE PRONOUNS

Os pronomes demonstrativos são utilizados para de-


LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
8

Exemplos: O verbo STOP admite tanto o gerund quanto o infini-


tive com alteração de sentido.
Our house is close.
I want to know your name. He stopped smoking.
(= Ele parou de fumar.)
• Possessive Pronouns são usados para substituir
a construção possessive adjective + substantivo, He stopped to smoke.
evitando assim a repetição. (= Ele parou para fumar.)

Exemplo:

My house is yellow and hers is white. 7.2 - IMPERATIVE


Theirs is the most beautiful car in the town.
O imperativo, é usado para dar ordens, instruções, fa-
zer pedidos e até mesmo aconselhar alguém. É uma
forma verbal utilizada diariamente e que muita gente
7. FORMAS VERBAIS acaba não conhecendo.

7.1 - INFINITIVE A forma afirmativa sempre inicia com o verbo.

A forma infinitiva do inglês é to + verbo Exemplos:

Usos: Eat the salad. – Coma a salada.


Sit down! – Sente-se
- após numerais ordinais Help me! – Me ajude!
He was the first to answer the prohne. Tell me what you want. – Me diga o que você quer.
Be careful! – Tome cuidado!
- com too e enough Turn the TV down. – Desligue a televisão.
Complete all the sentences. – Complete todas as sen-
This house is too expensive for me to buy. tenças.
He had bought food enough to feed a city! Be quiet, please! – Fique quieto, por favor!

- após o verbo want Frases na forma negativa sempre acrescentamos o


I want you to translate the message. Don’t antes do verbo.

- após os verbos make, let e have (sem to) Exemplos:


This makes me feel happy.
Let me know if you need any information. Don’t be late! – Não se atrase!
Don’t yell in the church! – Não grite na igreja!
- após o verbo help (com ou sem to) Don’t be scared. – Não se assuste.
She helped him (to) choose a new car. Don’t worry! – Não se preocupe!
Don’t drink and drive. – Não beba e dirija.
Observações:

Certos verbos admitem o gerund ou infinitive sem 7.3 - SIMPLE PRESENT


alteração de sentido.
O Simple Present é a forma verbal simples do presen-
It started raining. / It started to rain. te. O você precisa fazer para usar o Simple Present é
saber os verbos na sua forma mais simples. Por exem-
He began to clean the house. / He began cleaning plo “to go” que significa ir, é usado em “I go” para dizer
the house. eu corro.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
9

Exemplos de Simple Present: 7.5 - FORMAS AFIRMATIVA, NEGATIVA


E INTERROGATIVA
I run – Eu corro
You run – Você corre/Vocês correm
We run – Nós corremos
They run – Eles correm

7.4 - REGRAS DO SIMPLE PRESENT

As únicas alterações que acontecem nos verbos se


limitam aos pronomes he, she e it. De modo geral,
quando vamos usar o Simple Present para nos referir-
mos a ele, ela e indefinido, a maioria dos verbos rece-
be um “s” no final:

He runs – Ele corre


She runs – Ela corre
It runs – Ele/ela corre 7.6 - PRESENT CONTINUOUS

Para verbos que têm algumas terminações específicas - Usamos o Present Continuous para ações ou aconte-
com “o”, “s”, “ss”, “sh”, “ch” “x” ou “z”, deve-se acrescen- cimentos ocorrendo no momento da fala com as ex-
tar “es” no final: pressões now, at present, at this moment, right now e
outras.
He goes – Ele vai
She does – Ela faz Exemplo:
It watches – Ele/ela assiste
She is running at the park now.
Quando o verbo termina com consoantes e “y” no fi-
nal. Por exemplo, os verbos study, try e cry e têm con- - Usamos também para ações temporárias.
soantes antes do “y”.
Exemplos:
Nesses casos, você deve tirar o “y” e acrescentar “ies”
no lugar. Veja o exemplo: He is sleeping on a sofá these days because his bed is
broken.
He studies – Ele estuda
She tries – Ela tenta - Futuro próximo.
It cries – Ele/ela chora
Exemplo:
Com verbos que também terminam com “y” e têm uma
vogal antes, permanece a regra geral da maioria dos The train leaves at 9 pm.
verbos: acrescentar apenas o “s” ao final da palavra.
Observações
He enjoys – Ele gosta
She stays – Ela fica - Alguns verbos não são normalmente usados nos
It plays – Ele/ela brinca tempos contínuos. Devemos usá-los, preferencial-
mente, nas formas simples: see, hear, smell, notice,
realize, want, wish, recognize, refuse, understand,
know, like, love, hate, forget, belong, seem, suppo-
se, appear, have (= ter, possuir), think (= acreditar).
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
10

- Verbos monossilábicos terminados em uma só con- 7.7 - FORMAS AFIRMATIVA, NEGATIVA


soante, precedida de uma só vogal, dobram a conso- E INTERROGATIVA
ante final antes do acréscimo de –ing.
FORMA AFIRMATIVA
Exemplos:

Run → running
swim → swimming

- Verbos dissilábicos terminados em uma só consoan-


te, precedida de uma só vogal, dobram a consoante
final somente se o acento tônico incidir na segunda
sílaba.

Exemplos:

prefer → preferring
admit → admitting
listen → listening
FORMA NEGATIVA
enter → entering

- Verbos terminados em –e perdem o –e antes do


acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas
acrescentam –ing.

Exemplos:

make → making
dance → dancing
agree → agreeing
flee → fleeing

- Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder


o –y.
FORMA INTERROGATIVA
Exemplos:

study → studying
say → saying

- Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de


–ing, perdem o –ie e recebem –ying.

Exemplos:

lie → lying
die → dying

Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações.

dye → dyeing
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
11

7.8 - IMMEDIATE FUTURE Ex.: Santos Dumont lived in France. He created the 14
Bis.
O simple future é um das formas usadas para expres-
sar ações futuras. Em geral vem acompanhado de
palavras que indicam futuro, como: tomorrow, next.
Geralmente, usamos a palavra “will”. Posteriormente,
você verá que também podemos utilizar “be going to” Example:
para formar o futuro e a diferença de utilização entre
eles. To work
I worked
Example: You worked
He worked
Affirmative: What will you study? She worked
Negative: I will study English. It worked
Interrogative: I won’t study English. We worked
They worked
Note: we use the auxiliary verb WILL + verbs in infini-
tive (without “to” ).
7.10 - SIMPLE PAST – NEGATIVE AND
Forma contraída INTERROGATIVE FORM
I will study - I’ll study Usos:
You will travel - You’ll travel
He will / She will eat - He’ll / She’ll eat – ações definidas no passa do com yesterday, ...ago,
It will happen - It’ll happen last night (week,month etc) e expressõesque indiquem
We will work - We’ll work ações completamente terminadas no passado.
You will dance - You’ll dance
They will do - They’ll do Exemplos:

FUTURE SIMPLE Peter flew to London last night.


Cabral discovered Brazil in 1500.

– ações habituais no passado com as mesmas expres-


sões e advérbios que indicam ações habituais no pre-
sente.

Exemplos:

They visited rarely visited their grandparents.


She often got up at 6.

– após as if e as though (= como se) e após o verbo


wish.
7.9 - SIMPLE PAST
Exemplos:
With most verbs, the simple past is created simply by
adding “ED”. That form belongs for all to the people,
She behaves as if she knew him.
not varying in the 3rd person.
I wish I had more time to study.
Simple past is used to indicate an accomplished action
– No caso do verbo BE, todas as pessoas terão a mes-
and totally finished in the past, corresponding in Por-
ma forma (were).
tuguese, the perfect preterite as imperfect preterite.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
12

Exemplos: Exemplos:

She acts as though she were a queen. They were having a bath when the phone rang.
I wish I were younger. She was watching TV when Stanley arrived.

– após if only (= se ao menos) – ação ou acontecimento que continuou por algum


tempo no passado.
Exemplos:
Exemplos:
If only I knew the truth.
If only he understood me. This time last year I was living in London.
I saw you last night. You were waiting for a bus.

OBSERVAÇÕES

1. As regras de “dobra” de consoantes existen-


tes para o acréscimo de -ing aplicam-se quando
acrescentarmos -ed.

stop → stopped
prefer → preferred

2. Verbos terminados em -y perdem o -y e rece-


bem o acréscimo de -ed quando o -y aparecer de-
pois de umaconsoante. Caso contrário, o -y per-
manece.
7.12 - PRESENT PERFECT
rely → relied
play → played Usos:

– ação indefinida no passado, sem marca de tempo.


Isso o diferencia do Simple Past.

We have finished our homework.


Jane has traveled to London.
They have accepted the job offer.

– com os advérbios EVER, NEVER, ALREADY, YET, JUST,


SO FAR, LATELY, RECENTLY e expressões como ONCE,
TWICE, MANY TIMES, FEW TIMES etc.

Have you EVER seen a camel?


She has NEVER been to Greece.
The students have ALREADY written their compositions.
The bell hasn’t rung YET.
Our cousins have JUST arrived.
We have read five chapters SO FAR.
7.11 - PAST CONTINUOUS She has traveled a lot LATELY.
Have you seen any good films RECENTLY?
Usos:
I have flown on an airplane MANY TIMES.
– com SINCE (= desde) e FOR (= há, faz)
– ação que estava ocorrendo no passado quando ou- She has lived in New York SINCE 2013.
tra ação passada começou. She has lived in New York FOR 7 years.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
13

They watch TV EVERY EVENING.


ONCE A WEEK they go swimming.

Advérbios de probabilidade (POSSIBLY, PROBABLY,


CERTAINLY...) são colocados antes do verbo principal
mas após be ou um verbo auxiliar.

He PROBABLY knows her phone number.


He is CERTAINLY at home now.

O verbo can geralmente significa poder e/ou conse- PERHAPS e MAYBE aparecem normalmente no co-
guir e é usado para indicar várias situações: meço de uma oração.

– Possibilidade PERHAPS I’ll see her later.


– Capacidade/habilidade MAYBE you’re right.
– Permissão
– Pedido Advérbios de tempo (TODAY, TOMORROW, NOW,
SOON, LATELY...) são colocados no final ou no início
Capacidade, habilidade de uma oração.

She can speak five languages. (present) He bought a new camera YESTERDAY.
She could play tennis when she was younger. (past) ON MONDAY I’m going to London.
She will be able to translate the text. (future)
Advérbios de modo (SLOWLY, QUICKLY, GENTLY,
Permissão SOFTLY, WELL...) aparecem normalmente no final da
oração. Alguns advérbios podem também aparecer no
You can use my car. início de uma oração se quisermos enfatizá-los.
She can sit anywhere.
She entered the room SLOWLY.
O verbo can é sempre acompanhado do verbo prin- SLOWLY she entered the room.
cipal no infinitivo sem o to. Ele pode ser usado para
construir frases afirmativas, negativas e interroga- Grande parte dos advérbios de modo é formada pelo
tivas. acréscimo de LY ao adjetivo.

Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOME-


TIMES, NEVER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de
preferência, ANTES do verbo principal ou APÓS o ver-
Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são
bo auxiliar ou o verbo to be.
advérbios.
They USUALLY watch TV in the evenings.
She is ALWAYS late.
These curtains have NEVER been cleaned.

Expressões adverbiais de freqüência são colocadas no


final ou no início de uma oração.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
14

Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados no início ou no final de orações.

You’ll find what you want HERE.


THERE comes the bus.

Modo, lugar, tempo

A posição normal dos advérbios em uma oração é:

Lugar, modo, tempo


Com verbos de movimento, a posição normal é:

As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam
lugar ou posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instrumento).

The keyboard is on the desk - (lugar ou posição).


Raphael ran toward the hotel - (direção).
The plane arrived at eleven o’clock - (tempo).
David travels by train - (maneira ou modo).
The computer was broken by him - (agente).

8. PREPROSIÇÃO
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
15

8.1 - PREPOSITIONS OF PLACE To whom did you talk?

WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção.


Which shirt do you prefer: the blue one or the red one?
Which of those ladies is your mother?

WHERE = onde
Where are you going tonight?

WHY = por que


Why don’t you come to the movies with us?
Question words
WHEN = quando
Os Interrogativos (Question Words) são usados para “When were you born?” “In 1970.”
se obter informações específicas. As perguntas ela-
boradas com eles são chamadas wh-questions, pois HOW = como
todos os interrogativos, com exceção apenas de how “How is his sister?” “Fine.”
(como), começam com as letras wh.
WHOSE = de quem
“Whose dictionary is this?” “John’s.”
Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes inter-
rogativos para se obter informações do tipo: “quem, o Formas compostas de WHAT e HOW
que, como, quando, onde”.
- WHAT
WHAT = (o) que, qual
WHAT + to be + like? = como é...?
Funciona como sujeito ou objeto da oração. “What is your boyfriend like?”
“He’s tall and slim.”
What makes you happy? (sujeito) WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...?
verbo objeto What about having lunch now?
WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...?
principal
What do you call this device?
- WHAT ... FOR? = por que, para que?
What did you say? (objeto) What are you doing this for?
auxiliar sujeito verbo
principal - HOW

WHO = quem HOW FAR = Qual é a distância?


HOW DEEP = Qual é a profundidade?
Funciona como sujeito ou objeto da oração. HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo?
HOW WIDE = Qual é a largura?
HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas)
Who arrived late yesterday? (sujeito)
HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas)
verbo principal HOW OLD = Qual é a idade?
HOW MUCH = Quanto(a)?
Who does she love? (objeto) HOW MANY = Quantos(as)?
auxiliar sujeito verbo HOW OFTEN = Com que frequência?
principal HOW FAST = A que velocidade?
WHOM = quem
A estrutura básica das frases em inglês é semelhante à
Funciona só como objeto de oração ou é usado após nossa, no português. Ela segue um esquema que cha-
preposições. mamos SVO, ou seja Sujeito-Verbo-Objeto. O mesmo
vale para frases negativas, em que simplesmente se
Whom did you talk to yesterday? (objeto) adiciona ao verbo auxiliar a forma negativa not a essa
verbo sujeito verbo estrutura afirmativa. Do mesmo jeito que, no portu-
auxiliar principal guês, usamos um advérbio de negação, como “não”.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
16

Formar uma frase interrogativa em inglês também não Complementos


é complicado, embora os componentes da frase mu-
dem um pouco de posição em relação ao português. Os complementos são palavras ou frases inteiras que de-
O mesmo vale para frases exclamativas. talham ou completam as informações estabelecidas pelo
sujeito e o verbo, que são os únicos termos essenciais da
oração.
Para formar frases afirmativas, o inglês usa o mesmo
esquema Sujeito-Verbo-Objeto que usamos no por- Analisemos estas frases: “A secretária chegou”, “O ônibus
tuguês. Já para frases negativas devemos apenas adi- saiu”, “O avião caiu”. Sintaticamente, já temos os dois ele-
cionar o not a essa estrutura afirmativa — exatamente mentos indispensáveis: O sujeito que determina quem está
como fazemos em nosso idioma — mas também inse- envolvido na execução de uma determinada ação e o verbo
rir um verbo auxiliar em inglês. que responde pelo ato executado

Já para interrogações e exclamações, os componentes


das frases em inglês mudam um pouco, em relação
aos do português.
QUESTÕES OBJETIVAS
Tradução literal não tem como funcionar porque cada
língua é parte de uma cultura e as culturas são com-
pletamente diferentes.
1. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS -
Fica fácil não cometer mais este erro se você lembrar COLÉGIO PEDRO II – 2019)
que as frases em Inglês sempre precisam ter um su-
jeito (considerando somente a frase central). As úni- TEXT 6
cas que começam direto do verbo são as imperativas
como tell me, stand up e ask her. “Probably the best-known and most often cited
dimension of the WE (World Englishes) paradigm
Entender a estrutura de um idioma é muito mais im- is the model of concentric circles: the ‘norm-provi-
portante do que tentar traduzir tudo ao pé-da-letra. ding’ inner circle, where English is spoken as a na-
tive language (ENL), the ‘norm-developing’ outer
Sujeito circle, where it is a second language (ESL), and the
‘norm-dependent’ expanding circle, where it is a
O sujeito, que sempre ocupa a primeira posição na foreign language (EFL). Although only ‘tentatively
frase, contrário ao que ocorre na língua portuguesa, labelled’ (Kachru, 1985, p.12) in earlier versions,
nunca é omitido. O sujeito pode ser representado por it has been claimed more recently that ‘the circles
um ou vários substantivos ou por pronomes pessoais. model is valid in the senses of earlier historical and
political contexts, the dynamic diachronic advan-
Verbo ce of English around the world, and the functions
and standards to which its users relate English in
Como se pode observar nos exemplos anteriores, o its many current global incarnations’ (Kachru and
verbo ou a locução verbal (sublinhados) ocupa a se- Nelson, 1996, p. 78).”
gunda posição na estrutura frasal inglesa.
PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New
Na poesia, na música ou no inglês falado coloquial, York: Routledge, 2007, p. 21.
pode-se encontrar exemplos em que esta regra não é
observada. According to the text, it is possible to say that the
“circles model” established by Kachru
Entretanto, em linguagem técnico-científica, como no
inglês computacional, o formato S+V+C é usado rigo- a. represents a standardization of the English language.
rosamente. b. helps to explain the historicity of the English language.
c. establishes the current standards of the English langua-
ge.
d. contributes to the expansion of English as a foreign lan-
guage.
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
17

2. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS - 3. (PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - PROFESSOR


COLÉGIO PEDRO II – 2019) DE ENSINO FUNDAMENTAL - LETRAS/ INGLÊS
- SELECON – 2019)
TEXT 5
Texto III
“In other words, there are those among us who ar-
gue that the future of English is dependent on the Warnock (2009) stated that the first reason to teach wri-
likelihood or otherwise of the U.S. continuing to ting online is that the environment can be purely textu-
play its hegemonic role in world affairs. Since that al. Students are in a rich, guided learning environment
in which they express themselves to a varied audience
possibility seems uncertain to many, especially in
with their written words. The electronic communication
view of the much-talked-of ascendancy of emer-
tools allow students to write to the teacher and to each
gent economies, many are of the opinion that En- other in ways that will open up teaching and learning
glish will soon lose much of its current glitter and opportunities for everyone involved. Besides, writing
cease to be what it is today, namely a world langua- teachers have a unique opportunity because writing-
ge. And there are those amongst us who further -centered online courses allow instructors and students
speculate that, in fifty or a hundred years’ time, to interact in ways beyond content delivery. They allow
we will all have acquired fluency in, say, Mandarin, students to build a community through electronic
or, if we haven’t, will be longing to learn it. […] means. For students whose options are limited, these
Consider the following argument: a language such electronic communities can build the social and profes-
as English can only be claimed to have attained an sional connections that constitute some of education’s
international status to the very extent it has ceased real value (Warnock, 2009).
to be national, i.e., the exclusive property of this
Moreover, Melor (2007) pointed out that social inte-
or that nation in particular (Widdowson). In other raction technologies have great benefits for lifelong
words, the U.K. or the U.S.A. or whosoever cannot education environments. The social interaction can
have it both ways. If they do concede that English help enhancing the skills such as the ability to search,
is today a world language, then it only behooves to evaluate, to interact meaningfully with tools, and
them to also recognize that it is not their exclusive so on. Education activities can usually take place in
property, as painful as this might indeed turn out the classroom which teacher and students will face to
to be. In other words, it is part of the price they face, but now, it can be carried out through the social
have to pay for seeing their language elevated to network technologies including discussion and asses-
the status of a world language. Now, the key word sment. According to Kamarul Kabilan, Norlida Ahmad
here is “elevated”. It is precisely in the process of and Zainol Abidin (2010), using Facebook affects le-
arner motivation and strengthens students’ social ne-
getting elevated to a world status that English or
tworking practices. What is more, according to Munoz
what I insist on referring to as the “World English”
and Towner (2009), Facebook also increases the level
goes through a process of metamorphosis.” of web-based interaction among both teacher-student
and student-student. Facebook assists the teachers to
RAJAGOPALAN, K. The identity of “World English”. New connect with their students outside of the classroom
Challenges in Language and Literature. Belo Horizonte: and discuss about the assignments, classroom events
FALE/UFMG, 2009, p. 99-100. and useful links.

The author’s main purpose in this paragraph is to Hence, social networking services like Facebook can
be chosen as the platform to teach ESL writing. Social
a. talk about the growing role of some countries in networking services can contribute to strengthen rela-
the spread of English in world affairs. tionships among teachers as well as between teachers
b. explain the process of changing which occurs and students. Besides, they can be used for teachers and
when a language becomes international. students to share the ideas, to find the solutions and to
hold an online forum when necessary. Using social ne-
c. raise questions about the consequences posed to
tworking services have more options than when using
a language when it becomes international.
communication tools which only have single function,
d. alert to the imminent rise of emergent countries such as instant messaging or e-mail. The people can
and the replacement of English as a world langua- share interests, post, upload variety kinds of media to
ge. social networking services so that their friends could
find useful information (Wikipedia, 2010).
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
18

(Adapted from: YUNUS, M. D.; SALEHI, H.; CHENZI, C. English Lan- 5. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO
guage Teaching; Vol. 5, No. 8; 2012.) - PE - PROFESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)

Das opções a seguir, aquela que se configura como o THE ARAL: A DYING SEA
melhor título para o Texto III é:
The Aral Sea was once the fourth biggest landlo-
a. Advantages of Integrating SNSs into ESL Writing cked sea in the world – 66,100 square kilometers of
Classroom surface. With abundant fishing resources, the Sea
b. Using Communication Tools Which Only Have Sin- provided a healthy life for thousands of people.
gle Function
c. Facebook Assists the Teachers to Connect with The Aral receives its waters from two rivers – the
Their Students Amu Dar’ya and the Syr Dar’ya. In 1918, the So-
d. Using Social Networking Services to Communica- viet government decided to divert the two rivers
te with Colleagues and use their water to irrigate cotton plantations.
These diversions dramatically reduced the volume
of the Aral.
4. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO
- PE - PROFESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019) As a result, the concentration of salt has doubled
and important changes have taken place: fishing
Leia a tira em quadrinhos e analise as afirmativas industry and other enterprises have ceased: salt
abaixo. concentration in the soil has reduced the area avai-
lable for agriculture and pastures; unemployment
has risen dramatically; quality of drinking water
has been declining because of increasing salinity,
and bacteriological contamination; the health of
the people, animal and plant life have suffered as
well.

In the past few decades, the Aral Sea volume has


decreased by 75 percent. This is a drastic change
I. No primeiro quadrinho Hagar consultou o ve- and it is human induced. During natural cycles,
lho sábio para saber sobre o segredo da felici- changes occur slowly, over hundreds of years.
dade.
II. No segundo quadrinho as palavras that e me The United Nations Environment Program has re-
se referem, respectivamente, ao “velho sábio” cently created the International Fund for Saving
e a “Hagar”. the Aral Sea. Even if all steps are taken, a substan-
III. As palavras do velho sábio no último quadri- tial recovery might be achieved only with 20 years.
nho são de que é melhor dar que receber.
(From: https://www.unenvironment.org/)

Assinale a alternativa correta.


De acordo com o texto: The diversion of the rivers
has reduced the volume of the Aral..., assinale a al-
a. Apenas as afirmativas I e III estão corretas
ternativa correta.
b. Apenas as afirmativas II e III estão corretas
c. As afirmativas I, II e III estão corretas
a. by 60 percent
d. Apenas a afirmativa I está correta
b. by 70 percent
c. by 75 percent
d. by 66,100 kilometers
LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLÊS
19

6. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDU-


CAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE
– 2019)

The plural form of brother-in-law, foot and candy


is

a. brothers-in-laws, feet ,candys.


b. brothers-in-law, feet, candies.
c. brother-in-laws, feet, candies.
d. brothers-in-law, foots, candies.
e. brother-ins-law, foots, candys.

7. I normally have two long ________ a year.

a. holiday
b. holidays
c. holidaies
d. holidayes

8. They have four ________, all girls.

a. childs
b. childes
c. childen
d. children

9. You must remember to brush your _____ after


eating.

a. tooths
b. toothes
c. teeth
d. teeths

1-B 2-C 3-A


4-A 5-C 6-B
7-B 8-D 9-C

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