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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Compreensão e interpretação de textos é um tema que nos acompanha na vida escolar, nos vestibu-
lares, no Enem e em todos os concursos públicos. Comumente encontrarmos pessoas que se queixam
de que não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes de resolver
questões sobre compreensão e interpretação de textos.
Nos concursos públicos, este tema está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre
vários textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a
habilidade do concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita
atenção, reler, e na hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com
muita confiança.
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder
as questões específicas, é fundamental para que você compreenda o enunciado das questões de atu-
alidades, de matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, embora
tenham bastante conhecimentos das matérias que caem nas provas, erram nas questões, simples-
mente porque não entendem o que a banca examinadora está pedindo. Já pensou, nadar, nadar, na-
dar... e morrer na praia? Então não deixe de estudar e preste atenção nas dicas que vamos dar neste
blog. "As questões de compreensão e interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos
públicos. Também é a partir de textos que as questões normalmente cobram a aplicação das regras
gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por isso é cada vez mais importante observar os
comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado a:
Por isso, consideramos que são condições básicas para o candidato fazer uma correta interpretação
de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e se-
mântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, conota-
ção), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio"¹.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público a preocupação com a interpretação de textos.
Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito desta tarefa constante em provas
relacionadas a concursos públicos.
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão ajudar no momento de responder as questões relacio-
nadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DECODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do con-
teúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relaciona-
mento entre as frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada
separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial.
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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Interpretação De Texto
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir
daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, que
levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova.
EXEMPLO
a integração do mundo
a integração da humanidade
"O homem unido” a união do homem
homem + homem = mundo
a macacada se uniu (sátira)
Fazem-se necessários:
a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática;
d) Capacidade de raciocínio.
Interpretar x Compreender
Erros De Interpretação
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É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros de interpretação. Os mais frequentes
são:
a) Extrapolação (viagem)
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução
c) Contradição
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivoca-
das e, consequentemente, errando a questão.
OBSERVAÇÃO - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam,
mas numa prova de concurso qualquer, o que deve ser levado em consideração é o que o AUTOR DIZ
e nada mais.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relacionam palavras, orações, frases e/ou pa-
rágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma
conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vai dizer e
o que já foi dito.
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome
relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu antecedente.
Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso
a necessidade de adequação ao antecedente.
Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz
erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo ade-
quado a cada circunstância, a saber:
Que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente. Mas depende das condições da frase.
Quem (pessoa)
Como (modo)
Onde (lugar)
Quando (tempo)
Quanto (montante)
Exemplo:
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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
a) Pré-compreensão: toda leitura supõe que o leitor entre no texto já com conhecimentos prévios sobre
o assunto ou área específica. Isso significa dizer, por exemplo, que se você pegar um texto do 3º ano
do curso de Direito estando ainda no 1º ano, vai encontrar dificuldades para entender o assunto, porque
você não tem conhecimentos prévios que possam embasar a leitura.
b) Compreensão: já com a pré-compreensão ao entrar no texto, o leitor vai se deparar com informações
novas ou reconhecer as que já sabia. Por meio da pré-compreensão o leitor “prende” a informação
nova com a dele e “agarra” (compreende) a intencionalidade do texto. É costume dizer: “Eu entendi,
mas não compreendi”. Isso significa dizer que quem leu entendeu o significado das palavras, a expli-
cação, mas não as justificativas ou o alcance social do texto.
c) Interpretação: agora sim. A interpretação é a resposta que você dará ao texto, depois de compre-
endê-lo (sim, é preciso “conversar” com o texto para haver a interpretação de fato). É formada então o
que se chama “fusão de horizontes”: o do texto e o do leitor. A interpretação supõe um novo texto.
Significa abertura, o crescimento e a ampliação para novos sentidos.
Sabendo disso, aqui vão 4 dicas para fazer com que você consiga atingir essas três etapas! Confira
abaixo:
Não existe mágica para atingir a primeira etapa, a da pré-compreensão. O único jeito é ter um bom
nível de leituras. Além de ler bastante, você pode potencializar essa leitura se estiver com um dicionário
por perto. Viu uma palavra esquisita, que você não conhece? Pegue um caderninho (vale a pena se-
parar um só pra isso) e anote-a. Em seguida, vá ao dicionário e marque o significado ao lado da palavra.
Com o tempo o seu vocabulário irá crescer e não vai ser mais preciso ficar recorrendo ao dicionário
toda hora.
2) Faça paráfrases
Para chegar ao nível da compreensão, é recomendável fazer paráfrases, que é uma explicação ou uma
nova apresentação do texto, seguindo as ideias do autor, mas sem copiar fielmente as palavras dele.
Existem diversos tipos de paráfrase, só que as mais interessantes para quem está estudando para o
vestibular são três: a paráfrase-resumo, a paráfrase-resenha e paráfrase-esquema.
– Paráfrase-resenha: esse outro tipo, além dos passos do resumo, também inclui a sua participação
com um comentário sobre o texto. Você deve pensar sobre as qualidades e defeitos da produção,
justificando o porquê.
3) Leia no papel
Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, um
tipo de leitor digital, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que
aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade
de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as
páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua
capacidade de interpretar o que aprendemos. Ou seja, sempre que possível, estude por livros de papel
ou imprima as explicações (claro, fazendo um uso sábio do papel, sem desperdícios!). Vale fazer notas
em cadernos, pois já foi provado também que quem faz anotações à mão consegue lembrar melhor do
que estuda.
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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Uma das maiores dificuldades de quem precisa ler muito é a falta de concentração. Quem tem dificul-
dades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um mal
que vem crescendo na população da era digital. Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma linear,
aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) para
lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura
em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e superficiais (afinal, muitas
vezes você tem links em que poderá “ler mais” – a internet é isso) e essa leitura rasa fez com que a
gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos.
Os especialistas explicam que essa capacidade de ler longas sentenças (principalmente as sem links
e distrações) é uma capacidade que você perde se você não a usar. Os defensores do “slow-reading”
(em tradução literal, da leitura lenta) dizem que o recomendável é que você reserve de 30 a 45 minutos
do seu dia longe de distrações tecnológicas para ler. Fazendo isso, o seu cérebro poderá recuperar a
capacidade de fazer a leitura linear. Os benefícios da leitura lenta vão bem além. Ajuda a reduzir o
estresse e a melhorar a sua concentração!
Estratégias de leitura são técnicas ou métodos que os leitores usam para adquirir a informação, ou
ainda procedimentos ou atividades escolhidas para facilitar o processo de compreensão em leitura.
São planos flexíveis adaptados às diferentes situações que variam de acordo com o texto a ser lido e
a abordagem elaborada previamente pelo leitor para facilitar a sua compreensão (Duffy & cols., 1987;
Brown, 1994; Pellegrini, 1996; Kopke, 2001).
Duke e Pearson (2002) identificaram seis tipos de estratégias de leitura que as pesquisas realizadas
têm sugerido como auxiliares no processo de compreensão, a saber: predição, pensar em voz alta, es-
trutura do texto, representação visual do texto, resumo e questionamento. A predição implica em ante-
cipar, prever fatos ou conteúdos do texto utilizando o conhecimento já existente para facilitar a compre-
ensão.
Pensar em voz alta é quando o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê. Tem sido demonstrado
melhora na compreensão dos alunos quando eles mesmos se dedicam a esta prática durante a leitura
e também quando professores usam rotineiramente esta mesma estratégia durante suas aulas.
A análise da estrutura textual auxilia os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como
cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para
compreensão e recordação do conteúdo lido. A representação visual do texto, por sua vez, auxilia lei-
tores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma
imagem mental do conteúdo.
Resumir as informações do texto facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e des-
taque das informações mais relevantes do texto. Questionar o texto auxilia no entendimento do conte-
údo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a
compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto.
Além disso, a utilização de estratégias de leitura compreende três momentos: o antes, o durante e o
após a leitura. Na pré-leitura, é feita uma análise global do texto (do título, dos tópicos e das figuras/grá-
ficos), predições e também o uso do conhecimento prévio. Durante a leitura é feita uma compreensão
da mensagem passada pelo texto, uma seleção das informações relevantes, uma relação entre as
informações apresentadas no texto e uma análise das predições feitas antes da leitura, para confirmá-
las ou refutá-las. Depois da leitura é feita uma análise com o objetivo de rever e refletir sobre o conteúdo
lido, ou seja, a importância da leitura, o significado da mensagem, a aplicação para solucionar proble-
mas e a verificação de diferentes perspectivas apresentadas para o tema. Também é realizada uma
discussão da leitura, com expressão e comunicação do conteúdo lido após análise e reflexão, seguida
de um resumo e de uma releitura do texto (Kopke, 1997; Duke & Pearson, 2002).
É importante lembrar que as estratégias de leitura também auxiliam no estudo, favorecendo a obtenção
de um nível de compreensão melhor. Exigem participação ativa do leitor, podendo ser aplicadas a
qualquer tipo de texto e em qualquer momento da leitura, com ou sem ajuda externa Oakhill e Garnham
(1988).
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LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Considerando-se esses aspectos, o ensino de estratégias de leitura abre novas perspectivas para uma
potencialização da leitura, possibilitando aos alunos ultrapassarem dificuldades pessoais e ambientais
de forma a conseguir obter um maior sucesso escolar. Essas podem e devem ser ensinadas nas séries
iniciais do ensino fundamental.
Dentre as estratégias de leitura que professores podem ensinar está focar a atenção dos alunos nas
idéias principais; perguntar aos alunos questões sobre seu entendimento para ajudá-lo a monitorar sua
compreensão; relacionar o conhecimento prévio dos alunos com nova informação; professores podem
questionar e designar feedback para ajudar os alunos a aplicarem técnicas e estratégias de estudo
apropriadas; podem treinar os alunos a usarem essas estratégias e técnicas de maneira mais efetiva;
utilizar reforços positivos verbais e de escrita com os alunos que apresentam baixa compreensão; pode-
se fazer questões aos alunos para ajudar a reconhecer a contradição entre o que ele realmente co-
nhece e o que ele pensou conhecer, mas não conhece; além de considerarem a variedade dos textos
estruturados na preparação dos textos para alunos e plano de aula.
Como exemplo de um modelo de instrução que consiste em 4 etapas. Na primeira - O quê - o professor
informa os tipos de estratégia de leitura que podem ser usadas. Na segunda etapa - Por quê - o pro-
fessor diz ao aluno porquê a estratégia de compreensão é importante e como a aquisição pode ajudar
a tornar-se um leitor melhor. A terceira etapa - Como - envolve a instrução direta da estratégia. Ela
pode envolver explanação verbal, modelo ou pensar em voz alta. E a quarta etapa - Quando - envolve
a comunicação de quando a estratégia deve ser usada ou não, e como evoluir e corrigir seu uso.
Outra forma é ensinar estratégias específicas, como fez Song (1998) em seu estudo. O professor de
uma classe de leitura de língua estrangeira de uma universidade ensinava a resumir, questionar, es-
clarecer e predizer. Os estudantes, por sua vez, recebiam um guia prático no qual pontuavam quando
eram capazes de utilizá-las sozinhos. O resultado desse trabalho indicou que o treino de estratégias foi
eficaz para o aprimoramento da leitura, e que a eficácia variou com a proficiência em leitura inicial do
sujeito. Além disso, foi possível identificar melhora no desempenho geral em leitura dos alunos.
Várias pesquisas sobre o ensino das estratégias de leitura têm constatado que essa é uma ação eficaz
para não somente para alunos com dificuldade em compreensão, mas também para os leitores hábeis
(Song, 1998; Magliano, Trabasso & Graesser,1999; Rhoder, 2002; Ferreira & Dias; 2002). Cabe des-
tacar que o psicólogo escolar pode ser responsável por avaliar e assessorar os professores para a
realização dessa atividade de ensino.
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Conhecimentos específicos
“Camuflar um erro seu é
anular a busca pelo
conhecimento. Aprenda
com eles e faça novamente
de forma correta.”
Nara Nubia Alencar
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RAZÃO E PROPORÇÃO
Razão e Proporção
Na matemática, a razão estabelece uma comparação entre duas grandezas, sendo o coeficiente entre
dois números.
Já a proporção é determinada pela igualdade entre duas razões, ou ainda, quando duas razões pos-
suem o mesmo resultado.
Note que a razão está relacionada com a operação da divisão. Vale lembrar que duas grandezas são
proporcionais quando formam uma proporção.
Ainda que não tenhamos consciência disso, utilizamos cotidianamente os conceitos de razão e propor-
ção. Para preparar uma receita, por exemplo, utilizamos certas medidas proporcionais entre os ingre-
dientes.
Atenção!
Para você encontrar a razão entre duas grandezas, as unidades de medida terão de ser as mesmas.
Exemplos
Exemplo 1
Se o denominador for igual a 100, temos uma razão do tipo porcentagem, também chamada de razão
centesimal.
Além disso, nas razões, o coeficiente que está localizado acima é chamado de antecedente (A), en-
quanto o de baixo é chamado de consequente (B).
Exemplo 2
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RAZÃO E PROPORÇÃO
3 . 12 = x
x = 36
Assim, quando temos três valores conhecidos, podemos descobrir o quarto, também chamado de
“quarta proporcional”.
Na proporção, os elementos são denominados de termos. A primeira fração é formada pelos primeiros
termos (A/B), enquanto a segunda são os segundos termos (C/D).
Nos problemas onde a resolução é feita através da regra de três, utilizamos o cálculo da proporção
para encontrar o valor procurado.
Propriedades da Proporção
Logo:
A·D = B·C
é equivalente
Logo,
D. A = C . B
O que é razão?
A razão é a forma mais comum e prática de se fazer a comparação relativa entre duas grandezas. Para
isto, é necessário que ambas estejam na mesma unidade de medida.
Por exemplo: só poderemos obter a razão entre o comprimento de duas ruas, se as duas estiverem em
quilômetros, mas não poderemos obtê-la caso uma esteja em metros e a outra em quilômetros, ou
qualquer outra unidade de medida diferente. Neste caso, é preciso escolher uma unidade de medida e
converter uma das grandezas para a escolhida.
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RAZÃO E PROPORÇÃO
Para obtermos a razão entre dois números a e b, por exemplo, dividimos a por b. Vale ressaltar que b
deve ser diferente de zero. Ou seja, chamamos de razão entre a e b o quociente a/b=k. (Lê-se “a está
para b”).
Exemplo: Uma loja tem 1200m² de área construída e 3000m² de área livre. Qual é a razão da área
construída para a área livre?
Para resolvermos o problema, aplicamos a razão = área construída/área livre = 1200/3000 = 2/5.
Ou seja, isto significa que a área construída representa 2/5 = 0,4 ou 40% da área livre.
O conceito de razão é ainda aplicado para calcularmos escala, velocidade média e densidade.
O que é proporção?
A proporção é a expressão que indica uma igualdade entre duas ou mais razões. Dados quatro núme-
ros racionais A, B, C e D diferentes de zero, a proporção pode ser expressa da seguinte forma: A/B =
C/D.
O antecedente da primeira razão (A) e o consequente da segunda (D) são chamados de extremos,
enquanto o consequente da primeira razão (B) e o antecedente da segunda razão (C) são chamados
de meios.
Uma proporção também pode ser escrita como a igualdade entre os produtos, da seguinte maneira:
A.D = B.C. Esta é a propriedade fundamental da proporção, em que o produto dos meios é igual ao
produto dos extremos.
Exemplo: Na sala A de uma determinada escola, temos 3 meninas para cada 4 meninos, ou seja, temos
a razão de 3 para 4, cuja divisão é igual a 0,75.
Na sala B da mesma escola, temos 6 meninas para cada 8 meninos, ou seja, a razão é de 6 para 8,
que é igual a 0,75. Ambas as razões são iguais a 0,75 e, por isso, são chamadas de proporção.
Usamos razão para fazer comparação entre duas grandezas. Assim, quando dividimos uma grandeza
pela outra estamos comparando a primeira com a segunda.
Definição: Sabendo que existe duas grandezas a e b, a razão entre a e b, com b diferente de zero, é o
quociente entre a e b: a:bou
Exemplo:
mas
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RAZÃO E PROPORÇÃO
que são todas razões equivalentes. Primeiro, dividimos por 2, o menor número possível (com exceção
do 0 e 1), o numerador e o denominador, e depois dividimos por 3 o resultado da divisão anterior, que
era o mínimo possível que podíamos dividir tanto o numerador quanto o denominador.
Proporção
Proporção é a igualdade entre duas razões (equivalências entre razões). Ou seja, se dissermos que as
razões
São iguais é o mesmo que dizer que elas formam uma proporção.
Então, ao escrevermos
Levando em conta o conjunto dos números reais, podemos concluir algumas equivalências entre as
proporções. Portanto, para
Esta teoria será discutida por meio da resolução dos exercícios a seguir apresentados de Razão e
Proporção, e de aulas gratuitas dos professores do Curso Enem Gratuito. No final, tem um simulado
para você testar seu nível.
Exemplo 01 – Uma máquina varredeira limpa uma área de 5.100 m2 em 3 horas de trabalho. Esta é a
descrição da situação. Agora, vamos à pergunta que temos de resolver: Nas mesmas condições, em
quanto tempo limpará uma área de 11.900 m2?
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RAZÃO E PROPORÇÃO
Vamos ao raciocínio para a a resolução: Há aqui duas grandezas: a área e o tempo. Dobrando a área
também se dobra o tempo; triplicando a área também se triplica o tempo, e assim por diante.
Desse modo, são grandezas diretamente proporcionais e, assim, têm o quociente constante. Veja
abaixo como representar com flechas as grandezas para facilitar o raciocínio de Razão e Proporção.
Apenas como recurso didático, utilizam-se duas flechas de mesmo sentido para identificar que as gran-
dezas são diretamente proporcionais. É um fundamento para você praticar bem Razão e Proporção.
No exemplo deste exercício temos duas grandezas ( área e tempo) que são diretamente proporcionais.
Veja como utilizar as flechas: Assim, com esta representação que utiliza as
flexas para ‘montar o problema’, fica mais fácil também para trabalhar o cérebro e seguir adiante.
A solução clássica você já sabe: Você faz a multiplicação cruzada, montando (x . 5100) = (3 . 11900).
Em seguida você verifica que 5100.x = 35700 e, ao isolar o x, você fica com 35700 dividido por 5100
para chegar ao resultado final: x é igual a 7 horas.
Quantos dias seriam necessários para a construção deste mesmo muro, se fossem utilizados 12 ope-
rários?
Acompanhe a Resolução: Novamente estamos diante de duas grandezas: operários e dias. Mas, aqui,
ao tempo em que uma aumenta (operários) a outra diminui (dias). Pensando em Razão e Proporção,
você poderia escrever que elas têm uma relação inversa neste caso: são grandezas inversamente
proporcionais, e por isso as setas invertidas.
Dica de resolução > Outra forma é usar o recurso didático das flechas, como indicado acima. Se são
inversamente proporcionais, as flechas são colocadas em sentido contrário.
A seguir criou-se uma proporção, mantendo-se a fração onde se encontra a incógnita e invertendo-se
a outra.
Agora vamos mudar de patamar um pouco, e aprender (ou revisar) Regra de Três Composta. Uma
regra de três é considerada composta quando envolver três ou mais grandezas para que se estabele-
çam entre elas a Razão e a Proporção.
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RAZÃO E PROPORÇÃO
Exemplo 01 – Uma casa é construída por 40 operários trabalhando 9 horas por dia durante 6 dias. Em
quantos dias 24 operários poderiam construir a mesma casa, trabalhando 5 horas por dia?
Resolução: Perceba que ao contrário do exemplo 01 agora nós temos 3 (tres) grandezas para trabalhar:
operários, as horas trabalhadas por dia, e os dias (duração da obra):
Inicia-se colocando uma flecha para baixo na grandeza que possui a incógnita (dias) e a seguir com-
para-se com as outras duas. Operários e dias são grandezas inversamente proporcionais e horas por
dia e dias também são inversamente proporcionais.
Para finalizar esse dispositivo prático, iguala-se a fração que contém a incógnita ao produto das demais,
respeitando o sentido das flechas.
Veja como “armar a conta” bem certinho, observando o sentido das flechas:
Resolva os 10 exercícios do Simulado Enem de Regra de Três para se qualificar para a Matemática do
Enem. O Gabarito sai na hora, e você tem aulas de reforço quando não acerta a questão.
Há muitas situações cotidianas, seja na vida cotidiana, na ciência ou negócios que requerem o uso de
razões e proporções. Por exemplo, na cozinha, se há a intenção de acrescentar ou diminuir algum
ingrediente, as razões e proporções são usadas para determinar isso – “3 ovos para cada suas duas
colheres de farinha”.
Pode-se verificar outro uso quando farmacêuticos ministram medicamentos, eles devem ter muita aten-
ção às proporções dos fármacos.
Razão
A etimologia latina de razão, ratio, não possui ralação com a ideia de faculdade que permite a distinguir
a relação entre as coisas da realidade ou juízo, mas sim a ideia de quociente, divisão, a noção que a
matemática assimilou. Por isso, razão é o quociente entre dois números A e B, com B ≠ 0. Assim, a
razão entre os números A e B pode ser dita “razão de A para B” e representada como:
Uma razão também pode identificada pela representação A : B. É importante saber que, em uma razão,
A sempre será chamado de antecedente, enquanto B será sempre chamado de consequente.
Exemplo:
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RAZÃO E PROPORÇÃO
Se uma bicicleta possui 54 dentes em uma coroa dianteira e 27 dentes na coroa traseira, a razão da
marcha da bicicleta será 54 : 27 ou 2 : 1. Isso significa que a roda traseira gira duas vezes cada vez
que o pedal gira uma vez. Então, se a razão for de 54 : 11, por exemplo, a roda traseira vai girar
aproximadamente cinco vezes para cada vez que o pedal girar.
Proporção
Dados quatro números racionais A, B, C e D diferentes de zero, proporção é a expressão que indica
uma igualdade entre duas ou mais razões e pode ser expressa da seguinte forma:
Uma proporção também pode ser expressa como a igualdade entre os produtos (A . D) e (B . C), da
seguinte forma: A.D = B.C.
É importante saber que os números A, B, C e D são denominados termos, sendo que os números A e
B são os dois primeiros termos e os números C e D são os dois últimos termos da relação de proporção.
Os números A e C são os antecedentes de cada razão, enquanto os números B e D são os consequen-
tes de cada razão que compõem a relação de proporção. Em uma relação de proporção A e D são os
extremos B e Csão os meios. Além disso, a divisão entre A e B e a divisão entre C e D, é uma constante
K, denominada constante de proporcionalidade K da razão.
Quarta Proporcional
Dados três números A, B e C, nesta ordem, é um número X para completar com os outros três uma
relação de proporção, obtém-se:
Observando a relação acima é possível concluir que a Quarta Proporcional é, simplesmente a chamada
Regra de Três.
Proporção Contínua
É aquela que tem os termos meios iguais: A.D = B.C, com B = C. O valor comum dos meios é chamado
média proporcional (ou média geométrica) dos extremos, pois, por exemplo:
8.2 = 4.4
É um tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas é aumentada a outra também
aumenta na mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra também diminui na mesma proporção.
Sendo duas grandezas A e B diretamente proporcionais, então, a relação estabelecida entre elas é:
A/B = K ou A = B.K.
É o tipo de proporção que envolve duas grandezas e quando uma delas aumenta a outra diminui na
mesma proporção ou diminuindo uma delas a outra aumenta na mesma proporção. Sendo duas gran-
dezas A e B inversamente proporcionais, então, a relação estabelecida entre elas é: A.B = K ou A =
K/B.
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REFERÊNCIAS
Os links citados abaixo servem apenas como referência. Nos termos da lei
brasileira (lei nº 9.610/98, art. 8º), não possuem proteção de direitos de autor: As
ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos
matemáticos como tais; Os esquemas, planos ou regras para realizar atos
mentais, jogos ou negócios; Os formulários em branco para serem preenchidos
por qualquer tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; Os textos
de tratados ou convenções, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e
demais atos oficiais; As informações de uso comum tais como calendários,
agendas, cadastros ou legendas; Os nomes e títulos isolados; O aproveitamento
industrial ou comercial das ideias contidas nas obras.
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