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Uberaba - MG
2011
© 2011 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos de publicação e reprodução, em parte ou no todo, reservados para a
Universidade de Uberaba.
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Sobre os autores
Apresentação....................................................................................................................................05
4
Apresentação
Caro(a) aluno(a)
Nos três primeiros capítulos relacionados aos Sistemas Digitais, estudaremos a lógica
que compõe a eletrônica digital. Para tanto, você verá a álgebra Booleana, os dispositivos
que efetuam funções lógicas. Dentre os dispositivos, veremos os flip-flop’s, registradores,
codificadores, decodificadores, multiplexadores e demultiplexadores, assim como os
dispositivos de memória e os circuitos aritméticos e lógicos.
Bons estudos!
5
1 Sistemas de numeração, circuitos lógicos e álgebra
booleana
Luiz Pessoa Vicente Neto
Introdução
Até agora, em nossos estudos, pudemos conhecer um pouco sobre a eletrônica analógica.
A denominação analógica é devido a essa eletrônica trabalhar com níveis de tensão
contínuos, ou seja, os valores de tensão nos circuitos podem variar a uma gama infinita de
valores, sendo limitados apenas pelos tipos de circuitos e elementos constituintes.
Neste capítulo, iniciaremos os estudos dos sistemas digitais, também conhecidos como
eletrônica digital. Nesta eletrônica, já não trabalharemos mais com inúmeros valores de
tensão, e sim com apenas dois valores específicos, o zero volts (0 V) e cinco volts (5 V).
Daí, o nome de sistemas digitais.
Objetivos
Ao finalizar os estudos propostos neste capítulo, você estará apto(a) a:
• identificar os sistemas de numeração existentes;
• explicar os conceitos básicos, relativos aos sistemas digitais;
• identificar os tipos de portas lógicas existentes;
6
• analisar e explicar o funcionamento de um circuito lógico;
• analisar e implementar um circuito lógico com base em sua expressão lógica;
• aplicar os conceitos da álgebra Booleana para a simplificação de expressões lógicas.
Esquema
1. Sistemas de Numeração
1.1 Sistema Decimal
1.2 Sistema Binário
1.3 Sistema Octal
1.4 Sistema Hexadecimal
1.5 Conversão entre sistemas de bases diferentes
1.5.1 Conversão de Decimal para Binário
1.5.2 Conversão de Binário para Decimal
1.5.3 Conversão de Decimal para Octal
1.5.4 Conversão de Octal para Decimal
1.5.5 Conversão de Binário para Octal
1.5.6 Conversão de Octal para Binário
1.5.7 Conversão de Decimal para Hexadecimal
1.5.8 Conversão de Hexadecimal para Decimal
1.5.9 Conversão de Binário para Hexadecimal
1.5.10 Conversão de Hexadecimal para Binário
1.5.11 Conversão de Hexadecimal para Octal
1.5.12 Conversão de Octal para Hexadecimal
1.5.13 Código BCD (Binary Coded Decimal)
2. Portas Lógicas
2.1 Tabela-Verdade
2.2 Porta OR ou Porta OU
2.3 Porta AND ou Porta E
2.4 Porta NOT ou Porta Inversora
2.5 Porta NAND ou Porta NÃO-E
2.6 Porta NOR ou Porta NÃO-OU
2.7 Porta XOR ou Porta OU-EXCLUSIVA
2.8 Porta XNOR ou Porta NÃO-OU-EXCLUSIVA
3. Circuitos Lógicos
3.1 Expressão Lógica
3.2 Álgebra Booleana
3.2.1 Teoremas Booleanos
3.2.2Teoremas de DeMorgan
3.3 Mapa de Karnaugh
3.3.1 Montagem do Mapa de Karnaugh
3.3.2 Formas de agrupamentos
3.4 Condições sem Importância (Don’t Care)
1. Sistemas de numeração
7
por 10 caracteres: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Com esses dez caracteres, podemos
representar qualquer valor numérico.
O sistema binário (base 2) foi um sistema criado para ser utilizado em circuitos e
dispositivos eletrônicos, pois possui apenas dois caracteres: 0 e 1. A criação deste sistema
se deve ao fato de que, para que possamos representar um valor, ou um caractere, em um
sistema eletrônico, necessitamos de um nível de tensão. Então, se fôssemos utilizar o
sistema decimal em circuitos eletrônicos, necessitaríamos de dez níveis distintos de tensão
para qualquer circuito. Isto faria qualquer dispositivo eletrônico, por mais simples que fosse,
ficar com um tamanho elevado, e, de certa forma, inviabilizando toda a eletrônica existente
hoje. Desta forma, foi criado o sistema binário, trabalhando apenas com dois caracteres:
• Contagem binária
Agora, iremos compreender como funciona basicamente o sistema binário, pois ele é o
principal alvo de nossos estudos em digitais.
8
Note que na numeração em binário, em alguns aspectos é semelhante à numeração em
decimal, pois o bit mais à direita é chamado de Bit Menos Significativo (LSB), e o bit mais à
esquerda é o chamado de Bit Mais Significativo (MSB).
Repare, também, que o LSB varia sempre a cada contagem, o próximo bit varia de dois bits
em dois, o terceiro varia de quatro em quatro bits, o próximo (MSB), varia de oito em oito
bits, ou seja, eles variam por oitava (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64,...).
O sistema Octal (base 8) é chamado desta forma, pois possui apenas 8 caracteres: 0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7.
A maioria dos computadores existentes hoje utiliza este sistema, tanto para endereçamento,
quanto para controle, pois como ele possui 16 caracteres, pode-se representar um número
maior de endereços utilizando menos bits para isso.
Para efetuar esta conversão, vamos utilizar um método chamado de divisão sucessiva.
Neste método, o valor em decimal é dividido sucessivamente pelo valor da base do binário
(2).
Exemplo 1
Então, dividimos o número 13 sucessivamente por dois, até o ponto em que não é mais
possível, ou seja, o quociente é zero, então, o valor 1 do dividendo desce para o resto.
9
Agora, analisamos o resultado “pegando”, de baixo para cima, os restos: 01101 ou 1101 ,
pois podemos desconsiderar o zero à esquerda.
Atividade 1
Para efetuar esta conversão, utilizaremos um sistema de potência de 2, pois cada dígito
Exemplo 2
10
O processo de conversão funciona da seguinte forma: (2 ∙ 1) + 2 ∙ 0) + 2 ∙ 1) + … e
assim por diante.
Atividade 2
Para efetuar esta conversão, vamos utilizar o método da divisão sucessiva, da mesma forma
que utilizamos de decimal para Octal, porém o valor em decimal será dividido
sucessivamente pelo valor da base do octal (8).
Exemplo 3
173 = 255
Então, como fizemos na conversão de decimal para binário, repetimos o processo, porém
dividimos o número 173 sucessivamente por oito (pois, ele é a base octal) até o ponto em
que não é mais possível, ou seja, o quociente é zero, então, o valor 2 do dividendo desce
para o resto. E, por último, “pegamos” os restos de baixo para cima.
Atividade 3
Para efetuar esta conversão, iremos utilizar o método semelhante que usamos na conversão
de decimal para binário, ou seja, um sistema de potência de 8, pois cada dígito binário
11
Exemplo 4
7356 = 3822
Para convertermos um valor de binário para octal, basta dividirmos o código binário da
direita para a esquerda, de três em três bits e substituirmos este código binário em seu
respectivo caractere octal, de acordo com a tabela, a seguir:
Exemplo 5
1100101 = 145
Atividade 4
12
1.5.6 Conversão de Octal para Binário
Da maneira semelhante que convertemos de binário para octal, podemos converter de octal
para binário, ou seja, cada dígito ou caractere octal deverá possuir um valor em binário de
três bits conforme a tabela, que vimos anteriormente.
Exemplo 6
5614 = 101110001100
Assim como fizemos as conversões de decimal para binário e de decimal para octal, será
feita a conversão de decimal para hexa, ou seja, utilizaremos o método da divisão
sucessiva. Porém, o valor em decimal será dividido pela base hexa (16).
Exemplo 7
987 = 3
Então, como fizemos na conversão de decimal para binário, de decimal para octal,
repetimos o processo, porém dividimos o número 987, sucessivamente, por 16 (pois ele é a
base hexa) até o ponto em que não é mais possível, ou seja, o quociente é zero, então, o
valor 3 do dividendo desce para o resto. E, por último, “pegamos” os restos de baixo para
cima, e se houver valores acima de 9, substituímos estes valores pelos seus respectivos
caracteres.
Esta conversão também é semelhante, a de binário para decimal e de octal para decimal, ou
seja, um sistema de potência de 16, pois cada dígito hexadecimal possui um peso,
13
Exemplo 8
65 = 1701
Para convertermos um valor de binário para hexadecimal, basta dividirmos o código binário
da direita para esquerda, de quatro em quatro bits e substituirmos este código binário em
seu respectivo caractere hexadecimal, de acordo com a tabela a seguir:
Exemplo 9
1001010110 = 256
14
1.5.10 Conversão de Hexadecimal para Binário
Exemplo 10
7 = 11110101111
Exemplo 11
46 = 6506
Para que possamos converter um valor em octal para hexadecimal, devemos proceder de
maneira semelhante à conversão de hexa para octal, ou seja, precisamos primeiramente
converter o valor octal para binário e posteriormente para hexadecimal.
Exemplo 12
15
Após a conversão para binário, devemos dividir este valor de
quatro em quatro bits, da esquerda para a direita para
converter este valor para hexadecimal.
372 =
Atividade 5
O código BCD, que veremos agora, não é um sistema numérico, e sim um código, ou seja, é
a codificação de cada um dos dez caracteres decimais em seu respectivo valor binário de
quatro bits.
Não devemos confundir o sistema binário com o código BCD, visto que o BCD é apenas
uma codificação dos dez caracteres decimais.
Exemplo 13
15 = 1111
Parada obrigatória
Lembre-se de que o BCD é um código e não um sistema numérico, por isso, para
converter um valor de BCD para outro sistema, este valor deve ser transformado
primeiramente para decimal, para, posteriormente, ser feita a conversão para a base
desejada. Da mesma forma, para converter um valor de qualquer base para BCD,
devemos, primeiro, converter este valor para decimal, para depois codificá-lo em
BCD.
2 Portas lógicas
Agora, iremos conhecer as portas lógicas, que são dispositivos eletrônicos que realizam
funções lógicas (multiplicação, soma, inversão), extremamente úteis e indispensáveis na
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eletrônica digital, pois com base nelas é que criamos os circuitos lógicos responsáveis pelo
controle de inúmeros equipamentos industriais e eletrônicos.
Antes de conhecer as principais portas lógicas, vamos aprender um pouco sobre a tabela-
verdade, pois ela é uma técnica utilizada para determinar a saída de um circuito ou
componente lógico de acordo com as variáveis presentes em sua entrada.
2.1 Tabela-Verdade
Como já foi dito anteriormente, a tabela-verdade é uma técnica utilizada para representar as
funções de um dispositivo ou componente. Ela nos informa, basicamente, o modo de
funcionamento do elemento em questão. A partir deste instante, iremos sempre trabalhar
com dispositivos que possuem tabelas-verdade, por isso o conhecimento desta técnica é
muito importante.
Exemplo 14
A primeira das portas lógicas é conhecida como porta OR; esta porta lógica possui a função
lógica da soma.
Tabela-verdade
A B Saída
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
Figura 1: Símbolo da porta OR
Fonte: Acervo autor
S=A+B
Observe que, como a porta OR possui a função lógica da soma, sua saída só será zero se
todas as entradas forem zero, pois se pelo menos uma das entradas for nível lógico alto a
saída, então, será nível alto.
17
Lembre-se! Se, pelo menos, uma das entradas for um, a sua saída será um.
A segunda das portas lógicas é conhecida como porta AND; esta porta lógica possui a
função lógica da multiplicação.
Tabela verdade
A B Saída (A.B)
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Observe que, como a porta AND possui a função lógica da multiplicação, sua saída só será
um se todas as entradas forem um, pois se pelo menos uma das entradas for nível lógico
baixo a saída, então será nível baixo.
Lembre-se! Se, pelo menos uma das entradas for zero, a sua saída será
zero.
A porta NOT, também conhecida como buffer inversor, tem a capacidade de inverter o sinal
lógico presente em sua entrada, ou seja, se o valor de entrada for zero, a saída será um, e
se a entrada for um a saída será zero.
Saída ()
Tabela verdade
A
Figura 3: Símbolo da porta NOT 0 1
Fonte: Acervo autor 1 0
Note que, na entrada da porta inversora, tem-se a variável e, na saída, tem-se (lê-se A
barrado ou não A). Esta barra sobre a variável representa inversão, e trabalharemos
bastante com esta barra daqui para frente.
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2.5 Porta NAND ou Porta NÃO-E
Podemos imaginar a porta NAND como a união de uma porta AND com uma NOT. Esta
porta existe, por ser bastante utilizada, e, como veremos em breve, através de algumas
NAND podemos criar qualquer outra porta.
Saída ( = !!!!!!
Tabela verdade
A B ∙ )
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Figura 4: Símbolo da porta NAND
Fonte: Acervo autor
Observe que o resultado da porta NAND é o inverso da porta AND, ou seja, somente se
todas as suas entradas forem nível alto sua saída será nível baixo.
Lembre-se! Se pelo menos uma das entradas for zero, a sua saída será um.
Podemos imaginar a porta NOR como a união de uma porta OR com uma NOT. A porta
NOR, assim como a NAND, existem, por serem bastante utilizadas, e como veremos em
breve, por meio de algumas NAND ou NOT, podemos criar qualquer outra porta.
Tabela verdade
A B Saída ( = !!!!!!!!
+ )
0 0 1
0 1 0
1 0 0
Figura 5: Símbolo da porta NOR
1 1 0
Fonte: Acervo autor
A porta NOR terá sempre em sua saída o resultado inverso da porta OR, ou seja, sua saída
só será um, se todas as entradas forem zero.
Lembre-se! Se pelo menos uma das entradas for um a sua saída será zero.
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2.7 Porta XOR ou Porta OU-EXCLUSIVA
digitais ( = + !). Esta porta apresenta, em sua saída, um nível lógico alto sempre
A porta XOR, é uma porta que representa um circuito lógico muito utilizado em sistemas
Tabela verdade
A B Saída ( = ⨁ B)
0 0 0
Figura 6: Símbolo da porta XOR
Fonte: Acervo autor 0 1 1
1 0 1
1 1 0
Tabela verdade
A B Saída ( = !!!!!!!!
⨁B)
0 0 1
0 1 0
Figura 7: Símbolo da porta XNOR 1 0 0
Fonte: Acervo autor
1 1 1
3. Circuitos Lógicos
Utilizando as portas lógicas que acabamos de conhecer, podemos criar circuitos lógicos
que, de acordo com certas condições de entrada, apresentam em sua saída um nível lógico
alto ou baixo, de acordo com o desejo do projetista.
Nos circuitos lógicos, as variáveis de entrada podem ser representadas por sensores,
chaves, botões etc.
O projetista então determina que, com certa combinação de entrada, (combinação esta
definida pelo projetista) o circuito tenha em sua saída um certo nível lógico para ativar um
dispositivo.
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3.1 Expressão Lógica
Através do circuito lógico, podemos extrair a sua expressão lógica. Com a expressão lógica
de um circuito, podemos saber qual será o nível lógico da sua para qualquer conjunto de
valores presentes em suas variáveis de entrada.
Exemplo 15
= !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
) ∙ + $)
Com a expressão lógica do circuito, podemos supor o valor das variáveis de entrada para
obtermos o valor da saída.
2. Considerando A=1, B=1 e C=0, qual será o nível lógico de saída do circuito visto
anteriormente?
= !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
) ∙ + $)
= !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1 ∙ 1) ∙ 1 + 0)
!!!!!!!!!!!
= 1) ∙ 1)
= !!!!!
1)
=0
Portanto, considerando A=1, B=1 e C=0, o valor da saída do circuito lógico será zero.
Assim como pudemos retirar do circuito lógico a sua expressão lógica, podemos fazer o
contrário, ou seja, com base na expressão lógica criar o circuito lógico.
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3.2 Álgebra booleana
0! = 1 1! = 0
0 ∙0=0 1 ∙1=1
0∙1=1∙0=0 0+1 = 1+0= 0
1+1=1 0+0=0
Dual
T1 ∙0=0 +1=1
T2 ∙1= +0=
T3 ∙ = +=
T4 ∙ = 0 + = 1
T5 DeMorgan
T6 ∙ =∙ + =+
T7 ∙ ∙ $ = ∙ $) = ) ∙ $ + + $ = + + $) = + ) + $
T8 + $ = + $) + ) ∙ + $) = + $
T9 + = + ) =
T10 + = + + ) = ∙
T11 + ! = + ) + !) =
12 + $ + $ = + $ + ) + $) + $) = + ) + $)
22
Os outros teoremas (T9 a T12) são simplificações utilizando a álgebra booleana e serão
provados, a seguir:
&=&
1 ∙ 1) =
&=&
&+' =&+'
∙ ) + ∙ ) = ∙ Aplica-se T4
&∙'=&∙'
• (=&
T11 - &' + &'
&=&
23
• () = &
T11 dual - & + ') ∙ & + '
[1 ∙ 1] =
&=&
Para resolver este teorema, em especial, iremos adicionar um termo + ) que é igual
a 1 (um), e 1 multiplicado pelo termo BC é igual a BC, ou seja, não estaremos
interferindo na expressão:
Para resolver este teorema, em especial, iremos adicionar um termo ), que é igual a
0 (zero), e 0 somado pelo termo (B+C) é igual a (B+C), ou seja, não estaremos
interferindo na expressão:
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Exemplo 16
'& + +) ou AB + AC
Agora, iremos conhecer mais dois importantes teoremas da álgebra Booleana, chamados de
Teoremas de DeMorgan.
Estes teoremas nos dizem que uma barra sobre um sinal lógico tem a capacidade de alterar
esta operação lógica, ou seja, de OR para AND ou de AND para OR.
Este teorema também usa do artifício que já vimos anteriormente (teorema Booleano T5),
em que duas barras sobre uma variável ou expressão não interferem nesta variável ou
expressão, ou seja, uma barra anula a outra.
1. !!!!
= + !
+ = !
2. !!!!!!!!
Estes teoremas são úteis, pois nos permitem simplificar expressões, alterando a operação
lógica desta expressão, ou mesmo, quando necessitamos construir um determinado circuito
e não possuímos a porta lógica com o operador lógico desejado.
1. + ! = !!!!
!!!!!!!!
+ ! = !!!!
Primeiro, aplicamos a primeira barra sobre a expressão.
!!!!
= A primeira barra, então, inverte o sinal lógico e cancela as barras
individuais de A e B.
!!!!
= !!!!
Por último, colocamos a segunda barra sobre a expressão.
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2. ! =
!!!!!!!!
+
!!!!
! =
!!!!!!!!
+ Primeiro, aplicamos a primeira barra sobre a expressão.
!!!!!!!!
+ = + A primeira barra, então, inverte o sinal lógico e cancela as barras
individuais de A e B.
!!!!!!!!
+ = !!!!!!!!
+ Por último, colocamos a segunda barra sobre a expressão.
Ele é uma forma mais confiável e mais rápida de simplificação do que o método de
simplificação, utilizando os teoremas Booleanos (que são baseados em métodos de
tentativa e erro).
• como pudemos observar pelo número de variáveis, cada linha de uma tabela-verdade
corresponde a uma posição do mapa de Karnaugh, ou seja, se um circuito possui duas
variáveis, ele possuirá uma tabela-verdade com quatro linhas e o mapa de Karnaugh
também possuirá quatro linhas. O valor presente na saída da tabela-verdade (S) será o
valor que será colocado no quadrado equivalente no mapa de Karnaugh;
• na montagem do mapa de Karnaugh, cada posição ou quadrado será nomeado de forma
que o quadrado adjacente a ele mude apenas uma variável de cada vez;
• após montado o mapa, iremos preencher os quadrados com os respectivos valores
(zeros e uns) de acordo com as suas posições;
• para extrair os dados do mapa, devemos procurar sempre a maior quantidade de uns
adjacentes, ou seja, deveremos primeiro tentar agrupar um octeto, se não conseguirmos,
devemos tentar agrupar uma quadra, se não for possível também, tentaremos uma
dupla, e, por último, se não conseguirmos nenhum agrupamento, devemos extrair o
próprio ‘um’ que está isolado. Os agrupamentos de ‘uns’ deverão ser formados por ‘uns’
sempre na horizontal ou vertical, nunca na diagonal;
26
• para extrairmos a expressão de cada agrupamento, devemos analisar primeiramente as
variáveis da(s) linha(s) em que este agrupamento se encontra, e extrair apenas as
variáveis que não alterem o seu estado lógico, depois repetimos o mesmo processo para
as variáveis da(s) coluna(s). Cada agrupamento extraído do mapa será um produto
(AND) entre as variáveis, e, no final, a nossa expressão lógica será sempre uma soma
de produtos;
• não podemos nos esquecer que sempre a expressão final do mapa de Karnaugh é a
forma mais simplificada possível existente, e se retirarmos uma expressão e for possível
simplificá-la, é porque o nosso mapa de Karnaugh foi feito errado.
Vamos, agora, conhecer como deve ficar a montagem dos mapas para duas, três e quatro
variáveis e como localizamos uma posição no mapa de Karnaugh:
• Duas Variáveis
• Três variáveis
• Quatro variáveis
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3.3.2 Formas de agrupamentos
• Octetos
Importante!
Podemos imaginar o mapa como uma folha de papel e, desta forma, dobrar a
folha, para que possamos efetuar algum agrupamento, ou um agrupamento
maior, como podemos ver nestes dois últimos mapas.
• Quadras
28
• Duplas
Exemplo 17
Resolução:
29
Parada obrigatória
Podemos encontrar em alguns circuitos lógicos, uma certa condição conhecida como
condição sem importância ou Don’t Care. Esta condição possui este nome pois é uma
condição que nunca ocorrerá na prática, então para certas combinações de entrada “não
importa” (don’t care) se a saída será nível baixo ou nível alto.
Podemos citar, como exemplo, uma caixa d’água, ou uma caldeira com três sensores de
nível:
Quando um sensor é coberto pelo fluído, ele vai para nível lógico alto, senão ele fica com
nível lógico baixo.
Se montarmos uma tabela verdade com todas as possibilidades possíveis, veremos que
existem algumas possibilidades que são impossíveis de ocorrer. Estas possibilidades são as
condições sem importância.
30
O responsável pelo projeto do circuito tem, então, a opção de escolher se a saída será zero
ou um para qualquer condição sem importância, para que, com isso facilite a simplificação
do mapa de Karnaugh, tendo então uma expressão lógica na saída mais simplificada.
S=B
Como no exemplo anterior, podemos ver que uma das condições don’t care foi alterada para
1 e a outra para 0, desta forma, assim, facilitando a simplificação.
Resumo
Neste primeiro capítulo do nosso livro de Sistemas Digitais, conhecemos todos os sistemas
de numeração utilizados (Decimal, Octal, Hexadecimal e Binário), e como efetuaRmos a
conversão entre eles. Conhecemos também a codificação BCD, muito encontrada em
alguns dispositivos digitais que veremos em breve.
Demos uma atenção especial ao sistema binário, nosso principal foco em Digitais.
Aprendemos sobre as portas lógicas, que são dispositivos que efetuam funções lógicas.
Vimos como combinar estas portas lógicas para formar circuitos lógicos, que executam
funções específicas. Ainda, aprendemos a analisar estes circuitos e extrair sua expressão
lógica.
Referências
31
2 Dispositivos sequenciais e lógicos
Introdução
No capítulo anterior, conhecemos os sistemas de numeração, em especial o binário, que
será de fundamental importância para nossos estudos neste e no próximo capítulo.
Pudemos aprender sobre as portas lógicas e como formamos circuitos lógicos com base
nelas.
Neste capítulo, daremos início ao estudo dos dispositivos sequenciais e lógicos, conhecidos
como flip-flop’s, registradores, codificadores, decodificadores, multiplexadores e
demultiplexadores.
Ligaremos estes flip-flop’s para formarmos contadores digitais. Estes contadores possuem
inúmeras aplicações que iremos ver, e podem ser classificados como contadores
assíncronos e síncronos.
Ao final deste capítulo, você estará apto para analisar e compreender o funcionamento dos
dispositivos e circuitos lógicos digitais.
Objetivos
Ao finalizar os estudos propostos neste capítulo, você estará apto(a) a:
• identificar os tipos de flip-flop’s existentes;
• explicar e diferenciar o funcionamento dos contadores digitais;
• diferenciar alguns dispositivos lógicos;
• analisar e explicar o funcionamento de um circuito lógico;
• analisar e explicar o funcionamento de um registrador, de um decodificador, de um
codificador, de um multiplexador e de um demultiplexador;
• projetar circuitos lógicos utilizando os dispositivos apresentados.
32
Esquema
1. Flip-flop’s
1.1.1 Flip-Flop SC
1.1. 2 Flip-Flop JK
1.1.3 Flip-flop D
1.2 Entradas de sobreposição ou assíncronas
1.3 Contadores digitais
1.3.1 Contadores Assíncronos
1.3.2 Contadores com MOD menor que 2N
1.3.3 Contadores Síncronos
1.3.4 Contador Síncrono Aleatório
1.4 Projeto de um contador aleatório
1.5 Aplicação de contadores
1. Flip-flop’s
Os flip-flop’s são os dispositivos sequenciais mais elementares existentes e se caracterizam
por:
Dependendo dos valores presentes na(s) entrada(s) de um flip-flop, ele pode gerar um valor
de saída, porém seu funcionamento depende do sinal de clock. A transição do clock é
responsável pela ativação de um flip-flop. Esta transição pode ser de subida figura 2a (do
nível baixo para o nível alto) ou de descida, figura 2 b (do nível alto para o nível baixo).
33
1.1 Tipos
1.1.1 Flip-Flop SC
O FF SC é o menos utilizado, porém ele nos servirá de base para conhecermos o FF JK,
que será extensivamente utilizado. A figura a seguir, nos mostra a representação de um FF
SC. Note que ele possui as duas entradas S e C, responsáveis pelo seu nome, e mais uma
saídas: Q e Q barrado (5! ). A saída normal, que sempre será analisada, é a saída Q. A saída
entrada de clock (Neste caso, o clock é de transição de subida). Este FF ainda possui duas
• quando S=0 e C=0, a saída Q não mudará de estado, ou seja, será mantido o valor
da saída anterior;
• quando S=0 e C=1, a saída Q será igual a zero(0);
• quando S=1 e C=0, a saída Q será igual a um(1);
• a combinação das duas entradas S=C=1 não é possível utilizando ente FF, ou seja,
não se devem ligar as duas entradas em nível lógico alto(1).
Tabela-verdade do FFSC
S C CLK Saída Q
1 1 Subida Inexistente
1.1. 2 Flip-Flop JK
O FF JK que conheceremos agora será de grande importância para nós, pois através dele é
que criaremos os contadores, que são dispositivos muito utilizados em sistemas digitais. A
figura a seguir, nos mostra a representação de um FF JK. Note que ele possui as duas
entradas J e K responsáveis pelo seu nome e mais uma entrada de clock (Neste caso, o
clock é de transição de descida, devido à bolha inversora presente em sua entrada). Este FF
34
ainda possui duas saídas: Q e Q barrado (5! ). A saída normal, que sempre será analisada, é
a Q. A saída Q barrado (5! ), apenas terá sempre o valor inverso da saída Q.
Praticamente, este FF funciona de maneira semelhante ao SC, porém, com uma única
diferença, que é o fato de existir uma saída quando as suas duas entradas forem nível
lógico alto. Por esta razão, é que ele é altamente utilizado.
• quando J=0 e K=0, a saída Q não mudará de estado, ou seja, será mantido o valor
da saída anterior;
• quando J=0 e K=1, a saída Q será igual a zero(0);
• quando J=1 e K=0, a saída Q será igual a um(1);
• quando J=1 e K=1, a saída Q mudará de estado, ou seja, o valor da saída anterior,
será invertido; dizemos, então, que o FF comuta.
Tabela-verdade do FFJK
S C CLK Saída Q
1 1 Descida Comuta
1.1.3 Flip-flop D
O último FF que veremos, o FF D, é o de mais simples análise, pois possui apenas uma
entrada. Este FF é encontrado, principalmente, no interior de registradores, alguns
dispositivos de memória, pois ele funciona como uma memória de um bit.
Tabela-verdade
C CLK Saída Q
0 Descida 0
Figura 3: Flip-flop D
1 Descida 1
Fonte: Acervo do autor
35
Este FF funciona da seguinte maneira: quando colocamos um valor lógico (0 ou 1) em sua
entrada D, este valor é armazenado pelo FF. Quando este recebe um pulso de transição de
clock, o valor lógico armazenado é transferido para a sua saída D.
Exemplo 1
Resolução:
Como o desenho do FF JK nos mostra, ele é ativo nas transições de descida do clock;
portanto, é nestes pontos que devemos analisar. Então, com base na tabela do FF JK,
podemos plotar a forma de onda de sua saída Q, fazendo a análise dos pulsos de clock e
das entradas J e K.
36
Agora é a sua vez
Atividade 1
A maioria dos FF’s existentes possui uma ou duas entradas, conhecidas como entradas
assíncronas ou de sobreposição. Estas entradas não funcionam em conjugação com as
entradas chamadas de síncronas (J e K ou S e C etc) ou com a entrada clock, ou seja, estas
entradas assíncronas ou de sobreposição não são dependentes do sinal de clock.
37
Figura 4: FF JK com as entradas assíncronas SET e CLR
Fonte: Acervo do autor
Como podemos ver pela tabela-verdade, quando as entradas SET e CLR se encontram com
nível lógico alto, o FF se encontra funcionando normalmente. Se CLR vai para o nível lógico
baixo, imediatamente a saída do FF vai para o nível lógico baixo, independente dos valores
presentes nas entradas J, K, e CLK. Da mesma forma, se SET vai para o nível lógico baixo,
imediatamente a saída do FF vai para o nível lógico alto, independente dos valores
presentes nas entradas J, K, e CLK. Não é utilizada a condição das duas entradas de
sobreposição com nível lógico baixo.
Exemplo 2
38
Resolução:
39
Agora é a sua vez
Atividade 2
A partir de agora, iremos trabalhar com os contadores digitais, que, como o próprio nome já
nos diz, são dispositivos que efetuam contagens.
40
1.3.1 Contadores Assíncronos
Os contadores assíncronos, como o seu próprio nome já nos diz, são contadores em que
seus FF não estão em sincronismo com os pulsos de clock de entrada. Apenas o primeiro
FF está em sincronismo com os pulsos de entrada, o segundo FF depende da saída do
primeiro, assim como o terceiro depende da saída do segundo, e assim por diante.
número de flip-flop’s. Então, um contador com 3 FF’s, possui um número MOD = 8, ou seja,
ele conta de zero a sete.
41
Tabela 1: Tabela indicando os valores de contagem (0 a 7) do contador.
O contador assíncrono que vimos anteriormente está limitado a contar apenas valores de
seu número MOD, ou seja, se o contador é MOD 8, ele irá contar apenas de 0 a 7, nenhum
valor menor que este ou maior, pois o MOD é o valor máximo que um contado pode contar.
Porém, o contador assíncrono pode ser alterado para que efetue contagens com valores
inferiores ao MOD deste contador. Isto é efeito, criando uma lógica e utilizando as entradas
de sobreposição para forçar o contador a “pular” alguns estados e com isto ficando com um
número MOD menor que 2N.
Umas das formas de se fazer isto é utilizando uma porta NAND com a saída ligada nas
entradas CLEAR de cada um dos FF’s. Nas entradas desta porta NAND, deve existir uma
combinação de níveis lógicos alto, para que, no instante desejado, seja ativado o CLR de
todos os FF’s para retornar a contagem ao valor 0. Esta combinação de níveis lógicos alto
deve ser feita analisando o valor posterior ao valor máximo da contagem, para que quando o
contador for para o próximo valor (que não foi definido na contagem), neste instante o
contador será levado ao valor 0.
42
Exemplo 3
Resolução:
Atividade 3
Para suprir esta deficiência dos contadores assíncronos, foram criados os contadores
síncronos. Estes contadores possuem este nome, pois todos os FF’s estão em sincronismo
com os pulsos do sinal de clock de entrada.
Porém, se todos os FF’s são ativos pelos pulsos de clock ao mesmo tempo, é necessária
uma lógica em cada FF para que o mesmo efetue a contagem desejada. Portanto, este
contador é mais rápido que o assíncrono, pode trabalhar com altas frequências, contudo ele
é mais complexo e, consequentemente, mais caro.
43
Figura 8: Contador síncrono MOD 8.
Fonte: Acervo do autor.
Exemplo 4
Resolução:
Como o valor máximo desta contagem é o número 6, isto nos indica que
necessitaremos de três FF, pois 23 = 8, ou seja, com três FF podemos contar até o
número 7.
Os três valores que não estão indicados na sequência de contagem (1, 5, 7), devem
ser indicados sempre para o primeiro valor da contagem (neste caso, o número 3), pois
se o contador for forçado a iniciar em algum destes três valores, ele irá
44
instantaneamente para o valor inicial. Então, montagem da sequência de contagem
ficará da seguinte maneira:
Já, a tabela chamada de próximo, iremos montá-la com base nos valores da tabela
atual e na sequência de contagem definida, pois esta tabela definirá qual será o próximo
valor com base no atual. Exemplo: o primeiro valor da tabela atual é o 0, e segundo a
nossa contagem, o valor posterior ao 0 é o 3, então na tabela próximo, o primeiro valor
será o 3.
45
Pronto! Agora definimos os valores atuais e próximos de acordo com a nossa sequência
definida anteriormente. Vamos para o próximo passo.
3. Com base nas duas tabelas anteriores, iremos agora definir os valores necessários em
cada entrada J e K de cada FF, para que esta contagem ocorra exatamente como
definimos. Porém, para montarmos esta tabela, é necessário que conheçamos a tabela
de excitação do FF JK. Esta tabela lista os valores necessários nas entradas J e K do
FF, para que uma certa transição ocorra.
Agora, com base na tabela anterior, vamos analisar cada transição de cada FF (C, B e
A), em cada um dos instantes para montar as tabelas.
Exemplo: Se formos analisar o primeiro valor de cada tabela, será C=0, B=0 e
A=0(atual) e C=0, B=1 e A=1(próximo), então a transição de cada FF ficará da seguinte
maneira: FF C: 0→0, FF B: 0→1 e FF A: 0→1. Desta forma, o valor que deverá estar
presente nas entradas J e K de cada FF será: JC=0 e KC=X, JB=1 e KB=X e JA=1 e
KA=X.
46
Obs.: A posição de cada valor no mapa de Karnaugh deve respeitar a sequência da
tabela atual.
47
Agora é a sua vez
Atividade 4
Os contadores possuem inúmeras aplicações, pois por intermédio deles podemos efetuar
contagens, como a quantidade de produtos fabricados em uma linha de produção, a
quantidade de pessoas que passam por um determinado ponto, um timer eletrônico,
relógios, podendo também estar presente dentro de vários dispositivos eletrônicos, como
frequencímetros.
Resumo
Neste segundo capítulo do nosso livro de Sistemas Digitais, conhecemos os principais flip-
flop’s existentes no mercado, com ênfase especial no FF JK.
Com base no FF JK, vislumbramos que podemos interligar vários para formar circuitos com
funções predefinidas. Entre estes circuitos, destacamos os contadores.
Vimos que os contadores podem ser assíncronos ou síncronos, e que a sua utilização
depende principalmente da aplicação a que eles serão destinados, e que, com os
contadores síncronos podemos criar contadores aleatórios.
Porém, é de fundamental importância a continuação dos estudos nesta área, por meio das
leituras obrigatórias e da realização das atividades propostas para uma completa
aprendizagem sobre este tema.
48
Referências
49
3 Famílias lógicas, memórias e circuitos integrados
Introdução
Neste capítulo, teremos um enfoque principal na área dos dispositivos de memória e nos
circuitos aritméticos e lógicos.
Nossa atenção especial sobre as memórias é devido ao fato de que as memórias tornam os
sistemas digitais muito versáteis e adaptáveis a várias situações, ou seja, elas são
fundamentais em todos os circuitos digitais. Vamos conhecer os principais tipos de
memórias e suas aplicações em um computador.
Com relação aos circuitos aritméticos e lógicos, eles compreendem uma parte essencial de
um computador, sendo necessários para efetuar todas as operações lógicas e aritméticas
que este venha a encontrar. Falando de outra maneira, os dispositivos lógicos e aritméticos
constituem o “cérebro” de um computador, e por isso sua análise se torna tão importante.
Por último, conheceremos as principais famílias lógicas dos circuitos integrados (TTL e
CMOS), visualizando suas principais características, aplicações e peculiaridades.
Ao final deste capítulo, você estará apto para analisar e compreender o funcionamento dos
dispositivos e circuitos lógicos digitais.
Objetivos
50
Esquema
1. Dispositivos de Memória
1.1 Barramentos
- Barramentos de Dados
- Barramento de Endereços
- Barramento de Controle
- Tipos de Barramento
- Registrador Tristate
1.2 Memórias
- Tipos de Memórias
2. Circuitos Aritméticos e Lógicos
2.1 Operações Lógicas
- Adição
- Representação de Números com Sinal
- Complemento de 2
- Negação
- Subtração
- Multiplicação
- Divisão
2.2 Comparadores
2.3 A Unidade Lógica Aritmética (ULA)
3. Famílias Lógicas
A Família Lógica TTL
A Tecnologia CMOS
1. Dispositivos de memória
1.1 Barramentos
51
É um barramento unidirecional que leva o endereço em binário que aparece na saída do
processador, para os circuitos integrados de memória, para informar um endereço.
Os tipos de barramentos que estudaremos são: ISA, MCA, EISA, VESA, PCI, AGP, SCSI e
EIDE.
52
ISA (Industry Standard Architecture)
• Lançado por volta de 1984 pela IBM no PC-AT, o barramento ISA virou um
barramento padrão utilizado por todos os demais fabricantes de clones IBM na
época;
• Palavras de 8 ou 16 bits (CPU 8088 ou 286);
• Frequências de 8 MHz;
• Taxas de transferência de 8MB/s ou 16MB/s.
MCA(Microchannel Architecture)
• Desenvolvido por volta de 1987 por 9 concorrentes da IBM, liderados pela Compac,
para melhorar a performance e competir com o barramento MCA (Micro-Channel
Architecture);
• Palavras binárias de 32 bits ;
• Frequência de 8 MHz;
• Compatível com placas ISA;
• Possuía um alto custo de produção, o que dificultou sua popularização.
• Criado pela Intel para estabelecer um padrão de barramento de alta performance que
permitisse diferenciações na implementação;
• Tão rápido quanto o VLB, porém mais barato e muito mais versátil;
• Não é controlado pelo processador, e sim por uma controladora dedicada,
diminuindo, assim, a utilização do processador;
• Suporte nativo ao plug-and-play;
• Dados e endereços são multiplexados;
53
• 32 ou 64 bits, 33 MHz (ou 66MHz, na versão 2.1);
• 133 MB/s (4 bytes x 33MHz) até 533 MB/s (8 bytes x66 MHz).
• Desenvolvida pela IBM no início dos anos 70, o SCSI traz o barramento do
computador diretamente para a unidade, aumentando a eficiência e permitindo taxas
de transferências bem mais altas;
• Possui uma interface de dispositivos que adota uma abordagem diferente na direção
de solucionar o problema de um número finito e possivelmente insuficiente de slots
de expansão;
• Podem-se conectar tantos dispositivos de hardware quanto o barramento seja capaz
de controlar.
Este registrador possui este nome pelo fato de que ele possui buffers em sua saída que
além de trabalharem com os dois estados digitais (0 ou 1), eles ainda possuem um terceiro
estado de alta impedância. Este terceiro estado é de grande importância, pois facilita o uso
de vários dispositivos em apenas um barramento de dados. O diagrama lógico do
registrador 74173 pode ser visto na figura 2 (note no detalhe, circulado os buffers tristate).
Figura 12:
Diagrama de um registrador 74173, com a indicação dos buffers tristate
Fonte: Modificado pelo autor do datasheet do componente retirado de: www.datasheetcatalog.com
55
Na tabela 1, a seguir, pode-se visualizar o modo de funcionamento dos buffers tristate:
Fonte: Autor
Em que:
Exemplificando!
1.2 Memórias
Estas memórias são conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), elas se
caracterizam por não perderem os dados na ausência de energia elétrica, podendo
armazenar dados por longos períodos. Sua principal função é a de armazenamento de
alguns programas do sistema operacional e também para armazenar informações em
dispositivos que utilizam microprocessadores. Seus tipos mais conhecidos são:
• ROM;
• PROM;
• EPROM;
• EEPROM OU E2PROM;
56
• FLASH EPROM.
A ROM é uma memória que permite somente a leitura dos dados gravados nela. Estes
dados são gravados no processo de fabricação, de forma que eles não possam ser
apagados ou reescritos.
A PROM é uma memória ROM que é vendida em estado virgem, ou seja, não foi gravada
ainda. Os dados podem ser gravados nela apenas uma única vez e depois essa gravação
não pode ser mais desfeita. Esta gravação é feita com um equipamento especial destinado
para isso, que efetua ou não a queima de microfusíveis (representanto o bit 0), presentes
em seu interior.
A EPROM é uma memória PROM que pode ter seus dados gravados, apagados e
regravados novamente quantas vezes forem necessárias. O processo de apagamento,
porém, consiste na exposição das células de memória a uma luz ou raio ultravioleta, após
esta memória ser retirada do circuito. Este processo de apagamento só pode ser feito por
um técnico capacitado e com um equipamento especialmente destinado a este fim.
A EEPROM é semelhante à memória EPROM, porém ela pode ser gravada e regravada
várias vezes por qualquer usuário e sem a necessidade de extração desta memória do
circuito. O processo de gravação consiste na elevação da tensão de alimentação desta
memória. Para que seja efetuada sua regravação, a memória EEPROM deve ser totalmente
apagada para depois ser gravada. A EEPROM tem uma quantidade máxima de regravações
permitida (de dezenas a centenas de milhares de vezes), depois disso a memória perde sua
capacidade de funcionamento e deve ser substituída.
FLASH ROM
A memória flash é uma memória que pode ser apagada e regravada em unidades de
memória, conhecidas como blocos. Trabalha com as tensões mais comuns em
computadores para efetuar o apagamento e a regravação. É uma das memórias mais
comuns nos dias de hoje.
Memórias Voláteis
Estas memórias são conhecidas como memórias RAM (Random Access Memory) e são
caracterizadas por armazenar os dados enquanto estiverem sendo alimentadas por energia
elétrica. No instante em que esta energia elétrica é desligada ou seu fornecimento é cortado,
57
de alguma maneira os dados presentes nestas memórias são perdidos. Sua principal função
é a de armazenamento temporário de dados e softwares. Os tipos de memórias RAM mais
comuns são:
• SRAM
• DRAM
FPM-RAM
EDO-RAM
BEDO-RAM
SDRAM
DDR-RAM
DR-DRAM
As RAM’s Estáticas são as memórias que armazenas bits em células tipo Flip-Flop’s,
retendo a informação presente nelas até que sejam alteradas. As SRAM’s, por serem muito
mais rápidas que as DRAM, possuem, consequentemente, um custo mais elevado, o que
impede que elas sejam utilizadas como memória RAM nos principais bancos de memória
dos computadores, além de sua baixa capacidade de armazenamento. Sua principal
aplicação é como memória cache no computador, servindo de intermediária entre o
processador e o banco de memória RAM.
58
A memória BEDO é semelhante à memória EDO, porém, possui um contador interno de dois
bits, que diminui o tempo de acesso à memória. Esta memória não foi muito utilizada
comercialmente, devido a dois principais fatores:
2. existe apenas um chipset que dava suporte a BEDO (430HX), pois na mesma
época fora lançada a memória SDRAM.
A memória SDRAM possui o seu acesso através de comandos, deixando esta memória
mais inteligente que as outras. Esta memória é sincronizada pelo clock do barramento do
computador, além de possuir um contador interno auxiliando o controlador de memória, de
forma que ele não precise requisitar novos dados, caso eles sejam consecutivos. A SDRAM
possui também duas matrizes de capacitores, permitindo assim que seja possível o acesso
a dois endereços diferentes ao mesmo tempo.
Basicamente, uma memória DDR é uma SDRAM, com uma taxa de dados duas vezes
maior. Seu funcionamento é baseado na utilização de duas memórias SDRAM em paralelo,
duplicando a transferência de dados, pois em cada ciclo de clock são entregues dois dados
(um na transição de subida e o outro na transição de descida do clock).
Esta memória foi desenvolvida pela Rambus Inc., é uma memória extremamente rápida, ela
utiliza um meio de transmissão dos dados, que é dez vezes mais rápido que uma memória
DRAM comum e duas vezes mais rápida que a SDRAM.
A RAMBUS não é uma memória largamente utilizada, devido ao fato de que os seus
fabricantes (Rambus e Intel) exigem que os outros fabricantes paguem royalties pelo uso
desta tecnologia, sem ter controle sobre ela.
Parada obrigatória
Em todos os dispositivos que empregam a lógica digital existe uma necessidade muito
comum de se efetuar operações aritméticas com os dados ou informações binárias. Estas
operações aritméticas são: soma subtração, divisão e a multiplicação. Veremos, agora,
como são feitas estas operações em modo binário.
1. Adição
A adição de dois números binários é realizada da mesma forma que a adição de números
decimais:
4+7=11 mais 1 herdado da casa anterior igual a 12 ( resulta 2 e vai 1 para próxima casa
mais significativa );
Sempre será efetuada a operação de adição de dois números por vez, quando mais de dois
números forem somados, somam-se os dois primeiros números e o resultado é somado ao
terceiro e assim por diante.
A adição é a operação mais importante nos sistemas digitais, iremos verificar isso nas
próximas operações.
60
Podemos representar o sinal de um número binário reservando um bit para designar se ele
é positivo ou negativo; em geral, é utilizado o bit mais significativo para isso. Se este bit
estiver em “0”, o número é positivo, se estiver em “1” é negativo, conforme o exemplo a
seguir, se pode verificar o número convertido de binário para decimal +46 ou -46, este
sistema é conhecido como sinal-magnitude:
Onde temos o sinal e depois a magnitude, ou seja, o seu valor que no caso do nosso
exemplo pode variar entre 000000 a 111111, em decimal seria de 0 a 63.
Pela complexidade na implementação deste sistema, é utilizado um outro sistema, chamado
sistema de complemento, que iremos discutir a seguir.
O sistema mais usado para representar números binários com sinal é o sistema de
complemento de 2.
Antes de saber como é esse sistema, temos que saber determinar o complemento de 1 e o
complemento de 2 de um número binário.
Para encontrar-se o complemento de 1, de um número binário, deve-se inventer cada bit do
código binário. A seguir, pode-se ver um exemplo da aplicação do complemento de 1:
Complemento de 2
Exemplificando
Vamos representar o número +10 e o número -6, utilizando o complemento de 2 com sinal:
R-
(a) +10
+10 = 01010
(b) - 6
610 = 01102
1001 (complemento de 1)
+ 1 (soma-se 1 ao LSB)
1010 (Complemento de 2)
-610 = 110102
62
2. Negação
A negação é uma operação que consiste na inversão de um número, ou da troca do sinal
deste número. Ou seja, converter um número de positiva para negativo ou negativo para
positivo.
Uma forma de se fazer isto, é apenas trocando o bit representativo de sinal do complemento
de 2.
Exemplo:
Soma direta.
63
Neste exemplo, devemos utilizar o bit de sinal no processo de soma. No final da soma,
sobrará um bit de carry(vai um). Este bit devemos sempre desconsiderá-lo. Então, o
resultado da soma será 00100, o equivalente a +4.
Nesse resultado, na soma final, o bit de sinal foi igual al 1, isto indica que o número
resultante é negativo. O valor resultante é 11100 e não 00100, porque ele se encontra na
forma do complemento de 2 (visto que o número é negativo). Para encontrarmos o valor
correto, basta aplicarmos novamente o complemento de dois (inverter cada bit e depois
somar 1).
64
Não devemos nos esquecer que o carry sempre será desconsiderado.
3. Subtração
Para efetuarmos as operações de subtração, devemos proceder da mesma forma que a
soma, ou seja, a operação de subtração nada mais é que uma operação de soma.
Neste caso, é muito simples fazermos a subtração, basta que se utilize a negação um dos
números, utilizando o complemento de dois.
(+8) = 01000
(+4) = 00100
Então, deve-se fazer a negação do número 4, obtendo-se 11100, que representa –4.
Depois, somamos este valor com o número 8 (01000)
(+8) = 01000
(+4) = 00100
Então, devemos fazer a negação do número 8, obtendo, assim, 11000, que representa –8.
Depois, somamos este valor com o número 4 (00100).
4. Multiplicação
Para efetuarmos a multiplicação em números binários, primeiramente precisamos conhecer
as quatro regras básicas da multiplicação. São elas:
• 0x0=0
65
• 0x1=0
• 1x0=0
• 1x1=1
Importante!
5. Divisão
66
2.2 Comparadores
A0 A1 B0 B1 X Y
0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 0 1
0 0 1 1 0 1
0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 0 0
0 1 1 0 0 1
0 1 1 1 0 1
1 0 0 0 1 0
1 0 0 1 1 0
1 0 1 0 0 0
1 0 1 1 0 1
1 1 0 0 1 0
1 1 0 1 1 0
1 1 1 0 1 0
1 1 1 1 0 0
Um circuito lógico combinacional mais conhecido, para comparar duas quantidades binárias
e gerar saídas, para indicar qual delas possui a maior magnitude, é o 74LS85.
67
Figura 5: Comparador de Magnitude.
Fonte: Tocci, (2003, p. 470)
68
2.3.1 Circuito Integrado de uma ULA
O CI 74181 é uma ULA de 4 bits bastante comum, que tem possibilidade de executar 16
operações aritméticas binárias e 16 operações lógicas.
69
Tabela 3: Modos de operação da ULA.
Resumo
Neste terceiro e último capítulo do nosso livro de Sistemas Digitais, conhecemos o que é
uma memória, além de conhecermos os principais tipos existentes. Pudemos conhecer,
também, o que é um barramento, como ele funciona, como se classifica e os modelos
existentes. Posteriormente, vislumbramos os registradores de três estados, conhecidos
como também com “tristate”, registradores estes responsáveis pela utilização e
funcionamento dos barramentos. Vimos, também, como são feitas as operações de adição,
subtração, multiplicação e divisão nos sistemas digitais, utilizando números binários. Vimos,
ainda, como representamos os números binários com ou sem sinal.
Por último, aprendemos sobre as principais famílias lógicas (TTL e CMOS), encontradas nos
circuitos integrados atualmente, visualizando suas principais características.
70
Porém, é de fundamental importância a continuação de estudos nesta área, da realização
das atividades propostas, para uma completa aprendizagem sobre este tema.
Atividade 1
Responda como podemos classificar os barramentos.
Atividade 2
Até quantos periféricos podem ser ligados a um barramento USB?
Atividade 3
Escreva quais são os estados de um registrador tristate.
Atividade 4
Descreva os tipos de memória não volátil mais comuns.
Atividade 5
Represente o número +2, utilizando o complemento de 2 com sinal:
Referências
71
4 Amplificadores operacionais – conceitos básicos
Introdução
Organizamos esse capítulo em duas partes, considerando dois eixos que são: Conceitos
básicos e Conceitos básicos na realimentação negativa.
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
1. Conceitos básicos
1.1 Características do amplificador operacional
1.2 Formas de conexão do amplificador operacional
1.3 Ganho do amplificador
1.4 Razão de rejeição em modo comum
1.5 OFFSET
1.6 Frequência de corte e taxa de atenuação
1.7 Conceito de década e oitava
2. Realimentação negativa
72
2.1 Modos de Operação do Amplificador Operacional
2.2 Terra Virtual
2.3 Curvas de resposta em malha aberta e malha fechada
2.4 Slew Rate (SR)
2.5 Saturação
1. Conceitos básicos
73
Um circuito com amplificador operacional ideal possui as seguintes propriedades:
Dicas
• descrição geral do dispositivo e diagrama esquemático (figura 5): faz uma rápida
descrição e mostra os detalhes de construção interna do AO;
• especificações Máximas Absolutas (figura 5): fornece especificações sobre as
amplitudes máximas das fontes de alimentação que podem ser usadas, qual a
máxima oscilação de entrada para que não haja distorção na saída, potência máxima
com a qual o dispositivo pode operar, dentre outros;
• características elétricas (figura 5): as características elétricas fornecem algumas
combinações de valores típicos, mínimos ou máximos, para vários parâmetros
considerados mais importantes para o usuário;
• o fabricante pode ainda fornecer descrições através de gráficos, mostrando as
curvas de desempenho do amplificador operacional.
75
Figura 6A: Amplificador operacional: Operação com terminação Única
Fonte: Adaptado de Boylestad (2004, p. 453)
A figura 7B mostra o sinal resultante quando se aplicam dois sinais separados nas entradas.
76
Figura 7B: Operação com terminação dupla
Fonte: Adaptado de Boylestad (2004, p.454)
A figura 8B mostra uma entrada com terminação única, e uma saída com
terminação dupla. O sinal aplicado à entrada positiva resulta em duas saídas
amplificadas de polaridades opostas.
77
A figura 8C mostra operação semelhante à anterior, porém o sinal de saída (único) é medido
entre os terminais de saída (não em relação ao GND), por isso esse sinal de saída pode
também ser denominado sinal flutuante.
9: =
;<
variação da tensão de entrada.
;=
(eq.1)
Uma das principais características do AO é amplificar muitos sinais que não são comuns às
duas entradas e amplificar muito poucos sinais que são comuns às mesmas (figura 10).
Dessa forma, o ampOp fornece na saída uma componente devido à diferença dos sinais
aplicados às suas entradas e uma componente que se deve aos sinais comuns aplicados a
essas entradas (equação 4).
78
>? = >@1 − >@2 (eq.2)
Exemplo 1
79
Exemplo 2: Para entradas com sinal de mesma polaridade, Vi1=Vi2=Vi, tem-se:
Dessa forma, pode-se determinar Ad e Vd, seguindo o exemplo a seguir (Boylestad, 2004):
80
A razão de rejeição em modo comum é um fator de qualidade do amplificador diferencial e é
definida como a razão do ganho diferencial (Ad) pelo ganho em seu modo comum (Ac)
(equação 5). Ou seja, essa relação nos diz o quão bom, ou não, o AO é em rejeitar sinais
que são comuns às duas entradas.
$6MM =
|OP|
|OQ|
(eq. 5)
O valor da CMRR pode também ser dado em termos logarítmicos (decibéis) como mostra a
equação 6:
$6MM = 20RST U V
OP
OQ
[dB] (eq. 6)
Na prática, o valor da relação de rejeição em modo comum pode ser determinado através de
consulta ao manual do fabricante. Para o LM741, por exemplo, a CMRR possui um valor
mínimo de 70 dB e típico de 90 dB para as condições determinadas pelo fabricante (figura
11):
Exemplo 1
Solução:
81
B>B 1 >B
>S = ?>? + B>B = ?>?. [1 + \ = ?>?. [1 + . \
?>? $6MM >?
1 225. 10W
>S = 5. 10] . 50. 10W . ^1 + . _
200 50. 10W
>S = 255,6 mV
1 225. 10W
>S = 5. 10] . 50. 10W . ^1 + . _
10 50. 10W
>S = 250 mV
Ponto chave
Observe que quanto maior a razão de rejeição em modo comum, mais próxima
a tensão de saída estará da diferença das entradas vezes o ganho diferencial.
Ou seja, o sinal em modo comum será rejeitado.
1.4. OFFSET
Vo`aabcd) = Vef .
ghga
g
(eq. 7)
82
Figura 12: Posicionamento de R1 e RF para um amplificador não inversor
Fonte: Acervo dos autores
Exemplo 2: Determine a tensão de offset total para o circuito visto na figura 13, conforme
características fornecidas pelo fabricante (figura 14), considerar o pior caso à temperatura
ambiente.
83
Figura 15: Retirado da Folha de Dados do LM741 da National semicondutores
Fonte: http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/nationalsemiconductor/DS009341.PDF
Solução:
M1 + Mz 10 + 500
>SSzz{|} >~7) = >~7 = 6. = 0,306>
M1 10
O offset pode ser facilmente visualizado, por meio de uma montagem simples:
84
Este circuito apresenta ambas entradas aterradas, ou seja, a tensão de saída deveria ser
0V. Porém, como é possível observar na figura 16, existe um valor de tensão na saída deste
circuito.
O circuito apresenta características de amplificador (que serão estudadas mais tarde) com
ganho igual a 1000, ou seja: a saída é mil vezes maior do que a entrada. Para este exemplo,
o valor medido na saída foi de 11,36mV. Isto significa que o offset gerado pelo circuito era
1000 vezes menor, ou seja, 11,36µV.
Um ponto importante desta curva é aquele denominado Frequência de Corte (ou Frequência
de Meia Potência). Ela é determinada como a frequência na qual a potência de saída do
sistema (no caso, do amplificador operacional) é reduzida à metade da potência da faixa de
definir também a frequência de corte como o ponto de 1⁄2 >i = 0,707>i , ou seja, cerca de
trabalho. Como geralmente tratamos diretamente com tensão, e não potência, podemos
É também muito comum expressar a resposta como relação entre as tensões de saída de
forma logarítmica (dB). A frequência de corte, portanto, será apresentada como o ponto de -
3dB, já que este representa, aproximadamente, metade da potência de saída.
85
Figura 17: Freqüência de corte de um filtro
Fonte: Adaptado de: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Butterworth_response.png
86
1.6. Conceito de Década e Oitava
Oitava Década
f1 = 60 Hz f1 = 60 Hz
f3 = 240 Hz f3 = 6.000 Hz
2. Realimentação negativa
Esse modo de operação utiliza o denominado “ganho em malha aberta”, ou seja, o ganho
fornecido pelo fabricante. Pode-se ter acesso a esse valor consultando a folha de dados
(datasheet) do componente. O modo de operação em malha aberta (figura 19) é bastante
empregado em circuitos comparadores.
87
b) Realimentação positiva
Modelo de operação em malha fechada (figura 20) onde a saída é reaplicada na entrada
não inversora do AO por meio de RF. O ganho do amplificador operacional é obtido por
meio do projeto de Rf e R1. Muito usado em circuitos osciladores.
Importante!
c) Realimentação negativa
• Amplificador Inversor;
• Amplificador Não Inversor;
• Somador;
• Diferenciador;
88
• Integrador;
• Filtros ativos, dentre outros.
= = =∞
i i
n Wn n
Idealmente:
Considerar o ganho de tensão infinito implica em admitir que existe sinal de saída ainda que
a entrada seja igual a zero (nula), ou seja:
Na prática a tensão de saída é limitada pelo valor da tensão de alimentação a que o AmpOp
está submetido. As considerações I+= I-= 0A e V+=V- se devem em função do conceito de
“Terra Virtual” (figura 22).
O conceito de terra virtual implica que, embora a tensão seja praticamente 0V, não há
corrente na entrada do Amplificador para GND (Boylestad, 2004).
Esse conceito pode ser utilizado para análise de qualquer circuito que envolva
amplificadores operacionais.
1
@1 =
M1
1
@1 = @2 =
M1
89
1
S = 0 − . M2
M1
M2
>S = 1
M1
Logo, podemos concluir que o ganho de tensão para a configuração analisada
anteriormente é igual a R2/R1.
Exemplo 3
Determine o ganho para o amplificador com realimentação negativa (figura 23), usando o
conceito de Terra virtual.
Solução:
Pelo Conceito de Terra virtual, sabemos que VB=VA=0V. Logo, aplica-se a lei de Kirchhoff
para tensões (LKT) obtendo:
Vin − R1. i1 = VB
Vin − VB Vin
i1 = =
R1 R1
Isola-se Vout:
>@
>S} = −Mz.
M1
>S} Mz
=−
>@ M1
90
A tensão de saída (Vout) sobre a tensão de entrada (Vin) fornece o ganho para o
amplificador inversor, dado por:
Mz
= −
M1
Importante!
Em função do ganho do amplificador em malha aberta (cc) e em baixa
frequência ser muito alto a queda no ganho deve começar nas frequências mais
baixas, o que acarreta em uma baixa largura de faixa em malha aberta.
A figura 24, a seguir, mostra a resposta em frequência para o ganho em malha aberta do
amplificador operacional.
91
A frequência em que o ganho do amplificador cai para 1 é igual ao produto da frequência de
corte e do ganho em baixa frequência Ao
L = &D. G
Em que temos:
Importante!
O termo Ao.fc é denominado produto ganho-largura de banda e pode ser
representado nas folhas de dados tanto como o produto ganho-largura de faixa
quanto seu equivalente frequência de ganho unitário.
A relação entre a largura de faixa em malha fechada e o produto ganho largura de banda é
determinada por:
Em que:
BW CL = largura de faixa em malha fechada;
f1= frequência de ganho unitário;
Ao = Valor do ganho em malha aberta;
fc = frequência de corte;
Β = taxa de realimentação.
z1
=
TℎS | Rℎ z|Bℎ? @?|R
92
Figura 25: Resposta em frequência para um amplificador não inversor
Fonte: Bogart (2001, p. 51)
93
As curvas de resposta em frequência para um circuito compensado e não compensado
podem ser visualizadas na figura 26. A variação da resposta que antes dependia da
frequência deixa de existir (a resposta é constante no intervalo de trabalho).
A figura 27 mostra o denominado “ponto de 3 dB”; podemos observar que neste ponto o
ganho cai para 3 dB (0,707 do ganho Avd (dc)) estando este ponto na frequência de corte fc.
Exemplo 4
Solução:
z1 2 6
z = = 2 6 zQ = = = 6,667
300>/>
Exemplo 5
tr Tempo de subida
0,3 µs
94
Tabela 2: Características elétricas do LMA741
rO Resistência de saída 75 Ω
Solução
zQ = O4 = . = 50
j
Consultar valores de f1 e AVD, na tabela 1 e 2:
Segundo Boylestad, 2004: “A taxa de inclinação ou taxa de variação (figura 30) é a máxima
taxa na qual a saída do amplificador pode variar em volts por microssegundo [V/µs]”.
∆>S
M= [>/µ{]
∆}
95
CH − CL ∆C
E IçãD = =
H − L ∆
Importante!
Vo=K.sen(2.π.t)
A máxima taxa de variação de tensão é dada por: 2.π.f.K em que K é a máxima amplitude
do sinal senoidal.
O que quer dizer que para evitar distorção no sinal de saída, a taxa de variação deve ser
menor do que a taxa de subida SR:
2.π.f.K ≤ SR
w.K ≤ SR
Tais inequações nos permitem calcular a 96 freqüência máxima que a limitação da taxa de
inclinação permitirá na saída do amplificador:
f≤
¢g
w≤ [radiano/segundo]
¢g
.π.£ £
[hertz]
Exemplo 5
96
Figura 31: Circuito com ampOp e respectivo sinal de entrada (Exemplo 3)
Fonte: Acervo dos autores
Solução
V2 − V1 0,5 − −0,3)
Taxa de variação na entrada = =
t2 − t1 60 − 30). 10W
Como o Slew rate fornecido é de 0,6 V/µs, ou seja, de 6.105 V/s, o ganho máximo permitido
para que não haja distorção será de:
6. 10©
= 22,5 ||{
26,67. 10]
Exemplo 6
Solução:
Mz 400
= ª ª= = 20
M1 20
² =
® ,] /°k
¯ ,
Como:
97
Temos: ¬ = 0,5. 10 ±?/{
2.5. Saturação
O amplificador operacional possui uma resposta linear em uma faixa limitada de tensões de
saída. Essa faixa de tensão é estabelecida durante o projeto do circuito respeitando sempre
os valores máximos descritos pelo fabricante através da folha de dados (datasheet) do
dispositivo em questão.
98
Importante!
Este é um circuito amplificador, que apresenta ganho igual a 18. A saída, portanto, deveria
excursionar entre 0 e ±18V. Porém, a tensão de alimentação deste circuito é de apenas
15V: a saída não consegue atingir valores superiores a este ficando distorcida, como pode
ser observado na figura 36.
99
Figura 36: Efeito da saturação no comportamento do sinal
Fonte: Acervo dos autores
Resumo
Atividades
se, ao aplicar na entrada o sinal >n = 0,05{|350 ∗ 10] }), haverá distorção no sinal
1) Dado um circuito de ganho igual a 33, cujo A.O. possui SR igual a 0,5V/µs, verifique
de saída.
= 16 e i = 200>/>.
2) Determine a frequência de corte de um AmpOp com valores especificados de
100
especificações do amplificador operacional fornecem >op = 1,2>.
5) Calcule a tensão de offset de saída para o circuito a seguir, dado que as
Referências
BOGART Jr, Theodore F. Dispositivos e Circuitos Eletrônicos. Volume II, 3. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2001.
MALVINO, A.P. Eletrônica: Volume II, 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 1995.
SEDRA, A. & SMITH, K. Microeletrônica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
101
Anexo 1
102
103
Anexo 1 : Folha de Dados - LM741 - National semicondutores (Páginas 1, 2 e 3)
Fonte: http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/nationalsemiconductor/DS009341.PDF
104
105
Tipos de amplificadores operacionais
Introdução
Foram mostrados, em estudos anteriores, os conceitos básicos necessários para a
compreensão do funcionamento dos amplificadores operacionais no que tange às suas
características físicas, bem como suas principais características elétricas.
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• compreender o princípio básico de funcionamento dos diversos tipos de circuitos
amplificadores lineares e projetá-los;
• visualizar o funcionamento de circuitos integradores e diferenciadores;
• entender a diferença entre o comportamento de integradores e diferenciadores ideais
e os integradores e diferenciadores reais;
• compreender o funcionamento de um controlador analógico;
• utilizar os circuitos amplificadores, integradores e diferenciadores para compor um
controlador analógico.
Esquema
106
1.5 – Associação de Amplificadores
2. Diferenciadores, Integradores e Controladores
2.1 – Integrador
2.2 – Diferenciador
2.3 – Controladores Analógicos
1.1 – Amplificadores
107
Figura 02: Exemplo de sinal de entrada
Fonte: Acervo dos autores
Observe que a amplitude do sinal é o dobro da amplitude do sinal de saída (ganho 2) e que
houve inversão de fase (o sinal de saída está defasado 180º em relação ao sinal de
entrada).
O valor de saída do circuito pode ser facilmente calculado utilizando-se o conceito de Terra
Virtual:
> = 0 |±± >@±}R), portanto ~® = ®³ .
³
108
O ganho é a relação entre a entrada e a saída do circuito; portanto:
·´
W
= = = −
µ ·³ ³ ®´
¶ ³ ®³
“
Figura 04: Circuito-Exemplo: Amplificador Inversor
Fonte: Acervo dos autores
Sabendo-se que este é um circuito inversor, e que seu ganho é determinado por
= − , determinamos diretamente = −
®´ ¸
®³ ¸
A = - 2.
109
Figura 05 – Sinais de entrada e saída p/ o circuito exemplo
Fonte: Acervo dos autores
110
Figura 07 – Exemplo de sinal de saída para amplificador não inversor
Fonte: Acervo dos autores
Observe que a amplitude do sinal de saída é duas vezes maior que a do sinal de entrada
(ganho 2) e que ambos os sinais apresentam a mesma polaridade (não há inversão de
fase).
M + Mj
e Rf (Terra Virtual), de maneira que:
> = >p
M
= = = 1+
µ ®³ h®´ ®´
¶ ®³ ®³
111
Como exemplo, determinaremos o sinal de saída para o circuito da figura 9:
112
Figura 10: Sinais de entrada e saída para o circuito-exemplo
Fonte: Acervo dos autores
113
Figura 12: Exemplo de sinal de saída para amplificador seguidor de tensão
Fonte: Acervo dos autores
Observa-se que não houve nenhuma alteração em relação ao sinal de entrada: sua
amplitude e fase continuam idênticas, evidenciando o comportamento de seguimento.
inversora, portanto, >W = >p . O sinal de entrada é aplicado à porta não inversora, então,
A análise de seu funcionamento é extremamente simples. A saída realimenta a porta
>h = >n . Devido à grande impedância de entrada do A.O., podemos afirmar que >h = >W e,
portanto, >p = >n .
Sendo o circuito um seguidor de tensão, a forma de onda de saída deve ser exatamente
igual à da entrada: VO = Vi.
114
Se Vi = sen(2π100), a tensão de saída obrigatoriamente será VO = sen(2π100).
115
Considerando-se as seguintes formas de onda de entrada:
116
Figura 17: Exemplo de sinal de saída para amplificador somador
Fonte: Acervo dos autores
Comparando
Como é possível observar, a amplitude do sinal de saída é proporcional à
soma dos sinais de entrada (variação na forma de onda), e houve inversão de fase
(a saída apresenta nível DC positivo, enquanto foi introduzido nível DC negativo na
entrada, configurando a inversão de fase).
117
Observa-se que, com as fontes V2 e V3 abertas, não há circulação de corrente por R2 e R3.
O circuito resultante, portanto, é um amplificador inversor. Sua saída pode, então, ser
calculada: >p 1) = − >
®´
®³
Observa-se que, com as fontes V1 e V3 abertas, não há circulação de corrente por R1 e R3.
O circuito resultante, portanto, é outro amplificador inversor. Sua saída pode, então, ser
Mj
calculada:
>p 2) = − >
M
118
Observa-se que, com as fontes V2 e V3 abertas, não há circulação de corrente por R1 e R2.
O circuito resultante, portanto, é mais um amplificador inversor. Sua saída pode, então, ser
Mj
calculada:
>p 3) = − >
M] ]
A saída será, portanto, VO = -1 – 1,5sen(2 π100)V, como pode ser observado na figura 22:
119
Figura 22: Sinais de entrada e saída para o circuito-exemplo
Fonte: Acervo dos autores
1.4 – Subtrator
O Amplificador Subtrator tem por função amplificar a diferença de tensão entre as entradas
aplicadas. Este circuito é muito utilizado em eletrônica analógica, principalmente, em
conexões de sensores. Por exemplo, se conectarmos a saída de um sensor à um
amplificador não inversor, tanto o sinal do sensor como o do ruído (interferências, induções
eletromagnéticas etc...) serão amplificados. Se conectarmos a saída deste mesmo sensor a
um amplificador subtrator, a saída será proporcional apenas ao sinal do sensor, uma vez
que o ruído é induzido de forma igual nos dois condutores e a subtração do ruído de um
condutor pelo ruído do outro será igual a zero (ou muito próxima disso).
120
Considerando-se as seguintes formas de onda de entrada:
121
Importante!
A equação de saída do circuito pode ser obtida diretamente por meio das análises de tensão
e corrente no circuito:
portanto, >W =
do A.O., a tensão na porta inversora será exatamente igual à da porta não inversora e,
¹ . ®¹
®³ h®¹
.
Como a impedância de entrada do A.O. é muito alta, toda a corrente que circula por R1 é
desviada para R2. A tensão de saída, portanto, será:
¿¹ . ·¹
W ³
>p = − M . ~® >p = ® − M .
¹ . ®¹ ¹ . ®¹
>p = >W − >®
·³ ·¹
®³ h®¹ ³ h®¹ ®
M
de saída será:
>p = > − > )
M
Calcularemos a saída para o circuito-exemplo a seguir:
122
Figura 26: Circuito-Exemplo: Amplificador Subtrator
Fonte: Acervo dos autores
123
1.5 – Associação de amplificadores
Para analisar este circuito, inicia-se por um circuito básico conectado a uma fonte de sinal
conhecida. No caso deste exemplo, podemos começar com o subcircuito superior esquerdo:
O sinal de saída deste subcircuito compõe uma das entradas do circuito somador que
segue. Porém, como não possuímos todas as entradas deste circuito, não é possível
calculá-lo ainda. Partimos, então, para outra fonte de tensão conhecida:
125
Figura 31: Subcircuito 3 em destaque
Fonte: Acervo dos autores
126
O subcircuito seguinte é um amplificador não inversor; sua saída será:
A saída deste estágio é a segunda entrada do amplificador somador. Com este valor
definido, torna-se possível calcular a saída do amplificador somador e, consequentemente, o
valor final do circuito:
>iÀm = - ©¸ -−2 {| 2. ¾. 30. }). + ½Á¸ -2 {| 2. ¾. 80. }).)
¸ ¸
>iÀm = - −5,44 {| 2. ¾. 30. }) + 2,89 {| 2. ¾. 80. }))
2.1 – Integrador
O circuito integrador é aquele que produz uma forma de onda de saída cujo valor em
qualquer instante é proporcional à integral do sinal de entrada até o instante considerado.
Por exemplo: se a entrada de um integrador for um sinal de tensão contínua de valor E, a
saída de sinal do integrador deverá ser uma rampa, uma vez que, quanto maior o tempo
decorrido, maior é a área acumulada sob a forma de onda da entrada (operação de
integração).
127
A figura, a seguir, mostra como montar um circuito integrador, utilizando um amplificador
operacional:
−1 m
saída deste circuito será, portanto:
O amplificador mostrado na figura 35, porém, não pode ser utilizado na prática.
Amplificadores reais apresentam um offset CC, que também é integrado e eventualmente
leva o amplificador à saturação, inutilizando o circuito. Este efeito pode ser visualizado na
figura 36:
128
Figura 36: Saída real de um circuito integrador “ideal”
Fonte: Acervo dos autores
Para eliminar este problema nos integradores práticos, um resistor é conectado em paralelo
com o capacitor de realimentação, conforme a figura 37. Como o capacitor comporta-se
como circuito aberto em CC, o integrador responde ao sinal de offset como se fosse um
amplificador inversor.
129
muito maiores do que aquelas em que ÃQ = Mj . Ou seja, para obtermos uma boa integração:
Podemos dizer que o processo de integração ocorre de forma satisfatória para frequências
à ≪ Mj ≪ Mj z ≫
Åj Å®´
Exemplo
Projete um circuito integrador que seja capaz de integrar sinais acima de 100Hz, e que
produza saída de 0,1V quando a entrada for uma senoide com 10V de pico em 10kHz.
Para integrar sinais acima de 100Hz, FÈ ≪ 100Hz, vamos escolher um valor uma década
1
abaixo, ou seja, 10Hz. Sendo assim,
Q = 10 =
2¾Mz $
10 = Mj = Mj = 1,596Ω.
−8
2¾Mz 10 ) 2¾.10.10−8 )
>p 0,1
Para satisfazer a restrição de tensão, define-se R1 de forma que o ganho em 10kHz seja:
ª ª= = 0,01
>n 10
Supondo que Rf seja desprezível nesta frequência (3 décadas acima de Fc), o ganho é o
¶ ³
130
2.2 – Diferenciador
Observe que temos agora uma entrada capacitiva com realimentação resistiva (novamente,
?n
o oposto do integrador). A saída deste diferenciador será:
>p = −Mj $
?}
131
Importante!
Para diminuir a intensidade dos ruídos nos derivadores práticos, um resistor é conectado em
série com o capacitor de entrada, conforme a figura 41.
Exemplo
Projete um circuito derivador que seja capaz de derivar sinais abaixo de 200Hz e que
produza saída de 1V, quando a entrada for uma senoide com 10V de pico em 10Hz.
>p 1
Para satisfazer a restrição de tensão, define-se R1 de forma que o ganho em 10Hz seja:
ª ª= = 0,1
>n 10
Supondo Rf desprezível nesta frequência (mais de uma década abaixo de Fc), o ganho é o
mesmo de um derivador ideal, e, portanto:
Ë µË = = 0,1 M = = 1,596Ω.
¶ Ì®³ Å . ., .Î )
Um controlador é um sistema que recebe duas variáveis: uma referência e uma variável de
processo (sinal da planta). Estes sinais são subtraídos, gerando um sinal diferença
denominado “erro”. A função do controlador é gerar um sinal de saída para um atuador, de
forma a igualar o sinal de entrada e o sinal de referência (eliminar o erro), obtendo, então,
controle sobre o processo atuante.
133
Figura 43: Controlador PID analógico
Fonte: Acervo dos autores
Controladores realizam sua função por meio de 3 tipos de ações: Proporcional (P), Integral
(I) e Derivativa (D). Por esta razão, também são chamados de controladores PID. Os
controladores analógicos, como o próprio nome indica, realizam este trabalho operando com
sinais analógicos. Seu circuito nada mais é do que a combinação dos blocos básicos para
cada função.
Importante!
134
Figura 44: Subcircuitos do Controlador PID analógico
Fonte: Acervo dos autores
m
?Ò})
>p }) = «Ó Ò}) + «n  Ò}) ?} + «P
?}
Resumo
Atividades
1) Determine a faixa de ajuste de ganho para o circuito da figura a seguir.
136
4) Projete um circuito integrador, capaz de integrar sinais acima de 350Hz, e que
produza saída de 50mV a 35kHz, quando a entrada for uma senoide de 5V de pico.
Referências
BOGART Jr, Theodore F. Dispositivos e circuitos eletrônicos. Volume II, 3. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2001.
MALVINO, A.P. Eletrônica: Volume II. 4.ed. São Paulo: Prentice Hall, 1995.
SEDRA, A. & SMITH, K. Microeletrônica. 5. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
137
6
Amplificadores não lineares e filtros ativos
Kety Rosa de Barros
Thiago Bruno Caparelli
Introdução
Nos estudos anteriores, enfocamos os amplificadores operacionais e os conceitos a eles
relacionados. Neste momento, continuaremos a estudar os amplificadores, porém, do tipo
não lineares. Estudaremos, também, os filtros ativos e suas aplicações.
Objetivos
Ao final do estudo deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
• compreender o princípio básico de funcionamento de amplificadores não lineares e
ser capaz de projetá-los;
• selecionar e utilizar reguladores de tensão integrados;
• compreender o princípio de funcionamento dos filtros ativos, suas configurações
básicas e associações para a formação de filtros de alta ordem;
• projetar os diversos tipos de filtros ativos;
• entender o princípio que rege o funcionamento das fontes chaveadas, conhecer as
diversas topologias e como projetá-las.
Esquema
1. Amplificadores Não lineares
1.1 – Comparadores
1.2 – Schmitt Triggers
1.3 – Temporizadores
1.4 – Multivibradores
1.5 – Circuitos Logarítmicos
2. Reguladores de Tensão Integrados
3. Filtros Ativos
3.1 Projeto de Filtros Ativos
3.1.1 Projeto de Filtros Ativos Passa-baixa
3.1.2 Projeto de Filtros Ativos Passa-alta
3.1.3 Projeto de Filtros Ativos Passa-faixa
3.1.4 Projeto de Filtros Ativos Rejeita-faixa
3.2 Projeto de Deslocadores de Fase
3.3 Outros Filtros
4. Fontes Chaveadas
4.1 – Princípio de funcionamento
4.2 – Conversor Buck
4.3 – Conversor Boost
4.4 – Conversor Buck-Boost
138
1. Amplificadores Não lineares
1.1 – Comparadores
Circuitos comparadores são aqueles nos quais a tensão de entrada é comparada com uma
tensão de referência e a saída é um estado digital que representa se a tensão de entrada
ultrapassou a referência (ou seja, ele compara as tensões e indica qual é a maior). O circuito
comparador básico pode ser visto na figura 01, a seguir.
Este circuito nada mais é do que um Amplificador operacional em malha aberta. Seu
funcionamento, portanto, é extremamente simples: a diferença entre os sinais de entrada e
de referência são amplificados por um valor muito alto (o ganho de tensão do A.O.),
saturando a saída para o nível de alimentação correspondente: caso o sinal seja maior que
a referência, haverá saturação positiva; caso seja menor, saturação negativa.
Para um sistema como o da figura 2, a seguir, por exemplo, teríamos a seguinte saída:
139
Figura 03 – Entrada e saída para o Circuito comparador exemplo
Fonte: Acervo dos autores
Como neste caso, a tensão de referência é zero (a entrada de referência está aterrada),
qualquer valor de sinal na entrada que seja maior que zero leva a saída do amplificador à
saturação positiva, indicando que este valor é maior que a referência; caso o sinal seja
menor que zero, a saída do amplificador satura para seu valor negativo, indicando que a
saída é menor que o valor de referência.
As equações para os níveis de disparo podem ser definidas por meio da aplicação do
teorema da superposição:
140
Figura 5 – Aplicação da superposição no circuito Schmitt trigger – Etapa 1
Fonte: Acervo dos autores
M
teremos:
h = >
M + M ®lj
M
Após, considerando VRef = 0, encontramos
h =
M + M p
M M
h = >®lj + −>×Ø )
M + M M + M
Conforme veremos mais adiante no ciclo de histerese, o valor de W deve igualar-se a este
valor de h antes que o comparador possa chavear para +×Ø . Portanto, podemos definir
os níveis de disparo como:
M M
ÙÙ = >®lj + −>OÚ )
M + M M + M
141
• Nível de disparo superior – UTL (Upper Trigger Level):
M M
ÛÙ = >®lj + +>OÚ )
M + M M + M
Exemplo
142
a) determinar os níveis de disparo superior e inferior;
b) determinar a histerese e esboçar a malha;
c) esboçar a saída, para um sinal de entrada de ±10V.
Solução:
a) Pelas equações,
10Ω 5Ω
ÙÙ = Ü Ý . 6> + Ü Ý . −15>) = −1>
5Ω + 10Ω 5Ω + 10Ω
10Ω 5Ω
ÛÙ = Ü Ý . 6> + Ü Ý . +15>) = +9>
5Ω + 10Ω 5Ω + 10Ω
c)
143
1.3 – Temporizadores
Devido ao escopo deste curso, apenas os temporizadores digitais serão abordados. Seus
principais circuitos são compostos por multivibradores, que serão abordados no próximo
tópico.
1.4 – Multivibradores
Circuitos multivibradores são aqueles que apresentam dois estados de saída e mudam de
estado (comutam) naturalmente, ou impulsionados através de um sinal de disparo. São
divididos em três tipos:
I- Astáveis
Os multivibradores astáveis são aqueles que não possuem nenhum estado estável.
Permanecem um determinado período em um estado e depois comutam naturalmente para
um segundo estado. Passado certo tempo, comutam novamente para o estado inicial,
recomeçando o ciclo.
Estes multivibradores também são conhecidos como osciladores. Existem inúmeras formas
de construir os vibradores astáveis; uma das formas mais simples é utilizando AO’s:
144
Este circuito funciona da seguinte forma: Durante um período, o capacitor começa a
carregar, aumentando seu valor de tensão. Assim que seu valor iguala-se à tensão gerada
pelo divisor resistivo, o A.O. muda de estado. Como a saída agora é negativa, o capacitor
começa a descarregar através de R; quando sua tensão atingir a tensão do divisor, este
mudará de estado, reiniciando o ciclo. A figura 9 apresenta as formas de onda do capacitor
e da saída:
1+
= 2M$ R [ \{
1−
M
Em que
= >
M + M ß×Ø
É possível também criar este circuito utilizando um CI 555. Este é um dos CI’s mais
versáteis e populares já produzidos e compõe-se de dois comparadores e um Flip-Flop RS.
145
Figura 14 – Diagrama do Timer 555
Fonte:: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:NE555_Bloc_Diagram.svg
Considerando como estado inicial o circuito desligado, o capacitor está descarregado. Assim
que é alimentado, o primeiro comparador tem sua saída em nível baixo, enquanto o
segundo comparador tem em sua saída nível alto (observe as tensões presentes nas
entradas de trigger e threshold).
threshold). Esta configuração levará a saída do flip-flop para o nível
baixo, que bloqueia o transistor de descarga e eleva o nível da saída do circuito. O
capacitor, então, começa a carregar através dos resistores. Ao atingir 2/3 de Vcc, a saída do
primeiro comparador, (que está ligada ao reset do flip-flop) passa
ssa para nível alto, forçando o
flip-flop a comutar. Esta ação faz a saída do circuito ir para nível baixo, e coloca em
condução o transistor de descarga. O capacitor começa então a descarregar através do
146
transistor. Ao atingir 1/3 de Vcc, o estado do segundo comparador irá comutar, forçando o
nível do flip-flop para nível baixo, reiniciando o ciclo.
O controle dos tempos em nível alto e baixo (t1 e t2, respectivamente) é determinado pelos
valores dos capacitores e resistores, conforme as equações a seguir:
} = 0,693M + M ). $
} = 0,693 . M . $
II- Monoestáveis
Estes circuitos são muito utilizados em aplicações que exigem uma base de tempo, como
alarmes e equipamentos de medida de tempo ou frequência.
1. não redisparáveis: este tipo de circuito não apresenta resposta ao disparo enquanto
no estado instável, ou seja, o circuito obrigatoriamente precisa estar no estado
estável para que haja um disparo. Por exemplo: suponha que o circuito monoestável
seja disparado por uma borda positiva. Imaginando que o tempo do estado instável
seja maior que o do clock, haverá uma segundo disparo durante este tempo. Porém,
o circuito não responde.
147
Figura 18 – Sinais de um circuito monoestável não redisparável
Fonte: Acervo dos autores
Em seu estado inicial, a saída do circuito está em nível baixo (zero). A entrada de limiar do
comparador (pino 6) também está baixa, já que o transistor de descarga está saturado. A
entrada de disparo (pino 2) é mantida em nível alto através de R1. Fechando a chave S
durante um pequeno intervalo de tempo, a entrada de disparo é aterrada (nível 0),
provocando o disparo da saída (nível 1), e consequentemente o bloqueio do transistor de
descarga. Este fato permite que o capacitor C1 seja carregado através de R2.
148
]
Assim que a tensão de C1 atingir Vcc, a saída do comparador 1 acionará a entrada de
reset do flip-flop, levando novamente o transistor de descarga à saturação, e colocando a
saída do circuito em nível baixo. O circuito, então, está pronto para reiniciar o processo.
O tempo em que o circuito permanece ativo (que é o tempo de carga do capacitor) pode ser
determinado através da seguinte equação:
= 1,1 ∗ M ∗ $
Exemplo
Em uma indústria alimentícia do tipo fast-food, o tempo de aquecimento dos pães é pré-
determinado: para ficarem no ponto ideal, devem ser colocados na chapa e aquecidos por
30s. Você, como engenheiro, deve projetar o circuito que, quando acionado um botão,
mantenha o aquecimento da chapa ligado pelo tempo necessário, desligando-a, em
seguida.
Solução:
Assim que o operador aperta o botão (sinal de disparo) o aquecimento da chapa é ligado
(saída instável) e permanece neste estado por 30s, sendo então desligada (saída estável).
Não é permitido reiniciar a contagem durante o aquecimento, pois isto permitiria que o pão
fosse queimado; a necessidade do processo na indústria é exatamente a de um circuito
monoestável não redisparável, e o tempo de operação deverá ser de 30s. Pela equação do
circuito:
30 = 1,1 ∗ M ∗ $
149
Para o exemplo anterior, o circuito dispara em borda positiva. Note que o intervalo de tempo
não estável é de aproximadamente 2,2 ms. No momento seguinte, o circuito recebe um
segundo pulso de disparo: Note que o tempo de duração do estado não estável é maior. Isto
acontece porque o circuito responde ao pulso mesmo no estado instável, reiniciando a
contagem.
III- Biestáveis
150
Figura 22 – Sinais de um circuito biestável
Fonte: Acervo dos autores
~ =~ Ü| äåæ ) − 1Ý
â¿ã
tipo de semicondutor);
• n coeficiente de emissão de portadores (dependem do tipo de junção e do
>é =
ê
]
ܸéWé
ëìíééî )
~ ) = ~ ) [ \ |
Ý
î)
151
Òì energia de “bandgap” do semicondutor (1,2 eV para o silício).
Em que:
De forma geral, pode-se afirmar que a corrente ~ dobra a cada 10o de aumento da
temperatura.
Como podemos observar pelo equacionamento, a função da corrente direta do diodo é uma
função exponencial. É possível utilizá-la para construir os mais diversos circuitos, como por
exemplo:
• Circuito Logarítmico Neperiano: Como o próprio nome diz, este circuito realiza a
operação ln(>n ).
>n
Temos, então:
~n = > = −>p
M
¿ã
ln U oãV = ln [ | ä¿æ \ = ã > = >é ln oã)
o o
ð æ ð
Portanto:>p = −>é ln )
¶
®oð
Para esta equação, os valores de n e R são constantes. Porém, >é e ~ variam com a
temperatura: esta variação é indesejada, e causa um erro na operação. Para eliminar este
erro, deve ser utilizado um circuito de compensação de temperatura.
a) Compensação de ~ :
152
Para compensar a variação de ~ , é utilizado um diodo idêntico polarizado
diretamente e com corrente constante, ligado à saída. Desta forma, as variações
se anulam (variações do diodo D1 estão em oposição ao diodo D2, anulando-se).
>n
>p = −>é ln [ \
M~
~ = ~ñlj
~ñlj
> = >é ln )
~
~ñlj >@
>pò = > + >p = >é óln [ \ − ln ^ _ô
~ M~
~ñlj
~ ~ñlj ~ M
>pò = >é õln ö ÷ø = >é [ln \
>@ >n ~
M~
~ñlj M
Portanto:
>pò = >é ln [ \
>@
153
Figura 26 – Circuito ln com compensação para ~ e >é
Fonte: Acervo dos autores
Mù
>pòò = >pò [1 +\
Mé
em que Mé é um resistor cujo valor de resistência depende da temperatura.
Mù ~ñlj M
>pòò = >é ln [ \
Mé >@
?Mé ?>é
=
Mù ? ?
>pòò = − ln>n )
| ¶ )
• Circuito Exponencial: o circuito exponencial (ou antilogarítmico) realiza a operação
154
Figura 27 – Circuito exponencial
Fonte: Acervo dos autores
Considerando a saída:
Considerando a entrada:
ã
~ = ~ ^| æ
− 1_
|
>
Portanto: >p = −M ~ >
a) Compensação de ~ :
155
Figura 28 – Circuito de compensação para ~
Fonte: Acervo dos autores
b) Compensação de >é :
Considerando Mù ≫ Mé >nòò = ®æ
®
ú
156
?Mé ?>é
=
Mù ? ?
¿ ¶ ·æ
O valor final de tensão será, então:>p = −M ~ñlj |
[ \
·úä¿æ
>p = −| ¶
157
>p = > ∗ >
• Circuito divisor: o circuito divisor, como o próprio nome indica, é responsável por
realizar a operação de divisão. Seu uso também se baseia na propriedade dos
logaritmos:
O
ln(a) - ln(b) = ln( )
>
>p =
>
Circuitos reguladores de tensão são aqueles projetados para que a sua tensão de saída se
mantenha fixa e estável, independentemente da variação da carga acionada ou de sua
alimentação (dentro de certos limites, é claro). Os reguladores integrados são aqueles que
já vêm “prontos” em forma de C.I., e geralmente necessitam de poucos ou nenhum
componente externo para funcionar corretamente.
158
Um exemplo deste tipo de regulador é a família LM78XX. Ela compreende uma série de
reguladores, todos com mesmas características elétricas. A única diferença entre eles é a
tensão de saída, referenciada pelo “XX”.
159
Importante!
.
Exemplo
Um regulador 7815 deve ser usado com um retificador de onda completa (120Hz). O filtro
capacitivo utilizado provê uma saída CC que pode variar entre 19 e 23V.
1) Qual a máxima ondulação, pico a pico, aceitável na entrada?
2) Qual a máxima ondulação, pico a pico, presente na saída do regulador, se
a ondulação da entrada for aquela encontrada no item 1? Admita que o
valor CC da entrada seja 23V e a corrente de carga seja 0,5A.
Solução:
1) A tensão mínima permitida para o 7815 é 17,7V. Portanto, a ondulação não pode
3. Filtros ativos
Filtros são dispositivos que permitem a passagem do sinal elétrico apenas em determinadas
frequências, impedindo a passagem do sinal em outras frequências.
Em altas frequências (maiores que 1MHz), os filtros geralmente são constituídos por
elementos passivos (resistores, indutores e capacitores), sendo denominados filtros RLC.
Em baixas frequências (abaixo de 1MHz), os valores de indutância se tornam muito altos.
160
Este requerimento torna os indutores volumosos, pesados e caros, dificultando a construção
de um circuito economicamente viável.
Parada obrigatória
Os filtros ativos são classificados de duas formas. A primeira é pelo seu comportamento;os
principais modelos são:
• Chebishev: possui uma queda mais acentuada nas frequências acima da frequência
de corte. Porém, apresenta variações (ripple) na banda de passagem.
161
Figura 35 – Comportamento de um filtro Chebishev
Fonte: Acervo dos autores
• Bessel: possui resposta em fase constante, que por consequência gera um atraso
constante em uma larga faixa de frequência. Esta característica garante a melhor
transmissão possível de pulsos quadrados, muito importantes em circuitos digitais.
Sua resposta, porém, não é tão plana na banda de passagem como o do filtro
Butterworth, e sua queda não é tão acentuada quanto a de um filtro Chebyshev.
162
Figura 37 – Comparação de resposta dos filtros.
Fonte: Adaptado de:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/sr/4/4a/Butterworth-chebyshev-bessel_amplituda.gif
163
Figura 39 – Função de transferência de um filtro passa-alta.
Fonte: Acervo dos autores
Os filtros ativos podem ser construídos de diversas formas, e uma das variáveis são os
caminhos de realimentação: circuitos com mais realimentação geram uma resposta de
decaimento mais rápida e, portanto, possuem uma melhor seletividade. Porém, a
complexidade do circuito aumenta. Matematicamente, a ordem da função de transferência
dos filtros aumenta com o caminho de realimentação, e, por isso, eles podem ser também
definidos de acordo com este valor.
164
Figura 42 – Comparação entre filtros Butterworth de ordem 1 até 5.
Fonte: Adaptado de: http://adrianhoe.com/adrianhoe/images/blog/2008/butterworth_graph.jpg
De forma geral, pode-se dizer que cada aumento na ordem do filtro aumenta o decaimento
em 20dB/dec.
O decaimento é importante, pois define um fator crucial dos filtros: a seletividade. Entende-
se por seletividade a capacidade que o circuito possui em distinguir, num dado espectro de
frequências, uma frequência em relação às demais. Ou seja, quanto maior o decaimento,
mais agudo é o corte, e melhor ele consegue selecionar uma frequência dentre as demais.
Para classificar os filtros em relação à seletividade, é definido um valor adimensional,
determinado Fator de Qualidade (Q). Ele é definido como
zi
5=
Assim, quanto maior for o valor de Q, menor será a largura de banda, ou seja, maior é a
seletividade do circuito.
165
Figura 43 – Comparação entre circuitos com diferentes Fatores de Qualidade (Q)
Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Q-Factor.gif
Uma das vantagens dos filtros ativos é que eles tornam possível a construção de filtros de
qualquer ordem a partir da associação de dois blocos básicos, que são os filtros de primeira
e segunda ordem. A figura 44 exemplifica o processo, com estágios até a sexta ordem.
166
3.1.1 Projeto de filtros ativos passa-baixa
= 1 + ®¹ = ߱ M $
®
º
M = Åj³ M = M] − 1)
×
³
167
= − = ߱ M $
®¹
®³
M = − M =
®¹ ׳
Oî Åj ³
Exemplo
Solução:
Importante!
168
• Filtros de segunda ordem:
= ߱ $ UM + M] + V
®¹ ®º
®³
ܾ = ߱ $ $ M M]
M = WO¹ M] = ½Å¹ j¹ ³
®
î ³ ¹ ®¹
b) Topologia Sallen-Key
169
dos resistores M] e M½ .
A topologia geral para um circuito Sallen-Key permite um controle de ganho através
= 1 +
®Í
®º
= ߱ $ M + M )
ܾ = ߱ M M $ $
$ ∓ $ − 4ܾ $ $
M, =
4¾z $ $
Para que os valores dos resistores sejam reais, $ deve obedecer à seguinte
4ܾ
condição:
$ ≥ $
170
Exemplo
Projetar um filtro Chebishev passa-baixa com ripple de 3dB e ganho unitário, com
frequência de corte 3kHz.
Solução:
a = 1,0650
Consultando a tabela A5 do anexo 1, obtemos os seguintes valores:
b = 1,9305
1,0650 ∗ 150 ∗ 10Wè − 1,0650 ∗ 150 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1,9305 ∗ 22 ∗ 10Wè ∗ 150 ∗ 10Wè
M =
4¾ ∗ 3 ∗ 10] ∗ 22 ∗ 10Wè ∗ 150 ∗ 10Wè
M = 1,26Ω
1,0650 ∗ 150 ∗ 10Wè − 1,0650 ∗ 150 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1,9305 ∗ 22 ∗ 10Wè ∗ 150 ∗ 10Wè
M =
4¾ ∗ 3 ∗ 10] ∗ 22 ∗ 10Wè ∗ 150 ∗ 10Wè
M = 1,3Ω
OUTRAS OBSERVAÇÕES:
171
M = M = M e $ = $ = $
ܾ 1 1,9305 0,618
Exemplo
Construir um filtro Butterworth passa-baixa de quinta ordem, com frequência de corte
50kHz e ganho igual a 2.
Solução:
= 1 + ®¹ 2 = 1 + ®¹ = 1 M = M]
® ® ®¹
º º ®º
O próximo passo é determinar o valor dos coeficientes dos filtros, pela consulta à
tabela A1:
172
a୨ b୨
Estágio 1 a =1 b = 0
Estágio 2 a = 1,6180 b = 1
Estágio 3 a] = 0,6180 b] = 1
a 1
R = = = 3,18kΩ
2πfେ C 2π ∗ 50 ∗ 10] ∗ 10Wè
4b 4∗1
C ≥ C = 820 ∗ 10W ∗ = 1,26nF
a 1,618
1,618 ∗ 1,26 ∗ 10Wè − 1,618 ∗ 1,26 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1 ∗ 820 ∗ 10W ∗ 1,26 ∗ 10Wè
M =
4¾ ∗ 50 ∗ 10] ∗ 820 ∗ 10W ∗ 1,26 ∗ 10Wè
M = 1,87Ω
1,618 ∗ 1,26 ∗ 10Wè + 1,618 ∗ 1,26 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1 ∗ 820 ∗ 10W ∗ 1,26 ∗ 10Wè
M =
4¾ ∗ 50 ∗ 10] ∗ 820 ∗ 10W ∗ 1,26 ∗ 10Wè
M = 4,42Ω
4b] 4∗1
C ≥ C = 330 ∗ 10W ∗ = 3,46nF
a] 0,618
0,618 ∗ 3,46 ∗ 10Wè − 0,618 ∗ 3,46 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1 ∗ 330 ∗ 10W ∗ 3,46 ∗ 10Wè
R =
4π ∗ 50 ∗ 10] ∗ 330 ∗ 10W ∗ 3,46 ∗ 10Wè
R = 2,88kΩ
0,618 ∗ 3,46 ∗ 10Wè + 0,618 ∗ 3,46 ∗ 10Wè ) − 4 ∗ 1 ∗ 330 ∗ 10W ∗ 3,46 ∗ 10Wè
R =
4π ∗ 50 ∗ 10] ∗ 330 ∗ 10W ∗ 3,46 ∗ 10Wè
173
R = 3,1kΩ
Parada obrigatória
174
Figura 53 – Filtro de primeira ordem passa-alta não inversor
Fonte: Acervo dos autores
ܣஶ = 1 + ®¹ = Ì
®
º ³ ³
®
M = Åj M = M] ஶ − 1)
׳ ³
ஶ = − ®¹ = Ì
®
³ ®³ ³
M = Åj M = −M ஶ
׳ ³
175
• Filtros de segunda ordem:
Os filtros de segunda ordem podem ser construídos a partir das mesmas topologias
básicas utilizadas pelos passa-baixa:
ou seja, $ = $] = $.
ஶ =
Para este circuito, temos:
¹
= Ì
h¹
®³ ¹
ܾ = Ì
h¹
®³ ¹
M = Åj M = Åj
W O ׳
׳ ³ ¹ W O )
b) Topologia Sallen-Key
dos resistores M] e M½ .
A topologia geral para um circuito Sallen-Key permite um controle de ganho por meio
176
Figura 56 – Topologia Sallen-Key de uso geral
Fonte: Acervo dos autores
= 1 + ®Í
®
º
= Ì
®³
= ̹ ®
³ ®¹
¹
1
M = M =
¾ z $ 4¾ z $
Solução:
O próximo passo é determinar o valor dos coeficientes dos filtros, com a consulta à
tabela A1:
a b
Estágio 1 a = 0,756 b = 0
178
Figura 58 – Circuito-solução para o problema exemplo
Fonte: Acervo dos autores
Parada obrigatória
179
Figura 60 – Filtro Passa-Faixa simples de quarta ordem
Fonte: Acervo dos autores
É possível observar, pelo gráfico, que o corte fica mais agudo com o aumento do
fator de qualidade Q. O filtro, então, torna-se mais seletivo.
180
Figura 62 – Filtro Passa-Faixa de Realimentação Múltipla
Fonte: Acervo dos autores
zß = Å ® ³®
® h®º
³ ¹ ®º
(frequência central)
ß = − ®¹
®
(ganho na frequência central)
³
5 = ¾ zß M $ (fator de qualidade)
= Å ®
(largura de banda)
¹
É possível até mesmo construir filtros de baixo Q sem utilizar o resistor M] . Porém, o fator de
ß = −25
qualidade irá depender do ganho da frequência central, de acordo com a equação:
Exemplo
Projetar um filtro passa-faixa de segunda ordem com realimentação múltipla. Este deverá
possuir uma frequência central de 1kHz, fator de qualidade 10 e ganho igual a –2.
Solução:
AÔ = − g¹ −2 = − R = R = 7,96kΩ
g ], ],
³ g³ ½
Fazendo diversas alterações algébricas na equação da frequência central (que não serão
R ] como sendo:
demonstradas aqui devido à extensão do cálculo), podemos definir diretamente o valor de
181
R] = R] = R ] = 80,4Ω
W g³ ∗Á,è∗º
¹ h W
b) Topologia Sallen-Key
fÔ = g
(frequência central)
G = 1 + g¹
g
(ganho interno)
³
AÔ = ]W!
!
(ganho na frequência central)
Q = ]W!
(fator de qualidade)
A vantagem dos Sallen-Key é que o fator de qualidade pode ser modificado pelo ganho
M = Å j
"
M =
O" W
hO"
ou
182
2) Determinar um Q específico:
M =
W
• modelo de Wien-Robinson
A Ponte de Wien-Robinson, na qual este circuito se baseia, é uma rede RC com saída
diferencial. O sinal de saída é definido como a diferença entre um divisor de tensão e a
saída de um filtro passa-faixa.
183
Figura 65 – Filtro ativo de Wien-Robinson
Fonte: Acervo dos autores
zß = Å®
(Frequência central)
= − h$
#
(Ganho da banda de passagem)
5=
h$
]
(Fator de Qualidade da Rejeição)
Em que % = ®¹ = ®¹
® ®
e
º Í
Para projetar este tipo de circuito, primeiro define-se a frequência central e o valor do
capacitor C. Com estes dados, é possível calcular o valor da resistência R:
1
M=
2¾zß $
% = 35 − 1
= ∗ 35
M] = M½ =
®¹ ®¹
$ #
Este circuito permite que se altere o valor do ganho da banda de passagem, sem precisar
modificar o fator de qualidade do filtro, o que é uma vantagem. É possível, porém, que a
184
e capacitores. É possível, neste caso, fazer um ajuste através do resistor 2R .
frequência central não seja completamente rejeitada, devido a tolerâncias dos resistores
• Filtro Twin-T
O filtro Twin-T é derivado de uma rede passiva de mesmo nome, que ganhou esta
denominação devido ao seu formato, com dois ramos iguais (twin – gêmeo).
Assim como o circuito de Wien-Robinson, este circuito possui um baixo fator de qualidade
(Q=0,25), e é conectado à realimentação de um amplificador operacional para aumentar
este valor.
zß = Å®
(frequência central)
& = 1 + ®¹
®
(ganho interno)
³
185
5=
W')
(fator de qualidade da rejeição)
O filtro Twin-T possui a vantagem de se poder alterar o fator de qualidade por meio
do ganho interno.
Para projetar este tipo de circuito, primeiro define-se a frequência central e o valor do
capacitor C. Com estes dados, é possível calcular o valor da resistência R:
1
M=
2¾zß $
M = − 1)M ou
M = M U1 − V
186
Figura 68 – Relação Atraso Normalizado x Frequência
Fonte: Adaptado de TIETZE
Para que os valores de atraso possam ser tabelados, eles precisam ser normalizados; a
função de normalização é a seguinte:
ìñi =
m()*
é
em que,
187
Figura 69 – Deslocador de fase de primeira ordem.
Fonte: Acervo dos autores
n
M=
2¾z $
O atraso máximo atingível com este circuito é definido como }ìñi = 2M$.
OBSERVAÇÃO
= 4¾z M $
= ¾z M $ %= =®
׳¹ ®
³ º
M =
¾z $
M
M] =
%
}ìñi = 4M $
OBSERVAÇÃO: O atraso máximo atingível com este circuito é definido como
Além das topologias apresentadas, existem diversas outras formas mais “exóticas”
de se construir filtros ativos. É possível construir circuitos em que se muda o
comportamento mudando componentes, saídas inversora e não inversora, circuitos
com várias respostas (passa-alta, passa-baixa e passa-faixa) simultâneas, dentre
outras.
4. Fontes chaveadas
As fontes lineares utilizam componentes ativos trabalhando em sua região linear. Como
consequência, o elemento de controle acaba dissipando uma grande quantidade de
potência, principalmente se a diferença entre vin e vout for alta, e houver grande circulação de
corrente. A eficiência deste conversor fica muito baixa, impedindo seu uso em muitas
189
aplicações. Além disso, o fato de se trabalhar com a tensão da rede em sua frequência
nominal requer componentes passivos de tamanho considerável, tornando a fonte grande e
pesada.
O princípio fundamental de uma fonte chaveada é apresentado na Fig. 71. Como o circuito
de chaveamento requer uma tensão DC de entrada, a fonte chaveada apresenta um estágio
retificador antes do circuito de chaveamento.
Uma chave é ligada em série com a fonte de tensão (agora DC) e a carga. Através da
modulação do pulso desta chave, é possível controlar a tensão de saída do circuito.
Consequentemente, um dos elementos fundamentais para um bom conversor chaveado é o
modulador da largura de pulso (PWM). Ele é responsável por produzir um trem de pulsos
retangulares que irão acionar a chave, fazendo com que o circuito funcione. O controle do
conversor é feito através do fator de trabalho (duty cicle), definido como a relação entre a
duração do pulso ativo (nível alto) e seu período total.
Os modelos básicos de circuito para fontes chaveadas são apresentados a seguir. Por
motivos de simplicidade, os circuitos moduladores de pulso não serão mostrados no circuito
dos conversores, bastando lembrar que são eles os responsáveis pelo funcionamento da
chave.
190
Figura 72 – Circuito Conversor Buck
Fonte: Acervo dos autores
191
Figura 74 – Circuito Conversor Buck – Estágio 2
Fonte: Acervo dos autores
192
entrada. Apesar de existir uma certa ondulação, esta pode ser desprezível quando a ação
de chaveamento é realizada em alta frequência.
193
Figura 78 – Circuito Conversor Boost – Estágio 2
Fonte: Acervo dos autores
194
4.4 – Conversor Buck-Boost
195
Figura 82 – Circuito Conversor Buck-Boost –Estágio 2
Fonte: Acervo dos autores
Resumo
Neste capítulo, estudamos o princípio básico de funcionamento de amplificadores não
lineares e dos filtros ativos. Verificamos como selecionar e utilizar reguladores de tensão
integrados e a projetar os diversos tipos amplificadores não lineares e de filtros ativos.
196
Vimos, ainda, o princípio que rege o funcionamento das fontes chaveadas, as diversas
topologias e como projetá-las.
As tabelas apresentadas a seguir, retiradas de Tietze e Schenk (2009) são utilizadas para o
processo de construção dos filtros ativos. A seguir, há uma relação dos valores definidos
nestas tabelas:
n ordem do filtro
+ , + coeficientes do filtro
+ razão entre as frequências de corte do filtro parcial e do filtro total ( j¶ ). Este valor é
j
geralmente utilizado para determinar a largura de banda de ganho unitário do Amplificador
Operacional, e simplificar os testes dos filtros.
zn
,z razão utilizada para testes de deslocadores de fase. zn é a frequência em que a fase
Q
197
Tabela A1 – Coeficientes para filtros Butterworth
198
Tabela A2 – Coeficientes para filtros Chebyshev – Ripple passa-banda de 0,5dB
199
Tabela A3 – Coeficientes para filtros Chebyshev – Ripple passa-banda de 1dB
200
Tabela A4 – Coeficientes para filtros Chebyshev – Ripple passa-banda de 2dB
201
Tabela A5 – Coeficientes para filtros Chebyshev – Ripple passa-banda de 3dB
202
Tabela A6 – Coeficientes para filtros Bessel
203
Tabela A7 – Coeficientes para deslocadores de fase
204
ATIVIDADES
3) Explique como é possível construir circuitos analógicos com funções não lineares,
como logaritmos e exponenciais. Em seguida, diagrame um circuito exponencial,
explicando a necessidade de cada subcircuito.
5) Explique como é possível um conversor Boost gerar uma tensão de saída maior do
que a tensão de entrada.
REFERÊNCIAS
BOGART Jr, Theodore F. Dispositivos e circuitos eletrônicos. Volume II, 3.ed. São Paulo:
Prentice Hall, 2001.
MALVINO, A.P. Eletrônica: Volume II. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 1995.
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REZENDE, E. M. Materiais usados em eletrotécnica. Interciência, 1977.
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