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Banco do Brasil

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Escriturário - Agente Comercial
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NV-010DZ-22
Cód.: 7908428803964
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Obra

BB — Banco do Brasil
Escriturário - Agente Comercial

Autores

LÍNGUA PORTUGUESA • Ana Cátia Collares, Giselli Neves e Monalisa Costa

REDAÇÃO DISCURSIVA • Nelson Sartori

LÍNGUA INGLESA • Rebecca Soares

MATEMÁTICA • Kairton Batista (Prof. Kaká), Rafael Cardoso e Sérgio Mendes

ATUALIDADE DO MERCADO FINANCEIRO (ON-LINE) • Amanda Aires

MATEMÁTICA FINANCEIRA • Kairton Batista (Prof. Kaká)

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS • Felipe Pacheco, Kairton Batista (Prof. Kaká), Ricardo Barrios, Sirlo
Oliveira e Xico Kraemer

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA • Fernando Nishimura

VENDAS E NEGOCIAÇÃO • Ana Phillipini, Cristiano Silva e Luiz Rezende


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ISBN: 978-65-5451-019-6
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Edição: Dezembro/2022

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos


pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total,
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da
editora Nova Concursos.

Esta obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso Dúvidas


de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site
www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e www.novaconcursos.com.br/contato
Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações. sac@novaconcursos.com.br
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PIRATARIA
É CRIME!
Todos os direitos autorais deste material são reservados e
protegidos pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial
ou total, por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por
escrito da Nova Concursos.

Pirataria é crime e está previsto no art. 184 do Código Penal,


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com pena de até quatro anos de prisão, além do pagamento


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de multa. Já para aquele que compra o produto pirateado


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sabendo desta qualidade, pratica o delito de receptação, punido


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com pena de até um ano de prisão, além de multa (art. 180 do CP).
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Não seja prejudicado com essa prática.


Denuncie aqui: sac@novaconcursos.com.br
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APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento é determinante para a sua preparação
de sucesso na busca pela tão almejada aprovação. Por isso, pen-
sando no máximo aproveitamento de seus estudos, este livro foi
organizado de acordo com o Edital nº 1 – 2022/001 BB, de 22 de
dezembro de 2022, para o cargo de Escriturário: Agente Comer-
cial do Banco do Brasil- BB.

O conteúdo programático foi sistematizado em um sumário,


facilitando a busca pelos temas do edital, no entanto, nem sem-
pre a banca organizadora do concurso dispõe os assuntos em
uma sequência lógica. Por isso, elaboramos este livro abor-
dando os principais itens do último edital e reorganizando-os
quando necessário, de uma maneira didática para que você
realmente consiga aprender e otimizar os seus estudos.

Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica


– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobrados
nas provas, e seção Hora de Praticar, trazendo exercícios gaba-
ritados da banca Fundação Centro de Seleção de Candidatos ao
Ensino Superior do Grande Rio - CESGRANRIO, organizadora do
certame.

A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência


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de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-


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sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas


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aulas que você encontra em nossos Cursos Online – o que será


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um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensan-


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do no seu sonho de ser aprovado em um concurso público. Ago-


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ra é com você!
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Intensifique ainda mais a sua preparação acessando os con-


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teúdos complementares disponíveis on-line para este livro em


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nossa plataforma: Conteúdo Bônus de Atualidades do Mercado


Financeiro com 10h disponível em videoaulas.

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CONTEÚDO ON-LINE

Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.

CONTEÚDO COMPLEMENTAR:

• Atualidades do Mercado Financeiro – disponível em videoaulas.

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SUMÁRIO

LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................11
COMPREENSÃO DE TEXTOS.............................................................................................................. 11

ORTOGRAFIA OFICIAL........................................................................................................................ 13

CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS................................................................................................. 15

EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE CRASE.............................................................................. 35

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO............................................................................................... 36

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO......................................................................................... 44

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL............................................................................................ 46

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL........................................................................................................ 50

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS ..................................................................... 52


PRÓCLISE...........................................................................................................................................................52

MESÓCLISE........................................................................................................................................................52

ÊNCLISE..............................................................................................................................................................52

REDAÇÃO DISCURSIVA...................................................................................................59
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REDAÇÃO DISCURSIVA...................................................................................................................... 59
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LÍNGUA INGLESA................................................................................................................87
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CONHECIMENTO DE UM VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL E DOS ASPECTOS


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GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A COMPREENSÃO DE TEXTOS.................................................... 87


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MATEMÁTICA.................................................................................................................... 105
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E REAIS....................................................................................105

PROBLEMAS DE CONTAGEM...........................................................................................................110

SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS.........................................................................................................113

RAZÕES E PROPORÇÕES.................................................................................................................114
DIVISÃO PROPORCIONAL...............................................................................................................................116

REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS..................................................................................................117

PORCENTAGENS.............................................................................................................................................119
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LÓGICA PROPOSICIONAL................................................................................................................119

NOÇÕES DE CONJUNTOS................................................................................................................124

RELAÇÕES E FUNÇÕES....................................................................................................................128

FUNÇÕES POLINOMIAIS.................................................................................................................................128

FUNÇÕES EXPONENCIAIS..............................................................................................................................130

FUNÇÕES LOGARÍTMICAS..............................................................................................................................131

MATRIZES..........................................................................................................................................131

DETERMINANTES.............................................................................................................................134

SISTEMAS LINEARES.......................................................................................................................138

SEQUÊNCIAS.....................................................................................................................................141

PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS.............................................142

MATEMÁTICA FINANCEIRA....................................................................................... 149


CONCEITOS GERAIS.........................................................................................................................149

O CONCEITO DO VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO......................................................................................149

CAPITAL, JUROS, TAXAS DE JUROS..............................................................................................................150

CAPITALIZAÇÃO, REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO.........................................................................................150


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5-

FLUXOS DE CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE CAIXA..............................................................................152


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EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA..........................................................................................................................152
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JUROS SIMPLES...............................................................................................................................153
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CÁLCULO DO MONTANTE...............................................................................................................................153
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DOS JUROS......................................................................................................................................................153
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DA TAXA DE JUROS.........................................................................................................................................153

DO PRINCIPAL..................................................................................................................................................154

DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA.......................................................................................................154

JUROS COMPOSTOS........................................................................................................................154

CÁLCULO DO MONTANTE, DO PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA.............................155

DOS JUROS......................................................................................................................................................157

DA TAXA DE JUROS.........................................................................................................................................157

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO - SISTEMA PRICE; SISTEMA SAC..............................................159


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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS............................................................................... 165
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL, ÓRGÃOS NORMATIVOS E INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS, EXECUTORAS
E OPERADORAS................................................................................................................................165

MERCADO FINANCEIRO E SEUS DESDOBRAMENTOS (MERCADOS MONETÁRIO, DE


CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAMBIAL)...............................................................................................169

MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA: POLÍTICAS MONETÁRIAS CONVENCIONAIS E


NÃO CONVENCIONAIS (QUANTITATIVE EASING), TAXA SELIC E OPERAÇÕES
COMPROMISSADAS.........................................................................................................................170

O DEBATE SOBRE OS DEPÓSITOS REMUNERADOS DOS BANCOS COMERCIAIS NO


BANCO CENTRAL DO BRASIL..........................................................................................................171

ORÇAMENTO PÚBLICO, TÍTULOS DO TESOURO NACIONAL E DÍVIDA PÚBLICA......................172

PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO, CRÉDITO


DIRETO AO CONSUMIDOR, CRÉDITO RURAL, POUPANÇA, CAPITALIZAÇÃO,
PREVIDÊNCIA, CONSÓRCIO, INVESTIMENTOS E SEGUROS........................................................174

NOÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS.............................................................................................196

NOÇÕES DE MERCADO DE CÂMBIO ...............................................................................................207

INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR E OPERAÇÕES BÁSICAS, REGIMES DE TAXAS DE C


ÂMBIO FIXAS, FLUTUANTES E REGIMES INTERMEDIÁRIOS, TAXAS DE CÂMBIO NOMINAIS E
REAIS, IMPACTOS DAS TAXAS DE CÂMBIO SOBRE AS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES,
DIFERENCIAL DE JUROS INTERNO E EXTERNO, PRÊMIOS DE RISCO, FLUXO DE CAPITAIS E
SEUS IMPACTOS SOBRE AS TAXAS DE CÂMBIO..........................................................................................207
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DINÂMICA DO MERCADO: OPERAÇÕES NO MERCADO INTERBANCÁRIO................................210


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MERCADO BANCÁRIO: OPERAÇÕES DE TESOURARIA, VAREJO BANCÁRIO E


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RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO...........................................................................................................211
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TAXAS DE JUROS DE CURTO PRAZO E A CURVA DE JUROS, TAXAS DE JUROS NOMINAIS


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és

E REAIS...............................................................................................................................................224
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GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: AVAL, FIANÇA, PENHOR MERCANTIL,


dr

ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA, HIPOTECA, FIANÇAS BANCÁRIAS.....................................................225


Pe

CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO ................................................................................................230

CONCEITO E ETAPAS; PREVENÇÃO E COMBATE AO CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO –


LEI Nº 9.613, DE 1998 E SUAS ALTERAÇÕES ...............................................................................................230

CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020 ........................................................................................232

CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 E SUAS ALTERAÇÕES......................................234

AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA E NORMATIVOS SARB..............................................................239

SIGILO BANCÁRIO: LEI COMPLEMENTAR Nº 105, DE 2001 E SUAS ALTERAÇÕES...................240

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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD): LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018,
E SUAS ALTERAÇÕES.......................................................................................................................242

LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO: LEI Nº 12.846, DE 2013 E DECRETO Nº 11.129, DE 11


JULHO, DE 2022................................................................................................................................250

SEGURANÇA CIBERNÉTICA: RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE 26/02/2021................................260

ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES..........................................................266

NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL..................................................................268

A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS..................................................269

CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA INTERNET)......271

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DO BRASIL


(DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB NA INTERNET)..............................................................................271

ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E GOVERNANÇA): ECONOMIA SUSTENTÁVEL;


FINANCIAMENTOS, MERCADO PJ..................................................................................................275

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA................................................................... 289


NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS – WINDOWS 10 (32-64 BITS)......................................289

NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS – AMBIENTE LINUX (SUSE SLES 15 SP2).................301

EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES MICROSOFT


OFFICE – VERSÃO O365)..................................................................................................................307
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WORD................................................................................................................................................................307
.
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EXCEL...............................................................................................................................................................312
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POWERPOINT...................................................................................................................................................323
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SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: FUNDAMENTOS, CONCEITOS E MECANISMOS DE


és

SEGURANÇA......................................................................................................................................326
C
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PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO: CONTROLE DE DISPOSTIVOS USB,


Pe

HARDENING, ANTIMALWARE E FIREWALL PESSOAL..................................................................335

CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES,


ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS..............................................................................................337

REDES DE COMPUTADORES............................................................................................................337

CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET


E INTRANET.....................................................................................................................................................337

NAVEGADOR WEB.............................................................................................................................338

MICROSOFT EDGE - VERSÃO 91....................................................................................................................338

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MOZZILA FIREFOX - VERSÃO 78 ESR............................................................................................................338

BUSCA E PESQUISA NA WEB..........................................................................................................................339

CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS..........................................340

REDES SOCIAIS.................................................................................................................................345

YOUTUBE..........................................................................................................................................................346

LINKEDIN..........................................................................................................................................................346

FACEBOOK........................................................................................................................................................347

TWITTER..........................................................................................................................................................349

INSTAGRAM.....................................................................................................................................................349

WHATSAPP......................................................................................................................................................350

TELEGRAM.......................................................................................................................................................352

VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA DE


NEGÓCIO............................................................................................................................................352

FUNDAMENTOS SOBRE ANÁLISE DE DADOS................................................................................355

CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.....................................................................................377

CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE REPRODUÇÃO DE


ÁUDIO E VÍDEO..................................................................................................................................378
00

FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E TRABALHO A DISTÂNCIA.............................................380


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MICROSOFT TEAMS........................................................................................................................................380
.
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CISCO WEBEX..................................................................................................................................................380
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GOOGLE HANGOUT.........................................................................................................................................380
ar

GOOGLE DRIVE................................................................................................................................................380
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SKYPE...............................................................................................................................................................380
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VENDAS E NEGOCIAÇÃO............................................................................................. 387


NOÇÕES DE ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: ANÁLISE DE MERCADO, FORÇAS
COMPETITIVAS, IMAGEM INSTITUCIONAL, IDENTIDADE E POSICIONAMENTO .....................387

SEGMENTAÇÃO DE MERCADO........................................................................................................392

AÇÕES PARA AUMENTAR O VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE................................................393

GESTÃO DA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE.........................................................................................394

APRENDIZAGEM E SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL......................................................395

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CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS: INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE,
VARIABILIDADE E PERECIBILIDADE...............................................................................................397

GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS.........................................................................................397

TÉCNICAS DE VENDAS: DA PRÉ-ABORDAGEM AO PÓS-VENDAS..............................................399

NOÇÕES DE MARKETING DIGITAL: GERAÇÃO DE LEADS; TÉCNICA DE COPYWRITING;


GATILHOS MENTAIS; INBOUND MARKETING...............................................................................400

ÉTICA E CONDUTA PROFISSIONAL EM VENDAS..........................................................................402

PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO AOS CLIENTES....................................................403

UTILIZAÇÃO DE CANAIS REMOTOS PARA VENDAS.....................................................................403

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUA RELAÇÃO COM VENDAS E


NEGOCIAÇÃO....................................................................................................................................404

POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM O CLIENTE: RESOLUÇÃO Nº 4.949, DE 30


DE SETEMBRO DE 2021....................................................................................................................404

RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, DE 23 DE OUTUBRO DE 2020 QUE DISPÕE SOBRE A


CONSTITUIÇÃO E O FUNCIONAMENTO DE COMPONENTE ORGANIZACIONAL DE
OUVIDORIA PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E DEMAIS INSTITUIÇÕES
AUTORIZADAS A FUNCIONAR PELO BANCO CENTRAL DO BRASIL...........................................406

LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – ESTATUTO DA


PESSOA COM DEFICIÊNCIA: LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015......................................410

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR: LEI Nº 8.078, DE 1990 ..........................424


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Dica
Interpretar é buscar ideias e pistas do autor do
texto nas linhas apresentadas.

LÍNGUA PORTUGUESA Apesar de parecer algo subjetivo, existem “regras”


para se buscar essas pistas.
A primeira e mais importante delas é identificar a
orientação do pensamento do autor do texto, que fica
COMPREENSÃO DE TEXTOS perceptível quando identificamos como o raciocínio
dele foi exposto, se de maneira mais racional, a partir
A interpretação e a compreensão textual são da análise de dados, informações com fontes confiá-
aspectos essenciais a serem dominados por aque- veis ou se de maneira mais empirista, partindo dos
les candidatos que buscam a aprovação em seleções efeitos, das consequências, a fim de se identificar as
e concursos públicos. Trata-se de um assunto que causas.
abrange questões específicas e de conteúdo geral nas Por isso, é preciso compreender como podemos
provas; conhecer e dominar estratégias que facilitem interpretar um texto mediante estratégias de leitura.
a apreensão desse assunto pode ser o grande diferen-
Muitos pesquisadores já se debruçaram sobre o tema,
cial entre o quase e a aprovação.
que é intrigante e de grande profundidade acadêmi-
Além disso, seja a compreensão textual, seja a
interpretação textual, ambas guardam uma relação ca; neste material, selecionamos as estratégias mais
de proximidade com um assunto pouco explorado eficazes que podem contribuir para sua aprovação
pelos cursos de português: a semântica, que incide em seleções que avaliam a competência leitora dos
suas relações de estudo sobre as relações de sentido candidatos.
que a forma linguística pode assumir. A partir disso, apresentamos estratégias de leitura
Portanto, neste material você encontrará recursos que focam nas formas de inferência sobre um texto.
para solidificar seus conhecimentos em interpretação Dessa forma, é fundamental identificar como ocorre
e compreensão textual, associando a essas temáticas o processo de inferência, que se dá por dedução
as relações semânticas que permeiam o sentido de ou por indução. Para entender melhor, veja esse
todo amontoado de palavras, tendo em vista que qual-
exemplo:
quer aglomeração textual é, atualmente, considerada
O marido da minha chefe parou de beber.
texto e, dessa forma, deve ter um sentido que precisa
ser reconhecido por quem o lê. Observe que é possível inferir várias informa-
Assim, vamos começar nosso estudo fazendo uma ções a partir dessa frase. A primeira é que a chefe do
breve diferença entre os termos compreensão e enunciador é casada (informação comprovada pela
interpretação textual. expressão “marido”), a segunda é que o enuncia-
Para muitos, essas palavras expressam o mesmo dor está trabalhando (informação comprovada pela
sentido, mas, como pretendemos deixar claro neste expressão “minha chefe”) e a terceira é que o marido
material, ainda que existam relações de sinonímia da chefe do enunciador bebia (expressão comprovada
00

entre palavras do nosso vocabulário, a opção do autor pela expressão “parou de beber”). Note que há pistas
5-

por um termo ao invés de outro reflete um sentido contextuais do próprio texto que induzem o leitor a
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que deve ser interpretado no texto, uma vez que a


interpretar essas informações.
.

interpretação realiza ligações com o texto a partir


70

Tratando-se de interpretação textual, os processos


das ideias que o leitor pode concluir com a leitura.
.4

Já a compreensão busca a análise de algo exposto de inferência, sejam por dedução ou por indução, par-
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no texto, e, geralmente, é marcada por uma palavra ou tem de uma certeza prévia para a concepção de uma
-0

uma expressão, e apresenta mais relações semânticas interpretação, construída pelas pistas oferecidas no
ar

e sintáticas. A compreensão textual estipula aspectos texto junto da articulação com as informações acessa-
és

linguísticos essencialmente relacionados à significa- das pelo leitor do texto.


C

ção das palavras e, por isso, envolve uma forte ligação A seguir, apresentamos um fluxograma que repre-
o

com a semântica. senta como ocorre a relação desses processos:


dr

Sabendo disso, é importante separarmos os con-


Pe

teúdos que tenham mais apelo interpretativo ou


DEDUÇÃO → CERTEZA → INTERPRETAR
compreensivo.
Esses assuntos completam o estudo basilar de semân- INFERÊNCIA
LÍNGUA PORTUGUESA

tica com foco em provas e concursos, sempre de olho


INDUÇÃO → INTERPRETAR → CERTEZA
na sua aprovação. Por isso, convidamos você a estudar
com afinco e dedicação, sem esquecer de praticar seus
conhecimentos realizando a seleção de exercícios finais, A partir desse esquema, conseguimos visualizar
selecionados especialmente para que este material cum-
melhor como o processo de interpretação ocorre.
pra o propósito de alcançar sua aprovação.
Agora, iremos detalhar esse processo, reconhecendo
INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE as estratégias que compõem cada maneira de inferir
INTERPRETAÇÃO informações de um texto. Por isso, vamos apresentar
nos tópicos seguintes como usar estratégias de cunho
A inferência é uma relação de sentido conhecida dedutivo, indutivo e, ainda, como articular a isso o
desde a Grécia Antiga e que embasa as teorias sobre nosso conhecimento de mundo na interpretação de
interpretação de texto. textos. 11
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A INDUÇÃO Ao formular hipóteses o leitor estará predizendo
temas, e ao testá-las ele estará depreendendo o tema;
As estratégias de interpretação que observam ele estará também postulando uma possível estru-
métodos indutivos analisam as “pistas” que o texto tura textual; na predição ele estará ativando seu
conhecimento prévio, e na testagem ele estará enri-
oferece e, posteriormente, reconhecem alguma certe-
quecendo, refinando, checando esse conhecimento.
za na interpretação. Dessa forma, é fundamental bus-
car uma ordem de eventos ou processos ocorridos no Fique atento a essa informação, pois é uma das
texto e que variam conforme o tipo textual. primeiras estratégias de leitura para uma boa inter-
Sendo assim, no tipo textual narrativo, podemos pretação textual: formular hipóteses, a partir da
identificar uma organização cronológica e espacial no macroestrutura textual; ou seja, antes da leitura ini-
desenvolvimento das ações marcadas, por exemplo, cial, o leitor deve buscar identificar o gênero textual
pelo uso do pretérito imperfeito; na descrição, pode- ao qual o texto pertence, a fonte da leitura, o ano,
mos organizar as ideias do texto a partir da marcação entre outras informações que podem vir como “aces-
de adjetivos e demais sintagmas nominais; na argu- sórios” do texto e, então, formular hipóteses sobre a
mentação, esse encadeamento de ideias fica marcado leitura que deverá se seguir. Uma outra dica impor-
pelo uso de conjunções e elementos que expõem uma tante é ler as questões da prova antes de ler o texto,
ideia/ponto de vista. pois, assim, suas hipóteses já estarão agindo conforme
No processo interpretativo indutivo, as ideias são um objetivo mais definido.
organizadas a partir de uma especificação para uma O processo de interpretação por estratégias
generalização. Vejamos um exemplo: de dedução envolve a articulação de três tipos de
conhecimento:
Eu não sou literato, detesto com toda a paixão essa
espécie de animal. O que observei neles, no tempo
z Conhecimento Linguístico;
em que estive na redação do O Globo, foi o bastan-
z Conhecimento Textual;
te para não os amar, nem os imitar. São em geral
z Conhecimento de Mundo.
de uma lastimável limitação de ideias, cheios de
fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos O conhecimento de mundo, por tratar-se de um
detalhados e impotentes para generalizar, cur- assunto mais abrangente, será abordado mais adiante.
vados aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas, Os demais, iremos abordar detalhadamente a seguir.
adstritos a um infantil fetichismo do estilo e guia-
dos por conceitos obsoletos e um pueril e errôneo Conhecimento Linguístico
critério de beleza. (BARRETO, 2010, p. 21)
Esse é o conhecimento basilar para compreensão
O trecho em destaque na citação do escritor Lima e decodificação do texto, envolve o reconhecimento
das formas linguísticas estabelecidas socialmente por
Barreto, em sua obra “Recordações do escrivão Isaías
uma comunidade linguística, ou seja, envolve o reco-
Caminha” (1917), identifica bem como o pensamento
nhecimento das regras de uma língua.
indutivo compõe a interpretação e decodificação de
É importante salientar que as regras de reconhe-
um texto. Para deixar ainda mais evidentes as estraté- cimento sobre o funcionamento da língua não são,
gias usadas para identificar essa forma de interpretar, necessariamente, as regras gramaticais, mas as regras
00

deixamos a seguir dicas de como buscar a organiza- que estabelecem, por exemplo, no caso da língua por-
5-

ção cronológica de um texto. tuguesa, que o feminino é marcado pela desinência -a,
21

que a ordem de escrita respeita o sistema sujeito-ver-


.
70

A propriedade vocabular bo-objeto (SVO) etc.


.4

leva o cérebro a aproximar Ângela Kleiman (2016) afirma que o conhecimento


49

PROCURE SINÔNIMOS as palavras que têm maior linguístico é aquele que “abrange desde o conhecimento
-0

associação com o tema do sobre como pronunciar português, passando pelo conhe-
cimento de vocabulário e regras da língua, chegando até
ar

texto
és

o conhecimento sobre o uso da língua” (2016, p. 15).


Os conectivos (conjunções, Um exemplo em que a interpretação textual é pre-
C

preposições, pronomes) judicada pelo conhecimento linguístico é o texto a


o

ATENÇÃO AOS
dr

são marcadores claros de seguir:


CONECTIVOS
Pe

opiniões, espaços físicos e


localizadores textuais

A DEDUÇÃO

A leitura de um texto envolve a análise de diversos


aspectos que o autor pode colocar explicitamente ou
de maneira implícita no enunciado.
Em questões de concurso, as bancas costumam
procurar nos enunciados implícitos do texto aspectos
para abordar em suas provas.
No momento de ler um texto, o leitor articula seus
conhecimentos prévios a partir de uma informação
que julga certa, buscando uma interpretação; assim,
ocorre o processo de interpretação por dedução. Con-
12 forme Kleiman (2016, p. 47): Fonte: https://bit.ly/3kCyWoI. Acesso em: 22/09/2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como é possível notar, o texto é uma peça publici-
tária escrita em inglês, portanto, somente os leitores ORTOGRAFIA OFICIAL
proficientes nessa língua serão capazes de decodificar
e entender o que está escrito; assim, o conhecimento As regras de ortografia são muitas e, na maioria
linguístico torna-se crucial para a interpretação. Essas dos casos, contraproducentes, tendo em vista que a
são algumas estratégias de interpretação em que lógica da grafia e da acentuação das palavras, muitas
podemos usar métodos dedutivos.
vezes, é derivada de processos históricos de evolução
da língua.
Conhecimento Textual
Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
Esse tipo de conhecimento atrela-se ao conheci- que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
mento linguístico e se desenvolve pela experiência leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra-
leitora. Quanto maior exposição a diferentes tipos de fia das palavras.
textos, melhor se dá a sua compreensão. Nesse conhe- Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
cimento, o leitor desenvolve sua habilidade porque parte das regras não são efêmeras, porém, são em
prepara sua leitura de acordo com o tipo de texto que grande número. Neste material, iremos apresen-
está lendo. Não se lê uma bula de remédio como se lê tar uma forma condensada e prática de nunca mais
uma receita de bolo ou um romance. Não se lê uma
esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala-
reportagem como se lê um poema.
vras são acentuadas.
Em outras palavras, esse conhecimento relaciona-
-se com a habilidade de reconhecer diferentes tipos de Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu-
discursos, estruturas, tipos e gêneros textuais. guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto
Conhecimento de Mundo à escrita correta. Veja:

O uso dos conhecimentos prévios é fundamental z É com X ou CH? Empregamos X após os ditongos.
para a boa interpretação textual, por isso, é sempre Ex.: ameixa, frouxo, trouxe.
importante que o candidato a cargos públicos reserve
um tempo para ampliar sua biblioteca e buscar fontes
de informações fidedignas, para, dessa forma, aumen- USAMOS X: USAMOS CH:
tar seu conhecimento de mundo.
� Depois da sílaba em, se � Depois da sílaba em,
Conforme Kleiman (2016), durante a leitura, nosso
a palavra não for deri- se a palavra for deri-
conhecimento de mundo que é relevante para a com-
vada de palavras inicia- vada de palavras ini-
preensão textual é ativado; por isso, é natural ao nosso
das por CH: enxerido, ciadas por CH: encher,
cérebro associar informações, a fim de compreender
enxada encharcar
o novo texto que está em processo de interpretação. � Depois de ditongo: cai- � Em palavras derivadas
A esse respeito, a autora propõe o seguinte exer- xa, faixa de vocábulos que são
cício para atestarmos a importância da ativação do � Depois da sílaba inicial grafados com CH: re-
conhecimento de mundo em um processo de interpre- me se a palavra não for cauchutar, fechadura
00

tação. Leia o texto a seguir e faça o que se pede: derivada de vocábulo


5-

iniciado por CH: mexer,


21

Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa- mexilhão


.

fiou valentemente todos os risos desdenhosos que


70

tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-


.4

nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam Fonte: instagram/academiadotexto. Acesso em: 10/10/2020.
49

corretamente esse planeta inexplorado.” Então as


-0

três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de z É com G ou com J? Usamos G em substantivos
ar

provas, abrindo caminho, às vezes através de imen- terminados em: -agem; igem; -ugem. Ex.: viagem,
és

sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e ferrugem;


C

vales turbulentos. (KLEIMAN, 2016, p. 24)


Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio,
o
dr

-úgio. Ex.: sacrilégio, pedágio.


Agora tente responder as seguintes perguntas
Pe

Verbos terminados em -ger e -gir. Ex.: proteger,


sobre o texto:
Quem é o herói de que trata o texto? fugir;
Quem são as três irmãs? Usamos J em formas verbais terminadas em -jar ou
Qual é o planeta inexplorado? -jer. Ex.: viajar, lisonjear.
LÍNGUA PORTUGUESA

Certamente, você não conseguiu responder nenhu- Termos derivados do latim escritos com j;
ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des- z É com Ç ou S? Após ditongos, usamos, geralmente,
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será Ç quando houver som de S, e escrevemos S quando
afetada. O texto se chama “A descoberta da América houver som de Z. Ex.: eleição; Neusa; coisa;
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque z É com S ou com Z? palavras que designam nacio-
responder às questões; certamente você não terá mais
nalidade ou títulos de nobreza e terminam em -ês
as mesmas dificuldades.
e -esa devem ser grafadas com S. Ex.: norueguesa;
Ainda que o texto não tenha sido alterado, ao vol-
tar seus olhos por uma segunda vez a ele, já sabendo inglês; marquesa; duquesa.
do que se trata, seu cérebro ativou um conhecimen- Palavras que designam qualidade, cuja termina-
to prévio que é essencial para a interpretação de ção seja -ez ou -eza, são grafadas com Z:
questões. Embriaguez; lucidez; acidez. 13
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Essas regras para correção ortográfica das pala- Oxítonas
vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é
importante ficar atento e manter uma rotina de leitu- São chamadas assim as palavras que apresentam
ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática. tonicidade na última sílaba, sendo esta, portanto, a
Sua capacidade ortográfica ficará melhor a partir da sílaba mais forte.
leitura e da escrita de textos, por isso, recomendamos Ex.: mo-co-tó, pa-ra-béns, vo-cê.
que se mantenha atualizado e leia fontes confiáveis de
informação, pois além de contribuir para seu conhe- Paroxítonas
cimento geral, sua habilidade em língua portuguesa
também aumentará. São chamadas assim as palavras que apresentam a
sílaba tônica na penúltima sílaba.
NÚMERO DE SÍLABAS Ex.: a-çú-car.

Antes de compreendermos os processos norteado- Proparoxítonas


res da divisão silábica, é importante identificar uma
sílaba. Sílaba é um grupo de palavras que se pronun- São chamadas assim as palavras que apresentam a
cia em apenas uma emissão de voz, como a palavra sílaba tônica na antepenúltima sílaba.
“pá”, por exemplo. Ex.: rá-pi-do.
Para compreender o processo de formação silábi-
ca e, consequentemente, reconhecer os números de Notações Léxicas
sílabas em uma palavra, é fundamental saber como
dividir a palavra em sílabas. São notações léxicas todos os sinais e símbolos
Esse processo é chamado de divisão silábica e acessórios que servem para auxiliar a pronúncia das
constitui a identificação e delimitação das sílabas de palavras. Vejamos alguns exemplos:
cada palavra. As palavras classificam-se em monossí-
labas (se apresentam apenas uma sílaba) ou polissíla-
z Acento agudo (´): sinal com um traço oblíquo para
bas (mais de uma sílaba).
direita que indica sílaba tônica em palavras que
Veja alguns exemplos:
precisam ser sinalizadas;
Separam-se:
z Acento circunflexo (^): sinal que indica vogal tônica
e fechada em palavras que precisam ser sinalizadas;
z Hiatos: sa-í-da; va-zi-o;
z Acento grave (`): sinal com traço oblíquo para
z Dígrafos (RR, SS, SC, SÇ, XC): car-ro; ces-são; cons-
esquerda que representa a junção de duas vogais
-ci-ên-cia; cres-ça; ex-ce-ção;
A em funções sintáticas diferentes, fenômeno cha-
z Vogais iguais / grupo consonantal CC (Ç): Co-or-de-
mado de crase;
-nar; ca-a-tin-ga/fic-ção; con-fec-cionar;
z Diacrítico til (~): indica nasalização em som vocá-
z Encontros consonantais disjuntos (pt, dv, gn, bs,
lico, não é considerado um sinal.
tm, ft, ct, ls): Ap-ti-dão; ad-vo-ga-do; dig-no; ab-sol-
-ver; rit-mo; as-pec-to; con-vul-são.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Não se separam:
Muitas são as regras de acentuação das palavras
00

da língua portuguesa; para compreender essas regras,


5-

z Ditongos e Tritongos: Gló-ria/ U-ru-guai;


faz-se necessário entender a tonicidade das sílabas e
21

z Dígrafos (CH, LH, NH, GU, QU): cha-ve; ga-lho;


respeitar a divisão das sílabas.
.

ni-nho; lin-gui-ça; quei-jo;


70

z Encontros consonantais em sílaba inicial: psi-có-


.4

-lo-go; pneu. Regras de Acentuação


49
-0

TONICIDADE SILÁBICA z Palavras monossílabas: acentuam-se os monossí-


labos tônicos terminados em: A, E, O. Ex.: pá, vá,
ar
és

chá; pé, fé, mês; nó, pó, só;


Quanto à tonicidade, as sílabas são divididas em
z Palavras oxítonas: acentuam-se as palavras oxíto-
C

monossílabas (átonas e tônicas), oxítonas, paroxítonas


nas terminadas em: A, E, O, EM/ENS. Ex.: cajá, gua-
o

e proparoxítonas. Para reconhecermos a sílaba tônica


dr

raná; Pelé, você; cipó, mocotó; também, parabéns;


(forte) de uma palavra basta pronunciarmos o vocábu-
Pe

z Palavras paroxítonas: acentuam-se as paroxíto-


lo e notar qual sílaba é pronunciada com mais força.
nas que não terminam em: A, E, O, EM/ENS. Ex.:
bíceps, fórceps; júri, táxis, lápis; vírus, úteis, lótus;
Monossílabas Átonas
abdômen, hímen.
Os monossílabos átonos são designados assim, pois
não apresentam autonomia fonética, sendo, portanto,
pronunciados de forma fraca em seus contextos de uso.
Importante!
Ex.: Essa chance nos foi dada. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em
ditongo.
Monossílabas Tônicas Ex.: imóveis, bromélia, história, cenário, Brasília,
rádio etc.
Os monossílabos tônicos apresentam autonomia
fonética e, por isso, são proferidos fortemente nos
contextos de uso em que aparecem. É importante fri- z Palavras proparoxítonas: a regra mais simples e
sar que nem todo monossílabo tônico será acentuado, fácil de lembrar: todas as proparoxítonas devem
14 Ex.: “Essa chance foi dada a nós”. ser acentuadas!
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Porém, esse grupo de palavras divide uma polê- Dica
mica com as palavras paroxítonas, pois, em alguns
vocábulos, o Vocabulário Ortográfico da Língua Por- Toda palavra determinada por um artigo torna-
tuguesa (VOLP) aceita a classificação em paroxítona -se um substantivo. Ex.: o não, o porquê, o cui-
ou proparoxítona. dar etc.
São as chamadas proparoxítonas aparentes.
Essas palavras apresentam um ditongo crescente no NUMERAIS
final de suas sílabas; esse ditongo pode ser aceito ou
pode ser considerado hiato. É o que ocorre com as São palavras que se relacionam diretamente ao
palavras: substantivo, inferindo ideia de quantidade ou posi-
His-tó-ria/ his-tó-ri-a ção. Os numerais podem ser:
Vá-cuo/ vá-cu-o
Pá-tio/ pá-ti-o z Cardinais: indicam quantidade em si. Ex.: Dois
Antes de concluir, é importante mencionar o uso potes de sorvete; zero coisas a comprar; ambos os
do acento nas formas verbais ter e vir: meninos eram bons em português;
Ele tem / Eles têm z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma
Ele vem / Eles vêm série. Ex.: Foi o segundo colocado do concurso; che-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar;
Perceba que, no plural, essas formas admitem o
z Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo
uso de um acento (^); portanto, atente-se à concordân-
qual determinada quantidade é multiplicada. Ex.:
cia verbal quando usar esses verbos.
Ele ganha o triplo no novo emprego;
z Fracionários: indicam frações, divisões ou dimi-
nuições proporcionais em quantidade. Ex.: Tomou
um terço de vinho; o copo estava meio cheio; ele
CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS recebeu metade do pagamento.

A palavra morfologia refere-se ao estudo das for- Podemos encontrar ainda os numerais coletivos,
mas. Por isso, o termo é utilizado por linguistas e tam- isto é, designam um conjunto, porém expressam uma
bém por médicos, que estudam as formas dos órgãos quantidade exata de seres/conceitos. Veja:
e suas funções. Dúzia: conjunto de doze unidades;
Analogamente, para compreender bem as funções Novena: período de nove dias;
de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão, Década: período de dez anos;
precisamos conhecer como essa forma se classifica e Século: período de cem anos;
como se organiza. Bimestre: período de dois meses.
Por isso, em língua portuguesa, estudamos as
formas das palavras na morfologia, que organiza as Um: Numeral ou Artigo?
classes das palavras em dez categorias. A seguir, estu-
daremos detalhadamente cada uma delas e também A forma um pode assumir na língua a função de
veremos um “bônus” para seus estudos: as palavras artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como
denotativas, atualmente, muito cobradas por bancas podemos reconhecer cada função? É preciso observar
00

exigentes. o contexto em uso. Observe:


5-
21

ARTIGOS z Durante a votação, houve um deputado que se


.

posicionou contra o projeto;


70

z Durante a votação, apenas um deputado se posi-


.4

Os artigos devem concordar em gênero e número


49

cionou contra o projeto.


com os substantivos. São, por isso, considerados deter-
-0

minantes dos substantivos.


Na primeira frase, podemos substituir o termo um
Essa classe está dividida em artigos definidos e
ar

por uma, realizando as devidas alterações sintáticas, e


és

artigos indefinidos. Os definidos funcionam como


o sentido será mantido, pois o que se pretende defen-
determinantes objetivos, individualizando a palavra,
C

der é que a espécie do indivíduo que se posicionou


o

já os indefinidos funcionam como determinantes


contra o projeto é um deputado e não uma deputada,
dr

imprecisos.
por exemplo.
Pe

O artigo definido — o — e o artigo indefinido —


Já na segunda oração, a alteração do gênero não
um —variam em gênero e número, tornando-se “os, implicaria em mudanças no sentido, pois o que se
a, as”, para os definidos, e “uns, uma, umas”, para os pretende indicar é que o projeto foi rejeitado por UM
indefinidos. Assim, temos:
LÍNGUA PORTUGUESA

deputado, marcando a quantidade.


Outra forma de notarmos a diferença é ficarmos
z Artigos definidos: o, os; a, as; atentos com a aparição das expressões adverbiais, o
z Artigos indefinidos: um, uns; uma, umas. que sempre fará com que a palavra “um” seja numeral.
Ainda sobre os numerais, atente-se às dicas a
Os artigos podem ser combinados às preposições. seguir:
São as chamadas contrações. Algumas contrações
comuns na língua são: z Sobre o numeral milhão/milhares, é importante
destacar que sua forma é masculina. Logo, a con-
z em + a = na; cordância com palavras femininas é inaceitável
z a + o = ao; pela gramática.
z a + a = à; Errado: As milhares de vacinas chegaram hoje.
z de + a = da. Correto: Os milhares de vacina chegaram hoje. 15
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z A forma 14 por extenso apresenta duas formas z Sobrecomuns: designam seres de forma geral e
aceitas pela norma gramatical: catorze e quatorze. não são distinguidos por artigo ou adjetivo; o gêne-
ro pode ser reconhecido apenas pelo contexto. Ex.:
SUBSTANTIVOS A criança; O monstro; A testemunha; O indivíduo.

Os substantivos classificam os seres em geral. Uma Já os substantivos biformes designam os substan-


característica básica dessa classe é admitir um deter- tivos que apresentam duas formas para os gêneros
minante — artigo, pronome etc. Os substantivos fle- masculino ou feminino. Ex.: professor/professora.
xionam-se em gênero, número e grau. Destacamos que alguns substantivos apresentam
formas diferentes nas terminações para designar for-
Tipos de Substantivos mas diferentes no masculino e no feminino:
Ex.: Ator/atriz; Ateu/ ateia; Réu/ré.
A classificação dos substantivos admite nove tipos Outros substantivos modificam o radical para
diferentes. São eles: designar formas diferentes no masculino e no femini-
no. Estes são chamados de substantivos heteroformes:
z Simples: formados a partir de um único radical. Ex.: Pai/mãe; Boi/vaca; Genro/nora.
Ex.: vento, escola;
z Composto: formados pelo processo de justaposi- Gênero e Significação
ção. Ex.: couve-flor, aguardente;
z Primitivo: possibilitam a formação de um novo Alguns substantivos uniformes podem aparecer
substantivo. Ex.: pedra, dente; com marcação de gênero diferente, ocasionando uma
z Derivado: formados a partir dos derivados. Ex.: modificação no sentido. Veja, por exemplo:
pedreiro, dentista;
z Concreto: designam seres com independência z A testemunha: Pessoa que presenciou um crime;
ontológica, ou seja, um ser que existe por si, inde- z O testemunho: Relato de experiência, associado a
pendentemente de sua conotação espiritual ou religiões.
real. Ex.: Maria, gato, Deus, fada, carro;
z Abstrato: indicam estado, sentimento, ação, qua- Algumas formas substantivas mantêm o radical e
lidade. Os substantivos abstratos existem apenas a pequena alteração no gênero do artigo interfere no
significado:
em função de outros seres. A feiura, por exemplo,
depende de uma pessoa, um substantivo concreto
z O cabeça: chefe / a cabeça: membro o corpo;
a quem esteja associada. Ex.: chute, amor, cora-
z O moral: ânimo / a moral: costumes sociais;
gem, liberalismo, feiura;
z O rádio: aparelho / a rádio: estação de transmissão.
z Comum: designam todos os seres de uma espécie.
Ex.: homem, cidade;
Além disso, algumas palavras na língua causam
z Próprio: designam uma determinada espécie. Ex.:
dificuldade na identificação do gênero, pois são usa-
Pedro, Fortaleza;
das em contextos informais com gêneros diferentes.
z Coletivo: usados no singular, designam um con-
Alguns exemplos são: a alface; a cal; a derme; a libido;
junto de uma mesma espécie. Ex: pinacoteca,
a gênese; a omoplata / o guaraná; o formicida; o tele-
00

manada.
fonema; o trema.
5-

Algumas formas que não apresentam, necessaria-


21

É importante destacar que a classificação de um


mente, relação com o gênero, são admitidas tanto no
.
70

substantivo depende do contexto em que ele está inse- masculino quanto no feminino: O personagem / a per-
.4

rido. Vejamos: sonagem; O laringe / a laringe; O xerox / a xerox.


49

Judas foi um apóstolo. (Judas como nome de uma


-0

pessoa = Próprio); Flexão de Número


O amigo mostrou-se um judas (judas significando
ar

traidor = comum).
és

Os substantivos flexionam-se em número, de


C

maneira geral, pelo acréscimo do morfema -s. Ex.:


Flexão de Gênero
o

Casa / casas.
dr

Porém, podem apresentar outras terminações:


Pe

Os gêneros do substantivo são masculino e males, reais, animais, projéteis etc.


feminino. Geralmente, devemos acrescentar -es ao singular
Porém, alguns deles admitem apenas uma forma das formas terminadas em R ou Z, como: flor / flores;
para os dois gêneros. São, por isso, chamados de uni- paz / pazes. Porém, há exceções, como a palavra mal,
formes. Os substantivos uniformes podem ser: terminada em L e que tem como plural “males”.
Já os substantivos terminados em AL, EL, OL, UL
z Comuns-de-dois-gêneros: designam seres huma- fazem plural trocando-se o L final por -is. Ex.: coral /
nos e sua diferença é marcada pelo artigo. Ex.: O corais; papel / papéis; anzol / anzóis.
pianista / a pianista; O gerente / a gerente; O clien- Entretanto, também há exceções. Ex.: a forma
te / a cliente; O líder / a líder; mel apresenta duas formas de plural aceitas: meles
z Epicenos: designam geralmente animais que apre- e méis.
sentam distinção entre masculino e feminino, mas Geralmente, as palavras terminadas em -ão fazem
a diferença é marcada pelo uso do adjetivo macho plural com o acréscimo do -s ou pelo acréscimo de -es.
ou fêmea. Ex.: cobra macho / cobra fêmea; onça Ex.: capelães, capitães, escrivães.
macho / onça fêmea; gambá macho / gambá fêmea; Contudo, há substantivos que admitem até três
16 girafa macho / girafa fêmea; formas de plural, como os seguintes:
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z Ermitão: ermitãos, ermitões, ermitães; O Novo Acordo Ortográfico e o Uso de Maiúsculas
z Ancião: anciãos, anciões, anciães;
z Vilão: vilãos, vilões, vilães. O novo acordo ortográfico estabelece novas regras
para o uso de substantivos próprios, exigindo o uso da
Podemos, ainda, associar às palavras paroxítonas inicial maiúscula.
que terminam em -ão o acréscimo do -s. Ex.: órgão / Dessa forma, devemos usar com letra maiúscula as
inicias das palavras que designam:
órgãos; órfão / órfãos.
z Nomes, sobrenomes e apelidos de pessoas
Plural dos Substantivos Compostos reais ou imaginárias. Ex.: Gabriela, Silva, Xuxa,
Cinderela;
Os substantivos compostos são aqueles formados z Nomes de cidades, países, estados, continentes
por justaposição. O plural dessas formas obedece às etc., reais ou imaginários. Ex.: Belo Horizonte,
seguintes regras: Ceará, Nárnia, Londres;
z Nomes de festividades. Ex.: Carnaval, Natal, Dia
z Variam os dois elementos: das Crianças;
z Nomes de instituições e entidades. Ex.: Embai-
Substantivo + substantivo. Ex.: mestre-sala / mes- xada do Brasil, Ministério das Relações Exteriores,
tres -salas; Gabinete da Vice-presidência, Organização das
Substantivo + adjetivo. Ex.: guarda-noturno / guar- Nações Unidas;
z Títulos de obras. Ex.: Memórias póstumas de Brás
das -noturnos;
Cubas. Caso a obra apresente em seu título um
Adjetivo + substantivo. Ex.: boas-vindas; nome próprio, como no exemplo dado, este tam-
Numeral + substantivo. Ex.: terça-feira / terças bém deverá ser escrito com inicial maiúscula;
-feiras. z Nomenclatura legislativa especificada. Ex.: Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB);
z Varia apenas um elemento: z Períodos e eventos históricos. Ex.: Revolta da
Vacina, Guerra Fria, Segunda Guerra Mundial;
Substantivo + preposição + substantivo. Ex.: z Nome dos pontos cardeais e equivalentes. Ex.:
canas-de-açúcar; Norte, Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Sudeste, Oriente,
Substantivo + substantivo com função adjetiva. Ocidente. Importante: os pontos cardeais são gra-
Ex.: navios-escola. fados com maiúsculas apenas quando utilizados
indicando uma região. Ex.: Este ano vou conhecer
Palavra invariável + palavra invariável. Ex.:
o Sul (O Sul do Brasil); quando utilizados indican-
abaixo-assinados.
do uma direção, devem ser escritos com minúscu-
Verbo + substantivo. Ex.: guarda-roupas. las. Ex.: Correu a América de norte a sul;
Redução + substantivo. Ex.: bel-prazeres. z Siglas, símbolos ou abreviaturas. Ex.: ONU, INSS,
Destacamos, ainda, que os substantivos compostos Unesco, Sr., S (Sul), K (Potássio).
formados por
verbo + advérbio Atente-se: em palavras com hífen, pode-se optar
00

verbo + substantivo plural pelo uso de maiúsculas ou minúsculas. Portanto, são


5-

aceitas as formas Vice-Presidente, Vice-presidente e


21

ficam invariáveis. Ex.: Os bota-fora; os saca-rolha.


vice-presidente; porém, é preciso manter a mesma
.
70

Variação de Grau forma em todo o texto. Já nomes próprios compostos


.4

por hífen devem ser escritos com as iniciais maiúscu-


49

las, como em Grã-Bretanha e Timor-Leste.


A flexão de grau dos substantivos exprime a varia-
-0

ção de tamanho dos seres, indicando um aumento ou


ar

ADJETIVOS
uma diminuição.
és
C

Os adjetivos associam-se aos substantivos, garan-


z Grau aumentativo: quando o acréscimo de sufixos
o

tindo a estes um significado mais preciso. Os adjetivos


dr

aos substantivos indicar um aumento de tamanho. podem indicar:


Pe

Ex.: bocarra, homenzarrão, gatarrão, cabeçorra,


fogaréu, boqueirão, poetastro; z Qualidade: professor chato;
z Grau diminutivo: exprime, ao contrário do z Estado: aluno triste;
z Aspecto, aparência: estrada esburacada.
LÍNGUA PORTUGUESA

aumentativo, a diminuição do tamanho/proporção


do ser.
Ex.: fontinha, lobacho, casebre, vilarejo, saleta, Locuções Adjetivas
pequenina, papelucho.
As locuções adjetivas apresentam o mesmo valor
dos adjetivos, indicando as mesmas características
Dica deles.
O emprego do grau aumentativo ou diminuti- Elas são formadas por preposição + substantivo,
referindo-se a outro substantivo ou expressão subs-
vo dos substantivos pode alterar o sentido das
tantivada, atribuindo-lhe o mesmo valor adjetivo.
palavras, podendo assumir um valor: A seguir, colocamos diferentes locuções adjeti-
Afetivo: filhinha / mãezona; vas ao lado da forma adjetiva, importantes para seu
Pejorativo: mulherzinha / porcalhão. estudo: 17
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z Voo de águia / aquilino; Variação de Grau
z Poder de aluno / discente;
z Conselho de professores / docente; O adjetivo pode variar em dois graus: compara-
z Cor de chumbo / plúmbea; tivo ou superlativo. Cada um deles apresenta suas
z Luz da lua / lunar; respectivas categorias.
z Sangue de baço / esplênico;
z Nervo do intestino / celíaco ou entérico; z Grau comparativo: exprime a característica de
z Noite de inverno / hibernal ou invernal. um ser, comparando-o com outro da mesma classe
nos seguintes sentidos:
É importante destacar que, mais do que “decorar”
formas adjetivas e suas respectivas locuções, é fun- „ Igualdade: compara elementos colocando-os
damental reconhecer as principais características de em um mesmo patamar. Igual a, como, tanto
uma locução adjetiva: caracterizar o substantivo e quanto, tão quanto. Ex.: Somos tão complexos
apresentar valor de posse. quanto simplórios;
Ex.: Viu o crime pela abertura da porta; „ Superioridade: compara, evidenciando um
A abertura de conta pode ser realizada on-line. elemento como superior ao outro. Mais do que,
Quando a locução adjetiva é composta pela prepo- melhor do que. Ex.: O amor é mais suficiente
sição “de”, pode ser confundida com a locução adver- do que o dinheiro;
bial. Nesse caso, para diferenciá-las, é importante „ Inferioridade: compara, evidenciando um ele-
perceber que a locução adjetiva apresenta valor de mento como inferior ao outro. Menos do que,
posse, pois, nesse caso, o meio usado pelo sujeito para pior do que. Ex.: Homens são menos engajados
ver “o crime”, indicado na frase, foi pela abertura da do que mulheres.
porta. Além disso, a locução destacada está caracteri-
zando o substantivo “abertura”.
z Grau superlativo: em relação ao grau superlati-
Já na segunda frase, a locução destacada é adver-
vo, é importante considerar que o valor semântico
bial, pois quem sofre a “ação” de ser aberta é a “con-
desse grau apresenta variações, podendo indicar:
ta”, o que indica o valor de passividade da locução,
demonstrando seu caráter adverbial.
„ Característica de um ser elevada ao último
As locuções adjetivas também desempenham fun-
grau: superlativo absoluto, que pode ser analí-
ção de adjetivo e modificam substantivos, pronomes,
tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso-
numerais e orações substantivas.
ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo).
Ex.: Amor de mãe; Café com açúcar.
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo
Subst. — loc. adj. / subst. — loc. adj.
Já as locuções adverbiais desempenham função de absoluto analítico).
advérbio. Modificam advérbios, verbos, adjetivos e O candidato é humílimo (Superlativo absoluto
orações adjetivas com esses valores. sintético);
Ex.: Morreu de fome; Agiu com rapidez. „ Característica de um ser relacionada com
Verbo — loc. adv. / verbo — loc. adv. outros indivíduos da mesma classe: superla-
tivo relativo, que pode ser de superioridade (o
Adjetivo de Relação mais) ou de inferioridade (o menos).
00

Ex.: O candidato é o mais humilde dos concor-


5-

No estudo dos adjetivos, é fundamental conhecer rentes? (Superlativo relativo de superioridade).


21

o aspecto morfológico designado como “adjetivo de O candidato é o menos preparado entre os con-
.
70

relação”, muito cobrado por bancas de concursos. correntes à prefeitura (Superlativo relativo de
.4

Para identificar um adjetivo de relação, observe as inferioridade).


49

seguintes características: Importante! Ao compararmos duas qualida-


-0

des de um mesmo ser, devemos empregar a


forma analítica (mais alta, mais magra, mais
ar

z Seu valor é objetivo, não podendo, portanto, apre-


bonito etc.).
és

sentar meios de subjetividade. Ex.: Em “Menino


Ex.: A modelo é mais alta que magra.
C

bonito”, o adjetivo não é de relação, já que é sub-


Porém, se uma mesma característica referir-se
o

jetivo, pois a beleza do menino depende dos olhos


dr

de quem o descreve; a seres diferentes, empregamos a forma sinté-


Pe

z Posição posterior ao substantivo: os adjetivos de tica (melhor, pior, menor etc.).


relação sempre são posicionados após o substanti- Ex.: Nossa sala é menor que a sala da diretoria.
vo. Ex.: Casa paterna, mapa mundial;
z Derivado do substantivo: derivam-se do substan- Formação dos Adjetivos
tivo por derivação prefixal ou sufixal. Ex.: paternal
— pai; mundial — mundo; Os adjetivos podem ser primitivos, derivados,
z Não admitem variação de grau: os graus compara- simples ou compostos.
tivo e superlativo não são admitidos. Ex.: Não pode
ser mapa “mundialíssimo” ou “pouco mundial”. z Primitivos: adjetivos que não derivam de outras
palavras. A partir deles, é possível formar novos
Alguns exemplos de adjetivos relativos: Presiden- termos. Ex.: útil, forte, bom, triste, mau etc.;
te americano (não é subjetivo; posicionado após o z Derivados: são palavras que derivam de verbos
substantivo; derivado de substantivo; não existe a ou substantivos. Ex.: bondade, lealdade, mulhe-
forma variada em grau “americaníssimo”); platafor- rengo etc.;
ma petrolífera; economia mundial; vinho francês; z Simples: apresentam um único radical. Ex.: portu-
18 roteiro carnavalesco. guês, escuro, honesto etc.;
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z Compostos: formados a partir da união de dois ou z Lugar: ali, aqui, atrás, lá etc.;
mais radicais. Ex.: verde-escuro, luso-brasileiro, z Tempo: jamais, nunca, agora etc.;
amarelo-ouro etc. z Modo: assim, depressa, devagar etc.

Dica Novamente, chamamos sua atenção para a função


que o advérbio deve exercer na oração. Como disse-
O plural dos adjetivos simples é realizado da mos, essas palavras modificam um verbo, um adjetivo
mesma forma que o plural dos substantivos. ou um outro advérbio, por isso, para identificar com
mais propriedade a função denotada pelos advérbios,
Plural dos Adjetivos Compostos é preciso perguntar: Como? Onde? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias
O plural dos adjetivos compostos segue as seguin- adverbiais expressas por advérbios, locuções adver-
tes regras: biais ou orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/
z Invariável: função adequada dos advérbios:

„ Os adjetivos compostos azul-marinho, azul-ce- z O homem morreu... de fome (causa) com sua famí-
leste, azul-ferrete; lia (companhia) em casa (lugar) envergonhado
„ Locuções formadas de cor + de + substantivo, (modo);
como em cor-de-rosa, cor-de-cáqui; z A criança comeu... demais (intensidade) ontem
„ Adjetivo + substantivo, como tapetes azul-tur- (tempo) com garfo e faca (instrumento) às claras
quesa, camisas amarelo-ouro.
(modo).
z Varia o último elemento:
Locuções Adverbiais
„ Primeiro elemento é palavra invariável, como
Conjunto de duas ou mais palavras que pode
em mal-educados, recém-formados;
desempenhar a função de advérbio, alterando o senti-
„ Adjetivo + adjetivo, como em lençóis verde-cla-
do de um verbo, adjetivo ou advérbio.
ros, cabelos castanho-escuros.
A maioria das locuções adverbiais é formada por
uma preposição e um substantivo. Há também as que
Adjetivos Pátrios
são formadas por preposição + adjetivos ou advérbios.
Veja alguns exemplos:
Os adjetivos pátrios, também conhecidos como
gentílicos, designam a naturalidade ou nacionalidade
z Preposição + substantivo: de novo. Ex.: Você pode-
de seres e objetos.
O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de ria me explicar de novo? (de novo = novamente);
um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: ama- z Preposição + adjetivo: em breve. Ex.: Em breve,
zonense, fluminense, cearense. o filme estará em cartaz (em breve = brevemente);
z Preposição + advérbio: por ali. Ex.: Acho que ele
z Curiosidade: o adjetivo pátrio “brasileiro” é for- foi por ali.
00

mado com o sufixo -eiro, que é costumeiramente


5-

usado para designar profissões. O gentílico que As locuções adverbiais são bem semelhantes às
21

designa nossa nacionalidade teve origem com as locuções adjetivas. É importante saber que as locu-
.
70

pessoas que comercializavam o pau-brasil; esse ções adverbiais apresentam um valor passivo.
.4

ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”, termo Ex.: Ameaça de colapso.


49

que passou a indicar os nascidos em nosso país. Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução
-0

adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se


ar

ADVÉRBIOS invertemos a ordem e inserirmos um verbo na voz


és

passiva, a frase manterá seu sentido. Veja:


C

Advérbios são palavras invariáveis que modifi- Ex.: Colapso foi ameaçado.
o

cam um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Em alguns Essa frase faz sentido e apresenta valor passivo,
dr

casos, os advérbios também podem modificar uma logo, sem o verbo, a locução destacada anteriormente
Pe

frase inteira, indicando circunstância. é adverbial.


As gramáticas da língua portuguesa apresentam Ainda sobre esse assunto, perceba que em locu-
listas extensas com as funções dos advérbios. Porém, ções como esta: “Característica da nação”, o termo
destacado não terá o mesmo valor passivo, pois não
LÍNGUA PORTUGUESA

decorar as funções dos advérbios, além de desgastan-


te, pode não ter o resultado esperado na resolução de aceitará a inserção de um verbo com essa função:
questões de concurso. Nação foi característica*. Essa frase quebra a
Dessa forma, sugerimos que você fique atento às estrutura gramatical da língua portuguesa, que não
principais funções designadas aos advérbios para, a admite voz passiva em termos com função de posse
partir delas, conseguir interpretar a função exercida (caso das locuções adjetivas). Isso torna tal estrutura
nos enunciados das questões que tratem dessa classe agramatical; por isso, inserimos um asterisco para
de palavras. indicar essa característica.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algu-
mas funções basilares exercidas pelo advérbio: Dica
z Dúvida: talvez, caso, porventura, quiçá etc.; Locuções adverbiais apresentam valor passivo
z Intensidade: bastante, bem, mais, pouco etc.; Locuções adjetivas apresentam valor de posse 19
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Com essas dicas, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões. Buscamos desen-
volver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu tempo decorando listas de locuções adverbiais.
Lembre-se: o sentido está no texto.

Advérbios Interrogativos

Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Ex.: Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.

Grau do Advérbio

Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:

NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE


Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem

GRAU COMPARATIVO Mal Pior (mais mal*) - Tão mal


Muito Mais - -
Pouco Menos - -

Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.

ABSOLUTO ABSOLUTO
NORMAL RELATIVO
SINTÉTICO ANALÍTICO

GRAU Bem Otimamente Muito bem Inferioridade -


SUPERLATIVO Mal Pessimamente Muito mal Superioridade -
Muito Muitíssimo - Superioridade: o mais
00

Pouco Pouquíssimo - Superioridade: o menos


5-
21

Advérbios e Adjetivos
.
70
.4

O adjetivo é uma classe de palavras variável. Porém, quando se refere a um verbo, ele fica invariável, confun-
49

dindo-se com o advérbio.


-0

Nesses casos, para ter certeza de qual é a classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural;
ar

caso a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.


és

Ex.: O homem respondeu feliz à esposa.


C

Os homens responderam felizes às esposas.


o

Como “feliz” aceitou a flexão para o plural, trata-se de um adjetivo.


dr

Agora, acompanhe o seguinte exemplo:


Pe

Ex.: A cerveja que desce redondo.


As cervejas que descem redondo.
Nesse caso, como a palavra continua invariável, trata-se de um advérbio.

Palavras Denotativas

São termos que apresentam semelhança com os advérbios; em alguns casos, são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental saber identificar o sentido a elas atribuído, pois, geralmente, é
isso que as bancas de concurso cobram.

z Eis: sentido de designação;


z Isto é, por exemplo, ou seja: sentido de explicação;
z Ou melhor, aliás, ou antes: sentido de ratificação;
z Somente, só, salvo, exceto: sentido de exclusão;
20 z Além disso, inclusive: sentido de inclusão.
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Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente formadas pela forma
ser + que (é que). A principal característica dessas palavras é que elas podem ser retiradas sem causar prejuízo
sintático ou semântico à frase.
Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.

Algumas Observações Interessantes

z O adjunto adverbial sempre deve vir posicionado após o verbo ou complemento verbal. Caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas. Ex.: Na reunião de ontem, o pedido foi aprovado (O pedido foi aprovado
na reunião de ontem);
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada. Ex.: A questão precisa ser pensada política e socialmente.

PRONOMES

Pronomes são palavras que representam ou acompanham um termo substantivo. Dessa forma, a função dos
pronomes é substituir ou determinar uma palavra. Eles indicam pessoas, relações de posse, indefinição, quanti-
dade, localização no tempo, no espaço e no meio textual, entre outras funções.
Os pronomes exercem papel importante na análise sintática e também na interpretação textual, pois colabo-
ram para a complementação de sentido de termos essenciais da oração, além de estruturar a organização textual,
contribuindo para a coesão e também para a coerência de um texto.

Pronomes Pessoais

Os pronomes pessoais designam as pessoas do discurso. Acompanhe a tabela a seguir, com mais informações
sobre eles:

PESSOAS PRONOMES DO CASO RETO PRONOMES DO CASO OBLÍQUO


1ª pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2ª pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
Se, si, consigo
3ª pessoa do singular Ele/Ela
o, a, lhe
1ª pessoa do plural Nós Nos, conosco
2ª pessoa do plural Vós Vos, convosco
Se, si, consigo
3ª pessoa do plural Eles/Elas
00

os, as, lhes


5-
21

Os pronomes pessoais do caso reto costumam substituir o sujeito.


.
70

Ex.: Pedro é bonito / Ele é bonito.


.4

Já os pronomes pessoais oblíquos costumam funcionar como complemento verbal ou adjunto.


49

Ex.: Eu a vi com o namorado; Maura saiu comigo.


-0
ar

z Os pronomes que estarão relacionados ao objeto direto são: o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Ex.: Informei-o
és

sobre todas as questões;


C

z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados por prepo-
o

sição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo a ele).


dr
Pe

Lembre-se de que todos os pronomes pessoais são pronomes substantivos.


Além disso, é importante saber que “eu” e “tu” não podem ser regidos por preposição e que os pronomes
“ele(s)”, “ela(s)”, “nós” e “vós” podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função que exercem.
LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição e costumam ter função de complemento:

z 1ª pessoa: mim, comigo (singular); nós, conosco (plural);


z 2ª pessoa: ti, contigo (singular); vós, convosco (plural);
z 3ª pessoa: si, consigo (singular ou plural); ele(s), ela(s).

Não devemos usar pronomes do caso reto como objeto ou complemento verbal, como em “mate ele”. Contudo,
o gramático Celso Cunha destaca que é possível usar os pronomes do caso reto como complemento verbal, desde
que antecedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”.
Ex.: Encontrei todos eles na festa. Encontrei apenas ela na festa.
Após a preposição “entre”, em estrutura de reciprocidade, devemos usar os pronomes oblíquos tônicos.
Ex.: Entre mim e ele não há segredos. 21
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Pronomes de Tratamento Pronomes Indefinidos

Os pronomes de tratamento são formas que expres- Os pronomes indefinidos indicam quantidade de
sam uma hierarquia social institucionalizada linguis- maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª
ticamente. As formas de pronomes de tratamento pessoa do discurso. Os pronomes indefinidos podem
apresentam algumas peculiaridades importantes: variar e podem ser invariáveis. Observe a seguinte
tabela:
z Vossa: designa a pessoa a quem se fala (relativo à
2ª pessoa). Apesar disso, os verbos relacionados a PRONOMES INDEFINIDOS1
esse pronome devem ser flexionados na 3ª pessoa Variáveis Invariáveis
do singular. Algum, alguma, alguns, algumas Alguém
Ex.: Vossa Excelência deve conhecer a Constituição;
z Sua: designa a pessoa de quem se fala (relativo à Nenhum, nenhuma, nenhuns,
Ninguém
3ª pessoa). nenhumas
Ex.: Sua Excelência, o presidente do Supremo Tri- Todo, toda, todos, todas Quem
bunal, fará um pronunciamento hoje à noite. Outro, outra, outros, outras Outrem
Muito, muita, muitos, muitas Algo
Os pronomes de tratamento estabelecem uma hie-
rarquia social na linguagem, ou seja, a partir das for- Pouco, pouca, poucos, poucas Tudo
mas usadas, podemos reconhecer o nível de discurso Certo, certa, certos, certas Nada
e o tipo de poder instituídos pelos falantes.
Vários, várias Cada
Por isso, alguns pronomes de tratamento só devem
ser utilizados em contextos cujos interlocutores sejam Quanto, quanta, quantos,
Que
reconhecidos socialmente por suas funções, como juí- quantas
zes, reis, clérigos, entre outras. Tanto, tanta, tantos, tantas -
Dessa forma, apresentamos alguns pronomes de Qualquer, quaisquer -
tratamento, seguidos de sua abreviatura e das funções
Qual, quais -
sociais que designam:
Um, uma, uns, umas -
z Vossa Alteza (V. A.): príncipes, duques, arquidu-
ques e seus respectivos femininos; As palavras certo e bastante serão pronomes
z Vossa Eminência (V. Ema.): cardeais; indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
z Vossa Excelência (V. Exa.): autoridades do gover- serão adjetivos quando vierem depois.
no e das Forças Armadas membros do alto escalão; Ex.: Busco certo modelo de carro (pronome
z Vossa Majestade (V. M.): reis, imperadores e seus indefinido).
respectivos femininos; Busco o modelo de carro certo (adjetivo).
z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): sacerdotes; A palavra bastante frequentemente gera dúvida
z Vossa Senhoria (V. Sa.): funcionários públicos gra- quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini-
00

duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento do. Por isso, atente-se ao seguinte:
5-

cerimonioso a comerciantes importantes;


21

z Vossa Santidade (V. S.): papa; z Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
.
70

z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Rev- te ao termo “muito”.


Ex.: Elas são bastante famosas.
.4

ma.): bispos.
49

z Bastante (adjetivo): será variável e equivalente


-0

Os exemplos apresentados fazem referência a pro- ao termo “suficiente”.


Ex.: A comida e a bebida não foram bastantes para
ar

nomes de tratamento e suas respectivas designações


a festa.
és

sociais conforme indica o Manual de Redação oficial


z Bastante (pronome indefinido): concorda com
C

da Presidência da República. Portanto, essas designa-


o substantivo, indicando grande, porém incerta,
o

ções devem ser seguidas com atenção quando o gêne-


dr

quantidade de algo.
ro textual abordado for um gênero oficial.
Pe

Ex.: Bastantes bancos aumentaram os juros.


Ainda sobre o assunto, veja algumas observações:
Pronomes Demonstrativos
z Sobre o uso das abreviaturas das formas de tra-
tamento é importante destacar que o plural de Os pronomes demonstrativos indicam a posição e
algumas abreviaturas é feito com letras dobradas, apontam elementos a que se referem as pessoas do
como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Porém, na discurso (1ª, 2ª e 3ª). Essa posição pode ser designa-
maioria das abreviaturas terminadas com a letra da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço
a, o plural é feito com o acréscimo do s: V. Exa. / V. textual.
Exas.; V. Ema. / V.Emas.;
z O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- z 1ª pessoa: este, estes / Esta, estas;
tíssimo Juiz; z 2ª pessoa: esse, esses / Essa, essas;
z O tratamento dispensado ao Presidente da Repú- z 3ª pessoa: aquele, aqueles / Aquela, aquelas;
blica nunca deve ser abreviado. z Invariáveis: isto, isso, aquilo.
1  Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/pronomes-indefinidos-e-interrogativos-nenhum-outro-qualquer-quem-
22 quanto-qual.htm. Acesso em: 14 jul. de 2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Usamos este, esta, isto para indicar: São pronomes relativos:

� Referência ao espaço físico, indicando a proximi- z Variáveis: o qual, os quais, cujo, cujos, quanto,
dade de algo ao falante. quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta,
Ex.: Esta caneta aqui é minha. Entreguei-lhe isto quantas;
como prova. z Invariáveis: que, quem, onde, como;
� Referência ao tempo presente. z Emprego do pronome relativo que: pode ser asso-
Ex.: Esta semana começarei a dieta. Neste mês, ciado a pessoas, coisas ou objetos.
pagarei a última prestação da casa. Ex.: Encontrei o homem que desapareceu. O
� Referência ao espaço textual. cachorro que estava doente morreu. A caneta que
Ex.: Encontrei Joana e Carla no shopping; esta pro- emprestei nunca recebi de volta.
curava um presente para o marido (o pronome � Em alguns casos, há a omissão do antecedente do
refere-se ao último termo mencionado). relativo “que”.
Ex.: Não teve que dizer (não teve nada que dizer).
Este artigo científico pretende analisar... (o prono-
� Emprego do relativo quem: seu antecedente deve
me “este” refere-se ao próprio texto).
ser uma pessoa ou objeto personificado.
Usamos esse, essa, isso para indicar:
Ex.: Fomos nós quem fizemos o bolo.
� O pronome relativo quem pode fazer referência
z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
a algo subentendido: Quem cala consente (aquele
mento de algo de quem fala.
que cala).
Ex.: Essa sua gravata combinou muito com você.
z Indicar distância que se deseja manter. � Emprego do relativo quanto: seu antecedente
Ex.: Não me fale mais nisso. A população não con- deve ser um pronome indefinido ou demonstrati-
fia nesses políticos. vo; pode sofrer flexões.
z Referência ao tempo passado. Ex.: Esqueci-me de tudo quanto foi me ensinado.
Ex.: Nessa semana, eu estava doente. Esses dias Perdi tudo quanto poupei a vida inteira.
estive em São Paulo. � Emprego do relativo cujo: deve ser empregado
z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala. para indicar posse e aparecer relacionando dois
Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter termos que devem ser um possuidor e uma coisa
falado sobre isso. Sinto uma energia negativa nes- possuída.
sa expressão utilizada. Ex.: A matéria cuja aula faltei foi Língua portugue-
sa — o relativo cuja está ligando aula (possuidor) à
Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar: matéria (coisa possuída).

� Referência ao espaço físico, indicando afastamen- O relativo cujo deve concordar em gênero e núme-
to de quem fala e de quem ouve. ro com a coisa possuída.
Ex.: Margarete, quem é aquele ali perto da porta? Jamais devemos inserir um artigo após o pronome
� Referência a um tempo muito remoto, um passa- cujo: Cujo o, cuja a
do muito distante. Não podemos substituir cujo por outro pronome
Ex.: Naquele tempo, podíamos dormir com as por- relativo.
00

tas abertas. Bons tempos aqueles! O pronome relativo cujo pode ser preposicionado.
5-

� Referência a um afastamento afetivo. Ex.: Esse é o vilarejo por cujos caminhos percorri.
21

Ex.: Não conheço mais aquela mulher. Para encontrar o possuidor, faça-se a seguinte per-
.

� Referência ao espaço textual, indicando o pri-


70

gunta: “de quem/do que?”


meiro termo de uma relação expositiva.
.4

Ex.: Vi o filme cujo diretor ganhou o Óscar (Diretor


Ex.: Saí para lanchar com Ana e Beatriz. Esta prefe-
49

do que? Do filme).
riu beber chá; aquela, refrigerante.
-0

Vi o rapaz cujas pernas você se referiu (Pernas de


quem? Do rapaz).
ar

Dica
és

� Emprego do pronome relativo onde: empregado


C

O pronome “mesmo” não pode ser usado em


para indicar locais físicos.
o

função demonstrativa referencial. Veja:


dr

Errado: O candidato fez a prova, porém o mesmo Ex.: Conheci a cidade onde meu pai nasceu.
Pe

esqueceu de preencher o gabarito. � Em alguns casos, pode ser preposicionado, assu-


Correto: O candidato fez a prova, porém esque- mindo as formas aonde e donde.
ceu de preencher o gabarito. Ex.: Irei aonde você for.
� O relativo “onde” pode ser empregado sem
LÍNGUA PORTUGUESA

Pronomes Relativos antecedente.


Ex.: O carro atolou onde não havia ninguém.
Uma das classes de pronomes mais complexas, os � Emprego de o qual: o pronome relativo “o qual”
pronomes relativos têm função muito importante na e suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
língua, refletida em assuntos de grande relevância do em substituição a outros pronomes relativos,
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma, sobretudo o “que”, a fim de evitar fenômenos lin-
é essencial conhecer adequadamente a função desses guísticos, como o “queísmo”.
elementos, a fim de saber utilizá-los corretamente. Ex.: O Brasil tem um passado do qual (que) nin-
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo guém se lembra.
ou a um pronome substantivo mencionado anterior-
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio- O pronome “o qual” pode auxiliar na compreensão
nado anteriormente) chamamos de antecedente. textual, desfazendo estruturas ambíguas. 23
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Pronomes Interrogativos „ Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na
esperança de sermos ouvidos, muito lhe agra-
São utilizados para introduzir uma pergunta ao decemos.
texto. „ Orações interrogativas, exclamativas, opta-
Apresentam-se de formas variáveis (Que? Quais? tivas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes!
Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?).
Ex.: O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? z Mesóclise: pronome posicionado no meio do ver-
Quantos anos tem seu pai? bo. Casos que atraem o pronome para mesóclise:
O ponto de interrogação só é usado nas interroga-
tivas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção „ Os pronomes devem ficar no meio dos verbos
interrogativa, indicada por verbos como perguntar, que estejam conjugados no futuro, caso não
indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela. haja nenhum motivo para uso da próclise. Ex.:
Atenção: os pronomes interrogativos que e quem Dar-te-ei meus beijos agora... / Orgulhar-me-ei
são pronomes substantivos, pois substituem os subs- dos nossos estudantes.
tantivos, dando fluidez à leitura.
Ex.: O tempo, que estava instável, não permitiu a z Ênclise: pronome posicionado após o verbo. Casos
realização da atividade (O tempo não permitiu a reali- que atraem o pronome para ênclise:
zação da atividade. O tempo estava instável)2.
„ Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me mui-
Pronomes Possessivos to honrada com esse título.
„ Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por
Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do favor.
discurso e indicam posse. Observe a tabela a seguir: „ Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o
quanto sou importante.
1ª pessoa Meu, minha / meus, minhas
SINGULAR 2ª pessoa Teu, tua / teus, tuas Casos proibidos:
3ª pessoa Seu, sua / seus, suas
„ Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) /
1ª pessoa Nosso, nossa / nossos,
Dá-me esse caderno! (certo).
2ª pessoa nossas
PLURAL „ Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem-
3ª pessoa Vosso, vossa / vossos, vossas
Seu, sua / seus, suas brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-
-se de nada (correto).
„ Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato
Os pronomes pessoais oblíquos (me, te, se, lhe, o, (errado) / Tinha se lembrado do fato (correto).
a, nos, vos) também podem atribuir valor possessivo
a uma coisa. VERBOS
Ex.: Apertou-lhe a mão (a sua mão). Ainda que o
pronome esteja ligado ao verbo pelo hífen, a relação Certamente, a classe de palavras mais complexa e
do pronome é com o objeto da posse. importante dentre as palavras da língua portuguesa é
00

Outras funções dos pronomes possessivos: o verbo. A partir dos verbos, são estruturados as ações
5-

e os agentes desses atos, além de ser uma importante


21

z Delimitam o substantivo a que se referem; classe sempre abordada nos editais de concursos; por
.
70

z Concordam com o substantivo que vem depois isso, atente-se às nossas dicas.
.4

dele; Os verbos são palavras variáveis que se flexionam


49

z Não concordam com o referente; em número, pessoa, modo e tempo, além da designa-
-0

z O pronome possessivo que acompanha o substan- ção da voz que exprime uma ação, um estado ou um
ar

tivo exerce função sintática de adjunto adnominal. fato.


és

As flexões verbais são marcadas por desinências,


C

Colocação Pronominal que podem ser:


o
dr

Estudo da posição dos pronomes na oração. z Número-pessoal: indicando se o verbo está no sin-
Pe

gular ou plural, bem como em qual pessoa verbal


z Próclise: pronome posicionado antes do verbo. foi flexionado (1ª, 2ª ou 3ª);
Casos que atraem o pronome para próclise: z Modo-temporal: indica em qual modo e tempo
verbais a ação foi realizada.
„ Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.:
Não me submeto a essas condições. Iremos apresentar essas desinências a seguir.
„ Pronomes indefinidos, demonstrativos, rela- Antes, porém, de abordarmos as desinências modo-
tivos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel. -temporais, precisamos explicar o que são modo e
„ Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se tempo verbais.
apresente como um rico investidor, ele nada
tem. Modos
„ Gerúndio, precedido da preposição em. Ex:
Em se tratando de futebol, Maradona foi um Indica a atitude da ação/do sujeito frente a uma
ídolo. relação enunciada pelo verbo.
24 2  Exemplo disponível em: https://www.todamateria.com.br/pronomes-substantivos/. Acesso em: 30. jul. 2021.
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z Indicativo: o modo indicativo exprime atitude de certeza.
Ex.: Estudei muito para ser aprovado.
z Subjuntivo: o modo subjuntivo exprime atitude de dúvida, desejo ou possibilidade.
Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado.
z Imperativo: o modo imperativo designa ordem, convite, conselho, súplica ou pedido.
Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado.

Tempos

O tempo designa o recorte temporal em que a ação verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar o tem-
po dessa ação no passado, presente ou futuro. Existem, entretanto, ramificações específicas. Observe a seguir:

z Presente:

Pode expressar não apenas um fato atual, como também uma ação habitual. Ex.: Estudo todos os dias no
mesmo horário.
Uma ação passada. Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
Uma ação futura. Ex.: Amanhã, estudo mais! (equivalente a estudarei).

z Passado:

„ Pretérito perfeito: ação realizada plenamente no passado.


Ex.: Estudei até ser aprovado.
„ Pretérito imperfeito: ação inacabada, que pode indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
Ex.: Estudava todos os dias.
„ Pretérito mais-que-perfeito: ação anterior à outra mais antiga.
Ex.: Quando notei (passado), a água já transbordara (ação anterior) da banheira.

z Futuro:

„ Futuro do presente: indica um fato que deve ser realizado em um momento vindouro.
Ex.: Estudarei bastante ano que vem.
„ Futuro do pretérito: expressa um fato posterior em relação a outro fato já passado.
Ex.: Estudaria muito, se tivesse me planejado.

A partir dessas informações, podemos também identificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos
tempos compostos. Os tempos verbais simples são formados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no
presente, passado ou futuro.
Já os tempos compostos são formados por dois verbos, um auxiliar e um principal; nesse caso, o verbo auxiliar
é o único a sofrer flexões.
00

Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais dos tempos simples e compostos, respectivamente:
5-
21

Flexões Modo-Temporais — Tempos Simples


.
70
.4

TEMPO MODO INDICATIVO MODO SUBJUNTIVO


49

Presente * -e (1ª conjugação) e -a (2ª e 3ª conjugações)


-0

Pretérito perfeito -ra (3ª pessoa do plural) *


ar
és

Pretérito imperfeito -va (1ª conjugação) -ia (2ª e 3ª conjugações) -sse


C

Pretérito mais-que-perfeito -ra *


o
dr

Futuro -rá e -re -r


Pe

Futuro do pretérito -ria *

*Nem todas as formas verbais apresentam desinências modo-temporais.


LÍNGUA PORTUGUESA

Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos (Indicativo)

z Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do indicativo) + verbo principal particípio.
Ex.: Tenho estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do indicativo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: Tinha passado.
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do indicativo) + verbo principal no particípio.
Ex.: Terei saído.
� Futuro do pretérito composto: verbo auxiliar: Ter (futuro do pretérito simples) + verbo principal no
particípio.
Ex.: Teria estudado. 25
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Flexões Modo-Temporais — Tempos Compostos (Subjuntivo)

� Pretérito perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (presente do subjuntivo) + Verbo principal particípio.
Ex.: (que eu) Tenha estudado.
� Pretérito mais-que-perfeito composto: verbo auxiliar: Ter (pretérito imperfeito do subjuntivo) + verbo prin-
cipal no particípio.
Ex.: (se eu) Tivesse estudado.
� Futuro composto: verbo auxiliar: Ter (futuro simples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
Ex.: (quando eu) Tiver estudado.

Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais

As formas nominais do verbo são as formas no infinitivo, particípio e gerúndio que eles assumem em determi-
nados contextos. São chamadas nominais pois funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.

z Gerúndio: marcado pela terminação -ndo. Seu valor indica duração de uma ação e, por vezes, pode funcionar
como um advérbio ou um adjetivo.
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se compadeceu.
z Particípio: marcado pelas terminações mais comuns -ado, -ido, podendo terminar também em -do, -to, -go,
-so, -gue. Corresponde nominalmente ao adjetivo; pode flexionar-se, em alguns casos, em número e gênero.
Ex.: A Índia foi colonizada pelos ingleses.
Quando cheguei, ela já tinha partido.
Ele tinha aberto a janela.
Ela tinha pago a conta.
z Infinitivo: forma verbal que indica a própria ação do verbo, ou o estado, ou, ainda, o fenômeno designado.
Pode ser pessoal ou impessoal:

„ Pessoal: o infinitivo pessoal é passível de conjugação, pois está ligado às pessoas do discurso. É usado na
formação de orações reduzidas. Ex.: Comer eu. Comermos nós. É para aprenderem que ele ensina;
„ Impessoal: não é passível de flexão. É o nome do verbo, servindo para indicar apenas a conjugação. Ex.:
Estudar - 1ª conjugação; Comer - 2ª conjugação; Partir - 3ª conjugação.

O infinitivo impessoal forma locuções verbais ou orações reduzidas.


Locuções verbais: sequência de dois ou mais verbos que funcionam como um verbo.
Ex.: Ter de + verbo principal no infinitivo: Ter de trabalhar para pagar as contas.
Haver de + verbo principal no infinitivo: Havemos de encontrar uma solução.

Dica
00
5-

Não confunda locuções verbais com tempos compostos. O particípio formador de tempo composto na voz
21

ativa não se flexiona. Ex.: O homem teria realizado sua missão.


.
70
.4

Classificação dos Verbos


49
-0

Os verbos são classificados quanto a sua forma de conjugação e podem ser divididos em: regulares, irregula-
ar

res, anômalos, abundantes, defectivos, pronominais, reflexivos, impessoais e auxiliares, além das formas nomi-
és

nais. Vamos conhecer as particularidades de cada um a seguir:


C
o

z Regulares: os verbos regulares são os mais fáceis de compreender, pois apresentam regularidade no uso das
dr

desinências, ou seja, das terminações verbais. Da mesma forma, os verbos regulares mantêm o paradigma
Pe

morfológico com o radical, que permanece inalterado. Ex.: Verbo cantar:

PRESENTE — INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO — INDICATIVO


Eu canto Cantei
Tu cantas Cantaste
Ele/ você canta Cantou
Nós cantamos Cantamos
Vós cantais Cantastes
Eles/ vocês cantam Cantaram

z Irregulares: os verbos irregulares apresentam alteração no radical e nas desinências verbais. Por isso, rece-
bem esse nome, pois sua conjugação ocorre irregularmente, seguindo um paradigma próprio para cada grupo
26 verbal.
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Perceba a seguir como ocorre uma sutil diferença na conjugação do verbo estar, que utilizamos como exem-
plo. Isso é importante para não confundir os verbos irregulares com os verbos anômalos. Ex.: Verbo estar:

PRESENTE — INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO — INDICATIVO


Eu estou Estive
Tu estás Estiveste
Ele/ você está Esteve
Nós estamos Estivemos
Vós estais Estivestes
Eles/ vocês estão Estiveram

z Anômalos: esses verbos apresentam profundas alterações no radical e nas desinências verbais, consideradas
anomalias morfológicas; por isso, recebem essa classificação. Um exemplo bem usual de verbo dessa categoria
é o verbo “ser”. Na língua portuguesa, apenas dois verbos são classificados dessa forma: os verbos ser e ir.

Vejamos a conjugação o verbo “ser”:

PRESENTE — INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO — INDICATIVO


Eu sou Fui
Tu és Foste
Ele / você é Foi
Nós somos Fomos
Vós sois Fostes
Eles / vocês são Foram

Os verbos ser e ir são irregulares, porém, apresentam uma forma específica de irregularidade que ocasiona
uma anomalia em sua conjugação. Por isso, são classificados como anômalos.

z Abundantes: são formas verbais abundantes os verbos que apresentam mais de uma forma de particípio acei-
tas pela norma culta gramatical. Geralmente, apresentam uma forma de particípio regular e outra irregular.
Vejamos alguns verbos abundantes:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


00

Absolver Absolvido Absolto


5-

Abstrair Abstraído Abstrato


.21

Aceitar Aceitado Aceito


70
.4

Benzer Benzido Bento


49

Cobrir Cobrido Coberto


-0

Completar Completado Completo


ar

Confundir Confundido Confuso


és
C

Demitir Demitido Demisso


o

Despertar Despertado Desperto


dr
Pe

Dispersar Dispersado Disperso


Eleger Elegido Eleito
Encher Enchido Cheio
LÍNGUA PORTUGUESA

Entregar Entregado Entregue


Morrer Morrido Morto
Expelir Expelido Expulso
Enxugar Enxugado Enxuto
Findar Findado Findo
Fritar Fritado Frito
Ganhar Ganhado Ganho
Gastar Gastado Gasto
Imprimir Imprimido Impresso 27
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INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
Inserir Inserido Inserto
Isentar Isentado Isento
Juntar Juntado Junto
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Omitir Omitido Omisso
Pagar Pagado Pago
Prender Prendido Preso
Romper Rompido Roto
Salvar Salvado Salvo
Secar Secado Seco
Submergir Submergido Submerso
Suspender Suspendido Suspenso
Tingir Tingido Tinto
Torcer Torcido Torto

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR


Aceitar Eu já tinha aceitado o convite O convite foi aceito
Entregar Aviso quando tiver entregado a encomenda Está entregue!
Morrer Havia morrido há dias Quando chegou, encontrou o animal morto
Expelir A bala foi expelida por aquela arma Esta é a bala expulsa
Tinha enxugado a louça quando o programa
Enxugar A roupa está enxuta
começou
Findar Depois de ter findado o trabalho, descansou Trabalho findo!
Imprimir Se tivesse imprimido tínhamos como provar Onde está o documento impresso?
Limpar Eu tinha limpado a casa Que casa tão limpa!
Dados importantes tinham sido omitidos por
Omitir Informações estavam omissas
ela
Após ter submergido os legumes, reparou no Deixe os legumes submersos por alguns
00

Submergir
amigo minutos
5-
21

Suspender Nunca tinha suspendido ninguém Você está suspenso!


.
70
.4

z Defectivos: são verbos que não apresentam algumas pessoas conjugadas em suas formas, gerando um “defei-
49

to” na conjugação (por isso, o nome). Alguns exemplos de defectivos são os verbos colorir, precaver, reaver etc.
-0
ar

Esses verbos não são conjugados na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, bem como: aturdir,
és

exaurir, explodir, esculpir, extorquir, feder, fulgir, delinquir, demolir, puir, ruir, computar, colorir, carpir, banir,
C

brandir, bramir, soer.


o
dr

Verbos que expressam onomatopeias ou fenômenos temporais também apresentam essa característica, como
Pe

latir, bramir, chover.

z Pronominais: esses verbos apresentam um pronome oblíquo átono integrando sua forma verbal. É importan-
te lembrar que esses pronomes não apresentam função sintática. Predominantemente, os verbos pronominas
apresentam transitividade indireta, ou seja, são VTI. Ex.: Sentar-se.

PRESENTE — INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO — INDICATIVO


Eu me sento Sentei-me
Tu te sentas Sentaste-te
Ele/ você se senta Sentou-se
Nós nos sentamos Sentamo-nos
Vós vos sentais Sentastes-vos

28 Eles/ vocês se sentam Sentaram-se


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z Reflexivos: verbos que apresentam pronome oblí- ER: verbos que compõem a 2ª conjugação (Comer,
quo átono reflexivo, funcionando sintaticamen- pôr);
te como objeto direto ou indireto. Nesses verbos, IR: verbos que compõem a 3ª conjugação (Partir,
o sujeito sofre e pratica a ação verbal ao mesmo sair).
tempo. Ex.: Ela se veste mal. Nós nos cumprimen-
tamos friamente; Dica
z Impessoais: verbos que designam fenômenos da
natureza, como chover, trovejar, nevar etc. O verbo “pôr” corresponde à segunda conjuga-
ção, pois origina-se do verbo “poer”.
„ O verbo haver, com sentido de existir ou mar- O mesmo acontece com verbos que deste
cando tempo decorrido, também será impes- derivam.
soal. Ex.: Havia muitos candidatos e poucas
vagas. Há dois anos, fui aprovado em concurso Vozes Verbais
público.
„ Os verbos ser e estar também são verbos As vozes verbais definem o papel do sujeito na
impessoais quando designam fenômeno climá- oração, demonstrando se o sujeito é o agente da ação
tico ou tempo. Ex.: Está muito quente! / Era tar- verbal ou se ele recebe a ação verbal. Dividem-se em:
de quando chegamos.
„ O verbo ser para indicar hora, distância ou � Ativa: o sujeito é o agente, praticando a ação
data concorda com esses elementos. verbal.
„ O verbo fazer também poderá ser impessoal, Ex.: O policial deteve os bandidos.
quando indicar tempo decorrido ou tempo cli- � Passiva: o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação
mático. Ex.: Faz anos que estudo pintura. Aqui verbal.
faz muito calor. Ex.: Os bandidos foram detidos pelo policial —
„ Os verbos impessoais não apresentam sujei- passiva analítica;
to; sintaticamente, classifica-se como sujeito � Detiveram-se os criminosos — passiva sintética.
inexistente. � Reflexiva: o sujeito é agente e paciente ao mesmo
„ O verbo ser será impessoal quando o espa- tempo, pois pratica e recebe a ação verbal.
ço sintático ocupado pelo sujeito não estiver Ex.: Os bandidos se entregaram à polícia. / O
preenchido: “Já é natal”. Segue o mesmo para- menino se agrediu.
digma do verbo fazer, podendo ser impessoal, � Recíproca: o sujeito é agente e paciente ao mes-
também, o verbo ir: “Vai uns bons anos que mo tempo, porém há uma ação compartilhada
não vejo Mariana”. entre dois indivíduos. A ação pode ser comparti-
lhada entre dois ou mais indivíduos que praticam
z Auxiliares: os verbos auxiliares são empregados e sofrem a ação.
nas formas compostas dos verbos e também nas Ex.: Os bandidos se olharam antes do julga-
locuções verbais. Os principais verbos auxiliares mento. / Apesar do ódio mútuo, os candidatos se
dos tempos compostos são ter e haver. cumprimentaram.

Nas locuções, os verbos auxiliares determinam a A voz passiva é realizada a partir da troca de fun-
00

concordância verbal; porém, o verbo principal deter- ções entre sujeito e objeto da voz ativa. Só podemos
5-

mina a regência estabelecida na oração. transformar uma frase da voz ativa para a voz passiva
21

Apresentam forte carga semântica que indica se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e
.
70

modo e aspecto da oração. São importantes na forma- indireto. Logo, só há voz passiva com a presença do
.4

ção da voz passiva analítica. objeto direto.


49

Importante! Não confunda os verbos pronomi-


-0

z Formas Nominais: na língua portuguesa, usamos nais com as vozes verbais. Os verbos pronominais
ar

três formas nominais dos verbos: que indicam sentimentos, como arrepender-se, quei-
és

xar-se, dignar-se, entre outros, acompanham um


C

„ Gerúndio: terminação -ndo. Apresenta valor pronome que faz parte integrante do seu significado,
o

durativo da ação e equivale a um advérbio ou diferentemente das vozes verbais, que acompanham
dr

adjetivo. Ex.: Minha mãe está rezando; o pronome “se” com função sintática própria.
Pe

„ Particípio: terminações -ado, -ido, -do, -to, -go,


-so. Apresenta valor adjetivo e pode ser classi- Outras Funções do “se”
ficado em particípio regular e irregular, sendo
as formas regulares finalizadas em -ado e -ido.
LÍNGUA PORTUGUESA

Como vimos, o “se” pode funcionar como item


essencial na voz passiva. Além dessa função, esse ele-
A norma culta gramatical recomenda o uso do par- mento também acumula outras atribuições:
ticípio regular com os verbos “ter” e “haver”. Já com
os verbos “ser” e “estar”, recomenda-se o uso do par- z Partícula apassivadora: a voz passiva sintética
ticípio irregular. é feita com verbos transitivos direto (TD) ou tran-
Ex.: Os policiais haviam expulsado os bandidos / sitivos direto indireto (TDI). Nessa voz, incluímos
Os traficantes foram expulsos pelos policiais. o “se” junto ao verbo, por isso, o elemento “se” é
designado partícula apassivadora, nesse contexto.
„ Infinitivo: marca as conjugações verbais. Ex.: Busca-se a felicidade (voz passiva sintética) —
“Se” (partícula apassivadora).
AR: verbos que compõem a 1ª conjugação (Amar,
passear); O “se” exercerá essa função apenas: 29
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„ Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI; z Pôr: repor, propor, supor, depor, compor, expor;
„ Com verbos que concordam com o sujeito; z Ter: manter, conter, reter, deter, obter, abster-se;
„ Com a voz passiva sintética. z Ver: antever, rever, prever;
z Vir: intervir, provir, convir, advir, sobrevir.
Atenção: Na voz passiva nunca haverá objeto dire-
to (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. Vamos conhecer agora alguns verbos cuja conjuga-
ção apresenta paradigma derivado, auxiliando a com-
z Índice de indeterminação do sujeito: o “se” fun- preensão dessas conjugações verbais.
cionará nessa condição quando não for possível O verbo criar é conjugado da mesma forma que os
identificar o sujeito explícito ou subentendido. verbos “variar”, “copiar”, “expiar” e todos os demais
Além disso, não podemos confundir essa função que terminam em -iar. Os verbos com essa termina-
do “se” com a de apassivador, já que, para ser índi- ção são, predominantemente, regulares.
ce de indeterminação do sujeito, a oração precisa
estar na voz ativa. PRESENTE — INDICATIVO

Outra importante característica do “se” como índi- Eu Crio


ce de indeterminação do sujeito é que isso ocorre em Tu Crias
verbos transitivos indiretos, verbos intransitivos ou Ele/Você Cria
verbos de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá
estar na 3ª pessoa do singular. Nós Criamos
Ex.: Acredita-se em Deus. Vós Criais
Eles/Vocês Criam
z Pronome reflexivo: na função de pronome refle-
xivo, a partícula “se” indicará reflexão ou reci-
procidade, auxiliando a construção dessas vozes Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin- mente são irregulares e apresentam alguma modifi-
cipais características são: cação no radical ou nas desinências. Acompanhe a
conjugação do verbo “passear”:
„ Sujeito recebe e pratica a ação;
„ Funcionará, sintaticamente, como objeto direto PRESENTE — INDICATIVO
ou indireto; Eu Passeio
„ O sujeito da frase poderá estar explícito ou
implícito. Tu Passeias
Ele/Você Passeia
Ex.: Ele se via no espelho (explícito). Deu-se um Nós Passeamos
presente de aniversário (implícito).
Vós Passeais
z Parte integrante do verbo: nesses casos, o “se” Eles/Vocês Passeiam
será parte integrante dos verbos pronominais,
acompanhando-o em todas as suas flexões. Quan-
00

Conjugação de Alguns Verbos


do o “se” exerce essa função, jamais terá uma fun-
5-
21

ção sintática. Além disso, o sujeito da frase poderá


estar explícito ou implícito. Vamos agora conhecer algumas conjugações de
.
70

Ex.: (Ele/a) Lembrou-se da mãe, quando olhou a verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
.4

filha. to de questões em concursos.


49

z Partícula de realce: será partícula de realce o “se” Observe o verbo “aderir” no presente do indicativo:
-0

que puder ser retirado do contexto sem prejuízo


PRESENTE — INDICATIVO
ar

no sentido e na compreensão global do texto. A


és

partícula de realce não exerce função sintática, Eu Adiro


C

pois é desnecessária.
Tu Aderes
o

Ex.: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos.


dr

z Conjunção: o “se” será conjunção condicional Ele/Você Adere


Pe

quando sugerir a ideia de condição. A conjunção Nós Aderimos


“se” exerce função de conjunção integrante, ape-
Vós Aderis
nas ligando as orações, e poderá ser substituído
pela conjunção “caso”. Eles/Vocês Aderem
Ex.: Se ele estudar, será aprovado. (Caso ele estu-
dar, será aprovado).
A seguir, acompanhe a conjugação do verbo “por”.
São conjugados da mesma forma os verbos dispor,
Conjugação de Verbos Derivados
interpor, sobrepor, compor, opor, repor, transpor,
entrepor, supor.
Verbo derivado é aquele que deriva de um ver-
bo primitivo; para trabalhar a conjugação desses
PRESENTE — INDICATIVO
verbos, é importante ter clara a conjugação de seus
“originários”. Eu Ponho
Atente-se à lista de verbos irregulares e de algu- Tu Pões
mas de suas derivações a seguir, pois são assuntos
30 relevantes em provas diversas: Ele/Você Põe
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“Contra”
PRESENTE — INDICATIVO
Nós Pomos z Oposição: Jogar contra a seleção brasileira;
Vós Pondes z Direção: Olhar contra o sol;
Eles/Vocês Põem z Proximidade ou contiguidade: Apertou o filho
contra o peito.
PREPOSIÇÕES
“De”
São palavras invariáveis que ligam orações ou
z Causa: Chorar de saudade;
outras palavras. As preposições apresentam funções
importantes tanto no aspecto semântico quanto no z Assunto: Falar de religião;
aspecto sintático, pois complementam o sentido de z Matéria: Material feito de plástico;
verbos e/ou palavras cujo sentido pode ser alterado z Conteúdo: Maço de cigarro;
sem a presença da preposição, modificando a transiti- z Origem: Você descende de família humilde;
vidade verbal e colaborando para o preenchimento de z Posse: Este é o carro de João;
sentido de palavras deverbais3. z Autoria: Esta música é de Chopin;
As preposições essenciais são: a, ante, até, após, z Tempo: Ela dorme de dia;
com, contra, de, desde, em, entre, para, per, peran- z Lugar: Veio de São Paulo;
te, por, sem, sob, trás. z Definição: Pessoa de coragem;
Existem, ainda, as preposições acidentais, assim z Dimensão: Sala de vinte metros quadrados;
chamadas pois pertencem a outras classes grama- z Fim ou finalidade: Carro de passeio;
ticais, mas funcionam, ocasionalmente, como pre- z Instrumento: Comer de garfo e faca;
posições. Eis algumas: afora, conforme (quando z Meio: Viver de ilusões;
equivaler a “de acordo com”), consoante, durante, z Medida ou extensão: Régua de 30 cm;
exceto, salvo, segundo, senão, mediante, que, visto
z Modo: Olhar alguém de frente;
(quando equivaler a “por causa de”).
z Preço: Caderno de 10 reais;
Acompanhe a seguir algumas preposições e exem-
z Qualidade: Vender artigo de primeira;
plos de uso em diferentes situações:
z Semelhança ou comparação: Atitudes de pessoa
“A” corajosa.

z Causa ou motivo: Acordar aos gritos das crianças; “Desde”


z Conformidade: Escrever ao modo clássico;
z Destino (em correlação com a preposição de): De z Distância: Dormiu desde o acampamento até aqui;
Santos à Bahia; z Tempo: Desde ontem ele não aparece.
z Meio: Voltarei a andar a cavalo;
z Preço: Vendemos o armário a R$ 300,00; “Em”
z Direção: Levantar as mãos aos céus;
00

z Distância: Cair a poucos metros da namorada; z Preço: Avaliou a propriedade em milhares de


5-

z Exposição: Ficar ao sol por um longo tempo; dólares;


21

z Lugar: Ir a Santa Catarina; z Meio: Pagou a dívida em cheque;


.
70

z Modo: Falar aos gritos; z Limitação: Aquele aluno em Química nunca foi
.4

z Sucessão: Dia a dia; bom;


49

z Tempo: Nasci a três de maio; z Forma ou semelhança: As crianças juntaram as


-0

z Proximidade: Estar à janela. mãos em concha;


ar

z Transformação ou alteração: Transformou dóla-


és

“Após” res em reais;


C

z Estado ou qualidade: Foto em preto e branco;


o

z Lugar: Permaneça na fila após o décimo lugar;


dr

z Fim: Pedir em casamento;


Pe

z Tempo: Logo após o almoço descansamos.


z Lugar: Ficou muito tempo em Sorocaba;
z Modo: Escrever em francês;
“Com”
z Sucessão: De grão em grão;
LÍNGUA PORTUGUESA

z Causa: Ficar pobre com a inflação; z Tempo: O fogo destruiu o edifício em minutos;
z Companhia: Ir ao cinema com os amigos; z Especialidade: João formou-se em Engenharia.
z Concessão: Com mais de 80 anos, ainda tem pla-
nos para o futuro; “Entre”
z Instrumento: Abrir a porta com a chave;
z Matéria: Vinho se faz com uva; z Lugar: Ele ficou entre os aprovados;
z Modo: Andar com elegância; z Meio social: Entre as elites, este é o comportamento;
z Referência: Com sua irmã aconteceu diferente; z Reciprocidade: Entre mim e ele sempre houve
comigo sempre é assim. discórdia.
3  Palavras deverbais são substantivos que expressam, de forma nominal e abstrata, o sentido de um verbo com o qual mantêm relação.
Exemplo: a filmagem, o pagamento, a falência etc. Geralmente, os nomes deverbais são acompanhados por preposições e, sintaticamente, o
termo que completa o sentido desses nomes é conhecido como complemento nominal. 31
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“Para” z Apesar de. Ex.: Apesar de terem sumido, volta-
ram logo;
z Consequência: Você deve ser muito esperto para z A respeito de. Ex.: Nossa reunião foi a respeito
não cair em armadilhas; de finanças;
z Fim ou finalidade: Chegou cedo para a conferên- z Graças a. Ex.: Graças ao bom Deus, não aconteceu
cia; nada grave;
z De acordo com. Ex.: De acordo com W. Hamboldt,
z Lugar: Em 2011, ele foi para Portugal;
a língua é indispensável para que possamos pen-
z Proporção: As baleias estão para os peixes assim
sar, mesmo que estivéssemos sempre sozinhos;
como nós estamos para as galinhas; z Por causa de. Ex.: Por causa de poucos pontos,
z Referência: Para mim, ela está mentindo; não passei no exame;
z Tempo: Para o ano irei à praia; z Para com. Ex.: Minha mãe me ensinou ter respeito
z Destino ou direção: Olhe para frente! para com os mais velhos;
z Por baixo de. Ex.: Por baixo do vestido, ela usa
“Perante” um short.

z Lugar: Ele negou o crime perante o júri. Outros exemplos de locuções prepositivas:
Abaixo de; acerca de; acima de; devido a; a despeito
“Por” de; adiante de; defronte de; embaixo de; em frente de;
junto de; perto de; por entre; por trás de; quanto a; a
z Modo ou conformidade: Vamos escolher por fim de; por meio de; em virtude de.
sorteio;
z Causa: Encontrar alguém por coincidência;
z Conformidade: Copiar por original;
Importante!
z Favor: Lutar por seus ideais; Algumas locuções prepositivas apresentam
z Medida: Vendia banana por quilo; semelhanças morfológicas, mas significa-
z Meio: Ir por terra; dos completamente diferentes. Observe estes
z Modo: Saber por alto o que ocorreu; exemplos4:
z Preço: Comprar um livro por vinte reais; A opinião dos diretores vai ao encontro do pla-
z Quantidade: Chocar por três vezes; nejamento inicial = Concordância.
z Substituição: Comprar gato por lebre; As decisões do público foram de encontro à pro-
z Tempo: Viver por muitos anos. posta do programa = Discordância.
Em vez de comer lanches gordurosos, coma fru-
“Sem” tas = Substituição.
Ao invés de chegar molhado, chegou cedo =
z Ausência ou desacompanhamento: Estava sem Oposição.
dinheiro.
Combinações e Contrações
“Sob”
00

As preposições podem se ligar a outras palavras de


5-

z Tempo: Houve muito progresso no Brasil sob D. outras classes gramaticais por meio de dois processos:
21

Pedro II; combinação e contração.


.
70

z Lugar: Ficar sob o viaduto;


.4

z Modo: Saiu da reunião sob pretexto não z Combinação: Quando se ligam sem sofrer nenhu-
49

convincente. ma redução.
-0

a + o = ao
“Sobre” a + os = aos
ar

z Contração: Quando, ao se ligarem, sofrem


és

z Assunto: Não gosto de falar sobre política; redução.


C
o

z Direção: Ir sobre o adversário;


dr

z Lugar: Cair sobre o inimigo. Veja a lista a seguir5, que apresenta as preposições
Pe

que se contraem e suas devidas formas:


Locuções Prepositivas
z Preposição “a”:
São grupos de palavras que equivalem a uma
preposição. „ Com o artigo definido ou pronome demonstra-
tivo feminino:
Ex.: Falei sobre o tema da prova. (preposição) /
a + a= à
Falei acerca do tema da prova. (locução prepositiva)
a + as= às
A locução prepositiva na segunda frase substitui „ Com o pronome demonstrativo:
perfeitamente a preposição “sobre”. As locuções pre- a + aquele = àquele
positivas sempre terminam em uma preposição (há a + aqueles = àqueles
apenas uma exceção: a locução prepositiva com senti- a + aquela = àquela
do concessivo “não obstante”). a + aquelas = àquelas
Veja alguns exemplos: a + aquilo = àquilo
4  Disponível em: instagram.com/academiadotexto. Acesso em: 20 nov. 2020.
32 5  Disponível em: https://www.preparaenem.com/portugues/combinacao-contracao-das-preposicoes.htm. Acesso em: 20 nov. 2020.
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z Preposição “de”: É importante ressaltar que as preposições podem
apresentar valor relacional ou podem atribuir um
„ Com artigo definido masculino e feminino: valor nocional.
de + o/os = do/dos As preposições que apresentam um valor rela-
de + a/as = da/das cional cumprem uma relação sintática com verbos
� Com artigo indefinido: ou substantivos, que, em alguns casos, são chamados
de + um= dum deverbais, conforme já mencionamos. Essa mesma
de + uns = duns relação sintática pode ocorrer com adjetivos e advér-
de + uma = duma bios, os quais também apresentarão função deverbal.
de + umas = dumas Ex.: Concordo com o advogado (preposição exigida
� Com pronome demonstrativo: pela regência do verbo concordar).
de + este(s)= deste, destes Tenho medo da queda (preposição exigida pelo
de + esta(s)= desta, destas complemento nominal).
de + isto= disto Estou desconfiado do funcionário (preposição exi-
de + esse(s) = desse, desses gida pelo adjetivo).
de + essa(s)= dessa, dessas
Fui favorável à eleição (preposição exigida pelo
de + isso = disso
advérbio).
de + aquele(s) = daquele, daqueles
Em todos esses casos, a preposição mantém uma
de + aquela(s) = daquela, daquelas
relação sintática com a classe de palavras a qual se
de + aquilo= daquilo
� Com o pronome pessoal: liga, sendo, portanto, obrigatória a sua presença na
de + ele(s) = dele, deles sentença.
de + ela(s) = dela, delas De modo oposto, as preposições cujo valor nocio-
� Com o pronome indefinido: nal é preponderante apresentam uma modificação
de + outro(s)= doutro, doutros no sentido da palavra à qual se liga. Elas não são
de + outra(s) = doutra, doutras componentes obrigatórios na construção da senten-
� Com advérbio: ça, divergindo das preposições de valor relacional.
de + aqui= daqui As preposições de valor nocional estabelecem uma
de + aí= daí noção de posse, causa, instrumento, matéria, modo
de + ali= dali etc. Vejamos algumas na tabela a seguir:

z Preposição “em”: VALOR NOCIONAL DAS


SENTIDO
PREPOSIÇÕES
„ Com artigo definido: Posse Carro de Marcelo
em + a(s)= na, nas
em + o(s)= no, nos O cachorro está sob a
Lugar
� Com pronome demonstrativo: mesa
em + esse(s)= nesse, nesses Votar em branco / Chegar
em + essa(s)= nessa, nessas Modo
aos gritos
em + isso = nisso
em + este(s) = neste, nestes Causa Preso por agressão
00

em + esta(s) = nesta, nestas Assunto Falar sobre política


5-

em + isto = nisto
21

Descende de família
em + aquele(s) = naquele, naqueles Origem
simples
.
70

em + aquela(s) = naquelas
em + aquilo = naquilo Olhe para frente! / Iremos
.4

Destino
49

� Com pronome pessoal: a Paris


em + ele(s) = nele, neles
-0

em + ela(s) = nela, nelas


ar

CONJUNÇÕES
és

z Preposição “per”:
C

Assim como as preposições, as conjunções também


o

„ Com as formas antigas do artigo definido (lo, são invariáveis e também auxiliam na organização
dr

la): das orações, ligando termos e, em alguns casos, ora-


Pe

per + lo(s) = pelo, pelos ções. Por manterem relação direta com a organização
per + la(s) = pela, pelas das orações nas sentenças, as conjunções podem ser
coordenativas ou subordinativas.
LÍNGUA PORTUGUESA

z Preposição “para” (pra):


Conjunções Coordenativas
„ Com artigo definido:
para (pra) + o(s) = pro, pros As conjunções coordenativas são aquelas que
para (pra) + a(s)= pra, pras ligam orações coordenadas, ou seja, orações que não
fazem parte de uma outra; em alguns casos, ainda,
Algumas Relações Semânticas Estabelecidas por essas conjunções ligam núcleos de um mesmo termo
Preposições da oração. As conjunções coordenadas podem ser:

Antes de entrarmos neste assunto, vale relembrar z Aditivas: somam informações. E, nem, bem como,
o que significa Semântica. Semântica é a área do não só, mas também, não apenas, como ainda,
conhecimento que relaciona o significado da palavra senão (após não só).
ao seu contexto. Ex.: Não fiz os exercícios nem revisei. 33
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O gato era o preferido, não só da filha, senão de � Consecutiva: iniciam a oração expressando ideia
toda família. de consequência. Que (depois de tal, tanto, tão), de
z Adversativas: colocam informações em oposição, modo que, de forma que, de sorte que etc.
contradição. Mas, porém, contudo, todavia, entre- Ex.: Estudei tanto que fiquei com dor de cabeça.
tanto, não obstante, senão (equivalente a mas). � Comparativa: iniciam orações comparando ações
Ex.: Não tenho um filho, mas dois. e, em geral, o verbo fica subtendido. Como, que
A culpa não foi a população, senão dos vereadores nem, que (depois de mais, menos, melhor, pior,
(equivale a “mas sim”). maior), tanto... quanto etc.
Ex.: Corria como um touro.
Importante! A conjunção “e” pode apresentar Ela dança tanto quanto Carlos.
valor adversativo, principalmente quando é antecedi- � Conformativa: expressam a conformidade de
da por vírgula: Estava querendo dormir, e o barulho uma ideia com a da oração principal. Conforme,
não deixava. como, segundo, de acordo com, consoante etc.
Ex.: Tudo ocorreu conforme o planejado.
Amanhã chove, segundo informa a previsão do
z Alternativas: ligam orações com ideias que não
tempo.
acontecem simultaneamente, que se excluem. Ou,
� Concessiva: iniciam uma oração com uma ideia con-
ou...ou, quer...quer, seja...seja, ora...ora, já...já.
trária à da oração principal. Embora, conquanto, ain-
Ex.: Estude ou vá para a festa.
da que, mesmo que, em que pese, posto que etc.
Seja por bem, seja por mal, vou convencê-la. Ex.: Teve que aceitar a crítica, conquanto não
tivesse gostado.
Importante! A palavra “senão” pode funcionar Trabalhava, por mais que a perna doesse.
como conjunção alternativa: Saia agora, senão cha- � Condicional: iniciam uma oração com ideia de
marei os guardas! (pode-se trocá-la por “ou”). hipótese, condição. Se, caso, desde que, contanto
que, a menos que, somente se etc.
z Explicativas: ligam orações, de forma que em uma Ex.: Se eu quisesse falar com você, teria respondi-
delas explica-se o que a outra afirma. Que, porque, do sua mensagem.
pois, (se vier no início da oração), porquanto. Posso lhe ajudar, caso necessite.
Ex.: Estude, porque a caneta é mais leve que a � Proporcional: ideia de proporcionalidade. À pro-
enxada! porção que, à medida que, quanto mais...mais,
Viva bem, pois isso é o mais importante. quanto menos...menos etc.
Ex.: Quanto mais estudo, mais chances tenho de
Importante! “Pois” com sentido explicativo ini- ser aprovado.
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois sinto Ia aprendendo, à medida que convivia com ela.
saudades. � Final: expressam ideia de finalidade. Final, para
“Pois” conclusivo fica após o verbo, deslocado que, a fim de que etc.
entre vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, Ex.: A professora dá exemplos para que você
pois, a subir. aprenda!
Comprou um computador a fim de que pudesse
z Conclusivas: ligam duas ideias, de forma que a trabalhar tranquilamente.
00

segunda conclui o que foi dito na primeira. Logo, � Temporal: iniciam a oração expressando ideia de
5-

portanto, então, por isso, assim, por conseguinte, tempo. Quando, enquanto, assim que, até que, mal,
21

destarte, pois (deslocado na frase). logo que, desde que etc.


.

Ex.: Quando viajei para Fortaleza, estive na Praia


70

Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui


do Futuro.
.4

aprovado.
Mal cheguei à cidade, fui assaltado.
49

Está na hora da decolagem; deve, então, apressar-


-0

-se.
ar

Importante!
és

Dica
C

Os valores semânticos das conjunções não se


As conjunções “e”, “nem” não devem ser empre-
o

prendem às formas morfológicas desses ele-


dr

gadas juntas (“e nem”). Tendo em vista que mentos. O valor das conjunções é construído
Pe

ambas indicam a mesma relação aditiva, o uso contextualmente, por isso, é fundamental estar
concomitante acarreta em redundância. atento aos sentidos estabelecidos no texto.
Ex.: Se Mariana gosta de você, por que você não
Conjunções Subordinativas a procura? (Se = causal = já que)
Por que ficar preso na cidade, quando existe
Tais quais as conjunções coordenativas, as subor- tanto ar puro no campo? (Quando = causal = já
dinativas estabelecem uma ligação entre as ideias que).
apresentadas em um texto. Porém, diferentemente
daquelas, estas ligam ideias apresentadas em orações
subordinadas, ou seja, orações que precisam de outra Conjunções Integrantes
para terem o sentido apreendido.
As conjunções integrantes fazem parte das orações
� Causal: iniciam a oração dando ideia de causa. subordinadas; na realidade, elas apenas integram
Haja vista, que, porque, pois, porquanto, visto que, uma oração principal à outra, subordinada. Existem
uma vez que, como (equivale a porque) etc. apenas dois tipos de conjunções integrantes: “que” e
34 Ex.: Como não choveu, a represa secou. “se”.
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� Quando é possível substituir o “que” pelo pronome Ex.: Entregue o relatório à diretoria.
“isso”, estamos diante de uma conjunção integrante. Refiro-me àquele vestido que está na vitrine.
Ex.: Quero que a prova esteja fácil. (Quero. O quê? Regra geral: haverá crase sempre que o termo
Isso). antecedente exija a preposição a e o termo conse-
� Sempre haverá conjunção integrante em orações quente aceite o artigo a.
substantivas e, consequentemente, em períodos Ex.: Fui à cidade (a + a = preposição + artigo)
compostos. Conheço a cidade (verbo transitivo direto: não exi-
Ex.: Perguntei se ele estava em casa. (Perguntei. O ge preposição).
quê? Isso). Vou a Brasília (verbo que exige preposição a +
� Nunca devemos inserir uma vírgula entre um ver- palavra que não aceita artigo).
bo e uma conjunção integrante. Essas dicas são facilitadoras quanto à orientação
Ex.: Sabe-se, que o Brasil é um país desigual no uso da crase, mas existem especificidades que aju-
(errado). dam no momento de identificação:
Sabe-se que o Brasil é um país desigual (certo).
CASOS CONVENCIONADOS
INTERJEIÇÕES
z Locuções adverbiais formadas por palavras
As interjeições também fazem parte do grupo de
femininas:
palavras invariáveis, tal como as preposições e as
Ex.: Ela foi às pressas para o camarim.
conjunções. Sua função é expressar estado de espíri-
Entregou o dinheiro às ocultas para o ministro.
to e emoções; por isso, apresentam forte conotação
semântica. Uma interjeição sozinha pode equivaler a Espero vocês à noite na estação de metrô.
uma frase. Ex.: Tchau! Estou à beira-mar desde cedo;
As interjeições indicam relações de sentido diversas. z Locuções prepositivas formadas por palavras
A seguir, apresentamos um quadro com os sentimentos femininas:
e sensações mais expressos pelo uso de interjeições: Ex.: Ficaram à frente do projeto;
z Locuções conjuntivas formadas por palavras
VALOR SEMÂNTICO INTERJEIÇÃO femininas:
Ex.: À medida que o prédio é erguido, os gastos vão
Advertência Cuidado! Devagar! Calma! aumentando;
Alívio Arre! Ufa! Ah! � Quando indicar marcação de horário, no plural
Ex.: Pegaremos o ônibus às oito horas.
Alegria/Satisfação Eba! Oba! Viva!
Fique atento ao seguinte: entre números teremos
Desejo Oh! Tomara! Oxalá! que de = a / da = à, portanto:
Repulsa Irra! Fora! Abaixo! Ex.: De 7 as 16 h. De quinta a sexta. (sem crase)
Das 7 às 16 h. Da quinta à sexta. (com crase);
Dor/Tristeza Ai! Ui! Que pena!
� Com os pronomes relativos aquele, aquela ou
Espanto Oh! Ah! Opa! Putz! aquilo:
Saudação Salve! Viva! Adeus! Tchau! Ex.: A lembrança de boas-vindas foi reservada
àquele outono.
Medo Credo! Cruzes! Uh! Oh! Por favor, entregue as flores àquela moça que está
00

sentada.
5-

É salutar lembrar que o sentido exato de cada Dedique-se àquilo que lhe faz bem;
21

interjeição só poderá ser apreendido diante do con- � Com o pronome demonstrativo a antes de que ou de:
.
70

texto. Por isso, em questões que abordem essa classe Ex.: Referimo-nos à que está de preto.
.4

de palavras, o candidato deve reler o trecho em que a Referimo-nos à de preto;


49

interjeição aparece, a fim de se certificar do sentido � Com o pronome relativo a qual, as quais:
-0

expresso no texto. Ex.: A secretária à qual entreguei o ofício acabou


Isso acontece pois qualquer expressão exclamati-
ar

de sair.
va que expresse sentimento ou emoção pode funcionar
és

As alunas às quais atribuí tais atividades estão de


como uma interjeição. Lembre-se dos palavrões, por
C

férias.
exemplo, que são interjeições por excelência, mas que,
o
dr

dependendo do contexto, podem ter seu sentido alterado. CASOS PROIBITIVOS


Pe

Antes de concluirmos, é importante ressaltar o


papel das locuções interjetivas, conjunto de palavras
Em resumo, seguem-se as dicas abaixo para melhor
que funciona como uma interjeição, como: Meu Deus!
orientação de quando não usar a crase.
Ora bolas! Valha-me Deus!
LÍNGUA PORTUGUESA

� Antes de nomes masculinos


Ex.: “O mundo intelectual deleita a poucos, o mate-
rial agrada a todos.” (MM)
EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE O carro é movido a álcool.
CRASE Venda a prazo;
� Antes de palavras femininas que não aceitam
Outro assunto que causa grande dúvida é o uso da artigos
crase, fenômeno gramatical que corresponde à junção Ex.: Iremos a Fortaleza.
da preposição a + artigo feminino definido a, ou da
junção da preposição a + os pronomes relativos aque- Macete de crase:
le, aquela ou aquilo. Representa-se graficamente pela Se vou a; Volto da = Crase há!
marcação (`) + (a) = (à). Se vou a; Volto de = Crase pra quê? 35
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Ex.: Vou à escola / Volto da escola. Quando se relacionar a instrumentos cujos nomes
Vou a Fortaleza / Volto de Fortaleza; forem femininos, normalmente a crase não será utili-
zada. Porém, em alguns casos, utiliza-se a crase para
� Antes de forma verbal infinitiva evitar ambiguidades.
Ex.: Os produtos começaram a chegar. Ex.: Matar a fome. (Quando “fome” for objeto
“Os homens, dizendo em certos casos que vão falar direto).
com franqueza, parecem dar a entender que o Matar à fome. (Quando “fome” for advérbio de
fazem por exceção de regra.” (MM); instrumento).
� Antes de expressão de tratamento Fechar a chave. (Quando “chave” for objeto direto).
Ex.: O requerimento foi direcionado a Vossa Fechar à chave. (Quando “chave” for advérbio de
Excelência; instrumento).
� No a (singular) antes de palavra no plural, quando
a regência do verbo exigir preposição Quando Usar ou Não a Crase em Sentenças com
Ex.: Durante o filme assistimos a cenas chocantes; Nomes de Lugares
� Antes dos pronomes relativos quem e cuja
Ex.: Por favor, chame a pessoa a quem entregamos z Regidos por preposições de, em, por: não se usa
o pacote.
crase
Falo de alguém a cuja filha foi entregue o prêmio;
Ex.: Fui a Copacabana. (Venho de Copacabana,
� Antes de pronomes indefinidos alguma, nenhu-
moro em Copacabana, passo por Copacabana);
ma, tanta, certa, qualquer, toda, tamanha
� Regidos por preposições da, na, pela: usa-se crase
Ex.: Direcione o assunto a alguma cláusula do
Ex.: Fui à Bahia. (Venho da Bahia, moro na Bahia,
contrato.
passo pela Bahia).
Não disponibilizaremos verbas a nenhuma ação
suspeita de fraude.
Eles estavam conservando a certa altura. Macetes
Faremos a obra a qualquer custo.
A campanha será disponibilizada a toda a z Haverá crase quando o “à” puder ser substituído
comunidade; por ao, da na, pela, para a, sob a, sobre a, contra
� Antes de demonstrativos a, com a, à moda de, durante a;
Ex.: Não te dirijas a essa pessoa; z Quando o de ocorre paralelo ao a, não há crase.
� Antes de nomes próprios, mesmo femininos, de Quando o da ocorre paralelo ao à, há crase;
personalidades históricas z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder
Ex.: O documentário referia-se a Janis Joplin; ser substituído por às duas, há crase. Quando o a
� Antes dos pronomes pessoais retos e oblíquos uma equivaler a a duas, não ocorre crase;
Ex.: Por favor, entregue as frutas a ela. z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui-
O pacote foi entregue a ti ontem; lo quando tais pronomes puderem ser substituídos
� Nas expressões tautológicas (face a face, lado a por a este, a esta e a isto;
lado) z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e
Ex.: Pai e filho ficaram frente a frente no tribunal nomes de cidades quando esses termos estiverem
de justiça; acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
00

� Antes das palavras casa, Terra ou terra, distância tância de 200 metros do pico da montanha.
5-

sem determinante
21

Ex.: Precisa chegar a casa antes das 22h. A compreensão da crase vai muito além da estética
.
70

Astronauta volta a Terra em dois meses. gramatical, pois serve também para evitar ambigui-
.4

Os pesquisadores chegaram a terra depois da dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão.
49

expedição marinha. Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”,


-0

Vocês o observaram a distância. pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi-
ar

ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações


és

CRASE FACULTATIVA como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o


C

advérbio de instrumento da ação de pintar.


o

Nestes casos, podemos escrever as palavras das


dr

duas formas: utilizando ou não a crase. Para entender


Pe

detalhadamente, observe as seguintes dicas:

� Antes de nomes de mulheres comuns ou com quem SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO


se tem proximidade
Ex.: Ele fez homenagem a/à Bárbara; CONCEITOS BÁSICOS DA SINTAXE
� Antes de pronomes possessivos no singular
Ex.: Iremos a/à sua residência; Ao selecionar palavras, nós as escolhemos entre
� Após preposição até, com ideia de limite os grandes grupos de palavras existentes na língua,
Ex.: Dirija-se até a/à portaria. como verbos, substantivos ou adjetivos. Esses são gru-
“Ouvindo isto, o desembargador comoveu-se até pos morfológicos. Ao combinar as palavras em frases,
às (ou “as”) lágrimas, e disse com mui estranho nós construímos um painel morfológico.
afeto.” (CBr. 1, 67) As palavras normalmente recebem uma dupla
classificação: a morfológica, que está relacionada à
CASOS ESPECIAIS classe gramatical a que pertence, e a sintática, rela-
cionada à função específica que assumem em deter-
36 Veremos a seguir alguns casos que fogem à regra. minada frase.
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FRASE z O elemento sobre o qual se declarou algo (implo-
rou pela compra da vacina);
Frase é todo enunciado com sentido completo. z O elemento que pratica a ação de implorar;
Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um z O termo com o qual o verbo concorda (o verbo
conjunto de palavras. implorar está flexionado na 3ª pessoa do singular);
Ex.: Fogo! z O termo que pode ser substituído por um pronome
Silêncio! do caso reto.
“A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano (Ela implorou pela compra da vacina da COVID-19.)
Ramos).
Núcleo do Sujeito
ORAÇÃO
O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal
Enunciado que se estrutura em torno de um verbo porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu- núcleo indica a palavra que realmente está exercen-
ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen- do determinada função sintática, que atua ou sofre
tá-lo completo ou incompleto. a ação. O núcleo do sujeito apresentará um substan-
Ex.: Você é um dos que se preocupam com a tivo, ou uma palavra com valor de substantivo, ou
poluição. pronome.
“A roda de samba acabou” (Chico Buarque).
z O sujeito simples contém apenas um núcleo.
PERÍODO Ex.: O povo pediu providências ao governador.
Sujeito: O povo
Período é o enunciado constituído de uma ou mais Núcleo do sujeito: povo
orações. z Já no sujeito composto, o núcleo será constituído
Classifica-se em: de dois ou mais termos.
As luzes e as cores são bem visíveis.
� Simples: possui apenas uma oração. Sujeito: As luzes e as cores
Ex.: O sol surgiu radiante. Núcleo do sujeito: luzes/cores
Ninguém viu o acidente.
� Composto: possui duas ou mais orações. Dica
Ex.: “Amou daquela vez como se fosse a última.”
Para determinar o sujeito da oração, colocam-
(Chico Buarque)
Chegou em casa e tomou banho. -se as expressões interrogativas quem? ou o
quê? antes do verbo.
PERÍODO SIMPLES – TERMOS DA ORAÇÃO Ex.: A população pediu uma providência ao
governador.
Os termos que formam o período simples são dis- Quem pediu uma providência ao governador?
tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte- Resposta: A população (sujeito).
grantes (complemento verbal, complemento nominal Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o
00

e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal, outro.


5-

adjunto adverbial e aposto). O que iria de um lado para o outro?


21

Resposta: O pêndulo do relógio (sujeito).


.
70

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO


.4

Tipos de Sujeito
49

São aqueles indispensáveis para a estrutura básica


-0

da oração. Costuma-se associar esses termos a situa- Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se
ções analógicas, como um almoço tradicional brasi- em:
ar

leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por


és

exemplo. São eles: sujeito e predicado. Veremos a Simples


C

seguir cada um deles.


o

DETERMINADO Composto
dr
Pe

Sujeito Elíptico
Com verbos flexionados na 3ª
É o elemento que faz ou sofre a ação determinada pessoa do plural
pelo verbo. INDETERMINADO
LÍNGUA PORTUGUESA

Com verbos acompanhados do se


O sujeito pode ser: (índice de indeterminação do sujeito)

� O termo sobre o qual o restante da oração diz algo; Usado para fenômenos da natureza
INEXISTENTE
� O elemento que pratica ou recebe a ação expressa ou com verbos impessoais
pelo verbo;
� O termo que pode ser substituído por um pronome z Determinado: quando se identifica a pessoa, o
do caso reto; lugar ou o objeto na oração. Classifica-se em:
� O termo com o qual o verbo concorda.
Ex.: A população implorou pela compra da vacina „ Simples: quando há apenas um núcleo.
da COVID-19. Ex.: O [aluguel] da casa é caro.
Núcleo: aluguel
No exemplo anterior a população é: Sujeito simples: O aluguel da casa; 37
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„ Composto: quando há dois núcleos ou mais. O sujeito está sofrendo uma ação, e não há presen-
Ex.: Os [sons] e as [cores] ficaram perfeitos. ça da partícula -se.
Núcleos: sons, cores.
Sujeito composto: Os sons e as cores; Predicado
„ Elíptico, oculto ou desinencial: quando não
aparece na oração, mas é possível de ser identi- É o termo que contém o verbo e informa algo sobre
ficado devido à flexão do verbo ao qual se refe- o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
re.Ex.: Vi o noticiário hoje de manhã. Sujeito: mos essenciais na oração, há casos em que a oração
(Eu) não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
torno de um verbo e ele está contido no predicado, é
z Indeterminado: quando não é possível identificar impossível existir uma oração sem sujeito.
o sujeito na oração, mas ainda sim está presente. O predicado pode ser:
Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa-
do por um índice de indeterminação do sujeito, a
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
partícula “se”.
Ex.: “A esposa e o amigo seguem sua marcha.”
(José de Alencar);
„ Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural,
Predicado: seguem sua marcha;
não se referindo a nenhuma palavra determi-
z Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
nada no contexto.
to (oração sem sujeito):
Ex.: Passaram cedo por aqui, hoje.
Entende-se que alguém passou cedo; Ex.: Chove pouco nesta época do ano;
„ Colocando-se verbos (intransitivos, transitivos Predicado: Chove pouco nesta época do ano.
diretos ou de ligação) sem complemento dire-
to na 3ª pessoa do singular acompanhados do Para determinar o predicado, basta separar o
pronome se, pronome que atua como índice de sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica-
indeterminação do sujeito. do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo
Ex.: Não se vê com a neblina. é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita:
Entende-se que ninguém consegue ver nessa Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.” (Gonçalves
condição. Dias)
Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida.
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito Ex.: “Nossa vida mais amores”. (Gonçalves Dias)
Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores.
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos Classificação do Predicado
são impessoais e normalmente representam fenôme-
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer A classificação do predicado depende do significa-
ou haver no sentido de existir. do e do tipo de verbo que apresenta.
Geia no Paraná.
Fazia um mês que tinha sumido. z Predicado nominal: ocorre quando o núcleo sig-
00

Basta de confusão. nificativo se concentra em um nome (corresponde


5-

Há dois anos esse restaurante abriu. a um predicativo do sujeito).


21

O verbo deste tipo de oração é sempre de ligação.


.
70

Classificação do Sujeito Quanto à Voz O predicado nominal tem por núcleo um nome
.4

(substantivo, adjetivo ou pronome).


49

z Voz ativa (sujeito agente) Ex.: “Nossas flores são mais bonitas.” (Murilo
-0

Ex.: Cláudia corta cabelos de terça a sábado. Mendes)


Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer-
ar

Predicado: são mais bonitas.


és

ce a ação na frase;
Ex.: “As estrelas estão cheias de calafrios.” (Olavo
z Voz passiva sintética (sujeito paciente)
C

Bilac)
Ex.: Corta-se cabelo.
o

Predicado: estão cheias de calafrios.


dr

Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito


Pe

“cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do


É importante não confundir:
item anterior. O “-se” é a partícula apassivadora da
oração.
z Verbo de ligação: quando não exprime uma ação,
Importante notar que não há preposição entre mas um estado momentâneo ou permanente que
o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo, relaciona o sujeito ao restante do predicado, que é
“de” no meio da frase, o termo “cabelo” não seria mais o predicativo do sujeito;
sujeito, seria objeto indireto, um complemento verbal. z Predicativo do sujeito; função exercida por subs-
Precisa-se de cabelo. tantivo, adjetivo, pronomes e locuções que atri-
Assim, “de cabelo” seria um complemento verbal, buem uma condição ou qualidade ao sujeito.
e não um sujeito da oração. Nesse caso, o sujeito é Ex.: O garoto está bastante feliz.
indeterminado, marcado pelo índice de indetermina- Verbo de ligação: está.
ção “-se”. Predicativo do sujeito: bastante feliz.
Ex.: Seu batom é muito forte.
z Voz passiva analítica (sujeito paciente) Verbo de ligação: é.
38 Ex.: A minha saia azul está rasgada. Predicativo do sujeito: muito forte.
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Predicado Verbal No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-
ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-
Ocorre quando há dois núcleos significativos: um to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
verbo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predi- Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
cativo do sujeito ou, em caso transitivo, predicativo do do de Assis)
objeto). Da natureza desse verbo é que decorrem os Verbo transitivo direto: achou
demais termos do predicado. Objeto direto: o raciocínio
O verbo do predicado pode ser classificado em Predicativo do objeto: exato
transitivo direto, transitivo indireto, verbo transi- No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza
tivo direto e indireto ou verbo intransitivo. um julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”,
que é o objeto direto dessa oração. Com isso, podemos
z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- concluir que temos um caso de predicativo do obje-
ge um complemento não preposicionado, o objeto to, visto que “exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é
direto. o sujeito.
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.” O que é o predicativo do objeto?
Noel Rosa É o termo que confere uma característica, uma
Verbo Transitivo Direto: Fazer. qualidade, ao que se refere.
Ex.: Ele trouxe os livros ontem. A formação do predicativo do objeto se dá por um
Verbo Transitivo Direto: trouxe; adjetivo ou por um substantivo.
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Ex.: Consideramos o filme proveitoso.
vo indireto tem como necessidade o complemen- Predicativo do objeto: proveitoso
to acompanhado de uma preposição para fazer Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas.
sentido. Predicativo do objeto: vitoriosa
Ex.: Nós acreditamos em você. Para facilitar a identificação do predicativo do
Verbo transitivo indireto: acreditamos objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres-
Preposição: em centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí-
Ex.: Frida obedeceu aos seus pais. fica é relacionar o predicativo ao nome.
Verbo transitivo indireto: obedeceu O filme foi proveitoso.
Preposição: a (a + os) Ela era vitoriosa.
Ex.: Os professores concordaram com isso. Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre-
Verbo transitivo indireto: concordaram dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de
Preposição: com; ligação (foi e era, respectivamente).
z Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): é o
verbo de sentido incompleto que exige dois com- TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO
plementos: objeto direto (sem preposição) e objeto
indireto (com preposição). São vocábulos que se agregam a determinadas
Ex.: “Ela contava-lhe anedotas, e pedia-lhe ou- estruturas para torná-las completas. De acordo com
tras.” (Machado de Assis) a gramática da língua portuguesa, esses termos são
Verbo transitivo direto e indireto 1: contava divididos em:
00

Objeto direto 1: anedotas


5-

Objeto indireto 1: lhe Complementos Verbais


21

Verbo transitivo direto e indireto 2: pedia


.
70

Objeto direto 2: outras São termos que completam o sentido de verbos


.4

Objeto indireto 2: lhe; transitivos diretos e transitivos indiretos.


49

z Verbo intransitivo (VI): É aquele capaz de cons-


-0

truir sozinho o predicado, que não precisa de com- z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom-
plementos verbais, sem prejudicar o sentido da panhado de preposição.
ar

Ex.: Examinei o relógio de pulso.


és

oração.
Ex.: Escrevia tanto que os dedos adormeciam. Gostaria de vê-lo no topo do mundo.
C

O técnico convocou somente os do Brasil. (os =


o

Verbo intransitivo: adormeciam.


dr

aqueles).
Pe

Predicado Verbo-Nominal
Pronomes e sua Relação com o Objeto Direto
Ocorre quando há dois núcleos significativos:
um verbo nocional (intransitivo ou transitivo) e um Além dos pronomes oblíquos o(s), a(s) e suas
LÍNGUA PORTUGUESA

nome (predicativo do sujeito ou, em caso de verbo variações lo(s), la(s), no(s), na(s), que quase sempre
transitivo, predicativo do objeto). exercem função de objeto direto, os pronomes oblí-
Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes) quos me, te, se, nos, vos também podem exercer essa
Verbo intransitivo: parou função sintática.
Predicativo do sujeito: atento Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram
Repare que no primeiro exemplo o termo “atento” quem? A minha pessoa”)
está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é Nunca vos tomeis como grandes personalidades.
considerado predicativo do sujeito. (= “Nunca tomeis quem? Vós”)
Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Convidaram-na para o almoço de despedida. (=
Bilac) “Convidaram quem? Ela”)
Verbo intransitivo: marchou Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (=
Predicativo do sujeito: desorientado “Receberam quem? Nós”) 39
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Os pronomes demonstrativos o, a, os, as podem z Objeto indireto e o uso de pronomes pessoais
ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do
pronome relativo que. Pode ser representado pelos seguintes pronomes
Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo: oblíquos átonos: me, te, se, no, vos, lhe, lhes. Os pro-
esse algo é o objeto direto) nomes o, a, os, as não exercerão essa função.
Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome Ex.: Mostre-lhe onde fica o banheiro, por favor.
feminino definido) Todos os pronomes oblíquos tônicos (me, mim,
comigo, te, ti, contigo) podem funcionar como objeto
z Objeto direto preposicionado
indireto, já que sempre ocorrem com preposição.
Ex.: Você escreveu esta carta para mim?
Mesmo que o verbo transitivo direto não exija
preposição no seu complemento, algumas palavras
requerem o uso da preposição para não perder o sen- z Objeto indireto pleonástico: ocorrência repetida
tido de “alvo” do sujeito. dessa função sintática com o objetivo de enfatizar
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros uma mensagem.
facultativos. Ex.: A ele, sem reservas, supliquei-lhe ajuda.

Exemplos com Ocorrência Obrigatória de Complemento Nominal


Preposição:
Completa o sentido de substantivos, adjetivos e
Não entendo nem a ele nem a ti. advérbios. É uma função sintática regida de preposi-
Respeitava-se aos mais antigos. ção e com objetivo de completar o sentido de nomes. A
Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava. presença de um complemento nominal nos contextos
Amavam-se um ao outro. de uso é fundamental para o esclarecimento do senti-
“Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher do do nome.
feita.” (Ciro dos Anjos). Ex.: Tenho certeza de que tu serás aprovado.
Estou longe de casa e tão perto do paraíso.
Exemplos com Ocorrência Facultativa de Preposição: Para melhor identificar um complemento nomi-
nal, siga a instrução:
Eles amam a Deus, assim diziam as pessoas daque- Nome + preposição + quem ou quê
le templo.
Como diferenciar complemento nominal de com-
A escultura atrai a todos os visitantes.
plemento verbal?
Não admito que coloquem a Sua Excelência num
pedestal. Ex.: Naquela época, só obedecia ao meu coração.
Ao povo ninguém engana. (complemento verbal, pois “ao meu coração” liga-se
Eu detesto mais a estes filmes do que àqueles. diretamente ao verbo “obedecia”)
No caso “Você bebeu dessa água?”, a forma “des- Naquela época, a obediência ao meu coração pre-
sa” (preposição de + pronome essa) precisa estar pre- valecia. (complemento nominal, pois “ao meu cora-
sente para indicar parte de um todo, quando assim ção” liga-se diretamente ao nome “obediência”).
for o contexto de uso. Logo, a pergunta é se a pessoa
bebeu uma porção da água, e não ela toda. Agente da Passiva
00
5-

z Objeto direto pleonástico: é a dupla ocorrência É o complemento de um verbo na voz passiva ana-
21

dessa função sintática na mesma oração, a fim de lítica. Sempre é precedido da preposição por, e, mais
.
70

enfatizar um único significado. raramente, da preposição de.


.4

Ex.: “Eu não te engano a ti”. (Carlos Drummond de Forma-se essencialmente pelos verbos auxiliares
49

Andrade) ser, estar, viver, andar, ficar.


-0

z Objeto direto interno: representado por palavra


que tem o mesmo radical do verbo ou apresenta
ar

PERÍODO COMPOSTO
mesmo significado.
és

Ex.: Riu um riso aterrador.


C

Dormiu o sono dos justos. Observe os exemplos a seguir:


o

A apostila de Português está completa.


dr

Um verbo: Uma oração = período simples


Pe

Como diferenciar objeto direto de sujeito?


Já começaram os jogos da seleção. (sujeito) Português e Matemática são disciplinas essen-
Ignoraram os jogos da seleção. (objeto direto) ciais para ser aprovado em concursos.
O objeto direto pode ser passado para a voz passi- Dois verbos: duas orações = período composto
va analítica e se transforma em sujeito. O período composto é formado por duas ou mais
Os jogos da seleção foram ignorados. orações. Num parágrafo, podem aparecer misturado
períodos simples e período compostos.
z Objeto indireto: é complemento verbal regido de
preposição obrigatória, que se liga diretamente a
verbos transitivos indiretos e diretos. Representa PERÍODO SIMPLES PERÍODO COMPOSTO
o ser beneficiado ou o alvo de uma ação.
O povo levantou-se cedo
Ex.: Por favor, entregue a carta ao proprietário da Era dia de eleição
para evitar aglomeração
casa 260.
Gosto de ti, meu nobre.
Não troque o certo pelo duvidoso. Para não esquecer:
Vamos insistir em promover o novo romance de Período simples é aquele formado por uma só
40 ficção. oração.
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Período composto é aquele formado por duas ou z Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou
mais orações. se excluem.
Classifica-se nas seguintes categorias: Conjunções constitutivas: (ou), (ou ... ou), (ora ...
ora), (que ... quer), (seja ... seja), (já ... já), (talvez
z Por coordenação: orações coordenadas assindéticas; ... talvez).
Ex.: Ora responde, ora fica calado.
„ Orações coordenadas sindéticas: aditivas, adver- Você quer suco de laranja ou refrigerante?
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica
sativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
sobre um raciocínio.
Conjunções constitutivas: logo, portanto, por con-
z Por subordinação: seguinte, pois isso, pois (o “pois” sem ser no início
de frase).
„ Orações subordinadas substantivas: subjeti- Ex.: Estou recuperada, portanto viajarei próxima
vas, objetivas diretas, objetivas indiretas, com- semana.
pletivas nominais, predicativas, apositivas; “Era domingo; eu nada tinha, pois, a fazer.” (Paulo
„ Orações subordinadas adjetivas: restritivas, Mendes Campos);
explicativas; z Explicativas: justificam uma opinião ou ordem
„ Orações subordinadas adverbiais: causais, expressa. Conjunções constitutivas: que, porque,
comparativas, concessivas, condicionais, con- porquanto, pois.
formativas, consecutivas, finais, proporcionais, Ex.: Vamos dormir, que é tarde. (o “que” equivale
temporais. a “pois”)
Vamos almoçar de novo porque ainda estamos
z Por coordenação e subordinação: orações for- com fome.
madas por períodos mistos;
z Orações reduzidas: de gerúndio e de infinitivo. PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO Formado por orações sintaticamente dependentes,


considerando a função sintática em relação a um ver-
bo, nome ou pronome de outra oração.
As orações são sintaticamente independentes. Isso Tipos de orações subordinadas:
significa que uma não possui relação sintática com
verbos, nomes ou pronomes das demais orações no z Substantivas;
período. z Adjetivas;
Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” z Adverbiais.
(Fernando Pessoa)
Oração coordenada 1: Deus quer Orações Subordinadas Substantivas
Oração coordenada 2: o homem sonha
Oração coordenada 3: a obra nasce. São classificadas nas seguintes categorias:
Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da
sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis) z Orações subordinadas substantivas conectivas:
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho são introduzidas pelas conjunções subordinativas
00

Oração coordenada assindética: colei o ouvido à integrantes que e se.


5-

porta da sala de Damasceno Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de


21

Oração coordenada sindética: mas nada ouvi impostos.


.

Conjunção adversativa: mas nada Não sei se poderei sair hoje à noite;
70

z Orações subordinadas substantivas justapos-


.4

tas: introduzidas por advérbios ou pronomes


49

Orações Coordenadas Sindéticas


interrogativos (onde, como, quando, quanto,
-0

As orações coordenadas podem aparecer ligadas quem etc.);


ar

às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra- z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
és

vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome roubadas.


C

Não sei quem lhe disse tamanha mentira;


sindética. Veremos agora cada uma delas:
o

z Orações subordinadas substantivas reduzidas:


dr

não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica


Pe

z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou no infinitivo.


simultaneidade. Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras;
Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam- z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
bém, mas ainda, bem como, como também, se- exercem a função de sujeito. O verbo da oração
LÍNGUA PORTUGUESA

não também, que (= e). principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos. ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
Os convidados não compareceram nem explica- rir a nenhum termo na oração.
ram o motivo; Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)
Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con- cional) (or. sub. subst. subje.);
traste ou ressalva em relação ao fato anterior. z Orações subordinadas substantivas objetivas
Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, diretas: exercem a função de objeto direto de um
contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
tante, ao passo que, apesar disso, em todo caso. reto da oração principal.
Ex.: Ele é rico, mas não paga as dívidas. Ex.: Desejo o seu regresso. (OD)
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a Desejo que você regresse. (OD oracional) (or. sub.
morte.” (Laurindo Rabelo); subst. obj. dir.); 41
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z Orações subordinadas substantivas completi- � Orações subordinadas adverbiais causais: são
vas nominais: exercem a função de complemento introduzidas por: como, já que, uma vez que, por-
nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio que, visto que etc.
da oração principal. Ex.: Caminhamos o restante do caminho a pé por-
Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple- que ficamos sem gasolina;
mento nominal) � Orações subordinadas adverbiais comparati-
Tenho necessidade de que você me apoie. (com- vas: são introduzidas por: como, assim como, tal
plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com- qual, como, mais etc.
pl. nom.); Ex.: A cerveja nacional é menos concentrada (do)
z Orações subordinadas substantivas predicati- que a importada;
vas: funcionam como predicativos do sujeito da � Orações subordinadas adverbiais concessivas:
oração principal. Sempre figuram após o verbo de
indica certo obstáculo em relação ao fato expres-
ligação ser.
so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São
Ex.: Meu desejo é a sua felicidade. (predicativo do
introduzidas por: embora, ainda que, mesmo que,
sujeito)
por mais que, se bem que etc.
Meu desejo é que você seja feliz. (predicativo do
sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.); Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã;
z Orações subordinadas substantivas apositivas: � Orações subordinadas adverbiais condicionais:
funcionam como aposto. Geralmente vêm depois são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se,
de dois-pontos ou entre vírgulas. contanto que, a menos que etc.
Ex.: Só quero uma coisa: a sua volta imediata. Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para
(aposto) tal;
Só quero uma coisa: que você volte imediata- � Orações subordinadas adverbiais conformati-
mente. (aposto oracional) (or. sub. aposi.); vas: são introduzidas por: como, conforme, segun-
do, consoante.
Orações Subordinadas Adjetivas Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos;
� Orações subordinadas adverbiais consecutivas:
Desempenham função de adjetivo (adjunto adno- são introduzidas por: que (precedido na oração
minal ou, mais raramente, aposto explicativo). São anterior de termos intensivos como tão, tanto,
introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, a tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma
qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas etc.) que, sem que.
As orações subordinadas adjetivas classificam-se em: Ex.: A garota riu tanto, que se engasgou;
explicativas e restritivas. “Achei as rosas mais belas do que nunca, e tão per-
fumadas que me estontearam.” (Cecília Meireles);
z Orações subordinadas adjetivas explicativas: � Orações subordinadas adverbiais finais: indi-
não limitam o termo antecedente, e sim acrescen- cam um objetivo a ser alcançado. São introduzidas
tam uma explicação sobre o termo antecedente. por: para que, a fim de que, porque e que (= para
São consideradas termo acessório no período, que)
podendo ser suprimidas. Sempre aparecem isola- Ex.: O pai sempre trabalhou para que os filhos
das por vírgulas. tivessem bom estudo;
00

Ex.: Minha mãe, que é apaixonada por bichos, � Orações subordinadas adverbiais proporcio-
cria trinta gatos;
5-

nais: são introduzidas por: à medida que, à pro-


21

z Orações subordinadas adjetivas restritivas:


porção que, quanto mais, quanto menos etc.
especificam ou limitam a significação do termo
.
70

Ex.: Quanto mais ouço essa música, mas a


antecedente, acrescentando-lhe um elemento
.4

aprecio;
indispensável ao sentido. Não são isoladas por
49

� Orações subordinadas adverbiais temporais:


vírgulas.
-0

Ex.: A doença que surgiu recentemente ainda é são introduzidas por: quando, enquanto, logo que,
depois que, assim que, sempre que, cada vez que,
ar

incurável;
agora que etc.
és

Ex.: Assim que você sair, feche a porta, por favor.


C

Dica
o
dr

Como diferenciar as orações subordinadas adje- Para separar as orações de um período composto, é
Pe

tivas restritivas das orações subordinadas adje- necessário atentar-se para dois elementos fundamen-
tivas explicativas? tais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos
Ele visitará o irmão que mora em Recife. (conjunções ou pronomes relativos). Após assinalar
(restritiva, pois ele tem mais de um irmão e vai esses elementos, deve-se contar quantas orações ele
visitar apenas o que mora em Recife) representa, a partir da quantidade de verbos ou locu-
Ele visitará o irmão, que mora em Recife. ções verbais. Exs.:
(explicativa, pois ele tem apenas um irmão que [“A recordação de uns simples olhos basta] – 1ª
mora em Recife) oração
[para fixar outros] – 2ª oração
Orações Subordinadas Adverbiais [que os rodeiam] – 3ª oração
[e se deleitem com a imaginação deles]. – 4ª ora-
Exprimem uma circunstância relativa a um fato ção (M. de Assis)
expresso em outra oração. Têm função de adjunto Nesse período, a 2ª oração subordina-se ao verbo
adverbial. São introduzidas por conjunções subor- basta, pertencente à 1ª (oração principal).
dinativas (exceto as integrantes) e se enquadram nos A 3ª e a 4ª são orações coordenadas entre si, porém
42 seguintes grupos: ambas dependentes do pronome outros, da 2ª oração.
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Orações Reduzidas � Adverbiais: Ex.: Aceitas as condições, não have-
ria problemas. (condicional)
z Apresentam o mesmo verbo em uma das formas Dada a notícia da herança, as brigas começaram.
nominais (gerúndio, particípio e infinitivo); (causal/temporal)
z As que são substantivas e adverbiais: nunca são Comprada a casa, a família se mudou logo.
iniciadas por conjunções; (temporal).
z As que são adjetivas: nunca podem ser iniciadas
por pronomes relativos; O particípio concorda em gênero e número com os
z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses termos referentes.
conectivos; Essas orações reduzidas adverbiais são bem fre-
z Podem ser iniciadas por preposição ou locução quentes em provas de concurso.
prepositiva.
Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante. Períodos Mistos
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
conjunção. São períodos que apresentam estruturas oracio-
Ex.: Quando terminou a prova, fomos ao restau- nais de coordenação e subordinação.
rante. (desenvolvida). Assim, às vezes aparecem orações coordenadas
O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção. dentro de um conjunto de orações que são subordina-
das a uma oração principal.
Orações Reduzidas de Infinitivo
1ª oração 2ª oração 3ª oração
Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente. O homem entrou na que todos
e pediu
sala calassem.
z Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (O.
verbo verbo verbo
S. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo)
Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva
direta reduzida de infinitivo) 1ª oração: oração coordenada assindética.
A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva 2ª oração: oração coordenada sindética aditiva em
predicativa reduzida de infinitivo) relação à 1ª oração e principal em relação à 3ª oração.
Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva 3ª oração: coordenada substantiva objetiva direta
completiva nominal reduzida de infinitivo) em relação à 2ª oração.
Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S. Resumindo: período composto por coordenação e
substantiva apositiva reduzida de infinitivo); subordinação.
z Adjetivas: Ex.: João não é homem de meter os pés As orações subordinadas são coordenadas entre si,
pelas mãos. ligadas ou não por conjunção.
O meu manual para fazer bolos certamente vai
agradar a todos; z Orações subordinadas substantivas coordena-
z Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado, das entre si
00

continua jogando bola. Ex.: Espero que você não me culpe, que não culpe
meus pais, nem que culpe meus parentes.
5-

Sem estudar, não passarão.


21

Oração principal: Espero.


Ele passou mal, de tanto comer doces.
Oração coordenada 1: que você não me culpe.
.
70

Oração coordenada 2: que não culpe meus pais.


.4

Orações Reduzidas de Gerúndio


Oração coordenada 3: nem que culpe meus
49

parentes.
-0

Podem ser coordenadas aditivas, substantivas apo-


sitivas, adjetivas, adverbiais.
ar
és

Importante!
z Coordenada aditiva: Ex.: Pagou a conta, ficando
C

livre dos juros; O segredo para classificar as orações é per-


o
dr

z Substantiva apositiva: Ex.: Não mais se vê amigo ceber os conectivos (conjunções e pronomes
Pe

ajudando um ao outro. (subjetiva) relativos).


z Agora ouvimos artistas cantando no shopping.
(objetiva direta);
z Adjetiva: Ex.: Criança pedindo esmola dói o � Orações subordinadas adjetivas coordenadas
LÍNGUA PORTUGUESA

coração; entre si
z Adverbial: Ex.: Temendo a reação do pai, não Ex.: A mulher que é compreensiva, mas que é
contou a verdade. cautelosa, não faz tudo sozinha.
Oração subordinada adjetiva 1: que é compreensiva
Orações Reduzidas de Particípio Oração subordinada adjetiva 2: mas que é
cautelosa;
Podem ser adjetivas ou adverbiais. � Orações subordinadas adverbiais coordenadas
entre si
� Adjetiva: Ex.: A notícia divulgada pela mídia era Ex.: Não só quando estou presente, mas também
falsa. quando não estou, sou discriminado.
Nosso planeta, ameaçado constantemente por Oração subordinada adverbial 1: quando estou
nós mesmos, ainda resiste; presente 43
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Oração subordinada adverbial 2: quando não � Entre o verbo e seu complemento, ou mesmo pre-
estou; dicativo do sujeito:
� Orações coordenadas ou subordinadas no mes- Ex.: Os alunos ficaram, satisfeitos com a explica-
mo período ção. (errado)
Ex.: Presume-se que as penitenciárias cumpram Os alunos precisam de, que os professores os aju-
seu papel, no entanto a realidade não é assim. dem. (errado)
Oração principal: Presume-se Os alunos entenderam, toda aquela explicação.
Oração subordinada subjetiva da principal: as (errado);
penitenciárias cumpram seu papel � Entre um substantivo e seu complemento nominal
Oração coordenada sindética adversativa da ante- ou adjunto adnominal:
rior: no entanto a realidade não é assim. Ex.: A manutenção, daquele professor foi exigida
pelos alunos. (errado);
� Entre locução verbal de voz passiva e agente da
passiva:
Ex.: Todos os alunos foram convidados, por aquele
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO professor para a feira. (errado);
� Entre o objeto e o predicativo do objeto:
Um tópico que gera dúvidas é a pontuação. Vere-
Ex.: Considero suas aulas, interessantes. (errado)
mos a seguir as regras sobre seus usos.
Considero interessantes, as suas aulas. (errado).
USO DE VÍRGULA
USO DE PONTO E VÍRGULA
A vírgula é um sinal de pontuação que exerce três
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
funções básicas: marcar as pausas e as inflexões da
e vírgula (;):
voz na leitura; enfatizar e/ou separar expressões e
orações; e esclarecer o significado da frase, afastando
� Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas:
qualquer ambiguidade.
Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu,
Quando se trata de separar termos de uma mesma
ficou triste;
oração, deve-se usar a vírgula nos seguintes casos:
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas:
Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan-
� Para separar os termos de mesma função:
to, exausto;
Ex.: Comprei livro, caderno, lápis, caneta;
� No lugar do e seguido de elipse do verbo (=
z Usa-se a vírgula para separar os elementos de
zeugma):
enumeração:
Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o
Ex.: Pontes, edifícios, caminhões, árvores... tudo foi
ouvinte.
arrastado pelo tsunami;
Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
� Para indicar a elipse (omissão de uma palavra que
sorvete;
já apareceu na frase) do verbo:
� Em enumerações, portarias, sequências:
Ex.: Comprei melancia na feira; ele, abacate.
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal:
Ela prefere filmes de ficção científica; o namorado,
00

O Procurador-Geral da República;
filmes de terror;
5-

O Colégio de Procuradores da República;


� Para separar palavras ou locuções explicativas,
21

O Conselho Superior do Ministério Público Federal.


retificativas:
.
70

Ex.: Ela completou quinze primaveras, ou seja, 15


.4

DOIS-PONTOS
anos;
49

� Para separar datas e nomes de lugar:


-0

Marcam uma supressão de voz em frase que ainda


Ex.: Belo Horizonte, 15 de abril de 1985;
não foi concluída. Servem para:
ar

� Para separar as conjunções coordenativas, exceto


és

e, nem, ou: � Introduzir uma citação (discurso direto):


C

Ex.: Treinou muito, portanto se saiu bem. Ex.: Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um
o
dr

homem mais pelas suas perguntas que pelas suas


Pe

A vírgula também é facultativa quando o termo respostas”;


que exprime ideia de tempo, modo e lugar não for � Introduzir um aposto explicativo, enumerativo,
uma locução adverbial, mas um advérbio. Exemplos: distributivo ou uma oração subordinada substan-
Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar. tiva apositiva:
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço Ex.: Em nosso meio, há bons profissionais: profes-
em casa. sores, jornalistas, médicos;
Ontem choveu o esperado para o mês todo. / � Introduzir uma explicação ou enumeração após
Ontem, choveu o esperado para o mês todo. expressões como por exemplo, isto é, ou seja, a
saber, como:
Não se Usa Vírgula nas Seguintes Situações Ex.: Adquirimos vários saberes, como: Linguagens,
Filosofia, Ciências...;
� Entre o sujeito e o verbo: z Marcar uma pausa entre orações coordenadas
Ex.: Todos os alunos daquele professor, entende- (relação semântica de oposição, explicação/causa
ram a explicação. (errado) ou consequência):
Muitas coisas que quebraram meu coração, con- Ex.: Já leu muitos livros: pode-se dizer que é um
44 sertaram minha visão. (errado); homem culto.
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Precisamos ousar na vida: devemos fazê-lo com PONTO DE EXCLAMAÇÃO
cautela;
� Marcar invocação em correspondências: � É empregado para marcar o fim de uma frase com
Ex.: Prezados senhores: entonação exclamativa:
Comunico, por meio deste, que... Ex.: Que linda mulher!
Coitada dessa criança!;
TRAVESSÃO � Aparece após uma interjeição:
Ex.: Nossa! Isso é fantástico;
� Usado em discursos diretos, indica a mudança de � Usado para substituir vírgulas em vocativos
discurso de interlocutor: Ex.: enfáticos:
— Bom dia, Maria! Ex.: “Fernando José! onde estava até esta hora?”;
— Bom dia, Pedro!; � É repetido duas ou mais vezes quando se quer
� Serve também para colocar em relevo certas marcar uma ênfase:
expressões, orações ou termos. Pode ser subs- Ex.: Inacreditável!!! Atravessou a piscina de 50
tituído por vírgula, dois-pontos, parênteses ou metros em 20 segundos!!!
colchetes:
Ex.: Os professores ― amigos meus do curso cario- RETICÊNCIAS
ca ― vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
Meninos ― pediu ela ―, vão lavar as mãos, que São usadas para:
vamos jantar. (oração intercalada)
Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui- � Assinalar interrupção do pensamento:
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”.
Ex.: ― Estou ciente de que...
― Pode dizer...;
PARÊNTESES � Indicar partes suprimidas de um texto:
Ex.: Na hora em que entrou no quarto ... e depois
Têm função semelhante à dos travessões e das desceu as escadas apressadamente. (Também pode
vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter- ser usado: Na hora em que entrou no quarto [...] e
mos, expressões ou orações. depois desceu as escadas apressadamente.);
Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
� Para sugerir prolongamento da fala:
vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
Ex.: ― O que vocês vão fazer nas férias?
Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
― Ah, muitas coisas: dormir, nadar, pedalar...;
jantar. (oração intercalada)
� Para indicar hesitação:
Ex.: ― Eu não a beijava porque... porque... tinha
PONTO-FINAL
vergonha;
� Para realçar uma palavra ou expressão, normal-
É o sinal que denota maior pausa. Usa-se: mente com outras intenções:
Ex.: ― Ela é linda...! Você nem sabe como...!
� Para indicar o fim de oração absoluta ou de
período.
USO DAS ASPAS
Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.”
00

Carlos Drummond de Andrade;


São usadas em citações ou em algum termo que
5-

� Nas abreviaturas
precisa ser destacado no texto. Podem ser substituí-
21

Ex.: apart. ou apto. = apartamento.


das por itálico ou negrito, que têm a mesma função
.
70

sec. = secretário.
a.C. = antes de Cristo. de destaque.
.4

Usam-se nos seguintes casos:


49
-0

Dica � Antes e depois de citações:


ar

Símbolos do sistema métrico decimal e elemen- Ex.: “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”,
és

tos químicos não vêm com ponto final: afirma Dad Squarisi, 64;
C

Exemplos: km, m, cm, He, K, C � Para marcar estrangeirismos, neologismos, arcaís-


o

mos, gírias e expressões populares ou vulgares,


dr

PONTO DE INTERROGAÇÃO conotativas:


Pe

Ex.: O homem, “ledo” de paixão, não teve a fortuna


Marca uma entonação ascendente (elevação da que desejava.
voz) em tom questionador. Usa-se: Não gosto de “pavonismos”.
LÍNGUA PORTUGUESA

Dê um “up” no seu visual;


� Em frase interrogativa direta: � Para realçar uma palavra ou expressão imprópria,
Ex.: O que você faria se só lhe restasse um dia?; às vezes com ironia ou malícia:
� Entre parênteses para indicar incerteza: Ex.: Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão.
Ex.: Eu disse a palavra peremptório (?), mas acho Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não”
que havia palavra melhor no contexto; sonoro;
� Junto com o ponto de exclamação, para denotar � Para citar nomes de mídias, livros etc.:
surpresa: Ex.: Ouvi a notícia do “Jornal Nacional”.
Ex.: Não conseguiu chegar ao local de prova?! (ou
!?); COLCHETES
� E interrogações retóricas:
Ex.: Jogaremos comida fora à toa? (Ou seja: “Claro Representam uma variante dos parênteses, porém
que não jogaremos comida fora à toa”). têm uso mais restrito. 45
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Usam-se nos seguintes casos: � Na escrita abreviada, para indicar que a palavra
não foi escrita na sua totalidade:
� Para incluir num texto uma observação de nature- Ex.: a/c = aos cuidados de;
za elucidativa: s/ = sem;
Ex.: É de Stanislaw Ponte Preta [pseudônimo de � Para separar o numerador do denominador nos
Sérgio Porto] a obra “Rosamundo e os outros”; números fracionários, substituindo a barra da
� Para isolar o termo latino sic (que significa “assim”), fração:
a fim de indicar que, por mais estranho ou errado Ex.: 1/3 = um terço;
que pareça, o texto original é assim mesmo: � Nas datas:
Ex.: “Era peior [sic] do que fazer-me esbirro aluga-
Ex.: 31/03/1983
do.” (Machado de Assis);
� Nos números de telefone:
� Para indicar os sons da fala, quando se estuda
Fonologia: Ex.: 225 03 50/51/52;
Ex.: mel: [mɛw]; bem: [bẽy]; � Nos endereços:
� Para suprimir parte de um texto (assim como Ex.: Rua do Limoeiro, 165/232;
parênteses): � Na indicação de dois anos consecutivos:
Ex.: Na hora em que entrou no quarto [...] e depois Ex.: O evento de 2012/2013 foi um sucesso;
desceu as escadas apressadamente. � Para indicar fonemas, ou seja, os sons da língua:
Na hora em que entrou no quarto [...] e depois des- Ex.: /s/.
ceu as escadas apressadamente (caso não preferí-
vel segundo as normas da ABNT). Embora não existam regras muito definidas sobre
a existência de espaços antes e depois da barra oblí-
ASTERISCO qua, privilegia-se o seu uso sem espaços: plural/singu-
lar, masculino/feminino, sinônimo/antônimo.
� É colocado à direita e no canto superior de uma
palavra do trecho para se fazer uma citação ou
comentário qualquer sobre o termo em uma nota
de rodapé:
Ex.: A palavra tristeza é formada pelo adjetivo CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL
triste acrescido do sufixo -eza*.
*-eza é um sufixo nominal justaposto a um adjeti- Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
vo, o que origina um novo substantivo; umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
� Quando repetido três vezes, indica uma omissão cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
ou lacuna em um texto, principalmente em substi- Observe o exemplo:
tuição a um substantivo próprio: A pequena garota andava sozinha pela cidade.
Ex.: O menor *** foi apreendido e depois encami- A: Artigo, feminino, singular;
nhado aos responsáveis; Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
� Quando colocado antes e no alto da palavra, repre- Garota: Substantivo, feminino, singular.
senta o vocábulo como uma forma hipotética, isto Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos
é, cuja existência é provável, mas não comprovada:
adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o
Ex.: Parecer, do latim *parescere;
00

número (singular) do substantivo.


� Antes de uma frase para indicar que ela é agrama-
5-

tical, ou seja, uma frase que não respeita as regras Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân-
21

da gramática. cia: verbal e nominal.


.
70

* Edifício elaborou projeto o engenheiro.


CONCORDÂNCIA VERBAL
.4
49

USO DA BARRA
-0

É a adaptação em número – singular ou plural –


A barra oblíqua [ / ] é um sinal gráfico usado: e pessoa que ocorre entre o verbo e seu respectivo
ar

sujeito.
és

� Para indicar disjunção e exclusão, podendo ser Ex.: De todos os povos mais plurais culturalmen-
C

substituída pela conjunção “ou”: te, o Brasil, mesmo diante de opiniões contrárias, as
o
dr

Ex.: Poderemos optar por: carne/peixe/dieta. quais insistem em desmentir que nosso país é cheio
Pe

Poderemos optar por: carne, peixe ou dieta; de ‘brasis’ – digamos assim –, ganha disparando dos
� Para indicar inclusão, quando utilizada na separa- outros, pois houve influências de todos os povos aqui:
ção das conjunções e/ou: europeus, asiáticos e africanos.
Ex.: Os alunos poderão apresentar trabalhos orais Esse período, apesar de extenso, constitui-se de
e/ou escritos; um sujeito simples “o Brasil”, portanto o verbo cor-
� Para indicar itens que possuem algum tipo de rela- respondente a esse sujeito, “ganha”, necessita ficar no
ção entre si:
singular.
Ex.: A palavra será classificada quanto ao número
Destrinchando o período, temos que os termos
(plural/singular).
essenciais da oração (sujeito e predicado) são apenas
O carro atingiu os 220 km/h;
� Para separar os versos de poesias, quando escritos “[...] o Brasil [...]” – sujeito – e “[...] ganha [...]” – predi-
seguidamente na mesma linha. São utilizadas duas cado verbal.
barras para indicar a separação das estrofes: Veja um caso de uso de verbo bitransitivo:
Ex.: “[…] De tanto olhar para longe,/não vejo o que Ex.: Prefiro natação a futebol.
passa perto,/meu peito é puro deserto./Subo mon- Verbo bitransitivo: Prefiro
te, desço monte.//Eu ando sozinha/ao longo da noi- Objeto direto: natação
46 te./Mas a estrela é minha.” Cecília Meireles; Objeto indireto: a futebol
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Concordância Verbal com o Sujeito Simples z Quando o sujeito é formado por um número per-
centual ou fracionário, o verbo concorda com o
Em regra geral, o verbo concorda com o núcleo do numerado ou com o número inteiro, mas pode
sujeito. concordar com o especificador dele. Se o numeral
Ex.: Os jogadores de futebol ganham um salário vier precedido de um determinante, o verbo con-
exorbitante. cordará apenas com o numeral. Ex.: Apenas 1/3
Diferentes situações: das pessoas do mundo sabe o que é viver bem.

Apenas 1/3 das pessoas do mundo sabem o que é


z Quando o núcleo do sujeito for uma palavra de
viver bem.
sentido coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A
Apenas 30% do povo sabe o que é viver bem.
multidão gritou entusiasmada;
Apenas 30% do povo sabem o que é viver bem.
z Quando o sujeito é o pronome relativo que, o Os 30% da população não sabem o que é viver mal.
verbo posterior ao pronome relativo concorda Os verbos bater, dar e soar concordam com o número
com o antecedente do relativo. Ex.: Quais os limi- de horas ou vezes, exceto se o sujeito for a palavra
tes do Brasil que se situam mais próximos do relógio. Ex.: Deram duas horas, e ela não chegou
Meridiano?; (Duas horas deram...).
z Quando o sujeito é o pronome indefinido quem, o Bateu o sino duas vezes (O sino bateu).
verbo fica na 3ª pessoa do singular. Ex.: Fomos nós Soaram dez badaladas no relógio da sala (Dez
quem resolveu a questão; badaladas soaram).
Soou dez badaladas o relógio da escola (O relógio
Por questão de ênfase, o verbo pode também con- da escola soou dez badaladas).
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos z Quando o sujeito está em voz passiva sintética, o
nós quem resolvemos a questão. verbo concorda com o sujeito paciente. Ex.: Ven-
dem-se casas de veraneio aqui.
z Quando o sujeito é um pronome interrogativo, Nunca se viu, em parte alguma, pessoa tão
interessada;
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós /
z Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
de vós, o verbo pode concordar com o pronome no
verbo fica sempre na 3ª pessoa. Ex.: Por que Vossa
plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol-
Majestade está preocupada?
viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos Suas Excelências precisam de algo?
essa questão; z Sujeito do verbo viver em orações optativas ou
z Quando o sujeito é formado por palavras plurali- exclamativas. Ex.: Vivam os campeões!
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou- Concordância Verbal com o Sujeito Composto
ver artigo definido antes de uma palavra plura-
lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse � Núcleos do sujeito constituídos de pessoas grama-
artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados ticais diferentes
Unidos continuam uma potência. Ex.: Eu e ele nos tornamos bons amigos;
00

z Estados Unidos continua uma potência. � Núcleos do sujeito ligados pela preposição com
5-

z Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida- Ex.: O ministro, com seus assessores, chegou/che-
21

de de Santos fica em São Paulo.”) garam ontem;


.
70

� Núcleos do sujeito acompanhados da palavra cada


.4

ou nenhum
49

Importante! Ex.: Cada jogador, cada time, cada um deve man-


-0

ter o espírito esportivo;


Quando se aplica a nomes de obras artísticas, o � Núcleos do sujeito sendo sinônimos e estando no
ar
és

verbo fica no singular ou no plural. singular


Ex.: A angústia e a ansiedade não o ajudava/aju-
C

Os Lusíadas imortalizou / imortalizaram


davam (preferencialmente no singular);
o

Camões.
dr

� Gradação entre os núcleos do sujeito


Pe

Ex.: Seu cheiro, seu toque bastou/bastaram para


z Quando o sujeito é formado pelas expressões mais me acalmar (preferencialmente no singular);
de um, cerca de, perto de, menos de, coisa de, � Núcleos do sujeito no infinitivo
Ex.: Andar e nadar faz bem à saúde;
LÍNGUA PORTUGUESA

obra de etc., o verbo concorda com o numeral. Ex.:


Mais de um aluno compareceu à aula. � Núcleos do sujeito resumidos por um aposto resu-
mitivo (nada, tudo, ninguém)
Mais de cinco alunos compareceram à aula.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, nada disso o comoveu;
� Sujeito constituído pelas expressões um e outro,
A expressão mais de um tem particularidades:
nem um nem outro
se a frase indica reciprocidade (pronome reflexivo
Ex.: Um e outro já veio/vieram aqui;
recíproco se), se houver coletivo especificado ou se � Núcleos do sujeito ligados por nem... nem
a expressão vier repetida, o verbo fica no plural. Ex.: Ex.: Nem a televisão nem a internet desviarão meu
Mais de um irmão se abraçaram. foco nos estudos;
Mais de um grupo de crianças veio/vieram à festa. � Entre os núcleos do sujeito, aparecem as palavras
Mais de um aluno, mais de um professor esta- como, menos, inclusive, exceto ou as expressões
vam presentes. bem como, assim como, tanto quanto 47
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Ex.: O Vasco ou o Corinthians ganhará o jogo na Até me encontrarem, vocês terão de procurar
final; muito. (preposição no início da oração)
z Núcleos do sujeito ligados pelas séries correlativas Para nós nos precavermos, precisaremos de luz.
aditivas enfáticas (tanto... quanto / como / assim (verbos pronominais)
como; não só... mas também etc.) Visto serem dez horas, deixei o local. (verbo ser
Ex.: Tanto ela quanto ele mantém/mantêm sua indicando tempo)
popularidade em alta; Estudo para me considerarem capaz de aprova-
z Quando dois ou mais adjuntos modificam um úni- ção. (pretensão de indeterminar o sujeito)
co núcleo, o verbo fica no singular concordando Para vocês terem adquirido esse conhecimento,
com o núcleo único. Mas, se houver determinante foi muito tempo de estudo. (infinitivo pessoal com-
após a conjunção, o verbo fica no plural, pois aí o posto: locução verbal de verbo auxiliar + verbo no
sujeito passa a ser composto. particípio);
Ex.: O preço dos alimentos e dos combustíveis z Exemplos com verbos no infinitivo impessoal:
aumentou. Ou: O preço dos alimentos e o dos Devo continuar trabalhando nesse projeto. (locu-
combustíveis aumentaram. ção verbal)
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono
Concordância Verbal do Verbo Ser sendo sujeito do infinitivo).

� Concorda com o sujeito Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo


Ex.: Nós somos unha e carne; no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o
� Concorda com o sujeito (pessoa) impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”.
Ex.: Os meninos foram ao supermercado; Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo
� Em predicados nominais, quando o sujeito for com valor genérico)
representado por um dos pronomes tudo, nada, São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece-
isto, isso, aquilo ou “coisas”, o verbo ser concor- dido de preposição de ou para)
Soldados, recuar! (infinitivo com valor de
dará com o predicativo (preferencialmente) ou
imperativo)
com o sujeito
Ex.: No início, tudo é/são flores;
� Concordância do verbo parecer
� Concorda com o predicativo quando o sujeito for
Flexiona-se ou não o infinitivo.
que ou quem
Pareceu-me estarem os candidatos confiantes. (o
Ex.: Quem foram os classificados?
equivalente a “Pareceu-me que os candidatos esta-
� Em indicações de horas, datas, tempo, distância
vam confiantes”, portanto, o infinitivo é flexiona-
(predicativo), o verbo concorda com o predicativo
do de acordo com o sujeito, no plural)
Ex.: São nove horas.
Eles parecem estudar bastante. (locução verbal,
É frio aqui.
logo o infinitivo será impessoal);
Seria meio-dia e meia ou seriam doze horas?
� Concordância dos verbos impessoais
� O verbo fica no singular quando precede termos
São os casos de oração sem sujeito. O verbo fica
como muito, pouco, nada, tudo, bastante, mais,
sempre na 3ª pessoa do singular.
menos etc. junto a especificações de preço, peso, Ex.: Havia sérios problemas na cidade.
00

quantidade, distância, e também quando seguido Fazia quinze anos que ele havia se formado.
5-

do pronome o Deve haver sérios problemas na cidade. (verbo


21

Ex.: Cem metros é muito para uma criança. auxiliar fica no singular)
.
70

Divertimentos é o que não lhe falta. Trata-se de problemas psicológicos.


.4

Dez reais é nada diante do que foi gasto; Geou muitas horas no sul;
49

� Na expressão expletiva “é que”, se o sujeito da ora- � Concordância com sujeito oracional


-0

ção não aparecer entre o verbo ser e o que, o ser Quando o sujeito é uma oração subordinada, o
ficará invariável. Se o ser vier separado do que, o
ar

verbo da oração principal fica na 3ª pessoa do


verbo concordará com o termo não preposiciona-
és

singular.
do entre eles.
C

Ex.: Ainda vale a pena investir nos estudos.


Ex.: Eles é que sempre chegam cedo.
o

Sabe-se que dois alunos nossos foram aprovados.


dr

São eles que sempre chegam cedo. Ficou combinado que sairíamos à tarde.
Pe

É nessas horas que a gente precisa de ajuda. (cons- Urge que você estude.
trução adequada) Era preciso encontrar a verdade
São nessas horas que a gente precisa de ajuda.
(construção inadequada) Casos mais Frequentes em Provas

CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA VERBAL Veja agora uma lista com os casos mais abordados
em concursos:
Concordância do Infinitivo
� Sujeito posposto distanciado
z Exemplos com verbos no infinitivo pessoal: Ex.: Viviam no meio de uma grande floresta tropi-
Nós lutaremos até vós serdes bem tratados. (sujei- cal brasileira seres estranhos;
to esclarecido) � Verbos impessoais (haver e fazer)
Está na hora de começarmos o trabalho. (sujeito Ex.: Faz dois meses que não pratico esporte.
implícito “nós”) Havia problemas no setor.
Falei sobre o desejo de aprontarmos logo o site. Obs.: Existiam problemas no setor. (verbo existir
48 (dois pronomes implícitos: eu, nós) vai ter sujeito “problemas”, e vai ser variável);
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� Verbo na voz passiva sintética Casos com Adjetivos
Ex.: Criaram-se muitas expectativas para a luta;
� Verbo concordando com o antecedente correto z Com função de adjunto adnominal: quando o
do pronome relativo ao qual se liga adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti-
Ex.: Contratei duas pessoas para a empresa, que ver após os substantivos, poderá concordar com
tinham experiência; as somas desses ou com o elemento mais próximo.
� Sujeito coletivo com especificador plural Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. /
Ex.: A multidão de torcedores vibrou/vibraram; Encontrei colégios e faculdades ótimos.
� Sujeito oracional
Ex.: Convém a eles alterar a voz. (verbo no Há casos em que o adjetivo concordará apenas
singular); com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
� Núcleo do sujeito no singular seguido de adjun- tencer somente a este.
to ou complemento no plural Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira.
Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho
atrito. (verbo no singular). Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno-
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con-
Casos Facultativos cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Existem complicadas regras e conceitos.
z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o Quando houver apenas um substantivo qualifica-
estádio; do por dois ou mais adjetivos pode-se:
z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/ Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad-
fizeram rir; jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa,
z Fui eu quem faltou/faltei à aula; francesa e alemã.
z Quais de vós me ajudarão/ajudareis? Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
brasileira; a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a língua inglesa, a francesa e a alemã.
ciência. (1,5% corresponde ao singular);
z Chegaram/Chegou João e Maria; z Com função de predicativo do sujeito
z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram
aqui; Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política com a soma dos elementos.
brasileira; Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
z O problema do sistema é/são os impostos; Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
z Hoje é/são 22 de agosto; jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
a aprovação; quanto com o nome mais próximo.
00

z Deixei os rapazes falar/falarem tudo. Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
5-

vam abandonados a casa e o quintal.


21

Silepse de Número e de Pessoa Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
.
70

to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os


.4

Conhecida também como “concordância irregular, substantivos por um pronome:


49

ideológica ou figurada”. Vejamos os casos: Ex.: Existem conceitos e regras complicados.


-0

(substitui-se por “eles”)


z Silepse de número: usa-se um termo discordando
ar

Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles


és

do número da palavra referente, para concordar existem complicados”.


C

com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem Como o adjetivo desapareceu com a substituição,
o

vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali- então é um adjunto adnominal.
dr

dade: todas as flores);


Pe

z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do z Com função de predicativo do objeto


processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu-
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
LÍNGUA PORTUGUESA

diversas etnias, somos multiculturais. tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
dância com o termo mais próximo.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.
Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e
Define-se como a adaptação em gênero e número seus subordinados.
que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes, Algumas Convenções
adjetivos, numerais).
O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em � Obrigado / próprio / mesmo
gênero e número com o nome a que se referem. Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”.
Ex.: Parede alta. / Paredes altas. A própria enfermeira virá para o debate.
Muro alto. / Muros altos. Elas mesmas conversaram conosco. 49
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Dica Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos
com o estabelecimento aberto no final de semana.)
O termo mesmo no sentido de “realmente” será Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi-
invariável. leiros, estamos esperançosos.);
Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação. � Possível
Concordará com o artigo, em gênero e número, em
z Só / sós frases enfáticas com o “mais”, o “menos”, o “pior”.
Variáveis quando significarem “sozinho” / “sozinhos”. Ex.: Conheci crianças o mais belas possíveis. /
Invariáveis quando significarem “apenas, somente”. Conheci crianças as mais belas possíveis.
Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
apenas queriam ficar sozinhas.)
A locução “a sós” é invariável.
Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
ficar a sós;
Regência é a maneira como o nome ou o verbo se
� Quite / anexo / incluso
relacionam com seus complementos, com ou sem pre-
Concordam com os elementos a que se referem.
posição. Quando um nome (substantivo, adjetivo ou
Ex.: Estamos quites com o banco.
advérbio) exige complemento preposicionado, esse
Seguem anexas as certidões negativas.
nome é um termo regente, e seu complemento é um
Inclusos, enviamos os documentos solicitados;
termo regido, pois há uma relação de dependência
� Meio
entre o nome e seu complemento.
Quando significar “metade”: concordará com o O nome exige um complemento nominal sempre
elemento referente. iniciado por preposição, exceto se o complemento
Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa. vier em forma de pronome oblíquo átono.
Quando significar “um pouco”: será invariável. Ex.: Os discípulos daquele mestre sempre lhe
Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora); foram leais.
� Grama Observação: Complemento de “lhe”: predicativo
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- do sujeito (desprovido de preposição)
do significar unidade de medida, é masculino. Pronome oblíquo átono: lhe
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. Foram leais: complemento de “lhe”, predicativo do
“A grama do vizinho sempre é mais verde.”; sujeito (desprovido de preposição).
� É proibido entrada / É proibida a entrada
Se o sujeito vier determinado, a concordância do REGÊNCIA VERBAL
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- Relação de dependência entre um verbo e seu
rão com o determinante. complemento. As relações podem ser diretas ou indi-
Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami- retas, isto é, com ou sem preposição.
nhada está boa. Há verbos que admitem mais de uma regência sem
É proibido entrada de crianças. / É proibida a que o sentido seja alterado.
entrada de crianças. Ex.: Aquela moça não esquecia os favores
Pimenta é bom? / A pimenta é boa?;
00

recebidos.
� Menos / pseudo
5-

V. T. D: esquecia
São invariáveis.
21

Objeto direto: os favores recebidos.


Ex.: Havia menos violência antigamente.
.

Aquela moça não se esquecia dos favores


70

Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- recebidos.


.4

to é pseudo-objetivo; V. T. I.: se esquecia


49

� Muito / bastante Objeto indireto: dos favores recebidos.


-0

Quando modificam o substantivo: concordam com No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos que,
ar

ele. mudando-se a regência, mudam de sentido, alterando


és

Quando modificam o verbo: invariáveis. seu significado.


C

Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos.
o

irritados. (aspiramos = sorvemos)


dr

Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas- V. T. D.: aspiramos


Pe

tante irritados. Objeto direto: ar poluídos.


Se ambos os termos puderem ser substituídos por Os funcionários aspiram a um mês de férias.
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi- (aspiram = almejam)
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis; V. T. I.: aspiram
� Tal qual Objeto indireto: a um mês de férias
Tal concorda com o substantivo anterior; qual, A seguir, uma lista dos principais verbos que
com o substantivo posterior. geram dúvidas quanto à regência:
Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os
pais. � Abraçar: transitivo direto
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais Ex.: Abraçou a namorada com ternura.
quais os pais. O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço;
z Silepse (também chamada concordância figurada) � Agradar: transitivo direto; transitivo indireto
É a que se opera não com o termo expresso, mas o Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire-
que está subentendido. to com sentido de “acariciar”)
Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto
50 linda!) no sentido de “ser agradável a”);
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� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto; Esqueci-me dos acontecimentos.
transitivo direto e indireto Esqueceram-me os acontecimentos;
Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não � Implicar: transitivo direto; transitivo indireto;
personificado) transitivo direto e indireto
Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.
personificado) (transitivo direto com sentido de “acarretar”)
Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi- Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
reto: refere-se a coisas e pessoas); (transitivo indireto com sentido de “mostrar má
� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto disposição”)
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
preposição a, rege indiferentemente objeto direto direto e indireto com sentido de envolver-se”);
e objeto indireto. � Informar: transitivo direto e indireto
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
direto) coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo sobre
indireto) Informaram o réu de sua condenação.
Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, Informaram o réu sobre sua condenação.
rege apenas objeto direto: Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ajudaram o ladrão a fugir. sa: objeto indireto, com a preposição a
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto Informaram a condenação ao réu;
direto: � Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
Ajudei-o muito à noite; reto, com as preposições em e por
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto Ex.: Ela interessou-se por minha companhia;
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
sitivo direto com sentido de “angustiar”) tivo direto e indireto
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” sitivo com sentido de “cortejar”)
como complemento); Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto
indireto com sentido de “desejar muito”)
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti-
“Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
vo direto com sentido de “respirar”)
ret) (transitivo direto e indireto com sentido de
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo
“encantar-se”);
indireto no sentido de “desejar”);
� Obedecer/desobedecer: transitivos indiretos
� Assistir: transitivo direto; transitivo indireto
Ex.: Obedeçam à sinalização de trânsito.
Ex.: - Transitivo direto ou indireto no sentido de
Não desobedeçam à sinalização de trânsito;
“prestar assistência”
� Pagar: transitivo direto; transitivo indireto; transi-
O médico assistia os acidentados.
tivo direto e indireto
O médico assistia aos acidentados.
Ex.: Você já pagou a conta de luz? (transitivo direto)
- Transitivo direto no sentido de “ver, presenciar”
Você pagou ao dono do armazém? (transitivo
Não assisti ao final da série;
indireto).
00

Vou pagar o aluguel ao dono da pensão. (transitivo


5-

O verbo assistir não pode ser empregado no


direto e indireto);
21

particípio.
� Perdoar: transitivo direto; transitivo indireto;
.

É incorreta a forma “O jogo foi assistido por milha-


70

res de pessoas.” transitivo direto e indireto


.4

Ex.: Perdoarei as suas ofensas. (transitivo direto)


49

A mãe perdoou à filha. (transitivo indireto)


� Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
-0

Ela perdoou os erros ao filho. (transitivo direto e


direto e indireto
ar

Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo) indireto);


és

A jovem não queria casar com ninguém. (transiti- � Suceder: intransitivo; transitivo direto
C

vo indireto) Ex.: O caso sucedeu rapidamente. (intransitivo no


o

O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire- sentido de “ocorrer”).


dr

to e indireto); A noite sucede ao dia. (transitivo direto no sentido


Pe

� Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de de “vir depois”).


predicativo do objeto
Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire- REGÊNCIA NOMINAL
LÍNGUA PORTUGUESA

to com sentido de “convocar”);


Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre- Alguns nomes (substantivos, adjetivos e advér-
dicativo do objeto com sentido de “denominar, bios) exigem complementos preposicionados, exceto
qualificar”); quando vêm em forma de pronome oblíquo átono.
� Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
reto; intransitivo Advérbios Terminados em “mente”
Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
indireto com sentido de “ser difícil”) Os advérbios derivados de adjetivos seguem a
A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti- regência dos adjetivos:
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”) análoga / analogicamente a
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo); contrária / contrariamente a
� Esquecer: admite três possibilidades compatível / compativelmente com
Ex.: Esqueci os acontecimentos. diferente / diferentemente de 51
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
favorável / favoravelmente a z Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me muito
paralela / paralelamente a honrada com esse título.
próxima / proximamente a/de z Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por favor.
relativa / relativamente a z Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o quan-
to sou importante.
Proposições Semelhantes a Primeira Sílaba dos
Nomes a que se Referem CASOS PROIBIDOS:

Alguns nomes regem preposições semelhantes a z Início de frase: Me dá esse caderno! (errado) /
sua primeira sílaba. Vejamos: Dá-me esse caderno! (certo).
dependente, dependência de z Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lem-
inclusão, inserção em brou de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-se
inerente em/a de nada (correto).
descrente de/em z Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato
desiludido de/com (errado) / Tinha se lembrado do fato (correto).
desesperançado de
desapego de/a
convívio com
convivência com HORA DE PRATICAR!
demissão, demitido de
encerrado em 1. (CESGRANRIO — 2021) O grupo de palavras que
enfiado em atende às exigências relativas ao emprego ou não do
imersão, imergido, imerso em hífen, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua
instalação, instalado em Portuguesa, é
interessado, interesse em
intercalação, intercalado entre a) extra-escolar / médico-cirurgião
supremacia sobre b) bem-educado / vagalume
c) portarretratos / dia a dia
d) arco-íris / contra-regra
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES e) subutilizar / sub-reitor
OBLÍQUOS ÁTONOS Leia o texto a seguir para responder às questões de 2 a 8.
PRÓCLISE
Privacidade digital: quais são os limites
Pronome posicionado antes do verbo. Casos que
Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasilei-
atraem o pronome para próclise:
ros usuários de internet, representando cerca de 69,8%
da população com 10 anos ou mais. Ao redor do mundo,
z Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.: Não cerca de 4 bilhões de pessoas usam a rede mundial, sen-
me submeto a essas condições. do que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo smartphone.
00

z Pronomes indefinidos, demonstrativos, relati- Nesse cenário, pensar em privacidade digital é (qua-
5-

vos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel. se) utópico. Uma vez na rede, a informação está
21

z Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se registrada para sempre: deixamos rastros que podem
.
70

apresente como um rico investidor, ele nada tem. ser descobertos a qualquer momento.
.4

z Gerúndio, precedido da preposição em. Ex: Em Ainda assim, mesmo diante de tamanha exposição, essa
49

se tratando de futebol, Maradona foi um ídolo. é uma discussão que precisa ser feita. Ela é importante,
-0

z Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na espe- inclusive, para trazer mais clareza e consciência para os
rança de sermos ouvidos, muito lhe agradecemos.
ar

usuários. Vale lembrar, por exemplo, que não são apenas


z Orações interrogativas, exclamativas, optativas
és

as redes sociais que expõem as pessoas. Infelizmente,


(exprimem desejo). Ex.: Como te iludes!
C

basta ter um endereço de e-mail para ser rastreado por


o

diferentes empresas e provedores.


dr

MESÓCLISE A questão central não se resume somente à políti-


Pe

ca de privacidade das plataformas X ou Y, mas, sim,


Pronome posicionado no meio do verbo. Casos que ao modo como cada sociedade vem paulatinamente
atraem o pronome para mesóclise: estruturando a sua política de proteção de dados.
A segurança da informação já se transformou em uma
z Os pronomes devem ficar no meio dos verbos área estratégica para qualquer tipo de empresa. Inde-
que estejam conjugados no futuro, caso não haja pendentemente da demanda de armazenamento de
nenhum motivo para uso da próclise. Ex.: Dar-te-ei dados de clientes, as organizações têm um universo de
meus beijos agora... / Orgulhar-me-ei dos nossos dados institucionais que precisam ser salvaguardados.
estudantes. Estamos diante de uma realidade já configurada: a
coleta de informações da internet não para, e esse é
ÊNCLISE um caminho sem volta. Agora, a questão é: nós, clien-
tes, estamos prontos e dispostos a definir o limite da
Pronome posicionado após o verbo. Casos que privacidade digital? O interesse maior é nosso! Esse
atraem o pronome para ênclise: limite poderia ser dado pelo próprio consumidor, se
ele assim quiser? O conteúdo é realmente do usuário?
52
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Se considerarmos a atmosfera das redes sociais, 5. (CESGRANRIO — 2021) Um argumento que justifica a
muito possivelmente não. Isso porque, embora mui- tese de que “pensar em privacidade digital é (quase)
tas pessoas não saibam, a maioria das redes sociais utópico” (parágrafo 2) aparece em
prevê que, a partir do momento em que um conteú-
do é postado, ele faz parte da rede e não é mais do a) “A questão central não se resume somente à política
usuário. de privacidade das plataformas X ou Y” (parágrafo 4)
Daí a importância da conscientização. É preciso que b) “A segurança da informação já se transformou em
tanto clientes como empresas busquem mais infor- uma área estratégica para qualquer tipo de empresa”
mação e conteúdo técnico sobre o tema. Às organiza- (parágrafo 5)
ções, cabe o desafio de orientar seus clientes, já que, c) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, ele
na maioria das vezes, eles não sabem quais são os faz parte da rede e não é mais do usuário” (parágrafo 7)
limites da privacidade digital. d) “É preciso que tanto clientes como empresas busquem
Vivemos em uma época em que todo mundo pode mais informação e conteúdo técnico sobre o tema” (pará-
falar permanentemente o que quer. Nesse contexto, a grafo 8)
informação deixou de ser algo confiável e cabe a cada e) “Precisamos de consciência, senso crítico, respon-
um de nós aprender a ler isso e se proteger. Precisa- sabilidade e cuidado para levar a internet a um outro
mos de consciência, senso crítico, responsabilidade e nível.” (parágrafo 9)
cuidado para levar a internet a um outro nível. É fato
que ela não é segura, a questão, então, é como usá-la 6. (CESGRANRIO — 2021) Depois de questionar se o
de maneira mais inteligente e contribuir para fortale- conteúdo que circula nas redes é realmente proprie-
cer a privacidade digital? Essa é uma causa comum a dade do usuário (parágrafo 6), o texto desenvolve a
todos os usuários da rede. ideia de que

Disponível em: <https://digitalks.com.br/artigos/privacidade-digital a) a maior parte dos usuários no mundo acessa a inter-
-quais-sao-os-limites>. 7/04/2019. Acesso em: 3 fev. 2021.
Adaptado.
net por meio de um smartphone.
b) a segurança da informação já se transformou em
uma área estratégica para as empresas.
2. (CESGRANRIO — 2021) No trecho “Esse limite poderia
c) as empresas e os provedores conseguem rastrear os
ser dado pelo próprio consumidor, se ele assim qui-
usuários por meio de endereço de e-mail.
ser?” (parágrafo 6), a forma verbal destacada expres-
d) as organizações devem conscientizar os clientes em
sa a noção de
relação aos limites da privacidade digital.
e) as pessoas deixam rastros na rede que podem ser
a) dever
descobertos a qualquer momento.
b) certeza
c) hipótese
7. (CESGRANRIO — 2021) O trecho em que a palavra
d) obrigação
destacada expressa uma opinião do autor é
e) necessidade
a) “Atualmente, somos mais de 126,4 milhões de brasi-
3. (CESGRANRIO — 2021) No trecho “Às organizações,
leiros” (parágrafo 1)
cabe o desafio de orientar seus clientes, já que, na
b) “Infelizmente, basta ter um endereço de e-mail para
00

maioria das vezes, eles não sabem quais são os limi-


ser rastreado” (parágrafo 3)
5-

tes da privacidade digital” (parágrafo 8), a expressão


c) “modo como cada sociedade vem paulatinamente
21

destacada expressa a noção de


estruturando a sua política” (parágrafo 4)
.
70

d) “Independentemente da demanda de armazenamento


a) condição
.4

de dados de clientes” (parágrafo 5)


49

b) finalidade
e) “época em que todo mundo pode falar permanente-
c) concessão
-0

mente o que quer.”(parágrafo 9)


d) causalidade
ar

e) comparação
és

8. (CESGRANRIO — 2021) O período em que a palavra


C

ou a expressão em destaque NÃO está empregada de


4. (CESGRANRIO — 2021) A palavra ou a expressão a
o

acordo com a norma-padrão é:


que se refere o termo em destaque está corretamente
dr

explicitada entre colchetes em:


Pe

a) As professoras de que falamos são ótimas.


b) A folha em que deve ser feita a prova é essa.
a) “sendo que 2,9 bilhões delas fazem isso pelo smart-
c) A argumentação onde é provado o crime foi dele.
phone” (parágrafo 1) - [rede mundial]
d) O aluno cujo pai chegou é Pedro.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) “Ela é importante, inclusive, para trazer mais clareza e


e) As meninas que querem cortar os cabelos são aquelas.
consciência para os usuários.” (parágrafo 3) - [exposição]
c) “Isso porque, embora muitas pessoas não saibam,
Leia o texto a seguir para responder às questões de 9 a 15.
a maioria das redes sociais prevê que, a partir do
momento” (parágrafo 7) - [redes sociais]
d) “a partir do momento em que um conteúdo é postado, A palavra salário vem mesmo de “sal”?
ele faz parte da rede e não mais do usuário” (parágra-
fo 7) - [momento] Vem. A explicação mais popular diz que os soldados
e) “É fato que ela não é segura, a questão, então, é como da Roma Antiga recebiam seu ordenado na forma de
usá-la de maneira mais inteligente” (parágrafo 9) sal. Faz sentido. O dinheiro como o conhecemos surgiu
- [internet] no século 7 a.C., na forma de discos de metal precioso
(moedas), e só foi adotado em Roma 300 anos depois.
53
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Antes disso, o que fazia o papel de dinheiro eram 11. (CESGRANRIO — 2021) O sinal indicativo de crase
itens não perecíveis e que tinham demanda garanti- está usado de acordo com a norma-padrão em:
da: barras de cobre (fundamentais para a fabricação
de armas), sacas de grãos, pepitas de ouro (metal a) Tenho preocupações referentes à questões ambientais.
favorito para ostentar como enfeite), prata (o ouro de b) Medidas de proteção à infância precisam ser toma-
segunda divisão) e, sim, o sal. das por governos.
Num mundo sem geladeiras, o cloreto de sódio era o c) Devem-se fazer campanhas para aumentar às preo-
que garantia a preservação da carne. A demanda por cupações sanitárias.
ele, então, tendia ao infinito. Ter barras de sal em casa d) À partir do início da faculdade é necessário estudar
funcionava como poupança. Você poderia trocá-las muito.
pelo que quisesse, a qualquer momento. e) Você confere, à seguir, os documentos dos clientes.
As moedas, bem mais portáteis, acabariam se tornan-
do o grande meio universal de troca – seja em Roma, 12. (CESGRANRIO — 2021) A palavra ou expressão que
seja em qualquer outro lugar. Mas a palavra “salário” promove a continuidade e a união do segundo pará-
segue viva, como um fóssil etimológico. grafo com o terceiro, retomando um elemento textual
ó há um detalhe: não há evidência de que soldados relevante, é
romanos recebiam mesmo um ordenado na forma
de sal. Roma não tinha um exército profissional no a) mundo
século 4 a.C. A força militar da época era formada b) geladeiras
por cidadãos comuns, que abandonavam seus afaze- c) cloreto de sódio
res voluntariamente para lutar em tempos de guerra d) infinito
(questão de sobrevivência). e) momento
A ideia de que havia pagamentos na forma de sal vem
do historiador Plínio, o Velho (um contemporâneo de 13. (CESGRANRIO — 2021) A expressão “demanda garanti-
Jesus Cristo). Ele escreveu o seguinte: “Sal era uma da” (parágrafo 2) indica que
das honrarias que os soldados recebiam após bata-
lhas bem-sucedidas. Daí vem nossa palavra sala- a) os itens em questão eram populares entre os cida-
rium.” Ou seja: o sal era um bônus para voluntários, dãos, que costumavam utilizar os itens mencionados.
não um salário para valer. Quando Roma passou a b) os itens em questão eram valiosos porque se estra-
ter uma força militar profissional e permanente, no gavam com facilidade.
século 3 a.C., o soldo já era mesmo pago na forma de c) os cidadãos buscavam itens com qualidade atestada.
moedas. d) os cidadãos costumavam pesquisar antes de esco-
lher os itens.
VERSIGNASSI, A. A palavra salário vem mesmo de “sal” VC S/A, São e) apenas os cidadãos mais favorecidos tinham acesso
Paulo: Abril, p. 67, Jun. 2021. Adaptado. a esses itens.

9. (CESGRANRIO — 2021) A palavra destacada em “bem 14. (CESGRANRIO — 2021) A palavra capaz de substituir
mais portáteis” (parágrafo 4) traz para o trecho uma o elemento em destaque no trecho “... e, sim, o sal”
ideia de (parágrafo 2) sem alteração de sentido é
00

a) adição a) mesmo
5-

b) adversidade b) até
21

c) comparação c) logo
.

d) extensão d) claro
70

e) soma e) portanto
.4
49

15. (CESGRANRIO — 2021) O período que corresponde,


-0

10. (CESGRANRIO — 2021) O período em que o sinal de


dois pontos é empregado para introduzir uma enume- sem alteração de sentido, à reescritura de “Mesmo
ar

ração, como no trecho que segue “demanda garanti- com o advento do papel-moeda, o escambo, ou troca
és

da” (parágrafo 2), é: de mercadorias, persistiu em diversas comunidades” é:


C
o

a) O escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diversas


dr

a) A remuneração faz parte do conjunto de ganhos de


comunidades, apesar do advento do papel- -moeda.
Pe

um prestador de serviço; ou seja: todos os ganhos


auferidos pela pessoa compõem sua remuneração. b) O escambo, ou troca de mercadorias, persistiu em diversas
b) As horas extras, o vale-transporte e o plano de saú- comunidades, haja vista o advento do papel- -moeda.
de podem fazer parte da remuneração: muitos traba- c) Quando do advento do papel-moeda, o escambo, ou troca
lhadores escolhem seus empregos com base nessas de mercadorias, persistiu em diversas comunidades.
vantagens. d) Com o advento do papel-moeda, no entanto, o escambo, ou
c) O gerente informou aos candidatos como seria a troca de mercadorias, persistiu em diversas comunidades.
remuneração pelos serviços: “O valor mensal vai e) Tanto quanto o advento do papel-moeda, o escambo, ou
depender de diversos itens, a serem combinados.” troca de mercadorias, persistiu em diversas comunidades.
d) Muitos itens já fizeram papel de dinheiro: o sal, usa-
do até hoje por tribos da Etiópia, a cachaça, utiliza- 16. (CESGRANRIO — 2021) O pronome destacado foi uti-
da no Brasil colonial, e o bacalhau, antes usado na lizado na posição correta, segundo as exigências da
Escandinávia. norma-padrão da língua portuguesa, em:
e) O tabaco também já foi usado como moeda de troca:
no século XVIII, o estado americano de Virginia ado- a) A associação brasileira de mercados financeiros publi-
tou esse método. cou uma diretriz de segurança, na qual mostra-se a
54 necessidade de adequação de proteção de dados.
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b) A segurança da informação já transformou-se em Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para
uma área estratégica para qualquer tipo de empresa. as habilidades existentes diante de novas maneiras
c) Naquele evento, ninguém tinha-se incomodado com de trabalhar. No mundo corporativo, o QA está sen-
o palestrante no início do debate a respeito de priva- do cada vez mais buscado na hora da contratação.
cidade digital. Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difícil
d) Apesar das dificuldades encontradas, sempre refe- mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser
rimo-nos com cuidado aos nossos dados pessoais, desenvolvido.
como CPF, RG, e-mail, para proteção da vida privada. Como diz Edmondson: “Aprender a aprender é uma
e) Quando a privacidade dos dados bancários é man- missão crítica. A capacidade de aprender, mudar,
tida, como nos garantem as instituições, ficamos crescer, experimentar se tornará muito mais impor-
tranquilos. tante do que o domínio de um assunto.”

Leia o texto a seguir para responder às questões de 17 a 26. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/vert-
cap-50429043.
O que é o QA e por que ele pode ser mais importante Acesso em: 9 jul. 2021. (Adaptado)
que o QI no mercado de trabalho
17. (CESGRANRIO — 2021) A colocação do pronome oblí-
Há algum tempo, se você quisesse avaliar as pers- quo átono destacado está de acordo com o que prevê
pectivas de alguém crescer na carreira, poderia consi- a norma-padrão da língua portuguesa no seguinte
derar pedir um teste de QI, o quociente de inteligência, período:
que mede indicadores como memória e habilidade
matemática. a) Consideraria-se o QA mais importante que o QI há
Mais recentemente, passaram a ser avaliadas outras duas décadas?
letrinhas: o quociente de inteligência emocional (QE), b) Se busca investir naquilo que pode fazer a diferença
uma combinação de habilidades interpessoais, auto- entre a máquina e o homem.
controle e comunicação. Não só no mundo do traba- c) As mudanças no mercado de trabalho jamais dar-se-
lho, o QE é visto como um kit de habilidades que pode -ão sem investimento no capital humano.
nos ajudar a ter sucesso em vários aspectos da vida. d) Os candidatos que saem-se melhor nas entrevistas
Tanto o QI quanto o QE são considerados importantes são contratados mais rapidamente.
para o sucesso na carreira. Hoje, porém, à medida que e) Alguns se consideram mais preparados para enfren-
a tecnologia redefine como trabalhamos, as habilida- tar adversidades no trabalho do que em família.
des necessárias para prosperar no mercado de traba-
lho também estão mudando. Entra em cena então um 18. (CESGRANRIO — 2021) A frase em que o verbo apre-
novo quociente, o de adaptabilidade (QA), que consi- senta a mesma predicação que o verbo ocorrer em
dera a capacidade de se posicionar e prosperar em “Isso ocorre porque um algoritmo pode executar
um ambiente de mudanças rápidas e frequentes. essas tarefas” (parágrafo 5) é:
O QA não é apenas a capacidade de absorver novas
informações, mas de descobrir o que é relevante, dei- a) “Entra em cena então um novo quociente”. (parágrafo 3)
xar para trás noções obsoletas, superar desafios e b) “Esse quociente envolve também características
fazer um esforço consciente para mudar. Esse quo- como flexibilidade, curiosidade, coragem e resiliên-
ciente envolve também características como flexibili-
00

cia.” (parágrafo 4)
dade, curiosidade, coragem e resiliência.
5-

c) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns


Amy Edmondson, professora de Administração da
21

trabalhos são feitos”. (parágrafo 5)


Harvard Business School, diz que é a velocidade ver-
.

d) “você é um contador.” (parágrafo 7)


70

tiginosa das mudanças no mercado de trabalho que e) “Seu QI o ajuda nas provas”. (parágrafo 7)
.4

fará o QA vencer o QI. Automatiza-se facilmente qual-


49

quer função que envolva detectar padrões nos dados


19. (CESGRANRIO — 2021) A frase em que a concordân-
-0

(advogados revisando documentos legais ou médicos


cia verbal atende ao que prevê a norma-padrão da lín-
ar

buscando o histórico de um paciente, por exemplo),


gua portuguesa é:
és

diz Dave Coplin, diretor da The Envisioners, consulto-


C

ria de tecnologia sediada no Reino Unido. A tecnolo-


a) Restava cerca de quinze candidatos para a entrevista.
o

gia mudou bastante a forma como alguns trabalhos


b) Não sou eu que elabora as perguntas para as entrevistas.
dr

são feitos, e a tendência continuará. Isso ocorre por-


Pe

que um algoritmo pode executar essas tarefas com c) No futuro, a maioria das tarefas poderão ser realiza-
mais rapidez e precisão do que um humano. das por algoritmos.
Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que d) Nenhum de nós estamos preparados para a respon-
cumprem essas funções precisam desenvolver novas sabilidade daquele cargo.
LÍNGUA PORTUGUESA

habilidades, como a criatividade para resolver novos e) Mais de um indicador são usados para a seleção dos
problemas, empatia para se comunicar melhor e profissionais durante as entrevistas.
responsabilidade.
Edmondson diz que toda profissão vai exigir adap- 20. (CESGRANRIO — 2021) Respeitando-se o ponto de
tabilidade e flexibilidade, do setor bancário às artes. vista sustentado pelo texto e adequando-se a seu
Digamos que você é um contador. Seu QI o ajuda nas sentido, a reunião dos trechos “as habilidades neces-
provas pelas quais precisa passar para se qualificar; sárias para prosperar no mercado de trabalho tam-
seu QE contribui na conexão com um recrutador e bém estão mudando” (parágrafo 3) e “ter QI, mas
depois no relacionamento com colegas e clientes no nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilida-
emprego. Então, quando os sistemas mudam ou os des existentes diante de novas maneiras de traba-
aspectos do trabalho são automatizados, você preci- lhar” (parágrafo 8) resulta no seguinte período:
sa do QA para se acomodar a novos cenários.
55
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) As habilidades necessárias para prosperar no mercado b) “um algoritmo pode executar essas tarefas com mais
de trabalho também estão mudando, embora ter QI, mas rapidez e precisão do que um humano.” (parágrafo 5)
nenhum QA, possa ser um bloqueio para as habilidades c) “Para evitar a obsolescência, os trabalhadores que
existentes diante de novas maneiras de trabalhar. cumprem essas funções precisam desenvolver novas
b) Como as habilidades necessárias para prosperar no habilidades”. (parágrafo 6)
mercado de trabalho também estão mudando, ter QI, d) “Edmondson diz que toda profissão vai exigir adapta-
mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilida- bilidade e flexibilidade”. (parágrafo 7)
des existentes diante de novas maneiras de trabalhar. e) “mesmo que seja difícil mensurá-lo, especialistas
c) Mesmo que as habilidades necessárias para prosperar dizem que ele pode ser desenvolvido.” (parágrafo 8)
no mercado de trabalho também estejam mudando, ter
QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habili- 24. (CESGRANRIO — 2021) De acordo com o texto, hoje a
dades existentes diante de novas maneiras de trabalhar. valorização do QA tende a superar a do QI e a do QE no
d) As habilidades necessárias para prosperar no mercado ambiente de trabalho porque
de trabalho também estão mudando, desde que ter QI,
mas nenhum QA, possa ser um bloqueio para as habili- a) as habilidades interpessoais são muito requeridas.
dades existentes diante de novas maneiras de trabalhar. b) o conhecimento tecnológico é cada vez mais necessário.
e) As habilidades necessárias para prosperar no mercado c) a memória e a habilidade matemática são indicadores
de trabalho também estão mudando, no entanto, ter QI, exigidos.
mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para as habilida- d) a capacidade de adaptação faz a diferença entre o
des existentes diante de novas maneiras de trabalhar. homem e a máquina.
e) a automatização requer colaboradores que superem a
21. (CESGRANRIO — 2021) Embora priorizando a lin- rapidez e a precisão do algoritmo.
guagem formal, os textos jornalísticos, por vezes,
apropriam-se de aspectos da linguagem coloquial, 25. (CESGRANRIO — 2021) Ao abordar perspectivas de
buscando simular uma conversa com o leitor. evolução na carreira, o texto destaca que a(s)

Nesse texto, o trecho que exemplifica essa afirmação é: a) mudança no mercado se dará pela valorização do QE.
b) capacidade para a detecção de padrões será valorizada.
a) “Tanto o QI quanto o QE são considerados importan- c) habilidades relacionadas ao QA poderão ser aprimoradas.
tes para o sucesso na carreira.” (parágrafo 3) d) atividades relativas às artes serão excluídas das
b) “Esse quociente envolve também características mudanças.
como flexibilidade, curiosidade, coragem e resiliên- e) competências teóricas relacionadas ao QI serão
cia.” (parágrafo 4) evidenciadas.
c) “Isso ocorre porque um algoritmo pode executar
essas tarefas com mais rapidez e precisão do que um 26. (CESGRANRIO — 2021) O trecho que evidencia a
humano.” (parágrafo 5) razão pela qual novos indicadores passaram a balizar
d) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar o processo de seleção das empresas é:
para se qualificar”. (parágrafo 7)
e) “Ter QI, mas nenhum QA, pode ser um bloqueio para a) “Há algum tempo, se você quisesse avaliar as pers-
as habilidades existentes diante de novas maneiras pectivas de alguém crescer na carreira, poderia con-
00

de trabalhar.” (parágrafo 8) siderar pedir um teste de QI”. (parágrafo 1)


5-

b) “o QE é visto como um kit de habilidades que pode nos aju-


21

22. (CESGRANRIO — 2021) O pronome se destacado dar a ter sucesso em vários aspectos da vida.” (parágrafo
.
70

apresenta a mesma função e classificação que exerce 2)


.4

em “Automatiza-se facilmente qualquer função que c) “A tecnologia mudou bastante a forma como alguns traba-
49

envolva detectar padrões nos dados [...]” (parágrafo lhos são feitos, e a tendência continuará.” (parágrafo 5)
-0

5) no seguinte período: d) “Seu QI o ajuda nas provas pelas quais precisa passar
ar

para se qualificar”. (parágrafo 7)


és

a) Alguns trabalhadores mais velhos arrependem-se de e) “Uma coisa boa do QA é que, mesmo que seja difí-
não procurar entender a nova realidade do mercado
C

cil mensurá-lo, especialistas dizem que ele pode ser


de trabalho.
o

desenvolvido.” (parágrafo 8)
dr

b) Acostumar-se com as novas exigências do mundo do


Pe

trabalho é condição para sobreviver no mercado hoje. 27. (CESGRANRIO — 2021) A colocação do pronome oblíquo
c) O mercado vem mudando: trata-se agora de valorizar destacado está de acordo com a norma-padrão em:
flexibilidade, curiosidade, coragem e resiliência.
d) Ainda se hesita diante da escolha entre habilidades a) O dinheiro não foi-me bastante.
medidas pelo QI e aquelas medidas pelo QA. b) O depósito só estará concretizado, se houver quem
e) Ao longo do tempo, verificam-se mudanças nas validá-lo.
habilidades exigidas diante de novas maneiras de c) Se você pudesse emprestar esse dinheiro, deposita-
trabalhar. ria-o ainda esta semana?
d) Explique-me como funciona esse financiamento.
23. (CESGRANRIO — 2021) A palavra destacada funciona e) Me empreste seu cartão, que eu faço a transação
como um elemento de coesão retomando um antece- hoje.
dente, promove a continuidade do texto e exerce uma
função sintática, na seguinte passagem: 28. (CESGRANRIO — 2021) De acordo com a norma-padrão
da língua portuguesa, o emprego do acento grave indica-
a) “O que é o QA”. (título) tivo da crase é obrigatório na palavra destacada em:
56
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) A exigência de entrar em contato com instituições
financeiras obrigou o cliente a criar senhas para ter 10 D
acesso aos serviços bancários. 11 B
b) A falta de leis sobre privacidade digital exige que os
indivíduos se preparem para enfrentar a invasão do 12 C
acesso a suas vidas privadas.
c) A revolução da tecnologia da informação modificou a 13 A
realidade social, penetrando em todas as esferas da 14 D
atividade humana.
d) As pesquisas tecnológicas são indispensáveis devi- 15 A
do a importância de solucionar problemas causados
pela invasão de dados. 16 E
e) O surgimento das redes sociais e dos sites de com- 17 E
partilhamento conduziu as pessoas a novas situa-
ções de risco na sociedade atual. 18 A

29. (CESGRANRIO — 2021) De acordo com as exigências 19 C


da norma-padrão da língua portuguesa, a concordân- 20 B
cia verbal está corretamente empregada na forma
destacada em: 21 D

a) Para entender o público das plataformas digitais, ana- 22 E


lisaram-se, durante dez semanas, o comportamento 23 C
de jovens considerados viciados em aplicativos.
b) Em grupos de jovens usuários de redes sociais, cons- 24 D
tataram-se inúmeras situações de dependência crô-
nica do uso de aparelhos celulares. 25 C
c) Nos serviços de ouvidoria das empresas de comuni- 26 C
cação, atendem-se a reclamações de todos os tipos
sobre falhas nas conexões telefônicas. 27 D
d) Nas análises sobre privacidade dos usuários, atri-
buem-se corretamente aos aplicativos de conversas 28 D
a maior responsabilidade pela situação atual. 29 B
e) Com base em dados estatísticos, estimam-se que os
jovens sejam os maiores responsáveis pela navega- 30 E
ção nas redes sociais.

30. (CESGRANRIO — 2021) A concordância verbal está de


acordo com as exigências da norma-padrão da língua
portuguesa, na forma verbal destacada em:
ANOTAÇÕES
00
5-

a) Todas as pessoas do gabinete do diretor foi à reunião.


21

b) Os 10% dos funcionários da agência do sul gosta de


.
70

chocolate.
.4

c) Já deu sete horas no meu relógio.


49

d) Surge, quando menos se espera, novos trabalhos


-0

para fazer.
e) Pesquisam-se novas fórmulas de vacinas mais duráveis.
ar
és
C

9 GABARITO
o
dr
Pe

1 E

2 C
LÍNGUA PORTUGUESA

3 D

4 E

5 C

6 D

7 B

8 C

9 C

57
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ANOTAÇÕES

00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

58
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Também é mostrado como podem ser os parágrafos
que introduzem, desenvolvem e concluem um texto dis-
sertativo. E só depois de exercitar esses primeiros pro-
cedimentos é que se passa à produção de um trabalho

REDAÇÃO DISCURSIVA
completo, buscando a eficiência do todo por intermédio
do agrupamento de cada uma das partes estudadas até a
formação de um bloco contínuo e completo.
O truncamento desse trabalho ocorrerá certamen-
te se o aprendiz não se dispuser a praticar esses con-
ceitos. É aí que começa a frustração dos potenciais
REDAÇÃO DISCURSIVA autores, pois muitas vezes só vão tentar praticar a
escritura da sua redação após terem terminado o estu-
Neste material, vamos trabalhar a redação discur- do do livro didático e sentem muita dificuldade no
siva. Você estudará algumas características inovado- momento do agrupamento, isto é, de fazer virar o todo
ras no conceito de produção de textos para quem quer aquilo que aprendeu a fazer por partes. Se o resultado
atingir um melhor resultado em provas que exijam do não for satisfatório, eles simplesmente assumirão a
candidato a habilidade de produzir um texto. dificuldade como uma inabilidade pessoal.
Aqui, serão apresentados os aspectos gerais da Como proposta de solução para essa dificulda-
redação discursiva em sua estrutura textual, bem de, vamos partir de um princípio inverso em que se
como todos os passos para a sua produção com efi- começa da materialização do texto eficiente, satisfa-
ciência. Porém, antes de iniciarmos, é importante dar zendo os anseios dos nossos alunos: começamos pelo
atenção às dúvidas que geralmente são apresentadas todo para depois estudarmos as partes.
pelos alunos para que se possa dar solução aos princi- Esse trabalho consiste na elaboração de máscaras
pais problemas que eles relatam. de redação, o que proporciona um ponto de partida
concreto na produção de redações eficientes a partir
DÚVIDAS FREQUENTES QUANTO À REDAÇÃO de modelos prontos e que poderão ser reproduzidos
PARA CONCURSOS PÚBLICOS e adaptados para qualquer tema proposto pela banca
organizadora do concurso, respeitando ainda o cará-
Por que é tão difícil produzir um texto eficiente? ter da originalidade e da criatividade de cada autor.
As máscaras de redação garantem a eficácia sobre
Sempre se ouvem os temores de alunos quanto os principais quesitos exigidos pelas bancas organiza-
às provas que cobram dos candidatos habilidades na doras dos critérios de correção dos textos, tais como
produção de questões discursivas. Alguns dizem se progressão textual e sequencialização, coesão e, con-
sentirem tão despreparados que terminam por desis- sequentemente, coerência, além de atender natural-
mente à estrutura própria dos textos dissertativos.
tir dos concursos que trazem a redação como critério
Outro ponto importante é o de permitir ao candi-
de classificação.
dato uma projeção bem aproximada da extensão do
Tem de se reconhecer que o hábito de escrever não
seu texto em número de linhas.
está na prática do cotidiano da maioria das pessoas e
Essa proposta também tem a finalidade de desen-
que, hoje em dia, quando se dispõem a fazê-lo, exer-
volver uma maior agilidade na projeção e na constru-
citam essa habilidade normalmente em ambientes
ção da redação, otimizando o tempo de sua elaboração
00

virtuais, como sites de comunicação e elaboração de durante a prova.


5-

e-mails. Nesses expedientes, ocorre o que chamam de


21

“pacto da mediocridade” (sem intenção ofensiva), que


Qual o peso ou a importância da redação em um
.

caracteriza a postura displicente de como se escreve e


70

concurso público?
a aceitação mútua de erros e desvios da norma culta
.4

escrita: “ele escreve errado, mas eu aceito para não


49

O peso da redação é muito grande, por isso, ela


ser cobrado por ele da mesma forma quando errar”.
-0

faz a diferença na aprovação. Nos concursos atuais,


Usam-se imagens, símbolos gráficos, abreviações que
a redação tornou-se o passaporte para o ingresso em
ar

mais se assemelham a códigos criptografados do que grande parte das carreiras públicas, pois de nada vale
és

à própria língua portuguesa. um resultado positivo na prova objetiva se não obti-


C

O maior problema é que isso gera um reforço nega- ver sucesso em sua redação.
o

tivo: treina-se uma escrita que não promove a prática


dr

Os candidatos costumam dedicar seu tempo de


ideal da comunicação verbal normatizada. O resul-
Pe

estudos à prova objetiva e deixar a redação por últi-


tado é que, quando ocorre a exigência da produção mo. Na maioria das vezes, passam naquela e repro-
escrita, a prática que se tem não promove a eficiência vam nesta. Não dá para subestimar a redação, é
nessa categoria de comunicação. preciso exercitar sempre.
REDAÇÃO DISCURSIVA

Como, em pouco tempo, desenvolver a habilidade da O que conta mais para um bom resultado: ter bons
escrita em quem tem dificuldade de passar para o conhecimentos sobre o assunto apresentado na
papel o que tem na sua cabeça? proposta ou ter bons conhecimentos em língua
portuguesa?
Inicialmente, em um procedimento tradicional de
produção de textos, começa-se pela apresentação de Em verdade, os dois aspectos são equivalentes em
exemplos de textos bem escritos, mostra-se sua estru- importância. No que diz respeito aos conhecimentos
tura, apresentam-se as partes que o compõem. de língua portuguesa, estamos referindo-nos à estru-
Depois disso, inicia-se a identificação dessas partes tura e à linguagem do texto dissertativo. Subentende-
e de como elaborá-las separadamente: como se cons- -se que quem domina esses dois aspectos não tenha
trói um parágrafo; quais são as fases de sua elabora- dificuldades com a ortografia e outros aspectos gra-
ção; quais são os diferentes tipos de parágrafos. maticais que, em prova, inclusive, pouco peso têm. 59
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Qual é a diferença entre tema e título? O que é texto em prosa?

z Tema é o assunto proposto pela instituição. Tem Texto em prosa é aquele que naturalmente usa-
caráter geral e abrangente e propõe questões que mos para escrever um bilhete, uma carta, nos comu-
devem ser abordadas obrigatoriamente com obje- nicarmos em e-mail etc. Ele se constrói em estrutura
tividade pelo candidato. Essa objetividade é um linear (linha cheia) por meio de parágrafos. É a forma
fator determinante para que sua composição fique comum de escrever.
delimitada àquilo que é possível desenvolver em É contrária ao verso, que exige uma elaboração
sua redação. estrutural e demonstra preocupação com rimas e
arranjos vocabulares alheios à sintaxe. Veja um exem-
E o que é a delimitação do tema? É simples. É a plo de texto em verso:
elaboração de sua tese que, por sua vez, é seu posi-
cionamento sobre esse tema. Na maioria das vezes, o A rosa de Hiroxima
número de linhas que é proposto para se desenvolver
o tema é limitado. Geralmente, não passa de 30 linhas, Pensem nas crianças
por isso, é preciso ser claro e direto no desenvolvi- Mudas telepáticas
mento da argumentação; Pensem nas meninas
Cegas inexatas
z Título é o nome que você dá à sua redação. Ele tem Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
a função de apresentar e chamar a atenção sobre
Pensem nas feridas
o assunto desenvolvido. Porém, é importante lem-
Como rosas cálidas
brar que são poucas as instituições que solicitam
Mas oh não se esqueçam
que o candidato dê um título ao texto. Se ele não Da rosa da rosa
for pedido, não é para colocá-lo. Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
Se tiver de pôr título, qual palavra dele deve-se pôr A rosa radioativa
em maiúscula? Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
Há duas possibilidades: A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
z A primeira forma convencionada diz que só a pri- Sem rosa sem nada. 1
meira palavra do título deve ser iniciada por letra
maiúscula, como em: Agora um exemplo de texto em prosa:

É bom fazer redação com o Nélson! Hiroshima ou Hiroxima (広島市 ‘Hiroshima-shi’)


é a capital da prefeitura de Hiroshima, no Japão. É
z A segunda forma permite que você coloque todas cortada pelo rio Ota (Ota-gawa), cujos seis canais
00

as palavras com iniciais maiúsculas, com exceção dividem a cidade em ilhas. Cresceu em torno de um
5-

dos vocábulos monossilábicos e átonos (sem senti- castelo feudal do século XVI. Recebeu o estatuto de
21

do próprio), como preposições e artigos: cidade em 1589. Serviu de quartel-general durante


.

a Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894–95).


70

Em 6 de agosto de 1945, foi a primeira cidade do


.4

É Bom Fazer Redação com o Nélson!


mundo arrasada pela bomba atômica de fissão
49

denominada Little Boy, lançada pelo governo dos


-0

Estados Unidos, resultando em 250 000 mortos e


Importante!
ar

feridos.2
és

Nomes próprios são sempre com iniciais


C

maiúsculas. É importante notar que redação para concurso é


o
dr

Use pontuação significativa se for necessário, em prosa.


Pe

como interrogação e exclamação. O ponto final


é dispensável. O que eu faço se errar uma palavra quando estiver
passando a limpo minha redação?

É preciso usar letra cursiva ou pode ser de forma? Erro é erro, não dá para voltar no tempo. Porém,
muitas instituições orientam os candidatos a passar
A letra cursiva (letra de mão) só será necessária se um traço simples sobre a palavra e continuar escre-
for uma exigência do edital. De uma maneira geral, o vendo como se nada houvesse acontecido. Geralmen-
que se pede é a legibilidade. te, nesses casos, o erro não é considerado. Sendo assim,
É importante sempre se lembrar de respeitar as não perca tempo sofrendo e faça como no exemplo a
regras de caixa alta e caixa baixa, ou seja, maiúscula e seguir:
minúscula devem ser diferenciadas: Vamos começar nossa redassão redação agora.
Caixa alta <CALIGRAFIA>, caixa baixa <caligrafia>. Entendeu?
1 Disponível em: https://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br/poesia/poesias-avulsas/rosa-de-hiroxima. Acesso: 21 jun. 2022.
60 2 Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiroshima. Acesso em: 21 jun. 2022. Adaptado.
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TIPOLOGIA TEXTUAL Note ainda que isso ocorre porque não há passa-
gem do tempo, isto é, não houve sucessão de fatos, tan-
Em geral, os textos são classificados em três moda- to que o cenário é único e nada se altera, nada muda
lidades distintas quanto à tipologia textual. Dessa do começo ao fim, logo, é um texto que não apresenta
forma, o texto pode ser descritivo, narrativo ou disser- progressão temporal. Por isso, o que predomina na
tativo. É comum que um texto se apresente com tipos leitura desse texto realmente é a imagem; trata-se,
mistos de modalidades, mas a intencionalidade estru- então, de uma descrição.
tural do texto deve ser preservada para garantir uma
tipologia predominante, isto é, o que importa é qual Narração
a intenção do autor que predomina no todo do texto.
Podemos, então, pensar o seguinte: Vamos agora à narração. Assim como fizemos com
Se na leitura do texto predomina a imagem de a descrição, podemos também ilustrar como um fil-
alguém ou de algo, assim como acontece quando olha- me a elaboração do texto narrativo, pois aqui ocorre
mos uma foto, é porque o texto é descritivo. a passagem do tempo registrando a ação apresenta-
Se predomina a revelação de um fato, o autor con- da no texto, por isso, sempre apresentará progressão
temporal, pois sempre haverá uma mudança, uma
ta uma história, como uma fofoca, por exemplo, é por-
transformação do fato apresentado inicialmente.
que esse texto é narrativo.
A progressão temporal, como já vimos, trata-se de
uma sucessão de fatos, e é essa sucessão que nos reve-
Se, na leitura, predomina o desenvolvimento de
la o fato principal, ao que damos o nome de ação.
uma ideia, principalmente se autor quiser convencer-
Por essa razão é que dissemos, também, que a nar-
-nos de algo, como uma propaganda, o texto é disser- ração apresenta a revelação de um fato, nesse caso, o
tativo. Para simplificar fato principal, que, para acontecer, depende de fatos
de menor importância que ele.
Descrição  imagem Na narração, as informações importantes, portan-
Narração  fato to, estão associadas aos verbos, sempre submissos a
Dissertação  ideia palavras substantivas.
É bom lembrar ainda que a narração apresenta
Vamos aprofundar o reconhecimento de cada tipo. também elementos que a diferenciam dos demais
Para isso, vamos ver quais são as características de tipos de texto. Esses elementos são:
cada modalidade para que você saiba diferenciá-los.
z Personagem ou personagens: com quem aconte-
Descrição ce algo, um fato;
z Narrador: aquele que conta o que aconteceu, nar-
Podemos ilustrar essa modalidade como uma ra o fato;
espécie de fotografia textual, em que o observador z Tempo: quando aconteceu o fato;
absorve as informações por intermédio dos sentidos. z Lugar: cenário, onde o fato aconteceu;
Esse desenho feito com as palavras representa o que z Ação: o que aconteceu.
o observador vê paralisado no tempo, por isso, nada
Note que nem todos aparecem obrigatoriamente
00

muda no desenvolvimento do texto.


em um único texto, mas o que nunca falta à narra-
5-

Dessa forma, não ocorre na representação do


ção é o personagem.
21

cenário (ou objeto) progressão temporal (sucessão de


Ex.:  Um jovem leiteiro foi confundido com um
.

fatos), portanto, não há passagem do tempo.  


70

Na descrição, as principais informações são pas- assaltante e morto nesta madrugada com um tiro no
.4

sadas por intermédio de palavras adjetivas, sempre coração. Um morador de nossa cidade, assustado com
49

submissas a palavras substantivas. o barulho feito pelo trabalhador da madrugada, eli-


-0

Ex.:  Na mistura do sangue com o leite das garra- minou o suposto marginal em nome da segurança dos
ar

fas quebradas, viam-se os fios castanhos do cabelo do que dormiam inocentes.


és

Vejamos como fica nosso esquema narrativo:


jovem embebidos naquele grosso líquido. Não devia
C

ter mais de 20 anos, mas mostrava nas mãos calos que


o

z Um jovem leiteiro foi confundido com um assaltante;


dr

foram cultivados parece que há muito mais tempo.


z Um jovem leiteiro foi morto com um tiro no coração;
Pe

O que vemos nesse texto? Observe:


z Um morador eliminou o suposto marginal;
z Os inocentes dormiam.
z Sangue e leite estão misturados;
z As garrafas estão quebradas;
REDAÇÃO DISCURSIVA

Os verbos garantem o dinamismo do texto, regis-


z Os cabelos são castanhos; trando o agente da ocorrência. Assim, entendemos
z O jovem tem aproximadamente 20 anos; bem a diferença entre a descrição, que não apresenta
z Os cabelos estão embebidos; movimento, pois nela não há sucessão de fatos, e, por
z O líquido é grosso; isso, o tempo não passa: sem progressão temporal; e a
z As mãos eram calejadas; narração, que apresenta sucessão de fatos: com pro-
z Os calos foram cultivados. gressão temporal.
Importante é perceber que o traço de diferença
Por causa desses elementos descritivos, somos marcante entre os dois tipos de texto é a progressão
levados a imaginar o cenário estático. Observe que o do tempo. Para confirmar a progressão nesse texto,
todo do texto compõe uma imagem que nós, leitores, basta percebermos a mudança apresentada no con-
conseguimos criar em nosso raciocínio, como se fosse texto: o leiteiro estava vivo, trabalhando, e agora está
uma foto. morto. 61
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Para completar a análise desse texto, a partir do O substantivo vida representa a palavra-chave
levantamento das características da narração, vamos quanto à verdade defendida na tese do autor de que
reconhecer seus elementos: “Não se pode mais tratar a vida humana como um sim-
ples exemplo de existência biológica”. Essa verdade é
z Personagens: o leiteiro e o morador da cidade; sustentada por dois argumentos positivos na defesa
z Narrador: aquele que nos conta o fato; dessa tese: o respeito à vida e a vida como essência
z Tempo: nesta madrugada; de nossa natureza.
Observe que, nesse texto, não há progressão tem-
z Lugar: nossa cidade;
poral, pois não há mudança alguma, já que não exis-
z Ação: assassinato.
te uma sequência de fatos; não há também a criação
de uma imagem de alguém ou de algo; mas há uma
Atenção: o que realmente diferencia a narração evolução, um desenvolvimento da ideia apresentada
dos outros tipos de texto é a progressão temporal. no início do texto em relação à vida humana, ao que
chamamos de progressão dissertativa, afinal, a ideia
Dissertação “progrediu”, a ideia inicial foi ficando sólida à medida
que o texto se desenrolou.
A dissertação é o tipo de texto mais comum de ser O que caracteriza definitivamente o texto disserta-
cobrado em provas de concurso, tanto na argumenta- tivo, então, é a existência de uma ideia base apresen-
ção geral sobre temas diversos, quanto na exposição tada, a tese e o seu desenvolvimento, culminando
de seus conhecimentos em questões discursivas. em seu fortalecimento por meio dos argumentos.
Na dissertação, propõe-se uma tese sobre uma Esse fortalecimento chama-se fundamentação.
suposta verdade. Tal verdade deve ter existência No texto bem elaborado, a tese é tida como verda-
substancial, por isso, é representada por uma pala- de pela fundamentação, portanto, podemos reconhe-
vra substantiva. A sustentação dessa verdade, por sua cer nele a progressão discursiva.
Por ora, vamos retomar o esquema anterior e
vez, pode ser ilustrada por outras palavras substanti-
aprofundá-lo para que não se esqueça de como dife-
vas. Veja o texto a seguir:
renciar os três tipos de texto:
descrição  imagem — não há progressão temporal
Dissertação é um trabalho baseado em estu- narração  fato — há progressão temporal
do teórico de natureza reflexiva, que consiste na dissertação  ideia — progressão discursiva
ordenação de ideias sobre um determinado tema.
A característica básica da dissertação é o cunho
ESTRUTURA DISSERTATIVA E PROGRESSÃO
reflexivo-teórico. Dissertar é debater, discutir, ques-
DISCURSIVA
tionar, expressar ponto de vista, qualquer que seja.
É desenvolver um raciocínio, desenvolver argu-
Neste assunto, trabalharemos alguns elementos
mentos que fundamentem posições. É polemizar,
importantes para iniciarmos nossa produção de textos.
inclusive, com opiniões e com argumentos contrá-
A dissertação é um tipo de texto que se caracteriza
rios aos nossos. É estabelecer relações de causa e
pela exposição e defesa de uma ideia que será anali-
consequência, é dar exemplos, é tirar conclusões,
sada e discutida a partir de um ponto de vista. Para
é apresentar um texto com organização lógica das
tal defesa, o autor do texto dissertativo trabalha com
ideias. Basicamente um texto em que o autor mos-
argumentos, fatos, dados, os quais utiliza para refor-
00

tra as suas ideias.


çar ou justificar o desenvolvimento de suas ideias.
5-

Para atender a esse propósito, a dissertação deve


21

Assim, podemos entender a dissertação, diferen- apresentar uma organização estrutural que conduza
.

ciando-a dos dois tipos anteriores, como um texto que


70

as informações ao leitor de forma a seduzi-lo quanto


apresenta a análise do autor sobre algo, revelando um
.4

ao reconhecimento da verdade proposta como tese.


49

entendimento lógico sobre o assunto que ele analisou. Compreende-se como estrutura básica de uma dis-
-0

Por isso, dissemos inicialmente que é um texto que sertação a divisão da exposição da argumentação em
apresenta uma ideia, ao que chamamos de tese, isto é, três partes distintas: a introdução, o desenvolvimento
ar

esse tipo de texto revela a ideia que o autor desenvol- e a conclusão. Acompanhe cada uma dessas partes a
és

veu sobre um determinado assunto. seguir.


C

Além disso, todas as informações que forem apre-


o
dr

sentadas sobre o assunto analisado serão os argu- Introdução


Pe

mentos que representarão a análise feita pelo autor.


Note que os argumentos são os motivos que levaram A introdução do texto dissertativo é a apresenta-
o autor a ter um posicionamento, uma ideia, uma tese ção de seu projeto. Ela deve conter a tese de sua dis-
sobre o assunto. sertação, ou seja, deve apresentar seu posicionamento
Ex.: Não se pode mais tratar a vida humana como sobre o tema proposto pela banca.
um simples exemplo de existência biológica. Já está na Esse momento é muito importante para o leitor,
pois é aí que será mostrada a identificação de suas
hora de se entender que é preciso ter respeito à vida
ideias com o tema. É um bom momento para apresen-
como uma atitude existencial que deve ser encarada
tá-lo aos argumentos sequencialmente ordenados de
como essência de nossa natureza, o que vai além das acordo com a progressão que você dará à sua redação
próprias leis de um país. (progressão textual).
Atente-se para o que se pode destacar agora: A introdução deve ser clara e chamar a atenção
para dois itens básicos: os objetivos do texto e o pla-
z A verdade geral defendida, o nome do assunto = no do desenvolvimento. Sem ter medo de apresentar
vida, especificamente a humana; alguma previsibilidade de seu projeto, você, autor,
z Argumentos que sustentam essa verdade: respei- deve expor os caminhos por que percorrerá em sua
62 to e essência. explanação.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lembre-se de que o leitor, corretor de seu traba- Ex.: apresentação do terceiro argumento sobre “as
lho, é um professor experiente e é a organização que inovações em vários outros espaços do cotidiano”:
mais o impressionará nesse momento. Por isso, não E isso não para por aí. Ainda convém lembrar que
tenha medo de ser objetivo e previamente ilustrativo de muitas outras formas a tecnologia interfere
quanto aos seus propósitos de trabalho. positivamente em nossas vidas. As relações sociais
Ex.: Parágrafo de introdução intensificaram-se depois do surgimento das várias
Todos sabem o quanto a tecnologia vem imple- redes de relacionamento, tendo início com o Orkut e o
mentando novos valores à vida do homem moder- Facebook, permitindo que as pessoas se reencontrem
no principalmente no que diz respeito a sua vida em ambientes virtuais, o que antigamente exigiria
em sociedade (1). É notório o desenvolvimento da muito esforço coletivo para tais eventos. Programas
tecnologia em campos como o da educação (2) e o como o Zoom e o Google Meet possibilitam que as
dos serviços sociais (3). Essas inovações vão ainda pessoas conversem e interajam em diferentes partes
muito além disso, atingindo vários outros espaços do mundo sem nenhum custo além dos já dispensa-
do cotidiano (4) da maioria das pessoas. dos com seus provedores residenciais. Uma mãe que
mora longe dos filhos já pode vê-los, ou aos netos, pela
z (1) A tese: a tecnologia vem implementando novos tela de um notebook ou celular, sempre que sentir
valores à vida do homem moderno principalmente saudade.
no que diz respeito a sua vida em sociedade;
z (2), (3), (4) Argumentos levantados a fim de sus- Conclusão
tentar a tese: o desenvolvimento da tecnologia
em campos como o da educação (2) / o dos serviços A conclusão é a retomada da ideia principal, que
sociais (3) / inovações atingindo vários outros espa- agora deve aparecer de forma muito mais convin-
ços do cotidiano (4). cente, uma vez que já foi fundamentada durante o
desenvolvimento da dissertação. Deve, pois, conter,
Desenvolvimento de forma sintética, o objetivo proposto na instrução, a
confirmação da hipótese ou da tese, acrescida da argu-
O desenvolvimento é a parte em que você deve mentação básica empregada no desenvolvimento.
expor os elementos que vão fundamentar sua tese, Ex.: considerações finais:
que pode vir especificada por intermédio de argu- Tendo em vista os aspectos observados sobre esse
mentos, pormenores, exemplos, citações, dados esta- admirável mundo de facilidades técnicas, só nos res-
tísticos, explicações, definições, confrontos de ideias e ta comentar que não foi só o computador que tor-
contra-argumentações. nou a vida do cidadão mais simples e confortável,
Você poderá usar tantos parágrafos quanto achar mas outros campos da tecnologia também contri-
necessário para desenvolver suas teorias; porém, em buíram para isso. Os aparelhos de GPS, que nos
redações de curta extensão, o ideal é que cada pará- orientam a qualquer direção, ou ainda diversos
grafo apresente objetivamente apenas um dos argu- dispositivos médicos portáteis, garantem a melho-
mentos a serem desenvolvidos ou, ainda, que esses ra da qualidade de vida de todos os homens do nos-
argumentos sejam agrupados caso vários deles devam so tempo.
ser apresentados para sustentar sua tese.
00

Ex.: apresentação do primeiro argumento sobre “o ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS


5-

desenvolvimento da tecnologia em campos como o


21

da educação”: Coesão
.
70

Alguns argumentam que é importante reconhecer


.4

o papel das redes mundiais de informação para Coesão pode ser considerada a “costura” textual,
49

o favorecimento da construção do conhecimen- a “amarração” na estrutura das frases, dos períodos


-0

to. Hoje é possível visitar um museu, consultar uma e dos parágrafos que fazemos com palavras. Para
biblioteca e até mesmo estudar sem sair de casa. Por garantir uma boa coesão no seu texto, você deve pres-
ar

tar atenção a alguns mecanismos.


és

meio da internet, saberes de nível mundial podem ser


alcançados por qualquer pessoa que os deseje. Basta A seguir, em negrito, há exemplos de períodos que
C

estar diante de um computador, ou de posse de um podem ser melhorados utilizando os mecanismos de


o
dr

desses modernos aparelhos celulares, para se ligar a coesão:


Pe

qualquer momento ao universo virtual. Hoje é pos-


sível ler qualquer livro a qualquer momento em um z Elementos anafóricos: esse, essa, isso, aquilo,
desses dispositivos. ele...
REDAÇÃO DISCURSIVA

Ex.: apresentação do segundo argumento sobre “o


desenvolvimento da tecnologia em campos como o São palavras referentes a outras que apareceram
dos serviços sociais”: no texto, a fim de retomá-las.
Outro aspecto que merece destaque especial é
quanto ao atendimento oferecido ao cidadão pelos
Ela = Dolores seu = Ela
órgãos do serviço público. Já é possível registrar
um boletim de ocorrência via computador ou ainda
agendar a emissão de passaportes junto às agencias Ex.: Dolores era beleza única. Ela sabia do seu
da Polícia Federal em qualquer lugar do Brasil. Con- poder de seduzir e o usava
sultas médicas podem ser marcadas em hospitais
públicos ou privados e os exames realizados podem
ser consultados diretamente do banco de dados des- o = poder
sas entidades. 63
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Elementos catafóricos: este, esta, isto, tal como, z Coerência Semântica
a saber...
Refere-se à relação entre significados dos elemen-
São palavras referentes a outras que irão aparecer tos da frase (local) ou entre os elementos do texto
no texto: como um todo:
Ex.: Paulo e Maria queriam chegar ao centro da
questão.
Não caberia aqui pensar em centro como bairro
Ex.: Este novo produto a deixará maravilhosa, é o de uma cidade. É nesse caso que entra o estudo da
xampu Ela. Use-o e você não vai se arrepender! coesão por meio do vocabulário.

O pronome demonstrativo este apresenta um ele- z Coerência Sintática


mento do qual ainda não se falou = o xampu.
Refere-se aos meios sintáticos que o autor utiliza
para expressar a coerência semântica:
z Coesão Lexical
“A felicidade, para cuja obtenção não existem
técnicas científicas, faz-se de pequenos fragmentos...”
São palavras ou expressões equivalentes. A repe-
Como leitor do texto, você deve entender que o
tição de palavras compromete a qualidade do texto, pronome cuja foi empregado para estabelecer posse
mostrando falta de vocabulário do redator. Assim, é entre obtenção e felicidade.
aconselhável a utilização de sinônimos: É nesse caso que entra o estudo da coesão com o
Ex.: Primeiro busquei o amor, que traz o êxtase — emprego dos conectivos.
êxtase tão grande que sacrificaria o resto de minha
vida por umas poucas horas dessa alegria. z Coerência Estilística
Nesse caso, a palavra alegria aparece como sinôni-
mo semântico da palavra amor, representando-a. Refere-se ao estilo do autor, à linguagem que ele
emprega para redigir. O leitor atento a isso consegue
z Coesão por Elipse ou Zeugma (Omissão) facilmente entender a estrutura do texto e relacionar
bem as informações textuais.
É a omissão de um termo facilmente identificável. Além disso, percebendo se a linguagem do texto é
figurada ou não, seu raciocínio interpretativo deverá
Podemos ocultar o sujeito da frase e fazer o leitor pro-
funcionar de uma determinada maneira, como pode-
curar no contexto quem é o agente, fazendo correla-
mos ver neste texto de Ricardo Reis, heterônimo de
ções entre as partes. Fernando Pessoa:
Ex.: O marechal marchava rumo ao leste. Não
tinha medo, (?) sabia que ao seu lado a sorte também Já sobre a fronte vã se me acinzenta
galopava. O cabelo do jovem que perdi.
A interrogação representa a omissão do sujeito Meus olhos brilham menos.
marechal que fica subentendido na oração. Já não tem jus a beijos minha boca.
00

Se me ainda amas por amor, não ames:


5-

Traíras-me comigo.
z Conectivos Principais
21

(Ricardo Reis/Fernando Pessoa)


.
70

„ Preposições e suas locuções: em, para, de,


Elementos Importantes de Coesão e Coerência
.4

por, sem, com...


49

„ Conjunções e suas locuções: e, que, quando,


-0

Para continuarmos o estudo de coesão e coerên-


para que, mas... cia, devemos relembrar alguns elementos gramaticais
ar

„ Pronomes relativos, demonstrativos, pos- importantes. Acompanhe a seguir.


és

sessivos, pessoais: onde, que, cujo, seu, este,


C

esse, ele... z Pronomes Demonstrativos


o
dr
Pe

Ex.: Os programas de TV, em que nós podemos ver Indicam posição dos seres em relação às pessoas
muitas mulheres nuas, são imorais. Desde seu iní- do discurso, situando-os no tempo e/ou no espaço
cio, a televisão foi usada para facilitar o domínio da (função dêitica destes pronomes). Podem também ser
sociedade. Como exemplo, podemos citar a chegada empregados fazendo referência aos elementos do tex-
do homem à Lua, quando os EUA conseguiram, com to (função anafórica ou catafórica). São eles:
sua propaganda capitalista frente a uma Guerra Fria,
a simpatia de grande parte da população do planeta. ESTE (A/S), ESSE (A/S), Têm função de pronome
AQUELE (A/S) adjetivo
Coerência ISSO, ISTO, AQUILO, O Têm função de pronome
(A/S) substantivo
Coerência textual é uma relação harmônica que se MESMO, PRÓPRIO, Quando são demons-
estabelece entre as partes de um texto, em um contex- SEMELHANTE, TAL (E trativos, são pronomes
to específico, e que é responsável pela percepção de FLEXÕES) adjetivos
uma unidade de sentido. Sendo assim, os principais
64 aspectos envolvidos nessa questão são: Empregos do pronome demonstrativo:
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„ Indicando localização no espaço:

Este (aqui): pronome de 1ª pessoa: o falante o emprega para referir-se ao ser que está junto dele. Ex.: Este é
meu casaco! — a moça avisou, enquanto o segurava.
Esse (aí): pronome de 2ª pessoa: o falante o emprega para referir-se ao ser que está junto do seu ouvinte. Ex.:
Passe-me essa jarra de suco, por favor. — pediu ela ao rapaz que sentara à sua frente.
Aquele (lá): pronome de 3ª pessoa: a referência será ao ser que está distante do falante e do ouvinte. Ex.: As
duas no portão não aguentavam de curiosidade, quem seria aquele moço na esquina?

„ Indicando localização temporal:

Este (presente): Neste ano, haverá Copa do Mundo.


Esse (passado próximo): Nesse ano que passou, não tivemos Copa do Mundo.
Esse (passado futuro): A próxima copa será em 2014. Nesse ano, poderemos ver todos os jogos acontecerem
aqui em nosso país.
Aquele (passado distante ou bastante vago): Naquela época, não havia iluminação elétrica.

„ Fazendo referências contextuais (funções anafórica e catafórica):

Este: refere-se a um elemento sobre o qual ainda se vai falar no texto (referência catafórica). Ex.: Este é o pro-
blema: estou dura. Pode também fazer uma referência de especificação a um elemento já expresso (referência
anafórica). Ex.: Ana e Bia saíram, esta foi ao cinema.
Esse: refere-se a um elemento já mencionado no texto (referência anafórica). Ex.: Comprei aspirina. Esse
remédio é ótimo.
Este: refere-se à última informação antecedente a ele no texto;
Aquele: refere-se à informação mais distante dele no texto. Ex.: Ana, João e Cris são irmãos; esta é quieta, esse
fala pouco e aquela fala muito.

z Período Composto

„ Que, o/a (s) qual (s): referem-se à coisa ou pessoa. Ex.: O livro que li é ótimo. / O livro o qual li é ótimo;
„ Quem: refere-se à pessoa, sempre preposicionado. Ex.: Esta é a aluna de quem falei;
„ Cujo (parecido com o possessivo): estabelece posse. Ex.: Este é o autor com cujas ideias concordo;
„ Onde (= em que): refere-se a lugar. Ex.: A rua onde (em que) moro é movimentada.
00

Atenção!
5-
21

„ Observar a palavra a que se refere o pronome relativo para evitar erros de concordância verbal. Ex.: Lemos
.
70

os livros que foram indicados pelo professor (que = os quais → livros);


.4
49

„ Respeitar a regência do verbo ou do nome, usando a preposição exigida quando necessário. Ex.: Este é o
-0

livro a que me refiro.


ar
és

O verbo “referir-se” pede a preposição “a”; por isso, ela aparece antes do “que”. Ex.: Esta é a obra por que
C

tenho admiração. A preposição “por” foi exigida pelo substantivo “admiração”;


o
dr

„ Os pronomes como, quando e quanto também podem ser relativos;


Pe

„ Os relativos compõem as orações subordinadas adjetivas;


„ As orações adjetivas podem ser explicativas (cujo conteúdo é explicativo, genérico, uma informação a
mais) ou restritivas (cujo conteúdo é de restrição, especificação, informação importante no contexto).
REDAÇÃO DISCURSIVA

z As Orações Subordinadas Adjetivas e a Semântica

As orações adjetivas são iniciadas sempre por pronomes relativos e podem ser de dois tipos:

„ Explicativa: O homem, que é racional, mata.  A oração adjetiva deste caso não tem sentido restritivo,
pois todos os homens são racionais;
„ estritiva: O homem que fuma morre mais cedo.  A oração adjetiva deste caso reporta-se apenas ao
homem fumante.

z Emprego de Cujo e Onde 65


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ONDE Lugares. Este é o prédio onde fica o 1º cartório.

Esta é a jovem de
CUJO cujo pai eu lhe falei.
Concorda com o substantivo posterior e indica
SUBS . CUJO SUBS. que esse substantivo pertence a outro termo
substantivo anterior ao cujo. Este é o pai de cuja
POSSE jovem eu lhe falei.

Conjunções Coordenativas, Locuções Conjuntivas, Preposições e Locuções Prepositivas

„ Adição: e, nem, (não só...) mas também, mas ainda, tampouco, (não só...) como também. Ex.: A água crista-
lina brota da terra e busca seu caminho por entre as pedras;
„ Adversidade/oposição: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Ex.: Este can-
didato não estudou muito, mas foi aprovado;
„ Alternância: ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja... seja. Ex.: Ou estude, ou aguente a reprova;
„ Conclusão: logo, portanto, pois (depois de verbo), por isso, então. Ex.: Bebida alcoólica pode causar vício,
portanto sua venda deve ser considerada ilícita;
„ Explicação: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Ex.: Não se preocupe, que eu arrumarei toda
esta bagunça.

z Conjunções Subordinativas Adverbiais

„ Causa: porque, como (somente no início do período), que, já que, visto que, por (+ infinitivo), graças a, na
medida em que, em virtude de (+ infinitivo), em face de, desde que, uma vez que. Ex.: Como estava muito
doente, foi ao médico;
„ Comparação: mais... que, menos... que, tão/tanto... como, assim como, como. Ex.: Ele sempre se posicionou
como um líder;
„ Concessão: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de (+ infinitivo), em que pese
a (+ infinitivo), posto que, malgrado. Ex.: Embora não esteja me sentindo bem, assistirei à aula até o final;
„ Condição: se (às vezes prevalece a ideia de causa, outras vezes, de tempo, ou, ainda, de oposição), caso,
desde que, a não ser que, a menos que (a ideia pode ser desdobrada em de concessão), contanto que, uma
vez que. Ex.: Eles não conseguirão vaga para este ano letivo, a menos que haja alguma desistência;
„ Conformidade: conforme, como, segundo, consoante. Ex.: Tudo aconteceu como eles imaginaram;
„ Consequência: (tão/tanto...) que, de modo que, de maneira que, de sorte que. Ex.: Tanto lutou, que progre-
00

diu muito na vida;


5-

„ Finalidade: a fim de que, a fim de (+ infinitivo), que, porque, para que, para (+ infinitivo). Ex.: Faça bem a
21

sua parte do projeto para que não haja reclamações;


.

„ Proporcionalidade: à proporção que, à medida que, na medida em que, quanto mais, quanto menos, con-
70

forme. Ex.: À medida que o progresso avança, o romantismo diminui;


.4
49

„ Tempo: quando (a ideia pode ser desdobrada em ideia de condição), enquanto, mal, logo que, assim que,
-0

sempre que, desde que, conforme. Ex.: Mal ele chegou, todas o rodearam.
ar

Paralelismo
és
C
o

Paralelismo pode ser entendido como equilíbrio da organização textual, promovendo no texto coerência em
dr

sua elaboração e, portanto, em seu sentido. Esse mesmo equilíbrio deve assim ser entendido nos períodos, pois
Pe

sua redação também deve apresentar uma sequência lógica para que ele tenha sentido claro e realmente dê a
informação pretendida pelo seu autor.
Veja, como exemplo, o que diz o professor Othon Marques Garcia em seu livro Comunicação em Prosa Moderna:

Se coordenação é, como vimos, um processo de encadeamento de valores sintáticos idênticos, é justo presumir que
quaisquer elementos da frase — sejam orações, sejam termos dela —, coordenados entre si, devam — em princípio,
pelo menos — apresentar estrutura gramatical idêntica, pois — como, aliás, ensina a gramática de Chomsky — não
se podem coordenar frases que não comportem constituintes do mesmo tipo. Em outras palavras: as ideias similares
devem corresponder forma verbal similar. Isso é o que se costuma chamar paralelismo ou simetria de construção3A

Vejamos agora alguns exemplos de construções que apresentam erros de paralelismo:

„ Paralelismo semântico: Em sua última viagem pela América Latina como representante do governo bra-
sileiro, o presidente visitou Havana, a República Dominicana, Washington e o Presidente Barack Obama.
66 3 GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro, Editora FGV: 2010, p. 52-53.
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Observe que nesse caso o verbo “visitou” está sen- z Projeto de dissertação: Exemplos arroz com feijão;
do empregado de maneira a sugerir que se pode visi- z Tema: A alimentação do brasileiro;
tar uma cidade da mesma forma como se visita uma z Tese: A comida dos brasileiros é muito saudável e
pessoa, ou seja, está empregado de forma errada, já tem tudo de que ele necessita para seu longo dia
que ocorre um duplo sentido a esse verbo com essa de trabalho;
construção. z Argumentos: carboidratos no arroz com feijão;
Uma forma correta de representar a ideia preten- proteínas no bife com salada; glicose e cafeína do
dida pelo texto é: Em sua última viagem pela América cafezinho preto com açúcar.
Latina como representante do governo brasileiro, o
presidente visitou Havana, a República Dominicana, 1° Parágrafo
Washington e nesta última cidade foi ver o Presidente
Barack Obama. Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida
é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi-
„ Paralelismo sintático: Nosso time se esforçou tam para seu longo dia de trabalho. Verifica-se que
bastante em todos os jogos, mas conseguiram
os carboidratos no arroz com feijão, as proteínas no
se tornar os campeões este ano.
bife com salada, além da glicose no cafezinho preto
com açúcar, fornecem um completo abastecimento de
Veja como a conjunção adversativa “mas” foi inde-
energia somada ao prazer.
vidamente empregada, dando uma ideia de que ser
campeão é oposto ao fato de se esforçar para vencer.
2° Parágrafo
O correto nesse caso seria empregar uma conjunção
que conduzisse logicamente a primeira oração à ideia
da vitória apresentada na segunda oração, como em: É de fundamental importância o consumo de
Nosso time se esforçou bastante em todos os jogos, por alimentos ricos no fornecimento de energia para a
isso (e, dessa forma, logo, consequentemente...) conse- movimentação do nosso corpo. Podemos mencionar,
guiu se tornar o campeão este ano. por exemplo, o arroz com feijão que diariamente
abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em
Progressão Textual carboidratos. Esse complexo alimentar nos recompõe
da energia própria consumida durante o dia.
A progressão textual é o processo pelo qual o texto
se constrói a partir de elementos semânticos e grama- 3° Parágrafo
ticais. Novas informações devem ser somadas e liga-
das às informações anteriores e não apenas repetidas. Além disso, as proteínas da carne no bife que
Deve haver a continuidade e a evolução dos concei- comemos servem para repor a massa muscular per-
tos já apresentados que podem ser conquistadas por dida durante o trabalho. E, somando-se a isso, há as
intermédio dos elementos de coesão. fibras das verduras e folhas, que ajudam no proces-
Veja uma simulação do projeto de máscaras de samento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a
redação e observe na prática como a progressão tex- possibilidade de reafirmarmos o valor nutricional do
tual ocorre: conjunto de alimentos de nosso prato mais tradicional
Muito se tem discutido ultimamente sobre (blá,
00

e de justificarmos os hábitos desenvolvidos em nossa


blá, blá) por causa de (blá, blá, blá). Sabe-se que cultura culinária.
5-

alguns fatores como (blá, blá, blá), (blá, blá, blá) e


21

(blá, blá, blá) são a base do desenvolvimento desse


.

4° Parágrafo
70

problema. As consequências imediatas de (blá, blá,


.4

blá) só poderão ser avaliadas quando (blá, blá, blá).


49

Ainda convém lembrarmos outro hábito que


O primeiro passo a se tomar é o de (blá, blá, blá). contribui para o sucesso do nosso bem elaborado
-0

Além de (blá, blá, blá), também se pode especular cardápio (que é): o de tomarmos um cafezinho após
ar

que (blá, blá, blá).


as refeições. Esse conjunto da cafeína mais o açúcar
és

Ainda convém chamar a atenção para mais um


reabastece nosso cérebro de energia desviada para
C

ponto determinante sobre (blá, blá, blá), que é (blá,


os órgãos processadores da digestão no momento em
o

blá, blá).
dr

que comemos. Essas substâncias reprimem a sonolên-


O resultado de todo esse esforço é (blá, blá, blá) e
Pe

cia típica da hora do almoço, mantendo-nos despertos.


é em busca de (blá, blá, blá) que se deve (blá, blá, blá).
Sendo assim, (blá, blá, blá).
Você pode perceber que, mesmo não abordando 5° Parágrafo
REDAÇÃO DISCURSIVA

assunto algum, há um encadeamento lógico da estru-


tura do texto que conduz a uma eficiência argumen- Levando-se em consideração esses aspectos
tativa que admite a idealização de uma vasta margem práticos do prato do brasileiro, somos levados a
de desenvolvimentos sobre variados temas. acreditar que não é apenas por prazer que somos
seduzidos pela nossa culinária, mas também por
TEORIA DAS MÁSCARAS tudo o que ela nos oferece para a manutenção de
nossa saúde. Sendo assim, a falta de qualquer um
Depois de observar as dificuldades que as pessoas desses ingredientes nos causará debilidade, além de
têm de se expressarem por meio da escrita, colocamos insatisfação.
aqui soluções definitivas para esses problemas, sem a Observe o texto apresentado e sua estrutura.
pretensão de criar fórmulas mágicas, mas sim de criar Imaginemos que o tema proposto a nós fosse “A ali-
um referencial mais concreto e imediato. mentação do brasileiro” e que, a partir desse tema,
Leia inicialmente o texto piloto de nosso projeto: tivéssemos que produzir uma dissertação sobre ele. 67
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A primeira coisa a fazer seria a delimitação do
tema, ou seja, deveríamos buscar com objetividade É de fundamental importância o _________________
uma tese, dentro desse tema, sobre a qual fôssemos ________________ para _______________. Podemos men-
capazes de argumentar, como esta: cionar, por exemplo, ___________ que _______________,
“A comida dos brasileiros é muito saudável e por causa de ____________. Esse _____________________
tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de ____________________________________.
trabalho”.
O próximo passo seria o de levantar alguns argu-
mentos que sustentassem a tese proposta com valor Observe como ficou a sequência completa do
de verdade. Veja como fizemos: segundo parágrafo:
Já que estávamos falando da alimentação dos É de fundamental importância o consumo de
brasileiros, nada melhor do que falarmos sobre seus alimentos ricos no fornecimento de energia para a
pontos positivos, pontos estes reconhecidos até por movimentação do nosso corpo. Podemos mencionar,
especialistas em alimentação mundial: o valor nutri- por exemplo, o arroz com feijão que diariamente
cional que compõe o nosso prato mais popular — isso
abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em
mesmo, o “PF”, “prato feito”, que encontramos em
carboidratos. Esse complexo alimentar nos recompõe
bares, pequenos restaurantes e, principalmente, na
maioria das mesas do povo brasileiro: o arroz com fei- da energia própria consumida durante o dia.
jão, bife e salada, finalizado com um cafezinho preto. Veja agora uma coletânea de frases que podem
Decompomos esse prato e identificamos seus prin- auxiliá-lo na introdução de seus parágrafos iniciais:
cipais ingredientes, aqueles merecedores de destaque
como boa argumentação a favor de nossa tese. Mar- z É de conhecimento geral que...
camos o “carboidrato”, presente no arroz e no feijão, z Todos sabem que, em nosso país, há tempos,
como nosso primeiro ponto positivo. Depois foi a vez observa-se...
das “proteínas” presentes no bife com salada e che- z Cogita-se, com muita frequência, que...
gamos, finalmente, à “cafeína” e ao “açúcar” presen-
z Muito se tem discutido, recentemente, acerca de...
tes no cafezinho. Pronto, já temos a primeira parte de
nosso projeto organizado. z É de fundamental importância o (a)....
O próximo passo é juntar tudo no primeiro pará- z Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se desco-
grafo, de maneira organizada, de forma que as ideias brir as causas de....
sejam apresentadas em uma sequência que deixe cla- z Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual...
ro ao leitor sobre o que será falado e também qual
será a sequência de argumentos que será apresentada Assim como no segundo parágrafo, o terceiro e o
para dar credibilidade a nossa tese. quarto também seguiram o mesmo princípio quanto
Veja o modelo do primeiro parágrafo: às relações de coesão. As conjunções foram posicio-
nadas para dar coerência a quase qualquer tipo de
Todos sabem o quanto, em nosso país, _____ argumentação.
____________________________________. Verifica-se que Veja as estruturas vazias e seus respectivos pará-
________________________, __________________________, grafos completos:
além de ______________________, fornecem (ou: resul-
00

tam, culminam, têm como consequência...) ________. 3º Parágrafo


5-
21

Compare agora com o parágrafo preenchido com


.

Além disso, _____________________________________


70

a tese e com os argumentos e veja a amarração que _________. E, somando-se a isso, ________________ que
.4

conseguimos: _________________________________________________.
49

Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida Daí _______________________ e de ____________________


-0

é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi-


__________________.
tam para o seu longo dia de trabalho. Verifica-se que
ar

os carboidratos no arroz com feijão, as proteínas no


és

bife com salada, além da glicose no cafezinho preto


C

Além disso, as proteínas da carne no bife que


com açúcar, fornecem um completo abastecimento
o

comemos servem para repor a massa muscular per-


dr

de energia somada ao prazer.


dida durante o trabalho. E, somando-se a isso, há as
Pe

A partir daí, fizemos o mesmo para os parágrafos


fibras das verduras e folhas que ajudam no proces-
seguintes, impondo a eles estruturas programadas
com relação lógica de coerência e coesão. Você perce- samento dos alimentos pelos órgãos digestivos. Daí a
berá que a continuidade e a progressão textual foram possibilidade de reafirmarmos o valor nutricional do
sendo procuradas e construídas para dar evolução ao conjunto de alimentos de nosso prato mais tradicional
texto e aos argumentos. e de justificarmos os hábitos desenvolvidos em nossa
No segundo parágrafo, iniciamos com uma frase de cultura culinária.
apresentação que valoriza o primeiro argumento, depois
fomos completando os espaços em branco que ligavam 4º Parágrafo
os argumentos entre si com relações preestabelecidas de:
finalidade ― com a conjunção “para” ―; explicação ―
com o “que” ― causa ― com a locução “por causa de”. Ainda convém lembrarmos ____________
Veja que, para manter a continuidade textual ___________________, (que é): _______________.
recuperando sempre a ideia central do parágrafo, Esse ____________________________________ para
preocupamo-nos em acrescentar o pronome demons- ____________________________. Essa(s) _______________
trativo “Esse”, fechando com uma conclusão sobre ___________________________.
68 esse argumento.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ainda convém lembrarmos outro hábito que z Por todos esses aspectos...
contribui para o sucesso do nosso bem elaborado z Pela observação dos aspectos analisados...
cardápio, que é o de tomarmos um cafezinho após z Portanto... / logo... / então...
as refeições. Esse conjunto da cafeína mais o açúcar
reabastece nosso cérebro de energia desviada para Após a frase inicial, pode-se continuar a conclusão
os órgãos processadores da digestão no momento em com as seguintes frases:
que comemos. Essas substâncias reprimem a sonolên-
cia típica da hora do almoço, mantendo-nos despertos. z ...somos levados a acreditar que...
Para os parágrafos de desenvolvimento, também z ...é-se levado a acreditar que...
podemos relacionar frases que você poderá escolher z ...entendemos que...
para dar originalidade ao seu texto: z ...entende-se que...
z ...concluímos que...
z Ao se examinarem alguns..., verifica-se que... z ...conclui-se que...
z Pode-se mencionar, por exemplo, ... z ...é necessário que...
z Em consequência disso, vê-se, a todo instante, ... z ...faz-se necessário que...
z Alguns argumentam que...
z Além disso...
Observe como fica, então, a soma dos parágrafos e
z Outro fator existente...
como se deu a criação da primeira máscara:
z Outra preocupação constante...
z Ainda convém lembrar...
z Por outro lado... MÁSCARA 1
z Porém, mas, contudo, todavia, no entanto,
entretanto... 1º Parágrafo

Lembramos que esses exemplos são apenas suges- Todos sabem o quanto, em nosso país,
tões e que você poderá desenvolver construções que _____________________________. Verifica-se que
atendam sua necessidade a partir de quando for _____________________, _____________________________
adquirindo experiência com a produção de textos. além de ______________________________ fornecem
Tanto quanto podemos criar padrões para a intro- (ou: resultam, culminam, têm como consequência...)
dução e para o desenvolvimento de nossas redações, _______________________.
também podemos criá-los para a conclusão de nossa
dissertação. 2º Parágrafo
Acompanhe a organização de nosso último
parágrafo: É de fundamental importância o _____________
_______________________ para ____________________.
Podemos mencionar, por exemplo, ________________
Levando-se em consideração esses aspectos que ___________________, por causa de ___________.
_________________, somos levados a acreditar que Esse ____________________.
_________________, mas também _____________________.
Sendo assim, _________________________________. 3º Parágrafo
00
5-

Além disso, _________________________________


Teremos, após preencher o modelo:
21

________. E, somando-se a isso, __________________


.
70

que ________________________________________. Daí


Levando-se em consideração esses aspectos ________________________ e de ______________________.
.4

práticos do prato do brasileiro, somos levados a


49

acreditar que não é apenas por prazer que somos


-0

4º Parágrafo
seduzidos pela nossa culinária, mas também por
ar

tudo o que ela nos oferece para a manutenção de Ainda convém lembrarmos ____________
és

nossa saúde. Sendo assim, a falta de qualquer um


(que é): _______________. Esse ________________ para
C

desses ingredientes nos causará debilidade além de


__________________. Essa(s) __________________________.
o

insatisfação.
dr

Os aspectos conclusivos presentes nesse último


Pe

5o Parágrafo
parágrafo garantem ao leitor a clareza de que se che-
gou ao final do desenvolvimento da tese inicial. Levando-se em consideração esses aspec-
As frases em destaque dão força conclusiva ao tos ________________, somos levados a acreditar que
REDAÇÃO DISCURSIVA

parágrafo, conduzindo a sequência textual a uma pos-


_____________, mas também _______________. Sendo as-
sível solução para os problemas propostos, ou, ain-
da, podem gerar simples constatações das verdades sim, ___________________.
idealizadas.
Você também pode contar com uma pequena lista Agora que vimos o processo de criação das más-
de frases que podem auxiliá-lo nessa tarefa: caras, você poderá começar também seu trabalho
de produção. Antes, porém, vamos apresentar mais
z Em virtude dos fatos mencionados... dois outros modelos de máscaras de redação que você
z Por isso tudo... poderá usar como base para suas próprias criações.
z Levando-se em consideração esses aspectos... Observe como as máscaras garantem o encadea-
z Dessa forma... mento das ideias, a coesão entre as orações e a coe-
z Em vista dos argumentos apresentados... rência com as várias possibilidades argumentativas. A
z Dado o exposto... seguir, temos mais um exemplo de máscara: 69
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MÁSCARA 2 Faça o mesmo esquema no 3º e 4º parágrafos
para os argumentos “b” e “c”
1º Parágrafo
____________________________________________________
Entre os aspectos referentes a _________________, ____________________________________________________
três pontos merecem destaque especial. O primeiro ___________________________________________________
é _____________________; o segundo ________________ e, ____________________________________________________
por fim, ______________. ___________________________________________________.
2º Parágrafo ____________________________________________________
____________________________________________________
Alguns argumentam que ______________ para ___________________________________________________
_________________. Isso porque _____________________. ____________________________________________________
Dessa forma, _______________. ___________________________________________________.
3º Parágrafo Elabore sua conclusão: (confirme sua tese dizen-
do que, se algum dos argumentos não for conside-
Outra preocupação constante é _______________,
rado, a ideia inicial não poderá ser sustentada, ou
pois _______________. Como se isso não bastasse,
que os resultados propostos não serão atingidos)
____________ que ________________. Daí ______________
que _____________ e que ________________________. ____________________________________________________
____________________________________________________
4º Parágrafo ____________________________________________________
____________________________________________________
Também merece destaque __________ o (a) qual
_______________________________________________.
_____________________. Diante disso, ________________
para que __________________________.
APROFUNDAMENTO DA ELABORAÇÃO DO
5º Parágrafo
PARÁGRAFO DISSERTATIVO
Tendo em vista os aspectos observados _________,
só nos resta esperar que __________________, ou Vamos agora aprofundar o nosso trabalho com a
quem saiba _________________. Consequentemente, estrutura dos textos dissertativos. Para isso, traba-
_____________.
lharemos as várias modalidades de parágrafos que
podem ser utilizados para a elaboração de uma boa
Sugerimos a você que faça suas primeiras reda- dissertação. Mostraremos aqui a continuidade de nos-
ções com base em uma das máscaras prontas. Confor- so projeto de máscaras e os vários arranjos que são
me for avançando nos estudos, você poderá construir possíveis ao construí-las.
suas próprias máscaras personalizadas.
Por fim, preparamos uma máscara de organização Parágrafo de Introdução
00
5-

sequencial para seu projeto de redação. Use-a para se


21

organizar. O parágrafo de introdução tem como uma de suas


.
70

funções mais importantes a de apresentar a tese que


.4

será defendida no decorrer da redação.


49

PROJETO DE TEXTO (monte sua dissertação)


É também possível e bastante didático que você
-0

1º TEMA: ________________________________________________. faça uma prévia dos argumentos que serão traba-
ar

2º TESE: _________________________________________________. lhados na sustentação dessa tese. Assim, o leitor


és

poderá ser orientado, logo de saída, a acompanhar


C

3º ARGUMENTOS a) ______________________________.
o ritmo do seu pensamento e a sequência das suas
o
dr

b) ______________________________. argumentações.
Pe

c) ________________________________.
z Tipos Diferentes de Parágrafos de Introdução
(1º parágrafo) Tese + argumentos

___________________________________________________________ „ Declaração Inicial


___________________________________________________________
___________________________________________________________. Na declaração, afirma-se ou nega-se algo de iní-
(2º parágrafo) Justificativas (por que isso ocorre?): argu- cio para, em seguida, justificar-se e comprovar-se a
mento “a” + provas e exemplos (mostre casos conhecidos assertiva com exemplos, comparações, testemunhos
ou dê exemplos semelhantes ao seu argumento) de autores etc.
Construa o parágrafo unindo as informações anterio- Vejamos um exemplo desse tipo de parágrafo apli-
res ao argumento “a” . cado à nossa proposta básica, que é o projeto arroz
___________________________________________________________ com feijão. Mais uma vez, colocamos a disposição
___________________________________________________________ vazia do parágrafo, que poderá ser utilizada por você
___________________________________________________________.
70 sempre que desejar, seguida de um exemplo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Modelo nº 1: „ Divisão

O parágrafo de divisão, processo também qua-


É fato notório que ______________________________.
se que exclusivamente didático, por causa das suas
Sabe-se que ________________________, além da _______
características de objetividade e clareza, consiste em
_________________________________________________.
apresentar o tópico frasal (frase que introduz o pará-
grafo) sob a forma de divisão ou discriminação das
Preenchendo o modelo, teremos: ideias a serem desenvolvidas (normalmente, a divisão
vem precedida por uma definição, ambas no mesmo
É fato notório que a alimentação do brasileiro é parágrafo ou em parágrafos distintos).
boa e tem tudo de que necessitamos para suprir os Usamos aqui como representação desse modelo o
desgastes de um dia de trabalho. Sabe-se que os car- conceito de silogismo. Silogismo é um termo filosófi-
boidratos do arroz e do feijão, as proteínas do bife e da co com o qual Aristóteles designou a argumentação
salada, além da glicose do cafezinho preto com açú- lógica perfeita, constituída de três proposições decla-
car fornecem um completo abastecimento de energia rativas que se conectam de tal modo que, a partir das
somada ao prazer. primeiras duas, chamadas premissas, é possível dedu-
zir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta
por Aristóteles em sua obra Analíticos anteriores.
„ Definição
Modelo nº 3:
O parágrafo por definição é entendido como um
método preferencialmente didático, pois busca, por
intermédio de uma explicação clara e breve, a expo- _________ pode ser representado de duas maneiras
sição do significado de uma ideia, palavra ou de uma diferentes: ________, que é ___________, e _____________,
expressão. que é _______________. Enquanto a primeira ______
É a forma de exposição dos diversos lados pelos se apresenta ____________________, esta, por sua vez,
quais se pode encarar um assunto. Pode apresentar realiza-se por intermédio de _____________________.
tanto o significado que o termo carrega no uso geral
quanto aquele que o falante pretende determinar Preenchendo o modelo, teremos:
para o propósito do seu discurso.
Uma definição é um enunciado que descreve um O silogismo pode ser representado de duas
conceito, permitindo diferenciá-lo de outros conceitos maneiras diferentes: silogismo simples, que é for-
associados. mado por um único núcleo argumentativo, e silogis-
Veja como, em nosso parágrafo de exemplo, explo- mo composto, que é formado por diversos núcleos
ramos o conceito global e generalizado sobre o assun- argumentativos de elaboração complexa. Enquanto a
to. Você perceberá como o modelo vazio traz a indução primeira teoria se apresenta pela estrutura filosófi-
do assunto a ser definido. ca básica consagrada pela antiguidade, esta, por sua
Vale lembrar que, como se trata de uma definição, vez, realiza-se por intermédio de vários silogismos
a base dessa informação deve sustentar-se em uma desenvolvidos para atender às novas perspectivas de
00

verdade consagrada, diferentemente do que vimos sedução e convencimento.


5-

no exemplo anterior, já que a declaração inicial pode


21

basear-se em uma posição pessoal a ser defendida. „ Alusão Histórica


.
70
.4

A elaboração de um parágrafo por alusão histórica


Modelo nº 2:
49

é um recurso que desperta sempre a curiosidade do


-0

leitor por meio de fatos históricos, lendas, tradições,


___________ é a denominação dada a _____________. crendices, anedotas ou acontecimentos de que o autor
ar

Essa _____________________, mas a hipótese mais acei-


és

tenha sido participante ou testemunha (desenvolve-se


ta é a de que _______________________. Outra versão geralmente por meio da comparação com o presente
C

afirma que esse ___________________, que tem origem ou retorno a ele).


o
dr

________________. O que se sabe é que _________________. A vantagem desse método é o de podermos mos-
Pe

trar o desenvolvimento cronológico de um assunto,


expondo sua evolução no tempo.
Preenchendo o modelo, teremos:
Ao utilizar um fato histórico para sustentar uma
REDAÇÃO DISCURSIVA

tese, lembre-se de que a história é a ciência que estuda


Arroz com feijão é a denominação dada a um pra-
o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomi-
to típico da América Latina. Essa receita não tem uma
tantemente à análise de processos e eventos ocorridos
origem certa, mas a hipótese mais aceita é a de que no passado, e, como ela é uma ciência, tem, por conse-
seria fruto de uma combinação do arroz (de origem guinte, um grande valor argumentativo.
oriental) trazido pelos portugueses ao Brasil com o Observe como é simples:
feijão, que já seria consumido no Brasil pelos índios.
Outra versão afirma que esse prato foi a união do Modelo nº 4:
arroz com a feijoada, que tem origem africana ou
portuguesa. O que se sabe é que, ao longo dos sécu-
Desde a época da _______, sabe-se que ____________
los, esse prato foi se popularizando por todo o país,
para _______________. Principalmente hoje em dia,
passando a ser uma parte quase que indispensável da
reconhece-se que ___________________________.
refeição dos brasileiros. 71
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Preenchendo o modelo, temos: Modelo nº 1:

Desde a época da escravidão no Brasil, sabia-se


A cidade (ou região) em destaque é ______, que
que a alimentação dada a esses novos brasileiros era
fica localizada em _________________, região ______ de
boa e tinha tudo de que eles necessitavam para suprir
_________. É aí onde se localiza ________________________
os desgastes de um longo dia de trabalho. Hoje em dessa região. Cercada por ________________________, foi
dia, principalmente, já se reconhece que os carboi- bem no centro desse __________________________________
dratos do arroz e do feijão, as proteínas da carne e das _____________.
verduras fornecem um completo abastecimento de
energia somada ao prazer, justificando os hábitos do
passado como responsáveis pela tradição alimentar Preenchendo o modelo, teremos:
que preservamos.
A cidade em destaque é Pindaíba da Serra, que
„ Interrogação fica localizada em Monte Mole, região nobre de
Pindorama. É aí onde se localiza uma das mais belas
A ideia núcleo do parágrafo por interrogação é reservas naturais de paioca-rija, um cipó medicinal
colocada por intermédio de uma pergunta a qual ser- e afrodisíaco muito cobiçado pelos moradores dessa
ve mais como recurso retórico, uma vez que a questão região. Cercada por uma densa floresta de mambutis
levantada deve ser respondida pelo próprio autor. gigantes, foi bem no centro desse santuário tropical
Seu desenvolvimento é feito por intermédio da que a próspera cidadezinha se tornou uma espécie
confecção de uma resposta à pergunta. de centro cultural da região por preservar até hoje
um dos mais tradicionais rituais de nossa história: a
Modelo nº 5:
sagração da taioba-plus, entidade sagrada e reveren-
ciada pelos devotos naobilicos.
Será possível determinar qual é _________________
para ___________________? (Resposta) _______________ „ Desenvolvimento por Exploração Temporal
____________________________________________________
______________.
Nesse modelo, o leitor é informado do momento
em que os fatos ocorreram com a indicação de datas
Preenchendo o modelo, teremos: e outros aspectos temporais. Pode-se recorrer nesse
momento aos artifícios empregados no próprio pará-
Será possível determinar qual é a melhor com- grafo de alusão histórica, já que este também se serve
binação de alimentos para atender às necessidades de referências cronológicas.
diárias de nossa população? Qualquer nutricionista
dirá que sim, pois alimentos ricos em carboidratos e Modelo nº 2:
proteínas devem compor essa alimentação e não há
quase nada mais apropriado do que nosso tradicional
prato de todos os dias. O arroz com feijão tem as pro- No passado, quando pensávamos em __________,
00

porções perfeitas para satisfazer essa necessidade que notávamos que ______________ era ______________
5-

todos têm de recomposição de força e de energia. comparada à que vemos recentemente. Hoje, por
21

outro lado, _____________________________ tornaram-se


.
70

Parágrafos de Desenvolvimento _______________. O resultado disso é que _____________,


.4

na atualidade, tornou-se _______________.


49

Após o primeiro parágrafo, que, como já vimos,


-0

pode apresentar a tese e também os argumentos prin- Preenchendo o modelo, teremos:


ar

cipais que serão desenvolvidos, chega a hora de abor-


és

dar os elementos que sustentarão essas afirmações No passado, quando pensávamos em alimenta-
C

iniciais. Os parágrafos seguintes deverão conter os ção, notávamos que sua relação com a sobrevivência
o
dr

recursos argumentativos que articularão o convenci- era muito maior comparada à que vemos nos nos-
Pe

mento do leitor quanto à tese apresentada.


sos atuais. Hoje, por outro lado, a qualidade desses
alimentos e a qualidade da saúde que eles proporcio-
z Tipos Diferentes de Parágrafos de Desenvolvi-
nam tornaram-se o foco desse pensamento. O resul-
mento
tado disso é que comer, na atualidade, tornou-se
um ritual de bem viver.
As possibilidades de ordenação do parágrafo são
várias: exploração de aspectos espaciais e temporais,
enumeração de pormenores, apresentação de analo- „ Desenvolvimento por Exploração de Porme-
gia ou contraste, citação de exemplos e apresentação nores ou de Enumerações
de causas e consequências. Acompanhe a seguir.
Nesse modelo de parágrafo, tem-se por objetivo
„ Desenvolvimento por Exploração Espacial enumerar características, relacionar aspectos impor-
tantes sobre algum assunto. A apresentação das ideias
Ao argumentar, você pode se servir da exposição pode ser ou não ordenada segundo uma ordem de
de informações relativas ao lugar em que os fatos importância. A ordem depende do que se pretende
72 ocorreram. enfatizar.
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Modelo nº 3: Modelo nº 5:

Entre os aspectos referentes a _________________, No caso das _______________, porque cada qual
três pontos merecem destaque especial. O primeiro tem seus próprios valores ________________. Enquan-
é _______________________________; o segundo diz res- to a _________________, as ________, por sua vez,
peito __________________ e, por fim, __________________ _____________________.
_______________.
Ao preenchermos o modelo, teremos:
Ao preenchermos o modelo, teremos:
No caso das proteínas do bife e da salada que
Entre os aspectos referentes à alimentação dos comemos, seria melhor não generalizar, porque cada
brasileiros, três pontos merecem destaque especial. qual tem seus próprios valores para a alimentação.
O primeiro é quanto aos carboidratos presentes no Enquanto a carne é rica em proteínas que repõem
arroz com feijão; o segundo diz respeito às proteí- as perdas musculares pelo desgaste do dia a dia, as
nas presentes no bife com salada e, por fim, a glico- verduras, por sua vez, oferecem as fibras que nos
se somada à cafeína no cafezinho preto com açúcar, auxiliam no processamento dos alimentos pelo nosso
que fornecem um completo abastecimento de energia organismo ajudando na absorção dos nutrientes.
somada ao prazer.
„ Desenvolvimento por Exploração de Causa e
„ Desenvolvimento por exploração de con- Consequência
traste de ideias
Dentro de uma perspectiva lógica e simples, deve-
Na ordenação do parágrafo por exposição de con- mos compreender causa como um fator gerador de
trastes entre si, você pode se servir de comparações, problemas e consequência como os problemas gera-
ideias paralelas, ideias diferentes e ideias opostas. dos pela causa. Trabalhar com causas e consequências
é apresentar os aspectos que levaram ao problema
discutido e às suas decorrências.
Modelo nº 4:
Modelo nº 6:
Muitos acreditam que _________________________, por
causa da _____________________. Por outro lado, sabe-se
É de fundamental importância o __________________
também que ______________________________________, quan-
para ___________________. Podemos mencionar, por
do muitas vezes _________________________________.
exemplo, ________________ que ________________, por
causa _____________.
Ao preenchermos o modelo, teremos:

Muitos acreditam que o cafezinho preto com açú- Ao preenchermos o modelo, teremos:
car pode causar excitação e ansiedade quando consu-
00

mido em excesso, por causa da cafeína e da glicose


5-

É de fundamental importância o consumo de


presentes nele. Por outro lado, sabe-se também que
21

alimentos ricos no fornecimento de energia para a


essas substâncias fornecem uma carga suplementar
.

movimentação do nosso corpo. Podemos mencionar,


70

de energia nos deixando despertos logo após o almo- por exemplo, o arroz com feijão que diariamente
.4

ço, quando muitas vezes somos acometidos por uma abastece a nossa mesa, por causa de sua riqueza em
49

sonolência indesejada. carboidratos. Esse complexo alimentar nos recompõe


-0

da energia própria consumida durante o dia.


ar

„ Desenvolvimento por Exploração de Ideias


és

Analógicas e Comparação Parágrafo de Conclusão


C
o

Para organização das ideias, nossos redatores uti- A conclusão de uma dissertação é o momento de
dr

lizam expressões que indicam confronto, valendo-se


Pe

se mostrar que o objetivo proposto na introdução foi


do artifício de contrapor ideias, seres, coisas, fatos ou atingido. É de fundamental importância que não ocor-
fenômenos. ra contradição com a tese proposta no início de sua
Tal confronto tanto pode ser tanto de contrastes redação, o que descaracterizaria toda a argumentação.
REDAÇÃO DISCURSIVA

como de semelhanças. Analogia e comparação são Nesse momento, deve-se fazer uma síntese geral ou
também espécies de confronto: retomar a ideia inicial, reforçando os pontos de par-
tida do raciocínio. Pode-se também demonstrar que
A analogia é uma semelhança parcial que sugere uma solução a um problema foi encontrada ou que
uma semelhança oculta, mais completa. Na com- uma proposta de solução pode ser alcançada, ou, ain-
paração, as semelhanças são reais, sensíveis numa da, que uma resposta a uma pergunta foi encontrada.
forma verbal própria, em que entram normalmente Esse momento pode também gerar um questio-
os chamados conectivos de comparação (quanto, namento final, desde que não concorra com suas
como, do que, tal qual) [...]4. exposições anteriores. A satisfação do leitor deve ser
contemplada na conclusão para que ele não se sinta
Por exemplo: frustrado pela expectativa criada quanto ao tema.
4 Ibidem, p. 232. 73
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A volta ao início do texto que a conclusão faz é algo „ Conclusão por Resposta, Solução ou Proposta
que chamamos de circularidade. Esse caráter finaliza-
dor da conclusão também colabora para a progressão Levanta-se uma (ou mais) hipóteses ou sugestões
e continuidade textual. do que se deve fazer para transformar a história mos-
trada durante o desenrolar do texto.
z Tipos Diferentes de Parágrafos de Conclusão
Modelo nº 3:
Podemos enumerar alguns exemplos de conclu-
sões satisfatórias que todos poderão usar em seus tex-
tos dissertativos. Tendo em vista os aspectos observados sobre
______________, só nos resta esperar que ___________.
Ou quem saiba ainda que _______________ para
„ Conclusão por Síntese ou Resumo que ______________________. Consequentemente,
___________________________.
O primeiro recurso com que trabalharemos será
o do resumo ou da síntese geral. Nesse caso, retoma-
-se, resumidamente, aquilo que se explorou durante Preenchendo o modelo, teremos:
o texto:
Tendo em vista os aspectos observados sobre
Modelo nº 1: nossa alimentação, só nos resta esperar que se
garanta a todo brasileiro o acesso a esse rico cardápio.
Levando-se em consideração esses aspectos Ou quem saiba ainda que se divulgue o sucesso de
__________ somos levados a acreditar que não é apenas nossa combinação alimentar para que o mundo sai-
por _______________, mas também ________________. ba que no Brasil se come bem. Consequentemente,
Sendo assim, ______________. será possível a qualquer um balancear com eficiência
e baixo custo do que se põe na mesa de sua casa.
Ao preenchermos o modelo, teremos: Agora, comece a criar seus próprios arranjos e uti-
lizar essas técnicas para compor redações eficientes
Levando-se em consideração esses aspectos prá- que garantam seu sucesso em qualquer tipo de con-
ticos do prato do brasileiro, somos levados a acredi- curso que peça a você um posicionamento específico
tar que não é apenas por prazer que somos seduzidos
sobre qualquer tema.
pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela
nos oferece para a manutenção de nossa saúde. Sen-
CONSTRUINDO AS MÁSCARAS DE REDAÇÃO
do assim, a falta de qualquer um desses ingredientes
nos causará debilidade, além de insatisfação. Vamos agora montar nosso quebra-cabeças? Veja
como arranjamos os modelos de maneiras diferentes.
00

„ Conclusão por Questionamento


5-
21

Modelo nº 1 — Introdução (Declaração Inicial)


Nesse modelo, parte-se de um questionamento
.
70

para encerrar seu raciocínio. Mas não se esqueça de


.4

que você não deve colocar em dúvida os argumentos É fato notório que __________________________.
49

desenvolvidos em sua redação. Sabe-se que ______________________, além da _________


-0

_____________________________.
ar

Modelo nº 2:
és

Modelo nº 2 — Desenvolvimento (Pormenores


C
o

O que mais há para ser tomado como ____________ ou de Enumerações)


dr

(?) ___________ acreditar que ____________, mas


Pe

também ___________ (?). Certamente que sim, pois


_________________. Entre os aspectos referentes a __________________,
três pontos merecem destaque especial. O primeiro é
_____________________; o segundo _____________________
Preenchendo o modelo, teremos: e por fim _________________________.

O que mais há para ser tomado como positivo e


prático no prato dos brasileiros? O que sabemos nos Modelo nº 3 — Desenvolvimento (Temporal)
leva a acreditar que não é apenas por prazer que
somos seduzidos pela nossa culinária, mas também No passado, quando pensávamos em ____________,
por tudo o que ela nos oferece para a manutenção notávamos que ________________ era _________________
de nossa saúde. E a falta desses ingredientes mudará comparada à que vemos recentemente. Hoje, por
a saúde de nossa população? Certamente que sim, outro lado, _____________________________ tornaram-
pois a carência de tais ingredientes nos causará debi- -se ____________. O resultado disso é que __________,
na atualidade, tornou-se _____________________.
74 lidade, além de insatisfação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Modelo nº 4 — Desenvolvimento (Contraste de
Ideias) É fato notório que a comida dos brasileiros é
muito boa e tem tudo de que eles necessitam para o
seu longo dia de trabalho. Sabe-se que o arroz com
Muitos acreditam que _____________________, por feijão nos fornece um completo abastecimento de
causa da _________________. Por outro lado, sabe-se energia somado ao prazer.
também que ________________, quando muitas vezes Entre os aspectos referentes a esse par con-
_______________. siderado completo que é o arroz com feijão, três
pontos merecem destaque especial. O primeiro
Modelo nº 5 — Conclusão (Síntese ou Resumo) está na riqueza de carboidratos presentes nele e que
nos reabastece repondo a energia consumida duran-
te o dia; o segundo nos reporta ao sabor exótico e
Levando-se em consideração esses aspectos marcante que o alimento oferece, tornando-o sempre
_______________, somos levados a acreditar que não uma escolha positiva quanto ao prazer e, por fim,
é apenas por _____________________, mas também deve-se levar em conta a vantagem do baixo custo
__________. Sendo assim, _________________. dessa combinação se comparado a outros alimen-
tos também computados como importantes para a
composição de uma alimentação rica.
Nova máscara No passado, quando pensávamos em alimen-
tação, notávamos que sua relação com sobrevi-
É fato notório que ______________________________. vência era muito maior comparada à que vemos
Sabe-se que ____________________________, além da recentemente. Hoje, por outro lado, a qualidade
__________________. desses alimentos e a qualidade da saúde que eles pro-
Entre os aspectos referentes a porcionam tornaram-se o foco desse pensamento.
_____________________________, três pontos merecem O resultado disso é que comer, na atualidade,
destaque especial. O primeiro é ___________________ tornou-se um ritual de bem viver.
____________; o segundo __________________________ e, Muitos acreditam que a comida presente em
por fim, _____________________________________. nossas mesas é uma das mais saudáveis do mundo,
No passado, quando pensávamos em por causa da sua variedade e equilíbrio. Por outro
_____________, notávamos que ___________________ lado, sabe-se também que poderá engordar, quan-
era ________________ comparada à que do muitas vezes for consumida sem medida, com
vemos recentemente. Hoje, por outro lado, inspiração apenas no sabor e no prazer que oferece.
__________________________ tornaram-se Levando-se em consideração esses aspectos
_________________. O resultado disso é que _________, práticos do prato do brasileiro, somos levados a
na atualidade, tornou-se _________________. acreditar que não é apenas por prazer que somos
Muitos acreditam que __________________________, seduzidos pela nossa culinária, mas também por tudo
por causa da ______________________. Por outro lado, o que ela nos oferece para a manutenção de nossa saú-
sabe-se também que ___________________, quando de. Sendo assim, concluímos que a falta desse ingre-
muitas vezes ______________. diente em nossa mesa nos causará debilidade, além de
Levando-se em consideração esses aspectos insatisfação.
00

_____________________, somos levados a acreditar


5-

que não é apenas por ________________________,


21

Com esses modelos apresentados, desejamos mos-


mas também ______________________. Sendo assim,
trar como é possível programar e treinar nossos tra-
.
70

________________________.
balhos de redação se exercitarmos essas habilidades.
.4

Porém, é de fundamental importância que você bus-


49

Observe que fizemos a opção por abrir nossa reda- que ou crie um modelo de máscara com o qual você
-0

ção com uma declaração inicial. Como abordamos um mais se identifique. Isso para que, no momento de
ar

tema geral, sem uma relevância científica notória e produção de sua redação, principalmente se ocor-
és

que representa na verdade um conhecimento cultural rer durante uma prova de concurso, você já esteja
C

somado às observações de médicos e nutricionistas, organizado.


o

Com isso, espera-se que você tenha a vantagem de


dr

a declaração foi a melhor alternativa, já que não se


partir direto para a elaboração de seu texto sem ter
Pe

compromete com a obrigatoriedade de recorrência a


de ficar parado buscando inspiração em um momento
uma fonte de conhecimento referencial.
em que todo segundo é importante.
Em seguida, arranjamos os parágrafos de desen-
volvimento mesclando os vários modelos apresenta-
REDAÇÃO DISCURSIVA

PROJETO DE TEXTO — ANÁLISE DE PROPOSTAS


dos anteriormente.
E RESPECTIVOS PROJETOS POSSÍVEIS
Ao mesmo tempo em que eles nos ofereciam diver-
sas alternativas para a estruturação de nosso projeto, Neste tópico, trabalharemos com a análise de algu-
também nos orientavam dando caminhos a seguir na mas propostas de variadas instituições para mostrar as
argumentação. É como se montássemos realmente diferenças entre elas. Veremos também como vêm sendo
um quebra-cabeça. apresentados os temas e como agir diante das diferentes
Escolhemos três modelos diferentes de parágrafos exigências feitas nas últimas provas de concursos.
de desenvolvimento para esse projeto: por enumera- Depois passaremos ao trabalho de orientação de
ções, o temporal e o por contraste. Forçamos um pouco como evitar erros comuns e como buscar soluções
a barra, primeiro criando a máscara para, só depois, para alguns problemas que venhamos a enfren-
completar nossa redação. Afinal de contas, essa é a tar quando estivermos escrevendo a nossa redação
vantagem do projeto de máscaras. Veja como ficou: durante a prova. 75
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Veja a proposta a seguir: Veja como as bancas costumam trabalhar com o possí-
vel erro na transcrição de uma palavra. Você deve apenas
passar um traço sobre a palavra, a frase, o trecho ou o sinal
PROVA DISCURSIVA gráfico e escrever em seguida o respectivo substituto.
� Nesta folha, faça o que se pede, usando, caso dese- Exemplo:
je, o espaço para rascunho indicado no presente ca-
derno. Em seguida, transcreva o texto para a folha de Errou?
texto definitivo da prova discursiva, no local apropria- Depois de hoje, iremos para nossas caz casas muito
do, pois não será avaliado fragmento de texto escrito felizes.
em local indevido Corrigiu!
� Qualquer fragmento de texto além da extensão má-
xima de linhas disponibilizadas será desconsiderado
� Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qualquer Como informação extra, eles alertam para que não
marca identificadora no espaço destinado à transição se usem parênteses com essa finalidade. Os parênte-
do texto definitivo acarretará a anulação da sua prova ses são elementos gramaticais de pontuação e, como
tais, devem ser usados em sua indicação correta, iso-
discursiva
lando termos pertinentes ao texto, e é dessa forma
� Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 13,00
que será avaliado seu uso.
pontos, dos quais até 0,60 ponto será atribuído ao
Observe agora os seguintes textos motivadores e o
quesito apresentação (legibilidade, respeito às mar-
tema que deve ser abordado obrigatoriamente:
gens e indicação de parágrafos) e estrutura textual
(organização das ideias em texto estruturado)
Direito à Saúde
O direito à saúde é parte do conjunto de direitos
Inicialmente, o candidato é orientado a usar a chamados de direitos sociais, que têm como inspi-
folha de rascunho e depois transcrevê-la para a folha ração o valor da igualdade entre as pessoas. No
definitiva. Por quê? Porque muitos candidatos deixam Brasil, esse direito apenas foi reconhecido na CF;
antes disso, o Estado apenas oferecia atendimento
para fazer suas redações ao término da prova objeti- à saúde para trabalhadores com carteira assinada
va, quando a prova discursiva ocorre concomitante- e suas famílias; as outras pessoas tinham acesso a
mente a esta, e acabam administrando mal o tempo. esses serviços como um favor e não como um direi-
Quando isso ocorre, acabam fazendo suas redações to. Na Constituinte de 1988, as responsabilidades
diretamente na folha definitiva e têm de assumir os do Estado foram repensadas, e promover a saúde
riscos de cometer erros que não podem ser revertidos. de todos passou a ser seu dever: “A saúde é direi-
to de todos e dever do Estado, garantido mediante
Ou, ainda, não conseguem passar o texto “a limpo” e políticas sociais e econômicas que visem à redução
esperam que seja corrigido assim mesmo. do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação” (CF, art. 196).
Importante! A saúde é um direito de todos porque sem ela não
há condições de uma vida digna, e é um dever do
Por determinação apresentada geralmente nos Estado porque é financiada pelos impostos que são
editais, os rascunhos não serão lidos. pagos pela população. Dessa forma, para que o direi-
00

to à saúde seja uma realidade, é preciso que o Estado


5-

crie condições de atendimento em postos de saúde,


21

Dessa forma, os candidatos perdem a oportuni- hospitais, programas de prevenção, medicamentos


.

etc., e, além disso, é preciso que esse atendimento


70

dade de disputar a vaga para esse concurso, pois são


seja universal (atingindo a todos os que precisam)
.4

desclassificados como se não houvessem feito sua e integral (garantindo tudo de que a pessoa precise).
49

redação. A criação do SUS está diretamente relacionada à


-0

Como falam sobre um lugar apropriado para a tomada de responsabilidade por parte do Esta-
ar

transcrição do texto e declaram que não considera- do. Organizado com o objetivo de proteger, o SUS
és

rão fragmentos de textos escritos em lugar indevi- deve promover e recuperar a saúde de todos os
brasileiros, independentemente de onde morem,
C

do, os candidatos deverão ficar atentos às margens


de trabalharem ou não e de quais sintomas apre-
o

e ao número de linhas disponibilizado. Ou seja, se


dr

sentem. Infelizmente, esse sistema ainda não está


ultrapassadas as trinta linhas da folha, certamen-
Pe

completamente organizado e ainda existem muitas


te a conclusão ficará fragmentada. Se a margem for falhas, no entanto seus direitos estão garantidos e
ultrapassada, aquela parte da palavra não será lida. devem ser cobrados para que sejam cumpridos.
O resultado dessas desatenções prejudicará toda a
coerência do texto, além de comprometer a estrutura Internet: nev.incubadora.fapesp.br (com adaptações).
dissertativa.
A humanização é um movimento com crescente e
Por fim, vêm as orientações quanto ao erro de gra-
disseminada presença, assumindo diferentes senti-
fia, que nem sempre aparecem nesse quadro inicial, dos segundo a proposta de intervenção eleita. Apare-
mas que sempre servem como referência para todas ce, à primeira vista, como a busca de um ideal, pois,
as provas. Lembre-se sempre de que o corretor não surgindo em distintas frentes de atividades e com
é um perito do serviço de inteligência nacional, que significados variados, segundo os seus proponen-
busca meios científicos e investigativos para decodifi- tes, tem representado uma síntese de aspirações
genéricas por uma perfeição moral das ações e
car informações relevantes de uma mensagem secre-
relações entre os sujeitos humanos envolvidos. Cada
ta. Por isso, se seu texto tiver problemas quanto à uma dessas frentes arrola e classifica um conjunto
legibilidade, mais pontos serão perdidos, ou pior, será de questões práticas, teóricas, comportamentais e
76 desclassificado caso não se possa ler o que foi escrito. afetivas que teriam uma resultante humanizadora.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nos serviços de saúde, essa intenção humanizado- Já passou da hora de reconhecer no povo brasilei-
ra se traduz em diferentes proposições: melhorar ro o valor de homem vivente e não apenas de ver esse
a relação médico-paciente; organizar ativida- povo como se fosse um coletivo impessoal; como se
des de convívio, amenizadas e lúdicas, como as não respirassem, nem pensassem; como se fossem um
brinquedotecas e outras ligadas às artes plásticas, número em um gráfico de estatística e não existissem.
à música e ao teatro; garantir acompanhante na Em seguida, vamos buscar, nas respostas que
internação da criança; implementar novos pro- elaboramos, ações que promovam essa proposta de
cedimentos na atenção psiquiátrica, na realiza- humanização, como, por exemplo:
ção do parto — parto humanizado — e na atenção
ao recém-nascido de baixo peso — programa da
„ Treinar os profissionais de saúde para que
mãe-canguru —; amenizar as condições do aten-
recepcionem os pacientes com um atendimen-
dimento aos pacientes em regime de terapia
intensiva; denunciar a “mercantilização” da medi-
to mais atencioso nesse momento de carência;
cina; criticar a “instituição total” e tantas outras „ Unificar as informações sobre o oferecimen-
proposições. to de serviços apropriados aos pacientes, bem
como oferecer meios de locomoção contínua
Internet: www.scielo.br aos que necessitam buscar outras unidades que
possam atendê-los;
A Necessidade de Humanização dos Serviços „ Fiscalizar e avaliar continuamente a qua-
Públicos de Saúde lidade dos serviços oferecidos, expondo
os resultados à população, além de apresen-
z Compreendendo a Proposta tar cronogramas dos projetos de evolução de
desenvolvimento científico e tecnológico a
serem implementados em prol da saúde.
O primeiro passo, ao analisar os textos propos-
tos, é buscar os principais pontos de maior destaque
Feito isso, vamos usar o processo inverso com as
por eles abordados. Destacamos as palavras-chave
palavras-chave e organizar nosso projeto de texto.
de cada parágrafo para construir uma síntese sobre
Observe:
as principais ideias. Essa é uma atitude que também
Já passou da hora de reconhecer no povo brasi-
pode ser tomada durante a análise das propostas, pois
leiro o valor de homem vivente e não apenas de ver
é assim que poderá se construir a tese em sintonia
esse povo como se fosse um coletivo impessoal; como
com o tema.
se não respirassem, nem pensassem; como se fossem
O próximo passo é organizar essas informações,
um número em um gráfico de estatística e não existis-
relacionando-as ao tema, como se elas pudessem res-
sem. Para que o homem prevaleça com sua dignidade,
ponder a uma pergunta feita a partir dele. Veja uma
deve-se procurar treinar melhor os profissionais
possibilidade:
de saúde, unificar as informações sobre o ofereci-
mento de serviços, além de fiscalizar e avaliar con-
z Como Humanizar os Serviços Públicos de Saúde? tinuamente a qualidade dos serviços oferecidos.
Daqui para frente, você já sabe: é o arroz com fei-
Vamos agora produzir algumas possíveis respostas jão, ou seja, os modelos que apresentamos extensa-
com as palavras que destacamos no texto: mente ao longo do material.
00

Demonstramos aqui algumas formas diferentes de


„ Cobrar dos governantes condições dignas de
5-

análise de propostas, mas que compreendem pratica-


atendimento por se tratar de um dever do Esta-
21

mente a forma básica de trabalho com todas as dife-


do reverter em benefícios à população os valo-
.

rentes instituições e diferentes propostas, assim como


70

res arrecadados em impostos; dissemos que faríamos.


.4

„ Responsabilizar o governo pela proteção e A seguir, apresentamos alguns temas de redação


49

recuperação da saúde de todos. extraídos de concursos elaborados por bancas diver-


-0

sas, para que você possa exercitar o conteúdo que foi


ar

z Por que é Necessário Humanizar os Serviços visto aqui. Acompanhe!


és

Públicos?
C

TEMAS GERAIS DE REDAÇÃO


o

„ Para garantir a todos o direito à saúde, já que


dr

se trata de uma determinação de nossa Cons- Tema 1: PRF (CEBRASPE-CESPE — 2019)


Pe

tituição, prestando serviços de atendimento ao


público; A Lei n.º 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, por
„ Para destacar que a humanização dos serviços reduzir a tolerância com motoristas que  dirigem
REDAÇÃO DISCURSIVA

públicos não é apenas uma aspiração de perfei- embriagados, colocou o Brasil entre os países com
ção moral, mas, antes de tudo, um programa de legislação mais severa sobre o tema. No  entanto,
melhoria nas relações de convívio com os agen- a atitude dos motoristas pouco mudou nesses dez
tes de saúde, promovendo o desenvolvimento anos. Um levantamento, por meio da Lei de  Aces-
de novos procedimentos de atendimento aos so à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de
autuações, com crescimento contínuo desde 2008.
pacientes;
O  avanço das infrações nos últimos cinco anos
„ Para poder denunciar as especulações e a mer-
ficou acima do aumento da frota de veículos e de
cantilização dos serviços médicos e criticar a pessoas  habilitadas: o número de motoristas fla-
instituição em sua totalidade e rejeitar proposi- grados bêbados continua crescendo, em vez de
ções que não atendam às aspirações populares. diminuir com o  endurecimento das punições ao
longo desses anos.
Agora, vamos criar uma tese que se encaixe com
essas respostas, como, por exemplo: Internet: g1.globo.com (com adaptações). 77
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nas estradas federais que cortam o estado de A partir das ideias dos textos precedentes, que têm
Pernambuco, durante o feriadão de Natal, a caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
PRF  registrou cento e três acidentes de trânsito, sertativo acerca do seguinte tema:
com cinquenta e dois feridos e sete mortos. Segun- O papel da Polícia Federal no aprimoramento
do a corporação, seis motoristas foram presos por
da democracia brasileira
dirigir bêbados e houve oitenta e sete autuações
pela Lei  Seca. Os números são parte da Operação Em seu texto:
Integrada Rodovia, deflagrada pela PRF. Em 2017,
foram  registrados noventa acidentes. No ano pas- z Discorra sobre o papel constitucional e social da
sado, a ação da polícia teve um dia a menos. Polícia Federal e sua relação com os direitos huma-
nos; [valor: 4,00 pontos]
Internet: g1.globo.com (com adaptações). z Cite contribuições da Polícia Federal relevantes
para a manutenção do Estado democrático de
Considerando que os fragmentos de texto acima direito, especialmente relacionadas aos direitos
têm caráter unicamente motivador, redija um texto humanos; [valor: 4,00 pontos]
dissertativo acerca do seguinte tema: z Apresente sugestões de implantação de ações e(ou)
O combate às infrações de trânsito nas rodovias projetos que possam contribuir futuramente para
federais brasileiras
o aprimoramento da democracia brasileira. [valor:
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
4,40 pontos]
z Medidas adotadas pela PRF no combate às infra-
Tema 3: PF — Papiloscopista (CEBRASPE-CESPE
ções; [valor: 7,00 pontos]
z Ações da sociedade que auxiliem no combate às — 2018)
infrações; [valor: 6,00 pontos]
z Atitudes individuais para a diminuição das infra- Sem abrigos, grupos de imigrantes venezuela-
ções. [valor: 6,00 pontos] nos voltaram a acampar na rodoviária e a ficar
nas ruas de Manaus. A crise política, econômica
Tema 2: PF — Agente (CEBRASPE-CESPE — 2018) e social na Venezuela, que desencadeou um fluxo
migratório para o Brasil, continua atraindo milha-
O Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 (CF) res de imigrantes para o país.
dispõe que o Estado democrático se destina a asse- Em busca de sobrevivência, indígenas venezuelanos
gurar o exercício dos direitos sociais e individuais, da etnia Warao começaram a migrar para Manaus
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvi- desde o início de 2017. Adultos, idosos e crianças se
mento, a igualdade e a justiça como valores supre- abrigaram na rodoviária de Manaus e debaixo de
mos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem um viaduto na Zona Centro-Sul. Enquanto o maior
preconceitos, fundada na harmonia social e com- abrigo foi desativado no Amazonas, a chegada dos
prometida, na ordem interna e internacional, com venezuelanos não indígenas só aumentou.
a solução pacífica das controvérsias. As condições precárias de vida em solo brasileiro
A missão das forças policiais é garantir ao cidadão podem favorecer a ocorrência de situações degra-
o exercício dos direitos e das garantias fundamen- dantes. Órgãos federais e entidades religiosas
tais previstos na CF e nos instrumentos internacio- anunciaram medidas para cobrar ações concretas
00

nais subscritos pelo Brasil (art. 5.º, § 2.º, da CF). da prefeitura da cidade e dos governos federal e
5-

O cumprimento dessa missão exige preparo dos estadual.


21

integrantes das corporações policiais, que devem


perseguir incansavelmente a verdade dos fatos sem
.
70

Internet: https://g1.globo.com/ (com adaptações).


se afastar da estrita observância ao ordenamento
.4

jurídico vigente, que deve ser observado por todos,


49

em respeito ao Estado democrático de direito. Lei nº 13.445/2017


-0

Art. 3º A política migratória brasileira rege-se


pelos seguintes princípios e diretrizes:
ar

Wlamir Leandro Motta Campos. Polícia Federal e o Estado


democrático. Internet: www.direitonet.com.br (com adaptações). I - universalidade, indivisibilidade e interdependên-
és

cia dos direitos humanos;


C

O Brasil se efetivou como um país democrático II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a


o
dr

de direito após a promulgação da CF — também quaisquer formas de discriminação;


Pe

chamada de Constituição Cidadã, por contar com III - não criminalização da migração; […]
garantias e direitos fundamentais que reforçam a VI - acolhida humanitária; […]
ideia de um país livre e pautado na valorização do IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao
ser humano. Com a ruptura do antigo sistema dita- migrante e a seus familiares;
torial, o Estado tinha a necessidade de resgatar a X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante
importância dos direitos humanos, negligenciados por meio de políticas públicas;
até então, porquanto, desde 1948, havia-se erigido XI - acesso igualitário e livre do migrante a servi-
a Declaração Internacional dos Direitos Humanos
ços, programas e benefícios sociais, bens públicos,
no mundo.
educação, assistência jurídica integral pública,
Já no art. 1.º da CF, afirma-se a condição de Estado
trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade
democrático de direito fundamentado em cidada-
nia e dignidade da pessoa humana. O Brasil, por social;
ser signatário de tratados internacionais de direi- XII - promoção e difusão de direitos, liberdades,
tos humanos, tem como princípio, em suas relações garantias e obrigações do migrante;
internacionais, a prevalência dos direitos humanos. XVII - proteção integral e atenção ao superior inte-
resse da criança e do adolescente migrante;
Yara Gonçalves Emerik Borges. A atividade policial e os direitos
78 humanos. Internet: www.ambitojuridico.com.br (com adaptações). (Internet – www.planalto.gov.br)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Considerando que os fragmentos de texto apresen- z Relação entre os cuidados com o meio ambiente
tados têm caráter unicamente motivador, redija um e a preservação das condições sanitárias; [valor:
texto dissertativo acerca da entrada de imigrantes 12,00 pontos]
no Brasil, discutindo estratégias para a prevenção de z Atitudes individuais que podem reduzir os efei-
crimes e de violências envolvendo imigrantes no país, tos da ação humana sobre o planeta; [valor: 13,00
tanto na condição de agentes quanto na de vítimas. pontos]
z Formas de atuação da sociedade para que os
Tema 4: ABIN — Agente de Inteligência (CEBRASPE- governos cumpram compromissos relacionados à
CESPE — 2018) preservação ambiental. [valor: 13,00 pontos]

Denominamos “cooperação descentralizada” as Tema 6: Polícia Civil do Maranhão — Escrivão


iniciativas de cooperação protagonizadas pelas (CEBRASPE-CESPE — 2018)
administrações locais e regionais, especialmente
governos municipais e estaduais. Essa cooperação Discorra sobre os princípios penais da reserva
descentralizada expressa o surgimento, na Améri- legal; da anterioridade da lei penal e da intranscen-
ca, de uma nova forma de cooperação, a partir do dência da pena, abordando o conceito de cada um, sua
envolvimento da sociedade fronteiriça e de atores natureza jurídica e seus objetivos.
políticos locais. Nesse tipo de cooperação, vê-se
alto nível de articulação da comunidade fronteiriça Tema 7: Superior Tribunal de Justiça — Técnico
em detrimento do governo central. Administrativo (CEBRASPE-CESPE — 2018)

Renata Furtado. 35 anos da lei da faixa de fronteira: avanços e Declaração Universal dos Direitos Humanos
desafios à integração sul-americana. In: Revista Brasileira de (…)
Inteligência, n.º 9. ABIN, 2015 (com adaptações).
Art. 19 Todo ser humano tem direito à liberdade de
opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade
Tendo o fragmento de texto apresentado como de, sem interferência, ter opiniões e de procurar,
referência inicial, redija um texto dissertativo a res- receber e transmitir informações e ideias por quais-
peito do papel dos governos municipal, estadual e quer meios e independentemente de fronteiras.
federal nas relações políticas e sociais nas áreas de
fronteira do Brasil. Internet: www.unicef.org
Em seu texto, aborde os seguintes tópicos:
Código Civil
z A fronteira como espaço geopolítico e espaço de (…)
Art. 187 Também comete ato ilícito o titular de um
relações sociais; [valor: 10,00 pontos]
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
z Distintas relações do Brasil com os países vizinhos
limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
e principais problemas presentes nas regiões fron- pela boa-fé ou pelos bons costumes.
teiriças; [valor: 18,00 pontos] Internet: www.planalto.gov.br
z Papel da área de inteligência na análise das ques-
tões relacionadas às fronteiras. [valor: 10,00 “Não podemos confundir liberdade de expressão
00

pontos] nas redes sociais com irresponsabilidade, senão o


exercício dessa liberdade torna-se abuso de direi-
5-
21

Tema 5: ANVISA — Técnico Administrativo to”, alerta a advogada Patrícia Peck Pinheiro, espe-
cialista em direito digital. “O que mais prejudica
.

(CEBRASPE-CESPE — 2016)
70

a liberdade de todos é o abuso de alguns, a ofensa


.4

Historicamente, instruir os que não sabem, alimen- covarde e anônima, isso não é democracia”.
49

tar os famintos e cuidar dos doentes têm sido algu- Os chamados crimes contra a honra na Internet —
-0

mas das missões diárias indicadas aos devotos de que envolvem ameaça, calúnia, difamação, injúria
ar

e falsa identidade — têm gerado cada vez mais pro-


diferentes religiões. Em tempos modernos, a essas
és

cessos judiciais. Um levantamento divulgado pelo


missões foi acrescentado um novo item: zelar pelo
Superior Tribunal de Justiça lista sessenta e cinco
C

meio ambiente, como revela, por exemplo, uma


julgamentos recentes que resultaram em pagamen-
o

mensagem escrita pelo Papa Francisco, exortando


dr

to de indenizações, retirada de páginas do ar, res-


as sociedades, independentemente de suas crenças,
Pe

ponsabilização de agressores e outras condenações


a tomar medidas urgentes para frear as mudanças
em favor das vítimas.
climáticas. Para o representante máximo do cato- Na opinião de Patrícia Peck, a falta de educação e a
licismo, “o cuidado da casa comum requer simples impunidade contribuem para os excessos na Inter-
REDAÇÃO DISCURSIVA

gestos cotidianos, pelos quais quebramos a lógica net. Segundo ela, “Sem educação em ética e leis,
da violência, da exploração, do egoísmo, e mani- corremos o risco de a liberdade de expressão e o
festamos o amor em todas as ações que procuram anonimato digital se converterem em verdadeiros
construir um mundo melhor”. entraves à evolução da sociedade digital, pois tor-
narão o ambiente da Internet selvagem e inseguro”.
O Globo, 2/9/2016, p. 29 (com adaptações).
Internet: www.cartacapital.com.br (com adaptações)
Considerando que o fragmento de texto acima tem
caráter unicamente motivador, redija um texto dis- Considerando as ideias precedentes nos fragmen-
sertativo acerca do seguinte tema: tos textuais apresentados anteriormente, redija um
Preservação do ecossistema: responsabilidade texto dissertativo a respeito do seguinte tema:
do estado, da sociedade e de cada cidadão O anonimato digital e o abuso do direito à liber-
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos: dade de expressão 79
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ao construir seu texto, apresente um exemplo de Tema 11: Tribunal Regional Eleitoral Piauí – Analista
situação em que emissão de opinião no meio digital Judiciário – Área Judiciária (CEBRASPE-CESPE
pode significar abuso de direito e discuta maneiras de — 2016)
prevenir ou coibir esse tipo de comportamento.
No Brasil, a legislação sobre compras públicas foi
Tema 8: Tribunal Regional do Trabalho (8ª Região) inovada com a introdução da Lei nº 12.462, de 2011,
— Técnico Judiciário — Área Administrativa conhecida como Lei do Regime Diferenciado de Con-
(CEBRASPE-CESPE — 2016) tratações Públicas (RDC), que foi regulamentada pelo
Decreto nº 7.581, de 2011.
Considerando a integração da gestão da qualidade Considerando essas informações, redija um texto
no cotidiano das organizações, redija um texto disser- dissertativo sobre a introdução do RDC no ordena-
tativo acerca do seguinte tema: mento jurídico brasileiro, abordando, fundamentada-
mente, os seguintes aspectos:
CICLO PDCA 1. A motivação para sua criação; [valor: 2,00
pontos]
Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir: 2. Exigências aplicáveis ao objeto da licitação;
[valor: 2,00 pontos]
z Conceitue o ciclo PDCA; [valor: 10,00 pontos]
3. Objetivos expressos na Lei do RDC; [valor: 2,50
z Cite e defina as quatro fases do ciclo PDCA; [valor:
pontos]
15,00 pontos]
4. Diretrizes relativas às licitações e aos contratos
z Apresente o detalhamento das etapas da primeira
administrativos. [valor: 3,00 pontos]
fase do ciclo PDCA. [valor: 13,00 pontos]

Tema 9: Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Tema 12: Câmara de Vereadores de Piracicaba/SP —
dos Territórios (TJDF) — Analista Judiciário — Área Técnico em Contabilidade (VUNESP — 2021)
Judiciária (CEBRASPE-CESPE — 2015)
Texto 1
Toda conduta dolosa ou culposa pressupõe uma Quem viaja para os Estados Unidos ou Europa e
finalidade. A diferença entre elas reside no fato aluga um carro geralmente não sabe muito o que
de que, em se tratando de conduta dolosa, como fazer ao parar para reabastecer pela primeira vez.
regra, existe uma finalidade ilícita, ao passo que, Sem a figura dos frentistas, o próprio motoris-
tratando-se de conduta culposa, a finalidade é qua- ta manuseia a bomba e realiza o pagamento pelo
se sempre lícita. Nesse caso, os meios escolhidos e cartão, diferentemente do que ocorre no Brasil,
empregados pelo agente para atingir a finalidade onde a profissão de frentista é protegida pela Lei
lícita é que são inadequados ou mal utilizados. nº 9.956/00, que proíbe o funcionamento de bombas
de autosserviço em todo território nacional e aplica
Rogério Greco. Curso de direito penal – parte geral. p. 196 (com multas caso seja descumprida.
adaptações). “Pensando só em números, o preço do combustível
poderia baixar com a automação, mas não é pos-
Considerando que o fragmento de texto acima tem sível avaliar quanto”, diz o tributarista João Paulo
00

caráter unicamente motivador, redija um texto dis- Muntada, que afirma que a mão de obra e os encar-
5-

sertativo acerca dos crimes culposos. gos relacionados representam o segundo custo que
21

Seu texto deve conter, necessariamente: mais onera a operação de empreendimentos em


.
70

geral no país, atrás apenas do produto em si e dos


.4

z Os elementos do crime culposo e a descrição de impostos que incidem sobre ele.


49

pelo menos dois desses elementos; [valor: 12,00


-0

pontos] (Isadora Carvalho e Leo Nishihata. “Todo posto de combustível é


obrigado a ter frentistas no Brasil”. https://quatrorodas.abril.com.br,
ar

z Os conceitos de culpa inconsciente, culpa cons-


14.09.2018. Adaptado)
és

ciente e dolo eventual e suas diferenças; [valor:


C

12,00 pontos]
Texto 2
o

z Os conceitos de culpa imprópria e tentativa. [valor:


dr

O Projeto de Lei nº 2.302/19 permite o funciona-


14,00 pontos]
Pe

mento de bombas de autosserviço – operadas pelo


próprio consumidor – nos postos de abastecimento
Tema 10: STM — Analista Judiciário — Área
de combustíveis. Em análise na Câmara dos Depu-
Administrativa (CEBRASPE-CESPE — 2018)
tados, o projeto revoga a Lei nº 9.956/00, que hoje
proíbe essas bombas. O deputado Vinicius Poit,
Na trajetória da administração pública brasileira, autor da proposta, diz que a permissão de postos
destacam-se o modelo burocrático, associado ao poder com autosserviço é uma das sugestões constantes
racional-legal, e o modelo gerencialista, representado em estudo do Conselho Administrativo de Defesa
pela nova administração pública. Discorra sobre os Econômica (Cade) de 2018 para aumentar a con-
seguintes tópicos, relacionados a esses dois modelos: corrência no setor de combustíveis e reduzir os pre-
ços dos combustíveis. O parlamentar ressalta que o
z Contextos em que esses modelos surgiram; [valor: modelo existe nos Estados Unidos desde a década
9,00 pontos] de 50 e permite a venda por um preço mais barato,
z Propósito de cada um desses modelos; [valor: 9,00 já que reduz o custo trabalhista do empresário.
pontos]
z Princípios e práticas norteadores (apresente, ao (Lara Haje. “Projeto permite bombas de autosserviço em postos de
80 menos, três para cada modelo). [valor: 20,00 pontos] combustíveis”. www2.camara.leg.br, 06.06.2019. Adaptado)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Texto 3 Eles influenciam a pauta de conversas tanto com
Em 2014, o senador Blairo Maggi apresentou Pro- material que gera engajamento entre os telespec-
jeto de Lei do Senado nº 407/14, que previa a ins- tadores, como com publicidades criativas. O levan-
talação de bombas de autosserviço nos postos de tamento da Kantar IBOPE Media aponta que 51%
abastecimento de combustíveis. Representantes das pessoas acham que a propaganda na TV é inte-
dos frentistas, à época, estimaram que cerca de 500 ressante e proporciona assunto para conversar. E,
mil frentistas seriam demitidos caso a proposta se entre os que acessam a internet enquanto veem TV,
tornasse lei. 23% comentam nas redes sociais o que assistem –
O presidente da Federação dos Empregados em mostrando que a televisão segue marcando presen-
Postos de Combustíveis do Estado de São Paulo ça no dia a dia do brasileiro.
(Fepospetro), Luiz de Souza Arraes, afirmou que a
medida visava “única e exclusivamente aumentar o (João Paulo Reis. “Televisão: a abrangência e a influência do
lucro de quem já lucra muito”. O secretário de Rela- meio mais presente na vida dos brasileiros”, 24.12.2018. https://
ções Institucionais da União Geral dos Trabalhado- observatoriodatelevisao.bol.uol.com.br. Adaptado)
res (UGT), Miguel Salaberry Filho, pediu a imediata
retirada do projeto. “Para que mudar uma lei e Com base nas informações dos textos e em seus
desempregar 500 mil trabalhadores?”, questionou. próprios conhecimentos, escreva um texto dissertati-
vo, de acordo com a norma-padrão da língua portu-
(Rodrigo Baptista. “Frentistas pedem arquivamento de projeto que
guesa, sobre o tema:
libera bombas de autosserviço nos postos”. www12.senado.leg.br,
07.12.2015. Adaptado) A popularização da internet ameaça o poder de
influência da televisão?
Com base nos textos apresentados e em seus pró-
prios conhecimentos, escreva um texto dissertati- Tema 14: PRF — Policial Rodoviário Federal
vo-argumentativo, empregando a norma-padrão da (CEBRASPE-CESPE — 2019)
língua portuguesa, sobre o tema:
Bombas de autosserviço: entre a redução do A Lei n.º 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, por
preço do combustível e o risco de desempregar reduzir a tolerância com motoristas que dirigem
frentistas. embriagados, colocou o Brasil entre os países com
legislação mais severa sobre o tema. No entanto,
a atitude dos motoristas pouco mudou nesses dez
Tema 13: PM-SP — Soldado PM de 2ª Classe
anos. Um levantamento, por meio da Lei de Acesso
(VUNESP — 2019)
à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de autua-
ções, com crescimento contínuo desde 2008. O
Texto 01
avanço das infrações nos últimos cinco anos ficou
Pela primeira vez, a população deve consumir mais
acima do aumento da frota de veículos e de pes-
conteúdo midiático na internet do que pela TV, de
soas habilitadas: o número de motoristas flagrados
acordo com relatório da agência de mídia Zenith.
bêbados continua crescendo, em vez de diminuir
Conforme a previsão, já em 2019 as pessoas devem
com o endurecimento das punições ao longo desses
passar mais horas navegando pela internet, fazen-
anos.
do compras, assistindo a filmes, séries e vídeos,
00

conversando ou ouvindo música, do que assistindo


Internet: (com adaptações).
à televisão.
5-
21

(“Internet irá ultrapassar TV já em 2019, indica relatório”, Nas estradas federais que cortam o estado de
.
70

18.06.2018. https://epocanegocios.globo.com. Adaptado) Pernambuco, durante o feriadão de Natal, a PRF


.4

registrou cento e três acidentes de trânsito, com


49

Texto 02 cinquenta e dois feridos e sete mortos. Segundo


-0

De acordo com estudo divulgado pela empresa a corporação, seis motoristas foram presos por
dirigir bêbados e houve oitenta e sete autuações
ar

Morrison Foster, as pessoas passam, em média,


pela Lei Seca. Os números são parte da Operação
és

sete horas por dia nas redes sociais. E é exatamen-


te esse o local ocupado pelos influenciadores, que Integrada Rodovia, deflagrada pela PRF. Em 2017,
C

também estão conectados e produzindo conteúdos foram registrados noventa acidentes. No ano pas-
o
dr

para seus seguidores a todo tempo. Segundo uma sado, a ação da polícia teve um dia a menos.
Pe

outra pesquisa, publicada pela Sprout Social, 74%


dos consumidores guiam suas decisões de compra Internet: (com adaptações).
com base nas redes sociais. Ou seja, o público está
atento às opiniões da internet e, principalmente, aos Considerando que os fragmentos de texto acima
REDAÇÃO DISCURSIVA

depoimentos de canais influentes e de credibilidade. têm caráter unicamente motivador, redija um texto
dissertativo acerca do seguinte tema:
(“A contribuição dos influenciadores digitais para a decisão de O combate às infrações de trânsito nas rodovias
compra”. 02.02.2018. https://franpress.com.br. Adaptado)
federais brasileiras.
Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
Texto 03
Nos últimos 10 anos, o tempo médio de consumo
domiciliar de televisão passou de 8h18 para 9h17. z Medidas adotadas pela PRF no combate às infra-
Um crescimento de 12%. Vale ressaltar que esse foi ções; [valor: 7,00 pontos]
um período de forte ascensão da internet como pla- z Ações da sociedade que auxiliem no combate às
taforma de distribuição de conteúdo. Os conteúdos infrações; [valor: 6,00 pontos]
da TV, além de entreter e informar, também exer- z Atitudes individuais para a diminuição das infra-
cem um papel importante na dinâmica social. ções. [valor: 6,00 pontos] 81
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Tema 15: DETRAN/SP — Agente Estadual de Trânsito Considerando os textos acima, escreva uma disser-
(FCC — 2019) tação argumentativa em que você discuta a seguinte
questão:
1
Cidades ativas são aquelas em que a população A realização individual fomentaria maior igual-
pode fazer escolhas mais saudáveis e sustentáveis. dade social?
Para que isso seja possível, as cidades devem pro-
porcionar acesso a espaços públicos e ser viços de Tema 17: DETRAN/SP — Oficial Estadual de Trânsito
qualidade a todas as pessoas, garantindo que pos- (FCC — 2019)
sam passear, descansar, brincar e se exercitar em
praças, parques e equipamentos. 1
O trânsito é um local onde a educação precisa
(Disponível em: www.archdaily.com.br) estar presente o tempo todo, inclusive, pensando
na manutenção da segurança das vidas que estão
2 envolvidas nele. Portanto, a educação destinada
O planejamento da rede de mobilidade não apenas ao trânsito é o desenvolvimento das capacidades
enfrenta desafios, como, por exemplo, a conexão intelectuais, morais e físicas das pessoas [...]. Não
entre espaços públicos e principais destinos, mas se trata apenas de circulação de pessoas e veículos,
também questões como a integração social de uma mas de questões de cidadania, meio ambiente e cul-
comunidade. tura de maneira geral.

Considerando as ideias expostas em 1 e 2, redija (Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br. Adaptado)


um texto dissertativo-argumentativo a respeito do
tema: 2
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define os
Espaço urbano e qualidade de vida.
direitos e deveres de toda a população nas vias de
circulação e estradas. A regra geral é sempre a mes-
Tema 16: SPPREV — Analista em Gestão ma: o maior cuida do menor.
Previdenciária (FCC — 2019)
(Disponível em: www.brasil.gov.br)
I
Em visita aos Estados Unidos, em 1970, Margaret Considerando as ideias expostas em 1 e 2, redija
Thatcher fez o seguinte pronunciamento: um texto dissertativo-argumentativo a respeito do
“Uma das razões por que valorizamos indivíduos tema: Educação para o trânsito — fortalecimento
não é porque sejam todos iguais, mas porque são da cidadania.
todos diferentes. Permitamos que nossos filhos
cresçam, alguns mais altos que outros, se tiverem
Tema 18: TRF 3ª — Técnico Judiciário — Área
neles a capacidade de fazê-lo. Pois devemos cons-
Administrativa (FCC — 2019)
truir uma sociedade na qual cada cidadão possa
desenvolver plenamente seu potencial, tanto para
Foi recentemente publicado no American Journal of
seu próprio benefício quanto para o da comunidade
Preventive Medicine um estudo com adultos jovens,
00

como um todo.”
de 19 a 32 anos de idade, apontando que quanto
5-

A premissa crucial que leva a afirmação de That-


maior o tempo dispendido em mídias sociais de
21

cher a parecer quase evidente em si mesma — a


relacionamento, maior a sensação de solidão das
.

suposição de que a “comunidade como um todo”


70

pessoas. Além disso, esse estudo demonstrou tam-


seria adequadamente servida por todo cidadão
.4

bém que quanto maior a frequência de uso, maior a


dedicado a seu “próprio benefício” — acabou por
49

sensação de isolamento social.


ser admitida como ponto pacífico. Assim, no fim do
-0

século passado, tornou-se aceita a noção de que, (Adaptado de: ESCOBAR, Ana. Disponível em: http://g1.globo.com)
ar

ao agir egoisticamente, de algum modo as pessoas


és

beneficiariam as outras. Com base nas ideias do texto acima, redija uma
C

dissertação de caráter argumentativo sobre o tema:


o

(Adaptado de: ZYGMUNT, Bauman. A riqueza de poucos beneficia


Isolamento social na era da comunicação virtual.
dr

todos nós? Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 30)


Pe

II Tema 19: Banco do Brasil S/A — Escriturário —


Segundo a ortodoxia econômica, uma boa dose Agente de Tecnologia (CESGRANRIO — 2021)
de desigualdade leva a economias mais eficien-
tes e crescimento mais rápido. Isso se dá porque Utilize o texto a seguir apenas como motivador
retornos mais altos e impostos menores no topo para a produção de sua redação. Nenhum texto des-
da escala — segundo afirmam — fomentariam o ta prova poderá ser copiado.
empreendedorismo e engendrariam um bolo econô-
mico maior. O grave efeito colateral da Covid na educação
Assim, terá dado certo a experiência de fomento da
desigualdade? Os indícios sugerem que não. A dis- Há um ano e meio, a pandemia do novo corona-
paridade de riqueza atingiu dimensões extraordi- vírus deixa seu rastro na vida de todos nós. Tam-
nárias, mas sem o progresso econômico prometido. bém nos rouba o futuro, ao empurrar milhões de
crianças e jovens para um prolongado compasso de
(Adaptado de: LANSEY, Stewart apud ZYGMUNT, Bauman. A riqueza espera. Esse é o efeito mais perverso de longo prazo
de poucos beneficia todos nós? Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. da Covid-19, que ceifa o direito ao desenvolvimento
82 24-25) pleno e à educação de uma geração inteira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O retorno das atividades presenciais tem se dado Texto II
de forma arrastada e desigual. Nesse cenário, o Quinze minutos para ser atendido no banco e um
ensino remoto ainda é a única chance para que para cancelar o contrato com a operadora de tele-
muitos alunos continuem estudando. No entanto, é fone. Não ter que ligar para reclamar daquele segu-
preciso avançar em ritmo acelerado para garantir ro de perda e roubo do cartão de crédito que você
às escolas a conectividade que permita o acesso de nunca pediu e completar 65 anos com a tranquili-
qualidade às atividades. Sem aulas presenciais e dade de ser atendido preferencialmente no caixa do
sem conexão adequada, a aprendizagem dos estu- supermercado. O cenário parece impossível, mas
dantes poderá retroceder até quatro anos, segundo cada uma das situações acima é amparada por
pesquisa. uma lei específica no país. O que não acontece por
As nossas crianças e jovens não podem esperar aqui é o cumprimento da legislação. Vezes porque
mais. É o futuro de cada um deles que está em risco. não há fiscalização e outras por desconhecimento
É o futuro do país que está em jogo. do brasileiro, que sem saber dos seus direitos, não
exerce a devida cobrança e, quando lesado, não
MIZNE, Denis e SAAD, David. O grave efeito colateral da Covid na
sabe a quem recorrer.
educação. Disponível em: https://www.cpp.org.br/informacao/
ponto-vista/item/17096-o-grave-efeito-colateral-da-covid-
naeducacao. Acesso em: 20 jul. 2021. Adaptado. O Estado de Minas, 20/01/2015.

No texto, discutem-se as dificuldades do ensino Texto III


remoto no Brasil e a sua relação com a pandemia Contrariando a consagrada frase “faça uma lei ape-
de Covid-19, pontuando que há um “efeito perver- nas se estiver disposto a morrer por ela”, o Brasil
so de longo prazo da Covid-19, que ceifa o direito ao tem incríveis mais de 200 mil leis. No entanto, a
aplicabilidade delas é reduzida, estimulando a cria-
desenvolvimento pleno e à educação de uma geração
ção de novas legislações: um levantamento apon-
inteira.”
tou que, em média, são criadas 18 novas leis por dia
Considerando as informações veiculadas no texto
no país. Muitas são inconstitucionais, outras “não
motivador, elabore um texto dissertativo-argumenta-
pegam” e parcela considerável gera consequências
tivo em que você discuta o seguinte tema:
perversas e destoantes das intenções iniciais. Mas,
Efeitos negativos da pandemia no futuro da afinal, por que tantas leis e por que elas são tão
educação no Brasil. ruins e “doidas”?

Tema 20: IMBEL — Analista Especializado — Analista Instituto Mercado Popular, 22/08/2016.
Administrativo (FGV — 2021)
Produza um texto argumentativo, sobre o tema:
Leia os textos motivadores a seguir, que exploram O que fazer para as leis funcionarem?
a existência e a aplicação de leis no Brasil.
Com base em argumentos convincentes, seu texto
Texto I — Lei mais que seca deve ser formulado em língua culta e ter entre 20 e
Um cidadão honesto e decente, que não mete a mão
30 linhas.
no dinheiro alheio, não bate na mulher nem cos-
pe no chão, pode, de repente, transformar-se num
00

perigo para a comunidade e para si mesmo? Todo 20 DICAS COM SÍNTESE DE ALGUNS ASPECTOS
5-

mundo sabe a resposta: pode sim, quando enche a DE GRANDE RELEVÂNCIA


21

cara e se arrisca a voltar para casa pilotando um


.

Vamos passar agora para o acabamento de nossa


70

automóvel.
No Brasil, dirigir embriagado é crime, mas há um redação, pois alguns aspectos devem ser observados
.4
49

problema que reduz consideravelmente a eficácia antes que fechemos a nossa redação.
da legislação: a prova do pileque é atestada pelo
-0

Reunimos aqui algumas informações importantes


bafômetro. E ninguém pode ser obrigado a produ- para a organização e revisão de seu trabalho. Algu-
ar

zir prova contra si mesmo. O que é compreensível mas já foram trabalhadas anteriormente, mas as reto-
és

em muitos outros casos, mas complica um bocado


maremos para criar um procedimento de observação
C

a eficácia da legislação que visa a impedir acidentes


geral.
o

nas estradas.
dr

O problema é sério, como mostram os números


Pe

sobre a situação nas estradas do Estado do Rio. 1º Estética: Grafia / Alinhamento / Paragrafação /
Nos últimos três anos, mais de 600 mil motoris- Respeito às Margens
tas foram abordados em blitzes da polícia e 47 mil
Essa serve para qualquer prova de concurso. A
REDAÇÃO DISCURSIVA

deles se recusaram a passar pelo bafômetro – e não


há punição para isso. maioria das bancas exige que os candidatos apresen-
A situação pode melhorar com um projeto que está tem uma escrita que permita a leitura clara do texto
sendo discutido pelo governo e o Congresso. A ideia sem a preocupação com o tipo de letra, respeitando
é não limitar a prova do pileque ao teste do bafôme- apenas questões de caixa alta (letra grande marcan-
tro: o estado do motorista seria atestado por filma- do o início de frases e nomes próprios) e caixa baixa
gens, fotos ou depoimentos de testemunhas. Nada
(letra pequena compondo o restante da palavra).
demais: é o que acontece com muitos outros crimes.
E o castigo será consideravelmente mais pesado,
A segunda parte deste item aborda o respeito às
com multa maior, mais tempo com a carteira sus- margens. É de fundamental importância a disposição
pensa e até três anos de cadeia. Em suma, é uma lei do texto na folha definitiva. O texto deverá respeitar
consideravelmente muito mais seca. os limites impostos pelas margens direita e esquerda,
nunca ultrapassando seus limites nem se distancian-
Luiz Garcia, O Globo, 03/02/2013. do demasiadamente delas: 83
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margens

Na margem esquerda da folha definitiva de redação, deve-se iniciar a escrita imediatamente ao lado da linha,
sem deixar folga alguma entre a primeira letra e a demarcação da margem.

margens

Na margem direita, a preocupação do candidato aumenta, pois além de se preocupar com as questões de divi-
são silábica e o correto emprego do hífen para essa função, ele também deverá se preocupar em não ultrapassar
a linha demarcatória da margem.

2 cm Parágrafo

margens

O último item deste quesito trata da paragrafação, ou seja, a disposição dos parágrafos dentro da redação.
O candidato deverá deixar bem clara a distância em que se iniciará a escritura do parágrafo para que se faça a
diferença com a escrita iniciada junto à margem. Um afastamento de aproximadamente 2 cm já é suficiente.

Dica

Para marcar o recuo de parágrafo, recorra à velha dica da escola e deixe o espaço de dois dedos antes de
começar a escrever.

2º O Erro

Insira apenas uma linha sobre as palavras erradas. Você deve apenas passar um traço sobre a palavra, a frase,
o trecho ou o sinal gráfico e escrever em seguida o respectivo substituto.
Exemplo: Depois de hoje, iremos para nossas caz casas muito felizes.

3º Faça Períodos Curtos

Componha parágrafos de aproximadamente três períodos cada.


00

Com os modelos que apresentamos, foi possível observar que, para cada parágrafo de aproximadamente 5
5-

linhas, usamos pelo menos 3 períodos. Com isso, conseguimos algumas vantagens, como a de ser mais objetivos e
21

diretos ao abordar uma ideia e a de isolar um possível erro dentro de um período sem projetá-lo para o resto do
.

parágrafo.
70
.4
49

(1) É de fundamental importância o ___________ para_____________. / (2) Podemos mencionar, por exemplo,
-0

_______________________ que ____________________, por causa ______________________. / (3) Esse __________________ do


ar

que _______________________.
és
C

4º A Ordem Direta Facilita na Correta Pontuação


o
dr
Pe

Uma das importantes regras de pontuação que determina o correto emprego da vírgula orienta que, se a ora-
ção estiver em ordem direta (sujeito + verbo + complementos), não se deve usar vírgula para separar termos que
se complementam sintaticamente.
Ou seja, se estiver com alguma dúvida quanto ao uso de vírgula, reorganize a oração para ver se fica mais fácil
a compreensão da estrutura. Exemplo:

z Ordem com termo deslocado:

Termo
deslocado
(Complemento
adverbial)
Sujeito Complemento verbal

Hoje pela manhã, eu comprei um belo carro novo.

84 Verbo
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z Ordem direta:

Eu comprei um belo carro novo hoje pela manhã.

5º Colocação Pronominal

Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ocupar três posições distintas na oração: anteposto ao verbo
(próclise), posposto ao verbo (ênclise) e entremeio ao verbo (mesóclise). Em regra, a posição que esses pronomes
vão ocupar em determinada oração é estabelecida perante a presença ou ausência de palavras atrativas.

Advérbios, conjunções subordinativas, termos que exprimem sentido negativo, pronomes relativos, indefini-
dos e demonstrativos são exemplos de palavras capazes de atrair o pronome pessoal oblíquo átono para antes do
verbo. Assim, não havendo nenhuma palavra atrativa antes do verbo da oração, subentende-se que a colocação
pronominal dar-se-á pela ênclise ou mesóclise, a depender da construção sintática.

Falaria-se muito sobre este assunto naquele dia. (errado)


Falar-se-ia muito sobre este assunto naquele dia. (certo)
Ou
Muito se falaria sobre este assunto naquele dia. (sempre certo)

6º Impessoalidade

As verdades gerais sempre têm maior valor. As opiniões pessoais pouco contribuem para a sustentação de
uma ideia. Por isso, as afirmações apresentadas terão melhor aceitação se trouxerem representações gerais de
valor coletivo:
Acredita-se em vez de Acredito
Sabe-se em vez de Sei
E outras expressões generalizantes como:
É de conhecimento geral... / Muitos entendem que... / Muito se tem discutido sobre...

7º Tese

É importante que seja bem fundamentada, pois é quando você apresenta seu ponto de vista, seu posiciona-
mento diante do tema.

8º Argumentos para seu Texto

É comum a cobrança de temas próprios às funções dos cargos disputados, por isso, preste sempre atenção nos
00

assuntos recorrentes dos textos da prova.


5-
21

9º Título
.
70

Não se põe título nas redações para concursos, a menos que isso seja uma exigência do edital.
.4
49
-0

10º Evite a repetição das palavras


ar

Use sinônimos e outros termos de recuperação.


és
C

z que = o qual / a qual;


o
dr

z onde= em que, no qual / na qual.


Pe

11º Vocabulário

Procure sempre a clareza na apropriação vocabular. A linguagem simples torna o texto mais fluente: pense em
REDAÇÃO DISCURSIVA

explicar seus argumentos como se falasse a uma criança de 10 anos. Não use erudições do tipo “hodiernamente”;
diga: atualmente ou hoje em dia.

12º Interferência Positiva

Se possível, apresente propostas que deem solução aos problemas levantados na redação. Não fique apenas
fazendo constatações óbvias.

13º Não Faça Críticas ao Governo

Essa postura é pobre e pouco criativa — é o que se chama de lugar comum. É como pedir emprego em uma
empresa e criticar o patrão durante a entrevista. Isso é ser muito ingênuo. 85
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14º O Rascunho é Importante

É a sua garantia de poder fazer uma revisão elimi-


nando erros. Vale sempre a pena caprichar. Lembre-
-se de que é função de quem escreve seduzir o leitor
e o estímulo visual contribui para que haja uma boa
impressão.

15º Evite Expressões Vagas

Atente-se para as expressões vagas ou de signifi-


cado amplo e sua adequada contextualização. Exem-
plos: conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”,
“justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.

16º Atenção aos Adjetivos

Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”,


“incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc., pois
são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos
e subjetivos.

17º Evite o Senso Comum

Fuja do lugar-comum, de frases feitas e expressões


cristalizadas, como “a pureza das crianças”, “a sabe-
doria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da
linguagem oral devem ser evitados, bem como o uso
de “etc.” e as abreviações.

18º Uso de Aspas

Não se usam entre aspas palavras estrangeiras


sem correspondência na língua portuguesa: hippie,
status, dark, punk, chips etc.

19º Atenção às Repetições e Fugas ao Tema

Observe se não há repetição de ideias, falta de cla-


00

reza, construções sem nexo (conjunções mal-empre-


gadas), falta de concatenação (coesão) de ideias nas
5-
21

frases e nos parágrafos entre si, divagação ou fuga ao


tema proposto.
.
70
.4

20º Cumpra o Proposto no Texto


49
-0

Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no


ar

corpo do texto, verifique se a argumentação responde


és

à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto


C

com uma interrogação, esta pode estar corretamen-


o

te empregada desde que a argumentação responda à


dr

questão. Se o texto for vago, a interrogação será retó-


Pe

rica e vazia.

86
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Entre outros elementos, os citados anteriormente
podem auxiliar o leitor a identificar o sentido do texto
com mais precisão, são estes conhecimentos exercita-
dos a partir do estudo do idioma, seja ele de forma
técnica e instrumental a fim de realizar uma prova ou
LÍNGUA INGLESA em estudos mais aprofundados que têm como objeti-
vo promover a fluência.
O objetivo, ou o propósito, do texto se encontra
em meio à leitura e é possível de se identificar e com-
preender apenas a partir de uma leitura atenta que
CONHECIMENTO DE UM vai além do que está escrito. Bem como mencionado
VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL E DOS anteriormente, a identificação de quem é o autor e o
narrador, a quem se destina o texto, o contexto nele
ASPECTOS GRAMATICAIS BÁSICOS presente, o assunto tratado e a linguagem empregada,
PARA A COMPREENSÃO DE TEXTOS são elementos cruciais para o entendimento do servi-
ço a que se presta o texto.
O propósito pode ser relatar um fato, contar novi-
Para realizar uma leitura bem-sucedida em outro
dades, listar ou enumerar itens, reportar um crime,
idioma, é preciso estar atento a alguns métodos e
expor uma opinião, entre muitas outras possibilida-
recursos capazes de auxiliar a interpretação textual. des que deverão ser observadas no decorrer da lei-
tura. Alguns marcadores como nomes, datas, locais,
COMPREENSÃO dados, estatísticas, números em geral, pronomes de
tratamento, podem servir como indicativos do propó-
Compreender é a capacidade de assimilar, inter- sito do texto a partir da percepção do conteúdo pre-
pretar e perceber o significado de algo. Compreender sente e do teor da mensagem encontrada no texto.
um idioma significa entender a coerência das infor-
mações de sua comunicação. O objeto da compreensão Compreensão Escrita
da língua inglesa pode estar situado em diferentes for-
Quando se trata de compreender o sentido lexical,
mas de comunicação, para cada qual existem manei-
semântico e gramatical de um texto na língua inglesa,
ras mais apropriadas e adequadas de identificar o
utilizamos recursos que partem de princípios simples:
sentido, o propósito, o contexto, o estilo, a técnica e as identificação dos principais elementos do idioma,
informações presentes na mensagem. ainda que partindo de um panorama básico de com-
Ao buscar compreender o sentido e o propósito preensão e fluência no idioma. São eles:
de um texto na língua inglesa, faz-se necessário iden-
tificar elementos chave capazes de sintetizar infor- z Gramática básica (tempos verbais, adjetivos, advér-
mações, decodificar signos linguísticos, entender a bios e pronomes);
semântica, ou seja, o sentido do texto, bem como seu z Vocabulário básico (substantivos);
propósito. Estes elementos podem estar presentes nos z Expressões idiomáticas (contexto cultural);
aspectos gramaticais do texto, um dos tópicos essen-
00

A partir de um breve conhecimentos dos itens


ciais para o estudo da interpretação textual, mas
5-

mencionados, de maneira geral e simplista, é possí-


podem também ser percebidos no contexto, no recor-
21

vel partir para uma leitura geral do que está escrito e


te, no tipo de linguagem (formal, informal, técnica
.

compreender a mensagem. É, no entanto, importante


70

etc.), no vocabulário utilizado, entre outros elementos ler nas entrelinhas enquanto se decodifica uma men-
.4

estratégicos para a interpretação correta do texto.


49

sagem escrita, isso significa ser capaz de identificar o


Para que o leitor compreenda o sentido do texto, gênero textual, o tipo do narrador, o objetivo da men-
-0

antes de qualquer leitura direta, é primordial que se sagem e o contexto em que ela está inserida.
ar

faça um processo de escaneamento do texto em bus-


és

ca de palavras-chave e informações que indiquem a Compreensão Oral


C

quem o texto se direciona, quem é o autor e seu nar-


o

Além dos elementos citados anteriormente quanto


dr

rador, a qual categoria textual ele pertence (artigo,


à compreensão escrita, a compreensão oral tem suas
Pe

crônica, conto, carta, bilhete etc.) e qual o assunto tra-


peculiaridades e particularidades dignas de serem enfa-
tado. A partir desta coleta de informações, é possível tizadas, pois se diferenciam do padrão escrito. Diferente-
iniciar a leitura inicial, que irá buscar identificar o mente da comunicação escrita, a fala é uma ação fluída
sentido do texto. O sentido indica o que o interlocutor e em constante mudança. A percepção da comunicação
quer dizer com que propôs escrever. A capacidade de oral não apenas de elementos linguísticos, mas do con-
LÍNGUA INGLESA

identificar o sentido está intrinsecamente ligada ao texto cultural e social do falante e do ouvinte.
conhecimento e à identificação de: O momento da fala pode sofrer interferências de
ruídos, sejam eles literalmente barulhos que atrapa-
z Palavras; lham no momento da audição, ou ruídos no sentido
de interferências no meio transmissor da mensagem
z Expressões idiomáticas;
(telefone, áudio, rádio, televisão, etc.). Tudo isso atra-
z Verbos frasais; palha tanto a transmissão quanto a recepção da men-
z Tempos verbais; sagem, o que dificulta sua compreensão de modo
z Contextos; geral. A compreensão oral na língua inglesa depen-
z Aspectos culturais e sociais; de de diversos elementos que devem ser levados em
z Adjetivos, advérbios e pronomes; consideração: 87
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z Sotaque: ainda que a língua seja a mesma, sota- Em coerência:
ques diferentes podem alterar a compreensão de
um idioma em diferentes países ou até diferentes z Concordância de ideias: quando há concordân-
estados de um mesmo país; além dos diferentes cia entre duas ideias na mesma oração de acordo
sotaques famosos, como o sotaque britânico e o com o sentido proposto pela frase e não existem
estadunidense, dentro de um mesmo país existem contradições.
diferenças, como por exemplo o sotaque do sul e o Ex.: She is a vegetarian, that’s why she only eats
sotaque do norte dos Estados Unidos, que possuem meat. (Ela é vegetariana, por isso ela apenas come
distinções claras. carne) - nesta oração, há contradição, pois o fato do
z Dialeto: bem como a diferença de sotaques, sujeito ser vegetariano indicaria o não consumo de
alguns países possuem dialetos próprios, a comu- carne, o ideal seria “She is a vegetarian, that’s why
nidade negra na Inglaterra e nos Estados Unidos she doesn’t eat meat” (Ela é vegetariana, por isso
possuem formas específicas de comunicação que ela não come carne).
dizem respeito ao seu contexto social e sua cultura, z Ordem, relevância e progressão semântica: em
com raízes provindas de diversos países africanos; geral, ações possuem uma ordem para acontece-
comunidades latinas também mesclam o idioma rem e cada qual tem a sua importância na constru-
inglês com o espanhol e incorporam palavras de ção de uma oração, o que for relevante e coerente
seu idioma nativo ao inglês, ou até modificam para com o contexto do que está expresso deve vir
palavras existentes, algo comum no meio latino. antes do menos importante ou daquilo que é resul-
z Classe social: o fator econômico pode interferir tado de uma ação, em uma sequência lógica que
na comunicação oral de maneira muito clara; um não altere o sentido da narrativa. Observe:
indivíduo rico com um alto nível de formação edu- Ex.: He woke up, brushed his teeth, had breakfast
cacional irá se comunicar de uma forma e um indi- and got dressed for work. (Ele acordou, escovou
víduo sem educação formal, morador da periferia, os dentes, tomou café da manhã e se vestiu para o
irá se comunicar de outra. trabalho)

Compreensão da Utilização de Mecanismos de Contextos, Aspectos Sociais e Culturais


Coesão e Coerência
Ainda diante do tema de compreensão, seja ela
Coesão e coerência são dois mecanismos funda-
textual ou oral, na língua inglesa, alguns aspectos
mentais tanto para a produção de textos, o que os
que vão além da língua se fazem muito importantes
torna igualmente importantes para a compreensão
para o real entendimento de um texto. Dentre eles, o
textual. Antes de conhecer alguns elementos presen-
contexto e seus aspectos sociais e culturais se fazem
tes nestes dois mecanismos, é preciso entender do
presentes e deves ser bem analisados para que qual-
que se tratam. Coesão diz respeito à interligação de
quer fragmento textual possa ser compreendido. Ter
elementos entre palavras e frases em uma sentença
a habilidade de identificar o contexto histórico, a cul-
de maneira correta e a coerência trata-se da ligação
tura da época e a forma como se davam as relações
de sentido lógico destes elementos, para que a men-
sociais em uma obra literária em inglês facilita a com-
sagem seja coerente. Confira alguns elementos utiliza-
preensão da obra como um todo, pois permite que o
dos para construir coesão e coerência no texto.
00

leitor amplie as noções do texto que irá ler.


Em coesão:
5-

As obras de William Shakespeare, grande escritor


21

inglês, foram escritas sob o prisma de uma realida-


z Substituições: algumas expressões e substantivos
.
70

de diferente da que vivemos atualmente. Do século


podem ser substituídos por outro termo para evi-
.4

tar repetições desnecessária, como é o caso do uso XVI ao século XVII, o dramaturgo escreveu romances
49

de nomes próprios e dos pronomes. em que se podiam observar reflexos dos costumes
-0

Ex.: Anna really wants to study abroad, she enjoys e usos da sociedade em que vivia à época; desde a
própria linguagem do narrador até o curso da histó-
ar

visiting different countries. (Anna realmente quer


ria, a trajetória dos personagens, a maneira como se
és

estudar no exterior, ela gosta de visitar países


comunicam, se vestem, suas configurações e relações
C

diferentes)
familiares e sociais, entre outros aspectos, todos os
o

z Conjugação verbal adequada: ainda que a con-


dr

jugação verbal e seus respectivos pronomes sejam elementos representados pelo autor em suas obras
Pe

muito mais simples na língua inglesa do que no devem ser lidos pelo leitor a partir da ótica de uma
português, ainda existem alguns requisitos de cor- realidade diferente da que vivemos no século XXI.
relação verbal que devem ser aplicados (principal- Ao entender o contexto social, cultural e até eco-
mente no tempo presente). nômico de uma produção textual é fundamental para
Ex.: She sleeps late every day. (Ela dorme tarde estabelecer as relações corretas na hora de decodifi-
todos os dias) – há uma créscimo da letra “s” em car o seu sentido, sendo capaz de identificar o voca-
sujeitos na terceira pessoa do singular (he, she, it) bulário, os aspectos gramaticais, as influências do
quando no tempo presente. período histórico em todo o processo de construção
z Conectores e conjunções: alguns conectores e da narrativa.
conjunções ligam as sentenças de modo que elas se
complementem, como é o caso das palavras and, if, PRODUÇÃO
so, and, however, therefore, although, even though,
entre outros. Diferentemente da leitura e compreensão escrita
Ex.: Even though they don’t read much, John’s kids e oral da língua inglesa, a produção escrita e oral do
are very smart. (Apesar de eles não lerem muito, os idioma requer mais do que apenas um conhecimento
88 filhos do John são muito espertos) superficial do idioma.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É preciso possuir repertório suficiente para pro- Produção Oral
duzir um texto em determinada língua, pois ele deve
ter sentido para o leitor. Apesar de existirem distintos A atividade linguística oral é marcada por sua flui-
níveis de comunicação possíveis em qualquer tipo de dez. Enquanto a produção escrita segue padrões de
produção no idioma (básico, intermediário e avança- regras gramaticais e de formalidade, além de ser pen-
do), alguns requisitos devem ser seguidos a fim de rea- sada e repensada durante o processo de sua construção,
lizar esta tarefa de maneira bem-sucedida. a produção oral ocorre de forma simultânea ao pensa-
mento humano. À medida em que os pensamentos são
Produção Escrita formulados, a fala os reproduz sonoramente de manei-
ra que o indivíduo não tem tempo para reformular ou
modificar a construção do que foi dito ou planejar cons-
Para realizar a atividade da produção escrita
cientemente cada etapa deste processo de produção.
em qualquer idioma, uma série de regras e padrões
A tradição oral está presente na humanidade des-
devem ser seguidos, de acordo com a intenção do de o início dos tempos, antes mesmo da invenção da
autor e o público a quem o texto se destina. Ela pode escrita. Histórias dos povos antigos, contos mitoló-
ser formal, na norma culta da língua inglesa ou infor- gicos e folclóricos, bem como ensinamentos religio-
mal, coloquial, a linguagem utilizada no cotidiano, sos foram passados adiante em diversas sociedades,
segundo a vontade e intenção de quem escreve. Ain- mesmo antes de existirem livros de história, o que
da assim, a produção escrita deve seguir regras gra- demonstra a importância da comunicação verbal
maticais e ortográficas responsáveis por organizar o como uma atividade importante e relevante, presente
idioma de maneira que indivíduos alfabetizados neste até os dias de hoje como uma forma de comunicação e
idioma sejam capazes de decodificar os signos linguís- partilha de conhecimentos.
ticos e identificar a mensagem proposta. Professores, palestrantes, pastores, políticos, radia-
A língua está em constante mudança e é uma listas, jornalistas, entre outros profissionais, utilizam
ciência viva que se modifica em decorrência das o discurso falado, dialética e a didática da produção
transformações que ocorrem na sociedade. Como oral como recurso a fim de relatar fatos, propagar
consequência, surgem novas palavras (neologismos), conhecimentos, convencer e persuadir ou contar his-
novos termos e expressões, novos verbos, novas for- tórias. Na língua inglesa não é diferente. A produção
mas de se comunicar. Antes do surgimento da escrita, oral continua sendo fluida e simultânea, uma ativida-
surgiu a fala. O que significa que a escrita é fruto da de natural da comunicação humana.
Quando produzimos oralmente em outro idioma,
necessidade humana de expressar-se de outra forma
é possível que existam empecilhos que barrem a flui-
além da comunicação oral, de documentar a comuni-
dez da comunicação, dependendo da mensagem que
cação ou de representá-la visualmente. se pretende passar, do nível de conhecimento que se
Sendo assim, a partir da fala e de um idioma já possui do assunto, suas palavras e expressões adja-
existente oralmente, a escrita passou a existir. Des- centes. Para que ela seja realizada de maneira correta
te modo, a fala é responsável pelas mudanças que é necessário:
ocorrem na escrita. Todo este processo de mudança e
adaptação do idioma, indica que é preciso estar atento z Conhecer o campo, a área ou o assunto em ques-
à alguns detalhes importantes antes de produzir um tão — alguns assuntos podem ser mais complexos
texto na língua inglesa. É preciso: de abordar diante do nível de conhecimento do
interlocutor; caso o indivíduo vá dar uma palestra
00

z Estar consciente do público-leitor: toda mensagem em um hospital sobre doenças infecciosas, termos
5-

possui um receptor, perguntar-se a quem ela se ligados à área da saúde, doenças e nomes de ins-
21

destina, ajudará o autor a entender o tipo de lin- trumentos médicos e hospitalares devem obriga-
.
70

guagem que deverá usar e de que maneira ele se toriamente ser de seu conhecimento para que ele
.4

comunicará melhor com seu público. consiga transmitir a mensagem de sua produção
49

z Ter conhecimento técnico do idioma: saber os dife- oral o melhor possível.


-0

rentes tipos de tempos verbais da língua inglesa z Saber pronunciar palavras e frases — a pronúncia
é parte importante da comunicação, quando reali-
ar

(simple present, present continuous, simple past,


zada de maneira errada pode confundir o ouvin-
és

past continuous, simple future, future continuous,


te e atrapalhar o curso de um diálogo; diversas
C

present perfect, past perfect, past perfect conti-


palavras da língua inglesa possuem similaridades
o

nuous, future perfect, future perfect continuous


dr

quando escritas, mas possuem significados total-


etc..), além do uso correto dos pronomes pessoais,
Pe

mente diferentes que só são identificados a partir


relativos e possessivos, de conjunções, conectivos, de uma pronúncia correta. Ex.: sheep (ovelha), ship
advérbios, adjetivos, artigos, enfim, de gramática (navio) e cheap (barato) — são palavras de grafia
em geral, além de conteúdo vocabular, auxiliará o semelhante, mas são pronunciadas de maneiras
autor na construção do texto no idioma. diferentes entre si.
LÍNGUA INGLESA

Além disso, saber escrever em um idioma requer Dica


níveis de conhecimento elevados. É, no entanto, pos-
sível produzir em diferentes níveis. Um indivíduo A audição está intrinsecamente ligada à fala.
com conhecimento básico do idioma será capaz de Bebês, por exemplo, assimilam os sons emiti-
produzir textos mais curtos e objetivos, sem muito dos pelos pais desde o ventre, quando nascem e
vocabulário ou expressões idiomáticas; alguém com começam a emitir seus primeiros sons não ver-
conhecimento intermediário terá outro nível de com- bais é a influência da audição, ou seja, do que
plexidade em suas produções, menos infantil, mais ouvem a mãe ou o pai falando que conseguem
completo, bem como alguém avançado ou fluente é reproduzir pequenas palavras. O mesmo ocorre
capaz de se comunicar sem ou quase sem restrições com o aprendizado de outro idioma, a audição
seja de maneira oral ou escrita. auxilia a fala e vice-versa. 89
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ADEQUAÇÃO VOCABULAR z Pronomes de tratamentos adequados – no ambien-
te escolar nos EUA, por exemplo, os alunos se
Em diversos momentos, na língua inglesa, será referem aos professores como Mr. (senhor), Mrs.
necessário adaptar o discurso, a fim de otimizar a for- (senhora) ou Ms. (senhorita) junto com os seus
ma de comunicar uma mensagem. A seleção correta sobrenomes; diferentemente do Brasil, lá a relação
de palavras e expressões que se encaixem melhor no entre alunos e professores exige certo grau de dis-
contexto da mensagem é primordial e faz parte do tanciamento que é estabelecido ao utilizar o pro-
processo de adequação vocabular. nome de tratamento adequado.
As mesmas palavras podem expressar diferentes Ex.: Is Mr. Jones in the principal’s office? (O senhor
ideias diante do contexto em que são usadas. A esco-
Jones está na sala do diretor?)
lha do vocabulário deve ser definida diante do con-
z Não utilização de gírias ou expressões coloquiais:
texto proposto, pois cada qual tem a capacidade de
algumas expressões indicam o grau de intimidade
modificar o sentido original ou usual de uma palavra
entre dois indivíduos; apelidos, gírias e expres-
ou expressão. Observe alguns exemplos a seguir:
sões coloquiais podem atrapalhar a comunicação
z “She was not doing it the right way. She was suppo- durante uma conversa cujo contexto é formal e
sed to cook the onions first” (Ela não estava fazen- requer um distanciamento. Confira a diferença:
do do jeito certo. Ela deveria cozinhas as cebolas Ex.: Hey, Luke. What’s up? How’s it going? (Ei,
primeiro) Luke. E aí? Como estão as coisas?) – informal.
z “That was the right way, you just missed the roun- Good morning, Mr Hudson. How are you? (Bom
dabout!” (Aquele era o caminho certo, você acabou dia, senhor Hudson. Como vai você?) – formal.
de ultrapassar a rotatória)
z “He had a way with kids, he loved baby-sitting” (Ele Em conversas informais, a comunicação se torna
era bom com crianças, ele amava ficar de babá) mais próxima da fala, diferentemente da comunica-
ção formal que se aproxima mais da escrita. O uso
Observe que a palavra way, encaixada em diferen- de expressões, gírias, contrações de palavras, entre
tes contextos, ganhou diferentes significados. No pri- outros elementos, podem tornar a conversa muito
meiro trecho sobre culinária, way significa “jeito” ou menos complexa e relaxada, pois não exige que as
“maneira”; no segundo sobre direção e trânsito, way regras gramaticais sejam seguidas com tanto afin-
adquire o significado de “caminho”; já na terceira ora- co, nem mesmo sejam prioridade. As conversas que
ção, sobre crianças, a expressão to have a way with temos com nossos amigos, família e pessoas próximas
(something/someone) significa “ser bom em algo”, “ter
é sempre marcada por certo grau de intimidade e é
aptidão pra fazer algo”.
permeada de simplicidade. Ela pode apresentar:
O correto uso vocabular para cada contexto
expressa o conhecimento do autor diante daquilo que
z Gírias e expressões: muitas delas são construções
se propõe tratar em seu texto. A interlocução preten-
dida na produção, por sua vez, trata-se da relação do grupo social em que o indivíduo vive e podem
entre o interlocutor e receptor da mensagem. O públi- estar muito, moderadamente ou pouco presen-
tes na forma de comunicar uma mensagem; elas
00

co em questão, ou seja, a quem se destina a mensa-


gem, deve ser capaz de entender o assunto recortado surgem da oralidade e fazem parte de conversas
5-

cotidianas; a internet, hoje, também tem um papel


21

pelo autor. De nada adiante ter pleno conhecimento


importante no surgimento e propagação de novas
.

de um assunto e não saber adaptar o discurso em prol


70

do público-alvo da mensagem. gírias e expressões que são incorporadas no voca-


.4

bulário, em especial da juventude.


49

Esta prática muito se assemelha ao trabalho dos


jornalistas que, por vezes, coletam dados completos Ex.: She was all, like, nervous about it so I told her to
-0

sobre economia e política e precisam adaptar a comu- chill and call me asap (Ela estava toda, tipo assim,
ar

nicação e a linguagem, modificando ou substituindo nervosa sobre isso então eu disse pra ela relaxar e
és

termos difíceis, a fim de transmitir uma notícia para me ligar assim que possível)
C

uma população leiga no assunto. Este tipo de recur- z Apelidos: os apelidos fazem parte da relação entre
o
dr

so, faz com que o autor ou emissor da mensagem seja as pessoas e podem marcar a forma como um indi-
Pe

sensato na escolha de palavras e obtenha sucesso na víduo se dirige ao outro, indicando o grau de pro-
comunicação da mensagem que pretende passar. ximidade entre eles; muito comum entre amigos e
familiares, os apelidos são sempre informais.
CONVERSAS FORMAIS E INFORMAIS
Ex.: Sis was telling me all about her trip. (Minha
irmã estava me contando tudo sobre sua viagem
Uma das maiores vantagens da comunicação é sua
/ Sis – abreviação ou gíria provinda da palavra
fluidez, ela se adapta, se transforma e é utilizada de
diferentes maneiras em cada contexto a qual é inse- sister)
rida. Quando em ambientes mais formais, como no z Contrações: as contrações de palavras e verbos
meio acadêmico, profissional ou literário, a etiqueta são muito comumente utilizadas e tem até mesmo
exige certo grau de formalidade para que a comuni- sido incorporadas na linguagem formal, por serem
cação seja efetiva e as conversas devem seguir um muito recorrentes na comunicação; mas é sugeri-
padrão, o padrão da norma culta da língua. Na língua do que elas sejam aplicadas apenas em ambientes
inglesa, alguns indicadores expressam formalidade informais.
com mais clareza ou evitam que a conversa seja carac- Ex.: They would’ve loved to meet you, I’d bet on it.
90 terizada como informal, são eles: (Eles teriam amado te conhecer, eu aposto).
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Importante! — Suas cuecas... Por quê? O que há de errado? —
ela estava de olhos arregalados.
Entender o ambiente em que se está inserido — Ah, você quer dizer minhas calças? Sim, elas são
é fundamental para adequar aspectos da fala ótimas. Eu as comprei na loja no centro da cidade. —
ligados à norma culta ou à informalidade, no ele finalmente entendeu o que ela quis dizer.
entanto, é cada vez mais notável a mesclagem — Do que você achou que eu estava falando antes?
de ambas as formas de comunicação em deter- — ela, por outro lado, ainda estava confusa com a con-
minados meios, como em igrejas contemporâ- versa toda.
neas, em reuniões de trabalho e em encontros — Bem... minhas cuecas, aquelas que vão por
parlamentares; é, porém, necessário aprender debaixo de minhas calças. — ele explicou.
ambas as formas de comunicação, suas varia- — Ah, você quer dizer sua roupa de baixo? Meu
ções e ter bom senso para saber quando e como Deus, isso é tão constrangedor. — ela corou.
usar cada uma delas.
No diálogo anterior, há uma clara confusão e difi-
culdade de comunicação por causa de sinônimos que
SINÔNIMOS EM INGLÊS em outros países possuem diferentes significados para
a palavra calças. No inglês britânico, calças é trousers
O estudo dos sinônimos na língua inglesa requer e roupa íntima é pants; já no inglês americano calças é
muita atenção e cuidado. Por vezes, como na língua pants, e underwear é roupa íntima. A confusão reside
portuguesa, os sinônimos podem ser diferentes pala- na ideia de que os sinônimos dependem inteiramente
vras que realmente possuem exatamente o mesmo do contexto em que a palavra se encontra, dependen-
significado, em outros momentos, é possível identifi- do da cultura, do país, do contexto social, uma palavra
car diferentes intenções em palavras que se apresen- será mais adequada para aquela situação ou não.
tam como sinônimos. Alguns verbos ou phrasal verbs
possuem sinônimos que, se utilizados em detrimen- COGNATOS
to de outra palavra, são capazes de modificar a ideia
geral de uma oração. É, portanto, primordial ter muita Cognatos são palavras que possuem a mesma gra-
cautela e saber como e quando utilizar este recurso. fia (ou grafia semelhante) e o mesmo significado em
Um dos recursos ideias para entender essas similari- dois idiomas. Algumas palavras no inglês são exata-
dades e diferenças é o tesauro (thesaurus), um dicio- mente iguais no português e possuem o mesmo signi-
nário desenvolvido para definir a tradução e conceito ficado, ainda que a sua pronúncia seja diferente. Estas
dos sinônimos de palavras. palavras podem facilitar a leitura e a interpretação de
Apesar de partilharem de um mesmo idioma prin- texto, pois são exatamente as mesmas.
cipal, os EUA, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, entre Existem, porém, falsos cognatos, palavras que pos-
outros falantes da língua inglesa, são países comple- suem a mesma grafia ou grafia semelhante a palavras
tamente diferentes, com sua própria cultura, história de outro idioma, mas que possuem significados com-
e costumes que moldam também sua língua, isso sig- pletamente diferentes. Sendo assim, é preciso ter mui-
nifica que o inglês de cada país possui suas peculiari- to cuidado durante a leitura e examinar o contexto em
dades, diferentes significados, expressões, pronúncias que a palavra está inserida para que se possa inter-
00

etc.. Sendo assim, em cada um deles é possível identi- pretar corretamente seu significado. Confira a seguir
5-

ficar palavras que são sinônimos entre si, mas que no alguns exemplos de cognatos e falsos cognatos.
21

contexto de cada país possui outro significado. Confira


.

Palavras Cognatas
70

alguns exemplos de sinônimos no diálogo a seguir:


.4
49

— Wow, I love your new pants! They are beautiful. ENGLISH PORTUGUÊS
-0

Where did you get them? — said the American girl


— Excuse me??? — the English man replied with a Chocolate Chocolate
ar

surprised expression on his face.


és

— Your new pants... Why? What’s wrong? — She Different Diferente


C

had her eyes wide open.


o

Constant Constante
dr

— Oh, you mean my trousers? Yeah, they great. I


Pe

bought them at the shop downtown. — he finally un- Music Música


derstood what she meant.
Interesting Interessante
— What did you think I was talking about first? —
she, on the other hand, was still confused with the who- Present Presente
le conversation.
— Well... My pants, the ones that go under my trou- Important Importante
LÍNGUA INGLESA

sers. — he explained
— Oh, you mean, your underwear? Gosh, that’s em- Falsos Cognatos
barrasing. — she flushed.
ENGLISH PORTUGUÊS
Tradução:
Actual Verdadeiro
— Uau, eu amei suas cuecas novas! Elas são lindas.
Onde você as comprou? — disse a garota americana. Parents Pais
— O quê???? — o homem inglês respondeu com
Relatives Parentes
uma expressão de surpresa em seu rosto. 91
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ENGLISH PORTUGUÊS Muito fácil, “mamão com
A piece of cake
açúcar”
Beef Carne bovina
Pessoas iguais, “farinha
Fabric Tecido Two peas in a pod
do mesmo saco”
Pretend Fingir The last straw O limite, “a gota d’água”
Order Pedir As far as I know Até onde eu sei

Abusar de algo, “passar


Dica To be out of line
da conta”
Por via das dúvidas quanto ao uso de uma
To hit the road Pegar a estrada
palavra e seu significado, alguns renomados
dicionários como o Oxford Dictionary e o Mer- To be saved by the bell Ser “salvo pelo gongo”
riam-Webster Dictionary possuem suas versões
“Quebrar o gelo”,
online hoje, o que pode auxiliar o estudante a To break the ice
descontrair
conferir rapidamente em seu computador ou
celular se uma palavra é cognata ou não. Observe que na tabela acima, algumas expressões
possuem equivalentes na língua portuguesa e outras
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS não. Isso ocorre devido o fato de que traduções não
são suficientes para entender o contexto de um idio-
Todo idioma possui uma gama de expressões ma, é preciso entender a cultura, a história, o humor
idiomáticas oriundas de sua cultura, do folclore, dos e até a população de um país para realmente poder
costumes e as interações entre grupos sociais em um entender como este idioma foi construído e funda-
país. As expressões idiomáticas no inglês são frases mentado. Este aprofundamento, permitirá um conhe-
que não significam exatamente o que se esperaria tra- cimento mais amplo do idioma, o que será benéfico
duzindo-as ao pé da letra. Em alguns casos, as expres- sempre que se fizer necessário estudar aspectos lin-
sões possuem equivalente na língua portuguesa, em guísticos que estão intrinsecamente relacionados à
outros são tão característicos daquela cultura que cultura, aos costumes e à população de um país.
sequer possuem um equivalente direto e precisam ser
explicadas com outras palavras. ESTRATÉGIAS PARA INTERPRETAR TEXTOS
Algumas expressões são utilizadas em conversas
comuns do cotidiano, cada qual tem sua peculiari- Na hora de interpretar um texto em inglês, antes
dade, sem regras que padronizem seu uso. Basta um mesmo de se iniciar a leitura, deve-se responder à
conhecimento mais popular do idioma, através de algumas perguntas que identificam pontos cruciais
músicas, filmes, séries e vídeos, para ser capaz de do texto, capazes de estabelecer critérios úteis para
facilitar a interpretação no momento em que a leitura
identificar quando uma expressão não quer dizer o
será realizada. Confira a seguir:
00

que ela literalmente significaria ao ser traduzida. Con-


fira uma lista de expressões idiomáticas comuns na
5-

z Identificar quem é o autor;


21

língua inglesa:
z Identificar quem é o narrador (por vezes é o pró-
.
70

prio autor);
.4

To make a long face Fazer cara de desgosto z Identificar a quem o texto se dirige, seu público;
49

z Identificar o gênero textual em questão;


-0

To make something up Inventar uma história


ar

Ao iniciar um breve escaneamento destas infor-


Recompor suas emo-
To pull yourself together
és

ções, endireitar-se mações iniciais a leitura corrente será facilitada. Além


C

disso, duas práticas distintas que se caracterizam


o

Assumir o lugar de como estratégias úteis para a interpretação de textos


To fill in someone’s shoes
dr

alguém em inglês são o scanning e o skimming.


Pe

O scanning é a prática de escanear, passar os olhos


Resolver tarefas fora de pelo texto em busca de palavras-chave, dados, nomes,
To run errands
casa números, entre outros elementos que possam contex-
Pensar e expor ideias, tualizar o texto antes mesmo que a leitura seja realiza-
To come up with da; trata-se de uma busca por informações específicas
soluções
e pertinentes para compreender o texto.
Estar esgotado com algo O skimming refere-se à uma leitura de trechos do
To be fed up with
ou alguém texto, talvez parágrafos isolados, sem a necessidade de
ler o texto todo, para adquirir uma compreensão do sen-
To cost an arm and a leg Custar muito caro
tido geral do texto de maneira rápida e eficiente, esta
Chicken feed Salário baixo estratégia pode auxiliar aqueles que precisam ganhar
tempo durante a leitura de textos técnicos e extensos.
Raining cats and dogs Chuva muito forte Ambas as técnicas são mais poderosas e eficazes
quando suas forças se unem, pois a leitura, ainda que
To give the could
Ignorar alguém rápida e sem muito aprofundamento, torna-se mais
shoulder
92 fácil quando guiada por estes recursos.
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DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Ao expressar uma ideia por meio de uma oração, na língua inglesa, podemos observar duas possibilidades
de sentido para a frase: sentidos conotativos e sentidos denotativos. Ambos possuem funções distintas de igual
importância para a construção intencional de ideias em um idioma e, bem como no português, estão presentes
na comunicação.
Orações com o sentido denotativo expressam o sentido literal da mensagem, ou seja, são a representação real
e exata das palavras.
O sentido conotativo, por sua vez, é responsável por exprimir ideias metafóricas ou figuradas a partir de
comparações e expressões idiomáticas. Observe a comparação das orações a seguir para entender melhor os
conceitos de denotação e conotação:

z It’s really cold outside (Está muito frio lá fora);


z It’s freezing out there (Está congelando lá fora).

A primeira oração pode ser definida como denotativa, pois expressa de forma literal o estado da temperatura
externa. Já a segunda pode ser considerada conotativa, uma vez que utiliza o verbo freezing (congelando): pro-
vavelmente, o interlocutor não quer dizer que está frio a ponto de um indivíduo ser congelado, mas, antes disso,
objetiva expressar que o frio do lado de fora é intenso.
Confira mais um exemplo:

z That knockout was the highlight of the boxing match (Aquele nocaute foi o ponto alto da luta de boxe);
z Angelina Jolie was a knockout in that beautiful black dress (Angelina Jolie estava um nocaute naquele lindo
vestido preto).

Veja que, na primeira oração, o interlocutor fala de um “nocaute” com o sentido exato da palavra, enquanto na
segunda oração, a ideia de “nocaute” é conotativa, pois apenas ilustra e transmite as impressões do interlocutor
de forma metafórica devido à aparência da atriz: a beleza era tanta que “nocauteou” aqueles que a avistaram em
seu vestido preto.

Denotação

A simplicidade do sentido denotativo pode ser observada na sua construção, pois cada palavra expressa o seu
próprio sentido semântico sem que haja qualquer tipo de representação figurativa.
Confira tabela a seguir com exemplos de orações denotativas e seus significados.

ORAÇÃO DENOTATIVA TRADUÇÃO

She was feeling dizzy because of the hot weather. Ela estava com tontura por causa do clima quente.
00
5-

Were you studying for the exam with the boys? Você estava estudando para o exame com os meninos?
21

Gabe tried to convince us to go with him. Gabe tentou nos convencer de irmos com ele.
.
70
.4

The dogs were barking all night long. Os cachorros estavam latindo a noite toda.
49
-0

Mom warned me about that dangerous street. Mamãe me avisou sobre aquela rua perigosa.
ar

Note que, nas orações anteriores, não há jogo de palavras ou expressões incomuns que indiquem algo além do
és

que as palavras de fato significam, pois a intenção é realmente expressar-se de modo literal, “sem rodeios”, sem
C

metáforas.
o
dr
Pe

Conotação

Algumas expressões idiomáticas são úteis para a construção de orações no sentido conotativo, pois indicam
ideias metafóricas que apenas simbolizam o contexto real.
Veja, na tabela a seguir, alguns exemplos de frases conotativas seguidas de suas traduções literais e do sentido
que expressam.
LÍNGUA INGLESA

ORAÇÃO CONOTATIVA TRADUÇÃO LITERAL SENTIDO REAL

It’s raining cats and dogs. Está chovendo gatos e cachorros. Está chovendo muito.

Eles saíram repentinamente bravos


They stormed out of the room. Eles saíram tempestuosos da sala.
da sala.

Eu realmente preciso cuspir os Eu realmente preciso contar esse


I really need to spill the beans.
feijões. segredo.
93
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ORAÇÃO CONOTATIVA TRADUÇÃO LITERAL SENTIDO REAL

You didn’t see the accident, have a Você não viu o acidente, tenha um Você não viu o acidente, tenha
heart! coração! piedade/dó!

I won’t tell anyone, my lips are Eu não contarei a ninguém, meus Eu não contarei a ninguém, minha
sealed. lábios estão selados. boca está fechada.

Os exemplos anteriores exemplificam de maneira clara a noção de que, nem sempre, as orações em inglês
podem ser traduzidas de modo literal, pois possuem sentidos completamente diferentes da tradução original,
afinal, sua intenção é metafórica, figurativa, conotativa.

CORRELAÇÃO MORFOLÓGICA, SINTÁTICA E/OU SEMÂNTICA

A língua inglesa, bem como todo idioma, é composta por conjuntos de letras que formam palavras para repre-
sentar objetos, sentimentos, sensações, ideias, qualidades, entre outros elementos de sentidos diversos. A relação
entre essas palavras e seus significados estrutura sistemas de sentido.
O Inglês tem sua origem na Inglaterra, mas, partir do colonialismo, foi propagada para diversos outros lugares
(Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Índia) que, naturalmente, transmutaram-na de acordo com
suas necessidades e contextos culturais.
Qualquer idioma, de modo amplo, é um código social configurado por combinações de significantes (letras),
que recebem um significado dentro de um grupo social. Chamamos, em conformidade com Saussure (2012), a
combinação de significante e significado de signo. No entanto, para que a comunicação por meio destes signos
seja efetiva, estabelecem-se convenções linguísticas, responsáveis por determinar a significação das palavras a
partir da sociedade em que se fala certo idioma, ou seja, os significados são arbitrários e convencionais (DAVID-
SON, 1985).
Além disso, existem variações linguísticas, isto é, formas e estruturas linguísticas características de cada
região. Porém, a convenção linguística é estabelecida de modo a guiar a comunicação de forma mais ampla.
Assim, a cultura, naturalmente, pode modificar uma língua a partir de suas particularidades.
O estudo da gramática da língua inglesa e dos elementos que a compõem é imprescindível para um conheci-
mento aprofundado do funcionamento do idioma como um todo. Uma noção básica, muito importante para as
provas, é a de que a língua inglesa, assim como o português, pode ser estudada a partir de três sistemas que se
entrelaçam: a morfologia, a sintaxe e a semântica.
A morfologia é a área que estuda os morfemas, a estrutura e formação das palavras a partir de suas origens,
seus radicais, sufixos, prefixos, entre outros. Esses elementos são cruciais para o estudo cultural da origem de
palavras. A partir deles, podemos observar influências mútuas de várias línguas. No caso do Inglês, por exemplo,
alguns radicais originam-se do latim, grego, francês etc. Esses sistemas de construção da língua são importantes
para uma compreensão geográfica do surgimento dos idiomas.
00

Observe alguns exemplos de morfemas na língua inglesa:


5-
21
.

PALAVRA SIGNIFICADO RADICAL


70
.4

Bigger Maior/grande Big


49
-0

Mistaken Enganado/pegar/tomar Take


ar

Eradication Erradicar/estabelecer Radic


és
C

Anthropology Antropologia Anthropo


o
dr

PALAVRA SUFIXO SIGNIFICADO


Pe

Washable -able Lavável

Writer -er Escritor

Wonderful -ful Maravilhoso

Sickness -ness Doença

Certainly -ly Certamente

A morfologia da língua inglesa está diretamente ligada à sintaxe, pois palavras são pequenos blocos de senti-
do que, quando dispostos em uma oração, transmitem uma informação estruturada, o que é objeto de estudo da
sintaxe.
A sintaxe diz respeito ao estudo da maneira como o interlocutor transmite uma mensagem, dispõe, organiza
e relaciona as palavras em uma oração por meio de regras, princípios e processos que ordenam a estrutura da
94 língua.
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A sintaxe da língua inglesa pode ser observada, por exemplo, no estudo da ordem dos adjetivos em uma ora-
ção. A regra da correta ordem dos adjetivos em inglês é uma referência clássica de sintaxe, da forma de constru-
ção adequada da língua.
Ademais, é importante destacar que, de maneira geral, a ordem das frases em inglês é a seguinte:

SUJEITO VERBO OBJETO COMPLEMENTO

Lucy and Mark decided to call their parents this Tuesday.

Lucy e Mark decidiram ligar para seus pais esta terça-feira.

No entanto, no caso da construção de perguntas, a ordem direta da frase se altera, pois o verbo auxiliar, que
indica tempo e/ou modo verbal, precisa ser o primeiro elemento da oração:

VERBO AUXILIAR SUJEITO VERBO COMPLEMENTO OBJETO

Would he go to the party with us?

- Ele iria à festa conosco?

O mesmo acontece com perguntas formadas a partir do verbo to be, que precisa, necessariamente, ser o pri-
meiro elemento da oração:

VERBO SUJEITO COMPLEMENTO

Is Kate a math teacher at Lincoln High?

Kate é professora na escola Lincoln High?

Todas essas regras de organização de uma frase, que sistematizam a troca de informações na língua inglesa,
estão dentro do que chamamos de sintaxe.
Por fim, o entrelace da morfologia e da sintaxe se dá pela semântica, que estuda a construção de sentido e o
significado das palavras e das mensagens de acordo com o contexto em que uma frase é falada/escrita. Podemos
citar, para exemplificar como funciona a semântica, a ironia, figura de linguagem que consiste em dizer o con-
trário daquilo que realmente deseja, ou seja, a compreensão total da mensagem de uma frase irônica se dará a
partir do contexto.
00

PERCEPÇÃO DE METÁFORA E METONÍMIA


5-
21

Metáfora
.
70
.4

Metáfora é uma figura de linguagem usada para fazer uma comparação entre duas coisas que não são iguais,
49

mas que têm algo em comum. Ao contrário de um símile, em que duas coisas são comparadas diretamente usan-
-0

do like ou as, a comparação de uma metáfora é mais indireta e, geralmente, subjetiva. Ou seja, uma metáfora é
ar

muito expressiva e não deve ser interpretada literalmente, ocasionando em um trabalho mais aprofundado de
és

interpretação para encontrar o significado dela.


C
o
dr

Veja um exemplo de metáfora:


Pe

“Her tears were a river flowing down her cheeks” (Suas lágrimas eram um rio correndo por suas bochechas).

Um rio e lágrimas não são muito parecidos, pois um é um corpo de água na natureza, enquanto o outro é pro-
duzido por nossos olhos. No entanto, eles têm uma coisa em comum: ambos são um tipo de água que flui. Assim,
a metáfora usa essa semelhança para ajudar o escritor a estabelecer um ponto: como um rio é muito maior do
LÍNGUA INGLESA

que algumas lágrimas, a metáfora é uma forma criativa de dizer que a pessoa está chorando muito. São tantas as
lágrimas que lembram ao escritor um rio.
As metáforas ajudam os escritores e poetas a definir uma posição de maneira mais interessante. Elas também
ajudam o leitor a ver algo de uma nova perspectiva. Ao descrever as lágrimas como um rio, por exemplo, o escri-
tor encontrou uma maneira criativa de descrever o quão grande era a tristeza da garota, além de estabelecer
uma imagem que pode ser facilmente visualizada pelo leitor. Isso torna a leitura mais interessante.
Metáforas são recursos da linguagem que podem ser encontrados em textos descritivos e narrativos, em
especial na poesia e na ficção. A compreensão de metáforas pode ser feita a partir de uma leitura cuidadosa,
identificando as diferenças existentes entre orações denotativas e conotativas no processo da leitura. 95
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METONÍMIA z Jane went to school and her mother went to work
(Jane foi para a escola e sua mãe foi trabalhar);
A metonímia é uma figura de linguagem em que z I went to bed early for I had a tiring day (Fui para a
um objeto ou ideia é referido pelo nome de algo inti- cama cedo pois tive um dia cansativo).
mamente associado a ele, em oposição ao seu próprio
nome. A metonímia envolve uma palavra ou frase Uma oração subordinada, por sua vez, é aquela
que substitui outra palavra ou frase. Referir-se à sede que começa com uma conjunção subordinada ou com
da administração da presidência dos EUA como “The um pronome relativo e que contém um sujeito e um
White House” (a Casa Branca) ou como “The Oval Offi- verbo. Este tipo de cláusula não pode ser independen-
ce” (Salão Oval), referir-se à indústria cinematográfi- te e não expressa um significado completo. Detalhes
ca americana como “Hollywood” ou à bolsa de valores adicionais são necessários para tornar esse significa-
de Nova Iorque como “Wall Street” são exemplos de do completo.
metonímia. A conjunção subordinada é uma palavra que liga
A metonímia ajuda os escritores a serem mais uma cláusula dependente a uma cláusula indepen-
concisos. Frases curtas às vezes podem ser mais con- dente. São exemplos:
tundentes e profundas. Jornalistas e redatores de
discursos costumam usar a metonímia para substi- z Although;
tuir ideias complicadas por alternativas mais curtas z since;
e simples para ajudar o público a entender melhor z after;
conceitos complicados. Para ser capaz de identificar, z why;
interpretar e utilizar essa figura de linguagem, ter z that;
conhecimento de mundo e de diferentes contextos z until;
políticos, sociais e culturais é imprescindível. z wherever;
z so;
ORAÇÕES COORDENADAS E SUBORDINADAS z that, etc.

Orações coordenadas e subordinadas são dois A seguir, acompanhe alguns exemplos de orações
tipos de cláusulas. A oração coordenada é uma oração subordinadas. Observe como tudo isso começa com
independente, enquanto a oração subordinada é uma uma oração subordinada ou um pronome relativo.
oração dependente. Esta é a principal diferença entre Until Mr Sanchez returned from Italy (Até o Sr. San-
elas. A oração coordenada expressa um pensamento chez voltar da Itália).
completo, enquanto a oração subordinada expressa Whenever she saw me (Sempre que ela me via).
um pensamento incompleto. Portanto, uma cláusula After I finished my studies (Depois que terminei
subordinada deve ser combinada com outra cláusula meus estudos).
para expressar um pensamento completo.
As the lights went out (Enquanto as luzes se
Orações coordenadas, em uma sentença, são de
apagavam).
igual importância (ambas tem sentido completo) e
Lembre-se: estas orações são subordinadas pois,
geralmente, encontram-se unidas por uma conjunção
sozinhas, sem o auxílio de outra oração, não podem
coordenadora. Como são unidas por um conectivo de
ser plenamente compreendidas. De outro modo,
coordenação, as cláusulas são sintaticamente inde-
00

nenhum dos exemplos trazidos expressa um pensa-


pendentes umas das outras.
5-

mento completo, vejamos:


Lembre-se: uma conjunção coordenadora é uma
21

palavra que liga duas orações independentes para for-


.
70

mar uma frase composta. Existem sete conjunções de z Until Mr Sanchez returned from Italy, I will be living
.4

coordenação na língua inglesa: in his house (Até o Sr. Sanchez voltar da Itália, eu
49

estarei morando na casa dele).


-0

z for; z After I finished my studies, I took a nap (Depois que


terminei meus estudos, eu tirei uma soneca.)
ar

z and;
és

z nor;
Com base em suas funções, as orações subordina-
C

z but;
das podem ser categorizadas em três tipos:
o

z or;
dr

z yet; e
Pe

z so. z cláusula adjetiva;


z cláusula advérbio;
Observe os exemplos abaixo: z cláusula substantiva.

z I like sandwiches, but my sister likes fish and chips MARCADORES DE DISCURSO
(Gosto de sanduíches, mas minha irmã gosta de
peixe com batatas fritas); Os marcadores discursivos fazem parte de uma
classe de palavras responsável por conectar orações
„ “I like sandwiches” e “my sister likes fish and de modo que elas sejam coesas e coerentes; estas pala-
chips” são duas cláusulas independentes que vras podem ser preposições, conjunções, locuções ou
são unidas pela conjunção coordenadora but expressões idiomáticas, e são de extrema importância
(“mas”). para a compreensão e interpretação da mensagem
presente em uma oração.
z You have to study hard or you will fail the exam Confira a seguir uma lista de alguns dos principais
(Você tem que estudar muito ou será reprovado no marcadores de discurso, o seu sentido e um exemplo
96 exame); prático.
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MARCADORES COM SENTIDO DE ADIÇÃO

She watched movies and series.


And — e
(Ela assistiu filmes e séries.)

In addition to playing soccer, he also plays volleyball.


In addition to — além de
(Além de jogar futebol, ele também joga vôlei.)

Futhermore, He despises that movie, besides, he can’t go to the movies with us.
moreover, besides — além disso (Ele odeia aquele filme, além disso, ele não pode ir ao cinema conosco.)

As well as, Both... and — bem como, They love sushi as well as me.
tanto... quanto (Eles amam sushi tanto quanto eu.)

We also lived in Bulgaria.


Too, also — também
(Nós também moramos na Bulgária.)

Not only she went alone, she had fun by herself!


Not only — não apenas
(Ela não apenas foi sozinha, ela se divertiu sozinha!)

By the way, she called last night.


By the way — à propósito
(À propósito, ela ligou ontem à noite.)

MARCADORES COM SENTIDO DE CONTRASTE

Walter was sad but he didn’t cry.


But — mas
(Walter estava triste, mas ele não chorou.)

We could go, however, we have to be back by 9.


However — porém
(Nós poderíamos ir, porém, temos que voltar às 9.)

Mandy chose that job, nevertheless, she is unhappy.


Nevertheless — no entanto
(Mandy escolheu aquele emprego, no entanto, ela está infeliz.)

Although the movie is great, the book is far better.


Although, though — embora
(Embora o filme seja ótimo, o livro é bem melhor.)

Inspite of all I did, I’m still a good father.


Despite, in spite of — apesar de
(Apesar de tudo que fiz, eu ainda sou um bom pai.)

He’s a great cook, on the other hand, a terrible person.


On the other hand — por outro lado
(Ele é um ótimo cozinheiro, por outro lado, é péssima pessoa.)
00
5-

It was a good idea, still they shouldn’t have done it without permission.
21

Still — ainda assim


(Foi uma ótima ideia, ainda assim, eles não deveriam tê-la feito sem permissão.)
.
70
.4

MARCADORES COM SENTIDO DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA


49
-0
ar

She had a headache so she decided to take a pill.


So — então, sendo assim
és

(Ela tinha dor de cabeça, então decidiu tomar um remédio.)


C

He’s faster than I am, therefore he can win the race.


o

Therefore — sendo assim, portanto


dr

(Ele é mais rápido que eu, portanto, ele pode ganhar a corrida.)
Pe

We had no time to study, as a result we failed the exam.


As a result — como resultado
(Nós não tivemos tempo para estudar, como resultado, nós reprovamos na prova.)

Since you’re going there, can you get me a bottle of water?


Since — desde, já que
(Já que você está indo lá, você pegar uma garrafa de água para mim?)
LÍNGUA INGLESA

Grandma can’t come because her car broke down.


Because — porque
(Vovó não pode vir porque seu carro quebrou.)

Can you give us his number so that we can solve this?


So that — afim de (que)
(Você poderia nos passar o número dele para que resolvamos isso?)

She will move far away, thus she won’t see us very often.
Thus — logo
(Ela vai se mudar para longe, logo, ela não nos verá com tanta frequência.)

They consequently stopped smoking.


Consequently — consequentemente
(Eles consequentemente pararam de fumar.)
97
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MARCADORES COM SENTIDO DE TEMPO

First of all, I’d like to thank my parents.


First of all — primeiro de tudo
(Primeiro de tudo, gostaria de agradecer meus pais.)

He eventually stopped talking to me.


Eventually — eventualmente
(Ele eventualmente parou de falar comigo.)

Tristan finally decided to tell her.


Finally — finalmente
(Tristan finalmente decidiu contar-lhe.)

What shall we do next?


Next — após, depois disso, em seguida
(O que devemos fazer em seguida?)

Formerly, she had graduated from college.


Formerly — anteriormente
(Anteriormente, ela tinha se formado na faculdade.)

This doesn’t match what she told me previously.


Previously — anteriormente
(Isso não combina com o que ela me disse anteriormente.)

He told me he got nervous afterwards.


Afterwards — posteriormente
(Ele me disse que havia ficado nervoso posteriormente.)

We will wait for you until you come.


Until — até
(Nós esperaremos por você até que você venha.)

MARCADORES COM SENTIDO DE EXEMPLIFICAÇÃO

For example, for instance — por Hens, for example, are birds that can’t fly.
exemplo (Galinhas, por exemplo, são pássaros que não podem voar.)

We hate all seafood, such as fish, shrimp and sea weed.


Such as — como (Nós odiamos todos os frutos do mar, como peixes, camarões e algas
marinhas.)

I never met someone like you.


Like — como, semelhante
(Eu nunca conheci alguém como você.)

MARCADORES QUE EXPRESSAM A IDEIA DE CONCLUSÃO


00

In short — em resumo, em suma In short, our story is a bittersweet romance.


5-

(Em suma, nossa história é um romance agridoce.)


.21
70

In conclusion — para concluir In conclusion, all types of snakes can be dangerous.


.4

(Para concluir, todos os tipos de cobras podem ser perigosos.)


49

To sum up, to wrap up — para To sum up, that was the biggest boat I’ve seen.
-0

terminar, para resumir (Para resumir, aquele era o maior barco que eu já vi.)
ar
és

MARCADORES QUE EXPRESSAM ÊNFASE


C
o
dr

He indeed loved carrot cake.


Pe

Indeed — de fato, de verdade


(Ele de fato amava bolo de cenoura.)

As a matter of fact, that was the best book I read.


As a matter of fact — de fato
(De fato, aquele era o melhor livro que li.)

Actually, I look more like my grandma.


Actually — na verdade
(Na verdade, eu me pareço mais com minha avó.)

MARCADORES QUE EXPRESSAM COMPARAÇÃO

Likewise, all she did was good.


Likewise — idem, igualmente, de igual modo
(De igual modo, tudo que ela fez foi bom.)

She walks in the same way as her mom.


In the same way — do mesmo jeito
(Ela anda do mesmo jeito que sua mãe.)
98
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Similarly to those models, we wore white sneakers.
Similarly — similarmente
(Similarmente àquelas modelos, nós usamos tênis brancos.)

I could have done it differently.


Differently — diferentemente
(Eu poderia tê-lo feito de modo diferente.)

He talks just like his dad.


Just like — de modo idêntico
(Ele fala de modo idêntico ao seu pai.)

MARCADORES QUE EXPRESSAM PONTO DE VISTA OU OPINIÃO

In my opinion, this project is a bad idea.


In my opinion — na minha opinião
(Na minha opinião, este projeto é uma má ideia.)

As far as I know, he wasn’t aware of the situation.


As far as I know — até onde sei
(Até onde sei, ele não estava ciente da situação.)

As far as I’m concerned, I did a great job.


As far as I’m concerned — no que me diz respeito
(No que me diz respeito, eu fiz um ótimo trabalho.)

To my knowledge, he’s not a Science teacher.


To my knowledge — até onde sei
(Até onde sei, ele não é professor de ciências.)

ESTRUTURA DA ORAÇÃO: PERÍODOS COMPOSTOS (CONDICIONAIS, RELATIVAS, APOSITIVAS ETC.)

Condicionais

Uma oração condicional é baseada na palavra if (se). Há sempre duas partes em uma sentença condicional:
uma parte começando com “if”, para descrever uma situação possível, e a segunda parte, que descreve a conse-
quência ou condição. Existem quatro tipos de estruturas condicionais. Veja cada uma delas a seguir.

Condicional Zero

Usamos a condicional zero para falar sobre verdades permanentes, como fatos científicos e hábitos gerais. A
estrutura é simples:

If + Present Simple

Veja alguns exemplos:


00

z If I’m sick, I just go to the doctor (Se eu estou doente, eu vou ao hospital);
5-

z If I eat less, I lose weight quickly (Se eu comer menos, eu perco peso rapidamente);
21

z If we have four seats, we can take everyone (Se tivermos quatro assentos, podemos levar todo mundo).
.
70
.4

Primeira Condicional
49
-0

Usamos a primeira condicional para falar sobre uma situação realista no presente ou no futuro. A estrutura da
ar

primeira condicional é a seguinte:


és
C

If + Present Simple + Future (Will/Going to)


o
dr

Acompanhe os exemplos:
Pe

z If you don’t hurry, we’ll be late (Se você não se apressar, nos atrasaremos);
z If I don’t study for my tests, I’ll fail Physics (Se eu não estudar para as minhas provas, vou levar bomba em
física);
z We’ll be much happier if you come with us (Nós ficaremos muito mais felizes se você vier conosco).
LÍNGUA INGLESA

Observe que é possível modificar a ordem da oração, substituindo a condição e a consequência, sem que haja
interferência no sentido.

Segunda Condicional

Usamos a segunda condicional para falar sobre situações improváveis ou impossíveis no presente ou no futu-
ro. Esta é a estrutura:

If + Simple Past + Would/Could


99
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z If I had money, I’d travel to Austria (Se eu tivesse A frase “which is understandable” faz referência à
dinheiro, viajaria para Áustria); cláusula inteira antes dela (na parte sublinhada): Joan
z I could win the game if I practiced more (Eu poderia could be quite tired.
ganhar o jogo se eu praticasse mais);
z If you didn’t tell them, I would tell you the secret (Se APOSITIVAS
você não contasse a eles, eu te diria o segredo).
Aposição é a colocação lado a lado de dois elemen-
Terceira Condicional tos coordenados (geralmente frases nominais entre
vírgulas), sendo que o segundo serve para identificar
Usamos a terceira condicional para falar de situa- ou renomear o primeiro. Observe os exemplos:
ções impossíveis, como na segunda condicional, no
passado. Costumamos usar a terceira condicional z Janice, Chandler’s ex, was at the coffee house (Jani-
para descrever arrependimentos. A estrutura é: ce, ex do Chandler, estava na cafeteria);
z Jack, the dentist, was not working today (Jack, o
If + Past Perfect + Would have/Could have dentista, não estava trabalhando hoje);
z She was born in NYC, the Big Apple (Ela nasceu na
z If I had talked to him, he wouldn’t have gone away cidade de Nova Iorque, a Big Apple).
(Se eu tivesse falado com ele, ele não teria ido
embora);
z What would you have done if you had been there? (O
que você teria feito se estivesse lá?); HORA DE PRATICAR!
z Amber wouldn’t have said that if she knew you
would been hurt (Amber não diria aquilo se sou- Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
besse que você tinha ficado magoado).
Robots, the next generation of soccer players
CLÁUSULAS RELATIVAS
If you think a robot will steal your job, you are not alone.
As cláusulas relativas nos dão mais informações Soccer players should be worried too. The next Mes-
sobre alguém ou alguma coisa. Podemos usar cláu- si probably won’t be of flesh and blood but plastic and
sulas relativas para combinar cláusulas sem repetir metal.
informações. Observe: The concept emerged during the conference “Work-
shop on grand challenges in artificial intelligence,”
z Anna sent a letter to her son. Her son lives in Chi- held in Tokyo in 1992, and independently, in 1993,
cago (Anna mandou uma carta para seu filho. Seu when Professor Alan Mackworth from the Universi-
filho mora em Chicago). ty of Bristol in Canada described an experiment with
small soccer players in a scientific article.
Transformando essa oração para que ela não repi- Over 40 teams already participated in the first RoboCup
ta informações, podemos fazer uso de conjunções e tournament in 1997, and the competition is held every
preposições que formam as cláusulas relativas, veja year. The RoboCup Federation wants to play and win a
mais um exemplo: game against a real-world cup humans’ team by 2050.
00

The idea behind artificially intelligent players is to


5-

z Anna send a letter to her son who lives in Chicago investigate how robots perceive motion and commu-
21

(Anna mandou uma carta para seu filho que mora nicate with each other. Physical abilities like walking,
.
70

em Chicago). running, and kicking the ball while maintaining bal-


.4

ance are crucial to improving robots for other tasks


49

Ao usarmos uma cláusula relativa, não há necessi- like rescue, home, industry, and education.
-0

dade de repetir a palavra son (filho). Designing robots for sports requires much more than
ar

Existem dois tipos de cláusulas relativas: um tipo experts in state-of-the-art technology. Humans and
és

se refere a um substantivo ou a uma frase nominal machines do not share the same skills. Engineers
C

(estas são cláusulas relativas definidoras e não defini- need to impose limitations on soccer robots to imi-
o

doras) e o outro tipo se refere a uma frase ou cláusula tate soccer players as much as possible and ensure
dr

inteira, especialmente na fala. following the game’s rules.


Pe

RoboCup Soccer Federation, the “FIFA” of robots, which


Cláusulas Relativas Definidoras e Não Definidoras supports five leagues, imposes restrictions on players’
design and rules of the game. Each has its own robot
As cláusulas relativas definidoras e não definido- design and game rules to give room for different scien-
ras definem ou descrevem o substantivo (ou a frase tific goals. The number of players, their size, the ball type,
nominal) que vem antes delas (nos exemplos, a cláu- and the field dimensions are different for each league.
sula relativa está em negrito e a pessoa ou coisa a que In the humanoid league the players are humanlike robots
se refere está sublinhada): with human-like senses. However, they are rather slow.
Many of the skills needed to fully recreate actual soccer
z Well, I believe Joan could be quite tired of it, which player movements are still in the early stages of research.
is understandable (Bom, eu creio que Joan está The game becomes exciting for middle and small size
cansada disso, o que é compreensível). leagues. The models are much simpler; they are just box-
es with a cyclopean eye. Their design focuses on team
behavior: recognizing an opponent, cooperating with
team members, receiving and giving a standard FIFA size
100 ball.
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Today, soccer robots are entirely autonomous. They wire- Leia o texto a seguir para responder às questões de 6 a 10.
less “talk” to each other, make decisions regarding strat-
egy in real-time, replace an “injured” player, and shoot Revolution Accelerated
goals. The only person in a RoboCup game is the referee.
The team coaches are engineers in charge of training the How Digital Transformation is Shaping the Future of
RoboCups’ artificial intelligence for fair play: the robots Banking
don’t smash against each other or pull their shirts. Like all businesses, banks have had to act fast to
The next RoboCup competition will soon be played, respond to the unprecedented human and economic
virtually, with rules that will allow teams to participate impact of Covid-19.
without establishing physical contact. First, they needed to keep the lights on and ensure
business continuity. Second, they had to meet the
Available at: https://www.ua-magazine.com/2021/05/12/robots-
the-next-generation-of-soccer-players. Retrieved on: July 4th,
changing ways customers wanted to engage. Finally,
2021.Adapted. they sought to balance their business priorities with a
responsibility to support society. Previous crises cast
1. (CESGRANRIO — 2021) In the text fragment of the the banks as part of the problem — this time they are
sixth paragraph “RoboCup Soccer Federation, the part of the solution.
“FIFA” of robots, which supports five leagues, imposes Banks who have embraced modern banking technol-
restrictions on players’ design and rules of the game”, ogy have fared better in meeting these challenges.
the word which refers to They’ve moved seamlessly to remote working, kept up
service for their customers, coped with huge increas-
a) game es in demand and quickly adapted their products.
b) FIFA In contrast, banks using legacy ‘spaghetti’ software
c) players have struggled.
d) leagues Covid-19 has accelerated the need for modern bank-
e) RoboCup Soccer Federation ing technology, but it didn’t create it. Before corona-
virus, the 2020s were already being framed as the
2. (CESGRANRIO — 2021) In paragraph 7, the word How- decade for digital in the banking industry. Banks’
ever in the fragment “In the humanoid league, the return on equity were too low and their cost-income
players are human-like robots with human-like sens- ratios were too high. Meanwhile, regulation like open
es. However, they are rather slow” can be replaced, banking was disrupting the industry and increasing
without change in meaning, by competition from new entrants like the GAAFAs (Goo-
gle, Amazon, Alibaba, Facebook, Apple).
a) unless Providing seamless digital customer experiences was
b) indeed therefore already a ‘must’. Every year, Temenos partners
c) furthermore with the Economist Intelligence Unit (EIU) for a global
d) nevertheless study on the future of banking. More than 300 banking
e) consequently leaders are interviewed from retail, commercial and pri-
vate banks. Over half of these are at C-suite level.
3. (CESGRANRIO — 2021) According to the second para- In 2020, the study took place amid the Covid-19 cri-
graph, the concept of robotic soccer players emerged sis. The results give a fascinating insight into banking
00

leaders’ approach during these unprecedented times.


5-

a) in 1997 But they also show how they see their industry in the
21

b) in the 1990s years to come.


.
70

c) before the 1990s And the findings suggest three trends which will
.4

d) in the beginning of the 20th century shape the future of banking:


49

e) in the beginning of the 21st century 1. New technologies will be the key driver of banking
-0

transformation over the next 5 years. 77% of respon-


4. (CESGRANRIO — 2021) In paragraph 9, there is the dents strongly believed that Artificial Intelligence (AI)
ar

information that in RoboCup competitions the game will be the most game-changing of these technolo-
és

referee and the team coaches are gies. They see a diverse range of uses for AI — from
C

personalised customer experience to fraud detection.


o
dr

a) humanoids 2. Banks will overhaul their business models to create


Pe

b) computers digital ecosystems. 80% of respondents believe that


c) real people banking will become part of a platform of services.
d) robotic engineers 45% are committed to transforming their business
e) virtual mechanisms models into digital ecosystems.
3. The sun will set on branch banking. World Bank data
5. (CESGRANRIO — 2021) In the sentence fragment shows that visits to branches have been steadily
LÍNGUA INGLESA

of the fifth paragraph “Designing robots for sports declining globally over the last decade. As a result
requires much more than experts in state-of-the-art of coronavirus, customers are now more concerned
technology”, the words in bold can be replaced, with- about visiting their branch, and so even more people
out any change in meaning, by the following words: are willing to try digital applications. This combina-
tion of pandemic and increasingly transformative
a) drawing / scholars advanced technology has led a majority of respon-
b) creating / amateurs dents (59%) to our survey with the EIU to state that
c) planning / specialists traditional branch-based banking model will be dead
d) finishing / professionals in just five years. That’s a 34% increase from last year.
e) manufacturing / engineers
101
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
The current environment is undoubtedly challenging for a) banks cannot grow after the coronavirus pandemic.
banks. But they have the capital, customer relationships b) modern banking technology can help reshape the
and customer data. They are regulated. And most impor- present and the future of banks.
tantly: they still enjoy their customers’ trust. c) modern technology can frustrate the present and the
In short, banks are best-placed to succeed if they com- future of the banking industry.
mit to end-to-end digital transformation. That means d) as result of the coronavirus pandemic, banks will not
a fully digital front office which creates hyper-person- be able to meet customers’ demands in the future.
alized experiences and ecosystems. And a back office e) due to the coronavirus pandemic, banks are not able
driving efficient operations and rapid innovation. By to meet customers’ expectations in the present.
embracing modern banking technology, banks can
support their customers today, create new value for Leia o texto a seguir para responder às questões de 11 a 15.
the future and drive new levels of future growth.
U.S. Finds No Evidence of Alien Technology in Flying
Available at: <https://www.cnbc.com/advertorial/how-digital- Objects, but can’t rule it out, either
-transformation-is-shaping-the-future-of-banking>. Retrieved on:
July 13th, 2021. Adapted.
WASHINGTON — American intelligence officials have
found no evidence that aerial phenomena observed by
6. (CESGRANRIO — 2021) In paragraph 6, the personal
Navy pilots in recent years are alien spacecraft, but
pronoun they, used twice in the sentence “But they
they still cannot explain the unusual movements that
also show how they see their industry in the years to
have mystified scientists and the military.
come”, refers to the following fragment at the same
The report determines that a vast majority of more
paragraph:
than 120 incidents over the past two decades did
not originate from any American military or other
a) the study
advanced US government technology, the officials
b) the results
said. That determination would appear to eliminate
c) banking leaders
the possibility that Navy pilots who reported seeing
d) Covid-19 crisis
unexplained aircraft might have encountered pro-
e) unprecedented times
grams the government meant to keep secret.
But that is about the only conclusive finding in the
7. (CESGRANRIO — 2021) In the sentence of the last
classified intelligence report, the officials said. And
paragraph “In short, banks are best-placed to succeed if
while a forthcoming unclassified version, expected to
they commit to end-to-end digital transformation”, the
be released to Congress by June 25, will present few
phrase In short conveys an idea of
other firm conclusions, senior officials briefed on the
a) cause
intelligence conceded that the very ambiguity of the
b) addition
findings meant the government could not definitive-
c) emphasis
ly rule out theories that the phenomena observed by
d) conclusion
military pilots might be alien spacecraft.
e) time sequence
Americans’ long-running fascination with UFOs has
intensified in recent weeks in anticipation of the
8. (CESGRANRIO — 2021) The overall purpose of the text release of the government report. Former President
00

is Barack Obama encouraged the interest when he gave


5-

an interview last month about the incidents on “The


21

a) to explain how the banking industry works. Late Late Show with James Corden” on CBS.
.

b) to discuss the impact of the coronavirus pandemic on


70

“What is true, and I’m really being serious here,”


the health system.
.4

Mr. Obama said, “is that there is film and records of


49

c) to launch new investment opportunities in the bank- objects in the skies that we don’t know exactly what
ing industry.
-0

they are.’’
d) to state that digital transformation in banking has The report concedes that much about the observed
ar

been accelerated by the coronavirus pandemic. phenomena remains difficult to explain, including
és

e) to promote new AI technology that will change the their acceleration, as well as ability to change direc-
C

future of banking. tion and submerge. One possible explanation — that


o
dr

the phenomena could be weather balloons or other


Pe

9. (CESGRANRIO — 2021) According to the 2nd para- research balloons — does not hold up in all cases, the
graph of the text, after the Covid-19 outbreak, officials said, because of changes in wind speed at the
banks initially had to face the following number of times of some of the interactions.
challenges: Many of the more than 120 incidents examined in the
report are from Navy personnel, officials said. The
a) 1 report also examined incidents involving foreign mili-
b) 2 taries over the last two decades. Intelligence officials
c) 3 believe that at least some of the aerial phenomena
d) 4 could have been experimental technology from a rival
e) 5 power, most likely Russia or China.
One senior official said without hesitation that U.S.
10. (CESGRANRIO — 2021) From the sentence of the last officials knew it was not American technology. He
paragraph, “By embracing modern banking technolo- said there was worry among intelligence and military
gy, banks can support their customers today, create officials that China or Russia could be experimenting
new value for the future and drive new levels of future with hypersonic technology.
growth”, it is inferred that
102
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
He and other officials spoke about the classified find- 9 GABARITO
ings in the report on the condition of anonymity.

Available at: <https://www.nytimes.com/2021/06/03/us/politics/ 1 E


ufos-sighting-alien-spacecraft-pentagon.html>. Retrieved on:
July 7, 2021. 2 D

3 B
11. (CESGRANRIO — 2021) In the 2nd paragraph of the
text, in the fragment “That determination would 4 C
appear to eliminate the possibility that Navy pilots
who reported seeing unexplained aircraft”, the word 5 C
who refers to
6 B
a) alien 7 D
b) military
c) officials 8 D
d) scientists
9 C
e) Navy pilots
10 B
12. (CESGRANRIO — 2021) In the 6th paragraph of the text,
the highlighted expression as well as, in the fragment 11 E
“as well as ability to change direction and submerge” is
12 B
associated with the idea of
13 B
a) time
b) addition 14 D
c) purpose
15 D
d) condition
e) consequence

13. (CESGRANRIO — 2021) After reading the last para-


graph of the text “He and other officials spoke about ANOTAÇÕES
the classified findings in the report on the condition of
anonymity”, one can infer that the officials

a) kept secrets.
b) hid their names.
c) invented stories.
d) omitted the truth.
e) said who they were.
00
5-

14. (CESGRANRIO — 2021) One of the purposes of the


21

text is to confirm that the report determines the


.
70
.4

a) existence of life on other planets


49

b) imminent possibility of aliens’ attack


-0

c) superiority of American technology


d) authorities’ ignorance about unusual aircraft
ar

e) danger of enemy nations’ attacks to the US


és
C

15. (CESGRANRIO — 2021) In the 7th paragraph of the


o
dr

text, in the fragment “Intelligence officials believe


Pe

that at least some of the aerial phenomena could


have been experimental technology from a rival pow-
er, most likely Russia or China”, the report’s authors
express

a) strong desire
LÍNGUA INGLESA

b) irrefutable fact
c) equivocal probability
d) reasonable possibility
e) unrealistic hypothesis

103
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ANOTAÇÕES

00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

104
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Importante!
A soma ou subtração de dois números pares
tem resultado par.
Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4.
MATEMÁTICA A soma ou subtração de dois números ímpares
tem resultado par.
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6.
A soma ou subtração de um número par com
outro ímpar tem resultado ímpar.
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS E Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.
REAIS A multiplicação de números pares tem resultado
par.
NÚMEROS NATURAIS Ex.: 8 x 6 = 48.
A multiplicação de números ímpares tem resul-
Operações e Propriedades tado ímpar:
Ex.: 3 x 7 = 21.
Os números construídos com os algarismos de 0 a A multiplicação de um número par por um
9 são chamados de naturais. O símbolo desse conjun-
número ímpar tem resultado par:
to é a letra N, e podemos escrever os seus elementos
Ex.: 4 x 5 = 20.
entre chaves:
N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16,
17, …} Números Inteiros
As reticências indicam que este conjunto tem infi-
nitos números naturais. Os números inteiros são os números naturais e
O zero não é um número natural propriamente seus respectivos opostos (negativos). Veja:
dito, pois não é um número de “contagem natural”. Z = {..., -7, -6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Por isso, utiliza-se o símbolo N* para designar os O símbolo desse conjunto é a letra Z. Uma coisa
números naturais positivos, isto é, excluindo o zero. importante é saber que todos os números naturais
Vejam: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7…} são inteiros, mas nem todos os números inteiros são
naturais. Logo, podemos representar através de dia-
Dica gramas e afirmar que o conjunto de números naturais
está contido no conjunto de números inteiros ou ain-
O símbolo do conjunto dos números naturais é
da que N é um subconjunto de Z. Observe:
a letra N e podemos ter ainda, o símbolo N*, que
representa os números naturais positivos, isto
é, excluindo o zero.

Conceitos básicos relacionados aos números


naturais:
00

N
5-

Z
z Sucessor: é o próximo número natural.
. 21
70

Exemplo: o sucessor de 4 é 5, e o sucessor de 51 é


.4

52. E o sucessor do número “n” é o número “n+1”.


49
-0

z Antecessor: é o número natural anterior.


ar

Podemos destacar alguns subconjuntos de núme-


és

Exemplo: o antecessor de 8 é 7, e o antecessor de 77 ros. Veja:


C

é 76. E o antecessor do número “n” é o número “n-1”.


o
dr

z Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja


z Números consecutivos: são números em sequência.
Pe

que são os números naturais.


z Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}.
Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém Veja que o zero também faz parte deste conjunto,
10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1) são números pois ele não é positivo nem negativo.
consecutivos. z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero
não faz parte.
z Números naturais pares: são aqueles que, ao z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen-
serem divididos por 2, não deixam resto. Por isso
MATEMÁTICA

te, o zero não faz parte.


o zero também é par. Logo, todos os números que
terminam em 0, 2, 4, 6 ou 8 são pares. OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS
z Números naturais ímpares: ao serem divididos por
2, deixam resto 1. Todos os números que terminam Há quatro operações básicas que podemos efetuar
em 1, 3, 5, 7 ou 9 são ímpares. com estes números. São elas: adição, subtração, multi-
plicação e divisão.

105
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Adição A multiplicação 20 x 3 é igual à soma do número 20
três vezes (20 + 20 + 20), ou à soma do número 3 vinte
É dada pela soma de dois números. Ou seja, a adi- vezes (3 + 3 + 3 + ... + 3).
ção de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25 Algo que é muito importante e você deve lembrar
Veja mais alguns exemplos: sempre são as regras de sinais na multiplicação de
Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18 números.
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85
SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO
Principais propriedades da operação de adição:
Operações Resultados
z Propriedade comutativa: a ordem dos números
não altera a soma. + + +

- - +
Ex.: 115 + 35 é igual a 35 + 115.
+ - -
z Propriedade associativa: quando é feita a adição
de 3 ou mais números, podemos somar 2 deles, pri- - + -
meiramente, e depois somar o outro, em qualquer
ordem, que vamos obter o mesmo resultado.
Dica
Ex.: 2 + 3 + 5 = (2 + 3) + 5 = 2 + (3 + 5) = 10 � A multiplicação de números de mesmo sinal
tem resultado positivo.
z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da Ex.: 51 × 2 = 102; (-33) × (-3) = 99
adição, pois qualquer número somado a zero é
� A multiplicação de números de sinais diferen-
igual a ele mesmo.
tes tem resultado negativo.
Ex.: 27 + 0 = 27; 55 + 0 = 55. Ex.: 25 × (-4) = -100; (-15) × 5 = -75

z Propriedade do fechamento: a soma de dois núme- Principais propriedades da operação de


ros inteiros sempre gera outro número inteiro. multiplicação:

Ex.: a soma dos números inteiros 8 e 2 gera o z Propriedade comutativa: A x B é igual a B x A, ou


número inteiro 10 (8 + 2 = 10). seja, a ordem não altera o resultado.

Subtração Ex.: 8 x 5 = 5 x 8 = 40.

Subtrair dois números é o mesmo que diminuir, z Propriedade associativa: (A x B) x C é igual a (C x B)


de um deles, o valor do outro. Ou seja, subtrair 7 de 20 x A, que é igual a (A x C) x B.
significa retirar 7 de 20, restando 13: 20 – 7 = 13.
Veja mais alguns exemplos: Ex.: (3 x 4) x 2 = 3 x (4 x 2) = (3 x 2) x 4 = 24.
00

Subtrair 5 de 16: 16 -5 = 11
30 subtraído de 10: 30 – 10 = 20
5-

z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-


21

tro da multiplicação, pois ao multiplicar 1 por


Principais propriedades da operação de
.

qualquer número, este número permanecerá


70

subtração: inalterado.
.4
49

z Propriedade comutativa: como a ordem dos núme- Ex.: 15 x 1 = 15.


-0

ros altera o resultado, a subtração de números não


ar

possui a propriedade comutativa. z Propriedade do fechamento: a multiplicação de


és

números inteiros sempre gera um número inteiro.


C

Ex.: 250 – 120 = 130 e 120 – 250 = -130.


o

Ex.: 9 x 5 = 45
dr

z Propriedade associativa: não há essa propriedade


Pe

na subtração. z Propriedade distributiva: essa propriedade é


z Elemento neutro: o zero é o elemento neutro da
exclusiva da multiplicação. Veja como fica: Ax(B+C)
subtração, pois, ao subtrair zero de qualquer
= (AxB) + (AxC)
número, este número permanecerá inalterado.
Ex.: 3x(5+7) = 3x(12) = 36
Ex.: 13 – 0 = 13.
Usando a propriedade:
3x(5+7) = 3x5 + 3x7 = 15+21 = 36
z Propriedade do fechamento: a subtração de dois
números inteiros sempre gera outro número inteiro.
Divisão
Ex.: 33 – 10 = 23.
Quando dividimos A por B, queremos repartir a
Multiplicação quantidade A em partes de mesmo valor, sendo um
total de B partes.
A multiplicação funciona como se fosse uma repe-
106 tição de adições. Veja:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Ex.: Ao dividirmos 50 por 10, queremos dividir 50 Realize os exercícios comentados a seguir para
em 10 partes de mesmo valor. Ou seja, nesse caso tere- fixar o conteúdo aprendido.
mos 10 partes de 5 unidades, pois se multiplicarmos 10
x 5 = 50. Ou ainda podemos somar 5 unidades 10 vezes 1. (VUNESP – 2015) Dividindo-se um determinado
consecutivas, ou seja, 5+5+5+5+5+5+5+5+5+5=50. número por 18, obtém-se quociente n e resto 15.
Algo que é muito importante e você deve lembrar Dividindo-se o mesmo número por 17, obtém-se quo-
sempre são as regras de sinais na divisão de números. ciente (n + 2) e resto 1. Desse modo, é correto afirmar
que n(n + 2) é igual a
SINAIS NA DIVISÃO
a) 440.
Operações Resultados b) 420.
c) 400.
+ + + d) 380.
- - + e) 340.

+ - - Dividendo = 18 x n + 15
Dividendo = 17 x (n+2) + 1
- + - 18 x n + 15 = 17 x (n+2) + 1
18n + 15 = 17n + 34 + 1
18n – 17n = 35 – 15
Dica n = 20
� A divisão de números de mesmo sinal tem Logo, n.(n+2) = 20.(20+2) = 20.22 = 440. Resposta:
resultado positivo. Letra A.
Ex.: 60 ÷ 3 = 20; (-45) ÷ (-15) = 3
� A divisão de números de sinais diferentes tem 2. (FGV – 2019) O resultado da operação 2+3×4−1 é
resultado negativo.
a) 13.
Ex.: 25 ÷ (-5) = -5; (-120) ÷ 5 = -24
b) 15.
c) 19.
Esquematizando:
d) 22.
Dividendo e) 23.
Divisor
Primeiro vamos fazer a multiplicação e depois as
30 5 demais operações:
0 6 2 + 3 × 4 − 1 = 2 + 12 − 1 = 13
Resposta: Letra A
Resto Quociente
3. (INSTITUTO AOCP – 2018) O total de números que
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto estão entre o dobro de 140 e o triplo de 100 é igual a
30 = 5 · 6 + 0
00

a) 17.
5-

b) 19.
Principais propriedades da operação de divisão:
21

c) 21.
.

d) 23.
70

z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa


e) 25.
.4

propriedade.
49

z Propriedade associativa: a divisão não possui essa


Dobro de 140 = 280
-0

propriedade.
Triplo de 100 = 300
ar

z Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-


Total de números entre 280 e 300:
és

tro da divisão, pois ao dividir qualquer número 281 até 291 = 10 números
C

por 1, o resultado será o próprio número. 291 até 299 = 9 números


o

10 + 9 = 19 números.
dr

Ex.: 15 / 1 = 15. Resposta: Letra B.


Pe

z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em 5. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2019) Os símbolos das


uma diferença enorme dentro das operações de operações que deverão ser inseridos nos quadrados
números inteiros, pois a divisão não possui essa para que o cálculo seja verdadeiro são, respectiva-
propriedade, uma vez que ao dividir números mente: 4_3_2_1 = 10
inteiros podemos obter resultados fracionários ou
decimais. a) + / x / +
MATEMÁTICA

b) x / – / ÷
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos c) + / ÷ / –
números inteiros). d) x / + / +

4 * 3 – 2/1=
4 * 3 = 12
–2/1= –2 =
12 – 2 = 10
Resposta: Letra B. 107
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
NÚMEROS RACIONAIS z Divisão de números decimais: devemos multipli-
car ambos os números (divisor e dividendo) por
São aqueles que podem ser escritos na forma da uma potência de 10 (10, 100, 1000, 10000 etc.) de
divisão (fração) de dois números inteiros. Ou seja, modo a retirar todas as casas decimais presentes.
escritos na forma A/B (A dividido por B), onde A e B Após isso, é só efetuar a operação normalmente.
são números inteiros.
Exemplos: 7/4 e -15/9 são racionais. Veja, também, Ex.: 5,7 ÷ 1,3
que os números 87, 321 e 1221 são racionais, pois são 5,7 × 100 = 570
divididos pelo número 1. 1,3 × 100 = 130
570 ÷ 130 = 4,38
Dica
Realize os exercícios comentados a seguir para
Qualquer número natural é também inteiro e fixar o conteúdo aprendido.
todo número inteiro é também racional.
1. (FGV– 2010) Julgue as afirmativas a seguir:
O símbolo desse conjunto é a letra Q e podemos
representar por meio de diagramas a relação entre os a) 0,555... é um número racional.
conjuntos naturais, inteiros e racionais, veja:
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Q
Repare que o número 0,555... é uma dízima periódi-
ca. Vimos na teoria que as dízimas periódicas são
um tipo de número racional. Resposta: Certo.

Z N b) Todo número inteiro tem antecessor.

( ) CERTO  ( ) ERRADO

Qualquer número inteiro é possível obter o seu ante-


cessor. Basta subtrair 1 unidade. Veja: o antecessor
de 35 é o 34. O antecessor de 0 é -1. E o antecessor de
-299 é o -300. Resposta: Certo.
Representação Fracionária e Decimal
2. (FCC – 2018) Os canos de PVC são classificados de
Há 3 tipos de números no conjunto dos Números acordo com a medida de seu diâmetro em polegadas.
Racionais: Dentre as alternativas, aquela que indica o cano de
maior diâmetro é
z Frações:
a) 1/2.
00

b) 1 ¼.
Ex.: 8 3 7 etc.
c) 3/4.
5-

3 , 5 , 11
21

d) 1 ½.
e) 5/8.
.

z Números decimais.
70
.4

Vamos deixar todos na forma decimal. Ou seja,


49

Ex.: 1,75
vamos dividir o numerador pelo denominador da
-0

z Dízimas periódicas. fração. Veja:


ar

5/8 = 0,625
és

Ex.: 0,33333... ½ = 0,5


C

1 ¼ = 1 + 0,25 = 1,25
o

¾ = 0,75
dr

Operações e Propriedades dos Números Racionais


1 ½ = 1 + 0,5 = 1,5
Pe

z Adição de números decimais: segue a mesma lógi- Logo, o maior diâmetro será 1 ½ polegadas, que
ca da adição comum. corresponde a 1,5 polegadas. Resposta: Letra D.

Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4 3. (FCC – 2017) Sabendo que o número decimal F é
0,8666 . . . , que o número decimal G é 0,7111 . . . e que
z Subtração de números decimais: segue a mesma o número decimal H é 0,4222 . . . , então, o triplo da
lógica da subtração comum. soma desses três números decimais, F, G e H, é igual a

Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18 a) 6,111 . . .


b) 5,888 . . .
c) 6
z Multiplicação de números decimais: aplicamos o
d) 3
mesmo procedimento da multiplicação comum.
e) 5,98
Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05
108
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Podemos resolver de forma aproximada, somando: Note a presença dos exemplos de números irra-
0,8666 + 0,7111 + 0,4222 = 1,9999 (aproximadamen- cionais, √2 e π, mas também de números inteiros,
te 2) 0, ,1 , –3 entre outros. Também podemos identificar
A soma é aproximadamente 3×2 = 6. Resposta: Letra alguns dos números racionais presentes entre dois
C. inteiros quaisquer, como 1 e 9 , por exemplo.
2 4

4. (FGV – 2016) Durante três dias, o capitão de um navio RELAÇÃO DE ORDEM


atracado em um porto anotou a altura das marés alta
(A) e baixa (B), formando a tabela a seguir. A relação de ordem que incide sobre o conjunto
dos números reais fornece-nos uma ferramenta para
A B A B A B A B A B A podermos compará-los de forma direta quanto a sua
1,0 0,3 1,1 0,2 1,3 0,4 1,4 0,5 1,2 0,4 1,0 magnitude. Sejam a e b números reais, dizer que a é
maior que b (a > b) equivale a afirmar que b é menor
que a (b < a). A mesma ideia é válida para as noções
A maior diferença entre as alturas de duas marés con- de maior ou igual que (≥) e menor ou igual que (≤).
secutivas foi A seguir, veja algumas propriedades principais
dessas relações, considerando w, x, y e z como núme-
a) 1,0. ros reais.
b) 1,1.
c) 1,2. z Se x ≤ y e w ≤ z, então ≤ y + z.
d) 1,3.
e) 1,4. Exemplo: Sendo 1 ≤ 2 e 3 e ≤ 4, teremos que 1+3 ≤
2+4⟺4≤6.
Vamos calcular as diferenças entre os valores da
tabela. Veja: z Se 0 ≤ x ≤ y e 0 ≤ z ≤ w, então 0 ≤ xy ≤ yw.
0,3 – 1 = -0,7
1,1 – 0,3 = 0,8 Exemplo: Sendo 0 ≤ 2 ≤ 3 e 0 ≤ 4 ≤ 5, teremos que 0
0,2 – 1,1 = -0,9 ≤ 2 4 ≤ 3 ‧ 5 ⟺ 0 ≤ 8 ≤ 15.
1,3 – 0,2 = 1,1
0,4 – 1,3 = -0,9 z Se , então .
1,4 – 0,4 = 1
0,5 – 1,4 = -0,9 Exemplo: Sendo –4 ≤ 0, teremos que – (-4) ≥ 0 ⟺
1,2 – 0,5 = 0,7 4 ≥ 0.
0,4 – 1,2 = -0,8
1,0 – 0,4 = 0,6
Resolução De Problemas
Note que a maior diferença é 1,1. Resposta: Letra B.
1. (CPCAR — 2021) A tabela de preços para refeições em
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
um restaurante indica quatro opções como descritas
a seguir:
Representação na Reta Real
00
5-

Na geometria plana, as retas são consideradas VALOR DE


21

entidades primitivas, ou seja, não necessitam de OPÇÃO ACORDO COM A


.
70

definição formal, pois são intuitivamente concebidas OPÇÃO


.4

pelos seres humanos. Em geral, elas são representa- 1ª Self service livre (por pessoa) R$ 35,00
49

das graficamente por meio de um traço contínuo sem


Self service com balança
-0

lacunas e sem pontos em suas extremidades. 2ª R$ 50,00


(por kg)
O que se estipula para elas, no entanto, são as
ar

Prato feito pequeno


és

consequências de existirem, como colocam Dolce e 3ª R$ 15,00


Pompeo (2013, p. 2): “Numa reta, bem como fora dela, (máximo de até 350 g)
C

há infinitos pontos.”. Ora, bem assim são os números


o

Prato feito grande (máximo


dr

reais, infinitos, não só positiva e negativamente, como 4ª R$ 30,00


de até 700 g)
Pe

também entre si, pois entre e 2, por exemplo, temos


o 1,5; 1,23; 1,0001; √2 = 1,412..., entre outros. Portanto, Fonte: Iezzi e Murakami (2013).
podemos representá-los graficamente em uma reta à
qual daremos o nome de reta real. A seguir, acom- O cliente faz a escolha ao entrar no estabelecimento
panhe a representação básica desse elemento gráfico. sem que possa alterá-la posteriormente e servindo-
-se uma única vez. Naturalmente, os clientes desejam
5
– escolher a opção que lhes faça pagar um menor valor
MATEMÁTICA

–3 2 –2 –1 0 1 2 3
para uma refeição com quantidade x, em kg. Assim, é
–5 –
1 1 3 9 11 π correto afirmar que
3 4 2 2 2 4 4
– √3 – √2
3
a) se x = 0,29, então a melhor escolha é a 3ª opção.
b) a 2ª opção é a melhor escolha para todo .
Fonte: Iezzi e Murakami (2013).
c) se x > 0,7, então a 1ª opção é a melhor escolha.
d) qualquer que seja x tal que 0,35 < x < 0,7, a 4ª opção é
a melhor escolha.
109
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O item “a” é incorreto, pois, considerando x = 0,29, Primeiro, vamos aprender uma ferramenta impor-
teremos que essa quantidade na 2ª opção equivale tante para o nosso estudo: Fatorial.
ao valor de 0,29 ‧ 50 = R$ 14,50, o que é R$ 0,50 mais
barato do que a opção 3. Fatorial de um Número Natural
O item “b” é incorreto, pois se x = 0,30, afinal 0,30,<
0,35, teríamos que na opção 2 o consumidor pagaria Serve para facilitar e acelerar resolução de ques-
0,31 ‧ 50 = R$15,50, o que faria dela menos vantajosa tões. Veja sua representação simbólica:
do que a 3ª opção.
O item “d” é incorreto, uma vez que se x = 0,36,
Fatorial de N = n!
por exemplo, teremos que o valor da refeição na 2ª
opção será dado por 0,36 ‧ 50 = R$ 18,00, fazendo ela
ser mais vantajosa do que a 4ª. Sendo “n” um número natural, observe como
O item “c” é correto, pois se x = 0,7, então, na 2ª desenvolver o fatorial de n:
opção, a pessoa pagaria 0,7 ‧ 50 = R$35,00, fazendo
com que qualquer valor acima de x = 0,7 fique mais n! = n · (n-1) · (n-2) · ... · 2 · 1, para n ≥ 2
caro do que R$ 35,00 logo, a 1ª opção seria de fato 1! = 1
mais vantajosa para x > 0,7. Resposta: Letra C.
0! = 1
2. (CPCAR — 2019) Sobre o conjunto solução, na variá-
vel x, x ∈ ℜ, da equação x + 2 = √x2 + 2√4x2 + 8x + 2 Exemplos:
pode-se afirmar que
3! = 3 · 2 · 1= 6
a) é vazio.
4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24
b) possui somente um elemento.
c) possui dois elementos de sinais iguais. 5! = 5 · 4 · 3 · 2 · 1 = 120
d) possui dois elementos de sinais opostos.
Agora, veja esse outro exemplo:
Primeiramente, devemos realizar as seguintes pas-
sagens com foco maior nas radiciações, de modo a Calcular 6!
simplificar a expressão: 4!
x + 2 = √x2 + 2√4x2 + 8x + 2
x + 4x + 4 = x2 + 2 √4x2 + 8x + 2 Resolução:
x + 4x + 4– x2 = 2 √4x2 + 8x + 2 6! 6·5·4·3·2·1 = 6 · 5 = 30
4x + 4 = 2 √4x2 + 8x + 2 =
4! 4·3·2·1
2x + 2 = √4x2 + 8x + 2
(2x + 2)2 =4x2 + 8x + 2
Poderíamos, também, resolver abrindo o 6! até 4! e
4x2 + 8x + 4 = 4x2 + 8x + 2 depois simplificar. Veja:
4x2 + 8x + 4 = 4x2 + 8x = 2
4=2 6! 6·5·4!
4! = 6 · 5 = 30
O que é nitidamente contraditório, uma vez que 4 =
4!
≠ 2. Logo, não existe nenhum valor de x capaz de
00

satisfazer a equação dada. Portanto, o conjunto


5-

Princípio Fundamental da Contagem


solução será vazio. Resposta: Letra A.
.21

Podemos, também, encontrar como princípio mul-


70

3. (CPCAR — 2017) Considere a = 1150, b = 4100 e C = 2150 tiplicativo. Vamos esquematizar uma maneira que vai
.4

e assinale a alternativa correta.


49

ser bem simples para resolvermos problemas sobre o


tema, observe o lembrete:
-0

a) c<a<b
ar

b) c<b<a
z Identificar as etapas do enunciado;
és

c) a<b<c
z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
C

d) a<c<b
z Multiplicar.
o
dr

Como a = 4100 = (22)100 = 2200, então b = 2200, logo 2200 > 2150,
Pe

ou seja, b > c. Como c = (22)75 = ((22)5)15 = (((22)5)5)3 = (250)3 Exemplo: Para fazer uma viagem São Paulo-For-
= (23)50 =850, portanto, c = 850. Não somente, como 11 > 8, taleza-São Paulo, você pode escolher como meio de
teremos que 1150 > 850, ou seja, a > c. Por fim, como b = transporte ônibus, carro, moto ou avião. De quantas
(22)100 = ((22)4)25 = ((22)4)25 = (24)50 = 1650 , teremos que b = maneiras posso escolher os transportes?
1650. Para tanto, como 16 > 11, teremos que 1650 > 1150, Resolução: Usando o lembrete acima:
ou seja, b > a. Assim, c < a. Resposta: Letra A.
z Identificar as etapas do enunciado;
Escolher o meio de transporte para ida e para a
volta;
z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
PROBLEMAS DE CONTAGEM Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ôni-
bus, carro, moto ou avião) e para a volta temos 4
Para estudarmos probabilidade é necessário uma
possibilidades de escolha (ônibus, carro, moto ou
boa base em noções básicas de contagem, ou seja, você
avião);
precisa saber muito bem o Princípio Fundamental da
z Multiplicar:
Contagem e é isso que vamos estudar agora.
110
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4 · 4 = 16 maneiras. 5! 5·4·3! = 5·4
= = 10
3!·2! 3!·2·1 2
E se o problema dissesse que você não pode voltar
no mesmo transporte que viajou na ida. Qual seria a Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.
resolução? O desenvolvimento é o mesmo, apenas vai
mudar na quantidade de possibilidades de escolhas Dica
para voltar. Veja:
Resolução: Usando o lembrete: Na permutação com repetição devemos des-
contar os anagramas iguais, por isso dividimos
z Identificar as etapas do enunciado; pelo fatorial do número de letras repetidas.
Escolher o meio de transporte para ida e para a
volta; Permutação com Repetição
z Calcular todas as possibilidades em cada etapa;
Na ida temos 4 possibilidades de escolha (ônibus, Vamos imaginar que temos uma mesa circular com
carro, moto ou avião) e para a volta temos 3 possi- 5 lugares e queremos ordenar 5 pessoas de maneiras
bilidades de escolha (não posso voltar no mesmo distintas. Observe as duas disposições das pessoas A,
meio de transporte); B, C, D, e E ao redor da mesa:
z Multiplicar:

A E
4 · 3 = 12 maneiras.

Permutação Simples B D
A
E
MESA MESA
Imagine que temos 5 livros diferentes para serem
ordenados em uma estante. De quantas maneiras é
possível ordenar? Para questões envolvendo permu-
D C C B
tação simples, devemos encarar de um modo geral
que temos n modos de escolhermos um objeto (livro)
que ocupará o primeiro lugar, n-1 modos de escolher Diante do conceito de permutação, essas duas
um objeto (um outro livro) que ocupará o segundo disposições são iguais, ou seja, a pessoa A tem à sua
lugar, ..., 1 modo de escolher o objeto (um outro livro) direita E, e à sua esquerda B, e assim sucessivamente).
que ocupará o último lugar. Então, temos: Não podemos contar duas vezes a mesma disposição.
Modos de ordenar: Repare ainda que, antes da primeira pessoa se sentar
à mesa, todas as 5 posições disponíveis são equivalen-
n · (n-1) · ... 1 = n! tes. Isto porque não existe uma referência espacial
(ponto fixo determinado). Nestes casos, devemos uti-
Então, resolvendo, teremos 5! = 5·4·3·2·1 = 120 lizar a fórmula da permutação circular de n pessoas,
maneiras de ordenar os livros na estante. que é:
Agora, observe um outro exemplo:
Quantos são os anagramas da palavra CAJU?
00

Pc (n) = (n-1)!
Resolução:
5-

Cada anagrama de CAJU é uma ordenação das


21

Em nosso exemplo, o número de possibilidades de


letras que a compõem, ou seja, C, A, J, U.
.

posicionar 5 pessoas ao redor de uma mesa será:


70
.4
49

CAJU CUJA ACJU AUJC Pc(5) = (5-1)! = 4! = 4 · 3 · 2 · 1 = 24


-0

CAUJ CJUA ACUJ ... Arranjo Simples


ar

CJAU AUCJ
és

CUAJ ...
Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
C

soas nas cadeiras de uma praça, mas tínhamos apenas


o

Desta maneira, o número de anagramas é 4! =


dr

3 cadeiras à disposição. De quantas formas podería-


4·3·2·1 = 24 anagramas.
Pe

mos fazer isso?


Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
Dica veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
Anagrama é a ordenação de maneira distinta das
utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
letras que compõem uma determinada palavra. cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
Permutação com Repetição
MATEMÁTICA

em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantidade de


formas de posicionar essas pessoas sentadas é dada
Quantos anagramas tem na palavra ARARA? O pela multiplicação a seguir:
problema é causado por conta da repetição de letras Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras =
na palavra ARARA.
Veja que temos 3 letras A e 2 letras R. De maneira 5 · 4 · 3 = 60
tradicional, faríamos 5! (número de letras na palavra),
mas é preciso que descontemos as letras repetidas.
O exemplo acima é um caso típico de arranjo sim-
Assim, devemos dividir pelo número de letras fatorial,
ples. Sua fórmula é dada a seguir:
ou seja, 3! e 2!. 111
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n! Dica
A(n, p) =
(n - p) !
No arranjo a ordem importa.
Na combinação a ordem não importa.
Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-
mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde Agora vamos treinar o que aprendemos na teo-
a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade ria com exercícios comentados de diversas bancas.
da outra. Vamos lá!
Observe a resolução do nosso exemplo usando a
fórmula: 1. (VUNESP – 2016) Um Grupamento de Operações
5! 5!
Especiais trabalha na elucidação de um crime. Para
A(5, 3) = = = 5·4·3·2·1 = 60 investigações de campo, 6 pistas diferentes devem
(5 - 3) ! 2! 2·1
ser distribuídas entre 2 equipes, de modo que cada
equipe receba 3 pistas. O número de formas diferen-
Uma outra informação muito importante é que tes de se fazer essa distribuição é
nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente a) 6.
de uma possibilidade para outra. Vamos supor que as b) 10.
5 pessoas sejam: Ana, Bianca, Clara, Daniele e Esme- c) 12.
ralda. Agora observe uma maneira de posicionar as d) 18.
pessoas na praça: e) 20.

CADEIRA 1ª 2ª 3ª Vamos descobrir o número de formas de escolher 3


OCUPANTE Ana Bianca Clara pistas em 6, visto que ao escolher 3 pistas, restarão
outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de
pistas. Dessa maneira, de quantas formas podemos
Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé
escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem
nessa disposição.
não é relevante, então, vamos usar a combinação:

CADEIRA 1ª 2ª 3ª C(6, 3) = 6!
= 6 · 5 · 4 · 3! =
6·5·4
=
6·5·4
=
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
OCUPANTE Clara Bianca Ana
5 · 4 = 20.
A Daniele e a Esmeralda continuam de fora e a Resposta: Letra E.
Bianca permaneceu no mesmo lugar. O que mudou
foi a posição da Ana em relação a Clara. Assim, uma 2. (IDECAN – 2016) Felipe é uma criança muito bagun-
simples mudança na posição da ordem gera uma nova ceira e sempre espalha seus brinquedos pela casa.
possibilidade de posicionamento. Quando vai brincar na casa da sua avó, ele só pode
levar 3 brinquedos. Felipe sempre escolhe 1 carrinho,
Combinação 1 boneco e 1 avião. Sabendo que Felipe tem 7 carri-
nhos, 5 bonecos e 4 aviões diferentes, quantas vezes
00

Para entendermos esse tema, vamos imaginar Felipe pode visitar a sua avó sem levar o mesmo con-
5-

que queremos fazer uma salada de frutas e precisa- junto de brinquedos já levados antes?
21

mos usar 3 frutas das 4 que temos disponíveis: maçã,


.
70

banana, mamão e morango. Cortando as frutas maçã, a) 100 vezes.


.4

banana e morango e depois colocando em um prato. b) 115 vezes.


49

Agora cortando as frutas banana, morango e maçã c) 130 vezes.


-0

para colocar em um outro prato. d) 140 vezes.


ar

Você percebeu que a ordem aqui não importou?


és

É exatamente isso, a ordem não importa e estamos Perceba que Felipe tem 7 carrinhos para escolher 1,
C

diante de um problema de Combinação. Será preciso 5 bonecos para escolher 1 e 4 aviões para escolher
o

calcular quantas combinações de 4 frutas, 3 a 3, é pos- 1, queremos formar grupos de 3 brinquedos, sendo
dr

sível formar. um de cada tipo. O total de possibilidades será dado


Pe

Para resolvermos é necessário usar a fórmula: por: 7 x 5 x 4 = 140 possibilidades (conjuntos de


brinquedos diferentes).
n! Resposta: Letra D.
C(n, p) = (n - p) !p!

3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um aeroporto, 30


Substituindo na fórmula, os valores do exemplo, passageiros que desembarcaram de determinado
temos: voo e que estiveram nos países A, B ou C, nos quais
ocorre uma epidemia infecciosa, foram selecionados
C(4, 3) =
4! para ser examinados. Constatou-se que exatamente
-
(4 3) !3! 25 dos passageiros selecionados estiveram em A ou
em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
4·3·2·1 desses 25 passageiros estiveram em A e em B.
C(4, 3) =
1·3·2·1 Com referência a essa situação hipotética, julgue o
C(4, 3) = 4 item que segue.

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A quantidade de maneiras distintas de se escolher 2 Exemplo: Converter 5,3 metros para centímetros:
dos 30 passageiros selecionados de modo que pelo Para sair do metro e chegar no centímetro deve-
menos um deles tenha estado em C é superior a 100. mos multiplicar por 100 (10x10), pois “andamos” duas
casas até chegar em centímetro. Logo,
( ) CERTO  ( ) ERRADO
5,3m = 5,3 x 100 = 530 cm.
Se 25 passageiros tiveram em A ou B e nenhum deles
em C, então, C teve 5 passageiros (é o que falta para Medidas de Área (Superfície)
o total de 30). Vamos escolher 2 passageiros, de
modo que pelo menos um seja de C, teremos: A unidade principal tomada como referência é o
Podemos achar o total para escolha dos 2 passagei- metro quadrado. Além dele, temos outras seis uni-
ros que seria: dades diferentes que servem para medir dimensões
C30,2 = 30.29/2 = 15.29 = 435 maiores ou menores. A conversão de unidades de
Agora, tiramos a opção de nenhum deles ser de C,
superfície segue potências de 100. Veja o esquema a
que seria:
seguir:
C25,2 = 25.24/2 = 25.12 = 300
Então, pelo menos um deles é de C, teremos:
435 - 300 = 135. km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Resposta: Certo. (quilômetro
quadrado)
(hectômetro
quadrado)
(decâmetro
quadrado)
(metro
quadrado)
(decímetro
quadrado)
(centímetro
quadrado)
(milímetro
quadrado)

4. (IBFC – 2015) Paulo quer assistir um filme e tem dis- ×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
ponível 5 filmes de terror, 6 filmes de aventura e 3 fil-
mes de romance. O total de possibilidades de Paulo
assistir a um desses filmes é de: Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2

a) 90. :100 :100 :100 :100 :100 :100


b) 33.
c) 45.
d) 14. Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2:
Para sair do metro quadrado e chegar no cen-
Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6 tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em
disponíveis tem que escolher um, portanto o total centímetro quadrado. Logo, 5,3m2 = 5,3 x 10000 =
de possibilidades será dado pela combinação de 14 53000 cm2.
elementos, tomados um a um.
C(14,1) = 14 possibilidades. Medidas de Volume (Capacidade)
Resposta: Letra D.
A unidade principal tomada como referência é o
metro cúbico. Além dele, temos outras seis unidades
diferentes que servem para medir dimensões maiores
SISTEMA LEGAL DE MEDIDAS ou menores. A conversão de unidades de superfície
00

segue potências de 1000. Veja o esquema a seguir


5-
21

MÉTRICA, ÁREAS, VOLUMES, ESTIMATIVAS E


APLICAÇÕES
.
70

km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3


(quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
.4

cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)


Quando estudamos o sistema de medidas, nos
49

atentamos ao fato de que ele serve para quantificar


-0

dimensões que podem ter uma variação gigantesca. ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
ar

Porém, existem as conversões entre as unidades para


és

uma melhor interpretação e leitura. Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
C
o

Medidas de Comprimento
dr

:1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000


Pe

A unidade principal tomada como referência é o


metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- Exemplo: Converter 5,3 m3 para cm3:
rentes que servem para medir dimensões maiores ou Para sair do metro cúbico e chegar no centímetro
menores. A conversão de unidades de comprimento
cúbico devemos multiplicar por 1000000 (1000x1000),
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo:
pois “andamos” duas casas até chegar em centímetro
cúbico. Logo,
km hm dam m dm cm mm
MATEMÁTICA

(quilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)


5,3m3 = 5,3 x 1000000 = 5300000 cm3.
×10 ×10 ×10 ×10 ×10 ×10 Veja, agora, algumas relações interessantes e que
você precisa ter em mente para resolver a diversas
Km hm dam m dm cm mm questões.

:10 :10 :10 :10 :10 :10


113
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3,5 Kg — x
UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE
1 quilograma (kg) 1000 gramas (g) x = 3,5 × 1000
1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg) x = 3500 g
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
Então, podemos dizer que 3,5 kg equivalem a 3500
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3) g.
1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
Medidas de Temperatura
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
O instrumento para a medição de temperatura é o
Medidas de Tempo
termômetro, que é um tubo graduado com um líquido
em seu interior (mercúrio ou álcool). As escalas mais
Medindo intervalos de tempos temos (hora – minu- comuns para medir temperatura são:
to – segundo) que são os mais conhecidos. Veja como
se faz a relação nessa unidade.
z Celsius: Medida em graus centígrados;
Para transformar de uma unidade maior para a
z Kelvin: Medido em Kelvin;
unidade menor, multiplica-se por 60. Veja:
z Fahrenheit: Medida em graus Fahrenheit.
1 hora = 60 minutos
As conversões entre essas escalas termométricas
h = 4 x 60 = 240 minutos
são dadas pelas fórmulas a seguir:
Para transformar de uma unidade menor para a
„ De graus Celsius para Kelvin: TK = ToC + 273;
unidade maior, divide-se por 60. Veja:
„ De graus Celsius para Fahrenheit: ToC / 5 = (ToF-
32) / 9.
20 minutos = 20 / 60 = 2/6 = 1/3 da hora ou 1/3h.
Veja os exemplos a seguir:
Para medir ângulos a unidade básica é o grau.
Temos as seguintes relações:
Exemplo 1: Transformar 250 K para °C:
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
TK = ToC + 273
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) 250 = ToC + 273
ToC = 273 – 250
Aqui vale fazer uma observação que os minutos e ToC = –23°
os segundos dos ângulos não são os mesmos do sistema
(hora – minuto – segundo). Os nomes são semelhantes, Exemplo 2: Transformar 85 oC para oF:
mas os símbolos que os indicam são diferentes, veja:
ToC / 5 = (ToF-32) / 9
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do
85/5 = (ToF-32) / 9
00

dia.
5-

17 = (ToF-32) / 9
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
21

17 × 9 = ToF-32
.
70

Medidas de Massa
153 + 32 = ToF
.4
49

As unidades a seguir são as mais utilizadas quando ToF = 185°


-0

estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja


ar

quais são: Veja, agora, algumas relações que você precisar ter
és

em mente para resolver diversas questões:


C

z Tonelada (t);
o

z Quilograma (kg); UNIDADE RELAÇÃO DE UNIDADE


dr

z Grama (g) e;
Pe

z Miligrama (mg). 1 quilograma (kg) 1000 gramas (g)


1 tonelada (t) 1000 quilogramas (kg)
Vamos tomar como base as relações a seguir para
1 litro (l) 1 decímetro cúbico (dm3)
converter uma unidade em outra. Observe:
1 mililitro (ml) 1centímetro cúbico (cm3)
z 1 t = 1000 kg (uma tonelada tem mil quilogramas); 1 hectare (ha) 1 hectômetro quadrado (hm2)
z 1 kg = 1000 g (um quilograma tem mil gramas);
1 hectare (ha) 10000 metros quadrados (m2)
z 1 g = 1000 mg (uma grama tem mil miligramas).

Observe o exemplo a seguir de uma conversão:

Vamos transformar 3,5 kg em gramas. RAZÕES E PROPORÇÕES


Sabemos que 1 kg equivale a 1000 gramas, logo:
A razão entre duas grandezas é igual a divisão
1 kg — 1000 g entre elas, veja:
114
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2 C D C+D
= =
5 3 2 3+2

Ou podemos representar por 2 ÷ 5 (Lê-se 2 está Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas),
para 5). então podemos substituir na proporção:
Já a proporção é a igualdade entre razões, veja:
C D C+D 10.000
2 4 = = = = 2.000
= 3 2 3+2 5
3 6
Aqui cabe uma observação importante!
Ou podemos representar por 2 ÷ 3 = 4 ÷ 6 (Lê-se 2 Esse valor de 2.000, que chamamos de “Constante
está para 3 assim como 4 está para 6). de Proporcionalidade”, é que nos mostra o valor real
Os problemas mais comuns que envolvem razão e das partes dentro da proporção. Veja:
proporção é quando se aplica uma variável qualquer
dentro da proporcionalidade e se deseja saber o valor C
dela. Veja o exemplo: = 2.000
3

2 x C = 2000 x 3
= ou 2 ÷ 3 = x ÷ 6
3 6 C = 6.000 (esse é o valor de Carlos)

Para resolvermos esse tipo de problema devemos D


= 2.000
usar a Propriedade Fundamental da razão e propor- 2
ção: produto dos meios pelos extremos. D = 2.000 x 2
Meio: 3 e x;
Extremos: 2 e 6. D = 4.000 (esse é o valor de Diego)
Logo, devemos fazer a multiplicação entre eles
numa igualdade. Observe: Assim, Carlos vai receber R$6.000 e Diego vai rece-
ber R$4.000.
3·X=2.6
z Somas Internas
3X = 12
X = 12/3 a c a+b c+d
= = =
b d b d
X=4
É possível, ainda, trocar o numerador pelo deno-
Lembre-se de que a maioria dos problemas en- minador ao efetuar essa soma interna, desde que
volvendo esse tema são resolvidos utilizando essa o mesmo procedimento seja feito do outro lado da
propriedade fundamental. Porém, algumas questões proporção.
acabam sendo um pouco mais complexas e pode ser
útil conhecer algumas propriedades para facilitar. Va-
00

a c a+b c+d
mos a elas. = = =
5-

b d a c
21

Propriedade das Proporções


.

Vejamos um exemplo:
70
.4

z Somas Externas
49

x 2
=
-0

a c a+c 14 - x 5
= =
ar

b d b+d x + 14 - x 2+5
=
és

x 2
C

Vamos entender um pouco melhor resolvendo 14 7


o

uma questão-exemplo: =
dr

x 2
Suponha que uma fábrica vai distribuir um prê-
Pe

mio de R$10.000 para seus dois empregados (Carlos 7 . x = 2 · 14


e Diego). Esse prêmio vai ser dividido de forma pro-
14 · 2
porcional ao tempo de serviço deles na fábrica. Carlos x= =4
7
está há 3 anos na fábrica e Diego está há 2 anos na
fábrica. Quanto cada um vai receber?
Primeiro, devemos montar a proporção. Sejam C Portanto, encontramos que x = 4.
a quantia que Carlos vai receber e D a quantia que
MATEMÁTICA

Diego vai receber, temos:


Importante!
C D
3
=
2 Vale lembrar que essa propriedade também ser-
ve para subtrações internas.
Utilizando a propriedade das somas externas:

115
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z Soma com Produto por Escalar DIVISÃO PROPORCIONAL

a c a + 2b c + 2d Diretamente Proporcional
= = =
b d b d
Um dos tópicos mais comuns em questões de pro-
Vejamos um exemplo para melhor entendimento: va é “dividir uma determinada quantia em partes
Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000 proporcionais a determinados números. Vejamos um
proporcionalmente ao número de anos trabalhados. exemplo para entendermos melhor como esse assun-
São dois funcionários que trabalham há 2 anos na to é cobrado:
empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. Exemplo:
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B A quantia de 900 mil reais deve ser dividida em
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, partes proporcionais aos números 4, 5 e 6. A menor
temos: dessas partes corresponde a:
A
=
B Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
2 3 porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X
é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor-
Porém, como são 2 funcionários na categoria A e 3 cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de
funcionários na categoria B, podemos escrever que a razão. Veja:
soma total dos prêmios é igual a R$13.000.
X Y Z
= = = constante de proporcionalidade.
2A + 3B = 13.000 4 5 6

Agora, multiplicando em cima e embaixo de um Usando uma das propriedades da proporção,


lado por 2 e do outro lado por 3, temos: somas externas, temos:

2A 3B X+Y+Z 900.000
= = 60.000
4 9 4+5+6 15

Aplicando a propriedade das somas externas, A menor dessas partes é aquela que é proporcional
podemos escrever o seguinte: a 4, logo:

2A 3B 2A + 3B X
= = = 60.000
4 9 4+9 4
X = 60.000 x 4
Substituindo o valor da equação 2A + 3B na pro-
porção, temos: X = 240.000

2A 3B 2A + 3B 13.000 Inversamente Proporcional


= = = = 1.000
4 9 4+9 13
00

É um tipo de questão menos recorrente, mas não


5-

Logo, menos importante. Consiste em distribuir uma quan-


21

tia X a três pessoas, de modo que cada uma receba um


.

quinhão inversamente proporcional a três números.


70

2A
= 1.000 Vejamos um exemplo:
.4

4
Exemplo:
49

2A = 4 x 1.000 Suponha que queiramos dividir 740 mil em partes


-0

2A = 4.000 inversamente proporcionais a 4, 5 e 6.


ar

Vamos chamar de X as quantias que devem ser dis-


és

A = 2.000 tribuídas inversamente proporcionais a 4, 5 e 6, res-


C

pectivamente. Devemos somar as razões e igualar ao


o

Fazendo a mesma resolução em B: total que dever ser distribuído para facilitar o nosso
dr

cálculo, veja:
Pe

3B
= 1.000
9
X X X
+ + = 740.000
3B = 9 × 1.000 4 5 6
3B = 9.000
Agora vamos precisar tirar o M.M.C (mínimo múl-
B = 3.000 tiplo comum) entre os denominadores para resolver-
mos a fração.
Sendo assim, os funcionários com 2 anos de casa
receberão R$2.000 de bônus. Já os funcionários com 3 4–5–6|2
anos de casa receberão R$3.000 de bônus.
O total pago pela empresa será: 2–5–3|2
1–5–3|3
2.2000 + 3.3000 = 4000 + 9000 = 13000
1–5–1|5
1 – 1 – 1 | 2 x 2 x 3 x 5 = 60
116
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Assim, dividindo o M.M.C. pelo denominador e
DIRETAMENTE
multiplicando o resultado pelo numerador temos: PROPORCIONAL
Multiplica cruzado

15x 12x 10x


+ + INVERSAMENTE
Multiplica na horizontal
60 60 60 = 740.000 PROPORCIONAL

37x
= 740.000
60 Vejamos alguns exemplos para fixarmos um pouco
X = 1.200.000 mais como funciona:

Agora basta substituir o valor de X nas razões para z Um muro de 12 metros foi construído utilizando
achar cada parte da divisão inversa. 2.160 tijolos. Caso queira construir um muro de 30
metros nas mesmas condições do anterior, quan-
x 1.200.000 tos tijolos serão necessários?
= = 300.000
4 4
Primeiro vamos montar a relação entre as gran-
x
=
1.200.000
= 240.000 dezas e depois identificar se é direta ou inversamente
5 5 proporcional.
x 1.200.000
= = 200.000 12 m -------- 2160 (tijolos)
6 6
30 m -------- X (tijolos)
Logo, as partes dividas inversamente propor-
cionais aos números 4, 5 e 6 são, respectivamente Veja que de 12m para 30m tivemos um aumen-
300.000, 240.000 e 200.000. to (+) e que para fazermos um muro maior vamos
precisar de mais tijolos, ou seja, também deverá ser
aumentado (+). Logo, as grandezas são diretamente
REGRAS DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS
proporcionais e vamos resolver multiplicando cruza-
do. Observe:
Regra de Três Simples
12 m -------- 2.160 (tijolos)
A regra de três simples envolve apenas duas gran-
dezas. São elas:
30 m -------- X (tijolos)
z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se 12 · X = 30 . 2160
deseja calcular a partir da grandeza explicativa;
z Grandeza Explicativa ou Independente: é aque- 12X = 64800
la utilizada para calcular a variação da grandeza X = 5400 tijolos
dependente.
Assim, comprovamos que realmente são necessá-
Existem dois tipos principais de proporcionalida- rios mais tijolos.
00

des que aparecem frequentemente em provas de con-


5-

cursos públicos. Veja a seguir: z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
21

corrigir as provas de um vestibular. Considerando


.

z Grandezas diretamente proporcionais: o aumento a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pro-
70

de uma grandeza implica o aumento da outra; fessores para corrigir as provas?


.4

z Grandezas inversamente proporcionais: o aumen-


49

to de uma grandeza implica a redução da outra;


-0

Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos


montar a relação e analisar:
ar

Vamos esquematizar para sabermos quando será


és

direta ou inversamente proporcionais: 5 (prof.) --------- 12 (dias)


C

30 (prof.) -------- X (dias)


o
dr

DIRETAMENTE
+ / + OU - / -
Pe

PROPORCIONAL Veja que de 5 (prof.) para 30 (prof.) tivemos um


aumento (+), mas, como agora estamos com uma equi-
pe maior, o trabalho será realizado de forma mais
Aqui, as grandezas aumentam ou diminuem juntas
rápida. Logo, a quantidade de dias deverá diminuir
(sinais iguais)
(-). Desta forma, as grandezas são inversamente pro-
porcionais e vamos resolver multiplicando na hori-
PROPORCIONAL + / - OU - / + zontal. Observe:
MATEMÁTICA

5 (prof.) 12 (dias)
Aqui, uma grandeza aumenta e a outra diminui
30 (prof.) X (dias)
(sinais diferentes)
Agora, vamos esquematizar a maneira que iremos 30 · X = 5 · 12
resolver os diversos problemas:
30X = 60
X=2
117
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A equipe de 30 professores levará apenas 2 dias Agora, basta resolver a proporção para acharmos
para corrigir as provas. o valor de X.

Regra de Três Composta 40 3000


X
= 12000
A regra de três composta envolve mais de duas
3X = 40 · 12
variáveis. As análises sobre se as grandezas são direta-
mente e inversamente proporcionais devem ser feitas 3X = 480
cautelosamente levando em conta alguns princípios:
X = 160
z As análises devem sempre partir da variável
As três impressoras produziriam 2000 panfletos em
dependente em relação às outras variáveis;
160 minutos, que correspondem a 2 horas e 40 minutos.
z As análises devem ser feitas individualmente, ou
Para fixarmos mais ainda nosso conhecimento,
seja, deve-se comparar as grandezas duas a duas,
vamos analisar mais um exemplo.
mantendo as demais constantes;
z A variável dependente fica isolada em um dos
lados da proporção. „ Um texto ocupa 6 páginas de 45 linhas cada
uma, com 80 letras (ou espaços) em cada linha.
Para torná-lo mais legível, diminui-se para 30 o
Vamos analisar alguns exemplos e ver na prática
número de linhas por página e para 40 o núme-
como isso tudo funciona:
ro de letras (ou espaços) por linha. Consideran-
do as novas condições, determine o número de
z Se 6 impressoras iguais produzem 1000 panfletos
páginas ocupadas.
em 40 minutos, em quanto tempo 3 dessas impres-
soras produziriam 2000 desses panfletos?
Já aprendemos o passo a passo no exemplo ante-
rior. Aqui vamos resolver de maneira mais rápida.
Da mesma forma que na regra de três simples,
vamos montar a relação entre as grandezas e analisar
6 (pág.) -------- 45 (linhas) -------- 80 (letras)
cada uma delas isoladamente duas a duas.
X (pág.) -------- 30 (linhas) -------- 40 (letras)
6 (imp.) -------- 1000 (panf.) -------- 40 (min) 6 ? ?
3 (imp.) -------- 2000 (panf.) -------- X (min) X
=
?
·?
Vamos escrever a proporcionalidade isolando a
Analisando isoladamente duas a duas:
parte dependente de um lado e igualando as razões da
seguinte forma – se for direta, vamos manter a razão,
6 (pág.) -------- 45 (linhas)
agora, se for inversa, vamos inverter a razão. Observe:
X (pág.) -- ----- 30 (linhas)
40 ? ?
= ·
X ? ? Perceba que de 45 linhas para 30 linhas o valor
00

diminui (-) e que o número de páginas irá aumentar


Analisando isoladamente duas a duas: (+). Logo, as grandezas são inversas e devemos inver-
5-
21

ter a razão.
6 (imp.) -------- 40 (min)
.
70

3 (imp.) ---- ---- X (min)


6 30 ?
.4

= ·
Perceba que de 6 impressoras para 3 impressoras
49

X 45 ?
o valor diminui (-) e que o tempo irá aumentar (+),
-0

pois agora teremos menos impressoras para realizar Analisando isoladamente duas a duas:
ar

a tarefa. Logo, as grandezas são inversas e devemos


és

inverter a razão. 6 (pág.) -------- 80 (letras)


C

X (pág.) ------- 40 (letras)


o

40 3 ?
dr

= ·
X 6 ?
Pe

Veja que de 80 letras para 40 letras o valor dimi-


Analisando isoladamente duas a duas: nui ( - ) e que o número de páginas irá aumentar ( +
). Logo, as grandezas são inversas e devemos inverter
1000 (panf.) -------- 40 (min) a razão.
2000 (panf.) ------ -- X (min)
6 30 40
X
=
45
· 80
Perceba que de 1000 panfletos para 2000 panfletos
o valor aumenta (+) e que o tempo também irá aumen- 6 2 1
= ·
tar (+). Logo, as grandezas são diretas e devemos man- X 3 2
ter a razão.
6 2
=
40 3 1000 X 6
= ·
X 6 2000 2X = 36
X = 18
118
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O número de páginas a serem ocupadas pelo texto Soma e Subtração de Porcentagem
respeitando as novas condições é igual a 18.
As operações de soma e subtração de porcentagem
PORCENTAGENS são as mais comuns. É o que acontece quando se diz
que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
A porcentagem é uma medida de razão com base rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi- corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-
como podemos representar um número porcentual. car pelo valor da grandeza.
Exemplo 1:
30 Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula.
30% = (forma de fração)
100 Porém, com a publicação do edital, a escola precisou
aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de
30
30% = = 0,3 (forma decimal) horas-aula do curso ao final?
100
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
30 3 de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
30% = = (forma de fração simplificada)
100 10 aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +
15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de de horas-aula do curso será:
várias maneiras: (1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula

30% =
30
= 0,3 =
3 Dica
100 10
A avaliação do crescimento ou da redução per-
centual deve ser feita sempre em relação ao
Também é possível fazer a conversão inversa, isto
é, transformar um número qualquer em porcentual. valor inicial da grandeza.
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: -
Variação percentual = Final Inicial
Inicial
25 x 100 = 2500%
0,35 x 100 = 35% Veja mais um exemplo para podermos fixar
0,586 x 100 = 58,6% melhor.
Exemplo 2:
Número Relativo Juliano percebeu que ainda não assistiu a 200
aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o número de
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o número terá
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo caído 20%?
que estamos especificando. Para descobrir a quanto A variação percentual de uma grandeza corres-
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. ponde ao índice:
00
5-

10 x 1000 = 100 Final - Inicial 180 - 200


10% de 1000 = Variação percentual = = =
21

100 Inicial 200


.
70

20
Dessa maneira, 1000 é todo, enquanto 100 é a parte – = - 0,10
.4

200
que corresponde a 10% de 1000.
49
-0

Como o resultado foi negativo, podemos afirmar


Dica que houve uma redução percentual de 10% nas aulas
ar
és

Quando o todo varia, a porcentagem também ainda não assistidas por Juliano. O enunciado está
errado ao afirmar que essa redução foi de 20%.
C

varia!
o
dr

Veja um exemplo:
Pe

Roberto assistiu 2 aulas de Matemática Financeira.


Sabendo que o curso que ele comprou possui um total LÓGICA PROPOSICIONAL
de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assistidas
por Roberto? VALORES LÓGICOS
O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração. Na lógica temos apenas dois valores lógicos – ver-
dadeiro ou falso. Quando temos uma declaração ver-
MATEMÁTICA

2
=
1 dadeira, o seu valor lógico é Verdade (V) e quando é
8 4 falsa, dizemos que seu valor lógico é Falso (F).

Precisamos transformar em porcentagem, ou seja, PROPOSIÇÕES LÓGICAS SIMPLES


vamos multiplicar a fração por 100:
Vamos começar nosso estudo falando sobre o que
1 × 100 = 25% é uma proposição lógica. Observe a frase a seguir:
4 Ex.: Paula vai à praia.
119
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para saber se temos ou não uma proposição, preci- Uma ordem não pode ser classificada como verda-
samos de três requisitos fundamentais: deira ou falsa. Muito cuidado com esse tipo de oração,
pois pode ser facilmente confundida com uma propo-
z Ser uma oração: ou seja, são frases com verbos; sição lógica.
z Oração declarativa: a frase precisa estar apresen- Não são proposições – perguntas, exclamações e
tando uma situação, um fato; ordens.
z Pode ser classificada como Verdadeira ou Falsa Temos um outro caso menos cobrado em provas,
: ou seja, podemos atribuir o valor lógico verdadei- mas que também não é proposição lógica, sendo o
ro ou o valor lógico falso para a declaração. paradoxo. Para ficar mais claro, veja o exemplo a
seguir:
Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen- Ex.: Esta frase é uma mentira.
te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição Quando atribuímos um valor de verdade para a
lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma frase, então na verdade, ele mentiu, uma vez que a
informação completa (temos o sujeito claro na oração) própria frase já diz isso, e se atribuirmos o valor falso,
e podemos afirmar se é verdade ou falsa. então a frase é verdade, pois ela diz ser uma mentira
e já sabemos que isso é falso.
Perceba que sempre que valoramos a frase ela nos
Importante! resulta um valor contrário, ou seja, estamos diante de
uma frase que é contraditória em si mesma. Isso é a
Proposição Lógica é uma oração declarativa definição de um paradoxo.
que admite apenas um valor lógico: V ou F.
SENTENÇA ABERTA
Ou então podemos também esquematizar o que é
Dizemos que uma sentença é aberta quando não
uma proposição lógica assim:
conseguimos ter a informação completa que a oração
Chama-se proposição toda sentença declarativa
nos mostra. Veja o exemplo a seguir:
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só
Ex.: Ele é o melhor cantor de rock.
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta-
Perceba que há presença do verbo e que consegui-
mente com o sentido completo (caráter informativo).
mos parcialmente entender o que a frase quer dizer.
Todavia, logo surge a pergunta: Ele quem? Aqui nos-
Verdadeira sa informação não consegue ser completa e por isso
temos mais um caso que não é proposição lógica.
Sentença Observe outros exemplos:
Ou Sentido
Declarativa
completo
X + 5 = 10
Falsa
Aquele carro é amarelo.
Obrigatório
5+5
X – Y = 20
00

Verbo
5-

Todos os exemplos acima são sentenças abertas,


21

Toda proposição pode ser representada simbolica- então podemos resumir da seguinte forma:
.
70

mente pelas letras do alfabeto, veja no exemplo: As variáveis: Ele, aquele ou variáveis matemáti-
.4

cas (X ou Y) tornam a sentença aberta.


49

z p: Sabino é um pintor esperto; Sempre será uma proposição lógica na escrita


-0

z r: Kate é uma mulher alta. matemática e podemos notar que há verbos nos casos
ar

a seguir:
és

Na situação temos duas proposições sendo repre-


sentadas pelas letras p e r.
C

z = (é igual);
Bom! Agora que já sabemos o que são proposições
o

z ≠ (é diferente);
dr

lógicas, fica tranquilo distinguir o que não são pro- z > (é maior);
Pe

posições. Isto é fundamental, pois várias questões de z < (é menor);


prova perguntam exatamente isso – são apresentadas z ≥ (é maior ou igual);
algumas frases e você precisa identificar qual delas z ≤ (é menor ou igual);
não é uma proposição. Vejamos os casos em que mais
aparecem: Esquematizando o que não são proposições lógicas:

� Perguntas: são as orações interrogativas. Sentenças Interrogativas(?)


Exemplo: Que horas vamos ao cinema?
Essa pergunta não pode ser classificada como ver-
Sentenças sem Verbo
dadeira ou falsa; NÃO SÃO
� Exclamações: são frases exclamativas. PROPOSIÇÕES

Exemplo: Que lindo cabelo! Sentenças com Verbo no Imperativo


Essa exclamação não pode ser valorada, pois apre-
Sentenças Abertas
sentam percepções subjetivas;
� Ordens: são orações com verbo no imperativo. Paradoxo
120 Exemplo: Pegue o livro e vá estudar.
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PRINCÍPIOS DA LÓGICA PROPOSICIONAL � Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”:
É fundamental que você conheça três princípios Exemplos: Desde que faça sol, Pedrinho vai à
para deixarmos tudo alinhado com as proposições praia;
lógicas. Veja: Caso você estude, irá passar no concurso;
Basta Ana comer massas, e engordará;
z Princípio do terceiro excluído: uma proposição Quem joga bola é rápido;
deve ser Verdadeira ou Falsa, não havendo outra Todos os médicos sabem operar;
possibilidade. Não é possível que uma proposição Qualquer criança anda de bicicleta;
seja “quase verdadeira” ou “quase falsa”; Toda vez que chove, não vou à praia.
z Princípio da não contradição: dizemos que uma
mesma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, É importante saber que na condicional a primeira
verdadeira e falsa; proposição é o termo antecedente e a segunda é o
z Princípio da Identidade: cada ser é único, ou seja, termo consequente.
uma proposição não assume o significado de outra
proposição lógica.
P→Q
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS P = antecedente
Q = consequente
Temos proposições compostas quando há duas ou
mais proposições simples ligadas por meio dos conec-
tivos lógicos. Veja os exemplos: TABELA VERDADE

z Sabino corre e Marcos compra leite; Trata-se de uma tabela na qual conseguimos
z O gato é azul ou o pato é preto; apresentar todos os valores lógicos possíveis de uma
z Se Carlinhos pegar a bola, então o jogo vai acabar. proposição.

Cada conectivo tem sua representação simbólica e Números de Linhas de Tabela Verdade
sua nomenclatura. Veja a relação de conectivos:
Neste momento, vamos aprender a construir tabe-
las verdade para proposições compostas.
CONECTIVOS NOMENCLATURA SIMBOLOGIA
e Conjunção ^ z 1º passo: contar a quantidade de proposições
ou Disjunção v envolvidas no enunciado.
Disjunção
ou...ou v Exemplo: P v Q (temos duas proposições).
Exclusiva
se...então Condicional → z 2º passo: calcular a quantidade de linhas da tabela
se e somente se Bicondicional ⟷ usando a fórmula 2n = 2proposições (onde n é o número
de proposições).
00

Exemplos:
Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas.
5-
21

z Na linguagem natural:
.
70

P Q PVQ
„ O macaco bebe leite e o gato come banana;
.4

„ Maria é bailarina ou Juliano é atleta;


49

„ Ou o elefante corre rápido ou a raposa é lenta;


-0

„ Se estudar, então vai passar;


ar

„ Bino vai ao cinema se e somente se ele receber


és

dinheiro.
C
o

z Na linguagem simbólica:
dr

z 3º passo: dispor os valores “V” e “F” na primeira


Pe

„ p ^ q; coluna fazendo o agrupamento pela metade do


„ p v q; número de linhas da tabela.
„ p v q;
„ p → q; Exemplo: P v Q = 22 = 4 linhas = (agrupamento da
„ p ⟷ q. primeira coluna de 2 em 2 – V V / F F).
Agora que conhecemos os conectivos lógicos,
MATEMÁTICA

vamos ver algumas camuflagens dos operadores lógi- P Q PVQ


cos que podem aparecer na prova. Veja: V
V
� Conectivos “e” usando “mas”:
Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor; F
� Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não F
ambos”:
Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador, mas
não ambos;
121
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z 4º passo: preencher as demais colunas com agru- P Q PVQ
pamento de valores lógicos (V ou F) sempre pela
V V V
metade do agrupamento anterior.
V F V
Exemplo: primeira coluna de 2 em 2 (a próxima F V V
será de 1 em 1). F F F

P Q PVQ Conectivo Disjunção Exclusiva “ou...ou” ( v )


V V
Teremos resposta verdadeira quando os valores
V F lógicos envolvidos forem diferentes.
F V
F F P Q PVQ
V V F
Pronto! A nossa tabela já está montada, agora V F V
precisamos aprender qual o resultado que teremos F V V
quando combinamos os valores lógicos usando os
conectivos lógicos. F F F
Número de linhas da tabela verdade:
2n = 2proposições (onde n é o número de proposições). Conectivo Bicondicional “se e somente se” ()
Bom! Vamos caminhar mais um pouco e apren-
der todas as combinações lógicas possíveis para cada Teremos resposta verdadeira quando os valores
conectivo lógico. lógicos envolvidos forem iguais.

Negação (~P) P Q PQ


V V V
Uma proposição, quando negada, recebe valores
lógicos opostos ao da proposição original. O símbolo V F F
que iremos utilizar é ¬ p ou ~p. F V F
F F V
P ~P
V F Conectivo Condicional “se...,então” (→)
F V
Especialmente nesse caso, vamos aprender quan-
do teremos o resultado falso, pois o conectivo con-
Dupla Negação ~(~P)
dicional só tem uma possibilidade de tal ocorrência
Somente teremos resposta falsa quando o valor lógico
A dupla negação nada mais é do que a própria pro- do antecedente for verdadeiro e o consequente falso.
00

posição. Isto é, ~(~P) = P


5-
21

P Q P→Q
P ~P ~(~P)
.
70

V V V
V F V
.4

V F F
49

F V F
-0

F V V
Conectivo Conjunção “e” (^) F F V
ar
és

Só teremos uma resposta verdadeira quando todos


C

Condicional falsa: Vai Ficar Falsa


os valores lógicos envolvidos forem verdadeiros.
o
dr

VF=F
Pe

P Q P^Q
TAUTOLOGIA
V V V
V F F É uma proposição cujo valor lógico é sempre
F V F verdadeiro.
Exemplo 1: A proposição P ∨ (~P) é uma tautologia,
F F F pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela
verdade.
Conectivo Disjunção “ou” (v)

Teremos resposta verdadeira quando, pelo menos, P ~P P V ~P


um dos valores lógicos envolvidos for verdadeiro. V F V
F V V

122
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Exemplo 2: A proposição (P Λ Q) → (PQ) é uma Tabela de Conectivos
tautologia, pois a última coluna da tabela verdade só
possui V. CONECTIVO NOMENCLATURA SÍMBOLO LEITURA
e Conjunção ^ peq
P Q (P^Q) (PQ) (P^Q)→(PQ)
ou Disjunção v p ou q
V V V V V
Disjunção
V F F F V ou...ou v Ou p ou q
exclusiva
F V F F V Condicional
se...,então → Se p, então q
F F F V V (implicação)
p se e
CONTRADIÇÃO se e Bicondicional
⃡ somente
somente se (bi-implicação)
se q
É uma proposição cujo valor lógico é sempre falso.
Exemplo: A proposição P ^ (~P) é uma contradição, z Conjunção (conectivo “e”): Sua representação
pois o seu valor lógico é sempre F, conforme a tabela simbólica é ^.
verdade.
Exemplo:
P ~P P ^ (~P)
V F F „ Na linguagem natural: O macaco bebe leite e o
gato come banana;
F V F „ Na linguagem simbólica: p ^ q.

CONTINGÊNCIA z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): sua repre-


sentação simbólica é v.
Sempre que uma proposição composta recebe
valores lógicos falsos e verdadeiros, independente- Exemplo:
mente dos valores lógicos das proposições simples
componentes, dizemos que a proposição em questão é „ Na linguagem natural: Maria é bailarina ou
uma contingência. Ou seja, é quando a tabela verda- Juliano é atleta;
de apresenta, ao mesmo tempo, alguns valores verda- „ Na linguagem simbólica: p v q.
deiros e alguns falsos.
Exemplo: A proposição [P ^ (~Q)] v (P→~Q)] é uma z Disjunção Exclusiva (conectivo “ou...ou”): sua
contingência, conforme a tabela verdade. representação simbólica é: v.

P Q [P^(~Q)] (P→~Q) [P^(~Q)]V(P→~Q) Exemplo:


V V F F F
„ Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi-
00

V F V V V do ou a raposa é lenta;
5-

F V F V V „ Na linguagem simbólica: p v q.
21

F F F V V
.
70

z Condicional (conectivos “se, então”): sua repre-


sentação simbólica é →.
.4

z Tautologia: uma proposição que é sempre verda-


49

deira;
-0

Exemplo:
z Contradição: uma proposição que é sempre falsa;
ar

z Contingência: uma proposição que pode assumir


„ Na linguagem natural: Se estudar, então vai
és

valores lógicos V e F, conforme o caso.


passar;
C

„ Na linguagem simbólica: p → q.
o

CONECTIVOS LÓGICOS
dr
Pe

z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): sua


Conceito
representação simbólica é ⟷.
Os conectivos lógicos ou operadores lógicos, como
Exemplo:
também podem ser chamados, servem para ligar duas
ou mais proposições simples e formar, assim, propo-
„ Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e
sições compostas.
somente se ele receber dinheiro;
Temos 05 (cinco) operadores lógicos no total e cada
MATEMÁTICA

„ Na linguagem simbólica: p⟷q.


um tem sua nomenclatura e representação simbólica.
Veja a tabela abaixo:
z Negação: uma proposição quando negada, recebe
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro-
posição original. O símbolo que iremos utilizar é
¬p ou ~p.

Exemplos:
123
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„ p: O gato é amarelo; Conjunto X
„ ~p: O gato não é amarelo;
„ q: Raciocínio Lógico é difícil;
y
„ ~q: É falso que raciocínio lógico é difícil;
„ r: Maria chegou tarde em casa ontem;
„ ~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em x
casa ontem.

Dica
Podemos afirmar que no interior do círculo há
A negação além da forma convencional, pode todos os elementos que pertencem (compõem) ao con-
ser escrita com as expressões a seguir: junto X, já na parte externa do círculo estão todos os
É falso que ... elementos que não fazem parte de X, ou seja, “y” não
Não é verdade que... pertence ao conjunto X.
No gráfico acima podemos dizer que o elemen-
Agora que já fomos apresentados aos conectivos to “x” pertence ao conjunto X e o elemento “y” não
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera- pertence.
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: Matematicamente, usamos o símbolo Є para indi-
car essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o ele-
z Conectivo “e” usando “mas” mento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos
o símbolo ∉ para essa relação de não pertinência.
„ Exemplo: Jurema é atriz, mas Pedro é cantor; Matematicamente:

z Conectivo “ou...ou” usando “...ou..., mas não y ∉ X.


ambos”
Complemento de um Conjunto
„ Exemplo: Baiano é corredor ou ele é nadador,
mas não ambos; O complemento de X é o conjunto formado por
todos os elementos do Universo e o elemento “y” faz
z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso, parte dele, claro que com exceção daqueles que estão
Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que” presentes em X. Representamos o complemento ou
complementar pelo símbolo XC. Podemos afirmar que
„ Exemplos: “y” não pertence à X, mas pertence ao conjunto com-
plementar de X: matematicamente: y Є XC.
Desde que faça sol, Pedrinho vai à praia;
Caso você estude, irá passar no concurso; Interpretando Regiões e Conhecendo a Interseção e
Basta Ana comer massas, e engordará; União de Conjuntos
Quem joga bola é rápido;
Todos os médicos sabem operar; Uma outra situação é quando temos dois conjuntos
Qualquer criança anda de bicicleta; (X e Y), podemos representar da seguinte forma, no
00

Toda vez que chove, não vou à praia. geral:


5-
21

Dica X Y
.
70
.4

Na condicional a 1° proposição é o termo ante-


49

cedente e a 2° é o termo consequente.


-0

PQ
ar

P = antecedente
és

Q = consequente
C

a b c
o
dr
Pe

NOÇÕES DE CONJUNTOS d

INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS Interpretando os conjuntos anterior temos:

Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas z O elemento “a” pertence apenas ao conjunto X,
que possuem a mesma característica, por exemplo, pois ele está numa região que não tem contato com
numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só o conjunto Y;
bebem cerveja ou o conjunto daquelas que só gostam z O elemento “c” faz parte somente ao conjunto Y;
de músicas eletrônicas. z O elemento “b” pertence aos dois conjuntos, ou
Representamos um conjunto da seguinte forma: seja, faz parte da interseção entre os conjuntos
X e Y. A representação simbólica é feita por X ∩ Y.
Como o elemento “b” faz parte dessa região, temos:

„ b Є (X ∩ Y) – o elemento “b” pertence à interse-


124 ção dos conjuntos X e Y;
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z O elemento “d” não faz parte de nenhum dos dois X
conjuntos. Logo, podemos dizer que “d” não per-
tence à União entre os conjuntos X e Y. A união é
a junção das regiões dos dois conjuntos e é repre-
sentada simbolicamente por X ∪ Y. Assim, d ∉ (X
∪ Y) – o elemento “d” não pertence à união entre Y
os conjuntos X e Y.

Vamos analisar uma outra situação:

X Y
Perceba que realmente X ∩ Y = Y. Quando temos
a situação acima, podemos dizer que o conjunto Y
está contido no conjunto X, representado matemati-
camente por Y ⊂ X. Ou podemos dizer, ainda, que o
X–Y X∩Y Y–X conjunto X contém o conjunto Y, representado mate-
maticamente por X ⊃ Y.

Importante!
Nesta representação, podemos interpretar a Entenda a diferença:
região X – Y (diferença de conjuntos) como sendo a ● Falamos que um elemento pertence ou não
região formada pelos elementos de X que não fazem pertence a um conjunto;
parte do conjunto Y. Veja o exemplo: ● Falamos que um conjunto está contido ou não
está contido em outro conjunto.
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
Y = {5, 6, 7, 9, 10}
Representação de Conjunto usando Chaves
X – Y = basta tirar de X os elementos que estão nele
e também em Y, ou seja, X – Y = {2, 3, 4, 8} Geralmente usamos letras maiúsculas para repre-
Já no caso da região Y – X, temos: sentar os nomes de conjuntos e minúsculas para
representar elementos. Ex.: A = {4, 6, 7, 9}; B = {a, b,
X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} c, d} etc. Ainda podemos utilizar notações matemáti-
Y = {5, 6, 7, 9, 10} cas para representar os conjuntos. Veja o exemplo a
Y – X = {9, 10} seguir:

Podemos falar, também, da região de interseção A = {∀ x Є Z | x ≥ 0}


dos conjuntos X ∩ Y.
Podemos entender e fazer a leitura do conjunto
00

X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} anterior da seguinte maneira: o conjunto A é compos-


5-

Y = {5, 6, 7, 9, 10} to por todo x pertencente ao conjunto dos números


21

X ∩ Y = {5, 6, 7} inteiros, tal que x é maior ou igual a zero.


.
70

Agora, veja um outro exemplo:


.4

E por fim, vamos identificar a união entre os


49

conjuntos X e Y. Observe que vamos juntar todos os B = {∃ x Є Z | x > 5}


-0

elementos dos dois conjuntos, mas sem repetir os ele-


mentos presentes na interseção. Veja: Uma interpretação para o conjunto é: no conjunto
ar
és

B existe x pertencente ao conjunto dos números intei-


X = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} ros, tal que x é maior do que 5.
C

Y = {5, 6, 7, 9, 10} Agora vamos esquematizar todas as simbologias


o
dr

X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} para que você possa gravar mais facilmente e aplicar
Pe

na hora de resolver as questões. Observe a tabela a


Relação de “Contém”/“Não Contém” e “Está seguir:
Contido”/“Não Está Contido” entre Conjuntos
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO
Em algumas situações, a intersecção entre os con-
juntos X e Y pode ser todo o conjunto Y, por exemplo. Ex: X = {a,b,c} representa
Isso acontece quando todos os elementos de B são {,} chaves o conjunto X composto
MATEMÁTICA

também elementos de A. Veja isso no gráfico a seguir: por a, b e c


Significa que o conjunto
conjunto
{ } ou  ∅ não tem elementos, é um
vazio
conjunto vazio
Significa “Para todo” ou
∀ para todo
“Para qualquer que seja”

125
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Matemática Português
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO
Indica relação de perti-
Є pertence
nência de elementos
Indica relação de não
∉ não pertence
pertinência de elementos
Indica relação de
∃ existe
existência.
Indica que não há rela-
∄ não existe
ção de existência
Indica que um conjunto
⊂ está contido está contido em outro z Preencha as informações de dentro para fora (da
conjunto interseção para as demais informações):
Indica que um conjunto Matemática Português
não está
⊄ não está contido em
contido
outro conjunto
Indica que determinado
⊃ contém conjunto contém outro
conjunto
Indica que determinado
⊅ não contém conjunto não contém 10
outro conjunto
Serve para fazer a liga-
ção entre a composição
| tal que
de um conjunto na “re-
z Preencha as demais informações no diagrama:
presentação em chaves”
união de Matemática (20) Português (30)
A ∪ B Lê-se como “X união Y”.
conjuntos
interseção de Lê-se como “X intersec-
A ∩ B
conjuntos ção Y”
diferença de Lê-se como “diferença
A-B
conjuntos de A com B”
Refere-se ao comple- 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
XC complementar
mento do conjunto X

Diagrama de VENN
00
5-

5
21

Vamos entender como se resolve questões que


envolvem Operações com Conjuntos se relacionan-
.

Total = X
70

do. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira 20 gostam de Matemática;


.4

como desenvolvemos suas resoluções: 30 gostam de Português;


49

10 gostam dos dois;


-0

z Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Mate- 10 gostam apenas de Matemática;


ar

mática, 30 gostam de Português, e 10 gostam das 20 gostam apenas de Português;


és

duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam 5 não gostam de nenhuma.
C

de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos


o

há nessa sala de aula? z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-


dr

tos envolvidos:
Pe

Siga os passos abaixo:


Matemática (20) Português (30)
z Identifique os conjuntos;
z Represente em forma de diagramas;
z Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
z Preencha as demais informações no diagrama;
z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos. 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20

Vamos à resolução:

z Identifique os conjuntos; 5
z Represente em forma de diagramas:
10+10+20+5 = X
126
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X = 45 alunos é o total dessa sala. z Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações):
Também seria possível resolver esse tipo de ques-
tão usando a seguinte fórmula: André Bernardo

n(X ∪ Y) = n(X) + n(Y) – n(X ∩ Y)

Esta fórmula nos diz que o número de elementos


da União entre os conjuntos X e Y (X ∪ Y) é dado pelo
número de elementos de X, somado ao número de ele-
mentos de Y, subtraído do número de elementos da 10
interseção (X ∩ Y). Aplicando no exemplo, temos:
Matemática (M)
Português (p)
Carol
n(M ∪ P) = n(M) + n(P) – n(M ∩ P)
n(M ∪ P) = 20 + 30 – 10
n(M ∪ P) = 40

Temos 40 alunos que gostam de Matemática ou z Preencha as demais informações no diagrama:


Português (aqui já está incluso quem gosta das duas
matérias). Para finalizar a resolução, devemos apenas André Bernardo
somar os 5 alunos que não gostam das duas matérias.
Assim, 40 + 5 = 45 alunos no total dessa sala.
Assim como nos problemas com 2 conjuntos, quan-
do nós tivermos 3 conjuntos será possível resolver
o problema por meio de Diagramas de Venn ou por
meio de fórmula. Acompanhe a resolução do exemplo: 0 12 0
André, Bernardo e Carol ouviram certa quantidade
de músicas. Nenhum deles gostaram de seis músicas 10
e os três gostaram de dez músicas. Além disso, hou-
ve doze músicas que só André e Bernardo gostaram, 9 4
nove músicas que só André e Carol gostaram e quatro
músicas que só Bernardo e Carol gostaram. Não houve 0 Carol
música alguma que somente um deles tenha gostado.
O número de músicas que eles ouviram foi? 6
Siga os passos a seguir:

z Identifique os conjuntos;
Colocamos o número 10 bem no centro, pois sabe-
z Represente em forma de diagramas;
00

mos que os três gostaram de dez músicas, depois


z Preencha as informações de dentro para fora (da
5-

preenchemos com as demais informações:


interseção para as demais informações);
21

z Preencha as demais informações no diagrama;


.

z 12 músicas que somente André e Bernardo gosta-


70

z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-


ram (na interseção entre os 2 apenas);
.4

tos envolvidos.
49

z 9 que somente André e Carol gostaram;


z 4 que somente Bernardo e Carol gostaram;
-0

Vamos à resolução:
z 6 músicas que ninguém gostou (de fora dos três
ar

conjuntos).
és

z Identifique os conjuntos; z Os “zeros” representam o fato de que não houve


C

z Represente em forma de diagramas: música que somente um deles tenha gostado.


o
dr

André Bernardo
Pe

Logo, vem a última etapa:

z Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-


tos envolvidos;

Total = X
6+0+12+10+9+0+4+0=X
MATEMÁTICA

X = 41 músicas

Questões com três conjuntos podem ser resolvidas


usando a seguinte fórmula:

n(X ∪ Y ∪ Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) – n(X ∩ Y) – n(X


Carol
∩ Z) – n(Y ∩ Z) + n(X ∩ Y ∩ Z)

Traduzindo a fórmula:
127
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Total de elementos da união = soma dos conjuntos Logo, eles fazem parte do Contradomínio, porém
– interseções dois a dois + interseção dos três não fazem parte do conjunto Imagem.

Dica
Função: relação de cada elemento do Domínio com
RELAÇÕES E FUNÇÕES apenas um único elemento do Contradomínio.
FUNÇÃO
FUNÇÃO INJETORA, SOBREJETORA E BIJETORA
Quando temos a relação entre elementos de dois
z Função Injetora: se cada elemento do conjunto
conjuntos, sendo que cada elemento de um conjunto
imagem estiver ligado a um único elemento do
tenha ligação com somente um outro elemento do outro
Domínio, a função é chamada injetora. Ex.:
conjunto, dizemos que é uma função. Para ficar mais
fácil de entender esse conceito, veja o exemplo abaixo: A B

Função Não É Função 2 4


A B C D 4 8

2 4 6 16
1 4
4 8 8 20
3 6
6 16 5
8 20 O conjunto imagem é I = {4, 8, 16, 20}. Vemos que
cada elemento da imagem está ligado a apenas um
elemento do Domínio A;
Note que o conjunto A tem todos os seus elemen-
tos ligados apenas em um único elemento do conjunto z Função Sobrejetora: quando todos os elementos
B, então, dizemos que é uma função. Já o conjunto C, do Contradomínio fizerem parte do conjunto ima-
além de não ter todos os seus elementos sendo ligados gem, temos uma função sobrejetora. Em outras
ao único elemento de D, ainda tem o “elemento 3” sen- palavras, Contradomínio é igual a imagem. Ex.:
do relacionado a mais de um elemento do conjunto D.
Então, não há relação de função nessa situação. A B

DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E IMAGEM 2 4


4 8
Veremos alguns pontos que você precisa saber 6 12
identificar em uma função:
10 20
z Domínio da função (D): é o conjunto em que a 12 24
função é definida, ou seja, contém todos os elemen-
00

tos que serão ligados aos elementos de outros con-


5-

z Função Bijetora: se os elementos acima acontecerem


juntos (olhando para o nosso exemplo – de onde
21

ao mesmo tempo, ou seja, a função for injetora e sobre-


saem as setas), trata-se do conjunto A apenas, pois
.

jetora ao mesmo tempo, a função é dita bijetora. Ex.:


70

o conjunto C não é uma função;


.4

z Contradomínio da função (CD): é o conjunto A B


49

onde se encontram todos os elementos que pode-


-0

rão ser ligados aos elementos do Domínio. Neste 2 4


ar

caso, trata-se do conjunto B somente, pois, como já 4 8


és

vimos, o conjunto D não é uma função;


6 16
C

z Imagem da função (I): é formado apenas pelos


8 20
o

valores do contradomínio efetivamente ligados a


dr

algum elemento do Domínio.


Pe

Vamos analisar um exemplo para entendermos FUNÇÕES POLINOMIAIS


melhor:
A B Função Afim ou Função do 1° Grau

2 4 Veja a função do tipo f(x) = ax + b. Chamaremos de


4 8 função de primeiro grau, onde a = coeficiente angular
6 16 e b = coeficiente linear. Esta função também é chama-
da de função linear ou então de função afim. O gráfico
8 20
dessa função é uma reta.
O coeficiente angular dá a inclinação da reta. Se a
> 0, a reta será crescente e se a < 0 a reta, decrescente.
Temos o conjunto A como domínio, o conjunto B
Já o coeficiente linear, indica em que ponto a da reta
como contradomínio e o conjunto imagem definido
do gráfico cruza o eixo das ordenadas (eixo y, ou eixo
pelo conjunto formado apenas pelos elementos 8 e 16,
f(x)). Vejamos um exemplo:
pois os elementos 4 e 20 do conjunto B não estão liga-
Seja f(x) = -3x + 5, então, temos:
128 dos a nenhum termo do conjunto A.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Uma função de primeiro grau (pois o maior Funções de 2º Grau ou Funções Quadráticas
expoente de x é 1);
z O coeficiente angular é a = -3 e o coeficiente linear As funções de segundo grau são representadas
é b = 5; por f(x) = ax2 + bx + c, ou seja, são aquelas em que as
z Logo, seu gráfico é uma reta decrescente (a < 0), funções de variável x aparecem elevada ao quadrado.
que cruza o eixo y na posição y = 5 (pois este é o Sabemos, então, o seguinte:
valor de b). Que a, b e c são os coeficientes da equação.

Vamos construir um gráfico da função afim f(x) = z a é sempre o coeficiente do termo em x²;
2x +3. z b é sempre o coeficiente do termo em x;
Atribuindo valores aleatórios para “x”, temos: z c é sempre o coeficiente ou termo independente.

f(x) = 2x +3 As funções de segundo grau têm 2 raízes, isto


é, existem 2 valores de x que tornam a igualdade
f(-1) = 2(-1) +3 = 1 Temos (x,y) = (-1,1)
verdadeira.
f(0) = 2.0 +3 = 3 Temos (x,y) = (0,3)
Cálculo das Raízes da Função Quadrática
f(1) = 2.1 +3 = 5 Temos (x,y) = (1,5)
f(2) = 2.2 +3 = 7 Temos (x,y) = (2,7) Vamos achar as raízes por meio da fórmula de
bhaskara. Basta identificar os coeficientes a, b e c e
Colocando os pontos no plano cartesiano, temos: colocá-los na seguinte expressão:

y 2
-b ! b - 4ac
10
x=
2a

8 Veja o sinal ± presente na expressão acima. É ele


que permitirá obtermos dois valores para as raízes,
E um valor utilizando o sinal positivo (+) e outro valor
6
utilizando o sinal negativo (-).
D Vamos aplicar em um exemplo:
4 Calcular as raízes da função f(x) = x2 - 3x + 2.
Iguala a zero:
C
2
B x2 - 3x + 2 = 0
x
-6 -4 -2 0 2 4 6 8
Identificando os valores de a, b e c:

-2 a=1
00

b = -3
5-

-4
c=2
.21
70

-6
Substituindo na fórmula:
.4
49

Raiz de uma Função Afim 2


-b !
-0

b - 4ac
x=
Para tirar a raiz de uma função do 1° grau, basta 2a
ar

igualar a zero. Veja:


és

- (3) ± √(-3)2 - 4 ×1 ×2
C

x=
f(x) = 2x +3 2×1
o
dr

2x +3 = 0
Pe

3! 9-8
2x = -3 x=
2
x = -3/2 3!1
x=
2
Isso significa que x = -3/2 deixa a função com a ima-
gem igual a zero. Veja: 3+1
x1 = =2
2
MATEMÁTICA

f(-3/2) = 2x +3 3-1
x2 = =1
f(-3/2) = 2(-3/2) +3 2

f(-3/2) = -3 +3 = 0 As raízes da função f(x) = x2 - 3x + 2 são 1 e 2.


Na fórmula de bhaskara, podemos usar um discri-
minante que é representado por “Δ”. Seu valor é igual
a:
129
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Δ = b2 - 4ac a>0eΔ=0 a<0eΔ=0

Assim, podemos escrever a fórmula de bhaskara: x

-b ! D
x= 2a
x
a>0eΔ>0 a<0eΔ>0
O discriminante fornece importantes informações
de uma função do 2ª grau:
x
x
z Se Δ > 0 → A função possui duas raízes reais e
distintas.
z Se Δ = 0 → A função possui duas raízes reais e Pontos de Máximo ou Mínimo
idênticas.
z Se Δ < 0 → A função não possui raízes reais. O ponto de máximo ou mínimo da função de
segundo grau é chamado de vértice (xv, yv). Para calcu-
As funções de segundo grau têm um gráfico na for- larmos as coordenadas dele, basta saber que:
ma de parábola. Veja:
XV - b
„ f(x) = x2 - 3x + 2; 2a
„ f(-2) = (-2)2 – 3(-2) + 2 = 12;
„ f(-1) = (-1)2 - 3(-1) + 2 = 6;
YV - D
„ f(0) = (0)2 - 3(0) + 2 = 2; 4a
„ f(1) = 12 – 3.1 + 2 = 0;
„ f(2) = 22 – 3.2 + 2 = 0; No gráfico fica:
„ f(3) = 32 – 3.3 + 2 = 2;
„ f(4) = 42 – 3.4 + 2 = 6; y
„ f(5) = 52 – 3.5 + 2 = 12.
V
yV
12

10
0 XV 0
8
x xV x
yV
6 V

4 Se a > 0, yv = Δ é o valor Δ é o valor


Se a < 0, yv =
4a 4a
2 mínimo da função máximo da função
00

0
FUNÇÕES EXPONENCIAIS
5-

-2 -1 0 1 2 3 4 5
21

x
A função f(x) = 2x é uma função exponencial. Perce-
.
70

ba que a variável x encontra-se no expoente. De modo


Aqui vale ressaltar que quando “a < 0”, a pará-
.4

geral, representamos as funções exponenciais assim


49

bola tem concavidade para baixo, ou seja, a função


f(x) = ax. O coeficiente “a” precisa ser maior do que
-0

terá um ponto máximo que chamamos de “vértice”.


zero, e também diferente de 1. A função é crescente se
Já quando “a > 0”, teremos a concavidade para cima
ar

a > 1. Já se 0 < a < 1, a função é decrescente.


e um ponto mínimo, também chamado de vértice da
és

Além disso, a função exponencial tem domínio no


função.
C

conjunto dos números reais (R) e contradomínio no


o

conjunto dos números reais positivos, ou seja, f: R →


dr

R+*. Observe os gráficos das funções f(x) = 2x (crescen-


Pe

a>0 te) e de g(x) = 0,5x (decrescente):


a<0

f(x) g(x)

9
Concavidade para cima Concavidade para baixo
7

5
Resumindo os tipos de gráficos olhando para o
valor de “a” e para o discriminante, temos: 3
1
a>0eΔ<0 a<0eΔ<0
-5 -3 -1 -1 1 3 5
x
-3

-5

130 x
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FUNÇÕES LOGARÍTMICAS É uma matriz de ordem 2·3,

Antes de falarmos sobre função logarítmica, é inte-


= G
0 -1
ressante relembrar algumas propriedades importan- B=
tes. Veja: 3 5
Na expressão logab = c, chamamos o número “a” de
base do logaritmo. Veja que o resultado do logaritmo É uma matriz de ordem 2·2,
(c) é justamente o expoente ao qual deve ser elevada a
base “a” para atingir o valor b, assim, as propriedades JK 9 1 NO
mais importantes são: K 3 OO
C= KKK- 8 7 OO
z Logb 1 = 0, porque b0 = 1; K 4 0 O
z Logb b = 1, porque b1 = b; L P
z Logb bk = K, porque bK = bK;
z bLogbM = M; É uma matriz de ordem 3·2.
z Loga (b · c) = logab + logac;
z Loga (b ÷ c) = logab - logac; Toda matriz m · n tem os seus elementos represen-
z Loga bn = n · logab; tados por (aij), onde i representa a linha e j a coluna
em que o elemento está localizado.
1
z Logam b = logab. Exemplo:
m

e o
a11 a12
A função f(x) = log5(x) é um exemplo de função A=
logarítmica. Veja que nela a variável x encontra-se a21 a22

{
dentro do operador logaritmo. De maneira geral, po-
demos representá-las da seguinte forma f(x) = loga(x). (lê - se a um um) elemento que está na 1ª linha
a11
Assim, como nas exponenciais, o coeficiente “a” preci- e 1ª coluna.
sa ser positivo (a > 0) e diferente de 1. (lê - se a um dois) elemento que está na 1ª linha e 2ª
a12
coluna.
O domínio é formado apenas pelos números reais (lê - se a um um) elemento que está na 2ª linha
positivos, pois não há logaritmo de número negativo. a21
e 1ª coluna.
Por sua vez, o contradomínio é o conjunto dos núme- (lê - se a um um) elemento que está na 2ª linha
a22
ros reais, ou seja, temos uma função do tipo f: R+* → R. e 2ª coluna.
Se a > 1, a função é crescente, já se 0 < a < 1, a fun-
ção é decrescente. Como exemplo, veja os gráficos de
f(x) = log2x e de g(x) = log0,5x: Observação: Uma matriz M de ordem m ⨉ n tam-
bém pode ser indicada por M = (aij) ou M = (aij) m ⨉ n.
f(x) g(x)
TIPOS DE MATRIZES
9

7 Matriz Linha
00
5-

5
É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz
21

3 que possui apenas uma linha.


.
70

1 Exemplos:
.4

C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1·3


49

-5 -3 -1 -1 1 3 5 M = (–9 7 0 –√15) é uma matriz linha de ordem 1·4


-0

-3
Matriz Coluna
ar

-5
és

É toda matriz do tipo m ⨉ 1, ou seja, é uma matriz


C

que possui apenas uma coluna.


o
dr

Exemplos:
Pe

MATRIZES RS VW
SS - 2 WW
MATRIZES S 1 WW
A= S SS 7 WW
Matrizes podem ser definidas da seguinte manei- SS 0 WW
ra: sejam dois números naturais m e n diferentes de SS- 17WW
zero, denominamos matriz de ordem m por n (indi- T X
MATEMÁTICA

ca-se m x n) qualquer tabela M formada por núme-


É uma matriz coluna de ordem 4·1
ros pertencentes ao conjunto dos reais, sendo esses
números distribuídos em m linhas e n colunas.
e o
Exemplos: -6
B=
1
> H
-2 1 0
A=
2 4 3 É uma matriz coluna de ordem 2·1
131
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Matriz Nula
e o
2 -8
A=
É a matriz que possui todos os elementos iguais a 7 0
zero.
Exemplos: É uma matriz quadrada de ordem 2, cuja diagonal
secundária é composta pelos elementos a12 = - 8, e a21
= G
0 0 0 0 =7
E=
0 0 0 0
Matriz Diagonal
É uma matriz nula de ordem 2·4 É a matriz em que todos os elementos que não per-
tencem à diagonal principal são iguais a zero.
e o
0 0 Exemplo:
N=
0 0
–15 0 0
É a matriz nula de ordem 2·2 0 1 0
B=

Matriz Quadrada de Ordem n 0 0 – √7

É toda matriz do tipo n ⨉ n, ou seja, em uma matriz


Matriz Identidade de Ordem n
quadrada de ordem n o número de linhas e colunas
são iguais.
É toda matriz quadrada em que os elementos da
Exemplo:
diagonal principal são iguais a 1. A matriz identidade
é representada pela letra maiúscula I, seguida da sua
e o
2 -8 ordem, ou seja, In.
A=
7 0 Exemplos:

= G
1 0
É uma matriz quadrada de ordem 2·2 I2 =
0 1
RS VW
SS - 7 4 2 WW
B= S SS 2 3
9 0W WW É uma matriz identidade de ordem 2
SS - 2 - 1 22 W JK1
5 W 0 0N
O
T X K OO
I3 = KKK0 1 0O
É uma matriz quadrada de ordem 3·3 K0 OO
Observação: Para toda matriz quadrada, no lugar 0 1
L P
de mencionarmos que sua ordem é n ⨉ m, dizemos
00

apenas que ela é uma matriz de ordem n. Por exem- É uma matriz identidade de ordem 3
5-

plo, ao nos referirmos a uma matriz quadrada de


21

ordem 3, estamos dizendo que essa matriz possui três RS W V


.
70

linhas e três colunas. SS1 0 0 0W


W
SS0 0W
.4

1 0 WW
49

I4 = S
Diagonal Principal SS0 0WWW
-0

0 1
SS
S0 1W W
ar

0 0
Chamamos de diagonal principal de uma matriz T X
és

quadrada de ordem n, o conjunto dos elementos que


C

possui índices iguais. É uma matriz identidade de ordem 4.


o

Exemplo:
dr
Pe

e o
2 -8
A= IGUALDADE DE MATRIZES
7 0
Duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n serão iguais
É uma matriz quadrada de ordem 2, cuja diagonal quando aij = bij para todo i ∈ {1,2, ∙∙∙ , m } e todo j ∈ {1,2,
principal é uma matriz composta pelos elementos a11 ∙∙∙ , n }. Portanto, para que duas matrizes sejam iguais,
= 2, e a22 = 0 elas devem ser do mesmo tipo e apresentar todos os
elementos correspondentes iguais.
Diagonal Secundária Exemplo:

Chamamos de diagonal secundária de uma matriz Seja A = [ X9 –26] e B = [ 7z y2 ] ,


quadrada de ordem n, o conjunto dos elementos que
possui a soma dos índices igual a n + 1.
Exemplo: A matriz A será igual à matriz B, se, e somente se,
x = 7, y = – 6 e z = 9.
132
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
[ ] [ ]
ADIÇÃO DE MATRIZES 1 –2
2 4 2
∙ 0 5
–1 –3 5
Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)m ⨉ n , cha- 4 0
2x3 3x2
mamos soma de A + B a matriz C = (cij)m ⨉ n tal que cij =
aij + bij, para todo i e todo j. Isso significa que a soma
de duas matrizes A e B do tipo m ⨉ n é uma matriz C
[ 2∙1+4∙0+2∙4
(– 1) ∙ 1 + (– 3) ∙ 0 + 5 ∙ 4
2 (– 2) + 4 ∙ 5 + 2 ∙ 0
(– 1) ∙ (– 2) + (– 3) ∙ 5 + 5 ∙ 0 ]
[ ]
do mesmo tipo, em que cada elemento é a soma dos 10 16
elementos correspondentes em A e B. 19 – 13 2x2
Exemplo:

[ ]
1

[ ]+[ ]=[ ]
1 0 7 3 –1 0 1+3 0–1 7+0
–2 ∙ [ 3 –5 4 0 ]
1x4
–4 9 2 –1 0 5 –4–1 9+0 2+5 12
3x1

[ –45 ]
[ ]
= –1 7 1∙3 1 ∙ (– 5) 1∙4 1∙0
9 7 (– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5) (– 2) ∙ 4 (– 2) ∙ 0
12 ∙ 3 12 ∙ (– 5) 12 ∙ 4 12 ∙ 0

[ ]
Propriedades da Adição de Matrizes 3 –5 4 0
– 6 10 – 8 0
A adição de matrizes do tipo admite as seguintes 36 –60 48 0
3x4
propriedades:

[ ]
1
z A ssociativa: (A + B) + C = A + (B + C) [ 05 –3 1
3 –2 ] ∙ –1
10
z Comutativa: A + B = B + A 3x2
3x1

z Elemento Neutro: A + 0 = A, em que 0 é a matriz


nula [ 5 ∙ 1 + (– 3) ∙ (– 1) + 1 ∙ 10
0 ∙ 1 + 3 ∙ (– 1) + (– 2) ∙ 10 ] = [ –1823 ] 1x2
z Elemento simétrico: A + (- A) = 0, em que -A é a
matriz oposta de A. Propriedades do Produto de Matrizes

PRODUTO DE NÚMERO POR MATRIZ O produto de matrizes admite as seguintes


propriedades:
Dado um número k e uma matriz A = (aij)m ⨉ n, cha-
ma-se produto kA a matriz B = (bij)m ⨉ n tal que bij = kaij, z A ssociativa: (A · B) · C = A · (B · C)
para todo i e todo j. Isso significa que multiplicar uma z Distributiva à direita em relação à adição: (A + B) ·
matriz A por um número k é construir uma matriz B C = A · C + B ·C
formada por todos os elementos de A multiplicados z Distributiva à esquerda: C · (A + B) = C· A + C · B
por k. z (k · A) ·B = A · (k · B) = k · (A · B)

[ ][
4 –1 2 ∙ 4 2 ∙ (– 1)
2. 0 5 = 2 ∙ 0 2 ∙ 5
3 √2 2 ∙ 3 2 ∙ √2
][
=
8
0
–2
10
6 2 ∙ √2
] Observações: É muito importante notar que, em
geral, a multiplicação de matrizes não é comutativa,
ou seja, para duas matrizes quaisquer A e B, temos AB
00

≠ BA.
5-

Propriedades do Produto de um Número por uma


Quando A e B são tais que AB = BA, dizemos que A
21

Matriz
e B comutam. Notemos que uma condição necessária
.
70

para A e B comutarem é que sejam matrizes quadra-


O produto de um número por uma matriz admite
.4

das e de mesma ordem.


49

as seguintes propriedades: É importante observar também que a implicação


-0

AB = 0 → A = 0 ou B = 0 não é válida para matrizes,


z a · (b · A) = (a · b) · A ou seja, é possível encontrar duas matrizes não nulas
ar

z a · (A + B) = a . A + a · B cujo produto é a matriz nula.


és

z (a + b) · A = a · A + b · A Exemplo:
C

z 1·A=A
o

[ 01 00 ] ∙ [ 00 01 ] = [ 00 00 ]
dr
Pe

PRODUTO DE MATRIZES

Dadas duas matrizes A = (aij)m ⨉ n e B = (bij)n ⨉ p , deno- MATRIZ TRANSPOSTA


minamos o produto AB a matriz C = (cik)m ⨉ p tal que cik =
ai1 · b1k + ai2 · b2k + ai3 · b3k + . . . + ain · bnk = ƩnJ=1 aij · bjk para
Dada a matriz A = (aij)m ⨉ n, chamamos transposta
todo i ∈ {1,2, ... ,m} e k ∈ {1,2, ... ,p}.
Observações: A definição dada garante a existên- de A a matriz At = (a´ji)n ⨉m tal que aji’ = aij para todo i e
todo j. Isso significa que as colunas de At são ordena-
MATEMÁTICA

cia do produto AB somente se o número de colunas de


A for igual ao número de linhas de B, pois A é do tipo damente iguais às linhas de A.
m ⨉ n e B é do tipo n ⨉ p. Exemplos:
A definição dada afirma que o produto AB é uma

Se A = > H
matriz que tem o número de linhas de A e o número 4 2 -1
de colunas de B, pois AB é do tipo m ⨉ p. 2
Exemplos: 5 7 5 2x3

Sua transposta é: 133


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
RS
SS 4 5
VW
WW A matriz A = [ 1
2
3
7 ]
A =S
t
SS2 7W W
SS - 1 2 W W É inversível e:
5 W3x2
T X
Se B = [– 1 0 ⁵√19 – 6]1·4, A– 1 = [ –72 –3
1 ]
Sua transposta é:
RS V Pois
SS - 1 WWW
SS 0 WW
Bt = SS5 WW A ∙ A– 1 = [ 21 73 ] ∙ [ –72 –13 ]
SS 19WW
SS - 6 WW
T X
4x1 [ 1 ∙ 7 + 3 ∙ (– 2)
2 ∙ 7 + 7 ∙ (– 2) 2 ∙ (– 3) + 7 ∙ 1 ] = [ 0
1 ∙ (– 3) + 3 ∙ 1 1
1 ]
0
=I 2

Propriedades de uma Matriz Transposta A ∙ A– 1 = [ –72 –13 ] ∙ [ 21 73 ]


A matriz
propriedades:
transposta admite as seguintes
[ 7 ∙ 1 + (–3) ∙ 2
–2∙1+1∙2 –2∙3+1∙7 ] = [ 0
7 ∙ 3 + (– 3) ∙ 7 1
1 ]
0
=I 2

z
z
P1) (At)t = A
P2) (A + B)t = At + Bt
Qual é a inversa da matriz A = [ 2
0
1
3 ]?
z P3) (k · A)t = k · At
z P4) (A ·B)t = Bt · At Fazendo A-1 = , temos:

MATRIZ SIMÉTRICA
A– 1 ∙ A = [ ac b
d ] ∙ [ 02 1
3 ] = [ 01 01 ]
Denominamos matriz simétrica toda matriz qua-
drada A, de ordem n, tal que At = A.
Exemplo:
[ a∙2+b∙0
c∙2+d∙0
a∙1+b∙3
c∙1+d∙3 ] = [ 01 01 ]
[ –21 ] { a +2a3b= 1= 0
1 1
–1 ⇒a= eb=–
Se C = 3 , 2 6

Sua transposta é
{ c +2c3d= 0= 1
1
⇒c=0ed=
3
Ct = [ –21 –1
3 . ]
Portanto,
00

Portanto, a matriz C é simétrica, pois Ct = C.


5-

> H
1
- 16
21

MATRIZ ANTISSIMÉTRICA A =-1


2
.

1
70

0 3
Denominamos matriz antissimétrica toda matriz
.4
49

quadrada A, de ordem n, tal que At = - A.


� Propriedades de uma matriz inversa
-0

[ 0 4
],
ar

Se D = –4 0 A matriz inversa admite as seguintes propriedades:


és
C

Sua transposta é z ( A-1)-1 = A


o

z ( A · B)-1 = B-1 · A-1


dr

[ ] z ( At)-1 = (A-1)t
Pe

0 –4
Dt = 4 0 .

Portanto, a matriz D é antissimétrica, pois Dt = -D.


DETERMINANTES
MATRIZ INVERSA
Determinantes podem ser definidos do seguinte
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Dizemos modo: considere o conjunto das matrizes quadra-
que A é uma matriz invertível se existir uma matriz das de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem
A-1 tal que A · A-1 = A-1 · A = In, onde In é a matriz identi- n desse conjunto. Denominamos determinante da
dade de ordem n. matriz M (e indicamos por det M) o número que asso-
Observações: Se A não é invertível, dizemos que A ciamos à matriz M, operando seus elementos confor-
é uma matriz singular. me a ordem dessa matriz.
Se A é invertível, então é única a matriz A-1.
Exemplos:
134
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE MENOR COMPLEMENTAR
ORDEM 1
Considere uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja aij
Se M é de ordem 1, então o det M é o único elemen- um elemento de M. Definimos menor complementar
to de M. do elemento aij, e indicamos por Dij, como sendo o
Exemplo: determinante da matriz que se obtém suprimindo a
Se M = [4], então o det M = 4 linha i e a coluna j de M.
Exemplo:
DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE
ORDEM 2 RS VW
SS1 -2 3 WW
Se M é de ordem 2, então o det M é o produto dos Seja M = S SS1 -1 5W WW
elementos da diagonal principal de M, menos o produ- SS2 4 - 2W W , então:
to dos elementos da diagonal secundária de M. T X
Exemplo: D11 =
-1 5
= - 18,
4 -2

Se M = , então:
Note que suprimimos a primeira linha e a primei-
ra coluna da matriz:
det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)· = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16

DETERMINANTE DE MATRIZ QUADRADA DE


ORDEM 3
M= [ 1
1
2
-2 3
-1 5
4 -2
]
Se M é de ordem 3, então o det M é dado por: Calculando assim o determinante dos elementos
restantes.
det M = a11 ∙ a22 ∙ a33 + a12 ∙ a23 ∙ a31 + a13 ∙ a21 ∙ a32 – a13 ∙ O raciocínio é análogo para os demais termos, por-
a22 ∙ a31 – a11 ∙ a23 ∙ a32 – a12 ∙ a21 ∙ a33 tanto teremos:

Podemos memorizar essa definição da seguinte 1 5 1 -1


maneira: D12 = 2 -2 = - 12, D13 = 2 4 =6

z Repetimos, ao lado da matriz, as duas primeiras -2 3 1 3


D21 = 4 -2 = - 8, D22 = 2 -2 =-8
colunas;
z Os termos precedidos pelo sinal + são obtidos mul- 1 -2 -2 3
tiplicando-se os elementos seguindo as flechas D23 = 2 4 = 8, D31 = - 1 5 =-7
situadas na direção da diagonal principal;
z Os termos precedidos pelo sinal – são obtidos mul- 1 3 1 -2
D32 = 1 5 = 2, D33 = 1 -1 =1
tiplicando-se os elementos seguindo as flechas
situadas na direção da diagonal secundária.
00

COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR)


5-

Tal processo é conhecido como Regra de Sarrus e


21

é utilizado para o cálculo de determinantes de ordem Consideremos uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja
.
70

3. aij um elemento de M. Definimos complemento algé-


.4

Vejamos agora um exemplo numérico: brico do elemento aij, e indicamos por Aij, como sendo
49

o número ( - 1)i + j . Dij


-0

RS V Exemplo:
SS1 2 1W
W
ar

W RS VW
Seja M = S - 2W
és

SS5 3 WW SS1 -2 3W
S2 - 1W WW
C

4 S1
Seja M = S -1 5W W, então:
o

T X SS
dr

S2 - 2WW
Pe

Calcule o seu determinante. 4


T X
-1 5
Utilizando a regra de Sarrus, temos que: A11 = (- 1)1+1 ∙ D11 = (- 1)2 ∙ 4 -2 = 1 ∙ (- 18) = – 18

1 2 1 1 2 1 5
5 3 -2 5 3
A12 = (- 1)1+2 ∙ D12 = (- 1)3 ∙ 2 -2 = (- 1) ∙ (- 12) = 12
det M = =
2 4 -1 2 4
1 5
MATEMÁTICA

A13 = (- 1)1+3 ∙ D13 = (- 1)4 ∙ 2 -2 = 1 ∙ (6) = 6


= 1 ∙ 3 ∙ (–1) + 2 ∙ (- 2) ∙ 2 + 1 ∙ 5 ∙ 4 - (1 ∙ 3 ∙ 2 + 1 ∙ (- 2) ∙ 4
+ 2 ∙ 5 ∙ (-1)
-2 3
A21 = (- 1)2+1 ∙ D21 = (- 1)3 ∙ 4 -2 = (- 1) ∙ (- 8) = 8
1 2 1 1 2
det M = 5 3 -2 5 3 =
2 4 -1 2 4 1 3
A22 = (- 1)2+2 ∙ D22 = (- 1)4 ∙ 2 -2 = 1 ∙ (- 8) = - 8
= - 3 - 8 + 20 - (6 - 8 - 10) = 9 - (- 12) = 9 + 12 = 21
1 -2
A23 = (- 1)2+3 ∙ D23 = (- 1)5 ∙ 2 4 = (- 1) ∙ (8) = - 8
Portanto o det de M = 21 135
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
RS V
2W
-2 3
A31 = (- 1)3+1 ∙ D31 = (- 1)4 ∙ - 1 5 = 1 ∙ (- 7) = - 7 SS- 1 3 WW
Mt = S SS 2 4 1WWW , e o det Mt = - 10
1 3
A32 = (- 1)3+2 ∙ D32 = (- 1)5 ∙ 1 5 = (- 1) ∙ (2) = - 2 SS 0 -6 - 2WW
T X
1 -2
A33 = (- 1)3+3 ∙ D33 = (- 1)6 ∙ 1 -1 = 1 ∙ (1) = 1 Fila Nula

TEOREMA FUNDAMENTAL DE LAPLACE Se os elementos de uma fila (linha ou coluna) qual-


quer de uma matriz M de ordem n forem todos nulos,
O determinante de uma matriz de ordem n ≥ 2 é então det M = 0
a soma dos produtos dos elementos de uma fila qual- Seja:
quer (linha ou coluna) pelos respectivos cofatores. RS V
SS 3 - 1 4W
W
RS V W
SS1 3 4W
W M= S SS 0 0 0W
WW , o det de M = 0
W
Seja M = S SS5 2 - 3W
WW , então: SS- 3 5 2W
W
S1 4 2W T X
T X Multiplicação de uma Fila por uma Constante
1 3 4
5 2 -3
det M = 1 4 2 = Se multiplicarmos uma fila qualquer de uma
matriz M de ordem n por um número k, o determi-
= a11 ∙ A11 + a12 ∙ A12 + a13 ∙ A13 = 1 ∙ (– 1)1+1 ∙ D11 + 3 ∙ (–1)1+2 nante da nova matriz M’ obtida será o produto de k
∙ pelo determinante de M, isto é det M’ = k · det M
Exemplo:
D12 + 4 ∙ (– 1)1+3 ∙ D13 = 1 ∙ (– 1)2 ∙
Seja:
2 -3
4 2 + 3 ∙ (– 1)3 ∙ RS V
SS2 - 1 3W
W W
5
1
-3
2 + 4 ∙ (– 1)4 ∙ M= S SS4 5 0W
WW , o det M = - 28
SS2 -1 1W
W
5 2 T X
1 4 =
Se multiplicarmos a primeira linha da matriz por
= 1 ∙ 1 ∙ (4 + 12) + 3 ∙ (– 1) ∙ (10 + 3) + 4 ∙ 1 ∙ (20 – 2) = 2, teremos:
= 16 – 39 + 72 = 49
RS V
SS4 - 1 6W
W
Observações: podemos utilizar Sarrus ou Laplace W
M’ = S SS4 5 0W
WW , o det de M’ = - 56
no cálculo do determinante de uma matriz qualquer,
SS2 1W
W
00

os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização -1


T X
5-

de Laplace, qualquer fila (linha ou coluna) escolhida


21

produzirá o mesmo valor de determinante. De prefe-


Ou seja, det M’ = 2 . det M, o det de M’ = - 56, ou seja,
.

rência, escolha sempre a fila com a maior quantidade


70

caso fosse multiplicada a primeira coluna da matriz M


de elementos iguais a zero. Esse procedimento facilita
.4

por 2, o determinante da nova matriz M’ seria o dobro


os cálculos do determinante.
49

do det M.
-0

PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES RS VW


ar

SS4 -1 3W
WW
és

A definição de determinante e o teorema de Lapla- S8 0W


M’ = S WW , o det M’ = - 56
C

SS 5
ce nos permitem fazer o cálculo de qualquer determi-
o

nante, no entanto, é possível simplificar o cálculo com S4 -1 1W


dr

a aplicação de certas propriedades. Vejamos: T X


Pe

Multiplicação da Matriz por uma Constante


Matriz Transposta
Se A é uma matriz de ordem n, então det (ɑ · A) =
Se M é a matriz de ordem n e Mt sua transposta, ɑn · det A
então det Mt = det M Exemplo:
Exemplo:
Seja a Matriz:
e o , o det A = 14
4 -1
Se A =
RS VW 2 3
SS- 1 2 0W
WW
M= S SS 3 4 - 6W , o det M = - 10
SS 2 W Se quiséssemos descobrir o determinante de 3 · A,
1 - 2WW faríamos:
T X
Logo, det 3 · A = (3)2 · det A = 9 · 14 = 126
136
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Troca de Filas Paralelas Pois a 3ª coluna é a soma da 1ª coluna com a 2ª
coluna.
Seja M uma matriz de ordem n ≥ 2. Se trocarmos
de posição duas filas paralelas, obteremos uma nova JK2 -3 NO
matriz M’ tal que det M’ = - det M KK 5 OO
Exemplo: Seja N = K KK1 4 0O OO , o det N = 0
K3 - 10 10 O
RS V L P
SS 1 - 1 2W
W W
Seja M = S SS 0 3 4W
WW , o det M = 13 Pois a 3ª linha é o dobro da 1ª linha menos a 2ª
SS- 3 W linha.
5 1W
T X
Teorema de Binet
Se trocarmos de posição a primeira coluna com a
segunda coluna, teremos: Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então
det (AB) = det A · det B
RS V
SS- 1 1 2W
W Exemplo:
W
M’ = S SS 3 4W
WW o det M’ = - 13
e o , o det A = 5
0
3 2
SS 5 -3 1W
W Seja A =
-1 1
T X
Portanto a conclusão que chegamos é que: det M’
E
= - det M
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de
e o , o det B = 3
linhas paralelas. -2 -7
B=
1 2
Filas Paralelas Iguais

Se uma matriz M de ordem n ≥ 2 tem duas filas Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A · B) = det A ·
paralelas formadas por elementos respectivamente det B = 5 · 3 = 15
iguais, então det M = 0. Observação: decorre a seguinte relação do Teore-
Exemplo: ma de Binet:

RS W V 1
SS- 1 0 2W det A–1 =
WW det A
Seja M = S SS 4 5 7W , o det de M = 0
SS- 1 WW
0 2W Exemplo:
T X Seja:
Pois a 1ª e 3ª linhas são iguais. RS V
00

SS0 3 - 1W
W
5-

W
Filas Paralelas Proporcionais A= S 3W
21

SS2 -4 WW , o det A = 19
SS1 - 3W
.

W
70

Se uma matriz de ordem n ≥ 2 tem duas filas para- 2


T X
.4

lelas formadas por elementos respectivamente pro-


49

porcionais, então det M = 0. Logo,


-0

Exemplo:
ar

1 1
RS V det A–1 = =
és

SS 1 2 6W
W det A 19
W
C

Seja M = S SS 3 -1 - 3W
WW , o det M = 0
o
dr

S- 2 Matriz Triangular
4 12W
Pe

T X
O determinante de uma matriz triangular (aquela
Pois a 3ª coluna é a 2ª coluna multiplicada por 3. cujos elementos acima ou abaixo da diagonal princi-
pal são todos iguais a zero) é dado pelo produto dos
Combinação Linear de Filas Paralelas elementos da diagonal principal.
Exemplos:
Se uma matriz quadrada M, de ordem n, tem uma Seja
MATEMÁTICA

linha (ou coluna) que é combinação linear de outras


RS V
0W
linhas (ou colunas), então det M = 0
Exemplos:
SS- 3 0 WW
A=
SS 1 2 0WWW
SS
JK 1 -2 - 1N
OO S4 -5 - 1WW
KK O T X
Seja M = K KK 3 4 7O OO , o det M = 0
K- 5 2 - 3O
L P
137
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como temos uma matriz triangular superior, Nesse caso, temos um sistema linear de três incóg-
ou seja, todos os elementos acima da diagonal prin- nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde-
cipal são nulos, logo o determinante de A será dado pendentes desse sistema.
pelo produto dos elementos da diagonal principal da Um sistema linear de m equações com n incógni-
matriz A. tas, indicado por m · n (lemos “m por n”), pode ser
Portanto: det A = ( - 3) · 2 · ( - 1) = 6 representado por um conjunto de equações do tipo:

{
RS V
SS1 -2 7 W
W a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1
S W
Seja B = S0 4 2WWW a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2
SS
S0 0 - 3WW S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
T X ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
Como temos uma matriz triangular inferior, ou am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm
seja, todos os elementos acima da diagonal princi-
pal são nulos, logo o determinante de B será dado
Note que, pela definição do produto de matrizes,
pelo produto dos elementos da diagonal principal da
o sistema linear genérico acima pode ser escrito na
matriz B.
forma matricial da seguinte maneira:

[ ][ ] [ ]
Portanto: det B = 1 · 4 · ( - 3) = - 12
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3
SISTEMAS LINEARES
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
EQUAÇÃO LINEAR am1 am2 am3 ... amn xn cn

Denominamos equação linear toda equação do


tipo: Exemplos:
Escrevendo na forma matricial os dois exemplos
a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c anteriores, temos:
Onde: a1, a2, a3, . . . , xn: são coeficientes reais, não
todos nulos. 4 -1 x 2
x1, x2, x3, . . . , xn: São as incógnitas. { x4x+ -7yy == 21 ⇒
[ ] ∙ [ y ] = [1 ]

[ ][][ ]
1 7
c: é o termo independente.

{
Quando o termo independente é nulo, dizemos
- 3x + 2y - z = - 1 -3 2 -1 x -1
que a equação linear é homogênea.
x + y - 5z = 3 ⇒ 1 1 -5 ∙ y = 3
Exemplos:
2x - 5y + 2z = 4 2 -5 2 z 4
z 4x + 3y - z = - 1
00

z 2x - y = 3
5-

z - 2x - y + 5z = 0 (Equação linear homogênea) SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR


. 21

Seja uma sequência ou n-upla ordenada de núme-


70

Não são equações lineares as equações abaixo:


ros reais (a1, a2, a3, . . . , an), a qual será solução de um
.4

sistema linear S, se for a solução de todas as equações


49

z x2 + y - z3 = 3
lineares de S, ou seja:
-0

z xy - 5z = -7
z x - 2y + √z = 3
ar
és

a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (sentença verdadeira)


� Sistema linear:
C

a21a1 + a22a2 + a23a3 + . . . + a2nan = c2 (sentença verdadeira)


o
dr

a31a1 + a32a2 + a33a3 + . . . + a3nan = c3 (sentença verdadeira)


Denominamos sistema linear o conjunto de duas
Pe

ou mais equações lineares com n incógnitas. ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙


Exemplos: am1a1 + am2a2 + am3a3 + . . . + amnan = cm (sentença verdadeira)

{ 4x - y = 2
x + 7y = 1
Exemplo:

{
x + 2y - 2z = - 5
Nesse caso, temos um sistema linear de duas incóg-
nitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os termos indepen- 2x - 3y + z = 9
dentes desse sistema. 3x - y + 3z = 8

{
- 3x + 2y - z = - 1
O sistema acima admite como solução a tripla
x + y - 5z = 3 ordenada (1, -2, 1), pois substituindo essas coordena-
2x - 5y + 2z = 4 das em cada uma das equações lineares, temos:

138
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
{ {
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema
(1) +2 (- 2) - 2 (1) = - 5 1-4-2=-5 linear n · n, portanto a regra de Cramer pode ser apli-
2(1) - 3 (- 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
cada para resolver qualquer sistema linear n · n, onde
3+2+3=8
3(1) - (- 2) + 3(1) = 8 D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões:

{ -5=-5
9 = 9 Todas as sentenças são verdadeiras.
8=8 ( X1 =
D1

D
,X2 =
D2

D
,X3 =
D3

D
, . . . , xn =
Dn

D )
Exemplos:
SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO Vamos resolver os seguintes sistemas pela Regra
de Cramer:
Chamamos de sistema linear homogêneo aquele
que possui todos os termos independentes nulos, ou
seja, iguais a zero.
� { 3x - 4y = - 5
2x + y = 4
Exemplo:

{
D= 3 -4 = 11, Dx = - 5 - 4 = 11, D =
y
3 -5 = 22
x + y + 2z = 0 2 1 4 1 2 4

3x + 4y - z = 0
Portanto:
2x + 3y - 3z = 0
Dx 11 Dy 22
x= = = 1, y = = =2
Todo sistema linear homogêneo admite a solução
D 11 D 11
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além
dessa um sistema linear homogêneo pode ter outras
soluções. Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)

MÉTODOS PRÁTICOS PARA A RESOLUÇÃO DE UM


SISTEMA �
{ x - 2y + z = 0
2x + y - 3z = - 5
4x - y - z = - 1

Regra de Cramer
1 -2 1 0 -2 1
D= 2 1 -3 = 10, Dx = -5 1 -3 = 10
Inicialmente, consideremos o seguinte sistema 4 -1 -1 -1 -1 -1
linear:
1 0 1 1 -2 0

{ a1x + b1y = c1 Dy = 2 - 5 - 3 = 20, Dz = 2 1 -5 = 30


a2x + b2y = c2 4 -1 -1 4 -1 -1

Portanto:
00
5-

É a matriz incompleta do sistema c1 e c2, são os ter- Dx 10 Dy 20


21

x= = = 1, y = = =2
mos independentes do sistema.
.

D 10 D 10
70
.4
49

a1 b1 Dz 30
D= z= = =3
-0

a2 b2
D 10
ar
és

É o determinante da matriz incompleta do sistema.


Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1,
C

2, 3).
o
dr

c1 b1
Dx =
Pe

c2 b2 CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS LINEARES

Os sistemas lineares podem ser classificados con-


É o determinante da matriz obtida por meio da tro-
forme o esquema abaixo:
ca dos coeficientes de x, pelos termos independentes,
na matriz incompleta. Determinado

Possível
MATEMÁTICA

a1 c1
Dy = Indeterminado
a2 c2 Sistema

É o determinante da matriz obtida por meio da tro- Impossível


ca dos coeficientes de y, pelos termos independentes,
na matriz incompleta.

139
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sistema Possível e Determinado ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES

Um sistema será possível e determinado (SPD) Nem sempre a Regra de Cramer é um instrumento
quando o determinante D da matriz incompleta for prático para a resolução de sistemas lineares. Para a
diferente de zero, ou seja, D ≠ 0. resolução de sistemas de três ou mais equações, pode-
mos fazer a solução de uma forma escalonada, ou seja,
Sistema Possível e Indeterminado vamos fazer o escalonamento do sistema. Um sistema
estará escalonado quando, de equação para equação,
Um sistema será possível e indeterminado (SPI) no sentido de cima para baixo, houver aumento dos
quando o determinante D da matriz incompleta for coeficientes nulos situados antes dos coeficientes não
igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas nulos.
também: (D1 = D2 = D3 = ... = Dn = 0) Exemplos:

Sistema Impossível

Um sistema será impossível (SI) quando o determi-


S1
{ x+y+z=3
0x + y + z = 2 , S2
0x + 0y + z = 1
{ x+y+z-t=6
0x - y - 4z + 3t = - 13
0x + 0y + 12z - 6t = 20

nante D da matriz incompleta for igual a zero (D = 0) e


pelo menos um dos determinantes das incógnitas for Vejamos um exemplo prático de como resolver um
diferente de zero. sistema linear por escalonamento:
Vamos classificar cada um dos sistemas lineares
abaixo:
{ 2x - 3y + z = 9
x + 2y - 2z = - 5
3x - y + 3z = 8
� {4x2x -+y3y= =1 5
Primeiramente vamos trocar de posição a linha 2
com a linha 1, para que a incógnita x que possui o coe-
D= 4 - 1 = 14
2 3 ficiente 1 fique na primeira linha.

{
Como D ≠ 0, o sistema é SPD x + 2y - 2z = - 5
2x - 3y + z = 9

{ x + 2y - z = 1 3x - y + 3z = 8
� 2x - 3y + 4z = 2
3x - y + 3z = 3
Substituiremos a segunda linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
1 2 -1
D = 2 - 3 4 = 0,
3 -1 3 z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 2) e adicio-
nar o resultado a 2ª equação.

Como D = 0, o sistema não é SPD vamos verificar Substituiremos a terceira linha por uma nova,
se é SPI ou SI. fazendo a seguinte operação:
00
5-

1 2 -1 1 1 -1 1 2 1
Dx = 2 - 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 - 3 2 = 0 z Vamos multiplicar a 1ª equação por (- 3) e adicio-
21

3 -1 3 3 3 3 3 -1 3 nar o resultado a 3ª equação.


.
70

{
.4

x + 2y - 2z = - 5
Como D = 0, Dx = 0, Dy = 0 e Dz = 0, o sistema é SPI.
49

- 7y + 5z = 19
- 7y + 9z = 23

{
-0

- 2x + y - 3z = 0
ar

� x - y - 5z = 2
Substituiremos a terceira linha por uma nova,
és

3x - 2y + 2z = - 3
fazendo a seguinte operação:
C
o

-2 1 -3
dr

D= 1 -1 -5 =0 z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-


Pe

3 -2 -2 nar o resultado a 3ª equação.

Como D = 0, o sistema não é SPD, vamos verificar


se é SPI ou SI. { x + 2y - 2z = - 5
- 7y + 5z = 19
4z = 4

0 1 -3
Dx = 2 -1 -5 = 40 Com o sistema escalonado, podemos determinar
-3 -2 -2 os valores das incógnitas da seguinte forma:
Obtendo z na 3ª equação:
Como Dx ≠ 0, o sistema é SI. Não é necessário ana-
lisar o determinante das incógnitas y e z, uma vez que 4z = 4
um deles já apresenta resultado diferente de zero.
4
z=
4

140 z=1
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Obtendo y na 2ª equação: a) 8
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª b) 12
equação e encontrar o y: c) 9
d) 15
- 7y + 5z = 19 e) 6
- 7y + 5(1) = 19
Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det
- 7y + 5 = 19 A ∙ det B
Calculando separadamente cada um dos determi-
- 7y = 19 - 5
nantes, teremos:
- 7y = 14 2 3
Det A = = 2 ∙ 3 - (3 ∙ 1) = 6 - 3 = 3
1 3
14
y= 2 4
-7 Det B = =2∙3-4∙1=6-4=2
1 3

y=-2 Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos-


ta: Letra E.
Obtendo x na 1º equação:
Como y = - 2 e z = 1, vamos substituir os seus valo-
res na 1ª equação e encontrar o x:

x + 2y - 2z = - 5
SEQUÊNCIAS
x + 2 (- 2) - 2(1) = - 5 SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
x-4-2=-5
Esse tema é cobrado de uma maneira que pode
x-6=-5 parecer como também pode ser complicado. Desco-
brir a lei de formação ou padrão da sequência é o seu
x=-5+6
principal objetivo, pois nas questões sobre sequên-
x=1 cias/raciocínio sequencial, você será apresentado a
um conjunto de dados dispostos de acordo com algu-
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, ma “regra” implícita, alguma lógica de formação. O
-2, 1). desafio é exatamente descobrir essa “regra” para,
Acompanhe os exercícios comentados para fixar o com isso, encontrar outros termos daquela mesma
conteúdo aprendido. sequência.
Veja o exemplo abaixo:
1. (ESAF – 2009) O determinante da matriz:
2, 4, 6, 8,...

[ ]
2 1 0
B= a b c é: A primeira pergunta que podemos fazer para
00

4+a 2+b c achar a lei de formação é: os números estão aumen-


5-

a) 0 tando ou diminuindo?
21

b) 2b - c Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as


.
70

c) a + b + c operações de soma ou multiplicação entre os termos.


.4

d) 6 + a + b + c Veja no exemplo colocado acima: 2, 4, 6, 8,.. Do primei-


49

e) 2bc + c - a ro termo para o segundo, somamos o número dois e


-0

depois repetimos isso.


ar

A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para


és

calcular os seus determinantes, vamos utilizar a 2+2=4


C

Regra de Sarrus: 4+2=6


o
dr

2 1 0 2 1
a b c a b
6+2=8
Pe

4+a 2+b c 4+a 2+b


Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
Vamos fazer o produto das diagonais principais, pois 8+2 = 10.
menos o produto das diagonais secundárias. Caso os números estejam diminuindo, você pode
buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) - [0 ∙ b ∙ (4 + a) +
entre os termos.
2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac - [4c + 2bc + ac]
Agora, observe essa outra sequência:
MATEMÁTICA

= 2bc + 4c + ac - 4c - 2bc - ac = 0 Resposta: Letra A.


2, 3, 5, 7, 11, 13, ...
2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes:
Qual é o seu próximo termo? Vários alunos tendem
A= ( 21 33) eB= ( 21 43) a dizer que o próximo termo é o 15, mesmo tendo per-
cebido que o 9 não está na sequência. A nossa tendên-
Calcule o determinante do produto AB: cia é relevar esse “probleminha” e marcar logo o valor
15. Muito cuidado! Como já disse, o padrão encontra-
do deve ser capaz de explicar toda a sequência! 141
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Nesse caso, estamos diante dos números primos! z O termo que buscamos é o da décima posição, isto
Sim, aqueles números que só podem ser divididos por é, a10;
eles mesmos ou então pelo número 1. No caso, o pró- z A razão da PA é 2, portanto r = 2;
ximo seria o 17, e não o 15. A propósito, os próximos z O termo inicial é 1, logo a1 = 1;
números primos são: 17, 19, 23, 29, 31, 37... z n, ou seja, a posição que queremos é a de número
10: n = 10
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS ALTERNADAS
Logo,
É bem comum aparecerem questões que envolvem
uma sequência que tem mais de uma lei de formação. an = a1 + (n– 1)r
Podemos ter 2 sequências que se alternam, como nes-
a10 = 1 + (10 – 1)2
te exemplo:
a10 = 1 + 2 × 9
2, 5, 4, 10, 6, 15, 8, 20, ...
a10 = 1 + 18
Se analisarmos mais minuciosamente, podemos a10 = 19
dizer que temos uma sequência que, de um número
para outro, devemos somar 2 unidades e também Isto é, o termo da posição 10 é o 19. Volte na
podemos notar que temos a sequência que, de um sequência e confira. Perceba que, com essa fórmula,
número para o outro, basta somar 5 unidades, elas podemos calcular qualquer termo da PA. O termo da
estão em sequências numéricas alternadas. Veja: posição 200 é:
1° Sequencia: 2, 4, 6, 8,...
2° Sequencia: 5, 10, 15, 20, ... an = a1 + (n – 1)r
a200 = 1 + (200 – 1)2
a200 = 1 + 2 × 199
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E a200 = 1 + 398
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS a200 = 399

PROGRESSÃO ARITMÉTICA Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PA

Uma progressão aritmética é aquela em que os A fórmula a seguir nos permite calcular a soma dos
termos crescem, sendo adicionados a uma razão cons- “n” primeiros termos de uma progressão aritmética:
tante, normalmente representada pela letra r.
n # (a1 + an)
Sn =
z Termo inicial: valor do primeiro número que 2
compõe a sequência;
z Razão: regra que permite, a partir de um termo, Para entendermos um pouco melhor, vamos calcu-
00

obter o seguinte. lar a soma dos 7 primeiros termos do nosso exemplo


5-

que já foi apresentado: {1,3,5,7,9,11, 13, ...}.


21

Observe o exemplo abaixo: Já sabemos que a1 = 1, e n = 7. O termo an será, nes-


.

te caso, o termo a7, que observando na sequência é o


70

{1,3,5,7,9,11,13, ...} número 13, ou seja, a7 = 13. Substituindo na fórmula,


.4

temos:
49

Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9 e assim suces-


-0

sivamente. Temos um exemplo nítido de uma Progres- Sn =


n # (a1 + an)
ar

são Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e 2


és

termo inicial igual a 1. Em questões envolvendo pro-


C

gressões aritméticas, é importante você saber obter o 7 # (1 + 13)


S7 =
o

termo geral e a soma dos termos, conforme veremos


dr

2
a seguir.
Pe

7 # 14
S7 =
Termo Geral da PA 2

Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei- 98


S7 = = 49
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer 2
outro termo. Temos a seguinte fórmula:
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:
an = a1 + (n-1)r
z PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o crescente.
“n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é a razão e n é
a posição do termo na PA. Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3;
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir
o termo de posição 10. Já temos as informações que z PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...} decrescente.
142
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Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1; r = -24
an= a1 + (n-1).r
z PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão Achando a1:
iguais. a1 = a1 + (1-1).r
a1 = a1
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0. Colocando a2 em função de a1:
a2= a1+ (2-1)r
Dica a2 = a1 + r
Colocando a3 em função de a1:
PA crescente: se r > 0; a3= a1+ (3-1)r
PA decrescente: se r < 0; a3 = a1 + 2r
PA constante: se r = 0. Colocando a4 em função de a1:
a4 = a1 + (4-1)r
Em uma progressão aritmética de 3 termos, o a4 = a1 + 3r
segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé- Substituindo na fórmula da média aritmética:
tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: (a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310
(a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
PA (a1, a2, a3)  a2 = (a1 + a3)/2 4 a1 + 6r = 310 . 4
4 a1 + 6. (-24) = 1240
PA (2, 4, 6)  4 = (2+6)/2  4 = 4. 4 a1 - 144 = 1240
a1 = 346
Acompanhe os exercícios comentados para fixar o Encontrando a4:
conteúdo aprendido. a4= 346 + (4-1).r
a4= 346 + 3r
1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes a4= 346 + 3. (-24)
entre os números 23 e 125 é: a4 = 274. Resposta: Letra D.

a) 25. 3. (CEBRASPE-CESPE – 2017) Em cada item a seguir


b) 26. é apresentada uma situação hipotética, seguida de
c) 27. uma assertiva a ser julgada, a respeito de modelos
d) 28. lineares, modelos periódicos e geometria dos sólidos.
e) 24. Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente,
considerado apto na avaliação médica das condições
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o último de saúde física e mental, foi convocado para o tes-
é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma PA de te de aptidão física, em que uma das provas consiste
razão igual a 4. Então, temos as seguintes informações: em uma corrida de 2.000 metros em até 11 minu-
a1 = 24 tos. Como Manoel não é atleta profissional, ele pla-
an = 124 neja completar o percurso no tempo máximo exato,
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para aumentando de uma quantidade constante, a cada
obter os múltiplos). minuto, a distância percorrida no minuto anterior.
00

Substituindo na fórmula do termo geral, vamos Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125
5-

encontrar a quantidade de elementos (múltiplos): metros no primeiro minuto e aumentar de 11 metros


21

an = a1 + (n-1)r a distância percorrida em cada minuto anterior, ele


.
70

124 = 24 + (n – 1)4 completará o percurso no tempo regulamentar.


124 = 24 + 4n – 4
.4
49

124 – 24 + 4 = 4n ( ) CERTO  ( ) ERRADO


-0

104 = 4n
n = 26. Resposta: Letra B. Veja que no primeiro minuto ele percorre 125
ar

metros, no segundo 125 + 11 = 136 metros, no ter-


és

2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em ceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante.
C

4 dias. A quantidade de quilômetros que ele percor- Estamos diante de uma progressão aritmética (PA)
o
dr

rerá em cada dia será diferente e formará uma pro- de termo inicial a1 = 125 e razão r = 11. O décimo
Pe

gressão aritmética de razão igual a − 24. A média de primeiro termo (correspondente ao 11º minuto) é:
quilômetros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a an= a1 + (n-1).r
310 km. Desse modo, é correto concluir que o número
de quilômetros que Rodrigo percorrerá em seu quarto a11 = 125 + (11 – 1).11
e último dia de viagem será igual a a11 = 125 + 110 = 235 metros

a) 334. A soma das distâncias percorridas nos 11 primeiros


minutos é dada pela fórmula da soma dos termos
MATEMÁTICA

b) 280.
c) 322. da PA:
d) 274. n # (a1 + an)
e) 310. Sn =
2

Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos 11 # (125 + 235)


S11 =
o a4. Devemos colocar tudo em função de a1, para 2
podermos substituir na média. Usando a fórmula
do termo geral:
143
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11 # 360 Termo Geral da PG
S11 =
2
A fórmula a seguir nos permite obter qualquer
S11 = 180 · 11 termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do
S11 = 1.980 primeiro termo (a1) e da razão (q):

A distância total percorrida é menor do que 2.000 an = a1 × qn-1


metros. Logo, Manoel não completará o percurso
no tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta: No nosso exemplo, o quinto termo, a5 (n = 5), pode
Errado. ser encontrado assim:
4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta rece- {2, 4, 8, 16, 32...}
be a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia
recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 a5 = 2 × 25-1
gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
a5 = 2 × 24
a) 64 gotas. a5 = 2 × 16
b) 49 gotas.
a5 = 32
c) 59 gotas.
d) 44 gotas.
e) 54 gotas. Soma do Primeiro ao N-ésimo Termo da PG

Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, A fórmula abaixo permite calcular a soma dos “n”
então, o a1 é dado por: primeiros termos da progressão geométrica:
a65= a1 + (n-1).r
n
374 = a1 + (65-1)5 a1 # (q - 1)
374 = a1 + 64 x 5 Sn =
q-1
374 = a1 + 320
a1 = 54 gotas.
Resposta: Letra E. Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
5. (CEBRASPE-CESPE – 2014) Em determinado colégio, 16, 32...}
4
todos os 215 alunos estiveram presentes no primeiro 2 # (2 - 1)
S4 =
dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram; 2-1
no terceiro dia, 4 alunos faltaram; no quarto dia, 6 alu-
nos faltaram, e assim sucessivamente. 2 # (16 - 1)
Com base nessas informações, julgue os próximos S4 =
1
itens, sabendo que o número de alunos presentes às
aulas não pode ser negativo. 2 # 15
S4 =
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos. 1
00

S4 = 30
( ) CERTO  ( ) ERRADO
5-
21

Soma dos Infinitos Termos de uma Progressão


P.A. (215, 213, 211, 209,..., a25)
.
70

Geométrica
Termo Geral da P.A.
.4

an= a1 + (n-1).r
49

Suponha que você corra 1000 metros, depois,


a25 = 215 + (25-1) · (-2)
-0

você corra 500 metros, depois, você corra 250 metros


a25 = 215 + (24· -2)
e, depois, 125 metros – sempre metade do que você
ar

a25 = 215 - 48
correu anteriormente. Quanto você correrá no total?
és

a25 = 167 alunos


Observe que o que temos é exatamente uma progres-
C

Logo, 215 - 167 = 48 alunos ausentes. Resposta:


são geométrica infinita, porém, essa PG é decrescente.
o

Errado.
dr

Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q <


Pe

1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto


PROGRESSÃO GEOMÉTRICA
maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
tanto, substituindo, teremos:
Observe a sequência a seguir:
a1 # (0 - 1)
{2, 4, 8, 16, 32...} S∞ =
q-1
Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2.
Esse é um exemplo típico de Progressão Geométrica, S∞ =
a1
ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obti- 1-q
do a partir da multiplicação do anterior por um mes-
mo número, o que chamamos de razão da progressão
geométrica. A razão é simbolizada pela letra q. Dica
No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é Em uma progressão geométrica, o quadrado do
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de termo do meio é igual ao produto dos extremos.
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral {a1, a2, a3}  (a2)2 = a1 × a3
144 e a soma dos termos.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Veja: {2, 4, 8, 16, 32...} 30y = -1800
82 = 4 × 16 y = -1800/30
64 = 64. y = -60
Resposta: Letra D.
Realize os exercícios comentados a seguir para
fixar o conteúdo aprendido. 4. (FUNDATEC – 2019) A sequência (x-120; x; x+600)
forma uma progressão geométrica. O valor de x é:
1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica repre-
sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão a) 40.
Geométrica crescente de razão igual a q, então, é b) 120.
CORRETO afirmar que o valor de q é igual a: c) 150.
d) 200.
a) 2. e) 250.
b) 3.
c) 4. Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter-
d) 8. mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo:
x2 = (x-120) × (x+600)
Vamos substituir os valores que já temos na fórmu- x2 = x2 + 600x – 120x -72000
la geral da PG para acharmos a razão: x2 - x2 = 480x – 72000
an = a1 × qn-1 480x = 72000
x = 72000/480
a6 = a1 × q6-1 x = 150
192 = 6 × q5 Resposta: Letra C.

192/6 = q5 5. (IESES – 2019) Em uma progressão geométrica de


32 = q5 razão r = 3 a soma dos 5 primeiros termos é igual a
968.
q=
5
32 Então, o primeiro termo dessa progressão é:
q=2
a) Maior que 18.
Resposta: Letra A. b) Maior que 15 e menor que 18.
c) Maior que 12 e menor que 15.
2. (IBFC – 2016) Se a soma dos elementos de uma P.G. d) Maior que 9 e menor que 12.
(progressão geométrica) de razão 3 e segundo termo e) Menor que 9.
12 é igual a 484, então o quarto termo da P.G. é igual
a: Vamos usar a fórmula da soma da PG:
n
a) 324. a1 # (q - 1)
Sn =
b) 36. q-1
c) 108.
00

n
d) 216. a1 # (3 - 1)
5-

968 =
21

3-1
Temos que a2 = 12 e q = 3. Para calcularmos o quarto
.
70

termo, devemos usar a fórmula do termo geral da a1 # (243 - 1)


968 =
.4

PG. Veja: 2
49

a4 = a2 × q4-2
-0

1936 = 242a1
a4 = 12 × 32
ar

a4 = 12 × 9 a1 = 1936 / 242
és

a4 = 108
a1 = 8
C

Resposta: letra C.
o

Resposta: Letra E.
dr

3. (IDECAN – 2014) Observe a progressão geométrica


Pe

(P.G.) e assinale o valor de y.

P.G. = (y + 30; y; y – 60) HORA DE PRATICAR!


a) +30. 1. (CESGRANRIO — 2021) Antes de iniciar uma campa-
b) +60. nha publicitária, um banco fez uma pesquisa, entre-
c) –30. vistando 1000 de seus clientes, sobre a intenção de
MATEMÁTICA

d) –60. adesão aos seus dois novos produtos. Dos clientes


e) –90. entrevistados, 430 disseram que não tinham interesse
em nenhum dos dois produtos, 270 mostraram- -se
Em uma progressão geométrica, o quadrado do ter- interessados no primeiro produto, e 400 mostraram-
mo do meio é igual ao produto dos extremos. Logo: -se interessados no segundo produto.
y² = (y + 30) × (y - 60) Qual a porcentagem do total de clientes entrevistados
y² = y² -60y +30y -1800 que se mostrou interessada em ambos os produtos?
y² - y² +60y -30y = -1800
145
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) 10% a) 10
b) 15% b) 20
c) 20% c) 48
d) 25% d) 480
e) 30% e) 720

2. (CESGRANRIO — 2021) Um banco está selecionando 5. (CESGRANRIO — 2021) Uma empresa paga um salá-
um novo escriturário e recebeu um total de 50 currí- rio bruto mensal de R$ 1.000,00 a um de seus fun-
culos. Para o exercício desse cargo, três habilidades cionários. Além desses honorários, a empresa deve
foram especificadas: comunicação, relacionamento recolher o FGTS desse empregado.
interpessoal e conhecimento técnico. As seguintes
características foram detectadas entre os candidatos Sabendo-se que o valor pago corresponde a, aproxi-
a essa vaga: madamente, 8,33% do salário bruto, qual o valor pago,
a título de FGTS, por esse funcionário?
� 15 apresentavam habilidade de comunicação;
� 18 apresentavam habilidade de relacionamento a) R$ 1.008,33
interpessoal; b) R$ 8,33
� 25 apresentavam conhecimento técnico; c) R$ 83,30
� Seis apresentavam habilidade de relacionamento d) R$ 991,67
interpessoal e de comunicação; e) R$ 1.083,30
� Oito apresentavam habilidade de relacionamento
interpessoal e conhecimento técnico; 6. (CESGRANRIO — 2021) Uma profissional liberal com-
� Dois candidatos apresentavam todas as habilidades; prou dois apartamentos com o objetivo de vendê-los.
� Oito candidatos não apresentavam nenhuma das Na venda do primeiro deles, obteve um lucro de 36%
habilidades. sobre o preço de compra e, na do segundo, um lucro
de 12%, também sobre o preço de compra. Ela rece-
Com base nessas informações, qual o número total beu por essas duas vendas uma quantia 27% maior
de candidatos que apresentam apenas uma das três do que a soma das quantias pagas na compra dos
habilidades apontadas? dois apartamentos.
Nessas condições, sendo P a quantia paga pelo pri-
a) 28 meiro apartamento, e S a quantia paga pelo segundo,
b) 38 a razão P/S é igual a
c) 21
d) 13 a) 8/5
e) 15 b) 5/3
c) 12/5
3. (CESGRANRIO — 2021) O método da bisseção é um d) 17/14
algoritmo usado para encontrar aproximações das raí- e) 9/8
zes de uma equação. Começa- -se com um intervalo
[a,b], que contém uma raiz, e, emcada passo do algo- 7. (CESGRANRIO — 2021) J modelou um problema de
00

ritmo, reduz-se o intervalo pela metade, usando-se um matemática por uma função exponencial do tipo
5-

teorema para determinar se a raiz está à esquerda ou a(x)=1000ekx, e L, trabalhando no mesmo problema,
21

à direita do ponto médio do intervalo anterior. Ou seja, chegou à modelagem b(x)=102x+3.


.
70

após o passo 1, obtém-se um intervalo de comprimento


.4

b—a
; após o passo 2, obtém-se um intervalo de com- Considerando-se que ambos modelaram o problema
49

2 corretamente, e que ln x = logex, qual o valor de k?


-0

b—a
primento ; e após o passo n,obtém- -se um inter-
4
ar

valo de comprimento
b—a
n . Esse processo continua até
a) ln 2
és

2 b) ln 3
que o intervalo obtido tenha comprimento menor que o
C

c) ln 10
o

erro máximo desejado para aaproximação. Para aplicar d) ln 30


dr

esse método no intervalo [1,5], quantos passos serão e) ln 100


Pe

necessários para obter-se um intervalo de comprimento


menor que 10—3? 8. (CESGRANRIO — 2021) Um garçom ganha um salário
fixo por mês mais gorjetas diárias. Como regra, ele se
a) 9 propôs a cada dia do mês guardar um pouco do que
b) 10 ganha de gorjetas para fazer uma reserva financeira,
c) 11 que é depositada no banco ao fim do dia 30, exceto
d) 12 em fevereiro. No dia 1, ele guarda R$ 1,00; no dia 2,
e) 13 guarda R$ 2,00; no dia 3, R$ 3,00, e assim, sucessi-
vamente, até que no dia 30, ele junta R$ 30,00 ao que
4. (CESGRANRIO — 2021) De quantas formas diferentes, vinha guardando e faz o depósito. Em um determina-
em relação à ordem entre as pessoas, dois homens do mês de 30 dias, ele precisou gastar tudo que havia
e quatro mulheres poderão ser dispostos em fila juntado até o fim do dia 15, mas quis repor esse gas-
indiana, de modo que entre os dois homens haja, pelo to. Para isso, guardou do dia 16 até o dia 30 um valor
menos, uma mulher? fixo de x reais por dia, de modo que, no fim do mês,
depositou a mesma quantia que vinha depositando
146 todos os meses, exceto em fevereiro.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Qual é o valor de x? Cada equação linear que compõe o sistema abaixo
representa a capacidade de uma regional produzir valor
a) 20 agregado para o banco, em cada segmento de atuação
b) 23 (lado esquerdo das equações), visando ao alcance das
c) 25 metas de lucro operacional em milhares de reais (lado
d) 27 direito das equações).
e) 31
2x + 5y + 4z = 690 região Sul
9. (CESGRANRIO — 2021) Para os seis primeiros meses 5x + 2y + 4z = 720 região Sudeste
de um investimento, a evolução, em milhares de reais, 3x + 3y + 2z = 540 região Norte
de um certo investimento de R$ 3.000,00 é expres-
1
sa pela fórmula M(x)= — (x—4)2+7 ,onde M(x) indi- De acordo com esses dados, verifica-se que a contri-
4
buição de um dado segmento que atinge exatamente
ca quantos milhares de reais a pessoa poderá retirar
a meta de sua região é de
após x meses desse investimento. Um cliente preten-
de deixaresse investimento por seis meses. a) R$160.000,00 no segmento seguros, na região Sul
Nesse caso, de quanto será a sua perda, em reais, em b) R$400.000,00 no segmento previdência, na região
relação ao máximo que ele poderia ter retirado? Sudeste
c) R$180.000,00 no segmento consórcio, na região
a) 1.000 Norte
b) 3.000 d) R$90.000,00 no segmento seguros, na região Norte
c) 4.000 e) R$180.000,00 no segmento previdência, na região Sul
d) 5.000
e) 6.000 13. (CESGRANRIO — 2021) Um estudante precisa fazer um
trabalho escolar em seu aparelho de telefone celular.
10. (CESGRANRIO — 2021) Um banco está planejando Para isso, usará dois aplicativos, A e B, um de cada vez.
abrir uma nova agência em uma cidade do interior. Ele sabe que a bateria do seu aparelho, estando com car-
O departamento de Marketing estima que o número ga total, é suficiente para até 4 horas de uso do aplicativo
de clientes da agência (NC) em função do número de A e sabe também que, com carga total, a bateria é sufi-
meses decorridos (t) desde a inauguração seguirá a ciente para até 1 hora e 20 minutos de uso do aplicativo
seguinte função exponencial: B. Após se certificar de que a bateria de seu aparelho
estava com carga total, deu início ao trabalho com o uso
NC(t)=100×(2t) do aplicativo A. Depois de algum tempo, ele interrompeu
o uso desse aplicativo e, imediatamente, iniciou o uso do
Quantos meses completos, após a inauguração, o aplicativo B, até a bateria descarregar completamente, 3
número estimado de clientes da agência será superior a horas depois do início do trabalho.
2.000?
Por quanto tempo o estudante usou o aplicativo A?
a) 1
00

b) 2 a) 2h 10min
5-

c) 3 b) 2h 15min
21

d) 4 c) 2h 20min
.

e) 5 d) 2h 30min
70

e) 2h 50min
.4
49

11. (CESGRANRIO — 2021) Uma loja vende um produto em


dois tipos de embalagem: unitária (com uma unidade do 14. (CESGRANRIO — 2021) A sequência de Fibonacci é
-0

produto) e dupla (com duas unidades do produto). Em bastante utilizada para exemplificar sequências defi-
ar

certo mês, foram vendidas 16 embalagens duplas e 20 nidas por recorrência, ou seja, sequências em que se
és

unitárias, gerando uma receita para a loja de R$ 488,00. pode determinar um termo a partir do conhecimento de
C

No mês seguinte, foram vendidas 30 embalagens duplas termos anteriores. No caso da sequência de Fibonacci,
o

e 25 unitárias, gerando uma receita de R$ 790,00. escreve-se que Tn+2 = Tn+1 + Tn os dois termos anteriores.
dr
Pe

Qual foi a porcentagem do desconto dado em cada uni- Considerando o exposto acima, determine o termo T2021 da
dade do produto ao se comprar a embalagem dupla? sequência de Fibonacci, sabendo que T2018 = m e T2020 = p.

a) 5% p+m
b) 8% a)
2
c) 10% p—m
b)
MATEMÁTICA

d) 12% 2
e) 15% c) p + 2m
d) 2p — m
12. (CESGRANRIO — 2021) Um banco tem agências em e) 2m — 2p
três regiões do país. Em cada região, trabalha-se com a
comercialização de três segmentos: seguros (X), previ-
dência (Y) e consórcios (Z).

147
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9 GABARITO

1 A

2 A

3 D

4 D

5 C

6 B

7 E

8 E

9 A

10 E

11 C

12 A

13 D

14 D

ANOTAÇÕES
00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

148
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Por último, tem-se a Taxa de Juros, que é uma por-
centagem fracionária do Juro sobre o Capital, gerada
ao longo do tempo, ou seja, o quociente entre o Juro e
Capital.

MATEMÁTICA Fatores Que Afetam a Variação do Valor do Dinheiro


no Tempo
FINANCEIRA z Consumo

Como existem preferências, no decorrer do tempo,


para o de uso e consumo de determinados produtos,
CONCEITOS GERAIS o fator “consumo” afeta o valor do dinheiro no tem-
po perante a nossa sociedade. Hoje, por exemplo, um
O CONCEITO DO VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO smartphone é supervalorizado, pois tem um valor
de mercado alto, já que possui uma grande deman-
O conceito de valor do dinheiro no tempo é muito da. Antigamente, entretanto, apesar de não existirem
importante quando estamos estudando matemática celulares, existiam outros utensílios que, na época,
financeira, pois não podemos, de maneira alguma, eram supervalorizados e, por isso, muito custosos.
comparar o dinheiro trabalhado na matemática bási-
ca com o dinheiro trabalhado na matemática finan- z Inflação e Deflação
ceira, uma vez que, nesse último, o fator tempo será
primordial. Primeiro, devemos entender que a inflação é a
Imagine a seguinte situação: perda do poder de compra, enquanto a deflação é o
Seu primo pede que você o empreste uma quantia ganho do poder de compra. É muito difícil o dinheiro
de R$100,00, com a promessa de que, após 1 ano, ele ganhar valor com o tempo, pois, geralmente, estamos
irá devolver os mesmos R$100,00 para você. Será essa em constante evolução da inflação. Mas, se conseguís-
operação financeira vale a pena? semos viver em uma época com deflação, na qual o
Você precisa analisar alguns pontos antes de tomar poder de compra aumentasse, o dinheiro, com certe-
a decisão: o risco, o valor do dinheiro daqui a um za, ganharia valor com o tempo.
ano e, também, o retorno do capital.
Aqui, precisamos salientar que o dinheiro tem z Custo de Oportunidade
diferentes valores conforme o tempo vai passando,
pois os R$ 100,00 de hoje não são os mesmos R$ 100,00 Aqui, temos um fator que está diretamente rela-
de daqui a 5 anos. Diz-se isso, pois há fatores que cionado a algum investimento alternativo que gera
modificam o valor do dinheiro no tempo, como, por resultado futuro. Por exemplo, se temos disponível
exemplo, a inflação, o risco de um futuro incerto e as o valor de R$ 1000,00, hoje, qual o custo de oportu-
operações financeiras. nidade desse dinheiro? Caso eu o invista, eu vou ter
Resumindo: um produto que, hoje, custa R$ um resultado no futuro. Agora, eu preciso ficar atento
100,00, daqui cinco anos, muito provavelmente, terá para saber se o custo de oportunidade é maior que a
00

um valor maior. deflação. Numa situação hipotética, digamos que hou-


5-

Em matemática financeira, sempre que quisermos ve uma deflação de 1% no ano e eu tenho um custo
21

comparar dois capitais, devemos transportá-los para de oportunidade de investir a 10% no ano. Perceba
.
70

uma mesma data (a uma mesma taxa de juros). Assim, que o meu dinheiro vai perder o valor com o tempo se
.4

podemos constatar se são iguais (equivalentes), ou ficar guardado, pois o meu potencial de lucro é mui-
49

não. Portanto, jamais faça soma, subtração, multipli- to maior, com os 10%, do que com apenas os 1% da
-0

cação, ou qualquer outra operação matemática, com o deflação. O risco nada mais é do que a possibilidade
valor do dinheiro em datas diferentes. de perda do dinheiro no futuro.
ar

Por fim, para entender melhor o valor do dinheiro


és

no tempo, é preciso saber algumas definições impor- z Liquidez


C

tantes, como, por exemplo, que o Capital é sempre


o
dr

representado em dinheiro atual, ou seja, dinheiro que Liquidez é a facilidade com que um investidor
Pe

se tem hoje. consegue se desfazer de um investimento qualquer,


para voltar a ter dinheiro na mão, sem que, para isso,
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Dica precise ter um prejuízo significativo. Por exemplo,


se, dentro da empresa, eu tenho 20 mil reais e, com
Vale lembrar que o Capital pode aparecer, na sua esse dinheiro, eu resolvo investir na compra de equi-
prova, como “Valor Presente, Presente Valor ou pamentos sofisticados. Diz-se isso, pois esses equipa-
PV”. mentos possuem baixa liquidez, assim, se eu precisar
me desfazer, de forma urgente, para levantar um
Quando falamos de Juros, por sua vez, nos referi- capital, provavelmente eu perderei uns 30 a 50% do
mos ao aumento do capital ao longo do tempo, ou seja, valor investido. Por outro lado, se esse dinheiro esti-
ao dinheiro acumulado ao longo do tempo, a partir de vesse na conta corrente, eu teria liquidez absoluta,
um Capital. pois bastaria retirar para capitalizar.
O Montante, no que lhe diz respeito, é a soma do Precisa-se, dentro da organização, entender qual a
capital mais o juro, e pode ser entendido como resgate liquidez de cada um dos ativos (estrutura da empresa,
total do investimento, Valor Futuro, Future Value ou prédio, maquinário, valor a receber, caixa etc.) para
FV. assim trabalhar com o que é realmente líquido.
149
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Podemos, então, perceber que a análise da liqui- FV = PV + J = PV + PV · i · n = PV · (1 + in)
dez é fundamental quando se fala do valor do dinhei- FV = PV · (1 + in)
ro no tempo e de uma real possibilidade de ter que se
fazer um resgate financeiro, por algum motivo, como No caso do regime de capitalização simples, o cál-
honrar alguma dívida, por exemplo. culo dos juros é feito apenas sobre o Principal. Neste
caso os juros serão sempre constantes, pois são calcu-
CAPITAL, JUROS, TAXAS DE JUROS lados sobre a mesma base de cálculo (capital inicial
ou Valor Presente). Assim, não há acúmulo de juros
Alguns conceitos são importantes para o bom ao capital para o cálculo dos novos juros dos perío-
entendimento da Matemática Financeira. Assim, dos seguintes, por isso, dizemos que o crescimento do
tem-se o conceito de juros (J) que é a remuneração capital é linear (Figura 20).
do capital emprestado, podendo ser entendido, de
forma simplificada, como sendo o aluguel pago pelo
uso do dinheiro, ou seja, é o rendimento pelo uso do
capital financeiro em um determinado tempo a uma
dada taxa. Outro conceito é o de valor presente ou
capital (PV) que é qualquer valor expresso em moe-
da corrente e disponível em determinada época; valor
atual, valor de aquisição, valor na data zero, valor do
empréstimo, valor financiado, capital, ou seja, valor
do capital inicial.
Além dos juros, temos também a taxa de juros (i)
que é a razão entre os juros recebidos (ou pagos) no
final de certo período de tempo e o valor inicialmen-
te aplicado (ou emprestado). Estas se referem sempre
a uma unidade de tempo (mês, semestre, ano, etc.).
As taxas podem ser representadas percentualmente
Figura 20. Capitalização simples, com PV = R$2000,00 e i = 10% ao
ou em decimal (por exemplo: 10%=0,10). O tempo – mês, por 10 meses.
número de períodos, quantidade de prestações, é cha-
mado de prazo (n) e deverá sempre estar compatível
Assim, para encontrar os resultados da Figura 20,
com a periodicidade da taxa de juros. Assim, n=0 é a
utilizamos a fórmula do Montante (FV) anterior e
data atual (hoje) ou início do 1º período, já n=1 é o
obtemos os valores mensais a serem pagos em cada
final do 1º período. De modo geral, o mercado traba-
mês à taxa de juros de 10%.
lha com o ano comercial de 360 dias e o ano civil de
365 dias.
PV = 2000; i = 0,10; n = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
CAPITALIZAÇÃO, REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO FV = PV · (1 + in)
n = 0 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 0) = 2000 · 1 = 2000
A capitalização é o processo de aplicação de uma
importância a uma determinada taxa de juros, com n = 1 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 1) = 2000 · 1,1 = 2200
00

a possibilidade de ganho adicional por meio de sor-


5-

teios. As aplicações retornarão corrigidas ao cliente, n = 2 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 2) = 2000 · 1,2 = 2400
21

no todo ou em parte, ao fim do plano. n = 3 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 3) = 2000 · 1,3 = 2600


.
70

Trata-se, na prática, de uma combinação de pou-


n = 4 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 4) = 2000 · 1,4 = 2800
.4

pança programada e sorteio.


49

Os critérios de capitalização de juros demons- n = 5 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 5) = 2000 · 1,5 = 3000


-0

tram como os juros são formados e sucessivamente


incorporados ao capital no decorrer do tempo. São n = 6 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 6) = 2000 · 1,6 = 3200
ar
és

dois os regimes: simples (ou linear) e composto (ou


n = 7 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 7) = 2000 · 1,7 = 3400
exponencial). Começaremos a falar do Juro simples e
C

posteriormente do Juro Composto. n = 8 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 8) = 2000 · 1,8 = 3600


o
dr

No regime de capitalização simples, os juros


n = 9 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 9) = 2000 · 1,9 = 3800
Pe

crescem de forma linear ao longo do tempo. Neste cri-


tério, os juros incidem somente sobre o capital inicial n = 10 → FV = 2000 · (1 + 0,1 · 10) = 2000 · 2 = 4000
(PV) da operação, não se registrando juros sobre o sal-
do dos juros acumulados. Na utilização da capitaliza- No juro simples o valor de incremento mensal
ção simples, definimos os Juros (J) em função do valor referente à taxa de juro é constante, ou seja, mês a
presente (PV), da taxa de juro (i) e prazo (n): mês, o valor de aumento é o mesmo, basta fazer a dife-
rença entre os montantes de um mês com o anterior,
J = PV · i · n FVj – FVj-1.
O regime de capitalização simples é muito utiliza-
O valor futuro ou montante (FV) a ser pago então do por países com baixo índice de inflação. No entan-
é dado pela soma do valor presente com o juro no to, em países com alto índice de inflação, a exemplo do
período: Brasil, a sua utilização só faz sentido para curto prazo.
O regime de juros compostos considera que os
FV = PV + J juros formados em cada período são acrescidos ao
capital formando o montante (capital mais juros) do
150 Substituindo J em FV temos: período.
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Este montante, por sua vez, passará a render juros n = 10 → FV = 2000 · (1 + 0,1)10 = 2000 · 2,5937 =
no período seguinte formando um novo montante 5187,485
(constituído do capital inicial, dos juros acumulados
e dos juros sobre os juros formados em períodos ante- O regime de capitalização composta é amplamen-
riores), e assim por diante. te adotado por todo mercado financeiro e de capitais.
Na utilização da capitalização composta, devemos Sua importância é fundamental para o entendimento
utilizar a seguinte fórmula para o valor futuro: de praticamente todas as operações financeiras que
são realizadas. Cabe destacar que, em comparação
FV = PV · (1 + i)n com o regime de capitalização simples, para o primei-
ro período de capitalização indifere a escolha de juros
1 simples ou compostos, pois ambos os juros produzi-
Sendo (1 + i)n o fator de capitalização e o dos se igualam.
fator de atualização. (1 + i)n
Neste caso, note que o crescimento da capitalização Comparação Entre Regimes Simples e Composto
composta não é linear como na capitalização simples,
como pode ser observado na Figura 21, o crescimento Para compararmos o funcionamento dos dois regi-
é exponencial. mes, utilizaremos o exemplo de uma dívida inicial C =
1000 reais, prazo de pagamento n = 4 meses, taxa de
juros i = 10% ao mês. Veja:

MONTANTE
MONTANTE
MÊS (JUROS
(JUROS SIMPLES)
COMPOSTOS)

0 1000 1000

1 1000 + 100 1100

2 1000 + 200 1210

3 1000 + 300 1331

4 1400 1464,10

Pontos principais:

z Ao final do primeiro período (1 mês), os valores devi-


dos nos dois regimes são iguais. Assim, para t = 1,
juros simples e compostos geram o mesmo montante;
z Já ao final do prazo total, observe que os juros
compostos são mais onerosos, com isso, levam a
00

Figura 21. Capitalização composta, com PV=R$2000,00 e i=10% ao


um montante superior ao dos juros simples. Isto
5-

mês, por 10 meses.


vale desde n = 2, onde tínhamos uma dívida de
21

1200 no regime simples e 1210 no regime compos-


.

Assim, para encontrar os resultados da Figura 21,


70

utilizamos a fórmula do Montante (FV) anterior e to. Ou seja, para n > 1, juros compostos são mais
.4

onerosos que juros simples;


49

obtemos os valores mensais a serem pagos em cada


mês à taxa de juro de 10%, com correção composta, z Atente-se que para n < 1 (prazos fracionários, como
-0

ou seja, juro do tempo j em relação ao montante j – 1. por exemplo 0,5 mês), juros simples são mais one-
ar

rosos do que os juros compostos;


és

PV = 2000; i = 0,10; n = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10} z Perceba que na coluna de juros simples foi exposto
C

apenas o principal da dívida (1000) separado dos


o

FV = PV · (1 + i)n juros (100, 200, 300). Isto acontece, pois, no regime


dr

simples os juros são capitalizados (adicionados ao


Pe

n = 0 → FV = 2000 · (1 + 0,1)0 = 2000 · 1 = 2000


capital) somente no fim do prazo;
n = 1 → FV = 2000 · (1 + 0,1)1 = 2000 · 1,1 = 2200 z Já na coluna do regime composto, observe que os
MATEMÁTICA FINANCEIRA

juros são capitalizados (somados ao capital) no


n = 2 → FV = 2000 · (1 + 0,1)2 = 2000 · 1,21 = 2420
final de cada período, e começam a render juros já
n = 3 → FV = 2000 · (1 + 0,1)3 = 2000 · 1,331 = 2662 no período seguinte. Com isso, aqui temos o fenô-
meno dos juros sobre juros;
n = 4 → FV = 2000 · (1 + 0,1)4 = 2000 · 1,464 = 2928,2
z Em relação aos prazos relativamente curtos (como
n = 5 → FV = 2000 · (1 + 0,1)5 = 2000 · 1,6105 = 3221,02 n = 2 períodos), veja que a diferença entre juros
simples e compostos é bem pequena. É possível
n = 6 → FV = 2000 · (1 + 0,1)6 = 2000 · 1,7716 = 3543,122 fazer até mesmo um cálculo aproximado dos juros
n = 7 → FV = 2000 · (1 + 0,1)7 = 2000 · 1,9487 = 3897,434 compostos utilizando o regime simples;
z Conforme haja aumento no prazo, a diferença se
n = 8 → FV = 2000 · (1 + 0,1)8 = 2000 · 2,1463 = 4287,178 torna cada vez maior. Por exemplo, se tivéssemos
n = 9 → FV = 2000 · (1 + 0,1)9 = 2000 · 2,3579 = 4715,895 n = 20 meses, a dívida no regime simples chega-
ria a R$3.000, e no regime composto chegaria a
R$6.727 (mais que o dobro). 151
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Sintetizando: Na Capitalização Simples usaremos as seguintes
fórmulas:
JUROS SIMPLES JUROS COMPOSTOS
VF = VP · (1 + i · t) ou VP = VF ÷ (1 + i · t)
Mais onerosos se 0 < n < 1 Mais onerosos se n > 1
Mesmo valor se n = 1 Já na Capitalização Composta, as equações serão:
Juros capitalizados
Juros capitalizados no VF = VP · (1 + i)t ou VP = VF ÷ (1 + i)t
periodicamente
final do prazo
(“juros sobre juros”)
Em que,
Crescimento linear (reta) Crescimento exponencial
VF = Valor Futuro
Veja o gráfico abaixo: VP = Valor Presente ou Valor Atual
i = taxa de juros
M t = período

t os
p os
m Note que podemos fazer uma analogia com as
o
sc equações do Montante de regime de juros:
ro
ju les
ss imp Regime Simples → M = C · (1 + i · t)
juro
Regime Composto → M = C · (1 + i)t

O Montante será sempre entendido como o Valor


Futuro, e, o Capital, como Valor Presente:
1 t
Montante → Valor Futuro
Figura 1: Gráfico de comparação entre Juros Simples x Compostos Capital → Valor Presente ou Valor Atual

A importância de saber essas comparações reside Exemplo:


no fato de que bancas de concurso costumam cobrar
questões teóricas sobre matemática financeira, inclu- Determine o Valor Presente do Fluxo de caixa para
sive de assuntos como esta comparação, e não apenas uma taxa de juros simples de 10% ao mês.
questões de cálculo.
2.800

FLUXOS DE CAIXA E DIAGRAMAS DE FLUXO DE


CAIXA

A representação da entrada e saída de capital é fei-


00

ta pelo Diagrama do Fluxo de Caixa, que é o gráfico


mês
5-

das operações de Capital em uma reta horizontal cres- 0 1 2 3 4


21

cente, estabelecida como o tempo. Neste, constam:


.
70

Note que para calcular o VP teremos que transpor-


.4

z Entrada de Capital: representada por uma seta tar essa parcela (Valor Futuro) 4 períodos para trás,
49

para cima; isto é, descapitalizá-la. Vamos aplicar a fórmula do


-0

z Saída de Capital: representada por uma seta para baixo. Valor Presente em regime de juros simples e calcular
seu valor:
ar

Observe o seguinte exemplo:


és

Investimento de R$ 50.000,00 no dia de hoje, para VP = VF ÷ (1 + i · t)


C

recebimento de R$ 120.000,00 daqui a 10 anos: VP = 2800 ÷ (1 + 0,1 · 4)


o
dr

VP = 2800 ÷ 1,4
Pe

120.000,00
VP = 2000
Hoje
| | | | | | | | | | | ano EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA
5 10
50.000,00 Dois ou mais capitais, resgatáveis em datas distin-
tas, são equivalentes quando são transportados para
Operações Financeiras uma mesma data e com a mesma taxa de juros, resul-
tarem valores iguais.
Vamos aprender como “transportar” uma parcela
no tempo, ou seja, como levar uma parcela presente Dica
para o futuro (capitalização), e como trazer uma par-
cela do futuro para o presente (desconto ou descapi- Para saber se dois capitais são equivalentes:
talização). Aqui, vale lembrar que dependeremos do � Coloque na mesma data;
regime de capitalização, simples ou composto, e, que, � Veja se têm a mesma taxa de juros;
para cada um deles, teremos uma maneira de calcu- � Resultam no mesmo valor.
152 lar. Veja:
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Propriedade Fundamental da Equivalência de M=C+C·i·n
Capitais
Assim, colocando-se C em evidência, obtemos a
A equivalência permanecerá válida para qualquer fórmula para cálculo do montante em Juros Simples:
data, a partir de uma determinada data focal, quando
dois capitais forem equivalentes. M = C · (1 + i · n)
Em matemática financeira, sempre que quisermos
comparar dois capitais, devemos transportá-los para Com a fórmula acima, pode-se resolver a maioria
uma mesma data (a uma mesma taxa de juros), pois, dos problemas de juros simples. Substitua correta-
assim, podemos constatar se são iguais (equivalentes) mente os dados do problema, observando a compati-
ou não. bilidade das unidades e, depois, ache a incógnita.
Vejamos alguns exemplos, a fim de facilitar a com-
preensão do conteúdo: O CÁLCULO DE MONTAGEM EM JUROS SIMPLES

z Qual a taxa anual de juros de um financiamento Juro J M Montante


que cobra juros mensais de 3,5%?
Capital C
Temos que 3,5% = 3,5 ÷ 100 = 0,035
1 ano = 12 meses n—1
0 1 2 3
(1+ia) = (1+im)t n nº de Períodos
(1 + ia) = (1 + 0,035)12
1 + ia = 1,03512
Dica
1 + ia = 1,6958
ia = 1,6958 – 1 Memorize as duas fórmulas de Juros Simples:
ia = 0,6958 M = C · (1 + i · n)
ia = 69,58 % ao ano. J=C·i·n
E, ainda, lembre-se de verificar, e/ou deixar, a
z Determine a taxa mensal equivalente a 0,4% ao taxa de juros J sempre na mesma medida de
dia. tempo N.

Sabemos que 0,4% = 0,4 ÷ 100 = 0,004 DOS JUROS

1 mês = 30 dias No campo dos Juros Simples, os rendimentos em


(1+im) = (1+id)t J, em cada período T, sempre serão os mesmos, uma
(1 + im) = (1 + 0,004)30 vez que os juros são calculados, sem exceção, sobre o
1 + im = 1,00430 capital inicial. Esse regime recebe o nome de capitali-
1 + im = 1,1272 zação simples. Segue a fórmula para realização desse
im = 1,1272 – 1 cálculo:
im = 0,1272
00

im = 12,72% ao mês. J=C·i·n


5-
21

Onde,
.
70

JUROS SIMPLES J: juros


.4

C: capital
49
-0

CÁLCULO DO MONTANTE
i: taxa de juros (deverá estar escrita na forma de
ar

número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado


és

Para calcularmos o Montante, ou seja, o Juros


por 100).
somado ao valor inicial, no final do período de tempo,
C

n: tempo (a taxa de juros e o tempo devem se refe-


devemos utilizar a seguinte fórmula:
o
dr

rir à mesma unidade de tempo).


Pe

M=C+J
M=C+C·i·n DA TAXA DE JUROS
MATEMÁTICA FINANCEIRA

Da equação acima, temos, portanto, a expressão: A fórmula da taxa de juros, para um período, é a
seguinte:
M = C · (1 + i · n)
J
i=
Pela própria definição, o Montante é: C

M=C+J
Importante!
Contudo, vimos que: Aqui, utilizamos a notação i, que vem do inglês
interest e significa, portanto, taxa. Mas é impor-
J=C·i·n tante saber que a taxa de juros também pode ser
identificada pela letra J.
Logo, temos que: 153
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A seguir, observaremos que a taxa de juros pode J=C·i·n
ser representada de duas maneiras. Além disso, per- C·i·n=J
ceberemos como é fácil passar de uma forma para a n = J/C · i
outra!
Onde,
Taxa Percentual
J: juros
Por Taxa Percentual entende-se a taxa de juros C: capital
referente a cem unidades de capital. Interessante
notar que seu próprio nome já demonstra isso, uma i: taxa de juros (deverá estar escrita na forma de
vez que “percentual” significa “por cem”. número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado
por 100).
Ex.: A inflação do ano atingiu 9% (seis por cento). n: tempo (a taxa de juros e o tempo devem se refe-
rir à mesma unidade de tempo).
Taxa Unitária

A Taxa Unitária, por sua vez, refere-se a uma uni-


dade de Capital, assim como afirma, também, seu JUROS COMPOSTOS
próprio nome. Atenção: Para os cálculos de juros,
montante e capital apresentados na apostila, e tam-
A diferença fundamental entre o regime de juros
bém existentes na vida real, devemos utilizar, nas fór-
simples e o regime de juros compostos se refere à for-
mulas, a taxa unitária. Desse modo, ao encontrarmos
ma de capitalização dos juros:
uma taxa percentual, devemos, antes de tudo, trans-
formá-la em taxa unitária. Só depois , poderemos inse-
z Em juros simples, os juros são sempre calculados
ri-la na fórmula. Para tal, basta realizar sua divisão
sobre o capital inicial. Chama-se este regime de
por cem. Observe a tabela abaixo:
capitalização simples;
z Em juros compostos, os juros são somados ao
TAXAS DE JUROS capital para cálculo do período seguinte. Chama-se
Forma Para transformar Forma este regime de capitalização composta.
Percentual na forma unitária Unitária
Contextualizando para você entender:
20% ao ano 20/100 0,2 ao ano Suponhamos que você tenha pego um emprésti-
0,06 ao mo de R$ 1.000,00 no banco, o pagamento deste valor
6% ao trimestre 6/100 deverá ser realizado após 4 meses, sujeito à taxa de
trimestre
10% de juros ao valor em cada mês. Ficou acordado
2% ao mês 2/100 0,02 ao mês que o cálculo de juros de cada mês será realizado
0,3% ao dia 0,3/100 0,003 ao dia sobre o total da dívida no mês anterior, logo, o valor
inicialmente emprestado não será a única base para
Inversamente, para transformarmos uma taxa o cálculo. Neste caso, estamos diante da cobrança de
00

unitária em sua forma percentual, devemos multipli- juros compostos. Por fim, quanto você deverá pagar
5-

cá-la por cem. ao banco ao final dos 4 meses?


21

Perceba que neste momento você deverá calcular


.

os juros sobre o total da dívida do mês anterior. Por-


70

DO PRINCIPAL
tanto, ao final do primeiro mês, você deve aplicar a
.4
49

O calculo do capital principal pode ser dado pela taxa de juros de 10% sobre a dívida que você possuía
um mês antes, ou seja, o capital inicial de R$ 1.000.
-0

própria fórmula de calculo de juros simples, apenas


isolando o C (capital) ao invés do J (juros). Veja: Como 10% de 1.000 é igual a 100, podemos dizer que
ar

ao final deste primeiro mês a dívida subiu para o


és

J=C·i·n valor de R$ 1.100, onde R$ 1.000 corresponde ao capi-


C

C·i·n=J tal inicial e R$100 correspondem aos juros percebidos


o

no período.
dr

C = J/i · n
Até este momento temos os mesmos valores do
Pe

Onde, regime de juros simples. Contudo, no cálculo dos juros


J: Juros do 2º mês, neste perceberemos uma diferença, pois
C: Capital agora você deve calcular 10% sobre o total da dívida
i: taxa de juros (deverá estar escrita na forma de no mês anterior, que agora soma R$ 1.100, e não ape-
número decimal. Para isso, basta dividir o valor dado nas R$ 1.000, como no primeiro. Calculando 10% de R$
por 100). 1.100, você tem R$ 110, que são os juros do segundo
n: tempo (a taxa de juros e o tempo devem se refe- mês. Portanto, esta dívida soma 1.100 + 110 = R$ 1.210.
rir à mesma unidade de tempo). Ao final do terceiro mês devemos calcular 10%
de R$ 1.210 — dívida do mês anterior —, que é 121
DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA reais, de modo que a dívida soma 1.210 + 121 = R$
1.331 reais. No final do 4º mês devemos obter 10% de
R$ 1.331, que é R$ 133,10, de modo que a dívida soma
O cálculo do tempo ou prazo da operação financei-
1331 + 133,10 = R$ 1.464,10.
ra também pode ser calculado a partir da fórmula de
Veja de forma mais detalhada na tabela a seguir:
cálculo de juros, ficando da seguinte maneira:
154
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MÊS CAPITAL INICIAL JUROS DO PERÍODO JUROS ACUMULADOS VALOR MONTANTE FINAL

0
R$ 1.000 0,00 0,00 R$ 1.000,00
(início)

R$ 1.000 · 0,10 = R$
1° R$ 1.000 R$ 100,00 R$ 1.100,00
100,00

R$ 1.100 · 0,10 = R$
2° R$ 1.000 R$ 210,00 R$ 1.210,00
110,00

R$ 1.210 · 0,10 = R$
3° R$ 1.000 R$ 331,00 R$ 1.331,00
121,00

R$ 1.331 · 0,10 = R$
4° R$ 1.000 R$ 464,10 R$ 1.464,10
133,10

Concluímos que, ao final dos 4 meses, você deverá ressarcir ao banco o valor de R$ 1.464,10, que é a soma da
dívida inicial (R$ 1.000) e dos juros de R$ 464,10.
No regime de juros compostos, os rendimentos em cada período são somados ao montante anterior para cál-
culo do período seguinte. Assim, os rendimentos crescem, a cada período, em progressão geométrica.

CÁLCULO DO MONTANTE, DO PRINCIPAL E DO PRAZO DA OPERAÇÃO FINANCEIRA

Para calcular diretamente o valor do montante final (M) devido em uma aplicação do capital inicial (C) por um
determinado prazo (n) a uma determinada taxa de juros (i), basta usar a fórmula:

M = C · (1 + i)n

Na contextualização dada acima, teríamos C = 1.000 reais, n = 4 meses, e i = 10% ao mês. Novamente, observe
que a unidade temporal do prazo (“meses”) é igual a unidade temporal da taxa de juros (“ao mês”), o que nos per-
mite aplicar diretamente a fórmula:

M = 1000 · (1 + 10%)4
M = 1000 · (1 + 0,10)4
M = 1000 · (1,10)4
M = 1000 · 1,4641
M = 1.464,10 reais

Muito mais prático. Note que a fórmula para se encontrar o capital a partir do montante é assim deduzida:
00

M = C · (1 + i)n
5-

M
21

C= n
.

(1 + i)
70
.4
49

Ou ainda:
-0

1
ar

C=M· n
+
és

(1 i)
C

A partir da fórmula do montante também se pode deduz o tempo ou prazo da operação financeira.
o
dr

Vamos falar um pouquinho sobre o fator (1 + i)n:


Pe

z Nós chamamos de an = (1 + i)n o fator de acumulação de capital ou de fator de juros compostos ou, ainda,
MATEMÁTICA FINANCEIRA

de fator de capitalização.

Esse fator é importante, pois pode aparecer em sua prova, veja a tabela abaixo com os valores de alguns deles
para facilitar o cálculo.

155
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TABELA I FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL - an(1 + i)n

N/I 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 12% 15% 18%


1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,08000 1,09000 1,100000 1,120000 1,150000 1,180000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,102500 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000 1,254400 1,32250 1,392400
3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,157625 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000 1,404928 1,520875 1,643032
4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,215506 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100 1,573519 1,749006 1,938777
5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,276281 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510 1,762341 2,011357 2,287758
6 1,061520 1,126162 1,194052 1,265319 1,340095 1,340095 1,500730 1,586874 1,677100 1,771561 1,973822 2,313061 2,699554
7 1,072135 1,148685 1,229873 1,315931 1,407100 1,407100 1,605781 1,713824 1,828039 1,948717 2,210681 2,660020 3,185474
8 1,082856 1,171659 1,266770 1,368569 1,477455 1,477455 1,718186 1,850930 1,992562 2,143588 2,475963 3,059023 3,758859
9 1,093685 1,195092 1,304773 1,423311 1,551328 1,551328 1,838459 1,999004 2,171893 2,357947 2,773078 3,517876 4,435454
10 1,104622 1,218994 1,343916 1,480244 1,628894 1,628894 1,967151 2,158925 2,367363 2,593742 3,105848 4,045558 5,233835
11 1,115668 1,243374 1,384233 1,539454 1,710339 1,710339 2,104852 2,331639 2,580426 2,853116 3,478549 4,652391 6,175926
12 1,126825 1,268242 1,425760 1,601032 1,795856 1,795856 2,252191 2,518170 2,812665 3,138428 3,895975 5,350250 7,287592
13 1,138093 1,293606 1,468533 1,665073 1,885649 1,885649 2,409845 2,719623 3,065804 3,452271 4,363493 6,152787 8,599359
14 1,149474 1,319479 1,512589 1,731676 1,979931 1,979931 2,578534 2,937193 3,341727 3,797498 4,887112 7,075706 10,147244
15 1,160969 1,345868 1,557967 1,800943 2,078928 2,078928 2,759031 3,172169 3,642482 4,177248 5,473565 8,137061 11,973748
16 1,172578 1,372786 1,604706 1,872981 2,182874 2,182874 2,952164 3,425942 3,970306 4,594972 6,130393 9,354621 14,129022
17 1,184304 1,400241 1,652847 1,947900 2,292018 2,292018 3,158815 3,700018 4,327633 5,054470 6,866040 10,761264 16,672246
18 1,196147 1,428246 1,702433 2,025816 2,406619 2,406619 3,379932 3,996019 4,717120 5,559917 7,689966 12,375453 19,673251

Fonte: Aprenda Matemática

Temos como a função principal de uma tabela financeira disponibilizar valores numéricos complicados de
serem calculados à mão, uma vez que contas em juros compostos envolvem sempre exponenciação1. Saber ler
uma tabela é fácil, basta procurarmos pela linha que corresponde ao prazo e que cruza a coluna da respectiva
taxa de juros que queremos. Ali estará o número determinado, ou melhor, o fator.
Note que a primeira célula da tabela no canto superior esquerdo é: n/i.
Ou seja, na primeira coluna à esquerda (1, 2, 3, 4, ..., 18) temos os respectivos períodos n.
Já na primeira linha temos as respectivas taxas em percentual (1%, 2%, ...18%).
Observe a tabela abaixo, com ela podemos obter rapidamente o valor de . Basta buscarmos na linha da taxa i =
10% (pois a taxa também é designada pela letra i) e a coluna de n = 4 períodos (que é a quarta linha, pois o prazo
também é designado pela letra n). Com isso, encontramos o valor 1,464100:

TABELA I FATOR DE ACUMULAÇÃO DE CAPITAL - an(1 + i)n

N/I 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%
1 1,010000 1,020000 1,030000 1,040000 1,050000 1,060000 1,070000 1,08000 1,09000 1,100000
2 1,020100 1,040400 1,060900 1,081600 1,102500 1,102500 1,144900 1,166400 1,188100 1,210000
00

3 1,030301 1,061208 1,092727 1,124864 1,157625 1,157625 1,225043 1,259712 1,295029 1,331000
5-
21

4 1,040604 1,082432 1,125508 1,169858 1,215506 1,215506 1,310796 1,360488 1,411581 1,464100
.

5 1,051010 1,104081 1,159274 1,216652 1,276281 1,276281 1,402552 1,469329 1,538624 1,610510
70
.4
49

Simplifica bastante, não é mesmo?


-0

Mas, também, temos um outro fator que é uma derivação do fator anterior:
Nós chamamos de:
ar
és

1 1
C

= n
an (1 + i)
o
dr
Pe

O fator de atualização de capital ou de fator de desconto composto. Pode ser dado no enunciado alguns de
seus valores ou apresentado em uma tabela. Adiante, veremos ainda mais detalhes de como calcular.
Mas, para que você seja mais ágil na resolução de questões no dia da sua prova esqueça a sua calculadora!
É recomendado que você memorize pelo menos os 4 primeiros fatores de acumulação de capital, que são os mais
frequentes, eles irão te auxiliar para ter mais velocidade na resolução:

Dica
Memorize:
1,11 = (1 + 10%)1 = 1,10
1,12 = (1 + 10%)2 = 1,21
1,13 = (1 + 10%)3 = 1,331
1,14 = (1 + 10%)4 = 1,4641

156 1 Disponível em: https://aprendamatematica.com/tabelas-financeiras. Acesso em: 11 jul. 2022.


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Faça sempre os cálculos à mão, pois você precisa Taxas Proporcionais
praticar bastante para obter velocidade e confiança.
Em juros compostos, a definição é a mesma que
vimos em juros simples.
Importante! Taxas proporcionais (ip) são aquelas cujos quo-
cientes entre seus valores e seus respectivos períodos
Memorize as principais fórmulas dos Juros de capitalização n, colocados na mesma unidade de
Compostos: tempo, são iguais.
M = C · (1 + i)n Veja a fórmula:
J=M—C
i1 i
= 2
n1 n2
DOS JUROS
Por exemplo, 12% ao ano é proporcional a 6% ao
O cálculo dos juros compostos pode ser dado por semestre, o qual também é proporcional a 1% ao mês.
meio da fórmula Para obter taxas proporcionais com segurança, basta
efetuar uma regra de três simples.
J=M-C

Onde,
J: Juros Importante!
M: Montante Quando trabalhamos com juros simples, taxas
C: Capital
de juros proporcionais são também taxas de
juros equivalentes.
DA TAXA DE JUROS
Entretanto, isto não é verdade no regime de juros
compostos, ou seja, taxas proporcionais não
Atente-se às seguintes informações pois são impor-
tantes para saber aplicar corretamente uma taxa de
necessariamente são também equivalentes.
juros compostos:
Agora, vamos aprender as aplicações dessas taxas
z A unidade de tempo sobre a qual a taxa de juros em juros compostos.
é definida. Ou seja, não adianta saber apenas que Vimos anteriormente que o regime de capitaliza-
a taxa de juros é de “10%”. É preciso saber se essa ção composta trabalha com a exponenciação e não
taxa é mensal, bimestral, anual etc.; com a proporcionalidade. Qual é, então, a utilidade de
z De quanto em quanto tempo deve haver cálculo se confirmar se duas ou mais taxas são proporcionais
de juros e seu valor incorporado no total devido. em juros compostos?
Trata-se do período de capitalização. Por exemplo, As taxas nominais também ocorrem no regi-
se tivermos juros com capitalização semestral, isso me de juros compostos e, portanto, a taxa efetiva
quer dizer que os juros devem ser calculados a da operação é obtida a partir da taxa nominal por
cada semestre, e o valor calculado deve ser acres- proporcionalidade.
00

cido à dívida.
5-
21

Taxas Equivalentes
Em regra, a unidade de tempo sobre a qual a
.
70

taxa de juros é definida é a mesma do período de A definição de taxas equivalentes (ieq), no regime
.4

capitalização. Veja o exemplo: de juros compostos, mantém-se a mesma do regime


49

de juros simples: duas taxas são equivalentes quando,


-0

z 10% ao mês com capitalização mensal (isto é, cal- aplicadas sobre o mesmo capital e pelo mesmo prazo,
ar

culados a cada mês); resultam no mesmo montante.


és

z 12% ao ano com capitalização anual etc. Por outro lado, existe uma diferença fundamental
C

entre as taxas equivalentes no regime de juros sim-


o

Quando ocorre assim, temos uma taxa de juros ples e no regime de juros compostos:
dr

efetiva, ou seja, uma taxa de juros que efetivamen-


Pe

te corresponde à realidade da operação. Nestes casos z Em juros simples, taxas equivalentes são propor-
normalmente é omitida a informação sobre o período
MATEMÁTICA FINANCEIRA

cionais entre si;


de capitalização, diz-se apenas “10% ao mês” ou “12% z Em juros compostos, conforme vamos ver a
ao ano”. seguir, taxas equivalentes não são proporcionais
Contudo, há a possibilidade também de ter uma taxa entre si.
de juros de 10% ao ano com capitalização semestral.
Neste caso, a unidade de tempo sobre a qual a taxa Uma forma mais rápida de calcular taxas equi-
de juros é definida (ao ano) é diferente do período de valentes é pensando no número de períodos de
capitalização (a cada semestre). Com isso, tem-se a cha- capitalização.
mada taxa de juros de nominal, pois ela precisará ser Ex.: Calcular a taxa trimestral (it) equivalente à
“adaptada” para então ser utilizada nos cálculos. taxa bimestral de ib= 4%.
Quando temos uma taxa de juros nominal, é O primeiro passo é tomar um determinado perío-
necessário obter a taxa efetiva para então efetuar do. Tomamos 6 meses, pois é múltiplo de 3 (trimestre)
os cálculos devidos. Isto é algo simples, pois basta uma e 2 (bimestre).
simples divisão, de modo a levar a taxa de juros para a Em 6 (seis) meses temos:
mesma unidade de tempo da capitalização. 157
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z 2 trimestres (logo, são duas capitalizações trimes- Lembrando que quando temos uma taxa de juros
trais); nominal, é necessário obter a taxa efetiva para só
z 3 bimestres (logo, são três capitalizações bimes- então efetuar os cálculos devidos. Basta uma simples
trais). divisão, de modo a levar a taxa de juros para a mesma
unidade de tempo da capitalização. Veja os exemplos:
Procuramos taxas equivalentes, ou seja, que pro-
duzam o mesmo resultado num mesmo período. z Taxa nominal de 10% ao ano com capitalização
Com isso, sabemos que 2 capitalizações trimestrais semestral: como a taxa é anual, devemos dividi-la
devem corresponder a 3 capitalizações bimestrais, por 2 (pois 1 ano possui 2 semestres) para chegar à
pois, nos dois casos, temos o mesmo período de 6 taxa efetiva de 5% ao semestre;
meses. E a igualdade fica: z Taxa nominal de 6% ao semestre com capitaliza-
ção mensal: basta dividir a taxa por 6 (afinal temos
(1 + it)2 = (1 + ib)3 6 meses em 1 semestre) para obter a taxa efetiva
de 1% ao mês.
Substituindo os valores:
TAXA DE INFLAÇÃO, TAXA REAL E APARENTE
(1 + it)2 = (1 +4%)3
Se aplicamos certa quantia em um investimento,
(1 + it)2 = (1,04)3
ela renderá juros com o passar do tempo, entretanto,
(1 + it)2 = 1,124864 uma parte deste crescimento é “corroída” pela infla-
ção. Isto é, apesar de o investimento ter certo rendi-
1 + it = 1, 124864 mento nominal, ou aparente, é necessário tirar deste
valor o que foi corroído pela inflação, restando o ren-
it = 6,06%
dimento real.
Atenção! Em relação às taxas equivalentes em Inflação é um aumento na quantidade de dinheiro
juros compostos: e crédito criado, que tem como resultado um aumen-
to generalizado e persistente no valor dos preços dos
z Não admite regra de três; produtos. Ou seja, o aumento generalizado dos preços
z Deve criar dois investimentos equivalentes, isto é, é uma consequência da inflação, e não sua causa.
que produzem o mesmo montante, a partir de um Em economias em que existe inflação, o poder de
mesmo capital, sendo este aplicado durante o mes- compra do dinheiro varia ao longo do tempo.
mo intervalo de tempo.
Cálculo da Taxa em Ambiente Inflacionário
Taxa Nominal
Observe que a taxa aparente tem “dentro de si”
Taxa de juros nominal é aquela onde o período as outras duas taxas: a taxa de inflação e a taxa real.
de capitalização é diferente da unidade temporal da A taxa aparente é, portanto, a resultante destas duas
taxa (10% ao ano, com capitalização bimestral). Note taxas:
que o conceito de taxa nominal no regime de juros
compostos é o mesmo já enunciado em juros simples. TAXA APARENTE, TAXA DE INFLAÇÃO E TAXA REAL
00

Sempre que nos deparamos com uma taxa nomi-


5-

nal, devemos calcular a Taxa Efetiva da operação, M


21

que é obtida a partir da taxa nominal pelo método da C ia


.
70

proporcionalidade.
.4

É a taxa constante em documentos, como nos con- ii ir


49

tratos de financiamento.
-0

0 n
Taxa Efetiva
ar
és

Figura 2: Matemática financeira para concurso. PENIDO, Eduardo.


Taxa de juros efetiva: é aquela onde o período
C

São Paulo: Atlas, 2007. Pág. 83.


de capitalização é igual da unidade temporal da taxa
o
dr

(10% ao ano, com capitalização anual). Veja a fórmula abaixo onde se relaciona o rendi-
Pe

Podemos dizer que é a taxa “mais importante”, mento nominal, ou aparente (ou taxa de juros nomi-
pois é essa taxa que será utilizada nas fórmulas. nal/aparente) com a taxa de juros real “r”, de acordo
com a taxa de inflação “i”:
Dica
No regime composto, há uma única situação em ^1 + ah
^1 + ih
= (1 + r)
que a regra de 3 é aplicável: na transformação
da taxa nominal em taxa efetiva.
Para calcular as taxas efetivas são utilizadas as Ou ainda, apenas multiplicando cruzado:
fórmulas de juros compostos, e estas fórmu-
las são todas exponenciais (ou seja, não vale a (1 + a) = (1 + i) · (1 + r)
proporcionalidade).
Por isso, tirando o caso excepcional de con- A seguir explicaremos com mais detalhes cada
versão entre taxa nominal e taxa efetiva, nas uma dessas taxas.
demais situações envolvendo juros compostos
não podemos mais usar a regra de três.
158
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Taxa Aparente Na Tabela Price, no entanto, as parcelas começam
mais baixas, mas são estáticas, ou seja, não sofrem
Taxa aparente “a” é a taxa de juros total de deter- alteração durante todo o período de financiamento.
minada operação financeira, tanto a de empréstimo
quanto a de investimento, nas quais não se desconta- Vantagens Oferecidas pela Tabela Price E Pelo Sac
ram os efeitos da inflação que tenha ocorrido entre o
início e o término desta operação. Portanto, trata-se A escolha é sempre do comprador. Ou seja, cabe,
de “quanto eu ganhei ou paguei”, em termos de taxa a ele, optar pela forma de pagamento que mais se
de juros, sem qualquer desconto ou dedução dos efei- adequa a sua realidade financeira A escolha, nota-
tos da inflação. damente, deve levar em consideração o fator de cor-
reção (TR — Taxa Referencial — ou IPCA — Índice
Taxa de Inflação de Preços ao Consumidor Amplo) que julgar mais
econômico no momento da assinatura do contrato do
A taxa de inflação “i” representa a perda do valor financiamento.
da moeda, ou seja, a diminuição do seu poder de com- Contudo, é válido ressaltar que, quando se neces-
pra resultante do aumento médio dos preços das coisas. sita de financiamento, optar por um prazo mais curto,
se possível, é sempre o melhor a se fazer. Isso, porque
Taxa Real em financiamentos imobiliários, paga-se juros sobre
o saldo devedor. Logo, quanto mais amortização hou-
Taxa real “r” é a taxa de juros de determinada ope- ver, menos gastos com juros terá o comprador.
ração financeira, tanto de empréstimo quanto de inves- Pensando nisso, o sistema SAC (Sistema de Amorti-
timento, em que são descontados os efeitos da inflação zação Constante) pode ser mais vantajoso que a Tabe-
que ocorreu entre o início e o término desta operação. la Price, porque representa uma economia de cerca
de 10%, em média. A Tabela Price possui, como van-
tagem, sua parcela inicial, que, normalmente, é bem
menor. No entanto, pelo SAC, apesar de as parcelas
serem maiores no começo, há uma amortização maior
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO - da dívida, que leva a uma economia significativa no
SISTEMA PRICE; SISTEMA SAC final.

TABELA PRICE E SAC z Vantagens da tabela SAC:

Ao financiar o sonho da casa própria, tem-se que „ Os bancos geralmente preferem a metodologia
escolher um sistema de pagamento. Para isso, existem SAC sobre a Price;
as seguintes opções: Tabela Price ou SAC. Aqui, dis- „ As parcelas são decrescentes, isto é, você paga
cutiremos um pouco a respeito de tais sistemas, para menos mês a mês conforme o tempo passa;
entendermos o que de fato eles são, se há alguma dife- „ Considerando-se o período todo, os juros são
rença, vantagem e/ou desvantagem entre eles e, tam- menores, uma vez que a amortização da dívida
bém, se um deles é mais barato/acessível que o outro. é maior.
Esses sistemas, basicamente, são formas de amor-
00

tização e financiamento a longo prazo, acertadas ao z Desvantagens da tabela SAC:


5-

banco ou à construtora, durante o financiamento da


21

compra de um imóvel: a Tabela Price (Sistema Fran- „ Altas parcelas no início, logo ela é indicada
.
70

cês de Amortização) e o SAC (Sistema de Amortização para quem tem maior renda;
.4

Constante). Ambos, segundo José Mansini planejador „ De acordo com as mudanças no merca-
49

financeiro pela Planejar: do, podem ocorrer variações nos juros e na


-0

amortização;
[...] são dois cálculos distintos que determinam de
ar

„ Existe a chance de uma parcela vir maior do


que forma o comprador do imóvel irá pagar [amor-
és

que a anterior.
tizar] o empréstimo que ele fez para este fim. Nestes
C

dois sistemas, será definido o valor da parcela men-


o

z Vantagens da tabela Price:


dr

sal a ser paga2.


Pe

„ Oscilações econômicas afetam menos a parce-


Diferenças entre Tabela Price e SAC la, uma vez que a taxa é fixa;
MATEMÁTICA FINANCEIRA

„ Parcelas menores no começo do período;


Há várias diferenças entre esses dois sistemas de „ Para quem não possui muito dinheiro guar-
amortização, mas a que mais se destaca diz respeito à dado, o fato de proporcionar prazos maiores
forma e à rapidez de amortização (diminuição grada- para o pagamento do financiamento torna essa
tiva da dívida). opção perfeita.
Tal distinção afeta desde o valor das parcelas até
a quantidade total de juros. No sistema SAC, tem-se, z Desvantagens da tabela Price:
inicialmente, prestações com valores mais altos e que
ficam menores no final, pois (como dito anteriormen-
„ É um sistema indicado para indivíduos com
te) há amortização mensal do valor financiado. Ou
fonte de renda mais estável e, também, para
seja, da primeira parcela até a última, o valor vai cain-
financiamentos de automóveis;
do, porque há uma diminuição progressiva dos juros.

2 CONSULTORIA, 3 Pinheiros. Notícias do Mercado Imobiliário, 2022. Disponível em: https://www.3pinheirosconsultoria.com.br/noticia/tabela-


price-e-sac-qual-e-melhor-para-pagar-menos-financiamento-no-imovel---veja-mais-em-https/28. Acesso em: 25 jul. 2022. 159
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„ Embora as parcelas sejam fixas, o prazo mais SIMULAÇÃO DE FINANCIAMENTO
longo pode ocasionar riscos ao comprador se
ele não tiver em mãos o valor para a finalização Para fazer simulações de financiamentos com
do pagamento; Tabela Price e/ou com o SAC, basta acessar sites de
„ O saldo devedor é anulado de maneira mais bancos, como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e
lenta, ocasionando na demora para efetuar a Santander e fazer as simulações.
amortização.

Para melhor ilustrar esse comparativo entre as


vantagens oferecidas por cada um dos Sistemas (SAC HORA DE PRATICAR!
e Price), veja o quadro abaixo, no qual está represen-
tado um financiamento de R$ 200 mil, parcelado em 1. (CESGRANRIO — 2021) Responsável por entender o
20 anos, com juros de 7% ao ano e correção pela TR. comportamento dos produtos oferecidos por deter-
Perceba que a prestação do SAC começa a R$ 439 mais minado banco onde trabalhava, e preocupado com a
cara, mas o valor total pago no final é quase R$ 30 mil quantidade enorme de dados disponíveis para a aná-
mais baixo: lise, um funcionário decidiu extrair um subconjunto
desses dados.
— SAC PRICE
Esse subconjunto é conhecido como
Parcela inicial R$ 1.964,16 R$ 1.524,89
a) amostra
Parcela final R$ 838,05 R$ 1.524,89 b) censo
c) parâmetro
Total pago R$ 336.264,90 R$ 365.973,34
d) população
e) variável
OUTRA FORMA DE CORREÇÃO POSSÍVEL DAS
PRESTAÇÕES DE UM FINANCIAMENTO 2. (CESGRANRIO — 2021) Um funcionário de um ban-
co foi incumbido de acompanhar o perfil dos clientes
A Caixa Econômica Federal divulgou, em agosto de um determinado produto por meio da Análise de
de 2019, uma nova linha de crédito para aquisição de Dados, de forma a aprimorar as atividades de marke-
casa própria, que possui juros entre 2,95% e 4,95% ao ting relativas a esse produto. Para isso, ele utilizou a
ano, mais a inflação do país, medida pelo IPCA. Dispo- variável classe social desses clientes, coletada pelo
nível somente para contratos novos, esse novo mode- banco, que tem os valores A, B, C, D e E, sem referência
lo pode ser usado para financiar até 80% do valor de a valores contínuos.
imóveis novos e usados, com prazo de até 360 meses.
Sabendo-se que essa é uma escala ordinal, qual é a
medida de tendência central adequada para analisar
Importante! essa variável?
A prestação terá seu valor corrigido mensal-
a) média aritmética
00

mente, o que é, geralmente, feito pelo sistema


b) média geométrica
5-

SAC. O valor da parcela, por sua vez, pode, ou


c) mediana
21

não, diminuir com o decorrer do tempo, pois


d) quartis
.

depende da trajetória da inflação. Ao passo que,


70

e) variância
na Tabela Price, a correção feita por meio do
.4
49

IPCA descaracteriza totalmente o conceito de


3. (CESGRANRIO — 2021) Foi solicitado a um funcio-
-0

parcelas fixas.
nário de um determinado banco que realizasse uma
ar

pesquisa, exclusivamente com variáveis do tipo qua-


és

A título de exemplo, leve em consideração o mesmo litativa, sobre a satisfação dos clientes com os servi-
C

valor utilizado na situação que vimos anteriormente, ços oferecidos pela instituição.
o

de R$ 200 mil, financiado em 20 anos, diferenciando Para atender a essa demanda utilizando os meios
dr

apenas a taxa, que passa a ser de 4,95%, e uma estima- adequados, sua escolha de escalas de mensuração
Pe

tiva de IPCA de 4%. Aqui, cabe salientar que se trata deve estar limitada às escalas
apenas de uma situação hipotética/simulada, já que
não é certo a previsão da trajetória da inflação por um a) intervalares e razão
período tão longo: b) nominais e intervalares
c) nominais e ordinais
d) ordinais e intervalares
— SAC PRICE e) ordinais e razão
Parcela inicial R$ 1.645,56 R$ 1.306,69
4. (CESGRANRIO — 2021) Após a coleta de dados em um
Parcela final R$ 1.833,30 R$ 2.853,77 determinado contexto (variáveis A, B, C, … X), uma das
formas mais simples e iniciais de análise é a geração
Total pago R$ 433.014,03 R$ 475.426,66 e a avaliação de um histograma para uma variável
selecionada (ex: X), como por exemplo, em um estu-
do climático, em que os dados coletados poderiam
incluir a temperatura máxima observada em toda a
160 Terra ao longo de dez anos.
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Nesse caso, o histograma adequado é um gráfico em Com isso, nas condições dadas, o cliente deverá
que são apresentadas as pagar nessa operação um valor total de

a) últimas dez médias móveis da variável X a) R$ 25.600,00


b) somas das médias dos quadrados de cada valor de b) R$ 25.800,00
uma variável X c) R$ 26.100,00
c) variações de uma variável X ao longo do tempo d) R$ 26.300,00
d) médias históricas da variável X nos últimos sete dias e) R$ 26.500,00
e) frequências de uma variável X em intervalos de
valores 8. (CESGRANRIO — 2021) No boleto bancário da sua
prestação, uma pessoa leu que é cobrada uma multa
5. (CESGRANRIO — 2021) Designado para relatar a qua- de 1,2% por dia de atraso sobre o valor da prestação,
lidade das atividades desenvolvidas em um deter- condicionada a atrasos não maiores que 30 dias. Em
minado banco, um funcionário recebeu a seguinte certo mês, essa pessoa pagou uma prestação com
Tabela, com a quantidade de notas relativas à ava- atraso, tendo de desembolsar R$ 233,20 em vez dos
liação dos correntistas sobre o atendimento no caixa, R$ 220,00 normalmente pagos nos meses em que
sendo 1 a pior nota, e 5, a melhor nota. não houve atraso no pagamento.

Por quantos dias ela atrasou a prestação nesse mês?


NOTA QUANTIDADE

1 3.000 a) 5
b) 10
2 9.500 c) 15
d) 20
3 12.000
e) 25
4 15.000
9. (CESGRANRIO — 2021) Um banco fez um empréstimo
5 8.000 de R$10.000,00 a um cliente, pelo prazo de um mês,
cobrando o valor de R$ 100,00 a título de juros.
Qual é a moda das notas dessa avaliação? Qual foi a taxa de juros que o banco cobrou do cliente?

a) 2 a) 0,01 ao mês
b) 3 b) 10% ao ano
c) 3,33 c) 1% ao ano
d) 4 d) 0,1 ao mês
e) 5 e) 0,05 ao mês

6. (CESGRANRIO — 2021) Um negociador de investi- 10. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa está planejando
mentos de uma instituição financeira pergunta ao comprar uma geladeira no valor de R$1.300,00, no futuro.
gerente de tal instituição qual a taxa de juros anual Sabendo-se que ela pretende gastar exatamente esse
00

máxima que pode oferecer a um cliente investidor, e valor e que dispõe de um capital de R$1.000,00, que
5-

o gerente afirma que ficará satisfeito com uma taxa será aplicado no dia de hoje a uma taxa de juros sim-
21

anual máxima de 8,36%. O negociador entra em con- ples de 1,5% ao mês, qual será o prazo dessa apli-
.
70

tato com o cliente que pretende investir um capital C1 cação, em meses, para que ela consiga comprar a
.4

e diz que, ao final de um ano, ele receberá C2, que cor- geladeira à vista, o mais rápido possível?
49

responde a C1 acrescido de 5,00% de juros, mas não


-0

tem sucesso nessa negociação inicial. O negociador a) 2


ar

resolve aplicar uma nova taxa sobre C2, mas sem b) 16


és

ultrapassar a taxa anual máxima que está autorizado c) 20


C

a oferecer. d) 50
o

e) 200
dr

Qual o valor máximo da taxa a ser aplicada sobre C2?


Pe

11. (CESGRANRIO — 2021) Qual é a taxa de juros simples


a) 2,16% utilizada por uma aplicação para tornar um capital
MATEMÁTICA FINANCEIRA

b) 2,24% inicial de R$1.000,00 em um montante de R$1.240,00,


c) 3,20% em um período de um ano?
d) 7,96%
e) 16,72% a) 0,02 ao mês
b) 0,02% ao mês
7. (CESGRANRIO — 2021) Devido às oscilações de c) 0,02 ao ano
receita em seu negócio durante a pandemia, um clien- d) 0,02% ao ano
te vai precisar pagar um boleto, cujo principal (até a e) 0,24% ao ano
data de vencimento) é de R$ 25.000,00, com 12 dias
de atraso. Nesse caso, são cobrados adicionalmente, 12.
(CESGRANRIO — 2021) Um cliente montou uma
sobre o valor do principal, dois encargos: 2% de mul- estratégia financeira, aplicando parte de seu décimo
ta, mais juros simples de 0,2% ao dia. Por causa dos terceiro salário, sempre no início de janeiro, de 2018 a
juros altos, o cliente procurou seu gerente, que não 2021, conforme mostrado na Tabela a seguir.
conseguiu uma solução menos custosa. 161
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JAN/2018 JAN/2019 JAN/2020 JAN/2021

R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00

A partir da orientação financeira de um especialista, ele conseguiu obter nesse período, com essas aplicações, uma taxa de
retorno de 10% ao ano, sempre na comparação com o ano anterior. Ele pretende atingir o valor total acumulado de 65 mil
reais no início de jan/2023.

Considerando-se que essa taxa de retorno se mantenha, o valor mínimo, em reais, que esse cliente precisará depositar em
Jan/2022, para atingir a meta em Jan/2023, a partir das aproximações dadas, pertence ao intervalo:

Dados:
1,15 = 1,611;
1,14 = 1,464;
1,13 = 1,331.

a) R$ 8.000,00 a R$ 8.199,00
b) R$ 8.200,00 a R$ 8.399,00
c) R$ 8.400,00 a R$ 8.599,00
d) R$ 8.600,00 a R$ 8.799,00
e) R$ 8.800,00 a R$ 8.999,00

13. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente fez um investimento de R$ 100.000,00 em janeiro de 2019, comprando cotas de
um fundo imobiliário, o que lhe proporcionou uma taxa de retorno de 21%, ao final de 12 meses de aplicação. Em
janeiro de 2020, buscando maior rentabilidade, procurou um especialista financeiro indicado pelo seu gerente, que lhe
recomendou aplicar todo o montante da operação anterior em renda variável. O cliente fez conforme recomendado, o
que lhe proporcionou um retorno de 96% em 12 meses, resgatando o novo montante em janeiro de 2021.

Considerando-se um sistema de juros compostos, a taxa de retorno equivalente, obtida em cada período de 12 meses
pelo cliente, de janeiro de 2019 a janeiro de 2021, foi igual a

a) 54%
b) 56%
c) 58%
d) 60%
e) 62%

14. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente deseja fazer uma aplicação em uma instituição financeira, que paga uma taxa de
00

juros compostos de 10% ao ano, por um período de 3 anos, já que, ao final da aplicação, planeja comprar uma TV no
5-

valor de R$ 3.500,00 à vista.


21
.

Qual o valor aproximado a ser investido para esse objetivo ser alcançado?
70
.4

a) R$ 2.629,60
49

b) R$ 2.450,00
-0

c) R$ 2.692,31
ar

d) R$ 2.341,50
és

e) R$ 2.525,00
C
o

15. (CESGRANRIO — 2021) O rendimento de um título sofreu uma variação negativa de 3 pontos percentuais de um mês
dr

para o mês seguinte, ou seja, se no primeiro mês o título rendeu x%, no mês seguinte o mesmo título rendeu (x - 3)%.
Pe

O montante M(x) de capital arrecadado após esses dois meses em um investimento de R$10.000,00, em função da taxa de
rendimento do primeiro mês, será dado por

a) x² + 10000
b) x² + 3x + 10000
c) x² - 197x +10000
d) x² +197x + 9700
e) x² - 97x + 9700

16. (CESGRANRIO — 2021) Em uma carta aos clientes, um investimento é oferecido com a promessa de recebimento
de um montante de R$8.200,00 líquidos, após 2 anos, para quem aderisse investindo inicialmente R$5.000,00. O
valor líquido pago é obtido após descontados R$250,00 de taxas e impostos. Para melhorar a comunicação com os
clientes, julgaram interessante acrescentar a taxa de juros compostos usada no cálculo do valor bruto, isto é, sem o
desconto.
162
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Qual é o valor da taxa anual que deve ser acrescentada na carta?

a) 2%
b) 3%
c) 20%
d) 25%
e) 30%

17. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa deixou de pagar a fatura do cartão de crédito, de modo que, após dois meses, o
valor inicial da fatura se transformou em uma dívida de R$26.450,00. Nunca foram feitas compras parceladas e não
foram feitas compras adicionais durante esses dois meses.

Considerando-se que foram cobrados, indevidamente, juros compostos de 15% ao mês e que, por determinação judi-
cial, o valor inicial deva ser reconsiderado para uma nova negociação entre as partes, o valor inicial da dívida era de

a) R$18.515,00
b) R$18.815,00
c) R$20.000,00
d) R$21.000,00
e) R$21.115,00

18. (CESGRANRIO — 2021) Um banco ofereceu a um cliente um financiamento de R$ 120.000,00, pelo sistema SAC, a
uma taxa de juros de 10% a.m., para ser pago em 4 prestações mensais ao final de cada mês, sendo a primeira pres-
tação no valor de R$ 42.000,00. A Tabela abaixo poderá ser usada para seus cálculos.

PERÍODO SALDO INICIAL JUROS AMORTIZAÇÃO PRESTAÇÃO SALDO FINAL

0 120.000,00

1 120.000,00 42.000,00

Quais os valores aproximados que serão pagos, pelo cliente, a título de juros e prestação, respectivamente, ao final
do terceiro mês?
00

a) R$ 12.000,00; R$ 42.000,00
b) R$ 3.000,00; R$ 39.000,00
5-
21

c) R$ 12.000,00; R$ 30.000,00
d) R$ 6.000,00; R$ 36.000,00
.
70

e) R$ 9.000,00; R$ 33.000,00
.4
49

19. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa faz um financiamento no valor de R$10.000,00 em 10 vezes, a uma taxa de juros
-0

de 4,9% ao mês, sendo que o financiamento usa o sistema de amortização constante.


ar
és

Qual é o valor, em reais, a ser pago na 7ª prestação desse financiamento?


C
o

a) 1.490
dr

b) 1.334
Pe

c) 1.292
MATEMÁTICA FINANCEIRA

d) 1.196
e) 1.100

20. (CESGRANRIO — 2021) Devido à pandemia, um microempreendedor precisou tomar um empréstimo no valor de R$
20.000,00, em dez/2020, a ser pago em 24 prestações mensais iguais e postecipadas no sistema PRICE, de modo que
a primeira fosse paga em jan/21, e a última, em dez/22. Considere que o Banco cobre R$ 660,00 de taxas, que serão
financiadas juntamente com o valor do empréstimo, por escolha do cliente, e que a taxa de juros cobrada, devido ao
risco da operação, seja de 3% ao mês.

Desconsiderando-se o IOF na operação e supondo-se que a primeira prestação foi paga na data de vencimento, o
valor da segunda prestação, em sua respectiva data de vencimento será de, aproximadamente,

Dados: 1,0324 = 2,033.

163
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a)
b)
R$ 1.120,00
R$ 1.220,00
ANOTAÇÕES
c) R$ 1.320,00
d) R$ 1.420,00
e) R$ 1.520,00

21. (CESGRANRIO — 2021) Ao verificar o saldo devido


de seu financiamento de R$ 8.000,00, um cliente per-
cebeu que, após pagar a primeira prestação de R$
1.726,93, ele havia amortizado apenas R$ 1.518,93.
Consultando seu gerente, ele soube que nesse finan-
ciamento foi usado o sistema Price.

Qual é a taxa mensal de juros cobrada nesse


financiamento?

a) 1,0%
b) 1,3%
c) 1,6%
d) 2,3%
e) 2,6%

9 GABARITO

1 A

2 C

3 C

4 E

5 D

6 C

7 C

8 A

9 A
00

10 C
5-
21

11 A
.
70

12 A
.4
49

13 A
-0

14 A
ar
és

15 D
C
o

16 E
dr
Pe

17 C

18 D

19 D

20 B

21 E

164
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Isso faz sentido, porque se o banco me empresta
dinheiro, eu, que sou o tomador de recursos, passo
a ter uma dívida, um passivo, uma obrigação com o
banco. Torno-me, portanto, um devedor. Já o banco

CONHECIMENTOS
passa a ter um direito, um crédito a receber, um ativo
para ele que é o credor.

BANCÁRIOS OPERAÇÕES ATIVAS (Aplicação de Recursos)

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL:


ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL, ÓRGÃOS NORMATIVOS
E INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS,
EXECUTORAS E OPERADORAS
TOMADOR DE RECURSOS
A estrutura base do Sistema Financeiro Nacional Agente Econômico Deficitário
(SFN) está prevista na Lei nº 4.595, de 31 de dezem-
bro de 1964. Foi essa norma que, ao apagar das luzes
de 1964, criou o Conselho Monetário Nacional (CMN) Nas operações passivas, ocorre o contrário: as
e o Banco Central do Brasil — doravante, BC, BCB ou instituições financeiras captam recursos dos agen-
Bacen. tes econômicos superavitários, os doadores de
Veja que a atual estrutura de nosso sistema finan- recursos. São chamadas de operações passivas, pois
ceiro é relativamente jovem, estando em vigor há, representam passivos da instituição, uma obrigação.
apenas, 56 anos. A moeda comemorativa dos 50 anos Nesse caso, como apliquei meu dinheiro no banco,
do BC (de R$ 1,00), ainda em circulação, foi lançada eu sou o doador dos recursos e passo a ter um crédi-
em 2015. to, um ativo, um direito perante ao banco. Eu sou o
Apesar do curto período, muita coisa mudou de credor.
lá para cá: a tecnologia, a estabilização da moeda, o
surgimento de novos produtos, a alteração no rela- OPERAÇÕES PASSIVAS (Captação de Recursos)
cionamento entre as instituições financeiras e o
consumidor bancário, entre outras. Diversos fatores
alteraram profundamente a forma de atuar do siste-
ma financeiro e isso gerou impactos diversos na nor-
matização de suas operações e na forma de atuar de
suas instituições.
Essas alterações ainda ocorrem de forma paulati-
00

na e espaçada, dificultando o estudo por meio da letra


5-

seca da lei, que, muitas vezes, não está devidamente


21

DOADOR DE RECURSOS
atualizada em relação a alterações feitas em outras
.

Agente Econômico Superavitário


70

legislações.
.4
49

Ao juntarmos as duas operações em uma só figu-


SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
-0

ra, teremos, então, a visão do papel institucional das


instituições financeiras, que atuam na promoção da
ar

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é o conjunto


intermediação financeira.
és

de entidades e instituições que têm por função prin-


C

cipal promover a intermediação financeira, utilizan-


o

do-se de diferentes instrumentos financeiros para INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA


dr

possibilitar a transferência de recursos entre agentes


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

econômicos superavitários (os credores, investidores,


poupadores) e deficitários (os tomadores de recursos).
Portanto, esse sistema promove o encontro entre cre-
dores e tomadores de recursos.
Por meio dele é que as pessoas, as empresas e o
governo (os agentes econômicos) circulam a maior
parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e realizam
seus investimentos. Para compreender melhor, é
importante que você tenha clareza sobre a diferença DOADOR DE RECURSOS TOMADOR DE RECURSOS
entre as operações ativas e as operações passivas de Agente Econômico Superavitário Agente Econômico Deficitário
uma instituição financeira (IF).
Operações ativas são aquelas em que as institui-
ções financeiras emprestam recursos aos agentes Essa explicação é importante para identificar
econômicos deficitários, os tomadores de recursos. quando um produto ou serviço de uma instituição
São chamadas de operações ativas, pois representam financeira representa uma operação ativa ou uma
ativos da instituição, um crédito a receber. operação passiva. 165
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Cumpre salientar que a intermediação financeira é a função principal do SFN, mas não é a única. Os bancos
e demais operadores do sistema exercem inúmeras outras funções, por conta de todo o avanço e das facilidades
emergidas nos últimos tempos.
Além disso, a Constituição Federal de 1988 traz o art. 192, em que define que o Sistema Financeiro Nacional
será estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coleti-
vidade, em todas as partes que o compõem. Vejamos:

Do Sistema Financeiro Nacional


Art. 192 O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e
a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito,
será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas ins-
tituições que o integram.

A CF trouxe, portanto, uma função social ao SFN — promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir
aos interesses da coletividade — que está diretamente ligada a uma adequada intermediação financeira e, certa-
mente, propicia desenvolvimento, geração de emprego e de renda.

Como Ocorre, na Prática, a Intermediação Financeira?

Vamos simplificar: quando você exagera nas compras de Natal e falta grana para pagar as contas em janeiro,
ou quando resolve que, mesmo sem grana, não vai ficar em casa no carnaval, uma alternativa é ir ao banco e
solicitar um empréstimo.
Todos nós, pessoas físicas, empresas, governos, somos agentes econômicos. No exemplo narrado, você era um agen-
te econômico deficitário, ou tomador de recursos, que recorreu ao SFN, para obter recursos que outro agente econô-
mico entregou aos cuidados de alguma instituição financeira em troca de uma remuneração oriunda da aplicação de
uma taxa de juros sobre o capital entregue. Esse era o agente econômico superavitário ou doador de recursos.
É importante compreender que, em regra, o banco não empresta o dinheiro dele, mas empresta o dinheiro
dos outros. Ou seja, o que o sistema financeiro faz é possibilitar que aqueles que precisam de recursos consigam
acesso aos recursos daqueles que os tem em excesso.
Isso é a intermediação financeira. Porém, essa intermediação não pode ser feita assim, de qualquer jeito, por
qualquer um. Afinal, estamos lidando com dinheiro e sabemos como isso complica as coisas. Então, há a necessi-
dade de que exista uma estrutura bem definida, normatizada e regulada para tocar essa engrenagem, para fazer
essa roda girar.
Essa estrutura é a própria estrutura do Sistema Financeiro Nacional, a qual você conhecerá a seguir.

Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

Nós podemos dividir o Sistema Financeiro Nacional em três níveis de atuação. A melhor maneira de visualizar
isso é utilizando a forma pela qual o Banco Central demonstra a organização do SFN:

Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros privados Previdência Fechada


00
Órgãos normativos

5-

CMN CNSP CNPC


21

Conselho Monetário
.

Conselho Nacional de Conselho Nacional de


70

Seguros Privados Previdência Complementar


Nacional
.4
49
-0
Supervisores

BCB CVM Susep Previc


ar

Banco Central Comissão de Valores Superintendência de Superintendência


és

do Brasil Mobiliários Seguros Privados Nacional de Previdência


C

Complementar
o
dr
Operadores

Pe

Banco e Administradoras de Bolsa Seguradora e Entidades Fechadas da


Caixa Econômica consórcios de valores Resseguradores previdência Complementar
(fundo de Pensão)

Cooperativas Corretores Bolsa de mercadorias Entidades abertas de


de crédito e distribuidoras e futuros previdência

Instituições Demais instituições Sociedades


de pagamento não bancárias de capitalização
166
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É imprescindível que você observe a figura horizontalmente. Perceba que, à esquerda, rótulos identificam
três níveis de atuação: órgãos normativos, supervisores e operadores.
No primeiro nível, temos os órgãos normativos. São eles que definem o regramento geral a ser seguido pelo mer-
cado. Porém, entenda que eles não são órgãos executores, não possuem uma estrutura física nem são servidores de
quadro próprio. Eles apenas ditam as regras.
Veremos que, na realidade, todos esses órgãos normativos são Conselhos, colegiados compostos por diferen-
tes autoridades ligadas ao mercado que se pretende normatizar e regular e que se reúnem periodicamente. Eles
determinam regras gerais para o bom funcionamento do sistema.
No segundo nível, temos as entidades supervisoras. São autarquias federais que cumprem e fazem cumprir aquele
regramento estabelecido pelos órgãos normativos.
Aqui, sim, existe toda uma estrutura física e um quadro de servidores trabalhando em prol de um sistema
financeiro sólido e eficiente, em benefício da sociedade. As entidades supervisoras trabalham para que os inte-
grantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos.
Por fim, tempos os operadores. São as instituições financeiras, públicas e privadas, que atuam nos diversos
ramos do SFN, promovendo a intermediação financeira e oferecendo produtos e serviços aos seus consumidores.
É com os operadores que temos contato no nosso dia a dia.
Eles constituem a parte mais visível do sistema financeiro. Os operadores são as instituições que ofertam ser-
viços financeiros, no papel de intermediários.
Vamos fazer um paralelo, para tentar simplificar o entendimento. Pense em uma empresa qualquer, uma loja
de roupas por exemplo. Vamos imaginar que a loja tenha a seguinte estrutura organizacional:

DONO

Gerente A Gerente B

Funcionário Funcionário Funcionário Funcionário


A1 A2 B1 B2

Vários comércios possuem uma estrutura parecida com essa. Há um dono (o “chefão”), que diz como as coisas
devem funcionar; gerentes, que cuidam para que as coisas saiam como o patrão quer; demais funcionários, que
executam o trabalho propriamente dito.
Guarde esse paralelo na sua memória. Isso vai te ajudar a entender os papéis de cada um dos órgãos e institui-
ções do SFN e, como consequência, a resolver questões de prova.
Pense da seguinte forma: os órgãos normativos são os donos, os “chefões” do SFN. Eles ditam as regras, dizem
00

como as coisas devem funcionar e aquilo que pode e o que não pode ser feito.
5-

Como dito, não são entidades, pois não possuem uma estrutura e quadro próprio de servidores. São Conselhos,
21

órgãos formados por diferentes autoridades que se reúnem periodicamente para elaborar o regramento de suas
.

áreas de competência. Como não são órgãos executivos, não costumam executar tarefas, apenas dizem como elas
70

devem ser feitas. São como os patrões: apenas dão ordens.


.4
49

Já as instituições supervisoras — o segundo nível — são os “gerentes”. Eles trabalham, zelando para que os
-0

operadores cumpram o que foi determinado pelos órgãos normativos, ou seja, tomam conta de sua atuação. São
órgãos executivos e fiscalizadores. Como os gerentes, eles ficam de olho no que os operadores fazem.
ar
és

Por fim, os operadores são os vendedores, os que estão na frente da loja. É com eles que os clientes têm contato
C

direto. Eles querem vender seus produtos e serviços; querem faturar, lucrar, e, para isso, precisam atender as
o

demandas de seus clientes.


dr
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Importante!

Existe uma outra classificação, mais antiga e já pouco utilizada, que divide o Sistema Financeiro Nacional
em dois subsistemas: o subsistema normativo e o subsistema operativo (ou operacional ou de intermedia-
ção). Nessa divisão, órgãos normativos e entidades supervisoras formam, conjuntamente, o subsistema
normativo, enquanto os operadores compõem o subsistema operativo, operacional ou de intermediação.

Essa classificação já foi objeto de prova e, por isso, vale a pena memorizá-la.
Por fim, veja como o próprio Banco Central, em seu site, define a organização e a estrutura do SFN:
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de entidades e instituições que promovem
a intermediação financeira, isto é, o encontro entre credores e tomadores de recursos. É por meio do sistema
financeiro que as pessoas, as empresas e o governo circulam a maior parte dos seus ativos, pagam suas dívidas e
realizam seus investimentos. 167
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Segmentação do Sistema Financeiro Nacional

Voltaremos à figura utilizada pelo Banco Central, para demonstrar a organização do SFN, porém, dessa vez, a
analisaremos verticalmente:

Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros privados Previdência Fechada


Órgãos normativos

CMN CNSP CNPC


Conselho Monetário Conselho Nacional de Conselho Nacional de
Seguros Privados Previdência Complementar
Nacional
Supervisores

BCB CVM Susep Previc


Banco Central Comissão de Valores Superintendência de Superintendência
do Brasil Mobiliários Seguros Privados Nacional de Previdência
Complementar
Operadores

Banco e Administradoras de Bolsa Seguradora e Entidades Fechadas da


Caixa Econômica consórcios de valores Resseguradores previdência Complementar
(fundo de Pensão)

Cooperativas Corretores Bolsa de mercadorias Entidades abertas de


de crédito e distribuidoras e futuros previdência
00
5-
21

Instituições Demais instituições Sociedades


de capitalização
.

de pagamento não bancárias


70
.4
49

* Dependendo de suas atividades corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM.
-0

** As Instituições de Pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, conforme
ar

diretrizes estabelecidas pelo CMN.


és

Repare que a figura está segmentada em três colunas: moeda, crédito, capitais e câmbio; seguros privados;
C

e previdência fechada.
o
dr

No primeiro nível, temos 3 (três) órgãos normativos: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacio-
Pe

nal de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Cada um deles enca-
beça uma dessas três colunas. Isso significa que cada um desses Conselhos determina as regras gerais (diretrizes)
dos mercados sob sua responsabilidade.
Neste ponto, vale recordar o que cada um deles faz:

z Conselho Monetário Nacional: o CMN define as regras para os mercados monetário, de crédito, de câmbio e
de capitais. É responsável por fixar as diretrizes e normas das políticas monetária, creditícia e cambial;
z Conselho Nacional de Seguros Privados: o CNSP fixa as diretrizes e normas para os mercados de seguros
privados, que abrangem os setores de seguros, resseguros, capitalização e previdência complementar aberta;
z Conselho Nacional de Previdência Complementar: o CNPC é órgão normativo que regula regimes de previ-
dência complementar operados por entidades fechadas de previdência complementar, os chamados fundos
de pensão.

Dica
168 Órgãos normativos são sempre Conselhos.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No segundo nível, abaixo dos órgãos normativos, Da mesma forma, desenvolveram-se instrumen-
estão os supervisores, também chamados de entida- tos e também sistemas, regras e procedimentos para
des ou instituições supervisoras. São as entidades que organizar, controlar e desenvolver esse mercado. A
atuam de forma preventiva e reativa para o cumpri- todo esse sistema, chamamos de Sistema Financeiro.
mento das regras emitidas pelos órgãos normativos. Assim, o Sistema Financeiro pode ser caracteri-
São elas: zado como o conjunto de instituições e instrumentos
que possibilitam e facilitam o fluxo financeiro entre os
z O Banco Central do Brasil (BCB), que é respon- poupadores e os tomadores de recursos na economia.
sável pelos mercados monetário, de crédito e de Não é difícil perceber a importância desse siste-
câmbio; ma para o correto funcionamento e crescimento eco-
z A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é nômico de um país. Se, por exemplo, determinada
responsável pelo mercado de capitais; empresa, que necessita de recursos para a realização
z A Superintendência de Seguros Privados de investimentos para a produção, não conseguir cap-
(Susep), que é responsável pelo mercado de segu- tá-los de forma eficiente, provavelmente ela não rea-
ros privados; lizará o investimento, deixando de empregar e gerar
z A Superintendência Nacional de Previdência renda.
Complementar (Previc), que é responsável pelas Esse fluxo, todavia, não ocorre sempre entre os
entidades fechadas de previdência. mesmos tipos de agentes e com as mesmas caracterís-
ticas operacionais. Ele pode diferir em razão do pra-
Finalmente, no último e terceiro nível, vemos os zo, do tipo de instrumento utilizado para formalizar a
operadores do SFN. Essas são as instituições, públicas operação, da assunção de riscos, entre outros aspectos
e privadas, que executam a intermediação financei- que, com o passar do tempo, foram delimitando o que
ra, atuando diretamente com o público. São os bancos se convencionou chamar de mercados financeiros.
comerciais, a Caixa Econômica, os bancos de investi- A classificação dos mercados (mercados monetá-
mento, as sociedades de arrendamento mercantil, as rio, de crédito, de câmbio e de capitais) ajuda a com-
corretoras, as distribuidoras de títulos e valores mobi- preender um pouco mais cada um desses mercados e
liários etc. suas peculiaridades, seus riscos e suas vantagens.
Existem diversos tipos de instituições operadoras As transferências de recursos a curtíssimo pra-
no SFN, que também costumam atuar de forma seg- zo, em geral de apenas um dia, como, por exemplo,
mentada. Neste sentido, pode-se afirmar que, como as realizadas entre as próprias instituições financei-
regra geral, cada tipo de instituição financeira opera ras ou entre elas e o Banco Central, são realizadas no
produtos específicos, diferentemente dos produtos chamado mercado monetário. Trata-se de um mer-
operados por outros tipos de IF. cado utilizado basicamente para controle da liquidez
da economia, no qual o Banco Central intervém para
condução da Política Monetária.
Já o mercado de câmbio opera em um nicho espe-
MERCADO FINANCEIRO E SEUS cífico, em que agentes têm a necessidade de contra-
tar operações que envolvem moedas estrangeiras, ou
DESDOBRAMENTOS (MERCADOS porque compram ou vendem de/para outros países,
MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS ou porque procuram proteção.
00

E CAMBIAL) Há também as operações em que as instituições


5-

financeiras captam recursos dos agentes superavitá-


21

rios e, por sua conta e risco, emprestam esses recursos


.

Em uma economia de mercado, há diversos agen-


70

tes econômicos — governos, empresas e famílias — para os agentes deficitários, característica do chama-
.4

tomando a todo momento decisões relacionadas à do mercado de crédito.


49

produção e ao consumo. Esse mercado é o mais tradicional, e é utilizado


-0

Enquanto alguns consomem menos do que pro- pelas pessoas físicas e empresas, quando utilizam
ar

duzem, e conseguem formar uma poupança dispo- os bancos para realizar empréstimos e financiamen-
és

nível para a utilização de terceiros, outros consomem tos diversos. Quando uma pessoa (física ou jurídica)
C

mais do que conseguem produzir em determinado utiliza recursos do cheque especial, financia um car-
o

período, e precisam utilizar os recursos daqueles ro, uma máquina ou um imóvel, ela está operando no
dr

que pouparam. mercado de crédito.


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Independente das razões que motivam cada uma Nele, as instituições financeiras participantes têm
dessas decisões individuais, de alguma maneira essa como atividade principal a intermediação financei-
transferência de recursos dos poupadores para os ra propriamente dita. Essas operações caracterizam-
tomadores precisa ser viabilizada. -se, em geral, por operações de curto e médio prazo,
Se cada poupador tivesse que encontrar um toma- formalizadas por contratos e nas quais as instituições
dor de recursos com as mesmas necessidades de volu- financeiras assumem os riscos de inadimplência da
me e prazo, para a realização de um empréstimo, operação. São exemplos de instituições participantes
muito provavelmente nenhum negócio se concretiza- desse mercado os bancos comerciais e as sociedades
ria, já que as demandas dos agentes podem ser bem de crédito, financiamento e investimento, as conheci-
distintas. das “financeiras”.
Com o tempo, e para suprir essa demanda do mer- O mercado de crédito é fundamental para o bom
cado, foram nascendo instituições para intermediar funcionamento da economia, na medida em que as
essas operações, ou seja, pegar emprestado daqueles instituições financeiras assumem dois papéis decisi-
que poupam e emprestar para os demais, atendendo, vos. De um lado, atuam como centralizadoras de ris-
ao mesmo tempo, às necessidades de volume financei- cos, reduzindo a exposição dos aplicadores a perdas e
ro e prazo de cada um. otimizando as análises de crédito. 169
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De outro, funcionam como um elo entre milhões Evidentemente, essas leis foram sofrendo altera-
de agentes com expectativas muito distintas em rela- ções no decorrer dos anos, de forma que o arcabouço
ção a prazos e volumes de recursos. Um agente pode, jurídico do mercado fosse se adaptando à nova reali-
por exemplo, querer aplicar R$ 1.000,00 por um ano. dade em que ele se inseria. Da mesma forma, foram
Entretanto, pode não encontrar uma contraparte (um sendo criados outros mecanismos que acabaram por
agente deficitário) que deseje obter um empréstimo contribuir com o desenvolvimento, como o novo Siste-
com as mesmas condições. ma de Pagamentos Brasileiro.
Com o papel desempenhado pela instituição finan- Ainda, algumas instituições privadas, em um
ceira, esse problema se reduz. Se o sistema financei- esforço de autorregulação, também criaram regras
ro inexiste ou existe de forma ineficiente, muitas das que colaboraram fundamentalmente para o que hoje
necessidades de aplicações e empréstimos de recur- é o Mercado de Valores Mobiliários.
sos ficam sem atendimento, ou seja, não são atendi-
das pelo mercado, o que inevitavelmente causa uma
freada brusca na economia. Quantas vezes você já
viu reportagens com empreendedores reclamando da
dificuldade no acesso ao crédito? MOEDA E POLÍTICA MONETÁRIA:
Entretanto, em alguns casos, o mercado de POLÍTICAS MONETÁRIAS
crédito não é capaz de suprir as necessidades de
financiamento dos agentes. Isso pode ocorrer, por
CONVENCIONAIS E NÃO
exemplo, quando um determinado agente, em geral CONVENCIONAIS (QUANTITATIVE
uma empresa, deseja um volume de recursos muito EASING), TAXA SELIC E OPERAÇÕES
superior ao que uma instituição poderia, sozinha,
emprestar.
COMPROMISSADAS
Além disso, pode acontecer de os custos dos
empréstimos no mercado de crédito (juros) serem A política monetária relaciona-se à moeda, mais
demasiadamente altos, de forma a inviabilizar os especificamente a sua circulação. O Comitê de Política
investimentos pretendidos. Surgiu, com isso, o que é Monetária (Copom) e o Banco Central (Bacen) têm o
conhecido como Mercado de Capitais, ou Mercado poder de influenciar na oferta e demanda de moeda,
de Valores Mobiliários. criando condições para diminuir ou aumentar a moe-
No Mercado de Valores Mobiliários, em geral, os da em circulação.
investidores emprestam recursos diretamente Vale lembrar que, quanto mais moeda circula na
aos agentes deficitários, quase sempre empresas. economia, mais ela se desvaloriza, o que gera o fenô-
Caracteriza-se por negócios de médio e longo prazo, meno da inflação. Ou seja, uma política monetária
nos quais são negociados títulos chamados de Valores expansiva tem o objetivo de aumentar a moeda em
Mobiliários. circulação na economia, o que, sem dúvida, acaba por
Como exemplo, podemos citar as ações, que repre- aumentar a renda em geral, mas, como consequência,
sentam parcela do capital social de Sociedades Anô- aumenta a inflação.
nimas, e as debêntures, que representam títulos de
dívida dessas mesmas sociedades. OBJETIVOS DA POLÍTICA MONETÁRIA
Nesse mercado, as instituições financeiras atuam,
00

basicamente, como prestadoras de serviços, assesso- Pode-se dizer que a política monetária tem 3 obje-
5-

rando as empresas no planejamento das emissões de


21

tivos diretos, sendo eles:


valores mobiliários, ajudando na colocação deles para
.
70

o público investidor, facilitando o processo de forma- z Controle da quantidade de moeda em circulação;


.4

ção de preços e a liquidez, assim como criando condi- z Determinação da taxa de juros;
49

ções adequadas para as negociações secundárias. z Variação da renda da economia (PIB).


-0

As instituições financeiras não assumem a obriga-


ar

ção pelo cumprimento das obrigações estabelecidas POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIVA


és

e formalizadas nesse mercado. Assim, a responsabi-


C

lidade pelo pagamento dos juros e principal de uma


Para uma política expansiva podem ser utilizados
o

debênture, por exemplo, é da empresa emissora, e


dr

os seguintes métodos:
não da instituição financeira que a tenha assessorado
Pe

ou participado do processo de colocação dos títulos no


z Bacen diminuir a exigência de reservas com-
mercado.
pulsórias: quando o Banco Central diminui essa
São participantes desse mercado, por exemplo,
os Bancos de Investimento, as Corretoras e Distribui- exigência, sobra mais dinheiro depositado em con-
doras de Títulos e Valores Mobiliários, as entidades ta nos bancos, aumentando o poder de multiplica-
administradoras de mercado de bolsa e balcão, além dor monetário;
de diversos outros prestadores de serviços. z Copom diminuir a taxa de juros da economia:
No que diz respeito ao Mercado de Valores Mobi- diminuindo a taxa de juros básica, menos moeda
liários, com o passar do tempo, foi sendo criada toda será usada com fins de especulação, o que acaba
uma estrutura normativa e operacional para permi- por aumentar a moeda em circulação;
tir que as operações fossem realizadas cada vez mais z Governo comprar títulos bancários ou títulos
com segurança, transparência e eficiência. Nesse privados (open market): o governo está pegando
sentido, foram editadas, em 1976, a Lei nº 6.385, que um título do banco e entregando valores monetá-
disciplina o mercado de capitais e cria a Comissão de rios, o que aumenta a capacidade financeira do
Valores Mobiliários, e a Lei nº 6.404, que disciplina as banco e, consequentemente, sua capacidade de
170 Sociedades Anônimas, conhecida como Lei das S.A. multiplicar a moeda;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Bacen diminuir a taxa de redesconto: taxa de DEPÓSITOS COMPULSÓRIOS
redesconto é a “taxa de empréstimo” do Bacen para
os bancos em geral. Quando essa taxa é menor, os Depósitos compulsórios são recolhimentos que as
bancos pegam mais dinheiro junto ao Bacen, o que instituições financeiras fazem ao Banco Central, rela-
deixa mais moeda disponível no mercado. tivos aos recursos captados com suas atividades. Esses
depósitos têm como finalidade fornecer ao Banco
POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA Central uma forma de controlar, mesmo que indireta-
mente, a oferta de moeda na economia.
Um dos principais objetivos de uma política mone- Desse modo, caso o Bacen deseje aumentar a
tária restritiva é conter a inflação. Para isso, o gover- quantidade de moeda na economia, pode reduzir as
no usa instrumentos para diminuir a oferta de moeda, taxas de depósito compulsório. De maneira inversa,
ou seja, tirar moeda de circulação e deixar com o pró- caso o Bacen deseje reduzir a quantidade de moeda,
prio governo. pode aumentar as taxas de depósito compulsório.
O pensamento aqui é inverso ao da política expan-
siva. Assim, são exemplos de políticas restritivas: REDESCONTO

z Copom aumentar a taxa Selic; Redescontos são os empréstimos concedidos pelo


z Venda de títulos públicos no mercado; Bacen às instituições financeiras. O Bacen funciona
z Aumento da exigência de reservas pelo Bacen; como o “banco dos bancos”, “socorrendo” estes com
z Aumento das taxas de redesconto. liquidez nos momentos necessários. O objetivo do
Bacen nessas operações, em suma, é não deixar que
QUANTITATIVE EASING os bancos quebrem, preservando os depósitos da
sociedade.
Quantitative easing (QE) pode ser definido como
transações de compra de ativos, tanto públicos quan- OPERACIONALIZAÇÃO DO REDESCONTO
to privados, em larga escala, executadas pelo Banco
Central com o objetivo de estimular a demanda agre- A operação de redesconto estabelece-se através
gada, seja por meio da ampliação das reservas ban- da compra com compromisso de revenda, de títulos
cárias, seja por meio da injeção de liquidez direta no e valores mobiliários, de créditos e de direitos dos
setor privado. bancos em geral. Ou seja, o Banco Central empres-
Após a crise de 2008, o QE ganhou grande espaço ta os recursos às instituições financeiras mediante a
na política monetária mundial. compra de títulos de sua posse com o compromisso de
O quantitative easing tem o objetivo de atuar sobre revendê-los às mesmas instituições no encerramento
a taxa de juros de longo prazo. Assim, tecnicamente, da operação.
o QE é a compra de títulos de longo prazo pelo Banco
Central com o objetivo de atuar diretamente sobre a
taxa de juros de longo prazo. Importante!
Isso acontece quando o Banco Central perde a O Bacen compra os títulos e os revende aos pró-
00

capacidade de atuar sobre as taxas de curto prazo prios detentores desses títulos.
a fim de afetar as de longo prazo com o objetivo de,
5-
21

assim, gerar algum estímulo na economia.


.

É importante salientar que quando a instituição


70

TAXA SELIC E OPERAÇÕES COMPROMISSADAS financeira não exerce a opção de recompra do título
.4

no prazo (que pode ser no mesmo dia, ou não), a ope-


49

As operações compromissadas podem ser enten- ração será considerada inadimplida e o título coloca-
-0

didas como uma dinâmica de compra e recompra de do como garantia da operação fará parte da carteira
ar

ativos. Isso porque elas são um empréstimo que tem do Banco Central e vendido em leilão.
és

como garantia um título de renda fixa e possuem pra- Caso o Bacen apresente um resultado negativo
C

zo determinado para a devolução. nesse leilão, a instituição financeira deverá ressarcir


o

essa diferença. Sendo assim, o Banco Central nunca


dr

As operações compromissadas possuem como


Pe

garantia um título de renda fixa. Um dos agentes fica com o risco da operação de redesconto.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

mais comuns nas operações compromissadas é o Ban-


co Central.

RELAÇÃO DA TAXA SELIC COM AS OPERAÇÕES O DEBATE SOBRE OS DEPÓSITOS


COMPROMISSADAS
REMUNERADOS DOS BANCOS
A taxa Selic, que indica a taxa de juros básica no COMERCIAIS NO BANCO CENTRAL DO
Brasil, é calculada diariamente e utilizada como refe- BRASIL
rência para as ações de política monetária.
Para seu cálculo, é feita a média ponderada do No último mês de julho, foi sancionada a Lei nº
volume financeiro das taxas de juros de operações 14.185, de 2021, que autoriza o Banco Central a
compromissadas com títulos públicos, no prazo de receber depósitos voluntários remunerados das
um dia útil. instituições financeiras. Objetiva dar ao Bacen uma
Assim, lembre-se de que a taxa Selic tem relação nova ferramenta para o controle da moeda, que tenha
direta com as operações compromissadas. impacto menor sobre o montante da dívida pública. 171
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A operação com depósitos voluntários a prazo é Quando o BC precisa enxugar liquidez do mercado
realizada para enxugar a liquidez de moeda na econo- interbancário, ou seja, absorver as reservas em exces-
mia, e assim não permitir que as taxas de juros cobra- so dos bancos comerciais, ele vende os títulos da car-
das nos empréstimos interbancários sejam menores teira livre para os bancos comerciais por intermédio
do que a taxa básica de referência da economia, a das operações compromissadas, que nada mais são do
Taxa Selic. O depósito voluntário a prazo, portanto, que uma venda de títulos de sua própria carteira com
pode ser considerado um novo instrumento de exe- compromisso de recomprar os mesmos títulos ao final
cução da política monetária. de um determinado período de tempo. Sendo assim,
Primeiramente, vamos entender o motivo da cria- ao vender os títulos por intermédio de operações
ção dos depósitos remunerados. compromissadas, o Banco Central está aumentando
Quando há excesso de liquidez (dinheiro em circu- a quantidade de títulos da dívida pública nas mãos
lação) no mercado, e essa liquidez se mostra superior do mercado financeiro e, dessa forma, aumentando a
à demanda por recursos existentes, o BC tem que ope- dívida bruta do governo.
rar sobre esse excesso de oferta de moeda. Não atuar Com o Banco Central podendo substituir as ope-
nesse manejo da liquidez permitiria que as taxas das rações compromissadas pelos depósitos voluntários,
operações interbancárias caíssem abaixo do patamar então as reservas (recursos) excedentes dos bancos
da Selic, o que levaria o Banco Central a perder seu comerciais poderão ser depositadas diretamente no
poder de determinar a taxa real de juros. próprio Bacen sem que seja necessária a venda de títu-
Para que, cotidianamente, as taxas de juros convir- los da dívida pública para arrecadá-las, ou seja, sem
jam para o patamar estipulado na Taxa Selic, o Ban- que ocorra um aumento da Dívida bruta do governo.
co Central “enxuga” essa liquidez, vendendo títulos Desta forma, as operações de regulação de liquidez
da dívida pública do Tesouro Nacional e recolhendo, do Banco Central não terão nenhum impacto na dívi-
como pagamento esse recurso excedente dos bancos. da pública, cuja dinâmica passará a depender exclusi-
Lembre-se: como o Banco Central não pode emitir vamente do déficit do Tesouro Nacional.
títulos, ele utiliza títulos do Tesouro Nacional para
isso. São as chamadas “operações compromissadas”.
No entanto, ao fazer isso, o estoque da dívida públi-
ca brasileira eleva-se. Isso porque nosso indicador de
dívida é incapaz de separar o que são títulos públi- ORÇAMENTO PÚBLICO, TÍTULOS
cos lançados para o Estado financiar suas despesas DO TESOURO NACIONAL E DÍVIDA
correntes e o que são lançamentos de títulos públicos PÚBLICA
para o exercício da política monetária.
Até o advento dos depósitos voluntários a prazo, o Segundo o site do Ministério da Economia:
Banco Central administrava a quantidade de dinheiro
no sistema bancário exclusivamente por meio da ven- O orçamento público é o instrumento de planeja-
da com compromisso de recompra dos títulos públicos mento que estima as receitas que o governo espe-
de sua carteira, as operações compromissadas. Com os ra arrecadar ao longo do próximo ano e, com base
depósitos voluntários, o BC ganha maior autonomia, nelas, autoriza um limite de gastos a ser realizado
uma vez que deixa de depender exclusivamente des- com tais recursos.
sas operações, para regular a liquidez bancária e, con-
00

Essa programação orçamentária consta na Lei


sequentemente, manter a taxa básica de juros (Selic) Orçamentária Anual (LOA), elaborada com base
5-

próxima da meta fixada pelo Comitê de Política Mone-


21

nas metas e prioridades do Governo definidas na


tária (Copom). Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
.
70

Não se trata de uma inovação brasileira. Bancos É a LDO que estabelece a ligação entre o Plano Plu-
.4

Centrais de reconhecida reputação técnica, como o rianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
49

Federal Reserve Bank dos Estados Unidos, o Banco da Ao englobar receitas e despesas, o orçamento é peça
-0

Inglaterra e o Banco Central Europeu, contam com fundamental para o equilíbrio das contas públicas
ar

depósitos remunerados entre seus instrumentos de e indica para a sociedade as prioridades definidas
és

administração da liquidez. pelo governo, como, por exemplo, gastos com edu-
cação, saúde e segurança pública.
C

Os depósitos voluntários têm diversas característi-


o

cas favoráveis, como efetividade na absorção de recur-


dr

sos livres no sistema bancário, simplicidade, baixo Ou seja, o que acontece no Brasil não é diferente
Pe

custo operacional e fácil entendimento pelos agentes do que acontece em uma família, é necessário definir
financeiros. No entanto, as facilidades dos depósitos o orçamento e planejar os gastos de acordo com suas
voluntários não significam o abandono das operações prioridades.
compromissadas com títulos de emissão do Tesouro
Nacional. Elas continuarão a ser o principal instrumen- DÍVIDA PÚBLICA
to utilizado pelo Banco Central na gestão da liquidez.
No entanto, alguns analistas criticam a criação dos Para entendermos corretamente o conceito de
depósitos voluntários a prazo argumentando de que Dívida Pública, temos que entender o conceito de Défi-
o mesmo permitiria uma redução artificial, puramen- cit Público, sendo:
te contábil, na dívida bruta do governo. Isso porque,
conforme a metodologia de cálculo da dívida adotada Déficit Público
pelo Bacen, a chamada “carteira livre de títulos”, ou
seja, os títulos da dívida pública que não estão sen- O governo, como toda família, possui receitas e
do utilizados pelo Banco Central nas operações com- despesas, e, como toda família, geralmente o gover-
promissadas, não são contabilizados como parte da no apresenta mais Despesas do que Receitas, dessa
172 dívida. maneira tem-se:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Lembre-se que um aumento da taxa Selic tende a
DÉFICIT = GASTOS - RECEITAS
diminuir a inflação e vice-versa.

Quanto maior o gasto em relação às receitas, CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS


maior o Déficit, de maneira contrária, quanto maior
as Receitas em relação aos gastos, tem-se Superávit.
De maneira geral, os gastos públicos podem ser
O Déficit Público tem relação direta com a Dívida
subdivididos em quatro categorias, sendo elas:
Pública, sendo assim:
z Consumo do Governo: Salários do Funcionalis-
Quanto MAIS ELEVADO o déficit público, MAIOR o mo, Consumo Corrente etc.;
aumento da dívida z Investimento do Governo;
z Transferências ao Setor Privado: como Subsídios
MANEIRAS DE MENSURAÇÃO DO DÉFICIT às Empresas;
PÚBLICO z Juros da Dívida.

De maneira geral, existem três maneiras de se De forma geral, a Dívida Pública consiste no esto-
medir o déficit público. Vamos analisar as 3 de forma que total de recursos de terceiros utilizados para
resumida: financiar o déficit público.

Déficit Nominal TÍTULOS PÚBLICOS

Todas as despesas e receitas incorridas pelo gover- São títulos emitidos pelo próprio governo para
no em determinado período. Como o próprio nome angariar recursos, na prática é a forma do governo “te
diz, o cálculo é feito pelo valor nominal, ou seja, não pedir dinheiro emprestado”. Para que você empres-
há o cálculo da inflação. Lembre-se, o Déficit Nomi- te esse recurso ao governo é necessário que o mesmo
nal não considera a inflação do período. te garanta alguma vantagem financeira na forma de
juros.
Déficit Primário Os títulos públicos não possuem garantia do FGC,
porém são considerados muito seguros, pois o gover-
Para se medir o Déficit Primário, os pagamentos e
no brasileiro costuma honrar sua dívida atualmente.
recebimentos de juros são excluídos da Medida. Lem-
Lembre-se que os Títulos Públicos não contam com a
bre-se, no cálculo do Déficit Primário não se conside-
Garantia do FGC.
ram as despesas com juros, amortizações da dívida
Entre os títulos públicos existem duas modalida-
pública, entre outras despesas e receitas financeiras.
O principal motivo de retirar as despesas financei- des: os títulos sem cupom e os títulos com cupom.
ras é evidenciar de forma concreta a fonte primária de Títulos sem cupom pagam seus juros apenas no
aumento da dívida pública. É necessário saber que o vencimento dos títulos; enquanto títulos com cupom
Déficit Primário é a fonte primária da dívida pública. pagam no vencimento e juros periódicos (trimestrais,
semestrais etc.).
00

Déficit Operacional
5-
21

É o “Déficit Real” por assim dizer, neste cálculo, é Importante!


.
70

deduzido do déficit efeitos da inflação e do pagamento Títulos Sem Cupom pagam juros Apenas no
.4

de juros da dívida. Lembre-se que o Déficit Operacio-


vencimento dos títulos.
49

nal deduz a Inflação e o Pagamento de Juros de seu


Títulos Com Cupom pagam juros Periódicos.
-0

cálculo.
ar
és

NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO A rentabilidade de títulos com o sem cupom costu-


C

mam ser bem parecidas, mudando apenas a frequên-


o

Como uma família, o Brasil também necessita de cia de pagamento.


dr

financiamento para suas atividades, a maneira mais


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

usual de País financiar suas atividades é por meio da


Títulos sem Cupom
Emissão de Títulos Públicos, em resumo:
São títulos públicos sem cupom:
z A maneira mais óbvia de financiar este déficit é
tomando recursos emprestados do setor privado,
por meio da venda de títulos públicos; z LFT – Letra Financeira do Tesouro (Tesouro
z Os títulos públicos não podem ser adquiridos dire- Direto Selic): Pós Fixado, atrelado à SELIC. Por ser
tamente pelo BACEN; pós fixado é recomendado em cenários de alta de
z Os Títulos Públicos são referenciados pela taxa SELIC;
SELIC; z LTN – Letra do Tesouro Nacional: Pré Fixado, o
z Quando o governo precisa de financiamento, investidor já sabe no momento da contratação a
normalmente sobe a taxa SELIC, o que causa um rentabilidade do papel;
maior interesse por títulos públicos; z NTN-B (Principal): Notas do Tesouro Nacional
z Um Aumento da Taxa SELIC, tira moeda da Eco- Série B. Título atrelado à inflação (IGPM ou IPCA)
nomia, já que os investidores tendem a preferir bom para o investidor que quer proteger seu
comprar títulos. ganho real. 173
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Títulos com Cupom No entanto, são as necessidades ou finalidades
que determinam o montante do crédito, pois, não
São títulos públicos com cupom: é aceitável, solicitar um crédito de montante elevado
para comprar um carro.
z NTN-B: Atrelada a Inflação (IPCA ou IGPM); É igualmente aceitável que o risco que a Entidade
z NTN F: Pré-Fixado. Financeira está disposta a correr pela concessão de
determinado montante seja condicionado a um cola-
teral ou garantia que lhe proporcionará a segurança
ou conforto para disponibilização desse montante.
Assim sendo, o montante, de grosso modo, es-
PRODUTOS BANCÁRIOS: NOÇÕES
tá condicionado pela finalidade, risco e garantias
DE CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO, associadas.
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR,
CRÉDITO RURAL, POUPANÇA, z Prazo (é o tempo para devolver o dinheiro ao
banco acrescido dos juros da operação)
CAPITALIZAÇÃO, PREVIDÊNCIA,
CONSÓRCIO, INVESTIMENTOS E Período no qual o montante terá que ser resti-
SEGUROS tuído à Entidade Financeira, este varia de acordo
com as preferências e necessidades subjacentes ao
Crédito é um conceito presente no dia a dia das pedido de crédito.
pessoas e empresas, mais do que possamos imaginar A título de exemplo, não é considerado correto,
a princípio. Todos nós estamos continuamente às vol- proporcionar um crédito para comprar carro com um
tas com o dilema de uma equação simples: a constante prazo demasiado alargado, pois se considera que o
combinação de nossos recursos finitos com o conjun- prazo de 4 a 6 anos é um período aceitável para este
to de nossas imaginações e necessidades infinitas, tipo de crédito.
gerando desta forma a procura por Crédito. De igual modo, a garantia do crédito surge nova-
Por outro lado, a Política de Crédito de um banco é mente como variável determinante na definição
um assunto de extrema importância para o concessor do prazo do empréstimo, pois, oferece-se como cola-
de crédito, pois fornece instrumentos que auxiliam teral o penhor de um depósito a prazo, então pode-
na hora da decisão de emprestar ou não, funcionando rá negociar o prazo do seu crédito permitindo maior
como orientadores da concessão. flexibilidade.
E como a literatura técnica define crédito? Assim sendo, o prazo apresenta-se flexível e rela-
ciona-se com a finalidade do crédito e a garantia
Crédito é todo ato de vontade ou disposição de associada.
alguém de destacar ou ceder, temporariamen-
te, parte do seu patrimônio a um terceiro, com a z Prêmio ou Juros (é o famoso pagamento que
expectativa de que esta parcela volte a sua posse você dá à instituição para ela te emprestar o
integralmente, após decorrido o tempo estipula-
dinheiro)
do. (Wolfgang Kurt Schrickel)
Surge como compensação pela antecipação do
00

Em outras palavras: “crédito é a expectativa


montante necessário para a satisfação das necessida-
5-

gerada através da disponibilidade de uma quantia


21

des de consumo ou bem-estar. Do ponto de vista das


em dinheiro para uma pessoa, dentro de um espa-
Entidades Financiadoras ou Bancos é considerado o
.
70

ço de tempo limitado”.
Para uma instituição financeira, a palavra crédito lucro, ou a variável que carrega a parte dos lucros.
.4

Regra geral, a taxa de juro pode ser fixa ou variá-


49

é sinônima de confiança. A atividade bancária funda-


vel sendo que a primeira permite maiores níveis de
-0

menta-se nesse princípio, que envolve a instituição


propriamente dita, seu universo de clientes, empre- segurança para o consumidor, pois permite saber
ar

gados e o público em geral. Afinal, confiança é um antecipadamente o valor de todos os reembolsos. Já a


és

sentimento, uma convicção que se constrói ao longo segunda reflete a evolução do mercado, sendo que, o
C

do tempo, através de acontecimentos e experiências consumidor terá ganhos, se a variação for para menos
o

reais, da lisura, probidade, pontualidade, honestidade e terá gastos adicionais se a variação for para mais.
dr

de propósitos, cumprimento de regulamentos e com- De igual modo, a finalidade e garantia associada


Pe

promissos assumidos. ao pedido de crédito define o prêmio ou juros que


O banco, no exercício da sua função principal, que terá de suportar, pois, considera-se que o crédito ao
é a de intermediar recursos de terceiros, promover a consumo ou crédito de consumo, como os cartões de
captação de riquezas e poupanças, apoia-se nos prin- crédito ou crédito pessoal, possuem maiores taxas de
cípios da segurança e confiança para consolidação de juro que os créditos hipotecários para compra de casa,
um relacionamento construtivo. denominados créditos habitacionais.
São 3 os elementos fundamentais do crédito, Assim sendo, o prêmio ou os juros surgem como
sendo eles: Montante; Prazo e Prêmio ou Juros. as variáveis determinantes do valor do dinheiro no
tempo, pois permite atualizar e compensar as Enti-
z Montante (é a “bufunfa” de fato, é o R$ que a dades financiadoras do custo em conceder o crédito
instituição vai liberar para você) em detrimento de outras opções de investimento.
O prêmio ou juros está igualmente condicionado
É o capital ou dinheiro do crédito. É o valor que à finalidade e garantia da operação, pois este será tão
irá receber emprestado para a satisfação das suas elevado quanto menor a importância da necessidade,
necessidades que, posteriormente, terá que devolver menor o valor da garantia ou maior nível de risco da
174 à Entidade Financiadora, o banco. operação.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É da conjugação destes três elementos que surge a z Vendor Finance
prestação do crédito, pois esta é a junção do capital,
prazo e os juros. É uma operação de financiamento de vendas
A prestação terá maior ou menor valor a depender baseadas no princípio da cessão de crédito, que per-
da taxa de juros e o tempo do empréstimo, mantendo- mite a uma empresa vender seu produto a prazo e
-se o capital constante. receber o pagamento à vista.
Em outras palavras, o reembolso do montante A operação de Vendor supõe que a empresa com-
financiado pode ser efetuado mediante o pagamento pradora seja cliente tradicional da vendedora, pois
de prestações que serão determinadas em função do será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao
tempo e do prazo. banco.
Fonte: http://www.artigonal.com/credito-artigos/3-elementos- A empresa vendedora transfere seu crédito ao
fundamentais-do-credito-3840068.html
banco e este, em troca de uma taxa de intermediação,
paga o vendedor à vista e financia o comprador.
Tendo por base a confiança, a concessão de crédito
A principal vantagem para a empresa vendedora é
também é baseada em dois elementos fundamentais:
a de que, como a venda não é financiada diretamente
por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos,
z A vontade do devedor de liquidar suas obrigações
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de
dentro das normas contratuais estabelecidas;
z A habilidade do devedor de assim fazê-lo, ou seja, fabricação, torna-se menor.
de pagar. É uma modalidade de financiamento de vendas
para empresas na qual quem contrata o crédito é
A vontade de pagar pode ser colocada sob o título o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o
Caráter, enquanto que a habilidade para pagar pode comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam
ser nominada tanto como Capacidade, quanto como de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma
Capital e Condições. param de recorrer aos empréstimos de capital de giro
nos bancos ou aos seus recursos próprios para não se
PRINCIPAIS MODALIDADES DE CRÉDITO descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.
Como em todas as operações de crédito, ocorre a
Para nossa prova consideramos mercado de cré- incidência do IOF, sobre o valor do financiamento,
dito tudo relacionado a crédito, entretanto vamos que é calculado proporcionalmente ao período do
salientar os tipos que nossa banca mais gosta de financiamento.
cobrar. Lembrando que quando uma instituição A operação é formalizada com a assinatura de um
financeira está liberando recursos, ela se encontra na convênio, com direito de regresso entre o banco e a
posição Ativa, ou seja, está liberando dinheiro para empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato
um deficitário e este deficitário deverá devolver o de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa
recurso ao banco, acrescentando uma taxa de juros vendedora, banco e empresa compradora).
pactuada entre as partes. As principais operações ati-
vas são: z Compror Finance

z O CDC – Crédito Direto ao Consumidor


00

Existe uma operação inversa ao Vendor, denomi-


nada Compror, que ocorre quando pequenas indús-
5-

Esta modalidade de crédito é a mais comum, pois é


21

trias vendem para grandes lojas comerciais. Neste


direcionada para diversas áreas, como: Automático,
.

caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador


70

Turismo, Salário/ Consignação (30% da renda, debi- do contrato, o próprio comprador é que funciona
.4

tado do contracheque) e o CDC para bens de consu-


49

como tal.
mo duráveis: carros, motos etc. Trata-se, na verdade, de um instrumento que dila-
-0

Admite garantias reais ou fidejussórias, ou até ta o prazo de pagamento de compra sem envolver o
ar

mesmo sem garantias. Obs.: Existe ainda o CDC-I (Cré- vendedor (fornecedor).
és

dito Direto ao Consumidor com Interveniência) que é


O título a pagar funciona como “lastro” para o
C

realizado quando o vendedor é o fiador ou avalista do


banco financiar o cliente que irá lhe pagar em data
o

cliente na operação, ou seja, o banco fornece crédito


dr

futura pré-combinada, acrescido de juros e IOF, sem


ao cliente, pois o vendedor está assumindo o risco da
Pe

incidência imediata da CPMF no empréstimo. Como o


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

operação junto ao banco, para que este libere o recur-


Vendor, este produto também exige um contrato mãe
so parcelado ao cliente.
definido as condições básicas da operação que será
z Hot Money efetivada quando do envio ao banco dos contratos-fi-
lhos, com as planilhas dos dados dos pagamentos que
Inicialmente uma aplicação financeira de curto serão financiados.
prazo, com alta rentabilidade. Trazido para o Brasil,
ganhou fama por ser uma linha de crédito destinada z Adiantamentos ou Descontos
a Pessoas Jurídicas.
Prazo de 1 até 29 dias, mas normalmente se con- Consistem basicamente em adiantar ao cliente
trata por até 10 dias. ou credor, um valor referente a um crédito que este
Para sanar problemas momentâneos de fluxo de receberá somente em uma data futura. Logo, aquele
caixa. crédito já contará no caixa do cliente ou da empresa.
Adaptável às mudanças bruscas nas taxas de O banco, por não ser mãe do cliente, cobra uma taxa
juros por ter como principal característica o curto de juros, que diminui do valor de face do título, ou
prazo. valor nominal. 175
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Exemplo: Um cliente possui um título, que tem valor de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse desse título
o cliente vai até o banco e solicita ao banco que adiante a ele o valor referente àquele título. O banco cobra uma
taxa de juros que diminui do valor de face do título um determinado valor, exemplo: o banco irá cobrar R$200,00
pela antecipação. Logo, o banco faz o crédito na conta do cliente no valor de R$800,00. O banco fica com a custódia
do papel, e quando o devedor pagar o título, o banco ficará com o valor de R$1.000,00. Lucrando, assim, R$200,00
na operação.
Esses títulos podem ser boleto, cartões de crédito, cheques pré-datados, duplicatas e notas promissórias.
Quando falamos de desconto de duplicatas, cheques ou notas promissórias, temos alguns detalhes:
Caso os títulos não sejam pagos pelo devedor, o banco tem direito de regresso contra o credor, ou cedente.
Ou seja, se o devedor não pagar o banco vai atrás do cliente (credor), para que este efetue o pagamento ao banco.

z Leasing ou Arrendamento Mercantil – Principal produto das Sociedades de Arrendamento Mercantil (S.A.M),
o leasing é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mercantil”. As partes desse
contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado, um banco ou socieda-
de de arrendamento mercantil, o arrendador, e, de outro, o cliente, o arrendatário.

O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário para sua
utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a vigência do
contrato, são do arrendatário. Residindo aí a principal vantagem do leasing, pois o arrendatário, ou seja o cliente
que irá usar o bem, o utilizará sem necessariamente ter sua propriedade, o que em um financiamento comum não
será possível, pois o cliente estaria comprando o bem e não apenas alugando. Desta forma, o Leasing é um serviço
e, por isso, não incide sobre suas operações o IOF, mas sim o Imposto Sobre Serviço, o ISS.
O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de
propriedade do arrendador. Esta opção deve ser indicada no momento da contratação.
Caso o cliente deseje/almeje ficar com o bem no final, deverá pagar ao Arrendador o Valor Residual Garantido
(VRG) que nada mais é do que um valor de mercado do bem. Este VRG pode ser diluído nas parcelas do aluguel
durante todo o contrato se assim for pactuado.
Duas das principais vantagens do Leasing são:

z A não incidência de IOF, e sim de ISS, o que torna a operação mais barata;
z A possibilidade, para as Pessoas Jurídicas, de deduzir do Imposto de Renda como despesa operacional as
parcelas do Leasing.

Como nos Empréstimos Normais é Possível Quitar o Leasing Antes do Prazo Definido no Contrato?

Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na regulamentação (art.
8º do Regulamento anexo à Resolução CMN 2.309, de 1996), o contrato não perde as características de arrenda-
mento mercantil. Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o contrato perde sua caracte-
rização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como de compra e venda a prazo
00

(art. 10 do citado Regulamento).


5-

Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa descaracterização pode
21

acarretar.
.
70
.4
49

BEM OBJETO DO
-0

LEASING
ar
és
C
o
dr
Pe

Arrendatário
Arrendador (Banco)
(Cliente)
Proprietário
Usuário

Deve vender o
bem após o fim do
Pode optar por ficar
contrato caso o
com o bem no final
cliente não o adquira
no final

QUADRO RESUMO
Leasing financeiro Leasing operacional
2 anos para bens com vida útil < 5 anos
Prazo mínimo de duração do leasing 90 dias
176 3 anos para bens com vida útil > 5 anos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
QUADRO RESUMO
Valor residual garantido - VRG Permitido Não permitido
Pactuada no início do contrato, normalmente
Opção de compra Conforme valor de mercado
igual ao VRG
Por conta do arrendatário ou da
Manutenção do bem Por conta do arrendatário (cliente)
arrendadora
Total dos pagamentos, incluindo o VRG, de- O somatório de todos os paga-
verá garantir à arrendadora o retorno finan- mentos devidos no contrato não
Pagamentos
ceiro da aplicação, incluindo juros sobre o poderá exceder 90% do valor do
recurso empregado para a aquisição do bem bem arrendado
Valor pré-fixado no contrato para exercer a opção de compra (Fonte: Banco Central)

OBS. 1: os bens que podem ser arrendados são móveis ou imóveis, nacionais ou estrangeiros. Para os estran-
geiros é necessário que estes estejam em uma lista elaborada pelo CMN.
OBS. 2: Sale and Leaseback (Apenas para bens Imóveis): tipo de Leasing em que o dono de um imóvel o
vende para uma Sociedade de Arrendamento, e no mesmo contrato a Sociedade de Arrendamento arrenda o bem
para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing financeiro e só para Pessoas Jurídicas.
OBS. 3: os bens objetos de arrendamento mercantil – Leasing, não podem ser arrendados ao próprio fabrican-
te do bem, ou seja, por exemplo: A Embraer que fabrica aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si.

Consórcio

Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas
previamente determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a seus
integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento.
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica prestadora de serviços com objeto social principal voltado
à administração de grupos de consórcio, constituída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima.
A adesão de um consorciado a um grupo de consórcio se dá mediante assinatura de contrato de participação.
Nesse contrato, devem estar previstos os direitos e os deveres das partes, tais como a descrição do bem a que o
contrato está referenciado e seu respectivo preço (que será adotado como referência para o valor do crédito e
para o cálculo das parcelas mensais do consorciado). No contrato deve haver, ainda, as condições para concorrer
à contemplação por sorteio, bem como as regras da contemplação por lance.
O interesse do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse individual do consorciado. Os grupos de consór-
cio caracterizam-se como sociedade não personificada com patrimônio próprio, o qual não deve ser confundido
com o patrimônio dos demais grupos nem com o da administradora. ​
Contemplação no consórcio:
00

z A contemplação é atribuição de crédito ao consorciado para a aquisição de bem ou serviço;


5-

z As contemplações podem ocorrer por meio de sorteios ou lances;


21

z A contemplação por lance somente pode ocorrer depois de efetuadas as contemplações por sorteio ou se estas
.
70

não forem realizadas por insuficiência de recursos do grupo de consórcio;


.4

z Uma vez contemplado, o consorciado terá a faculdade de escolher o fornecedor e o bem desde que respeitada
49

a categoria em que o contrato estiver referenciado;


-0

z O fato de a administradora eventualmente ser vinculada a alguma concessionária, revendedora ou montadora


de bens não pode restringir a liberdade de escolha do consorciado.
ar
és

O Banco Central (BC) é responsável pela normatização, autorização, supervisão e controle das atividades do
C

sistema de consórcios, com foco na eficiência e solidez das administradoras e cumprimento da regulamentação
o
dr

específica.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

As questões inerentes às relações de consumo entre clientes e usuários das instituições financeiras e das admi-
nistradoras de consórcio estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor, cabendo aos órgãos integrantes do
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) fazer a mediação dessas questões.
As administradoras de consórcio devem remeter periodicamente ao BC informações contábeis e não contábeis
sobre as operações de consórcio.
Fonte: bcb.gov.br

CRÉDITOS ROTATIVOS

Os créditos rotativos nada mais são do que operações em que o devedor pode reutilizar o valor liberado pelo
banco sempre que liquidar a operação anterior.

Conta Garantida

Caracteriza-se por um valor disponibilizado pelo banco ao cliente em uma conta de não livre movimentação,
onde o mesmo só pode movimentá-la por cheque ou transferência. 177
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Resumindo, é um saldo em uma conta que, caso o cliente não tenha fundos na sua conta corrente de livre
movimentação, esta conta cobre a emissão de cheques e outros compromissos, desde que haja aviso prévio do
pedido de movimentação, além da provável exigência de garantias para a liberação do recurso solicitado.

Cheque Especial

Crédito de caráter rotativo que se destina a cobrir emissão de cheques de clientes PF ou PJ que não tenham
saldo disponível em sua conta. Estes valores ficam disponíveis para o cliente movimentá-los com seus cheques,
cartões, TED e DOC. Os juros são mensais e não há necessidade de amortização mensal do saldo devedor, bastando
o cliente pagar os juros e IOF do período utilizado.
Para conta de depósitos à vista titulada por pessoas naturais, ou seja, pessoas físicas e por microempreen-
dedores individuais (MEI), as taxas de juros remuneratórios cobradas sobre o valor utilizado do cheque especial
estão limitadas a, no máximo, 8% (oito por cento) ao mês.
É vedado à instituição financeira impor limite superior a R$500,00 (quinhentos reais), se o cliente optar pela
contratação de limite mais baixo, ou seja, se o cliente disser que quer o menor limite possível, o banco não pode
exigir que sejam 500 reais, pode ser menor.
A alteração de limites, quando não realizada por iniciativa do cliente, deve ser feita da seguinte forma:

z No caso de redução, ser precedida de comunicação ao cliente, com no mínimo trinta dias de antecedência;
z No caso de majoração, ser condicionada à prévia autorização do cliente, obtida a cada oferta de aumento de
limite.

Os limites podem ser reduzidos sem observância do prazo da comunicação prévia, desde que verificada dete-
rioração do perfil de risco de crédito do cliente, conforme critérios definidos na política de gerenciamento do
risco de crédito.

Cartão de Crédito

Consistem, basicamente, em uma linha de crédito rotativo, onde o cliente compra com o cartão e pode pagar
de uma só vez ou parcelado.
Conforme for pagando as faturas, o crédito vai sendo liberado novamente e pode ser reutilizado.
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à regula-
mentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts.
4º e 10 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a participação
de instituição financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central.
Vale lembrar que existem as instituições de pagamento, que nada mais são do que instituições não financei-
ras que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem
a regulamentação do CMN e do Bacen.
Hoje no Brasil prevalece a Circular 3.885/2018 que exige solicitação de autorização para funcionamento de
instituições de pagamento, que incluem as administradoras de cartões de crédito, apenas se ultrapassarem o
00

parâmetro de 500 milhões de reais em transações comuns ou 50 milhões em transações pré-pagas.


5-
21

Desta forma, não há uma regra que o Bacen autoriza funcionamento de administradoras de cartão, ficando
obrigatório apenas as que ultrapassarem os parâmetros acima.
.
70
.4

TIPOS DE INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO


49
-0

Gerencia conta de pagamento do tipo pré-pa- Exemplo: emissores dos cartões de vale-
Emissor de moeda eletrônica ga, na qual os recursos devem ser depositados -refeição e cartões pré-pagos em moeda
ar

previamente nacional
és

Gerencia conta de pagamento do tipo pós-pa- Exemplo: instituições não financeiras emissoras
C

Emissor de instrumento de paga-


ga, na qual os recursos são depositados para de cartão de crédito (o cartão de crédito é o ins-
o

mento pós-pago
pagamento de débitos já assumidos trumento de pagamento)
dr
Pe

Não gerencia conta de pagamento, mas habili- Exemplo: instituições que assinam contrato
Credenciador ta estabelecimentos comerciais para a aceita- com o estabelecimento comercial para acei-
ção de instrumento de pagamento tação de cartão de pagamento
Não gerencia conta de pagamento, mas habili- Exemplo: instituições que assinam contrato
Credenciador ta estabelecimentos comerciais para a aceita- com o estabelecimento comercial para acei-
ção de instrumento de pagamento tação de cartão de pagamento
Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br)

Tipos de Cartão de Crédito

Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico é aquele utilizado
somente para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. Já o cartão diferenciado
é aquele cartão que, além de permitir a utilização na sua função clássica de pagamentos de bens e serviços, está
associado a programas de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como programas
de milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no exterior
178 etc.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O cartão de crédito básico é de oferecimento Vale destacar que caso o cliente não pague a fatu-
obrigatório pelas instituições emissoras de cartão de ra por completo, o saldo devedor será financiado pelo
crédito, quando possuem o produto cartão de crédito Banco e não pela administradora do cartão, e cabe
em seu portifólio. Esse cartão básico pode ser nacio- ao Banco oferecer ao cliente opções de parcelamen-
nal ou internacional, mas o valor da anuidade do to alternativas mais baratas que os juros cobrados no
cartão básico deve ser menor do que o valor da anu- rotativo do cartão. Da mesma forma, caso o cliente
idade do cartão diferenciado, por este motivo o cartão queira parcelar uma fatura, pois está incapaz de efe-
básico não tem direito a participar de programas de tuar o pagamento total, quem parcelará será o Ban-
recompensas oferecidos pela instituição emissora. co e não a administradora do cartão, pois estas estão
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões proibidas pelo Bacen a realizarem tal operação.
de loja que só podem ser usados na rede da loja espe-
cifica, por exemplo: Renner e Riachuelo. E os Co-Bran- Na verdade, os financiamentos são feitos por bancos,
ded Cards, que são cartões de crédito que fazem pois administradoras de cartão de crédito são proibi-
parcerias com outras empresas de grande nome no das de financiar seus clientes. Nesses casos, o detentor
mercado, exemplo: Itaú TAM fidelidade. do cartão de crédito aparecerá no SCR como cliente do
Além dessas classificações, o Banco Central, atra- banco, que é o real financiador da operação interme-
vés da resolução CMN nº 4.549, adicionou uma outra diada pela administradora de cartão de crédito.
classificação quanto ao pagamento dos valores das Fonte: FAQ Sistema de Informação de Crédito – BACEN
faturas que são: cartão com rotativo regular e cartão
com rotativo não regular. Com base nisto que aprendemos, é bom saber que
O rotativo regular: Pagamento apenas do míni- para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura
mo e não parcela o restante, situação em que adere completa de instituições financeiras, credenciadores,
ao crédito rotativo regular, em que se sujeita o titu- bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
lar do cartão ao pagamento dos juros e dos encargos Instituições Financeiras ou Emissor: é o banco
financeiros previstos em contrato, sendo vedada a ou uma instituição não bancária que fornece o car-
cobrança de juros adicionais punitivos (comissão de tão de crédito e/ou débito para o cliente (titular do
permanência). cartão). É quem se relaciona com o titular do cartão,
O rotativo não regular: Pagamento de valor infe- estabelecendo os limites de crédito, enviando o cartão
rior ao mínimo, sem parcelamento: cliente fica ina- para utilização, emitindo as faturas e aprovando as
dimplente, podendo ser aplicados os procedimentos compras realizadas nas lojas.
previstos no contrato para situações de inadimple- Credenciador: responsável pela filiação dos esta-
mento: juros do crédito rotativo (por dia de atraso belecimentos comerciais para uso de cartões nas ope-
sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não rações de venda. É responsável pelo fornecimento e
liquidado); multa de 2% sobre o principal; e juros de manutenção dos equipamentos de captura, a trans-
mora de 1% ao mês. Atenção! O prazo máximo de uti- missão dos dados das transações eletrônicas e os cré-
lização de crédito rotativo é de 30 dias, até o venci- ditos em conta corrente do estabelecimento comercial.
mento da fatura subsequente. Estabelecimento Credenciado: empresa de qual-
quer porte, incluindo o empreendedor individual ou
Tarifas Cobradas profissional autônomo que aceita o sistema de cartões
com suas respectivas bandeiras nas vendas de bens
00

Os bancos só podem cobrar 5 tarifas, considera- ou serviços.


5-

Bandeira: é quem licencia a marca para o emissor


21

das prioritárias, referentes à prestação de serviços de


cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via e para o credenciador e coordena o sistema de apro-
.
70

do cartão, tarifa para uso na função saque (nacional vação, compensação e liquidação dos créditos. A Visa,
.4

ou internacional), para uso do cartão no pagamento Mastercard, Diners Club e American Express são exem-
49

de contas e no pedido de avaliação emergencial do plos de bandeiras internacionais e a Hipercard, Elo,


-0

limite de crédito. Sorocred, Sicred são bandeiras nacionais ou regionais


ar

Podem ser cobradas ainda tarifas pela contrata-


és

ção de serviços de envio de mensagem automática Cartão BNDES


C

relativa à movimentação ou lançamento na conta


o

de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo O Cartão BNDES é um produto que, baseado no
dr

fornecimento de plástico de cartão de crédito em conceito de cartão de crédito, visa financiar os inves-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

formato personalizado, e ainda pelo fornecimen- timentos dos Micro Empreendedores Individuais
to emergencial de segunda via de cartão de crédi- (MEI), Micro Empresas e das micro, pequenas e
to. Esses serviços são considerados “diferenciados” médias empresas de controle nacional.
pela regulamentação. Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com fatu-
Todas essas tarifas devem estar previstas em con- ramento bruto anual de até R$ 300 milhões), (caso
trato e são cobradas exclusivamente pela administra- a empresa pertença a grupo ou conglomerado, o fatu-
dora do cartão. ramento bruto total de todas as participantes deve ser
somado e não pode exceder o limite de 300 milhões),
sediadas no País, de controle nacional, que exer-
Importante! çam atividade econômica compatíveis com as Políti-
cas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam
Atualmente não existe valor mínimo para paga- em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais.
mento de fatura de cartão de crédito, ficando as O cartão BNDES Agro é também um produto
instituições financeiras livres para decidir qual baseado no conceito de cartão de crédito, entretanto é
o valor mínimo para o pagamento das faturas voltado apenas para pessoas físicas e visa financiar
pelos clientes. investimentos em produtos rurais em seus negócios. 179
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O portador do Cartão BNDES poderá comprar exclusivamente os itens expostos no Portal de Operações do
Cartão BNDES (www.cartaobndes.gov.br) por fornecedores previamente credenciados.
As 11 Instituições financeiras emissoras atuais do Cartão BNDES são:

Banco do
Brasil
Banco
Sicredi do
Nordeste

Sicoob Santander

EMISSORES

Itaú Banestes

Caixa Banrisul

BRDE Bradesco

Bandeiras de cartão de crédito: Cabal, Elo, MasterCard e Visa.

As condições financeiras em vigor são: Limite de crédito de até R$ 2 milhões por cartão, por banco
emissor.
00

z Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses.


z Taxa de juros pré-fixada (informada na página inicial do Portal).
5-
21

Obs. 1: o limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo banco emissor do cartão, após a respectiva aná-
.
70

lise de crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES de cada bandeira por banco emissor, podendo somar
.4

seus limites numa única transação.


49

Obs. 2: o cliente pode obter um Cartão BNDES em quantos bancos emissores ele desejar. Caso um banco emis-
-0

sor trabalhe com mais de uma bandeira de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse banco, um Cartão
ar

BNDES de cada bandeira, desde que a soma dos limites não ultrapasse R$2 milhões.
és

Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): Os bancos estão autorizados a cobrar a TAC desde que esta não exceda 2%
C

do limite de crédito concedido. OF (Imposto sob Operação Financeira) no cartão BNDES agora pode ser cobrado,
o

devido ao Decreto Nº 8.511 de agosto de 2015.


dr
Pe

Crédito Rural

É uma linha de crédito barata, com taxas determinadas por legislação que buscam ajudar aos produtores
rurais e suas cooperativas em suas atividades. Beneficiários:

z Produtor rural (pessoa física ou jurídica);


z Cooperativa de produtores rurais;
z Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, dedique-se a uma das seguintes atividades:

„ Pesquisa ou produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;


„ Pesquisa ou produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
„ Prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em imóveis rurais, inclusive para proteção
do solo;
„ Prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis rurais;
„ Medição de lavouras;
180 „ Atividades florestais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Cuidado! Sindicatos rurais estão fora, ou seja, não Taxa de Juros
podem ser beneficiários do crédito rural.
Pode ser concedido, com finalidades especiais, A taxa de juros máxima admitida no crédito rural
crédito rural a pessoa física ou jurídica que se dedi- é de 6% a.a. (seis por cento), podendo ser reduzidas a
que à exploração da pesca e da aquicultura, com critério da instituição financeira e escalonada confor-
fins comerciais, incluindo-se os armadores de pes- me origem dos recursos dos Fundos Constitucionais
ca. (Resolução BACEN 4.106/2012)
(FNE, FNO e FCO).
O tomador do crédito está sujeito à fiscalização da
Instituição Financeira.
Quais são os Limites de Financiamento?
Da Origem dos Recursos
O limite de crédito de custeio rural, por benefi-
Controlados/Obrigatórios: são controlados por ciário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional
Lei, ou seja, exige-se que sejam repassados ao cré- de Crédito Rural (SNCR), é de R$3.000.000,00 (três
dito rural. milhões de reais), devendo ser considerados, na apu-
Caso os bancos descumpram esta exigência, ração desse limite, os créditos de custeio tomados com
pagam multa e o valor desta multa será revertida recursos controlados, exceto aqueles tomados no
em recursos ao credito rural. âmbito dos fundos constitucionais de financiamento
regional ou aqueles cuja origem do recurso sejam as
z Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigibili- Letras de Crédito do Agronegócio.
dade de depósito à vista); Nas operações de investimento, o limite de crédi-
z Os das Operações Oficiais de Crédito sob supervi-
to dependerá do objeto a ser adquirido e da disponibi-
são do Ministério da Economia;
z Os de qualquer fonte destinados ao crédito lidade da instituição financeira, pois é vedado utilizar
rural na forma da regulação aplicável, quando recursos controlados/obrigatórios para operações de
sujeitos à subvenção da União, sob a forma de investimentos, exceto se disposto em norma específi-
equalização de encargos financeiros, inclusive os ca, que são as linhas que utilizam recursos da Poupan-
recursos administrados pelo Banco Nacional de ça Rural e de linhas de crédito do BNDES. Além disso
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); devem ser observados os seguintes prazos:
z Os oriundos da poupança rural, quando aplicados
segundo as condições definidas para os recursos z Investimento fixo: 12 (doze) anos;
obrigatórios; z Investimento semifixo: 6 (seis) anos, exceto
z Os dos fundos constitucionais de financiamento quando se tratar de aquisição de animais para
regional;
reprodução ou cria, cujo prazo será de até 5 (cin-
z Os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Fun-
co) anos, incluído até 12 (doze) meses de carência.
café).
z Letra de Crédito do Agro Negócio/LCA. (Novo!)
Para a comercialização o valor máximo será
Não controlados: todos os demais. O banco capta liberado de acordo com a garantia ofertada que pode-
se quiser e empresta como quiser. rá ser de até 4,5 milhões se as garantias forem de
00

Nota Promissória Rural ou uma Duplicata Rural,


5-

Quais são as Modalidades da Operação? Resolução podendo chegar a 25 milhões para Financiamento
21

CMN 4.899, de 2021 Especial de Estocagem (FEE) de sementes, com recur-


.
70

sos controlados.
z Custeio: destina-se a cobrir despesas normais
.4

Para o crédito de industrialização limite do cré-


49

dos ciclos produtivos como aquisição de bens e dito para as operações de industrialização, ao ampa-
-0

insumos, suplemento do capital de trabalho, além ro dos recursos controlados, é de R$1.500.000,00 (um
de atender às pessoas dedicadas à extração de pro- milhão e quinhentos mil reais) por tomador, em cada
ar

dutos vegetais. (é comprar insumos para plantar


és

ano agrícola e em todo o SNCR, onde, no mínimo, 50%


grãos, vegetais, etc.).
C

(cinquenta por cento) da produção a ser beneficiada


z Investimentos: destina-se às aplicações em bens
o

ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários ou processada deve ser de produção própria do pro-
dr

períodos de produção. (Modernização) dutor rural, da cooperativa de produção ou de asso-


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

z Comercialização: destina-se a assegurar ao pro- ciados; podendo chegar a 400 milhões, com recursos
dutor ou cooperativas os recursos necessários à dos fundos constitucionais, se tomado por cooperati-
colocação de seus produtos no mercado, poden- vas de produção agropecuárias
do compreender a pré-comercialização, os des-
contos de Nota Promissória Rural, Duplicatas O que é Nota Promissória Rural?
Rurais e o Empréstimo do Governo Federal (EGF).
z Crédito de industrialização: destina-se a produ- Título de crédito, utilizado nas vendas a prazo
tor rural para industrialização de produtos agro- de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril,
pecuários em sua propriedade rural, desde que, no
quando efetuadas diretamente por produtores rurais
mínimo, 50% (cinquenta por cento) da produção
ou por suas cooperativas; nos recebimentos, pelas
a ser beneficiada ou processada seja de produção
própria; e a cooperativas, na forma definida no cooperativas, de produtos da mesma natureza entre-
Manual do Crédito Rural, desde que, no mínimo, gues pelos seus cooperados, e nas entregas de bens de
50% (cinquenta por cento) da produção a ser bene- produção ou de consumo, feitas pelas cooperativas
ficiada ou processada seja de produção própria ou aos seus associados. O devedor é, geralmente, pessoa
de associados. física. 181
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O que é Duplicata Rural? O Proagro é o Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária. É um programa do governo federal que
Nas vendas a prazo de quaisquer bens de nature- garante o pagamento de financiamentos rurais quan-
za agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas do a lavoura sofrer danos provocados por eventos cli-
diretamente por produtores rurais ou por suas coo- máticos adversos ou causados por doenças e pragas
perativas, poderá ser utilizada também, como título sem controle.
do crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural
pelo vendedor, este ficará obrigado a entregá-la ou a z Prêmio de seguro rural, observadas as normas
remetê-la ao comprador, que a devolverá depois de divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros
assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica. Privados;
z Sanções pecuniárias, as famosas MULTAS por
Como Pode ser Liberado o Crédito Rural? descumprimento de normas, que acabam virando
recursos para o crédito rural.
De uma só vez ou em parcelas, por caixa ou em z Prêmios em contratos de opção de venda, do mes-
conta de depósitos, de acordo com as necessidades do mo produto agropecuário objeto do financiamento
empreendimento, devendo sua utilização obedecer a de custeio ou comercialização, em bolsas de mer-
cronograma de aquisições e serviços. cadorias e futuros nacionais, e taxas e emolumen-
Para liberação do crédito rural a instituição finan- tos referentes a essas operações de contratos de
ceira pode exigir um projeto, podendo este ser dis- opção.
pensado caso haja garantias de Notas Promissórias
Rurais ou Duplicatas Rurais. Nenhuma outra despesa pode ser exigida do
Os objetivos do crédito rural são: mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à
sua conta pela instituição financeira ou decorrente de
z Estimular os investimentos rurais efetuados pelos expressas disposições legais. Cuidaso! A Alíquota do
produtores ou por suas cooperativas; IOF é zero, mas existe um IOF adicional de 0,38%
sobre o Crédito Rural.
z Favorecer o oportuno e adequado custeio da produ-
ção e a comercialização de produtos agropecuários;
Quando Deve ser Realizada a Fiscalização do Crédito
z Fortalecer o setor rural;
Rural?
z Incentivar a introdução de métodos racionais no
sistema de produção, visando ao aumento de pro-
Deve ser efetuada nos seguintes momentos:
dutividade, à melhoria do padrão de vida das popu-
lações rurais e à adequada utilização dos recursos
z Crédito de custeio agrícola: antes da época previs-
naturais;
ta para colheita;
z Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e
z Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso
regularização de terras pelos pequenos produ-
da operação;
tores, posseiros e arrendatários e trabalhadores
z Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez
rurais;
no curso da operação, em época que seja possível
z Desenvolver atividades florestais e pesqueiras;
00

verificar sua correta aplicação;


z Estimular a geração de renda e o melhor uso da z Crédito de investimento para construções, refor-
5-

mão de obra na agricultura familiar.


21

mas ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão


.

do cronograma de execução, previsto no projeto;


70

As garantias da operação: z Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após


.4
49

cada utilização, para comprovar a realização das


z Penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou obras, serviços ou aquisições.
-0

cedular;
ar

z Alienação fiduciária; Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos


és

z Hipoteca comum ou cedular; recursos orçamentários, o desenvolvimento das ati-


C

z Aval ou fiança; vidades financiadas e a situação das garantias, se


o

z Seguro rural ou ao amparo do Programa de Garan-


dr

houver.
tia da Atividade Agropecuária (Proagro); (Isento de
Pe

IOF) FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO E


z Proteção de preço futuro da commodity agrope- IMPORTAÇÃO – BNDES
cuária, inclusive por meio de penhor de direitos,
contratual ou cedular; Financiamentos à importação - são linhas de
z Outras que o Conselho Monetário Nacional admitir. crédito captadas no exterior para financiamento aos
importadores por um prazo negociado com o banco.
A que tipo de despesas está sujeito o crédito rural? Podem ser obtidas pelo importador com o banqueiro
no exterior ou com o banco brasileiro.
z Remuneração financeira (taxa de juros); Financiamentos à exportação - são linhas de cré-
z Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e dito que podem ser com recursos do BNDES (Banco
Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
Valores Mobiliários (IOF); dos bancos nacionais e do Tesouro Nacional, já que é
z Custo de prestação de serviços; de interesse do país que ocorra a exportação para que
z As previstas no Programa de Garantia da Ativida- ocorra a entrada de divisas no país.
182 de Agropecuária (Proagro); Entre as linhas de financiamento, podemos citar:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z ACC – Adiantamento sobre Contrato de Câmbio O novo Código Civil exige a autorização do cônju-
- Forma de antecipação de receita para exporta- ge, casado sob o regime de comunhão parcial e total
dores que já tenha fechado o contrato de venda e de bens, para a prestação de aval, sob pena de invali-
que, portanto, já tenham uma data prevista para dade das respectivas garantias.
o embarque das mercadorias e posterior ingresso No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso
das divisas. o devedor não o faça. Vencido o título, o credor pode
cobrar indistintamente do devedor ou do avalista.
O contrato de câmbio será negociado com um O aval é uma garantia tipicamente cambiária, ou seja,
banco local, que adianta ao exportador os reais equi- não vale em contrato, somente pode ser passado
valentes ao valor da exportação. O contrato de câmbio em títulos de crédito e o avalista se responsabiliza
pode ser encerrado, também, sem liquidação financei- apenas pelo valor expresso no título avalizado.
ra. É quando o ACC vira um ACE. Fiança Pessoal: É um contrato por meio do qual
alguém, chamado fiador, garante o cumprimento da
z ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues obrigação do devedor, caso este não o faça, ou garante
- Com o embarque das mercadorias e a entrega o pagamento de uma indenização ou multa pelo não
dos documentos, o ACC poderá ser contabilmente cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não
transformado em ACE ou, no caso do exportador fazer do afiançado. A fiança é uma garantia dada em
não ter feito ACC, o ACE pode ser solicitado em até contratos, ou seja, diferentemente do aval, a fiança
60 dias após o embarque. exige um contrato para ser formalizada.
Na fiança, existem três figuras distintas:
ACE é, portanto, um financiamento após o embar-
que das mercadorias com a entrega de documentos z O Fiador: aquele que se obriga a cumprir a obriga-
e depende da necessidade do exportador em esten- ção, caso o devedor não o faça;
der o prazo de pagamento para seus compradores z O Afiançado: é o devedor principal da obrigação
(importadores). originária da fiança;
z O Beneficiário: é o credor, aquele a favor do qual
GARANTIAS DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO a obrigação deve ser cumprida.

A fiança, em relação ao crédito, representa uma


As Garantias de operações de crédito existem como
obrigação subsidiária, ou seja, ela só existe até o
uma forma de proteção para os bancos e credores em
limite estabelecido e somente pode ser cobrada
geral que querem garantir o pagamento, por parte do
caso o devedor não pague a dívida afiançada.
devedor, de compromissos assumidos por este para
A fiança é subsidiária, o que permite o direito
com os credores. As garantias possuem dois grandes
de ordem na execução da dívida, ou seja, o fiador,
grupos: Fidejussórias e as Reais.
ou codevedor, só efetivamente será executado após
As garantias Fidejussórias são relacionadas a pes-
cobrança ao devedor principal.
soas, ou seja, a garantia passa a ser uma pessoa física
Para ser solidária, ou seja, para que o fiador possa
ou jurídica. Já as garantias Reais envolvem bem ou
ser compelido a pagar, independentemente de o deve-
direitos que são dados em garantia do cumprimento
dor já ter ou não sido acionado para fazê-lo, deverá
de alguma obrigação, por exemplo: veículos, imóveis,
conter cláusula específica.
00

títulos de crédito e até direitos de crédito.


A fiança pode ser dada por qualquer pessoa capaz
5-

física ou jurídica. Quando o fiador, pessoa física for


21

Garantias Fidejussórias casado, é obrigatório o consentimento do cônjuge.


.
70

Na avaliação dos bens do(s) fiador (es) não se conta o


.4

Do prefixo latino “fides”, fé, sinceridade, crença, bem de família – único imóvel residencial – por força da
49

confiança, crédito, esse tipo de garantia está baseada impenhorabilidade prevista na Lei n° 8.009, de 1990 e no
-0

na fidelidade do garantidor em cumprir a obrigação, Código Civil. Esse bem de família somente pode respon-
caso o devedor não o faça e, de outro lado, na confian-
ar

der pela dívida se for recebido em garantia hipotecária.


és

ça do credor, no retorno de seu crédito, seja por parte Fiança Bancária: Nada mais é do que um contra-
do devedor ou por parte do garantidor.
C

to por meio do qual o banco, que é o fiador, garante


Nessa garantia, a assinatura do garantidor será a
o

o cumprimento da obrigação de seus clientes (afian-


dr

garantia do cumprimento das obrigações assumidas çado) e poderá ser concedido em diversas modalida-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

pelo devedor, ou até mesmo os bens pessoais do des de operações e em operações ligadas ao comércio
garantidor respondem pelo cumprimento da dívida internacional.
do devedor. Nesta categoria, estão o aval e a fiança. A fiança nada mais é do que uma obrigação escri-
ta, acessória, assumida pelo banco, e que, por se tratar
z Aval: ato pelo qual alguém, pela aposição de sua de uma garantia e não de uma operação de crédito,
assinatura no verso ou anverso de um título de está isenta do IOF.
crédito, declara-se responsável solidariamente Os Bancos somente poderão prestar fiança que
com o devedor pelo pagamento da quantia expres- tenha perfeita caracterização do valor em moeda
sa no título. nacional e vencimento, ou seja, o prazo de validade
da fiança.
Ou seja, o Aval é uma garantia dada em Títulos de Além disso, os bancos não poderão contratar fian-
Crédito e é solidária, ou seja, tanto o devedor como ças que acumulem valor superior a 5 vezes o montan-
seu garantidor, o avalista, podem ser executados pelo te dos seus capitais realizados e reservas livres, bem
credor na ordem que este preferir. Desta forma, dize- como as fianças não poderão, isoladamente, superar
mos que o aval é avacalhado, ou seja, bagunçado e a metade da soma dos recursos livres e dos capitais
sem ordem de execução. realizados. 183
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É vedado aos bancos: O contrato lastreado por garantia de penhor mer-
cantil é levado a registro no Cartório de Títulos e
z A assunção de responsabilidades por aval ou Documentos, para que surta os efeitos legais contra
outorga de aceite; terceiros. A origem/propriedade do bem a ser penho-
z A concessão de fiança ou qualquer outra garantia rado é comprovada através de documentação hábil.
que possa, direta ou indiretamente, ensejar aos De acordo com o Código Civil, extingue-se o penhor:
favorecidos a obtenção de empréstimos em geral,
ou o levantamento de recursos junto ao público; z Extinguindo-se a obrigação;
z A concessão de aval ou fiança em moeda estran- z Perecendo a coisa;
z Renunciando o credor;
geira ou que envolva risco de variação de taxas
z Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades
de câmbio, exceto quando se tratar de operações
de credor e de dono da coisa;
ligadas ao comércio exterior.
z Dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou
A prestação de fiança pela Caixa Econômica Fede- por ele autorizada.
ral depende de prévia e expressa autorização deste
Banco Central, em cada caso. As Sociedades de Crédi- Alienação Fiduciária: É a garantia representa-
to, Financiamento e Investimentos não poderão pres- da pela transferência da propriedade resolúvel
tar fiança nem aval. do bem móvel para o credor fiduciante, ficando o
As informações anteriores não se aplicam aos ban- devedor fiduciário na posse direta desse bem, na
cos privados de investimento ou de desenvolvimento, condição de fiel depositário, até o cumprimento total
os quais ficam regulados, no particular, pela Resolu- das obrigações.
ção nº 18, de 18 de fevereiro de 1966. As demais Insti- Essa garantia veio resolver o problema das Socie-
tuições Financeiras, inclusive Cooperativas de Crédito dades Financeiras que, ao financiar a aquisição de
e Seção de Crédito das Cooperativas Mistas, não pode- bens móveis, utilizava-se de institutos obsoletos para
rão outorgar aceite, fiança ou aval. garantir o pagamento da obrigação. Esta garantia é
típica em financiamento de bens duráveis.
Garantias Reais Para o credor, esse tipo de garantia trouxe a novi-
dade de, caso o devedor não liquide sua obrigação
no vencimento, poderá requerer a ação de busca e
Como vimos na garantia pessoal, os bens gerais do
apreensão do bem alienado e, após se apossar des-
garantidor asseguram o cumprimento da obrigação.
se, vendê-lo a terceiros, aplicando o valor de venda
Já na garantia real (do latim res=coisa), o devedor ou
no pagamento de seu crédito, ou seja, com a alienação
garantidor destaca um bem específico que garantirá fiduciária, o bem pode ser executado sem o tramite
o ressarcimento do credor, na hipótese de inadim- judicial completo, bastando o devedor ser declara-
plência do devedor. Diante da hipótese de inadimple- do irremediavelmente insolvente, ou seja, não vai
mento do devedor, o credor pode oferecer à venda o pagar de jeito nenhum.
bem onerado, pagando-se com o preço obtido, devol- No entanto, convém salientar que o credor não
vendo ao devedor a diferença entre o valor da dívida pode ficar com o bem objeto da garantia, devendo
e o preço alcançado na venda. Caso o preço da venda vendê-lo, utilizando-se do valor da venda na liquida-
00

não baste para a liquidação da dívida, o devedor ção da operação.


5-

continua obrigado ao pagamento da diferença. Hipoteca – Direito real de garantia, constituído


21

O credor com garantia real não necessita habilitar- sobre imóvel do devedor ou de terceiros, sem tirá-
.
70

-se em concordata do devedor, visto que o bem garan- -lo da posse direta do proprietário, objetivando sujei-
.4

tidor da operação já está destacado em sua garantia. tá-lo ao pagamento da dívida.


49

Na hipótese de falência, vendido o objeto garantidor, Ou seja, diferentemente da alienação fiduciária,


-0

primeiramente o credor é pago e, restando algum aqui o devedor dá o bem em garantia, mas continua
ar

valor, é esse distribuído entre os credores quirogra- o dono dele, ou seja, não há transferência de pro-
és

priedade do devedor para o credor, mas apenas a


fários. Se o valor da venda não for suficiente para o
C

sinalização de que aquele imóvel é uma garantia de


ressarcimento do credor, esse deverá habilitar-se no
o

uma operação de crédito e, caso ele seja vendido, o


dr

processo de falência pela diferença, na qualidade de


valor arrecadado será voltado preferencialmente a
Pe

credor quirografário. quitação da dívida contraída.


A hipoteca pode ser formalizada em um Instru-
Penhor mento à parte ou por cláusula adjeta a contratos de
empréstimos, mas em qualquer caso é obrigatória a
Penhor Mercantil – Contrato acessório e formal, averbação na matrícula do imóvel junto ao Cartório
em que o devedor, ou outra pessoa por ele, entrega de Registro de Imóveis.
ao credor um ou vários bens móveis, como garantia Quando o imóvel for de propriedade de pessoa
de obrigação. física casada, é obrigatório o comparecimento de seu
cônjuge na hipoteca.
Finalmente, convém salientar que toda garan-
Importante! tia é acessória de uma obrigação principal e que,
portanto, com a extinção da obrigação principal, a
O bem, objeto dessa garantia, obrigatoriamente garantia deixa de existir. Por outro lado, a garantia
fica na posse do banco ou de quem este indi- se prende somente à obrigação garantida, não poden-
car como fiel depositário. A Propriedade é do do, por ato unilateral do credor se estender a outra
184 devedor! obrigação, ainda que as partes sejam as mesmas.
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FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO z Letras de crédito do agronegócio (LCA);
z Operações compromissadas que têm como objeti-
Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197, de vo títulos emitidos após 8 de março de 2012 por
31/08/1995, o Conselho Monetário Nacional - CMN auto- empresa ligada.
riza a “constituição de entidade privada, sem fins lucrati-
vos, destinada a administrar mecanismos de proteção Para que o fundo possua recursos, são necessárias
a titulares de créditos contra instituições financeiras”. contribuições MENSAIS das instituições que fizeram
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento adesão ao FGC.
da nova entidade são aprovados. Cria-se, portanto, A contribuição ordinária é de 0,01% e as espe-
o Fundo Garantidor de Créditos - FGC, associação ciais, para garantir os DPGEs (Depósitos a Prazo com
civil sem fins lucrativos, com personalidade jurí- Garantia Especial) de 0,02% com garantias reais e
dica de direito privado, através da Resolução 2.211, 0,03% sem garantias reais. Essas garantias reais, são
de 16/11/1995. bens ofertados em garantia pela instituição financeira
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos para cobrir eventuais problemas de liquidez.
contra instituições dele associadas, nas situações de: Atenção, pois as Letras Imobiliárias não são mais
garantidas pelo FGC.
z Decretar da intervenção ou da liquidação extraju- A regra padrão é que o FGC garante os depósitos
dicial de instituição associada; até 250 mil reais por CPF/conta ou conglomerado
z Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, financeiro, entretanto para o DPGE – Depósitos a Pra-
do estado de insolvência de instituição associada zo com Garantia Especial do FGC – a garantia é de até
que, nos termos da legislação em vigor, não estiver 40 milhões de reais, o que o torna especial. Vale des-
sujeita aos regimes referidos no item anterior. tacar que nesta modalidade de investimentos não se
admite conta conjunta, mas apenas individual, desta
Integra também o objeto do FGC, consideradas as forma não há de se falar em dividir os 40 milhões para
finalidades de contribuir para a manutenção da esta- 2 ou mais pessoas na mesma conta.
bilidade do Sistema Financeiro Nacional e prevenção Essa modalidade de depósitos exige valor míni-
de crise sistêmica bancária, a contratação de opera- mo inicial de 1 milhão de reais e prazo mínimo de 12
ções de assistência ou de suporte financeiro, incluindo meses e máximo de 24 meses.
operações de liquidez com as instituições associadas, Algumas mudanças que ocorreram no FGC em
diretamente ou por intermédio de empresas por estas 2017.
indicadas, inclusive com seus acionistas controladores.
COMO ERA
Critérios para Pagamento
Garantia de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ e conglo-
merado financeiro, em depósitos cobertos pelo Fundo
O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por insti-
Garantidor de Créditos e emitidos por instituições as-
tuição financeira ou conglomerado.
sociadas à entidade
Limite de Cobertura Ordinária Não havia teto para garantia paga pelo FGC por CPF ou
CNPJ em qualquer período
Até R$250.000,00 por CPF, por conta ou conglome-
00

Investidores não residentes não contavam com a ga-


rado financeiro. Se a conta possuir mais de um titular, rantia do FGC
5-

o valor de 250 mil será dividido pelo número de titu-


21

COMO FICOU
lares, ou seja, não são 250 mil por cada, mas sim por
.
70

todos, ok? Limite permanece inalterado


.4

Teto de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, a cada período


49

Adesão Compulsória de 4 anos, para a garantia paga pelo FGC


-0

Investidores não residentes passam a contar com a ga-


ar

A adesão das instituições financeiras e as associa-


rantia, para investimentos elegíveis.
és

ções de poupança e empréstimo em funcionamento


C

no País - não contemplando as cooperativas de crédito


o

e as seções de crédito das cooperativas, é realizada de O FGCOOP – Fundo Garantidor do Cooperativismo


dr

forma compulsória. As autorizações do Banco Central


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

do Brasil para funcionamento de novas instituições O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou
financeiras estão condicionadas à adesão ao FGC. resolução que estabelece a forma de contribuição das
O FGC possui norma legal que explicita os critérios instituições associadas ao Fundo Garantidor do Coo-
e limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional perativismo de Crédito (FGCoop), bem como aprova
- Resolução 4.222, de 23 de maio de 2013. seu estatuto e regulamento. Conforme previsto na Reso-
lução nº 4.150, de 30/10/2012, esse fundo terá como ins-
Depósitos Garantidos tituições associadas todas as cooperativas singulares de
crédito do Brasil e os bancos cooperativos integrantes do
z Depósitos à vista (contas correntes); Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
z Depósitos de poupança; De acordo com seu estatuto, o FGCoop tem por
z Depósitos a prazo CDB e RDB; objetivo prestar garantia de créditos nos casos de
z Depósitos mantidos em contas não movimentáveis decretação de intervenção ou de liquidação extraju-
por cheques destinadas a salários; dicial de instituição associada, até o limite de R$250
z Letras de câmbio; mil reais por pessoa, bem como contratar operações
z Letras hipotecárias; de assistência, de suporte financeiro e de liquidez com
z Letras de crédito imobiliário; essas instituições. 185
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A contribuição mensal ordinária das instituições IV - autorizar:
associadas ao Fundo será de 0,01% dos saldos das a) a constituição e o funcionamento das enti-
obrigações garantidas, que abrangem as mesmas dades fechadas de previdência complementar,
modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de bem como a aplicação dos respectivos estatutos e
Créditos dos bancos, o FGC. regulamentos de planos de benefícios;

Entidades Fechadas de Previdência Complementar


Importante!
As entidades fechadas de previdência complemen-
As Cooperativas de Crédito e os Bancos Coo-
tar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma
perativos não fazem mais parte do FGC, ape-
de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos
nas fazem parte do FGCOOP. O FGCOOP (Fundo
e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados
Garantidor do Cooperativismo) que tem as mes-
de uma empresa ou grupo de empresas ou aos ser-
mas coberturas do FGC, mesmos critérios e
vidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e
mesmos objetivos.
dos Municípios, entes denominados patrocinadores
ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA caráter profissional, classista ou setorial, denomina-
das instituidores.
Como vimos anteriormente, além das Sociedades As entidades de previdência fechada devem seguir
de Capitalização, das seguradoras e das Entidades as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Mone-
Abertas de Previdência Complementar, existem as tário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25
Entidades Fechadas de Previdência complemen- de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos
tar. Entretanto, estas não são subordinadas ao CNSP recursos dos planos de benefícios.
nem, tampouco, são fiscalizadas pela SUSEP. Vejamos:
O Plano de Previdência Fechado
CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR Também conhecido como fundos de pensão, é cria-
do por empresas e voltado exclusivamente aos seus
Conselho Nacional de Previdência Complementar funcionários, não podendo ser comercializado para
(CNPC) é um órgão colegiado que integra a estrutura do quem não é funcionário daquela empresa.
Ministério da Economia, reunindo-se trimestralmen- A Superintendência Nacional de Previdência Com-
te, e cuja competência é regular o regime de previdên- plementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao
cia complementar operado pelas entidades fechadas de Ministério da Economia, responsável por fiscalizar
previdência complementar (fundos de pensão). as atividades das entidades fechadas de previdência
O CNPC é o novo órgão com a função de regular complementar (fundos de pensão).
o regime de previdência complementar operado Atenção! Em ambas as entidades a aplicação dos
pelas entidades fechadas de previdência comple- recursos das reservas é orientada pelo CMN.
mentar, nova denominação do Conselho de Gestão da
Previdência Complementar.
00

SUPERINTENDÊNCIA DE PREVIDÊNCIA
5-
21

COMPLEMENTAR (PREVIC)
.
70

Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009


.4
49

Art. 1º Fica criada a Superintendência Nacional de


-0

Previdência Complementar - PREVIC, autarquia de


ar

natureza especial, dotada de autonomia administra-


és

tiva e financeira e patrimônio próprio, vinculada ao


C

Ministério da Economia, com sede e foro no Distri-


to Federal e atuação em todo o território nacional.
o
dr

Parágrafo único. A Previc atuará como entidade


SOCIEDADES SEGURADORAS
Pe

de fiscalização e de supervisão das atividades das


entidades fechadas de previdência complementar
São entidades, constituídas sob a forma de socie-
e de execução das políticas para o regime de pre-
vidência complementar operado pelas entidades dades anônimas, especializadas em pactuar contrato,
fechadas de previdência complementar, observadas por meio do qual assumem a obrigação de pagar
as disposições constitucionais e legais aplicáveis. ao contratante (segurado), ou a quem este designar,
Art. 2º Compete à Previc: uma indenização, no caso em que advenha o risco
I - proceder à fiscalização das atividades das enti- indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio
dades fechadas de previdência complementar e estabelecido.
de suas operações;
II - apurar e julgar infrações e aplicar as penali- O Seguro
dades cabíveis;
III - expedir instruções e estabelecer procedimen- Contrato mediante o qual uma pessoa denomina-
tos para a aplicação das normas relativas à sua
área de competência, de acordo com as diretrizes
da Segurador, se obriga, mediante o recebimento de
do Conselho Nacional de Previdência Complemen- um prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada
tar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros,
186 10.683, de 28 de maio de 2003; previstos no contrato. (Circular SUSEP 354/07).
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Ou seja, o Segurador assume o risco do segurado e em O contrato de resseguro pode ser feito para cobrir
troca disto recebe um prêmio em dinheiro, logo, cabe ao um determinado risco isoladamente ou para garan-
Segurador decidir se aceita ou não o risco do segurado. tir todos os riscos assumidos por uma seguradora em
Para se proteger as seguradoras se valem de pes- relação a uma carteira ou ramo de seguros. O seguro
quisas e questionários sobre o segurado para buscar dos riscos assumidos por uma seguradora é definido
calcular a probabilidade de um evento acontecer ou por meio de um contrato de indenização.
não. Estes eventos são os fatos geradores ou, simples- Os Resseguradores fornecem proteção a varia-
mente, sinistros. Quando estes sinistros ocorrem o dos riscos, inclusive para aqueles de maior vulto e
segurador deve indenizar o segurado conquanto que complexidade que são aceitos pelas seguradoras. Em
o sinistro esteja previsto no contrato firmado entre os contrapartida, a cedente (segurador direto) paga um
dois. Este contrato chamamos de apólice. prêmio de resseguro, comprometendo-se a fornecer
informações necessárias para análise, fixação do pre-
As partes da proposta de seguro: ço e gestão dos riscos cobertos pelo contrato.
Resumindo, a seguradora fica com medo de dar
z Apólice: proposta formal aceita pela seguradora; um problema sério na apólice de seguro, ou o valor a
z Endosso: poder que se tem de mudar o bem em indenizar ser alto demais, e acaba por tentar diminuir
garantia ou características do bem garantido; o risco, dividindo com uma resseguradora. É o seguro
z Prêmio: prestação paga periodicamente pelo segu- do Seguro.
rado;
z Sinistro: prejuízo causado a um bem segurado;
O Cosseguro
z Indenização: valor que segurado recebe caso o
sinistro ocorra;
O cosseguro nada mais é do que pegar uma apólice
z Franquia: contribuição do segurado para libera-
de seguro e distribuí-la para mais de uma seguradora,
ção da indenização, é a coparticipação do segura-
ou seja, quando o risco é alto demais, as seguradoras
do no prejuízo.
dividem, entre elas, o risco daquela apólice, pois caso
haja algum problema, o sinistro, o prejuízo é dirimido
Dentro do mercado de seguros, nós temos dois entre elas.
grandes grupos de seguros: Aqui há algumas características dos seguros:
Os seguros podem ser classificados em seguros
Seguros de Acumulação individuais ou em grupo.
O seguro individual é uma relação entre uma pes-
Onde eu invisto um capital por um determinado soa ou uma família e uma seguradora. A seguradora,
prazo e, ao final, recebo o valor de volta, corrigido por evidentemente, terá de aferir corretamente o risco
um indexador de juros. Então é chamado de acumula- segurado e pulverizá-lo, colocando-o numa carteira
ção porque há um acúmulo de dinheiro que ao final onde existem diversos riscos semelhantes, mas inde-
poderá ser devolvido ao segurado caso o sinistro não pendentes entre si.
ocorra. O seguro em grupo é o seguro de um conjunto
Exemplo: Previdência Complementar Aberta de pessoas ligadas entre si de modo que se estabelece
(PGBL, VGBL), Títulos de Capitalização. uma relação triangular entre a seguradora, o segura-
do e o grupo a que ele pertence.
00

Seguros de Risco O grupo pode ser constituído por uma empresa,


5-

por uma organização sem fins lucrativos, por uma


21

São os famosos fatos geradores. Esses seguros associação profissional, ou por uma pessoa física. Os
.
70

foram criados para o segurado contribuir com um seguros contratados por empresas são chamados de
.4

valor, e por meio dessa contribuição ele recebe uma empresariais ou corporativos. É um seguro em gru-
49

indenização caso algum sinistro aconteça com o bem po, formalizado por uma única apólice que garante
-0

segurado, que pode ser um bem material ou até mes- coberturas estabelecidas de acordo com um critério
ar

mo a própria vida. objetivo e uniforme, não dependente exclusivamente


és

Neste tipo de seguro, o acúmulo de capital não é da vontade do segurado.


C

devolvido ao segurado ao final do prazo contratado, A seguradora, com base nos contratos de adesão ao
o

pois o valor pago destina-se ao prêmio pago ao Segu- seguro, emite para cada segurado um documento que
dr

rador para assumir o risco do sinistro do segurado. comprova a inclusão no grupo (Certificado de Seguro).
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Ex: Vida, Automóveis, acidentes pessoais, saúde, Nesse documento constam a identificação do segura-
residenciais e viagem. do e a designação dos seus beneficiários.
Os seguros diferem também segundo o regime de
O RESSEGURO OU RETROCESSÃO financiamento, ou seja, a técnica atuarial que deter-
mina a forma de financiamento das indenizações e
O Resseguro é o Seguro das Seguradoras benefícios integrantes do contrato.
Os regimes se dividem em repartição e capitali-
É um contrato em que o ressegurador assume o zação. O regime de repartição, por sua vez, se divide
compromisso de indenizar a companhia segurado- entre repartição simples e repartição de capitais de
ra (cedente) pelos danos que possam vir a ocorrer em cobertura.
decorrência de suas apólices de seguro. No regime de repartição simples, todos os prê-
Para garantir com precisão um risco aceito, as mios pagos pelos segurados em determinado perío-
seguradoras usualmente repassam parte dele para do formam um fundo que se destina ao custeio de
uma resseguradora que concorda em indenizá-las por indenizações a serem pagas por todos os sinistros
eventuais prejuízos que venham a sofrer em função ocorridos no próprio período (e às demais despesas
da apólice de seguro que vendeu. da seguradora). 187
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Isso implica em que o prêmio cobrado é calculado de forma que corresponda à importância necessária para
cobrir o valor das indenizações relativas aos sinistros esperados. Não há, assim, a possibilidade de devolução ou
resgate de prêmios e contribuições capitalizadas ao segurado, ao beneficiário ou ao estipulante, como nos casos
de planos de previdência.
Tipicamente, esse regime se aplica aos planos previdenciários ou de seguro de vida em grupo, em situações
em que a massa de participantes é estacionária e as despesas com pagamento de benefícios são estáveis e de
curta duração. É usado também na previdência social estatal (INSS e regimes próprios do Estado), porém, sem a
condição de estabilidade mencionada. É o caso também dos seguros de vida em grupo, de seguros de automóveis,
de saúde etc.
Ocorrido o sinistro, o segurado recebe uma indenização preestabelecida independentemente do valor
que pagou. No mercado de seguros, entretanto, para garantia da solvência das empresas, a legislação impõe a
formação de provisões de prêmios não ganhos, de oscilação de riscos e de sinistros, devidamente atestadas pelos
atuários em Nota Técnica e Avaliação Anual.
O regime de repartição de capitais de cobertura é o método em que há formação de reserva apenas para garan-
tir os pagamentos das indenizações e benefícios iniciados no período, ou seja, arrecada-se apenas o necessário
e suficiente para formação de reserva garantidora do cumprimento dos benefícios futuros que se iniciam neste
período.
Em outras palavras, há formação de um fundo correspondente ao valor atual dos benefícios de prestação con-
tinuada iniciados no período em questão. Nesse regime, há a obrigação de constituição de provisão de benefícios
concedidos.
O regime de capitalização é o método que consiste em determinar a contribuição necessária para atender
determinado fluxo de pagamento de benefícios, estabelecendo que o valor da série de contribuições efetuadas ao
longo do tempo seja igual ao valor da série de pagamentos de benefícios que se fará no futuro.
Esse modelo de financiamento constitui reservas tanto para os participantes assistidos, como para os ativos e
obviamente pressupõe a aplicação das contribuições nos mercados financeiros, de capitais e imobiliários a fim de
adicionar valor à reserva que se está constituindo. A capitalização é dividida em duas fases distintas: a primeira
denominada “fase contributiva” e a segunda “fase do benefício”.
A legislação vigente torna obrigatória a utilização do regime financeiro de capitalização para os benefícios de
pagamento em prestações que sejam programadas e continuadas. Nesse regime, obriga-se a empresa a constituir
provisão de benefícios concedidos, como no caso anterior, e provisão de benefícios a conceder. Assim, no regime
de capitalização, o objetivo não é apenas pagar indenização ou benefício preestabelecido, mas permitir ao
segurado ou participante retirar ao final do contrato uma poupança que, idealmente, cubra os riscos de morte,
invalidez, aposentadoria etc.

RAMOS DE SEGUROS

GRUPOS CARACTERÍSTICAS GERAIS

Seguros contra incêndio, roubo de imóveis, bem como os seguros compreensivos


1 Patrimonial
residenciais, condominiais e empresariais
00
5-

2 Riscos Especiais Seguros contra riscos de petróleo, nucleares e satélites


.21

Seguros contra indenizações por danos materiais ou lesões corporais a terceiros por
70

3 Responsabilidades
culpa involuntária do segurado
.4
49

4 Cascos em (“run off”) Seguros contra riscos marítimos, aeronáuticos e de hangar


-0

Seguros contra roubos e acidentes de carros, de responsabilidade civil contra tercei-


ar

5 Automóvel
ros e DPVAT
és
C

Seguros de transporte nacional e internacional e de responsabilidade civil de cargas,


6 Transporte
o

do transportador e do operador
dr
Pe

7 Riscos Financeiros Seguros diversos de garantia de contratos e de fiança locatícia

8 Crédito em (“run off”) Seguros de crédito à exportação e contra riscos comerciais e políticos

Seguros coletivos de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de
9 Pessoas Coletivo
sobrevivência, prestamista e educacional

10 Habitacional Seguros contra riscos de morte e invalidez do devedor e de danos ao imóvel financiado

11 Rural Seguros agrícola, pecuário, de florestas e penhor rural

12 Outros Seguros no exterior de sucursais e de seguradoras no exterior

Seguros individuais de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de
13 Pessoa Individual
sobrevivência, prestamista e educacional

Seguros compreensivos para operadores portuários, responsabilidade civil facultati-


14 Marítimos
va para embarcações e marítimos
188
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RAMOS DE SEGUROS

GRUPOS CARACTERÍSTICAS GERAIS

Seguros de responsabilidade facultativa para aeronaves, aeronáuticos, responsabili-


15 Aeronáutico
dade civil de hangar e responsabilidade do explorador ou transportador aéreo

16 Microsseguros Microsseguros de pessoas, microsseguros de danos

17 Saúde Seguro Saúde

Fonte: Susep

ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS: DOCUMENTAÇÃO BÁSICA

Bom pessoal, muitos de nós já fomos a algum banco, alguma vez, para abrir, ou assistir alguém abrir uma con-
ta. A conta que abrimos no banco nada mais é do que um contrato, e como tal precisa de regras e de orientações
sobre sua forma.
Lembrando que esse contrato é composto por uma ficha-proposta e um cartão de assinatura.
A ficha-proposta deve conter no mínimo: Qualificação do depositante, endereço residencial e comercial
completos, telefone com DDD, referencias pessoais, data da abertura da conta e o número dessa conta, e a assina-
tura do depositante.
Estas orientações estão contidas na Resolução CMN nº 4753/2019, que dita às regras básicas que devem nor-
tear as Instituições Financeiras quando da Abertura e manutenção de contas de depósito.
Então vamos ver o que o CMN e o BACEN têm dito sobre isso:

No caso de pessoa física:

z Documento de identificação (carteira de identificação ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional
de habilitação, passaporte, CTPS, carreiras de órgão de classe);
z Inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF);
z Comprovante de residência.

Para que exista uma pessoa física, basta que esta nasça com vida. Ela se extingue com a morte do indivíduo.

No caso de pessoa jurídica:

z Documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial);


z Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
00

z Documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar a conta.


5-

z Para que uma Pessoa Jurídica de direito Privado exista é necessário que o contrato social seja registrado na
21

JUNTA COMERCIAL do Estado onde a empresa se situa.


.
70

z Nos casos de Partidos Políticos deve-se registrar o estatuto no TSE – Tribunal Superior Eleitoral. (estes são pes-
.4

soas jurídicas de direito privado).


49

z As pessoas jurídicas podem ser também de direito Público Interno: União, Estados, Distrito Federal e Municí-
-0

pios; Autarquias e Fundações Públicas. (são criados por Lei)


ar

z Existem ainda as de Direito Público Externo: que são os territórios e entidades governamentais no exterior.
és
C

A pessoa jurídica extingue-se com a dissolução desta, mediante acordo entre os sócios ou por decreto judicial,
o

exceto para as públicas, que serão por meios específicos.


dr

Além disso, a instituição financeira pode estabelecer critérios próprios para abertura de conta de depósito,
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

desde que seguidos os procedimentos previstos na regulamentação vigente (Resolução CMN 4753/2019).
Ou seja, as instituições Financeiras podem exigir outros documentos ou termos para abrir esta conta, mas
desde que não firam a resolução acima.
Ex.: Depósito Inicial e comprovante de rendimentos.
Vamos compreender sobre a ficha-proposta agora.
Esta deve conter no mínimo:

z Condições para fornecimento de talonário de cheques;


z Necessidade de comunicação pelo depositante, por escrito, de qualquer mudança de endereço ou número
de telefone ou no cadastro;
z Condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos (CCF);
z Informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; (estas micro-
filmagens devem permanecer por no mínimo 10 anos no arquivo);
z Tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que não podem ser cobrados;
z Saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta se houver essa exigência... 189
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Importante! z Serviços diferenciados: aqueles que podem
ser cobrados desde que explicitadas ao clien-
A Ficha-Proposta somente poderá ser microfil- te ou ao usuário as condições de utilização e de
mada depois de transcorridos no mínimo cinco pagamento.
anos, a contar do início do relacionamento com
o cliente.
No encerramento da conta é necessário tomar
alguns cuidados:
É facultado à instituição financeira abrir, man-
ter ou encerrar contas de depósito caso o cliente z Pode ser encerrada por ambas as partes, cliente
esteja inscrito no CCF – Cadastro de Emitente de Che- ou banco, desde de que acompanhada de aviso
ques sem Fundos. prévio, por meio de carta registrada ou meio
O cliente será incluído no CCF nas seguintes eletrônico;
condições: z Informar se há cheques a serem compensados,
pois havendo, o banco pode ser negar encerrar
z Devolução de cheque sem provisão de fundos na a conta, sem a devida comprovação de que eles
segunda apresentação; foram liquidados;
z Devolução de cheque por conta encerrada;
z Devolver as folhas de cheque restantes ou decla-
z Devolução de cheque por pratica espúria. (práticas
rar que as inutilizou;
ilegais).
z Deixar depositado na conta valores para com-
Veremos com mais detalhes mais a frente. pensar débitos e compromissos assumidos na
Sobre as tarifas que podem ser cobradas na sua relação do cliente com o banco.
conta veja:
Quando se fala em serviços do Banco, lembramos Atente para algumas informações:
que são 4 categorias de serviços:
z Pessoas Físicas com idade entre 16 e 18 anos, não
z Serviços essenciais: aqueles que não podem ser emancipadas, podem ter conta de depósitos, e
cobrados acesso a crédito também, desde que na abertura
ou na assinatura do contrato sejam assistidas por
„ Emissão da primeira via do cartão de débito. seus responsáveis legais!;
(segundas vias, exceto nos casos decorrentes de z Já as Pessoas Físicas com idade inferior a 16 anos,
perda, roubo, furto, danificação e outros moti- podem ter contas de depósitos, e devem ser repre-
vos não imputáveis a Instituição emitente);
sentadas por seus representantes legais;
„ 4 saques durante o mês. (No caso de poupança
z Pessoas Físicas com Deficiência Visual podem
são 2 saques por mês);
„ Até 10 folhas de cheque durante o mês; ter contas de depósitos, e até firmar contratos de
„ 2 extratos por mês; empréstimo, desde que sejam assistidas por duas
„ Até dia 28 de fevereiro de cada ano o banco testemunhas e que o contrato seja lido em voz
deve enviar ao cliente um extrato consolida- alta;
do, mostrando seus rendimentos no ano ante- z Os residentes e domiciliados no exterior podem
rior, geralmente para fins de Imposto de Renda; ter conta no Brasil, mas as movimentações ocor-
00

„ 2 Transferências entre contas da mesma insti- ridas em tais contas caracterizam ingressos ou saí-
5-

tuição por mês. (No caso da poupança 2 transfe- das de recursos no Brasil e, quando em valor igual
21

rências entre contas de mesma titularidade); ou superior a R$10 mil, estão sujeitas a comprova-
.

„ Consultas via internet;


70

ção documental, registro no sistema informatizado


„ Prestação de qualquer serviço por meios ele-
.4

do Banco Central e identificação da proveniência


trônicos, no caso de contas cujos contratos
49

prevejam utilizar exclusivamente meios e destinação dos recursos, da natureza dos paga-
-0

eletrônicos; mentos e da identidade dos depositantes e dos


beneficiários das transferências efetuadas. (Lem-
ar

„ Compensação de cheques.
brando que só instituições autorizadas a operar
és

com câmbio podem ter esse tipo de conta).


C

z Serviços prioritários: o banco é obrigado a for-


o

necer um pacote básico destes serviços priori-


dr

tários, que são aqueles relacionados a contas de COBRANÇA


Pe

depósitos, transferências de recursos, operações


de crédito e de arrendamento mercantil, cartão Um dos serviços mais desenvolvidos pelos bancos
de crédito básico e cadastro, somente podendo ser atualmente é a cobrança, um serviço indispensável
cobrados os serviços constantes da Lista de Servi- para qualquer banco comercial. Com este instrumen-
ços da Tabela I anexa à Resolução CMN 3.919, de
to, os bancos estreitaram seu relacionamento com
2010, devendo ainda ser observados a padroni-
os clientes, PF e PJ, e engordaram as aplicações com
zação, as siglas e os fatos geradores da cobrança,
também estabelecidos por meio da citada Tabela I; recursos transitórios em títulos. Vamos ver como isso
z Serviços especiais: aqueles cuja legislação e acontece.
regulamentação específicas definem as tarifas Quando um cliente vende algo para alguém, bem
e as condições em que aplicáveis, a exemplo ou serviço, emite um boleto ou bloqueto, estes pos-
dos serviços referentes ao crédito rural, ao Siste- suem código de barras, logo podem transitar pelos
ma Financeiro da Habitação (SFH), ao Fundo de serviços de compensação, sem sua movimentação físi-
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ao Fundo ca. Vimos, inclusive, que estes boletos transitam pelo
PIS/PASEP, às chamadas “contas-salário”, bem SILOC, até o VLB 25mil. Boletos de valor igual ou supe-
como às operações de microcrédito de que trata a rior ao VLB 250 mil transitam diretamente no STR.
190 Resolução CMN 4.000, de 2011; Nesta história nós temos três personagens:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z O Credor ou cedente – cliente do banco que irá Em outras palavras é como um condomínio que
emitir ou contratar os serviços de emissão boletos reúne recursos de um conjunto de investidores (cotis-
de cobrança; tas), com o objetivo de obter ganhos financeiros a par-
z O Banco – instituição que disponibiliza o programa tir da aquisição de uma carteira de títulos ou valores
para emissão destes boletos, e que pode realizar a mobiliários. Se o gestor do fundo fizer um bom traba-
cobrança de duas formas: simples¹ ou registrada². lho, o patrimônio do fundo aumentará, aumentando o
z O devedor ou sacado – cliente do credor que valor das cotas do fundo.
adquiriu produto ou serviço, e pagará o boleto Quando este fundo dá um bom resultado, ou seja,
emitido. lucro, este valor é distribuído proporcionalmente ao
número de cotas de cada participante.
A cobrança como falamos anteriormente, é um É a comunhão de recursos sob a forma de condo-
produto de relacionamento entre banco e cliente mínio em que os cotistas têm os mesmos interesses
(cedente). Com isso o cedente possui conta no banco e objetivos ao investir no mercado financeiro e de
e os valores resultantes da cobrança são creditados capitais, ou seja, todos têm os mesmos direitos, e o
diretamente na conta do cedente, em D+0 ou D+1, a valor das cotas é igual para todos.
depender do que for pactuado. Funciona exatamente como um condomínio de
Graças ao sistema de compensação, o sacado apartamentos, em que cada condômino é dono de
(devedor) pode pagar o título em qualquer praça, até uma cota (um apartamento) e paga a um terceiro para
a data do vencimento. Após o vencimento, somente na administrar e coordenar as tarefas do prédio (o síndi-
agencia bancaria do cedente ou emissor do título. co). Nele são estabelecidas as regras de funcionamen-
to (horário de funcionamento da piscina, do salão de
z A cobrança simples é a mera emissão dos boletos. festas, de música alta nas dependências dos aparta-
O cedente preenche, emite, envia e especifica o ban- mentos, entre outras). Essas regras são seguidas por
co onde deve ser pago, tudo isso sem aviso prévio ao todos os moradores, sem exceção.
banco. Quando do pagamento, o banco envia uma Um fundo de investimento funciona da mes-
informação ao cliente e credita em sua conta; ma forma. Os cotistas (os moradores) compram uma
z A cobrança registrada é mais completa, pois o ban- quantidade de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa
co vai processar a emissão dos títulos, com base em de administração a um terceiro (o Gestor, o síndico)
informações previamente enviadas pelo cedente, e para coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus
vai processar inclusive a cobrança do pagamento recursos no mercado. Ao comprar cotas de um deter-
ao sacado. Caso não realize o pagamento, o banco minado fundo, o cotista está aceitando suas regras
pode lançar o nome do sacado em protesto ou até de funcionamento (aplicação, resgate, horários, cus-
mesmo aos órgãos de proteção ao crédito. tos etc.), e passa a ter os mesmos direitos dos demais
cotistas, independentemente da quantidade de cotas
Ainda sobre cobrança, existe um evento chamado que cada um possui.
float, que nada mais é do que quando o banco recebe Agora, imagine que você não mora num prédio,
um título de cobrança (boleto) a favor do cedente X, portanto está fora do condomínio, e precisa escolher
porém só repassa a quantia correspondente depois quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra
de 3 dias. Durante esse período (float) o Banco perma- esportiva ou quem vai contratar os seguranças. Pro-
vavelmente, terá mais trabalho para encontrar esses
00

nece com o recurso, a custo zero, investe a quantia.


prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse
5-

Para que isso existe deve estar previsto no contrato da


num condomínio, essa seria uma tarefa para o sín-
21

prestação do serviço. Geralmente essa liberdade dada


dico, com a vantagem de poder ratear com os outros
.

ao banco deixa as tarifas de cobrança mais baratas.


70

condôminos esses custos.


.4

Situação semelhante poderia acontecer com você,


49

Cedente Sacado caso estivesse sozinho no mercado financeiro. Cabe-


-0

Mercadoria
ria a você escolher os ativos para compor uma car-
ar

Credor Devedor teira de investimento. Isso significa analisar com


és

frequência riscos, nível de endividamento e expecta-


Aceita A
C

tiva de resultados de cada empresa da qual você com-


o

prou ação ou de cada banco do qual você adquiriu um


dr

CDB. Isso daria muito trabalho, logo, você entrando


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

em um grupo, este grupo terá um gestor, e esse gestor


Banco se preocupará com isso para você.
Cobrador Fonte: XP Investimentos

Quando o investidor vai aderir a um fundo, ou


FUNDOS DE INVESTIMENTOS condomínio, ele deve atestar, mediante termo apro-
priado, que recebeu o Regulamento, e que tomou
Um fundo de investimento é uma comunhão de ciência da política de investimentos e dos riscos do
recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com produto, além disso deve ser disponibilizado para
o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da eletronicamente o Formulário de Informações
aplicação em títulos e valores mobiliários. Um fun- Complementares.
do é organizado sob a forma de condomínio, e seu Caso o investidor que comprou parte desse fun-
patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calcu- do queira vender, ele pode?
lado diariamente por meio da divisão do patrimô- Isso vai depender. Existem dois tipos de fundos:
nio líquido pelo número de cotas em circulação. Abertos e Fechados. 191
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Os Fundos Abertos permitem que o investidor res- A ideia é padronizar o material utilizado, de for-
gate o valor aplicado a qualquer momento, ou seja, ma que os investidores possam melhor comparar os
ele pode reaver seu dinheiro, logo, será um fundo de fundos.
alta liquidez. O resgate será feito com base no valor Nas mudanças, a lâmina passa a conter as informa-
em que a cota estiver valendo no mercado. Embora ções mais importantes em formato simples e sempre
existam fundos que pedem prazo de carência para res- na mesma ordem. Além das informações sobre taxas
gate, por exemplo: 30 ou 60 dias após a aplicação; os e despesas, a lâmina traz uma tabela com os retornos
fundos são considerados como tendo alta liquidez. dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso
Já os Fundos Fechados não permitem o resgate
exista, de anos com rentabilidade negativa, além de
antecipado, ou seja, se você comprar vai ter de ficar
outras mudanças, conforme disposto na instrução.
com as cotas até o fim do prazo estabelecido. Entre-
tanto, como nada é eterno, você pode vender as cotas A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
para outra pessoa, mas como elas já foram comer- dia 10 (dez) de cada mês com os dados relativos ao
cializadas a primeira vez com você, você terá de ven- mês imediatamente anterior, e enviá-la imediatamen-
dê-las no mercado secundário, ou seja, na bolsa de te à CVM. O administrador deve entregar a lâmina ao
valores ou no mercado de balcão. futuro cotista antes do seu ingresso no fundo e divul-
gar, em lugar de destaque na sua página na internet, e
ESTRUTURAS PRESENTES NOS FUNDOS DE sem proteção de senha, a lâmina atualizada.
INVESTIMENTOS

Mas o que são esse Regulamento e o Formulário de Importante!


Informações Complementares? Todo cotista, ao ingressar no fundo, deve atestar,
O Regulamento é o documento de constituição
por meio de termo próprio, que recebeu o regu-
do fundo. Nele estão estabelecidas todas as informa-
ções e as regras essenciais relacionadas, entre outras lamento e o prospecto (a partir de 1º de janeiro
estabelecidas no capítulo IV da instrução CVM 409: (i) de 2013, a lâmina), que tomou ciência dos riscos
à administração; (ii) à espécie, se aberto ou fechado; envolvidos e da política de investimentos, como
(iii) ao prazo de duração, se determinado ou indeter- também da possibilidade de ocorrência de patri-
minado; (iv) à gestão; (v) aos prestadores de serviço; mônio negativo e de sua responsabilidade por
(vi) à política de investimento, de forma a caracte- contribuições adicionais de recursos, quando
rizar a classe do fundo; (vii) à taxa de administra- for o caso. Por isso, atenção ao ler esses docu-
ção e, se o caso, às taxas de performance, entrada mentos, pois neles o investidor vai encontrar
e saída; (ix) às condições de aplicação e resgate de
informações muito importantes.
cotas. As alterações no regulamento dependem de
prévia aprovação da assembleia geral de cotistas e
devem ser comunicadas à CVM. É importante saber
Os Papéis das Pessoas
que as alterações feitas no regulamento do Fundo de
Investimento implicam modificações nas condições
de funcionamento do Fundo. Portanto, o cotista deve z O investidor: cliente que tem recursos disponí-
analisar as modificações propostas de acordo com veis para aplicar em fundos de investimentos,
seus interesses como investidor. muitas vezes atraído por ganhos superiores ao de
00

O formulário de informações complementares investimentos tradicionais como poupança, CDB e


5-

é documento de natureza virtual, que deve ser dispo- RDB e que foge de risco elevados como os investi-
21

nibilizado pelo administrador e pelo distribuidor do mentos diretos em ações;


.
70

fundo em seus sites. z O investidor Qualificado: pessoas físicas ou jurí-


Trata-se de um documento de característica mais dicas que tem notório conhecimento sobre inves-
.4
49

dinâmica, que fornece informações complementares timentos ou que tem volumes elevados aplicados
sobre o fundo, contendo, entre outras:
-0

em investimentos e que estão dispostas a aplicar


de forma diferenciada.
ar

z Local, meio e forma de divulgação de informações


és

do fundo;
São considerados investidores qualificados:
C

z Local, meio e forma de solicitação de informações


o

pelo cotista;
dr

I – instituições financeiras;
z Exposição dos fatores de riscos inerentes à compo-
Pe

sição da carteira do fundo; II – companhias seguradoras e sociedades de


z Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus capitalização;
cotistas, contemplando a política a ser adotada III – entidades abertas e fechadas de previdência
pelo administrador quanto ao tratamento tributá- complementar;
rio perseguido; IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam
z Descrição da política de administração de risco; investimentos financeiros em valor superior a
z Política de distribuição de cotas, inclusive no que R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicio-
se refere à descrição da forma de remuneração nalmente, atestem por escrito sua condição de
dos distribuidores. investidor qualificado mediante termo próprio.
V – fundos de investimento destinados exclusiva-
Lâmina de Informações Essenciais mente a investidores qualificados;
VI – administradores de carteira e consultores de
A instrução CVM 522, de 08 de maio de 2012, que valores mobiliários autorizados pela CVM, em rela-
promoveu alterações na instrução 409, trouxe modi- ção a seus recursos próprios;
ficações na Lâmina de Informações Essenciais, docu- VII – regimes próprios de previdência social
mento já utilizado no mercado para a venda de fundos instituídos pela União, pelos Estados, pelo Dis-
192 de investimento para investidores de varejo. trito Federal ou por Municípios. IN CVM 450.
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Atenção! Existem também os investidores Profissionais, que são pessoas físicas ou jurídicas que possuam
investimentos financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investidor profissional mediante termo próprio.

z Os Administradores dos Fundos: são Instituições Financeiras, autorizadas pela CVM, que serão os responsá-
veis legais pelo Fundo, e pode, inclusive, atuar como distribuidor das cotas do Fundo;
z O Gestor: este é o cara que põe a mão na massa, ou seja, é o profissional que acompanha o mercado financei-
ro, mede o risco do fundo diariamente, analisa e avalia o cenário econômico, toma decisão sobre quais ativos
comprar ou vender, obedecendo as diretrizes legais e a política de investimentos do fundo;
z Os distribuidores são aqueles que fazem a distribuição das cotas, como falamos anteriormente, pode ser o
próprio administrador, ou outra instituição que integre o sistema de distribuição de valores mobiliários;
z O custodiante é a instituição que irá guardar, ou seja, custodiar o título, para que o mesmo esteja disponível
quando for utilizado. Pode ser o próprio administrador, ou caso não seja credenciado pela CVM para essa atri-
buição, uma instituição contratada.

ESTRUTURAS E RESPONSABILIDADES DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO NO BRASIL

Investigadores e proprietários das Representação legal; Contratação


cotas do Fundo de Investimento, Cotistas
de prestadores de serviços;
que representam frações ideais de Documentação (regulamentados
seu patrimônio líquido; Confiam e prospectos); Controle de
seus recursos aos prestadores de Fundos de Investimentos enquadramento e compliance;
serviço. Gestão de risco; Assembleias de
cotistas; Relatórios e extratos a
Administrador cotistas, incluindo informes de
rendimentos; Retenção de impostos;
Relatórios a órgãos reguladores;
Abertura de contas em contrapartes,
Gestor
KYC e PLD de prestadores de
serviços e cotistas.
z Escolha dos investimentos;
z Compra e venda de ativos;
z Definição da estratégia de investimentos;
z Ajuste do portfólio, em caso de desenquadramento.

Custodiante

z Recepção de instruções de investimentos;


z Guarda e liquidação física e financeira dos ativos que compõem a carteira do Fundo;
z Reconciliação;
00

z Controle de eventos corporativos;


5-

z Abertura de contas em clearings e agentes depositários.


.21
70

Controlador
.4
49

z Cálculo do valor da cota do fundo;


-0

z Precificação e marcação a mercado dos ativos do fundo;


z Contabilidade;
ar

z Geração de relatórios de posição para gestores.


és
C

Distribuidor
o
dr
Pe

z Marketing e vendas das cotas do Fundo;


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

z Suitability de cotistas;
z KYC e PLD de cotistas;
z Serviço de atendimento a cotistas.

Escriturador

z Receber ordens de aplicação e resgate de cotistas ou distribuidores;


z Controlar e manter a posição de cotas detidas por cada um dos cotistas;
z Envio de relatórios e extratos mensais a cotistas;
z Cálculo e retenção de Impostos.

Auditor Independente

z Realizar auditoria anual do Fundo.


193
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS z Renda Fixa: rendimento pactuado no momento da
emissão do título. Podem ser pré ou pós-fixados. Os
É a essência do Fundo, ou seja, é através dela que pré-fixados são aqueles que temos uma remunera-
o investidor ira saber como o administrador irá con- ção determinada no momento da contratação, já
duzir o Fundo, se procura retorno de curto ou longo os pós-fixados são aqueles em que atrelamos a um
prazo, no que irá aplicar e qual o tipo de risco que ele índice pactuado previamente (TR, IPCA, IGP-M etc.);
está disposto a correr na compra dos papeis. z Renda Variável: quando a taxa de rentabilidade
Essa política pode ser ativa ou passiva: não pode ser avaliada na emissão, podendo ao
final gerar ganhos ou prejuízos, ou seja, o merca-
do dirá quando aquele papel irá valer no futuro. O
z Ativa: quando o Fundo estabelece um índice de
maior exemplo que temos são as ações.
referência, exemplo CDI, e tenta ultrapassar esse
índice;
Os Tipos de Fundos Quanto ao seu Prazo
z Passiva: quando o Fundo estabelece um índice de
Curto Prazo
referência, exemplo CDI, e tenta acompanhar esse
fundo, mas apenas acompanhar. Os fundos de investimento de curto prazo têm por
z Benchmark: é o indicador de mercado usado objetivo reproduzir as variações das taxas de juros
para medir a performance do Fundos. É a refe- e das taxas pós-fixadas, investindo seus recursos em
rência para saber se o fundo está rendendo bem títulos públicos federais ou em títulos privados de bai-
ou não. Para os fundos de renda fixa p mais usado xo risco de crédito com prazo médio de cada ativo
é o CDI e para os de renda variável são o IBOVESPA de até 365 dias.
e o IBX – Índice Brasil;
z Taxa de Administração: é a taxa cobrada pela Longo Prazo
empresa administradora pelo serviço de geren-
ciamento do fundo. É um percentual fixo, calcu- Os fundos de investimento classificados como de
lado sobre patrimônio líquido e são cobrados longo prazo são aqueles que têm uma carteira de títu-
diariamente. Esses recursos servem para remu- los com prazo médio acima de 365 dias.
nerar o administrador, ou seja, é o salário do
administrador; A NOVA CLASSIFICAÇÃO DOS FUNDOS – IN CVM
z Taxa de Performance: é a taxa cobrada por alguns 555
fundos quando estes ultrapassam seu benchmark,
ou seja, rende mais do que o esperado. Ocorre z Renda Fixa: os fundos dessa categoria possuem a
quando o administrador faz o dever de casa muito sua carteira de investimentos (80%) composta por
bem, e por isso ganha uma recompensa; títulos de renda fixa pré ou pós-fixados. Principal-
z Taxa de entrada ou de saída: é uma taxa que mente títulos públicos e títulos privados de ban-
cos de baixo risco de crédito. Este fundo não pode
poderá ser cobrada do investidor quando da aqui-
ter taxa de performance, exceto se for um fundo
sição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de
exclusivo para investidor qualificado. Na modali-
carregamento) ou quando o investidor solicita o
dade renda fixa existe um segundo nível chama-
resgate de suas cotas. Nesse caso a taxa de entrada da fundos simples que nada mais são do que os
00

ou de saída não está computada no patrimônio do antigos fundos referenciados que têm por objetivo
5-

fundo, portanto o valor da cota do fundo divulga-


21

de rentabilidade, proporcionar uma rentabilida-


do pelo administrador não contém essa taxa. Como de atrelada a um indexador financeiro, e a sua
.
70

todas as demais taxas, essa também deverá estar carteira de investimento deverá ser composta por,
.4

definida no regulamento e no prospecto do fundo; no mínimo, 95% da carteira em títulos públicos


49

e títulos de bancos com risco igual ou superior


-0

Vejamos um conceito importante. ao do governo. Os fundos simples também têm a


ar

comunicação com os investidores feita de forma


és

z Chinese Wall: embora cada fundo de investimen- eletrônica apenas, e eles não podem cobrar taxas
C

tos tenha seu CNPJ próprio, os recursos do admi- de performance, o que reduz custos e aumenta seu
o

nistrador poderiam, eventualmente, se misturar potencial de retorno;


dr

com os recursos dos investidores, para isso, esse z Cambial: os fundos dessa categoria têm a sua car-
Pe

termo foi criado para separar estes recursos, ou teira de investimentos composta por (80%) títulos
seja, o dinheiro do administrador não pode ficar de renda fixa que tenham como objetivo de ren-
junto ao dinheiro do investidor, para evitar que tabilidade proporcionar a variação de preços de
uma determinada moeda estrangeira;
o dinheiro dos investidores fosse utilizado pelo
z Multimercados: os fundos dessa categoria obtêm
administrador em proveito próprio.
sua rentabilidade, fundamentalmente, a partir
de várias operações arriscadas. os derivativos
Agora que você sabe sobre quase todos os termos
financeiros são contratos que visam a simular um
de Fundos de Investimentos vamos ver o que pode conjunto de operações de modo a permitir que o
haver dentro deles. gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do
fundo em uma determinada estratégia de inves-
Os Tipos de Fundos Quanto a sua Rentabilidade timento. A alavancagem é a possibilidade que o
gestor tem de poder aplicar o patrimônio do fundo
Dentro dos fundos nos temos papeis que valem em papeis mais arriscados como ações de empre-
dinheiro, e esses papeis pode ser de Renda Fixa ou de sas alavancadas, derivativos, e títulos de variação
194 Renda Variável. de preços elevadas;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Ações: os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 67% (no mínimo) em
ações de empresas negociadas em Bolsa de Valores.

Tributação (IR) – 15%, incidente no resgate, ou seja, não tem come cotas e IOF é zero.
Atenção! Os fundos de renda fixa, ações e multimercados também ganharam uma nova categoria, que entra
no segundo nível de divisão: investimento no exterior, na qual são incluídos os fundos com carteiras que têm
mais de 40% dos ativos alocados em papéis internacionais.

FRAME DA CLASSIFICAÇÃO DE FUNDOS


Regulação Regulação
Nível 1 Nível 2 Nível 3
Simples Simples
Indexados Índice
Ativos
z Duração Baixa Soberano
Renda Fixa z Duração Média Grau de Investimento
z Duração Alta Crédito Livre
z Duração Livre
Investimento no Exterior
Investimento no Exterior
Dívida Externa
Balanceados
Flexível
Macro
Alocação Trading
Long and Short - Direcional
Multimercados Por Estratégia Long and Short - Neutro
Juros e Moedas
Investimento no Exterior Livre
Capital Protegido
Estratégia Específica
Investimento no Exterior
Indexados índices
Valor/Crescimento
Setoriais
Dividendos
Ações Ativos Small cap
00

Sustentabilidade/Governança
5-

índice Ativo
21

Livre
.
70

Investimento no Exterior Investimento no Exterior


.4
49

Fundos Fechados de Ações


-0

Específicos Fundos de Ações FMP-FGTS


Fundos de Mono Ação
ar
és

Cambial Cambial Cambial


C
o

Fonte: comoinvestir.com.br
dr
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Outros Tipos de Fundos

z Direitos Creditórios: a carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títulos que
representam operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrenda-
mento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis. Esses fundos pos-
suem uma regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações);
z Fundos de Previdência: são fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano
gerador de benefícios livres (PGBL e VGBL);
z Imobiliário: são fundos de investimento fechados, cujos recursos são destinados para empreendimentos
imobiliários e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modifica-
ções). (Isentos de Imposto de Renda.);
z Riscos em Fundos de Investimentos.

É a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas
dimensões para o risco: 195
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Risco de Crédito: é a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pague o
valor do título no seu vencimento;
z Risco de Estratégia ou Mercado: é a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo
não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se
isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo;
z Risco de Liquidez: ocorre quando os fundos encontram dificuldade para liquidar as vendas de cotas dos cotis-
tas por desinteresse do mercado ou por deficiência de caixa do fundo.

Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está
correndo ao investir em um fundo de investimento.

A Marcação a Mercado

Como o próprio nome diz, marcação a mercado significa atualizar para o valor do dia o preço. Ou seja, mes-
mo que um papel (ou qualquer outro ativo de renda fixa) tenha uma taxa determinada (prefixada ou pós-fixada),
é necessário que, diariamente, seu valor seja atualizado.
O risco de crédito, essencialmente, está vinculado aos preços definidos pelo mercado, e se faz necessário, a
cada momento, definir o valor do título em função das novas taxas vigentes em relação ao rendimento definido
na sua origem.
A marcação a mercado é mais apropriada para os negócios em fundos de investimento e carteiras admi-
nistradas, que negociam frequentemente títulos de acordo com a sua necessidade de caixa ou de seleção de novas
modalidades de aplicação financeira para suas carteiras.
Para definir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado define a taxa do momento composta da
taxa básica (sem risco) e do spread adicional definido pelas variáveis de risco que envolvem o título negociado.
Por este fato dizemos que mesmo os fundos de renda fixa podem ter volatilidade.

A Tributação dos Fundos

A tributação nos fundos ocorre de duas formas, a primeira é o Come Cotas, evento que diminui o número de
cotas do investidor no fundo, por isso o nome; e o segundo é o imposto de renda cobrado no momento do resgate
da aplicação.
O Come Cotas ocorre em 2 meses do ano, maio e novembro, o que dá uma distancia de 6 meses entre um e
outro, então podemos afirmar que o come cotas ocorre semestralmente.
Para os fundos de curto prazo o come cotas é de 20% e para os de longo prazo será de 15%, exceto os fundos de
ações que não sofrem com o come cotas.
O imposto de renda no resgate será cobrado, obviamente, quando o cliente resgata seus valores, sendo descon-
tado o que já foi cobrado no come cotas.
00

No Momento do Resgate os Fundos de Curto Prazo Seguem a Tabela


5-
21

PRAZO DAS APLICAÇÕES ATÉ 180 DIAS ACIMA DE 180 DIAS


.
70

Alíquota 22,5% 20%


.4
49
-0

No Momento do Resgate os Fundos de Longo Prazo Seguem a Tabela


ar
és

PRAZO DAS DE 181 A 360 DE 361 A 720 ACIMA DE 720


C

ATÉ 180 DIAS


APLICAÇÕES DIAS DIAS DIAS
o
dr

Alíquota 22,5% 20% 17,5% 15%


Pe

IOF

O IOF nas operações de fundos de investimentos começa com alíquota de 96%, chegando a zero no 30º dia após
a aplicação. Os fundos de ações não sofrem cobrança de IOF.

NOÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS


O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de propor-
cionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas
bolsas de valores, sociedades corretoras distribuidoras e outras instituições financeiras autorizadas.
Anteriormente, quando falamos de autoridades monetárias, vimos uma delas como principal supervisora e
196 reguladora do mercado de valores mobiliários, a CVM.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A CVM é a principal autarquia responsável por EMPRESAS E COMPANHIAS
garantir o adequado funcionamento do mercado de
valores mobiliários. Logo, para que qualquer compa- As Companhias são as empresas que são emissoras
nhia possa operar nesse mercado, dependerá de auto- dos papéis negociados no mercado de capitais. Essas
rização prévia da CVM para realizar suas atividades. empresas têm um objetivo em comum: captar recur-
sos em larga escala e de forma mais lucrativa. Para
Para que Serve o Mercado de Valores Mobiliários? que isso ocorra, as empresas devem solicitar à CVM
autorização para emitir e comercializar seus papéis.
Em alguns casos, o mercado de crédito não é capaz de Essas empresas são chamadas Sociedades Anôni-
suprir as necessidades de financiamento dos agentes ou mas ou, simplesmente, S/A. Ao adotarem esse tipo de
das empresas. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando constituição, elas passam a ter uma quantidade de
um determinado agente, em geral uma empresa, deseja sócios maior do que teriam se fossem empresas de
um volume de recursos muito superior ao que uma ins- responsabilidade limitada – LTDA, por exemplo.
tituição poderia, sozinha, emprestar. Além disso, pode Estas S/As podem ser constituídas de forma aberta
acontecer de os custos dos empréstimos no mercado
ou fechada. Vejamos as diferenças:
de crédito, em virtude dos riscos assumidos pelas ins-
As S/A abertas admitem negociação dos seus
tituições nas operações, serem demasiadamente altos,
títulos nos mercados abertos, como Bolsa e Balcão
de forma a inviabilizar os investimentos pretendidos.
Organizado; já as fechadas só podem ter seus papéis
Surgiu, com isso, o que é conhecido como Mercado de
Capitais, ou Mercado de Valores Mobiliários. negociados restritamente entre pessoas da própria
No Mercado de Valores Mobiliários, em geral, os empresa ou próximas à empresa.
investidores emprestam recursos diretamente aos
agentes deficitários, como as empresas. Caracteriza-se COMPANHIAS
por negócios de médio e longo prazo, nos quais são Abertas Fechadas
negociados títulos chamados de Valores Mobiliários.
Como exemplo, podemos citar as ações, que repre-
sentam parcela do capital social de sociedades anô-
nimas, e as debêntures, que representam títulos de
dívida dessas mesmas sociedades. Características
Nesse mercado, as instituições financeiras atuam, Atuam nas bolsas de va- Nº de cotistas limitados a
basicamente, como prestadoras de serviços, assesso- lores ou mercados de bal- 20 patrimônio pequeno não
rando as empresas no planejamento das emissões de cão organizados operam em bolsas de valo-
valores mobiliários, ajudando na colocação deles para res ou balcões organizados
o público investidor, facilitando o processo de forma-
ção de preços e a liquidez, assim como criando condi-
ções adequadas para as negociações secundárias. NEGOCIAÇÕES DE PAPÉIS
Elas não assumem a obrigação pelo cumprimen-
to das obrigações estabelecidas e formalizadas nesse Para as Companhias Abertas, que admitem nego-
mercado. Assim, a responsabilidade pelo pagamento ciação de seus papéis no mercado público, há distri-
dos juros e principal de uma debênture, por exemplo, buição em dois tipos de mercados: o primário e o
é da emissora, e não da instituição financeira que a secundário.
00

tenha assessorado ou participado do processo de colo- Oferta pública de distribuição, primária ou


5-

cação dos títulos no mercado. São participantes desse secundária, é o processo de colocação, junto ao públi-
21

mercado, como exemplo, os Bancos de Investimen- co, de certo número de títulos e valores mobiliários
.
70

to, as Corretoras e Distribuidoras de títulos e Valores para venda. Envolve desde o levantamento das inten-
.4

Mobiliários, as entidades administradoras de merca- ções do mercado em relação aos valores mobiliários
49

do de bolsa e balcão, além de diversos outros presta- ofertados até a efetiva colocação junto ao público,
-0

dores de serviços. incluindo a divulgação de informações, o período de


No mercado de capitais, os principais títulos nego-
ar

subscrição, entre outras etapas.


ciados são:
és

As ofertas podem ser primárias ou secundárias.


C

Quando a empresa vende novos títulos e os recursos


z Ações – ou de empréstimos tomados, via mercado,
o

dessas vendas vão para o caixa da empresa, as ofer-


dr

por empresas;
tas são chamadas de primárias.
Pe

z Debêntures conversíveis em ações, bônus de subs-


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Por outro lado, quando não envolvem a emissão


crição;
de novos títulos, caracterizando apenas a venda de
z Commercial papers ou Notas Promissórias
ações já existentes – em geral dos sócios que querem
Comerciais, que permitem a circulação de capital
para custear o desenvolvimento econômico. “desinvestir” ou reduzir a sua participação no negócio
– e os recursos vão para os vendedores e não para o
O mercado de capitais abrange, ainda, as nego- caixa da empresa, a oferta é conhecida como secun-
ciações com direitos e recibos de subscrição de valo- dária (block trade).
res mobiliários, certificados de depósitos de ações e Além disso, quando a empresa está realizando a
demais derivados autorizados à negociação pela CVM. sua primeira oferta pública, ou seja, quando está
Esses títulos são papéis que valem dinheiro, ou abrindo o seu capital, a oferta recebe o nome de ofer-
seja, são uma forma de uma empresa ou companhia ta pública inicial ou IPO (do termo em inglês, Inicial
arrecadar dinheiro, na forma de aquisição de novos Public Offer).
sócios ou credores. Isso decorre do fato de que, mui- Quando a empresa já tem o capital aberto e já rea-
tas vezes, arrecadar dinheiro através da emissão de lizou a sua primeira oferta, as emissões seguintes são
títulos é mais barato para a empresa do que contratar conhecidas como ofertas subsequentes ou, no termo
empréstimos em instituições financeiras. em inglês, follow on. 197
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Mercado Primário O fato de uma emissão ser colocada por meio de
underwriting firme oferece uma garantia adicional ao
„ Oferta Pública Inicial – IPO (títulos novos); investidor, porque, se as instituições financeiras do
„ Sensibilizam o caixa da empresa; consórcio estão dispostas a assumir o risco da opera-
„ Pode ter valor nominal ou valor de mercado. ção, é porque confiam no êxito do lançamento, uma
vez que não há interesse de sua parte em imobilizar
z Mercado Secundário recursos por muito tempo;

„ Negociação dos títulos já emitidos anterior- z Underwriting Best Efforces (Melhores Esfor-
mente; ços): modalidade de lançamento de ações na qual
„ Não sensibiliza o caixa da empresa; a instituição financeira assume apenas o com-
„ Os papéis terão seu valor apenas pelo valor de promisso de fazer o melhor esforço para colocar
mercado. o máximo de uma emissão junto à sua clientela,
nas melhores condições possíveis e em um deter-
A Lei 6385, de 1976, que disciplina o mercado de minado período de tempo. As dificuldades de colo-
capitais, estabelece que nenhuma emissão pública de cação das ações irão se refletir diretamente na
valores mobiliários poderá ser distribuída no mer- empresa emissora. Nesse caso, o investidor deve
cado sem prévio registro na Comissão de Valores proceder a uma avaliação mais cuidadosa, tanto
Mobiliários, apesar de lhe conceder a prerrogativa de das perspectivas da empresa quanto das institui-
dispensar o registro em determinados casos, e delega ções financeiras encarregadas do lançamento;
competência para a CVM disciplinar as emissões. z Residual ou stand-by underwriting: nessa for-
Além disso, exemplifica algumas situações que ma de subscrição pública, a instituição financeira
caracterizam a oferta como pública, por exemplo: a não se responsabiliza, no momento do lançamen-
utilização de listas ou boletins, folhetos, prospectos ou to, pela integralização total das ações emitidas.
anúncios destinados ao público; a negociação feita em Há um comprometimento, entre a instituição e a
loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público, empresa emitente, de negociar as novas ações jun-
entre outros. to ao mercado durante certo tempo findo, no qual
Em regra, toda oferta pública deve ser registrada poderá ocorrer a subscrição total, por parte da ins-
na CVM. Porém, o registro poderá ser dispensado con- tituição, ou a devolução, à sociedade emitente, das
siderando as características específicas da oferta em ações que não foram absorvidas pelos investidores
questão, como, por exemplo, a oferta pública de valo- individuais e institucionais.
res mobiliários de emissão de empresas de peque- z Aspectos Operacionais do underwriting: a deci-
no porte e de microempresas, assim definidas em lei, são de emitir ações, seja pela oferta pública, seja
que são dispensadas automaticamente do registro para para abertura ou aumento do capital, pressupõe
ofertas de até R$ 2.400.000,00 (Dois milhões e quatro- que a sociedade ofereça certas condições de atra-
centos mil reais) em cada período de 12 meses, desde tividade econômica, bem como supõe um estudo
que observadas as condições estabelecidas nos §§ 4º ao da conjuntura econômica global a fim de evitar
8º, do art. 5º, da instrução CVM 400/03. que não obtenha êxito por falta de senso de opor-
As ofertas públicas devem ser realizadas por inter- tunidade. É preciso que se avaliem, pelo menos, os
médio de instituições integrantes do sistema de dis- seguintes aspectos: existência de um clima de con-
00

tribuição de valores mobiliários, como os bancos fiança nos resultados da economia, estudo setorial,
5-

de investimento, corretoras ou distribuidoras. Essas estabilidade política, inflação controlada, mercado


21

instituições poderão se organizar em consórcios com secundário e motivações para oferta dos novos
.
70

o fim específico de distribuir os valores mobiliários no títulos.


.4

mercado e/ou garantir a subscrição da emissão, sem-


49

pre sob a organização de uma instituição líder, que MERCADOS DE ATUAÇÃO DAS COMPANHIAS
-0

assume responsabilidades específicas. Para participar


ar

de uma oferta pública, o investidor precisa ser cadas- No mercado organizado de valores mobiliários,
és

trado em uma dessas instituições. temos a criação de mecanismos, sistemas e regulamen-


C

Essas instituições integrantes do Sistema de Dis- tos que propiciam a existência de um ambiente segu-
o

tribuição de Valores Mobiliários são os chamados ro para que os investidores negociem seus recursos e
dr

agentes subscritores ou agentes underwriters. Esses movimentem a economia do país. No Brasil, existem
Pe

agentes realizam a subscrição dos títulos, ou seja, assi- dois tipos de mercado organizado, que são as Bolsas
nam embaixo atestando a procedência dos papéis, por de Valores e os Balcões Organizados de negociação.
isso o nome underwriting.
Esse evento pode ser dividido em 3 tipos: � Bolsas de Valores:

z Underwriting Firme: modalidade de lançamen- „ Ambiente no qual se negociam os papéis das


to na qual a instituição financeira, ou consórcio S/A abertas;
de instituições, subscreve a emissão total, encar- „ Podem ser Sociedades civis sem fins lucrativos
regando-se, por sua conta e risco, de colocá-la ou S/A com fins lucrativos;
no mercado junto aos investidores individuais „ Opera via pregão eletrônico, não havendo mais
(público) e institucionais. Nesse tipo de operação, o pregão viva voz, que era chamado presen-
no caso de um eventual fracasso, a empresa já cial. Agora, as transações são feitas por telefone
recebeu integralmente o valor correspondente às através dos escritórios das instituições finan-
ações emitidas. O risco é inteiramente do under- ceiras autorizadas;
writer (intermediário financeiro que executa uma „ Registra, supervisiona e divulga as execuções
198 operação de underwriting). dos negócios e as suas liquidações.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em resumo, as Bolsas de Valores compreendem Conforme vimos, antes de ter seus títulos nego-
um ambiente que pode ser físico ou eletrônico. ciados no mercado primário, a companhia deverá
Nele, são realizadas negociações entre investidores e requerer o registro de companhia aberta junto à
entre companhias e investidores. Entretanto, pelo fato CVM e, neste momento, deverá especificar onde seus
de as empresas que operam na Bolsa serem grandes títulos serão negociados no mercado secundário, se
demais e possuírem uma tradição, aquelas que estão em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
começando têm dificuldade para serem tão atrativas Essa decisão é muito importante, pois, uma vez
quanto elas. concedido o registro para negociação em mercado
Pensando nisso, a CVM autorizou a criação de de balcão organizado, este só pode ser alterado com
Mercados de Balcão, que são, também, ambientes um pedido de mudança de registro junto à CVM.
virtuais nos quais empresas menores podem nego- A companhia aberta é responsável por divulgar
ciar seus títulos com mais facilidade. Vale dizer que para a entidade administradora do Mercado de Bal-
o Mercado de Balcão pode ser Organizado ou Não cão Organizado todas as informações financeiras e
Organizado. atos ou fatos relevantes sobre suas operações. A enti-
dade administradora do Mercado de Balcão Organi-
zado, por sua vez, irá disseminar essas informações
através de seus sistemas eletrônicos ou impressos
ORGANIZADO NÃO ORGANIZADO para todo o público.
No Mercado de Balcão Organizado, a companhia
aberta pode requerer a listagem de seus títulos atra-
vés de seu intermediário financeiro ou este poderá
Utiliza exclusivamente requerer a listagem independentemente da vontade
Não existe sistema
o Sistema Eletrônico
de Negociação
padrão da companhia. Por exemplo, se o intermediário pos-
suir uma grande quantidade de ações de uma deter-
minada companhia, ele poderá requerer a listagem da
mesma e negociar esses ativos no Mercado de Balcão
Supervisiona a Não existe padrão na Organizado. Nesse caso, a entidade administradora do
Liquidação dos papéis supervisão dos papéis Mercado de Balcão Organizado disseminará as infor-
mações que a companhia aberta tiver encaminhado
à CVM.
Em resumo, o Mercado de Balcão Organizado tem Além de ações e debêntures, no mercado de balcão
normas e é bastante confiável. Já o Não Organizado é organizado, são negociados diversos outros títulos,
uma verdadeira bagunça. tais como:
Tradicionalmente, o Mercado de Balcão é um
mercado de títulos sem local físico definido para z Bônus de subscrição;
a realização das transações que são feitas por tele- z Índices representativos de carteira de ações;
fone entre as instituições financeiras. Ele é chamado z Opções de compra e venda de valores mobiliários;
de Organizado quando se estrutura como um sistema z Direitos de subscrição;
de negociação de títulos e valores mobiliários, poden- z Recibos de subscrição;
00

do estar organizado como um sistema eletrônico de z Quotas de fundos fechados de investimento,


5-

negociação por terminais, que interliga as institui- incluindo os fundos imobiliários e os fundos de
21

ções credenciadas em todo o Brasil, processando suas investimento em direitos creditórios;


.
70

ordens de compra e venda e fechando os negócios z Certificados de investimento audiovisual;


.4

eletronicamente. z Certificados de recebíveis imobiliários.


49

O Mercado de Balcão Organizado é um ambien-


-0

Sistemática do Mercado Organizado


te administrado por instituições autorreguladoras,
ar

que propiciam sistemas informatizados e regras


és

para a negociação de títulos e valores mobiliários. 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa


C

Essas instituições são autorizadas a funcionar pela


o

A empresa Busca autorização A empresa decide


CVM e por ela são supervisionadas.
dr

decide tornar-se junto à CVM, para em qual mercado de


Companhia – se entrar nos mercados atuação deseja estar
Pe

Atualmente, a maior administradora de balcão


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

S/A aberta ou S/A de atuação


organizado do país era a CETIP. Atualmente, ela foi fechada

comprada pela BM & F Bovespa e, hoje, compõe a


B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Quais os Títulos Negociados no Mercado de Balcão


Organizado?
CVM Autoriza Mercado de Balcão
Se S/A Aberta
ou não Organizado
O Mercado de Balcão Organizado pode admitir a
negociação somente as ações de companhias aber-
tas com registro para negociação em mercado de Vale destacar que a companhia pode trocar de
balcão organizado. As debêntures de emissão de mercado. Todavia, como se trata de uma grande buro-
companhias abertas podem ser negociadas simulta- cracia que envolve recomprar todos os papéis em
neamente em Bolsa de Valores e Mercado de Bal- circulação em um mercado para poder migrar para
cão Organizado desde que cumpram os requisitos de o outro, a CVM editou a IN CVM 400, a qual dita as
ambos os mercados. regras para a mudança de mercado de atuação. 199
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para as ações, é proibida a comercialização em MERCADO DE AÇÕES
ambos os mercados simultaneamente. Já para as debên-
tures, é permitida a negociação simultânea nos dois Dentro do Mercado de Capitais, está o mercado
mercados. mais procurado e utilizado, que é o Mercado de Ações.
Nele, são comercializados os papéis mais conhecidos
Qual a Diferença Entre uma Bolsa de Valores e as no mundo dos negócios, os quais tornam o seu possui-
Entidades que Administram o Mercado de Balcão dor um sócio da companhia emitente.
Organizado? O mercado de ações consiste na negociação, em
mercado primário ou secundário, das ações geradas
por empresas que desejam captar dinheiro de uma
As Bolsas de Valores também são responsáveis por
forma mais barata. Neste sentido, ação pode ser
administrar o mercado secundário de ações, debêntu-
entendida como a menor parcela do capital social
res e outros títulos e valores mobiliários. Na verdade,
das companhias ou sociedades anônimas. É, por-
ainda que não haja nenhum limite de quantidade ou tanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos
tamanho de ativos para uma companhia abrir o capi- seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deve-
tal e listar seus valores para negociação em bolsas de res de um sócio no limite das ações possuídas.
valores, em geral, as empresas listadas em bolsas de Uma ação é um valor mobiliário expressamente
valores são companhias de grande porte. previsto no inciso I, do art. 2º, da Lei 6.385/1976. No
Isso prejudica a “visibilidade” de empresas de entanto, apesar de todas as companhias ou socieda-
menor porte e, de certa forma, a própria liquidez dos des anônimas terem o seu capital dividido em ações,
ativos emitidos por essas companhias. Por isso, em somente as ações emitidas por companhias registra-
muitos países, há segmentos especiais e/ou mercados das na CVM, chamadas companhias abertas, podem
segregados especializados para a negociação de ações ser negociadas publicamente no mercado de valores
e outros títulos emitidos por empresas de menor porte. mobiliários.
Ao mesmo tempo, no Brasil, no Mercado de Balcão Atualmente, as ações são predominantemen-
Organizado é admitido um conjunto mais amplo de te escriturais, mantidas em contas de depósito, em
intermediários do que em Bolsas de Valores, o que nome dos titulares, sem emissão de certificado, em
instituição contratada pela companhia para a pres-
pode aumentar o grau de exposição de companhias
tação desse serviço, em que a propriedade é compro-
de médio porte ou novas empresas ao mercado.
vada pelo “Extrato de Posição Acionária”. As ações
Assim, o objetivo da regulamentação do mercado
devem ser sempre nominativas, não mais sendo
de balcão organizado é ampliar o acesso ao mer- permitida a emissão e a negociação de ações ao porta-
cado para novas companhias, criando um segmento dor ou endossáveis.
voltado à negociação de valores emitidos por empre-
sas que não teriam, em bolsas de valores, o mesmo Espécies de Ações
grau de exposição e visibilidade.
Para os investidores, a principal diferença entre As ações podem ser de diferentes espécies, con-
as operações realizadas em bolsas de valores e aque- forme os direitos que concedem a seus acionistas. O
las realizadas no mercado de balcão organizado é Estatuto Social das Companhias, que é um conjunto de
00

que, nesse último, não existe um fundo de garantia regras que deve ser cumprido pelos administradores
5-

que respalde suas operações. e acionistas, define as características de cada espécie


21

O fundo de garantia é mantido pelas bolsas com a de ações, que podem ser:
.
70

finalidade exclusiva de assegurar aos investidores o


.4

ressarcimento de prejuízos decorrentes de execução z Ação Ordinária (sigla ON – Ordinária Nomina-


49

infiel de ordens por parte de uma corretora membro, tiva)


-0

entrega de valores mobiliários ilegítimos ao investi-


Sua principal característica é conferir ao seu titu-
ar

dor, decretação de liquidação extrajudicial da corre-


lar o direito a voto nas Assembleias de acionistas;
és

tora de valores, entre outras.


C

Uma segunda diferença refere-se aos procedi-


z Ação Preferencial (sigla PN – Preferencial
o

mentos especiais que as bolsas de valores devem


dr

Nominativa)
Pe

adotar no caso de variação significativa de preços


ou no caso de uma oferta, representando uma quanti- Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de
dade significativa de ações. Nesses casos, as bolsas de ação o direito de voto. Em contrapartida, concede
valores devem interromper a negociação do ativo. outras vantagens, tais como prioridade na distri-
Para as companhias, a regra para se tornar uma buição de dividendos ou no reembolso de capital,
companhia aberta é a mesma, independentemente de podendo, ainda, possuir prioridades específicas se
buscar uma listagem em bolsa de valores ou no mer- admitidas à negociação no mercado.
cado de balcão organizado. As ações preferenciais podem ser divididas em
classes, tais como, classe “A”, “B” etc. Os direitos de
cada classe constam do Estatuto Social.
Importante! As ações preferenciais têm o direito de receber
dividendos ao menos 10% a mais que as ordinárias.
Não pode haver negociação simultânea de uma Vale observar que, em regra, elas não possuem direito
mesma ação de uma mesma companhia em a voto ou, quando o tem, ele é restrito. Isso porque
bolsa de valores e em instituições administra- existem dois casos em que as ações preferenciais
200 doras do Mercado de Balcão Organizado. adquirem direito a voto temporário, quais sejam:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Quando a empresa passar mais de três anos sem distribuir lucros;
z Quando houver votação para eleição dos membros do Conselho Administrativo da companhia.

ORDINÁRIAS PREFERENCIAIS FRUIÇÃO OU GOZO


Voto Lucro Ex.: Ações
51% controlador � Pelo menos, 10% maior que as ordinárias Ações que foram compradas de volta pelo
� Se a empresa passar mais de 3 anos sem dar emitente, mas que o titular recebeu um novo
lucro, essas ações adquirem o direito ao voto título representativo do valor que é negociável
e endossável.

Características das Ações

z Quanto ao valor:

„ Nominais: o valor da ação vai descrito na escritura de emissão no momento do lançamento;


„ Não nominais: o valor da ação será dito pelo mercado, mas não pode ser inferior ao valor dado na emissão
das ações (essa manobra é mais arriscada, porém pode dar maior retorno).

z Quanto à forma:

„ Nominativas: há o registro do nome do proprietário no cartório de registro de valores mobiliários e a


emissão física do certificado;
„ Nominativas Escriturais: não há a emissão física do certificado, mas apenas o registro no Livro de Regis-
tros de Acionistas; as ações são representadas por um saldo em conta.

Obs.: ações ao portador não são mais permitidas no Brasil desde 1999, pois eram alvo de muita lavagem de
dinheiro.

Importante!
Termo que pode aparecer na prova:
� Blue Chips: Ações de primeira linha, de grandes empresas e, por isso, possuem muita segurança e tradi-
ção. São ações usadas como referência para índices econômicos.

z Quanto à remuneração das ações:


00

Elas podem ser remuneradas de quatro formas:


5-
21

„ Dividendos: compreendem a parcela do lucro líquido que, após a aprovação da Assembleia Geral Ordi-
.

nária, será alocada aos acionistas da companhia. O montante dos dividendos deverá ser dividido entre as
70

ações existentes, para sabermos quanto será devido aos acionistas a cada ação por eles detida.
.4
49

Para garantir a efetividade do direito do acionista ao recebimento de dividendos, a Lei das S.A. prevê o sistema
-0

do dividendo obrigatório, de acordo com o qual as companhias são obrigadas a, havendo lucro, destinar parte
ar

dele aos acionistas a título de dividendo. Porém, a referida Lei confere às companhias liberdade para estabelecer,
és

em seus estatutos sociais, o percentual do lucro líquido do exercício, que deverá ser distribuído anualmente aos
C

acionistas, desde que o faça com “precisão e minúcia” e não sujeite a determinação do seu valor ao exclusivo
o
dr

arbítrio de seus administradores e acionistas controladores.


Pe

Caso o Estatuto seja omisso, os acionistas terão direito a recebimento do dividendo obrigatório equiva-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

lente a 50% do lucro líquido ajustado nos termos do art. 202, da Lei das S.A;

„ Ganhos de Capital: ocorrem quando um investidor compra uma ação por um preço baixo e vende a mes-
ma ação por um preço mais alto, ou seja, realiza um ganho;
„ Bônus de Subscrição: quando alguém adquire ações, passa a ser titular de uma fração do capital social
de uma companhia. Todavia, quando o capital é aumentado e novas ações são emitidas, as ações até então
detidas por tal acionista passam a representar uma fração menor do capital, ainda que o valor em moeda
seja o mesmo.

Para evitar que ocorra essa diminuição na participação percentual detida pelo acionista no capital da com-
panhia, a Lei assegura a todos os acionistas, como um direito essencial, a preferência na subscrição das novas
ações que vierem a ser emitidas em um aumento de capital (art. 109, inciso IV, da Lei das S.A.), na proporção de
sua participação no capital, anteriormente ao aumento proposto.
Da mesma forma, os acionistas também terão direito de preferência nos casos de emissão de títulos con-
versíveis em ações, tais como debêntures conversíveis e bônus de subscrição. 201
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Neste período, o acionista deverá manifestar sua O dividendo fixo ou mínimo assegurado às ações
intenção de subscrever as novas ações emitidas no preferenciais pode ser cumulativo ou não. Sendo
âmbito do aumento de capital ou dos títulos conver- cumulativo, no caso de a companhia não ter obtido
síveis em ações, conforme o caso. Caso não o faça, o lucros durante o exercício em montante suficiente
direito de preferência caducará. para pagar integralmente o valor dos dividendos fixos
Alternativamente, caso não deseje participar do ou mínimos, o valor faltante será acumulado para os
aumento, o acionista pode ceder seu direito de prefe- exercícios posteriores. Essa prerrogativa depende de
rência (art. 171, § 6º, da Lei das S.A.). Da mesma forma expressa previsão estatutária.
que as ações, o direito de subscrevê-las pode ser livre- No caso das companhias abertas que tenham ações
mente negociado, inclusive em Bolsa de Valores; negociadas no mercado, as ações preferenciais deve-
rão conferir aos seus titulares ao menos uma das
„ Bonificação: ao longo das atividades, a Com- vantagens a seguir (art. 17, § 1º, da Lei 6.404/1964,
panhia poderá destinar parte dos lucros sociais
Lei das S/A.):
para a constituição de uma conta de “Reservas”
(termo contábil). Caso a companhia queira, em
exercício social posterior, distribuir aos acio- � Direito a participar de uma parcela correspon-
nistas o valor acumulado na conta de Reservas, dente a, no mínimo, 25% do lucro líquido do
poderá fazê-lo na forma de Bonificação, poden- exercício, sendo que, desse montante, garante-
do efetuar o pagamento em espécie ou com a -se um dividendo prioritário de, pelo menos, 3%
distribuição de novas ações. É importante des- do valor do patrimônio líquido da ação e, ainda,
tacar que, atualmente, as empresas não mais o direito de participar de eventual saldo desses
distribuem bonificação na forma de dinheiro, lucros distribuídos, em igualdade de condições
pois preferem fidelizar ainda mais os sócios, com as ordinárias, depois de ter sido assegurado a
dando-lhes mais ações. elas dividendo igual ao mínimo prioritário;
z Direito de receber dividendos, pelo menos, 10%
Ações Preferenciais e Distribuição de Dividendos maiores que os pagos às ações ordinárias;
z Direito de serem incluídas na oferta pública em
A Lei das S.A. permite que uma sociedade emita decorrência de eventual alienação de controle.
ações preferenciais, que podem ter seu direito de voto
suprimido ou restrito por disposição do estatuto social Com relação aos direitos dos acionistas, existem
da companhia. Em contrapartida, tais ações deverão algumas situações que as bancas de concursos gostam
receber uma vantagem econômica em relação às de cobrar em prova e, por isso são importantes.
ações ordinárias. Quando a empresa realiza Sobra no Caixa, ou
Além disso, a Lei permite que as companhias aber- seja, Lucro, ela pode comprar ações de acionistas
tas tenham várias classes de ações preferenciais, que minoritários, pois, assim, concentrará mais o valor
conferirão a seus titulares vantagens diferentes entre das ações. A esse evento chamamos de amortiza-
si. Nesse caso, os titulares de tais ações poderão com-
ção de ações. O personagem que mais ganha nessa
parecer às Assembleias Gerais da companhia, bem
história é o Controlador, pois, como ele detém 51%
como opinar sobre as matérias objetos de deliberação,
das ações, seu poder ficará maior, já que o número
mas não poderão votar.
As vantagens econômicas a serem conferidas às de acionistas ou de ações diminui, aumentando seu
percentual.
00

ações preferenciais em troca dos direitos políticos


A CVM, vendo esse aumento de poder do contro-
5-

suprimidos, conforme dispõe a Lei, poderão consistir


lador, baixou a Instrução Normativa nº 10, que, em
21

em prioridade de distribuição de dividendo, fixo ou


outras palavras, diz que a recompra de ações, uma
.

mínimo, prioridade no reembolso do capital, com prê-


70

mio ou sem ele, ou a cumulação dessas vantagens (art. vez feita, finda por aumentar o poder do controlador
.4

17, caput e incisos I a III, da Lei das S.A.). da empresa. Entretanto, essas ações que foram recom-
49

Dividendos fixos são aqueles cujo valor se encon- pradas devem permanecer em tesouraria por, no
-0

tra devidamente quantificado no Estatuto, seja em máximo, 90 dias e, depois, devem ser revendidas
ar

montante certo em moeda corrente, seja em percen- ou canceladas.


és

tual certo do capital, do valor nominal da ação ou, Ou seja, a CVM está limitando esse aumento de
C

ainda, do valor do patrimônio líquido da ação. Nessa poder do controlador, para evitar que os acionistas
o

hipótese, tem o acionista direito apenas a tal valor, ou minoritários percam sua participação na administra-
dr

seja, uma vez atingido o montante determinado no ção da empresa.


Pe

Estatuto, as ações preferenciais com direito ao divi- Quanto à mudança de controlador – o acionista
dendo fixo não participam dos lucros remanescentes, majoritário, que detém 51% das ações – a CVM tam-
que serão distribuídos entre ações ordinárias e prefe- bém edita norma que regula essa troca, para evitar
renciais de outras classes se houver. prejuízos aos acionistas minoritários. É a IN CVM 400
Dividendo mínimo é aquele também previamen-
que diz que, para a troca do controlador, o novo
te quantificado no Estatuto, seja com base em montan-
controlador deve garantir que, caso queira fechar o
te certo em moeda corrente, seja em percentual certo
capital da S/A, deverá comprar as ações dos mino-
do capital, do valor nominal da ação ou, ainda, do
valor do patrimônio líquido da ação. Porém, ao con- ritários por, ao menos, 80% do valor pago pelas
trário das ações com dividendo fixo, as que fazem jus ações do controlador anterior. Fazendo isso, a CVM
ao dividendo mínimo participam dos lucros remanes- garante que os acionistas minoritários não terão pre-
centes após assegurado às ordinárias dividendo igual juízos, pois o novo controlador poderia comprar as
ao mínimo. Assim, após a distribuição do dividendo ações a um preço bem mais baixo do que pagou pelas
mínimo às ações preferenciais, às ações ordinárias do controlador anterior. É preciso dizer que, para que
caberá igual valor. O remanescente do lucro distribuí- isso ocorra, deve haver uma concordância mínima
do será partilhado entre ambas as espécies de ações entre os acionistas gerais. A esse princípio chama-
202 em igualdade de condições. mos de tag along.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Existem, ainda, manobras que o mercado de capitais faz, as quais geram impacto sobre o valor das ações no
mercado e sua capacidade de comercialização. Vejamos:

z Desdobramento ou Split

É uma estratégia utilizada pelas empresas com o principal objetivo de melhorar a liquidez de suas ações.
Acontece quando as cotações estão muito elevadas, o que dificulta a entrada de novos investidores no mercado.
Imagine que uma ação é cotada ao valor de R$ 150, com lote padrão de 100 ações. Para comprar um lote des-
sas ações, o investidor teria que desembolsar R$ 15.000, que é uma quantia considerável para a maior parte dos
investidores (pessoa física).
Desdobrando suas ações na razão de 1 para 3, cada ação dessa empresa seria multiplicada por 3. Assim, quem
possuísse 100 ações, passaria a possuir 300 ações. O valor da cotação seria dividido por 3, ou seja, passaria de R$
150 para R$ 50.
Na prática, o desdobramento de ações não altera, de forma alguma, o valor do investimento ou o valor da empre-
sa. É apenas uma operação de multiplicação de ações e divisão dos preços, para aumentar a liquidez das ações.
Agora, depois do desdobramento, o investidor que quisesse adquirir um lote de ações da empresa, gastaria
apenas R$ 5.000. Note que o investidor que possuía 100 ações cotadas a R$ 150, com um valor total de R$ 15.000,
ainda possui os mesmos R$ 15.000, porém distribuídos em 300 ações cotadas a R$ 50.
Com as ações mais baratas, mais investidores se interessam em comprá-las. Isso pode fazer com que as cota-
ções subam em curto prazo, devido à maior entrada de investidores no mercado, porém não há como prever se
isso irá ou não acontecer. A companhia também pode utilizar os desdobramentos como parte de sua estratégia de
governança corporativa, para mostrar atenção e facilitar a entrada de novos acionistas minoritários.
Os desdobramentos podem acontecer em qualquer razão. No entanto, as mais comuns são de 1 para 2, de 1
para 3 e de 1 para 4 ações.

z Grupamento ou Inplit

Exatamente oposto ao desdobramento, o grupamento serve para melhorar a liquidez e os preços das ações
quando estão cotadas a preços muito baixos no mercado.
Imagine uma empresa com ações cotadas na bolsa a R$ 10, com lote padrão de 100 ações. A empresa julga,
baseada em seu histórico e seu posicionamento estratégico, que suas ações estão cotadas por um valor muito bai-
xo no mercado e aprova, em assembleia geral, que fará um grupamento na razão de 5 para 1. Ou seja, cada cinco
ações passarão a ser apenas uma ação e os preços serão multiplicados por 5.
Antes do grupamento, o investidor que possuísse 100 ações cotadas a R$ 10 teria o valor total de R$ 1.000. Após
o grupamento, o mesmo investidor passaria a ter 20 ações (100/5) cotadas a R$ 50, ou seja, continuaria possuindo
os mesmos R$ 1.000 investidos. O grupamento, assim como o desdobramento, não altera em absolutamente nada
o valor do investimento.
Um dos objetivos do grupamento de ações é tentar diminuir a volatilidade dos ativos. Assim, R$ 1,00 de varia-
ção em um ativo cotado a R$ 10,00 significa 10% de variação. Já em um ativo cotado a R$ 50,00, representa apenas
2%. É importante ressaltar que nada garante se isso irá ou não acontecer.
00

Outro objetivo do grupamento pode estar atrelado ao planejamento estratégico da companhia e a suas práticas
5-
21

de governança corporativa. As cotações de suas ações podem estar intimamente ligadas à percepção de valor da
empresa por parte dos investidores.
.
70
.4

DESDOBRAMENTO OU SPLIT GRUPAMENTO OU INPLIT


49
-0

� Manobra feita para tornar as ações mais baratas e atra-


tivas para novos investidores � Manobra feita para tornar as ações mais caras e, apa-
ar

� Diminui o valor das ações, mas mantém o valor aplicado rentemente, elevar seu valor
és

pelo investidor � Aumenta valor das ações, mas mantém o valor aplicado
C

� Aumenta a quantidade de ações do investidor


o
dr

� Não altera o capital do investidor � Diminui a quantidade de ações


Pe

� Aumenta a liquidez das ações, pois ficam mais baratas � Não altera o capital do investidor
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

e fáceis de serem comercializadas

Mercado à Vista de Ações

O mercado à vista de ações é aquele no qual ocorrem as negociações deste papel de forma imediata, ou seja,
nele, você pode comprar e vender uma ação no mesmo dia. O comprador realiza o pagamento (liquidação
financeira) e o vendedor entrega as ações objeto da transação (liquidação física) em D+2 (dois dias) – liqui-
dação física e financeira –, ou seja, no segundo dia útil após a realização do negócio. Nesse mercado, os preços
são formados em pregão em negociações realizadas no sistema eletrônico de negociação.
No mercado à vista de ações, temos:

� Operações imediatas ou de curto prazo;


z Operacionalizado na Bolsa de Valores;
z Sistema eletrônico de negociação;
z Câmara de liquidação de ações – antiga CBLC. 203
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Hoje, o mercado à vista de ações é coordenado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Dentro dele, temos a compra
e venda de ações quase que instantaneamente, pois é nele que ocorrem as negociações diárias do mercado de
capitais.
Durante o dia, temos o pregão que, atualmente, é eletrônico, funcionando das 10h às 18h. Ele nada mais é do
que a B3 coordenando a compra e venda dessas ações.
Após seu fechamento, que ocorre às 18h, não se pode mais realizar nenhuma transação no ambiente.

Importante!
Até 2019, existia o After Market, que era um curto espaço de tempo em que os investidores poderiam realizar
negociações fora do horário regular da Bolsa. Todavia, com a modificação do horário de fechamento para
18h, em 2020, o After Market foi extinto.

Quando funcionava, o After Market era uma reabertura para que as pessoas que não pudessem negociar no
mercado no horário regular conseguissem participar, assegurando práticas equitativas ao mercado. Das 17h30
às 17h45, ocorria a pré-abertura desse mercado, no qual só podiam ser canceladas operações feitas no horário
normal. Das 17h45 às 18h, podiam ser feitas transações no mercado, mas somente com papéis que já haviam
sido comercializados no dia, então não se podia lançar títulos novos no After Market.
Existia, ainda, um limite máximo e mínimo para as operações – 2% para mais ou para menos, além de limite
de valor. Nele, eram executadas ordens simples tais como compra e venda, execução ou cancelamento de compra
ou venda, além de dar ordem a mercado.
As ordens podiam ser dadas:

z A Mercado: quando especifica a quantidade e as características do que vai ser comprado ou vendido (exe-
cutar na hora);
z Limitada: executar a preço igual ou melhor do que o especificado;
z Administrada: a mesma a mercado, mas, nesse caso, fica a critério da intermediadora decidir o melhor
momento;
z ON-STOP: define o nível de preço a partir do qual a ordem deve ser executada;
z Casada: ordem de venda de um e compra do outro (ambas executadas ao mesmo tempo).

DÁ A ORDEM
� Investidor
EXECUTA A ORDEM
� CTVM
00

� DTVM
5-

� Banco de Investimentos
21

REALIZA A ORDEM
.
70

� After Market
.4

� Sistema de negociação eletrônico


49
-0

As ordens diurnas que estivessem no sistema pendentes, sujeitavam-se aos limites de negociação do After
ar
és

Market. O sistema rejeitava ordens de compra superiores ao limite e ordens de venda a preço inferior ao limite.
C

A variação permitida era de 2% para mais ou para menos, além de ter um limite de operações de R$ 100 mil por
o

investidor (já somado ao que ele havia feito no pregão regular).


dr

Os negócios feitos na B3 devem ser divulgados em D+1. A liquidação física das compras e vendas de ações
Pe

deve ser até D+2, a qual ocorre quando o vendedor entrega as ações à Câmara de liquidação de ações.
A liquidação financeira das ações compradas ou vendidas é, também, em D+2. Esta ocorre quando é feito o
débito na conta do comprador e, ao mesmo tempo, é entregue a ação fisicamente ao comprador.

Lei n° 6.404 (Art. 64) – DEBÊNTURES

O que são Debêntures?

São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo, que asseguram a seus detentores
(debenturistas) o direito de crédito contra a companhia emissora. Essa companhia emissora pode ser uma S/A
aberta ou fechada, mas somente as abertas podem negociar suas debêntures no mercado das bolsas ou bal-
cão, pois nas fechadas, as debêntures nem precisam de registro na CVM, pois é algo fechado, restrito. Lembre-
-se de que, para operar na Bolsa ou no Mercado de Balcão, as coisas precisam vir a público. Então, uma empresa
fechada não tem vontade de vir a público, somente as abertas.
204 Até agora, você já sabe que existem duas pessoas nesse processo de debêntures. Vejamos:
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Agente fiduciário viabiliza

Investidor do Mercado que deseja


Companhia que emite a Debênture e
emprestar seu dinheiro ao emissor
deseja captar recursos
em troca de juros previamente pactuados
(Envia a Debênture)
(Envia o Dinheiro)

Agente underwritter

Para essa debênture ter validade, ela precisa apresentar alguns requisitos legais, pois, acima de tudo, se trata
de um contrato e, como tal, precisa de algumas especificações. Vejamos quais são elas:

z Deve constar o nome debênture com a indicação da espécie e suas garantias;


z Nº de emissão, série e ordem;
z Data da emissão;
z Vencimento (determinado ou indeterminado – perpétua – e se poderá ou não ter seu prazo de vencimento
antecipado);
z O índice que vai ser usado para corrigir o valor da debênture. (ex.: CDI, IPCA, IGP-M);
z Quantidade de debêntures que irão ser emitidas (limitada ao capital próprio da empresa);
z Valor nominal da debênture (ou valor de face);
z As condições para conversão ou permuta e seus respectivos prazos;
z Se a debênture terá garantias ou não (e, se tiver, quais serão). Tais garantias podem ser:

„ Real: a mais valiosa, pois a garantia existe fisicamente (hipoteca, penhor, caução, bens determinados);
„ Flutuante: não existe um bem específico; a garantia é uma parte do patrimônio da empresa (até 70% do
valor do capital social);
„ Quirografária: nenhuma garantia ou privilégio (a garantia em caso de falência será o que sobrar e se
sobrar alguma coisa);
„ Subordinada: em caso de falência, oferece preferência apenas sobre o crédito dos acionistas.

Agora, você já sabe o que é necessário para fazer uma debênture, quem pode emitir e quais as garantias que
podem ser usadas ou não. Porém, de que forma é possível materializar, ou seja, transformar essa debênture
00

em algo que se possa ver? Existem duas formas para isso. Vejamos o esquema a seguir:
5-
21

z Nominativas
.
70
.4

„ Título físico;
49

„ Registrado na CETIP;
-0

„ Emite o certificado;
ar

„ Registro no Livro de Registro de Debêntures Nominativas.


és
C

z Nominativas Escriturais
o
dr

„ Informação Eletrônica;
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

„ CETIP registra e custodia;


„ Não emite certificado;
„ Registro no Livro de Registro de Debêntures Nominativas.

Importante!
� A escritura da debênture é obrigatória, mas a emissão do certificado é facultativa;
� Não é comum o debenturista solicitar o certificado da debênture, mas, se solicitá-lo, a empresa deve
emiti-lo;
� As Debêntures só podem ser emitidas por instituições que não sejam instituições financeiras.

Quanto aos prazos das debêntures, que devem constar na escritura da emissão, podem ser:

z Determinado: prazo fixado na emissão da debênture; 205


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z Indeterminado ou perpétua: via de regra, não Aqui, atente-se ao fato de que as Sociedades de
tem prazo de vencimento, mas esse prazo pode ser Arrendamento Mercantil e as Companhias Hipote-
decretado pelo agente fiduciário quando ocorrer cárias só podem remunerar a juros pela TBF – Taxa
inadimplência no pagamento dos juros ou dissolu- Básica Financeira;
ção do emitente, a empresa;
z Antecipado: z Participação nos Lucros;
z Prêmio de Reembolso: não pode ser atrelado,
„ Antes do resgate: deve constar na escritura o indexado a TR, TBF ou TJLP.
prazo para resgate e a possibilidade de isso
ocorrer; Medição dos Riscos nas Debêntures
„ Antes do vencimento: quando ocorrer um
colapso no mercado ou o agente fiduciário vir z Alta qualidade: baixa taxa de retorno;
que o debenturista corre algum risco. z Baixa qualidade: alta taxa de retorno.

Agente Fiduciário Basta lembrar que quanto mais risco, mais grana;
quanto menos risco, menos grana.
A Lei 6.404, de 1976, estabelece que a escritura de
emissão, por instrumento público ou particular, de As Ofertas das Debêntures
debêntures distribuídas ou admitidas à negociação
no mercado terá, obrigatoriamente, a intervenção de z Pública
agente fiduciário dos debenturistas. O agente fiduciá-
rio é quem representa a comunhão dos debenturistas „ Público em geral;
perante a companhia emissora, com deveres específi- „ Há registro na CVM;
cos de defender os direitos e interesses dos debentu- „ Assembleia Geral ou Conselho Administrativo
ristas, entre outros citados na Lei. decidem;
Para tanto, possui poderes próprios também atri- „ Agente Fiduciário;
buídos pela Lei para, na hipótese de inadimplência
da companhia emissora, declarar, observadas as z Privada
condições da escritura de emissão, antecipadamen-
te, vencidas as debêntures e cobrar o seu principal e „ Grupo restrito de investidores;
acessórios, executar garantias reais ou, se não existi- „ Não há registro na CVM.
rem, requerer a falência da companhia, entre outros.
Esse personagem viabiliza a operação de compra
Os Mercados das Debêntures
das debêntures, por parte do debenturista, e a venda,
por parte da empresa emissora, ou seja, ele interme-
dia a situação. Além disso, o agente fiduciário deve,
acima de tudo, proteger o debenturista. Para isso, ele PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
� Debêntures já
representa o debenturista em caso de colapso do existentes
mercado, ou para: � Emissão pela 1ª vez
� Compra e venda por
00

investidores

z Proteção do debenturista;
5-

z Executar garantias reais da emissora;


21

� Balcão Organizado
(Sistema Nacional
z Requerer falência da emissora. � Influi no caixa da
.
70

de Debêntures -
empresa
administrado pela
.4

CETIP S/A)
Vale dizer que o agente fiduciário pode reque-
49

rer essas situações para garantir ao debenturista o


-0

recebimento dos créditos. Commercial Papers


ar

São Agentes Fiduciários os Bancos Múltiplos, os


és

Bancos de Investimento, CTVM e DTVM. Commercial Papers são títulos, papéis que valem
C

Quanto aos tipos ou classes de debêntures, po- dinheiro. São uma aplicação. Parecem muito com as
o

dem ser: debêntures e com as notas promissórias que estudamos


dr

no tópico sobre Títulos de Crédito (a famosa amarelinha).


Pe

z Simples: um simples direito de crédito contra a São títulos de curto prazo, que têm prazo míni-
emissora ou empresa; mo de 30 dias e máximo de 360 dias, emitidos por
z Conversíveis: podem ser trocadas por ações da instituições não financeiras, ou seja, as instituições
empresa emitente das debêntures; financeiras estão fora, pois podem captar recursos
z Existe prazo máximo para que o debenturista de outras maneiras. Então, o Commercial Paper serve
decida se irá querer converter em ações ou não e, para captar recursos no mercado interno, pois cons-
nesse prazo, a empresa não pode mudar nada titui uma promessa de pagamento na qual incidem
nos seus papéis; juros a favor do investidor.
z Permutáveis ou não conversíveis: é a opção que
o debenturista tem de trocar as debêntures por
ações de outras companhias, depois de haver Importante!
passado um prazo mínimo.
As debêntures podem ser emitidas para fora do
Já quanto à remuneração, pode-se ter: país com garantia real de bens situados no Bra-
sil. Já os Commercial Papers não podem. Eles
206 z Juros (fixos ou variáveis); podem ser emitidos apenas para dentro do Brasil.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Bancos de Desenvolvimento;
NOÇÕES DE MERCADO DE CÂMBIO z Sociedades de Crédito, Financiamento e Investi-
mento;
INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS A OPERAR E z Agências de Fomento.
OPERAÇÕES BÁSICAS, REGIMES DE TAXAS
DE CÂMBIO FIXAS, FLUTUANTES E REGIMES Com exceção dessas três, as demais podem reali-
zar todas as operações do Mercado de Câmbio, embo-
INTERMEDIÁRIOS, TAXAS DE CÂMBIO NOMINAIS E
ra algumas tenham restrições de valor, mas não de
REAIS, IMPACTOS DAS TAXAS DE CÂMBIO SOBRE
operações. As sociedades corretoras de títulos e valo-
AS EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES, DIFERENCIAL res mobiliários, as sociedades distribuidoras de títu-
DE JUROS INTERNO E EXTERNO, PRÊMIOS DE los e valores mobiliários e as sociedades corretoras de
RISCO, FLUXO DE CAPITAIS E SEUS IMPACTOS câmbio têm algumas restrições quanto ao valor das
SOBRE AS TAXAS DE CÂMBIO operações:

O que é Câmbio? � Operações de câmbio com clientes para liquidação


pronta de até US$ 300 mil ou o seu equivalente em
Câmbio é a operação de troca de moeda de um outras moedas;
país pela moeda de outro país. Por exemplo, quando z Operações no mercado interbancário (arbitra-
um turista brasileiro vai viajar para o exterior e pre- gens no país) e por meio de banco autorizado a
cisa de moeda estrangeira, o agente autorizado pelo operar no mercado de câmbio (arbitragem com o
Banco Central a operar no mercado de câmbio recebe exterior).
do turista brasileiro a moeda nacional e entrega-lhe
Além desses agentes, o Banco Central também con-
(vende-lhe) a moeda estrangeira. Já quando um turis-
cedia autorização para agências de turismo e meios
ta estrangeiro quer converter moeda estrangeira em
de hospedagem de turismo para operarem no Merca-
reais, o agente autorizado a operar no mercado de do de Câmbio. Atualmente, não se concede mais auto-
câmbio compra a moeda estrangeira do turista estran- rização para esses agentes, permanecendo, ainda,
geiro, entregando-lhe os reais correspondentes. apenas aquelas agências de turismo cujos proprietá-
No Brasil, o mercado de câmbio é o ambiente rios pediram ao Banco Central autorização para cons-
no qual se realizam as operações de câmbio entre tituírem instituição autorizada a operar em câmbio.
os agentes autorizados pelo Banco Central e entre Enquanto o Banco Central está analisando tais pedi-
estes e seus clientes, diretamente ou por meio de dos, as agências de turismo ainda autorizadas podem
seus correspondentes. Esse mercado é regulamen- continuar a realizar operações de compra e venda de
tado e fiscalizado pelo Banco Central e compreen- moeda estrangeira em espécie, cheques e cheques de
de as operações de compra e de venda de moeda viagem relativamente a viagens internacionais.
estrangeira, as operações em moeda nacional entre Em resumo:
residentes, domiciliados ou com sede no país e resi-
dentes, domiciliados ou com sede no exterior e as z Os meios de hospedagem não podem mais operar
operações com ouro-instrumento cambial realiza- câmbio de jeito nenhum;
z As agências de turismo que pediram autorização
00

das por intermédio das instituições autorizadas a


ao BACEN continuam até que ele decida se elas
5-

operar no mercado de câmbio pelo Banco Central,


ficam efetivamente ou não.
21

diretamente ou por meio de seus correspondentes.


.
70

Incluem-se, no mercado de câmbio brasileiro, as Ainda, as Instituições Financeiras podem contratar


.4

operações relativas aos recebimentos, pagamentos e correspondentes para operar câmbio por elas. Nesse
49

transferências do e para o exterior, mediante a utili- caso, teríamos um plano B para as agências de Turis-
-0

zação de cartões de uso internacional, bem como as mo que tiverem seus pedidos negados pelo BACEN,
ar

operações referentes às transferências financeiras pois, se elas se filiarem a uma Instituição Financeira,
és

postais internacionais, inclusive vales postais e reem- não mais precisarão da autorização deste.
C

bolsos postais internacionais. Pela Resolução nº 4.811, de 2020, as operações


o

À margem da lei, funciona um segmento denomi- realizadas pelos correspondentes são de total respon-
dr

nado Mercado Paralelo. São ilegais os negócios rea- sabilidade da instituição contratante, devendo ela
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

lizados nesse mercado, bem como a posse de moeda estabelecer as regras e condutas que os corresponden-
estrangeira oriunda de atividades ilícitas. tes deverão seguir, quais sejam:

Quem Opera no Mercado de Câmbio? z Execução ativa ou passiva de ordem de pagamento


relativa à transferência unilateral (ex.: manuten-
ção de residentes, transferência de patrimônio,
Bancos Múltiplos, Comerciais, de Investimentos,
prêmios em eventos culturais e esportivos) do ou
de Desenvolvimento, CEF, SCFI, CTVM, DTVM, Agên-
para o exterior, limitada ao valor equivalente a
cias de Fomento e Corretoras de Câmbio são institui-
U$$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, em espé-
ções habilitadas a operarem no Mercado de Câmbio. cie e 1 mil dólares por operação;
Cabe destacar que apenas os Bancos e a CEF, z Compra e venda de moeda estrangeira em espécie,
exceto os Bancos de Desenvolvimento, podem operar cheque ou cheque de viagem, bem como carga de
livremente nele. Já algumas instituições operam com moeda estrangeira em cartão pré-pago, limita-
restrições, ou seja, não podem fazer qualquer opera- da ao valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos
ção, mas somente as especificadas pelo BACEN. São Estados Unidos, por operação e em espécie 1 mil
elas: dólares; 207
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Recepção e encaminhamento de propostas de Banda Cambial no Brasil
operações de câmbio.
Uma Banda Cambial é a forma como um país defi-
A ECT – Empresa de Correios e Telégrafos do Bra- ne suas taxas de câmbio, quer sejam fixas ou livres,
sil – também é autorizada pelo Banco Central a rea- ou, até mesmo, flutuantes. Até 2005, existiam duas
lizar operações com vales postais internacionais, bandas cambiais, a Livre e a Flutuante. A primeira,
emissivos e receptivos, destinadas a atender compro- por exemplo, vinha dos empréstimos e envios de
missos diversos, tais como: manutenção de pessoas dinheiro do Brasil para fora e vice-versa.
físicas, contribuições previdenciárias, aposentadorias No entanto, operar com duas bandas cambiais era
e pensões, aquisição de medicamentos para uso parti- muito burocrático, pois cada uma tinha suas especi-
cular, pagamento de aluguel de veículos, multas, doa- ficações. Então, em 2005, ficou instituída, no Brasil, a
ções. Por meio dos vales postais internacionais, a ECT banda cambial, que foi resultante da junção das ban-
também pode dar curso a recebimentos ou pagamen- das Livre e Flutuante. Aqui, vale lembrar que, como
o Governo intervém indiretamente no mercado, com-
tos conduzidos sob a sistemática de câmbio simplifi-
prando e vendendo moeda, essa flutuação recebeu o
cado de exportação ou de importação, observado o
nome de flutuação suja.
limite de US$ 50 mil, ou seu equivalente em outras
moedas, por operação.
As Operações no Mercado de Câmbio
� Memorize os limites elencados pelo resumo a seguir:
As operações mais comuns são:
„ CTVM, DTVM e Corretoras de Câmbio: 300 mil z Compra e Venda de moeda estrangeira;
dólares por operação; z Arbitragem (operação em que há a compra de
„ Empresa de Correios e Telégrafos: 50 mil dóla- moeda estrangeira com outra moeda estrangeira);
res por operação; z Exportação e Importação.
„ Correspondentes Bancários e Agências de
Turismo ainda em operação: 1 mil dólares por Como se Efetivam as Trocas de Moedas?
operação – em contrapartida, em espécie – e 3
mil dólares em operações escriturais (Resolu- As trocas de moedas podem ser:
ção nº 4.811/20).
z Manuais: em espécie;
z Sacadas: quando não existe o dinheiro vivo, mas,
Importante! sim, papéis que valem dinheiro.
As instituições são obrigadas a informar o VET
Quando falamos de câmbio, pensamos, também,
– Valor Efetivo Total nas operações.
nas taxas cambiais, ou seja, nas taxas que revelam
Isso deve-se ao fato de que nas operações de
quanto uma moeda vale em relação a outra moeda.
câmbio há custos embutidos como: Entre elas, as mais comuns são:
� Tarifa de Conversão das moedas
� IOF – Imposto sobre Operações Financeiras z Taxa Repasse ou Cobertura: feita entre os Bancos
00

Vale destacar que o IOF é um imposto que incide e o BACEN;


5-

sobre quase todas as operações financeiras. z Dólar Pronto: para as operações com entrega em
21

até 48 horas ou D+2;


.

z PTAX: Média das compras e vendas de moedas


70

Resolução nº 3.568, de 2008 com Alterações estrangeiras entre as Instituições Financeiras den-
.4

Posteriores pela Resolução nº 4.811, de 2020


49

tro do país – sempre em dólar americano. Essa é a


taxa de câmbio que é divulgada diariamente pelo
-0

Art. 8º As pessoas Físicas e Jurídicas podem Banco Central e serve de referência para várias
ar

comprar e vender moeda estrangeira ou realizar operações no mercado cambial.


és

transferências internacionais em reais, de qualquer


C

natureza, sem limitação de valor, sendo contra- Taxa de Câmbio nominal x Taxa de Câmbio Real
o

parte na operação agente autorizado a operar


dr

no mercado de cambio, observada a legalidade da A Taxa de Câmbio Nominal indica o preço do ati-
Pe

transação, tendo como base a fundamentação eco- vo financeiro, enquanto que a Taxa de Câmbio Real
nômica e as responsabilidades definidas na respec- indica o preço relativo entre duas moedas, o que per-
tiva documentação. mite medir a competitividade relativa entre os dois
países em questão.
Neste sentido, pode-se dizer que qualquer pessoa Em resumo, a taxa nominal é o preço de um ativo
física ou jurídica pode comprar e vender moeda limpo e seco, sem nenhuma interferência. Já o valor
estrangeira desde que a outra parte na operação de real é o preço do ativo comparado entre duas moedas
câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a – dessa forma, é possível saber quanto aquele deter-
operar no Mercado de Câmbio (ou seu corresponden- minado ativo vale em um país e noutro.
te para tais operações) e que seja observada a regu-
lamentação em vigor, incluindo a necessidade de A Forma de Materializar as Operações de Câmbio: O
identificação em todas as operações. Contrato de Câmbio
É dispensado o respaldo documental das opera-
ções de valor até o equivalente a US$ 10 mil, preser- Contrato de câmbio é o documento que forma-
vando-se, no entanto, a necessidade de identificação liza a operação de compra ou de venda de moeda
208 do cliente. estrangeira.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nele, são estabelecidas as características e as con- Após o embarque dos bens, o exportador entrega
dições sob as quais se realiza a operação de câmbio, os documentos da exportação e as cambiais (saques)
revelando informações relativas à moeda estrangeira da operação ao banco e celebra um contrato de câm-
que um cliente está comprando ou vendendo, à taxa bio para liquidação futura. Então, o exportador pede
contratada, ao valor correspondente em moeda nacio- ao banco o adiantamento do valor, em reais, corres-
nal e aos nomes do comprador e do vendedor. Os con- pondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter
tratos de câmbio devem ser registrados no Sistema um financiamento competitivo para conceder prazo
Câmbio pelo agente autorizado a operar no mercado de pagamento ao importador, o exportador também
de câmbio. fixa a taxa de câmbio da sua operação.
Nas operações de compra ou de venda de moeda O ACE pode ser contratado com prazo de até 390
estrangeira de até US$ 10 mil, ou seu equivalente em dias após o embarque da mercadoria. A liquidação
outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a for- da operação ocorre com o recebimento do pagamen-
malização do contrato de câmbio. O agente do merca- to efetuado pelo importador, acompanhado do paga-
do de câmbio deve identificar seu cliente e registrar a mento dos juros devidos pelo exportador.
operação no Sistema Câmbio.
O Contrato de Câmbio deve conter alguns requisitos ACE
ACC
legais para ter validade, devendo ser registrado no ADIANTAMENTO
ADIANTAMENTO SOB
SISBACEN, constando: CONTRATO DE CÂMBIO
SOB CONTRATO DE
EXPORTAÇÃO

z Qual a moeda em questão;


z A taxa cobrada; Pré-Embarque Pós-Embarque
z O valor correspondente em moeda nacional; � Financia a mercadoria a ser � Antecipa os recursos a serem
z Nome do comprador e do vendedor. exportada recebidos do Comprador
� Deve ser contratado até 360 � Deve ser feito até 390 dias
dias antes do embarque da posteriores ao embarque da
mercadoria mercadoria
Importante!
Até 10 mil dólares não é necessário o Contrato O pagamento é feito quando
O pagamento da operação
de Câmbio. No entanto, o registro da operação é no embarque da mercadoria
deverá ser feito quando o
ou no ingresso do dinheiro
obrigatório (Circular Bacen nº 3.825/17). pago pelo importador
importador enviar os recursos

Existem 10 (dez) tipos de Contratos de Câmbio. A Tanto no ACC quanto no ACE, os limites de finan-
seguir, listaremos os que são mais comumente cobra- ciamento são de até 100% do valor das mercadorias e
dos em prova. Vejamos: não incidem IOF sobre essas operações, por se trata-
rem de incentivos à exportação.
z ACC – Adiantamento Sobre Contrato De Câmbio As operações de Exportação e Importação devem
ser registradas em um sistema chamado SISCOMEX –
O ACC é um dos mais conhecidos e utilizados meca- Sistema de Comércio Exterior. Esse Sistema é utilizado
nismos de financiamento à exportação. Trata-se de em conjunto pela SECEX (Secretaria de Comércio Exte-
00

financiamento na fase de produção ou pré-embarque. rior), pela Secretaria da Receita Federal e pelo BACEN,
5-

Para realizar um ACC, o exportador deve procurar para fiscalizar a entrada e a saída de recursos do Brasil
21

um banco comercial autorizado a operar em câmbio. para o exterior e vice-versa, trazendo vários benefícios
.

aos processos de exportação e importação, quais sejam:


70

Tendo limite de crédito com o banco, o exportador


.4

celebra com este um contrato de câmbio no valor cor-


49

respondente às exportações que deseja financiar, ou z Harmonização de conceitos e uniformização de


-0

códigos dos processos;


seja, o contrato de câmbio é celebrado antes mesmo
z Ampliação de pontos de atendimento;
ar

do exportador receber do importador o pagamento de


z Eliminação de coexistências de controles e siste-
és

sua venda.
mas paralelos de coleta de dados;
C

Neste sentido, o exportador pede ao banco o adian-


z Diminuição, simplificação e padronização de do-
o

tamento do valor, em reais, correspondente ao contra- cumentos;


dr

to de câmbio. Assim, além de obter um financiamento z Agilidade nos processos e diminuição dos custos
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

competitivo para a produção da mercadoria a ser administrativos.


exportada, o exportador também fixa a taxa de câm-
bio da sua operação. O SISCOMEX é um sistema e, como tal, é neces-
Cabe destacar que o ACC pode ser realizado em sário que as pessoas se cadastrem nele para operar.
algumas exportações de serviços e, ainda, em até 360 Existem 4 (quatro) tipos de cadastros para o seu aces-
dias antes do embarque da mercadoria. A liquidação so. Vejamos:
da operação ocorre com o recebimento do pagamen-
to efetuado pelo importador, acompanhado do paga- z Habilitação ordinária: destinada à pessoa jurídi-
mento dos juros devidos pelo exportador, ou pode ca que atue habitualmente no comércio exterior.
ser feita com encadeamento com um financiamento Nesta modalidade, a empresa está sujeita ao acom-
pós-embarque. panhamento da Receita Federal com base na análise
prévia da sua capacidade econômica e financeira;
z ACE – Adiantamento Sobre Cambiais Entregues: O
ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues – é Obs.: essa é a modalidade mais completa de habi-
um mecanismo similar ao ACC, só que contratado litação, a qual permite aos operadores realizar qual-
na fase de comercialização ou pós-embarque. quer tipo de operação. 209
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando o volume de suas operações for incompa- Ocorre que, no caso de operações interbancárias,
tível com a capacidade econômica e financeira evi- a termo (contrato), as partes devem observar que, nas
denciada, a empresa estará sujeita a procedimento operações para liquidação pronta ou futura, a taxa de
especial de fiscalização. câmbio deve refletir exclusivamente o preço da moe-
da negociada para a data da contratação da operação
z Habilitação simplificada: destinada às pessoas
de câmbio, sendo facultada a pactuação de prêmio
físicas, às empresas públicas e às sociedades de
economia mista – entidades sem fins lucrativos; ou bonificação nas operações para liquidação futura.
z Habilitação especial: destinada aos órgãos da Esse prêmio a que o Banco Central se refere no Capí-
Administração Pública direta, autarquias, funda- tulo 1, da série “Regulamento do Mercado de Câmbio
ções públicas, órgãos públicos autônomos e orga- e Capitais Internacionais”, é o Prêmio de Risco. Ele
nismos internacionais; nada mais é que um viés (uma tendência) entre a taxa
z Habilitação restrita: destinada à pessoa física ou de câmbio no mercado futuro e a esperança do câm-
jurídica que tenha operado anteriormente no bio no futuro.
comércio exterior exclusivamente para realização Por fim, vale lembrar que podemos analisar o Prê-
de consulta ou retificação de declaração. mio de Risco, comparando a paridade coberta dos
juros à paridade descoberta destes.
No mercado de Câmbio temos, também, as ope-
rações de Remessas. As remessas são operações de
envio de recursos para o exterior, por meio de ordens
de pagamento (cheque, ordem por conta, fax, internet,
cartões de crédito). Em suma, são formas de enviar DINÂMICA DO MERCADO: OPERAÇÕES
dinheiro para fora do país através de instituições.
Existem remessas do Exterior para o Brasil e vice- NO MERCADO INTERBANCÁRIO
-versa. Elas podem ser:
TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE FUNDOS
z Em espécie: por Instituição Financeira ou pelo
ECT; Há um tipo bastante comum de prestação de ser-
z Via cartão de crédito: seguem a mesma lógica da viços bancários que é o de realizar transferências
remessa em espécie, entretanto o pagamento é fei- eletrônicas de fundos. Estas transferências podem
to por cartão de crédito. ocorrer entre contas da própria instituição financeira
ou entre contas de diferentes instituições.
O que é Posição de Câmbio? Quando a transferência ocorre entre contas da
mesma instituição financeira, ou banco, chamamos
A posição de câmbio é representada pelo saldo das de Transferência Eletrônica de Valores (TEV), pois
operações de câmbio (compra e venda de moeda estran-
os recursos não saem da instituição, apenas saem de
geira, de títulos e documentos que os representem e de
ouro-instrumento cambial) prontas ou para liquidação uma conta para outra, não fazendo uso do sistema de
futura realizadas pelas instituições autorizadas pelo pagamentos brasileiro.
Banco Central do Brasil a operar no mercado de câmbio. Se a transferência envolve contas de diferentes
bancos, neste caso há a necessidade de utilizar o sis-
tema de pagamentos brasileiro. Este é um sistema ele-
00

O que é Posição de Câmbio Comprada?


trônico criado e administrado pelo Banco Central do
5-
21

A posição de câmbio comprada é o saldo em moe- Brasil, conforme consta na Lei n° 10.214, de 2001, para
da estrangeira registrado em nome de uma instituição que haja uma interligação mais segura para os clien-
.
70

autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou tes, entre as diferentes instituições financeiras.
.4

para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu- É através desta segurança que os clientes conse-
49

los e documentos que as representem e de ouro-ins- guem transitar seus recursos de um banco para outro
-0

trumento cambial em valores superiores às vendas.


sem correr grandes riscos, como por exemplo, de não
ar

ter seu dinheiro enviado pelo banco de origem por fal-


és

O que é Posição de Câmbio Vendida?


ta de recursos.
C

Existem, hoje, 4 formas de se transferir recursos


o

A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda


dr

estrangeira registrado em nome de uma instituição entre bancos utilizando o SPB (Sistema de Pagamen-
Pe

autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou tos Brasileiro). Veremos um pouco sobre cada um
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu- deles a seguir.
los e documentos que as representem e de ouro-ins-
trumento cambial em valores superiores às compras. DOC

O que é Prêmio de Risco? O Documento de Ordem de Crédito (DOC), é um


método de envio de recursos entre bancos que leva 24
Para melhor explicar isso, retomaremos alguns horas para ser compensado, ou seja, para ser proces-
conceitos já estudados. sado e creditado na conta do destinatário.
Sabemos que a taxa de câmbio é livremente pac- Este método de transferência tem sido desencora-
tuada entre os agentes autorizados a operar no mer-
jado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), pelo fato
cado de câmbio ou entre estes e seus clientes, podendo
as operações de câmbio ser contratadas para liquida- de acarretar o risco de o banco emissor do DOC não
ção pronta ou futura. Neste sentido, temos a possibi- possuir recursos no fim do dia para honrar o com-
lidade de realizar operações com vencimento futuro, promisso, pois para haver liquidação dessa operação
ou seja, a operação só será finalizada em uma data no fim do dia, depende que o banco emissor possua
210 previamente acordada entre as partes. recursos disponíveis para tanto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TED Alguns impostos e tributos podem ter sua arreca-
dação restringida a uma instituição se, por conveniên-
A Transferência Eletrônica Disponível (TED) é a cia do poder público, um acordo para exclusividade
forma mais segura e moderna de fazer transferência de arrecadação for fechado.
de recursos entre bancos, pois a TED é operada atra- Temos como exemplo de arrecadação centraliza-
vés de um sistema que liquida as operações em tempo da, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
real, ou seja, a TED é a conhecida transferência que que é arrecadado exclusivamente pela Caixa Econô-
“cai na hora”. mica ou os DARF (Documentos de Arrecadação Fiscal)
Vale destacar que esse “cai na hora” não é exata- que são centralizados pelo Banco do Brasil.
mente na mesma hora, pois uma TED pode demorar É importante compreender que arrecadar e cen-
até 1 hora e 30 minutos para ser creditada na conta tralizar podem ter significados diferentes, pois a cen-
do destinatário no outro banco, e caso não aconteça tralização do FGTS na Caixa está prevista na Lei n°
neste intervalo de tempo, o banco central notifica o 8.036, de 1990, que regulamenta o FGTS, já quanto ao
banco emissor da TED, que fica na responsabilidade Banco do Brasil, centraliza os DARF porque é o centra-
de devolve o recurso para a conta do cliente emitente. lizador do caixa do Governo Federal e o documento é
para arrecadação de tributos federais.

Importante! DEPÓSITO INTERFINANCEIRO

Nenhum banco é obrigado a oferecer o serviço Negociado exclusivamente entre instituições


de TED, mas caso haja essa oferta, deve garan- financeiras, o Depósito Interfinanceiro (DI) é um títu-
tir ao cliente emissor da TED que o valor che- lo privado de Renda Fixa que auxilia no fechamento
gará na conta do destinatário em até 1 hora e de caixa dos bancos, como instrumento de captação
30 minutos, caso contrário, o emissor receberá de recursos ou de aplicação de recursos excedentes.
uma notificação de impossibilidade e o valor Não é permitida a venda de Depósito Interfinanceiro a
será devolvido em sua conta. outros investidores, assim como não há incidência de
impostos sobre a rentabilidade. Os títulos têm elevada
liquidez e embutem um baixíssimo risco, normalmen-
Transferências TED são mais seguras, pois como o te associado à solidez dos bancos que participam do
sistema de liquidação é em tempo real (LBTR – Liqui- mercado.
dação Bruta em Tempo Real), o banco emissor somen- Essas negociações geram uma Taxa TI, sobre isso
te poderá emitir a TED para o destinatário caso possua veja:
fundos disponíveis para enviar.
As negociações entre os bancos geram a Taxa DI,
TEC referência para a maior parte dos títulos de renda
fixa ofertados ao investidor. É hoje o principal ben-
A Transferência Eletrônica de Créditos (TEC) foi chmark do mercado. A Taxa DI é obtida ao se cal-
criada e aperfeiçoada para ser a forma como os ban- cular a média ponderada das taxas das transações
prefixadas, extragrupo e com prazo de um dia efe-
cos fazem transferências de compromissos agendados
00

tuadas na B3 entre instituições financeiras. Como


entre si, como por exemplo, pagamento de folha de
5-

a taxa para o prazo de um dia é muito pequena,


salário dos empregados de uma empresa.
21

convencionou-se divulgá-la de forma anualizada.


Quando a empresa tem convênio com um banco e
.

Essas transações são fechadas por meio eletrônico


70

o empregado faz a portabilidade de seu salário para e registradas na B3.1


.4

uma conta em outra instituição, ficaria oneroso para


49

o empregado fazer o pagamento mensal de uma tarifa Além do DI tradicional, fontes registram diversas
-0

realizando um DOC e ou uma TED. Para evitar este tipo modalidades do ativo, como Depósito Interfinanceiro
ar

de morosidade e gastos a mais, os bancos utilizam-se vinculado a Micro finanças – DIM, Depósito Interfi-
és

da TEC, pois com ela, o custo das transferências de cré- nanceiro Rural – DIR, e Depósito Interfinanceiro Imo-
C

dito é diluído, de forma a possibilitar a portabilidade biliário – DII.


o

do salário sem ônus para o empregado da empresa.


dr

Atualmente a principal forma de transferências


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

entre contas do mesmo banco ou de diferentes bancos


é através do PIX (pagamento instantâneo), que será
visto posteriormente.
MERCADO BANCÁRIO: OPERAÇÕES DE
TESOURARIA, VAREJO BANCÁRIO E
ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS RECUPERAÇÃO DE CRÉDITO
Um serviço encontrado com bastante frequência Temos, por varejo bancário, um conjunto de ope-
nas instituições financeiras é o serviço de arrecada- ração e serviços que os bancos prestam à maioria de
ções de tributos e tarifas públicas, ele é composto de seu público. Os segmentos mais específicos de merca-
convênios criados entre uma ou várias instituições e do chamamos de PRIVATE ou Alta Renda, que costu-
um ou vários órgãos públicos a fim de que os boletos mam ter seus produtos e serviços customizados. Para
gerados por estes órgãos sejam recebidos por uma ou o segmento de varejo, temos produtos padronizados e
mais dessas instituições financeiras. amplos, como explicitaremos mais à frente.
1 B3. Captação Bancária. Depósito Interfinanceiro. Disponível em: https://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/registro/renda-fixa-e-
valores-mobiliarios/deposito-interfinanceiro.htm. Acesso em: 24 nov. 2022. 211
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As operações de tesouraria são nada mais nada SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS
menos que as operações administrativas de manu-
tenção de numerário (dinheiro físico) nas agências, e O Subsistema Normativo
a guarda ou custódia de garantias das operações de
crédito ou de valores de terceiros, como penhores de Dentro do sistema de seguros privados, nós temos,
joias e metais preciosos. assim como no sistema financeiro que vimos anterior-
Confira alguns produtos de varejo bancário abaixo. mente, uma estrutura composta por órgão normativo,
entidade supervisora e operadores.
CONSÓRCIOS Nesse sistema, nós temos como órgão normativo
o Conselho Nacional de Seguros Privados, o CNSP,
O Sistema de Consórcios se destina a propiciar o responsável por fixar as diretrizes e normas da políti-
acesso de integrantes de grupos de consórcio ao con- ca de seguros privados. Ele é composto pelo Ministro
sumo de bens e serviços. O sistema é constituído por da Economia (Presidente), pelo Superintendente da
Superintendência de Seguros Privados e pelos repre-
administradoras de consórcio e por grupos de consór-
sentantes do Ministério da Justiça, da Secretaria da
cio e é regulamentado pela Lei nº 11.795, de 8 de outu-
Previdência Social, do Banco Central do Brasil e da
bro de 2008.
Comissão de Valores Mobiliários.
Consórcio são pessoas naturais e jurídicas que se
São algumas atribuições do CNSP, de acordo com o
reúnem, com prazo definido e número de cotas pre-
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966:
viamente determinado, por meio de uma adminis-
tradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a z Fixar diretrizes e normas da política de seguros
seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de privados;
bens ou serviços, através de autofinanciamento. z Regular a constituição, organização, funcionamen-
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica to e fiscalização dos que exercem atividades subor-
que presta serviços e tem objeto social principal vol- dinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados,
tado à administração de grupos de consórcio, consti- bem como a aplicação das penalidades previstas;
tuída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade z Fixar as características gerais dos contratos de
anônima. seguro, previdência privada aberta, capitalização
e resseguro;
No sistema de consórcios, os grupos têm patrimô- z Estabelecer as diretrizes gerais das operações de
nio próprio e são independentes entre si, de modo resseguro;
que os recursos de um grupo não podem ser trans- z Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do
feridos para outro nem se confundem com o patri- IRB;
mônio das administradoras. Além disso, o interesse z Prescrever os critérios de constituição das Socie-
do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse dades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de
individual do consorciado. Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com
A adesão de um consorciado a um grupo de consór- fixação dos limites legais e técnicos das respectivas
cio se dá mediante assinatura de contrato de parti- operações;
cipação. Nesse contrato, devem estar previstos os z Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão
direitos e os deveres das partes, tais como a descri- de corretor.
00

ção do bem a que o contrato está referenciado e seu


5-

respectivo preço (que será adotado como referência Para auxiliar o CNSP, foi criada a SUSEP (Superin-
21

para o valor do crédito e para o cálculo das parce- tendência de Seguros Privados), que é a autarquia
.
70

las mensais do consorciado). responsável pelo controle e fiscalização dos mercados


.4

O contrato de participação em grupo de consórcio,


de seguro, previdência privada aberta, capitalização
49

por adesão, poderá ter como referência um bem


e resseguro. A autarquia, vinculada ao Ministério da
-0

móvel, um bem imóvel ou um serviço de qualquer


Economia, foi criada pelo Decreto-Lei nº 73, de 21
natureza.
ar

de novembro de 1966, e sua missão é desenvolver os


Os bens móveis podem ser dos seguintes
és

mercados supervisionados, assegurando sua estabili-


subsegmentos:
C

dade e os direitos do consumidor.


� veículos pesados e outros;
o

Portanto, são atribuições da SUSEP:


dr

� automóveis (incluindo utilitários e caminhonetes);


Pe

� motocicletas (incluindo motonetas, ciclomotores,


z Fiscalizar a constituição, organização, funciona-
triciclos e quadriciclos);
mento e operação das Sociedades Seguradoras, de
� outros bens móveis duráveis (eletroeletrônicos Capitalização, Entidades de Previdência Privada
e eletrodomésticos, incluindo móveis e mobílias)
Aberta e Resseguradores, na qualidade de execu-
(BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2020).
tora da política traçada pelo CNSP;
z Atuar no sentido de proteger a captação de pou-
Outros serviços, como estéticos e de saúde, por pança popular que se efetua através das operações
exemplo, também podem ser considerados nessa lista. de seguro, previdência privada aberta, de capitali-
O contrato deve prever as condições para concor- zação e resseguro;
rer à contemplação por sorteio, bem como as regras z Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores
da contemplação por lance. dos mercados supervisionados;
O BCB é o responsável pela normatização, autori- z Promover o aperfeiçoamento das instituições e
zação, supervisão e controle das atividades do siste- dos instrumentos operacionais a eles vinculados,
ma de consórcios, com foco na eficiência e solidez das com vistas à maior eficiência do Sistema Nacio-
administradoras e cumprimento da regulamentação nal de Seguros Privados e do Sistema Nacional de
212 específica. Capitalização;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Promover a estabilidade dos mercados sob sua Importante!
jurisdição, assegurando sua expansão e o funcio-
namento das entidades que neles operem; Note que nem sempre os prazos de vigência e
z Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que pagamento vão coincidir, mas o prazo de paga-
integram o mercado; mento jamais será maior que o prazo de vigên-
z Disciplinar e acompanhar os investimentos daque- cia; no máximo, pode ser igual ao de vigência,
las entidades, em especial os efetuados em bens mas nunca maior!
garantidores de provisões técnicas;
z Cumprir e fazer cumprir as deliberações do
CNSP e exercer as atividades que por este forem Já as modalidades são:
delegadas;
z Prover os serviços de Secretaria Executiva do Modalidade tradicional: define-se como Moda-
CNSP. lidade Tradicional o Título de Capitalização que tem
por objetivo restituir ao titular, ao final do prazo de
O Subsistema Operador do Sistema de Seguros vigência, no mínimo, o valor total dos pagamentos
Privados efetuados pelo subscritor, desde que todos os paga-
mentos previstos tenham sido realizados nas datas
As instituições a seguir são subordinadas ao CNSP programadas. Deve possuir prazo de vigência míni-
e à SUSEP, que regulamentam seu funcionamento e mo de 12 meses, e ter carência mínima de 30 dias
fiscalizam suas atuações neste mercado. para resgate e remuneração mínima de 0,35% AM.
Modalidade Compra-Programada: define-se
z Sociedades de Capitalização como Modalidade Compra-Programada o Título de
Capitalização em que a sociedade de capitalização
Constituídas sob a forma de sociedades anônimas garante ao titular, ao final da vigência, o recebimen-
que negociam contratos (títulos de capitalização), têm to do valor de resgate em moeda corrente nacional,
por objeto o depósito periódico de prestações pecu- sendo disponibilizada ao titular a faculdade de optar,
niárias pelo contratante, o qual terá, depois de cum-
se este assim desejar e sem qualquer outro custo,
prido o prazo contratado, o direito de resgatar parte
pelo recebimento do bem ou serviço referenciado na
dos valores depositados corrigidos por uma taxa de
ficha de cadastro, subsidiado por acordos comerciais
juros estabelecida contratualmente. Pode conferir,
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sor- celebrados com indústrias, atacadistas ou empresas
teios de prêmios em dinheiro. comerciais. Devem ser estruturados na forma PM (Por
Mês) ou PP (Por Período), possuir prazo de vigência
„ O Título de Capitalização (Circular 576, de 2018) mínimo de 6 meses, e mínimo de 30 dias de carência
para resgate e remuneração mínima de 0,35% AM.
É um produto em que parte dos pagamentos Modalidade Popular: define-se como Modalidade
realizados pelo subscritor(adquirente) é usada Popular o Título de Capitalização que tem por obje-
para formar um capital mínimo, segundo cláusulas tivo propiciar a participação do titular em sorteios,
e regras aprovadas e mencionadas no próprio título sem que haja devolução integral dos valores pagos.
(Condições Gerais do Título), que será pago em moe- Tem vigência mínima de 12 meses, carência míni-
da corrente nacional em um prazo máximo esta- ma de 60 dias para resgate e remuneração mínima
00

belecido no contrato, dando também ao adquirente/ de 0,16% AM. A Tele Sena é um ótimo exemplo desta
5-

subscritor o direito de participação em sorteios. modalidade.


21

Os prazos dos títulos de capitalização são: Modalidade Incentivo: entende-se por Modalida-
.
70

Prazo de Pagamento: é o período durante o qual de Incentivo o Título de Capitalização que está vincu-
.4

o subscritor se compromete a efetuar os pagamentos lado a um evento promocional de caráter comercial


49

que, em geral, são mensais e sucessivos. Outra possi- instituído pelo Subscritor para alavancar as vendas de
-0

bilidade, como colocada acima, é a de o título ser de seus produtos ou serviços ou para fidelizar seus clien-
Pagamento Periódico (PP) ou de Pagamento Único (PU).
ar

tes. O subscritor, nesse caso, é a empresa que compra


Prazo de Vigência: é o período durante o qual o
és

o título e o cede total ou parcialmente (somente o


Título de Capitalização está sendo administrado pela
C

direito ao sorteio) aos clientes consumidores do pro-


Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo ao
o

duto utilizado no evento promocional. Tem prazo de


dr

título, em geral, atualizado monetariamente pela TR e vigência mínimo de 60 dias, prazo de 60 dias de carên-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

capitalizado pela taxa de juros informada nas Condi- cia para resgate e remuneração mínima de 0,16% AM.
ções Gerais. É o prazo que compreende o início e o fim Modalidade de Instrumento de Garantia: per-
do título, ou seja, o prazo em que o cliente ou subscri-
mite que o título de capitalização seja utilizado como
tor concorre aos sorteios.
uma garantia ou caução. Com isso, o título de capita-
Prazo de Carência: é o período em que o subscri-
lização passa a ser uma alternativa ao seguro garan-
tor não pode solicitar o resgate da capitalização, mes-
mo com perdas. Esse prazo é máximo de 24 meses tia e à fiança em locação ou obrigação com terceiros.
em qualquer modalidade. O título só poderá ser resgatado pelo terceiro, caso o
Quanto à forma de pagamento, ela pode ser por contrato seja quebrado pelo subscritor/adquirente do
mês (PM) — é um título que prevê um pagamento a título, dessa forma não se fala de carência para res-
cada mês de vigência do título; por período (PP) — gate. O subscritor/adquirente poderá resgatar o títu-
é um título em que não há correspondência entre lo durante a vigência, entretanto, só poderá fazê-lo
o número de pagamentos e o número de meses de com a anuência do terceiro. A vigência mínima é de 6
vigência do título; ou por pagamento único (PU) — é meses e remuneração mínima, de 0,35% AM.
um título em que o pagamento é realizado uma úni- Modalidade de Filantropia Premiável: é um ins-
ca vez, tendo sua vigência estipulada na proposta trumento para que entidades beneficentes de assis-
(no mínimo 12 meses). tência social angariem recursos. 213
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nessa modalidade, o direito de resgate do valor do Os Planos de Previdência Complementar Abertos
título de capitalização é cedido para a entidade bene-
ficente, permanecendo o cliente apenas com o direito Os planos são comercializados por bancos e segu-
de participar de sorteios. Só pode ser estruturada na radoras, e podem ser adquiridos por qualquer pessoa
forma PU (pagamento único), com vigência mínima física ou jurídica. O órgão do governo que fiscaliza e
de 60 dias, para resgate apenas após 60 dias contados dita as regras dos planos de Previdência Privada é a
da aplicação e remuneração mínima de 0,16% AM. SUSEP, que é ligada ao Ministério da Economia.
Vale destacar, ainda, a Categoria Instantânea, Os dois planos mais comuns são PGBL (Plano Gera-
que não é modalidade: a famosa raspadinha agora dor de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Bene-
pode ser atrelada a título de capitalização. Este pro- fício Livre). São planos previdenciários que permitem
cedimento já era feito há anos no Brasil, mas não era que você acumule recursos por um prazo contratado.
regulamentado pela SUSEP, o que mudou após a publi- Durante esse período, o dinheiro depositado vai sen-
cação da Circular 569, de 2018. do investido e rentabilizado pela seguradora ou banco
escolhido.
Como é Estruturado um Título de Capitalização? Tanto no PGBL como no VGBL, o contratante passa
por duas fases: o período de investimento e o período
Os títulos de capitalização são estruturados com de benefício. O primeiro normalmente ocorre quando
prazo de vigência igual ou superior a 12 meses e em estamos trabalhando e/ou gerando renda. Esta é a fase
séries cujo tamanho deve ser informado no próprio de formação de patrimônio. Já o período de benefício
título, sendo, no mínimo, de 10.000 títulos. Por exem- começa a partir da idade que você escolhe para come-
plo, uma série de 100.000 títulos poderá ser adquirida çar a desfrutar do dinheiro acumulado durante anos de
por até 100.000 clientes diferentes, que são regidos trabalho. A maneira de recebimento dos recursos é você
pelas mesmas condições gerais e, se for o caso, con- quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio acumu-
correrão ao mesmo tipo de sorteio. lado e/ou contratar um tipo de benefício (renda) para
O título prevê pagamentos a serem realizados pelo passar a receber, mensalmente, da empresa seguradora.
subscritor. Cada pagamento apresenta, em geral, três É importante lembrar que tanto o período de
componentes: investimento quanto o período de benefício não preci-
Cota de Capitalização: parte que é destinada a sam ser contratados com a mesma seguradora. Desta
acumulação do capital, corrigida monetariamente por forma, uma vez encerrado o período de investimento,
um índice fixado no contrato. Deve ser maior que as o participante fica livre para contratar uma renda na
demais cotas. Na modalidade PU, a cota de capitaliza- instituição que escolher.
ção mínima varia de 50% a 70% do valor do título. Nas
modalidades PP e PM, a cota de capitalização mínima Diferença Entre PGBL e VGBL
vai de 10%, nos três primeiros meses, a 70% a partir
do 4º mês. A principal distinção entre eles está na tributação.
Cota de Sorteio: parte destinada ao pagamento No PGBL, você pode deduzir o valor das contribuições
dos prêmios aos sorteados. da sua base de cálculo do Imposto de Renda, com limi-
Cota de Carregamento: parte destinada às despe- te de 12% da sua renda bruta anual. Assim, poderá
sas administrativas da sociedade de capitalização com reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar sua
00

a administração do título. restituição de IR. Vamos supor que um contribuinte


5-

Os valores dos pagamentos são fixos? Nos títu- tenha um rendimento bruto anual de R$ 100 mil. Com
21

los com vigência igual a 12 meses, os pagamentos são o PGBL, ele poderá declarar ao Leão R$ 88 mil. O IR
.

obrigatoriamente fixos. Já nos títulos com vigência sobre os R$ 12 mil restantes, aplicados em PGBL, só
70

superior, é facultada a atualização dos pagamentos, a será pago no resgate desse dinheiro. Mas atenção: esse
.4

benefício fiscal só é vantajoso para aqueles que fazem


49

cada período de 12 meses, por aplicação de um índice


oficial estabelecido no próprio título. a declaração do Imposto de Renda pelo formulário
-0

O resgate é sempre inferior ao valor total que completo e são tributados na fonte.
ar

foi pago? Não. Alguns títulos possuem, ao final do pra- Para quem faz declaração simplificada ou não é
és

zo de vigência, um percentual de resgate igual ou até tributado na fonte, como autônomos, o VGBL é ideal.
C

mesmo superior a 100%. Isto é, se fosse, por exemplo, Ele é indicado também para quem deseja diversificar
o

seus investimentos ou para quem deseja aplicar mais


dr

100%, significaria que o titular receberia ao final do


de 12% de sua renda bruta em previdência. Isto por-
Pe

prazo de vigência, tudo o que pagou, além da atuali-


zação monetária, que é o caso do produto Tradicional. que, em um VGBL, a tributação acontece apenas sobre
o ganho de capital.
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR Dica
Entidades Abertas de Previdência Complementar É possível realizar a portabilidade entre os pla-
são entidades constituídas unicamente sob a forma de nos VGBL e PGBL?
sociedades anônimas, que têm por objetivo instituir A resposta é não! A portabilidade só é permitida
e operar planos de benefícios de caráter previden- entre planos do mesmo segmento, isto é, entre
ciário, concedidos em forma de renda continuada, planos de previdência complementar aberta
pagamentos por períodos determinados ou paga- (PGBL para PGBL), ou entre planos de seguro
mentos únicos, acessíveis a quaisquer pessoas de vida com cobertura por sobrevivência (VGBL
físicas. para VGBL).2
2 Disponível em: http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-complementar-aberta#duvidasfaq.
214 Acesso em: 24 nov. 2022.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os planos denominados PGBL e VGBL, durante o período de diferimento, terão como critério de remunera-
ção da provisão matemática de benefícios a conceder, a rentabilidade da carteira de investimentos do Fundo de
Investimentos Exclusivo (FIE), instituído para o plano, ou seja, durante o período de diferimento não há garan-
tia de remuneração mínima, ou seja, pode render negativo.

PGBL OU VGBL
COMO AVALIAR OS DOIS TIPOS DE PLANOS DE PREVIDÊNCIA
PGBL X VGBL
Abatimento das contribuições no Durante o período de acumulação,
Imposto de renda (até o limite de os recursos aplicados estão isentos
12% da Renda Bruta anual) durante de tributação sobre os rendimentos.
Tratamento Fiscal
o período de acumulação. Sobre os Somente no momento do recebimen-
valores de resgate e rendas haverá a to da renda ou resgate haverá a inci-
incidência de tributação dência de Imposto de Renda
Para quem é isento, declara Imposto
Mais atraente para quem declara
de Renda simplificado ou tem previ-
Importo de Renda completo, podendo
Para Quem É Indicado dência complementar e/ou já abate o
aproveitar o abatimento da Renda
limite máximo de 12% da renda bruta
Bruta anual na fase de contribuição
anual
Fonte: Conde Consultoria Atuarial

Os planos de Previdência Privada cobram dois tipos de taxa que devem ser observados na hora da contratação:
a taxa de administração financeira e a taxa de carregamento.
A taxa de administração financeira é cobrada pela tarefa de administrar o dinheiro do fundo de investimen-
to exclusivo, criado para o seu plano, e pode variar de acordo com as condições comerciais do plano contratado.
Os que têm fundos com investimentos em ações, por serem mais complexos, normalmente têm taxas um pouco
maiores do que aqueles que investem apenas em renda fixa.
Importante: a taxa de administração financeira é cobrada diariamente sobre o valor total da reserva e a ren-
tabilidade informada é líquida, ou seja, com o valor da taxa de administração já debitado.
A taxa de carregamento incide sobre cada depósito que é feito no plano. Ela serve para cobrir despesas de
corretagem e administração. Na maioria dos casos, a cobrança dessa taxa não ultrapassa 5%, sendo o máximo
autorizado pela SUSEP de 10%, sobre o valor de cada contribuição que você fizer. No mercado, há três formas de
taxa de carregamento, dependendo do plano contratado. São elas:

z Antecipada: incide no momento do aporte. Esta taxa é decrescente em função do valor do aporte e do montan-
te acumulado. Ou seja, quanto maior o valor do aporte ou quanto maior o montante acumulado, menor será a
taxa de carregamento antecipada;
z Postecipada: incide somente em caso de portabilidade ou de resgates. É decrescente em função do tempo de
00

permanência no plano, podendo chegar a zero. Ou seja, quanto maior o tempo de permanência, menor será
5-

a taxa;
21

z Híbrida: a cobrança ocorre tanto na entrada (no ingresso de aportes ao plano) quanto na saída (na ocorrência
.

de resgates ou portabilidades). Como você pode ver, existem produtos que extinguem a cobrança dessa taxa
70

após certo tempo de aplicação. Outros atrelam esse percentual ao saldo investido: quanto maior o volume
.4

aplicado, menor a taxa. Nos dois casos, não deixe de pesquisar antes de escolher seu plano de previdência.
49
-0

Alíquotas do Imposto de Renda (IR)


ar
és

A alíquota do imposto de renda serve para tributar a renda que você receberá ao final do plano quando for
C

gozar o benefício de forma parcelada ou de uma única vez. Isso porque a receita federal também fiscaliza essa
o

parcela do seu dinheiro. Logo, essa alíquota pode ser cobrada de duas formas de acordo com a escolha do cliente.
dr
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

z A Alíquota Progressiva

Esta forma de tributação é ideal para quem não declara imposto de renda ou se declara como isento, pois o
imposto cobrado na previdência no momento do resgate será de 15%, independentemente do prazo. Entretan-
to, caso sua renda passe a ser tributável, ou seja, você passe a ganhar o suficiente para pagar imposto de renda, a
tributação que era 15% passa a acompanhar a tributação do seu salário, e, quando você efetuar o resgate, terá de
fazer um ajuste no seu IR para mais ou para menos, a depender o valor do seu salário e da alíquota cobrada. Por
isso, o nome Progressiva, pois aumenta conforme seu salário progride. Veja um exemplo:

„ Ganho 10 mil reais por ano, portanto não preciso declarar imposto de renda. Se eu declarar que não preciso
pagar imposto, logo, minha previdência está sujeita ao imposto de 15%. Quando eu efetuar o resgate e for
cobrado o imposto, como não devo pagar o IR, posso receber o valor cobrado de volta como restituição.
No entanto, se ganho 70 mil reais por ano, logo, devo declarar IR e devo pagar imposto, ou este pode ser
retido no meu salário pelo meu empregador, se eu for assalariado. Para quem ganha 70 mil reais por ano,
o imposto devido é de 27,5%, ou seja, minha previdência sairá de uma porcentagem de 15% para uma de
27,5%. Dessa forma, o imposto pago será a mais e não haverá nenhum ganho a título de restituição. 215
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por isso, essa forma de tributação deve ser esco- Hot Money
lhida com cuidado e considerando que, se sua renda
subir demais, você pagará mais imposto. Inicialmente, é uma aplicação financeira de cur-
to prazo, com alta rentabilidade, onde investidores
A Alíquota Regressiva estrangeiros trazem recursos para o Brasil para se
beneficiar de taxas de juros altas e de curtos prazos.
Essa alíquota indica que o imposto será cobrado na Quando já obtiveram ganhos ou quando a condição
forma inversa da Progressiva, ou seja, começará alto, das taxas começa a ficar desfavorável, esses investido-
em 35%, e terminará em 10% ao final de dez anos. res retiram seu capital rapidamente do país, causando
Ou seja, a alíquota reduz com o tempo. Logo, esta uma turbulência econômica, que estudaremos mais à
modalidade é mais indicada para aqueles que dese- frente no mercado de câmbio. Trazido para o Brasil,
jam ficar no plano de previdência por muito tempo, e ganhou fama por ser uma linha de crédito destinada
que queiram utilizar a aplicação como benefício futu- a Pessoas Jurídicas.
ro de aposentadoria. É indicada para aqueles clientes O prazo é de 1 até 29 dias, mas normalmente se
que estão pensando a longo prazo. Deve, também, ser contrata por até 10 dias e o objetivo é sanar proble-
escolhida com atenção, pois esta escolha entre pro- mas momentâneos de fluxo de caixa. É adaptável
gressiva ou regressiva é irretratável, ou seja, você às mudanças bruscas nas taxas de juros por ter
não pode mudar. como principal característica o curto prazo.

Vendor Finance
Importante!
É uma operação de financiamento de vendas
Existe a possibilidade de troca de regime tri- baseadas no princípio da cessão de crédito, que per-
butário de Progressivo para Regressivo, e isto mite a uma empresa vender seu produto a prazo e
encontra amparo na Lei nº 11.053. Embora a receber o pagamento à vista.
lei não seja muito clara, ela faz menção ao fato A operação de Vendor supõe que a empresa
de que o cliente que tenha uma previdência na compradora seja cliente tradicional da vendedora,
modalidade tributária progressiva, possa migrar pois será esta que irá assumir o risco do negócio
para a alíquota regressiva, mas isso só pode ser junto ao banco.
feito uma única vez e é irreversível. A empresa vendedora transfere seu crédito
Da mesma forma, em 2015 a SUSEP e a PREVIC ao banco e este, em troca de uma taxa de inter-
mediação, paga o vendedor à vista e financia o
assinaram um acordo para que fosse possível
comprador.
a migração entre previdência complementar
A principal vantagem para a empresa vendedora é
aberta para fechada e vice-versa, entretanto o a de que, como a venda não é financiada diretamente
acordo não especifica como e em que termo por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos,
essa migração é feita, ficando clara apenas a comissões de vendas e royalties, no caso de licença de
autorização para migração. fabricação, torna-se menor.
É uma modalidade de financiamento de vendas
para empresas na qual quem contrata o crédito é o
PRINCIPAIS MODALIDADES DE CRÉDITO
00

vendedor, mas quem paga é o comprador. Assim, as


5-

empresas vendedoras deixam de financiar os clientes,


Para a prova, considere mercado de crédito tudo
21

elas próprias, e, dessa forma, param de recorrer aos


o que for relacionado a crédito. Entretanto, vamos
.

empréstimos de capital de giro nos bancos ou aos seus


70

salientar os tipos que a banca organizadora mais gos- recursos próprios para não se descapitalizarem e/ou
.4

ta de cobrar. Lembrando que, quando uma instituição


49

pressionarem seu caixa.


financeira está liberando recursos, ela se encontra na Como em todas as operações de crédito, ocorre a inci-
-0

posição ativa, ou seja, está liberando dinheiro para dência do IOF, sobre o valor do financiamento, que é cal-
ar

um deficitário e este deficitário deverá devolver o culado proporcionalmente ao período do financiamento.


és

recurso ao banco, acrescentando uma taxa de juros A operação é formalizada com a assinatura de um
C

pactuada entre as partes. Veja quais são as principais convênio, com direito de regresso entre o banco e a
o

operações ativas. empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato


dr

de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa


Pe

O CDC — Crédito Direto ao Consumidor vendedora, banco e empresa compradora).

Essa modalidade de crédito é a mais comum, pois Compror Finance


é direcionada para diversas áreas, como: automático,
turismo, salário/consignação (30% da renda, debita- Existe uma operação inversa ao Vendor, denomina-
do do contracheque) e o CDC para bens de consumo da Compror, que ocorre quando pequenas indústrias
duráveis: carros, motos etc. vendem para grandes lojas comerciais. Neste caso,
Admite garantias reais ou fidejussórias, ou até em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador do con-
mesmo pode ocorrer sem garantias. trato, o próprio comprador é que funciona como tal.
Importante dizer que existe, ainda, o CDC-I (Cré- Trata-se, na verdade, de um instrumento que
dito Direto ao Consumidor com Interveniência), que é dilata o prazo de pagamento de compra sem envol-
realizado quando o vendedor é o fiador ou avalista do ver o vendedor (fornecedor). O título a pagar fun-
cliente na operação, ou seja, o banco fornece crédito ciona como “lastro” para o banco financiar o cliente,
ao cliente, pois o vendedor está assumindo o risco da que irá lhe pagar em data futura pré-combinada,
operação junto ao banco, para que este libere o recur- acrescido de juros e IOF, sem incidência imediata da
216 so parcelado ao cliente. CPMF no empréstimo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como o Vendor, este produto também exige um contrato-mãe definindo as condições básicas da operação que
será efetivada a partir do envio ao banco dos contratos-filhos, com as planilhas dos dados dos pagamentos que
serão financiados.

Adiantamentos ou Descontos

Consistem, basicamente, em adiantar, ao cliente ou credor, um valor referente a um crédito que este receberá
somente em uma data futura. Logo, aquele crédito já contará no caixa do cliente ou da empresa. O banco cobra
uma taxa de juros, que diminui do valor de face do título, ou valor nominal.

z Exemplo: um cliente possui um título, que tem valor de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse desse títu-
lo, o cliente vai até o banco e solicita um adiantamento no valor referente àquele título. O banco cobra uma
taxa de juros que diminui do valor de face do título um determinado valor, exemplo: o banco irá cobrar R$
200,00 pela antecipação. Logo, o banco faz o crédito na conta do cliente no valor de R$ 800,00. O banco fica com
a custódia do papel, e quando o devedor pagar o título, o banco ficará com o valor de R$1.000,00. Lucrando,
assim, R$200,00 na operação.

Esses títulos podem ser boletos, cartões de crédito, cheques pré-datados, duplicatas e notas promissórias.
Quando falamos de desconto de duplicatas, cheques ou notas promissórias, temos alguns detalhes: caso os
títulos não sejam pagos pelo devedor, o banco tem direito de regresso contra o credor, ou cedente. Ou seja, se
o devedor não pagar, o banco vai atrás do cliente (credor) para que este efetue o pagamento.

Leasing ou Arrendamento Mercantil (Resolução CMN n° 2977, de 2022)

Principal produto das Sociedades de Arrendamento Mercantil (S.A.M.) e Bancos múltiplos com a carteira de
arrendamento mercantil, o leasing é um contrato denominado na legislação brasileira como “arrendamento mer-
cantil”. As partes desse contrato são denominadas “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam, de um lado,
um banco ou sociedade de arrendamento mercantil (o arrendador) e, de outro, o cliente (o arrendatário).
O objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador, de um bem escolhido pelo arrendatário
para sua utilização. O arrendador é, portanto, o proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto, durante a
vigência do contrato, são do arrendatário. Reside, aí, a principal vantagem do leasing, pois o arrendatário que irá
usar o bem o utilizará sem necessariamente ter sua propriedade. Isso, em um financiamento comum, não seria
possível, pois o cliente estaria comprando o bem e não apenas alugando. Desta forma o leasing é um serviço e por
isso não incide sobre suas operações o IOF, mas, sim, sobre o Imposto Sobre Serviço (ISS).

BEM OBJETO DO LEASING

Arrendador (Banco)
00

Arrendador (Cliente) Usuário


Proprietário
5-
21

Deve vender o bem após o fim


Pode optar por ficar com o
.

do contrato caso o cliente não


70

bem no final
adquira no final
.4
49
-0

O contrato de arrendamento mercantil pode prever ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do bem de
propriedade do arrendador. Esta opção deve ser indicada no momento da contratação.
ar

Caso o cliente deseje ficar com o bem no final, deverá pagar ao Arrendador o Valor Residual Garantido (VRG),
és

que nada mais é do que um valor de mercado do bem. Este VRG pode ser diluído nas parcelas do aluguel durante
C

todo o contrato, se assim for pactuado. No entanto, em determinadas modalidades não existe a cobrança do VRG,
o
dr

como veremos mais à frente.


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Duas das principais vantagens do leasing são:

z A não incidência de IOF, e sim de ISS, o que torna a operação mais barata;
z A possibilidade, para as Pessoas Jurídicas, de deduzir do Imposto de Renda como despesa operacional as
parcelas do leasing.

Como nos empréstimos normais, é possível quitar o leasing antes do prazo definido no contrato. Caso a
quitação seja realizada após os prazos mínimos previstos na legislação e na regulamentação, o contrato não perde
as características de arrendamento mercantil. Entretanto, caso realizada antes dos prazos mínimos estipulados,
o contrato perde sua caracterização legal de arrendamento mercantil e a operação passa a ser classificada como
de compra e venda a prazo.
Nesse caso, as partes devem arcar com as consequências legais e contratuais que essa descaracterização pode
acarretar.
As operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em duas modalidades: leasing financeiro e
leasing operacional. A diferença básica é que no leasing financeiro, o prazo é usualmente maior e o arrendatário
tem a possibilidade de adquirir o bem por um valor preestabelecido (VRG, que só será pago ao final do contrato). 217
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
QUADRO RESUMO

– Leasing Financeiro Leasing Operacional

Prazo mínimo de dura- 2 anos para bens com vida útil < 5 anos
90 dias
ção do leasing 3 anos para bens com vida útil > 5 anos

Valor residual garantido


Permitido Não permitido
— VRG*

Pactuada no início do contrato, normalmente


Opção de compra Conforme valor de mercado
igual ao VRG

Por conta do arrendatário ou da


Manutenção do bem Por conta do arrendatário (cliente)
arrendadora

Total dos pagamentos, incluindo VRG, deverá


O somatório de todos os pagamentos
garantir à arrendadora o retorno financeiro da
Pagamentos devidos no contrato não poderá exce-
aplicação, incluindo juros sobre o recurso em-
der 90% do valor do bem arrendado
pregado para a aquisição do bem

* Valor pré-fixado no contrato para exercer a opção de compra (Fonte: Banco Central)3

Observação: os bens que podem ser arrendados são móveis ou imóveis, nacionais ou estrangeiros. Para os
estrangeiros, é necessário que estejam em uma lista elaborada pelo CMN.

z Características das Modalidades de Leasing

„ Leasing financeiro: as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela arren-
datária, devem ser suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo
contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos; as despesas
de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado ficam por
responsabilidade da arrendatária; o preço para o exercício da opção de compra deve ser livremente pac-
tuado, podendo, inclusive, ter o valor de mercado do bem arrendado;
„ Leasing operacional: as contraprestações a serem pagas pela arrendatária devem contemplar o custo de
arrendamento do bem e os serviços inerentes a sua colocação à disposição da arrendatária, não podendo o
valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% do “custo do bem”; o prazo contratual deve ser inferior a
75% do prazo de vida útil econômica do bem; o preço para o exercício da opção de compra deve ser o valor
de mercado do bem arrendado; não deve haver previsão de pagamento de valor residual garantido (VRG).
00

z Sale and Leaseback (Apenas Para Bens Imóveis)


5-
21

Tipo de leasing em que o dono de um imóvel o vende para uma Sociedade de Arrendamento e, no mesmo con-
.

trato, a Sociedade arrenda o bem para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing financeiro
70

e só para Pessoas Jurídicas. Os bancos múltiplos com carteira de investimentos, de desenvolvimento ou crédito
.4
49

imobiliário, bancos de desenvolvimento, caixa econômica e sociedades de crédito imobiliário também podem
contratar para si esta modalidade.
-0
ar
és

Importante!
C
o

Os bens objetos de arrendamento mercantil (leasing) não podem ser arrendados ao próprio fabricante do
dr

bem, ou seja, a EMBRAER, que fabrica aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si própria.
Pe

CRÉDITOS ROTATIVOS

Os créditos rotativos nada mais são do que operações em que o devedor pode reutilizar o valor liberado pelo
banco sempre que liquidar a operação anterior.

Conta Garantida

Caracteriza-se por um valor disponibilizado pelo banco em uma conta que não tem livre movimentação, a
qual o cliente só poderá movimentar por cheque ou transferência. Resumindo, caso o cliente não tenha fundos na
sua conta corrente de livre movimentação, a conta garantida cobre a emissão de cheques e outros compromissos,
desde que haja aviso prévio do pedido de movimentação, além da provável exigência de garantias para a libera-
ção do recurso solicitado.
218 3 Disponível em: https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/soc_arrend_merc.asp?frame=1. Acesso em: 25 nov. 2022.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Cheque Especial

Crédito de caráter rotativo que se destina a cobrir emissão de cheques de clientes PF ou PJ que não tenham
saldo disponível em sua conta. Estes valores ficam disponíveis para o cliente movimentá-los com seus cheques,
cartões, TED e DOC. Os juros são mensais e não há necessidade de amortização mensal do saldo devedor, bastando
o cliente pagar os juros e IOF do período utilizado.

Dica
Para conta de depósitos à vista, tituladas por pessoas naturais, ou seja, pessoas físicas e por microem-
preendedores individuais (MEI), as taxas de juros remuneratórios cobradas sobre o valor utilizado do cheque
especial estão limitadas a, no máximo, 8% ao mês.

É vedado à instituição financeira impor limite superior a R$ 500,00, se o cliente optar pela contratação de
limite mais baixo. Ou seja, se o cliente disser que quer o menor limite possível, o banco não pode exigir que sejam
500 reais, pode ser menor.
A alteração de limites, quando não realizada por iniciativa do cliente, deve ser feita da seguinte forma:

z No caso de redução, deve ser precedida de comunicação ao cliente, com, no mínimo, trinta dias de antecedência;
z No caso de majoração, ser condicionada à prévia autorização do cliente, obtida a cada oferta de aumento de
limite.

Os limites podem ser reduzidos sem observância do prazo da comunicação prévia, desde que verificada dete-
rioração do perfil de risco de crédito do cliente, conforme critérios definidos na política de gerenciamento do
risco de crédito.

Cartão de Crédito

Consiste, basicamente, em uma linha de crédito rotativo, em que o cliente compra com o cartão e pode pagar
de uma só vez ou parcelado. Conforme as faturas são pagas, o crédito vai sendo liberado novamente e pode ser
reutilizado.
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à regula-
mentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts.
4º e 10, da Lei nº 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a participação
de instituição financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central.
Vale lembrar que existem as instituições de pagamento, que nada mais são do que instituições não financei-
ras que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem
a regulamentações do CMN e do BACEN.
Hoje, no Brasil, prevalece a Circular n° 3885, de 2018, que exige solicitação de autorização para funcionamento
00

de instituições de pagamento, que incluem as administradoras de cartões de crédito, apenas se ultrapassarem o


5-

parâmetro de 500 milhões de reais em transações comuns ou 50 milhões em transações pré-pagas.


21

Dessa forma, não há uma regra que o BACEN autoriza funcionamento de administradoras de cartão, ficando
.
70

obrigatório apenas as que ultrapassarem os parâmetros acima.


.4
49
-0

TIPOS DE INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO


Gerencia conta de pagamento do tipo Exemplo: emissores dos cartões de
ar
és

Emissor de Moeda Eletrônica pré-paga, na qual os recursos devem vale-refeição e cartões pré-pagos em
ser depositados previamente moeda nacional
C
o

Gerencia conta de pagamento do tipo Exemplo: instituições não financeiras


dr

Emissor de Instrumento de Paga- pós-paga, na qual os recursos são emissoras de cartão de crédito (o
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

mento Pós-Pago depositados para pagamento de dé- cartão de crédito é o instrumento de


bitos já assumidos pagamento)
Não gerencia conta de pagamento, Exemplo: instituições que assinam
mas habilita estabelecimentos co- contrato com o estabelecimento co-
Credenciador
merciais para a aceitação de instru- mercial para aceitação de cartão de
mento de pagamento pagamento
Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br)

z Tipos de Cartão de Crédito

Existem duas categorias de cartão de crédito: básico e diferenciado. O cartão básico é aquele utilizado
somente para pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados. Já o cartão diferenciado
é aquele que, além de permitir a utilização na sua função clássica de pagamentos de bens e serviços, está asso-
ciado a programas de benefício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios adicionais, como programas de
milhagem, seguro de viagem, desconto na compra de bens e serviços, atendimento personalizado no exterior etc. 219
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O cartão de crédito básico é de oferecimento Atenção: atualmente não existe valor mínimo
obrigatório pelas instituições que emitem cartões para pagamento de fatura de cartão de crédito, fican-
de crédito. Esse cartão básico pode ser nacional ou do as instituições financeiras livres para decidir sobre
internacional, mas o valor da anuidade dele deve esse valor.
ser menor do que o valor da anuidade do cartão dife- Vale destacar que, caso o cliente não pague a fatu-
renciado. Por este motivo, o cartão básico não tem ra por completo, o saldo devedor será financiado pelo
direito a participar de programas de recompensas Banco e não pela administradora do cartão, e cabe
oferecidos pela instituição emissora. ao Banco oferecer ao cliente opções de parcelamen-
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões to alternativas mais baratas que os juros cobrados no
de loja que só podem ser usados na rede da loja espe- rotativo do cartão. Da mesma forma, caso o cliente
cífica, por exemplo: Renner e Riachuelo. Esses cartões queira parcelar uma fatura, por ser incapaz de efe-
não estão sobe o controle do Banco Central, uma vez
tuar o pagamento total, quem parcelará será o Banco
que são tratados com a própria loja e estão limitados
e não a administradora do cartão, por determinação
apendas a lojas da rede.
do BACEN.
Já os Co-Branded Cards, são cartões de crédito
que fazem parcerias com outras empresas de grande
Na verdade, os financiamentos são feitos por ban-
nome no mercado como, por exemplo: Itaú LATAM
cos, pois administradoras de cartão de crédito são
fidelidade; Itaú FIAT, Itaú Marisa. O objetivo é agre-
proibidas de financiar seus clientes. Nesses casos,
gar valor ao cartão, oferecendo descontos e benefícios
o detentor do cartão de crédito aparecerá no SCR
através do parceiro lojista.
como cliente do banco, que é o real financiador da
Além dessas classificações, o Banco Central, atra-
operação intermediada pela administradora de
vés da Resolução CMN nº 4.549, adicionou uma outra
cartão de crédito.4
classificação quanto ao pagamento dos valores das
faturas que são: cartão com rotativo regular e cartão
Com base nisto que aprendemos, é bom saber que,
com rotativo não regular.
para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura
O rotativo regular: pagamento apenas do míni-
mo e sem parcelar o restante, situação de aderência completa de instituições financeiras, credenciadores,
ao crédito rotativo regular, em que se sujeita o titu- bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
lar do cartão ao pagamento dos juros e dos encargos
financeiros previstos em contrato, sendo vedada a z Instituições Financeiras ou Emissor: é o banco
cobrança de juros adicionais punitivos (comissão de ou uma instituição não bancária que fornece o
permanência). cartão de crédito e/ou débito para o cliente (titular
O rotativo não regular: pagamento de valor infe- do cartão). É quem se relaciona com o titular do
rior ao mínimo, sem parcelamento. O cliente fica cartão, estabelecendo os limites de crédito, envian-
inadimplente, podendo ser aplicados os procedimen- do o cartão para utilização, emitindo as faturas e
tos previstos no contrato para situações de inadim- aprovando as compras realizadas nas lojas;
plemento: juros do crédito rotativo (por dia de atraso z Credenciador: responsável pela filiação dos
sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não estabelecimentos comerciais para uso de cartões
liquidado); multa de 2% sobre o principal; e juros de nas operações de venda. É responsável pelo for-
mora de 1% ao mês. necimento e manutenção dos equipamentos de
00

Importante destacar que o prazo máximo de utili- captura, a transmissão dos dados das transações
5-

zação de crédito rotativo é de 30 dias, até o vencimen- eletrônicas e os créditos em conta corrente do esta-
21

to da fatura subsequente. belecimento comercial;


.
70

z Estabelecimento Credenciado: empresa de qual-


.4

TARIFAS COBRADAS quer porte, incluindo o empreendedor individual


49

ou profissional autônomo que aceita o sistema de


-0

Os bancos, através das administradoras de car- cartões com suas respectivas bandeiras nas ven-
tões, só podem cobrar 5 tarifas, que são considera-
ar

das de bens ou serviços;


das prioritárias, referentes à prestação de serviços
és

z Bandeira: é quem licencia a marca para o emis-


de cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda
C

sor e para o credenciador e coordena o sistema


via, tarifa para uso na função de saque (nacional ou
o

de aprovação, compensação e liquidação dos cré-


dr

internacional), para uso do cartão no pagamento


ditos. A Visa, Mastercard, Diners Club e American
Pe

de contas e no pedido de avaliação emergencial do


Express são exemplos de bandeiras internacionais
limite de crédito.
e a Hipercard, Elo, Sorocred e Sicred são bandeiras
Podem ser cobradas, ainda, tarifas pela contrata-
nacionais ou regionais.
ção de serviços de envio de mensagem automática,
relativas à movimentação ou lançamento na conta
de pagamento vinculada ao cartão de crédito, pelo CARTÃO BNDES E BNDES AGRO
fornecimento de plástico de cartão de crédito em
formato personalizado, e pelo fornecimento emer- De acordo com o site do cartão BNDES5, esse
gencial de segunda via. Esses serviços são considera- cartão é um produto que, baseado no conceito de
dos “diferenciados” pela regulamentação. cartão de crédito, visa financiar os investimentos
Todas essas tarifas devem estar previstas em con- dos Microempreendedores Individuais (MEI),
trato e são cobradas exclusivamente pela administra- Microempresas e das micro, pequenas e médias
dora do cartão. empresas de controle nacional.
4 Fonte: FAQ Sistema de Informação de Crédito — BACEN
5 Disponível em: https://www.cartaobndes.gov.br/cartaobndes/paginascartao/FAQ.ASP?T=20&Acao=R&CTRL=&Cod=90%2c90. Acesso em: 25
220 nov. 2022.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O cartão BNDES Agro é também um produto Crédito Rural
baseado no conceito de cartão de crédito, entretanto é
voltado apenas para pessoas físicas e visa financiar O crédito rural é uma linha de crédito barata, com
investimentos em produtos rurais. taxas determinadas por legislação, que buscam aju-
Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com fatu- dar aos produtores rurais e suas cooperativas em suas
ramento bruto anual de até R$ 300 milhões — caso atividades.
a empresa pertença a grupo ou conglomerado, o fatu- São beneficiários:
ramento bruto total de todas as participantes deve ser
somado e não pode exceder o limite de 300 milhões), z Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
sediadas no País, de controle nacional, que exer- z Cooperativa de produtores rurais;
çam atividade econômica compatíveis com as Políti- z Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo
cas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam produtor rural, se dedique a uma das seguintes
em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais. atividades:
Podem obter o Cartão BNDES Agro os produtores
rurais, pessoas físicas com faturamento bruto anual „ Pesquisa ou produção de mudas ou sementes
de até R$ 300 milhões, residentes e domiciliados no fiscalizadas ou certificadas;
país, e que estejam em dia com os tributos federais. „ Pesquisa ou produção de sêmen para insemina-
O portador do Cartão BNDES poderá comprar ção artificial e embriões;
exclusivamente os itens expostos no Portal de Ope- „ Prestação de serviços de inseminação artificial,
rações do Cartão BNDES (www.cartaobndes.gov.br) em imóveis rurais;
por fornecedores previamente credenciados. „ Prestação de serviços mecanizados de natureza
Confira quais são as 6 Instituições financeiras agropecuária em imóveis rurais, inclusive para
emissoras atuais do Cartão BNDES: proteção do solo;
„ Medição de lavouras;
„ Atividades florestais.

Atenção: sindicatos rurais não podem ser benefi-


ciários do crédito rural.
No mais, de acordo com a Resolução BACEN nº
4.106, de 2012, esse tipo de crédito pode ser concedi-
do à pessoa física ou jurídica que se dedicar à explo-
ração da pesca e da aquicultura com fins comerciais,
incluindo-se, nesse grupo, os armadores de pesca.
O tomador do crédito está sujeito à fiscalização da
Instituição Financeira.

z Da Origem dos Recursos

As condições financeiras em vigor são: Controlados/Obrigatórios: são controlados por


Lei, ou seja, exige-se que sejam repassados ao crédito
00

rural.
5-

z Limite de crédito de até R$ 2 milhões por car-


Caso os bancos descumpram esta exigência, pagam
21

tão, por banco emissor;


multa e o valor desta multa será revertida em recur-
.

z Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses;


70

z Taxa de juros pré-fixada (informada na página ini- sos ao crédito rural.


.4

São exemplos de recursos controlados:


49

cial do Portal).
-0

Observação 1: o limite de crédito de cada cliente „ Os recursos obrigatórios (decorrentes da exigi-


ar

é atribuído pelo banco emissor do cartão após a aná- bilidade de depósito à vista);
és

lise de crédito. Uma empresa pode obter um cartão „ Os das Operações Oficiais de Crédito sob
C

BNDES de cada bandeira por banco emissor e pode supervisão do Ministério da Economia;
o

somar seus limites numa única transação. „ Os de qualquer fonte destinados ao crédito
dr

Observação 2: o cliente pode obter um Cartão rural na forma da regulação aplicável, quan-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

BNDES em quantos bancos emissores ele desejar. Caso do sujeitos à subvenção da União, sob a forma
um banco emissor trabalhe com mais de uma bandei- de equalização de encargos financeiros, inclu-
ra de cartão de crédito, o cliente poderá ter, nesse ban- sive os recursos administrados pelo Banco
co, um Cartão BNDES de cada bandeira, desde que a Nacional de Desenvolvimento Econômico e
soma dos limites não ultrapasse R$ 2 milhões. Social (BNDES);
„ Os oriundos da poupança rural, quando apli-
Além disso, desde que a TAC (tarifa de abertura de cados segundo as condições definidas para os
crédito) não exceda 2% do limite de crédito concedi- recursos obrigatórios;
do, os bancos estão autorizados a cobrá-la. „ Os dos fundos constitucionais de financia-
mento regional;
„ Os do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira
Importante! (Funcafé);
„ Letra de Crédito do Agronegócio/LCA.
Devido ao Decreto nº 8.511, de agosto de 2015,
o IOF (Imposto sob operação financeira) no car- Não controlados: todos os demais. O banco capta
tão BNDES passou a poder ser cobrado. se quiser e empresta como quiser. 221
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As modalidades desta operação, de acordo com a Investimento semifixo: 6 anos, exceto quando
Resolução CMN nº 4899, de 2021, são: se tratar de aquisição de animais para reprodução
Custeio: destina-se a cobrir despesas normais dos ou cria, cujo prazo será de até 5) anos, incluído até 12
ciclos produtivos como aquisição de bens e insumos, meses de carência. São bens semifixos:
suplemento do capital de trabalho, além de atender
às pessoas dedicadas à extração de produtos vegetais. „ Aquisição de animais para reprodução ou cria;
(é comprar insumos para plantar grãos, vegetais etc.). „ Instalações, máquinas e equipamentos de pro-
Investimentos: destina-se às aplicações em bens vável duração útil não superior a 5 anos;
ou serviços, cujo desfrute se estenda por vários „ Aquisição de veículos, tratores, colheitadeiras,
períodos de produção. (Modernização) implementos, embarcações e aeronaves;
Comercialização: destina-se a assegurar ao pro- „ Aquisição de equipamentos empregados na
dutor ou cooperativas os recursos necessários à medição de lavouras.
colocação de seus produtos no mercado, podendo
compreender a pré-comercialização, os descontos
Para a comercialização, o valor máximo será
de Nota Promissória Rural, Duplicatas Rurais e o
liberado de acordo com a garantia ofertada, que pode-
Empréstimo do Governo Federal (EGF).
rá ser de até 4,5 milhões, se as garantias forem de
Crédito de industrialização: o crédito rural
Nota Promissória Rural ou uma Duplicata Rural,
destina-se ao produtor rural e objetiva facilitar a
industrialização de produtos agropecuários em sua podendo chegar a 25 milhões para Financiamento
propriedade com a condição de que, no mínimo, 50% Especial de Estocagem (FEE) de sementes, com recur-
da produção beneficiada/processada seja própria. No sos controlados.
caso de cooperativas (na forma definida pelo Manual Para o crédito de industrialização, o limite do
do Crédito Rural), a condição é de que 50% da produ- crédito, ao amparo dos recursos controlados, é de
ção seja própria ou de associados. R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais)
por tomador, em cada ano agrícola e em todo o SNCR,
z Taxa de Juros sendo que, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da
produção a ser beneficiada ou processada deve ser
A taxa de juros máxima admitida no crédito rural de produção própria do produtor rural, da coopera-
é de 6% a.a. (seis por cento), podendo ser reduzidas a tiva de produção ou de associados; podendo chegar
critério da instituição financeira e escalonada confor- a 400 milhões, com recursos dos fundos constitu-
me origem dos recursos dos Fundos Constitucionais cionais, se tomado por cooperativas de produção
(FNE, FNO e FCO). agropecuárias.

z Quais são os Limites de Financiamento? z O que é Nota Promissória Rural?

O limite de crédito de custeio rural por benefi- A Nota Promissória é um título de crédito utiliza-
ciário, em cada safra e em todo o Sistema Nacional do nas vendas a prazo de bens de natureza agrícola,
de Crédito Rural (SNCR), é de R$ 3.000.000,00 (três extrativa ou pastoril, quando efetuadas diretamente
milhões de reais), devendo ser considerados, na apu- por produtores rurais ou por suas cooperativas; nos
ração desse limite, os créditos de custeio tomados com
00

recebimentos de produtos da mesma natureza, entre-


recursos controlados, exceto aqueles tomados no gues pelos cooperados, e nas entregas de bens de pro-
5-

âmbito dos fundos constitucionais de financiamen-


21

dução ou de consumo, feitas pelas cooperativas aos


to regional ou aqueles cuja origem do recurso for as
.

seus associados, geralmente, o devedor é pessoa física.


70

Letras de Crédito do Agronegócio.


.4

Nas operações de investimento, o limite de crédi- z O que é Duplicata Rural?


49

to dependerá do objeto a ser adquirido e da disponibi-


-0

lidade da instituição financeira, pois é vedado utilizar Nas vendas a prazo de quaisquer bens de nature-
ar

recursos controlados/obrigatórios para operações de


za agrícola, extrativa ou pastoril, quando efetuadas
és

investimentos, exceto se disposto em norma específi-


diretamente por produtores rurais ou por suas coo-
C

ca, que são as linhas que utilizam recursos da Poupan-


perativas, poderá ser utilizada, também, como título
o

ça Rural e de linhas de crédito do BNDES. Além disso,


dr

do crédito, a duplicata rural. Emitida a duplicata rural


devem ser observados os seguintes prazos:
Pe

pelo vendedor, este ficará obrigado a entregá-la ou a


remetê-la ao comprador, que a devolverá depois de
Investimento fixo: 12 anos. São bens fixos:
assiná-la. O devedor é, geralmente, pessoa jurídica.
„ Construção, reforma ou ampliação de benfeito-
rias e instalações permanentes; z Como pode ser liberado o crédito rural?
„ Aquisição de máquinas e equipamentos de pro-
vável duração útil superior a cinco anos; O crédito rural pode ser liberado de uma só vez
„ Obras de irrigação, açudagem, drenagem; ou em parcelas, por caixa ou em conta de depósitos,
„ Florestamento, reflorestamento, desmatamen- de acordo com as necessidades do empreendimento,
to e destoca; devendo sua utilização obedecer a cronograma de
„ Formação de lavouras permanentes; aquisições e serviços.
„ Formação ou recuperação de pastagens; Atenção: para liberação do crédito rural, a insti-
„ Eletrificação e telefonia rural; tuição financeira pode exigir um projeto, podendo
„ Proteção, correção e recuperação do solo este ser dispensado caso haja garantias de Notas Pro-
(incluem-se a aquisição, o transporte e a aplica- missórias Rurais ou Duplicatas Rurais
222 ção de insumos para estas finalidades). Os objetivos do crédito rural são:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Estimular os investimentos rurais efetuados pelos Quando deve ser realizada a fiscalização do crédi-
produtores ou por suas cooperativas; to rural? Deve ocorrer nos seguintes momentos:
z Favorecer o oportuno e adequado custeio da
produção e a comercialização de produtos z Crédito de custeio agrícola: antes da época previs-
agropecuários; ta para colheita;
z Fortalecer o setor rural; z Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso
z Incentivar a introdução de métodos racionais no da operação;
sistema de produção, visando ao aumento de pro- z Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez
dutividade, à melhoria do padrão de vida das popu- no curso da operação, em época que seja possível
lações rurais e à adequada utilização dos recursos verificar sua correta aplicação;
naturais; z Crédito de investimento para construções, refor-
z Propiciar, pelo crédito fundiário, a aquisição e mas ou ampliações de benfeitorias: até a conclusão
regularização de terras pelos pequenos produ- do cronograma de execução, previsto no projeto;
tores, posseiros e arrendatários e trabalhadores z Demais financiamentos: até 60 (sessenta) dias após
rurais; cada utilização, para comprovar a realização das
z Desenvolver atividades florestais e pesqueiras; obras, serviços ou aquisições.
z Estimular a geração de renda e o melhor uso da
mão de obra na agricultura familiar. Cabe ao fiscal verificar a correta aplicação dos
recursos orçamentários, o desenvolvimento das ati-
São garantias da operação: vidades financiadas e a situação das garantias, se
houver.
z Penhor agrícola, pecuário, mercantil, florestal ou
cedular; FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO E
z Alienação fiduciária; IMPORTAÇÃO — BNDES
z Hipoteca comum ou cedular;
z Aval ou fiança; Financiamentos à importação: são linhas de cré-
z Seguro rural ou ao amparo do Programa de Garan- dito captadas no exterior visando o financiamento dos
tia da Atividade Agropecuária (Proagro) (Isento de importadores por um prazo negociado com o banco.
IOF); O importador pode obtê-las com o banqueiro no exte-
z Proteção de preço futuro da commodity agrope- rior ou com o banco brasileiro.
cuária, inclusive por meio de penhor de direitos, Financiamentos à exportação: são linhas cre-
contratual ou cedular; denciadas com recursos do BNDES (Banco Nacional
z Outras que o Conselho Monetário Nacional admitir. de Desenvolvimento Econômico e Social), dos ban-
cos nacionais e do Tesouro Nacional, já que ocorrer a
A que tipo de despesas está sujeito o crédito rural? exportação é de interesse do país, que almeja a entra-
da de divisas no território nacional.
„ Remuneração financeira (taxa de juros); Entre as linhas de financiamento, podemos citar:
„ Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e
Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e z ACC — Adiantamento sobre Contrato de Câm-
00

Valores Mobiliários (IOF); bio: forma de antecipação de receita para exporta-


5-

„ Custo de prestação de serviços; dores que já tenham fechado o contrato de venda


21

„ As previstas no Programa de Garantia da Ativi- e que, portanto, já tenham uma data prevista para
.
70

dade Agropecuária (Proagro); o embarque das mercadorias e posterior ingresso


.4

das divisas.
49

z O Proagro é o Programa de Garantia da Ativida-


-0

de Agropecuária, um programa do governo fede- Atenção: o contrato de câmbio será negociado


ral que garante o pagamento de financiamentos com um banco local, que adiantará, ao exportador, os
ar
és

rurais quando a lavoura sofrer danos provocados reais equivalentes ao valor da exportação. O contrato
por eventos climáticos adversos ou causados por de câmbio pode ser encerrado, também, sem liquida-
C

doenças e pragas sem controle; ção financeira. É quando o ACC vira um ACE.
o
dr

z Prêmio de seguro rural, observadas as normas


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

divulgadas pelo Conselho Nacional de Seguros z ACE — Adiantamento sobre Cambiais Entre-
Privados; gues: com o embarque das mercadorias e a entrega
z Sanções pecuniárias, as famosas multas por des- dos documentos, o ACC poderá ser contabilmente
cumprimento de normas, que acabam virando transformado em ACE ou, no caso de o exportador
recursos para o crédito rural; não ter feito ACC, o ACE pode ser solicitado em até
z Prêmios em contratos de opção de venda, do mes- 60 dias após o embarque.
mo produto agropecuário objeto do financiamento
de custeio ou comercialização, em bolsas de mer- O ACE depende da necessidade do exportador em
cadorias e futuros nacionais, e taxas e emolumen- estender o prazo de pagamento para seus comprado-
tos referentes a essas operações de contratos de res (importadores) e caracteriza-se por ser um finan-
opção. ciamento feito após o embarque das mercadorias com
a entrega de documentos.
Nenhuma outra despesa pode ser exigida do Lembre-se: em ambas as operações, há isen-
mutuário, salvo o exato valor de gastos efetuados à ção da cobrança de IOF, uma forma de estimular as
sua conta pela instituição financeira ou decorrente de exportações reduzindo o custo da carga tributária na
expressas disposições legais. operação. 223
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Sobre a curva de juros, é importante sabermos
TAXAS DE JUROS DE CURTO PRAZO E que:
A CURVA DE JUROS, TAXAS DE JUROS
z A inclinação da curva de juros nos dá ideia das
NOMINAIS E REAIS mudanças futuras nas taxas de juros;
z Geralmente, a curva de rendimento cresce em fun-
TAXA DE JUROS DE CURTO PRAZO ção do tempo;
z Os juros são maiores quando os prazos são maio-
As Taxas de Juros de Curto Prazo são aquelas res, pois você está mais exposto ao risco.
operações financeiras que maturam (prazo para o
pagamento) rapidamente.
Ademais, quando falamos de Curva de Juros, lembre-
Dito isso, podemos pensar: mas qual é o prazo
-se de que, ao comprar títulos públicos, você vai empres-
definido para uma Taxa de Juros de Curto Prazo? Não
há como defini-lo com precisão, pois este depende do tar dinheiro para o governo Vejamos um exemplo:
investimento que se pretende fazer.
Observe o seguinte exemplo: z Imagine que você pretende fazer um investimen-
to comprando títulos públicos e, ao analisar as
z Imagine que você foi ao banco pedir orientações opções de títulos disponíveis, percebe que tem
sobre qual é a melhor maneira de investir R$ várias opções de vencimentos:
10.000,00 em títulos públicos. Nessa situação, seu
gerente te orientou da seguinte forma: “você pode „ 6 meses, pagando o equivalente a 5,88% ao ano;
investir o seu capital agora, no início de 2023, em „ 12 meses, pagando o equivalente a 6,85% ao
um título com vencimento de 10 anos para recupe- ano;
rar o capital investido em 2033, com juros. Outra „ 24 meses, pagando o equivalente a 7,82% ao
alternativa é investir o seu capital de R$ 10.000,00 ano;
em títulos de curto prazo. Nesse caso, você aplicará „ 36 meses, pagando o equivalente a 8,23% ao
o capital em um título com vencimento de um ano ano;
em 2023 e receberá o pagamento com juros em „ 48 meses, pagando o equivalente a 8,49% ao
2024. Você repetirá o mesmo processo até chegar ano;
no ano de 2033. Na segunda situação, você se expo- „ 60 meses, pagando o equivalente a 8,69% ao
rá a menos riscos”. ano.

Percebe-se, a partir do exemplo, que as duas Agora você consegue entender o motivo pelo qual
opções fazem o dinheiro ser transferido de 2023 para os juros são maiores quando os prazos são maiores?
2033 – e suas rentabilidades não são muito diferentes. O risco é maior, a inflação, em 60 meses, muito prova-
Entretanto, precisamos ficar atentos com relação ao velmente será bem maior do que em 6 meses.
risco sob o qual o cliente ficará exposto, pois, confor- Se colocarmos os prazos do nosso exemplo em um
me o exemplo, na taxa longa, há mais riscos do que na
gráfico, teremos a seguinte curva de juros:
taxa curta. Observação: a taxa longa também depende
de todas as taxas curtas anuais ao longo dos dez anos.
juros
00

(%a.a)
CURVA DE JUROS
5-

8,69
21

8,49
Também conhecida como Yield Curve, Curva de
.

8,23
70

Rendimentos ou Curva a Termo, a Curva de Juros é a


.4

disposição das taxas negociadas pelo seu vencimen- 7,82


49

to ao longo de um gráfico. Ela representa a projeção


6,85
-0

de como os juros poderão se comportar até uma data


estipulada levando em consideração as condições do
ar

5,58
mercado atual.
és

Podemos dizer, ainda, que, no Brasil, a curva de Selic


C

juros é a expectativa da Taxa SELIC (que é a taxa


o
dr

básica de juros da economia) para os próximos anos. 0 6 12 24 36 48 60 prazo


Pe

E qual a relação da curva de juros com as taxas de (meses)


juros de curto e longo prazo?
Primeiramente, é importante salientar que os
juros estão ligados ao custo do empréstimo do dinhei- Dica
ro e que isso é uma maneira de remunerar o risco de A linha traça os rendimentos de títulos com qua-
inadimplência/calote. Então, fica claro que o forne- lidade de crédito igual, mas com datas de venci-
cedor de crédito vai sempre elevar os juros quando
mentos diferentes (como no exemplo do tópico
o prazo de empréstimo for muito longo. Isso precisa
acontecer, pois é difícil saber como estará a situação acima). Esta é uma característica fundamental
do devedor no longo prazo. do gráfico da Curva de Juros.
Quando se trata de um empréstimo a curto prazo,
entretanto, os juros tendem a diminuir, uma vez que o Atenção: a taxa SELIC determina o piso dos juros
risco de inadimplência é menor. Dentro desse contex- de curtíssimo prazo e, com isso, é capaz de influenciar
to, entra a curva de juros, pois é possível, ao analisar o os juros de longo prazo. Vale lembrar que ela é deter-
gráfico, tomar certa decisão de investimento olhando minada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Mone-
para a projeção da curva na relação entre os juros de tária (Copom). Além disso, é importante sabermos que
224 curto prazo e os juros de longo prazo. a taxa SELIC:
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z É a principal ferramenta para controlar a inflação, Na qual:
seguindo seu objetivo;
z É a base para todas as demais taxas de juros da z ia = taxa aparente;
economia brasileira e para os rendimentos dos z ir = taxa real;
principais investimentos, como diversos ativos de z ii = inflação.
renda fixa.
Exemplo prático: Após 12 (doze) meses, um inves-
Lembre-se, ainda, de que taxa SELIC alta reflete tidor teve 25% de rendimento. Sabendo que, nesse
um cenário de inflação alta, uma vez que o objetivo período, a inflação foi de 7%, calcule a taxa real do
das taxas altas é desaquecer a economia. Além dis- investimento.
so, impacta no valor da nossa taxa de câmbio, o que Assim:
atrai mais investimentos internacionais em busca de
retorno. (1 + 0,25) = (1 + ir) · (1 + 0,07)
Por outro lado, quando há queda na Taxa SELIC, o (1 + ir) = 1,25/1,07
objetivo principal é aquecer a economia barateando ir = 1,17 – 1
créditos e reduzindo a cultura de investimentos (os ir = 0,17
retornos serão menores). O consumo e a produção ir = 17%
acabam sendo incentivados quando a SELIC está em
baixa. Perceba que a taxa real reflete, com maior preci-
De forma resumida, qualquer empréstimo ou são, o ganho real de um investimento, pois considera
financiamento que você fizer será impactado pela a perda com a desvalorização causada pela inflação
taxa SELIC, seja com taxa de juros de curto prazo ou do período.
juros de longo prazo.
Dica
NOMINAL OU APARENTE
A Taxa real, em uma economia inflacionária, é
As Taxas Aparentes, também chamadas de taxas menor que a Taxa aparente. Já em uma econo-
nominais, são aquelas divulgadas pelo mercado. Ima- mia deflacionária, isto é, com inflação negativa
gine uma propaganda sobre uma aplicação financei- (< 0), a Taxa real de Juros é sempre maior que a
ra a respeito de um CDB com prazo de aplicação de 2 Taxa aparente.
anos e rendimento de 10% ao bimestre, capitalizados
mensalmente. Esse período corresponde à taxa apa-
rente ou nominal. Note que se trata de uma taxa de
juros na qual a unidade de tempo da taxa (ao bimes-
tre) não coincide com a unidade de tempo do perío-
GARANTIAS DO SISTEMA FINANCEIRO
do de capitalização (mensal). NACIONAL: AVAL, FIANÇA, PENHOR
MERCANTIL, ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA,
Importante! HIPOTECA, FIANÇAS BANCÁRIAS
00
5-

Nas fórmulas matemáticas de Juros Compos- O Papel das Garantias


21

tos, não se pode utilizar a Taxa Nominal ou


.
70

Aparente. Pode-se dizer, de maneira direta, que as garantias


.4

têm por objetivo dar maior segurança, maior prote-


49

ção, às operações de crédito. A garantia é, portanto,


-0

Matematicamente falando: algo acessório à obrigação principal, que é a obriga-


ção de pagar do devedor.
ar

Taxa de Juros Nominal = Juros Reais + Inflação. Em regra, como toda garantia é acessória a uma
és

obrigação principal, com a extinção da obrigação


C

Observação: é por isso que, quando a inflação está principal (ou seja, com o pagamento da dívida), a
o
dr

muita alta, a Taxa de Juros Nominal fica mais alta e garantia também se extingue, deixa de existir.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

vice-versa. Aparentemente, pode parecer que essa “seguran-


ça” dada pela garantia, na realidade, só é vantajosa
REAL para quem empresta. Para os tomadores de recursos,
a exigência de garantia muitas vezes soa como uma
A Taxa Real representa a remuneração do capital dificuldade a mais na obtenção de crédito. Entretan-
em unidades de poder aquisitivo, isto é, ela represen- to, observando atentamente, você perceberá que a
ta as taxas que despontam após ser efetuado o des- existência de uma garantia é vantajosa para ambos os
conto da inflação. lados da operação.
Para calcular a Taxa real, pegamos a Taxa Nominal Não há dúvidas de que para o credor (aquele que
e descontamos a inflação. Ora, se a taxa de inflação for empresta recursos), a garantia significa uma maior
positiva e descontarmos esse valor da Taxa Nominal, probabilidade de receber aquilo que lhe é devido. Afi-
certamente, iremos encontrar um valor menor que nal, a garantia ofertada pelo cliente em uma operação
esta última. Este valor menor é a taxa real. reduz o chamado risco de crédito.
Para calcular a taxa real, usamos a fórmula: De acordo a Resolução CMN nº 4.557, de 2017, defi-
ne-se o risco de crédito como a possibilidade de ocor-
(1 + ia) = (1 + ir) + (1 + ii) rência de perdas associadas a: 225
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 21 [...]
I - não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos pactuados;
II - desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumento financeiro decorrentes da deterio-
ração da qualidade creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador;
III - reestruturação de instrumentos financeiros; ou
IV - custos de recuperação de exposições caracterizadas como ativos problemáticos.

Em resumo, o risco de crédito é o risco que a instituição financeira tem de não receber, de que seu cliente fique
inadimplente.
As perdas com a inadimplência são um dos principais elementos na formação do custo do crédito. Quanto
maior a inadimplência de uma determinada linha de crédito, maior será a taxa de juros cobrada pela instituição
financeira de seus clientes.
Porém, diversos fatores podem potencializar ou mitigar o efeito da inadimplência sobre o custo do crédito;
entre eles, a existência de garantias oferecidas pelo tomador de crédito. As garantias estão diretamente relaciona-
das à capacidade das instituições financeiras de recuperar a dívida não paga.
Entretanto, para o devedor (aquele que toma recursos emprestados) também há vantagens. Oferecer uma
garantia facilita o acesso ao crédito e torna esse crédito mais barato.
Quantas vezes você já viu reportagens sobre as absurdas taxas de juros cobradas pelos bancos? Diversas, com
certeza. E quais são sempre os exemplos citados? Certamente, os juros do cartão de crédito e os juros do cheque
especial. Eis que o motivo principal é o fato de que nessas operações não há garantias.
Por mais que também sejam altos, os juros do financiamento da casa própria ou do financiamento de veículos,
por exemplo, são muito menores.
O Banco Central lança regularmente um documento chamado “Relatório de Economia Bancária”. No relatório
lançado em meados de 2019, relativo ao ano de 2018, o Bacen analisou, dentre outros assuntos, a relação entre
garantias e taxas de juros das operações de crédito a pessoas físicas.
Foram encontradas evidências de que operações de crédito com garantias têm taxas de juros significativamen-
te menores. Adicionalmente, observou-se que, quanto maior a qualidade da garantia fornecida pelo tomador de
crédito, menor a taxa de juros cobrada.
Fonte: site do Banco Central.

Para melhor compreensão do tema, é interessante diferenciar as garantias pessoais ou fidejussórias das
garantias reais.

Garantias Pessoais ou Fidejussórias X Garantias Reais

A garantia pessoal (ou fidejussória) é a garantia dada por uma terceira pessoa, que se responsabiliza pela
obrigação de honrar o compromisso estabelecido caso o devedor deixe de cumpri-lo. Ou seja, um terceiro — que
não está na relação principal entre credor e devedor — assume a responsabilidade pelo pagamento da dívida
caso o devedor principal fique inadimplente.
00

É uma garantia baseada na confiança que merece o garantidor — em seu caráter, sua honradez, sua “boa
fama”, e, logicamente, na sua capacidade de honrar o compromisso caso o devedor não honre. O Direito prevê
5-
21

dois tipos de garantias pessoais: a fiança e o aval.


Por sua vez, uma garantia real dá ao credor o direito de se fazer pagar pelo valor ou pelos rendimentos de
.
70

certos e determinados bens, móveis ou imóveis, do próprio devedor ou de terceiros.


.4

Nosso edital cobra três modalidades de garantia real: a hipoteca, o penhor mercantil e a alienação fiduciá-
49

ria. A seguir, detalharemos cada um deles.


-0
ar
és
C
o
dr
Pe

226
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Relatório de Economia Bancária 2018
Garantias e diferenças nas taxas de juros de crédito

Modalidades Crédito pessoal Crédito pessoal


Rotativas não consignado não consignado Consignado Veículos Imobiliário
sem garantia com garantia
Medidas mensais do periodo
entre jan/16 e dez/18
**Taxas de juros anuais
Operação com garantia
(crédito imobiliário e
financeiro de veículos)
possuem taxas de juros
menores

00

Fiança
5-
21

A fiança é uma garantia fidejussória firmada por contrato em que uma ou mais pessoas se obrigam, perante
.

o credor, a satisfazer uma obrigação, caso o devedor não a cumpra. Ela representa uma forma de garantia que
70

poderá efetivar-se mediante a entrega de bens móveis ou imóveis.


.4

Há dois contratos: o principal, entre o devedor e o credor, e um acessório, entre o fiador e o devedor
49

(afiançado).
-0

A fiança é formal, e deve sempre ser dada por escrito, não admitindo interpretação extensiva (além do esta-
ar

belecido expressamente no contrato). O contrato definirá claramente as condições da fiança. Isso quer dizer que
és

não se admite a fiança verbal, e que a fiança deverá ser interpretada restritivamente. Surgindo alguma dúvida,
C

deve-se interpretar a questão favoravelmente ao fiador, parte vulnerável em regra, presumindo-se a sua boa-fé
o
dr

objetiva.
Pe

Porém, em contratos bancários com renovação periódica e automática, a fiança também é prorrogada, mes-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

mo sem autorização expressa do fiador, desde que a prorrogação esteja prevista em cláusula contratual.
São três os personagens na fiança:

z Fiador: aquele que presta a fiança, que se obriga a satisfazer a obrigação caso o devedor não o faça;
z Afiançado: o devedor principal;
z Credor (beneficiário): aquele que detém o direito de crédito.

A fiança é uma garantia acessória e subsidiária, ou seja, o fiador só está obrigado no caso do afiançado (deve-
dor principal) não cumprir a obrigação. É uma garantia que somente pode ser estipulada em contratos. Não há
fiança em títulos de crédito.
Vejamos os principais artigos do Código Civil (Lei nº 10.406, de 2002) a respeito da fiança:

Art. 818 Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor,
caso este não a cumpra.
Art. 819 A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 820 Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade. 227
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Art. 821 As dívidas futuras podem ser objeto de z Avalista: aquele que presta o aval;
fiança; mas o fiador, neste caso, não será demanda- z Avalizado: aquele que recebe o aval, o devedor
do senão depois que se fizer certa e líquida a obri- principal;
gação do principal devedor. z Credor (beneficiário): aquele que detém o direito
Art. 822 Não sendo limitada, a fiança compreende-
de crédito.
rá todos os acessórios da dívida principal, inclusive
as despesas judiciais, desde a citação do fiador.
Art. 823 A fiança pode ser de valor inferior ao O aval pode ser lançado no próprio título ou em
da obrigação principal e contraída em condições folha de alongamento (pedaço de papel anexado ao
menos onerosas, e, quando exceder o valor da dívi- título de crédito). A simples assinatura no título é sufi-
da, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão ciente para configurar o aval.
até ao limite da obrigação afiançada. O aval é uma garantia solidária, ou seja, o avalis-
Art. 824 As obrigações nulas não são suscetíveis ta é coobrigado. De acordo com o art. 899, do Código
de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de Civil, o avalista equipara-se àquele cujo nome indi-
incapacidade pessoal do devedor. car, ou seja, o avalista se obriga no mesmo nível do
Parágrafo único. A exceção estabelecida neste arti- avalizado.
go não abrange o caso de mútuo feito a menor.
A responsabilidade do avalista é tamanha que ele
Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador,
o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não
responde pela obrigação que garantiu em pé de igual-
for pessoa idônea, domiciliada no município onde dade com o devedor principal, sendo facultado ao cre-
tenha de prestar a fiança, e não possua bens sufi- dor exigir, simultaneamente, do devedor e do avalista
cientes para cumprir a obrigação. o pagamento da obrigação vencida. O avalista pode,
Art. 826 Se o fiador se tornar insolvente ou inca- inclusive, ser acionado para pagar antes do avalizado,
paz, poderá o credor exigir que seja substituído. [...] o devedor principal.
Art. 838 O fiador, ainda que solidário, ficará A obrigação do avalista é independente da obriga-
desobrigado: ção do avalizado. Diz-se que o aval é autônomo. A
I - se, sem consentimento seu, o credor conceder obrigação do avalista é mantida, ainda que a obriga-
moratória ao devedor;
ção que ele garantiu seja nula.
II - se, por fato do credor, for impossível a sub-roga-
O aval em branco ocorre quando há a simples
ção nos seus direitos e preferências;
III - se o credor, em pagamento da dívida, aceitar assinatura do avalista no título, sem especificar
amigavelmente do devedor objeto diverso do que quem é o avalizado. O aval em preto ocorre quando
este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha feito, declarando o nome do avalizado. No caso de
a perdê-lo por evicção. [...] aval prestado por pessoas físicas casadas, é neces-
Art. 1.647 Ressalvado o disposto no art. 1.648, sária a autorização do cônjuge, exceto no regime de
nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do separação absoluta de bens.
outro, exceto no regime da separação absoluta: [...] O avalista possui o chamado direito de regresso.
III - prestar fiança ou aval. Deste modo, caso ele pague a obrigação, poderá, pos-
teriormente, cobrá-la do avalizado.
Aval Por fim, cabe destacar que o aval pode ser dado
mesmo após o vencimento do título de crédito, pois,
O aval é uma garantia pessoal de pagamento, for-
00

desde que seja antes do protesto do título, ainda


mal e solidária, dada por um terceiro, o avalista.
5-

assim, será válido.


Consiste, pois, na assinatura desse terceiro em
21

Vejamos os artigos do Código Civil (Lei nº 10.406,


um título de crédito, responsabilizando-se pelo seu
.
70

de 2002) sobre o aval:


pagamento, solidariamente com o devedor ou com
.4

qualquer outro coobrigado (endossante ou até mes-


49

Art. 897 O pagamento de título de crédito, que con-


mo outro avalista). Ou seja, o avalista, pessoa física
-0

tenha obrigação de pagar soma determinada, pode


ou jurídica, garante o pagamento de um título de ser garantido por aval.
ar

crédito que foi emitido ou endossado pelo avalizado. Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
és

Um título pode ter mais de um avalista. Nesse caso, Art. 898 O aval deve ser dado no verso ou no anver-
C

todos são solidários com o avalizado no cumprimen- so do próprio título.


o

to da obrigação. Mesmo havendo mais de um avalis-


dr

§ 1° Para a validade do aval, dado no anverso do


ta, o pagamento da obrigação por um deles libera os
Pe

título, é suficiente a simples assinatura do avalista.


demais da obrigação. § 2° Considera-se não escrito o aval cancelado.
O aval é uma garantia específica dos títulos cam- Art. 899 O avalista equipara-se àquele cujo nome
biais (aqueles passíveis de transferência para outras indicar; na falta de indicação, ao emitente ou deve-
pessoas), que se aplica exclusivamente a títulos de dor final.
crédito. § 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regres-
Estamos falando, basicamente, de cheques, letras so contra o seu avalizado e demais coobrigados
de câmbio, notas promissórias e duplicatas. anteriores.
§ 2° Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda
Dica que nula a obrigação daquele a quem se equipara,
a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Duplicata: Título de crédito em que o comprador Art. 900 O aval posterior ao vencimento produz os
se obriga a pagar dentro do prazo estipulado o mesmos efeitos do anteriormente dado. [...]
valor contido na fatura. Art. 1.647 Ressalvado o disposto no art. 1.648,
nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do
Tem-se, portanto, três personagens na relação de outro, exceto no regime da separação absoluta: [...]
228 aval: III - prestar fiança ou aval.
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Hipoteca z Devedor;
z Credor pignoratício, beneficiário da garantia.
A hipoteca é uma garantia real que recai, geral-
mente, sobre imóveis de propriedade do devedor Art. 1.433 O credor pignoratício tem direito:
ou de terceiros. No entanto, bens móveis de grande I - à posse da coisa empenhada;
valor também podem ser objeto de hipoteca, como II - à retenção dela, até que o indenizem das des-
pesas devidamente justificadas, que tiver feito, não
máquinas agrícolas, aeronaves, navios etc.
sendo ocasionadas por culpa sua;
Assim como na alienação fiduciária, que será vista III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofri-
mais adiante, a posse do bem móvel ou imóvel hipo- do por vício da coisa empenhada;
tecado permanece com o devedor. Por outro lado, na IV - a promover a execução judicial, ou a venda ami-
hipoteca, não há a transferência da propriedade do gável, se lhe permitir expressamente o contrato, ou
bem ao credor. O devedor retém o bem, apenas gra- lhe autorizar o devedor mediante procuração;
vando-o para garantia de uma obrigação, permane- V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada
cendo, portanto, com o direito de aliená-lo (vendê-lo), que se encontra em seu poder;
VI - a promover a venda antecipada, mediante pré-
ou mesmo de ofertá-lo como garantia ao pagamento
via autorização judicial, sempre que haja receio
de outra dívida sua ou de terceiros. fundado de que a coisa empenhada se perca ou
Trata-se de uma garantia que abrange todas as deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono
acessões (os aumentos), melhoramentos ou constru- da coisa empenhada pode impedir a venda anteci-
ções do imóvel. O credor não a perde, caso o bem seja pada, substituindo-a, ou oferecendo outra garantia
alienado. Para o credor, a hipoteca consiste em um real idônea.
direito real em coisa alheia.
A hipoteca deve ser registrada no Cartório de O credor não pode ser constrangido (obrigado) a
Registro de Imóveis do município em que se localiza o devolver a coisa empenhada, ou uma parte dela, antes
imóvel hipotecado. No caso de bens móveis, o registro de ser integralmente pago, podendo o juiz, a requeri-
deve ser feito nos órgãos competentes (Registro Aero- mento do proprietário, determinar que seja vendida
náutico, Registro de Propriedade Marítima etc.) apenas uma das coisas, ou parte da coisa empenhada,
O credor é chamado de credor hipotecário e o suficiente para o pagamento do credor, conforme o
devedor, de devedor hipotecário. A hipoteca é feita art. 1.434.
mediante contrato acessório e formal.
Art. 1.436 Extingue-se o penhor:
É nula a cláusula que proíbe o proprietário de ven-
I - extinguindo-se a obrigação;
der imóvel hipotecado. No entanto, o contrato pode II - perecendo a coisa;
definir que vencerá o crédito hipotecário, caso o imó- III - renunciando o credor;
vel seja vendido. IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades
O dono do imóvel hipotecado pode constituir outra de credor e de dono da coisa;
hipoteca sobre ele, mediante novo título, em favor do V - dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a
mesmo ou de outro credor. venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou por
Salvo no caso de insolvência do devedor, o credor ele autorizada.
da segunda hipoteca, embora vencida, não poderá Art. 1.437 Produz efeitos a extinção do penhor
depois de averbado o cancelamento do registro, à
executar o imóvel antes de vencida a primeira.
vista da respectiva prova.
00

Penhor Mercantil
5-

Alienação Fiduciária
21

O penhor mercantil, também chamado de


.

A alienação fiduciária em garantia é o contrato


70

penhor industrial, é a entrega de um bem móvel pelo qual o devedor (fiduciante), como garantia de
.4

para garantia de uma dívida. Podem ser objeto de uma dívida, pactua a transferência da propriedade
49

penhor máquinas, aparelhos, materiais, instrumen- fiduciária de bem móvel ou imóvel ao credor (fidu-
-0

tos, instalados e em funcionamento, com os acessó- ciário) de acordo com cláusula resolutiva.
ar

rios ou sem eles; animais utilizados na indústria; sal e A cláusula resolutiva pode ser expressa ou tácita
és

bens destinados à exploração das salinas; produtos de (não consta no contrato e, para se fazer valer, é neces-
C

suinocultura; animais destinados à industrialização sária interpelação judicial). Tem previsão no art. 475
o

de carnes e derivados; matérias-primas e produtos do Código Civil.


dr

industrializados.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, Art. 475 A parte lesada pelo inadimplemento pode
mediante instrumento público ou particular, registra- pedir a resolução (fim) do contrato, se não preferir
do no Cartório de Registro de Imóveis da circunscri- exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer
dos casos, indenização por perdas e danos.
ção onde estiverem situadas as coisas empenhadas.
O devedor não pode, sem o consentimento por
Para o credor, a propriedade fiduciária é um
escrito do credor, alterar as coisas empenhadas ou
direito real em coisa própria. O devedor, no entanto,
mudar-lhes a situação, nem delas dispor.
permanece com a posse do bem. Ou seja, continua uti-
O devedor que, anuindo o credor, alienar as coi-
lizando e usufruindo do bem.
sas empenhadas, deverá repor outros bens da mesma Cumprindo a obrigação, o devedor retoma a pro-
natureza, que ficarão sub-rogados no penhor. priedade do bem. Caso o devedor não honre a obriga-
Tem o credor direito a verificar o estado das coisas ção, a posse do bem é transferida para o credor.
empenhadas, inspecionando-as onde se acharem, por A alienação fiduciária é comumente utilizada
si ou por pessoa que credenciar. como garantia em financiamentos para aquisição
As coisas empenhadas continuam em poder do de bens móveis, como veículos, por exemplo. No
devedor, que as deve guardar e conservar. entanto, ela também pode ser utilizada em financia-
No penhor mercantil, temos dois personagens: mentos imobiliários (bens imóveis). 229
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Os dois personagens da alienação fiduciária, por- A colocação, primeira etapa do processo de lava-
tanto, são: gem de dinheiro, efetua-se por meio de depósitos,
compra de instrumentos negociáveis ou compra de
z Fiduciante (devedor); bens. Para dificultar a identificação da procedência do
z Fiduciário (credor). dinheiro, os criminosos aplicam técnicas sofisticadas
e cada vez mais dinâmicas, tais como o fracionamen-
A alienação fiduciária em garantia não tem por to dos valores que transitam pelo sistema financeiro
finalidade a transmissão da propriedade ou da pos- e a utilização de estabelecimentos comerciais que,
se do bem ao credor, mas sim a constituição de uma usualmente, trabalham com dinheiro em espécie.
garantia contra a inadimplência do devedor. Por isso, A ocultação, segunda etapa do processo de lava-
é um contrato acessório. gem de dinheiro, consiste em dificultar o rastrea-
O credor, portanto, é o proprietário e possuidor mento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é
indireto ou mediato do bem, enquanto o devedor fica
quebrar a cadeia de evidências ante à possibilidade da
com a posse direta ou imediata, sendo seu usuário e
realização de investigações sobre a origem do dinhei-
depositário.
ro. Os criminosos movimentam o numerário por
A propriedade por parte do credor é limitada,
meio eletrônico e transferem os ativos para contas
somente sendo exercida para os fins previstos na lei,
e é resolúvel, pois retorna automaticamente para o anônimas – preferencialmente, em países amparados
devedor fiduciante no momento em que for cumprida por lei de sigilo bancário – ou realizam depósitos em
integralmente a obrigação. “contas-fantasmas”.
Os ativos são incorporados formalmente ao sis-
Fianças Bancárias tema econômico na Integração, última etapa da lava-
gem de dinheiro. As organizações criminosas buscam
A fiança bancária é um produto bancário dispo- investir em empreendimentos que facilitem suas
nibilizado a clientes que necessitam oferecer garantia atividades – tais sociedades podem prestar serviços
para obrigações assumidas perante terceiros. umas as outras. Uma vez formada a cadeia, torna-se
Através da fiança bancária, o banco emissor da cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.
carta de fiança garante as obrigações de seu cliente.
O banco é, portanto, o fiador, e o cliente, o afiançado. Prevenção e Combate ao Crime de Lavagem de
A fiança bancária pode ser usada para: Dinheiro: Ação do Estado e Papel do Banco Central

z Obtenção de empréstimos e financiamentos; Nos anos 80, a prevenção da lavagem de dinheiro


z Habilitação em concorrência pública; passou a ser considerada como uma estratégia prio-
z Locações; ritária para o combate ao crime organizado e, em
z Adiantamento por encomenda de bens. especial, ao narcotráfico. Países e organizações inter-
nacionais passaram a incentivar a adoção de medidas
A grande vantagem da fiança bancária é a de não para inibir a proliferação desses crimes, firmando
comprometer o caixa ou os bens do cliente. diversos acordos internacionais, notadamente após
a Convenção de Viena, no âmbito das Nações Unidas,
00

em 1988. Essa Convenção, ratificada pelo Brasil por


5-

meio do Decreto nº 154, de 1991, teve como objetivo


21

CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO promover a cooperação internacional no trato das


.
70

questões relacionadas ao tráfico de entorpecentes.


.4

CONCEITO E ETAPAS; PREVENÇÃO E COMBATE AO Em 1989, foi criado o Grupo de Ação Financeira
49

CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO – LEI Nº 9.613, sobre Lavagem de Dinheiro (GAFI/FATF) no âmbito da
-0

DE 1998 E SUAS ALTERAÇÕES Organização para a Cooperação e o Desenvolvimen-


ar

to Econômico (OCDE), com a finalidade de examinar


és

Conceito e Etapas medidas, desenvolver e promover políticas de comba-


C

te à lavagem de dinheiro. O Brasil passou a integrar


o

Lavagem de Dinheiro é o conjunto de operações o GAFI/FATF, em 1999, como observador, tornando-se


dr

comerciais ou financeiras que buscam a incorpora- membro efetivo em 2000.


Pe

ção, na economia de cada país, de modo transitório O GAFI/FATF publicou as 40 Recomendações para
ou permanente, de recursos, de bens e valores de
Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro. Poste-
origem ilícita que se desenvolvem por meio de um
riormente, após os atentados de 11 de setembro de
processo dinâmico constituído, teoricamente, de três
2001, foram acrescentadas outras nove Recomenda-
fases independentes – colocação, ocultação e integra-
ções voltadas para o combate ao financiamento do
ção – que, com frequência, ocorrem simultaneamen-
te. A Lei n° 9.613, de 3 de março de 1998, tipificou o terrorismo. Em 2012, foram revistas e consolidadas,
crime de Lavagem de Dinheiro como aquele em que formando um conjunto único de 40 Recomendações
se oculta ou dissimula a natureza, a origem, a locali- em substituição às anteriores (40 + 9).
zação, a disposição, a movimentação ou a proprieda- Paralelamente, a constatação da necessidade de
de de bens, direitos e valores provenientes, direta ou cooperação internacional e da criação de um fórum
indiretamente, de determinados crimes antecedentes. de ajuda mútua, com dados sobre operações suspei-
Com o objetivo de ocultar a origem do numerá- tas disponíveis em uma rede de segurança máxima,
rio, o criminoso procura movimentar o dinheiro em levou à criação do Grupo de Egmont, em 1995, que
países que possuem regras mais permissivas e um sis- congregou Unidades de Inteligência Financeira (UIFs)
230 tema financeiro liberal. de vários países.
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Lei nº 13.974, de 2020 – COAF z Manter controles internos, para verificar, além da
adequada identificação do cliente, a compatibili-
Na estrutura estatal brasileira de prevenção à dade entre as correspondentes movimentações de
lavagem de dinheiro, destaca-se o Conselho de Con- recursos, atividade econômica e capacidade finan-
trole de Atividades Financeiras (COAF), unidade de ceira dos usuários do sistema financeiro nacional;
inteligência criada no âmbito do antigo Ministério z Manter registros de operações;
da Fazenda pela Lei n° 9.613, de 1998 (alterada pelas z Comunicar operações ou situações suspeitas ao
Leis nº 10.701, de 9 jul. 2003 e nº 12.683, de 9 jul. 2012), Banco Central;
atual Ministério da Economia e com organização e z Promover treinamento para seus empregados e
estrutura definidos pelo Decreto 9.663, de 2019. Trata- implementar procedimentos internos de controle
-se de um órgão de deliberação coletiva, integrado para detecção de operações suspeitas.
à estrutura do Banco Central do Brasil, cujo plená-
rio é composto por representantes do Banco Central Neste quadro, a atuação do Banco Central, por sua
do Brasil (BCB), da Comissão de Valores Mobiliários Diretoria de Fiscalização, busca avaliar os controles
(CVM), da Superintendência de Seguros Privados internos das instituições supervisionadas voltados
(SUSEP), da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para a prevenção de ilícitos financeiros, da lavagem
(PGFN), da Receita Federal do Brasil (RFB), da Agência de dinheiro e do financiamento do terrorismo, com o
Brasileira de Inteligência (ABIN), do Departamento de objetivo de verificar a adequação e a qualidade dos
Polícia Federal (DPF), do Ministério das Relações Exte- procedimentos implementados com vistas a coibir a
riores (MRE), da Controladoria-Geral da União (CGU), utilização do sistema financeiro para a prática desses
do Ministério da Justiça e Segurança Pública e Supe-
ilícitos, bem como assegurar a observância das leis e
rintendência Nacional de Previdência Complementar.
regulamentos pelas instituições na execução de suas
A presidência do COAF é de dedicação exclusi-
atividades.
va, não se admitindo qualquer acumulação, salvo as
Por fim, cabe destacar a Estratégia Nacional de
constitucionalmente permitidas, sendo o Presidente
Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENC-
nomeado pelo Presidente da República.
CLA), a qual foi criada em 2003, para suprir a falta de
O Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores
articulação e de atuação estratégica coordenada do
Mobiliários, a Superintendência de Seguros Privados,
Estado no combate à lavagem de dinheiro, a inexis-
o Departamento de Polícia Federal, a Agência Brasi-
leira de Inteligência e os demais órgãos e entidades tência de programas de treinamento e capacitação de
públicas com atribuições de fiscalizar e regular as pes- agentes públicos, a dificuldade de acesso a bancos de
soas de que tratam os arts. 10 e 11, da Lei nº 9.613, de dados, como também a carência de padronização tec-
1998, prestarão informações e colaboração necessá- nológica e a insuficiência de indicadores de eficiên-
rias ao cumprimento das atribuições do COAF. A troca cia. Além da articulação entre os órgãos envolvidos
de informações sigilosas entre o Coaf e os órgãos refe- no combate a esses ilícitos, a ENCCLA define metas
ridos no caput implica transferência de responsabili- anuais, como também ações e recomendações para
dade pela preservação do sigilo. a consecução dessas metas a serem realizadas pelos
São competências do COAF: membros da Estratégia.
00

z Coordenar e propor mecanismos de cooperação e Lei nº 9.613, de 1998


5-

troca de informações que viabilizem ações rápidas


21

e eficientes na prevenção e no combate à oculta- Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem,


.

localização, disposição, movimentação ou proprie-


70

ção ou à dissimulação de bens, direitos e valores;


dade de bens, direitos ou valores provenientes, dire-
.4

z Receber, examinar e identificar as ocorrências


49

suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei; ta ou indiretamente, de infração penal. (Redação


dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
-0

§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou


Aqui, é importante destacar que, quando uma ins-
ar

dissimular a utilização de bens, direitos ou valo-


tituição financeira detecta uma suspeita, ela não pode
és

res provenientes de infração penal: (Redação dada


revelar para o cliente, mas deve informar ao COAF,
C

pela Lei nº 12.683, de 2012)


para que ele tome as providências necessárias.
o

I - os converte em ativos lícitos;


dr

II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

z Disciplinar e aplicar penas administrativas a em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta


empresas ligadas a setores que não possuem órgão ou transfere;
regulador ou fiscalizador próprio; III - importa ou exporta bens com valores não cor-
z Comunicar às autoridades competentes, para a respondentes aos verdadeiros.
instauração dos procedimentos cabíveis quando § 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação
concluir, pela existência de fundados indícios, da dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
prática do crime de lavagem de dinheiro ou de I - utiliza, na atividade econômica ou financeira,
qualquer outro crime. bens, direitos ou valores provenientes de infração
penal;
Como uma das autoridades administrativas encar- II - participa de grupo, associação ou escritório ten-
regadas de promover a aplicação da Lei 9.613, de do conhecimento de que sua atividade principal ou
1998, o Banco Central editou normas, estabelecendo secundária é dirigida à prática de crimes previstos
que as instituições financeiras e demais instituições nesta Lei.
sob sua regulamentação devem:
Atente-se ao fato de que a tentativa, mesmo que
z Manter atualizados os cadastros dos clientes; falha, já configura crime de lavagem de dinheiro. 231
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Art. 9º Sujeitam-se às obrigações às pessoas físicas b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou
e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou outros ativos; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
eventual, como atividade principal ou acessória, c) de abertura ou gestão de contas bancárias, de
cumulativamente ou não: (Redação dada pela Lei poupança, investimento ou de valores mobiliários;
nº 12.683, de 2012) (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - a captação, intermediação e aplicação de recur- d) de criação, exploração ou gestão de sociedades
sos financeiros de terceiros, em moeda nacional ou de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciá-
estrangeira; rios ou estruturas análogas; (Incluída pela Lei nº
II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro 12.683, de 2012)
como ativo financeiro ou instrumento cambial; e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e (Incluí-
III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, da pela Lei nº 12.683, de 2012)
negociação, intermediação ou administração de f) de alienação ou aquisição de direitos sobre
títulos ou valores mobiliários. contratos relacionados a atividades desportivas
Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obriga- ou artísticas profissionais; (Incluída pela Lei nº
ções: 12.683, de 2012)
I – as bolsas de valores, as bolsas de mercadorias XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na pro-
ou futuros e os sistemas de negociação do mercado moção, intermediação, comercialização, agencia-
de balcão organizado; (Redação dada pela Lei nº mento ou negociação de direitos de transferência
12.683, de 2012) de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos
II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as similares; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
entidades de previdência complementar ou de XVI - as empresas de transporte e guarda de valo-
capitalização; res; (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
III - as administradoras de cartões de credenciamen- XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercia-
to ou cartões de crédito, bem como as administrado- lizem bens de alto valor de origem rural ou animal
ras de consórcios para aquisição de bens ou serviços; ou intermedeiem a sua comercialização; e (Incluí-
IV - as administradoras ou empresas que se utili- do pela Lei nº 12.683, de 2012)
zem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, XVIII - as dependências no exterior das entidades
magnético ou equivalente, que permita a transfe- mencionadas neste artigo, por meio de sua matriz
rência de fundos; no Brasil, relativamente a residentes no País.
V - as empresas de arrendamento mercantil (lea- (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
sing) e as de fomento comercial (factoring);
VI - as sociedades que efetuem distribuição de Atenção!
dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis, mer-
cadorias, serviços, ou, ainda, concedam descon- z A simples tentativa de lavar dinheiro já configu-
tos na sua aquisição, mediante sorteio ou método ra crime, o qual está sujeito às penalidades do ato
assemelhado;
praticado;
VII - as filiais ou representações de entes estrangei-
z Quem ajudar de forma indireta e consciente, ou
ros que exerçam no Brasil qualquer das atividades
seja, tendo plena ciência do ato, incorrerá na mes-
listadas neste artigo, ainda que de forma eventual;
VIII - as demais entidades cujo funcionamento ma punição de quem praticou o ato ilícito de for-
dependa de autorização de órgão regulador dos ma direta;
mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de z A pena de reclusão vai de 3 a 10 anos e a multa
00

seguros; máxima será de até o dobro do valor lavado, consi-


5-

IX - as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou derando-se o teto de 20 milhões;


21

estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, z O poder judiciário pode decretar o bloqueio pre-
.

ventivo dos bens do acusado de lavagem de dinhei-


70

dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por


qualquer forma representem interesses de ente ro apenas até o limite suficiente para reparar os
.4
49

estrangeiro que exerça qualquer das atividades danos causados.


referidas neste artigo;
-0

X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam ativi- CIRCULAR Nº 3.978, DE 23 DE JANEIRO DE 2020
ar

dades de promoção imobiliária ou compra e venda


és

de imóveis; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de Art. 1º Esta Circular dispõe sobre a política, os pro-
C

2012) cedimentos e os controles internos a serem adota-


o

XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercia- dos pelas instituições autorizadas a funcionar pelo
dr

lizem joias, pedras e metais preciosos, objetos de Banco Central do Brasil visando à prevenção da
Pe

arte e antiguidades. utilização do sistema financeiro para a prática dos


XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercia- crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos
lizem bens de luxo ou de alto valor, intermedeiem e valores, de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março
a sua comercialização ou exerçam atividades que de 1998, e de financiamento do terrorismo, previsto
envolvam grande volume de recursos em espécie; na Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016.
(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
XIII - as juntas comerciais e os registros públicos;
As instituições devem implementar e manter
(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)
política formulada com base em princípios e diretri-
XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem,
mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, zes que busquem prevenir a sua utilização para as
consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamen- práticas de lavagem de dinheiro e de financiamen-
to ou assistência, de qualquer natureza, em opera- to do terrorismo.
ções: (Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012) As instituições devem realizar avaliação interna
a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos com o objetivo de identificar e mensurar o risco
comerciais ou industriais ou participações socie- de utilização de seus produtos e serviços na prá-
tárias de qualquer natureza; (Incluída pela Lei nº tica da lavagem de dinheiro e do financiamento do
232 12.683, de 2012) terrorismo.
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As instituições devem implementar procedimen- V - os membros do Tribunal de Contas da União, o
tos destinados a conhecer seus clientes, incluindo Procurador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do
procedimentos que assegurem a devida diligência na Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da
sua identificação, qualificação e classificação. União;
As instituições referidas no art. 1º devem adotar VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou
procedimentos de identificação que permitam verifi- equivalentes, de partidos políticos;
car e validar a identidade do cliente. VII - os Governadores e os Secretários de Estado e
Os procedimentos referidos devem incluir a obten- do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e Dis-
ção, a verificação e a validação da autenticidade de tritais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades
informações de identificação do cliente, inclusive, da administração pública indireta estadual e distri-
tal e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribu-
se necessário, mediante confrontação dessas informa-
nais Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes
ções com as disponíveis em bancos de dados de cará-
dos Estados e do Distrito Federal; e
ter público e privado.
VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários
Conforme o § 2º, art. 16, no processo de identifi-
Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de enti-
cação do cliente devem ser coletados, no mínimo: dades da administração pública indireta municipal
e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equiva-
z O nome completo, o endereço residencial e o lentes dos Municípios.
número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas § 2º São também consideradas expostas politica-
(CPF), no caso de pessoa natural; mente as pessoas que, no exterior, sejam:
z A firma ou denominação social, o endereço da sede I - chefes de estado ou de governo;
e o número de registro no Cadastro Nacional da II - políticos de escalões superiores;
Pessoa Jurídica (CNPJ), no caso de pessoa jurídica. III - ocupantes de cargos governamentais de esca-
lões superiores;
No caso de cliente (pessoa natural) residente no IV - oficiais-generais e membros de escalões supe-
exterior desobrigada de inscrição no CPF, na forma riores do Poder Judiciário;
definida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, V - executivos de escalões superiores de empresas
admite-se a utilização de documento de viagem na públicas; ou
forma da Lei, devendo ser coletados, no mínimo, o VI - dirigentes de partidos políticos.
país emissor, o número e o tipo do documento (§ 3º, § 3º São também consideradas pessoas expostas
art. 16). politicamente os dirigentes de escalões superiores
No caso de cliente (pessoa jurídica) com domicílio de entidades de direito internacional público ou
ou sede no exterior desobrigada de inscrição no CNPJ, privado.
na forma definida pela Secretaria da Receita Federal § 4º No caso de clientes residentes no exterior, para
do Brasil, as instituições devem coletar, no mínimo, o fins do disposto no caput, as instituições menciona-
das no art. 1º devem adotar pelo menos duas das
nome da empresa, o endereço da sede e o número de
seguintes providências:
identificação ou de registro da empresa no respectivo
I - solicitar declaração expressa do cliente a respei-
país de origem (§ 4º, art. 16).
to da sua qualificação;
Segundo o art. 17, as informações constantes no
II - recorrer a informações públicas disponíveis; e
art. 16 devem ser mantidas atualizadas. III - consultar bases de dados públicas ou privadas
00

sobre pessoas expostas politicamente.


5-

Art. 27 As instituições mencionadas no art. 1º § 5º A condição de pessoa exposta politicamente


21

devem implementar procedimentos que permi- deve ser aplicada pelos cinco anos seguintes à data
.

tam qualificar seus clientes como pessoa exposta


70

em que a pessoa deixou de se enquadrar nas cate-


politicamente.
.4

gorias previstas nos §§ 1º, 2º, e 3º.


§ 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente:
49

§ 6º No caso de relação de negócio com cliente resi-


I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes
-0

dente no exterior que também seja cliente de insti-


Executivo e Legislativo da União;
tuição do mesmo grupo no exterior, fiscalizada por
ar

II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da


autoridade supervisora com a qual o Banco Central
és

União, de:
do Brasil mantenha convênio para troca de infor-
C

a) Ministro de Estado ou equiparado;


mações, admite-se que as informações de qualifica-
o

b) Natureza Especial ou equivalente;


dr

ção de pessoa exposta politicamente sejam obtidas


c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equiva-
Pe

da instituição no exterior, desde que assegurado ao


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

lentes, de entidades da administração pública indi-


Banco Central do Brasil o acesso aos respectivos
reta; e
dados e procedimentos adotados.
d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores
(DAS), nível 6, ou equivalente;
III - os membros do Conselho Nacional de Justi- Do Registro de Operações
ça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais
Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos Art. 28 As instituições referidas no art. 1º devem
Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais manter registros de todas as operações realizadas,
Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Jus- produtos e serviços contratados, inclusive saques,
tiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal; depósitos, aportes, pagamentos, recebimentos e
IV - os membros do Conselho Nacional do Minis- transferências de recursos.
tério Público, o Procurador-Geral da República, o § 1º Os registros referidos no caput devem conter,
Vice-Procurador-Geral da República, o Procurador- no mínimo, as seguintes informações sobre cada
-Geral do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça operação:
Militar, os Subprocuradores-Gerais da República e I - tipo;
os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados e do II - valor, quando aplicável;
Distrito Federal; III - data de realização; 233
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ Da Comunicação de Operações e Situações
do titular e do beneficiário da operação, no caso de Suspeitas
pessoa residente ou sediada no País;
V - canal utilizado. Art. 48 As instituições referidas no art. 1º devem
§ 2º No caso de operações envolvendo pessoa natu- comunicar ao Coaf as operações ou situações sus-
ral residente no exterior desobrigada de inscrição peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento
no CPF, na forma definida pela Secretaria da Recei- do terrorismo.
ta Federal do Brasil, as instituições devem incluir § 1º A decisão de comunicação da operação ou
no registro as seguintes informações: situação ao Coaf deve:
I - nome; I - ser fundamentada com base nas informações
II - tipo e número do documento de viagem e respec- contidas no dossiê mencionado no art. 43, § 2º;
tivo país emissor; e
II - ser registrada de forma detalhada no dossiê
III - organismo internacional de que seja represen-
mencionado no art. 43, § 2º; e
tante para o exercício de funções específicas no
III - ocorrer até o final do prazo de análise referido
País, quando for o caso.
no art. 43, § 1º.
§ 3º No caso de operações envolvendo pessoa jurí-
§ 2º A comunicação da operação ou situação
dica com domicílio ou sede no exterior desobrigada
suspeita ao Coaf deve ser realizada até o dia útil
de inscrição no CNPJ, na forma definida pela Secre-
seguinte ao da decisão de comunicação.
taria da Receita Federal do Brasil, as instituições
devem incluir no registro as seguintes informações: Art. 49 As instituições mencionadas no art. 1º
I - nome da empresa; devem comunicar ao Coaf:
I - as operações de depósito ou aporte em espécie
ou saque em espécie de valor igual ou superior a
R$50.000,00 (cinquenta mil reais);
Importante! II - as operações relativas a pagamentos, recebi-
Art. 33 No caso de operações com utilização de mentos e transferências de recursos, por meio de
recursos em espécie de valor individual supe- qualquer instrumento, contra pagamento em espé-
cie, de valor igual ou superior a R$50.000,00 (cin-
rior a R$2.000,00 (dois mil reais), as instituições
quenta mil reais); e
referidas no art. 1º devem incluir no registro, III - a solicitação de provisionamento de saques em
além das informações previstas nos arts. 28 e espécie de valor igual ou superior a R$50.000,00
30, o nome e o respectivo número de inscrição (cinquenta mil reais) de que trata o art. 36.
no CPF do portador dos recursos. Parágrafo único. A comunicação mencionada no
caput deve ser realizada até o dia útil seguinte ao
da ocorrência da operação ou do provisionamento.
No caso de operações de depósito ou aporte em
espécie de valor individual igual ou superior a Prazos de Guarda de Documentos
R$50.000,00 (cinquenta mil reais), as instituições
devem incluir no registro: Art. 67 As instituições referidas no art. 1º devem
manter à disposição do Banco Central do Brasil e
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF conservar pelo período mínimo de dez anos:
ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário dos I - as informações coletadas nos procedimentos
recursos; destinados a conhecer os clientes de que tratam os
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF
00

arts. 13, 16 e 18, contado o prazo referido no caput


do portador dos recursos; a partir do primeiro dia do ano seguinte ao término
5-

z A origem dos recursos depositados ou aportados. do relacionamento com o cliente;


21

II - as informações coletadas nos procedimentos


.
70

Na hipótese de recusa do cliente ou do portador destinados a conhecer os funcionários, parceiros e


.4

dos recursos em prestar a informação, a instituição prestadores de serviços terceirizados de que trata o
49

deve registrar o fato e utilizar essa informação nos art. 56, contado o prazo referido no caput a partir
-0

procedimentos de monitoramento, seleção e análise da data de encerramento da relação contratual;


(parágrafo único, art. 34). III - as informações e registros de que tratam os
ar

Conforme o texto do art. 35, no caso de operações arts. 28 a 37, contado o prazo referido no caput a
és

partir do primeiro dia do ano seguinte ao da reali-


de saque, inclusive as realizadas por meio de cheque
C

zação da operação;
ou ordem de pagamento, de valor individual igual ou
o
dr

superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), as insti-


CARTA CIRCULAR Nº 4.001, DE 29 DE JANEIRO DE
Pe

tuições devem incluir no registro:


2020 E SUAS ALTERAÇÕES
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF
ou no CNPJ, conforme o caso, do destinatário dos Art. 1º As operações ou as situações descritas a
recursos; seguir exemplificam a ocorrência de indícios de
suspeita para fins dos procedimentos de monitora-
z O nome e o respectivo número de inscrição no CPF
mento e seleção previstos na Circular nº 3.978, de
do portador dos recursos;
23 de janeiro de 2020:
z A finalidade do saque;
I - situações relacionadas com operações em
z O número do protocolo. espécie em moeda nacional com a utiliza-
ção de contas de depósitos ou de contas de
As instituições devem, de acordo com o art. 36, pagamento:
requerer dos sacadores clientes e não clientes solici- a) depósitos, aportes, saques, pedidos de provi-
tação de provisionamento com, no mínimo, três dias sionamento para saque ou qualquer outro instru-
úteis de antecedência, das operações de saque, inclu- mento de transferência de recursos em espécie, que
sive as realizadas por meio de cheque ou ordem de apresentem atipicidade em relação à atividade eco-
pagamento, de valor igual ou superior a R$50.000,00 nômica do cliente ou incompatibilidade com a sua
234 (cinquenta mil reais). capacidade financeira;
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b) movimentações em espécie realizadas por clien- d) negociações envolvendo taxas de câmbio com
tes cujas atividades possuam como característica a variação significativa em relação às praticadas
utilização de outros instrumentos de transferência pelo mercado;
de recursos, tais como cheques, cartões de débito e) negociações de moeda estrangeira em espécie
ou crédito; envolvendo cédulas úmidas, malcheirosas, mofa-
c) aumentos substanciais no volume de depósitos das, ou com aspecto de terem sido armazenadas em
ou aportes em espécie de qualquer pessoa natural local impróprio, ou ainda que apresentem marcas,
ou jurídica, sem causa aparente, nos casos em que símbolos ou selos desconhecidos, empacotadas em
tais depósitos ou aportes forem posteriormente maços desorganizados e não uniformes;
transferidos, dentro de curto período de tempo, a f) negociações de moeda estrangeira em espécie ou
destino não relacionado com o cliente; troca de grandes quantidades de cédulas de peque-
d) fragmentação de depósitos ou outro instrumen- no valor, realizadas por pessoa natural ou jurídica,
to de transferência de recurso em espécie, inclusive cuja atividade ou negócio não tenha como caracte-
boleto de pagamento, de forma a dissimular o valor rística o recebimento desse tipo de recurso;
total da movimentação; g) utilização, carga ou recarga de cartão pré-pago
e) fragmentação de saques em espécie, a fim de bur- em valor não compatível com a capacidade finan-
lar limites regulatórios de reportes; ceira, atividade ou perfil do cliente;
f) depósitos ou aportes de grandes valores em h) utilização de diversas fontes de recursos para
espécie, de forma parcelada, principalmente nos carga e recarga de cartões prépagos;
mesmos caixas ou terminais de autoatendimen- i) carga e recarga de cartões pré-pagos seguidas
to próximos, destinados a uma única conta ou a imediatamente por saques em caixas eletrônicos;
várias contas em municípios ou agências distintas; III - situações relacionadas com a identifica-
g) depósitos ou aportes em espécie em contas de ção e qualificação de clientes:
clientes que exerçam atividade comercial relacio- a) resistência ao fornecimento de informações
nada com negociação de bens de luxo ou de alto necessárias para o início de relacionamento ou
valor, tais como obras de arte, imóveis, barcos, para a atualização cadastral;
joias, automóveis ou aeronaves; b) oferecimento de informação falsa;
h) saques em espécie de conta que receba diversos c) prestação de informação de difícil ou onerosa
depósitos por transferência eletrônica de várias verificação;
origens em curto período de tempo; d) abertura, movimentação de contas ou realiza-
i) depósitos ou aportes em espécie com cédulas úmi- ção de operações por detentor de procuração ou de
das, malcheirosas, mofadas, ou com aspecto de que qualquer outro tipo de mandato;
foram armazenadas em local impróprio ou ainda e) ocorrência de irregularidades relacionadas aos
que apresentem marcas, símbolos ou selos desco- procedimentos de identificação e registro das ope-
nhecidos, empacotadas em maços desorganizados rações exigidos pela regulamentação vigente;
e não uniformes; f) cadastramento de várias contas em uma mesma
j) depósitos, aportes ou troca de grandes quantida- data, ou em curto período, com depósitos de valo-
des de cédulas de pequeno valor, por pessoa natu- res idênticos ou aproximados, ou com outros ele-
ral ou jurídica, cuja atividade ou negócio não tenha mentos em comum, tais como origem dos recursos,
titulares, procuradores, sócios, endereço, número
como característica recebimentos de grandes quan-
de telefone, etc.;
tias de recursos em espécie;
g) operações em que não seja possível identificar
k) saques no período de cinco dias úteis em valores
o beneficiário final, observados os procedimentos
inferiores aos limites estabelecidos, de forma a dis-
definidos na regulamentação vigente;
simular o valor total da operação e evitar comuni-
00

h) representação de diferentes pessoas jurídicas ou


cações de operações em espécie;
5-

organizações pelos mesmos procuradores ou repre-


l) dois ou mais saques em espécie no caixa no mes-
21

sentantes legais, sem justificativa razoável para tal


mo dia, com indícios de tentativa de burla para evi-
ocorrência;
.
70

tar a identificação do sacador;


i) informação de mesmo endereço residencial ou
m) dois ou mais depósitos em terminais de autoa-
.4

comercial por pessoas naturais, sem demonstração


49

tendimento em espécie, no período de cinco dias


da existência de relação familiar ou comercial;
úteis, com indícios de tentativa de burla para evitar
-0

j) incompatibilidade da atividade econômica ou


a identificação do depositante; faturamento informados com o padrão apresenta-
ar

n) depósitos em espécie relevantes em contas de do por clientes com o mesmo perfil;


és

servidores públicos e de qualquer tipo de Pessoas k) registro de mesmo endereço de e-mail ou de


C

Expostas Politicamente (PEP), conforme elencados Internet Protocol (IP) por diferentes pessoas jurí-
o

no art. 27 da Circular nº 3.978, de 2020, bem como dicas ou organizações, sem justificativa razoável
dr

seu representante, familiar ou estreito colaborador; para tal ocorrência;


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

II - situações relacionadas com operações em l) registro de mesmo endereço de e-mail ou Internet


espécie e cartões pré-pagos em moeda estran- Protocol (IP) por pessoas naturais, sem justificativa
geira e cheques de viagem: razoável para tal ocorrência;
a) movimentações de moeda estrangeira em espécie m) informações e documentos apresentados pelo cliente
ou de cheques de viagem denominados em moeda conflitantes com as informações públicas disponíveis;
estrangeira, que apresentem atipicidade em rela- n) sócios de empresas sem aparente capacidade
ção à atividade econômica do cliente ou incompati- financeira para o porte da atividade empresarial
bilidade com a sua capacidade financeira; declarada;
b) negociações de moeda estrangeira em espécie
ou de cheques de viagem denominados em moeda
Atenção!
estrangeira, que não apresentem compatibilidade
com a natureza declarada da operação;
c) negociações de moeda estrangeira em espécie A negativa por parte do cliente de prestar informa-
ou de cheques de viagem denominados em moe- ções sobre si, tais como renda, endereço ou telefones,
da estrangeira, realizadas por diferentes pessoas principalmente de contas movimentadas por procu-
naturais, não relacionadas entre si, que informem o radores, leva a suspeitas que devem ser averiguadas
mesmo endereço residencial, telefone de contato ou pelo gerente da conta e que podem enquadrar o clien-
possuam o mesmo representante legal; te na situação de dados cadastrais de clientes. 235
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - Situações relacionadas com a movimentação t) existência de contas em nome de menores ou
de contas de depósito e de contas de pagamento incapazes, cujos representantes realizem grande
em moeda nacional, que digam respeito a: número de operações e/ou operações de valores
a) movimentação de recursos incompatível com o relevantes;
patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação u) transações significativas e incomuns por meio de
profissional e a capacidade financeira do cliente; contas de depósitos ou de contas de pagamento de
b) transferências de valores arredondados na uni- investidores não residentes constituídos sob a for-
dade de milhar ou que estejam um pouco abaixo do ma de trust;
limite para notificação de operações; v) recebimentos de valores relevantes no mesmo
c) movimentação de recursos de alto valor, de for- terminal de pagamento (Point of Sale - POS), que
ma contumaz, em benefício de terceiros; apresentem indícios de atipicidade ou de incompa-
d) manutenção de numerosas contas destinadas ao tibilidade com a capacidade financeira do estabele-
acolhimento de depósitos em nome de um mesmo cimento comercial credenciado;
cliente, cujos valores, somados, resultem em quan- w) recebimentos de valores relevantes no mesmo
tia significativa; terminal de pagamento (Point of sale - POS), que
apresentem indícios de atipicidade ou de incompa-
e) movimentação de quantia significativa por meio
tibilidade com o perfil do estabelecimento comer-
de conta até então pouco movimentada ou de conta
cial credenciado;
que acolha depósito inusitado;
x) desvios frequentes em padrões adotados por
f) ausência repentina de movimentação financeira
cada administradora de cartões de credenciamento
em conta que anteriormente apresentava grande
ou de cartões de crédito, verificados no monitora-
movimentação;
mento das compras de seus titulares;
g) utilização de cofres de aluguel de forma atípica y) transações em horário considerado incompatí-
em relação ao perfil do cliente; vel com a atividade do estabelecimento comercial
h) dispensa da faculdade de utilização de prerroga- credenciado;
tivas como recebimento de crédito, de juros remu- z) transações em terminal (Point of sale - POS)
neratórios para grandes saldos ou, ainda, de outros realizadas em localização geográfica distante do
serviços bancários especiais que, em circunstâncias local de atuação do estabelecimento comercial
normais, sejam valiosas para qualquer cliente; credenciado;
i) mudança repentina e injustificada na forma de aa) operações atípicas em contas de clientes que
movimentação de recursos ou nos tipos de transa- exerçam atividade comercial relacionada com
ção utilizados; negociação de bens de luxo ou de alto valor, tais
j) solicitação de não observância ou atuação no como obras de arte, imóveis, barcos, joias, automó-
sentido de induzir funcionários da instituição a não veis ou aeronaves;
seguirem os procedimentos regulamentares ou for- ab) utilização de instrumento financeiro de forma a
mais para a realização de uma operação; ocultar patrimônio e/ou evitar a realização de blo-
k) recebimento de recursos com imediata compra queios judiciais, inclusive cheque administrativo;
de instrumentos para a realização de pagamentos ac) movimentação de valores incompatíveis com o
ou de transferências a terceiros, sem justificativa; faturamento mensal das pessoas jurídicas;
l) operações que, por sua habitualidade, valor e ad) recebimento de créditos com o imediato débito
forma, configurem artifício para burla da identifi- dos valores;
cação da origem, do destino, dos responsáveis ou ae) movimentações de valores com empresas sem
dos destinatários finais; atividade regulamentada pelos órgãos competentes.
00

m) existência de contas que apresentem créditos e V - Situações relacionadas com operações de


5-

débitos com a utilização de instrumentos de trans- investimento no País:


21

ferência de recursos não característicos para a a) operações ou conjunto de operações de compra


.

ou de venda de ativos financeiros a preços incom-


70

ocupação ou o ramo de atividade desenvolvida pelo


cliente; patíveis com os praticados no mercado ou quando
.4

realizadas por pessoa natural ou jurídica cuja ati-


49

n) recebimento de depósitos provenientes de diver-


sas origens, sem fundamentação econômico-fi- vidade declarada e perfil não se coadunem ao tipo
-0

nanceira, especialmente provenientes de regiões de negociação realizada;


ar

distantes do local de atuação da pessoa jurídica ou b) operações atípicas que resultem em elevados
és

ganhos para os agentes intermediários, em despro-


distantes do domicílio da pessoa natural;
porção com a natureza dos serviços efetivamente
C

o) pagamentos habituais a fornecedores ou benefi-


prestados;
o

ciários que não apresentem ligação com a ativida-


dr

c) investimentos significativos em produtos de bai-


de ou ramo de negócio da pessoa jurídica;
Pe

xa rentabilidade e liquidez;
p) pagamentos ou transferências por pessoa jurídi-
d) investimentos significativos não proporcionais
ca para fornecedor distante de seu local de atua- à capacidade financeira do cliente, ou cuja origem
ção, sem fundamentação econômico-financeira; não seja claramente conhecida;
q) depósitos de cheques endossados totalizando e) resgates de investimentos no curtíssimo prazo,
valores significativos; independentemente do resultado auferido.
r) existência de conta de depósitos à vista ou de con- VI - Situações relacionadas com operações de
ta de pagamento de organizações sem fins lucrati- crédito no País:
vos cujos saldos ou movimentações financeiras não a) operações de crédito no País liquidadas com
apresentem fundamentação econômica ou legal ou recursos aparentemente incompatíveis com a situa-
nas quais pareça não haver vinculação entre a ati- ção financeira do cliente;
vidade declarada da organização e as outras partes b) solicitação de concessão de crédito no País
envolvidas nas transações; incompatível com a atividade econômica ou com a
s) movimentação habitual de recursos financeiros capacidade financeira do cliente;
de ou para qualquer tipo de PEP, conforme elenca- c) operação de crédito no País seguida de remessa
dos no art. 27 da Circular nº 3.978, de 2020, bem de recursos ao exterior, sem fundamento econômi-
como seu representante, familiar ou estreito cola- co ou legal, e sem relacionamento com a operação
236 borador, não justificada por eventos econômicos; de crédito;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
d) operações de crédito no País, simultâneas ou d) movimentações com indícios de financiamento
consecutivas, liquidadas antecipadamente ou em ao terrorismo;
prazo muito curto; e) movimentações financeiras envolvendo pessoas
e) liquidação de operações de crédito ou assunção ou entidades relacionadas à proliferação de armas
de dívida no País por terceiros, sem justificativa de destruição em massa listadas pelo CSNU;
aparente; f) operações ou prestação de serviços, de qualquer
f) concessão de garantias de operações de crédito valor, a pessoas ou entidades que reconhecidamen-
no País por terceiros não relacionados ao tomador; te tenham cometido ou intentado cometer crimes de
g) operação de crédito no País com oferecimento proliferação de armas de destruição em massa, ou
de garantia no exterior por cliente sem tradição de deles participado ou facilitado o seu cometimento;
realização de operações no exterior; g) existência de recursos pertencentes ou controla-
h) aquisição de bens ou serviços incompatíveis com dos, direta ou indiretamente, por pessoas ou enti-
o objeto da pessoa jurídica, especialmente quando dades que reconhecidamente tenham cometido ou
os recursos forem originados de crédito no País. intentado cometer crimes de proliferação de armas
VII - Situações relacionadas com a movimenta- de destruição em massa, ou deles participado ou
ção de recursos oriundos de contratos com o facilitado o seu cometimento;
setor público: h) movimentações com indícios de financiamento
a) movimentações atípicas de recursos por agentes da proliferação de armas de destruição em massa.
públicos, conforme definidos no art. 2º da Lei nº X - Situações relacionadas com atividades
8.429, de 2 de junho de 1992; internacionais:
b) movimentações atípicas de recursos por pessoa a) operação com pessoas naturais ou jurídicas,
natural ou jurídica relacionadas a patrocínio, pro- inclusive sociedades e instituições financeiras,
paganda, marketing, consultorias, assessorias e situadas em países que não apliquem ou apliquem
capacitação; insuficientemente as recomendações do Grupo de
c) movimentações atípicas de recursos por organi- Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financia-
zações sem fins lucrativos; mento do Terrorismo (Gafi), ou que tenham sede em
d) movimentações atípicas de recursos por pessoa países ou dependências com tributação favorecida
natural ou jurídica relacionadas a licitações. ou regimes fiscais privilegiados, ou em locais onde
seja observada a prática contumaz dos crimes pre-
VIII - Situações relacionadas a consórcios:
vistos na Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, não
a) existência de consorciados detentores de elevado
claramente caracterizadas em sua legalidade e fun-
número de cotas, incompatível com sua capacidade
damentação econômica;
financeira ou com o objeto da pessoa jurídica;
b) operações complexas e com custos mais elevados
b) aumento expressivo do número de cotas perten-
que visem a dificultar o rastreamento dos recursos
centes a um mesmo consorciado;
ou a identificação da natureza da operação;
c) oferecimento de lances incompatíveis com a
c) pagamentos de importação e recebimentos de
capacidade financeira do consorciado;
exportação, antecipados ou não, por empresa sem
d) oferecimento de lances muito próximos ao valor
tradição ou cuja capacidade financeira seja incom-
do bem;
patível com o montante negociado;
e) pagamento antecipado de quantidade expressi-
d) pagamentos a terceiros não relacionados a ope-
va de prestações vincendas, não condizente com a
rações de importação ou de exportação;
capacidade financeira do consorciado; e) transferências unilaterais que, pela habitualida-
00

f) aquisição de cotas previamente contempladas, de, valor ou forma, não se justifiquem ou apresen-
5-

seguida de quitação das prestações vincendas; tem atipicidade;


21

g) utilização de documentos falsificados na adesão f) transferências internacionais, inclusive a título


ou tentativa de adesão a grupo de consórcio;
.
70

de disponibilidade no exterior, nas quais não se


h) pagamentos realizados em localidades diferen- justifique a origem dos fundos envolvidos ou que se
.4

tes ao do endereço do cadastro;


49

mostrem incompatíveis com a capacidade financei-


i) informe de conta de depósito à vista ou de pou- ra ou com o perfil do cliente;
-0

pança para pagamento de crédito em espécie, em g) exportações ou importações aparentemente fic-


ar

agência/localidade diferente da inicialmente forne- tícias ou com indícios de superfaturamento ou sub-


és

cida ou remessa de eventual Ordem de Pagamento faturamento, ou ainda em situações que não seja
C

(OP) para conta de depósito à vista ou de poupança possível obter informações sobre o desembaraço
o

divergente da inicialmente fornecida. aduaneiro das mercadorias;


dr

IX - Situações relacionadas a pessoas ou enti- h) existência de informações na carta de crédito


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

dades suspeitas de envolvimento com finan- com discrepâncias em relação a outros documentos
ciamento ao terrorismo e a proliferação de da operação de comércio internacional;
armas de destruição em massa: i) pagamentos ao exterior após créditos em reais
a) movimentações financeiras envolvendo pessoas efetuados nas contas de depósitos dos titulares das
ou entidades relacionadas a atividades terroristas operações de câmbio por pessoas naturais ou jurí-
listadas pelo Conselho de Segurança das Nações dicas que não demonstrem a existência de vínculo
Unidas (CSNU); comercial ou econômico;
b) operações ou prestação de serviços, de qualquer j) movimentações decorrentes de programa de
valor, a pessoas ou entidades que reconhecidamen- repatriação de recursos que apresentem inconsis-
te tenham cometido ou intentado cometer atos ter- tências relacionadas à identificação do titular ou
roristas, ou deles participado ou facilitado o seu do beneficiário final, bem como ausência de infor-
cometimento; mações confiáveis sobre a origem e a fundamenta-
c) existência de recursos pertencentes ou controla- ção econômica ou legal;
dos, direta ou indiretamente, por pessoas ou enti- k) pagamentos de frete ou de outros serviços que
dades que reconhecidamente tenham cometido ou apresentem indícios de atipicidade ou de incompa-
intentado cometer atos terroristas, ou deles parti- tibilidade com a atividade ou capacidade econômi-
cipado ou facilitado o seu cometimento; co-financeira do cliente; 237
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
l) transferências internacionais por uma ou mais a) alteração inusitada nos padrões de vida e de
pessoas naturais ou jurídicas com indícios de frag- comportamento do empregado, do parceiro ou
mentação, como forma de ocultar a real origem ou de prestador de serviços terceirizados, sem causa
destino dos recursos; aparente;
m) transações em uma mesma data, ou em curto b) modificação inusitada do resultado operacional
período, de valores idênticos ou aproximados, ou da pessoa jurídica do parceiro, incluído correspon-
com outros elementos em comum, tais como ori- dente no País, sem causa aparente;
gem ou destino dos recursos, titulares, procurado- c) qualquer negócio realizado de modo diverso ao
res, endereço, número de telefone, que configurem procedimento formal da instituição por funcioná-
artificio de burla do limite máximo de operação; rio, parceiro, incluído correspondente no País, ou
n) transferência via facilitadora de pagamentos ou prestador de serviços terceirizados;
com a utilização do cartão de crédito de uso inter- d) fornecimento de auxílio ou informações, remune-
nacional, que, pela habitualidade, valor ou forma, rados ou não, a cliente em prejuízo do programa de
não se justifiquem ou apresentem atipicidade; prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamen-
o) transferências relacionadas a investimentos não to do terrorismo da instituição, ou de auxílio para
convencionais que, pela habitualidade, valor ou for- estruturar ou fracionar operações, burlar limites
ma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade; regulamentares ou operacionais.
p) pagamento de frete internacional sem amparo XIV - Situações relacionadas a campanhas
em documentação que evidencie vínculo com ope- eleitorais:
ração comercial. a) recebimento de doações, em contas (eleitorais ou
XI - Situações relacionadas com operações de não) de candidatos, contas de estreito colaborador
crédito contratadas no exterior: dessas pessoas ou em contas de partidos políticos,
a) contratação de operações de crédito no exterior de valores que desrespeitem as vedações ou extra-
com cláusulas que estabeleçam condições incompa- polem os limites definidos na legislação em vigor;
tíveis com as praticadas no mercado, como juros b) uso incompatível com as exigências regulatórias
destoantes da prática ou prazo muito longo; do fundo de caixa do partido eleitoral;
b) contratação, no exterior, de várias operações de c) recebimento de doações, em contas de candida-
crédito consecutivas, sem que a instituição tome tos, de valores que desrespeitem as vedações ou
conhecimento da quitação das anteriores; extrapolem os limites definidos na legislação em
c) contratação, no exterior, de operações de crédito vigor, inclusive mediante uso de terceiros e/ou de
que não sejam quitadas por intermédio de opera- contas de terceiros;
ções na mesma instituição; d) transferências, a partir das contas de candida-
d) contratação, no exterior, de operações de crédi- tos, para pessoas naturais ou jurídicas cuja ativi-
to, quitadas sem explicação aparente para a origem dade não guarde aparente relação com contas de
dos recursos; campanha.
e) contratação de empréstimos ou financiamentos XV - Situações relacionadas a BNDU e outros
no exterior, oferecendo garantias em valores ou ativos não financeiros:
formas incompatíveis com a atividade ou capacida- a) negociação de BNDU ou outro ativo não finan-
de financeira do cliente ou em valores muito supe- ceiro para pessoas naturais ou jurídicas sem capa-
riores ao valor das operações contratadas ou cuja cidade financeira;
origem não seja claramente conhecida; b) negociação de BNDU ou outro ativo não financei-
f) contratação de operações de crédito no exterior, ro mediante pagamento em espécie;
00

cujo credor seja de difícil identificação e sem que c) negociação de BNDU ou outro ativo não finan-
5-

exista relação ou fundamentação para a operação ceiro por preço significativamente superior ao de
21

entre as partes. avaliação;


.
70

XII - Situações relacionadas com operações de d) negociação de outro ativo não financeiro em
investimento externo: benefício de terceiros.
.4
49

a) recebimento de investimento externo direto, XVI - Situações relacionadas com a movimen-


cujos recursos retornem imediatamente a título de tação de contas correntes em moeda estran-
-0

disponibilidade no exterior; geira (CCME):


ar

b) recebimento de investimento externo direto, com a) movimentação de recursos incompatível com a


és

realização quase imediata de remessas de recursos atividade econômica e a capacidade financeira do


C

para o exterior a título de lucros e dividendos; cliente;


o

c) remessas de lucros e dividendos ao exterior em b) recebimentos ou pagamentos de/para terceiros


dr

valores incompatíveis com o valor investido; cujas movimentações financeiras não apresentem
Pe

d) remessas ao exterior a título de investimento em fundamentação econômica ou legal ou nas quais


montantes incompatíveis com a capacidade finan- pareça não haver vinculação entre a atividade
ceira do cliente; declarada do titular da CCME e as outras partes
e) remessas de recursos de um mesmo investidor envolvidas nas transações;
situado no exterior para várias empresas no País; c) movimentação de recursos, em especial nas con-
f) remessas de recursos de vários investidores tas tituladas por agentes autorizados a operar no
situados no exterior para uma mesma empresa no mercado de câmbio, que denotem inobservância
País; a limites por operação cambial ou qualquer outra
g) recebimento de aporte de capital desproporcio- situação em que não se justifiquem ou apresentem
nal ao porte ou à natureza empresarial do cliente, atipicidade, pela habitualidade, valor, forma ou
ou em valores incompatíveis com a capacidade ausência de aderência às normas cambiais;
financeira dos sócios; d) transações atípicas em CCME de movimentação
h) retorno de investimento feito no exterior sem com- restrita. Exemplos: contas de agências de turismo
provação da remessa que lhe tenha dado origem. e contas de administradoras de cartão de crédito.
XIII - Situações relacionadas com funcio- XVII - Situações relacionadas com operações
nários, parceiros e prestadores de serviços realizadas em municípios localizados em
238 terceirizados: regiões de risco:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) operação atípica em municípios localizados em Nesse Sistema, os bancos estabelecem uma série
regiões de fronteira; de compromissos de conduta que, em conjunto com as
b) operação atípica em municípios localizados em diversas outras normas aplicáveis às suas atividades, con-
regiões de extração mineral; tribuirão para que o mercado funcione de forma ainda
c) operação atípica em municípios localizados em mais eficaz, clara e transparente, em benefício não só do
outras regiões de risco. próprio setor, mas de todos os envolvidos nesse processo
§ 1º As operações ou as situações referidas no – os consumidores e a sociedade como um todo.
caput devem ser comunicadas, nos termos da refe-
rida Circular, somente nos casos em que os indícios
z Como esse Sistema vai interferir no relaciona-
forem confirmados ao término da execução dos
procedimentos de análise de operações e situações
mento entre bancos e consumidores?
suspeitas.
§ 2º Os procedimentos referidos no § 1º devem con- O propósito maior do Sistema de Autorregulação
siderar todas as informações disponíveis, inclusive Bancária é promover a melhoria contínua da qualida-
aquelas obtidas por meio dos procedimentos desti- de do relacionamento entre os bancos signatários do
nados a conhecer clientes, funcionários, parceiros e Sistema e os consumidores (pessoa física). Assim, ao
prestadores de serviços terceirizados. contribuir para um melhor funcionamento do setor,
os consumidores deverão ser diretamente beneficia-
REFERÊNCIAS dos por esse processo.

https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/pre- z Como será monitorada e avaliada a conduta dos


vencao-lavagem-dinheiro. Acesso em: 4 jul. 2021. bancos, para que se saiba quem está, de fato,
https://www.bcb.gov.br/fis/supervisao/acaoesta- cumprindo as normas do Sistema?
do.asp?frame=1#:~:text=Pa%C3%ADses%20e%20
organismos%20internacionais%20passaram,- O monitoramento das condutas dos bancos, para
das%20Na%C3%A7%C3%B5es%20Unidas%2C%20 que se avalie e assegure sua efetiva adequação a todas
em%201988. Acesso em: 4 jul. 2021. as normas da autorregulação será feito pela Diretoria
de Autorregulação – criada pelo próprio Código de
Autorregulação Bancária, na estrutura da Febraban,
para essa finalidade específica.
Para cumprir essa sua missão, a Diretoria de Autor-
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA E regulação trabalhará com os seguintes procedimentos:
NORMATIVOS SARB
„ Relatórios de Conformidade: documento
z O que é o Sistema Brasileiro de Autorregulação que cada banco signatário do Sistema deve-
Bancária? rá preencher a cada semestre, indicando e
demonstrando seus pontos de adequação, bem
A auto regulação bancária é um sistema de nor- como as ações que esteja tomando, ou que virá
mas criado pelo próprio setor bancário, com o propó- a tomar, para completa adequação de quais-
sito básico de criar um ambiente ainda mais favorável quer condutas que, de alguma forma, apresen-
à realização dos 4 (quatro) grandes princípios que o tem qualquer desajuste, em relação ao disposto
00

orientam: nas normas do Sistema;


5-

„ Relatório de Ouvidoria: os bancos signatários


21

„ Ética e Legalidade: adotar condutas benéficas deverão enviar à Diretoria de Autorregulação


.
70

à sociedade, ao funcionamento do mercado e os mesmos relatórios de Ouvidoria que reme-


.4

ao meio-ambiente; respeitar a livre concorrên- tem ao Banco Central do Brasil;


49

cia e a liberdade de iniciativa; atuar em con- „ Central de Atendimento: fornecer acesso à


-0

formidade com a legislação vigente e com as população a um sistema para registro de ocor-
ar

normas da auto regulação; rências que os consumidores identifiquem


és

„ Respeito ao Consumidor: tratar o consumi- como desajustes com as normas da Autorre-


C

dor de forma justa e transparente, com atendi- gulação. Esse sistema, que não se volta ao tra-
o

mento cortês e digno; assistir o consumidor na tamento ou solução de problemas individuais,


dr

avaliação dos produtos e serviços adequados tem por finalidade específica propiciar um
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

às suas necessidades e garantir a segurança e a monitoramento amplo do mercado por parte


confidencialidade de seus dados pessoais; con- da Diretoria de Autorregulação, no sentido de
ceder crédito de forma responsável e incenti- avaliar o efetivo cumprimento das normas do
var o uso consciente do crédito; Sistema sob a perspectiva do público.
„ Comunicação Eficiente: fornecer informações
de forma precisa, adequada, clara e oportuna, z O Sistema de Autorregulação poderá ajudar a
proporcionando condições para o consumidor resolver algum problema pessoal/individual
tomar decisões conscientes e bem informadas; que o consumidor venha experimentando junto
a comunicação com o consumidor, por qual- a algum dos bancos signatários?
quer veículo, pessoalmente ou mediante ofer-
tas ou anúncios publicitários, deve ser feita de Sim. Caso autorizado pelo consumidor, o Sistema
modo a informá-lo sobre os aspectos relevantes de Autorregulação Bancária enviará a demanda ao
do relacionamento com a Signatária; canal de atendimento responsável do próprio banco
„ Melhoria Contínua: aperfeiçoar padrões de signatário reclamado. A Instituição reclamada será
conduta, elevar a qualidade dos produtos, responsável por responder diretamente o caso em até
níveis de segurança e a eficiência dos serviços. 15 dias. 239
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Quando eu identificar que algum banco não Para efeitos da lei, as empresas de fomento
está cumprindo as regras, eu posso noticiar o comercial ou factoring também deverão obedecer
Sistema quanto a isso? Como me manifestar? às normas aplicáveis àquelas instituições financeiras.
Não será considerada violação do sigilo, de acor-
Sim. Você não apenas pode se manifestar como, do com o § 2° do art. 1°, entre outros:
na verdade, é esperado que você o faça. Esses regis-
tros não serão individualmente respondidos, nem isso z a troca de informações entre instituições financei-
gerará, de imediato ou necessariamente, alguma san- ras, para fins cadastrais, inclusive por intermédio
ção ao(s) banco(s) apontado(s). No entanto, eles serão de centrais de risco;
uma fonte preciosa de monitoramento da atuação de z o fornecimento de informações constantes de
cada agente do Sistema, para que possamos melhor cadastro de emitentes de cheques sem provisão de
conferir se, de fato, as normas da Autorregulação fundos e de devedores inadimplentes, a entidades
estão sendo corretamente cumpridas. de proteção ao crédito;
Dentre os vários normativos que a FEBRABAN edi- z a comunicação, às autoridades competentes, da
tou a respeito da Autorregulação Bancária, destaca- prática de ilícitos penais ou administrativos;
mos alguns pontos que podem ser abordados nas suas z o fornecimento de dados financeiros e de paga-
provas. Vejamos: mentos, relativos a operações de crédito e obriga-
ções de pagamento adimplidas ou em andamento
Código De Auto-Regulação Bancária de pessoas naturais ou jurídicas, a gestores de ban-
Art. 2º As normas da auto regulação não cos de dados, para formação de histórico de crédi-
se sobrepõe, mas se harmonizam à legislação to, nos termos de lei específica.
vigente, destacadamente ao código de Defesa do
Consumidor, às leis e normas especificamente dire- Será possível a quebra do sigilo quando a medida
cionadas ao sistema bancário e à execução de ati- se mostrar necessária para a apuração de ocorrência
vidades delegadas pelo setor público a instituições de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito
financeiras. ou do processo judicial, de acordo com o § 3°, do art.
Art. 3º As normas da auto regulação abrangem 1°:
todos os produtos e serviços ofertados ou dispo-
nibilizados pelas Signatárias a qualquer pessoa § 4° A quebra de sigilo poderá ser decretada, quan-
física, cliente ou não cliente (o “consumidor”). do necessária para apuração de ocorrência de
qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS do processo judicial, e especialmente nos seguintes
crimes:
https://www.autorregulacaobancaria.com.br/. I – de terrorismo;
Acesso em 4 de jul. 2021. II – de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes
ou drogas afins;
III – de contrabando ou tráfico de armas, munições
ou material destinado a sua produção;
IV – de extorsão mediante sequestro;
SIGILO BANCÁRIO: LEI V – contra o sistema financeiro nacional;
00

COMPLEMENTAR Nº 105, DE 2001 E VI – contra a Administração Pública;


5-

VII – contra a ordem tributária e a previdência


21

SUAS ALTERAÇÕES social;


.
70

VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens,


A LC nº 105, de 2001, dispõe sobre o sigilo das
.4

direitos e valores;
49

operações de instituições financeiras, além de dar IX – praticado por organização criminosa.


-0

outras providências.
Para efeitos do que ela prescreve, de acordo com o O dever de sigilo é extensivo ao Banco Central do
ar

art. 1°, são consideradas instituições financeiras:


és

Brasil (BACEN), em relação às operações que reali-


C

zar e às informações que obtiver no exercício de suas


Art. 1° […]
o

atribuições.
dr

§ 1° […] A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ins-


Pe

I – os bancos de qualquer espécie; taurado inquérito administrativo, poderá solicitar à


II – distribuidoras de valores mobiliários;
autoridade judiciária competente o levantamento do
III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;
sigilo junto às instituições financeiras de informações
IV – sociedades de crédito, financiamento e
e documentos relativos a bens, direitos e obrigações
investimentos;
de pessoa física ou jurídica submetida ao seu poder
V – sociedades de crédito imobiliário;
VI – administradoras de cartões de crédito; disciplinar.
VII – sociedades de arrendamento mercantil; O Bacen e a CVM deverão manter, entre si, inter-
VIII – administradoras de mercado de balcão câmbio permanente acerca dos resultados das inspe-
organizado; ções que realizarem, dos inquéritos e das penalidades
IX – cooperativas de crédito; que aplicarem, sempre que tais informações forem
X – associações de poupança e empréstimo; necessárias ao desempenho das suas atividades.
XI – bolsas de valores e de mercadorias e futuros; Além disso, segundo o § 4º do art. 2º, poderão ambas
XII – entidades de liquidação e compensação; as instituições (BACEN e CVM) firmarem convênios:
XIII – outras sociedades que, em razão da natureza
de suas operações, assim venham a ser considera- Art. 2° […]
240 das pelo Conselho Monetário Nacional. § 4° […]
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I - com outros órgãos públicos fiscalizadores de
Informações sobre operações a
instituições financeiras, objetivando a realização serem prestas pelas instituições
de fiscalizações conjuntas, observadas as respecti- financeiras à AT da União
vas competências;
II - com bancos centrais ou entidades fiscaliza-
Ficarão RESTRITAS São VEDADOS elementos que
doras de outros países, objetivando: possibilitem
a) a fiscalização de filiais e subsidiárias de institui- A informes relacionadas aos
titulares das operações; a identificação de suas origem;
ções financeiras estrangeiras, em funcionamento
no Brasil e de filiais e subsidiárias, no exterior, de aos MONTANTES GLOBAIS. a natureza dos gastos
instituições financeiras brasileiras;
b) a cooperação mútua e o intercâmbio de infor-
mações para a investigação de atividades ou O art. 6º, por sua vez, diz que as autoridades e os
operações que impliquem aplicação, negociação, agentes fiscais tributários da União, dos Estados,
ocultação ou transferência de ativos financeiros e do Distrito Federal e dos Municípios (são as autori-
de valores mobiliários relacionados com a prática dades dos três entes mais o DF) somente poderão exa-
de condutas ilícitas. minar documentos, livros e registros de instituições
financeiras, inclusive os referentes a contas de depósi-
A CVM e o Bacen, no exercício de suas atribuições, tos e aplicações financeiras, quando houver processo
ao se depararem com a ocorrência de crime definido administrativo instaurado ou procedimento fiscal
em lei como de ação pública, ou mesmo de indícios da em curso e tais exames sejam considerados indispen-
prática de tais crimes, deverão levar essa informação sáveis pela autoridade administrativa competente.
ao Ministério Público. O resultado dos exames, as informações e os docu-
O BACEN, a CVM e todos os demais órgãos de fisca- mentos a que se referem este artigo serão conserva-
lização devem fornecer ao COAF (Conselho de Con- dos em sigilo, observada a legislação tributária.
trole de Atividades Financeiras), atual Unidade de No entendimento dos Ministros do STF (RE
Inteligência Financeira (UIF), informações cadastrais 601.314/SP), a previsão contida no art. 6º da LC nº 105,
e de movimento de valores relativos às operações de 2001 (acesso direto às informações bancárias do
financeiras que sugerem atividades ilícitas. contribuinte pela Receita Federal) é constitucional.
A Advocacia-Geral da União (AGU) também tem A autoridade fiscal tributária, neste caso, não estará,
a prerrogativa de requisitar ao Bacen e à CVM infor- necessariamente, quebrando o sigilo bancário. Res-
mações e documentos relativos às operações financei- peitados os limites impostos pela lei no tocante aos
ras listadas na lei. No entanto, elas ficam restritas ao fatos, o que se verifica, na prática, é uma transferên-
que for necessário à defesa da União nas ações em que cia de sigilo, que sai da órbita bancária para a fiscal.
seja parte. Ambas, porém, permanecem com rígida proteção
Em caso de determinação judicial, caberá ao legal contra o acesso de terceiros. O sigilo, que era ban-
Bacen, à CVM e às instituições financeiras o forneci- cário, passa a ser, também e principalmente, fiscal,
mento das informações requisitadas. quando chega ao poder do Fisco. São condicionantes
As comissões de inquérito administrativo, res- para que a autoridade fiscal use do poder estabelecido
ponsáveis pela apuração de infrações administrativas no art. 6º, no entendimento dos Ministros do STF:
praticadas por servidores públicos, poderão pedir ao
00

Poder Judiciário a quebra do sigilo bancário quando a z Necessidade de regulamentação do dispositivo por
5-

suposta infração for praticada: parte do ente interessado;


21

z Prévia existência de procedimento administrativo


.
70

z no exercício da função; aberto;


.4

z quando tiver relação com as atribuições do cargo z Ciência do contribuinte sobre o início desse proce-
49

em que se encontre investido. dimento e demais atos correlatos;


-0

z Autorização do superior hierárquico;


O BACEN e a CVM, nas áreas de suas atribuições, e z Necessidade de pertinência temática entre a obten-
ar

as instituições financeiras fornecerão ao Poder Legis-


és

ção das informações financeiras e o tributo objeto


lativo Federal (não vale as instituídas em âmbito da cobrança.
C

estadual, distrital ou municipal) as informações e os


o
dr

documentos sigilosos que, fundamentadamente, se Para estados, DF e municípios existe a necessidade


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

fizerem necessários ao exercício de suas respectivas de criação de sistemas eletrônicos de segurança que
competências constitucionais e legais. sejam certificados e com registro de acesso, bem como
do estabelecimento de instrumentos efetivos de apu-
ração e correção de desvios.
Importante! Ainda segundo o STF, no âmbito do julgamento do
RE 1055941, é legítimo o compartilhamento, sem auto-
O art. 5º, da lei em estudo, dispõe que o Poder
rização judicial, de dados bancários entre os órgãos
Executivo disciplinará, inclusive em relação à
de controle, notadamente Receita Federal e COAF
periodicidade e aos limites de valor, os critérios (hoje UIF), e o Ministério Público.
que serão usados pelas instituições financei- A quebra do sigilo, fora das hipóteses previstas
ras para informar à administração tributária da na lei, constituirá CRIME, atribuindo ainda a pena de
União (UNIÃO), as operações financeiras efe- reclusão, de um a quatro anos, e multa, sem prejuí-
tuadas pelos usuários de seus serviços. Essas zo de outras sanções cabíveis. Incorrerá nas mesmas
informações serão, a partir de então, conserva- penas quem omitir, retardar injustificadamente ou
das sob sigilo fiscal, na forma da legislação em prestar falsamente as informações requeridas nos
vigor. termos da LC. 241
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O servidor público que utilizar ou viabilizar a utili- III - pela administração pública, para o trata-
zação de qualquer informação obtida em decorrência mento e uso compartilhado de dados necessá-
da quebra de sigilo de que trata a LC. A ele será atri- rios à execução de políticas públicas previstas
buída responsabilidade pessoal e direta pelos danos em leis e regulamentos ou respaldadas em contra-
decorrentes da ação, sem prejuízo da responsabilida- tos, convênios ou instrumentos congêneres, obser-
de objetiva da entidade pública, quando comprovado vadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;
que o servidor agiu de acordo com orientação oficial.
Na terceira base legal da LGPD, a administração
pública poderá fazer o uso compartilhado de dados,
desde que isso ocorra com o objetivo de executar
políticas públicas, como exemplo, podemos citar os
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS programas Bolsa Família e Auxílio Emergencial, que
(LGPD): LEI Nº 13.709, DE 14 DE fizeram uso da presente base legal.
AGOSTO DE 2018, E SUAS ALTERAÇÕES
IV - para a realização de estudos por órgão de
CAPÍTULO II — DO TRATAMENTO DE DADOS pesquisa, garantida, sempre que possível, a
PESSOAIS anonimização dos dados pessoais;

Com a modernização e o fácil acesso às informa- Essa hipótese dispõe sobre o tratamento de dados
ções que a constante evolução do mundo vem trazen- para estudos feitos por órgãos de pesquisa. Esses
do, as principais empresas do mundo têm nos dados órgãos, sejam entidades públicas ou privadas, pode-
pessoais o seu principal negócio. Por isso, os dados rão realizar, com o uso de dados pessoais, pesquisas
pessoais são conhecidos como o “novo petróleo” dian- de caráter histórico, tecnológico ou estatístico.
te de sua importância. Dessa forma, é necessário que É importante ressaltar que, sempre que possível,
o tratamento de dados seja feito com as devidas regu- tais órgãos deverão priorizar a anonimização dos
lamentações e proteção à privacidade. dados pessoais.

Seção I — Dos Requisitos para o Tratamento de V - quando necessário para a execução de contra-
Dados Pessoais to ou de procedimentos preliminares relacio-
nados a contrato do qual seja parte o titular, a
Os requisitos apresentados no art. 7º, da LGPD, são pedido do titular dos dados;
indispensáveis para a compreensão a respeito do tra-
tamento de dados pessoais. A quinta base legal ocorrerá em casos nos quais os
Podemos observar as dez hipóteses, também dados pessoais precisem ser tratados para a execução
conhecidas como bases legais, que legitimam o trata- de obrigações contratualmente pactuadas, havendo
mento dos dados pessoais. É importante ressaltar que pedido do titular para que isso ocorra.
se trata de um rol taxativo, não existindo nenhuma
outra hipótese possível além das descritas no art. 7º. VI - para o exercício regular de direitos em pro-
cesso judicial, administrativo ou arbitral, esse
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setem-
00

poderá ser realizado nas seguintes hipóteses: bro de 1996 (Lei de Arbitragem);
I - mediante o fornecimento de consentimento
5-
21

pelo titular;
Na sexta base legal da LGPD, é apresentada a pos-
.
70

sibilidade para o tratamento de dados pessoais em


A primeira e mais conhecida das hipóteses é o con-
.4

razão dos direitos exercidos em contratos ou proces-


sentimento, que consiste na manifestação livre, infor-
49

sos, sejam eles judiciais, administrativos ou arbitrais.


mada e inequívoca do titular para que seja realizado
-0

Deste modo, os dados pessoais poderão ser armaze-


o tratamento dos seus dados pessoais.
nados, desde que para essa única e exclusiva finalida-
ar

A hipótese de consentimento não é aplicável a


de, enquanto persistir a necessidade de discussão da
és

todos os casos; as demais bases legais permitem o


demanda.
C

tratamento de dados pessoais independentemente do


o

consentimento do titular.
dr

O consentimento não é obrigatório em todos os VII - para a proteção da vida ou da incolumida-


Pe

casos: a LGPD busca um equilíbrio entre os interesses de física do titular ou de terceiro;


do titular e as necessidades dos controladores ao exer-
cerem suas atividades6. É importante ressaltar, ainda, Essa base legal visa à proteção da vida e da inte-
que não há hierarquia entre tais bases legais. gridade do titular de dados que possa estar exposto a
questões graves que coloquem em risco a sua vida. Por
II - para o cumprimento de obrigação legal ou isso, trata-se de um critério restritivo utilizado quan-
regulatória pelo controlador; do constatada a situação de fato, como, por exemplo,
no caso de usar os dados do celular de alguém que
A segunda base legal da LGPD encontra-se no cum- tenha sido sequestrado a fim de localizar o titular e
primento de obrigação legal ou regulatória pelo con- salvar sua vida.
trolador, que ocorre quando há determinação legal,
disposta em lei federal, estadual ou municipal ou em VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente,
demais normas, decretos, resoluções, regulamentan- em procedimento realizado por profissionais
do que o controlador poderá realizar o tratamento de de saúde, serviços de saúde ou autoridade
dados pessoais com fundamento nessa base legal. sanitária;

242 6 GONZÁLEZ, Mariana. LGPD Comentada. Guia LGPD. Disponível em: <https://guialgpd.com.br/lgpd-comentada/>. Acesso em: 3 jan. 2021.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nessa base legal, fica determinado que profissionais da saúde, além de outras entidades e estabelecimentos,
inclusive estaduais e municipais, poderão fazer uso da base legal para o tratamento de dados, desde que com o
objetivo específico de tutela da saúde, sendo vedado o desvio dessa finalidade.

IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiro, exceto no caso
de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais;
ou

O inciso IX dispõe que o tratamento de dados poderá ser realizado quando for preciso para atender a interes-
ses legítimos do controlador ou de terceiros. O inciso ainda traz a exceção de que isso não poderá ser feito quando
prevalecerem direitos e liberdades fundamentais dos titulares que exijam a proteção dos dados pessoais.

X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente.

Nesta hipótese, será possível verificar os dados acerca da adimplência e inadimplência do titular para analisar
uma possível concessão ou não de crédito.
Para uma melhor fixação do conteúdo, veja a seguir o fluxograma com as Bases Legais da Lei Geral de Proteção
de Dados Pessoais (LGPD):

Consentimento Cumprimento da obrigação legal

Estudo por órgãos de pesquisa Execução de políticas públicas

Execução de Contrato/
Proteção da vida BASES LEGAIS DA LGPD
Diligências Pré-contratuais

Exercício regular de Direitos Proteção ao crédito

Interesses legítimos do
Tutela da saúde
controlador/terceiros

§ 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve considerar a finalidade, a boa-fé e o inte-
resse público que justificaram sua disponibilização

Mesmo que os dados se encontrem disponíveis de forma pública, eles somente poderão ser tratados se segui-
rem os princípios da finalidade, da boa-fé e do interesse público.
O princípio da finalidade afirma que deverá ser respeitada a finalidade pela qual os dados foram tornados
00

públicos, em eventual uso consecutivo por terceiros.


5-

Já princípio da boa-fé afirma que não deverá haver utilização desvirtuando as legítimas expectativas dos seus
21

titulares dos dados.


.
70

O princípio do interesse público legitima que deverá ser identificado o interesse público que baseou disponi-
bilização dos dados. É evidente que o amplo acesso aos dados não retira a proteção que a eles deve ser concedida.
.4
49
-0

§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput deste artigo para os dados tornados manifesta-
mente públicos pelo titular, resguardados os direitos do titular e os princípios previstos nesta Lei.
ar
és

Quando o titular dos dados pessoais tornar públicos seus próprios dados, não será necessário obter o seu
C

consentimento para o tratamento de dados; porém, mesmo diante dessa situação, não será totalmente livre a sua
o
dr

utilização, a qual somente poderá ocorrer desde que sejam resguardados os direitos do titular.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

§ 5º O controlador que obteve o consentimento referido no inciso I do caput deste artigo que necessitar comu-
nicar ou compartilhar dados pessoais com outros controladores deverá obter consentimento específico
do titular para esse fim, ressalvadas as hipóteses de dispensa do consentimento previstas nesta Lei.

Quando a base legal para tratamento dos dados pessoais for o consentimento e o controlador desejar comuni-
car ou compartilhar os dados com outro controlador, ele deverá ter o consentimento específico para isso. Deste
modo, caso o controlador queira utilizar os dados que já possui para tipo diverso de tratamento, é necessário
pedir o consentimento novamente.7

§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não desobriga os agentes de tratamento das demais obri-
gações previstas nesta Lei, especialmente da observância dos princípios gerais e da garantia dos direitos do titular.

7 GONZÁLEZ, Mariana. LGPD Comentada. Guia LGPD. Disponível em: <https://guialgpd.com.br/lgpd-comentada/>. Acesso em: 3 jan. 2021. 243
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quando for realizado o tratamento dos dados pes- § 4º O consentimento deverá referir-se a finalida-
soais, deverão ser respeitados os princípios e direitos des determinadas, e as autorizações genéricas
dos titulares dos dados, previstos na LGPD, indepen- para o tratamento de dados pessoais serão
dentemente da base legal que venha a ser escolhida nulas.
para o tratamento dos dados.
O consentimento somente será permitido confor-
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a me os propósitos legítimos, específicos, explícitos e
que se referem os §§ 3º e 4º deste artigo poderá ser informados ao titular, sendo vedadas autorizações
realizado para novas finalidades, desde que obser- universais para o tratamento dos dados, bem como
vados os propósitos legítimos e específicos para o tratamento posterior que seja incompatível com essas
novo tratamento e a preservação dos direitos do finalidades.
titular, assim como os fundamentos e os princípios
previstos nesta Lei. § 5º O consentimento pode ser revogado a
qualquer momento mediante manifestação
Para flexibilizar o uso de dados pessoais cujo aces- expressa do titular, por procedimento gratuito
sos são públicos ou que foram tornados públicos e facilitado, ratificados os tratamentos realizados
pelo titular, inclusive para novas finalidades, devem sob amparo do consentimento anteriormente mani-
ser respeitadas os demais pontos relevantes da LGPD, festado enquanto não houver requerimento de eli-
minação, nos termos do inciso VI do caput do art.
incluindo os fundamentos e os princípios.
18 desta Lei.
Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do
art. 7º desta Lei deverá ser fornecido por escrito ou O consentimento poderá ser revogado a qualquer
por outro meio que demonstre a manifestação momento e com muita facilidade, devendo ser gratui-
de vontade do titular. to e ser exercido a qualquer momento. Porém, a revo-
gação do consentimento não significará a automática
Esse artigo trata da forma com que o controlador eliminação dos dados pessoais, pois a mesma somen-
deve solicitar o consentimento do titular. Esse consen- te será feita, quando também for realizado pedido
timento deve ser realizado por escrito ou por outro expresso do titular.
meio que demonstre a manifestação de vontade do
§ 6º Em caso de alteração de informação referida
titular.
nos incisos I, II, III ou V do art. 9º desta Lei, o con-
O fato consolidado que temos diante do consenti-
trolador deverá informar ao titular, com destaque
mento é que ele jamais será considerado válido se for
de forma específica do teor das alterações, podendo
feito de forma genérica, não atendendo à boa-fé e à o titular, nos casos em que o seu consentimento é
transparência, podendo ser obtido por qualquer meio exigido, revogá-lo caso discorde da alteração.
que evidencie a manifestação do titular.
Não será necessário obter novo consentimento do
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escri- titular de dados, basta informá-lo das alterações rea-
to, esse deverá constar de cláusula destacada lizadas, nas situações em que houver alguma modi-
das demais cláusulas contratuais.
ficação no que se trata da finalidade do tratamento
00

dos dados, da forma e duração do tratamento e da


5-

Quando o consentimento for obtido por escrito, a identificação do controlador ou, ainda, sobre infor-
21

lei determina que a cláusula seja inserida de forma mações acerca do uso compartilhado de dados pelo
.
70

destacada, para que seja facilmente identificada pelo controlador.


.4

titular. Isso se dá pois usualmente o usuário não lê as


49

cláusulas dos termos de uso; deste modo, é necessário Art. 9º O titular tem direito ao acesso facili-
-0

que o titular tenha total clareza sobre o que está con- tado às informações sobre o tratamento de
sentindo, devendo a cláusula de consentimento ficar
ar

seus dados, que deverão ser disponibilizadas de


separada das demais.
és

forma clara, adequada e ostensiva acerca de,


entre outras características previstas em regula-
C

§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de mentação para o atendimento do princípio do livre


o
dr

que o consentimento foi obtido em conformi- acesso:


Pe

dade com o disposto nesta Lei. I - finalidade específica do tratamento;


II - forma e duração do tratamento, observados os
Cabe ao controlador, utilizar os mecanismos devi- segredos comercial e industrial;
dos para a coleta de consentimento que permitam a III - identificação do controlador;
geração de evidências acerca da sua obtenção, vez IV - informações de contato do controlador;
que tais evidências devem ficar armazenadas durante V - informações acerca do uso compartilhado de
dados pelo controlador e a finalidade;
todo o período em que os dados estiverem armazena-
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o
dos, independentemente da finalidade.
tratamento; e
VII - direitos do titular, com menção explícita aos
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais direitos contidos no art. 18 desta Lei.
mediante vício de consentimento. § 1º Na hipótese em que o consentimento é requeri-
do, esse será considerado nulo caso as informações
Caso não houver nenhuma outra base legal que fornecidas ao titular tenham conteúdo engano-
legitime o tratamento dos dados pessoais e o consen- so ou abusivo ou não tenham sido apresentadas
timento tiver algum vício o tratamento dos dados não previamente com transparência, de forma clara e
244 poderá prosseguir. inequívoca.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 2º Na hipótese em que o consentimento é reque- O legítimo interesse encontra limites que estão
rido, se houver mudanças da finalidade para o tra- previstos na própria LGPD, que determina que ela
tamento de dados pessoais não compatíveis com somente poderá servir de fundamento para o trata-
o consentimento original, o controlador deverá
mento de dados pessoais quando baseado em finali-
informar previamente o titular sobre as mudanças
de finalidade, podendo o titular revogar o consenti-
dades legítimas.
mento, caso discorde das alterações. As finalidades legítimas refletem que somente os
§ 3º Quando o tratamento de dados pessoais for propósitos legítimos e também específicos, explícitos
condição para o fornecimento de produto ou de e informados ao titular justificarão o fundamento do
serviço ou para o exercício de direito, o titular será interesse legítimo.
informado com destaque sobre esse fato e sobre os Já na existência de situação concreta, o titular de
meios pelos quais poderá exercer os direitos do titu- dados deverá ter a efetiva expectativa de que seus
lar elencados no art. 18 desta Lei.
dados serão tratados, em razão da existência de rela-
ção prévia entre ele e o controlador.
O titular dos dados deve ter acesso às informações
atualizadas, claras e adequadas sobre o tratamento A LGPD apresenta um rol exemplificativo de situa-
dos seus dados pessoais, de modo a atender o princí- ções que podem configurar o legítimo interesse do
pio do livre acesso. controlador no tratamento de dados:
A LGPD apresenta um rol exemplificativo das
informações que devem ser prestadas pelos agentes
SITUAÇÕES QUE PODEM
de tratamentos de dados aos titulares. Acompanhe o
CONFIGURAR O LEGÍTIMO
fluxograma a seguir:
INTERESSE DO CONTROLADOR DE
DADOS
Finalidade específica do tratamento

Forma e duração do tratamento


Apoio e promoção de Proteção em relação
atividades do controlador ao titular do exercício
regular de seus direitos ou
Identificação do controlador
prestação de serviços que o
INFORMAÇÕES QUE beneficiem, respeitadas as
DEVEM SER PRESTADAS Informações acerca do legítimas expectativas deles
PELOS AGENTES DE compartilhamento de dados pelo e os direitos e liberdades
TRATAMENTO DE controlador e a finalidade fundamentais
DADOS AOS TITULARES
Informações de contato do
§ 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo
controlador
interesse do controlador, somente os dados pes-
Responsabilidade dos agentes de soais estritamente necessários para a finalidade
tratamento pretendida poderão ser tratados.
Direitos do titular com menção
Conforme o legítimo interesse do controlador,
00

expressa aos dispostos no art. 18,


da LGPD somente os dados que forem compatíveis e estrita-
5-

mente necessários para o cumprimento das finalida-


21

Caso o consentimento tenha algum vício ou tenha des poderão ser objeto de tratamento.
.
70

sido obtido sem que tenha havido prévia e extensa


.4

informação ao titular acerca dos propósitos da LGPD, § 2º O controlador deverá adotar medidas para
49

será considerado nulo. garantir a transparência do tratamento de


-0

Ademais, quando houver modificação da finalida- dados baseado em seu legítimo interesse.
ar

de pela qual os dados foram obtidos que não seja com-


és

patível com o consentimento já manifestado, o titular O tratamento de dados com base no legítimo inte-
C

deve ser informado acerca disso, não sendo necessá- resse deverá ser executado com transparência ante
o

rio renovar o seu consentimento. É importante lem- o titular, diante da confiança do titular de que seus
dr

brar que o titular poderá revogar o consentimento nas dados sejam tratados para a finalidade específica.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

situações em que não concordar com a nova situação.


Quando o tratamento de dados pessoais for condi-
§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao con-
ção para o fornecimento de produto ou de serviço ou
trolador relatório de impacto à proteção de dados
para o exercício de direito, o titular deve receber de
pessoais, quando o tratamento tiver como funda-
forma clara e destacada todas as informações para tal.
mento seu interesse legítimo, observados os segre-
Art. 10 O legítimo interesse do controlador somen- dos comercial e industrial.
te poderá fundamentar tratamento de dados pes-
soais para finalidades legítimas, consideradas a O referido documento trata-se dos processos de
partir de situações concretas, que incluem, mas não tratamento de dados que podem gerar riscos aos titu-
se limitam a: lares, identificando o que pode ser feito para miti-
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e gação desses riscos, vez que a autoridade poderá
II - proteção, em relação ao titular, do exercício
solicitar ao contador. A doutrina e a boa governança
regular de seus direitos ou prestação de serviços
que o beneficiem, respeitadas as legítimas expecta- em proteção de dados indicam que esse documento
tivas dele e os direitos e liberdades fundamentais, deve sempre estar pronto, o que tornará o tratamento
nos termos desta Lei. de dados mais seguro. 245
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Seção II — Do Tratamento de Dados Pessoais § 3º A comunicação ou o uso compartilhado de
Sensíveis dados pessoais sensíveis entre controladores
com objetivo de obter vantagem econômica
poderá ser objeto de vedação ou de regulamen-
Dados pessoais sensíveis são aqueles que têm rela-
tação por parte da autoridade nacional, ouvidos
ção com origem racial ou étnica, convicção religiosa, os órgãos setoriais do Poder Público, no âmbito de
opinião política, filiação a sindicato ou a organizações suas competências.
religiosas, filosóficas ou políticas, relação com fatores
referentes à saúde e vida sexual, dados genéticos ou, A comunicação ou o uso compartilhado de dados
ainda, dados biométricos. Essas características justifi- pessoais sensíveis entre controladores com o objetivo
cam a proteção extra que foi inserida pelo legislador, de obter vantagem econômica poderá sofrer vedações.
uma vez que o seu vazamento ou mau uso pode cau-
sar prejuízos irreparáveis ao titular dos dados. § 4º É vedada a comunicação ou o uso compar-
tilhado entre controladores de dados pessoais
O tratamento de dados pessoais sensíveis é mais
sensíveis referentes à saúde com objetivo de
restritivo, possuindo menos bases legais. obter vantagem econômica, exceto nas hipóte-
ses relativas a prestação de serviços de saúde,
Art. 11 O tratamento de dados pessoais sensíveis de assistência farmacêutica e de assistência
somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: à saúde, desde que observado o § 5º deste artigo,
I - quando o titular ou seu responsável legal con- incluídos os serviços auxiliares de diagnose e tera-
sentir, de forma específica e destacada, para finali- pia, em benefício dos interesses dos titulares de
dades específicas; dados, e para permitir:
II - sem fornecimento de consentimento do titular, I - a portabilidade de dados quando solicitada
nas hipóteses em que for indispensável para: pelo titular; ou
II - as transações financeiras e administrati-
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória
vas resultantes do uso e da prestação dos serviços
pelo controlador; de que trata este parágrafo.
b) tratamento compartilhado de dados necessários
à execução, pela administração pública, de políti- Via de regra, os dados de saúde não poderão ser
cas públicas previstas em leis ou regulamentos; compartilhados entre controladores em casos nos
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, quais o objetivo seja de vantagem econômica. Entre-
garantida, sempre que possível, a anonimização tanto, há algumas exceções que permitem o uso des-
dos dados pessoais sensíveis; ses dados para fins econômicos, desde que isso ocorra
d) exercício regular de direitos, inclusive em con- com o objetivo de prestação de serviços de saúde, de
trato e em processo judicial, administrativo e arbi- assistência farmacêutica e de saúde e que isso se dê
tral, este último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de em benefício dos titulares.
setembro de 1996 (Lei de Arbitragem); Também são trazidas outras duas situações em
e) proteção da vida ou da incolumidade física do que os dados de saúde poderão ser comunicados ou
titular ou de terceiro; compartilhados: casos de portabilidade de dados e em
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimen- transações financeiras e administrativas resultantes
to realizado por profissionais de saúde, serviços de do uso e da prestação dos serviços.
saúde ou autoridade sanitária; ou
00

g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do § 5º É vedado às operadoras de planos privados de


5-

titular, nos processos de identificação e autentica- assistência à saúde o tratamento de dados de saúde
21

ção de cadastro em sistemas eletrônicos, resguar- para a prática de seleção de riscos na contratação
.

de qualquer modalidade, assim como na contrata-


70

dados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei


ção e exclusão de beneficiários.
.4

e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberda-


49

des fundamentais do titular que exijam a proteção


As operadoras de planos de saúde não poderão
-0

dos dados pessoais.


tratar dados para a prática de seleção de riscos na
§ 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer
ar

contratação, assim como na contratação e exclusão de


tratamento de dados pessoais que revele dados pes-
és

beneficiários. Isso foi feito para evitar o cruzamento


soais sensíveis e que possa causar dano ao titular,
C

de informações para práticas que possam ser enten-


ressalvado o disposto em legislação específica.
o

didas como injustas, algo que já é consolidado nesse


dr

tipo de mercado.
Pe

As disposições desse artigo se aplicam amplamen-


te, inclusive nas situações em que o tratamento de Art. 12 Os dados anonimizados não serão con-
dados pessoais puder revelar dados sensíveis, salvo se siderados dados pessoais para os fins desta Lei,
houver disposição em contrário em lei específica. salvo quando o processo de anonimização ao qual
foram submetidos for revertido, utilizando exclusi-
§ 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas vamente meios próprios, ou quando, com esforços
razoáveis, puder ser revertido.
“a” e “b” do inciso II do caput deste artigo pelos
órgãos e pelas entidades públicas, será dada publi-
cidade à referida dispensa de consentimento, nos
A anonimização dos dados pessoais é o proces-
so pelo qual se retira dos dados pessoais qualquer
termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei.
elemento que possa conectá-lo ao seu titular. Assim
sendo, o dado anonimizado é aquele que não pode
As entidades públicas que realizarem o tratamen- ser identificado, considerando a utilização de meios
to de dados sensíveis para cumprimento de obrigação técnicos razoáveis e disponíveis em seu tratamento.
legal ou regulatória, bem como para a execução de Portanto, quando estivermos diante de dados não
política pública, deverão dar ampla publicidade à dis- identificáveis de uma pessoa natural, eles não serão
246 pensa de consentimento. tidos como dados pessoais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º A determinação do que seja razoável deve levar O artigo trata ainda da pseudominação de forma
em consideração fatores objetivos, tais como cus- expressa, recomendando o seu uso nos estudos em
to e tempo necessários para reverter o processo de saúde pública que tratam de dados sensíveis. Nesse
anonimização, de acordo com as tecnologias dispo- mesmo artigo, a lei conceitua que a pseudominação
níveis, e a utilização exclusiva de meios próprios. é o meio pelo qual um dado perde a possibilidade de
associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão
Para a determinação do esforço razoável, serão pelo uso de informação adicional mantida separa-
levados em consideração o custo e o tempo neces-
damente pelo controlador em ambiente controlado e
sários para reversão do processo, considerando a
seguro, sendo relevante a leitura dos parágrafos do
tecnologia e o uso exclusivo de meios próprios para
referido artigo para melhor fixação dos seus estudos.
reverter o processo de anonimização.
Seção III — Do Tratamento de Dados Pessoais de
§ 2º Poderão ser igualmente considerados como
dados pessoais, para os fins desta Lei, aqueles utili- Crianças e de Adolescentes
zados para formação do perfil comportamental de
determinada pessoa natural, se identificada. Art. 14 O tratamento de dados pessoais de
crianças e de adolescentes deverá ser realiza-
Existe também a hipótese em que os dados colhi- do em seu melhor interesse, nos termos deste
dos foram utilizados para a formação de um perfil artigo e da legislação pertinente.
comportamental de determinada pessoa; assim, caso § 1º O tratamento de dados pessoais de crianças
essa pessoa seja identificada, os dados poderão ser deverá ser realizado com o consentimento espe-
considerados como dados pessoais. cífico e em destaque dado por pelo menos um
dos pais ou pelo responsável legal.
§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º des-
§ 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre
te artigo, os controladores deverão manter pública
padrões e técnicas utilizados em processos de ano-
nimização e realizar verificações acerca de sua a informação sobre os tipos de dados coletados, a
segurança, ouvido o Conselho Nacional de Prote- forma de sua utilização e os procedimentos para o
ção de Dados Pessoais. exercício dos direitos a que se refere o art. 18 desta
Lei.
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados tam-
crianças sem o consentimento a que se refere o
bém terá a função de dispor sobre padrões e técnicas
§ 1º deste artigo quando a coleta for necessária
acerca da anonimização, determinando o que deverá
para contatar os pais ou o responsável legal,
ser entendido como esforço razoável.
utilizados uma única vez e sem armazenamen-
to, ou para sua proteção, e em nenhum caso
Art. 13 Na realização de estudos em saúde públi-
poderão ser repassados a terceiro sem o con-
ca, os órgãos de pesquisa poderão ter acesso a
sentimento de que trata o § 1º deste artigo.
bases de dados pessoais, que serão tratados
§ 4º Os controladores não deverão condicionar a
exclusivamente dentro do órgão e estritamen-
te para a finalidade de realização de estudos e participação dos titulares de que trata o § 1º deste
pesquisas e mantidos em ambiente controlado artigo em jogos, aplicações de internet ou outras ati-
e seguro, conforme práticas de segurança previstas vidades ao fornecimento de informações pessoais
00

em regulamento específico e que incluam, sempre além das estritamente necessárias à atividade.
5-

que possível, a anonimização ou pseudonimização § 5º O controlador deve realizar todos os esforços


21

dos dados, bem como considerem os devidos padrões razoáveis para verificar que o consentimento a que
.

éticos relacionados a estudos e pesquisas. se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo respon-
70

§ 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer sável pela criança, consideradas as tecnologias


.4

excerto do estudo ou da pesquisa de que trata o disponíveis.


49

caput deste artigo em nenhuma hipótese poderá § 6º As informações sobre o tratamento de dados
-0

revelar dados pessoais. referidas neste artigo deverão ser fornecidas de


ar

§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela maneira simples, clara e acessível, consideradas as
és

segurança da informação prevista no caput deste características físico-motoras, perceptivas, senso-


C

artigo, não permitida, em circunstância alguma, a riais, intelectuais e mentais do usuário, com uso de
o

transferência dos dados a terceiro. recursos audiovisuais quando adequado, de forma


dr

§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo a proporcionar a informação necessária aos pais
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

será objeto de regulamentação por parte da autori- ou ao responsável legal e adequada ao entendimen-
dade nacional e das autoridades da área de saúde e to da criança.
sanitárias, no âmbito de suas competências.
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimiza- A LGPD autoriza o tratamento de dados pessoais de
ção é o tratamento por meio do qual um dado
crianças e adolescentes desde que isso seja realizado
perde a possibilidade de associação, direta ou
indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de infor-
em seu melhor interesse, sendo necessário o consen-
mação adicional mantida separadamente pelo con- timento inequívoco de um dos pais ou responsáveis,
trolador em ambiente controlado e seguro. vez que a proteção integral é um dos fundamentos do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
O art. 13 dispõe sobre o tratamento de dados pes- Embora o consentimento seja regra, há duas exce-
soais por órgãos de pesquisa no que tange a questões ções, previstas no § 2º, do art. 14, em que o consenti-
de saúde pública. Nesses casos, os órgãos de pesquisa mento não é exigido:
poderão ter acesso ao banco de dados pessoais, desde
que a sua finalidade seja estudo e pesquisa. Os dados z Quando houver a necessidade de entrar em conta-
serão tratados exclusivamente dentro do órgão e to com os pais ou com o responsável pela criança
mantidos em ambiente controlado e seguro. ou adolescente; 247
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Quando os dados forem necessários para proteger Cumprimento de obrigação legal
o titular menor de idade. ou regulatória pelo controlador

Ademais, há um grande cuidado em garantir que Estudo por órgão de pesquisa,


garantida, sempre que possível, a
os dados pessoais de crianças e adolescentes não anonimização dos dados pessoais
sejam coletados além do estritamente necessário. Nos HIPÓTESES QUE SÃO
dias atuais, é comum que aplicativos e jogos possuam AUTORIZADAS A
Transferência a terceiro, desde
CONSERVAÇÃO DOS
“termos de uso” para que sejam utilizados. Nesse caso, DADOS APÓS O TÉRMINO que respeitados os requisitos de
o compartilhamento de dados não essenciais não pode DO TRATAMENTO tratamento de dados dispostos na
LGPD
ser requisito para que o titular possa utilizá-los.

Seção IV — Do Término do Tratamento de Dados O uso exclusivo do controlador,


vedado seu acesso por terceiro, e
Art. 15 O término do tratamento de dados pes- desde que anonimizados os dados
soais ocorrerá nas seguintes hipóteses:
I - verificação de que a finalidade foi alcançada
ou de que os dados deixaram de ser necessários CAPÍTULO IV — DO TRATAMENTO DE DADOS
ou pertinentes ao alcance da finalidade específica PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO
almejada;
II - fim do período de tratamento; A atividade administrativa realizada pelo Estado
III - comunicação do titular, inclusive no exercício está atrelada à gestão de uma série de dados sensí-
de seu direito de revogação do consentimento con- veis. Desta forma, tanto a coleta e o tratamento de
forme disposto no § 5º do art. 8º desta Lei, resguar- dados pessoais quanto a execução de políticas públi-
dado o interesse público; ou cas decorrentes das relações entre Estado e cidadãos
IV - determinação da autoridade nacional, quando foram temas abordados pela LGPD. Neste sentido, o
houver violação ao disposto nesta Lei. Capítulo IV regulamenta o tratamento de dados pes-
soais pelo Poder Público, determinando as hipóteses
A LGPD elenca as hipóteses de término do trata- legais em que o Estado pode tratar dos dados pessoais.
mento de dados pessoais. Para melhor fixação deste
conteúdo, observe o fluxograma a seguir: Seção I — Das Regras

A finalidade foi alcançada ou de Art. 23 O tratamento de dados pessoais pelas


que os dados deixaram de ser pessoas jurídicas de direito público referidas no
necessários ou pertinentes ao parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18
alcance da finalidade específica de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informa-
almejada ção), deverá ser realizado para o atendimento de
sua finalidade pública, na persecução do interesse
Com o fim do tratamento de dados público, com o objetivo de executar as competên-
HIPÓTESES DO TÉRMINO
cias legais ou cumprir as atribuições legais do ser-
DO TRATAMENTO DE O titular comunicou, exercendo
viço público, desde que:
DADOS o seu direito de revogação do
00

I - sejam informadas as hipóteses em que, no exer-


consentimento conforme disposto
cício de suas competências, realizam o tratamento
5-

no § 5º do art. 8º desta Lei,


21

de dados pessoais, fornecendo informações claras e


resguardado o interesse público
atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade, os
.
70

Por determinação da autoridade procedimentos e as práticas utilizadas para a exe-


.4

nacional, quando houver violação cução dessas atividades, em veículos de fácil aces-
49

ao disposto na LGPD so, preferencialmente em seus sítios eletrônicos;


-0

III - seja indicado um encarregado quando realiza-


rem operações de tratamento de dados pessoais,
ar

Art. 16 Os dados pessoais serão eliminados após nos termos do art. 39 desta Lei;
és

o término de seu tratamento, no âmbito e nos limi-


C

tes técnicos das atividades, autorizada a conserva-


O referido dispositivo de lei não faz menção ao
o

ção para as seguintes finalidades:


dr

compartilhamento de dados, tampouco alude a dados


I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória
Pe

sensíveis (dados que informem raça, etnia, dados


pelo controlador;
genéticos ou biométricos etc.). O art. 23, da LGPD,
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre
aborda o tratamento dos dados pessoais dos cida-
que possível, a anonimização dos dados pessoais;
dãos pelo Poder Público, considerando que isso pode
III - transferência a terceiro, desde que respeitados
ser realizado quando existir finalidade de interesse
os requisitos de tratamento de dados dispostos nes-
público.
ta Lei; ou
Para a maior compreensão do artigo acima, acom-
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu aces-
panhe a seguir o mencionado parágrafo único, do art.
so por terceiro, e desde que anonimizados os dados.
1º, da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011:
O cuidado com a proteção dos dados pessoais
Art. 1º (Lei nº 12.527, de 2011) [...]
deve seguir desde a coleta até o seu encerramen-
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta
to, por isso, a eliminação dos dados deve ser realiza-
Lei:
da com muita cautela, tanto com dados físicos quanto I - os órgãos públicos integrantes da administração
com os digitais, sendo permitida a conservação nas direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluin-
hipóteses elencadas no fluxograma a seguir, trazido do as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério
248 para auxiliar nos seus estudos: Público;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - as autarquias, as fundações públicas, as empre- § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empre-
sas públicas, as sociedades de economia mista e sa pública, da sociedade de economia mista e de
demais entidades controladas direta ou indire- suas subsidiárias que explorem atividade econômi-
tamente pela União, Estados, Distrito Federal e ca de produção ou comercialização de bens ou de
Municípios. prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo
Voltando ao estudo da LGPD: Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empre-
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as sas privadas, inclusive quanto aos direitos e obri-
formas de publicidade das operações de tratamento. gações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pes- III - licitação e contratação de obras, serviços,
soas jurídicas mencionadas no caput deste artigo compras e alienações, observados os princípios da
de instituir as autoridades de que trata a Lei nº administração pública;
12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos
à Informação). de administração e fiscal, com a participação de
§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos acionistas minoritários;
direitos do titular perante o Poder Público observa- V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a
rão o disposto em legislação específica, em especial responsabilidade dos administradores.
as disposições constantes da Lei nº 9.507, de 12 de 9§ 2º As empresas públicas e as sociedades de eco-
novembro de 1997 (Lei do Habeas Data), da Lei nº nomia mista não poderão gozar de privilégios fis-
9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do Pro- cais não extensivos às do setor privado.
cesso Administrativo), e da Lei nº 12.527, de 18 de § 3º A lei regulamentará as relações da empresa
novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação). pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que
caráter privado, por delegação do Poder Público, vise à dominação dos mercados, à eliminação da
terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
jurídicas referidas no caput deste artigo, nos ter- § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade indivi-
mos desta Lei. dual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem for- a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições
necer acesso aos dados por meio eletrônico para a compatíveis com sua natureza, nos atos praticados
administração pública, tendo em vista as finalida- contra a ordem econômica e financeira e contra a
des de que trata o caput deste artigo. economia popular.

Para proceder ao tratamento de dados, as pessoas Retomando o estudo dos artigos da LGPD, acompa-
jurídicas de direito público devem, no exercício de nhe o art. 25:
suas competências, informar de modo claro e atuali-
zado qual a base de dados que autoriza o tratamento, Art. 25 Os dados deverão ser mantidos em formato
bem como os procedimentos e as práticas utilizadas interoperável e estruturado para o uso comparti-
para isso, vez que também a autoridade nacional lhado, com vistas à execução de políticas públicas,
(ANPD) poderá dispor sobre as formas de publicidade à prestação de serviços públicos, à descentraliza-
das operações de tratamento de dados. ção da atividade pública e à disseminação e ao
00

É importante ressaltar que as pessoas jurídicas acesso das informações pelo público em geral.
5-

de direito público deverão indicar um encarregado


21

quando realizarem o tratamento de dados, um DPO, Conforme a LGPD determina, os dados devem
.
70

que fará a ponte com o controlador, os titulares de ser armazenados de forma interoperável, ou seja,
.4

dados e a ANPD, sendo fundamental a leitura do art. em formato aberto, que permita o seu consumo por
49

23 para compreensão desse conteúdo. outros órgãos ou entes públicos, inclusive mediante
-0

a integração de sistemas, devendo ser observadas as


Art. 24 As empresas públicas e as sociedades de premissas técnicas viabilizando as finalidades especí-
ar

ficas, previstas no rol taxativo: a execução de políticas


és

economia mista que atuam em regime de concor-


rência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constitui- públicas, a prestação de serviços públicos, a descen-
C

ção Federal, terão o mesmo tratamento dispensado tralização da atividade pública, a disseminação e o
o
dr

às pessoas jurídicas de direito privado particulares, acesso das informações pelo público em geral.
Pe

nos termos desta Lei.


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Parágrafo único. As empresas públicas e as socie- Art. 26 O uso compartilhado de dados pessoais
dades de economia mista, quando estiverem ope- pelo Poder Público deve atender a finalidades espe-
racionalizando políticas públicas e no âmbito da cíficas de execução de políticas públicas e atribui-
execução delas, terão o mesmo tratamento dispen- ção legal pelos órgãos e pelas entidades públicas,
sado aos órgãos e às entidades do Poder Público, respeitados os princípios de proteção de dados pes-
nos termos deste Capítulo. soais elencados no art. 6º desta Lei.
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entida-
Acompanhe a seguir o art. 173, da CF, de 1988, des privadas dados pessoais constantes de bases de
mencionado no art. 24, da LGPD: dados a que tenha acesso, exceto:
I - em casos de execução descentralizada de ativida-
Art. 173 (CF, de 1988) Ressalvados os casos pre- de pública que exija a transferência, exclusivamente
vistos nesta Constituição, a exploração direta de para esse fim específico e determinado, observado
atividade econômica pelo Estado só será permitida o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
quando necessária aos imperativos da segurança 2011 (Lei de Acesso à Informação);
nacional ou a relevante interesse coletivo, confor- III - nos casos em que os dados forem acessíveis
me definidos em lei. publicamente, observadas as disposições desta Lei. 249
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - quando houver previsão legal ou a transferên- Seção II — Da Responsabilidade
cia for respaldada em contratos, convênios ou ins-
trumentos congêneres; ou Art. 31 Quando houver infração a esta Lei em decor-
V - na hipótese de a transferência dos dados obje- rência do tratamento de dados pessoais por órgãos
tivar exclusivamente a prevenção de fraudes e públicos, a autoridade nacional poderá enviar infor-
irregularidades, ou proteger e resguardar a segu- me com medidas cabíveis para fazer cessar a violação.
rança e a integridade do titular dos dados, desde
que vedado o tratamento para outras finalidades. Destaca-se que a ANPD possui poder normativo,
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º o que implica que o órgão pode emitir regulamentos
deste artigo deverão ser comunicados à autoridade complementares — informes, contendo as medidas
nacional. cabíveis, para fazer cessar a violação.

Art. 32 A autoridade nacional poderá solicitar a


Diante da possibilidade de compartilhamento de
agentes do Poder Público a publicação de relatórios
dados pessoais entre as bases de dados sob controle de impacto à proteção de dados pessoais e sugerir a
do Poder Público entre entes públicos, a LGPD afirma adoção de padrões e de boas práticas para os trata-
que todas as operações devem seguir os principais mentos de dados pessoais pelo Poder Público.
requisitos já estudados anteriormente, sendo eles:
a existência de finalidade, a existência de base legal Diante da constatação da ocorrência de infração
para os entes envolvidos e a validação do comparti- por órgão ou ente do Poder Público, a ANPD pode
lhamento. Isso posto, é fundamental a leitura do art. enviar um documento chamado relatório de impac-
26 para a complementação dos seus estudos. to, com medidas cabíveis para fazer cessar a violação.
Porém, é importante destacar que não há previsão em
Art. 27 A comunicação ou o uso compartilhado de qualquer dispositivo da LGPD sobre possibilidade de
dados pessoais de pessoa jurídica de direito público a ANPD enviar semelhante relatório para as pessoas
a pessoa de direito privado será informado à auto- jurídicas de direito privado.
ridade nacional e dependerá de consentimento do
titular, exceto:
I - nas hipóteses de dispensa de consentimento pre-
vistas nesta Lei; LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO: LEI Nº
II - nos casos de uso compartilhado de dados, em
que será dada publicidade nos termos do inciso I do
12.846, DE 2013 E DECRETO Nº 11.129,
caput do art. 23 desta Lei; ou DE 11 JULHO, DE 2022
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta
Lei. LEI Nº 12.846, DE 2013 — A LEI ANTICORRUPÇÃO
Parágrafo único. A informação à autoridade nacio-
nal de que trata o caput deste artigo será objeto de A Lei nº 12.846, de 2013, conhecida como Lei Anti-
regulamentação. corrupção, dispõe sobre a responsabilização admi-
Art. 28 (Revogado) nistrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática
Art. 29 A autoridade nacional poderá solicitar, a de atos contra a administração pública, seja ela
qualquer momento, aos órgãos e às entidades do nacional ou estrangeira. Nos termos:
00

poder público a realização de operações de trata-


5-

mento de dados pessoais, informações específicas Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a responsabilização
21

sobre o âmbito e a natureza dos dados e outros objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas
.

pela prática de atos contra a administração públi-


70

detalhes do tratamento realizado e poderá emi-


ca, nacional ou estrangeira.
.4

tir parecer técnico complementar para garantir o Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei às
49

cumprimento desta Lei. sociedades empresárias e às sociedades simples,


-0

Art. 30 A autoridade nacional poderá estabele- personificadas ou não, independentemente da for-


cer normas complementares para as atividades ma de organização ou modelo societário adotado,
ar

de comunicação e de uso compartilhado de dados bem como a quaisquer fundações, associações de


és

pessoais. entidades ou pessoas, ou sociedades estrangeiras,


C

que tenham sede, filial ou representação no terri-


o

tório brasileiro, constituídas de fato ou de direito,


dr

Para ocorrer a transferência de dados de um ente


ainda que temporariamente.
Pe

público para um particular, basta estabelecer que nas


hipóteses de uso compartilhado de dados entre o ente
De acordo com a lei, constituem atos lesivos à
público e o privado na transferência, a LGPD exige,
administração pública todos aqueles praticados por
como regra, a obtenção do consentimento do titular pessoas jurídicas que atentem contra o patrimônio
dos dados pessoais. público nacional ou estrangeiro, contra princípios da
O consentimento para compartilhamento de dados administração pública ou contra os compromissos
pessoais deve ser específico para essa finalidade, não internacionais assumidos pelo Brasil. Esses atos lesi-
bastando ao controlador tê-lo colhido para outras vos são definidos no art. 5º:
modalidades de tratamento.
A comunicação, ou o uso compartilhado de dados Art. 5º Constituem atos lesivos à administração
pessoais de pessoa jurídica de direito público a pes- pública, nacional ou estrangeira, para os fins desta
soa de direito privado, será informada à autoridade Lei, todos aqueles praticados pelas pessoas jurídi-
cas mencionadas no parágrafo único do art. 1º, que
nacional e dependerá de consentimento do titular. As atentem contra o patrimônio público nacional ou
exceções estão previstas no art. 27, sendo também os estrangeiro, contra princípios da administração
arts. 29 e 30 autoexplicativos acerca das atuações da pública ou contra os compromissos internacionais
250 ANPD nesses aspectos. assumidos pelo Brasil, assim definidos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamen- Art. 8º […]
te, vantagem indevida a agente público, ou a tercei- § 2º No âmbito do Poder Executivo federal, a Con-
ra pessoa a ele relacionada; troladoria-Geral da União - CGU terá competência
II - comprovadamente, financiar, custear, patroci- concorrente para instaurar processos administra-
nar ou de qualquer modo subvencionar a prática tivos de responsabilização de pessoas jurídicas ou
dos atos ilícitos previstos nesta Lei; para avocar os processos instaurados com funda-
III - comprovadamente, utilizar-se de interposta mento nesta Lei, para exame de sua regularidade
pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimular ou para corrigir-lhes o andamento.
seus reais interesses ou a identidade dos beneficiá-
rios dos atos praticados; Serão aplicadas às pessoas jurídicas, consideradas
IV - no tocante a licitações e contratos: responsáveis pelos atos lesivos previstos na lei, as
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combina- sanções de multa e de publicação extraordinária
ção ou qualquer outro expediente, o caráter compe- da decisão condenatória, as custas da pessoa jurídi-
titivo de procedimento licitatório público; ca, em meios de comunicação de grande circulação
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de na área da prática da infração e de atuação da pessoa
qualquer ato de procedimento licitatório público; jurídica ou, na sua falta, em publicação de circulação
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de nacional, além da afixação de edital, pelo prazo
fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer mínimo de 30 dias, no próprio estabelecimento ou
tipo; no local de exercício da atividade, de modo visível
d) fraudar licitação pública ou contrato dela ao público, e no site da empresa na internet.
decorrente; A multa, que irá variar de 0,1% a 20% do fatu-
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa ramento bruto do último exercício anterior ao da
jurídica para participar de licitação pública ou instauração do processo administrativo, excluídos
celebrar contrato administrativo; os tributos, nunca será inferior à vantagem auferida,
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo quando for possível sua estimação. Vejamos:
fraudulento, de modificações ou prorrogações de
contratos celebrados com a administração públi- Art. 6º Na esfera administrativa, serão aplicadas
ca, sem autorização em lei, no ato convocatório da às pessoas jurídicas consideradas responsáveis
licitação pública ou nos respectivos instrumentos pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes
contratuais; ou sanções:
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-fi- I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por
nanceiro dos contratos celebrados com a adminis- cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento
tração pública; bruto do último exercício anterior ao da ins-
V - dificultar atividade de investigação ou fiscali- tauração do processo administrativo, excluídos
zação de órgãos, entidades ou agentes públicos, ou os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem
auferida, quando for possível sua estimação; e
intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das
II - publicação extraordinária da decisão
agências reguladoras e dos órgãos de fiscalização
condenatória.
do sistema financeiro nacional.
§ 1º As sanções serão aplicadas fundamentadamen-
te, isolada ou cumulativamente, de acordo com as
Na esfera administrativa, a instauração e o jul- peculiaridades do caso concreto e com a gravidade
00

gamento de processo administrativo, para apuração e natureza das infrações.


5-

da responsabilidade de pessoa jurídica, se dão através § 2º A aplicação das sanções previstas neste artigo
21

de um procedimento denominado Processo Admi- será precedida da manifestação jurídica elaborada


.
70

nistrativo de Responsabilização (PAR), cuja ação de pela Advocacia Pública ou pelo órgão de assistên-
cia jurídica, ou equivalente, do ente público.
.4

ofício ou mediante provocação, observados o contra-


49

ditório e a ampla defesa, cabe à autoridade máxima § 3º A aplicação das sanções previstas neste artigo
não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da
-0

de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo,


reparação integral do dano causado.
Legislativo e Judiciário. Veja os dispositivos:
ar

§ 4º Na hipótese do inciso I do caput, caso não seja


és

possível utilizar o critério do valor do faturamen-


C

Art. 8º A instauração e o julgamento de proces- to bruto da pessoa jurídica, a multa será de R$


o

so administrativo para apuração da responsa- 6.000,00 (seis mil reais) a R$ 60.000.000,00 (sessen-
dr

bilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade ta milhões de reais).


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

máxima de cada órgão ou entidade dos Pode- § 5º A publicação extraordinária da decisão


res Executivo, Legislativo e Judiciário, que agi- condenatória ocorrerá na forma de extrato de
rá de ofício ou mediante provocação, observados o sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios
contraditório e a ampla defesa. de comunicação de grande circulação na área da
§ 1º A competência para a instauração e o julga- prática da infração e de atuação da pessoa jurídica
mento do processo administrativo de apuração ou, na sua falta, em publicação de circulação nacio-
de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser nal, bem como por meio de afixação de edital, pelo
delegada, vedada a subdelegação. […] prazo mínimo de 30 (trinta) dias, no próprio esta-
belecimento ou no local de exercício da atividade,
No âmbito do Poder Executivo federal, a Contro- de modo visível ao público, e no sítio eletrônico na
rede mundial de computadores.
ladoria-Geral da União (CGU) tem competência
Art. 7º Serão levados em consideração na aplica-
concorrente para instaurar Processos Administrati- ção das sanções:
vos de Responsabilização de pessoas jurídicas ou para I - a gravidade da infração;
avocar os processos já instaurados, para exame de sua II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
regularidade ou para corrigir o seu andamento. Nos III - a consumação ou não da infração;
termos: IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; 251
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
V - o efeito negativo produzido pela infração; I - a identificação dos demais envolvidos na infra-
VI - a situação econômica do infrator; ção, quando couber; e
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apura- II - a obtenção célere de informações e documentos
ção das infrações; que comprovem o ilícito sob apuração.
VIII - a existência de mecanismos e procedimen- § 1º O acordo de que trata o caput somente poderá
tos internos de integridade, auditoria e incentivo ser celebrado se preenchidos, cumulativamente, os
à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva seguintes requisitos:
de códigos de ética e de conduta no âmbito da pes- I - a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar
soa jurídica; sobre seu interesse em cooperar para a apuração
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa do ato ilícito;
jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; e II - a pessoa jurídica cesse completamente seu
Parágrafo único. Os parâmetros de avaliação de
envolvimento na infração investigada a partir da
mecanismos e procedimentos previstos no inciso
data de propositura do acordo;
VIII do caput serão estabelecidos em regulamento
III - a pessoa jurídica admita sua participação no
do Poder Executivo federal.
ilícito e coopere plena e permanentemente com as
investigações e o processo administrativo, compa-
Cabe ressaltar que a responsabilidade da pessoa
recendo, sob suas expensas, sempre que solicitada,
jurídica na esfera administrativa, no entanto, não a todos os atos processuais, até seu encerramento.
afasta a possibilidade de sua responsabilização na §2º A celebração do acordo de leniência isentará a
esfera judicial. Veja: pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II
do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em até
Art. 18 Na esfera administrativa, a responsabilida- 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável.
de da pessoa jurídica não afasta a possibilidade de § 3º O acordo de leniência não exime a pessoa jurí-
sua responsabilização na esfera judicial. dica da obrigação de reparar integralmente o dano
causado.
Em razão da prática de atos previstos na lei, a União, § 4º O acordo de leniência estipulará as condições
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio necessárias para assegurar a efetividade da colabo-
das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos de ração e o resultado útil do processo.
representação judicial, ou equivalentes, e o Ministério § 5º Os efeitos do acordo de leniência serão esten-
Público, poderão ajuizar ação com vistas à aplicação de didos às pessoas jurídicas que integram o mesmo
sanções às pessoas jurídicas infratoras. Veja: grupo econômico, de fato e de direito, desde que
firmem o acordo em conjunto, respeitadas as con-
Art. 19 Em razão da prática de atos previstos no dições nele estabelecidas.
art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o Distrito § 6º A proposta de acordo de leniência somente se
Federal e os Municípios, por meio das respectivas tornará pública após a efetivação do respectivo
Advocacias Públicas ou órgãos de representação acordo, salvo no interesse das investigações e do
judicial, ou equivalentes, e o Ministério Público, processo administrativo.
poderão ajuizar ação com vistas à aplicação das § 7º Não importará em reconhecimento da prática
seguintes sanções às pessoas jurídicas infratoras: do ato ilícito investigado a proposta de acordo de
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que
leniência rejeitada.
representem vantagem ou proveito direta ou indi-
§ 8º Em caso de descumprimento do acordo de
retamente obtidos da infração, ressalvado o direito
leniência, a pessoa jurídica ficará impedida de cele-
00

do lesado ou de terceiro de boa-fé;


brar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos con-
II - suspensão ou interdição parcial de suas
5-

atividades; tados do conhecimento pela administração pública


21

III - dissolução compulsória da pessoa jurídica; do referido descumprimento.


.
70

IV - proibição de receber incentivos, subsídios, § 9º A celebração do acordo de leniência interrom-


.4

subvenções, doações ou empréstimos de órgãos pe o prazo prescricional dos atos ilícitos previstos
49

ou entidades públicas e de instituições financeiras nesta Lei.


-0

públicas ou controladas pelo poder público, pelo § 10 A Controladoria-Geral da União - CGU é o


prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos. órgão competente para celebrar os acordos de
ar

§ 1º A dissolução compulsória da pessoa jurídica leniência no âmbito do Poder Executivo federal,


és

será determinada quando comprovado: bem como no caso de atos lesivos praticados contra
C

I - ter sido a personalidade jurídica utilizada de for- a administração pública estrangeira.


o

ma habitual para facilitar ou promover a prática de


dr

atos ilícitos; ou DECRETO Nº 8.420, DE 2015


Pe

II - ter sido constituída para ocultar ou dissimular


interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários
O Decreto nº 8.420, de 2015, regulamentou a res-
dos atos praticados.
ponsabilização objetiva administrativa de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração
A lei ainda estabelece sobre o Acordo de Leniência,
pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº
que é um acordo celebrado pela autoridade máxima
de cada órgão ou entidade pública com as pessoas 12.846, de 2013, no âmbito da administração pública
jurídicas responsáveis pela prática de atos previstos federal.
nessa lei, de modo que o infrator colabore nas investi- O decreto definiu que a autoridade competente
gações e no próprio processo administrativo. Veja: para instauração do Processo Administrativo de
Responsabilização. Veja:
Art. 16 A autoridade máxima de cada órgão ou enti-
dade pública poderá celebrar acordo de leniência Art. 3º A competência para a instauração e para o
com as pessoas jurídicas responsáveis pela prática julgamento do PAR é da autoridade máxima da
dos atos previstos nesta Lei que colaborem efetiva- entidade em face da qual foi praticado o ato
mente com as investigações e o processo adminis- lesivo, ou, em caso de órgão da administração
252 trativo, sendo que dessa colaboração resulte: direta, do seu Ministro de Estado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Parágrafo único. A competência de que trata o Em entidades da administração pública federal,
caput será exercida de ofício ou mediante pro- cujos quadros funcionais não sejam formados por
vocação e poderá ser delegada, sendo vedada servidores estatutários, a comissão será composta por
a subdelegação. dois ou mais empregados públicos, preferencialmen-
te com, no mínimo, três anos de tempo de serviço na
Veja o que dispõe o art. 4º: entidade.

Art. 4º A autoridade competente para instaura- Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autorida-
ção do PAR, ao tomar ciência da possível ocorrên- de designará comissão, composta por dois ou mais
cia de ato lesivo à administração pública federal, servidores estáveis, que avaliará fatos e circunstân-
em sede de juízo de admissibilidade e mediante des-
cias conhecidos e intimará a pessoa jurídica para,
pacho fundamentado, decidirá:
no prazo de trinta dias, apresentar defesa escrita e
I - pela abertura de investigação preliminar;
especificar eventuais provas que pretende produzir.
II - pela instauração de PAR; ou
§ 1º Em entidades da administração pública federal
III - pelo arquivamento da matéria.
cujos quadros funcionais não sejam formados por
servidores estatutários, a comissão a que se refe-
No caso de abertura de investigação preliminar, re o caput será composta por dois ou mais empre-
essa terá caráter sigiloso e não punitivo e será desti- gados públicos, preferencialmente com no mínimo
nada à apuração de indícios de autoria e materiali- três anos de tempo de serviço na entidade.
dade de atos lesivos à administração pública federal. § 2º Na hipótese de deferimento de pedido de produ-
Essa investigação preliminar deverá ser conduzida ção de novas provas ou de juntada de provas julga-
por comissão composta por dois ou mais servidores das indispensáveis pela comissão, a pessoa jurídica
efetivos. Nos termos: poderá apresentar alegações finais no prazo de dez
dias, contado da data do deferimento ou da intima-
§ 1º A investigação de que trata o inciso I do caput ção de juntada das provas pela comissão.
terá caráter sigiloso e não punitivo e será desti- § 3º Serão recusadas, mediante decisão fundamen-
nada à apuração de indícios de autoria e materiali- tada, provas propostas pela pessoa jurídica que
dade de atos lesivos à administração pública federal. sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias, prote-
latórias ou intempestivas.
Em entidades da administração pública federal, § 4º Caso a pessoa jurídica apresente em sua defesa
cujos quadros funcionais não sejam formados por informações e documentos referentes à existência
servidores estatutários, a comissão será composta por e ao funcionamento de programa de integridade,
dois ou mais empregados públicos. O prazo para con- a comissão processante deverá examiná-lo segun-
clusão da investigação preliminar não deverá ultra- do os parâmetros indicados no Capítulo IV, para a
passar sessenta dias, mas poderá ser prorrogado dosimetria das sanções a serem aplicadas.
por igual período, mediante solicitação justificada
do presidente da comissão à autoridade instauradora. A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por
meio de seus representantes legais ou procuradores,
§ 2º A investigação preliminar será conduzida por sendo assegurado o amplo acesso aos autos.
comissão composta por dois ou mais servidores
efetivos. Art. 8º A pessoa jurídica poderá acompanhar o
§ 3º Em entidades da administração pública federal
00

PAR por meio de seus representantes legais ou pro-


cujos quadros funcionais não sejam formados por ser- curadores, sendo-lhes assegurado amplo acesso
5-

vidores estatutários, a comissão a que se refere o § 2º


aos autos.
21

será composta por dois ou mais empregados públicos.


Parágrafo único. É vedada a retirada dos autos da
.
70

§ 4º O prazo para conclusão da investigação pre-


repartição pública, sendo autorizada a obtenção de
liminar não excederá sessenta dias e poderá ser
.4

cópias mediante requerimento.


prorrogado por igual período, mediante solicitação
49

justificada do presidente da comissão à autoridade


-0

instauradora. O prazo para a conclusão do PAR não excederá


180 dias, admitida a prorrogação, por meio de solici-
ar
és

O § 5º trata de uma importante disposição: ao final tação do presidente da comissão à autoridade instau-
radora, que decidirá de forma fundamentada.
C

da investigação preliminar, deverão ser enviados à


o

autoridade competente as peças e relatórios conclu- Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a


dr

sivos acerca da existência de autoria e materialidade, comissão elaborará relatório a respeito dos fatos apu-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

para que ela decida sobre a instauração do PAR. rados e da eventual responsabilidade administrativa
da pessoa jurídica, no qual sugerirá, de forma moti-
§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão vada, as sanções a serem aplicadas, a dosimetria da
enviadas à autoridade competente as peças de multa ou o arquivamento do processo.
informação obtidas, acompanhadas de relatório
conclusivo acerca da existência de indícios de auto- Art. 9º O prazo para a conclusão do PAR não exce-
ria e materialidade de atos lesivos à administração derá cento e oitenta dias, admitida prorrogação
pública federal, para decisão sobre a instauração por meio de solicitação do presidente da comissão
do PAR. à autoridade instauradora, que decidirá de forma
fundamentada.
Caso a conclusão seja no sentido da instauração do § 1º O prazo previsto no caput será contado da data
PAR, a autoridade designará uma comissão, compos- de publicação do ato de instauração do PAR.
ta por dois ou mais servidores estáveis, que avaliará § 2º A comissão, para o devido e regular exercício
fatos e circunstâncias conhecidos e intimará a pes- de suas funções, poderá:
soa jurídica para, no prazo de trinta dias, apresen- I - propor à autoridade instauradora a suspensão
tar defesa escrita e especificar eventuais provas cautelar dos efeitos do ato ou do processo objeto da
que pretende produzir. investigação; 253
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - solicitar a atuação de especialistas com notório Art. 1° [...]
conhecimento, de órgãos e entidades públicos ou de § 1º A Lei nº 12.846, de 2013, aplica-se aos atos lesi-
outras organizações, para auxiliar na análise da vos praticados:
matéria sob exame; e I - por pessoa jurídica brasileira contra adminis-
III - solicitar ao órgão de representação judicial ou tração pública estrangeira, ainda que cometidos no
equivalente dos órgãos ou entidades lesados que exterior;
requeira as medidas necessárias para a investiga- II - no todo ou em parte no território nacional ou
ção e o processamento das infrações, inclusive de que nele produzam ou possam produzir efeitos; ou
busca e apreensão, no País ou no exterior. III - no exterior, quando praticados contra a admi-
§ 3º Concluídos os trabalhos de apuração e análi- nistração pública nacional.
se, a comissão elaborará relatório a respeito dos § 2º São passíveis de responsabilização nos termos
fatos apurados e da eventual responsabilidade do disposto na Lei nº 12.846, de 2013, as pessoas
administrativa da pessoa jurídica, no qual sugeri- jurídicas que tenham sede, filial ou representação
rá, de forma motivada, as sanções a serem aplica- no território brasileiro, constituídas de fato ou de
das, a dosimetria da multa ou o arquivamento do direito.
processo.
§ 4º O relatório final do PAR será encaminhado à
A apuração da responsabilidade administrativa
autoridade competente para julgamento, o qual
será precedido de manifestação jurídica, elaborada de pessoa jurídica, decorrente do exercício do poder
pelo órgão de assistência jurídica competente. sancionador da administração pública, será efetuada
§ 5º Caso seja verificada a ocorrência de eventuais por meio de Processo Administrativo de Responsabi-
ilícitos a serem apurados em outras instâncias, lização (PAR) ou de acordo de leniência, à luz do que
o relatório da comissão será encaminhado, pela dispõe o art. 2º.
autoridade julgadora:
I - ao Ministério Público; DA RESPONSABILIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
II - à Advocacia-Geral da União e seus órgãos vincu-
lados, no caso de órgãos da administração pública Da Investigação Preliminar
direta, autarquias e fundações públicas federais; ou
III - ao órgão de representação judicial ou equiva-
Ao tomar ciência da possível ocorrência de ato lesi-
lente no caso de órgãos ou entidades da adminis-
tração pública não abrangidos pelo inciso II.
vo à administração pública, o titular da corregedoria
da entidade decidirá:
Estabelece o art. 11 que, da decisão administrati-
Art. 3º O titular da corregedoria da entidade ou da
va sancionadora, cabe pedido de reconsideração com
unidade competente, ao tomar ciência da possível
efeito suspensivo. Veja:
ocorrência de ato lesivo à administração públi-
ca federal, em sede de juízo de admissibilidade e
Art. 11 Da decisão administrativa sancionadora
mediante despacho fundamentado, decidirá:
cabe pedido de reconsideração com efeito sus-
I - pela abertura de investigação preliminar;
pensivo, no prazo de dez dias, contado da data
II - pela recomendação de instauração de PAR; ou
de publicação da decisão.
III - pela recomendação de arquivamento da
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impos-
matéria.
tas sanções no PAR e que não apresentar pedido de
00

reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trin- § 1º A investigação de que trata o inciso I do caput
5-

ta dias, contado do fim do prazo para interposição terá caráter sigiloso e não punitivo e será destinada
21

do pedido de reconsideração. à apuração de indícios de autoria e materialidade


.

de atos lesivos à administração pública federal.


70

§ 2º A investigação preliminar será conduzida dire-


.4

Caso seja feito o pedido de reconsideração, a auto-


tamente pela corregedoria da entidade ou unidade
49

ridade julgadora terá o prazo de trinta dias para deci-


competente, na forma estabelecida em regulamen-
-0

dir sobre a matéria alegada no pedido e publicar nova


to, ou por comissão composta por dois ou mais
decisão.
ar

membros, designados entre servidores efetivos ou


és

empregados públicos.
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de
C

§ 3º Na investigação preliminar, serão praticados


trinta dias para decidir sobre a matéria ale-
o

os atos necessários à elucidação dos fatos sob apu-


dr

gada no pedido de reconsideração e publicar nova ração, compreendidas todas as diligências admiti-
decisão.
Pe

das em lei, notadamente:


§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionado-
I - proposição à autoridade instauradora da sus-
ra, será concedido à pessoa jurídica novo prazo de
pensão cautelar dos efeitos do ato ou do processo
trinta dias para cumprimento das sanções que lhe
objeto da investigação;
foram impostas, contado da data de publicação da
II - solicitação de atuação de especialistas com
nova decisão.
conhecimentos técnicos ou operacionais, de órgãos
e entidades públicos ou de outras organizações,
DECRETO N° 11.129, DE 11 DE JULHO DE 2022 para auxiliar na análise da matéria sob exame;
III - solicitação de informações bancárias sobre
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES movimentação de recursos públicos, ainda que sigi-
losas, nesta hipótese, em sede de compartilhamento
O Decreto nº 11.129, de 11 de julho de 2022, dispõe do sigilo com órgãos de controle;
sobre a regularização administrativa e civil de pessoa IV - requisição, por meio da autoridade competente,
jurídica pela prática de atos contra a administração do compartilhamento de informações tributárias
pública, nacional ou estrangeira, de que trata a Lei nº da pessoa jurídica investigada, conforme previsto
12.846, de 1º de agosto de 2013, nos moldes do art. 1º. no inciso II do § 1º do art. 198 da Lei nº 5.172, de 25
254 Vejamos: de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
V - solicitação, ao órgão de representação judi- Art. 6º [...]
cial ou equivalente dos órgãos ou das entidades § 1º A intimação prevista no caput:
lesadas, das medidas judiciais necessárias para a I - facultará expressamente à pessoa jurídica a pos-
investigação e para o processamento dos atos lesi- sibilidade de apresentar informações e provas que
vos, inclusive de busca e apreensão, no Brasil ou no subsidiem a análise da comissão de PAR no que se
exterior; ou refere aos elementos que atenuam o valor da multa,
VI - solicitação de documentos ou informações a previstos no art. 23; e
pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou II - solicitará a apresentação de informações e
privado, nacionais ou estrangeiras, ou a organiza- documentos, nos termos estabelecidos pela Contro-
ções públicas internacionais. ladoria-Geral da União, que permitam a análise do
§ 4º O prazo para a conclusão da investigação pre- programa de integridade da pessoa jurídica.
liminar não excederá cento e oitenta dias, admitida § 2º O ato de indiciação conterá, no mínimo:
a prorrogação, mediante ato da autoridade a que I - a descrição clara e objetiva do ato lesivo imputa-
se refere o caput. do à pessoa jurídica, com a descrição das circuns-
§ 5º Ao final da investigação preliminar, serão envia- tâncias relevantes;
das à autoridade competente as peças de informa- II - o apontamento das provas que sustentam o
ção obtidas, acompanhadas de relatório conclusivo entendimento da comissão pela ocorrência do ato
acerca da existência de indícios de autoria e mate- lesivo imputado; e
rialidade de atos lesivos à administração pública III - o enquadramento legal do ato lesivo imputado
federal, para decisão sobre a instauração do PAR. à pessoa jurídica processada.
§ 3º Caso a intimação prevista no caput não tenha
Do Processo Administrativo de Responsabilização êxito, será feita nova intimação por meio de edital
publicado na imprensa oficial e no sítio eletrônico
do órgão ou da entidade pública responsável pela
Para que ocorra a devida instauração do Processo
condução do PAR, hipótese em que o prazo para
Administrativo de Responsabilização (PAR), é necessá-
apresentação de defesa escrita será contado a par-
rio observar os critérios de competência dispostos nos tir da última data de publicação do edital.
arts. 4º a 18, do referido Decreto. § 4º Caso a pessoa jurídica processada não apre-
sente sua defesa escrita no prazo estabelecido
Art. 4º A competência para a instauração e para no caput, contra ela correrão os demais prazos,
o julgamento do PAR é da autoridade máxima da independentemente de notificação ou intimação,
entidade em face da qual foi praticado o ato lesi- podendo intervir em qualquer fase do processo,
vo ou, em caso de órgão da administração pública sem direito à repetição de qualquer ato processual
federal direta, do respectivo Ministro de Estado. já praticado.
Parágrafo único. A competência de que trata o
caput será exercida de ofício ou mediante provoca- Ainda, pelo disposto no art. 7º, as intimações serão
ção e poderá ser delegada, vedada a subdelegação.
feitas por qualquer meio físico ou eletrônico.
Art. 5º No ato de instauração do PAR, a autorida-
de designará comissão, composta por dois ou mais
Art. 7º As intimações serão feitas por qualquer
servidores estáveis.
meio físico ou eletrônico que assegure a certeza de
§ 1º Em entidades da administração pública federal
ciência da pessoa jurídica processada.
cujos quadros funcionais não sejam formados por
§ 1º Os prazos começam a correr a partir da data
servidores estatutários, a comissão a que se refere
da cientificação oficial, excluindo-se da contagem
00

o caput será composta por dois ou mais emprega-


o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimen-
5-

dos permanentes, preferencialmente com, no míni-


to, observado o disposto no Capítulo XVI da Lei nº
21

mo, três anos de tempo de serviço na entidade.


9.784, de 29 de janeiro de 1999.
.

§ 2º A comissão a que se refere o caput exercerá


70

§ 2º Na hipótese prevista no § 4º do art. 6º, dispen-


suas atividades com imparcialidade e observará a
.4

sam-se as demais intimações processuais, até que a


legislação, os regulamentos e as orientações técni-
49

pessoa jurídica interessada se manifeste nos autos.


cas vigentes.
-0

§ 3º A pessoa jurídica estrangeira poderá ser notifi-


§ 3º Será assegurado o sigilo do PAR, sempre que
cada e intimada de todos os atos processuais, inde-
ar

necessário à elucidação do fato ou quando exigido


pendentemente de procuração ou de disposição
és

pelo interesse da administração pública, garantido


contratual ou estatutária, na pessoa do gerente,
à pessoa jurídica processada o direito à ampla defe-
C

representante ou administrador de sua filial, agên-


sa e ao contraditório.
o

cia, sucursal, estabelecimento ou escritório instala-


dr

do no Brasil.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Importante! A pessoa jurídica poderá acompanhar o PAR por


Segundo a literalidade do § 4º, o prazo para a meio de seus representantes legais ou procuradores.
conclusão dos trabalhos da comissão de PAR
não excederá cento e oitenta dias, admitida a Art. 9º A pessoa jurídica poderá acompanhar o
PAR por meio de seus representantes legais ou pro-
prorrogação, mediante solicitação justificada do
curadores, sendo-lhes assegurado amplo acesso
presidente da comissão à autoridade instaura- aos autos.
dora, que decidirá de maneira fundamentada. Parágrafo único. É vedada a retirada de autos
físicos da repartição pública, sendo autorizada a
obtenção de cópias, preferencialmente em meio
Instaurado o PAR, a comissão avaliará os fatos e as digital, mediante requerimento.
circunstâncias conhecidas e indiciará e intimará a pes- Art. 10 A comissão, para o devido e regular exer-
soa jurídica processada para, no prazo de trinta dias, cício de suas funções, poderá praticar os atos
apresentar defesa escrita e especificar eventuais pro- necessários à elucidação dos fatos sob apuração,
vas que pretenda produzir (art. 6º). Acompanhemos compreendidos todos os meios probatórios admiti-
algumas determinações quanto à intimação do PAR. dos em lei, inclusive os previstos no § 3º do art. 3º. 255
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Concluídos os trabalhos de apuração e análise, a Art. 16 Os atos previstos como infrações adminis-
comissão elaborará relatório a respeito dos fatos apu- trativas à Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, ou
rados e da eventual responsabilidade administrativa a outras normas de licitações e contratos da admi-
da pessoa jurídica, no qual sugerirá, de forma moti- nistração pública que também sejam tipificados
vada (art. 11): como atos lesivos na Lei nº 12.846, de 2013, serão
apurados e julgados conjuntamente, nos mesmos
autos, aplicando-se o rito procedimental previsto
Art. 11 [...] neste Capítulo.
I - as sanções a serem aplicadas, com a respecti- § 1º Concluída a apuração de que trata o caput e
va indicação da dosimetria, ou o arquivamento do havendo autoridades distintas competentes para o
processo; julgamento, o processo será encaminhado primeira-
II - o encaminhamento do relatório final à autorida- mente àquela de nível mais elevado, para que julgue
de competente para instrução de processo adminis- no âmbito de sua competência, tendo precedência o
trativo específico para reparação de danos, quando julgamento pelo Ministro de Estado competente.
houver indícios de que do ato lesivo tenha resultado § 2º Para fins do disposto no caput, o chefe da
dano ao erário; unidade responsável no órgão ou na entidade pela
III - o encaminhamento do relatório final à Advo- gestão de licitações e contratos deve comunicar à
cacia-Geral da União, para ajuizamento da ação de autoridade a que se refere o caput do art. 3º even-
que trata o art. 19 da Lei nº 12.846, de 2013, com tuais fatos que configurem atos lesivos previstos no
sugestão, de acordo com o caso concreto, da apli- art. 5º da Lei nº 12.846, de 2013.
cação das sanções previstas naquele artigo, como
retribuição complementar às do PAR ou para a pre- A Controladoria-Geral da União possui, no âmbito
venção de novos ilícitos; do Poder Executivo Federal, competência:
IV - o encaminhamento do processo ao Ministério
Público, nos termos do disposto no art. 15 da Lei nº Art. 17 A Controladoria-Geral da União possui, no
12.846, de 2013; e âmbito do Poder Executivo federal, competência:
V - as condições necessárias para a concessão da I - concorrente para instaurar e julgar PAR; e
reabilitação, quando cabível. II - exclusiva para avocar os processos instaurados
para exame de sua regularidade ou para lhes corri-
Concluído o relatório final, a comissão lavrará ata gir o andamento, inclusive promovendo a aplicação
de encerramento dos seus trabalhos, que formalizará da penalidade administrativa cabível.
sua desconstituição, e encaminhará o PAR à autori- § 1º A Controladoria-Geral da União poderá exer-
cer, a qualquer tempo, a competência prevista
dade instauradora, que determinará a intimação da
no caput, se presentes quaisquer das seguintes
pessoa jurídica processada do relatório final para, circunstâncias:
querendo, manifestar-se no prazo máximo de dez I - caracterização de omissão da autoridade origi-
dias. Transcorrido o prazo de dez dias, a autoridade nariamente competente;
instauradora determinará à corregedoria da entidade II - inexistência de condições objetivas para sua
ou à unidade competente que analise a regularidade e realização no órgão ou na entidade de origem;
o mérito do PAR (art. 12 e seu parágrafo único). III - complexidade, repercussão e relevância da
Vejamos, ainda, a continuidade do PAR após a aná- matéria;
lise da regularidade e mérito a partir do art. 13. IV - valor dos contratos mantidos pela pessoa jurí-
dica com o órgão ou com a entidade atingida; ou
00

V - apuração que envolva atos e fatos relacionados


Art. 13 Após a análise de regularidade e mérito, o
5-

com mais de um órgão ou entidade da administra-


PAR será encaminhado à autoridade competente
21

ção pública federal.


para julgamento, o qual será precedido de manifes-
§ 2º Ficam os órgãos e as entidades da adminis-
.
70

tação jurídica, elaborada pelo órgão de assistência


tração pública obrigados a encaminhar à Con-
.4

jurídica competente. troladoria-Geral da União todos os documentos e


49

Parágrafo único. Na hipótese de decisão contrária informações que lhes forem solicitados, incluídos
-0

ao relatório da comissão, esta deverá ser funda- os autos originais dos processos que eventualmente
mentada com base nas provas produzidas no PAR. estejam em curso.
ar

Art. 14 A decisão administrativa proferida pela Art. 18 Compete à Controladoria-Geral da União


és

autoridade julgadora ao final do PAR será publica- instaurar, apurar e julgar PAR pela prática de atos
C

da no Diário Oficial da União e no sítio eletrônico lesivos a administração pública estrangeira, o qual
o

do órgão ou da entidade pública responsável pelo seguirá, no que couber, o rito procedimental previs-
dr

julgamento do PAR. to neste Capítulo.


Pe

Art. 15 Da decisão administrativa sancionadora Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da admi-


cabe pedido de reconsideração com efeito suspensi- nistração pública federal direta e indireta deverão
vo, no prazo de dez dias, contado da data de publi- comunicar à Controladoria-Geral da União os indí-
cação da decisão. cios da ocorrência de atos lesivos a administração
§ 1º A pessoa jurídica contra a qual foram impos- pública estrangeira, identificados no exercício de
tas sanções no PAR e que não apresentar pedido de suas atribuições, juntando à comunicação os docu-
reconsideração deverá cumpri-las no prazo de trin- mentos já disponíveis e necessários à apuração ou
ta dias, contado do fim do prazo para interposição à comprovação dos fatos, sem prejuízo do envio
do pedido de reconsideração. de documentação complementar, na hipótese de
§ 2º A autoridade julgadora terá o prazo de trinta novas provas ou informações relevantes, sob pena
dias para decidir sobre a matéria alegada no pedi- de responsabilização.
do de reconsideração e publicar nova decisão.
§ 3º Mantida a decisão administrativa sancionado- DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DOS
ra, será concedido à pessoa jurídica novo prazo de ENCAMINHAMENTOS JUDICIAIS
trinta dias para o cumprimento das sanções que lhe
foram impostas, contado da data de publicação da As pessoas jurídicas estão sujeitas às seguintes
256 nova decisão. sanções administrativas, nos ditames do art. 19:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 19 As pessoas jurídicas estão sujeitas às I - o incremento da capacidade investigativa da
seguintes sanções administrativas, nos termos do administração pública;
disposto no art. 6º da Lei nº 12.846, de 2013: II - a potencialização da capacidade estatal de recu-
I - multa; e peração de ativos; e
II - publicação extraordinária da decisão adminis- III - o fomento da cultura de integridade no setor
trativa sancionadora. privado.
Parágrafo único. Caso os atos lesivos apura- Art. 33 O acordo de leniência será celebrado com
dos envolvam infrações administrativas à Lei nº as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos
14.133, de 2021, ou a outras normas de licitações atos lesivos previstos na Lei nº 12.846, de 2013,
e dos ilícitos administrativos previstos na Lei nº
e contratos da administração pública e tenha ocor-
14.133, de 2021, e em outras normas de licitações
rido a apuração conjunta prevista no art. 16, a
e contratos, com vistas à isenção ou à atenuação
pessoa jurídica também estará sujeita a sanções
das respectivas sanções, desde que colaborem efe-
administrativas que tenham como efeito a restrição tivamente com as investigações e o PAR, devendo
ao direito de participar em licitações ou de celebrar resultar dessa colaboração:
contratos com a administração pública, a serem I - a identificação dos demais envolvidos nos ilíci-
aplicadas no PAR. tos, quando couber; e
II - a obtenção célere de informações e documentos
Da Multa que comprovem a infração sob apuração.
Art. 34 Compete à Controladoria-Geral da União
A multa prevista no inciso I do caput do art. 6º da celebrar acordos de leniência no âmbito do Poder
Lei nº 12.846, de 2013, terá como base de cálculo o Executivo federal e nos casos de atos lesivos contra
a administração pública estrangeira.
faturamento bruto da pessoa jurídica no último exer-
Art. 35 Ato conjunto do Ministro de Estado da Con-
cício anterior ao da instauração do PAR, excluídos os
troladoria-Geral da União e do Advogado-Geral da
tributos (art. 20). A multa aplicada será integralmente União:
recolhida pela pessoa jurídica sancionada no prazo de I - disciplinará a participação de membros da Advo-
trinta dias, observado o disposto no art. 15, pelo elen- cacia-Geral da União nos processos de negociação e
cado na redação do art. 29, do Decreto n° 11.129, de de acompanhamento do cumprimento dos acordos
julho de 2022. de leniência; e
II - disporá sobre a celebração de acordos de leniên-
Da Publicação Extraordinária da Decisão cia pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral
da União conjuntamente com o Advogado-Geral da
Administrativa Sancionadora
União.
Parágrafo único. A participação da Advocacia-Ge-
A pessoa jurídica sancionada administrativamen- ral da União nos acordos de leniência, considera-
te pela prática de atos lesivos contra a administração das as condições neles estabelecidas e observados
pública, nos termos da Lei nº 12.846, de 2013, publica- os termos da Lei Complementar nº 73, de 10 de
rá a decisão administrativa sancionadora na forma de fevereiro de 1993, e da Lei nº 13.140, de 26 de junho
extrato de sentença, cumulativamente (art. 28): de 2015, poderá ensejar a resolução consensual das
penalidades previstas no art. 19 da Lei nº 12.846,
Art. 28 [...] de 2013.
I - em meio de comunicação de grande circulação, Art. 36 A Controladoria-Geral da União poderá
00

física ou eletrônica, na área da prática da infração aceitar delegação para negociar, celebrar e moni-
5-

torar o cumprimento de acordos de leniência rela-


e de atuação da pessoa jurídica ou, na sua falta, em
21

tivos a atos lesivos contra outros Poderes e entes


publicação de circulação nacional;
federativos.
.
70

II - em edital afixado no próprio estabelecimento


ou no local de exercício da atividade, em localidade
.4

A pessoa jurídica que pretenda celebrar acordo de


49

que permita a visibilidade pelo público, pelo prazo


leniência deverá (art. 37):
-0

mínimo de trinta dias; e


III - em seu sítio eletrônico, pelo prazo mínimo de
ar

trinta dias e em destaque na página principal do Art. 37 […]


és

I - ser a primeira a manifestar interesse em coope-


referido sítio.
rar para a apuração de ato lesivo específico, quan-
C

Parágrafo único. A publicação a que se refere o


do tal circunstância for relevante;
o

caput será feita a expensas da pessoa jurídica


dr

II - ter cessado completamente seu envolvimento


sancionada.
Pe

no ato lesivo a partir da data da propositura do


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

acordo;
DO ACORDO DE LENIÊNCIA III - admitir sua responsabilidade objetiva quanto
aos atos lesivos;
Trata-se de um ato administrativo negocial decor- IV - cooperar plena e permanentemente com as
rente do exercício sancionador do Estado, que visa à investigações e o processo administrativo e compa-
responsabilização de pessoas jurídicas pela prática de recer, sob suas expensas e sempre que solicitada,
atos lesivos contra a administração pública nacional aos atos processuais, até o seu encerramento;
V - fornecer informações, documentos e elementos
ou estrangeira, segundo caput do art. 32, vejamos:
que comprovem o ato ilícito;
VI - reparar integralmente a parcela incontroversa
Art. 32 O acordo de leniência é ato administrativo do dano causado; e
negocial decorrente do exercício do poder sancio- VII - perder, em favor do ente lesado ou da União,
nador do Estado, que visa à responsabilização de conforme o caso, os valores correspondentes ao
pessoas jurídicas pela prática de atos lesivos contra acréscimo patrimonial indevido ou ao enriqueci-
a administração pública nacional ou estrangeira. mento ilícito direta ou indiretamente obtido da
Parágrafo único. O acordo de leniência buscará, infração, nos termos e nos montantes definidos na
nos termos da lei: negociação. 257
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º Os requisitos de que tratam os incisos III e IV Parágrafo único. O prazo de que trata o caput
do caput serão avaliados em face da boa-fé da pes- poderá ser prorrogado, caso presentes circunstân-
soa jurídica proponente em reportar à administra- cias que o exijam.
ção a descrição e a comprovação da integralidade Art. 43 A desistência da proposta de acordo de
dos atos ilícitos de que tenha ou venha a ter ciência, leniência ou a sua rejeição não importará em reco-
desde o momento da propositura do acordo até o nhecimento da prática do ato lesivo.
seu total cumprimento. § 1º Não se fará divulgação da desistência ou da
§ 2º A parcela incontroversa do dano de que trata rejeição da proposta do acordo de leniência, ressal-
o inciso VI do caput corresponde aos valores dos vado o disposto no § 4º do art. 38.
danos admitidos pela pessoa jurídica ou àqueles § 2º Na hipótese prevista no caput, a administra-
decorrentes de decisão definitiva no âmbito do devi- ção pública federal não poderá utilizar os docu-
do processo administrativo ou judicial.
mentos recebidos durante o processo de negociação
§ 3º Nas hipóteses em que de determinado ato ilíci-
de acordo de leniência.
to decorra, simultaneamente, dano ao ente lesado
§ 3º O disposto no § 2º não impedirá a apuração
e acréscimo patrimonial indevido à pessoa jurídica
dos fatos relacionados com a proposta de acordo
responsável pela prática do ato, e haja identidade
de leniência, quando decorrer de indícios ou provas
entre ambos, os valores a eles correspondentes
serão: autônomas que sejam obtidos ou levados ao conhe-
I - computados uma única vez para fins de quanti- cimento da autoridade por qualquer outro meio.
ficação do valor a ser adimplido a partir do acordo Art. 44 O acordo de leniência estipulará as condi-
de leniência; e ções para assegurar a efetividade da colaboração e
II - classificados como ressarcimento de danos para o resultado útil do processo e conterá as cláusulas
fins contábeis, orçamentários e de sua destinação e obrigações que, diante das circunstâncias do caso
para o ente lesado. concreto, reputem-se necessárias.
Art. 45 O acordo de leniência conterá, entre outras
A proposta de celebração de acordo de leniência disposições, cláusulas que versem sobre:
deverá ser feita de forma escrita, oportunidade em I - o compromisso de cumprimento dos requisitos
que a pessoa jurídica proponente declarará expressa- previstos nos incisos II a VII do caput do art. 37;
mente que foi orientada a respeito de seus direitos, II - a perda dos benefícios pactuados, em caso de
garantias e deveres legais e de que o não atendimen- descumprimento do acordo;
to às determinações e às solicitações durante a etapa III - a natureza de título executivo extrajudicial do
de negociação importará a desistência da proposta instrumento do acordo, nos termos do disposto no
(caput do art. 38). inciso II do caput do art. 784 da Lei nº 13.105, de
16 de março de 2015 - Código de Processo Civil;
IV - a adoção, a aplicação ou o aperfeiçoamento de
Art. 39 A proposta de celebração de acordo de
leniência será submetida à análise de juízo de programa de integridade, conforme os parâmetros
admissibilidade, para verificação da existência estabelecidos no Capítulo V, bem como o prazo e as
dos elementos mínimos que justifiquem o início da condições de monitoramento;
negociação. V - o pagamento das multas aplicáveis e da parcela
§ 1º Admitida a proposta, será firmado memorando a que se refere o inciso VI do caput do art. 37; e
de entendimentos com a pessoa jurídica proponen- VI - a possibilidade de utilização da parcela a que se
te, definindo os parâmetros da negociação do acor- refere o inciso VI do caput do art. 37 para compen-
00

do de leniência. sação com outros valores porventura apurados em


5-

§ 2º O memorando de entendimentos poderá ser outros processos sancionatórios ou de prestação


21

resilido a qualquer momento, a pedido da pessoa de contas, quando relativos aos mesmos fatos que
.
70

jurídica proponente ou a critério da administração compõem o escopo do acordo.


.4

pública federal.
49

§ 3º A assinatura do memorando de entendimentos: DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE


-0

I - interrompe a prescrição; e
II - suspende a prescrição pelo prazo da negocia- O programa de integridade consiste, no âmbito
ar

ção, limitado, em qualquer hipótese, a trezentos e


és

de uma pessoa jurídica, no conjunto de mecanismos


sessenta dias.
C

Art. 40 A critério da Controladoria-Geral da União, e procedimentos internos de integridade, auditoria e


o

o PAR instaurado em face de pessoa jurídica que incentivo à denúncia de irregularidades e na aplica-
dr

esteja negociando a celebração de acordo de leniên- ção efetiva de códigos de ética e de conduta, políticas
Pe

cia poderá ser suspenso. e diretrizes, com objetivo de:


Parágrafo único. A suspensão ocorrerá sem
prejuízo: Art. 56 [...]
I - da continuidade de medidas investigativas neces- I - prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes,
sárias para o esclarecimento dos fatos; e irregularidades e atos ilícitos praticados contra a
II - da adoção de medidas processuais cautelares e administração pública, nacional ou estrangeira; e
assecuratórias indispensáveis para se evitar pereci- II - fomentar e manter uma cultura de integridade
mento de direito ou garantir a instrução processual. no ambiente organizacional.
Art. 41 A Controladoria-Geral da União poderá
avocar os autos de processos administrativos em
O programa de integridade deve ser estruturado,
curso em outros órgãos ou entidades da adminis-
aplicado e atualizado de acordo com as característi-
tração pública federal relacionados com os fatos
objeto do acordo em negociação. cas e os riscos atuais das atividades de cada pessoa
Art. 42 A negociação a respeito da proposta do jurídica, a qual, por sua vez, deve garantir o constante
acordo de leniência deverá ser concluída no prazo aprimoramento e a adaptação do referido programa,
de cento e oitenta dias, contado da data da assina- visando garantir sua efetividade (parágrafo único do
258 tura do memorando de entendimentos. art. 56).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Para fins do disposto no inciso VIII, do caput do I - a quantidade de funcionários, empregados e
art. 7º, da Lei nº 12.846, de 2013, o programa de inte- colaboradores;
gridade será avaliado, quanto a sua existência e apli- II - o faturamento, levando ainda em consideração
cação, de acordo com os seguintes parâmetros: o fato de ser qualificada como microempresa ou
empresa de pequeno porte;
Art. 57 [...] III - a estrutura de governança corporativa e a com-
I - comprometimento da alta direção da pessoa jurí- plexidade de unidades internas, tais como departa-
dica, incluídos os conselhos, evidenciado pelo apoio mentos, diretorias ou setores, ou da estruturação
visível e inequívoco ao programa, bem como pela de grupo econômico;
destinação de recursos adequados; IV - a utilização de agentes intermediários, como
II - padrões de conduta, código de ética, políticas e consultores ou representantes comerciais;
procedimentos de integridade, aplicáveis a todos os V - o setor do mercado em que atua;
empregados e administradores, independentemen- VI - os países em que atua, direta ou indiretamente;
te do cargo ou da função exercida; VII - o grau de interação com o setor público e a
III - padrões de conduta, código de ética e políticas importância de contratações, investimentos e sub-
de integridade estendidas, quando necessário, a ter- sídios públicos, autorizações, licenças e permissões
ceiros, tais como fornecedores, prestadores de ser- governamentais em suas operações; e
viço, agentes intermediários e associados; VIII - a quantidade e a localização das pessoas jurí-
IV - treinamentos e ações de comunicação periódi- dicas que integram o grupo econômico.
cos sobre o programa de integridade; § 2º A efetividade do programa de integridade em
V - gestão adequada de riscos, incluindo sua análise relação ao ato lesivo objeto de apuração será consi-
e reavaliação periódica, para a realização de adap- derada para fins da avaliação de que trata o caput.
tações necessárias ao programa de integridade e a
alocação eficiente de recursos; DO CADASTRO NACIONAL DE EMPRESAS
VI - registros contábeis que reflitam de forma com- INIDÔNEAS E SUSPENSAS E DO CADASTRO
pleta e precisa as transações da pessoa jurídica;
NACIONAL DE EMPRESAS PUNIDAS
VII - controles internos que assegurem a pronta ela-
boração e a confiabilidade de relatórios e demons-
trações financeiras da pessoa jurídica; O Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e
VIII - procedimentos específicos para prevenir frau- Suspensas (CEIS) conterá informações referentes às
des e ilícitos no âmbito de processos licitatórios, sanções administrativas impostas as pessoas físicas
na execução de contratos administrativos ou em ou jurídicas que impliquem restrição ao direito de
qualquer interação com o setor público, ainda que participar de licitações ou de celebrar contratos com a
intermediada por terceiros, como pagamento de administração pública de qualquer esfera federativa
tributos, sujeição a fiscalizações ou obtenção de (art. 58), entre as quais:
autorizações, licenças, permissões e certidões;
IX - independência, estrutura e autoridade da ins- Art. 58 [...]
tância interna responsável pela aplicação do pro- I - suspensão temporária de participação em lici-
grama de integridade e pela fiscalização de seu tação e impedimento de contratar com a adminis-
cumprimento; tração pública, conforme disposto no inciso III do
X - canais de denúncia de irregularidades, abertos caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
e amplamente divulgados a funcionários e tercei- 1993;
00

ros, e mecanismos destinados ao tratamento das II - declaração de inidoneidade para licitar ou


denúncias e à proteção de denunciantes de boa-fé;
5-

contratar com a administração pública, conforme


21

XI - medidas disciplinares em caso de violação do


disposto no inciso IV do caput do art. 87 da Lei nº
programa de integridade;
.
70

8.666, de 1993, e no inciso IV do caput do art. 156


XII - procedimentos que assegurem a pronta inter-
da Lei nº 14.133, de 2021;
.4

rupção de irregularidades ou infrações detectadas


49

III - impedimento de licitar e contratar com a


e a tempestiva remediação dos danos gerados;
União, os Estados, o Distrito Federal ou os Municí-
-0

XIII - diligências apropriadas, baseadas em risco,


pios, conforme disposto no art. 7º da Lei nº 10.520,
para:
ar

de 17 de julho de 2002, no art. 47 da Lei nº 12.462,


a) contratação e, conforme o caso, supervisão de
és

de 4 de agosto de 2011, e no inciso III do caput do


terceiros, tais como fornecedores, prestadores de
C

serviço, agentes intermediários, despachantes, con- art. 156 da Lei nº 14.133, de 2021;
o

IV - suspensão temporária de participação em lici-


dr

sultores, representantes comerciais e associados;


b) contratação e, conforme o caso, supervisão de tação e impedimento de contratar com a adminis-
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

pessoas expostas politicamente, bem como de seus tração pública, conforme disposto no inciso IV do
familiares, estreitos colaboradores e pessoas jurídi- caput do art. 33 da Lei nº 12.527, de 18 de novem-
cas de que participem; e bro de 2011;
c) realização e supervisão de patrocínios e doações; V - declaração de inidoneidade para licitar ou
XIV - verificação, durante os processos de fusões, contratar com a administração pública, conforme
aquisições e reestruturações societárias, do come- disposto no inciso V do caput do art. 33 da Lei nº
timento de irregularidades ou ilícitos ou da exis- 12.527, de 2011;
tência de vulnerabilidades nas pessoas jurídicas VI - declaração de inidoneidade para participar de
envolvidas; e licitação com a administração pública federal, con-
XV - monitoramento contínuo do programa de inte- forme disposto no art. 46 da Lei nº 8.443, de 16 de
gridade visando ao seu aperfeiçoamento na pre- julho de 1992;
venção, na detecção e no combate à ocorrência dos VII - proibição de contratar com o Poder Público,
atos lesivos previstos no art. 5º da Lei nº 12.846, conforme disposto no art. 12 da Lei nº 8.429, de 2
de 2013. de junho de 1992;
§ 1º Na avaliação dos parâmetros de que trata o VIII - proibição de contratar e participar de licita-
caput, serão considerados o porte e as especificida- ções com o Poder Público, conforme disposto no
des da pessoa jurídica, por meio de aspectos como: art. 10 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e 259
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IX - declaração de inidoneidade, conforme disposto
no inciso V do caput do art. 78-A combinado com SEGURANÇA CIBERNÉTICA:
o art. 78-I da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. RESOLUÇÃO CMN Nº 4.893, DE
Parágrafo único. Poderão ser registradas no CEIS
26/02/2021
outras sanções que impliquem restrição ao direito
de participar em licitações ou de celebrar contratos INTRODUÇÃO
com a administração pública, ainda que não sejam
de natureza administrativa. A Resolução nº 4.893, de 26 de fevereiro de 2021,
do CMN, dispõe sobre a política de segurança ciber-
DISPOSIÇÕES FINAIS nética e sobre os requisitos para a contratação de ser-
viços de processamento e armazenamento de dados e
Art. 64 As informações referentes ao PAR instaura- de computação em nuvem a serem observados pelas
do no âmbito dos órgãos e das entidades do Poder instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-
Executivo federal serão registradas no sistema de tral do Brasil. Trata-se de uma norma muito recente e,
gerenciamento eletrônico de processos adminis- por isso, relevante ao estudo para novas provas.
Por ser tema novo, essa Resolução ainda não foi
trativos sancionadores mantido pela Controlado-
abordada em provas de concursos. Assim, podemos
ria-Geral da União, conforme ato do Ministro de
até ter uma ideia de como o examinador pode cobrá-
Estado da Controladoria-Geral da União. -la, mas ainda não temos a certeza de como será.
Art. 65 Os órgãos e as entidades da administração Provavelmente, o examinador não deve sair muito
pública, no exercício de suas competências regula- do texto seco da norma, então destacaremos o que for
tórias, disporão sobre os efeitos da Lei nº 12.846, de mais importante você gravar. Essa é uma Resolução
2013, no âmbito das atividades reguladas, inclusi- curta, de fácil entendimento e com grandes chances
ve no caso de proposta e celebração de acordo de de cair na sua prova. Vamos lá!
leniência.
Art. 66 O processamento do PAR ou a negociação RESOLUÇÃO Nº 4.893, DE 26/02/2021, DO CMN
de acordo de leniência não interfere no seguimento
regular dos processos administrativos específicos
Capítulo I — Do Objeto e do Âmbito de Aplicação
para apuração da ocorrência de danos e prejuízos
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a política
à administração pública federal resultantes de ato de segurança cibernética e sobre os requisitos
lesivo cometido por pessoa jurídica, com ou sem a para a contratação de serviços de processa-
participação de agente público. mento e armazenamento de dados e de com-
Art. 67 Compete ao Ministro de Estado da Contro- putação em nuvem a serem observados pelas
ladoria-Geral da União editar orientações, normas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
e procedimentos complementares para a execução Central do Brasil.
Parágrafo único. O disposto nesta Resolução não
deste Decreto, notadamente no que diz respeito a:
se aplica às instituições de pagamento, que devem
I - fixação da metodologia para a apuração do fatu- observar a regulamentação emanada do Banco
ramento bruto e dos tributos a serem excluídos Central do Brasil, no exercício de suas atribuições
00

para fins de cálculo da multa a que se refere o art. legais.


5-
21

6º da Lei nº 12.846, de 2013;


O que é importante você ter em mente em relação
.

II - forma e regras para o cumprimento da publi-


70

cação extraordinária da decisão administrativa ao primeiro artigo é que a resolução regula a contra-
.4

tação de serviços de armazenamento de dados. É uma


49

sancionadora;
resolução sobre segurança da informação para toda
-0

III - avaliação do programa de integridade, inclusi-


instituição que careça de autorização do BACEN para
ve sobre a forma de avaliação simplificada no caso
ar

funcionar, à exceção das instituições de pagamento,


de microempresas e empresas de pequeno porte; e
és

que serão objeto de regulamentação própria.


IV - gestão e registro dos procedimentos e san-
C

ções aplicadas em face de pessoas jurídicas e entes


o

Capítulo II — Da Política de Segurança Cibernética:


dr

privados. Seção I — Da Implementação da Política de


Pe

Art. 68 O Ministério da Justiça e Segurança Públi- Segurança Cibernética


ca, a Advocacia-Geral da União e a Controladoria-
-Geral da União: Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem
I - estabelecerão canais de comunicação implementar e manter política de segurança
cibernética formulada com base em princípios e
institucional:
diretrizes que busquem assegurar a confidencia-
a) para o encaminhamento de informações referen- lidade, a integridade e a disponibilidade dos
tes à prática de atos lesivos contra a administra- dados e dos sistemas de informação utilizados.
ção pública nacional ou estrangeira ou derivadas § 1º A política mencionada no caput deve ser com-
de acordos de colaboração premiada e acordos de patível com:
leniência; e I - o porte, o perfil de risco e o modelo de negócio
b) para a cooperação jurídica internacional e recu- da instituição;
II - a natureza das operações e a complexidade dos
peração de ativos; e
produtos, serviços, atividades e processos da insti-
II - poderão, por meio de acordos de colaboração tuição; e
técnica, articular medidas para o enfrentamento da III - a sensibilidade dos dados e das informações
260 corrupção e de delitos conexos. sob responsabilidade da instituição.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 2º Admite-se a adoção de política de segurança VII - as iniciativas para compartilhamento de
cibernética única por: informações sobre os incidentes relevantes,
I - conglomerado prudencial; e mencionados no inciso IV, com as demais insti-
II - sistema cooperativo de crédito. tuições referidas no art. 1º.
§ 3º As instituições que não constituírem política § 1º Na definição dos objetivos de segurança ciber-
de segurança cibernética própria em decorrência nética referidos no inciso I do caput, deve ser
do disposto no § 2º devem formalizar a opção por contemplada a capacidade da instituição para pre-
essa faculdade em reunião do conselho de admi- venir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a inci-
nistração ou, na sua inexistência, da diretoria da dentes relacionados com o ambiente cibernético.
instituição. § 2º Os procedimentos e os controles de que trata
o inciso II do caput devem abranger, no mínimo,
Note que confidencialidade, integridade e disponi- a autenticação, a criptografia, a prevenção e
bilidade são princípios básicos de qualquer política de a detecção de intrusão, a prevenção de vaza-
segurança da informação. Assim, não há grande ino- mento de informações, a realização periódica
vação por parte da resolução. de testes e varreduras para detecção de vul-
nerabilidades, a proteção contra softwares
maliciosos, o estabelecimento de mecanismos
Confidencialidade
de rastreabilidade, os controles de acesso e
de segmentação da rede de computadores e a
PRINCÍPIOS E
DIRETRIZES
manutenção de cópias de segurança dos dados
Integridade
QUE BUSQUEM e das informações.
ASSEGURAR:
Disponibilidade Os procedimentos e controles devem abranger:

z Autenticação;
O art. 3º trouxe os requisitos mínimos das políti- z Criptografia;
cas de segurança cibernética das instituições envolvi- z Prevenção e a detecção de intrusão;
das. Trata-se de um tópico muito importante para sua z Prevenção de vazamento de informações;
prova! É importante gravá-los. z Realização periódica de testes e varreduras;
z Proteção contra softwares maliciosos;
Art. 3º A política de segurança cibernética deve z Mecanismos de rastreabilidade;
contemplar, no mínimo: z Controles de acesso e de segmentação da rede;
I - os objetivos de segurança cibernética da z Manutenção de cópias de segurança dos dados e
instituição; informações.
II - os procedimentos e os controles adotados
para reduzir a vulnerabilidade da instituição Art. 3° [...]
a incidentes e atender aos demais objetivos de § 3º Os procedimentos e os controles citados no
segurança cibernética;
inciso II do caput devem ser aplicados, inclusive, no
III - os controles específicos, incluindo os volta-
desenvolvimento de sistemas de informação segu-
dos para a rastreabilidade da informação, que bus-
ros e na adoção de novas tecnologias empregadas
00

quem garantir a segurança das informações


nas atividades da instituição.
5-

sensíveis;
§ 4º O registro, a análise da causa e do impacto,
21

IV - o registro, a análise da causa e do impacto,


bem como o controle dos efeitos de incidentes, cita-
.

bem como o controle dos efeitos de incidentes


70

relevantes para as atividades da instituição; dos no inciso IV do caput, devem abranger inclusive
.4

V - as diretrizes para: informações recebidas de empresas prestadoras de


49

a) a elaboração de cenários de incidentes con- serviços a terceiros.


-0

siderados nos testes de continuidade de negócios; § 5º As diretrizes de que trata o inciso V, alínea
ar

b) a definição de procedimentos e de controles «b», do caput, devem contemplar procedimentos e


és

voltados à prevenção e ao tratamento dos inci- controles em níveis de complexidade, abrangência


C

dentes a serem adotados por empresas prestado- e precisão compatíveis com os utilizados pela pró-
o

ras de serviços a terceiros que manuseiem dados pria instituição.


dr

ou informações sensíveis ou que sejam relevantes


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

para a condução das atividades operacionais da Seção II — Da Divulgação da Política de Segurança


instituição; Cibernética
c) a classificação dos dados e das informações
quanto à relevância; e Art. 4º A política de segurança cibernética deve
d) a definição dos parâmetros a serem utiliza- ser divulgada aos funcionários da instituição e
dos na avaliação da relevância dos incidentes; às empresas prestadoras de serviços a terceiros,
VI - os mecanismos para disseminação da cul- mediante linguagem clara, acessível e em nível
tura de segurança cibernética na instituição, de detalhamento compatível com as funções desem-
incluindo: penhadas e com a sensibilidade das informações.
a) a implementação de programas de capacita-
ção e de avaliação periódica de pessoal;
b) a prestação de informações a clientes e usuá-
A divulgação aos funcionários e às empresas é
rios sobre precauções na utilização de produtos e o único jeito de garantir a publicidade da política
serviços financeiros; e de segurança cibernética da instituição. Não adian-
c) o comprometimento da alta administração ta nada ter a política se ninguém estiver sabendo. A
com a melhoria contínua dos procedimentos divulgação de tais informações devem ser prestadas
relacionados com a segurança cibernética; e de maneira clara e acessível. 261
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 5º As instituições devem divulgar ao público II - o resumo dos resultados obtidos na implementa-
resumo contendo as linhas gerais da política de ção das rotinas, dos procedimentos, dos controles e
segurança cibernética. das tecnologias a serem utilizados na prevenção e
na resposta a incidentes descritos no art. 6º, pará-
Vale lembrar que o público leigo precisa compreen- grafo único, inciso II;
der as políticas da instituição, inclusive para fazer III - os incidentes relevantes relacionados com o
valer seus direitos de consumidor posteriormente. ambiente cibernético ocorridos no período; e
IV - os resultados dos testes de continuidade de
Seção III — Do Plano de Ação e de Resposta a negócios, considerando cenários de indisponibili-
Incidentes dade ocasionada por incidentes.
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser:
I - submetido ao comitê de risco, quando existente; e
Art. 6º As instituições referidas no art. 1º devem
II - apresentado ao conselho de administração ou,
estabelecer plano de ação e de resposta a inci-
dentes visando à implementação da política de na sua inexistência, à diretoria da instituição até 31
segurança cibernética. de março do ano seguinte ao da data-base.
Parágrafo único. O plano mencionado no caput
deve abranger, no mínimo: Note que os requisitos mínimos foram menciona-
I - as ações a serem desenvolvidas pela institui- dos novamente. Eles são de grande relevância para
ção para adequar suas estruturas organizacional e sua prova.
operacional aos princípios e às diretrizes da políti-
ca de segurança cibernética; Art. 9º A política de segurança cibernética refe-
II - as rotinas, os procedimentos, os controles rida no art. 2º e o plano de ação e de resposta
e as tecnologias a serem utilizados na prevenção a incidentes mencionado no art. 6º devem ser
e na resposta a incidentes, em conformidade com aprovados pelo conselho de administração ou,
as diretrizes da política de segurança cibernética; e na sua inexistência, pela diretoria da instituição.
III - a área responsável pelo registro e controle
dos efeitos de incidentes relevantes. Tome cuidado, o examinador pode querer “brin-
car” com quem pode aprovar a política de segurança
Seria muito pretensioso imaginar que a seguran- cibernética e o plano de ação e de resposta a inciden-
ça da informação de uma instituição é intransponí- tes. Quem aprova é o conselho de administração!
vel. Incidentes sempre acontecem e quase nunca são Apenas se não houver um conselho de administração
previsíveis. Por isso, a resolução exige que as insti- é que a aprovação vai para a diretoria da instituição.
tuições estejam prontas a agir quando os incidentes
acontecerem. Art. 10 A política de segurança cibernética e o
plano de ação e de resposta a incidentes devem
Dica ser documentados e revisados, no mínimo,
anualmente.
Mais uma vez, tome cuidado com esses requisi-
tos mínimos. Por exemplo, perguntas a respeito A periodicidade da revisão e documentação da
dos requisitos mínimos de procedimento e con- política e do plano é a que a instituição escolher,
00

trole, mas que, nas alternativas, são colocados respeitado o mínimo anual. Assim, se, em um ano,
5-

os requisitos do plano de resposta a incidentes a instituição quiser revisar 50 mil vezes, ela pode.
21

podem ocorrer na prova, por isso é importante O importante é que não pode passar um ano sem
.
70

ter bastante foco nesse assunto. revisar!


.4
49

Art. 7º As instituições referidas no art. 1º devem Capítulo III — Da Contratação de Serviços de


-0

designar diretor responsável pela política de segu- Processamento e Armazenamento de Dados e de


rança cibernética e pela execução do plano de ação Computação em Nuvem
ar

e de resposta a incidentes.
és

Parágrafo único. O diretor mencionado no caput Art. 11 As instituições referidas no art. 1º devem
C

pode desempenhar outras funções na instituição, assegurar que suas políticas, estratégias e
o

desde que não haja conflito de interesses.


dr

estruturas para gerenciamento de riscos previs-


Pe

tas na regulamentação em vigor, especificamente


Caso o seu concurso cobre conhecimentos sobre a no tocante aos critérios de decisão quanto à ter-
Lei Geral de Proteção de Dados, saiba que esse diretor ceirização de serviços, contemplem a contrata-
pode ser o Encarregado de Dados da instituição. Não ção de serviços relevantes de processamento e
é uma obrigatoriedade, mas a função de encarregado armazenamento de dados e de computação em
de dados pode ser abrangida por essa. Caso você não nuvem, no País ou no exterior.
precise estudar a LGPD, não se preocupe, apenas saiba Art. 12 As instituições mencionadas no art. 1º, pre-
que precisa ter um diretor de segurança cibernética. viamente à contratação de serviços relevantes de
processamento e armazenamento de dados e de
Art. 8º As instituições referidas no art. 1º devem computação em nuvem, devem adotar procedi-
elaborar relatório anual sobre a implementação do mentos que contemplem:
plano de ação e de resposta a incidentes, mencio- I - a adoção de práticas de governança corpo-
nado no art. 6º, com data-base de 31 de dezembro. rativa e de gestão proporcionais à relevância do
§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, serviço a ser contratado e aos riscos a que estejam
no mínimo: expostas; e
I - a efetividade da implementação das ações descri- II - a verificação da capacidade do potencial
262 tas no art. 6º, parágrafo único, inciso I; prestador de serviço de assegurar:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) o cumprimento da legislação e da regulamenta- Repare na expressão “ao menos um”. Se é “ao
ção em vigor; menos um”, não precisa ser todos. Ou seja, esses servi-
b) o acesso da instituição aos dados e às informa- ços não são cumulativos.
ções a serem processados ou armazenados pelo A instituição pode contratar todos, se quiser, mas,
prestador de serviço; ao menos um, precisa ser contratado. Não são dois,
c) a confidencialidade, a integridade, a disponibili-
nem três, o mínimo. É um só!
dade e a recuperação dos dados e das informações
processados ou armazenados pelo prestador de
serviço; Art. 14 A instituição contratante dos serviços
d) a sua aderência a certificações exigidas pela mencionados no art. 12 é responsável pela confiabi-
instituição para a prestação do serviço a ser lidade, pela integridade, pela disponibilidade, pela
contratado; segurança e pelo sigilo em relação aos serviços con-
e) o acesso da instituição contratante aos relatórios tratados, bem como pelo cumprimento da legisla-
elaborados por empresa de auditoria especializada ção e da regulamentação em vigor.
independente contratada pelo prestador de serviço,
relativos aos procedimentos e aos controles utiliza- Esse artigo é muito importante. O examinador
dos na prestação dos serviços a serem contratados; pode confundir a cabeça dos candidatos e falar que
f) o provimento de informações e de recursos de quem é responsável é a instituição contratada. Como
gestão adequados ao monitoramento dos serviços quem presta o serviço é a contratada, o candidato
a serem prestados; desatento vai acabar marcando a assertiva errada. É
g) a identificação e a segregação dos dados dos a instituição contratante quem responderá se a con-
clientes da instituição por meio de controles físicos
tratada prestar o serviço inadequadamente. Por isso a
ou lógicos; e
importância de a instituição contratar prestadores de
h) a qualidade dos controles de acesso voltados à
proteção dos dados e das informações dos clientes serviço idôneos.
da instituição.
§ 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser Art. 15 A contratação de serviços relevantes de
contratado, mencionada no inciso I do caput, a processamento, armazenamento de dados e de
instituição contratante deve considerar a critici- computação em nuvem deve ser comunicada pelas
dade do serviço e a sensibilidade dos dados e das instituições referidas no art. 1º ao Banco Central do
informações a serem processados, armazenados Brasil.
e gerenciados pelo contratado, levando em conta, § 1º A comunicação mencionada no caput deve con-
inclusive, a classificação realizada nos termos do ter as seguintes informações:
art. 3º, inciso V, alínea “c”. I - a denominação da empresa contratada;
§ 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusi- II - os serviços relevantes contratados; e
ve as informações relativas à verificação menciona- III - a indicação dos países e das regiões em
da no inciso II, devem ser documentados. cada país onde os serviços poderão ser presta-
§ 3º No caso da execução de aplicativos por meio da dos e os dados poderão ser armazenados, proces-
internet, referidos no inciso III do art. 13, a institui- sados e gerenciados, definida nos termos do inciso
ção deve assegurar que o potencial prestador dos III do art. 16, no caso de contratação no exterior.
serviços adote controles que mitiguem os efeitos de § 2º A comunicação de que trata o caput deve ser
eventuais vulnerabilidades na liberação de novas realizada até dez dias após a contratação dos
00

versões do aplicativo. serviços.


5-

§ 4º A instituição deve possuir recursos e competên- § 3º As alterações contratuais que impliquem modi-
21

cias necessários para a adequada gestão dos servi- ficação das informações de que trata o § 1º devem
.

ços a serem contratados, inclusive para análise de


70

ser comunicadas ao Banco Central do Brasil até dez


informações e uso de recursos providos nos termos dias após a alteração contratual.
.4

da alínea «f» do inciso II do caput.


49
-0

Atenção especial aos requisitos mínimos da comu-


Neste artigo, existem vários requisitos mínimos. nicação de contratação de serviços, previstas no § 1º,
ar

Trata-se de um tópico que pode ser explorado em sua do art. 15. Atente-se, também, ao prazo de 10 dias para
és

prova. Atente-se aos termos da lei.


que a comunicação seja realizada, contados após rea-
C

lizada a contratação dos serviços.


o

Art. 13 Para os fins do disposto nesta Resolução,


dr

os serviços de computação em nuvem abrangem


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Art. 16 A contratação de serviços relevantes


a disponibilidade à instituição contratante, sob
demanda e de maneira virtual, de ao menos um de processamento, armazenamento de dados e de
dos seguintes serviços: computação em nuvem prestados no exterior deve
I - processamento de dados, armazenamento de observar os seguintes requisitos:
dados, infraestrutura de redes e outros recursos I - a existência de convênio para troca de informa-
computacionais que permitam à instituição contra- ções entre o Banco Central do Brasil e as autori-
tante implantar ou executar softwares, que podem dades supervisoras dos países onde os serviços
incluir sistemas operacionais e aplicativos desen- poderão ser prestados;
volvidos pela instituição ou por ela adquiridos; II - a instituição contratante deve assegurar que
II - implantação ou execução de aplicativos desen- a prestação dos serviços referidos no caput não
volvidos pela instituição contratante, ou por ela cause prejuízos ao seu regular funcionamento nem
adquiridos, utilizando recursos computacionais do embaraço à atuação do Banco Central do Brasil;
prestador de serviços; ou III - a instituição contratante deve definir, previa-
III - execução, por meio da internet, de aplicativos mente à contratação, os países e as regiões em
implantados ou desenvolvidos pelo prestador de cada país onde os serviços poderão ser prestados
serviço, com a utilização de recursos computacio- e os dados poderão ser armazenados, processados
nais do próprio prestador de serviços. e gerenciados; e 263
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
IV - a instituição contratante deve prever alterna- VII - a permissão de acesso do Banco Central do
tivas para a continuidade dos negócios, no caso de Brasil aos contratos e aos acordos firmados para
impossibilidade de manutenção ou extinção do con- a prestação de serviços, à documentação e às
trato de prestação de serviços. informações referentes aos serviços prestados, aos
§ 1º No caso de inexistência de convênio nos ter- dados armazenados e às informações sobre seus
mos do inciso I do caput, a instituição contratante processamentos, às cópias de segurança dos dados
deverá solicitar autorização do Banco Central do e das informações, bem como aos códigos de acesso
Brasil para: aos dados e às informações;
I - a contratação do serviço, no prazo mínimo de VIII - a adoção de medidas pela instituição con-
sessenta dias antes da contratação, observado o tratante, em decorrência de determinação do Ban-
disposto no art. 15, § 1º, desta Resolução; e co Central do Brasil; e
II - as alterações contratuais que impliquem modi- IX - a obrigação de a empresa contratada manter
ficação das informações de que trata o art. 15, § 1º, a instituição contratante permanentemen-
observando o prazo mínimo de sessenta dias antes te informada sobre eventuais limitações que
da alteração contratual. possam afetar a prestação dos serviços ou o
§ 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, cumprimento da legislação e da regulamentação
as instituições deverão assegurar que a legislação em vigor.
e a regulamentação nos países e nas regiões em Parágrafo único. Os contratos mencionados no
cada país onde os serviços poderão ser prestados caput devem prever, para o caso da decretação de
não restringem nem impedem o acesso das institui- regime de resolução da instituição contratante pelo
ções contratantes e do Banco Central do Brasil aos Banco Central do Brasil:
dados e às informações. I - a obrigação de a empresa contratada conceder
§ 3º A comprovação do atendimento aos requisitos pleno e irrestrito acesso do responsável pelo regi-
de que tratam os incisos I a IV do caput e o cumpri- me de resolução aos contratos, aos acordos, à docu-
mento da exigência de que trata o § 2º devem ser mentação e às informações referentes aos serviços
documentados. prestados, aos dados armazenados e às informa-
ções sobre seus processamentos, às cópias de segu-
Perceba que os requisitos versam sobre a presta- rança dos dados e das informações, bem como aos
ção de serviço realizada no exterior. Atente-se aos códigos de acesso citados no inciso VII do caput que
requisitos mínimos. Aliás, eles aparecerão no artigo a estejam em poder da empresa contratada; e
seguir: II - a obrigação de notificação prévia do responsá-
vel pelo regime de resolução sobre a intenção de a
empresa contratada interromper a prestação de
Art. 17 Os contratos para prestação de ser-
serviços, com pelo menos trinta dias de antecedên-
viços relevantes de processamento, armaze-
cia da data prevista para a interrupção, observado
namento de dados e computação em nuvem
que:
devem prever:
a) a empresa contratada obriga-se a aceitar even-
I - a indicação dos países e da região em cada
tual pedido de prazo adicional de trinta dias para a
país onde os serviços poderão ser prestados e
interrupção do serviço, feito pelo responsável pelo
os dados poderão ser armazenados, processados
regime de resolução; e
e gerenciados;
b) a notificação prévia deverá ocorrer também na
II - a adoção de medidas de segurança para a
situação em que a interrupção for motivada por
transmissão e armazenamento dos dados citados
00

inadimplência da contratante.
no inciso I do caput;
5-

III - a manutenção, enquanto o contrato estiver


21

vigente, da segregação dos dados e dos controles de O art. 18 traz a única exceção às regras dos artigos
.

antecedentes. Vejamos:
70

acesso para proteção das informações dos clientes;


IV - a obrigatoriedade, em caso de extinção do
.4

Art. 18 O disposto nos arts. 11 a 17 não se aplica


49

contrato, de:
a) transferência dos dados citados no inciso I do à contratação de sistemas operados por câma-
-0

caput ao novo prestador de serviços ou à institui- ras, por prestadores de serviços de compensação
ar

ção contratante; e e de liquidação ou por entidades que exerçam ati-


és

b) exclusão dos dados citados no inciso I do caput vidades de registro ou de depósito centralizado.
C

pela empresa contratada substituída, após a trans-


o

ferência dos dados prevista na alínea “a” e a con- Dica


dr

firmação da integridade e da disponibilidade dos


Pe

dados recebidos; Tudo que envolve exceções a uma regra é tema


V - o acesso da instituição contratante a: quente para concurso público.
a) informações fornecidas pela empresa contrata-
da, visando a verificar o cumprimento do disposto Capítulo IV — Disposições Gerais
nos incisos I a III do caput;
b) informações relativas às certificações e aos rela-
As disposições gerais já começam com os já tão
tórios de auditoria especializada, citados no art.
falados requisitos mínimos, quais sejam, os requisitos
12, inciso II, alíneas “d” e “e”; e
sobre a continuidade dos negócios nas políticas:
c) informações e recursos de gestão adequados ao
monitoramento dos serviços a serem prestados,
citados no art. 12, inciso II, alínea “f”; Art. 19 As instituições referidas no art. 1º devem
VI - a obrigação de a empresa contratada notificar assegurar que suas políticas para gerenciamento
a instituição contratante sobre a subcontratação de riscos previstas na regulamentação em vigor
de serviços relevantes para a instituição; disponham, no tocante à continuidade de negócios,
sobre:

264
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - o tratamento dos incidentes relevantes relacio- Capítulo V — Disposições Finais
nados com o ambiente cibernético de que trata o
art. 3º, inciso IV; Art. 23 Devem ficar à disposição do Banco Central
II - os procedimentos a serem seguidos no caso da do Brasil pelo prazo de cinco anos:
interrupção de serviços relevantes de processamen- I - o documento relativo à política de segurança
to e armazenamento de dados e de computação em cibernética, de que trata o art. 2º;
nuvem contratados, abrangendo cenários que con- II - a ata de reunião do conselho de administração
siderem a substituição da empresa contratada e o ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição,
restabelecimento da operação normal da institui- no caso de ser formalizada a opção de que trata o
ção; e art. 2º, § 2º;
III - os cenários de incidentes considerados nos tes- III - o documento relativo ao plano de ação e de res-
tes de continuidade de negócios de que trata o art. posta a incidentes, de que trata o art. 6º;
3º, inciso V, alínea “a”. IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;
Art. 20 Os procedimentos adotados pelas institui- V - a documentação sobre os procedimentos de que
ções para gerenciamento de riscos previstos na trata o art. 12, § 2º;
regulamentação em vigor devem contemplar, no VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no
tocante à continuidade de negócios: caso de serviços prestados no exterior;
I - o tratamento previsto para mitigar os efeitos VII - os contratos de que trata o art. 17, contado
dos incidentes relevantes de que trata o inciso IV o prazo referido no caput a partir da extinção do
do art. 3º e da interrupção dos serviços relevantes contrato;
de processamento, armazenamento de dados e de VIII - os dados, os registros e as informações relati-
computação em nuvem contratados; vas aos mecanismos de acompanhamento e de con-
II - o prazo estipulado para reinício ou normaliza- trole de que trata o art. 21, contado o prazo referido
ção das suas atividades ou dos serviços relevantes no caput a partir da implementação dos citados
interrompidos, citados no inciso I do caput; e mecanismos; e
III - a comunicação tempestiva ao Banco Central IX - a documentação com os critérios que configu-
do Brasil das ocorrências de incidentes relevantes rem uma situação de crise de que trata o art. 20,
e das interrupções dos serviços relevantes citados Parágrafo único.
no inciso I do caput que configurem uma situação
de crise pela instituição financeira, bem como das Atente-se ao prazo. Prazo sempre é tema quente
providências para o reinício das suas atividades. para cair em prova. O examinador coloca a íntegra do
Parágrafo único. As instituições devem estabele-
artigo, mas muda esses “cinco anos” para “dez anos” e
cer e documentar os critérios que configurem uma
o candidato poderá ser induzido a erro.
situação de crise de que trata o inciso III do caput.
Art. 21 As instituições de que trata o art. 1º devem
instituir mecanismos de acompanhamento e de Art. 24 O Banco Central do Brasil poderá adotar
controle com vistas a assegurar a implementação as medidas necessárias para cumprimento do
e a efetividade da política de segurança cibernética, disposto nesta Resolução, bem como estabelecer:
do plano de ação e de resposta a incidentes e dos I - os requisitos e os procedimentos para o com-
requisitos para contratação de serviços de proces- partilhamento de informações, nos termos do
samento e armazenamento de dados e de computa- art. 22;
ção em nuvem, incluindo: II - a exigência de certificações e outros requi-
I - a definição de processos, testes e trilhas de sitos técnicos a serem requeridos das empresas
contratadas, pela instituição financeira contratan-
00

auditoria;
II - a definição de métricas e indicadores adequa- te, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
5-

dos; e III - os prazos máximos de que trata o art. 20, inciso


21

III - a identificação e a correção de eventuais II para reinício ou normalização das atividades ou


.
70

deficiências. dos serviços relevantes interrompidos; e


IV - os requisitos técnicos e procedimentos ope-
.4

§ 1º As notificações recebidas sobre a subcontra-


49

tação de serviços relevantes descritas no art. 17, racionais a serem observados pelas institui-
ções para o cumprimento desta Resolução.
-0

inciso VI, devem ser consideradas na definição dos


mecanismos de que trata o caput.
ar

§ 2º Os mecanismos de que trata o caput devem ser Esse artigo é muito importante, pois traz ações
és

submetidos a testes periódicos pela auditoria inter- possíveis a serem realizadas pelo Banco Central do
C

na, quando aplicável, compatíveis com os controles Brasil (BACEN).


o

internos da instituição.
dr

Art. 22 Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre Art. 25 As instituições referidas no art. 1º que, em
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

concorrência, as instituições mencionadas no art. 26 de abril de 2018, já tinham contratado a pres-


1º devem desenvolver iniciativas para o comparti- tação de serviços relevantes de processamento,
lhamento de informações sobre os incidentes rele- armazenamento de dados e de computação em
vantes de que trata o art. 3º, inciso IV. nuvem devem adequar o contrato para a prestação
§ 1º O compartilhamento de que trata o caput deve de tais serviços:
abranger informações sobre incidentes relevantes I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I,
recebidas de empresas prestadoras de serviços a II, IV e § 2º, no caso de serviços prestados no exte-
terceiros. rior; e
§ 2º As informações compartilhadas devem estar II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
disponíveis ao Banco Central do Brasil. Parágrafo único. O prazo previsto para adequação
ao disposto no caput não pode ultrapassar 31 de
Ou seja, de acordo com o art. 22, é mais importan- dezembro 2021.
te a proteção do consumidor e do titular de dados do
que o sigilo sobre os incidentes! Para fins de prova, De acordo com o art. 25, os contratos anteriores
na dúvida, marque a assertiva que melhor proteger o devem ser emendados para se adequarem à nova
vulnerável da relação jurídica (sempre o consumidor, norma. É quase como se a resolução tivesse efeito
o trabalhador, o titular de dados etc.). retroativo. 265
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 26 O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restrições para a contratação de serviços de processamen-
to e armazenamento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a qualquer tempo, a inobservância do
disposto nesta Resolução, bem como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil, estabelecendo prazo para a
adequação dos referidos serviços.

ÉTICA APLICADA: ÉTICA, MORAL, VALORES E VIRTUDES


ÉTICA E MORAL

O ponto inicial desta matéria precisa de uma distinção que comumente passa desapercebida: a diferença entre
ética e moral. Você precisa de certezas firmes e objetivas para realizar a sua prova.
Ética é uma área da filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios
fundamentais das ações e do comportamento humano. A moral, por sua vez, é uma construção social. Sendo
assim, está condicionada à sociedade que a cerca, que a contém. A moral tem um aspecto muito mais objetivo e
representa um momento e uma cultura.
A ética, como parte da filosofia, alcança locais mais distantes e discute temas mais relevantes. A ética é uma
matéria de uma ciência por excelência. A dialética da filosofia busca a verdade final das coisas. A discussão e a
oposição de ideias estabilizam os conceitos para que não mudem mais. A ética é estável, pois alcançou verdades
que superam o tempo. A ética é estável, atemporal.
A moral possui grande valor social e é uma ferramenta importante, todavia tem uma aplicação temporal e
muda no desenrolar dos eventos históricos. Portanto, ela é mutável, restrita a determinadas localizações geo-
gráficas e sociais. A moral respeita a continência, ou seja, está contida pela sociedade que a cerca. A moral está
atrelada a uma sociedade e uma época.
Alguns autores trazem ética e moral como sinônimos, mas você precisa ter muito cuidado pois, apesar de
serem semelhantes e abordarem praticamente a “mesma coisa” por perspectivas diferentes, as bancas dos con-
cursos estabelecem distinções entre esses termos.
Veja uma distinção um pouco mais clara:

Princípios
Universal, fundamentais
ÉTICA
atemporal Ações do
comportamento

Construção social, Representa um


MORAL ligada a sua momento e uma
00

sociedade cultura
5-
.21
70

A ética tem um caráter científico, por isso, suas mudanças e aplicações ocorrem de outra forma. Sua estabilida-
.4

de é muito maior e suas aplicações alcançam uma universalidade. Em algum momento espera-se que mudanças
49

em conceitos éticos ocorrerão, mas para execução de provas de concurso, o conceito de universalidade e estabi-
-0

lidade é adequado.
ar

Agora que já conseguimos separar algumas caraterísticas de moral e ética, vamos aprofundar um pouco nos
és

seus conceitos. Para fazer isso, vamos usar a etimologia.


C

É conveniente analisar no estudo da Ética a sua etimologia. Assim, ética é uma palavra que vem do termo
o

grego “ethos”, que quer dizer “modo de ser”, “costume” ou “hábito”. A origem da palavra nos remete instantanea-
dr

mente para o cerne de seu conceito que, apesar da dificuldade de estabelecer um significado único, nos envia a
Pe

um conjunto de princípios morais ou valores que dão condição à convivência humana em sociedade.
Em seguida temos a origem do termo moral, que tem origem no latim e seria “mos” que tem o mesmo signifi-
cado de “ethos” e que deu origem à palavra “moral”.
É importante ressaltar que a moral varia no tempo, a depender da conjuntura social. Até o século XIX, por
exemplo, considerava-se normal que crianças trabalhassem em fábricas. Hoje, além de termos uma legislação
especial (Estatuto da Criança e do Adolescente) que protege essas crianças, a sociedade entendeu a necessidade
de tratamento diferenciado a esse grupo vulnerável.
Feitas essas distinções e estabelecidos alguns conceitos simples, preparamos uma tabela bastante objetiva que
vai ajudar nas revisões sobre esse assunto cobrado nas provas.

ÉTICA MORAL
Sua aplicação está voltada para a prática so-
Estudo filosófico, científico, universal e atemporal, ba-
Definição cial em um determinado local e em um deter-
seado em princípios, por isso, estável
minado tempo
266
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ÉTICA MORAL
Não encontra limitações no tempo ou no espaço. É um
Seu alcance está contido ao local em que se
estudo filosófico e científico. Partindo da dialética, a éti-
Alcance aplica e ao período cultural em que é observa-
ca pretende comparar verdades até que se alcance um
da. A moral, portanto, continuamente mudará
conceito final e estável
Fica relacionada a longas reflexões de caráter
Base A moral transforma a reflexão em ação
especulativo

As provas de concurso costumam cobrar essa matéria com questões que trazem expressões como: “bom com-
portamento”, “boa conduta” ou “o bem”, e que acabam confundido o candidato na hora de definir se estão tratan-
do de ética ou moral, pois, apesar das distinções que já estudamos, o limiar de diferenças é tênue.
Assim, certifique-se de qual concepção está sendo cobrada com base nos fundamentos apresentados nas ques-
tões, lembrando que a moral se funda nos costumes e tradições, enquanto a ética se baseia na razão e na reflexão.
Lembre-se: A moral muda, já a ética, enquanto ciência, permanece.

ÉTICA, PRINCÍPIOS E VALORES

Tendo em vista que a organização dos conceitos é necessária, revisaremos o conceito de ética e conheceremos
os conceitos de princípios e valores.
Ética é uma área da filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios
fundamentais das ações e do comportamento humano. Finalmente podemos inferir que a ética é uma ciência.
A ética, como ciência, debruça-se ao estudo da moral, que está diretamente relacionada à conduta das pessoas
e à noção de certo e errado, que, por sua vez, possui relação direta com os valores e princípios.
Vamos a nossa tabela de diferenças que pode nos auxiliar na compreensão deste assunto:

ÉTICA MORAL
Baseia-se em princípios Estabelece condutas
Busca a permanência e estabilidade Muda, é temporal e coletiva
Busca a universalidade Está contida na cultura daquela sociedade
Estabelece regras (verdades) Executa as condutas regradas
É uma ciência, portanto, teórica Tem espírito prático

OS PRINCÍPIOS

Entenda os princípios como ordens iniciais. São, sem dúvida, alicerces, bases para formação dos valores. Fique
00

atento, pois os princípios definem valores. Os princípios têm sua origem nos aspectos econômicos, políticos e
5-

sociais. Assim, podemos os definir como juízos de valor.


21

Os princípios são conceitos abstratos e possuem indefinição, mas orientam a interpretação da regra. Vejamos
.
70

um exemplo que a Constituição apresenta:


.4
49

Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-
-0

ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte:
ar
és
C
o
dr
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

de
Princípios são vetores
interpretação

A Constituição, no caput de seu art. 37, elenca princípios, mas não apresenta uma medida para cumprimento
de cada princípio. Lembre-se: princípios são vetores de interpretação, ou seja, determinam sentido e direção.
A norma, nesse momento, não define quais os limites da legalidade, impessoalidade, publicidade ou eficiência.
Por isso, os princípios são abstratos. Esse papel de definir “os limites de aplicação” dos princípios e de apresen-
tá-los como valores será exercido em um nível seguinte por meio das regras ou normas a serem estabelecidas.
Nas palavras de Francisco Amaral (2017):

[...] são pensamentos diretores de uma regulamentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de nor-
mas e de institutos jurídicos [...] Como diretrizes gerais e básicas, servem também para fundamentar e dar unidade
a um sistema ou a uma instituição. 267
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Importante: regras são prescrições de conduta claras e objetivas. Já os princípios são juízos abstratos de valor
que orientam a interpretação e a aplicação das regras. A distinção entre princípios e regras traduz uma distinção
entre dois tipos de normas.

OS VALORES

O direito recepciona em nosso ordenamento jurídico os valores éticos e morais, apontando-os como diretri-
zes importantes e como meios de aplicação das normas. Assim, o direito deve ser interpretado muito além das
chamadas normas jurídicas, devendo incorporar a moral em voga naquele momento ao ordenamento jurídico.
Os valores podem ser facilmente exemplificados, mas sua definição é mais complexa. Por exemplo, a vida é um
valor muito importante em nossa sociedade, juntamente com a liberdade e a propriedade. Se você reparar, verá
que existe uma relação entre os princípios e as expressões valor, direito, norma e regra.
Lembre-se: Valores são objeto de uma escolha moral!
Veja um exemplo desse processo: inicialmente estabelecemos um princípio: impessoalidade, por exemplo. Em
seguida, temos que impessoalidade é a igualdade no tratamento dos cidadãos. A igualdade é um valor e vamos
respeitá-la. Aqui, só nos faltaria determinar uma norma de conduta, uma regra para seguirmos. Essa definição de
valor é feita informando as pessoas dos riscos em descumprir a impessoalidade.
Ou seja, trazendo esses conceitos para a prática, desrespeitar a impessoalidade é uma improbidade admi-
nistrativa, que configura crime e possui pena. Nesse momento, temos um princípio consistente, um valor defini-
do e uma norma apresentada.

Impessoalidade é um princípio

Igualdade é um valor

Disso deriva uma norma de conduta

Descumprir a impessoalidade é
improbidade administrativa

Lei de Improbidade
Impessoalidade:
Administrativa:
00

Princípios
Garantia de Princípio
5-
. 21
70

PRINCÍPIO REGRA VALOR


.4

Os princípios são juízos O papel de definir e Os princípios são juízos


49

de valor. Ou seja, são determinar será exercido de valor. Ou seja, são


-0

abstratos e possuem em um nível seguinte abstratos e possuem


indefinição através das regras indefinição
ar
és
C
o

Assim, definimos os conceitos de princípios e valores e relacionamos esses pontos ao direito.


dr
Pe

NOÇÕES DE ÉTICA EMPRESARIAL E PROFISSIONAL


Primeiramente, vale destacar que “Ética” é uma palavra originária do grego “Ethos”, que acarreta a noção de
caráter. Para os gregos antigos, este termo carregava a noção de uma percepção individual, no qual devia ser clara
e confortável, guiando o Homem no “Bem agir”.
Já a ética empresarial, ou ainda ética das organizações, é o comportamento da empresa referente à sua con-
duta ética, ou seja, quando ela age em conformidade aos princípios morais preconizados na sociedade.
Neste sentido, inferimos que a ética empresarial funciona como os pilares morais e de relacionamento defini-
dos dentro da organização para o seu modo de atuação no mercado, diante de seus clientes, funcionários, parcei-
ros e até mesmo concorrentes. Assim, a atuação ética empresarial é aquela na qual está de acordo com os valores
estabelecidos.
Desse modo, a orientação humanística da ética empresarial é caracterizada por um conjunto de ações, projetos
268 e valores tendo como valor principal a vida humana, ou seja, ao bem-estar social do ser humano.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O debate da ética empresarial abrange e questiona Afinal, todo este debate sobre a abrangência da éti-
inúmeros aspectos da administração das organiza- ca na Administração, tem como objetivo a transforma-
ções e de suas relações com a sociedade. ção da empresa em uma organização íntegra.
De forma didática, podemos classificar a sua E o que é uma organização íntegra?
abrangência em quatro categorias (ou níveis): O professor Marcelo Coimbra nos ensina que:
“uma organização íntegra é aquela que consegue
ABRANGÊNCIA DA ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO manter, em cada uma das suas decisões, atividades
ou ações uma coerência com a sua identidade, nun-
Nível Social Nível do Stakeholder
ca perdendo de vista os valores que a inspiram e os
Na administração e políti- objetivos que ela deve perseguir, transformando-os
Nível Individual em ação concreta”.
cas internas
Atualmente, devido à complexidade das relações
entre as partes envolvidas, o termo Compliance, ine-
z Nível Social da Ética
rente à ética empresarial, vem ganhando destaque.
O termo compliance tem sua origem no verbo no
As questões éticas relacionam-se com o papel e os
idioma inglês to comply, que significa agir de acor-
efeitos das organizações na sociedade em geral.
do com as diretrizes estabelecidas, especificações ou
São exemplos das questões éticas envolvidas nesse
legislação, ou seja, a organização deve empenhar-
nível:
-se em cumprir e fazer cumprir as regras internas e
„ É justo os altos executivos terem seus salá- externas na qual regem suas atividades.
rios muito maiores do que os trabalhadores Na prática, cada vez mais é exigido das organiza-
operacionais? ções uma conduta ética, transparente e responsável
„ Pode-se aceitar a influência das empresas pri- perante toda a sociedade, não sendo mais aceitas ati-
vadas nos pleitos eleitorais? tudes e ações sem a devida integridade.

z Nível do Stakeholder
Importante!
Stakeholder (ou em português, parte interessa- Estar em compliance é estar em conformidade
da) são pessoas associadas diretamente ou indi-
com as leis e regulamentos (externos e inter-
retamente à organização ou que sofrem alguma
nos), com o objetivo de evitar fraudes, ilícitos e
influência em suas decisões.
São exemplos das questões éticas envolvidas neste desvios de conduta.
nível:
Certamente, você aluno, deve estar se indagando
„ Quais são as obrigações da organização
que esses conceitos inerentes à ética são abstratos e
com relação ao impacto ambiental sobre as
de difícil aplicação no dia a dia da organização. Como,
comunidades?
então, aplicar isso no cotidiano da empresa? A respos-
„ Quais são as obrigações da empresa em infor-
00

ta se dá por meio do famoso Código de Ética, nosso


mar os riscos de seus produtos para o consumi-
próximo assunto!
5-

dor final? Ex.: tabaco.


.21
70

z Ética na administração e política internas


.4
49

Neste nível, a discussão sobre a ética tem seu foco A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS
-0

especialmente nas relações entre a organização e PÚBLICAS E PRIVADAS


seus empregados.
ar

São exemplos das questões éticas envolvidas neste


és

O principal mecanismo para implantar a gestão


nível:
C

da ética de modo eficiente, tanto nas empresas priva-


o

das, tanto nas empresas públicas é com a elaboração e


dr

„ Quais são as obrigações da empresa com seu


implantação do Código de Ética e/ou conduta.
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

funcionário?
Como sabemos: documentar é preciso! Assim, o
„ Que participação os empregados devem ter nas
código de ética é o documento utilizado para tradu-
decisões que afetam a empresa?
zir o comportamento esperado de todos os funcio-
z Nível Individual nários, inclusive de dirigentes, gerentes, parceiros
comerciais.
No plano individual, as questões éticas dizem res- Aliás, o código de ética do Banco do Brasil é maté-
peito de como as pessoas devem tratar-se uma as ria de seu concurso! Caro aluno e futuro funcionário
outras. do BB, dessa maneira, a instituição ao cobrar o código
São exemplos das questões éticas envolvidas neste de ética no concurso de admissão, pretende que todos
nível: os aprovados já ingressem conhecendo os seus direi-
tos, deveres e o comportamento desejado.
„ Quais os direitos as pessoas têm como trabalha- De forma simples, o código de ética estabelece
dores e seres humanos? regras essenciais que devem ser observados por todos,
„ Que normas de conduta devem orientar as deci- sem exceção, além de poder prever sanções para os
sões que envolvem e afetam outras pessoas? funcionários que o infringirem. 269
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Em regra, inicia-se com uma mensagem da auto- Decreto nº 1.171, de 1994
ridade máxima (o presidente), e posteriormente
encontra-se os princípios e valores adotados pela O servidor público não poderá jamais desprezar o
organização, além do estabelecimento de direitos, elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que
deveres, obrigações e vedações, abordando diversos decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
outros tópicos relevantes, tais como: responsabilidade injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
social, conflito de interesses, políticas de proteção de e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto
dados, diversidade e inclusão, etc. e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
Normalmente, as organizações optam por produ- 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
zir códigos de ética sucintos e de fácil compreensão,
favorecendo assim a sua difusão, leitura e aplicação. z Lei das Estatais (Empresa Pública e Sociedade de
Na tabela abaixo, trazemos algumas característi- Economia Mista)
cas essenciais na elaboração de um código de ética e/
ou conduta: Lei nº 13.303, de 2016

Art. 9º [...]
SUGESTÕES PARA ELABORAÇÃO DO CÓDIGO DE
§ 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de
ÉTICA Conduta e Integridade, que disponha sobre:
� Redigido de forma clara, objetiva e, se possível, I - princípios, valores e missão da empresa pública
e da sociedade de economia mista, bem como orien-
coloquial
tações sobre a prevenção de conflito de interesses e
� Linguagem simples e direta, evitando dar margem a
vedação de atos de corrupção e fraude;
dupla interpretação
II - instâncias internas responsáveis pela atualiza-
� Aprovado pela alta administração ção e aplicação do Código de Conduta e Integridade;
� Revisado e alterando periodicamente com partici- III - canal de denúncias que possibilite o recebi-
pação ativa dos funcionários mento de denúncias internas e externas relativas
ao descumprimento do Código de Conduta e Inte-
gridade e das demais normas internas de ética e
A maioria das ações inerentes à gestão da ética nas
obrigacionais;
empresas privadas são compatíveis com as empre-
IV - mecanismos de proteção que impeçam qual-
sas estatais (empresa pública e sociedade de eco- quer espécie de retaliação a pessoa que utilize o
nomia mista). Dessa maneira, a principal diferença canal de denúncias;
não está nas ferramentas, e sim no modo como são V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras
formalizadas. do Código de Conduta e Integridade;
Na gestão privada é possível implantar as polí- VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo
ticas de integridade de forma mais célere, aplican- anual, sobre Código de Conduta e Integridade, a
do as ações necessárias para empresa. Já na gestão empregados e administradores, e sobre a política
pública, respeitando o princípio da legalidade, as de gestão de riscos, a administradores.
ações não podem ser pautadas pela vontade da
administração ou dos agentes públicos, mas sim Outro assunto que entrou para a agenda empresa-
deve-se obrigatoriamente respeitar a vontade da rial, e assim também pode ser cobrado em sua prova,
00

Lei. é o debate da responsabilidade social da empresa.


A responsabilidade social empresarial consiste no
5-
21

conjunto de iniciativas que objetiva o desenvolvi-


Importante!
.

mento sustentável, tanto do ponto de vista econômi-


70

co, quanto do ponto de vista social e ambiental.


.4

O princípio da legalidade impõe que o agente Nesta perspectiva, é de suma importância o foco
49

público observe, fielmente, todos os requisitos na dimensão ética de suas relações com as partes
-0

expressos na Lei. envolvidas, bem como a qualidade dos impactos da


ar

organização sobre a sociedade e o meio ambiente.


és

Para facilitar o entendimento, esquematizamos os


Nessa lógica, na Administração Pública, a condu-
C

principais pontos na figura a seguir:


ta ética é objeto de diversos dispositivos legais, por
o
dr

exemplo: Responsabilidade Social Empresarial


Pe

z Art. 37, da Constituição Federal de 1988:

A administração pública direta e indireta de qual-


� Econômico
quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Desenvolvimento � Social
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios Sustentável � Ambiental
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-
dade e eficiência
Outro assunto já cobrado em concursos, é sobre o
z Código de Ética Profissional do Servidor Público modelo inicial de responsabilidade social empre-
Civil do Poder Executivo Federal. sarial desenvolvido por Carroll, no qual se esta-
belecem as dimensões da responsabilidade social
empresarial em forma de uma pirâmide:

270
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POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE
Responsabilidade SOCIOAMBIENTAL DO BANCO DO
Discricionária BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB
NA INTERNET)
Responsabilidade Ética POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL,
AMBIENTAL E CLIMÁTICA (PRSAC)

Abrangência: Esta Política orienta o comporta-


Responsabilidade Legal mento do Banco do Brasil e das Entidades Ligadas
integrantes do Conglomerado Prudencial Banco do
Brasil e é pautada pelos princípios da relevância, pro-
Responsabilidade porcionalidade e eficiência. Esperase que as demais
Econômica ELBB também definam seus direcionamentos a par-
tir dessas orientações, considerando as necessidades
específicas e os aspectos legais e regulamentares a
que estão sujeitas.
Regulamentação: Resolução do Conselho Monetá-
rio Nacional 4.945, de 15.09.2021.
Periodicidade de revisão: no mínimo a cada
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Carroll apud Machado três anos, ou extraordinariamente a qualquer tempo
Filho (2020). quando da ocorrência de eventos relevantes.
Veremos agora cada uma das etapas da pirâmide: Introdução: Esta Política consiste no conjunto de
princípios e diretrizes de natureza social, ambiental e
z Responsabilidade Econômica: Envolve as obriga- climática que nos orienta na condução dos negócios,
ções da empresa de ser produtiva e rentável; das atividades e dos processos, bem como na nossa
z Responsabilidade Legal: Consiste nas expectati- relação com as partes interessadas, estando alinhada
vas que a própria sociedade tem de que as empre- às demais políticas vigentes.
sas cumpram suas obrigações de acordo com o Para fins desta Política consideramos:
arcabouço legal existente;
z Responsabilidade Ética: Consiste em ter um com- z natureza social como o respeito, a proteção e a
portamento que a sociedade espera da empresa, promoção dos direitos e garantias fundamentais e
agindo com equidade, justiça e imparcialidade, de interesse comum.
além de respeitar os direitos individuais; z natureza ambiental como a preservação e a repa-
z Responsabilidade Discricionária (ou filantrópi-
ração do meio ambiente, incluindo sua recupera-
ca): Vai além das funções básicas tradicionalmen-
ção, quando possível.
te esperadas e diz respeito ao envolvimento da
empresa com questões relacionadas à melhoria do z natureza climática como a nossa contribuição
positiva na transição para uma economia de baixo
00

ambiente social.
carbono, e na redução de impactos que possam ser
5-

associados às mudanças em padrões climáticos.


21

Atualmente, com os inúmeros casos de corrupção


tanto na iniciativa privada quanto na esfera pública, z partes interessadas como clientes e usuários;
.
70

o comportamento ético tornou-se central nos debates administradores, funcionários; fornecedores e ter-
.4

nas organizações. ceirizados; acionistas; investidores; e demais pes-


49

Dessa maneira, a tendência é que as organizações soas impactadas pelos nossos produtos, serviços,
-0

(públicas e privadas) mais transparentes tenham atividades e processos.


mais credibilidades em seus relacionamentos sociais
ar

e empresariais.
és

ENUNCIADOS
Com isso, a criação e a manutenção de um ambien-
C

te ético nas organizações contribuem para o fomento


o

Princípios:
dr

de uma cultura focada na integridade, na qual permi-


Pe

te a participação de todos os atores envolvidos, bus-


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

cando eliminar possíveis fraudes e corrupções. z Atuamos com responsabilidade social, ambiental e
Por fim, inferimos, que para o sucesso da organi- climática a partir das nossas definições estratégi-
zação é fundamental o alinhamento de sua estrutura cas, alinhadas às leis e normas que disciplinam o
organizacional, a fim de atender a princípios éticos e assunto, e aos pactos e compromissos assumidos
com respeito à legislação nacional, de modo a que a fun- voluntariamente.
ção social da organização seja efetivamente cumprida. z Pautamos nossa atuação pela ética, pela promoção
dos direitos humanos e dos direitos fundamen-
tais do trabalho, pela universalização dos direi-
tos sociais e da cidadania, e pelo respeito ao meio
ambiente.
CÓDIGO DE ÉTICA DO BANCO DO z Consideramos os impactos de natureza social,
BRASIL (DISPONÍVEL NO SÍTIO DO BB ambiental e/ou climática das nossas atividades,
NA INTERNET) processos, produtos e serviços.
z Estimulamos, difundimos e implementamos prá-
Conteúdo será disponibilizado em PDF na área do ticas de natureza social, ambiental e climática na
aluno na plataforma virtual. nossa cadeia de valor. 271
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Adotamos estrutura de governança da responsabi- Especificamente no âmbito da gestão de ativos de
lidade social, ambiental e climática proporcional terceiros:
ao nosso porte e modelo de negócios, à natureza
das operações, à complexidade dos nossos produ- z Adotamos metodologias próprias de análise das
tos, serviços, atividades e processos; e de gestão de empresas pertencentes ao universo de cobertura
riscos adequada à dimensão e relevância da nossa da Companhia que avaliem os critérios sociais,
exposição aos riscos social, ambiental e climático. ambientais e climáticos, com base nos pilares de
z Atuamos continuamente para a melhoria de nosso desempenho econômicofinanceiro, governança
desempenho social, ambiental e climático. corporativa e aspectos ambientais e sociais.
z Buscamos oportunidades de negócios que consi- z Observamos a Diretriz de Investimento Respon-
derem aspectos de natureza social, ambiental e/ sável da BB DTVM, que tem por objetivo pau-
ou climática, alinhadas ao objetivo de crescimento
tar o comportamento da Companhia quanto as
da carteira de negócios sustentáveis e à transição
melhores práticas no emprego do Investimento
para uma economia de baixo carbono.
Responsável, incluindo os processos para avaliar,
z Atuamos em conformidade com o ambiente regu-
selecionar e engajar as companhias, considerando
latório em que estamos inseridos, considerando a
aspectos ambientais, sociais e de governança cor-
ética, a integridade e a civilidade como princípios
norteadores das nossas relações com a concorrên- porativa (ASG).
cia e com as demais partes interessadas. z Observamos a Diretriz de Exercício de Direito de
z Engajamos e capacitamos nossos funcionários, em Voto em Assembleias da BB DTVM, que tem por
todos os níveis, para o cumprimento desta Política. objetivo pautar o comportamento da Companhia
no que tange ao voto em Matérias Relevantes
Diretrizes Sociais, Ambientais e Climáticas: Obrigatórias quando da obrigatoriedade de parti-
cipação nas Assembleias que são realizadas pelos
z Buscamos desenvolver ações voltadas para a ges- emissores sediados no Brasil dos ativos financeiros
tão socioambiental, a ecoeficiência e a prevenção que compõem a carteira de seus fundos.8
da poluição e das emissões de carbono em pro-
dutos, serviços e processos, bem como o zelo pela RESOLUÇÃO CMN Nº 4.945, DE 15 DE SETEMBRO
adequada destinação dos resíduos gerados. DE 2021
z Adotamos critérios de exclusão na realização de
negócios, contratação de bens e serviços, investi- A Resolução CMN Nº 4.945, de 15 de setembro de
mentos ou parcerias societárias com terceiros que 2021, dispõe sobre a Política de Responsabilidade
submetam trabalhadores a formas degradantes de Social, Ambiental e Climática (PRSAC) e sobre as ações
trabalho ou a condições análogas a de escravo; que com vistas à sua efetividade.
pratiquem a exploração sexual de menores e/ou de Vejamos os dispositivos da Resolução com os prin-
mão de obra infantil; e que sejam responsáveis por cipais destaques:
dano doloso ao meio ambiente.
z Respeitamos, incentivamos e valorizamos a diver- Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a Política
sidade e a equidade nas relações, bem como repu- de Responsabilidade Social, Ambiental e Climá-
00

diamos condutas que possam caracterizar assédio tica (PRSAC) e sobre as ações com vistas à sua
5-

de qualquer natureza. efetividade.


21

z Buscamos continuamente o aprimoramento das


.

relações profissionais, pautadas pelo respeito e


70

CAPÍTULO I
confiança mútuos, visando à manutenção de um
.4

DO OBJETO E DO ESCOPO DE APLICAÇÃO


bom ambiente de trabalho.
49

z Valorizamos o diálogo, mantendo canais aptos


-0

Art. 2º As instituições financeiras e demais institui-


a recepcionar e processar dúvidas, denúncias, ções autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-
ar

reclamações e sugestões, bem como garantimos o tral do Brasil enquadradas no Segmento 1 (S1), no
és

anonimato. Segmento 2 (S2), no Segmento 3 (S3), no Segmento 4


C

z Priorizamos a busca de soluções para as demandas (S4) e no Segmento 5 (S5), de que trata a Resolução
o

dos clientes e usuários, de forma rápida e precisa,


dr

nº 4.553, de 30 de janeiro de 2017, devem estabele-


visando garantir a sua satisfação com nossos pro-
Pe

cer a PRSAC e implementar ações com vistas à sua


dutos e serviços. efetividade, nos termos desta Resolução.
z Buscamos a geração de valor para clientes e socie- Parágrafo único. A PRSAC e as ações de que
dade por meio da nossa atuação negocial esti- trata o caput devem ser:
mulando a educação financeira, a inovação, o I - proporcionais ao modelo de negócio, à natureza
empreendedorismo e a inclusão socioprodutiva. das operações e à complexidade dos produtos, dos
z Trabalhamos com fornecedores que cumprem com serviços, das atividades e dos processos da institui-
a legislação vigente e, obrigatoriamente, declarem ção; e
e se comprometam com as boas práticas sociais, II - adequadas à dimensão e à relevância da expo-
ambientais e climáticas, bem como estejam alinha- sição ao risco social, ao risco ambiental e ao risco
dos aos valores e a cultura do Banco do Brasil. climático, de que tratam a Resolução nº 4.557, de 23
z Repassamos recursos, de forma voluntária, plane- de fevereiro de 2017, para instituição enquadrada
jada, monitorada e circunstancial, para projetos e no S1, no S2, no S3 ou no S4, e a Resolução nº 4.606,
programas sociais, além de realizar doações e ati- de 19 de outubro de 2017, para instituição enqua-
vidades de voluntariado envolvendo funcionários. drada no S5.

272 8 Disponível em: https://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/consor/PERSA.pdf


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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CAPÍTULO II § 1º As atribuições do diretor mencionado no caput
abrangem:
DA POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, I - prestação de subsídio e participação no processo
AMBIENTAL E CLIMÁTICA (PRSAC) E DAS AÇÕES de tomada de decisões relacionadas ao estabeleci-
COM VISTAS À SUA EFETIVIDADE mento e à revisão da PRSAC, auxiliando o conselho
de administração;
II - implementação de ações com vistas à efetivida-
Art. 3º Para fins desta Resolução, a PRSAC con-
de da PRSAC;
siste no conjunto de princípios e diretrizes de
III - monitoramento e avaliação das ações
natureza social, de natureza ambiental e de
implementadas;
natureza climática a ser observado pela insti-
IV - aperfeiçoamento das ações implementadas,
tuição na condução dos seus negócios, das suas quando identificadas eventuais deficiências; e
atividades e dos seus processos, bem como na V - divulgação adequada e fidedigna das informa-
sua relação com as partes interessadas. ções de que trata o art. 10.
§ 1º Para fins desta Resolução, considera-se: § 2º Desde que assegurada a inexistência de conflito
I - natureza social, o respeito, a proteção e a pro- de interesses, admite-se que o diretor de que trata
moção de direitos e garantias fundamentais e de o caput desempenhe outras funções na instituição,
interesse comum; incluindo, quando aplicável, a responsabilidade
II - interesse comum, interesse associado a gru- pela divulgação de informações nos termos dos
po de pessoas ligadas jurídica ou factualmente arts. 56 e 56-A da Resolução nº 4.557, de 2017.
pela mesma causa ou circunstância, quando não § 3º O regimento interno da instituição, ou equiva-
relacionada à natureza ambiental ou à natureza lente, deve dispor, de forma expressa, sobre as atri-
climática; buições do diretor de que trata o caput.
III - natureza ambiental, a preservação e a repa- § 4º A instituição deve designar o diretor de que tra-
ração do meio ambiente, incluindo sua recupera- ta o caput perante o Banco Central do Brasil.
ção, quando possível; Art. 6º A constituição de comitê de responsabi-
IV - natureza climática, a contribuição positi- lidade social, ambiental e climática, vinculado
va da instituição: ao conselho de administração, é:
a) na transição para uma economia de baixo car- I - obrigatória, para instituição enquadrada no S1
bono, em que a emissão de gases do efeito estufa é ou no S2; e
reduzida ou compensada e os mecanismos naturais II - facultativa, para instituição enquadrada no
de captura desses gases são preservados; e S3, no S4 ou no S5.
b) na redução dos impactos ocasionados por § 1º As atribuições do comitê de que trata o caput
intempéries frequentes e severas ou por alterações abrangem:
ambientais de longo prazo, que possam ser associa- I - propor recomendações ao conselho de admi-
das a mudanças em padrões climáticos; e nistração sobre o estabelecimento e a revisão da
V - partes interessadas: PRSAC;
a) os clientes e usuários dos produtos e serviços da II - avaliar o grau de aderência das ações imple-
instituição; mentadas à PRSAC e, quando necessário, propor
b) a comunidade interna à instituição; recomendações de aperfeiçoamento; e
c) os fornecedores e os prestadores de serviços ter- III - manter registros das recomendações de que
ceirizados relevantes da instituição; tratam os incisos I e II.
§ 2º A composição do comitê de que trata o caput
00

d) os investidores em títulos ou valores mobiliários


deve ser divulgada no sítio da instituição na
5-

emitidos pela instituição; e


internet.
21

e) as demais pessoas impactadas pelos produtos,


serviços, atividades e processos da instituição, § 3º O comitê de responsabilidade social, ambiental
.
70

segundo critérios por ela definidos. e climática deve coordenar suas atividades com o
.4

§ 2º Para fins do estabelecimento da PRSAC comitê de riscos, de que trata a Resolução nº 4.557,
49

devem ser considerados: de 2017, de modo a facilitar a troca de informações.


-0

I - o impacto de natureza social, de natureza § 4º Desde que assegurada a inexistência de conflito


de interesses e a observância do disposto nos §§2º e
ar

ambiental ou de natureza climática das atividades


3º, admite-se a designação das atribuições do comi-
és

e dos processos da instituição, bem como dos pro-


dutos e serviços por ela oferecidos; tê de responsabilidade social, ambiental e climáti-
C

II - os objetivos estratégicos da instituição, bem ca, de que trata o § 1º, a outro comitê constituído
o

pela instituição.
dr

como as oportunidades de negócios relacionadas a


§ 5º Na hipótese de não constituição do comitê de
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

aspectos de natureza social, de natureza ambiental


que trata o caput e da não observância do disposto
e de natureza climática; e
no § 4º, a diretoria de instituição enquadrada no S3,
III - as condições de competitividade e o ambiente
no S4 ou no S5 deve assumir as atribuições mencio-
regulatório em que a instituição atua.
nadas no § 1º.
Art. 4º As ações de que trata o art. 2º devem ser
Art. 7º Compete ao conselho de administração,
monitoradas continuamente e avaliadas quanto à
para fins do disposto nesta Resolução:
sua contribuição para a efetividade da PRSAC.
I - aprovar e revisar a PRSAC, com o auxílio do dire-
Parágrafo único. Para fins da avaliação de que tra-
tor de que trata o art. 5º e do comitê de responsabi-
ta o caput, devem ser estabelecidos critérios claros
lidade social, ambiental e climática;
e passíveis de verificação.
II - assegurar a aderência da instituição à PRSAC e
às ações com vistas à sua efetividade;
CAPÍTULO III III - assegurar a compatibilidade e a integração da
DA GOVERNANÇA PRSAC às demais políticas estabelecidas pela ins-
tituição, incluindo, quando existentes, políticas de
Art. 5º A instituição deve indicar diretor res- crédito, de gestão de recursos humanos, de geren-
ponsável pelo cumprimento do disposto nesta ciamento de riscos, de gerenciamento de capital e
Resolução. de conformidade; 273
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IV - assegurar a correção tempestiva de deficiên- Parágrafo único. As informações divulgadas nos
cias relacionadas à PRSAC; termos do caput devem ser tempestivamente atua-
V - estabelecer a organização e as atribuições do lizadas na ocorrência de:
comitê de responsabilidade social, ambiental e I - revisão da PRSAC;
climática; II - alterações relevantes nas ações implementadas
VI - assegurar que a estrutura remuneratória ado- com vistas à efetividade da PRSAC ou nos critérios
tada pela instituição não incentive comportamen- para a sua avaliação;
tos incompatíveis com a PRSAC; e III - alterações relevantes nas informações de que
VII - promover a disseminação interna da PRSAC e trata o caput, inciso III;
das ações com vistas à sua efetividade. IV - alterações relevantes na avaliação das ações
§ 1º A revisão da PRSAC, de que trata o caput, inci- quanto à sua contribuição para a efetividade da
so I, deve ser feita no mínimo a cada três anos ou PRSAC, na hipótese da divulgação de que trata o
quando da ocorrência de eventos considerados caput, inciso IV; e
relevantes pela instituição, incluindo: V - inconsistências ou erros nas informações ante-
riormente divulgadas.
I - oferta de novos produtos ou serviços relevantes;
II - modificações relevantes nos produtos, nos servi-
ços, nas atividades ou nos processos da instituição; CAPÍTULO V
III - mudanças significativas no modelo de negócios DO CONGLOMERADO PRUDENCIAL E DO SISTEMA
da instituição; COOPERATIVO DE CRÉDITO
IV - reorganizações societárias significativas;
V - mudanças políticas, legais, regulamentares, Art. 11 A PRSAC de que trata o art. 2º deve ser
tecnológicas ou de mercado, incluindo alterações unificada para as instituições integrantes de
significativas nas preferências de consumo, que um mesmo conglomerado prudencial.
impactem de forma relevante os negócios da insti- § 1º A PRSAC unificada e as ações com vistas à sua
tuição, tanto positiva quanto negativamente; e efetividade devem considerar aspectos de natureza
VI - alterações relevantes em relação ao disposto no social, de natureza ambiental e de natureza climáti-
ca relacionados ao conglomerado e a cada institui-
art. 2º, parágrafo único, inciso II.
ção individualmente.
§ 2º Na inexistência do conselho de administração,
§ 2º O Banco Central do Brasil deve ser informado
aplicam-se à diretoria da instituição as competên-
sobre a indicação da instituição integrante do con-
cias a ele atribuídas por esta Resolução.
glomerado prudencial responsável pelo disposto
Art. 8º Compete à diretoria da instituição con-
nesta Resolução, à qual compete:
duzir suas atividades em conformidade com a
I - designar o diretor de que trata o art. 5º; e
PRSAC e com as ações implementadas com vis- II - constituir, para o conglomerado, o comitê de
tas à sua efetividade. responsabilidade social, ambiental e climática, nos
Art. 9º Os processos relativos ao estabelecimento termos do art. 6º, quando aplicável.
da PRSAC e à implementação de ações com vistas à § 3º As competências do conselho de administra-
sua efetividade devem ser avaliados periodicamen- ção e da diretoria estabelecidas por esta Resolução
te pela auditoria interna da instituição. aplicam-se, respectivamente, ao conselho de admi-
nistração e à diretoria da instituição indicada na
CAPÍTULO IV forma do § 2º.
DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES Art. 12. A PRSAC de que trata o art. 2º deve ser unifi-
00

cada para as instituições integrantes de um mesmo


5-

Art. 10 Devem ser divulgadas ao público externo, sistema cooperativo de crédito.


21

em local único e de fácil identificação no sítio da § 1º A PRSAC unificada deve ser estabelecida pela
.
70

instituição na internet, as seguintes informações: confederação de centrais ou pelo banco cooperati-


.4

I - obrigatoriamente, a PRSAC; vo, ou, na inexistência desses, pela cooperativa cen-


49

II - obrigatoriamente, as ações implementadas tral integrante do respectivo sistema cooperativo


-0

com vistas à efetividade da PRSAC, bem como os de crédito.


critérios para a sua avaliação; § 2º A PRSAC unificada deve considerar aspectos de
ar

III - obrigatoriamente, quando existentes: natureza social, de natureza ambiental e de natu-


és

a) a relação dos setores econômicos sujeitos a res- reza climática relacionados à atuação das institui-
C

ções integrantes do respectivo sistema cooperativo


trições nos negócios realizados pela instituição
o

de crédito.
dr

em decorrência de aspectos de natureza social, de


§ 3º As atribuições de que tratam os arts. 6º e 7º
Pe

natureza ambiental ou de natureza climática;


associadas ao estabelecimento e à revisão da
b) a relação de produtos e serviços oferecidos
PRSAC aplicam-se, respectivamente, ao comitê de
pela instituição que contribuam positivamente em
responsabilidade social, ambiental e climática,
aspectos de natureza social, de natureza ambiental quando constituído, e ao conselho de administra-
ou de natureza climática; ção de instituição mencionada no § 1º.
c) a relação de pactos, acordos ou compromissos § 4º O estabelecimento da PRSAC unificada não exi-
nacionais ou internacionais de natureza social, de me a responsabilidade da administração de cada
natureza ambiental ou de natureza climática de instituição integrante do sistema cooperativo de
que seja participante a instituição ou, conforme o crédito, incluindo as instituições mencionadas no §
caso, sua matriz estrangeira, quando essa partici- 1º, da implementação de ações com vistas à efetivi-
pação envolver a subsidiária brasileira; e dade da PRSAC, bem como:
d) os mecanismos utilizados para promover a par- I - da designação, perante o Banco Central do Bra-
ticipação de partes interessadas, caso incluídas no sil, do diretor de que trata o art. 5º, a quem se apli-
processo de estabelecimento e de revisão da PRSAC; cam as atribuições mencionadas naquele artigo,
e incluindo a responsabilidade pela adequada e fide-
IV - facultativamente, a avaliação das ações quanto digna divulgação da PRSAC unificada e das demais
274 à sua contribuição para a efetividade da PRSAC. informações de que trata o art. 10; e
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - do exercício das atribuições de que tratam os
arts. 6º ao 8º que não estejam associadas ao estabe-
lecimento e à revisão da PRSAC.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Environmental Governance

Art. 13 Deve ser mantida à disposição do Banco


Central do Brasil, por cinco anos, a documentação
relativa ao estabelecimento da PRSAC e à imple-
mentação de ações com vistas à sua efetividade.
Art. 14 Caso seja identificada inadequação ou insufi-
ciência nos controles e nos procedimentos relativos
Social
ao estabelecimento da PRSAC e à implementação de
ações com vistas à sua efetividade, o Banco Central
do Brasil poderá determinar aperfeiçoamentos.
Art. 15 O disposto nesta Resolução deve ser obser-
ENVIRONMENTAL (FATORES AMBIENTAIS)
vado a partir de 1º de dezembro de 2022 por insti-
tuição enquadrada no S3, no S4 ou no S5.
§ 1º Enquanto não aplicável à instituição enquadra- Consiste no uso sustentável dos recursos naturais.
da no S3, no S4 ou no S5 o disposto nesta Resolução, Inclui práticas como o uso de recursos naturais,
aplica-se a essa instituição o estabelecido na Reso- uso de fontes renováveis de energia, diminuição das
lução nº 4.327, de 25 de abril de 2014, relativamente emissões de gases de efeito estufa, capacidade ener-
à Política de Responsabilidade Socioambiental. gética, gerenciamento de resíduos, poluição, desen-
§ 2º A instituição enquadrada no S1 ou no S2 deixa- volvimento de tecnologias limpas, regulamentação
rá de observar o disposto na Resolução nº 4.327, de ambiental.
2014, relativamente à Política de Responsabilidade
Socioambiental, a partir de 1º de julho de 2022.
SOCIAL (FATORES SOCIAIS)

Consiste em práticas que potencializam a inclusão


social.
ASG (AMBIENTAL, SOCIAL E Por exemplo: diversidade, inclusão social, políticas
GOVERNANÇA): ECONOMIA de trabalho, direitos humanos, mobilidade, relações
SUSTENTÁVEL; FINANCIAMENTOS, com a comunidade, qualidade de emprego, diversida-
de social e direitos sociais.
MERCADO PJ
GOVERNANCE (FATORES DE GOVERNANÇA)
Atualmente, a preocupação na preservação do
meio ambiente, a responsabilidade social e a boas
Consiste em ações que priorizam a transparência e
práticas corporativas tornaram-se assunto central
a integridade na gestão das organizações.
no cotidiano das organizações, muito devido à real
Por exemplo: ética e transparência, participação
00

necessidade de construir uma organização que agre-


popular, acessibilidade nas decisões governamentais
5-

gue valor a sociedade, mas também por uma enorme


21

pressão da sociedade (mercado). e independência dos conselhos administrativos.


Diante do exposto, inferimos que o conceito apre-
.

Esse novo paradigma de organização, além do


70

objetivo de gerar renda para seus acionistas, tem seu sentado é a busca pelo equilíbrio ambiental, social
.4

foco na sustentabilidade, ou seja, a e corporativo, proporcionando a todos os cidadãos


49

a igualdade de oportunidades, um meio ambiente


-0

[...] necessidade de se garantir a disponibilidade dos preservado e o desenvolvimento sustentável como


ar

recursos da Terra hoje, assim como para nossos des- sociedade.


és

cendentes, por meio de uma gestão na qual contemple Seguindo a tendência do mercado e pressionadas
C

a proteção ambiental, a justiça social e o desenvolvi- pela sociedade, as organizações públicas e privadas
o

mento econômico equilibrado de nossas sociedades.9 elaboraram diversas políticas as quais coadunam
dr

com a necessidade de uma maior responsabilidade


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

Em todo o mundo, existe a consciência de que o ambiental e social.


ambiente é uma questão sistêmica, a qual envolve não
Como exemplo dessas políticas, o Banco do Brasil
só a participação dos governos, mas também de toda
apresentou a denominada “Agenda 30 BB — Nosso
a sociedade, pois sabemos que todas as necessidades
Plano de Ação para um Futuro Sustentável”, enfati-
humanas precisam ser atendidas por algum tipo de
produto e serviço que cobra um preço da natureza. zando os critérios e práticas sustentáveis que devem
Devido a esse paradoxo entre as necessidades ser priorizadas com o objetivo de promover o desen-
humanas e a escassez dos recursos naturais, a sus- volvimento nacional sustentável e assim transformar
tentabilidade é vista como fator crucial para o desen- a sociedade em um lugar mais justo e menos desigual.
volvimento da sociedade. Assim, para agrupar todos Neste sentido, demonstrando o alinhamento às
esses conceitos em somente uma expressão, foi cria- tendências da gestão integrada e à importância na
da a sigla no idioma inglês ESG — Environmental, promoção da transição para uma economia verde e
Social and Governance — ou, em português, ASG, inclusiva, o Banco do Brasil propôs alguns compro-
referindo-se a Ambiental, Social e Governança. missos em sua atividade financeira, a saber:
9 COGO, G. A. da R.; OLIVEIRA, L. de O.; TESSER, D. P. Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) — um instrumento a favor da sustenta-
bilidade na administração pública. XXXII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Bento Gonçalves, out. 2012, p. 2. 275
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Negócios Sustentáveis: facilitar a transição para z BB Financiamento PJ: consiste em uma linha de
um portfólio mais sustentável, através do fomen- financiamento de pessoa jurídica específica para
to à energia renovável, agricultura sustentável e equipamentos para geração de energia renovável
fomento ao empreendedorismo; (economia verde);
z Investimento Responsável: contribuir para que z Consórcio Placas Fotovoltaicas: consiste em um
os investidores direcionem recursos em organiza- consórcio voltado para aquisição e instalação de siste-
ções que entregam externalidades socioambien- mas de energia solar novos, com condições especiais;
tais positivas; z Apoio ao Empreendedorismo: as mais diversas
z Gestão ASG: aumentar a matriz energética limpa soluções de apoio ao micro e pequeno empresário;
e assim reduzindo emissões de poluentes; além de z Agricultura de Baixa emissão de Carbono —
promover uma maior diversidade entre colabora- ABC: incentivo da redução da emissão de gases de
dores e incentivar práticas de governança. efeito estufa na atividade agropecuária;
z Programa Agroenergia: soluções para o produtor
rural na busca pela produção de energia limpa e
renovável;
z FCO Rural — Investimento Agropecuário:
Negócios consiste no financiamento de materiais e equi-
sustentáveis
pamentos de uso destinados à armazenagem, a
barragens, obras civis, máquinas, implementos,
energia, irrigação.
Investimento
responsável Ao fim e ao cabo, a economia verde é um caminho
sem volta, e uma nova chance para que o mercado
financeiro (e seus atores) repensem uma sociedade
mais justa com um aumento da consciência global
sobre o impacto das mudanças climáticas e da perda
Gestão ASG
da biodiversidade sobre as populações mais vulnerá-
veis. Por fim, é a busca de um crescimento econômico
sustentável para a nossa e futuras gerações.

Dessa forma, as organizações modernas possuem


grandes questões econômicas, sociais e ambientais as HORA DE PRATICAR!
quais precisam ser enfrentadas e geridas com o intui-
to de evitar e/ou reduzir possíveis impactos na geração 1. (CESGRANRIO — 2021) Sr. W é gerente de área do
de valor, tanto para o negócio quanto para a sociedade. Banco B, tendo-se especializado no setor de mercado
Assim, é imprescindível o foco nos seguintes temas: de capitais e atuado no lançamento de diversas ações
na Bolsa de Valores, sempre conseguindo bater suas
z mudanças climáticas; metas, diante da quantidade de clientes abonados e
00

z diversidade; afetos ao risco, que sua carteira possui. Sua área tam-
5-

z risco socioambiental; bém atinge as operações diárias com o oferecimento


21

z ética e governança; de consultoria e aplicações. Um dos seus clientes,


.
70

z sustentabilidade; atuando diretamente na Bolsa, sem sua intermedia-


.4

z respeito com os recursos humanos; ção, obtém ganho expressivo em única operação, o
49

z proteção dos dados (privacidade); que gerou a abertura de inquérito administrativo pela
-0

z respeito aos Direitos Humanos; Comissão de Valores Mobiliários. Por força de rela-
z saúde e segurança do trabalho; ções pessoais, o responsável pelo inquérito solicita
ar

ao gerente W cópias das movimentações financeiras


és

INVESTIMENTO, FINANCIAMENTO E MERCADO do investigado.


C

PESSOA JURÍDICA Nos Termos da Lei Complementar nº 105/2001, a


o
dr

Comissão de Valores Mobiliários


Pe

Esse novo paradigma verde transformou o mer-


cado financeiro, e assim o fez criar novas soluções a) pode quebrar o sigilo bancário do aplicador em ações
(investimentos e financiamentos) as quais priorizam no mercado de capitais investigado.
as organizações que consideram importantes os fato- b) deve requerer, diretamente à instituição financeira
res ambientais, sociais e de governança. conveniada, informações sobre as operações bancá-
Atualmente, seguindo a tendência mundial, os rias do investigado.
investidores nacionais buscam cada vez mais o rela- c) deve solicitar, à autoridade judiciária competente, o
cionamento com organizações sustentáveis. Desse levantamento do sigilo do investigado.
modo, as empresas verdes costumam ter mais facili- d) deve oficiar ao Banco Central para compartilhar as
dade na atração de capitais e com isso apresentam um informações bancárias do investigado.
melhor desempenho financeiro. e) tem vedada a possibilidade de obter informações vin-
Nesta esteira, o Banco do Brasil aumentou suas culadas ao sigilo bancário do investigado.
soluções no mercado de pessoa jurídica com ênfase
neste novo modelo verde, ofertando diversos produ- 2. (CESGRANRIO — 2021) Uma das funções desempenha-
tos que vão ao encontro desse anseio da sociedade, das pela moeda é a de reserva de valor, no entanto, a
276 são eles: moeda não é o único ativo que desempenha tal função.
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O motivo que faz com que os cidadãos retenham moeda O propósito assumido pelo Banco é cuidar do que é
como reserva de valor é o fato de ela valioso para as pessoas, mantendo a visão de ser a
empresa que proporciona a melhor experiência para
a) oferecer um rendimento a seu detentor. a vida das pessoas e promove o desenvolvimento da
b) possuir liquidez absoluta. sociedade de forma inovadora, eficiente e sustentável.
c) prestar algum serviço ao seu possuidor.
d) propiciar um aumento no seu valor. Disponível em: <https://www.bb.com.br/docs/pub/siteEsp/ri/ pt/
e) ser protegida contra inflação. dce/dwn/Codigoetica.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2021.

3. (CESGRANRIO — 2021) Um meio de troca é aquilo que Nesse Código de Ética, a consideração do interesse
os compradores oferecem aos vendedores quando coletivo na tomada de decisões refere-se diretamente
aqueles adquirem bens e serviços. ao seguinte valor:

Quando um consumidor, por exemplo, compra um a) inovação


perfume numa loja localizada numa economia onde b) eficiência
o nível inflacionário é baixo e controlado, o vendedor c) confiabilidade
entrega o produto para o cliente em troca de d) espírito público
e) senso de dono
a) moeda, por ser o meio de troca de maior aceitabilidade.
b) mercadoria, por ser o meio de troca mais eficiente. 7. (CESGRANRIO — 2021) O Registrato é um sistema
c) moeda-mercadoria, por ser o meio de troca mais durável. criado em 2014 e administrado pelo Banco Central,
d) outro bem, por ser o meio de troca com menor custo de que permite aos cidadãos terem acesso pela internet
carregamento. a relatórios contendo informações sobre
e) outro serviço, por ser o meio de troca de maior divisibilidade.
a) seus relacionamentos com as instituições finan-
4. (CESGRANRIO — 2021) Quando alguém vai a um ceiras, suas operações de crédito e operações de
shopping center pode observar que uma saia, por câmbio.
exemplo, apresenta o preço de R$40,00 e uma garrafa b) suas receitas e despesas realizadas em todas as ins-
d’água, o preço de R$5,00. Apesar de não ser errado tituições financeiras onde têm conta-corrente.
afirmar que o preço da saia são oito garrafas d’água e c) seus dados registrados junto aos serviços de prote-
que o preço da garrafa d’água é 1/8 do preço da saia, ção de crédito.
os preços não costumam ser cotados assim. d) seus relacionamentos interpessoais com pessoas da
mesma família (ex: pai, filho e irmão, entre outros) que
Quando se deseja mensurar e registrar valor econômico, também possuem contas-correntes.
usa-se a moeda como e) seus contratos de prestação de serviço firmados na
esfera cível.
a) meio de troca
b) reserva de valor 8. (CESGRANRIO — 2021) No Brasil, o órgão responsável
c) riqueza pela fiscalização do Sistema Financeiro Nacional é o
d) unidade de conta
00

e) valor intrínseco a) Conselho Monetário Nacional


5-

b) Ministério da Economia
21

5. (CESGRANRIO — 2021) B é gerente de determinada c) Banco Central do Brasil


.
70

instituição financeira e recebe, como tarefa laboral, a d) Banco do Brasil


.4

responsabilidade de convencer os clientes a investi- e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e


49

rem na aquisição de ações de sociedade empresária Social (BNDES)


-0

que busca abrir seu capital em bolsa de valores. Após


9. (CESGRANRIO — 2021) H é correntista da instituição
ar

vários contatos, B consegue bater a sua meta pessoal,


financeira XYZ e mantém com esta instituição rela-
és

no sentido de ter conquistado um número significati-


ção estável, com movimentação de recursos monetá-
C

vo de novos clientes, decorrentes do desempenho da


rios correspondente a cem salários mínimos por ano.
o

aludida tarefa, bem como auxiliar seus colegas de


dr

setor para que alcancem o mesmo objetivo. A partir de 2019, sua movimentação anual passou a
Pe

ser de mil e duzentos salários mínimos, com aportes


CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

A esse respeito, e de acordo com o Código de Ética do mensais de cem salários mínimos.
Banco do Brasil, o oferecimento de serviços e produ-
tos deve ocorrer com
A partir das regras apresentadas na Carta-Circular nº
4001/2020 do Banco Central do Brasil, nesse caso, as
a) individualidade operações devem ser monitoradas como situações
b) comedimento relacionadas com operações em espécie, em moeda
c) parcialidade nacional, com a utilização de contas de
d) limitação
e) diligência a) aplicações
b) depósitos
6. (CESGRANRIO — 2021) Considere as informações c) fundos
contidas no Código de Ética do Banco do Brasil: d) garantia
e) preferência

277
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
10. (CESGRANRIO — 2021) A pandemia do coronavírus, 13. (CESGRANRIO — 2021) O Banco do Brasil (BB) ofere-
declarada em março de 2020, alterou significativa- ce diversas linhas de crédito destinadas a custear os
mente as relações sociais e econômicas ao redor do dispêndios realizados pelos produtores rurais.
globo. Em resposta, autoridades mundiais atuaram
tempestivamente, recorrendo a instrumentos mone- A modalidade de crédito rural, oferecida pelo BB, des-
tários para dinamizar a economia, associando estí- tinada ao beneficiamento, custeio e industrialização
mulo monetário com controle inflacionário. da produção é denominada

Com essa finalidade, no Brasil, em agosto de 2020, o a) Funcafé Custeio


Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou a utilização b) Custeio Agropecuário
de um instrumento denominado c) Pronamp Custeio
d) Pronaf Agroindústria
a) Teto dos gastos e) Crédito Rural Pronaf Custeio
b) Isenção tributária
c) Dominância fiscal 14. (CESGRANRIO — 2021) Um jovem atua em uma orga-
d) Foward guidance nização social com inúmeros projetos em comunida-
e) Quantitative easing des carentes situada em região metropolitana de uma
grande capital brasileira. A organização possui vários
11. (CESGRANRIO — 2021) Considere o seguinte trecho empregados, recrutados diretamente nas comuni-
de reportagem publicada no jornal Valor Econômico, dades, e conta com financiamento de pessoas físi-
em 3 de novembro de 2020: cas e jurídicas. Com o intuito de ampliar sua base de
colaboradores, agenda diversos compromissos com
O plenário do Senado aprovou, agora há pouco, um empreendedores que tenham interesse na região.
projeto que possibilita ao Banco Central substituir as
operações compromissadas pelo depósito voluntá- Nos termos da Política de Responsabilidade Socioam-
rio remunerado das instituições financeiras. O texto biental do Banco do Brasil, seria adequado que houvesse
segue agora para a Câmara dos Deputados.
a) percentual de funcionários que exercesse atividade
TRUFFI, R.; LIMA, V. Senado aprova projeto que permite ao BC usar remunerada decorrente de atuação nas organizações
depósitos voluntários. Valor Econômico, 3/11/2020. Disponível em: sociais.
<https://valor.globo.com/politica/noticia/2020/11/03/ senado-
aprova-projeto-que-permite-ao-bc-utilizar-depositos-vo luntarios. b) incentivo aos funcionários do banco para que desem-
ghtml>. Acesso em: 27 jan. 2021. penhassem atividades voluntárias no projeto.
c) colaboração não consistente em financiamento a
O principal argumento em defesa da adoção de depó- programas e projetos sociais.
sitos das instituições financeiras, remunerados pelo d) integração de outras instituições financeiras como
Banco Central do Brasil (BCB), é que esse mecanismo requisito de participação.
adicional de política monetária e) neutralidade na intervenção em projetos sociais em
comunidades carentes por ausência de recursos para
a) estimularia a redução das taxas de juros praticadas todos.
00

pelos bancos comerciais.


b) teria efeito nulo sobre o crescimento da dívida bruta 15. (CESGRANRIO — 2021) Com o intuito de incentivar
5-

o desenvolvimento de novos negócios voltados às


21

do Tesouro Nacional.
c) teria efeito nulo sobre as despesas financeiras do BCB. futuras gerações, determinada instituição financeira
.
70

d) teria impacto financeiro idêntico ao das operações estabeleceu convênio com duas renomadas institui-
.4

compromissadas. ções nacionais de ensino e pesquisa, possuidoras


49

e) fomentaria o sistema de crédito bancário. de organismos internos que incentivam empreendi-


-0

mentos inovadores. Ao final de cada ano, os projetos


ar

12. (CESGRANRIO — 2021) Dentro do Sistema de Metas escolhidos devem receber aporte de recursos para
és

para a inflação, o Conselho Monetário Nacional desenvolvimento dos seus produtos.


C

(CMN) estabelece a meta para a inflação. A partir des-


o

sa meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Nos termos da Política de Responsabilidade Socioam-
dr

Banco Central do Brasil (Bacen) reúne-se periodica- biental do Banco do Brasil, o critério que deve ser pre-
Pe

mente para analisar a economia brasileira. ponderante na escolha dos vencedores consiste em
analisar o mais bem apresentado
Nesse contexto, é atribuição do Copom
a) custo
a) definir a meta da taxa Selic. b) rendimento
b) determinar o papel do Bacen no mercado cambial. c) benefício ambiental
c) formular normas aplicáveis ao Sistema Financeiro d) influxo geracional
Nacional (SFN). e) lucro
d) divulgar, diariamente, a taxa de juros de curto prazo
para operações realizadas no mercado financeiro. 16. (CESGRANRIO — 2021) É função precípua da Tesou-
e) autorizar o funcionamento das instituições financei- raria, em um determinado banco,
ras e de outras entidades conforme legislação em
vigor. a) acompanhar as operações em atraso, visando à ins-
tauração do processo de recuperação de crédito.
b) estreitar o relacionamento com os clientes do banco.
278
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
c) fixar as formas de garantias exigidas em função dos d) os Depositary Receipts (DR)
tipos de operação de crédito. e) os Brazilian Depositary Receipts (BDR)
d) gerenciar os descasamentos existentes entre os flu-
xos de caixa das captações e as aplicações do banco. 21. (CESGRANRIO — 2021) Aqueles que participam do
e) ativar as atividades de marketing e publicidade do mercado de câmbio de um país podem ser dividi-
banco. dos entre os que produzem divisas e os que cedem
divisas.
17. (CESGRANRIO — 2021) A Comissão de Valores Mobi-
liários (CVM) foi criada em 07/12/1976, pela Lei nº Produzem e cedem divisas, respectivamente, os
6.385/76.
a) exportadores; os turistas estrangeiros.
A CVM b) importadores; os que fazem transferências para o
exterior.
a) é um órgão emissor de moeda-papel. c) que recebem transferências do exterior; os que reme-
b) é vinculada à Casa Civil. tem lucro ao exterior.
d) tomadores de investimentos quando remetem divi-
c) fornece crédito às instituições.
dendos ao exterior; os exportadores.
d) é responsável por formular a política de crédito.
e) tomadores de empréstimos quando remetem o prin-
e) regula mercados da Bolsa de balcão.
cipal ao exterior; os importadores.
18. (CESGRANRIO — 2021) No mercado de capitais bra- 22. (CESGRANRIO — 2021) As relações internacionais impli-
sileiro, os principais responsáveis pela intermediação cam relações de trocas entre as moedas, ou seja, a variá-
de compra e venda de títulos e valores mobiliários vel econômica conhecida como taxa de câmbio. Assim,
entre investidores e tomadores de recursos são as(os) quanto mais valorizada for a moeda de um país, menor
será o poder de competitividade do produto desse país,
a) corretoras e distribuidoras piorando o saldo em transações correntes.
b) bolsas de valores
c) companhias abertas Nesse sentido, uma valorização cambial
d) empresas de auditoria
e) auditores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a) desestimula tanto as importações quanto as exporta-
ções, mas com uma desvalorização cambial ocorre o
19. (CESGRANRIO — 2021) Essencialmente, o mercado de inverso.
capitais canaliza a poupança da sociedade para suprir b) desestimula as importações e estimula as exportações, e
as necessidades das empresas por recursos produti- com uma desvalorização cambial ocorre o mesmo.
vos. Promover o fortalecimento de mercados de capitais c) desestimula as importações e estimula as exportações,
locais para que se tornem pilares para o desenvolvimen- mas com uma desvalorização cambial ocorre o inverso.
to econômico tem sido um objetivo constante, em prati- d) estimula as importações e desestimula as exportações,
camente toda a comunidade internacional. e com uma desvalorização cambial ocorre o mesmo.
e) estimula as importações e desestimula as exportações,
A sociedade é beneficiada à medida que o mercado de mas com uma desvalorização cambial ocorre o inverso.
capitais cumpre aquelas que são suas quatro principais
00

funções: 23. (CESGRANRIO — 2021) A relação entre a mudança


5-

de percentual na taxa de câmbio à vista, ao longo do


21

a) aumento do consumo imediato, maior propensão tempo, e o diferencial entre taxas de juros compará-
.
70

ao risco, alocação de recursos em poucos ativos e veis em diferentes mercados de capitais nacionais é
.4

conhecida como o efeito Fisher internacional.


aumento da autonomia gerencial corporativa.
49

b) desmobilização do investimento, maior aversão ao


-0

O Fisher-open, como é frequentemente chamado,


risco, alocação enviesada de recursos e afrouxamen-
indica que as taxas de câmbio à vista devem mudar
ar

to da rígida disciplina de capital corporativa.


em uma quantidade
és

c) mobilização da poupança, gestão de riscos, alocação efi-


C

ciente de recursos e aumento da disciplina corporativa.


a) diferente, mas em direção oposta à diferença nas
o

d) transferência do investimento para o futuro, elimina-


dr

taxas de juros entre dois países.


ção dos riscos sistemáticos, construção de carteiras
b) diferente, mas na mesma direção da diferença nas
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

diversificadas e estímulo à governança. taxas de juros entre dois países.


e) estabilidade da propensão a consumir, redução do c) desconhecida, mas na mesma direção da diferença
risco assistemático, alocação aleatória de recursos e nas taxas de juros entre dois países.
extinção dos custos de agência. d) igual, mas em direção oposta à diferença nas taxas de
juros entre dois países.
20. (CESGRANRIO — 2021) Existem títulos de dívida de e) igual, mas na mesma direção da diferença nas taxas
longo prazo emitidos por sociedades de ações e des- de juros entre dois países.
tinados, geralmente, ao financiamento de projetos de
investimento ou para alongamento do perfil de endi- 24. (CESGRANRIO — 2021) Com a pandemia, observou-
vidamento das empresas. -se intensa volatilidade das taxas de câmbio cotadas
nos mercados de câmbio à vista no Brasil. Segundo
Tais títulos são dados do Banco Central do Brasil, a taxa de câmbio
média negociada nos mercados à vista foi de R$5,46/
a) as ações US$ em agosto de 2020, comparativamente à taxa
b) as debêntures média de R$5,28/US$, observada em julho desse
c) os dividendos mesmo ano. 279
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Sendo assim, constata-se que, entre julho e agosto de Considerando-se que na edição de 12 de janeiro de
2020, o Real brasileiro mostrou, em relação ao Dólar 2021, os cálculos da The Economist mostravam que o
norte- americano, preço, em dólares, do Big Mac no Brasil estava cerca
de 30% mais barato do que o sanduíche similar vendi-
a) apreciação média de cerca de 3,41%, em termos nominais do e cotado, também em dólares, nos Estados Unidos,
b) apreciação média de cerca de 3,41%, em termos reais o resultado indicava que o real brasileiro estava
c) depreciação média de cerca de 3,41%, em termos nominais
d) depreciação média de cerca de 3,41%, em termos reais a) valorizado em relação ao dólar
e) a mesma paridade nominal do poder de compra b) sobrevalorizado em relação ao dólar
c) subvalorizado em relação ao dólar
25. (CESGRANRIO — 2021) Dentre as escolhas mais d) com alinhamento nominal em relação ao dólar
populares de investimentos, a caderneta de poupança e) na paridade real do poder de compra em relação ao
é uma das opções mais utilizadas pelos brasileiros, dólar
sendo considerada um investimento de renda fixa.
28. (CESGRANRIO — 2021) Considere o texto a seguir
São também investimentos de renda fixa para responder à questão.

a) as Ações A crise econômica causada pela pandemia do novo


b) as Opções coronavírus provocou a maior fuga de capitais da
c) as Commodities história do Brasil. Dados divulgados nesta quarta-
d) os CDB -feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam que os
e) os ETF de Ações investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões
do mercado brasileiro de títulos e ações só em março,
26. (CESGRANRIO — 2021) O anúncio seguinte constava no abril e maio deste ano. Por isso, as retiradas somam
site do Banco do Brasil no dia 8 de fevereiro de 2021: R$ 50,9 bilhões nos últimos 12 meses; o maior índice
da série histórica do BC.
Financiamento de veículos
BARBOSA, M. US$ 50,9 bilhões saíram do mercado financeiro
Financie o seu veículo, novo ou usado, com as melho- brasileiro em 12 meses. Correio Braziliense, 24/6/2020. Dispo
res opções e taxas reduzidas até 28 de fevereiro. nível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eco
nomia/ 2020/06/24/internas_economia,866513/us-50-9-bilhoes-
Durante a promoção, é possível financiar* carros
-sairam-do-mercado-financeiro-brasileiro-em-12-meses.shtml>.
novos e seminovos (até 2 anos de fabricação) com Acesso em: 22 jan. 2021.
condições diferenciadas. Você pode fazer tudo sem
precisar comparecer a uma agência. Basta acessar o Considerando-se os efeitos sanitários, econômicos e
App BB para simular as condições, escolher a opção sociais decorrentes da pandemia da Covid-19 na eco-
que se encaixa no seu orçamento e finalizar a contra- nomia global, o principal fator que justifica tamanha
tação com o envio dos documentos.
fuga de capitais do Brasil no ano passado é o(a)
*Crédito sujeito à aprovação cadastral e demais con-
dições do produto.
a) aumento desenfreado da dívida externa brasileira.
b) aumento das taxas de juros no mercado internacional.
00

Banco do Brasil. Disponível em: <https://www.bb.com.br/pbb/


c) necessidade de recursos, no estrangeiro, para financiar
5-

pagina-inicial/voce/produtos-e-servicos/financiamentos/financiar-
-veiculos#/>. Acesso em: 8 fev. 2021. as pesquisas científicas de vacinas contra o coronavírus.
21

d) manipulação das taxas de câmbio nos mercados


.
70

A nota descrita em asterisco (*) destaca que, além da globais.


.4

análise cadastral, a aprovação do crédito está sujeita e) maior percepção de risco, por parte dos estrangeiros, em
49

às “demais condições do produto”. Uma dessas con- investir em ativos denominados em moeda brasileira.
-0

dições diz respeito à garantia do financiamento que,


no caso supramencionado, será o próprio veículo a
ar

29. (CESGRANRIO — 2021) Considere o texto a seguir


és

ser comprado pelo devedor. Trata-se de uma forma para responder à questão.
de garantia denominada
C
o

A crise econômica causada pela pandemia do novo


dr

a) alienação fiduciária coronavírus provocou a maior fuga de capitais da


Pe

b) aval história do Brasil. Dados divulgados nesta quarta-


c) penhor mercantil -feira (24/6) pelo Banco Central (BC) explicam que os
d) fiança investidores estrangeiros retiraram US$ 31,7 bilhões
e) hipoteca do mercado brasileiro de títulos e ações só em março,
abril e maio deste ano. Por isso, as retiradas somam
27. (CESGRANRIO — 2021) A revista inglesa The Econo- R$ 50,9 bilhões nos últimos 12 meses; o maior índice
mist publica periodicamente o famoso Índice do Big da série histórica do BC.
Mac, que consiste em avaliar os preços, em dólares,
do conhecido sanduíche em diferentes países na BARBOSA, M. US$ 50,9 bilhões saíram do mercado financeiro
economia global. Os resultados são frequentemen- brasileiro em 12 meses. Correio Braziliense, 24/6/2020. Dispo
te replicados pela imprensa internacional, incluindo nível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eco
a brasileira. A metodologia de apuração é simples: nomia/ 2020/06/24/internas_economia,866513/us-50-9-bilhoes-
-sairam-do-mercado-financeiro-brasileiro-em-12-meses.shtml>.
com base nas taxas de câmbio nominais das moedas Acesso em: 22 jan. 2021.
nacionais em relação ao dólar, cotadas num mesmo
dia, converte-se o preço do Big Mac avaliado nessas
moedas para o seu respectivo valor em dólares.
280
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O principal impacto decorrente da enorme fuga de 32. (CESGRANRIO — 2021) A partir do início de 2021,
capitais do Brasil em 2020, descrita na reportagem começou a primeira fase de implantação do open
mencionada anteriormente, foi o(a) banking (sistema financeiro aberto) no Brasil. As ins-
tituições financeiras participantes devem obedecer a
a) expressiva desvalorização do real brasileiro regras definidas pelo Banco Central e pelo Conselho
b) queda das taxas de juros internas Monetário Nacional.
c) aumento do preço das ações na Bovespa
d) valorização dos ativos brasileiros O open banking tem, entre outros, o objetivo de
e) aumento da dívida interna do Tesouro
a) criar um mercado eletrônico exclusivo para operação
30. (CESGRANRIO — 2021) Com evidências do enorme das fintechs.
descolamento entre as taxas de juros de curto e de b) permitir que mais instituições participem como bancos
longo prazo no Brasil, o texto abaixo reproduz maté- comerciais do mercado brasileiro, abrindo esse mercado.
ria jornalística, publicada no início de agosto de 2020, c) possibilitar o compartilhamento de informações,
dando conta da enorme incerteza futura associada mediante autorização expressa de cada cliente, e a
aos impactos adversos decorrentes da crise pandê- movimentação de suas respectivas contas bancárias,
mica da Covid-19 sobre a economia brasileira. entre diferentes instituições financeiras.
Os juros futuros encerraram os negócios desta d) controlar as operações de concessão de crédito de cada
segunda- feira em alta firme, afetados por um movi- instituição financeira participante autorizada pelo Banco
mento de maior incorporação de prêmio de risco ao Central, dando mais transparência ao setor.
longo da curva a termo, especialmente nos trechos e) recomendar a utilização de um sistema de informa-
mais longos (com vencimento no longo prazo). No ções único, de código aberto, para gestão de con-
fim da sessão regular, a taxa do contrato de Depósi- tas-correntes e suas movimentações, de modo a ser
to Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 passava adotado por todas as instituições financeiras em ope-
de 1,87% no ajuste anterior para 1,88%; a do DI para ração no Brasil.
janeiro de 2022 ia de 2,65% para 2,67%; a do contrato
para janeiro de 2023 subia de 3,76% para 3,79%; a do
33. (CESGRANRIO — 2021) Um indivíduo abriu uma conta
DI para janeiro de 2025 escalava de 5,40% para 5,47%;
em um banco digital. Essa instituição tem um modelo
e a do contrato para janeiro de 2027 saltava de 6,35%
de negócio que desburocratizou o mercado e oferece
para 6,43%.
soluções simples por meio da tecnologia, otimizando
REZENDE, V. Risco fiscal leva a alta das taxas de juros futuros e serviços e deixando de repassar custos operacionais
curva tem maior inclinação desde fim de junho. Valor Econômi da empresa para seus clientes.
co, 10/08/2020. Disponível em: <https://valorinveste.globo.com/
produtos/renda-fixa/noticia/2020/08/10/risco-fiscal-leva-a-alta- Como são chamadas as empresas que introduzem
das-taxas-de-juros-futuro-e-curva-tem-maior-inclinacao-desde-
fim-de-junho.ghtml>. Acesso em: 7 fev. 2021. Adaptado. inovações nos mercados financeiros por meio do uso
intenso de tecnologia, com potencial para criar novos
Para minorar os impactos da crise, a Emenda Consti- modelos de negócios?
tucional nº 106, de 7 de maio de 2020, conhecida como
o “Orçamento de Guerra”, instituiu uma diversidade de a) Nutechs
b) Inovatechs
00

medidas nos âmbitos fiscal, financeiro e de contra-


tações para enfrentamento da calamidade pública c) Fintechs
5-

d) SmartTechs
21

nacional, decorrente da pandemia da Covid-19. Den-


tre as medidas aprovadas, o Banco Central do Bra- e) HealthTechs
.
70

sil ficou autorizado, temporariamente, a operar com


.4

instrumentos de política monetária considerados não 34. (CESGRANRIO — 2021) As startups têm transformado
49

convencionais. A medida de política monetária não os negócios.


-0

convencional, por parte do Banco Central do Brasil,


ar

que poderia ter estimulado a redução das taxas de Um dos motivos para isso é que elas
és

juros de longo prazo no ano passado é a


C

a) são ágeis, sempre vendem os seus produtos mais


o

a) redução da taxa de juros básica de curto prazo (Selic) barato e visam a tornar-se um unicórnio.
dr

b) venda de títulos públicos e privados no mercado b) inovam, transformam processos e têm potencial de
Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

secundário rápido crescimento.


c) compra de títulos públicos e privados no mercado c) sempre são compradas com valores mais baixos que
secundário o mercado.
d) redução do percentual dos depósitos compulsórios d) sempre possuem aplicativos para agilizar suas operações.
e) venda de títulos mediante operações compromissadas e) são sempre empresas de internet.

31. (CESGRANRIO — 2021) A inserção dos bancos digi- 35. (CESGRANRIO — 2021) Uma pessoa estava querendo
tais no Sistema Financeiro Nacional acarreta a disse- fazer um empréstimo e descobriu que algumas ins-
minação de tecnologias e culturas inovadoras, dentre tituições que praticam o shadow banking (“sistema
as quais merece menção o (a) bancário sombra”) geralmente servem como interme-
diários entre credores e tomadores de empréstimos,
a) maior contato físico entre bancos e clientes fornecendo crédito e capital para investidores e cor-
b) dispensa do armazenamento de dados dos clientes porações. Ao fazer uso dessas instituições para fazer
c) uso de inteligência artificial um empréstimo, a pessoa incorre em riscos?
d) generalização de plataformas off-line
e) utilização mínima de big-data a) Não, pois vai ter toda a assessoria para fazer o empréstimo. 281
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b) Não, pois o shadow banking realiza operações pas- a) registradores
sando por toda a supervisão ou regulação dos siste- b) mineradores
mas financeiros/ bancários do país. c) trabalhadores
c) Sim, pois essas instituições não são bancárias, não rece- d) gerenciadores
bem depósitos tradicionais como um banco tradicional e e) conectores
são estruturas paralelas aos mercados tradicionais.
d) Sim, pois o shadow banking é uma estrutura paralela 39. (CESGRANRIO — 2021) Leia as considerações seguin-
aos mercados tradicionais, embora passe por todas tes sobre o expressivo crescimento das criptomoedas
as regulações e seja uma instituição bancária. nas movimentações financeiras internacionais.
e) Sim, pois o shadow banking não é uma instituição Criptomoeda, ou moeda criptografada, é um ativo
financeira, embora tenha registro no Banco Central. digital denominado na própria unidade de conta que
é emitido e transacionado de modo descentralizado,
36. (CESGRANRIO — 2021) Considere o texto a seguir, independentemente de registro ou validação por parte
retirado de Relatório do Banco Central do Brasil. de intermediários centrais, com validade e integrida-
de de dados assegurada por tecnologia criptográfica
No sistema financeiro mundial, existem muitas enti- e de consenso em rede. Trata-se de instrumentos
dades que oferecem serviços de intermediação desenhados para viabilizar transferências de valores
financeira, mas funcionam à margem do sistema de em rede de maneira segura e independente de um sis-
supervisão e regulação bancária. No Relatório de tema de intermediação financeira (...). Outro aspecto
Estabilidade Financeira, de 2015, o Banco Central do econômico que merece destaque é o lado político-
Brasil (BCB) estima o valor total dos ativos dessas -econômico da atribuição de valor a uma moeda. As
entidades no país e adverte que elas podem “ser fonte moedas estatais de curso forçado contam não apenas
de risco sistêmico, por envolver, sem a devida super- com reservas legais, mas também com uma infraes-
visão e regulação, riscos tipicamente bancários, tais trutura estatal ou privada (fortemente regulada) e
como alavancagem, transformações de maturidade e com as políticas monetária e cambial oficiais (...).
de liquidez e transferência de risco de crédito”. Muitas criptomoedas, mesmo que funcionem como
instrumentos descentralizados, têm grande parte de
BRASIL. Banco Central do Brasil. Relatório de Estabilidade sua base monetária em poder da organização que a
Financeira, v.14, n.1. Brasília: Banco Central do Brasil, mar. desenvolveu.
2015, p.33. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/publicacoes/
ref/201503>. Acesso em: 24 jul. 2021.
Stella, J.C. Moedas virtuais no Brasil: como enquadrar as crip-
tomoedas. Revista da PGBC, v. 11, n. 2, dez. 2017, p. 151, 156.
As entidades financeiras descritas formam o sistema Disponível em: <https://revistapgbc.bcb.gov.br/index.php/revista/
denominado issue/download/26/A9%20V.11%20-%20N.2>. Acesso em: 24 jul.
21.
a) shadow banking
b) internet banking O texto sugere que o mercado de criptomoedas é fon-
c) open banking te de enorme instabilidade e preocupação dos bancos
d) mobile banking centrais, porque as empresas emissoras desses ati-
e) blockchain vos monetários
00

a) são reguladas pelos bancos centrais.


5-

37. (CESGRANRIO — 2021) Uma investidora está queren-


b) têm enorme capacidade de manipulação da taxa de
21

do saber a relação entre a blockchain e o bitcoin.


câmbio entre a criptomoeda emitida e os demais ati-
.
70

Em sua pesquisa, ela esclareceu sua dúvida, ao descobrir vos digitais.


.4

que c) conseguiram transformá-los no principal meio de tro-


49

ca utilizado nas transações financeiras internacionais.


-0

a) blockchain é o meio utilizado para registrar e armaze- d) vinculam a unidade de conta da criptomoeda às prin-
ar

nar transações de bitcoin. cipais moedas conversíveis, como o dólar norte-ame-


és

b) blockchain é a tecnologia de inteligência artificial ricano e o euro.


C

aplicada na bitcoin. e) forçam o enquadramento das criptomoedas emitidas


o

c) bitcoin é uma moeda digital e blockchain é uma moe- na mesma categoria das demais moedas eletrônicas
dr

da em blocos. já existentes.
Pe

d) bitcoin é tecnologia usada para implementar a


blockchain. 40. (CESGRANRIO — 2021) A cliente de um banco está
e) bitcoin e blockchain são duas formas de implementar chateada com as taxas bancárias sobre as suas
criptomoedas. transações e para manter a sua conta-corrente. Ela
está pensando em investir em criptomoedas para ter
38. (CESGRANRIO — 2021) A blockchain é um tipo espe- mais domínio sobre o seu dinheiro e não pagar tantas
cífico de banco de dados distribuído, no qual há uma taxas.
cadeia de blocos ordenados e interligados, com
garantia de ordem cronológica. Os dados registrados As criptomoedas válidas que ela tem para investir
nos blocos podem variar de transações financeiras a neste momento são
contratos inteligentes.
a) zen e bitemoeda
Na blockchain da bitcoin, as entidades que registram b) bitcoin e tokecardume
novos blocos na cadeia são chamadas de c) bitcoin e bitemoeda
d) bitcoin e ethereum
282 e) ethereum e tokecardume
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41. (CESGRANRIO — 2021) Um token físico, no contexto c) menção
de transações bancárias, é um dispositivo eletrôni- d) referência
co que possui um botão de ativação e um pequeno e) transparência
visor. O token permite gerar senhas aleatórias, tem-
porárias e numéricas (por exemplo, de seis dígitos). 44. (CESGRANRIO — 2021) Ao realizar a matrícula do seu
Essa senha é utilizada para dar mais segurança às curso, o estudante preencheu uma ficha cadastral
transações bancárias realizadas via internet. No pas- com os seguintes dados: nome, endereço, telefone,
sado, os bancos comerciais disponibilizavam esses religião, estado civil, raça, nome dos pais, número de
pequenos dispositivos aos seus clientes, de modo filhos e sindicato ao qual era filiado.
que pudessem ser afixados a um chaveiro.
Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD),
Mais recentemente, nos últimos 10 anos, esses dis- consideram- se sensíveis os seguintes dados
positivos foram sendo gradativamente substituídos solicitados:
para a grande maioria dos clientes, por um
a) religião, raça e filiação a sindicato
a) dispositivo que continua com apenas essa funciona- b) religião, estado civil e filiação a sindicato
lidade, porém um pouco maior, mas que ainda assim c) religião, estado civil e raça
cabe em um bolso de camisa. d) número de filhos, raça e religião
b) aplicativo de cada banco, instalado e configurado no e) número de filhos, raça e estado civil
celular do correntista.
c) porta-moedas eletrônico, semelhante aos cartões 45. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente comparece ao ban-
que dão acesso a meios de transporte. co em que possui conta salário para comprovação de
d) cartão de crédito que permite autorizar operações por vida, seguindo norma legal sobre o tema. Aproveitando
aproximação. sua presença na instituição financeira, resolve agendar
e) sensor específico para captura de impressões reunião com o gerente de relacionamento, que, com
digitais. toda presteza, combina recebê-lo em meia hora. Após
as conversas iniciais, ele questiona o gerente sobre os
42. (CESGRANRIO — 2021) Um dos fatos mais comemo- melhores investimentos disponíveis. Algumas opções
rados pelos analistas econômicos no Brasil foi a que- são apresentadas, e o interesse final é dirigido a dois
da histórica das taxas de juros básicas de curto prazo novos produtos. O gerente, então, comunica ao cliente a
(Selic), ocorrida nos últimos três anos. Entre fevereiro necessidade de atualização de sua ficha cadastral, pois
de 2018 e janeiro de 2021, a Selic havia recuado de surgiu nova legislação sobre proteção de dados. Diante
6,75% a.a. para 2,00% a.a. da aquiescência, o gerente apresenta formulário padro-
nizado para o correntista autorizar, expressamente, o
Considerando-se o arcabouço da política monetária compartilhamento dos seus dados com integrantes do
vigente no Brasil, baseado no regime de metas para grupo econômico do banco (corretoras, entre outras).
a inflação, os dois fatores que permitiram tamanha
queda dos juros básicos no Brasil no período foram a Nos termos da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018,
essa autorização
a) redução da dívida bruta do setor público como propor-
00

ção do PIB e a prolongada recessão ocorrida no período. a) seria desnecessária, por ser decorrente do contrato
5-

b) queda dos preços das commodities e o menor impac- originário.


21

to da desvalorização do real sobre os preços internos. b) está correta, se considerado o claro consentimento
.
70

c) eficácia dos controles de preços e a melhora das con- do correntista.


.4

dições externas. c) seria exigível para quebra de sigilo bancário por


49

d) ancoragem das expectativas de inflação e o elevado ordem judicial.


-0

nível médio de capacidade ociosa registrado na eco- d) deve ser ponderada com as necessidades negociais
nomia brasileira no período.
ar

do banco.
és

e) queda dos preços dos alimentos e a redução dos e) decorre da novidade dos produtos apresentados, não se
spreads bancários.
C

aplicando a produtos já constantes da carteira do banco.


o
dr

43. (CESGRANRIO — 2021) Um determinado banco pro- 9 GABARITO


Pe

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS

gramou uma campanha de empréstimos a juros


baixos, com o escopo de angariar clientes para sua
carteira de mutuários. Após ampla campanha de 1 C
divulgação, vários pretendentes compareceram às
agências bancárias, onde receberam informações 2 B
de que deveriam subscrever fichas com informa- 3 A
ções pessoais e autorizar que o banco as divulgasse
sempre que julgasse necessário e sem que houves- 4 D
se necessidade de essa divulgação ser previamente
comunicada à clientela. 5 E

6 D
Nos termos da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, a
cláusula de divulgação deve obedecer ao princípio da 7 A

a) negociação 8 C
b) taxação 283
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9 B ANOTAÇÕES
10 D

11 B

12 A

13 D

14 B

15 C

16 D

17 E

18 A

19 C

20 B

21 C

22 E

23 D

24 C

25 D

26 A

27 C

28 E

29 A

30 C

31 C

32 C
00
5-

33 C
21

34 B
.
70
.4

35 C
49

36 A
-0
ar

37 A
és

38 B
C
o

39 B
dr
Pe

40 D

41 B

42 D

43 E

44 A

45 B

284
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C
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z Visão de Tarefas: permite alternar entre os pro-
gramas em execução e abre novas áreas de traba-
lho. Seu atalho de teclado é: Windows+TAB;
z Microsoft Edge: navegador de Internet padrão do

CONHECIMENTOS DE
Windows 10. Ele está configurado com o buscador
padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado;
z Microsoft Loja: loja de app’s para o usuário baixar
INFORMÁTICA novos aplicativos para Windows;
z Windows Mail: aplicativo para correio eletrôni-
co, que carrega as mensagens da conta Microsoft
e pode se tornar um hub de e-mails com adição de
outras contas;
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS z Barra de Acesso Rápido: ícones fixados de pro-
– WINDOWS 10 (32-64 BITS) gramas para acessar rapidamente;
z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão
O sistema operacional Windows foi desenvolvido direito (secundário) do mouse, será mostrado o
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em menu rápido, que permite fixar arquivos abertos
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi- recentemente e fixar o ícone do programa na bar-
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores ra de acesso rápido;
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), z Central de Ações: centraliza as mensagens de segu-
rança e manutenção do Windows, como as atuali-
canetas e mesas digitalizadoras.
zações do sistema operacional. Atalho de teclado:
Atualmente, o Windows é oferecido na versão 10,
Windows+A (Action). A Central de Ações não precisa
que possui suporte para os dispositivos apontadores
ser carregada pelo usuário, ela é carregada automa-
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para
ticamente quando o Windows é inicializado;
acompanhar o movimento do usuário, como no siste-
z Mostrar área de trabalho: visualizar rapidamen-
ma Kinect do videogame Xbox). te a área de trabalho, ocultando as janelas que
Em concursos públicos, as novas tecnologias e estejam em primeiro plano. Atalho de teclado:
suportes avançados são raramente questionados. As Windows+D (Desktop);
questões aplicadas nas provas envolvem os concei- z Bloquear o computador: com o atalho de tecla-
tos básicos e o modo de operação do sistema opera- do Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o
cional em um dispositivo computacional padrão (ou computador. Poderá bloquear pelo menu de con-
tradicional). trole de sessão, acionado pelo atalho de teclado
O sistema operacional Windows é um software Ctrl+Alt+Del;
proprietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) dispo- z Gerenciador de Tarefas: para controlar os aplica-
nível e o usuário precisa adquirir uma licença de uso tivos, processos e serviços em execução. Atalho de
da Microsoft. teclado: Ctrl+Shift+Esc;
O Windows 10 apresenta algumas novidades em z Minimizar todas as janelas: com o atalho de
relação às versões anteriores, como assistente virtual, teclado Windows+M (Minimize), o usuário pode
minimizar todas as janelas abertas, visualizando
00

navegador de Internet, locais que centralizam infor-


a área de trabalho;
5-

mações etc.
z Criptografia com BitLocker: o Windows oferece o
21

sistema de proteção BitLocker, que criptografa os


.

z Botão Iniciar: permite acesso aos aplicativos ins-


70

talados no computador, com os itens recentes no dados de uma unidade de disco, protegendo contra
.4

acessos indevidos. Para uso no computador, uma


49

início da lista e os demais itens classificados em


chave será gravada em um pendrive, e para aces-
-0

ordem alfabética. Combina os blocos dinâmicos e


sar o Windows, ele deverá estar conectado;
estáticos do Windows 8 com a lista de programas
ar

z Windows Hello: sistema de reconhecimento facial


do Windows 7;
és

ou biometria, para acesso ao computador sem a


z Pesquisar: com novo atalho de teclado, a opção
C

necessidade de uso de senha; CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


pesquisar permite localizar, a partir da digitação
o

z Windows Defender: aplicação que integra recur-


dr

de termos, itens no dispositivo, na rede local e na sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
Pe

Internet. Para facilitar a ação, tem-se o seguinte e antispyware.


atalho de teclado: Windows+S (Search);
z Cortana: assistente virtual. Auxilia em pesquisas O botão direito do mouse aciona o menu de con-
de informações no dispositivo, na rede local e na texto, sempre.
Internet.
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E
ATALHOS
Importante!
A assistente virtual Cortana é uma novidade do No Windows 10, os diretórios são chamados de
pastas e algumas pastas são especiais, contendo cole-
Windows 10 que está aparecendo em provas de
ções de arquivos que são chamadas de Bibliotecas. Ao
concursos com regularidade. Semelhante ao todo são quatro Bibliotecas: Documentos, Imagens,
Google Assistente (Android), Siri (Apple) e Ale- Músicas e Vídeos. O usuário poderá criar Bibliotecas
xa (Amazon), essa integra recursos de acessi- para sua organização pessoal, uma vez que elas oti-
bilidade por voz para os usuários do sistema mizam a organização dos arquivos e pastas, inserindo
operacional. apenas ligações para os itens em seus locais originais. 289
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Exabyte
Petabyte (EB)
Terabyte (PB)
Gigabyte (TB)
Megabyte (GB) trilhão
Kilobyte (MB) bilhão
(KB) mil milhão
Byte
(B)

Pasta com Pasta sem Pasta vazia Ainda não temos discos com capacidade na ordem
subpasta subpasta de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos
comercialmente, mas quem sabe um dia... Hoje estas
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File medidas muito altas são usadas para identificar gran-
System) armazena os dados dos arquivos em locali- des volumes de dados na nuvem, em servidores de
zações dos discos de armazenamento. Por sua vez, os redes, em empresas de dados etc.
arquivos possuem nome e podem ter extensões. Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte repre-
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de senta uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é forma-
armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de do por 8 bits, que são sinais elétricos (que vale zero
bytes) ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB. binário para representação de informações.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes A palavra “Nova”, quando armazenada no disposi-
conceitos. tivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação grava-
da na memória.
TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO A palavra “Concursos” ocupará 9 bytes, que são 72
bits de informação.
Unidade de disco de armazena- Os bits e bytes estão presentes em diversos momen-
Disco de mento permanente, que possui um tos do cotidiano. Um plano de dados de celular ofere-
armazenamento sistema de arquivos e mantém os ce um pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até
dados gravados 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão
Estruturas lógicas que endereçam Wi-Fi de sua residência está operando em 150 Mbps,
as partes físicas do disco de arma- ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por
Sistema de segundo, e um arquivo com 75 MB de tamanho leva-
zenamento. NTFS, FAT32, FAT são
Arquivos rá 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo
alguns exemplos de sistemas de ar-
quivos do Windows. para o roteador wireless.
Circunferência do disco físico (como
Trilhas um hard disk HD ou unidades remo-
víveis ópticas)
Importante!
São ‘fatias’ do disco, que dividem as O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exi-
Setores bido em modo de visualização de Detalhes, nas
trilhas
Propriedades (botão direito do mouse, menu de
00

Unidades de armazenamento no
contexto) e na barra de status do Explorador de
5-

Clusters disco, identificado pela trilha e setor


Arquivos. Poderão ter as unidades KB, MB, GB,
21

onde se encontra.
TB, indicando quanto espaço ocupam no disco
.
70

Estrutura lógica do sistema de ar- de armazenamento.


Pastas ou
.4

quivos para organização dos dados


diretórios
49

na unidade de disco
-0

Arquivos Dados. Podem ter extensões. Quando os computadores pessoais foram apresen-
tados para o público, a árvore foi usada como analo-
ar

Pode identificar o tipo de arquivo, gia para explicar o armazenamento de dados, criando
és

associando com um software que o termo “árvore de diretórios”.


C

Extensão permita visualização e/ou edição.


o

As pastas podem ter extensões


dr

Documentos
como parte do nome.
Pe

Imagens
Folhas
Arquivos especiais, que apontam Músicas
para outros itens computacionais, Flores
Vídeos
como unidades, pastas, arquivos, Frutos
Atalhos dispositivos, sites na Internet, lo-
cais na rede etc. Os ícones possuem Pastas e Subpastas
uma seta, para diferenciar dos itens Tronco e Galhos
originais.

O disco de armazenamento de dados tem o seu


tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e Diretório Raiz Raiz
até trilhões de bytes de capacidade. Os nomes usados
são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão
listados na escala a seguir.
Figura 4. Árvore de diretórios

290
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No Windows 10, a organização segue a seguinte Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos
definição: somente leitura... os atributos dos itens podem ser
definidos pelo item Propriedades no menu de con-
z Pastas texto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que
tenham o atributo oculto, desde que ajuste a configu-
„ Estruturas do sistema operacional: Arquivos de
ração correspondente.
Programas (Program Files), Usuários (Users), Win-
dows. A primeira pasta da unidade é chamada
raiz (da árvore de diretórios), representada pela ÁREA DE TRABALHO
barra invertida: Documentos (Meus Documentos),
Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), A interface gráfica do Windows é caracterizada
Músicas (Minhas Músicas) – bibliotecas; pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do
„ Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
Documentos), Imagens (Minhas Imagens), atalhos, barra de tarefas (com programas que podem
Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas Músi- ser executados e programas que estão sendo executa-
cas) – bibliotecas; dos) e outros componentes do Windows.
„ Área de Trabalho: Desktop, que permite aces- A área de trabalho do Windows 10, também conhe-
so à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, cida como Desktop, é reconhecida pela presença do
programas e atalhos; papel de parede ilustrando o fundo da tela. É uma
„ Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP),
discos rígidos que foram excluídos, permitindo uma foto (extensão JPG), além de outros formatos grá-
a recuperação dos dados. ficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos
que o computador está pronto para executar tarefas.
z Atalhos

„ Arquivos que indicam outro local: Extensão


LNK, podem ser criados arrastando o item com Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
ALT ou CTRL+SHIFT pressionado. Edge Chrome Thunderbird Secure Co..

z Drivers

„ Arquivos de configuração: Extensão DLL e Provas


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Downloads caragua.docx Lista de
e-mails par..
Extra -
Ebook-Curs.
dicas
concursos.txt
outras, usadas para comunicação do software
com o hardware.

O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10.
antes era Windows Explorer) para o gerenciamento
de pastas e arquivos. Ele é usado para as operações de Na área de trabalho podemos encontrar Ícones
manipulação de informações no computador, desde o e estes podem ser ocultados se o usuário escolher
básico (formatar discos de armazenamento) até o avan- ‘Ocultar ícones da área de trabalho’ no menu de
çado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas). contexto (botão direito do mouse, Exibir). Os ícones
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado representam atalhos, arquivos, pastas, unidades de
00

para executar o Explorador de Arquivos. discos e componentes do Windows (como Lixeira e


5-

Como o Windows 10 está associado a uma con- Computador).


21

ta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou No canto inferior esquerdo encontraremos o botão
.
70

Outlook), o usuário tem disponível um espaço de Iniciar, que pode ser acionado pela tecla Windows ou
.4

armazenamento de dados na nuvem Microsoft One- pela combinação de teclas Ctrl+Esc. Ao ser acionado, o
49

Drive. No Explorador de Arquivos, no painel do lado menu Iniciar será apresentado na interface de blocos
-0

direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a que surgiu com o Windows 8, interface Metro.
nuvem. Ao inserir arquivos ou pastas no OneDrive,
ar

A ideia do menu Iniciar é organizar todas as opções


eles serão enviados para a nuvem e sincronizados
és

instaladas no Windows 10, como acessar Configura-


com outros dispositivos que estejam conectados na ções (antigo Painel de Controle), programas instalados
C

mesma conta de usuário. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

no computador, apps instalados no computador a par-


dr

Os atalhos são representados por ícones com uma tir da Windows Store (loja de aplicativos da Microsoft)
Pe

seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para etc.


um arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são Ao lado do botão Iniciar encontramos a caixa de
independentes dos objetos que os referenciam, por- pesquisas (Cortana). Com ela, poderemos digitar ou
tanto, se forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ditar o nome do recurso que estamos querendo exe-
ou unidade de disco que estão apontando.
cutar e o Windows 10 apresentará a lista de opções
Podemos criar um atalho de várias formas
semelhantes na área de trabalho e a possibilidade de
diferentes:
buscar na Internet. Além da digitação, podemos falar
z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, o que estamos querendo procurar, clicando no micro-
e ao soltar, o atalho é criado; fone no canto direito da caixa de pesquisa.
z No menu de contexto (botão direito) escolha A seguir, temos o item Visão de Tarefas sendo uma
“Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho); novidade do Windows 10, que permite visualizar os
z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sen- diferentes aplicativos abertos (como o atalho de tecla-
do exibido no Explorador de Arquivos pode ser do Alt+Tab clássico) e alternar para outra Área de
criado na área de trabalho arrastando o ícone da Trabalho. O atalho de teclado para Visão de Tarefas é
pasta, mostrado na barra de endereços e soltando- Windows+Tab.
-o na área de trabalho. 291
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Enquanto no Windows 7 só temos uma Área de Trabalho, o Windows 10 permite trabalhar com várias áreas de
trabalho independentes, onde os programas abertos em uma não interfere com os programas abertos em outra.
A seguir, a tradicional Barra de Acesso Rápido, que organiza os aplicativos mais utilizados pelo usuário, per-
mitindo o acesso rápido, tanto por clique no mouse, como por atalhos (Windows+1 para o primeiro, Windows+2
para o segundo programa etc.) e também pelas funcionalidades do Aero (como o Aero Peek, que mostrará minia-
turas do que está em execução, e consequente transparência das janelas).
A Área de Notificação mostrará a data, hora, mensagens da Central de Ações (de segurança e manutenção),
processos em execução (aplicativos de segundo plano) etc. Atalho de teclado: Windows+B.
Por sua vez, em “Mostrar Área de Trabalho”, o atalho de teclado Windows+D mostrará a área de trabalho ao
primeiro clique e mostrará o programa que estava em execução ao segundo clique. Se a opção “Usar Espiar para
visualizar a área de trabalho ao posicionar o ponteiro do mouse no botão Mostrar Área de Trabalho na extremida-
de da barra de tarefas” estiver ativado nas Configurações da Barra de Tarefas, não será necessário clicar. Bastará
apontar para visualizar a Área de Trabalho.
Uma novidade do Windows 10 foi a incorporação dos Blocos Dinâmicos (que antes estavam na interface Metro
do Windows 8 e 8.1) no menu Iniciar. Os blocos são os aplicativos fixados no menu Iniciar. Se quiser ativar ou
desativar, pressione e segure o aplicativo (ou clique com o botão direito do mouse) que mostra o bloco dinâmico
e selecione Ativar bloco dinâmico ou Desativar bloco dinâmico.

Navegador padrão do Win-


dows 10 Atalhos

Itens Excluídos

Lixeira Microsoft Google Mozilla Kaspersky Arquivos


Pastas de Firefox
Edge Chrome Thunderbird Secure Co..
Arquivos

Provas Extra - dicas Central de


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e-mails par. Ebook-Curs. Ações

Botão Iniciar Barra de Área de


Visão de Tarefas Notificação
Cortana Acesso rápido

Barra de Tarefas

Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.

Mostrar área de trabalho agora está no canto inferior direito, ao lado do relógio, na área de notificação da
00

Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: Win+D (Desktop)


5-
. 21
70
.4
49

Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones que permanecem em exibição todo o tempo.
-0
ar
és
C
o

Aplicativo que está em execução 1 vez possui um pequeno traço azul abaixo do ícone.
dr
Pe

Aplicativo que está em execução mais de 1 vez possui um pequeno traço segmentado azul no ícone.

292
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MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS

Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-


cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
1 +1 não está em zada com sucesso.
execução execução execução
z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA Um arquivo chamado documento.docx será consi-
derado igual ao nome Documento.DOCX;
Um dos itens mais importantes do Windows não é z O Windows não permite que dois itens tenham o
visível como um ícone ou programa. A Área de Trans- mesmo nome e a mesma extensão quando estive-
ferência é um espaço da memória RAM, que armazena rem armazenados no mesmo local;
uma informação de cada vez. A informação armaze- z O Windows não aceita determinados caracteres
nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba nos nomes e extensões. São caracteres reservados,
trabalhando em praticamente todas as operações de para outras operações, que são proibidos na hora
manipulação de pastas e arquivos. de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui-
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo vos e pastas podem ser compostos por qualquer
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado caractere disponível no teclado, exceto os carac-
Windows+V (View). teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
estamos copiando o item para a memória RAM, para opção), | (barra vertical, significa concatenador de
ser inserido em outro local, mantendo o original e comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),
criando uma cópia. “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta- nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi-
mos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior,
de Transferência, para ser inserida em outro local, significa direcionador de saída);
como em um documento do Microsoft Word ou edição z Existem termos que não podem ser usados, como
pelo acessório Microsoft Paint. CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig-
Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen, nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por
estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a referenciar itens de hardware nos comandos digi-
Área de Transferência, desconsiderando outros ele- tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para
mentos da tela do Windows. enviar para a impressora um texto através da linha
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN).
conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-
rência será inserido no local atual. Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais
conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero
Dica à N caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows
como nos sites de busca na Internet.
As três teclas de atalhos mais questionadas As ações realizadas pelos usuários em relação à
00

em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C manipulação de arquivos e pastas pode estar condi-
5-

e Ctrl+V, que acionam os recursos da Área de cionada ao local onde ela é efetuada, ou ao local de
21

Transferência. origem e destino da ação. Portanto, é importante veri-


.
70

ficar no enunciado da questão, geralmente no texto


.4

As ações realizadas no Windows, em sua quase associado, estes detalhes que determinarão o resulta-
49

totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de do da operação.


-0

teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização. As operações podem ser realizadas com atalhos
de teclado, com o mouse, ou com a combinação de
ar

Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pres-


ambos. As bancas organizadoras costumam questio-
és

sionar Del ou Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z


nar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes
C

(Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-


utilizam imagens nas questões. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

sidade de acessar a Lixeira do Windows.


dr

E outras ações podem ser repetidas, acionando o


Pe

atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível. OPERAÇÕES COM TECLADO


Para obter uma imagem de alguma janela em Atalhos de teclado Resultado da operação
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan- Não é possível recortar e colar
Ctrl+X e Ctrl+V
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office. na mesma pasta. Será exibida
na mesma pasta
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Fer- uma mensagem de erro
ramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no Ctrl+X e Ctrl+V Recortar (da origem) e colar (no
Windows. em locais diferentes destino). O item será movido
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem Copiar e colar. O item será dupli-
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win- Ctrl+C e Ctrl+V
cado. A cópia receberá um sufixo
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na mesma pasta
(Copia) para diferenciar do original
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
A área de transferência é um dos principais recur- Copiar (da origem) e colar (no
Ctrl+C e Ctrl+V
sos do Windows, que permite o uso de comandos, destino). O item será duplicado,
em locais diferentes
realização de ações e controle das ações que serão mantendo o nome e extensão
desfeitas. 293
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
OPERAÇÕES COM TECLADO OPERAÇÕES COM MOUSE
Deletar, apagar, enviar para a Li- RESULTADO DA
AÇÃO DO USUÁRIO
xeira do Windows, podendo re- OPERAÇÃO
Tecla Delete em um
cuperar depois, se o item estiver Clique simples no botão Exibir o menu de contexto do
item do disco rígido
em um disco rígido local interno secundário item
ou externo conectado na CPU
Executar o item, se for exe-
Será excluído definitivamente. A cutável. Abrir o item, se for
Tecla Delete em Lixeira do Windows não armaze- editável, com o programa pa-
um item do disco na itens de unidades removíveis Duplo clique drão que está associado. Nos
removível (pendrive), ópticas ou unidades programas do computador,
remotas poderá abrir um item através
da opção correspondente
Independentemente do local
Shift+Delete onde estiver o item, ele será ex- Renomear o item. Se o nome
cluído definitivamente já existe em outro item, será
Duplo clique pausado
sugerido numerar o item re-
Renomear. Trocar o nome e a nomeado com um sufixo
extensão do item. Se houver
Arrastar com botão principal
outro item com o mesmo nome
pressionado e soltar na mes- O item será movido
no mesmo local, um sufixo nu- ma unidade de disco
F2 mérico será adicionado para
diferenciar os itens. Não é per- Arrastar com botão principal
mitido renomear um item que pressionado e soltar em ou- O item será copiado
esteja aberto na memória do tra unidade de disco
computador Arrastar com botão secun- Exibe o menu de contexto,
dário do mouse pressionado podendo “Copiar aqui” (no
e soltar na mesma unidade local onde soltar)
Lixeira
Arrastar com botão secun- Exibe o menu de contexto,
Um dos itens mais questionados em concursos dário do mouse pressionado podendo “Copiar aqui” (no
públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os e soltar em outra unidade de local onde soltar) ou “Mover
itens que foram excluídos de discos rígidos locais, disco aqui”
internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a Arrastar na mesma unidade, será movido. Arras-
tecla Delete (DEL), o item é removido do local original tar entre unidades diferentes, será copiado.
e armazenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode OPERAÇÕES COM TECLADO E MOUSE
escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o AÇÃO DO USUÁRIO RESULTADO DA OPERAÇÃO
local original. Se o local original não existe mais, pois
suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira O item será copiado, quando a
Arrastar com o botão principal
tecla CTRL for liberada, inde-
recupera o caminho e restaura o item. pressionado um item com a
00

pendente da origem ou do des-


Os itens armazenados na Lixeira poderão ser tecla CTRL pressionada
5-

tino da ação
excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esva-
21

O item será movido, quando a


ziar Lixeira” no menu de contexto ou faixa de opções
.

Arrastar com o botão principal


70

tecla SHIFT for liberada, inde-


da Lixeira. pressionado um item com a
pendente da origem ou do des-
.4

Quando acionamos o atalho de teclado Shift+De- tecla SHIFT pressionada


49

tino da ação
lete, o item será excluído definitivamente. Pelo Win-
-0

Arrastar com o botão princi-


dows, itens excluídos definitivamente ou apagados Será criado um atalho para o
pal pressionado um item com
ar

após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados. item, independente da origem
a tecla ALT pressionada (ou
és

É possível recuperar com programas de terceiros, mas ou do destino da ação


CTRL+SHIFT)
C

isto não é considerado no concurso, que segue a con-


Clique em itens com o botão
o

figuração padrão.
dr

principal, enquanto mantém Seleção individual de itens


Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados a tecla CTRL pressionada
Pe

com o mouse para fora dela, restaurando o item para


Seleção de vários itens. O pri-
o local onde o usuário liberar o botão do mouse. Clique em itens com o botão
meiro item clicado será o início,
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido principal, enquanto mantém
e o último item será o final, de
em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá a tecla SHIFT pressionada
uma região contínua de seleção
alterar o tamanho máximo reservado para a Lixeira,
poderá desativar ela excluindo os itens diretamen- Extensões de Arquivos
te e configurar Lixeiras individuais para cada disco
conectado. O Windows 10 apresenta ícones que representam
arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão
OPERAÇÕES COM MOUSE caracteriza o tipo de informação que o arquivo arma-
zena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é
RESULTADO DA
AÇÃO DO USUÁRIO atribuída para ele, de acordo com o programa que o
OPERAÇÃO
criou. É possível alterar esta extensão, porém corre-
Clique simples no botão mos o risco de perder o acesso ao arquivo, que não
Selecionar o item
principal será mais reconhecido diretamente pelas configura-
294 ções definidas em Programas Padrão do Windows.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Importante! EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Existem arquivos sem extensão, como itens do Biblioteca de ligação dinâmica do
sistema operacional. Ela é opcional e procu- Windows. Arquivo que contém in-
ra associar o arquivo com um programa para DLL formações que podem ser usadas
por vários programas, como uma
visualização ou edição. Se o arquivo não possui caixa de diálogo
extensão, o usuário não conseguirá executar ele,
por se tratar de conteúdo de uso interno do siste- Arquivos executáveis, que não
necessitam de outros programas
ma operacional (que não deve ser manipulado). EXE, COM, para serem executados
BAT

Confira na tabela a seguir algumas das extensões e


ícones mais comuns em provas de concursos.
Uma das extensões menos conhecidas e mais ques-
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO tionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text For-
Adobe Acrobat. Pode ser criado e mat, uma tentativa da Microsoft em criar um padrão
editado pelos aplicativos Office. de documento de texto com alguma formatação para
Formato de documento portável múltiplas plataformas. A extensão RTF pode ser aber-
PDF
(Portable Document Format) que ta pelos programas editores de textos, como o Micro-
poderá ser visualizado em várias soft Word e LibreOffice Writer, e é padrão do acessório
plataformas do Windows WordPad.
Documento de textos do Microsoft Se o usuário quiser, pode acessar Configurações
Word. Textos com formatação que (atalho de teclado Windows+I) e modificar o progra-
DOCX podem ser editados pelo LibreOffice ma padrão. Alterando esta configuração, o arquivo
Writer será visualizado e editado por outro programa de
escolha do usuário.
Pasta de trabalho do Microsoft
Excel. Planilhas de cálculos que As Configurações do Windows e dos programas
XLSX podem ser editadas pelo LibreOf- instalados estão armazenadas no Registro do Windo-
fice calc ws. O arquivo do registro do Windows pode ser edi-
tado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de
Apresentação de slides do Micro- diálogo “Executar”. Entretanto, não devemos alterar
soft PowerPoint, que poderá ser suas hives (chaves de registro) sem o devido conheci-
PPTX
editada pelo LibreOffice Impress
mento, pois poderá inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Con-
Texto sem formatação. Formato trole. A troca do nome alterou a organização dos itens
padrão do acessório Bloco de No- de ajustes do Windows, tornando-se mais simples e
TXT tas. Poderá ser aberto por vários
intuitivo.
programas do computador
Através deste item o usuário poderá instalar e
Rich Text Format – formato de desinstalar programas e dispositivos, configurar o
texto rico. Padrão do acessó- Windows, além de outros recursos administrativos.
00

RTF rio WordPad, este documento de Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10,
5-

texto possui alguma formatação, acessado pela opção Configurações, localizada na lista
21

como estilos de fontes exibida a partir do botão Iniciar, é possível configu-


.
70

Formato de vídeo. Quando o Win- rar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/
Modo avião/ Status da rede/ Ethernet/ Conexão disca-
.4

dows efetua a leitura do conteúdo,


49

MP4, AVI, exibe no ícone a miniatura do pri- da/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
MPG meiro quadro. No Windows 10, Fil-
-0

Modo Avião é uma configuração comum em smar-


mes e TV reproduzem os arquivos
tphones e tablets que permite desativar, de manei-
ar

de vídeo
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que
és

Formato de áudio. O Gravador de inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS,
C

Som pode gravar o áudio. O Win- NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

MP3 dows Media Player e o Groove Mu-


dr

No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao


sic podem reproduzir o som
Pe

exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar


Formato de imagem. Quando o informações, como, por exemplo, a data de modifica-
Windows efetua a leitura do con- ção e o tamanho de cada arquivo.
BMP, GIF,
teúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
PNG, TIF
da imagem. No Windows 10, o Modos de Exibição do Windows 10
acessório Paint visualiza e edita
os arquivos de imagens
Formato ZIP, padrão do Windows
para arquivos compactados. Não
ZIP necessita de programas adicio-
nais, como o formato RAR, que exi-
ge o WinRAR

295
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Ícones extras grandes: ícones extra grandes com USO DOS MENUS
nome (e extensão);
z Ícones grandes: ícones grandes com nome (e No Windows 10, tanto pelo Explorador de Arquivos
extensão); como pelo menu Iniciar, encontramos as opções para
z Ícones médios: ícones médios com nome (e exten- gerenciamento de arquivos, pastas e configurações.
são) organizados da esquerda para a direita; O Windows 10 disponibiliza listas de atalho como
z Ícones pequenos: ícones pequenos com nome (e recurso que permite o acesso direto a sítios, músicas,
extensão) organizados da esq. para a direita; documentos ou fotos. O conteúdo dessas listas está
z Listas: ícones pequenos com nome (e extensão) diretamente relacionado com o programa ao qual
organizados de cima para baixo; elas estão associadas. O recurso de Lista de Atalhos,
z Detalhes: ícones pequenos com nome, data de novidade do Windows 7 que foi mantida nas versões
modificação, tipo e tamanho; seguintes, possibilita organizar os arquivos abertos
z Blocos: ícones médios com nome, tipo e tamanho, por um aplicativo ao ícone do aplicativo, com a possi-
organizados da esq. para a direita; bilidade ainda de fixar o item na lista.
z Conteúdo: ícones médios com nome, autores, data No Explorador de Arquivos do Windows 10, os
de modificação, marcas e tamanho. menus foram trocados por guias, semelhante ao
Microsoft Office. Ao pressionar ALT, nenhum menu
Um dos temas mais questionado em provas são os escondido será mostrado (como no Windows 7), mas
modos de exibição do Windows. Se tem um computador os atalhos de teclado para as guias Arquivo, Início,
com Windows 10, procure visualizar os modos de exibi- Compartilhar e Exibir.
ção no seu Explorador de Arquivos. Praticar a disciplina
no computador ajuda na memorização dos recursos.

2. Barra ou linha de título


3. Minimizar 4. Maximizar 5. fechar

O botão direito do mouse exibe a janela pop-up


Área de trabalho do aplicativo chamada “Menu de Contexto”. Em cada local que for
clicado, uma janela diferente será mostrada.
As opções exibidas no menu de contexto contêm
1. Barra de menus as ações permitidas para o item clicado naquele local.
6. Barra de Rolagem
Através do menu de contexto da área de trabalho,
podemos criar nova pasta (Ctrl+Shift+N), novo Atalho,
Figura 3. Elementos de uma janela do Windows 10.
ou novos arquivos (Imagem de bitmap [BMP Paint],
Documento do Microsoft Word [DOCX Microsoft
1. Barra de menus: são apresentados os menus com Word], Formato Rich Text [RTF WordPad], Documen-
os respectivos serviços que podem ser executados to de Texto [TXT Bloco de Notas], Planilha do Micro-
no aplicativo; soft Excel [XLSX Microsoft Excel], Pasta Compactada
00

2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arqui- [extensão ZIP], entre outros).
5-

vo e o nome do aplicativo que está sendo execu-


21

tado na janela. Através dessa barra, conseguimos


Dica
.

mover a janela quando a mesma não está maximi-


70

zada. Para isso, clique na barra de título, mante- Arquivos de imagens são editados pelo acessó-
.4
49

nha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo-
estará movendo a janela para a posição desejada.
-0

ws 10 oferece a versão Paint 3D.


Depois é só soltar o clique;
ar

3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento Cada item (pasta ou arquivo) armazena uma série
és

ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela de informações relacionadas a si próprio. Estas infor-
C

para seu tamanho e posição anteriores, clique neste mações podem ser consultadas em Propriedades,
o

botão ou clique duas vezes na barra de títulos;


dr

acessado no menu de contexto, exibido quando clicar


4. Botão maximizar: aumenta uma janela de docu-
Pe

com o botão direito do mouse sobre o item.


mento ou aplicativo para preencher a tela. Para Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da
restaurar a janela para seu tamanho e posição Lixeira, será mostrado o menu de contexto, e esco-
anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes lhendo ‘Esvaziar Lixeira’, os itens serão removidos
na barra de títulos; definitivamente, utilizando o Windows, não haverá
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. meio de recuperá-los.
Solicita que você salve quaisquer alterações não
salvas antes de fechar. Alguns aplicativos, como
PROGRAMAS E APLICATIVOS
os navegadores de Internet, trabalham com guias
ou abas, que possuem o seu próprio controle para
Os programas associados ao Windows 10 podem
fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4;
ser classificados em:
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao
longo do lado direito (e inferior de uma janela de
z Componentes do sistema operacional;
documento). Para deslocar-se para outra parte do
z Aplicativos e Acessórios;
documento, arraste a caixa ou clique nas setas da
z Ferramentas de Manutenção e Segurança.
barra de rolagem.
296
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Apps – aplicativos disponíveis na Loja (Windows Store) para instalação no computador do usuário.

Dica
Os acessórios do Windows são aplicativos nativos do sistema operacional, que estão disponíveis para utili-
zação mesmo que não existam outros programas instalados no computador. Os acessórios oferecem recur-
sos básicos para anotações, edição de imagens e edição de textos.

Na primeira categoria encontramos o Configurações (antigo Painel de Controle). Usado para realizar as confi-
gurações de software (programas) e hardware (dispositivos), permite alterar o comportamento do sistema opera-
cional, personalizando a experiência no Windows 7. No Windows 10 o Painel de Controle chama-se Configurações,
e pode ser acessado pelo atalho de teclado Windows+X no menu de contexto, ou diretamente pelo atalho de tecla-
do Windows+I.
Na segunda categoria, temos programas que realizam atividades e outros que produzem mais arquivos. Por
exemplo, a calculadora. É um acessório do Windows 10 que inclui novas funcionalidades em relação às versões
anteriores, como o cálculo de datas e conversão de medidas. Temos também o Notas Autoadesivas (como peque-
nos post its na tela do computador).
Outros acessórios são o WordPad (para edição de documentos com alguma formatação), Bloco de Notas (para
edição de arquivos de textos), MSPaint (para edição de imagens) e Visualizador de Imagens (que permite ver uma
imagem e chamar o editor correspondente).
E finalmente, as ferramentas do sistema. Desfragmentar e Otimizar Unidades1 (antigo Desfragmentador de
Discos, para organizar clusters2), Verificação de Erros (para procurar por erros de alocação), Backup do Windows
(para cópia de segurança dos dados do usuário) e Limpeza de Disco (para liberar espaço livre no disco).

Desfragmentar e Otimizar Unidades


Aplicativo da área de trabalho

Otimizar e desfragmentar unidade


A otimização das unidades do computador pode
ajudá-lo a funcionar com mais eficiência.

Otimizar

No menu Iniciar, em Ferramentas Administrativas do Windows, encontraremos os outros programas, como


por exemplo: Agendador de Tarefas, Gerenciamento do Computador, Limpeza de Disco etc. Na parte de segurança
encontramos o Firewall do Windows, um filtro das portas TCP do computador, que autoriza ou bloqueia o acesso
00

para a rede de computadores, e de acesso externo ao computador.


5-
.21

Firewall do Windows
70
.4

Painel de controle
49
-0

A tabela a seguir procura resumir os recursos e novidades do Windows 10. Confira.


ar
és
C

WINDOWS 10 O QUE CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

Explorador de Arquivos Gerenciamento de arquivos e pastas do computador


Pe

Referência ao local no gerenciador de arquivos e pastas para unidades de dis-


Este Computador
cos e pastas Favoritas

Desfragmentar e Otimizar Ferramenta de sistema para organizar os arquivos e pastas do computador,


Unidades melhorando o tempo de leitura dos dados

Win+S Pesquisar

Envia imediatamente Pressionar DEL em um item selecionado

Configurações Permite configurar software e hardware do computador

Home, Pro, Enterprise, Education. Edições do Windows

1  Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
2  Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster. 297
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
WINDOWS 10 O QUE

Integração com Xbox, modo multiplayer gratuito, streaming de jogos do Xbox


Xbox (Games, músicas = Groove)
One

Com blocos dinâmicos (live tiles) Menu Iniciar

Hyperboot & InstantGo Inicialização rápida

Menu Iniciar, Barra de Tarefas e


Fixar aplicativos
Blocos Dinâmicos

Windows Hello Autenticação biométrica permite logar no sistema sem precisar de senhas

Acessar os documentos do OneDrive diretamente do Windows Explorer e Ex-


OneDrive integrado
plorador de Arquivos

Permite alternar de maneira fácil entre os modos de desktop e tablet, sendo


Continuum
ideal para dispositivos conversíveis

Microsoft Edge O novo navegador da Microsoft está disponível somente no Windows 10

Com funcionamento análogo à Google Play Store e à Apple Store, o ambiente


Windows Store
permite comprar jogos, apps, filmes, músicas e programas de TV

Desktops virtuais O recurso permite visualizar dados de vários computadores em uma única tela

Windows Update, Windows Update


for Business, Current Branch for Fornecimento do Windows como um serviço, para manter o Windows atualizado
Business e Long Term Servicing Windows as a Service – WaaS
Branch

Intregração com Windows Phone Aplicativos Fotos aprimorado

O modo tablet deixa o Windows mais fácil e intuitivo de usar com touch em
Modo tablet
dispositivos tipo conversíveis

Email, Calendário, Notícias, en-


tre outros – também foram Executar aplicativos Metro (Windows 8 e 8.1) em janelas
melhorados.

Compartilhar Wi-Fi Compartilhar sua rede Wi-Fi com os amigos sem revelar a senha

Complemento para Telefone Sincronizar dados entre seu PC e smartphone ou tablete, seja iOs ou Android.
00

Configurações > Sistema >


Analisar o espaço de armazenamento em seu PC
5-

Armazenamento
.21

Prompt de Comandos Usar o comando Ctrl + V no prompt de comando


70
.4

Assistente pessoal semelhante a Siri da Apple, que já está disponível em


49

Cortana
português
-0

Na área de notificações do Windows 10, a Central de Notificações reúne as


ar

Central de Notificações mensagens do e-mail, do computador, de segurança e manutenção, entre


és

outras
C
o
dr

Quando você clica duas vezes em um arquivo, como por exemplo, uma imagem ou documento, o arquivo
Pe

é aberto no programa que está definido como o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no Windows 10.
Porém, se você gosta de usar outro programa para abrir o arquivo, você pode defini-lo como padrão. Disponível
em Configurações, Sistema, Aplicativos Padrão.

298
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto sem formatação,
com extensão TXT.

O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Windows para edição de arquivos de texto com alguma formata-
ção, com extensão RTF e DOCX.
O WordPad se assemelha ao Microsoft Word, com recursos simplificados.
00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr
Pe

O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.

299
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte de
alguma tela em exibição.

Notas Autoadesivas (que agora se chama Stick Notes) é um aplicativo do Windows 10, que permite a inserção
de pequenas notas de texto na área de trabalho do Windows, como recados do tipo Post-It.
As Anotações podem ser vinculadas ao Microsoft Bing e assistente virtual Cortana. Assim, ao anotar um ende-
reço, o mapa é exibido. Ao anotar um número de voo, as informações serão mostradas sobre a partida.
O aplicativo “Filmes e TV” pode ser usado para visualização de vídeos, assim como o “Windows Media Player”.
O Prompt de Comandos (cmd.exe) é usado para digitar comandos em um terminal de comandos.
O Microsoft Edge é o navegador de Internet padrão do Windows 10 . Podemos usar outros navegadores, como
o Internet Explorer 11 , Mozilla Firefox , Google Chrome , Apple Safari, Opera Browser, etc.
O Windows Update (verificar se há atualizações) é o recurso do Windows para manter ele sempre atualizado.
Está em Configurações (atalho de teclado Windows+I), Atualização e segurança.

00
5-
.21
70
.4

INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2010


49
-0

z Os documentos de texto produzidos pelo Microsoft Word 2010 possuem a extensão DOCX;
ar

z Os documentos de texto habilitados para macros3, possuem a extensão DOCM;


és

z Um modelo4 de documento é um arquivo que pode ser usado para criar novos arquivos a partir de uma for-
C

matação preestabelecida. A extensão é DOTX;


o

z Um modelo de documento habilitado para macros contém além da formatação básica para criação de outros
dr

documentos, comandos programados para automatização de tarefas. A extensão é DOTM;


Pe

z As pastas de trabalho produzidas pelo Microsoft Excel 2010 possuem a extensão XLSX;
z As pastas de trabalho habilitadas para macros possuem a extensão XLSM;
z As pastas de trabalho do tipo modelo, possuem a extensão XLTX;
z As pastas de trabalho do tipo modelo habilitadas para macros possuem a extensão XLTM;
z O arquivo do Excel que contém os dados de uma planilha que não foi salva, que pode ser recuperada pelo
usuário, possui a extensão XLSB (binário);
z O arquivo com extensão CSV (Comma Separated Values) contém textos separados por vírgula, que podem ser
importados pelo Excel, podem ser usados em mala direta do Word, incorporados a um banco de dados, etc.;
z Um arquivo com a extensão. contact é um contato, que pode ser usado no Outlook 2016;
z Arquivos compactados com extensão ZIP podem armazenar outros arquivos e pastas;
z Os arquivos compactados podem ser criados pelo menu de contexto, opção Enviar para, Pasta Compactada;

3  Macros são pequenos programas desenvolvidos dentro de arquivos do Office, para automatização de tarefas. Os códigos dos programas
são escritos em linguagem VBA – Visual Basic for Applications. Arquivos com macros podem conter vírus, e no momento da abertura, o
programa perguntará se o usuário deseja ativar ou não as macros.
300 4  Template = modelo de documento, planilha ou apresentação, com a formatação básica a ser usada no novo arquivo.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os arquivos de Internet, como páginas salvas, rece-
bem a extensão HTML e uma pasta será criada ATALHO AÇÃO
para os arquivos auxiliares (imagens, vídeos, etc.); Pesquisar, quando acionado no
z O conteúdo de arquivos do Office pode ser transfe- F3 Explorador de Arquivos. Win+S
rido para outros arquivos do próprio Office através fora dele
da Área de Transferência do Windows;
z O conteúdo formatado do Office poderá ser trans- F5 Atualizar
ferido para outros arquivos do Windows, mas a Exclui definitivamente, sem arma-
formatação poderá ser perdida; Shift+Del
zenar na Lixeira
Atalhos de Teclado – Windows 10 Win Abre o menu Início
Acessa o primeiro programa da
Dica Win+1
barra de tarefas
Os atalhos de teclado do Windows são de ter- Acessa o segundo programa da
mos originais em inglês. Por serem atalhos de Win+2
barra de tarefas
teclado do sistema operacional, são válidos
para os programas que estiverem sendo execu- Win+B Acessa a Área de Notificação
tados no Windows. Mostra o desktop (área de
Win+D
trabalho)
ATALHO AÇÃO Win+E Abre o Explorador de Arquivos
Alterna para o próximo aplicativo Feedback – hub para comentários
Alt+Esc Win+F
em execução sobre o Windows
Exibe a lista dos aplicativos em Win+I Configurações (Painel de Controle)
Alt+Tab
execução
Bloquear o Windows
Volta para a pasta anterior, que Win+L
(Lock, bloquear)
Backspace estava sendo exibida no Explora-
dor de Arquivos. Minimiza todas as janelas e mos-
Win+M tra a área de trabalho, retornando
Ctrl+A Selecionar tudo como estavam antes
Copia o item (os itens) para a Área Selecionar o monitor/projetor que
Ctrl+C
de Transferência será usado para exibir a imagem,
Win+P
podendo repetir, estender ou
Ctrl+Esc Botão Início
escolher
Ctrl+E / Ctrl+F Pesquisar Search, para pesquisas (substitui
Win+S
Ctrl+Shift+Esc Gerenciador de Tarefas o Win+F)
00

Cola o item (os itens) da Área de Exibe a lista dos aplicativos


5-

Ctrl+V Win+Tab em execução em 3D (Visão de


Transferência no local do cursor
21

Tarefas)
.

Move o item (os itens) para a Área


70

Ctrl+X Menu de acesso rápido, exibido ao


de Transferência Win+X
.4

lado do botão Iniciar


49

Ctrl+Y Refazer
-0

Desfaz a última ação. Se acabou


ar

de renomear um arquivo, ele volta


és

ao nome original. Se acabou de NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS


C

Ctrl+Z
apagar um arquivo, ele restaura – AMBIENTE LINUX (SUSE SLES 15 SP2) CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

para o local onde estava antes de


dr

ser deletado.
Pe

O sistema operacional Linux é uma opção ao sistema


Move o item para a Lixeira do operacional Windows, com outras características próprias.
Del
Windows O sistema operacional Linux é mais utilizado em
sistemas de baixo custo, e possui diferentes distribui-
F1 Exibe a ajuda ções para diferentes modelos de computadores. Por
F11 Tela Inteira ser um sistema de código aberto, deu origem a outros
sistemas como o iOs (Apple) e o Android (Google).
Renomear, trocar o nome: dois Por ser um sistema operacional livre e licenciável,
arquivos com mesmo nome e possui a licença GNU GPL para distribuição. O projeto
mesma extensão não podem estar GNU foi lançado no começo dos anos 80 e atualmen-
na mesma pasta, se já existir ou- te é patrocinado pela FSF (Free Software Foundation).
F2
tro arquivo com o mesmo nome, Muitos usuários descobrem que no contexto de soft-
o Windows espera confirmação, wares livres, ser livre não significa ser gratuito. Ao
símbolos especiais não podem ser contrário do termo freeware, que identifica uma cate-
usados, como / | \ ? * “ < > : goria de softwares gratuitos para utilização, o termo
free no Linux está relacionada às liberdades de uso. 301
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A GPL (GNU Public Licence) baseia-se em 4 liberda- Kernel (núcleo)
des ‘essenciais’:

z A liberdade de executar o programa, para qual- Shell (interpretador)


quer propósito (liberdade nº 0);
z A liberdade de estudar como o programa funciona Terminal
e adaptá-lo às suas necessidades (liberdade nº 1). (linha de comandos)
O acesso ao código-fonte é um pré-requisito para
esta liberdade; Interface gráfica
z A liberdade de redistribuir cópias de modo que
você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2);
z A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os
seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comu-
nidade beneficie deles (liberdade nº 3). O aces-
so ao código-fonte é um pré-requisito para esta
liberdade.
Figura 1. Assim como no Windows, o Linux tem camadas que
separam os recursos.
Disponível em < https://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html
>. Acesso em: 27 nov. 2020.
Distribuições Linux
Características Básicas do Sistema Linux
Distribuição é um conjunto de personalizações
O Linux tem as seguintes características básicas: que mantém o mesmo núcleo (kernel) do Linux, mas
apresentável de forma diferenciada.
Puppy, Debian, Fedora, Kubuntu, Ubuntu, RedHat,
z Possui um kernel (núcleo) comum em todas as
SuSe, Mandrake, Xandros (da Corel) e Kurumim são
distribuições;
alguns exemplos de distribuições.
z FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de
Ubuntu é a distribuição mais cobrada em con-
Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas
cursos públicos, baseada na distribuição Debian. O
as distribuições Linux devem seguir para organi-
Ubuntu é uma versátil distribuição Linux que pode
zar os seus diretórios;
ser instalada em várias construções computacionais,
z O código fonte está disponível para ser baixado,
desde que adaptadas (drivers).
estudado, modificado e distribuído gratuitamente;
z As distribuições oferecem recursos específicos
para cada proposta, mantendo o núcleo comum do Big Linux Brasil
sistema;
Gnoppix Alemanha
z Cada distribuição poderá ter uma ou mais interfa-
ces de usuário, e elas podem ser usadas em outras ImpiLinux África do Sul
distribuições; Kurumim Brasil
z Possui modo gráfico e terminal de comandos; Mint Irlanda
z Existem distribuições gratuitas e pagas;
00

z As modificações realizadas pelos usuários serão DeMuDi Europa


5-

submetidas para avaliação da comunidade de Finnix EUA


21

desenvolvedores, que determinarão a importância Insigne GNU Brasil


.
70

e relevância delas, antes de tornar as modificações


KeeP OS Brasil
oficiais para todo o mundo;
.4
49

z Como todo sistema operacional, possui suporte Knoppix Alemanha


-0

para protocolos TCP, permitindo o acesso às redes Linspire EUA


de computadores com browsers ou navegadores;
ar

MeNTOPPIX Indonésia
z Geralmente instalado em dispositivos com Windo-
és

ws, o Linux oferece gerenciador de boot (bootloa- MEPIS EUA


C

der) para gerenciar a inicialização, exibindo um Rxart


o

Argentina
dr

menu para o usuário escolher qual sistema opera- Satux Brasil


Pe

cional será usado na sessão atual;


Symphony OS
z LILO e GRUB são os gerenciadores de boot mais
comuns nas distribuições Linux;
z O Linux é um sistema operacional do tipo case Figura 2. Distribuição Ubuntu, derivada do Debian, é a mais
sensitive, ou seja, diferencia letras maiúsculas de questionada.
letras minúsculas nos nomes de arquivos, diretó-
rios e comandos. Diretórios Linux

Os diretórios são pastas onde armazenamos e


organizamos arquivos e subpastas (subdiretórios). A
representação dos diretórios segue o princípio lúdico
de uma árvore. Árvore de diretórios ou folder tree
é a forma como as pastas dos sistemas Linux estão
organizadas. Elas têm uma hierarquia, para facilitar
a organização do sistema, seus arquivos, bibliotecas e
inclusive para melhorar a segurança do sistema.
302
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas as dis-
tribuições Linux devem seguir para organizar os seus diretórios.
A escolha da árvore para representar a estrutura de diretórios, se mostrou adequada, dada a semelhança
entre seus componentes. Por exemplo, o diretório raiz é o primeiro diretório, assim como a raiz de uma árvore.
Encontramos diretórios principais, como /bin, /etc, /lib e /tmp, que podem ser considerados o ‘caule’ da árvore de
diretórios. Nos diretórios é possível criar subdiretórios, que representam os galhos de uma árvore. E dentro dos
diretórios, temos arquivos (documentos, comandos, temporários) igual à árvore, como flores, folhas e frutos.
Enquanto o Windows representa com barra invertida um diretório, no Linux é usada a barra normal.
Diretórios, pastas e Bibliotecas são ‘sinônimos’. Diretórios é o nome usado no Windows XP e Linux, proveniente
do ambiente MS-DOS (interface de caracteres). Pastas é o nome usado no Windows. Bibliotecas é a estrutura de
organização criada no Windows Vista, que é utilizada no Windows 7, 8, 8.1 e 10 para organizar as informações
do usuário. Elas são usadas para organizar arquivos e subpastas (subdiretórios), mantendo-os até o momento de
serem apagados.

Importante!
Diretórios e comandos Linux são os itens mais importantes em concursos atualmente. Conceitos e caracte-
rísticas do sistema operacional Linux já foram amplamente questionados em provas.

Os diretórios são denominados com algumas letras que indicam o seu conteúdo. Confira na tabela a seguir.

NOME DESCRIÇÃO CONTEÚDO

/bin binary – binário = executável Contém os comandos (arquivos binários executáveis)

Contém os drivers dos dispositivos de hardware, para comunicação


/dev device – dispositivo = hardware
do sistema operacional com o equipamento

/home home – início Contém os arquivos dos usuários, como as bibliotecas do Windows

Contém as bibliotecas do sistema Linux, compartilhadas por vários


/lib library – biblioteca
programas

/usr user – usuário Contém as configurações dos usuários

Tabela – Diretórios Linux, exemplos básicos

Os comandos são grafados com letras minúsculas, assim como os nomes dos diretórios. Diretórios e comandos
são algumas letras do nome do conteúdo ou ação realizada, que é um termo em inglês.
00

A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os diretórios de uma distribuição padrão Linux.
5-
21

DIRETÓRIO DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS


.
70

/ Raiz do sistema, o diretório que ‘’guarda’’ todos os outros diretórios


.4
49

Arquivos/comandos utilizados durante a inicialização do sistema e por usuários (após a iniciali-


/bin
-0

zação). O termo BIN é referência ao tipo de informação, binário


ar

Arquivos utilizados durante a inicialização do sistema. Boot é uma expressão comum a vários
és

/boot
sistemas para indicar a inicialização
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

/dev Drivers de controle de dispositivos. DEV vem de device, dispositivo


dr
Pe

/etc Arquivos de configurações do computador

/etc/sysconfig Arquivos de configuração do sistema para os dispositivos

/etc/passwd Dados dos usuários, senhas criptografadas... PASSWORD = senha

Sistemas de arquivos montados no sistema (file system table – tabela do sistema de arquivos). O
/etc/fstab
sistema de arquivos do Linux pode ser EXT3, EXT4, entre outros

/etc/group Grupos

/etc/include header para programação em C, através do comando include

/etc/inittab Arquivo (tabela) de configuração do init

/etc/skel Contém os arquivos e estruturas que serão copiadas para um novo usuário do sistema

/home Pasta pessoal dos usuários comuns. Equivale às bibliotecas do sistema Windows
303
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DIRETÓRIO DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS

/lib Bibliotecas compartilhadas. LIB vem de library, biblioteca

/lib/modules Módulos externos do kernel usados para inicializar o sistema

/misc Arquivos variados (misc de miscelânea)

Ponto de montagem de sistemas de arquivos (CD, floppy, partições...) MNT vem de mount,
/mnt
montagem

/proc Sistema de arquivos virtual com dados sobre o sistema. PROC vem de procedure

/root Diretório pessoal do root. Equivalente a pasta raiz da unidade de inicialização C

/sbin Arquivos/comandos especiais (geralmente não são utilizados por usuários comuns)

/tmp Arquivos temporários

Unix System Resources. Contém arquivos de todos os programas para o uso dos usuários de
/usr
sistemas UNIX

/usr/bin Executáveis para todos os usuários

/usr/sbin Executáveis de administração do sistema

/usr/lib Bibliotecas dos executáveis encontrados no /usr/bin

/usr/local Arquivos de programas instalados localmente

/usr/man Manuais

/usr/info Informações

/usr/X11R6 Arquivos do X Window System e seus aplicativos

/var Contém arquivos que são modificados enquanto o sistema está rodando (variáveis)

/var/lib Bibliotecas

Contém os arquivos que armazenam informações, mensagens de erros dos programas, relatórios
/var/log
diversos, entre outros tipos de logs
Tabela – Diretórios Linux

Existem sites na Internet que oferecem emuladores de Linux, para treinamento. Acesse https://bellard.org/
00

jslinux/ para conhecer algumas opções.


5-
21

Comandos Linux
.
70
.4

Os comandos são denominados com algumas letras que indicam a tarefa que eles realizam. Confira na tabela
49

a seguir:
-0

NOME DESCRIÇÃO AÇÃO


ar
és

cp copy – copiar Copia os arquivos listados


C
o

ls list – listar Lista os arquivos e diretório do local atual


dr
Pe

mv move – mover Pode mover ou renomear um arquivo ou diretório

rm remove – remover Apagar arquivos

vi view – visualizar Permite visualizar e editar um arquivo


Tabela – comandos Linux, exemplos básicos

A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os comandos questionados pelas bancas organizadoras,
quando temos o item Linux no conteúdo programático.

COMANDO DESCRIÇÃO EXEMPLO AÇÃO


cat arq1.txt >> arq2.txt
Concatenar, juntar ou mostrar. Exi- O arq1.txt será concatenado com arq2.txt
cat arq1.txt arq2.txt >>
cat bir o conteúdo de arquivos ou dire- Os arq1.txt e arq2.txt serão unidos em arq3.txt
arq3.txt
cioná-lo para outro Exibirá arq1.txt
cat arq1.txt
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
COMANDO DESCRIÇÃO EXEMPLO AÇÃO
cd Mudar diretório cd /home Muda para o diretório /home
Copia o arquivo teste.txt para o diretório /
cp Copiar arquivos e diretórios cp teste.txt /home
home
Lê o conteúdo de um ou mais ar- O comando cut pode ser usado para mostrar
cut quivos e tem como saída uma co- cut arq1.txt apenas seções específicas de um arquivo de
luna vertical texto ou da saída de outros comandos
Comparar e mostrar as diferenças
diff diff arq1.txt arq2.txt Mostra a diferença entre os dois arquivos
entre arquivos e diretórios

exit Sair do usuário atual exit Sair do usuário atual

Exibe o arq1.txt (comando cat no modo type),


Seleciona uma linha de texto que cat arq1.txt | grep
grep com destaque para as linhas que contenham
contenha o texto pesquisado Nishimura
Nishimura

id Informa o usuário atual id Informa o usuário atual

Permite listar e configurar as in-


Listar todas as interfaces (all)
ifconfig terfaces de rede (placas de rede) ifconfig -a
No Windows, o comando é ipconfig
conectadas no computador

init 0 Desligar
init Desligar ou reiniciar o computador
init 6 Reiniciar

ln Criar links de arquivos ln texto.txt Cria um atalho para o arquivo texto.txt

Lista os arquivos e diretórios existentes no


ls Listar arquivos e diretórios ls
diretório atual

kill Eliminar um processo em execução kill 998 Eliminar o processo 998


Cria o diretório novo, dentro do diretório /
mkdir Criar diretório mkdir /home/novo
home
mv texto.txt /home Move o arquivo texto.txt para o diretório /
Mover e renomear arquivos e
mv home
diretórios
mv texto.txt novo.txt Renomeia o arquivo texto.txt para novo.txt

passwd Mudar a senha do usuário passwd Mudar a senha

Listam os processos em execu-


ps ção, e com o número poderá elimi- ps Listar os processos em execução
nar ele com o comando kill
00
5-

pwd Exibe o diretório atual pwd Mostra onde estou


21

rm Deletar arquivos rm teste.txt Apaga o arquivo teste.txt


.
70
.4

Remove o diretório novo que está no local


rmdir Remover diretórios rmdir novo
49

atual
-0

sort Ordena o conteúdo de um arquivo sort arq1.txt Ordena o conteúdo do arquivo arq1.txt
ar

Executar comandos como superu-


és

sudo sudo ps Executa o comando ps como superusuário


suário. Válido por 10 min
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

shutdown -r +10 Reinicia em 10 minutos


shutdown Desligar ou reiniciar o computador
dr

shutdown -h +5 Desliga em 5 minutos


Pe

Exibir as últimas linhas de um


tail tail arq1.txt Exibe as 10 últimas linhas de arq1.txt
arquivo
Cria um arquivo que contém os outros, sem
tar Empacotar arquivos tar teste1.txt
compactar
Criar e modificar data do arquivo.
Criar o arquivo vazio teste.txt com a data
touch Se o arquivo não existe, ele é cria- touch teste.txt
atual
do vazio, com a data atual
Cria um novo usuário ou atuali-
Criar o usuário fernando, com os arquivos
useradd za as informações padrão de um useradd fernando
definidos em /etc/skel
usuário no sistema Linux
Entra em modo de visualização e edição do
vi Visualizar um arquivo no editor vi teste.txt
arquivo teste.txt

Tabela – comandos Linux


305
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Todos os sistemas operacionais possuem recursos para a realização das mesmas tarefas. Não é correto afirmar
que um sistema é melhor que outro, sendo que eles são equivalentes em funcionalidades.

Prompt de Comandos (Windows) e Console de Comandos (Linux)

A interface que não é gráfica, ou seja, de caracteres, sempre existiu nos computadores. Mas entre o Windows
e Linux existem diferenças, tanto operacionais como de comandos. Confira um comparativo de comandos entre
o Linux e o Windows.

LINUX WINDOWS
Ajuda man, help ou info /?
Data e Hora date, cal ou hwclock date e time
Espaço em disco df dir
Processos em execução ps
Finalizar processo kill
Qual o diretório atual? pwd cd
Subir um nível cd .. cd..
Diretório raiz cd / cd \
Voltar ao diretório anterior cd –
Diretório pessoal cd ~
Copiar arquivos cp copy
Mover arquivos mv move
Renomear mv ren
Listar arquivos ls dir
Apagar arquivos rm del
Apagar diretórios rm deltree
Criar diretórios mkdir md
Alterar atributos attrib
Alterar permissões chmod
Alterar proprietário (dono) chown
Alterar grupo chgrp
Comparar arquivos e pastas diff comp
00
5-

Empacotar arquivos tar


21

Compactar arquivos gzip compact


.
70

Alterar a senha passwd


.4

Concatenar, juntar e mostrar cat


49
-0

Mostrar, visualizar vi type


ar

Pausa na exibição de páginas more ou less more


és

Interfaces de rede ifconfig ipconfig


C

Caminho dos pacotes tracert route


o
dr

Listar todas as conexões netstat arp -a


Pe

Apagar a tela clear Cls


Concatenar comandos | |
Direcionar a entrada para um comando < <
Direcionar a saída de um comando > >
Localizar ocorrências dentro do arquivo grep
Exibir as últimas linhas do arquivo tail
Diretório raiz / (barra normal) \ (barra invertida)
Opção de um comando - (sinal de menos) / (barra normal)

Tabela – comparação de comandos Linux com comandos Windows

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Durante a edição de um documento, o Microsoft
EDIÇÃO DE TEXTOS, PLANILHAS Word:
E APRESENTAÇÕES (AMBIENTES
z Faz a gravação automática dos dados editados
MICROSOFT OFFICE – VERSÃO O365) enquanto o arquivo não tem um nome ou local
de armazenamento definidos. Depois, se necessá-
WORD rio, o usuário poderá “Recuperar documentos não
salvos”;
Estrutura Básica dos Documentos z Faz a gravação automática de auto recuperação
dos arquivos em edição que tenham nome e local
Os documentos produzidos com o editor de textos definidos, permitindo recuperar as alterações que
Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica: não tenham sido salvas;
z As versões do Office 365 oferecem o recurso de “Sal-
z Documentos: arquivos DOCX criados pelo Micro- vamento automático”, associado à conta Microsoft,
soft Word 2007 e superiores. Os documentos são para armazenamento na nuvem Microsoft OneDri-
arquivos editáveis pelo usuário, que podem ser ve. Como na versão on-line, a cada alteração, o sal-
compartilhados com outros usuários para edição vamento será realizado.
colaborativa;
z Os Modelos (Template): com extensão DOTX, con- O formato de documento RTF (Rich Text Format) é
tém formatações que serão aplicadas aos novos padrão do acessório do Windows chamado WordPad,
documentos criados a partir deles. O modelo é usa- e por ser portável, também poderá ser editado pelo
do para a padronização de documentos; Microsoft Word.
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM Ao iniciar a edição de um documento, o modo
(Document Template Macros – modelo de de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de
documento com macros): As macros são códigos Impressão”. O documento será mostrado na tela da
desenvolvidos em Visual Basic for Applications mesma forma que será impresso no papel.
(VBA) para a automatização de tarefas; O Modo de Leitura permite visualizar o documen-
z Páginas: unidades de organização do texto, segun- to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
do a orientação, o tamanho do papel e margens. os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a
As principais definições estão na guia Layout, mas barra de título continua sendo exibida.
também encontrará algumas definições na guia O modo de exibição “Layout da Web” é usado para
Design; visualizar o documento como ele seria exibido se esti-
z Seção: divisão de formatação do documento, vesse publicado na Internet como página web.
onde cada parte tem a sua configuração. Sempre Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de
que forem usadas configurações diferentes, como Títulos serão mostrados, auxiliando na organização
margens, colunas, tamanho da página, orientação, dos blocos de conteúdo.
cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, O modo “Rascunho”, que antes era modo “Nor-
as seções serão usadas; mal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os
z Parágrafos: formado por palavras e marcas de elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) exis-
formatação. Finalizado com Enter, contém forma- tentes nele.
00

tação independente do parágrafo anterior e do Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que
5-

parágrafo seguinte; faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemen-


21

z Linhas: sequência de palavras que pode ser um to da interface do Microsoft Office.


.
70

parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for


.4

finalizado com Quebra de Linha, a configuração Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas
49

atual permanece na próxima linha;


-0

z Palavras: formado por letras, números, símbolos,


caracteres de formatação etc.
ar
és

Os arquivos produzidos nas versões anteriores do


C

Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-


Pe

tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar


todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word
ser editados pelas versões antigas do Office, desde que
instale um pacote de compatibilidade, disponível para
download no site da Microsoft. Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o ata-
Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office lho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão
podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft 2007 ela era fixa e não podia ser ocultada. Atualmen-
Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse te ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a
PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos- preferência do usuário.
se um documento do Word. A Faixa de Opções contém guias, que organizam os
O Microsoft Word pode gravar o documento no ícones em grupos.
formato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de
editar documentos produzidos no outro pacote de
aplicativos.
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GUIA GRUPO ITEM ÍCONE BOTÃO/GUIA DICA

Tarefas iniciais: O início do


Recortar
documento, acesso à área de
Página Inicial transferência, formatação de
fontes, parágrafos e formatação
Copiar
Área de do conteúdo da página
Transferência
Tarefas secundárias: Adicionar
Colar um objeto que ainda não existe
Inserir
no documento, tabela, ilustra-
Página Pincel de ções e instantâneos
Inicial Formatação
Configuração da página: Forma-
Nome da fonte Calibri (Corp Layout da Página tação global do documento e for-
matação da página
Tamanho da
fonte Reúne formatação da página e
Fonte Design
plano de fundo
Aumentar fonte
Índices e acessórios: Notas de
Diminuir fonte Referências rodapé, notas de fim, índices, su-
mários etc

Folha de Rosto
Mala direta: Cartas, envelopes,
Correspondências etiquetas, e-mails e diretório de
contatos
Página em
Páginas Correção do documento: Ele
Branco
está ficando pronto... Ortografia
Revisão e gramática, idioma, controle de
Quebra de alterações, comentários, compa-
Página rar, proteger etc.

Inserir Visualização: Podemos ver o re-


Tabelas Tabela Exibir sultado de nosso trabalho. Será
que ficou bom?
Imagem
Edição e Formatação de Textos

Ilustrações Imagens Online A edição e formatação de textos consiste em apli-


00

car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos


5-

parágrafos e nas páginas.


21

Formas Os estilos fornecem configurações padronizadas


.

para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formata-


70

ções envolvem as definições de fontes e parágrafos,


.4

sendo úteis para a criação dos índices ao final da edi-


49

Importante! ção do documento. Os índices são gerenciados através


-0

das opções da guia Referências.


ar

Muitas bancas de concursos públicos não cos- No Microsoft Word estão disponíveis na guia Pági-
és

tumam utilizar imagens em suas provas. Elas na Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no
C

priorizam o conhecimento do candidato acer- menu Estilos.


o

ca dos conceitos dos softwares. Outras ban- Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuá-
dr

cas organizadoras priorizam o conhecimento rio poderá copiar a formatação de um local e aplicar
Pe

do candidato acerca do uso dos recursos para em outro local no mesmo documento, ou em outro
a produção de arquivos (parte prática dos arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o
programas). ‘modelo de formatação no texto’, clique no ícone da
guia Página Inicial e clique no local onde deseja apli-
car a formatação.
As guias possuem uma organização lógica, sequen- O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
cial, das tarefas que serão realizadas no documento, Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a
desde o início até a visualização do resultado final. formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc
ou iniciar uma digitação.
BOTÃO/GUIA DICA
Seleção
Comandos para o documento
Arquivo atual: Salvar, salvar como, impri- Através do teclado e do mouse, como no sistema
mir, salvar e enviar operacional, podemos selecionar palavras, linhas,
parágrafos e até o documento inteiro.
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MOUSE TECLADO AÇÃO SELEÇÃO

- Ctrl+T Selecionar tudo Seleciona o documento

Botão principal - 1 clique na palavra Posiciona o cursor

Botão principal - 2 cliques na palavra Seleciona a palavra

Botão principal - 3 cliques na palavra Seleciona o parágrafo

Botão principal - 1 clique na margem Selecionar a linha

Botão principal - 2 cliques na margem Seleciona o parágrafo

Botão principal - 3 cliques na margem Seleciona o documento

Selecionar até o
- Shift+Home Seleciona até o início da linha
início

- Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final da linha

Selecionar até o
- Ctrl+Shift+Home Seleciona até o início do documento
início

- Ctrl+Shift+End Selecionar até o final Seleciona até o final do documento

Botão principal Ctrl Seleção individual Palavra por palavra

Botão principal Shift Seleção bloco Seleção de um ponto até outro local

Botão principal
Ctrl+Alt Seleção bloco Seleção vertical
pressionado

Botão principal
Alt Seleção bloco Seleção vertical, iniciando no local do cursor
pressionado

Teclas de atalhos e seleção com mouse são importantes, tanto nos concursos como no dia a dia. Experimente
praticar no computador. No Microsoft Word, se você digitar =rand(10,30) no início de um documento em branco,
ele criará um texto ‘aleatório’ com 10 parágrafos de 30 frases em cada um. Agora você pode praticar à vontade.

Edição e Formatação de Fontes

As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
00

Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word 2019), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana,
5-

são os mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.


21

A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
.
70

Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
.4

valor específico para o tamanho da letra.


49

Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
-0

teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
ar

Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I)
és

e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as
C

palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais) CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

A diferença entre estilos e efeitos é que os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-subli-
dr

nhado, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.


Pe

Concorrentes entre si significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito independen-
te, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem ser
individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.

Edição e Formatação de Parágrafos

Os parágrafos são estruturas do texto que são finalizadas com Enter.


Um parágrafo poderá ter diferentes formatações. Confira:

z Marcadores: símbolos no início dos parágrafos;


z Numeração: números, ou algarismos romanos, ou letras, no início dos parágrafos;
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z Aumentar recuo: aumentar a distância do texto em relação à margem;
z Diminuir recuo: diminuir a distância do texto em relação à margem;
z Alinhamento: posicionamento em relação às margens esquerda e direita. São 4 alinhamentos disponíveis:
Esquerda, Centralizado, Direita e Justificado;
z Espaçamento entre linhas: distância entre as linhas dentro do parágrafo;
z Espaçamento antes: distância do parágrafo em relação ao anterior;
z Espaçamento depois: distância do parágrafo em relação ao seguinte;
z Sombreamento: preenchimento atrás do parágrafo;
z Bordas: linhas ao redor do parágrafo.

Recuo especial de primeira linha - apenas a primeira linha será


deslocada em relação à margem esquerda
Margem esquerda Margem direita

2 2 4 6 8 10 12 14 16

Recuo deslocamento - as linhas


Recuo esquerda - todas as serão deslocadas em relação à
linhas serão deslocadas em margem esquerda, exceto a pri- Recuo direito - todas as linhas
relação à margem esquerda meira linha serão deslocadas em relação à
margem direita

Figura 2. Recuos de parágrafos (nos símbolos da régua)

Nos editores de textos, recursos que conhecemos no dia a dia possuem nomes específicos. Confira alguns
exemplos:

z Recuo: distância do texto em relação à margem;


z Realce: marca-texto, preenchimento do fundo das palavras;
z Sombreamento: preenchimento do fundo dos parágrafos;
z Folha de Rosto: primeira página do documento, capa;
z SmartArt: diagramas, representação visual de dados textuais;
z Orientação: posição da página, que poderá ser Retrato ou Paisagem;
z Quebras: são divisões, de linha, parágrafo, colunas ou páginas;
z Sumário: índice principal do documento;

Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar
tudo).

CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD


00

Tecla(s) Ícone Ação Visualização


5-

Quebra de Parágrafo: muda de parágrafo e pode


21

Enter -
mudar a formatação
.
70

Quebra de Linha: muda de linha e mantém a for-


.4

Shift+Enter -
matação atual
49
-0

Quebra de página: muda de página, no local atual


do cursor. Disponível na guia Inserir, grupo Pá-
ar

Ctrl+Enter ou Ctrl+Return Quebra de página


ginas, ícone Quebra de Página, e na guia Layout,
és

grupo Configurar Página, ícone Quebras


C
o

Quebra de coluna: indica que o texto continua na


dr

Ctrl+Shift+ Enter próxima coluna. Disponível na guia Layout, grupo Quebra de coluna
Pe

Configurar Página, ícone Quebras

Separador de Estilo: usado para modificar o estilo


Ctrl+Alt+ Enter -
no documento

Insere uma marca de tabulação (1,25cm). Se esti-


TAB
ver no início de um texto, aumenta o recuo.

- - Fim de célula, linha ou tabela

ESPAÇO Espaço em branco

Ctrl+Shift+ Espaço Espaço em branco não separável

- - Texto oculto (definido na caixa Fonte, Ctrl+D) abc


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CARACTERES NÃO IMPRIMÍVEIS NO EDITOR MICROSOFT WORD
Tecla(s) Ícone Ação Visualização
- - Hifens opcionais

- - Âncoras de objetos

- - Selecionar toda a tabela

- - Campos atualizáveis pelo Word

Tabelas

As tabelas são estruturas de organização muito utilizadas para um layout adequado do texto, semelhante a
colunas, com a vantagem que estas não criam seções exclusivas de formatação.
As tabelas seguem as mesmas definições de uma planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, são formadas
por células, e estas poderão conter também fórmulas simples.
Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma
planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa de
Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e voltar a ser um texto, se possuir os seguintes marcadores de for-
matação: ponto e vírgula, tabulação, enter (parágrafo) ou outro específico.
Algumas operações são exclusivas das Tabelas, como Mesclar Células (para unir células adjacentes em uma
única), Dividir Células (para dividir uma ou mais células em várias outras), alinhamento do texto combinando
elementos horizontais tradicionais (esquerda, centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
O editor de textos Microsoft Word oferece ferramentas para manipulação dos textos organizados em tabelas.
O usuário poderá organizar as células nas linhas e colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar), visua-
lizar as linhas de grade, ocultar as linhas de grade, entre outras opções.
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes
itens são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.
00

ATALHOS WORD EXCEL


5-
21

Tabela, Mesclar Todos os conteúdos são mantidos Somente o conteúdo da primeira célula será mantido
.
70

Em inglês, com referências direcionais Em português, com referências posicionais


Tabela, Fórmulas
.4

=SUM(ABOVE) =SOMA(A1:A5)
49

Tabelas, Fórmulas Não recalcula automaticamente Recalcula automaticamente e manualmente (F9)


-0

Tachado Texto Não tem atalho de teclado Atalho: Ctrl+5


ar
és

Quebra de linha manual Shift+Enter Alt+Enter


C

Copia apenas a primeira formatação da CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

Pincel de Formatação Copia várias formatações diferentes


dr

origem
Pe

Ctrl+D Caixa de diálogo Fonte Duplica a informação da célula acima


Ctrl+E Centralizar Preenchimento Relâmpago
Ctrl+G Alinhar à Direita (parágrafo) Ir para..
Ctrl+R Repetir o último comando Duplica a informação da célula à esquerda
F9 Atualizar os campos de uma mala direta Atualizar o resultado das fórmulas
F11 - Inserir gráfico
Finaliza a entrada na célula e mantém o cursor na célula
Ctrl+Enter Quebra de página manual
atual
Alt+Enter Repetir digitação Quebra de linha manual
Finaliza a entrada na célula e posiciona o cursor na célula
Shift+Enter Quebra de linha manual
acima da atual, se houver
Shift+F3 Alternar entre maiúsculas e minúsculas Inserir função
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Índices

Os índices podem ser construídos a partir dos estilos usados na formatação do texto, ou posteriormente atra-
vés da adição de itens manualmente. Basicamente, é todo o conjunto disponível na guia Referências.

z Sumário: principal índice do documento;


z Notas de Rodapé: inseridas no final de cada página, não formam um índice, mas ajudam na identificação de
citações e expressões;
z Notas de Fim: inseridas no final do documento, semelhante a Notas de Rodapé;
z Citações e Bibliografia: permite a criação de índices com as citações encontradas no texto, além das Referên-
cias Bibliográficas segundo os estilos padronizados;
z Legendas: inseridas após os objetos gráficos (ilustrações e tabelas), podem ser usadas para criação de um
Índice de Ilustrações;
z Índice: para marcação manual das entradas do índice;
z Índice de Autoridades: formato próprio de citação, disponível na guia Referências.

Os índices serão criados a partir dos Estilos utilizados durante o texto, como Título 1, Título 2, e assim por dian-
te. Se não forem usados, posteriormente o usuário poderá ‘Adicionar Texto’ no índice principal (Sumário), Marcar
Entrada (para inserir um índice) e até remover depois de inserido.
Os índices suportam Referências Cruzadas, que permitem ao usuário navegar entre os links do documento de
forma semelhante ao documento na web. Ao clicar em um link, o usuário vai para o local escolhido. Ao clicar no
local, retorna para o local de origem.

Importante!
A guia Referências é uma das opções mais questionadas em concursos públicos por dois motivos: envol-
vem conceitos de formatação do documento exclusivos do Microsoft Word e é utilizado pelos estudantes na
formatação de um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

EXCEL

As planilhas de cálculos são amplamente utilizadas nas empresas para as mais diferentes tarefas. Desde a cria-
ção de uma agenda de compromissos, passando pelo controle de ponto dos funcionários e folha de pagamento, ao
controle de estoque de produtos e base de clientes. Diversas funções internas oferecem os recursos necessários
para a operação.
O Microsoft Excel apresenta grande semelhança de ícones com o Microsoft Word. O Excel “antigo” usava os
formatos XLS e XLT em seus arquivos, atualizado para XLSX e XLTX, além do novo XLSM contendo macros. A
atualização das extensões dos arquivos ocorreu com o Office 2007, e permanece até hoje.
00

As planilhas de cálculos não são banco de dados. Muitos usuários armazenam informações (dados) em uma
5-

planilha de cálculos como se fosse um banco de dados, porém o Microsoft Access é o software do pacote Microsoft
21

Office desenvolvido para esta tarefa. Um banco de dados tem informações armazenadas em registros, separados
.
70

em tabelas, conectados por relacionamentos, para a realização de consultas.


.4
49

Conceitos Básicos
-0

z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encontro entre uma linha e uma coluna. A seleção individual é com
ar

a tecla CTRL e a seleção de áreas é com a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional);
és

z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomeadas com uma letra;


C

z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas;


o
dr
Pe

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Barra de Acesso Rápido Coluna
Barra de Fórmulas
Faixa de
Opções

Célula

Linha

z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão Microsoft Office 365
(2022) são 16.384 colunas (nomeadas de A até XFD) e 1.048.576 linhas (numeradas de 1 a 1.048.576).
A quantidade de linhas e colunas pode variar, de acordo com o software e a versão. Existem planilhas com 256,
1.024, 16.384 ou 65.536 colunas. Existem planilhas com 65.536 ou 1.048.576 linhas;
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3);
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências);
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.
00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
Pe

Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:

z Mesclar e Centralizar: Une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célula.
Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas;
z Mesclar através: Mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior;
z Mesclar células: Mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar;
z Desfazer Mesclagem de Células: desfaz o procedimento realizado para a união de células.

Elaboração de Tabelas e Gráficos

A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha de dados, é o conjunto de valores armazenados nas células.
Estes dados poderão ser organizados (classificação), separados (filtro), manipulados (fórmulas e funções), além de
apresentar em forma de gráfico (uma imagem que representa os valores informados).
Para a elaboração, poderemos:

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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Digitar o conteúdo diretamente na célula. Basta
Moeda Contábil
iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido
R$4,00 R$4,00
na célula;
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí-
vel na área superior do aplicativo, a linha de fór- Moeda Contábil
mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um
valor constante, além de mostrar na célula, este R$ 150,00 R$     150,00
aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui R$ 170,00 R$    170,00
um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-
trada na barra de fórmulas; R$ 200,00 R$­    200,00
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado
através da Alça de Preenchimento ou pelas opções R$ 1.000,00 R$   1.000,00
automáticas do Excel; R$ 10,54 R$    10,54
z Os dados inseridos nas células poderão ser forma-
tados, ou seja, continuam com o valor original (na
linha de fórmulas) mas são apresentados com uma O ícone % é para mostrar um valor com o forma-
formatação específica; to de porcentagem. Ou seja, o número é multiplica-
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho do por 100. Exibe o valor da célula como percentual
de teclado Ctrl+1 (Formatar Células); (Ctrl+Shift+%)
z Também na caixa de diálogo Formatar Células,
encontraremos o item Personalizado, para criação
FORMATO PORCENTAGEM E 2
de máscaras de entrada de valores na célula. VALOR ß,0
PORCENTAGEM % CASAS % ,0 0
Formatos de Números, Disponível na Guia Página 1 100% 100,00%
Inicial
0,5 50% 50,00%
Geral
2 200% 200,00%
123 Sem formato específico
Número 100 10000% 10000,00%
12 4,00
0,004 0% 0,40%
Moeda
R$4,00
O ícone 000 é o Separador de Milhares. Exibir o
Contábil valor da célula com um separador de milhar. Este
R$4,00 comando alterará o formato da célula para Contábil
sem um símbolo de moeda.
Data Abreviada
04/01/1900
FORMATO SEPARADOR DE
Data Completa VALOR
CONTÁBIL MILHARES 000
00

quarta-feira, 4 de janeiro de 1900


1500 R$1.500,00 1.500,00
5-

Hora
21

00:00:00 16777418 R$16.777.418,00 16.777.418,00


.
70

Porcentagem
.4

1 R$1,00 1,00
49

400,00%
400 R$400,00 400,00
-0

1 Fração
2 27568 R$27.568,00 27.568,00
ar

4
és

Científico
102
C

4,00E+00 ,00
Os ícones ß,0
,00 à,0 são usados para Aumentar casas
o
dr

Texto decimais (Mostrar valores mais precisos exibindo


ab
Pe

4 mais casas decimais) ou Diminuir casas decimais


(Mostrar valores menos precisos exibindo menos
As informações existentes nas células poderão casas decimais).
ser exibidas com formatos diferentes. Uma data, por Quando um número na casa decimal possui valor
exemplo, na verdade é um número formatado como absoluto diferente de zero, ele é mostrado ao aumen-
data. Por isso conseguimos calcular a diferença entre tar casas decimais. Se não possuir, então será acres-
datas. centado zero.
Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre Quando um número na casa decimal possui valor
si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato absoluto diferente de zero, ele poderá ser arredonda-
de Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o do para cima ou para baixo, de ao diminuir as casas
símbolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, decimais. É o mesmo que aconteceria com o uso da
o alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ posi- função ARRED, para arredondar.
ciona na esquerda, alinhando os valores pela vírgula
decimal.

314
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Simbologia Específica

Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.

OPERADORES ARITMÉTICOS OU MATEMÁTICOS

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (mais) Adição = 18 + 2 Faz a soma de 18 e 2

- (menos) Subtração = 20 – 5 Subtrai 5 do valor 20

Multiplica 5 (multiplicando) por 4


* (asterisco) Multiplicação =5*4
(multiplicador)

/ (barra) Divisão = 25 / 10 Divide 25 por 10, resultando em 2,5

Faz 20 por cento, ou seja, 20 dividido por


% (percentual) Percentual = 20%
100

Faz 3 elevado a 2, 3 ao quadrado = 9


^(circunflexo) Exponenciação Cálculo de raízes =3^2=8^(1/3) Faz 8 elevado a 1/3, ou seja, raiz cúbica
de 8

Ordem das Operações Matemáticas

z ( ) – parênteses;
z ^ – exponenciação (potência, um número elevado a outro número);
z * ou / – multiplicação (função MULT) ou divisão;
z + ou - – adição (função SOMA) ou subtração.

Como resolver as questões de planilhas de cálculos?


1. Leitura atenta do enunciado (português e interpretação de textos)
2. Identificar a simbologia básica do Excel (informática)
3. Respeitar as regras matemáticas básicas (matemática)
4. Realizar o teste, e fazer o verdadeiro ou falso (raciocínio lógico)

OPERADORES RELACIONAIS, USADOS EM TESTES

Símbolo Significado Exemplo Comentários


00
5-

Se o valor de A1 for maior que 5, então mostre


> (maior) Maior que = SE (A1 > 5 ; 15 ; 17 )
21

15, senão mostre 17


.
70

Se o valor de A1 for menor que 3, então mos-


.4

< (menor) Menor que = SE (A1 < 3 ; 20 ; 40 )


tre 20, senão mostre 40.
49
-0

Se o valor de A1 for maior ou igual a 7, então


>= (maior ou igual) Maior ou igual a = SE (A1 >= 7 ; 5 ; 1 ) mostre 5, senão
ar
és

mostre 1.
C

Se o valor de A1 for menor ou igual a 5, então CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

<= (menor ou igual) Menor ou igual a = SE (A1 <= 5 ; 11 ; 23 ) mostre 11, senão
Pe

mostre 23.

Se o valor de A1 for diferente de 1, então mos-


<> (menor e maior) Diferente = SE (A1 <> 1 ; 100 ; 8 )
tre 100, senão mostre 8.

Se o valor de A1 for igual a 2, então mostre 10,


= (igual) Igual a = SE (A1 = 2 ; 10 ; 50 )
senão mostre 50.

Princípios dos Operadores Relacionais

z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=

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OPERADORES DE REFERÊNCIA

Símbolo Significado Exemplo Comentários

=$A1 Trava a célula na coluna A


$ (cifrão) Travar uma célula =A$1 Trava a célula na linha 1
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará

Obtém o valor de A3 que está na planilha


! (exclamação) Planilha = Planilha2!A3
Planilha2

Informa o nome de outro arquivo do Excel,


[ ] (colchetes) Pasta de Trabalho =[Pasta2]Planilha1!$A$2
onde deverá buscar o valor

=’C:\FernandoNishimura\ Informa o caminho de outro arquivo do


‘ (apóstrofo) Caminho [pasta2.xlsx] Excel, onde deverá encontrar o arquivo para
Planilha1’!$A$2 buscar o valor

; (ponto e vírgula) Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25

Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4,


: (dois pontos) Significa ATÉ = SOMA (A1:B4)
B1, B2, B3, B4

Executa uma operação sobre as células em


Espaço Intersecção ($) =SOMA(F4:H8 H6:K10)
comum nos intervalos

Princípios dos Operadores de Referência

z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa (A1) em uma referência mista (A$1 ou $A1) ou em
referência absoluta ($A$1)
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2

O símbolo de cifrão ($) é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Vamos conhecer uma questão que utiliza referências mistas. Ela foi aplicada pela Fundação VUNESP, para o
cargo de Papiloscopista da Polícia Civil de São Paulo, em 2018.
Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas célu-
las H3 até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua
configuração original, exibida na figura:
00
5-
21
.
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

a) –R$ 960,00
b) –R$ 100,00
c) R$ 400,00
d) R$ 500,00
e) R$ 360,00

A resposta correta é a letra B. A fórmula =$F2-G$2 inserida na célula H2 possui referências mistas.
O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
O símbolo de $ serve para fixar uma posição na referência (endereço da célula). A posição que ele estiver
acompanhando não mudará. Quando não temos o símbolo de cifrão, temos uma referência relativa. A1
Se temos um símbolo de $, temos uma referência mista. $A1 ou A$1. E se temos dois símbolos de cifrão, temos
uma referência absoluta. $A$1
A fórmula =$F2-G$2 tem =$F2-G$2 fixo, ou seja, ao copiar e colar, não mudará. =$F__-__$2
Na célula H2 temos a fórmula =$F2-G$2
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Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).

Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2

SÍMBOLOS USADOS NAS FÓRMULAS E FUNÇÕES

Símbolo Significado Exemplo Comentários

Faz a soma de 15 e 3
= 15 + 3
Início de fórmula, função ou Compara o valor de A1 com 5, e caso
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 )
comparação seja verdadeiro, mostra 10, caso seja
=SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
falso, mostra 11

Retorna a data atual do computador.


Identifica uma função ou os = HOJE ( )
Faz a soma de A1 e B1.
( )parênteses valores de uma operação = SOMA (A1;B1)
Faz a soma de 3 e 5 antes de dividir
prioritária = (3+5) / 2
por 2

A função SE tem 3 partes, e estas


; (ponto e vírgula) Separador de argumentos =SE ( A1 = 5 ; 10 ; 11 )
estão separadas por ponto e vírgula

=SOMA(F4:H8 Executa uma operação sobre as cé-


Espaço Intersecção
H6:K10) lulas em comum nos intervalos

Importante!
00

As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel
5-

substituirá pelo sinal de igual.


.21
70
.4

SÍMBOLOS PARA TEXTOS


49
-0

Símbolo Significado Exemplo Comentários


ar

Apresenta o texto Fernando.


és

“ (aspas duplas) Texto exato = “Fernando”


Se usado em testes, é “igual a”
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

Exibe os zeros não significativos,


dr

‘(apóstrofo) Número como texto ‘0001


0001 como texto (ex.: placa de carro)
Pe

Exibe “Fernando Nishimura” (sem as


& (“E” comercial) Concatenar = “Fernando ”&” Nishimura” aspas), o resultado da junção dos
textos individuais

O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.

CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

Símbolo Significado Exemplo Comentários

+ (sinal de mais) SOMA Adição =15+7 é o mesmo que =SOMA(15;7)

* (asterisco) MULT Multiplicação =12*3 é o mesmo que =MULT(12;3)

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CORRESPONDÊNCIA DE SÍMBOLOS E FUNÇÕES NO EXCEL

^ (circunflexo) POTÊNCIA Exponenciação =2^3 é o mesmo que =POTÊNCIA(2;3)

RAIZ Raiz quadrada =4^(1/2) é o mesmo que =RAIZ(4)

& (E comercial) CONCATENAR Juntar textos =A1&A2&A3 é igual a =CONCATENAR(A1;A2;A3)

“ (aspas) TEXTO Converte em texto =”150144” é o mesmo que =TEXTO(150144)

Erros

Quando trabalhamos com planilhas de cálculos, especialmente no início dos estudos, é comum aparecerem
mensagens de erros nas células, decorrente da falta de argumentos nas fórmulas, referências incorretas, erros de
digitação, entre outros. Vamos ver algumas das mensagens de erro mais comuns que ocorrem nas planilhas de
cálculos.
As planilhas de cálculos oferecem o recurso “Rastrear precedentes”, dentro do conceito de Auditoria de Fór-
mulas. Com este recurso, muito questionado em concursos, o usuário poderá ver setas na planilha indicando a
relação entre as células, e identificar a origem das mensagens de erros.
A seguir, os erros mais comuns que podem ocorrer em uma planilha de cálculos no Microsoft Excel:

z #DIV/0! – indica que a fórmula está tentando dividir um valor por 0;


z #NOME? – indica que a fórmula possui um texto que o Excel 2007 não reconhece;
z #NULO! – a fórmula contém uma interseção de duas áreas que não se interceptam;
z #NUM! – a fórmula apresenta um valor numérico inválido;
z #REF! – indica que na fórmula existe a referência para uma célula que não existe;
z #VALOR! – indica que a fórmula possui um tipo errado de argumento;
z ##### – indica que o tamanho da coluna não é suficiente para exibir seu valor.

Funções Básicas

z SOMA(valores) : realiza a operação de soma nas células selecionadas.

No Microsoft Excel, a função SOMA efetua a adição dos valores numéricos informados em seus argumentos. Se
existirem células com textos, elas serão ignoradas. Células vazias não são somadas.
=SOMA(A1;A2;A3) Efetua a soma dos valores existentes nas células A1, A2 e A3.
=SOMA(A1:A5) Efetua a soma dos 5 valores existentes nas células A1 até A5
=SOMA(A1;34;B3) Efetua a soma dos valores da célula A1, com 34 (valor literal) e B3.
=SOMA(A1:B4) Efetua a soma dos 8 valores existentes, de A1 até B4. O Excel não faz ‘triangulação’, operando
apenas áreas quadrangulares.
00

=SOMA(A1;B1;C1:C3) Efetua a soma dos valores A1 com B1 e C1 até C3.


5-

=SOMA(1;2;3;A1;A1) Efetua a soma de 1 com 2 com 3 e o valor A1 duas vezes.


.21
70

z SOMASE(valores;condição) : realiza a operação de soma nas células selecionadas, se uma condição for
.4

atendida.
49

A sintaxe é =SOMASE(onde;qual o critério para que seja somado)


-0
ar

=SOMASE(A1:A5;”>15”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A5 que sejam maiores que 15
és

=SOMASE(A1:A10;”10”) Efetuará a soma dos valores de A1 até A10 que forem iguais a 10.
C
o

z MÉDIA(valores) : realiza a operação de média nas células selecionadas e exibe o valor médio encontrado.
dr
Pe

=MEDIA(A1:A5) Efetua a média aritmética simples dos valores existentes entre A1 e A5. Se forem 5 valores,
serão somados e divididos por 5. Se existir uma célula vazia, serão somados e divididos por 4. Células vazias não
entram no cálculo da média.

z MED(valores) : informa a mediana de uma série de valores.

Mediana é o ‘valor no meio’. Se temos uma sequência de valores com quantidade ímpar, eles serão ordenados
e o valor no meio é a sua mediana. Por exemplo, para os valores (5,6,9,3,4), ordenados são (3,4,5,6,9) e a mediana
é 5.
Se temos uma sequência de valores com quantidade par, a mediana será a média dos valores que estão no
meio. Por exemplo, para os valores (2,13,4,10,8,1), ordenados são (1,2,4,8,10,13), e no meio temos 4 e 8. A média de
4 e 8 é 6 ((4+8)/2).

z MÁXIMO(valores) : exibe o maior valor das células selecionadas.


318
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=MAXIMO(A1:D6) Exibe qual é o maior valor na As funções CONT são usadas para informar a
área de A1 até D6. Se houver dois valores iguais, ape- quantidade de células, que atendem às condições
nas um será mostrado. especificadas.

z MAIOR(valores;posição) : exibe o maior valor de - CONT.NÚM - para contar quantas células pos-
uma série, segundo o argumento apresentado. suem números.
- CONT.VALORES - quantidade de células que estão
Valores iguais ocupam posições diferentes. preenchidas.
- CONTAR.VAZIO - quantidade de células que não
=MAIOR(A1:D6;3) Exibe o 3º maior valor nas célu- estão preenchidas.
las A1 até D6. - CONT.SE - quantidade de células que atendem a
uma condição específica.
z MÍNIMO(valores) : exibe o menor valor das célu- - CONT.SES - quantidade de células que atendem a
las selecionadas. várias condições simultaneamente.

=MINIMO(A1:D6) Exibe qual é o menor valor na z CONT.VALORES(células): esta função conta todas
área de A1 até D6. as células em um intervalo, exceto as células vazias.

z MENOR(valores;posição) : exibe o menor valor = CONT.VALORES(A1:A10) Informa o resultado da


de uma série, segundo o argumento apresentado. contagem, informando quantas células estão preen-
chidas com valores, quaisquer valores.
Valores iguais ocupam posições diferentes.
z CONT.NÚM (células): conta todas as células em
=MENOR(A1:D6;3) Exibe o 3º menor valor nas célu- um intervalo, exceto células vazias e células com
las A1 até D6. texto.

z SE(teste;verdadeiro;falso) : avalia um teste e =CONT.NÚM(A1:A8) Informa quantas células no


retorna um valor caso o teste seja verdadeiro ou intervalo A1 até A8 possuem valores numéricos.
outro caso seja falso.
z CONT.SE(células;condição): Esta função conta
Esta função é muito solicitada em todas as bancas. quantas vezes aparece um determinado valor (núme-
A sua estrutura não muda, sendo sempre o teste na ro ou texto) em um intervalo de células (o usuário
primeira parte, o que fazer caso seja verdadeiro na tem que indicar qual é o critério a ser contado)
segunda parte, e o que fazer caso seja falso na últi-
ma parte. Verdadeiro ou falso. Uma ou outra. Jamais =CONT.SE(A1:A10;”5”) Efetua a contagem de quan-
serão realizadas as duas operações, somente uma tas células existem no intervalo de A1 até A10 conten-
delas, segundo o resultado do teste. do o valor 5.
A função SE usa operadores relacionais (maior,
menor, maior ou igual, menor ou igual, igual, diferen- z CONT.SES(células1;condição1;células2;condi-
00

te) para construção do teste. As aspas são usadas para ção2): Esta função conta quantas vezes aparece
textos literais.
5-

um determinado valor (número ou texto) em um


21

intervalo de células (o usuário tem que indicar


=SE(A1=10;”O valor da célula A1 é 10”;”O valor da
.

qual é o critério a ser contado), atendendo a todas


70

célula A1 não é 10”) as condições especificadas.


.4

=SE(A1<0;”O valor da célula A1 é negativo”;”O


49

valor não é negativo”) =CONT.SES(A1:A10;”5”;B1:B10;”7”) Efetua a conta-


-0

=SE(A1>0;”O valor da célula A1 é positivo”;”O valor gem de quantas células existem no intervalo de A1 até
ar

não é positivo”) A10 contendo o valor 5 e ao mesmo tempo, quantas


és

células existem no intervalo de B1 até B10 contendo


C

É possível encadear funções, ampliando as áreas o valor 7. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

de atuação. Por exemplo, um número pode ser negati-


dr

vo, positivo ou igual a zero. São 3 resultados possíveis. z CONTAR.VAZIO (células) : conta as células vazias
Pe

de um intervalo.
=SE(A1=0;”Valor é igual a zero”;SE(A1<0;”Valor é
negativo”;”Valor é positivo”)) =CONTAR.VAZIO(A1:A8) Informa quantas células
vazias existem no intervalo A1 até A8.
Neste exemplo, se for igual a zero (primeiro teste),
exibe a mensagem e finaliza a função. Mas se não for z SOMASE(células para testar;teste;células para
igual a zero, poderá ser menor do que zero (segundo somar): Efetua um teste nas células especificadas,
teste), e exibe a mensagem “Valor é negativo”, encer- e soma as correspondentes nas células para somar.
rando a função. E por fim, se não é igual a zero, e não
é menor que zero, só poderia ser maior do que zero, Os intervalos de teste e de soma podem ser os
e a mensagem final “Valor é positivo” será mostrada. mesmos.
Obs.: o sinal de igual, para iniciar uma função, é
usado somente no início da digitação da célula. =SOMASE(A1:A10;”>6”;A1:A10) somará os valores
de A1 até A10 que sejam maiores que 6.

319
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
=SOMASE(A1:A10;”<3”;B1:B10) somará os valores =TRUNCAR(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas
de B1 até B10 quando os valores de A1 até A10 forem decimais – valor 3,14159 exibe 3,141.
menores que 3.
z ARRED(valor;casas decimais): Exibe um número
z SOMASES(células para somar; células1; teste1; com a quantidade de casas decimais, arredondan-
células2; teste2): Verifica as células que atendem do para cima ou para baixo.
aos testes e soma as células correspondentes.
=ARRED(PI();3) exibir o valor de PI com 3 casas
Os intervalos de teste e de soma podem ser os decimais – valor 3,14159 exibe 3,142.
mesmos.
z HOJE(): Exibe a data atual do computador;
z MÉDIASE(células para testar;teste;células para z AGORA(): Exibe a data e hora atuais do computador;
calcular a média): Efetua um teste nas célu- z DIA(data): Extrai o número do dia de uma data;
las especificadas, e calcula a média das células z MÊS(data): Extrai o número do mês de uma data;
correspondentes. z ANO(data): Extrai o número do ano de uma data;
z DIAS(data1;data2): Informa a diferença em dias
entre duas datas;
Os intervalos de teste e de média podem ser os
z DIAS360(data1;data2): Informa a diferença em
mesmos. dias entre duas datas (ano contábil, de 360 dias);
z POTÊNCIA(base;expoente): Eleva um número
z PROCV(valor_procurado; matriz_tabela; núm_ (base) ao expoente informado;
índice_coluna; [intervalo_pesquisa]): A função
PROCV é utilizada para localizar o valor_procu- =POTÊNCIA(2;4) 2 elevado à 4, 24, 2x2x2x2 = 16
rado dentro da matriz_tabela, e quando encon-
trar, retornar à enésima coluna informada em z MULT(número;número;número; ... ) : Multiplica
núm_índice_coluna. A última opção, que será os números informados nos argumentos.
VERDADEIRO ou FALSO, é usada para identificar
se precisa ser o valor exato (F) ou pode ser valor FUNÇÕES LÓGICAS
aproximado (V).
E Retorna VERDADEIRO se todos os seus
(Função E) argumentos forem VERDADEIROS
Por exemplo:
OU Retorna VERDADEIRO se um dos argu-
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e (Função OU) mentos for VERDADEIRO
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) NÃO
Inverte o valor lógico do argumento
(Função NÃO)
A função PROCV é um membro das funções de pes- FALSO
quisa e Referência, que incluem a função PROCH. Retorna o valor lógico FALSO
(Função FALSO)
VERDADEIRO
Use a função tirar ou a função arrumar para (Função Retorna o valor lógico VERDADEIRO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela. VERDADEIRO)
00

Retornará um valor que você especifica


z ESQUERDA(texto;quantidade): Extrai de uma
5-

SEERRO se uma fórmula for avaliada para um


21

sequência de texto, uma quantidade de caracteres (Função SEERRO) erro; do contrário, retornará o resultado
especificados, a partir do início (esquerda).
.

da fórmula
70
.4

=ESQUERDA(“Fernando Nishimura”;8) exibe “Fern


49

ando”
-0

Importante!
ar

z DIREITA(texto;quantidade): Extrai de uma Foram apresentadas muitas funções neste


és

sequência de texto, uma quantidade de caracteres material, não é verdade? Existem milhares de
C

especificados, a partir do final. funções no Microsoft Excel e LibreOffice Calc.


o

Em concursos públicos, estas são as mais ques-


dr

=DIREITA(“Polícia Federal”;7) exibe “Federal”. tionadas. Em provas de concursos, raramen-


Pe

te aparecem questões com funções, e quando


z CONCATENAR(texto1;texto2; ... ): Junta os textos aparecem, são as básicas e intermediárias.
especificados em uma nova sequência.

=CONCATENAR(“Escrevente “;”Técnico “;”Judiciá- Gráficos


rio”) – exibe “Escrevente Técnico Judiciário”.
Além da produção de planilhas de cálculos, o
z INT(valor): Extrai a parte inteira de um número. Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos
com os dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados
=INT(PI()) parte inteira do valor de PI – valor
numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como
3,14159 exibe 3.
gráficos ‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâ-
z TRUNCAR(valor;casas decimais): Exibe um micas, são construídos com dados existentes em uma
número com a quantidade de casas decimais, sem ou várias pastas de trabalho, associando e agrupando
arredondar. informações para a produção de relatórios completos.
320
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos de Colunas representam valores em
colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colu-
nas: Agrupada, Empilhada, 100% Empilhada, 3D
Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada e
3D.
z O gráfico do tipo Mapa exibe a informação de
acordo com cada região. Sua única opção é o Mapa
Coroplético.

z Os gráficos de Ações necessitam que os dados este-


jam organizados em preço na alta, preço na baixa
z Os gráficos de Linhas representam valores com e preço no fechamento. Datas ou nomes das ações
linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de serão usados como rótulos. São exemplos de gráficos
Linhas: Linha, Linha Empilhada, 100% Empilha- de Ações: Alta-Baixa-Fechamento, Abertura-Alta-
da, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, -Baixa-Fechamento, Volume-Alta-Baixa-Fechamen-
100% Empilhada com Marcadores e 3D. to, e Volume-Abertura-Alta-Baixa-Fechamento.

z Os gráficos de Pizza representam valores propor-


cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza e Rosca.

z Os gráficos de Superfície parecem com os gráficos


de Linhas, e preenchem a superfície com cores.
São exemplos de gráficos de Superfície: 3D, 3D
z Os gráficos de Barras representam dados de forma
Delineada, Contorno e Contorno Delineado.
semelhante ao gráfico de Colunas, mas na horizon-
tal. São opções dos gráficos de Barras: Agrupadas,
00

Empilhadas, 100% Empilhadas, 3D Agrupadas, 3D


5-

Empilhadas e 3D 100% Empilhadas.


.21
70

z Os gráficos de Radar são usados para mostrar a


.4
49

evolução de itens. São exemplos de gráficos de


-0

Radar: Radar, Radar com Marcadores e Radar


z Os gráficos de Área representam dados de forma Preenchido.
ar
és

semelhante ao gráfico de Linhas, mas com preen-


chimento até a base (eixo X). São opções dos grá-
C

ficos de Área: Área, Área Empilhada, Área 100% CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

Empilhada, Área 3D, Área 3D Empilhada e Área 3D


Pe

100% Empilhada.
z O gráfico do tipo Mapa de Árvore é usado para mos-
trar proporcionalmente a hierarquia dos valores.

z Os gráficos de Dispersão representam duas séries


de valores em seus eixos. São opções dos gráficos
de Dispersão: Dispersão, com Linhas Suaves e Mar-
cadores, com Linhas Suaves, com Linhas Retas e
Marcadores, com Linhas Retas, Bolhas e Bolhas 3D. z O gráfico do tipo Explosão Solar se assemelha ao
gráfico de Rosca, mas o maior valor será o primei-
ro da série de dados.

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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Os gráficos do tipo Histograma são usados para séries de valores com evolução, como idades da população. São
exemplos de gráficos do tipo Histograma: Histograma e Pareto.

z O gráfico do tipo Caixa Estreita é usado para projeção de valores.

z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.

z O gráfico do tipo Funil alinha dos valores em ordem decrescente.

z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no
Eixo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação
00

Personalizada.
5-
.21
70
.4
49
-0

Classificação de Dados
ar
és

A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados.


C

Você pode classificar dados por texto (A a Z ou Z a A), números (dos menores para os maiores ou dos maiores
o
dr

para os menores) e datas e horas (da mais antiga para a mais nova e da mais nova para a mais antiga) em uma
Pe

ou mais colunas.
Você também poderá classificar por uma lista de clientes (como Grande, Médio e Pequeno) ou por formato,
incluindo a cor da célula, a cor da fonte ou o conjunto de ícones.
A maioria das operações de classificação é identificada por coluna, mas você também poderá identificar por
linhas.
Disponível na guia Dados, e na guia Página Inicial, a classificação poderá ser de texto, números, datas ou horas,
por cor da célula, cor da fonte ou ícones, por uma lista personalizada, linhas, por mais de uma coluna ou linha, ou
por uma coluna sem afetar as demais.

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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS

A classificação de dados alfanuméricos poderá ser ‘Classificar de A a Z’ em


Classificar texto ordem crescente, ou ‘Classificar de Z a A’ em ordem decrescente. É possível
diferenciar letras maiúsculas e minúsculas

Classificar números Quando a coluna possui números, podemos ‘Classificar do menor para o maior’
ou ‘Classificar do maior para o menor’
Se houver datas ou horas, podemos ‘Classificar da mais antiga para a mais
Classificar datas ou horas nova’ ou ‘Classificar da mais nova para a mais antiga’, resumindo,
cronologicamente
Se você tiver formatado manual ou condicionalmente um intervalo de células ou
Classificar por cor de célula, cor de uma coluna de tabela, por cor de célula ou cor de fonte, poderá classificar por
fonte ou ícones essas cores. Também será possível classificar por um conjunto de ícones criados
ao aplicar uma formatação condicional
00
5-

Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem defini-
Classificar por uma lista
21

da pelo usuário. Por exemplo, uma coluna pode conter valores pelos quais você
personalizada
.
70

deseja classificar, como Alta, Média e Baixa


.4

Na caixa de diálogo Opções de Classificação, em Orientação, clique em Classi-


Classificar linhas
49

ficar da esquerda para a direita e, em seguida, clique em OK


-0

Classificar por mais de uma coluna


Na caixa de diálogo Classificar, adicione mais de um critério para ordenação
ar

ou linha
és

Classificar uma coluna em um


C

Basta selecionar a coluna desejada, e na janela de diálogo, manter o item “Con- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
intervalo de células sem afetar as
o

tinuar com a seleção atual”.


dr

demais
Pe

POWERPOINT

As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. E
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações, etc.

EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS


PPT Apresentação editável Versão 2003 ou anterior
PPS Apresentação executável Versão 2003 ou anterior
POT Modelo de apresentação Versão 2003 ou anterior
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
EXTENSÃO TIPO DE ARQUIVO CARACTERÍSTICAS
PPTX Apresentação editável Versão 2007 ou superior
Versão 2007 ou superior, que não necessita de programas para ser
PPSX Apresentação executável
visualizada
POTX Modelo de apresentação Recursos para padronização de novas apresentações
Modelo de apresentação com
POTM Recursos para padronização e automatização de novas apresentações
macros
Formato do LibreOffice Impress, que pode ser editado e salvo pelo
ODP Open Document Presentation
Microsoft PowerPoint
Formato de documento portável, sem alguns recursos multimídia inseridos
PDF/XPS Portable Document Format
na apresentação de slide

importante!
Apresentações de slides é um tópico pouco questionado em provas de concursos. Conhecendo os conceitos
do Microsoft PowerPoint, você poderá aproveitá-los quando estudar LibreOffice Impress.

As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.

00
5-
.21
70
.4
49
-0

Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.
ar
és

Vamos conhecer alguns termos usados no aplicativo de edição de apresentações de slides.


C
o

z Slide: unidade de edição, como uma página da apresentação;


dr

z Slide Mestre: slide com o modelo de formatação que será usado pelos slides da apresentação atual;
Pe

z Design: aparência do slide ou de toda a apresentação. O design combina cores, estilos e padrões para que a
aparência tenha um visual harmonizado. O PowerPoint oferece “Ideias de Design” a cada objeto inserido no
slide;
z Layout: disposição dos elementos dentro do slide. Quando a apresentação é iniciada, o slide de slide de título
é apresentado. O usuário poderá alterar para outro layout. Cada slide da apresentação poderá ter um layout
diferente.

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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Slide de Título Título e Conteúdo Cabeçalho da Duas Partes de Comparação
Seção Conteúdo

Somente Título Em Branco Conteúdo com Imagem com


Legenda Legenda
Figura 2. Layout de slide

z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter
‘duas apresentações’ dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público;
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar algum efeito de animação entre os slides (guia Transições,
grupo Transição para este slide), será disponibilizada a opção para configuração do Intervalo;
z Animação: animação dentro do slide, em um objeto do slide. Um objeto poderá ter diversas animações simul-
taneamente, enquanto a transição do slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída ou Trajetórias de
Animação.

Conceito de Slides

Conforme observado no item anterior, os slides são as unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as
páginas de um documento do Microsoft Word, os slides possuem configurações como margens, orientação, núme-
ros de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés, etc.
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais de slides:

z Slide (modo de exibição Normal) : cada slide é mostrado para edição de seu conteúdo;
z Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides mestres, alterando toda a apresentação de uma vez;
z Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos folhetos que serão impressos;
z Anotações Mestras: para alterar o design e layout das folhas de anotações;
00
5-
. 21
70
.4
49
-0
ar
és
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr
Pe

Figura 3. Modo de exibição Normal, para edição da apresentação de slides

Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu uma pequena mudança em relação às versões anteriores,
com a inclusão do item Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos:

z Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo, o
slide atual aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e na área inferior da tela aparecerá a área de ano-
tações. Ajustar à janela encaixa o slide na área; 325
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para
FORMATO VÍDEO HIPERLINKS
editar e alternar entre slides no painel de estru-
tura de tópicos. Útil para a criação de uma apre- PPTX X X
sentação a partir dos tópicos de um documento do
Microsoft Word; PPSX X X
z Classificação dos Slides: no modo de exibição PDF - X
Classificação de Slides, apenas miniaturas dos sli-
des serão mostradas. Estas miniaturas poderão MP4 X X
ser organizadas, arrastando-as. As operações de
JPG/PNG - -
slides estão disponíveis, como Excluir slide, Ocul-
tar slide, etc. Mas não é possível editar o conteúdo.
Somente após duplo clique será possível a edição Tabela. Recursos disponíveis ( X ), recursos indisponíveis ( - )
do conteúdo;
z Anotações: Exibir a página de anotações para edi- O formato PDF é portável, e poderá ser usado em
tar as anotações do orador da forma como ficarão qualquer plataforma. Praticamente todos os progra-
quando forem impressas; mas disponíveis no mercado reconhecem o formato
z Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresenta- PDF.
ção como uma apresentação de slides que cabe na Confira a seguir os ícones do aplicativo, que costu-
janela. A barra de título do PowerPoint continuará mam ser questionados em provas.
sendo exibida.

Noções de Edição e Formatação de Apresentações Para entrar em modo de apresentação de sli-


des do começo, devemos pressionar F5
A preparação de uma apresentação de slides segue A outra forma de iniciar uma apresentação de
uma série de recomendações, quanto a quantidade de slides é a partir do Slide Atual, pressionando
texto, quantidade de slides, tempo da apresentação, Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apre-
etc. sentação de Slides
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro.
O questionamento é sobre como fazer, onde configu- Apresentar on-line: Transmitir a apresenta-
rar, como apresentar, etc. ção de slides para visualizadores remotos
Para entrar em modo de apresentação de slides do que possam assisti-la em um navegador da
começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o Web
ícone ‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, Apresentação de Slides Personalizada: Criar
grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar ou executar uma apresentação de slides
no ícone correspondente na barra de status, ao lado personalizada. Uma apresentação de slides
do zoom. personalizada exibirá somente os slides se-
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de lecionados. Este recurso permite que você
exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não tenha vários conjuntos de slides diferentes
será mostrada. A outra forma de iniciar uma apresen- (por exemplo, uma sucessão de slides de 30
tação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando minutos e outra de 60 minutos) na mesma
00

Shift+F5 ou clicando no ícone da guia Apresentação apresentação


5-

de Slides.
21

Durante a apresentação de slides, as setas de dire- Configurar Apresentação de Slides: Configu-


.

rar opções avançadas para a apresentação


70

ção permitem mudar o slide em exibição. O Enter pas-


de slides, como o modo de quiosque (em que
.4

sa para o próximo slide. O ESC sai da apresentação de


a apresentação reinicia após o último slide, e
49

slides.
continua em loop até pressionar ESC), apre-
-0

Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão princi-


pal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na sentação sem narração, vários monitores,
ar

apresentação. Pressionar a letra C ou vírgula deixará avançar slides, etc.


és

a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apre-
C

deixa a tela preta (escura). sentação. Ele não será mostrado durante a
o
dr

A edição dos elementos textuais e parágrafos segue apresentação de slides de tela inteira
Pe

os princípios do editor de textos Word. E os comandos


Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação
também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como
de slides em tela inteira na qual você possa
PDF.
testar sua apresentação. A quantidade de
De acordo com o formato escolhido, alguns recur-
tempo utilizada em cada slide é registrada e
sos poderão ser desabilitados.
você pode salvar esses intervalos para exe-
cutar a apresentação automaticamente no
FORMATO ANIMAÇÕES TRANSIÇÕES ÁUDIO futuro
PPTX X X X Gravar Apresentação de Slides: Gravar narra-
ções de áudio, gestos do apontador laser ou
PPSX X X X
intervalos de slide e animação para reprodu-
PDF - - - ção durante a apresentação de slides
MP4 X X X
JPG/PNG - - -
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Entre o servidor remoto e o usuário final, as infor-
Álbum de Fotografias: criar ou editar uma
mações solicitadas passarão por vários dispositivos de
apresentação com base em uma série de
conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches,
imagens. Cada imagem será colocada em um
bridges, gateways) antes de serem apresentadas no
slide individual
dispositivo do usuário.
Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecio-
nado para especificar o que deve acontecer Dica
quando você clicar nele ou passar o mouse
sobre ele Paradigma cliente-servidor: Nós somos clientes
e acessamos informações em servidores remo-
Inserir número do slide: o número do slide re-
tos. As redes de computadores, em concursos
flete sua posição na apresentação
públicos, são abordadas, seguindo esse para-
Inserir vídeo no slide: permite inserir um vi- digma. Usamos cliente web (browser ou nave-
deoclipe no slide gador) para acessar um servidor web. Usamos
cliente de e-mail para acessar um servidor de
Inserir áudio no slide: permite inserir um clipe e-mail. Usamos um cliente FTP para acessar
de áudio no slide um servidor FTP.

Gravação de tela: gravar o que está sendo Ataques e ameaças à Segurança da Informação
exibido na tela e inserir no slide Invasor Software
Vírus de
computador malicioso
Formas: linhas, retângulos, formas básicas,
setas largas, formas de equação, fluxograma,
estrelas e faixas, textos explicativos e botões
de ação
Usuário final Servidor remoto
Figura 2. O tráfego de dados, em uma conexão, é um ativo
interessante para invasores, vírus de computadores e softwares
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: maliciosos.
FUNDAMENTOS, CONCEITOS E
MECANISMOS DE SEGURANÇA Invasores tentarão acessar a conexão e capturar
os dados trafegados. Os vírus de computador procu-
O QUE É SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO? ram infectar os arquivos e causar danos aos sistemas.
Esses softwares maliciosos podem infectar dispositi-
vos e sequestrar arquivos.
Essa é uma pergunta curta, que exige conhecimen-
tos diversos, para que possa ser respondida. Neste
tópico, você encontrará as informações necessárias Protocolo seguro
para isso.
As redes de computadores tornaram-se cada vez Atualizações
00

mais interligadas e complexas. Elas integram, atual- Usuário final


5-

mente, muitos dispositivos, que, talvez, você não Servidor remoto


21

conheça, mas que estão ali, promovendo a troca de Firewall Senha forte
.

dados entre o seu equipamento e o servidor remoto


70

Antivírus
o qual está acessando. No entanto, é sabido que os
.4

criminosos virtuais podem acessar redes de qualquer


49

Figura 3. Um protocolo seguro protege o tráfego de dados em uma


lugar do mundo. conexão insegura, criptografando as informações que são enviadas
-0

Neste sentido, os profissionais de Segurança da e recebidas.


ar

Informação procuram proteger os dados armaze-


és

nados e trafegados entre os dispositivos por meio O usuário deverá utilizar um protocolo seguro
C

de equipamentos, programas e técnicas direciona- para acessar os dados, manter o seu dispositivo atua- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

das. Para isso, o treinamento dos usuários também é lizado e protegido, utilizar uma senha forte de acordo
dr

importante, considerando que eles compreendem o com as políticas de segurança e práticas recomenda-
Pe

elo mais fraco e vulnerável no que se refere à Segu- das, entre outras ações.
rança da Informação. Além disso, deverá utilizar conexões seguras, como
as VPN’s – Virtual Private Network –, para acesso aos
serviços remotos (Computação na Nuvem); proteger-
-se das ameaças e ataques à Segurança da Informação,
utilizando medidas de proteção em seu dispositivo,
como antivírus, firewall e anti-spyware).
Iniciaremos nossos estudos sobre Segurança da
Informação com o tópico VPN. Elas são muito impor-
tantes para a comunicação segura e tornaram-se des-
taque nos últimos anos, por causa do trabalho remoto
Usuário final Servidor remoto (home office). Empresas e usuários que não utilizavam
uma conexão remota segura precisaram adaptar-se
Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada aos novos tempos. Em concursos, a tendência é que
por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário aumente a frequência de questões sobre esse tema,
final. pois se tornou popular devido à pandemia.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A seguir, conheceremos como é a Computação na Nuvem, suas características, os tipos de nuvem, os serviços
oferecidos e as vantagens e desvantagens. Vale ressaltar que esse tópico já foi bastante abordado em alguns con-
cursos, em provas de diversos cargos.
Vírus de computador e softwares maliciosos: quem nunca foi vítima, não é mesmo? Esse será o terceiro
tópico sobre Segurança da Informação, no qual abordaremos os ataques e ameaças, com destaque para os prin-
cipais e mais comuns em provas de concursos. Assim como Computação na Nuvem, o tópico “Noções de Vírus,
Worms e Pragas Virtuais” também é muito questionado em concursos públicos.
Finalizando o conteúdo de Segurança da Informação, estudaremos os mecanismos de proteção e defesa contra
os ataques e ameaças. Existem equipamentos de proteção, no entanto, em concursos públicos, geralmente, são
questionados os aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.).
Apesar de existirem soluções integradas e avançadas para os problemas de Segurança da Informação, que até
usamos em nossos dispositivos, nos concursos públicos, são questionadas as definições oficiais e as configurações
padrão dos programas.

NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN)

As redes privadas virtuais, popularmente identificadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Network), são
criadas pelas empresas e usuários, para estabelecer uma conexão segura entre dois pontos.
Antes de iniciarmos nosso estudo sobre elas, vamos conhecer alguns dos conceitos básicos das redes de com-
putadores, de acordo com as suas características de uso e nível de segurança.

REDE CARACTERÍSTICAS BÁSICAS


Local Area Network é uma denominação relacionada ao alcance de uma rede, restrita a um prédio ou
LAN
pequena região
É uma rede local (pelo seu alcance, é uma LAN), interna de uma organização, segura, com acesso
Intranet
restrito aos usuários cadastrados no servidor da rede
Extranet É o acesso remoto seguro, de um ambiente inseguro, à intranet da organização
Rede mundial de computadores de acesso público e considerada insegura. A Internet é comumente
Internet
representada por uma nuvem

Intranet
Intranet
Extranet
Conexão segura

Matriz Internet Filial

Figura 4. A Extranet é uma conexão segura através de um ambiente inseguro (Internet) para redes internas protegidas (Intranet).
00
5-

É importante destacar que, toda Intranet é uma LAN, mas nem toda LAN é uma Intranet.
21

Por que usar uma VPN?


.
70

Porque é importante e necessário. A Internet é a rede mundial de computadores, que conecta diversos disposi-
.4

tivos entre si, utilizando uma estrutura pública e insegura oferecida pelos governos e operadoras de telefonia. O
49

acesso à Internet é oferecido para todos e, por isso, usuários mal-intencionados conseguem interceptar a comuni-
-0

cação de outros usuários, monitorando o tráfego de dados e roubando informações.


Com uma VPN estabelecida entre os dispositivos, o risco na transmissão é muito pequeno. Lembrando que
ar

nada é 100% seguro em Informática, independentemente da quantidade de sistemas e proteções implementadas.


és
C

Usuário mal-intencionado
o
dr
Pe

Conexão Tráfego sendo


insegura monitorado

Conexão
Usuário remoto insegura
Empresa
Internet
Figura 5. Usuários mal-intencionados procuram “escutar” uma conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a privacidade
do usuário ou empresa.

As empresas utilizam softwares de terceiros para estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de seus
colaboradores. Existem vários softwares que possibilitam a conexão segura, como a Área de Trabalho Remota
(Windows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer, LogMeIn
328 etc.).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os protocolos são padrões de comunicação. Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão
usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o receptor, por meio de um ambiente vulnerável. Eles pro-
curam encapsular os dados transmitidos, para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo torne-se
impossível, uma vez que os dados se tornam criptografados.

Usuário mal-intencionado

Protocolo Tráfego não


seguro será monitorado

Conexão Conexão
segura segura
Usuário remoto Internet Empresa
Figura 6. Usuários mal-intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.

TIPO DE VPN CARACTERÍSTICA


VPN de acesso � Um usuário pode conectar-se a uma rede, para acessar seus serviços e recursos remotamente
remoto � A conexão é segura e ocorrerá por meio de uma rede pública, como a Internet
(VPN client to site) � Será uma conexão (cliente) para um servidor remoto que aceita várias conexões
� Dois roteadores estabelecem uma conexão segura para a troca de dados, sendo que um deles
opera como cliente VPN e o outro, como servidor VPN
� É o modelo mais usado no âmbito empresarial, para conectar com segurança a rede interna de
VPN site a site
uma filial com a rede interna de uma matriz
� Serão várias conexões (filial), acessando um servidor remoto que aceita várias conexões (matriz)
� Também conhecida como VPN LAN to LAN

Protocolos

Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o
cliente de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o
cliente acessa as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados, utilizando-se de chaves e certificados digitais para a garantia da
transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas:
00

PROTOCOLO SIGNIFICADO CARACTERÍSTICAS SEGURO?


5-

GRE Generic Routing Encapsulation Desenvolvido pela CISCO, prioriza a velocidade Não
21

SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim
.
70

TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
.4
49

Orientar o servidor para criação de uma conexão segura


SSH Secure Shell Sim
-0

com o cliente
Extensão do protocolo IP para suprir a falta de segurança de
ar

IPsec IP Security Protocol Sim


informações que trafegam em uma rede pública
és
C

Protocolo para facilitar a comunicação bidirecional, basea-


Telnet da em texto interativo (comandos), usando uma conexão de Não CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

terminal virtual
Pe

Atualização dos protocolos L2F (Protocolo de Encaminha-


L2TP Layer 2 Tunnelling Protocol mento da Camada 2) e PPTP (Protocolo de Tunelamento Não
Ponto-a-Ponto)
O PPTP adiciona um canal seguro ao TCP e utiliza um túnel
PPTP Point-to-Point Tunneling Protocol GRE Sim
� Algumas questões o apresentam com a sigla PPP
Criar conexões ponto a ponto (point to point) e site a site
OpenVPN VPN de Código aberto (site to site), usando um protocolo personalizado baseado Sim
no TLS e SSL

Dica
Protocolos seguros costumam mostrar a letra S na sua sigla, como em HTTPS.

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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Um protocolo seguro procura estabelecer uma conexão segura entre os dispositivos, possibilitando a troca de
informações. Antes do envio de dados, a conexão segura será negociada entre os dispositivos e aprovada após a
confirmação do certificado digital.

Usuário remoto Empresa


A conexão é segura?
Sim, ela é. Segue o certificado digital.
OK. Conexão segura estabelecida?
Criptografando o caminho, para envio de dados.
Figura 7. A criptografia é usada para garantir a autenticidade e a integridade das conexões.

A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança, utilizando
protocolos seguros, para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão.

Programas

Após conhecer as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, é comum surgir uma dúvida:
quais são os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN?
A resposta é: depende. Cada dispositivo possui um sistema operacional e, de acordo com a origem (cliente) e o
destino (servidor), existem programas mais adequados para cada cenário.

ORIGEM (CLIENTE) DESTINO (SERVIDOR) EXEMPLO DE PROGRAMA PARA VPN


Windows Windows Área de Trabalho Remota
Windows Linux PuTTy
Linux Windows OpenVPN
Linux Linux Network-Manager

A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client
to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a
integridade das conexões. No entanto, onde a VPN será “iniciada”?
Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da informa-
ção. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma conexão deseja enviar
e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente
ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente
00

ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão
5-

VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).


21

No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado
.
70

Windows + A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN. O acesso Home Office é um tipo de conexão externa que
.4

deverá utilizar uma VPN, para proteger os dados trafegados com o uso de criptografia implementada por proto-
49

colos seguros.
-0

NOÇÕES DE VÍRUS, WORMS E PRAGAS VIRTUAIS


ar
és

Sabe-se que ameaças e riscos de segurança estão presentes no mundo virtual. Assim como existem pessoas
C

boas e más no mundo real, existem usuários com boas ou más intenções no mundo virtual.
o
dr

Os criminosos virtuais são genericamente denominados como hackers, porém o termo mais adequado seria
Pe

cracker. Um hacker é um usuário que possui muitos conhecimentos sobre tecnologia, podendo ser nomeado como
White Hat – hacker ético que usa suas habilidades com propósitos éticos e legais –, Gray Hat – aquele que comete
crimes, mas sem ganho pessoal (geralmente, para exposição de falhas nos sistemas) – e Black Hat – aquele que
viola a segurança dos sistemas para obtenção de ganhos pessoais.
Amadores ou inexperientes, profissionais ou experientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes ao uso
dos recursos computacionais. São riscos de segurança digital:

z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem ser exploradas por usuários;


z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas, sejam elas propositais ou acidentais;
z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender a operação de sistemas.

Devido à crescente integração entre as redes de comunicação, conexão com novos e inusitados dispositivos
(IoT – Internet das Coisas) e criminosos com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de informações torna-
ram-se particularmente difíceis de se proteger. Profissionais altamente qualificados são formados e contratados
pelas empresas com a única função de proteger os sistemas informatizados.
Em concursos públicos, as ameaças e os ataques são os itens mais questionados.
330
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica Os ataques podem ser classificados como:

Você conhece a Cartilha de Segurança CERT? z Baixa complexidade: exploram falhas de segu-
Disponível gratuitamente na Internet, ela é a rança de forma isolada e são facilmente identifica-
fonte oficial de informações sobre ameaças, dos e anulados;
ataques, defesas e segurança digital. Ela pode z Média complexidade: combinam duas ou mais
ser acessada pelo link: <https://cartilha.cert. ferramentas e técnicas, para obter acesso aos
br/>. (Acesso em: 13 nov. 2020). dados, sendo de média complexidade para a solu-
ção, gerando impactos na operação dos sistemas,
Ameaças como a indisponibilidade;
z Alta complexidade: refinados e avançados, os
As ameaças são identificadas como aquelas que ataques combinam o acesso às falhas do sistema,
possuem potencial para comprometer a oferta ou exis- novos códigos maliciosos desconhecidos e a dis-
tência dos ativos computacionais, tais como: informa- tribuição do ataque com redes zumbis, tornando
ções, processos e sistemas. Um ransomware – software difícil a resolução do problema.
que sequestra dados, utilizando-se de criptografia e
solicita o pagamento de resgate para a liberação das Dica
informações sequestradas – é um exemplo de ameaça.
É importante entender que, apesar de a ameaça � Ameaças existem e podem afetar ou não os
existir, se não ocorrer uma ação deliberada para sua sistemas computacionais;
execução ou se medidas de proteção forem implemen- � Falhas existem e podem ser exploradas ou
tadas, ela é eliminada e não se torna um ataque. As não pelos invasores;
ameaças à segurança da informação podem ser clas- � Ataques são realizados todo o tempo contra
sificadas como: todos os tipos de sistemas.

� Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão Vírus de Computador


ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade;
z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo- O vírus de computador é a ameaça digital mais
ram vulnerabilidades nos sistemas; popular. Tem esse nome por se assemelhar a um vírus
z Naturais: não intencionais, relacionadas ao orgânico ou biológico. O vírus biológico é um organis-
ambiente, como as catástrofes naturais. mo que possui um código viral que infecta uma célu-
la de outro organismo. Quando a célula infectada é
As empresas precisam fazer uma avaliação das acionada, o código viral é duplicado e se propaga para
ameaças que possam causar danos ao ambiente com- outras células saudáveis do corpo. Quanto mais vírus
putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco), existirem no organismo, menor será o seu desempe-
implementar sistemas de autenticação (Controlar o nho, fazendo com que recursos vitais sejam consumi-
Acesso), definir os requisitos de senha forte (Política de dos, podendo levar o hospedeiro à morte.
Segurança), manter um inventário e realizar o rastrea- O vírus de computador é um código malicioso que
mento de todos os ativos (Gerenciamento de Recursos), infecta arquivos em um dispositivo. Quando o arquivo
além de utilizar sistemas de backup e restauração de é executado, o código do vírus é duplicado, propagan-
00

dados (Gerenciamento de Continuidade de Negócios). do-se para outros arquivos do computador. Quanto
5-

mais vírus existirem no dispositivo, menor será o seu


21

Falhas desempenho, fazendo com que recursos computacio-


.
70

nais sejam consumidos, podendo levar o hospedeiro a


.4

As falhas de segurança nos sistemas de informação uma falha catastrófica.


49

poderão ser propositais ou involuntárias. Se o progra-


-0

mador insere, no código do sistema, uma falha que 1. E-mail com vírus de computador é enviado para o usuário
ar

produza danos ou permita o acesso sem autentica-


és

ção, temos um exemplo de falha proposital. Já se uma


C

falha for descoberta após a implantação do sistema,


CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

sem que tenha sido uma falha proposital, e tenha sido


dr

explorada por invasores, temos um exemplo de falha


Pe

involuntária, inerente ao sistema.


Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas E-mail com vírus Usuário Arquivo
empresas que desenvolveram o sistema por meio da
distribuição de notificações e correções de segurança. 2. E-mail é aberto e o arquivo anexo infectado é executado.
O Windows Update, serviço da Microsoft para atuali-
zação do Windows, distribui, mensalmente, os patches
(pacotes) de correções de falhas de segurança.

Ataques

Sem dúvidas, o assunto de maior destaque, tanto E-mail com vírus Usuário Arquivo
em concursos como no mundo real, são os ataques.
Coordenados ou isolados, os ataques procuram rom-
per as barreiras de segurança definidas na Política de
Segurança, com o objetivo de anular o sistema ou cap-
turar dados. 331
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3. O código do vírus é copiado para arquivos do computador Todos os sistemas operacionais são vulneráveis
aos vírus de computador. Quando um vírus de com-
putador é desenvolvido por um hacker, este procura
elaborá-lo para um software que tenha uma grande
quantidade de usuários iniciantes, o que aumenta as
suas chances de sucesso.
O Windows, por exemplo, possui muitos usuários
E-mail com vírus Usuário Arquivo e a maioria deles não tem preocupações com seguran-
ça. Por isso, grande parte dos vírus de computadores
são desenvolvidos para atacarem sistemas Windows.
4. Ao executar o arquivo infectado, novos arquivos serão infectados.
O Linux, por sua vez, tem poucos usuários, se com-
parado ao Windows, e a maioria deles possui muito
conhecimento sobre Informática, tornando a ação de
vírus nesse sistema uma ocorrência rara.
Já o Android, software operacional dos smartpho-
E-mail com vírus Usuário Arquivo Arquivo nes populares, é uma variação do sistema Linux ori-
ginal. Apesar de possuir essa origem nobre, é alvo de
milhares de vírus, por causa dos seus usuários, que,
O vírus de computador poderá entrar no disposi- na maioria das vezes, não têm rotinas de proteção e
tivo do usuário por meio de um arquivo anexado em segurança de seus aparelhos.
uma mensagem de e-mail, ou por cópia de arquivos Um vírus de computador poderá ser recebido por
existentes em uma mídia removível, como o pen drive, e-mail, transferido de sites na Internet, compartilha-
recebidos por alguma rede social, baixados de sites na do em arquivos, através do uso de mídias removíveis
Internet, entre outras formas de contaminação. infectadas, nas redes sociais e por mensagens instan-
tâneas. Vale lembrar, no entanto, que um vírus neces-
VÍRUS DE sita ser executado para que entre em ação, pois ele
CARACTERÍSTICAS tem um hospedeiro definido e um alvo estabelecido.
COMPUTADOR
Ele se propaga, inserindo cópias de si em outros arqui-
� Infectam o setor de boot do disco vos, alterando ou removendo arquivos do dispositivo
de inicialização para propagação e autoproteção, a fim de não ser
Vírus de boot
� Cada vez que o sistema é iniciado, detectado pelo antivírus.
o vírus é executado
Armazenados em sites na Internet, Worms
são carregados e executados quan-
Vírus de script O worm é um verme que explora de forma inde-
do o usuário acessa a página, usan-
do um navegador de Internet pendente as vulnerabilidades nas redes de dispositi-
vos. Geralmente, eles deixam a comunicação na rede
� As macros são desenvolvidas em
lenta, por ocuparem a conexão de dados ao enviarem
linguagem Visual Basic for Applica-
cópias de seu código malicioso.
tions (VBA) nos arquivos do Office,
Um verme biológico parasita um organismo, con-
Vírus de macro para a automatização de tarefas
sumindo seus recursos e deixando o corpo debilitado.
00

� Quando desenvolvido com pro-


Um verme tecnológico parasita um dispositivo, consu-
5-

pósitos maliciosos, é um vírus de


mindo seus recursos de memória e conexão de rede,
21

macro
deixando o aparelho e a rede de dados lentos.
.
70

O vírus “mutante” ou “polimórfico”, a Os worms não precisam ser executados pelo usuá-
.4

Vírus do tipo cada nova multiplicação, o novo ví- rio como os vírus de computador e a sua propagação
49

mutante rus mantém traços do original, mas será rápida caso não existam barreiras de proteção
-0

é diferente dele que os impeçam.


ar

São programados para agir em uma


és

1. Dispositivo infectado se conecta na rede do usuário


determinada data, causando algum
Vírus time bomb
C

tipo de dano no dia previamente


o

agendado
dr
Pe

� Um vírus stealth é um código mali-


cioso muito complexo, que se escon-
de depois de infectar um computador
� Ele mantém cópias dos arquivos
Vírus stealth
que foram infectados para si e, quan- Smartphone Roteador do Impressora
do um software antivírus realiza a de- com worm Usuário
tecção, apresenta o arquivo original,
enganando o mecanismo de proteção 2. Roteador infectado envia o worm para a impressora

� O vírus Nimda explora as falhas de


segurança do sistema operacional
� Ele se propaga pelo correio eletrô-
Vírus Nimda nico e, também, pela web, em diretó-
rios compartilhados, pelas falhas de
servidor Microsoft IIS e nas trocas
de arquivos Smartphone Roteador do Impressora
com worm Usuário
332
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3. Impressora infectada demora muito para imprimir Importante!
O Trojan ou Cavalo de Troia é apresentado, no
enunciado de algumas questões de concursos,
como um tipo de vírus de computador.

1. E-mail com Cavalo de Troia é enviado para o usuário


Smartphone Roteador do Impressora
com worm Usuário

4. Um novo dispositivo se conecta e é infectado

E-mail com vírus Usuário

2. E-mail é aberto e o link do jogo on-line é acessado

Smartphone Roteador do Impressora


com worm Usuário

E-mail com vírus Usuário Jogo on-line

Smartphone
3. Enquanto o usuário joga, o trojan desativa as proteções

Dica
Os worms infectam dispositivos e propagam-se
para outros dispositivos de forma autônoma,
sem interferência do usuário. E-mail com vírus Usuário Jogo on-line

Os worms podem ser recebidos automaticamen-


te pela rede, inseridos por um invasor ou por ação
de outro código malicioso. Assim como os vírus, ele
poderá ser recebido por e-mail, transferido de sites na
Internet, compartilhado em arquivos, por meio do uso 4. Enquanto o usuário joga, o invasor consegue acesso
de mídias removíveis infectadas, nas redes sociais e
por mensagens instantâneas.
Com o objetivo de explorar as vulnerabilidades dos
00

dispositivos, os worms enviam cópias de si mesmos


para outros dispositivos e usuários conectados. Por
5-
21

serem autoexecutáveis, costumam consumir grande


quantidade de recursos computacionais, promovendo
.

Usuário Jogo on-line


70

a instalação de outros códigos maliciosos e iniciando


.4

ataques na Internet em busca de outras redes remotas.


49
-0

Pragas Virtuais
ar
és

As diversas pragas virtuais são, genericamente,


C

chamadas de malwares (softwares maliciosos), por CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

apresentarem características semelhantes: oferecem


dr

alguma vantagem para o usuário, mas realizam ações


Pe

z Spyware
danosas que acabarão prejudicando-o.
É um programa malicioso que procura monitorar
� Cavalo de Troia ou Trojan
as atividades do sistema e enviar os dados capturados
durante a espionagem para terceiros. Existem softwa-
É um código malicioso que realiza operações mal-
res espiões considerados legítimos (instalados com o
-intencionadas enquanto realiza uma operação dese-
consentimento do usuário) e maliciosos (que execu-
jada pelo usuário, como um jogo on-line ou reprodução
tam ações prejudiciais à privacidade do usuário).
de um vídeo. Ele é enviado com o conteúdo desejado e,
ao ser executado, desativa as proteções do dispositivo, Os softwares espiões podem ser especializados na
para que o invasor tenha acesso aos arquivos e dados. captura de teclas digitadas (keylogger), nas telas e cli-
Esse nome está, justamente, relacionado com a his- ques efetuados (screenlogger) ou para apresentação
tória do presente dado pelos gregos aos troianos, con- de propagandas alinhadas com os hábitos do usuário
sistindo em um cavalo de madeira, com soldados em (adware). Eles, geralmente, são instalados por outros
seu interior. Após entrar nas fortificações de Troia, os programas maliciosos, para aumentar a quantidade
gregos desativaram as defesas e permitiram o acesso de dados capturados.
do seu exército. 333
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Bot
CÓDIGO
CARACTERÍSTICAS
MALICIOSO
É um programa malicioso que mantém contato
com o invasor, permitindo que comandos sejam exe- � Simulam janelas do sistema opera-
cutados remotamente. cional, induzindo o usuário a acionar
O dispositivo controlado por um bot poderá inte- um comando, fazendo a operação
Scareware
grar uma rede de dispositivos zumbis, a chamada continuar normalmente
botnet. � O comando iniciará a instalação de
Quando o invasor deseja atacar sites para provo- códigos maliciosos
car Negação de Serviço, ele aciona os bots que estão Fraude que engana o usuário, indu-
distribuídos nos dispositivos do usuário, para que zindo-o a informar seus dados pes-
façam a ação danosa. Além de esconder os rastros da Phishing
soais em páginas de captura de dados
identidade do verdadeiro atacante, os bots poderão falsas
continuar sua propagação através do envio de cópias
Ataque aos servidores de DNS para
para outros contatos do usuário afetado.
Pharming alteração das tabelas de sites, direcio-
nando a navegação para sites falsos
z Backdoor
Ataques na rede que simulam tráfe-
É um código malicioso semelhante ao bot, mas que, go acima do normal com pacotes de
além de executar comandos recebidos do invasor, rea- Negação de dados formatados incorretamente,
liza ações para desativação de proteções e aberturas Serviço fazendo o servidor remoto ocupar-
de portas de conexão. O invasor, ciente das portas TCP -se com os pedidos e erros, negando
que estão disponíveis, consegue acesso ao dispositivo acesso para outros usuários
para a instalação de outros códigos maliciosos e roubo � Código que analisa ou modifica o
de informações. tráfego de dados na rede, em busca de
Assim como os spywares, existem backdoors legí- informações relevantes como login e
timos (adicionados pelo desenvolvedor do software Sniffing
senha
para funcionalidades administrativas) e ilegítimos � Enquanto o spyware não modifica o
(para operarem independente do consentimento do conteúdo, o sniffing pode alterar
usuário).
Falsifica dados de identificação, seja
do remetente de um e-mail (e-mail
z Rootkit
Spoofing Spoofing), do endereço IP, dos ser-
viços ARP e DNS, escondendo a real
É um código malicioso especializado em esconder
identidade do atacante
e assegurar a presença de outros códigos maliciosos
para o invasor acessar o sistema. Essas pragas virtuais Intercepta as comunicações da rede
Man-In-The-
podem ser incorporadas em outras pragas, para que o para roubar os dados que trafegam na
-Midle
código que camufla a presença seja executado, escon- conexão.
dendo os rastros do software malicioso. Intercepta as comunicações do apa-
Após a remoção de um rootkit, o sistema afetado Man-In-The- relho móvel, para roubar os dados
00

não se recupera dos dados apagados, sendo necessá- -Mobile que trafegam na conexão do aparelho
5-

ria uma cópia segura (backup) para restauração dos smartphone


21

arquivos.
.

Enquanto uma falha não é corrigida


70

pelo desenvolvedor do software, inva-


.4

Dica Ataque de dia


49

sores podem explorar a vulnerabilida-


zero
de identificada antes da implantação
-0

Cavalo de Troia, Spyware, Bot, Backdoor e Root-


kit são as pragas digitais mais questionadas em da proteção
ar

concursos públicos. Modificam páginas na Internet, alte-


és

Defacement rando a sua apresentação (face) para


C

os usuários visitantes
o

Confira, na tabela a seguir, outras pragas digitais


dr

que ameaçam a Segurança da Informação e a privaci- Sequestrador de navegador que pode


Pe

dade dos usuários de sistemas computacionais. desde alterar a página inicial do bro-
HiJacker wser, até realizar mudanças do meca-
CÓDIGO nismo de pesquisas e direcionamento
CARACTERÍSTICAS
MALICIOSO para servidores DNS falsos
Gatilho para a execução de outros có-
digos maliciosos que permanece ina- Uma das ações mais comuns que procuram com-
Bomba lógica
tiva até que um evento acionador seja prometer a segurança da informação é o ataque
executado Phishing. O usuário recebe uma mensagem (por
Sequestrador de dados que criptogra- e-mail, rede social ou SMS no telefone) e é induzido a
fa pastas, arquivos e discos inteiros, clicar em um link malicioso. O link acessa uma pági-
Ransomware na que pode ser semelhante ao site original, induzin-
solicitando o pagamento de resgate
para liberação do o usuário a fornecer dados pessoais, como login e
senha. Em ataques mais elaborados, as páginas captu-
ram dados bancários e de cartões de crédito. O objeti-
vo é simples: roubar dinheiro das contas do usuário.
334
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1. O usuário recebe um e-mail do ‘banco’, mas é falso 3. Ele informa os seus dados pessoais

Usuário Usuário

4. Seus dados são enviados para o invasor, que


2. O link direciona o usuário para um site falso rouba $$$ das contas bancárias ou faz
compras no seu cartão de crédito

Usuário
Usuário
3. Ele informa os seus dados pessoais

PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE
TRABALHO: CONTROLE DE
Usuário DISPOSTIVOS USB, HARDENING,
ANTIMALWARE E FIREWALL PESSOAL
4. Seus dados são enviados para o invasor, que
APLICATIVOS PARA SEGURANÇA (ANTIVÍRUS,
rouba $$$ das contas bancárias ou faz
compras no seu cartão de crédito FIREWALL, ANTI-SPYWARE ETC.)

Nos itens anteriores, conhecemos as diferentes


ameaças e ataques que podem comprometer a segu-
rança da informação, expondo a privacidade do usuá-
rio. Para todas elas, existem mecanismos de proteção
– softwares ou hardwares que detectam e removem os
códigos maliciosos ou impedem a sua propagação.
Usuário Independentemente da quantidade de sistemas de
00

proteção, o comportamento do usuário poderá levar


5-

a uma infecção por códigos maliciosos, pois a maio-


21

Outra ação mais elaborada tecnicamente é o Phar- ria desses códigos necessita de acesso ao dispositivo
.
70

ming. O invasor ataca um servidor DNS, modificando do usuário mediante autorização dada pelo próprio
.4

as tabelas que direcionam o tráfego de dados e o usuá- usuário. A autorização de acesso poderá estar camu-
49

rio acessa uma página falsa. Da mesma forma que o flada em um arquivo válido, como o Cavalo de Troia,
-0

Phishing, esse ataque procura capturar dados bancá- ou em mensagens falsas apresentadas em sites, como
rios do usuário e roubar o seu dinheiro.
ar

o ataque de Phishing. Portanto, a navegação segura


és

começa com a atitude do usuário na rede.


1. O atacante modifica a tabela de um servidor DNS
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

Antivírus
dr
Pe

Os vírus de computadores, como conhecemos no


tópico anterior, infectam um arquivo e propagam-se
para outros arquivos quando o hospedeiro é executa-
do. O código que infecta o arquivo é chamado de assi-
natura do vírus.
Usuário Os programas antivírus são desenvolvidos para
detectarem a assinatura do vírus existente nos arqui-
2. O link alterado direciona o usuário para um site falso vos do computador. O antivírus precisa estar atualiza-
do, com as últimas definições da base de assinaturas
de vírus, para que seja eficiente na remoção dos códi-
gos maliciosos.

Usuário
335
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1. O usuário tem um vírus de computador instalado Se o código enviado para análise for comprovada-
mente um vírus, o fabricante inclui sua assinatura na
base de vírus conhecidos. Assim, na próxima atualiza-
ção do antivírus, todos poderão reconhecer e remover
o novo código descoberto.

1. Ele compara o código com sua base de assinaturas,


mas não encontra correspondência com vírus conhecidos
Usuário Arquivo

2. Um software antivírus é acionado para detecção

=
Usuário Arquivo

2. O arquivo será isolado e uma cópia enviada para


análise pelo fabricante do software antivírus
Usuário Arquivo

3. Ele compara o código com sua base de assinaturas

Quarentena
=
Usuário

=
Usuário Arquivo

4. Ele poderá eliminar o vírus, isolar ou excluir o arquivo


Fabricante

Windows Defender

Arquivo Arquivo Em concursos públicos, as soluções de antivírus de


= desinfectado excluído terceiros, como Avast, AVG, Avira e Kaspersky rara-
Quarentena mente são questionadas. Nós as usamos em nosso dia
Usuário a dia, mas, em provas de concursos, as bancas traba-
lham com as configurações padrões dos programas.
00

Quando o antivírus encontra um código malicioso O Windows 10 possui uma solução integrada de
5-

em algum arquivo, que tenha correspondência com a proteção, que é o Windows Defender. Na época do
21

base de assinaturas de vírus, ele poderá: Windows 7, a Microsoft adquiriu e disponibilizou o


.
70

programa Microsoft Security Essentials como antiví-


z Remover o vírus que infecta o arquivo;
.4

rus padrão do sistema operacional.


z Criptografar o arquivo infectado e mantê-lo na
49

A seguir, foi desenvolvida a solução Windows


pasta Quarentena, isolado;
-0

Defender, para detecção e remoção de outros códigos


z Excluir o arquivo infectado.
maliciosos, como os worms e Cavalos de Troia. Além
ar

disso, o Windows sempre ofereceu o firewall, um filtro


és

Assim, o antivírus poderá proteger o dispositivo


através de três métodos de detecção: assinatura dos de conexões para impedir ataques oriundos das redes
C

vírus conhecidos, verificação heurística e comporta- conectadas.


o
dr

mento do código malicioso quando é executado. No Windows 10, o Windows Defender faz a detec-
Pe

O que fazer quando o código malicioso do vírus ção de vírus de computador, códigos maliciosos e
não está na base de assinaturas? opera o firewall do sistema operacional, impedindo
A base de assinaturas é atualizada pelo fabricante ataques e invasões.
do antivírus, com as informações conhecidas dos vírus
detectados. Entretanto, novos vírus são criados diaria- Firewall
mente. Para a detecção desses novos códigos malicio-
sos, os programas oferecem a Análise Heurística. O firewall é um filtro de conexões que poderá ser
um software, instalado em cada dispositivo, ou um
z Análise Heurística hardware, instalado na conexão da rede, protegendo
todos os dispositivos da rede interna. O sistema opera-
O software antivírus poderá analisar os arquivos cional disponibiliza um firewall pré-configurado com
do dispositivo através de outros parâmetros, além da regras úteis para a maioria dos usuários.
base de assinaturas de vírus conhecidos, para encon- A maioria das portas comuns estão liberadas e a
trar novos códigos maliciosos que ainda não foram maioria das portas específicas estão bloqueadas.
identificados.
336
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Antispyware

Da mesma forma que existe a solução antivírus


contra vírus de computadores, existe uma solução
que procura detectar, impedir a propagação e remo-
ver os códigos maliciosos que não necessitam de um
hospedeiro.
Genericamente, malware é um software malicioso.
Usuário
Genericamente, spyware é um software espião. Assim,
Figura 13. O firewall controla o tráfego proveniente de outras redes . quando os softwares maliciosos ganharam destaque
e relevância para os usuários dos sistemas operacio-
O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, por- nais, os spywares ganharam destaque. Comercialmen-
tanto ele permite que códigos maliciosos, como os te, tornou-se interessante nomear a solução como
vírus de computadores, infectem o computador ao antispyware.
chegarem como anexos de uma mensagem de e-mail. Na prática, um antispyware, ou um antimalware,
O usuário deve executar um antivírus e antispyware detecta e remove vários tipos de pragas digitais.
nos anexos antes de executá-los.

Worm Malware

E-mail com vírus E-mail com vírus

Usuário Antispyware
Firewall Trojan Spyware
Usuário
Figura 16. O antispyware é usado para evitar pragas digitais no
E-mail com trojan E-mail com trojan dispositivo do usuário.
Figura 14. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, então
mensagens com anexos maliciosos passarão pela barreira e Para proteção, o usuário deverá:
chegarão até o usuário.
z Manter o firewall ativado;
O firewall impede um ataque, seja de um hacker, z Manter o antivírus atualizado e ativado;
de um vírus, de um worm, ou de qualquer outra praga z Manter o antispyware atualizado e ativado;
digital que procure acessar a rede ou o computador z Manter os programas atualizados com as corre-
por meio de suas portas de conexão. Apenas o con- ções de segurança;
teúdo liberado, como e-mails e páginas web, não será z Usar uma senha forte para acesso aos sistemas e
bloqueado pelo firewall. optar pela autenticação em dois fatores quando
disponível.
00
5-

E-mail
21

Página web
.
70
.4

Usuário
49

Invasor Ataque de vírus Firewall Usuário


-0
ar
és

Propagação Malware Firewall Antivírus Antispyware Atualizações Senha forte


C

de worm CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

Figura 17. Para proteção: firewall ativado, antivírus atualizado


dr

Figura 15. O firewall não analisa o conteúdo do tráfego, mas impede


e ativado, antispyware atualizado e ativado, atualizações de
os ataques provenientes da rede.
Pe

softwares instaladas e uso de senha forte.

O firewall não é um antivírus nem um antispyware. UTM


Ele permite ou bloqueia o tráfego de dados nas portas
TCP do dispositivo. Sendo assim, sua utilização não
Unified Threat Management (UTM), ou “Gerencia-
dispensa o uso de outras ferramentas de segurança,
mento Unificado de Ameaças”, são soluções abrangen-
como o antivírus e o antispyware.
tes que integram diferentes mecanismos de proteção
em apenas um programa. Elas realizam, em tempo
real, a filtragem de códigos acessados, otimizam o trá-
Importante! fego de dados nas conexões, controlam a execução das
O firewall não é um antivírus, mas ele impede um aplicações, protegem o dispositivo com um firewall,
ataque de vírus. Ele impedirá, por ser um ataque estabelecem uma conexão VPN segura para navega-
e, não, por ser um vírus. ção e entregam relatórios de fácil compreensão para
o usuário.

337
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Defesa Contra Ataques Na corrida atrás de tecnologias e inovações, Esta-
dos Unidos e União Soviética lançavam projetos que
Quando o ataque é direcionado ao e-mail e nave- procuravam proteger as informações secretas de
gador de Internet, os filtros antispam e filtros anti- ambos os países e seus blocos de influência.
phishing atendem aos requisitos de proteção. Se o ARPANET, criada pela ARPA, sigla para Advanced
ataque chega disfarçado, medidas de prevenção Research Projects Agency, era um modelo de troca e
devem ser adotadas, como: compartilhamento de informações que permitisse a
descentralização das mesmas, sem um ‘nó central’,
z Nunca fornecer informações confidenciais ou secre- garantindo a continuidade da rede mesmo que um nó
tas por e-mail; fosse desligado.
z Resistir à tentação de cliques em links das mensa- A troca de mensagens começou antes da própria
gens; Internet. Logo, o e-mail surgiu primeiro, e depois veio
z Observar os downloads automáticos ou não iniciados; a Internet como conhecemos e usamos.
z Dentro das políticas de segurança para os funcio- Ela passou a ser usada também pelo meio educa-
nários, destacar que não se deve submeter à pres- cional (universidades) para fomentar a pesquisa aca-
são de pessoas desconhecidas. dêmica. No início dos anos 90 ela se tornou aberta e
comercial, permitindo o acesso de todos.
Quando os ataques procuram atingir um servidor
da empresa, como ataques DoS (negação de serviço),
DDos (ataque distribuído de negação de serviços) ou
spoofing (fraude de identidade), uma das formas de
Usuário Modem
proteção é o bloqueio de pacotes externos não con- Internet
Provedor de Acesso
vencionais. Se o usuário está utilizando um disposi-
tivo móvel e sofre um ataque, ele deve aumentar o Figura 1. Para acessar a Internet, o usuário utiliza um modem
nível de proteção do aparelho e as senhas precisam que se conecta a um provedor de acesso através de uma linha
telefônica
ser redefinidas o mais breve possível.
Por fim, os ataques contra aplicativos poderão A navegação na Internet é possível através da com-
ser minimizados ou anulados se o usuário mantiver binação de protocolos, linguagens e serviços, operan-
os programas atualizados em seu dispositivo, apli- do nas camadas do modelo OSI (7 camadas) ou TCP (5
cando as correções de segurança tão logo elas sejam camadas ou 4 camadas).
disponibilizadas. A Internet conecta diversos países e grandes cen-
tros urbanos através de estruturas físicas chamadas
de backbones. São conexões de alta velocidade que
Importante! permitem a troca de dados entre as redes conectadas.
Quando o usuário é envolvido na perpetração O usuário não consegue se conectar diretamente no
de ataques digitais, ele é considerado o elo backbone. Ele deve acessar um provedor de acesso ou
uma operadora de telefonia através de um modem, e
mais fraco da corrente de segurança da infor-
a empresa se conecta na ‘espinha dorsal’.
mação, por estar sujeito a enganos e trapaças
Após a conexão na rede mundial, o usuário deve
dos atacantes. A Engenharia Social consiste no
utilizar programas específicos para realizar a navega-
00

conjunto de técnicas e atividades que procuram ção e acesso ao conteúdo oferecido pelos servidores.
5-

estabelecer confiança mediante dados falsos,


21

ameaças ou dissimulação.
.

CONCEITO USO COMENTÁRIOS


70
.4

Conhecido como nuvem, e tam-


49

bém como World Wide Web, ou


-0

Conexão entre WWW, a Internet é um ambiente in-


Internet
computadores seguro, que utiliza o protocolo TCP
CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE
ar

para conexão em conjunto a ou-


és

GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, tros para aplicações específicas.


C

ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS


o

Ambiente seguro que exige iden-


dr

tificação, podendo estar restrito


Pe

O referido assunto já foi abordado em “Noções de Conexão com


a um local, que poderá acessar
sistema operacional - Windows 10 (32-64 BITS)”. Intranet a Internet ou não. A Intranet uti-
autenticação
liza o mesmo protocolo da Inter-
net, o TCP, podendo usar o UDP
também.

REDES DE COMPUTADORES Conexão remota segura, prote-


Conexão entre gida com criptografia, entre dois
Extranet d i s p o s i t i v o s dispositivos, ou duas redes. O
CONCEITOS BÁSICOS, FERRAMENTAS, ou redes acesso remoto é geralmente su-
APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET E portado por uma VPN.
INTRANET

A Internet é a rede mundial de computadores que Os editais costumam explicitar Internet e Intranet,
surgiu nos Estados Unidos com propósitos militares, mas também questionam Extranet. A conexão remota
para proteger os sistemas de comunicação em caso de segura que conecta Intranet’s através de um ambiente
ataque nuclear, durante a Guerra Fria. inseguro que é a Internet, é naturalmente um resulta-
338 do das redes de computadores.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É um navegador com código aberto, software livre,
INTERNET, INTRANET E EXTRANET que permite download para estudo e modificações.
Possui suporte ao uso de applets (complementos de
Redes de
computadores terceiros), que são instalados por outros programas
no computador do usuário, como o Java.
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização
Internet Intranet Extranet de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con-
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan-
Rede mundial de Rede local de Acesso remoto
computadores acesso restrito seguro to, caso utilize o modo de navegação privativa, esses
dados não serão sincronizados.
Assim como nos outros navegadores, é possível
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros definir uma página inicial padrão, uma página inicial
Internet escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar
Padrão de
Família TCP/IP
Criptografia em a navegação das guias abertas na última sessão.
comunicação VPN
No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela
permite copiar, para a Área de Transferência do com-
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer putador, parte da imagem da janela que está sendo
usuário poderá acessar a Internet sem ter conheci- acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário
mento técnico dos equipamentos que existem para poderá colar a imagem capturada ou salvar direta-
possibilitar a conexão. mente pelo navegador.
Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles
oferecem pequenas dicas para que você possa apro-
veitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer
novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo
NAVEGADOR WEB da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e
muito mais..
MICROSOFT EDGE - VERSÃO 91
BUSCA E PESQUISA NA WEB
Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão
no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre o
Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm,
kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma série
como finalidade, apresentar os resultados de endere-
de itens semelhantes ao Google Chrome. Integrado com
ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário.
o filtro Microsoft Defender SmartScreen, permite o blo-
Google Buscas, da empresa Google, e Microsoft
queio de sites que contenham phishing (códigos mali-
Bing, da Microsoft, são os dois principais sites de pes-
ciosos que procuram enganar o usuário, como páginas
quisa da atualidade. No passado, sites como Cadê,
que pedem login/senha do cartão de crédito).
Aonde, Altavista e Yahoo também contribuíram para a
Outro recurso de proteção é usado para combater
acessibilidade das informações existentes na Internet,
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que
indexando em diretórios os conteúdos disponíveis.
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar-
Os sites de pesquisas foram incorporados aos
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. Ele
navegadores de Internet e, na configuração dos bro-
substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o visualiza-
wsers, temos a opção “Mecanismo de pesquisa”, que
00

dor padrão de arquivos PDFs no Windows 10. Foram


permite a busca dos termos digitados diretamente na
5-

adicionados recursos que permitem “Desenhar” sobre


barra de endereços do cliente web. Essa funcionalida-
21

o conteúdo do PDF.
de transforma a nossa barra de endereços em uma
.
70

Além disso, mantém as características dos outros


omnibox (caixa de pesquisa inteligente), que preenche
navegadores de Internet, como a possibilidade de ins-
.4

com os termos pesquisados anteriormente e oferece


49

talação de extensões ou complementos, também cha-


sugestões de termos para completar a pesquisa.
mados de plugins ou add-ons, que permitem adicionar
-0

O Microsoft Edge tem o Microsoft Bing como bus-


recursos específicos para a navegação em determina-
ar

cador padrão. O Mozilla Firefox e o Google Chrome


dos sites.
és

têm o Google Buscas como buscador padrão. As confi-


As páginas acessadas poderão ser salvas para aces-
gurações podem ser personalizadas pelo usuário.
C

sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


Os sites de pesquisas incorporam recursos para
o

consultadas no Histórico de Navegação ou salvas


dr

operações cotidianas, como pesquisa por textos, ima-


como PDF no dispositivo do usuário.
Pe

gens, notícias, mapas, produtos para comprar em lojas


Coleções, no Microsoft Edge é um recurso exclusi-
on-line, efetua cálculos matemáticos, traduz textos de
vo que permite que a navegação inicie em um disposi-
um idioma para outro, entre inúmeras funcionalida-
tivo e continue em outro dispositivo logado na mesma
des, ignoram pontuação, acentuação e não diferen-
conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas
ciam letras maiúsculas de letras minúsculas, mesmo
nomeado como Coleções, no Edge, permite adicionar
que sejam digitadas entre aspas.
sugestões do Pinterest.
Além de todas essas características, os sites de pes-
Outro recurso específico do navegador é a repro-
quisa permitem o uso de caracteres especiais (sím-
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site
bolos) para refinar os resultados e comandos para
Microsoft Bing (buscador da Microsoft).
selecionar o tipo de resultado da pesquisa. Nos con-
cursos públicos, esses são os itens mais questionados.
MOZZILA FIREFOX – VERSÃO 78 ESR Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais
de concursos públicos, essa parte você consegue prati-
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, car até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos
como os demais browsers, possibilita o acesso ao con- e comandos nas suas pesquisas na Internet e visualize
teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na os resultados obtidos.
Internet como na Intranet. 339
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
SÍMBOLO USO EXEMPLO PEDIDO USO EXEMPLO
Pesquisa exata, na traduzir ... para traduzir maçã
Aspas mesma ordem que Google Tradutor
“Nova Concursos” ... para japonês
duplas forem digitados os
termos lista telefôni- Páginas com o Lista telefôni-
ca:número telefone ca:99999-9999
Menos ou Excluir termo da concursos
traço pesquisa –militares Cotação da bol-
código da ação GOOG
sa de valores
concursos
Til (acento) Pesquisar sinônimos Previsão do
~públicos clima localidade clima são paulo
tempo
Substituir termos na
pesquisa, para pesqui- Status de um
código do voo ba247
sar “inscrições encer- voo (viagens)
Asterisco inscrições *
radas”, e “inscrições
abertas”, e “inscrições Os resultados apresentados pelas pesquisas do
suspensas” etc site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura
Cifrão Pesquisar por preço celulares $1000 filtrar os resultados com conteúdo adulto, evitando
a sua exibição. Quando desativado, os resultados de
Intervalo de datas ou campeão
Dois pontos conteúdo adulto serão exibidos normalmente.
preço 1980..1990
No Microsoft Bing, na página do buscador www.
Pesquisar em redes Instagram bing.com, acesse o menu no canto superior direito e
Arroba
sociais @novaconcursos escolha o item Pesquisa Segura.
Pesquisar nas marca- No Google, na página do site do buscador www.
Hashtags #informática
ções de postagens google.com, acesse o menu Configurações no can-
to inferior direito e escolha o item Configurações de
Pesquisa.
COMANDO USO EXEMPLO

Resultados de ape- livro site:www. Importante!


site
nas um site uol.com.br
As bancas costumam questionar funcionalida-
Somente um tipo apostila des do Microsoft Bing que são idênticas às fun-
filetype
de arquivo filetype:pdf
cionalidades do Google Buscas, com o intuito
Definição de um de confundir os candidatos acerca do recurso
define define:smtp questionado.
termo

intitle No título da página intitle:concursos

No endereço URL
inurl inurl:nova
da página
CORREIO ELETRÔNICO, GRUPOS DE
00

Pesquisa o horário DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS


5-

time em determinado time:japan


21

local
.

CORREIO ELETRÔNICO
70
.4

related:uol.com.
related Sites relacionados
49

br O e-mail (Electronic Mail, correio eletrônico) é uma


-0

forma de comunicação assíncrona, ou seja, mesmo


Versão anterior do que o usuário não esteja on-line, a mensagem será
cache cache:uol.com.br
ar

site armazenada em sua caixa de entrada, permanecendo


és

disponível até ela ser acessada novamente.


C

Páginas que con-


link: O correio eletrônico (popularmente conhecido
o

link tenham link para


dr

novaconcursos como e-mail) tem mais de 40 anos de existência. Foi


outras
Pe

um dos primeiros serviços que surgiu para a Internet,


Informações de um location:méxico e se mantém usual até os dias de hoje.
location
determinado local terremoto
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS
Os comandos são seguidos de dois pontos e não pos- O Mozilla Thunderbird é um cliente de
suem espaço com a informação digitada na pesquisa. e-mail gratuito com código aberto que po-
O site de pesquisas Google também oferece respos- derá ser usado em diferentes plataformas
tas para pedidos de buscas. O site Microsoft Bing ofe-
rece mecanismos similares. O eM Client é um cliente de e-mail gratuito
As possibilidades são quase infinitas, pois os assis- para uso pessoal no ambiente Windows e
tentes digitais (Alexa, Google Assistent, Siri, Cortana) Mac. Facilmente configurável. Tem a ver-
permitem a pesquisa por voz. Veja alguns exemplos são Pro, para clientes corporativos
de pedidos de buscas nos sites de pesquisas.

340
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PROGRAMA CARACTERÍSTICAS FORMA DE
CARACTERÍSTICAS
O Microsoft Outlook, integrante do paco- ACESSO
te Microsoft Office, é um cliente de e-mail Protocolo IMAP4 para enviar e para
que permite a integração de várias contas receber mensagens. As mensagens
em uma caixa de entrada combinada Webmail são copiadas do servidor para a ja-
O Microsoft Outlook Express foi o cliente nela do navegador e são mantidas na
de e-mail padrão das antigas versões do caixa de mensagens remota
Windows. Ainda aparece listado nos edi-
tais de concursos, porém não pode ser
utilizado nas versões atuais do sistema
operacional
Webmail. Quando o usuário utiliza um na- Servidor de e-mails
Servidor de e-mails

@ vegador de Internet qualquer para acessar


sua caixa de mensagens no servidor de
e-mails, ele está acessando pela modali-
dade webmai Receber – POP3 Receber IMAP4

Dica
Apesar de existirem diversas opções para com- Usuário Usuário

posição, envio e recebi mento de mensagens


eletrônicas, as bancas preferem as questões
sobre o cliente de e-mail Microsoft Outlook, Cliente de e-mail Navegador de Internet
integrante do pacote Microsoft Office.
Figura 4. Usando o protocolo POP3, a mensagem é transferida para
O Microsoft Outlook possui recursos que permitem o programa de e-mail do usuário e removida do servidor. Usando
o acesso ao correio eletrônico (e-mail), organização o protocolo IMAP4, a mensagem é copiada para o navegador de
Internet e mantida no servidor de e-mails.
das mensagens em pastas, sinalizadores, acompanha-
mento e também recursos relacionados a reuniões e
Os protocolos de e-mails são usados para a troca
compromissos.
de mensagens entre os envolvidos na comunicação.
Os eventos adicionados ao calendário podem ser
O usuário pode personalizar a sua configuração, mas
enviados na forma de notificação por e-mail para os
em concursos públicos o que vale é a configuração
participantes.
padrão, apresentada neste material.
O Outlook possui o programa para instalação no
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o Protoco-
computador do usuário e a versão on-line. Essa ver-
lo para Transferência Simples de E-mails. Usado pelo
são pode ser gratuita (Outlook.com, antigo Hotmail)
cliente de e-mail para enviar para o servidor de men-
ou corporativa (Outlook Web Access – OWA, integran-
sagens, e entre os servidores de mensagens do reme-
te do Microsoft Office 365).
tente e do destinatário.
00

POP3 ou apenas POP (Post Office Protocol 3) é o


5-

Protocolo de Correio Eletrônico, usado pelo cliente de


21

e-mail para receber as mensagens do servidor remoto,


.

Usuário
70

removendo-as da caixa de entrada remota.


IMAP4 ou IMAP (Internet Message Access Protocol)
.4
49

é o Protocolo de Acesso às Mensagens via Internet é


-0

@
usado pelo navegador de Internet (sobre os protoco-
los HTTP e HTTPS) na modalidade de acesso webmail,
ar

Figura 3. Para acessar as mensagens armazenadas em um transferindo cópias das mensagens para a janela do
és

servidor de e-mails, o usuário pode usar um cliente de e-mail ou o navegador e mantendo as originais na caixa de men-
C

navegador de Internet sagens do servidor remoto. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

Formas de Acesso ao Correio Eletrônico


Pe

Podemos usar um programa instalado em nosso Servidor Exchange Enviar e Receber Servidor Gmail
dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador SMTP

de Internet para acessarmos as mensagens recebi- Enviar – SMTP


das. A escolha por uma ou por outra opção vai além Enviar e Receber
Receber – POP3
da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem IMAP4

suas características e protocolos. Confira.

FORMA DE Remetente Destinatário


CARACTERÍSTICAS Cliente
Webmail
ACESSO
Protocolo SMTP para enviar mensa- Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook
(cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo
gens e POP3 para receber. As men-
(Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor
Cliente de E-mail sagens são transferidas do servidor Gmail, e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e
para o cliente e são apagadas da cai- responder os e-mails recebidos.
xa de mensagens remota
341
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Uso Do Correio Eletrônico Para enviar a mensagem, é preciso que exista
um destinatário informado em um dos campos de
Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o destinatários.
usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço Se um destinatário informado não existir no servi-
de e-mail. O formato do endereço foi definido inicial- dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
mente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atuali- Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
zada na RFC5322. ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
Dica a mensagem tentará ser entregue depois.
O e-mail pode ser enviado para vários destinatá-
RFC é Request for Comments, um documento rios, porém o remetente é somente um endereço, o
de texto colaborativo que descreve os padrões endereço do usuário que envio a mensagem de cor-
de cada protocolo, linguagem e serviço para ser reio eletrônico.
usado nas redes de computadores. Conheça estes elementos na criação de uma nova
mensagem de e-mail.
De forma semelhante ao endereço URL para recur-
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL
também possui o seu formato. CAMPO CARACTERÍSTICAS
Existem bancas organizadoras que consideram o
Identifica o usuário que está enviando
formato reduzido usuário@provedor no enunciado
a mensagem eletrônica, o remetente.
das questões, ao invés do formato detalhado usuá- FROM (De)
É preenchido automaticamente pelo
rio@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.
sistema
CAMPOS DE UM ENDEREÇO DE E-MAIL – Identifica o (primeiro) destinatário da
USUÁRIO@PROVEDOR.DOMÍNIO.PAÍS mensagem. Poderão ser especifica-
dos vários endereços de destinatários
COMPONENTE CARACTERÍSTICAS nesse campo e serão separados por
TO (Para)
vírgula ou ponto e vírgula (segundo o
Antes do símbolo de @, identifica um serviço). Todos que receberem a men-
Usuário
único usuário no serviço de e-mail
sagem conhecerão os outros destina-
Significa AT (lê-se “em” ou “no”) e é tários informados nesse campo
usado para separar a parte esquerda, Identifica os destinatários da men-
@ que identifica o usuário, da parte a sagem que receberão uma cópia do
sua direita, que identifica o provedor CC e-mail. CC é o acrônimo de Carbon
do serviço de mensagens eletrônicas (com cópia ou Copy (cópia carbono)
cópia carbono) Todos que receberem a mensagem
Imediatamente após o símbolo de
@, identifica a empresa ou provedor
conhecerão os outros destinatários
Nome do que armazena o serviço de e-mail (o informados nesse campo
domínio servidor de e-mail executa softwares Identifica os destinatários da men-
00

como o Microsoft Exchange Server BCC sagem que receberão uma cópia do
5-

por exemplo) (CCO – com e-mail. BCC é o acrônimo de Blind


21

cópia oculta ou Carbon Copy (cópia carbono oculta).


Identifica o tipo de provedor, por
.

cópia carbono Todos que receberem a mensagem


70

exemplo: COM (comercial), .EDU


oculta) não conhecerão os destinatários in-
.4

(educacional), REC (entretenimento),


Categoria do formados nesse campo
49

GOV (governo), ORG (organização


domínio
-0

não governamental) etc., de acordo SUBJECT Identifica o conteúdo ou título da


com as definições de Domínios de (assunto) mensagem. É um campo opcional
ar

Primeiro Nível (DPN) na Internet


és

Anexar Arquivo: Identifica o(s) arqui-


vo(s) que está(ão) sendo enviado(s)
C

Informação que poderá ser omitida,


o

quando o serviço está registrado nos


ATTACH junto com a mensagem. Existem res-
dr

Estados Unidos. O país é informado por (anexo) trições quanto ao tamanho do anexo e
Pe

País tipo (executáveis são bloqueados pelos


duas letras, como: BR, Brasil; AR; Argen-
tina; JP; Japão; CN; China; CO; Colôm- webmails). Não são enviadas pastas
bia; etc O conteúdo da mensagem de e-mail
Mensagem poderá ter uma assinatura associa-
da inserida no final
Quando o símbolo @ é usado no início, antes do
nome do usuário, identifica uma conta em rede social.
Para o endereço URL do Instagram https://www.ins- As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou
tagram.com/novaconcursos/, o nome do usuário é @ salvas, estarão em pastas do servidor de correio ele-
novaconcursos. trônico, nominadas como ‘caixas de mensagens’.
A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens
Preparo e Envio de Mensagens recebidas, lidas e não lidas.
A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe-
Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen- tivamente enviadas.
cher os campos disponíveis para destinatário(s), título A pasta Itens Excluídos contém as mensagens
da mensagem, entre outros. apagadas.
342
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
A pasta Rascunho contém as mensagens salvas e Anexar arquivos significa que o arquivo será
não enviadas. enviado junto com a mensagem de e-mail. O correio
A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que eletrônico pode ter o conteúdo da mensagem formata-
o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe- do (padrão HTML) ou texto sem formatação.
ridas para o servidor de e-mails. Semelhante ao que No e-mail enviado como texto sem formatação,
ocorre quando enviamos uma mensagem no app não é possível inserir imagens ou elementos gráficos
WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet. no corpo da mensagem. Para enviar imagens em uma
A mensagem permanece com um ícone de relógio, mensagem que está como texto sem formatação, ape-
enquanto não for enviada. nas se anexar o arquivo da imagem no e-mail.
Quando o e-mail é enviado como texto formatado
Dica (HTML), uma imagem poderá ser enviada como anexo
ou inserida dentro do corpo do e-mail.
Quando estamos conectados em uma conexão
de Internet do tipo banda larga, a velocidade de Outras Operações com o Correio Eletrônico
acesso é tão rápida que nem vemos a mensa-
gem passar pela Caixa de Saída. Porém, ao cli- O usuário poderá sinalizar a mensagem, tanto as
car em Enviar, a mensagem vai primeiro para a mensagens recebidas como as mensagens enviadas.
Caixa de Saída, e depois de enviada, é armaze- Ele poderá solicitar confirmação de entrega e confir-
nada na pasta de Itens Enviados. mação de leitura. A mensagem recebida poderá ser
impressa, visualizar o código fonte ou ignorar mensa-
Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde são gens de um remetente.
direcionadas as mensagens sinalizadas como lixo. Confira a seguir as operações ‘extras’ para o uso do
Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-
solicitados, que geralmente são enviados para um gran- lismo, facilitando a organização do usuário.
de número de pessoas. Quando o conteúdo é exclusiva-
mente comercial, esse tipo de mensagem é chamado de Ação e Características
UCE (do inglês Unsolicited Commercial E-mail – e-mail
comercial não solicitado). Estas mensagens são mar- z Marcar como não lida: Uma mensagem lida
cadas pelo filtro AntiSpam, e procuram identificar poderá ser marcada como mensagem não lida;
mensagens enviadas para muitos destinatários ou com z Alta prioridade: Quando marca a mensagem
conteúdo publicitário irrelevante para o usuário. como Alta Prioridade, o destinatário verá um pon-
to de exclamação vermelho no destaque do título;
Anexação de Arquivos z Baixa prioridade: Quando o remetente marca a
mensagem como Baixa Prioridade, o destinatário
Os anexos são arquivos enviados com as mensa- verá uma seta azul apontando para Baixo no des-
gens de correio eletrônico. Vale lembrar que não é taque do título;
possível enviar uma pasta de arquivos. z Imprimir mensagem: O programa de e-mail ou
Cada serviço de e-mail possui um limite para o tama- navegador de Internet prepara a mensagem para
nho máximo dos anexos. Quando o usuário precisar ser impressa, sem as pastas e opções da visualiza-
transferir arquivos muito grandes, pode utilizar algum ção do e-mail;
00

serviço de armazenamento de dados na nuvem, como z Ver código fonte da mensagem: As mensagens
5-

o Google Drive, o Microsoft OneDrive, ou o WeTransfer possuem um cabeçalho com informações técnicas
21

(site para envio de arquivos com tamanho de até 2 GB). sobre o e-mail, e o usuário poderá visualizar elas;
.
70

Para enviar muitos arquivos como anexo, é possível z Ignorar: Disponível no cliente de e-mail e em
.4

compactar os arquivos em uma pasta compactada. A alguns webmails, ao ignorar uma mensagem, as
49

pasta compactada é um recurso do sistema operacional próximas mensagens recebidas do mesmo reme-
-0

Windows, para criação de um arquivo com extensão tente serão excluídas imediatamente ao serem
ar

ZIP, que pode conter arquivos e pastas. Ao compactar armazenadas na Caixa de Entrada;
és

arquivos, o tamanho de cada item costuma reduzir, e z Lixo Eletrônico: Sinalizador que move a mensa-
C

o arquivo ZIP, compatível com o sistema operacional gem para a pasta Lixo Eletrônico e instrui o correio
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

Windows, poderá ser anexado de uma vez, sem preci- eletrônico para fazer o mesmo com as próximas
dr

sar repetir o procedimento arquivo por arquivo. mensagens recebidas daquele remetente;
Pe

Além da opção Anexar Arquivo, o cliente de e-mail z Tentativa de Phishing: Sinalizador que move a
oferece o recurso Anexar Item. Com o Anexar Item, o mensagem para a pasta Itens Excluídos e instrui o
usuário poderá adicionar outra mensagem de e-mail serviço de e-mail sobre o remetente da mensagem
que recebeu, cartões de visita, anexar contatos, com- estar enviando links maliciosos que tentam captu-
promissos do calendário de reuniões etc. rar dados dos usuários;
z Confirmação de Entrega: O servidor de e-mails
do destinatário envia uma confirmação de entre-
ga, informando que a mensagem foi entregue na
Anexar Anexar Assinatura Atribuir Caixa de Entrada dele com sucesso;
Arquivo Item ▾ Política z Confirmação de Leitura: O destinatário pode
Cartão de visita confirmar ou não a leitura da mensagem que foi
Calendário... enviada para ele.

Item do Outlook

Figura 6. Anexar Item permite a inserção de elementos do correio


eletrônico. 343
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica
A Confirmação de Entrega e a Confirmação de Leitura são opções do correio eletrônico que são muito usa-
das em ambientes corporativos, para oficializar a comunicação entre os usuários.

A confirmação de entrega é independente da confirmação de leitura. Quando o remetente está elaborando


uma mensagem de e-mail, ele poderá marcar as duas opções simultaneamente. Se as duas opções forem mar-
cadas, o remetente poderá receber duas confirmações para a mensagem que enviou, sendo uma do servidor de
e-mails do destinatário e outra do próprio destinatário.

Servidor Exchange Servidor Gmail


Enviar e-mail
com confirmação O servidor confirma a
de entrega entrega do e-mail na caixa
de entreda do destinatário

Recebendo a
confirmação de entrega

Destinatário
Webmail
Remetente
Cliente

Figura 7. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails do
destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na Caixa de Entrada do e-mail do destinatário.

Enviar e-mail

Servidor Exchange Servidor Gmail


Enviar e-mail
com confirmação O destinatário
de leitura confirma a leitura
da mensagem
Recebendo a
confirmação de leitura

Remetente Destinatário
Cliente
Webmail

Figura 8. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de Leitura, o destinatário poderá confirmar (ou não) que fez a leitura do
conteúdo do e-mail.

Ao “Responder”, a resposta será enviada para o remetente do e-mail.


Ao “Encaminhar”, a resposta será enviada para outros destinatários, com os anexos.
00

Ao “Responder para todos”, a resposta será enviada para o remetente do e-mail e para outros destinatários
5-
21

visíveis do e-mail..
.
70

GRUPOS DE DISCUSSÃO OU FÓRUNS


.4
49

Existem serviços na Internet que possibilitam a troca de mensagens entre os assinantes de uma lista de discus-
-0

são. O Grupos do Google é o último serviço em atividade, segundo o formato original.


ar

Yahoo Grupos foi encerrado em 15 de dezembro de 2019 e seus membros não poderão mais enviar ou receber
és

e-mails.
C

Grupo de Discussão, ou Lista de Discussão, ou Fórum de Discussão são denominações equivalentes para um
o

serviço que centraliza as mensagens recebidas que foram enviadas pelos membros redistribuindo-as para os
dr

demais participantes.
Pe

Os grupos de discussão do Facebook surgiram dentro da rede social e ganharam adeptos, especialmente pela
facilidade de acesso, associação e participação.

ITEM CARACTERÍSTICAS
O grupo poderá ser público e visível, ou restrito e visível (qualquer um pode pedir para participar), ou
Privacidade
secreto e invisível (somente convidados podem ingressar)
Proprietário Criador do grupo
Gerentes ou Participantes convidados pelo proprietário para auxiliar na moderação das mensagens e gerencia-
Moderadores mento do grupo
Administrador Em grupos no Facebook, pode ser o criador ou gerente/moderador convidado pelo dono do grupo
Como receberá as mensagens. Poderá ser uma por uma, ou resumo das mensagens por e-mail, ou
Assinatura e-mail de resumos (com os tópicos recebidos no grupo), ou nenhum e-mail (para leitura na página do
grupo)
344
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Quais são as vantagens de um grupo?

z Os participantes podem enviar uma mensagem, que será enviada para todos os participantes;
z Permite reunir pessoas com os mesmos interesses;
z Organizar reuniões, eventos e conferências;
z Ter uma caixa de mensagens colaborativa, com possibilidade de acesso aos conteúdos que foram enviados
antes do seu ingresso no grupo.

Os antigos grupos de discussão constituíram o modelo a ser seguido para o desenvolvimento dos grupos do
Facebook, WhatsApp e Telegram. Nesses grupos, o participante envia um post, ou anúncio, ou arquivo e todos
podem consultar na página o que foi compartilhado.

Como funcionam os grupos de discussão?

O usuário envia um e-mail para um endereço definido e faz a assinatura. Outras formas de associação incluem
o pedido diretamente na página do grupo ou o link recebido em um convite por e-mail.
Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem.
Poderá optar por um resumo das mensagens, ou resumo semanal, ou apenas visualizar na página do grupo.
Lembrando que, nos anos 90/2000, os e-mails tinham tamanho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.
O envio para um endereço único permite a distribuição para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia
da mensagem e anexos, se houverem, será disponibilizada no mural da página do grupo, para consultas futuras.

Mensagem
enviada para
Grupos de todos os
discussão participantes
inscritos no
Mensagem enviada grupo
para o endereço de de discussão
e-mail do grupo
Usuários da Internet
Quem não é inscrito
no grupo não recebe a
Usuário participante mensagem

Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os demais
participantes.

A qualquer momento o usuário poderá desistir e sair do grupo, tanto pela página como por um endereço de
e-mail próprio (unsubscribe).
A principal diferença entre um grupo de discussão e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada com
a exibição do endereço dos participantes. Em um grupo de discussão, cada membro tem acesso a um endereço
que enviará cópia para todos os participantes do grupo. Nas mensagens respondidas, aparece o endereço original
do remetente.
00

Apesar de o tópico aparecer em diversos editais de concursos, faz vários anos que não são aplicadas questões
5-

sobre o tema, em todos os concursos, independentemente da banca organizadora.


21

Vale ressaltar que, os Grupos de Discussão (com as características e funcionalidades originais) desapareceram
.
70

ao longo do tempo, sendo substituídos pelos grupos nas redes sociais (com novos recursos e integração com os
perfis delas). Esse é um tópico que deverá ser questionado cada vez menos, assim como Redes Sociais.
.4
49
-0

WIKI
ar

Em suma, podemos conceituar um wiki como sendo uma espécie de website cuja principal característica é ser
és

uma enciclopédia aberta, na qual todos os usuários participam e colaboram na criação e manutenção dos conteú-
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

dos ali contidos. Exemplo: Wikipedia.


dr
Pe

REDES SOCIAIS
As redes sociais permitem o compartilhamento de informações entre os usuários cadastrados. As redes sociais
são usadas amplamente pelos governos em suas diferentes esferas. Redes sociais pouco divulgadas também são
usadas para a divulgação de informações.
As redes sociais são divididas em: centralizadas, descentralizadas e distribuídas. A forma de organização des-
tas conexões acaba por determinar o tipo de serviço oferecido.
Cada rede social possui um conjunto de recursos e é destinada para um público (nicho) específico.
Como dito, elas poderão ser centralizadas (Twitter), descentralizadas (Facebook) ou distribuídas (LinkedIn).
Acompanhe a tabela a seguir:

345
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
TIPO DE REDE CARACTERÍSTICAS

Centralizada Nela, um nó centraliza grande parte das conexões. Possui formato de estrela. Exemplo: Twitter

Tem vários centros. Não se mantém conectada por um só nó, e sim por um pequeno grupo de
Descentralizada nós, que se conecta a diversos outros grupos. Conexões pessoais expandidas para o grupo.
Exemplo: Facebook

Todos os nós têm aproximadamente a mesma quantia de conexões. Somente esse terceiro tipo
Distribuída
poderia ser considerado uma rede efetiva. Exemplo: LinkedIn

Acompanhe ainda a próxima tabela:

COMPARTILHAR COM
GOSTAR DO CONTEÚDO COMENTÁRIOS
OUTROS USUÁRIOS
LinkedIn Gostei Comentar Compartilhar/Enviar
Facebook Curtir Comentar Compartilhar
Twitter Curtir Comentar Retuitar
Instagram Curtir Comentar Enviar
WhatsApp Reações Responder Encaminhar
Telegram Reações Responder Encaminhar
YouTube Curtir Comentar Compartilhar

O LinkedIn é uma rede social para pessoas e empresas, com foco no compartilhamento de informações pro-
fissionais e vagas de emprego. Permite a publicação de conteúdos como nas outras redes sociais, exceto conteúdo
de entretenimento como Reels (Instagram) e TikTok.
O Facebook é a maior rede social da atualidade, em quantidade de usuários. O participante poderá publicar,
compartilhar, curtir e comentar postagens de outros participantes e empresas.
O Facebook oferece recursos para a criação de páginas, grupos de discussão, unidades de aprendizado social,
entre outras opções.
O Twitter é uma rede social para publicação de postagens em tempo real. Permite a publicação de textos, ima-
gens, vídeos, cards, links e outros conteúdos.
O Instagram é uma rede social para publicação de imagens e vídeos. Permite a publicação de fotos, vídeos,
transmissões ao vivo e pequenos vídeos animados (Reels) como no app TikTok.
A rede social Instagram permite que os usuários utilizem tags em palavras-chaves para conseguir o maior
número de visualizações, seguidores e likes.
O WhatsApp e Telegram são comunicadores instantâneos. Através dos aparelhos smartphones ou da versão
00

Desktop, o usuário poderá trocar mensagens de texto, imagens, vídeos e realizar chamadas de áudio e vídeo com
5-

outros usuários.
21

Além disso, esses aplicativos permitem a criação de grupos e listas de transmissão. Cada grupo terá o seu
.
70

administrador ou administradores, com permissões para envio de mensagens/postagem, ou não, permissão para
.4

editar as configurações do grupo.


49

O YouTube é uma plataforma streaming de produção e consumo de vídeos. Além dos vídeos propriamente
-0

ditos, o YouTube tem uma função para publicar e assistir vídeos curtos (máximo 1 minuto).
Em todas as redes sociais e comunicadores, o problema de compartilhamento de fake news compromete a
ar

participação dos membros. Alguns acabam abandonando a plataforma, de acordo com a quantidade de falsas
és

mensagens compartilhadas no perfil, página ou grupo.


C

Em todas as redes é possível bloquear outros usuários, para não visualizar postagens, mensagens e notifica-
o
dr

ções que eles enviarem.


Pe

YOUTUBE

O Youtube permite a criação de um perfil, canais de vídeos, listas de reprodução e transmissões ao vivo. Asso-
ciado a uma conta Google, assim como no Google Drive, o usuário poderá navegar no site e acessar vídeos que
estejam com alguma restrição específica quando possível. Ainda, poderá criar um canal e publicar os seus vídeos,
tendo acesso a ferramentas de edição online, permitindo a personalização do conteúdo.
Na página inicial, aparecerão as propagandas de canais, os últimos vídeos dos canais que você está inscrito,
além de canais recomendados (sugeridos a partir dos canais nos quais você se inscreveu).
Os vídeos poderão ser programados pelo usuário para serem postados:

z Imediatamente: após o carregamento do vídeo, ele é disponibilizado publicamente para os visitantes da


página;
z Programado: o vídeo poderá ser programado, com horários escolhidos em data e a cada 15 minutos;
z Programado com estreia: o vídeo será programado e uma prévia será disponibilizada no canal com conta-
gem regressiva para o horário que ele será disponibilizado;
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Privado: o vídeo será publicado, mas apenas quem estiver inscrito no canal com permissões de acesso (como
os membros) poderão visualizar o vídeo;
z Não listado: o vídeo é publicado na plataforma e apenas quem possui o link poderá acessá-lo. O vídeo não
aparecerá nas buscas do Youtube e na página do canal;
z Ao vivo: a transmissão será realizada simultaneamente com a sua gravação, ou seja, o Youtube acessa a câme-
ra do dispositivo, transmite o vídeo e armazena a transmissão quando finalizada.

O usuário do Youtube poderá organizar, em seu canal, uma playlist. Como usuário comum, os vídeos que ele
der “gostei” são adicionados na playlist “Vídeos que eu gostei”. Ainda como usuário comum, poderá criar novas
playlists e, nos vídeos que Salvar, escolher o destino. Já como produtor do canal, os vídeos que direcionar para
montagem de uma playlist facilitarão a divulgação do conteúdo relacionado.

Vídeo sendo reproduzido: barra de progresso

Pré-carregado
Atual (0:59) Tempo total (16:50)

Tela inteira (f)


Pausa (k)
Modo Teatro (t)
Próximo vídeo (Shift+N) Atual/Total
Miniplayer (i)
Detalhes
Volume (ativo)
pressionar (m) para mundo
Reprodução automática

Nos controles do vídeo, temos:

z Pausa (atalho tecla k): pausa temporariamente a reprodução do vídeo. Quando pausado, o ícone muda para
Reproduzir;
z Próximo vídeo (atalho Shift+N): interrompe a reprodução do vídeo atual e inicia o próximo vídeo que foi
definido na playlist do criador do conteúdo, ou um vídeo relacionado sugerido pelo Youtube;
z Sem áudio (atalho tecla m): o vídeo continuará sendo reproduzido, porém sem áudio. Para “reproduzir o
som”, acione novamente o ícone. Quando a barra de controle possui espaço para exibição, é mostrada a escala
de volume (controle deslizante);
z Atual/Total: exibe o tempo atual da reprodução e o total de tempo do vídeo;
z Reprodução automática: quando ativado (para a direita), o próximo vídeo será reproduzido ao terminar
00

a exibição do atual. Se estiver desativado, ao término do vídeo, não será executado um novo vídeo e apenas
miniaturas de vídeos serão exibidas para o usuário escolher.
5-
.21

LINKEDIN
70
.4
49
-0
ar
és

A rede social LinkedIn foi adquirida recentemente pela Microsoft.


C

Nesta, os usuários criam os seus perfis, e, a partir destes, poderão estabelecer a sua rede de contatos. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr
Pe

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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Voltada principalmente para contatos profissionais, o LinkedIn tem a participação de trabalhadores atuantes
no mercado de trabalho, outros em busca de colocação, outros de recolocação profissional, e, obviamente, das
empresas.
Através dos contatos realizados através da rede social, os participantes podem encontrar vagas de empregos,
falar com o RH das empresas, avaliar o mercado de trabalho, entre outras opções.
Assim como no Facebook, é possível criar grupos e páginas de conteúdo.
Atente-se ao glossário de termos disposto abaixo:

z Usuários: todos os usuários cadastrados na plataforma, listados em um diretório (índice);


z Vagas: oferecidas pelas empresas na plataforma;
z Pulse: artigos publicados no Linkedin;
z Tópicos: assuntos comentados e marcados.

FACEBOOK

A rede social Facebook tem o maior porta-fólio de recursos para os seus usuários.
Assim como nas demais redes sociais, é possível selecionar o público que vê, ou não, -sua postagem.

00
5-

Com o passar dos anos, vários recursos foram implementados. Vamos conhecer alguns deles:
.21
70

z Páginas: um dos primeiros recursos da rede social. Permite a criação de uma página de conteúdo, para que os
.4

usuários possam seguir, curtir e compartilhar o seu conteúdo publicado. Lembra um pouco a ideia dos blogs,
49

onde as postagens diárias são destacadas na linha de tempo das pessoas que curtiram ou estão seguindo a
-0

página. As páginas não permitem o armazenamento e compartilhamento de arquivos, mas permite a criação
de promoções, integração com loja virtual etc.;
ar

z Grupos: criados nos mesmos moldes do Google Grupos e do Yahoo Grupos, permitem o compartilhamento
és

de arquivos, associação de membros, administração do conteúdo e dos participantes. Os grupos podem ser
C

públicos, privados (necessitam de aprovação do administrador do grupo) ou secretos (somente as pessoas com
o
dr

o link poderão chegar até a página inicial do grupo e solicitar a participação).


Pe

Atente-se ao glossário de termos:

z Feed de notícias: painel que reúne as postagens dos amigos e anúncios;


z Messenger: aplicativo para conversação via rede social, com envio de fotos, arquivos etc.;
z Atalhos: links rápidos para as páginas e grupos mais usados recentemente;
z Notificações: avisos sobre novas curtidas e compartilhamentos nas páginas e grupos;
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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Eventos: calendário com programações que podem ser de seu interesse, porque são de interesse de seus
contatos;
z Grupos: páginas que podem ser públicas, privadas ou secretas, onde é possível interagir com outros usuários.
Recursos disponíveis em um grupo:

„ Foto/vídeo;
„ Enquete;
„ Vender um item;
„ Adicionar arquivo;
„ Criar álbum de fotos;
„ Criar documento;
„ Criar evento;
„ Vídeo ao vivo;

z Páginas: páginas que são públicas, mas não permitem o compartilhamento de arquivos. Voltadas para a divul-
gação de negócios e vendas de produtos, por exemplo. Recursos disponíveis em uma página:

„ Compartilhar uma foto ou vídeo;


„ Anunciar o seu negócio;
„ Criar um evento;
„ Escrever uma nota;
„ Receber mensagens;
„ Criar uma oferta;
„ Receber ligações telefônicas;
„ Ajudar as pessoas a encontrar seu negócio (mapas);
„ Iniciar um vídeo ao vivo;
„ Gerar vendas.

z Suas páginas: atalhos para as páginas que você criou ou gerencia;


z Lista de amigos: somente as postagens dos amigos, sem as postagens das páginas;
z Feed de páginas: somente as postagens das páginas, sem as postagens dos amigos;
z Cutucadas: recurso que deu muito o que falar, mas atualmente caiu em desuso;
z Informações: aplicativos e páginas que você é administrador/desenvolvedor;
z Neste dia: atividades de amizades no dia;
z Jogos;
z Sugerir edições: sugestões de correções que você enviou para páginas visitadas;
z Histórico de pagamentos: pagamentos realizados via Facebook Pay;
z Sentimento/atividade: selecionar uma das mensagens de apoio pré-configuradas;
z Check-in: marcação no mapa do local onde você está, como no Foursquare;
z Marcar amigos: adicionar amigos às postagens de sua rede social;
00

z Stories: postagens dos amigos que permanecem 24 horas disponíveis para visualização (como o app Snapchat).
5-
21

TWITTER
.
70
.4
49
-0

A rede social Twitter permitia, originalmente, o compartilhamento de mensagens curtas de textos com até 140
ar

caracteres. Com as últimas implementações da empresa, passou-se a oferecer mais espaço para cada tweet.
és

Os nomes de usuários precisam ter até 15 caracteres. Caso exista um nome de usuário para a conta que estiver
C

criando, o Twitter apresentará sugestões semelhantes. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

Alguns recursos permanecem originais, como os Trending Topics, ou assuntos mais comentados. Através de
Pe

hashtags (símbolo #) os usuários podem criar postagens que estejam associadas a um conteúdo ou tema, permi-
tindo o agrupamento de todas as mensagens com a mesma hashtag.
Cada mensagem é chamada de tweet, e pode conter textos, links externos, imagens embutidas e vídeos. O Twit-
ter oferecia o aplicativo Periscope, que permite a transmissão ao vivo a partir de dispositivos móveis.
Com o crescimento das outras redes sociais, o Twitter passou a atuar em nichos do entretenimento (artistas,
eventos, promoções)e, atualmente, está investindo no Twitter para Empresas.

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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Atente-se ao Glossário de termos:

z Moments: postagens mais curtidas pelos usuários do Twitter;


z Notificações: avisos de postagens que foram retwitadas, curtidas e novos seguidores;
z Mensagens: Direct Message, mensagem direta, enviada de um usuário para você (mensagem privada);
z Tweetar: postar uma nova mensagem;
z Tweets: postagens já realizadas pelo usuário;
z Seguindo: quantidade de perfis no Twitter que você segue;
z Seguidores: quem está seguindo o seu perfil;
z Curtidas: tweets que você curtiu;
z Tweets e respostas: postagens já realizadas, e respostas enviadas;
z Mídia: postagens com imagens e vídeos;
z Tópicos (Trending Topics): tópicos mais comentados com a mesma hashtag.
00

INSTAGRAM
5-
.21
70
.4
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-0

Rede social para o compartilhamento de fotos, vídeos e outros conteúdos, é do Facebook.


ar

Para participar da rede o usuário pode criar um perfil independente ou associar com uma conta Facebook.
és

Várias contas podem ser criadas pelo mesmo usuário, e quando for utilizar, escolhe o perfil para aquela sessão.
C

Os posts poderão ser realizados na timeline, nos stories, ou transmissões ao vivo.


o

Compartilha vários conceitos de outras redes sociais, porém com nomes próprios para diferenciar.
dr

Em uma das últimas atualizações, integrou o sistema de mensagens com a plataforma Facebook Messenger,
Pe

facilitando a comunicação com clientes pelos perfis de empresas. Todas as mensagens recebidas em páginas de
Facebook, Facebook Messenger e Instagram Messenger foram reunidas em um hub na página de mensagens do
Facebook Business.
Em relação às outras redes sociais, é a que mais recebe atualizações.
Com concorrentes como o Snapchat e TikTok, vários recursos delas são copiados pelo Instagram.
O acesso à rede social poderá ser por verificação de duas etapas, com o envio de um código por SMS a cada
novo acesso solicitado.
Atente-se ao glossário de termos:

z Story: postagem com conteúdo criado pelo usuário em cima de uma foto ou vídeo, com ou sem aplicação de
filtros, efeitos Boomerang, Layout (para várias imagens ou vídeos), Mãos livres, Captura múltipla e Nível. A
postagem dura 24 horas e é exibida no painel do Instagram junto com os outros perfis que o usuário segue. A
postagem poderá ser compartilhada nos stories do Facebook;
z Destaque dos stories: os stories poderão ser organizados em grupos, tornando-os permanentes;
z Boomerang: vídeo curto com ida e volta (filmagem comum e reverso);
350 z Mãos livres: gravação com o auxílio de suporte;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Captura múltipla: várias capturas de fotos para a z WhatsApp aplicativo no smartphone;
postagem; z WhatsApp Web acessado pelo navegador de Inter-
z Nível: divide a tela em quadrantes para alinha- net (espelhamento);
mento da foto ou vídeo; z WhatsApp Desktop instalado no computador do
z Insights: dados sobre interação com o conteúdo usuário (espelhamento);
nos períodos recentes (seguidores, conteúdo com-
partilhado em publicações, stories, vídeos do IGTV Por ser um aplicativo de mensagens, o espelha-
e vídeos ao vivo), dos últimos 7 dias, 14 dias, 30 mento das mensagens tanto nas versões Web ou Desk-
dias e mês anterior; top estão condicionados ao aplicativo do smartphone,
z Nova publicação: criação de novo conteúdo para que precisará continuar ativo enquanto o usuário
a rede social com base em foto, vídeo ou gravação estiver utilizando o navegador de Internet ou o pro-
no estúdio de criação; grama instalado.
z Atividade: novos seguidores, marcações de perfil Nas próximas atualizações, esta restrição de sin-
em comentários, comentários em posts e respostas cronismo poderá ser eliminada.
de comentários;
z Bate papo: mensagens recebidas e enviadas pelo
Instagram. Poderá conversar com textos, figuri-
nhas, links e imagens salvas no dispositivo;
z Explorar: pesquisar postagens semelhantes às
postagens que costuma curtir ou visualizar na Na versão WhatsApp Web é possível ativar notifi-
rede social. Se você curtir fotos em praias, o Explo- cações na área de trabalho, para exibir balões com o
rar mostrará outras fotos com o mesmo tema; título da mensagem e remetente, quando algum con-
z Perfil: acesso às personalizações do perfil na rede teúdo é recebido. A notificação aparecerá na Área de
social; Notificações do computador, próximo da data e hora
z Salvos: postagens que o usuário marcou como na Barra de Status.
“Salvo”. Apenas o usuário poderá ver. Se houve- O WhatsApp tem duas opções de instalação no
rem grupos de posts, segure na bandeirinha da smartphone: comum e Business.
postagem para escolher qual o grupo para guardar A versão Business oferece alguns recursos especí-
o post; ficos para uma pequena empresa, como catálogo de
z Configurações: acesso às configurações do perfil produtos, mensagens de respostas automatizadas,
como visibilidade, notificações, dados da empresa, mensagens predefinidas etc.
segurança, privacidade, anúncios, conta e central Ao enviar uma mensagem, quando o usuário não
de contas do Facebook; tem acesso à Internet, aparecerá um relógio ao lado
z Trocar conta: escolher outra conta para postagens dela, até que seja estabelecida uma conexão para o
ou navegação; envio.
z Publicações: lista de postagens do usuário na rede Após alguns segundos de tentativas, a mensagem
social na forma de timeline, com a mais recente poderá aparecer como “não enviada”, permitindo a
primeiro; tentativa de reenvio.
z Vídeo do Reels: criação de vídeos curtos para Arquivos enviados pelo WhatsApp possuem limi-
Reels. Eles são exibidos com destaque no Explorar, te de 100MB. Podemos enviar PDFs, DOCX, imagens e
00

para outros usuários; vídeos.


5-

z Reels: vídeos curtos postados nesta categoria; Mensagens e arquivos podem ser encaminhados
21

z Vídeo do IGTV: criação de postagem que perma- para até 5 contatos ou grupos. Se a mensagem ou
.
70

necerá armazenada no IGTV (Instagram TV); arquivo já foi recebido a partir de um encaminha-
.4

z Ao vivo: transmissão ao vivo do perfil do usuário, mento, então ela só poderá ser enviada para 1 novo
49

que poderá ter outros participantes que o dono do contato. E aparecerá com o título “Encaminhada com
-0

perfil autorizar para compartilhar a transmissão. frequência”.


Durante a transmissão, Selos podem ser usados,
ar

Nas mensagens o usuário poderá digitar textos,


comentários e perguntas. Os comentários podem
és

formatar (com símbolos como * * para negrito e _ _


ser fixados ou ocultados; para itálico), usar emojis (figurinhas de sentimentos
C

z IGTV: vídeos longos e transmissões ao vivo que CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

estilo emoticons), figurinhas (animadas ou estáticas, a


dr

foram salvas e disponibilizadas no IGTV; partir de arquivos GIF) ou anexos.


Pe

z Marcados: postagens em que o seu perfil foi men- Nas conversas e grupos, é possível localizar ocor-
cionado com @ ou marcado por outro usuário; rências de textos ao clicar no ícone de lupa.
z Guia: orientações para postagens sobre Locais, Se a pesquisa for realizada na parte superior, bus-
Produtos e Publicações; cará em contatos e mensagens.
z Hashtags: diretório de hashtags, organizadas Ao adicionar um conteúdo no grupo ou conversa
numericamente, para acesso a postagens que com contatos, poderemos usar as seguintes opções:
usaram os termos informados com # no início da
palavra. z Sala de vídeo para os participantes do grupo;
z Catálogo de produtos: enviar link e descrição de
WHATSAPP produtos no WhatsApp Business;
z Contato: compartilhar dados de um contato com
O WhatsApp é um comunicador instantâneo, que outros participantes;
incorretamente é conhecido como rede social. Possui z Documentos: enviar arquivos para o grupo. For-
alguns princípios em comum com as redes sociais e mato PDF é exibido como miniatura;
poderá ser acessado de várias formas: z Câmera: envio de foto ou vídeo diretamente da
câmera; 351
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Imagem ou vídeo armazenado no dispositivo; z Lista de transmissão: semelhante ao conceito do
z Pagamento: envio de valores diretamente pelo Status, uma lista de transmissão é uma forma de
WhatsApp, via Facebook Pay; envio de mensagens com textos, imagens, vídeos,
z Localização: enviar para o grupo ou contato a para vários usuários ao mesmo tempo. Parece
localização do seu smartphone, baseado no GPS um grupo, mas não há interação entre os parti-
dele. cipantes dentro da lista. Eles apenas recebem o
conteúdo. Assim como o Status, ambos (emissor e
Status das mensagens: receptor) precisam estar cadastrados em ambos os
aparelhos;
z Pagamentos: novidade do WhatsApp, permite o
z nova mensagem; envio e recebimento de valores através do comuni-
z mensagem enviada; cador. Ele é associado a uma conta de alguns ban-
z mensagem entregue e não lida; cos (como Mercado Pago) e a um cartão de débito
do próprio banco. Ao receber dinheiro, é credita-
z mensagem lida (se o destinatário desativou a
do na conta. Ao pagar, é debitado pelo cartão de
confirmação de leitura, a mensagem não mudará
débito do saldo da conta no banco. O sistema está
para este status para o remetente);
associado ao mecanismo Facebook Pay. A empresa
z mensagem aguardando conexão com Internet Facebook Pagamentos do Brasil foi aprovada como
ou sendo enviada; um “iniciador de pagamentos”;
z mensagem não enviada (poderá tentar enviar z Contato: o usuário poderá enviar como men-
novamente). sagem os dados de um contato de seu aparelho.
Quem receber poderá adicionar em seus contatos
Atente-se ao glossário de termos: ou enviar mensagem para ele. Se o contato é com-
partilhado em um grupo, o administrador poderá
z Usuários: cadastrados a partir de um número de adicionar ele ao grupo através dos dados de conta-
telefone; to que foram compartilhados lá;
z Grupo: usuários cadastrados em um grupo (até z Envio de fotos e vídeos: poderão ser imagens
257 participantes); armazenadas no aparelho ou obtidas no momento
z Administrador: usuário que criou o grupo ou pro- do envio (através da câmera)
moveu para Administrador outros usuários parti-
cipantes. Ele poderá gerenciar o grupo, divulgar Novas funcionalidades estão sendo implementa-
link, remover usuários e promover outros para das no WhatsApp, como:
administrador;
z Criar uma sala: opção para transmissão de con- z Versão web não vai depender do celular;
teúdo para alguns usuários adicionados na sala de z Acesso em até quatro celulares ao mesmo tempo;
transmissão; z Fotos e vídeos autodestrutivos;
z Silenciar notificações: ao participar do grupo, z Opção de enviar imagens com qualidade melhor;
as mensagens recebidas poderão ser notificadas z Pré-visualização das URLs enviadas no chat;
no aparelho do usuário. Caso não deseje, basta z Ferramenta para ativar contas banidas dentro do
Silenciar notificações (do grupo ou de usuários app;
00

específicos); z Arquivos arquivados para sempre;


5-

z Perfil: dados e configuração do usuário; z Transferência de chats entre Android e iOS.


21

z Catálogo: produtos cadastrados no WhatsApp


.
70

Business que poderão ser divulgados em conver- TELEGRAM


.4

sas e grupos;
49

z Mensagens arquivadas: o usuário poderá guardar Tal como o WhatsApp, o Telegram é um aplicativo
-0

mensagens de contatos e grupos, para “limpar” a de mensagens instantâneas que pode ser encontrado
nas seguintes formas:
ar

listagem do aplicativo. Elas não são apagadas, ape-


és

nas retiradas da exibição;


z Favoritas: o usuário poderá favoritar mensagens, z Telegram aplicativo no smartphone;
C

z Telegram Web acessado pelo navegador de Inter-


o

para que apareçam com destaque na listagem;


dr

z Fixar mensagens: o usuário poderá fixar mensa- net (espelhamento);


Pe

gens no topo da listagem (até 3 conversas fixadas); z Telegram Desktop instalado no computador do
z Marcar como não lida: mensagens que foram usuário (espelhamento).
lidas poderão ser sinalizadas como não lidas;
z Etiquetas: rótulos do WhatsApp Business para O programa Telegram, apesar de ser muito seme-
identificar e classificar as conversas com os usuá- lhante ao WhatsApp, em questões de funcionalidade,
rios (ou clientes); oferece alguns recursos adicionais, como acesso aos
z Status: imagem ou vídeo com exibição para os arquivos e mensagens anteriores de um grupo, além
contatos que possuam o seu contato cadastrado. O da opção para ocultar o número do celular do usuário
usuário deverá estar cadastrado em seus contatos na descrição do perfil.
e ele deverá ter você cadastrado nos contatos dele,
para visualizar o seu status. O vídeo ou imagem é
removido após 24 horas;
z Mensagens temporárias: após 7 dias, as men-
sagens enviadas para o grupo serão apagadas
automaticamente;
352
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VISÃO GERAL SOBRE SISTEMAS DE SUPORTE À DECISÃO E INTELIGÊNCIA DE
NEGÓCIO
ORIGEM E APLICAÇÃO

Os sistemas de informação, definidos na Teoria Geral dos Sistemas (TGS), apresentam-se de forma prática
quando aplicados nos negócios.
A visão geral sobre os sistemas de suporte à decisão permite conhecer as diferentes categorias em que eles são
utilizados nas empresas. A inteligência de negócio é a tomada de decisões baseadas em informações consolidadas
produzidas por relatórios e tabelas de um sistema de suporte.
Inicialmente, vamos conhecer as três categorias de sistemas de informação em uma empresa:

z Decision Support Systems (DSS), ou Sistemas de Apoio a Decisão: são baseados em relatórios analíticos, normal-
mente utilizados por usuários de nível operacional;
z Management Information Systems (MIS), ou Sistemas de Informações Gerenciais: permitem análises mais pro-
fundas, com a realização de simulações de cenários. Por vezes, utilizam-se de ferramentas de Data Mining para
identificação de cruzamentos não triviais. São utilizados por analistas de negócio no nível tático;
z Executive Information Systems (EIS), ou Sistemas de Informações Executivas: são voltados para profissionais
que atuam no nível estratégico das empresas, como diretores e presidência. Oferecem, para tanto, um conjun-
to de indicadores-chave de performance (KPI, ou Key Performance Indicators).

Esta classificação em nível macro, permite compreender que não existe um sistema completo, geral e inde-
pendente na empresa. Temos vários tipos de sistemas, altamente especializados, que colaboram entre si para a
produção de consolidados que poderão ser usados pelos executivos e gerentes na tomada de decisão.
Na TGS, os sistemas também podem ser classificados por outros critérios, em um contexto específico:

z Pelo grau de formalidade;


z Pelo grau de automatização aplicado;
z Pela relação com a tomada de decisão;
z Pela natureza dos inputs e outputs;
z Pela fonte e grau de medida;
z Pelo valor.

GESTÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A gestão é o gerenciamento e compreensão do sistema de informação. Geralmente designado a um funcioná-


rio com conhecimento técnico na empresa, o Gestor de Sistemas de Informação.
A Gestão do Sistema de Informação consiste no conjunto de atividades que numa organização são necessárias
00

para gerir a informação, o Sistema de Informação e a adoção de Tecnologia de Informação para Suporte (à infor-
5-

mação). Associado com o Planejamento, Desenvolvimento e Exploração do sistema de informação, permite que
21

estas áreas se comuniquem, oportunizando melhorias contínuas.


.

Os sistemas podem ser classificados em:


70
.4
49

z Sistemas abertos: são aqueles que sofrem interações com o ambiente em que estão inseridos;
z Sistemas fechados: são aqueles que não sofrem influência externa e possuem entropia constante;
-0

z Sistemas adaptáveis: aqueles que se adaptam às mudanças por meio do melhoramento contínuo;
ar

z Sistemas não adaptáveis: aqueles que não preveem mudanças significativas diante das alterações e influên-
és

cias do ambiente;
C

z Sistemas permanentes: não possuem prazo determinado de existência; CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

z Sistemas temporários: possuem prazo determinado de existência.


dr
Pe

Os sistemas de informação da Teoria Geral de Sistemas podem ser divididos em:

z Sistemas de Informação Transacional (SIT): são de nível operacional e cuidam do armazenamento dos
dados e sua captação, entre outras ações;
z Sistemas de Informações Gerenciais (SIG): são de nível tático e produzem relatórios de acordo com os dados
existentes e o ambiente;
z Sistemas de Apoio à Decisão (SAD): são de nível estratégico e produzem relatórios e gráficos ajustados de
acordo com um problema que deseja solucionar.

SISTEMAS DE APOIO ÀS OPERAÇÕES


Processamento de Transações
Controle de Processos
Colaboração entre equipes e grupos de trabalho (Microsoft Teams)
353
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SISTEMAS DE APOIO GERENCIAL
Sistemas de Informação Gerencial que produzem relatórios padronizados para os executivos
Sistemas de Apoio à Decisão, interativos
Sistemas de Informação Executiva, elaborada especificamente para os executivos tomarem decisão acerca de um
problema

Segundo O’Brien, os sistemas de informação podem ser classificados em dois grandes grupos: Sistemas de
Apoio às Operações e Sistemas de Apoio Gerencial. O primeiro colabora nas operações e processos realizados pela
organização. O segundo, no apoio ao processo de decisão dos executivos.
Vejamos na tabela seguinte qual a função de cada uma dessas subdivisões:

SISTEMA DESCRIÇÃO
Processamento de Informações Processam dados
Controle de Processos Monitoramento e controle de processos
Colaborativos Comunicação e integração entre os colaboradores
Informação Gerencial Informações em relatórios
Apoio à decisão Apoiam a decisão dos gerentes
Informações críticas elaboradas para as necessidades
Informação Executiva
de informação dos executivos

Laudon e Laudon sugerem outra classificação dos tipos de SI com base nos níveis organizacionais e públicos
atendidos por essas ferramentas. Dessa forma há sistemas de nível operacional, de nível de conhecimento, de
nível gerencial e de nível estratégico.

TIPOS DE SISTEMAS DE
ÁREAS FUNCIONAIS GRUPOS ATENDIDOS
INFORMAÇÃO
Nível Operacional Gerentes operacionais
Nível de Conhecimento Recursos Humanos, Finanças, Trabalhadores do Conhecimento
Nível Gerencial Marketing, Produção Gerentes Médios
Nível Estratégico Gerentes Seniores

MINERAÇÃO DE DADOS: NOÇÕES E CARACTERÍSTICAS


00

Mineração de dados (em inglês, data mining) é o processo de encontrar anomalias, padrões e correlações em
5-

grandes conjuntos de dados com o intuito de prever resultados. Ao empregar uma ampla variedade de técnicas,
21

você pode usar essa informação para aumentar a renda, cortar custos, melhorar o relacionamento com os clien-
.
70

tes, reduzir riscos e muitas outras coisas.


A mineração de dados também é conhecida como descoberta de conhecimento em dados (KDD).
.4
49

Quais as vantagens da mineração de dados?


-0

z Detectar fraudes;
ar

z Minimizar riscos;
és

z Antecipar demanda de recursos;


C

z Aumentar a taxa de resposta de campanhas de marketing;


o
dr

z Minimizar atritos com clientes.


Pe

Um data warehouse é um tipo de sistema de gerenciamento de dados projetado para ativar e entregar suporte
às atividades de business intelligence (BI), especialmente a análise avançada. Os data warehouses destinam-se
exclusivamente a realizar consultas e análises avançadas e geralmente contêm grandes quantidades de dados
históricos. Os dados em um data warehouse geralmente são derivados de uma ampla variedade de fontes, como
arquivos de log de aplicativos e aplicativos de transações.
Um data warehouse típico geralmente inclui os seguintes elementos:

z Um banco de dados relacional para armazenar e gerenciar dados;


z Uma solução de extração, carregamento e transformação (ELT) para preparar os dados para análise;
z Análise estatística, relatórios e recursos de mineração de dados;
z Ferramentas de análise de clientes para visualizar e apresentar dados aos usuários de negócios;
z Outras aplicações analíticas mais sofisticadas que geram informações úteis por meio de aplicação de algorit-
mos de machine learning e inteligência artificial (IA).

354
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
DATA WAREHOUSES, DATA MARTS E ARMAZENAMENTO DE DADOS DE OPERAÇÃO

Embora desempenhem funções semelhantes, os data warehouses são diferentes dos data marts e dos armaze-
namentos de dados de operação (ODSs). Um data mart realiza as mesmas funções que um data warehouse, mas
dentro de um escopo muito mais limitado, geralmente um único departamento ou linha de negócios, o que torna
o estabelecimento dos data marts mais fácil que os dos data warehouses. No entanto, eles tendem a introduzir
inconsistência porque pode ser difícil gerenciar de modo uniforme e controlar os dados em vários data marts.

00
5-
21
.
70
.4
49
-0

Existem muitas ferramentas para mineração de dados, cada uma com uma característica marcante de opera-
ção. A maioria são de aplicações com Código aberto ou Software Livre, mas existem as opções proprietárias.
ar
és

Comparação entre data Warehouses e Bancos de Dados


C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

CARACTERÍSTICAS DATA WAREHOUSE BANCO DE DADOS TRANSACIONAL


Pe

Cargas de Trabalho Adequadas Análises, relatórios e big data Processamento de transações


Dados capturados no estado em que se encon-
Dados coletados e normalizados de diversas
Fonte de Dados tram, de uma única fonte, como um sistema
fontes
transacional
Operações de gravação em massa, executa- Otimizado para operações contínuas de gravação
Captura de Dados das normalmente em uma programação de à medida que novos dados são disponibilizados
lotes predeterminada para maximizar o throughput das transações
Esquemas desnormalizados, como Star ou
Normalização de Dados Esquemas estáticos altamente normalizados
Snowflake
Otimizado para simplicidade de acesso e Otimizado para operações de gravação de alto
Armazenamento de Dados alto desempenho de consultas usando ar- throughput em um único bloco físico orientado a
mazenamento colunar linhas
Otimizado para minimizar a E/S e maximizar Grandes volumes de pequenas operações de
Acesso aos Dados
o throughput de dados leitura

Fonte: Amazon AWS 355


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O BI, Business Intelligence (inteligência empresarial em português), é o processo de recolhimento e tratamento
de informações que apoiam a gestão de um negócio.
O data warehouse é parte do processo de Business Intelligence.

Os data warehouses são constituídos, normalmente, de imensa quantidade de dados, por isso, é necessário
uma ferramenta para varrer automaticamente tais dados a fim de pesquisar tendências e padrões a partir de
regras predefinidas que dificilmente seriam encontrados em uma pesquisa comum.

FUNDAMENTOS SOBRE ANÁLISE DE DADOS


DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO

Para entendermos melhor o que é um banco de dados, é necessário compreender antes a diferença que existe
entre dado, informação e conhecimento.
SABADIN (2020) define que o dado é um conteúdo que ainda não foi processado para gerar um significado.
Também pode-se dizer que dado é a menor unidade de conteúdo que tem significado no mundo real. Para gerar
alguma informação, é necessário, então, realizar uma análise nestes dados e formatá-los de uma forma mais
resumida e de fácil entendimento. A partir da informação, pode-se gerar conhecimento. Assim, quando consegui-
mos compreender informações e relacioná-las a um contexto, estamos obtendo conhecimento.

DADO INFORMAÇÃO CONHECIMENTO

A partir dos conceitos do que são dados, informações e conhecimento e qual a diferença entre ambos, precisa-
mos definir agora onde os dados ficam armazenados.

CONCEITO DE BANCO DE DADOS


00

ELMASRI E NAVATHE (2011) definem Banco de Dados (ou Base de Dados) como “uma coleção de dados, que
5-

representam algo do mundo real, se relacionam entre si e são projetados, construídos e populados para atender a um
21

grupo de usuários interessados, com um fim específico”. É interessante mencionarmos também a definição dada
.

por C. J. DATE (2003), no qual “um banco de dados é uma coleção de dados persistentes que é usada pelos sistemas
70

de uma organização”.
.4

A partir destas definições, ELMASRI E NAVATHE (2011) destacam que existem algumas propriedades implíci-
49

tas de um banco de dados, são elas:


-0
ar

z Representação do mundo real: um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, algumas vezes
és

chamado de “minimundo”. Mudanças no minimundo provocam mudanças na base de dados. Por exemplo, se
C

quisermos construir uma aplicação para uma Universidade, o nosso “minimundo” deveria ser representado
o

por dados referentes à professores, alunos, cursos, disciplinas etc. Sempre que uma nova informação fosse
dr

adicionada (ingresso de novos alunos) ou modificada (mudança de professor para uma disciplina), seria neces-
Pe

sário atualizar essas informações na base de dados.


z Dados com significado inerente: um banco de dados é uma coleção logicamente coerente de dados com
algum significado inerente. Uma variedade aleatória de dados não pode ser corretamente chamada de banco
de dados. Por exemplo, não faria sentido uma base de dados com informações sobre um cadastro de pessoas
(nome, sobrenome, data de nascimento etc.) no mesmo local (ou na mesma tabela para casos de bancos de
dados relacionais) do cadastro de carros (modelo, cor, placa, chassi).
z Dados com finalidade específica: um banco de dados é projetado, construído e populado por dados aten-
dendo a uma proposta específica. Ele possui um grupo definido de usuários e algumas aplicações previamente
concebidas nos quais esses usuários estão interessados. Um banco de dados de uma loja de varejo é diferente
em tamanho e complexidade se comparado ao mantido pela Receita Federal com dados fiscais de toda a popu-
lação brasileira, por exemplo.
z Geração e manutenção dos dados: um banco de dados pode ser gerado e mantido manualmente ou de for-
ma automatizada. Por exemplo, um catálogo de cartão de biblioteca é um banco de dados que pode ser criado
e mantido manualmente. Já um banco de dados criado e mantido por um grupo de programas de aplicação,
como um Sistema Gerenciador de Banco de Dados – SGBD, é um exemplo de automatizado ou computadorizado.
356
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
SISTEMA GERENCIADOR DE BANCO DE DADOS z Natureza de autodescrição de um banco de dados;
(SGBD) z Isolamento entre programas e dados;
z Abstração de dados;
Bancos de dados existem normalmente para z Suporte para múltiplas visões de dados;
serem utilizados por aplicações. São elas que realizam z Compartilhamento de dados;
as consultas e fazem alterações em cima destes dados. z Processamento de transação multiusuário.
Para tornar este processo mais simples, existe o Siste-
ma Gerenciador de Banco de Dados (SGBD). Arquitetura de um SGBD

Definição de SGBD Conforme vimos anteriormente, uma das princi-


pais características de um SGBD é retirar da aplicação
ELMASRI E NAVATHE (2011) definem um SGBD a preocupação de realizar a estruturação dos dados,
como uma coleção de programas que permite aos deixando de forma transparente o acesso a eles.
usuários criar e manter um banco de dados. Fique De forma simplificada, um SGBD faz a interfa-
atento que este conceito é bastante cobrado em pro- ce entre a camada física de armazenamento dos
vas de concursos! dados (discos, storage, métodos de acesso, clustering
Já o autor SILBERSCHATZ (2006) define um SGBD de dados etc.) e a sua organização lógica através de
como uma coleção de dados interrelacionados e um um determinado modelo de organização. Dessa for-
conjunto de programas para acessar esses dados. O ma, o SGBD elimina grande parte da complexidade
objetivo principal de um SGBD é prover formas de do gerenciamento dos dados, fazendo com que os
armazenar e recuperar informação em um banco de usuários e programadores tenham um foco maior na
dados de maneira conveniente e eficiente. construção da lógica de suas aplicações e consultas ao
Ainda segundo SILBERRSCHATZ (2006), uma das invés do armazenamento dos dados.
principais razões para se usar um SGBD é ter um con- Assim, SGBDs são construídos, de forma geral, por
trole central dos dados e dos programas que acessam módulos com funcionalidades bem definidas. Cada
esses dados. ELMASRI E NAVATHE (2011) enumeram módulo possui uma responsabilidade no processo de
várias vantagens na utilização de SGBDs, tais como: gerenciamento dos dados. Usuários e programado-
res interagem com estes módulos a fim de obter seus
z Controle de redundância; resultados. A figura a seguir detalha essa estrutura:
z Restrição de acesso não autorizado;
z Armazenamento persistente;
z Armazenamento de estruturas para o processa-
mento eficiente de consultas;
z Backup e restauração;
z Múltiplas interfaces para os usuários;
z Representação de relacionamentos complexos
entre os dados;
z Garantia de restrições de integridade.

De forma resumida, temos, então, que o SGBD é


00

um sistema de software de uso geral que facilita o


processo de definição, construção, manipulação e
5-
21

compartilhamento de dados entre diversos usuários


e aplicações. Ele também tem a função de proteção
.
70

(contra falhas de hardware e software) e de seguran-


.4

ça (acessos não autorizados ou maliciosos) dos dados


49

nele armazenados, ao mesmo tempo em que permite


-0

o compartilhamento desses dados entre vários usuá-


ar

rios e aplicações.
és

Antes da criação do conceito de SGBD, os bancos


C

de dados utilizavam apenas sistemas de arquivos, CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

não existindo muita integração entre sistemas distin-


dr

tos. Isso gerava diversos problemas, tais como, redun-


Pe

dância de dados, concorrência de acessos, além de


que toda a organização dos dados ficava armazenada
no programa que fazia a sua utilização. Com isso, se
a estrutura de dados de um arquivo fosse alterada,
todos os programas que utilizassem esse arquivo pre- Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 4)
cisariam ser atualizados, pois deixariam de funcionar.
Cenário impossível atualmente, não é mesmo?
Profissionais de Banco de Dados
Características de um SGBD
Existem vários tipos de profissionais que estão
envolvidos em um SGBD. Alguns têm um foco mais
Os dados podem ser armazenados em arquivos gerencial, enquanto outros apenas se concentram na
no formato texto, planilhas ou em bancos de dados.
manipulação dos dados.
ELMASRI E NAVATHE (2011) destacam as principais
C. J. DATE (2003) e ELMASRI E NAVATHE (2011) des-
características da abordagem de banco de dados que
crevem alguns tipos de profissionais e suas atividades:
diferem do armazenamento de dados em sistemas de
arquivos, são elas:
357
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Administrador de Dados (AD): z MySQL é um dos SGBDs de código aberto mais
populares do mundo. Com seu desempenho com-
„ Pessoa que toma as decisões estratégicas e de provado, confiabilidade e facilidade de uso, o
normas com relação aos dados da empresa. MySQL se tornou a principal escolha de banco de
Decisões, estas, das quais informações devem dados para aplicativos baseados na web, usados​​
ser mantidas no banco de dados. por Facebook, Twitter, YouTube, Yahoo! e muitos
mais. O site oficial é o < https://www.mysql.com/>.
z Administrador de Banco de Dados (DBA): z ORACLE é um dos bancos de dados mais robustos e
confiáveis do mundo corporativo. Possui uma vas-
„ É a pessoa que fornece o suporte técnico para ta lista de recursos e tem a linguagem PL/SQL para
implementar essas decisões. Define e imple- desenvolvimento de funcionalidades internas.
menta um sistema de controle de danos ao ban- Integra-se com várias linguagens de programação
co de dados, em geral envolvendo a carga e a como Java, C, C++, entre outras, como também,
descarga de banco de dados. Também define as pode ser executado em várias plataformas como
restrições de segurança e integridade do banco Windows e Linux, por exemplo. O site oficial é o
de dados. Assim, o DBA é responsável pelo con- <http://www.oracle.com>.
trole geral do sistema em um nível técnico (C. J. z PostgreSQL é um poderoso SGBD de código aber-
Date, 2003). to que usa e estende a linguagem SQL combinada
com muitos recursos que armazenam e escalam
z Projetistas de Banco de Dados: com segurança as cargas de trabalho de dados mais
complicadas. As origens do PostgreSQL remontam
„ São responsáveis por identificar os dados a a 1986 como parte do projeto POSTGRES na Uni-
serem armazenados e escolher estruturas apro- versidade da Califórnia em Berkeley e tem mais de
priadas para representar e armazenar esses 30 anos de desenvolvimento ativo na plataforma
dados. Também é responsabilidade dos pro- central. O seu site oficial é <http://www.postgresql.
jetistas de banco de dados se comunicar com org>.
todos os potenciais usuários a fim de entender z SQL Server é um SGBD desenvolvido e comercia-
suas necessidades e criar um projeto que as lizado pela Microsoft. Ele é construído sobre SQL,
atenda (Elmasri e Navathe, 2011). uma linguagem de programação padrão para inte-
ragir com os bancos de dados relacionais. O SQL
z Usuários Finais: Server está vinculado ao Transact-SQL, ou T-SQL, a
implementação do SQL da Microsoft que adiciona
„ São pessoas cujas funções exigem acesso ao um conjunto de construções de programação pro-
banco para consultas, atualizações e geração prietárias. Seu site oficial é o < https://www.micro-
de relatórios (Elmasri e Navathe, 2011). soft.com/en-us/sql-server/>.

z Analistas de Sistemas: Arquitetura de Três Esquemas (ANSI/SPARC)

„ Determinam os requisitos de usuários finais, A divisão em diversos componentes (software


especialmente dos usuários comuns, e desen- de aplicação, SGBDs, etc.) é o principal objetivo dos
00

volvem especificações das transações para sistemas de banco de dados, proporcionando uma
5-

atender a estes requisitos (Elmasri e Navathe, independência entre as estruturas subjacentes. A


21

2011). arquitetura de três esquemas foi criada como sendo


.
70

uma estratégia para formalizar essa independência.


.4

z Programadores de Aplicações: ELMASRI e NAVATHE (2011) define que o objetivo


49

da arquitetura de três esquemas é separar o usuário


-0

da aplicação do banco de dados físico. Nessa arquite-


„ Implementam especificações produzindo pro-
tura, os esquemas são organizados em três níveis, são
ar

gramas e, então, testam, depuram, documen-


eles:
és

tam e mantêm estes programas. Analistas e


C

programadores devem estar familiarizados


Nível externo (ou visão externa):
o

com todas as capacidades fornecidas pelo SGBD


dr

para desempenhar estas tarefas (Elmasri e


Pe

Navathe, 2011). z Inclui uma série de esquemas externos ou visões


do usuário. Cada esquema externo descreve a par-
Exemplos de SGBD te do banco de dados em que um grupo de usuários
em particular está interessado e oculta o restante
do banco de dados do grupo de usuários.
Atualmente existem vários fornecedores de ban-
cos de dados. Cada um deles possui características e
algumas peculiaridades no qual são necessárias análi- Nível conceitual (ou esquema conceitual):
ses antes de decidir qual banco utilizar, sendo alguns
destinados a projetos menores, enquanto outros não. z Descreve a estrutura do banco de dados inteiro
Dessa forma, o custo para realizar a implantação do para a comunidade de usuários, ocultando deta-
SGBD deve ser levado em conta antes da contratação. lhes das estruturas de armazenamento físico e
A seguir são descritos os principais SGBDs dispo- concentrando-se na descrição de:
níveis no mercado e que estão sempre presentes nas
questões de provas de concursos. „ Entidades;
„ Tipos de Dados;
358 „ Relacionamentos;
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„ Operações de usuários; MODELOS DE DADOS
„ Restrições.
Após estudarmos os principais conceitos de banco
Nível interno (ou esquema interno): de dados, vamos nos concentrar nos diferentes tipos
de modelos de dados que possibilitam diferentes tipos
z Também conhecido como nível de armazenamen- de visões dos usuários.
to, descreve a estrutura de armazenamento físico Para C. J. DATE (2003) os modelos de dados servem
do banco de dados. O esquema interno usa um para descrever a estrutura de um banco de dados,
modelo de dados físico e descreve os detalhes com- fornecendo significado necessário para permitir a
pletos do armazenamento de dados e caminhos de abstração de dados, uma das características funda-
acesso para o banco de dados. mentais dos bancos de dados.
A abstração de dados em um SGBD tem o intuito
Para uma melhor visualização, acompanhe o de retirar da visão do usuário final informações a res-
esquema abaixo: peito da forma física de armazenamento dos dados,
simplificando a interação do usuário com o sistema.
A abstração de dados, então, refere-se à supressão de
detalhes da organização e armazenamento dos dados.
Usuário finais
A representação dos dados pode estar submetida a dife-
rentes níveis de abstração. ELMASRI E NAVATHE (2011)
Nível esterno
Visão Visão dividem estes níveis em modelos conceituais, modelos
externa externa lógicos ou representacionais e modelos físicos.
Mapeamento
externo / conceitual
Modelo Conceitual

Nível conceitual Esquema conceitual O modelo conceitual é um modelo de dados de alto


nível, mais próximo ao modo como o usuário vê os dados.
Mapeamento
HEUSER (2009) também define que este é um modelo de
conceitual / interno
dados abstrato, que descreve a estrutura de um banco de
Nível interno Esquema interno dados de forma independente de um SGBD.
Assim, o modelo conceitual não se refere a caracte-
rísticas físicas ou de baixo nível como forma de acesso
e armazenamento dos dados. Ele está focado em ilus-
trar a realidade existente a partir de uma representa-
Banco de dados ção gráfica.
armazenados Assim, o modelo conceitual não estabelece caracte-
rísticas físicas ou de baixo nível dos bancos de dados
Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 22) como forma de acesso ou armazenamento dos dados.
Ele está focado em ilustrar uma realidade existente
É importante destacar que nessa arquitetura, os em um contexto de negócio a partir de uma represen-
três esquemas são apenas descrições dos dados. O tação gráfica.
00

dado, propriamente dito, existe somente no nível Neste modelo, são utilizados conceitos como enti-
5-

físico e um usuário interage somente ao seu próprio dades, atributos e relacionamentos.


21

esquema externo. Um dos modelos de dados conceituais mais conhe-


.
70

cidos e utilizados na modelagem de banco de dados


.4

INDEPENDÊNCIA DE DADOS é o Modelo Entidade-Relacionamento (MER). Nele,


49

além dos conceitos vistos anteriormente como enti-


-0

ELMASRI e NAVATHE (2011) definem a independên- dade, atributos e relacionamento, são representados
também conceitos centrais como generalização/
ar

cia de dados como a capacidade de modificar ou alterar


especialização e entidade associativa. Este modelo é
és

a definição dos esquemas em determinado nível, sem


o mais cobrado em provas de concursos e no próximo
C

afetar o esquema do nível superior. A arquitetura de CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


capítulo iremos detalhar mais sobre ele.
o

três esquemas auxilia na independência de dados.


dr

Existem dois tipos de independência de dados, são A figura a seguir ilustra um exemplo de um Diagra-
Pe

eles: ma de Entidade-Relacionamento.
Código
Independência Lógica de Dados: Descrição Código
Quantidade

z É a capacidade de alterar o esquema conceitual sem Preço Nome

mudar o esquema externo ou os programas. A inde- (1,n) (1, 1)


pendência lógica é mais difícil de ser alcançada que Produto Tem Categoria
a independência física porque os programas são
dependentes da estrutura lógica dos dados.
Modelo Lógico (Representativos ou de
Independência Física de Dados: Implementação)

z É a capacidade de mudar o esquema interno sem O modelo lógico tem por objetivo representar as
ter de alterar o esquema conceitual. Consequente- estruturas que irão armazenar os dados dentro de um
mente, o esquema externo também não precisa ser banco de dados. Este modelo inclui a estrutura das
modificado. tabelas, domínios, chaves e restrições. 359
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É importante destacar que o modelo lógico é ini- z Lógico (ou representativos)
ciado somente a partir da estruturação do modelo z Físico
conceitual. Dessa forma, o modelo lógico é dependen-
te do tipo ou modelo de SGBD que será utilizado, ou PROJETO DE BANCO DE DADOS
seja, é levada em consideração qual abordagem será
utilizada referente ao banco de dados, se Relacional, Segundo ELMASRI E NAVATHE (2011), para se ter
Hierárquico ou de Rede. uma visão mais completa dos modelos de dados, é
A figura a seguir ilustra um exemplo de um modelo lógi- importante ter conhecimento das principais fases do
co seguindo a abordagem de Bando de Dados Relacional. projeto de banco de dados.
A figura a seguir ilustra o esquema geral das dife-
Produto Categoria rentes etapas que serão percorridas ao longo do desen-
código: inteiro código: inteiro volvimento de um novo banco de dados no contexto
do desenvolvimento de um novo sistema ou aplicação.
descrição: Texto (30) nome: Texto (30)
(1, n)
quantidade: real (1, 1)

preço: real Minimundo

códigoCat: inteiro

LEVANTAMENTO
Modelo Físico E ANÁLISE DE
REQUISITOS

Os modelos físicos são modelos de baixo nível que Requisitos funcionais Requisitos de dados
descrevem os detalhes de como os dados serão arma-
zenados no computador. Geralmente, estes modelos ANÁLISE FUNCIONAL
PROJETO CONCEITUAL
são voltados para especialistas. Assim, o modelo físico
Especificação da Esquema conceitual
é construído com base no modelo definido anterior- transação de alto nível (em um modelo de dados de alto nível)
mente (modelo lógico), com o objetivo de ser aplicado
sobre um SGBD específico. Independente do SGBD
PROJETO LÓGICO
Na construção do modelo físico, são definidas Específico do SGBD (MAPEAMENTO DO MODELO DE DADOS)

características como tipo e tamanho do campo, rela-


PROJETO DO PROGRAMA Esquema lógico (conceitual)
cionamento, indexação e restrições. DE APLICAÇÃO (no modelo de um SGDB
Dessa forma, este modelo se importa em descrever específico)
as estruturas físicas dos bancos de dados, tais como
tabelas (tables), índices (index), gatilhos (triggers), fun- IMPLEMENTAÇÃO PROJETO FÍSICO
ções (functions), visões (views) etc. DA TRANSAÇÃO
Esquema interno
A caixa a seguir ilustra um script de banco de
Programas de aplicação
dados em SQL representando a criação dos detalhes
dos dados internamente ao banco de dados (campo,
tipo/domínio, restrições). Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 133)
00

Levantamento e Análise de Requisitos:


5-

CREATE TABLE PRODUTO (


21

codigo INTEGER PRIMARY KEY,


z Nesta etapa, os projetistas de banco de dados
.

quantidade REAL,
70

entrevistam os usuários esperados para entende-


preco REAL,
rem e documentarem seus requisitos de dados. O
.4

descricao VARCHAR(30),
49

codigocat INTEGER
resultado desta etapa é um conjunto de requisitos
dos usuários escrito de forma concisa. Esses requi-
-0

);
CREATE TABLE CATEGORIA ( sitos devem ser especificados da forma mais deta-
ar

codigo INTEGER PRIMARY KEY, lhada e completa possível.


és

nome VARCHAR(30)
C

); Modelagem Conceitual:
o

ALTER TABLE PRODUTO ADD FOREIGN KEY(codigocat)


dr

REFERENCES z Baseado na análise de requisitos é construído um


Pe

CATEGORIA (codigo); modelo de dados conceitual de alto nível na forma


de um Modelo de Entidade-Relacionamento (MER).
Arquitetura de Três Esquemas Aqui são descritos as entidades, atributos, relacio-
namentos, além de possíveis restrições. Esta fase é
z Visão Externa (Nível Externo) independente de SGBD.
z Esquema Conceitual (Nível Conceitual)
z Esquema Interno (Nível Interno) Projeto Lógico:

Independência de Dados z Nesta etapa, o modelo conceitual é convertido em


modelo de dados lógicos. O modelo lógico define
como o banco de dados será implementado por um
z Lógica SGBD específico, podendo ser do tipo Relacional,
z Física Hierárquico ou Rede. Como vimos anteriormente,
o modelo lógico descreve as estruturas que estarão
Modelo de Dados contidas no banco de dados, mas sem considerar
ainda nenhuma característica específica de SGBD,
360 z Conceitual (alto nível) resultando em um esquema lógico de dados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Projeto Físico: Dica

z Na última etapa, são especificadas as estruturas Para se referir a um objeto em particular, fala-se
de armazenamento internas, organizações de em “instância” ou “ocorrência da entidade”. Assim,
arquivo, índices, caminhos de acesso e parâme- uma instância se refere ao estado atual de uma
tros físicos do projeto para os arquivos de banco relação em um determinado momento. Ela reflete
de dados. Em paralelo, os programas de aplicação apenas aos valores válidos que representam um
são projetados e implementados como transações estado em particular do mundo real, distinguindo-
de banco de dados correspondentes às especifica- -a assim de qualquer outra instância. Por exemplo,
ções da transação de alto nível. O projeto físico é uma entidade do tipo Pessoa possui os seguintes
um processo contínuo, que ocorre mesmo depois atributos: nome, cargo, idade e estado civil.
de o banco de dados já estar implementado e em Uma instância dessa entidade poderia ser “João,
funcionamento, este processo é chamado de sinto- analista, 45 anos, casado”. Ou seja, a instância é um
nia (tunning) de banco de dados. Aqui o modelo exemplo de Pessoa, com os atributos preenchidos
físico é dependente do SGBD que será implantado, com seus determinados valores (HEUSER, 2009).
podendo ser o MySQL, Oracle, PostgreSQL ou SQL
Server, por exemplo. RELACIONAMENTO

MODELAGEM CONCEITUAL HEUSER (2009) define que um relacionamento é a


representação de um conjunto de associações entre as
HEUSER (2009) define que o objetivo da modela- ocorrências de entidades. Dessa forma, pode-se repre-
gem conceitual é obter uma descrição abstrata, inde- sentar as interações que foram identificadas no pro-
pendente de implementação em computador e dos cesso de análise entre as entidades. No Diagrama ER
dados que serão armazenados no banco de dados. um relacionamento é representado por um losango
Temos que a abordagem Entidade-Relacionamen- que faz a interligação de suas respectivas entidades.
to (ER) é a técnica de modelagem mais utilizada na O nome do relacionamento aparece dentro do losan-
modelagem conceitual, o Modelo Entidade-Relacio- go. A figura a seguir apresenta um exemplo contendo
namento (MER) é modelo de dados conceitual mais duas entidades, DEPARTAMENTO e PROJETO ligados
popular de alto nível e os Diagramas Entidade-Rela- ao relacionamento CONTROLA.
cionamento (DER) são a notação diagramática asso-
ciada ao MER.

ENTIDADE

HEUSER (2009) define uma entidade como um con-


junto de objetos da realidade modelada sobre os quais
se deseja manter informações no banco de dados. Por
exemplo:

z Existência Física: Pessoa, Carro, Casa, Empregado


00

etc.
5-

Autorrelacionamento ou Relacionamento Recursivo


z Existência Conceitual: Empresa, Departamento,
21

Trabalho, Cargo, Curso etc.


.
70

Normalmente um relacionamento associa entida-


.4

des diferentes. Porém, há um caso especial no qual


Cada entidade possui um conjunto de atributos,
49

existe um relacionamento entre a mesma entidade.


que são as características que descrevem uma enti-
-0

Nesta situação, surge o conceito de papel que identifi-


dade em particular. Por exemplo, a partir de uma
cará o relacionamento.
ar

entidade que representa uma pessoa, os atributos


Por exemplo, no relacionamento eCasadaCom (“é
és

pertencentes a ela poderiam ser peso, altura, idade ou


casada com”), ilustrado na figura a seguir, uma ocor-
C

CPF.
rência da entidade PESSOA exerce o papel de marido CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

Em um Diagrama ER, uma entidade é representa-


dr

e a outra ocorrência exerce o papel de esposa.


da através de um retângulo que contém o nome da
Pe

entidade. A figura a seguir ilustra dois exemplos de Marido


entidades: PESSOA eCasadaCom
Esposa

É importante destacar que no relacionamento


entre entidades diferentes não é necessário indicar os
Tipos de Entidades: papéis das entidades.

z Normal; Cardinalidade de Relacionamentos


z Fraca (mais detalhes a seguir);
z Associativa (mais detalhes a seguir). É importante estabelecer a quantidade de ocorrên-
cias de cada um dos relacionamentos. Esta proprieda-
de é chamada de cardinalidade, que se desdobra em
cardinalidade máxima e cardinalidade mínima,
revelando diferentes características:
361
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Máxima: razão de cardinalidade. z 1 (um): se uma ocorrência de entidade sempre tiver
z Mínima: participação ou dependência de existên- de participar do relacionamento para que ela exis-
cia. ta, então a associação é obrigatória. Essa associa-
ção é indicada pelo número 1 (um) no diagrama ER.
A cardinalidade máxima, informa o número de z 0 (zero): se a ocorrência de uma entidade nem
ocorrências de instâncias de uma entidade com a sempre precisar participar do relacionamento, ela
outra. Para fins práticos, apenas duas cardinalidades é considerada uma associação opcional. Esta asso-
máximas são representadas de cada lado dos losangos ciação é considerada opcional quando é indicada
do relacionamento, as: pelo número 0 (zero) no diagrama ER.

z De valor 1; EMPREGADO
z E as de valor N.
(0, 1)
A cardinalidade máxima é usada para classificar
os relacionamentos binários, aqueles nos quais os
Alocação
relacionamentos se dão entre duas entidades. São
tipos de relacionamentos:
(1, 1)

z 1:1 (um-para-um) – cada instancia de uma entida-


de se relaciona apenas com uma e somente uma MESA
instancia da outra entidade.
„ Por exemplo: Na imagem abaixo temos o rela-
cionamento que um Empregado gerencia um A partir da imagem anterior, podemos concluir
Departamento, assim como, um Departamen- que cada Empregado deve ter a ele alocada obrigato-
riamente uma Mesa (cardinalidade mínima 1) e que
to é gerenciado por apenas um Empregado
uma Mesa pode existir sem que a ela esteja alocado
(Gerente).
um Empregado (cardinalidade mínima 0).
EMPREGADO DEPARTAMENTO
Grau de Relacionamento
1 1
GERENCIA
A maioria dos exemplos até aqui mostrados são de
relacionamentos binários. A abordagem ER permite
que sejam definidos relacionamentos de grau menor
z 1:N (um-para-muitos) – uma instância se relaciona ou maior do que dois.
com várias na outra entidade, mas cada instância O grau de um relacionamento corresponde ao
da outra entidade só pode estar relacionada a uma número de entidades que participam do relaciona-
única ocorrência da primeira entidade. mento. Assim, podemos ter relacionamentos unários,
„ Por exemplo: Na imagem abaixo, um Depar- binários, ternários e assim por diante, apesar de não
tamento controla vários Projetos, assim como, ser muito comum encontrar diagramas com relacio-
um Projeto é controlado apenas por um namentos com mais de três entidades envolvidas.
00

Departamento. A figura a seguir ilustra um exemplo de relacio-


namento ternário, ou seja, com 3 (três) entidades
5-
21

DEPARTAMENTO
(CIDADE, DISTRIBUIDOR e PRODUTO) participando do
relacionamento DISTRIBUIÇÃO.
.
70
.4

1
49

CIDADE DISTRIBUIDOR
CONTROLA
-0

N 1
ar
és

N
DISTRIBUIÇÃO
C

PROJETO
o
dr

N
Pe

z N:N (muitos-para-muitos) – uma instância se rela-


ciona com várias ocorrências na outra entidade e
PRODUTO
vice-versa.

„ Por exemplo: Na imagem abaixo, um Compositor


De forma resumida, temos que os graus dos rela-
compõe várias Composições, assim como, uma
cionamentos podem ser:
Composição é composta por vários Compositores.
N N z Unário (grau 1): Relacionamento com a própria
COMPOSITOR COMPÕE COMPOSIÇÃO
entidade. Conforme vimos anteriormente, são cha-
mados de autorrelacionamento ou relacionamen-
to recursivo.
Já a cardinalidade mínima se refere ao número
z Binário (grau 2): Mais comum. É o relacionamento
mínimo de instâncias de uma entidade associadas a
entre duas entidades.
uma outra entidade através do relacionamento. De
forma prática, consideram-se apenas duas cardinali- z Ternário (grau 3): Relacionamento entre três enti-
dades mínimas: dades. Este possui uma maior complexidade.
362 z Ou mais...
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
ATRIBUTO „ Por exemplo, na entidade chamada Aluno, há
um atributo denominado “código do curso”,
HEUSER (2009) define que os atributos são dados no qual faz referência ao código que identifica
ou informações associadas a cada ocorrência de uma uma instância da entidade Curso.
entidade ou de um relacionamento.
Por exemplo, nome, idade, endereço, salário ou Tipos de Atributos
cargo do funcionário. Para cada entidade em particu-
lar, ela terá um valor para cada um de seus atributos. Existem diferentes tipos de atributos em uma enti-
No Diagrama ER, os atributos são representados dade. São eles:
graficamente por círculos brancos, conforme ilustra-
do nas figuras a seguir: Atributos Simples (Atômicos):

z São atributos unitários ou não divisíveis, ou seja,


não podem ser divididos em outros atributos.

Atributos Compostos:

z Podem ser divididos em subpartes menores (em


outros atributos), representando, assim, atributos
mais básicos com significados independentes.

„ Por exemplo: o atributo ENDEREÇO pode ser


dividido em nome da RUA, CIDADE, ESTADO
e CEP. Além do mais, o atributo RUA pode ser
subdividido em outros três mais simples como
RUA, NÚMERO e NÚMERO_APARTAMENTO.
HEUSER (2009) destaca que, na prática, muitas
vezes os atributos não são representados grafica-
Atributos de Valores Únicos (ou Monovalorados):
mente para não sobrecarregar os diagramas, já que
entidades podem possuir um grande número de atri-
z Possuem valor único para uma entidade em
butos. Nesses casos é preferível o uso de representa-
particular.
ção textual.
É importante destacar também que cada atributo
„ Por exemplo, para uma entidade do tipo Pes-
possui um conjunto de valores possíveis denominado
soa, o atributo IDADE é um atributo único, pois
domínio, que veremos em mais detalhes no próximo
toda pessoa só possui uma idade.
capítulo.
Atributos Multivalorados:
Classificação dos Atributos
z Podem possuir vários valores para uma mesma
Atributos Descritivos: entidade. Por exemplo, FORMACAO_ACADEMICA
00

é um atributo de uma entidade do tipo Pessoa que


5-

z Os atributos descritivos são capazes de represen- pode não ter nenhuma formação, uma ou várias
21

tar características formadoras ou pertencentes a formações.


.

uma entidade.
70
.4

„ Um atributo multivalorado pode ter um limite


49

„ Por exemplo: para a entidade Pessoa, podemos mínimo e um máximo para restringir o núme-
ter os atributos que a descrevem como: nome,
-0

ro de valores permitidos para cada entidade


idade, nascimento e sexo. individual.
ar
és

Atributos Nominativos: Atributos Derivados:


C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

z Os atributos nominativos, podem cumprir a fun- z Os valores destes atributos podem ser derivados de
Pe

ção de descritivos, como também, serve para defi- outros atributos ou entidades e eles relacionados.
nir nomes ou rótulos de identificação às entidades
aos quais pertencem. „ Por exemplo, os atributos IDADE e DATA_NASCI-
MENTO. O atributo IDADE é derivado de DATA_
„ Por exemplo: “código do...” (código do setor, NASCIMENTO, ou seja, o banco de dados pode
código do curso), “número...” (número total), calcular o valor do atributo IDADE a partir do
“matrícula” (matrícula do aluno, matrícula do valor que se encontra no atributo DATA_NASCI-
funcionário) etc. MENTO. Por fim, o atributo DATA_NASCIMEN-
TO é chamado de atributo armazenado.
Atributos Referenciais:
Atributos Identificadores:
z Os atributos referenciais, como o próprio nome
diz, fazem referência a uma outra entidade. O z Quando o atributo permite distinguir uma ocor-
exemplo mais comum são as chaves estrangeiras. rência das demais ocorrências de uma mesma
entidade, ele é considerado um atributo identifica-
dor de entidade.
363
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
„ Por exemplo, o atributo CPF pode ser conside- Na figura acima, a entidade DEPENDENTE é identi-
rado um atributo identificador de uma entida- ficada por seu atributo “nome” e pelo relacionamento
de do tipo Pessoa, pois, para cada pessoa, existe “dependeDe” com a entidade EMPREGADO.
um número de CPF único. Contudo, um atributo
identificador pode corresponder a um conjunto Identificando Relacionamentos
de um ou mais atributos ou relacionamentos.
Um relacionamento é identificado pelas entidades
É importante ficar muito atento na diferença entre dele participantes, bem como pelos seus próprios atri-
os atributos compostos e os multivalorados, pois eles butos identificadores se porventura existirem.
são bastante cobrados em provas de concursos.
(0, n) (0, n)
MÉDICO CONSULTA PACIENTE
z Atributo Composto: a informação é formada por
data
várias partes, com a informação completa sen- CRM nome
hora
código nome
do formada por todas as partes. O exemplo mais
comum é o atributo ENDEREÇO.
z Atributo Multivalorado: podem possuir vários Na figura acima, os atributos identificadores de
valores em um mesmo atributo. Um exemplo que relacionamento (data e hora) distinguem uma CON-
cai bastante em prova é o TELEFONE, no qual a SULTA entre um MÉDICO e seu PACIENTE dentre as
pessoa pode registrar vários telefones (fixo, celu- demais consultas deste médico com os seus demais
lar, comercial) no mesmo atributo. pacientes.

Identificando Entidades (Atributos-Chave) Cardinalidade de Atributos

Para a maioria das entidades, estas devem possuir HEUSER (2009) destaca que um atributo pode pos-
um identificador. Segundo HEUSER (2009), um identi- suir uma cardinalidade, de maneira análoga a uma
ficador de entidade é um conjunto de um ou mais atri- entidade em um relacionamento. Esta cardinalidade
butos e relacionamentos cujos valores servem para define quantos valores deste atributo podem estar
distinguir uma ocorrência da entidade das demais associados com uma ocorrência da entidade ou rela-
ocorrências da mesma entidade. Eles podem ser cionamento ao qual ele pertence. Por exemplo, pode-
representados por círculos pretos no Diagrama ER. mos ter as seguintes cardinalidades:
Para HEUSER (2009), um identificador simples (úni-
co atributo) é suficiente para distinguir uma ocorrência z Cardinalidade (1,1): obrigatória (não precisa repre-
da entidade das demais ocorrências da mesma entidade. sentar a cardinalidade no diagrama);
z Cardinalidade (0,1): opcional;
z Cardinalidade (0,n): opcional e multivalorada;
z Cardinalidade (1,n): obrigatória e multivalorada.

Já para um identificador composto, HEUSER número


(2009) menciona que dois ou mais atributos podem nome
FILIAL numEmpregados
ser necessários para distinguir uma ocorrência da
00

localização (1,n)
entidade das demais ocorrências da mesma entidade.
5-

HEUSER (2009) destaca também que há casos em


21

que o identificador de uma entidade é composto não ENTIDADE FRACA


.
70

somente por seus atributos, mas também, através de


.4

relacionamentos em que ela participa (relaciona- HEUSER (2009) define que entidade fraca é uma
49

mento identificador). entidade que não possui atributos suficientes para


-0

No Diagrama ER, o relacionamento usado como formar uma chave primária. A chave primária da
identificador é indicado por uma linha dupla ou mais
ar

entidade fraca é formada pela chave primária do con-


densa.
és

junto de entidades fortes da relação mais o identifica-


C

dor do conjunto de entidades fracas.


o

Por exemplo, a entidade DEPENDENTE é uma enti-


dr

dade fraca, pois a entidade somente existe quando


Pe

relacionada a outra entidade e usa, como parte de ser


identificador, entidades relacionadas.
A entidade fraca é representada por um retângulo com
linha dupla conforme demonstrado na figura a seguir.

Na figura anterior, podemos visualizar também


outra forma de especificar os atributos de uma rela-
ção, muitas vezes utilizadas em provas de concursos.

364
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GENERALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO Por exemplo, deseja-se modelar a prescrição de
medicamentos receitados aos pacientes, com a cria-
Por meio deste conceito é possível atribuir proprie- ção da entidade Medicamentos. A solução, então,
dades particulares a um subconjunto das ocorrências seria transformar o relacionamento entre MÉDICO e
especializadas de uma entidade genérica. PACIENTE em uma entidade associativa e relacioná-la
Generalização: HEUSER (2009) define que a gene- com a entidade MEDICAMENTO.
ralização é processo inverso à especialização. Ela é A notação utilizada para tanto é colocar um retân-
resultado da união de dois ou mais tipos entidade de gulo em torno do relacionamento (losango), conforme
nível mais baixo (subclasse), produzindo um tipo-enti- pode ser visto na figura a seguir.
dade de nível mais alto (superclasse). Assim, ela é uma
(1, n) (1, n)
abstração de um conjunto de entidades. CONSULTA
MÉDICO PACIENTE
Especialização: Já a especialização, HEUSER
(2009) define como o resultado da separação de um Entidade
associativa
tipo-entidade de nível mais alto (superclasse), for-
prescrição
mando vários tipos-entidade de nível mais baixo (sub-
classe). No Diagrama ER, o símbolo para representar
generalização/especialização é um triângulo isósceles.
MEDICAMENTO
(1, 1) (0, n) codigo
FILIAL CLIENTE nome

A seguir, temos uma imagem com um resumo dos


símbolos de todos os conceitos que vimos sobre o
modelo conceitual mais cobrado em provas de concur-
cpf PESSOA PESSOA CNPJ sos, chamado de Modelo Entidade-Relacionamento.
sexo FÍSICA JURÍDICA tipoOrganizacao

CONCEITO SÍMBOLO
Na figura acima, a entidade PESSOA FÍSICA possui,
além de seus atributos CPF e sexo, os atributos herdados Entidade
da entidade CLIENTE (que são os atributos código e nome),
bem como o relacionamento com a entidade FILIAL. Relacionamento

Níveis de Generalização e Especialização


Atributo
Não há limites no número de níveis hierárquicos
da generalização/especialização. Admite-se até que Atributo Identificador
uma mesma entidade seja a especialização de diversas
entidades genéricas, é a chamada Herança Múltipla.
Relacionamento
Identificador
VEÍCULO Identificador
de veículo
00

Generalização/
definido aqui
5-

especialização
21
.
70

Entidade Associativa
.4

VEÍCULO TERRESTRE VEÍCULO AQUÁTICO


49
-0

Fonte: Adaptado de HEUSER (2009, p. 63)


ar
és

MODELO RELACIONAL
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

AUTOMÓVEL ANFÍBIO BARCO


O modelo relacional foi introduzido por Edgar
dr
Pe

Frank “Ted” Codd, da IMB Research, em 1970. O


modelo utiliza o conceito de relação matemática que
Herança múltipla se parece com uma tabela de valores. As primeiras
implementações são início da década de 1980. O mode-
lo revelou-se o mais flexível e adequado ao solucionar
os vários problemas que se colocaram no nível de con-
ENTIDADE ASSOCIATIVA cepção e implementação em um banco de dados.
A estrutura fundamental do modelo relacional é
HEUSER (2009) destaca que por definição, um rela- a relação (tabela). Uma relação é constituída por um
cionamento é uma associação entre entidades. Em ou mais atributos (colunas) que traduzem o tipo de
certas oportunidades, durante a modelagem, surgem dados a serem armazenados. Cada instância do esque-
situações nas quais é desejável permitir uma associa- ma é chamada de tupla (linha). A seguir, veremos em
ção entre uma entidade e um relacionamento. A ideia mais detalhes cada um destes conceitos.
da entidade associativa trata um relacionamento
como se ele fosse uma entidade.
365
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CONCEITOS DO MODELO RELACIONAL

De acordo com HEUSER (2009), o modelo relacional representa o banco de dados como uma coleção de rela-
ções. Uma relação é semelhante a uma tabela de valores ou arquivo plano de registros.
Fazendo uma comparação da relação com uma tabela de valores, temos que cada linha da tabela representa
uma coleção de valores de dados relacionados. Além disso, uma linha em particular representa um fato que nor-
malmente corresponde a uma entidade ou relacionamento do mundo real.
A tabela a seguir relaciona o que contém em uma tabela de valores com os conceitos do modelo relacional.

INFORMAÇÕES DE UMA CONCEITOS DO MODELO


TABELA RELACIONAL
Tabela Relação
Linha Tupla
Coluna Atributo
Tipo Do Dado Domínio

De forma resumida, HEUSER (2009) descreve que uma tabela (relação) é um conjunto não ordenado de linhas
(tuplas), onde cada linha é composta por uma série de colunas ou campos (atributos). Cada campo é identificado
por um nome de campo (nome do atributo), o conjunto de campos homônimos de todas as linhas de uma tabela
forma uma coluna.
A imagem a seguir ilustra as informações presentes em uma relação do modelo relacional de banco de dados.

Fonte: Adaptado de ELSMARI e NAVATHE (2011, p. 40)


00

Outros dois conceitos muito importantes da modelagem relacional é o grau da relação que diz respeito ao
5-
21

número de atributos de uma relação e a cardinalidade da relação que indica o número de tuplas (linhas)
existentes na relação.
.
70
.4

Chaves
49
-0

As chaves correspondem aos atributos identificadores que vimos anteriormente no capítulo de modelagem
ar

conceitual. Elas permitem dar uma identificação única a cada ocorrência de instância em uma tabela.
és

Basicamente existem 3 (três) tipos de chaves em um banco de dados relacional, a chave primária, a chave
C

estrangeira e a chave alternativa. A seguir, vamos detalhar estes tipos com suas respectivas características.
o
dr

Chave Primária (ou Primary Key – PK)


Pe

z É um conjunto de atributos que identifica unicamente uma tupla em uma relação.


z Pode ser simples ou composta.

„ Simples: é formada por apenas um campo da tabela.


„ Composta: é formada por mais de um campo na tabela.

z Um exemplo de chave primária pode ser o CPF que identifica unicamente cada pessoa. O conjunto {Nome,
CPF} também pode ser uma super chave, mesmo o atributo Nome não sendo uma chave primária.
z Os campos que pertencem à chave primária são obrigatórios, não admitindo valor vazio ou NULL.

Chave Estrangeira (Foreign Key – FK)

z É uma coluna ou conjunto de colunas que se referem necessariamente a uma chave primária de outra tabela
(ou dela mesma no caso de recursividade), estabelecendo um relacionamento entre as tabelas.
366
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Segundo HEUSER (2009), a existência de uma cha- z Chave Primária: Conjunto de atributos (colunas) que
ve estrangeira impõe restrições que devem ser identifica unicamente uma tupla em uma relação.
garantidas ao executar operações de alterações no z Chave Estrangeira: Uma coluna ou conjunto de
banco de dados. colunas que se referem necessariamente a uma
z Um exemplo de chave estrangeira pode ser o “Códi- chave primária de outra tabela.
go do curso” que se encontra em uma das colunas z Chave Alternativa: Uma coluna ou grupo de colu-
da tabela de Aluno e que referencia a chave primá- nas da tabela que servem para identificar unica-
ria da tabela de Cursos. mente um registro.

Chave Alternativa (ou Chave Candidata) RESTRIÇÕES DO MODELO RELACIONAL

z Uma coluna ou grupo de colunas da tabela que ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que restri-
servem para identificar unicamente um registro. ções do modelo relacional são regras que devem ser
Assim, além da chave primária criada, uma outra obedecidas em todos os estados válidos da base de
(alternativa) também é utilizada para identificar o dados. Elas devem ser especificadas no esquema de
registro. Também chamada de Chave Única (Uni- banco de dados relacional para garantirem que os
que Key – UK). dados reflitam corretamente a realidade modelada.
z Como exemplo, podemos criar uma tabela com São tipos de restrições:
dados de Pessoas, tendo como chave primária um
número inteiro autoincrementado (valor diferente z Domínio
para cada pessoa inserida na tabela) e como chave z Chave
única o CPF de cada pessoa. z Valores Vazios (NULL)
z Integridade
Domínio
„ Entidade
Um domínio é um conjunto de valores atômicos, „ Referencial
ou seja, cada valor do domínio é indivisível e possui „ Semântica
uma descrição física e outra semântica. Por exemplo:
Restrições de Domínio
z Descrição física
As restrições de domínio especificam que, dentro
„ Identifica o tipo e o formato dos valores que de cada tupla, o valor de cada atributo deve ser um
compõem o domínio valor indivisível do domínio. São tipos de domínios os
„ Exemplo: VARCHAR(13), “(99)9999-9999” exemplos a seguir:

z Descrição semântica z Tipos de dados numéricos para inteiros (short,


integer e long)
„ Ajuda na interpretação de seus valores z Números reais (float e double)
„ Exemplo: “Números de telefone válidos no z Caracteres
Brasil” z Booleanos
00

z Cadeias de caracteres de tamanho fixo e variável


5-

A seguir temos alguns exemplos de domínios para z Data


21

alguns atributos: z Hora


.
70

z Moeda
.4

z CPF (VARCHAR(20)) – o atributo CPF deverá ser z Entre outros.


49

do tipo VARCHAR (string) com um tamanho máxi-


-0

ma de 20 caracteres. Restrições de Chave (Unicidade)


ar

z NOME (VARCHAR(40)) – o atributo NOME deve-


és

rá ser do tipo VARCHAR (string) com um tamanho No modelo relacional formal, uma relação é defi-
C

máximo de 40 caracteres. nida como um conjunto de tuplas. Todos os elementos CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

z MEDIA_NOTA (DOUBLE) – o atributo MEDIA_ de um conjunto são distintos. Logo, todas as tuplas em
dr

NOTA deverá ser do tipo DOUBLE (número de pon- uma relação também precisam ser distintas. Assim,
Pe

to flutuante) não pode haver chaves com o mesmo valor.


As restrições de chave garantem a unicidade do
Conceitos do Modelo Relacional: valor da chave primária em cada uma das tuplas de
uma relação. Isso significa que duas tuplas não podem
z Relação: Tabela de dados. ter a mesma combinação de valores para todos os
z Atributo: Nome de cada coluna da tabela. seus atributos.
z Tupla: Linha da tabela.
z Instância: Conjunto de tuplas. Restrições sobre Valores Vazios (NULL)
z Domínio: Conjunto de valores permitidos.
z Grau: Número de atributos da relação. ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que restri-
z Cardinalidade: Indica o número de tuplas (linhas) ções sobre valores vazios especificam se valores NULL
existentes na relação. são permitidos ou não. Por exemplo, se cada tupla de
uma entidade do tipo ALUNO precisar ter um valor
Chaves: válido, diferente de NULL, para o atributo Nome,
então Nome de ALUNO é restrito a ser NOT NULL
(“não nulo” ou “não vazio”). 367
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Restrições de Integridade É verdade que todos os três termos se referem à
análise de dados, mas o conceito de Big Data difere
ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que um dos demais quando volumes de dados, número de
estado que satisfaz a todas as restrições no conjunto transações e o número de fontes de dados são tão
definido de restrições de integridade é chamado de grandes e complexos que exigem métodos e tecnolo-
estado válido. Além disso, um estado de banco de gias especiais a fim de extrair uma visão dos dados.
dados que não obedece a todas as restrições de inte- O Big Data pode ser definido como um concei-
gridade é chamado de estado inválido. to utilizado para descrever um grande volume de
Dessa forma, ELMASRI e NAVATHE (2011) classifi- dados, tanto estruturados quanto não estruturados,
cam os tipos de restrições de integridade: e que aumentam dia após dia em qualquer sistema
ou negócio. No entanto, não é a quantidade de dados
Restrição de Integridade de Entidade que é essencial. A parte mais importante é o que as
empresas ou organizações podem fazer com esses
z Nenhum valor de chave primária pode ser NULL; dados. Milhares de análises podem ser executadas
z As Restrições de Chave e as Restrições de Integri- sobre eles, no qual é possível realizar previsões, ins-
pirar novas ideias ou levar a uma melhor tomada de
dade de Entidade são atribuídas sobre relações
decisão estratégica.
individuais.
Uma definição exata de Big Data é difícil de definir,
pois projetos, empresas e profissionais de negócios a
Restrição de Integridade Referencial
usam de maneira bem diferente. Com isso em mente,
de modo geral, Big Data é:
z Restrição de Integridade Referencial é atribuída
entre duas relações e usada para manter a consis-
z Grande volume de dados;
tência entre tuplas nas duas relações; z Uma categoria de estratégias e tecnologias da com-
z Esta utiliza o conceito de Chave Estrangeira (FK) putação usadas para lidar com grandes conjuntos
visto anteriormente. de dados.

Restrições de Integridade Semântica QUAIS SÃO OS 5VS DO BIG DATA?

z Restrições de Integridade Semântica são especifi- Inicialmente, o conceito de Big Data foi contempla-
cadas e impostas em um banco de dados relacional; do por 3 V’s. que são volume, velocidade e varieda-
z Por exemplo: de. Valor e veracidade são outras duas dimensões “V”
que foram adicionadas à literatura recentemente.
„ Salário de um funcionário não deve ser supe- Os V’s adicionais são frequentemente propos-
rior ao salário de seu supervisor; tos, mas estes 5V’s são os que mais são cobrados em
„ Número máximo de horas que um funcionário provas de concursos. Vamos a uma breve explicação
pode trabalhar em todos os projetos por sema- sobre cada um a seguir:
na é 56h.
� Volume
A seguir, selecionamos algumas questões sobre os
conceitos que acabamos de aprender.
00

„ Refere-se à enorme quantidade de dados dispo-


5-

nível, desde conjuntos de dados com tamanhos


NOÇÕES DE BIG DATA
21

de terabytes a zetabytes;
.
70

Com o uso extensivo de serviços online por meio z Velocidade


.4

da Internet, os hábitos adotados por empresas, organi-


49

zações, economias e por diferentes nações acabaram „ Refere-se a grandes quantidades de transações
-0

mudando a maneira como as pessoas vivem e usam com alta taxa de atualização, resultando em flu-
ar

a tecnologia. Dessa forma, mais do que nunca, há um xos de dados chegando em grande velocidade;
és

aumento crescente da quantidade de informações e,


C

consequentemente, do armazenamento dos dados z Variedade


o

que surgem diariamente.


dr

Tudo isso é relativamente novo. Pois, agora, cada


„ Os dados vêm de diferentes fontes de dados.
Pe

usuário e organização pode armazenar as informa-


Além disso, os dados podem vir em vários for-
ções em formato digital, diferentemente de como
matos, sendo dados estruturados como uma
acontecia algumas décadas atrás. Portanto, para lidar
tabela de banco de dados, dados semiestrutura-
com esse aumento exponencial de dados, foi criado
dos como um arquivo XML ou dados não estru-
um mecanismo e abordagem para lidar com tudo isso,
turados como texto, imagens, streams de vídeo,
o chamado Big Data.
áudio, entre outros.
Neste capítulo, iremos apresentar os conceitos
sobre Big Data, tecnologias e ferramentas.
Vale destacar que estes são os três principais V’s de
Big Data. Porém, ainda há os seguintes V’s:
CONCEITO DE BIG DATA
z Veracidade
Como um dos termos mais “badalados” do merca-
do hoje, não há consenso sobre como definir Big Data.
„ Refere-se à qualidade, precisão ou confiabilida-
O termo é frequentemente usado como sinônimo de
de dos dados. Está ligada diretamente ao quan-
conceitos relacionados como Business Intelligence (BI)
to uma informação é verdadeira.
e Mineração de Dados (Data Mining).
368
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Valor

„ Refere-se ao valor dos dados ou o valor que eles possuem. É importante entender o contexto e a necessida-
de para gerar a informação certa para as pessoas certas.

Importante!
Compreender os V’s de Big Data é fundamental para a resolução de diversas questões de provas de concur-
sos, pois este assunto é o mais recorrente.
� Volume: grande quantidade de informação a ser processada;
� Variedade: os diferentes tipos de dados analisados;
� Velocidade: tempo hábil para recuperar e processar a informação;
� Veracidade: o quão confiável é o dado;
� Valor: o grau de importância deste dado para compor uma informação.

ESTRUTURAÇÃO DOS DADOS

Os dados que alimentam a ideia de Big Data podem provir de diversas fontes. Na Internet, encontramos um
grande volume de dados com conteúdos relacionados a educação, ciência, entretenimento, governo, finanças,
saúde, entre outros. Todos esses dados são fontes de Big Data.
Empresas e organizações se concentram muito na coleta de dados para garantir que possam obter informa-
ções valiosas a partir deles. Compreender a estrutura de dados é a chave para descobrir seu valor.
CASTRO e FERRARI (2016) destacam que, de forma simplificada, dados são valores quantitativos ou qualitati-
vos associados a alguns atributos. Com relação à estrutura, eles podem ser:

FONTE: Disponível em: <https://www.google.com/search?q=dados+estruturados&client=opera&hs=Qbg&sxsrf=ALeKk000TpXUa6k3mlx87snF0


lE866HYNQ:1624911016946&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjg-dKfkbvxAhX5r5UCHRp-BF4Q_AUoAXoECAEQAw&biw=770&bih=
00

741#imgrc=-n3SzEFTQkAqoM&imgdii=yRL2emS7B4ZdVM>.
5-

Dados Estruturados
.21
70

Uma base de dados é estruturada quando os dados estão armazenados em campos fixos em um arquivo – por
.4

exemplo, uma tabela, uma planilha ou um banco de dados. Assim, os dados estruturados dependem da criação de
49

um modelo de dados, incluindo a descrição dos objetos juntamente com suas propriedades e relações.
-0

O modelo descreve todos os tipos de dados que serão armazenados, acessados e processados, o que inclui
definir quais campos de dados serão utilizados (por exemplo, nome, idade, gênero, endereço, escolaridade, estado
ar
és

civil etc.), os tipos dos dados (por exemplo, numéricos, nominais, alfabéticos, monetários, endereço etc.) e todas as
restrições a eles associadas. Uma das vantagens dos dados estruturados é a facilidade de armazenagem, acesso e
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
análise (CASTRO e FERRARI, 2016).
o
dr
Pe

Dados Semiestruturados

O dado semiestruturado é um tipo de dado que não possui a estrutura completa de um modelo de dados, mas
também não é totalmente desestruturado. Nos dados semiestruturados em geral são usados marcadores (por
exemplo, tags) para identificar certos elementos dos dados, mas a estrutura não é rígida. Exemplos conhecidos
de dados semiestruturados são arquivos XML ou HTML, que definem um conjunto de regras para codificar docu-
mentos em um formato que pode ser lido por humanos e máquinas, e também e-mails, que possuem campos de
remetente, destinatário, data, hora e outros adicionados aos dados não estruturados do corpo da mensagem e seus
anexos (CASTRO e FERRARI, 2016).

Dados Não Estruturados

Dado não estruturado é aquele que não possui um modelo de dados, que não está organizado de uma maneira
predefinida ou que não reside em locais definidos. Essa terminologia normalmente se refere a textos livres, ima-
gens, vídeos, sons, páginas web, arquivos PDF, entre outros. Os dados não estruturados costumam ser de difícil
indexação, acesso e análise (CASTRO e FERRARI, 2016). 369
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
De forma resumida, temos a tabela a seguir que diferencia os três tipos de dados:

DADOS DADOS
DADOS NÃO ESTRUTURADOS
ESTRUTURADOS SEMIESTRUTURADOS
Ex.: Textos, Documentos, Imagens,
Ex.: Banco de Dados, Tabela, Planilhas. Ex.: XML, HTML, JSON, RDF.
Vídeos, Áudios, Redes Sociais.
Estrutura rígida, projetada previa- Estrutura flexível, representação Sem estrutura (ou com estrutura
mente, representação homogênea. heterogênea. mínima de arquivo).
Cada campo de dados tem um for- Cada campo de dados tem uma estrutura, Mais de 80% dos dados gerados
mato bem definido. mas não existe uma imposição de formato. no mundo é deste tipo.
O esquema é criado com a definição de ele-
Dados de um mesmo registro pos-
mentos internos dos arquivos (nós), legíveis
suem relação entre eles.
para seres humanos.
Fonte: Adaptado de <https://bit.ly/332OR9z>. Acesso em: 26 set. 2020.

Big Data Analytics

Para a maioria das organizações, o objetivo principal de lançar uma iniciativa de Big Data é analisar os dados
para melhorar os resultados de negócios.
A maneira como as organizações geram esses insights é por meio do uso de software analítico. Os fornecedores
usam muitos termos diferentes, como mineração de dados (data mining), inteligência de negócios (business intelli-
gence), computação cognitiva, aprendizado de máquina (machine learing) e análise preditiva, para descrever suas
soluções de análise de Big Data.
Em geral, no entanto, essas soluções podem ser separadas em quatro categorias amplas:

Análise Descritiva

Esta é a forma mais básica de análise de dados. Ela responde à pergunta: “O que aconteceu?”. Quase todas as
organizações realizam algum tipo de análise descritiva ao reunir seus relatórios regulares semanais, mensais,
trimestrais e anuais.

Análise de Diagnóstico

Depois que uma organização entende o que aconteceu, a próxima grande questão é “Por quê?”. É aqui que
entram as ferramentas de análise de diagnóstico. Elas ajudam os analistas de negócios a entender as razões por
trás de um determinado fenômeno, como uma queda nas vendas ou um aumento nos custos.

Análise Preditiva
00
5-
21

As organizações não querem apenas aprender lições do passado, elas também precisam saber o que vai acon-
tecer a seguir. Esse é o escopo da análise preditiva. As soluções de análise preditiva geralmente usam inteligência
.
70

artificial ou tecnologia de aprendizado de máquina para prever eventos futuros com base em dados históricos.
.4

Muitas organizações estão investigando a análise preditiva e começando a colocá-la em produção.


49
-0

Análise Prescritiva
ar
és

As ferramentas de análise mais avançadas não apenas informam às organizações o que acontecerá a seguir,
C

mas também oferecem conselhos sobre o que fazer a respeito. Eles usam modelos sofisticados e algoritmos de
o

aprendizado de máquina para antecipar os resultados de várias ações. Os fornecedores ainda estão em processo
dr

de desenvolvimento dessa tecnologia, e a maioria das empresas ainda não começaram a usar esse nível de análise
Pe

de Big Data em suas operações.

TECNOLOGIAS DE BIG DATA

Ferramentas

Uma vez que os requisitos de computação, armazenamento e rede para trabalhar com grandes conjuntos de
dados estão além dos limites de um único computador, há uma necessidade de ferramentas para processar os
dados por meio de computadores de maneira distribuída, os chamados clusters.
Cada vez mais potência de computação e infraestrutura de armazenamento massivo são necessários para pro-
cessar esses dados localmente ou, mais tipicamente, nos centros de dados de provedores de serviços na nuvem
(cloud).
Além da infraestrutura necessária, várias ferramentas e componentes devem ser reunidos para resolver pro-
blemas de Big Data. O ecossistema Hadoop é apenas uma das plataformas que ajudam a trabalhar com grandes
quantidades de dados e descobrir padrões úteis para as empresas.
370
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Abaixo está uma lista de algumas das ferramentas Linguagens de Dados
disponíveis e uma descrição resumida de suas fun-
ções no processamento de Big Data: Não se poderia deixar de comentar que, além das
ferramentas, há como tecnologias de Big Data, as lin-
z Apache Kafka guagens de dados, sendo as mais conhecidas:

„ Sistema de mensagens escalonável que permi- z Linguagem R


te aos usuários publicar e consumir um gran-
de número de mensagens em tempo real por „ É uma implementação da Linguagem S.
assinatura. „ Lançada em 1995, surgiu com um propósito
bem específico de facilitar as análises estatísti-
cas e visualização de dados de forma que fosse
z HBase
mais amigável para os usuários.
„ Surgiu com este único escopo e foi adotada ini-
„ Armazenamento de dados de chave/valor cialmente por acadêmicos e depois por empre-
orientado por coluna que é executado no sas e público no geral. Além disso, tem uma
Hadoop Distributed File System. sintaxe orientada a funções.

z Hive z Python

„ Sistema de data warehouse de código aberto „ Inspirado na linguagem C, foi lançada em 1991
para análise de conjuntos de dados em arqui- e possui um foco generalista.
vos Hadoop. „ Serve desde para fazer aplicações web, como
também, fazer análises de dados.
z MapReduce „ Possui foco na produtividade, possuindo uma
sintaxe orientada a objetos.
„ Estrutura de software para processar grandes
quantidades de dados não estruturados em z XPath
paralelo em um cluster distribuído.
„ Essa é uma linguagem de consulta que selecio-
z Pig na os nós em um documento XML.
„ Também pode ser usada para calcular valores
como strings, números ou valores booleanos do
„ Tecnologia de código aberto para programação conteúdo de um documento XML.
paralela de jobs MapReduce em clusters Hadoop. „ Além de ser uma recomendação do W3C.

z Spark Infraestrutura

„ Estrutura de código aberto e processamento Taurion (2013) destaca que as tecnologias atuais
paralelo para executar aplicativos de análise de tratamento de dados não são mais adequadas.
de dados em grande escala em sistemas em Utilizando como exemplo um dos modelos mais
00

cluster. usados até hoje, o modelo relacional, ele foi criado


5-

para acessar dados estruturados dos sistemas inter-


21

z YARN nos das organizações. Não sendo possível tratar dados


não estruturados ou pentabytes de dados.
.
70

„ Tecnologia de gerenciamento de cluster no Para tratar dados na escala de volume, variedade e


.4

Hadoop de segunda geração. velocidade do Big Data, precisa-se de outros modelos,


49

como os softwares de banco de dados NoSQL, dese-


-0

nhados para tratar imensos volumes de dados estru-


Alguns dos mecanismos de análise de Big Data
turados e não estruturados (TAURION, 2013).
ar

mais usados, são: Segundo Machado (2018), nos bancos de dados


és

NoSQL, as tabelas são conhecidas como tabelas de


C

z Apache Hive / Hadoop hash distribuídas, uma vez que armazenam objetos CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o
dr

indexados por chaves, o que possibilita a busca desses


Pe

„ Solução de preparação de dados para fornecer objetos a partir apenas de suas chaves, diferente dos
informações a muitos ambientes analíticos ou bancos de dados estruturados.
armazenamentos de dados. Desenvolvido por O banco de dados NoSQL é desenhado para aumen-
Yahoo, Google e Facebook. tar a sua escala em sentido horizontal, isso significa
por meio de clusters distribuídos em hardwares de
z Apache Spark baixo custo.

„ Usado em conjunto com tarefas de computação NOÇÕES DE MINERAÇÃO DE DADOS


pesadas e tecnologias Apache Kafka. Desenvol-
vido na University of California, Berkeley. A mineração de dados ou, do inglês, data mining,
refere-se ao desenvolvimento do suporte à tomada
de decisão a partir de dados coletados, organizados e
z Presto
processados por uma empresa ou uma organização.
Técnicas de mineração de dados estão sendo usadas
„ Motor SQL desenvolvido pelo Facebook para por empresas e organizações em todo o mundo para
análises ad-hoc e relatórios rápidos. obter um melhor entendimento dos seus clientes, par-
ceiros e de suas próprias operações. 371
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Neste capítulo, iremos estudar o conceito, aplica- PROCESSOS DO PROJETO DE MINERAÇÃO DE
ções e algumas das principais técnicas de mineração DADOS
de dados.
z Processo de Descoberta do Conhecimento em
INTRODUÇÃO À MINERAÇÃO DE DADOS Bases de Dados (KDD)

Atualmente, grandes empresas e organizações têm Castro e Ferrari (2016) destacam que a mine-
buscado entender melhor seus clientes para otimizar ração de dados é parte integrante de um processo
seus serviços e maximizar o retorno sobre seus inves- mais amplo, conhecido como Descoberta de Conhe-
timentos. Um grande componente desse entendimen- cimento em Bases de Dados ou, do inglês, Know-
to vem da análise de dados. O custo de armazená-los ledge Discovery in Databases (KDD). Goldschmidt e
e processá-los diminuiu consideravelmente nos últi- Passos (2005) definem que ela é caracterizada como
mos anos e, como resultado, a quantidade de dados um processo composto por três etapas operacionais
armazenados em formatos eletrônicos cresceu em básicas: Pré-Processamento, Mineração de Dados e
uma velocidade assustadora. Assim, com a criação de
Pós-Processamento.
grandes bancos de dados, surgiu, então, a possibilida-
A etapa de Pré-Processamento compreende
de de analisá-los de uma forma mais detalhada.
todas as funções relacionadas à captação, organiza-
Turban et al. (2009) mencionam que, inicialmen-
te, o termo “mineração de dados” era utilizado para ção e ao tratamento dos dados. O objetivo principal
descrever o processo no qual padrões anteriormente dela é preparar os dados para os algoritmos da etapa
desconhecidos eram identificados nos dados. Porém, de Mineração de Dados. Goldschmidt e Passos (2005)
essa definição tem sido expandida para além desses elencam as principais funções desta etapa:
limites e, atualmente, o termo é mais usado para des-
crever a descoberta de informações em bancos de z Seleção de Dados: Refere-se à identificação das
dados. informações que devem ser efetivamente conside-
radas durante o processo de KDD. Sendo dois enfo-
Conceito de Mineração de Dados ques distintos: a escolha de atributos ou a escolha
de registros que devem ser considerados no pro-
Turban et al. (2009) definem a mineração de dados cesso de KDD.
como um processo que usa técnicas estatísticas, z Limpeza de Dados: Refere-se a qualquer trata-
matemáticas, de inteligência artificial e de apren- mento realizado sobre os dados selecionados de
dizagem de máquina (ou automática) para extrair e forma a garantir a qualidade (completude, vera-
identificar informações úteis e conhecimento em ban- cidade e integridade) dos fatos por eles repre-
co de dados. Castro e Ferrari (2016) definem também sentados. Informações faltantes, erradas ou
a mineração de dados como um processo sistemático, inconsistentes devem ser corrigidas de forma a
interativo e iterativo, de preparação e extração de não comprometer a qualidade dos modelos de
conhecimentos a partir de grandes bases de dados. conhecimento a serem extraídos ao final do pro-
A mineração de dados tem sua base na ciência da cesso de KDD.
computação juntamente com a estatística, utilizando z Codificação dos Dados: Nesta etapa, os dados
avanços nas duas disciplinas para progredir na extra- devem ser codificados para ficarem em uma forma
ção de informações de grandes bancos de dados. São que possam ser usados como entrada dos algorit-
00

utilizadas tarefas como extração de conhecimento, mos de Mineração de Dados.


5-

arqueologia de dados, exploração de dados, pro- z Enriquecimento dos Dado: Consiste em conse-
21

cessamento de padrões de dados, limpeza de dados guir mais informação que possa ser adicionada
.

e colheita de informação. Todas essas atividades são


70

aos registros existentes, melhorando os dados,


gerenciadas e administradas automaticamente e per-
.4

para que estes forneçam mais informações para o


mitem uma descoberta rápida até mesmo por pessoas
49

processo de descoberta de conhecimento.


não especialistas.
-0

Na segunda etapa, a Mineração de Dados realiza


ar

Objetivos da Mineração de Dados


és

a busca efetiva por conhecimentos úteis no contexto


da aplicação de KDD. Nela, são definidos as técnicas
C

Elmasri e Navathe (2011) definem que os objetivos


e os algoritmos a serem utilizados no problema em
o

da mineração de dados estão diretamente relaciona-


dr

dos com a descoberta do conhecimento. Eles classifi- questão. A escolha da técnica depende, muitas vezes,
Pe

cam que a mineração de dados costuma ser executada do tipo de tarefa de KDD a ser realizada. Veremos
com objetivos finais ou aplicações de uma perspectiva mais detalhes destas técnicas e algoritmos nos tópicos
geral. Os objetivos são classificados, como: seguintes.

z Previsão: Mostrar como certos atributos dos dados


se comportarão no futuro. Importante!
z Identificação: Padrões de dados podem ser usa-
É importante ficar atento em algumas questões
dos para identificar a existência de um item, um
de concursos, pois algumas bancas se referem
evento ou uma atividade.
z Classificação: Particionar os dados de modo que à Mineração de Dados e à Descoberta de Conhe-
diferentes classes ou categorias possam ser identi- cimento em Bancos de Dados como sinônimos.
ficadas com base em combinações de parâmetros.
z Otimização: Otimizar o uso de recursos limitados,
como tempo, espaço, dinheiro ou materiais e maxi- A etapa de Pós-Processamento abrange o trata-
mizar variáveis de saída como vendas ou lucros mento do conhecimento objetivo na Mineração de
sob determinado conjunto de restrições. Dados.
372
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Tal tratamento tem como objetivo facilitar a inter- Data Understanding (Entendimento dos Dados)
pretação e a avaliação da utilidade do conhecimento
descoberto. Dentre as principais funções desta etapa z Nessa fase, o objetivo é estudar, organizar e docu-
estão: elaboração e organização, podendo incluir a mentar os dados que se encontram disponíveis. Os
simplificação, de gráficos, diagramas, ou relatórios dados mapeados são explorados e analisados em
demonstrativos; além da conversão da forma de busca de melhor entendimento sobre os dados e
representação do conhecimento obtido. avaliação de sua qualidade.
A figura a seguir apresenta um resumo das etapas
operacionais executadas em processos de KDD. Data Preparation (Prepração dos Dados)

z Nessa fase, ocorre a preparação dos dados para


modelagem. Esse processo consiste, principalmen-
te, de quatro tarefas: Data Selection (Seleção dos
Dados), Data Cleaning (Limpeza dos Dados), Cons-
ETAPAS OPERACIONAIS DO PROCESSO DE KDD
truct Data (Construção dos Dados) e Integrating
Data (Integração dos Dados).
PRÉ- MINERAÇÃO DE PÓS-
PROCESSAMENTO DADOS PROCESSAMENTO
Modeling (Modelagem)

z É nesse momento que ocorre a construção do seu


Fonte: Adaptado de GOLDSCHMIDT e PASSOS (2005, p. 3) modelo. Essa fase consiste na aplicação de fato das
técnicas de mineração de dados, tendo como base
Processo CRISP-DM os objetivos definidos no primeiro passo. O algorit-
mo é selecionado, o modelo construído e os parâ-
Muitos processos têm o objetivo de definir e padro- metros são refinados. É interessante que seja criado
nizar as fases e atividades da Mineração de Dados. diferentes modelos para avaliação na próxima fase.
Porém, apesar das particularidades, no geral, todos
possuem a mesma estrutura. Evaluation (Avaliação)
Em meados dos anos 90, foi proposto o Processo
CRISP-DM, do inglês Cross-Industry Standard Process z É nessa fase que ocorre a avaliação dos resultados
of Data Mining por um conjunto de empresas euro- com base nos critérios estabelecidos no início do
peias para atuar como um modelo de processo padrão, projeto. Considerada uma fase crítica do processo,
mas não patenteado. nesta fase é necessária a participação de especia-
A figura a seguir ilustra, de maneira cíclica, as seis listas nos dados, conhecedores do negócio e toma-
fases do processo CRISP-DM. dores de decisão. Diversas ferramentas gráficas
são utilizadas para a visualização e análise dos
resultados (modelos).

Deployment (Distribuição ou Execução)

z Nessa fase, o modelo é colocado em produção para


00

que possa ser utilizado pelo cliente.


5-
21

TAREFAS, TÉCNICAS E ALGORITMOS DE


.
70

MINERAÇÃO DE DADOS
.4
49

A mineração de dados compreende a aplicação


-0

de algoritmos sobre os dados procurando abstrair


conhecimento. Estes algoritmos são fundamentados
ar

em técnicas que procuram explorar os dados de for-


és

ma a produzir modelos de conhecimento. A forma de


C

representação do conhecimento depende diretamen- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

te do algoritmo de mineração de dados utilizado.


Pe

Turban et al. (2009) destacam que um sistema de


mineração de dados inteligente consegue descobrir infor-
mações em grandes bases de dados na qual consultas e
relatórios não conseguem revelar algo efetivamente.
Com isso, ferramentas de mineração de dados
Fonte: Adaptado de OLSON e DELEN (2008, p. 10)
encontram padrões em dados e podem até deduzir
regras a partir deles. Esses padrões e regras podem
Business Understanding (Entendimento dos Negócios)
ser utilizados para direcionar a tomada de decisão e
prever as consequências das decisões.
z Nessa fase, deve ser identificado os problemas de A mineração de dados é normalmente organizada
negócio a serem resolvidos, buscando os detalhes e pela sua capacidade de realizar determinadas tare-
o impacto dele no negócio. O foco é entender qual fas. Elas consistem na especificação do que queremos
o objetivo que se deseja atingir com a mineração buscar nos dados. Castro e Ferrari (2016) destacam
de dados. O entendimento do negócio irá ajudar que, em geral, essas tarefas podem ser classificadas
nas próximas etapas. em duas categorias: (1) descritivas: caracterizam as
propriedades gerais dos dados; e (2) preditivas: fazem
inferência a partir dos dados objetivando predições. 373
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nas descritivas, têm como principais as tarefas de z Estimação (Estimation) ou Regressão (Regres-
associação, clusterização e sumarização. Já as prediti- sion): Semelhante à tarefa de classificação, no
vas, por sua vez, são compostas pelas tarefas de classi- entanto, a estimação ou regressão é utilizada quan-
ficação e regressão. do o dado é identificado por um valor numérico e
A seguir, são descritas, sucintamente, as principais não por uma classe. Assim, muitas vezes, esta tare-
tarefas, técnicas e algoritmos de mineração de dados: fa está relacionada com a identificação de métricas
e a avaliação de um item específico (por exemplo,
um cliente) junto às métricas através da especifi-
z Classificação (Classification) – Uma das tarefas cação de pontuações. Um outro exemplo de utili-
mais comuns da mineração de dados, a classifi- zação que também podem ser realizadas são as
cação, tem o objetivo de identificar a qual classe previsões de venda de um determinado produto.
um determinado dado pertence. O modelo anali- z Análise Descritiva (Description) ou Sumari-
sa o conjunto de dados fornecidos, com cada dado zação de Dados: Esta análise permite medir,
já contendo a indicação à qual classe pertence, a explorar e descrever características intrínsecas
fim de aprender como classificar um novo dado aos dados. Também permitem uma sumarização
(aprendizado supervisionado). Técnicas comuns e compreensão dos objetos base e seus atributos.
utilizadas para classificação são Redes Neurais e Técnicas de visualização também são emprega-
Árvores de Decisão. das para um melhor entendimento da natureza e
distribuição dos dados. Como exemplo, podemos
ter uma base de dados com informações sobre
„ Árvores de Decisão (Decision Tree): Turban
assinantes de uma determinada revista. A tarefa
et al. (2009) definem que as Árvores de Deci- de sumarização poderia realizar uma busca por
são classificam dados em um número finito de características comuns à maioria dos assinantes.
classes, com base nos valores das variáveis de Por exemplo, os assinantes da revista sobre negó-
entrada. Elas são compostas basicamente de cios, são homens na faixa etária de 35 a 65 anos,
uma hierarquia de declarações “se-então” e, com nível superior completo e que trabalham na
portanto, são significativamente mais rápidas área de finanças. Estas informações poderiam
do que as Redes Neurais. Também são mais ser utilizadas pela equipe de marketing da revis-
adequadas para dados categorizados e inter- ta para direcionar as ofertas de assinaturas para
valares, pois incorporar variáveis contínuas novos clientes com as mesmas características
em uma estrutura de árvore de decisão pode encontradas anteriormente.
ser difícil. Uma árvore de decisão pode ser defi- z Agrupamento ou Segmentação (Clustering):
Tarefa que tem como objetivo separar (particionar
nida como uma raiz seguida de nós internos.
ou segmentar) um conjunto de objetos em grupos
Cada nó (incluindo a raiz) é rotulado com uma (do inglês clusters) de objetos similares. Turban et
questão. Os arcos associados a cada nó abran- al. (2009) definem que o agrupamento divide um
gem todas as respostas possíveis. Cada resposta banco de dados em segmentos cujos membros
representa um resultado provável. Um exem- compartilham qualidades semelhantes. Esta tare-
plo de árvore de decisão pode ser visto na figu- fa diferencia da classificação pois não há a neces-
ra a seguir. sidade de que os registros sejam categorizados
previamente. Além do mais, o agrupamento não
tem o objetivo de classificar, estimar ou predizer o
valor de uma variável, ele apenas tenta identificar
00

os grupos de dados similares. Algumas das técni-


5-

cas usadas para classificação, como redes neurais,


21

referem-se em parte a situações que envolvem


.

agrupamento. Algumas áreas onde as tarefas de


70

agrupamento são aplicadas, podem ser a pesquisa


.4

de mercado, o reconhecimento de padrões, o pro-


49

cessamento de imagens, as pesquisas geográficas,


-0

a detecção de fraudes, entre outras.


z Associação (Association): Turban et al. (2009)
ar

definem que as associações estabelecem relações


és

entre itens que ocorrem juntos em um determina-


C

do registro. Algumas vezes, é chamada também de


o
dr

análise de cesta de supermercado (market basket)


„ Redes Neurais (Neural Networks): As redes
Pe

porque uma das aplicações dessa técnica é a aná-


neurais estão relacionadas com o desenvolvi- lise das operações de venda para determinar um
mento de estruturas matemáticas que têm a padrão do que os clientes ou consumidores costu-
capacidade de aprender. Turban et al. (2009) mam comprar. Castro e Ferrari (2016) exemplifi-
destacam que elas tendem a ser mais eficien- cam da seguinte forma: os gerentes de marketing
tes onde o número de variáveis envolvido é gostam muito de frases como “90% dos clientes
maior e as relações entre elas é mais complexa que compram um smartphone assinam um plano
e imprecisa. As redes neurais têm vantagens e de dados para seu aparelho”. Nesse caso, a regra
desvantagens. Como desvantagem, por exem- encontrada pela ferramenta de análise de dados
plo, é muito difícil fornecer uma boa justificati- e que está refletida nessa afirmação é aquele que
va para as previsões feitas por uma rede neural. associa smartphone ao plano de dados. Regras des-
Além disso, redes neurais tendem a necessitar sa natureza são chamadas de Regras de Associação
de muito treinamento. Dessa forma, o tempo ou, do inglês Association Rules, ou seja, é a identi-
necessário para treinamento tende a aumentar ficação de grupos de dados que apresentam con-
com o aumento do volume de dados. Assim, as corrência entre si (ocorrência simultânea de dois
redes neurais, em geral, não podem ser treina- eventos). Na tabela a seguir, há alguns exemplos
de regras de associação.
das em bancos de dados muito grandes.
374
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Regra 1: SE idade = jovem E estudante = não ENTÃO compra computadores = não
Regra 2: SE idade = jovem E estudante = sim ENTÃO compra computadores = sim
Regra 3: SE idade = média ENTÃO compra computadores = sim
Regra 4: SE idade = adulto E avaliação de crédito = excelente ENTÃO compra computadores = sim
Regra 5: SE idade = adulto E avaliação de crédito = ruim ENTÃO compra computadores = não

z Detecção de Anomalias ou Análise de Outliers: Castro e Ferrari (2016) destacam que os dados conhecidos
como anomalias ou valores discrepantes (outliers) não seguem o comportamento ou não possuem a caracterís-
tica comum dos dados ou de um modelo que os represente. Em algumas aplicações, como na detecção de frau-
des, os eventos raros ou anomalias podem ser mais informativos do que aqueles que ocorrem regularmente.

APLICAÇÕES DE MINERAÇÃO DE DADOS

A mineração de dados pode ser muito útil em diversos setores com o objetivo de identificar oportunidades de
negócios e criar vantagens competitivas. A seguir, estão listados alguns setores e como a mineração de dados pode
ajudá-los na análise de seus dados:

z Comércio Eletrônico (E-commerce): Os sites de comércio eletrônico usam mineração de dados para oferecer
vendas cruzadas por meio de seus sites. Por exemplo, diversos sites de compras mostram frases como “As
pessoas também viram”, “Compram juntos com frequência” para os clientes que estão interagindo com o site;
z Bancário: A mineração de dados ajuda o setor financeiro a obter uma visão dos riscos de mercado e a geren-
ciar a conformidade regulatória. Ajuda os bancos a identificar prováveis ​​inadimplentes para decidir se emi-
tem cartões de crédito ou empréstimos, por exemplo;
z Varejo e Vendas: A mineração de dados ajuda os proprietários do setor de vendas e varejo a saber as escolhas
dos clientes. Olhando para o histórico de compras dos clientes, as ferramentas de mineração de dados mos-
tram as preferências de compra de cada um deles;
z Fabricação e Produção: Com a ajuda da mineração de dados, os fabricantes podem prever o desgaste dos
ativos de produção. Eles podem antecipar a manutenção, o que os ajuda a reduzi-los para minimizar o tempo
de inatividade;
z Seguros: A mineração de dados ajuda as seguradoras a estabelecer preços lucrativos para seus produtos e a
promover novas ofertas para clientes novos ou existentes;
z Educação: A mineração de dados beneficia os educadores para acessar os dados dos alunos, prever os níveis
de desempenho e encontrar alunos ou grupos de alunos que precisam de atenção extra. Por exemplo, alunos
que são fracos na disciplina de matemática;
z Investigação Criminal: A mineração de dados pode detectar anomalias em uma grande quantidade de dados.
Os dados criminais, por exemplo, incluem todos os detalhes de um crime. Para a polícia, a mineração de dados
é útil para estudar os padrões e tendências e prevê eventos futuros com melhor precisão.
00

A partir do que foi estudado anteriormente, vamos resumir alguns conceitos fazendo uma comparação entre
5-

Mitos versus Realidade sobre a mineração de dados.


.21
70

MITO REALIDADE
.4

A mineração de dados fornece predições imediatas como A mineração de dados é um processo com várias etapas
49

bola de cristal que exige projeto e uso de técnicas proativas e calculadas


-0

A mineração de dados não é viável para aplicações de A tecnologia atual está pronta para ajudar qualquer negó-
ar

negócios cio, seja pequeno, médio ou grande


és

Os bancos de dados estão cada vez mais modernos e


C

A mineração de dados exige um banco de dados dedicado CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


robustos, permitindo, assim, a utilização em mais aplica-
o

e distinto
dr

ções de forma paralela


Pe

Ferramentas baseadas na Web mais recentes permitem


Somente aqueles com formação avançada podem fazer a
que pessoas de todos os níveis educacionais realizem a
mineração de dados
mineração de dados
Se os dados refletem exatamente o negócio ou os clientes,
A mineração de dados é apenas para grandes empresas
uma empresa pode usar a mineração de dados indepen-
que possuem milhares de dados de clientes
dentemente da quantidade de dados que ela armazena

NOÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA

O aprendizado de máquina é uma das tendências mais recentes da tecnologia atualmente. Do inglês Machine
Learning, este é um ramo da inteligência artificial (IA) que já está revolucionando o software moderno e mudando
a forma como as empresas fazem negócios.
Neste capítulo, iremos aprender alguns conceitos básicos sobre aprendizado de máquina e, ao final, resolvere-
mos algumas questões de concursos públicos sobre este tema.
375
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CONCEITO DE APRENDIZADO DE MÁQUINA Por exemplo, uma máquina poderia tentar enten-
der a relação entre o salário de um indivíduo e a pro-
O aprendizado de máquina é focado na cons- babilidade de ele ir a um restaurante mais refinado. O
trução de aplicativos que aprendem com os dados modelo então seria a máquina encontrar uma relação
e melhoram sua precisão ao longo do tempo, sem positiva entre o salário e o indivíduo ir a um restau-
serem programados para isso. Em ciência de dados, rante sofisticado.
um algoritmo é uma sequência de etapas de proces- Quando o modelo é construído, é possível testar
samento estatístico. No aprendizado de máquina, os o quão poderoso ele é em dados nunca vistos antes.
algoritmos são “treinados” para encontrar padrões e Os novos dados são transformados em um vetor de
recursos em grandes quantidades de dados, a fim de recursos que passam pelo modelo e dão uma previsão.
tomar decisões e fazer previsões com base em novos Essa é a “mágica” do aprendizado de máquina. Não
dados. Quanto melhor for o algoritmo, mais precisas há necessidade de atualizar as regras ou treinar nova-
serão as decisões e previsões à medida que ele proces- mente o modelo. Pode-se usar o modelo previamente
sa mais dados. treinado para fazer inferências sobre novos dados.
O aprendizado de máquina também está intima-
mente relacionado à mineração de dados, pois um ABORDAGENS DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
computador recebe dados como entrada e utiliza um
algoritmo para formular suas respostas. O aprendizado de máquina pode ser agrupado em
Uma tarefa típica do aprendizado de máquina é algumas categorias, são elas:
fornecer uma recomendação. Para quem tem conta
na Netflix, por exemplo, todas as recomendações de Aprendizagem Supervisionada
filmes ou séries são baseadas nos dados históricos do
usuário. Assim, as empresas de tecnologia utilizam o Um algoritmo utiliza dados de treinamento para
aprendizado de máquina para melhorar a experiên- aprender a relação de determinadas entradas com uma
cia do usuário com recomendações personalizadas. determinada saída. Pode-se usar o aprendizado super-
O aprendizado de máquina também é usado para visionado quando os dados de saída forem conhecidos.
uma variedade de outras tarefas, como detecção de Assim, o algoritmo irá prever novos dados.
fraude, manutenção preditiva, automatização de tare- Por exemplo, se quisermos usar o aprendizado
fas e assim por diante. Veremos mais aplicações do supervisionado para ensinar um computador a reco-
aprendizado de máquina em um tópico posterior. nhecer fotos de gatos, forneceríamos a ele um con-
junto de imagens, algumas rotuladas como “gatos” e
COMO FUNCIONA O APRENDIZADO DE MÁQUINA outras como “não são gatos”. Os algoritmos de apren-
dizado de máquina ajudariam o sistema a aprender a
generalizar os conceitos para que pudesse identificar
A programação tradicional difere significativa-
gatos em imagens que não havia encontrado antes.
mente do aprendizado de máquina, pois, nela, um
Há duas categorias de algoritmos de aprendiza-
programador codifica todas as regras ou algoritmos.
gem supervisionada que processam um conjunto de
Cada regra é baseada em uma base lógica e a máquina
dados previamente rotulado para extrapolar os com-
executará uma saída seguindo esta instrução.
portamentos dos dados não rotulados, são os:
Quando o sistema se torna muito complexo, mais
regras precisam ser escritas. Dependendo da comple-
00

z Algoritmos de Classificação
xidade do problema, a manutenção pode se tornar
5-

insustentável pelo programador. „ Como vimos no capítulo de Mineração de


21

Já o aprendizado de máquina é o cérebro onde Dados, os algoritmos de Classificação têm o


.
70

ocorre todo o aprendizado. A forma como a máquina objetivo de identificar a qual classe um deter-
minado dado pertence.
.4

aprende é semelhante à do ser humano. Por exem-


49

plo, os humanos aprendem com a experiência, corre- „ Por exemplo, imagine que se deseja prever
-0

to? Quanto mais sabemos, mais facilmente podemos o gênero de um determinado cliente em uma
prever sobre algo. Por analogia, quando enfrentamos loja online de varejo. Primeiro, será necessário
ar

uma situação desconhecida, a probabilidade de suces- coletar dados do cliente sobre altura, peso, tra-
és

so é inferior a uma situação conhecida. balho, salário, compras realizadas etc. Sabendo
C

As máquinas são treinadas da mesma forma. Para que o gênero dos clientes só poderá ser mas-
o
dr

realizar uma previsão, a máquina necessita enxergar culino ou feminino, o objetivo dos algoritmos
Pe

um exemplo conhecido previamente. Assim, quan- de Classificação será atribuir uma probabilida-
do oferecemos à máquina um conjunto de exemplos de de ser homem ou mulher (ou seja, o rótulo)
semelhantes, ela pode descobrir um resultado de for- com base nas informações (dados que foram
ma mais consistente. coletados). Quando o modelo aprender a reco-
O objetivo central do aprendizado de máquina é nhecer homem ou mulher, ele poderá ser utili-
o aprendizado e a inferência. Em primeiro lugar, a zado para fazer uma previsão a partir de dados
máquina aprende por meio da descoberta de padrões. coletados de novos clientes. Por exemplo, se o
Essa descoberta é feita graças aos dados. Uma parte modelo prediz “masculino = 70%”, significa que
crucial do cientista de dados é escolher cuidadosa- o algoritmo tem 70% de certeza de que o novo
mente quais dados serão fornecidos à máquina. A lista cliente é do gênero masculino e 30% é do gêne-
de atributos usada para resolver um problema é cha- ro feminino. Assim, a loja poderá exibir pro-
mada de vetor de recursos. dutos relacionados ao gênero com uma maior
A máquina usa alguns algoritmos sofisticados para probabilidade do cliente se interessar.
simplificar a realidade e transformar essa descoberta
em um modelo. Portanto, o estágio de aprendizagem z Algoritmos de Regressão
é usado para descrever os dados e resumi-los em um
376 modelo.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
„ Semelhante aos algoritmos de Classificação, a APLICAÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
Regressão é utilizada quando o dado é identifica-
do por um valor numérico e não por uma classe. z Automação
„ Por exemplo, um analista financeiro pode que-
rer prever o valor de uma ação com base em „ O aprendizado de máquina funciona de forma
uma variedade de características como desem- totalmente autônoma em qualquer área sem a
penhos anteriores da ação, índices macroeco- necessidade de qualquer intervenção huma-
nômicos etc. Assim, a partir destas informações, na. Por exemplo, robôs executando as etapas
os algoritmos irão ser treinados para estimar o essenciais do processo de uma fábrica.
preço das ações com o menor erro possível.
z Indústria Financeira
Aprendizagem Não Supervisionada
„ O aprendizado de máquina está se tornando
Na aprendizagem não supervisionada, um algo- cada vez mais popular no setor financeiro.
ritmo explora dados de entrada sem receber uma Os bancos estão usando principalmente para
variável de saída explícita. Ou seja, o objetivo é que o encontrar padrões de dados entre os clientes,
sistema desenvolva suas próprias conclusões a partir mas também para evitar fraudes.
de um determinado conjunto de dados.
Por exemplo, se um gerente de uma loja de varejo z Governo
tivesse um grande conjunto de dados de vendas onli-
ne, ele poderia usar o aprendizado não supervisiona- „ O governo usa o aprendizado de máquina para
do para encontrar associações entre esses dados que gerenciar a segurança pública e os serviços
poderiam ajudá-lo a melhorar o marketing dos produ- públicos.
tos. O resultado dos algoritmos poderia informar algo
como “As vendas de home theater estão relacionadas z Saúde
às vendas de aparelhos de televisão.”.
Uma categoria de algoritmos de aprendizagem não „ A saúde foi uma das primeiras áreas a utilizar
supervisionada que processa um conjunto de dados o aprendizado de máquina com a detecção de
para encontrar um padrão interno, sem consultar imagem.
dados prévios é o Agrupamento ou Clustering.
z Marketing
Aprendizagem Semissupervisionada
„ Antes da era dos dados de massa (o chamado
O aprendizado semissupervisionado oferece um Big Data), os pesquisadores desenvolveram
meio-termo entre o aprendizado supervisionado e o ferramentas matemáticas avançadas, como
não supervisionado. Durante o treinamento, ele usa análise bayesiana, para estimar o valor de um
um menor conjunto de dados rotulados para orientar cliente. Com o crescimento dos dados, o depar-
a classificação e a extração de recursos de um conjun- tamento de marketing utiliza a inteligência arti-
to de dados maior e não rotulado. ficial, como o aprendizado de máquina, para
A aprendizagem semissupervisionada pode resol- otimizar o relacionamento com o cliente e os
00

ver o problema de não haver dados rotulados suficien- anúncios dos produtos, por exemplo.
tes (ou não ser capaz de rotular dados suficientes) para
5-
21

treinar um algoritmo de aprendizagem supervisionada.


Voltando ao exemplo do gato, imagine que você Dica
.
70

tenha um grande número de imagens, algumas das Nos últimos anos, a empresa Google tem desen-
.4

quais foram rotuladas como “gato” e “não é gato” e


49

volvido um carro autônomo que utiliza inteligên-


outras não. Um sistema de aprendizagem semissu- cia artificial com algoritmos de aprendizado de
-0

pervisionado usaria as imagens rotuladas para fazer


máquina para se locomover. O automóvel é cheio
ar

algumas suposições sobre quais das imagens não


de câmeras e lasers em seu teto que indicam a
és

rotuladas incluem gatos. As melhores suposições


localização que ele está em relação à sua volta.
C

seriam então realimentadas no sistema para ajudá-lo


Ele também possui um radar na parte da frente do CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
o

a melhorar suas capacidades e o ciclo continuaria.


dr

automóvel que informa a velocidade e o movimen-


Pe

Aprendizado por Reforço to de todos os demais carros ao seu redor. Esses


equipamentos geram dados para descobrir não
O aprendizado por reforço é um modelo de apren- apenas como dirigir o carro, mas também para
dizado de máquina comportamental semelhante ao descobrir e prever movimentos dos motoristas
aprendizado supervisionado, mas o algoritmo não ao seu redor, processando quase um gigabyte por
é treinado usando dados de amostra. Este modelo segundo de dados. Impressionante, não?
aprende à medida que avança por meio de tentativa
e erro. Uma sequência de resultados bem-sucedidos
será reforçada para desenvolver a melhor recomen-
dação ou política para um determinado problema.
Por exemplo, se a tarefa for sugerir um artigo de
CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A
notícias a um usuário, um algoritmo de aprendiza- DISTÂNCIA
do por reforço obterá feedback constante do usuário,
sugerindo alguns artigos de notícias e, em seguida, Antes de iniciarmos nossa discussão sobre edu-
construirá um “gráfico de conhecimento” de quais cação a distância, cabe elencar os tipos de educação
artigos a pessoa gostará. existentes. Acompanhe:
377
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z Presencial: aulas em local fixo;
z Semipresencial: aulas parte em sala de aula e parte a distância;
z A distância: pode ter ou não momentos presencias; a maior parte a distância.

De acordo com Sanchez (2005),

A Educação a Distância é uma modalidade de educação que se utiliza de tecnologia como aliada e intermediária
para existir de forma eficaz e impactar de maneira positiva os alunos envolvidos.5

O ensino remoto emergencial e a educação a distância são diferentes. Vejamos:6

z Ensino remoto: diz respeito às atividades de ensino mediadas por tecnologias, mas orientadas pelos princí-
pios da educação presencial;
z EaD: modalidade de ensino reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC) e consolidada teórica e meto-
dologicamente. Possui uma estrutura política e didático-pedagógica que vai além dos momentos síncronos e
assíncronos do ensino remoto. Acontece em um ambiente virtual de aprendizagem no qual ficam disponíveis
as aulas gravadas, que podem ser acessadas pelos estudantes no momento mais oportuno para eles.

Nesse sentido, Otsuka, Lima e Mill (2011) apresentam os principais atores e seus papéis no ensino-aprendiza-
gem a distância. No quadro a seguir, apresentamos o papel dos envolvidos:

ATOR PAPEL
É o ator principal, com participação decisiva nas atividades durante o curso, que explora,
investiga e colabora no processo de organização coletiva de informações. O aluno deve
Aluno
estar motivado para aprender, ter perseverança e responsabilidade, ter hábito de planeja-
mento e visão de futuro, ser proativo, comprometido e autodisciplinado
Planeja as disciplinas por meio de materiais educacionais e atividades avaliativas e
Professor
coordena a equipe de tutores durante sua disciplina
Tutor a distância Encaminha e guia os alunos, respondendo a questionamentos no decorrer da disciplina
Conduz os alunos no polo, tendo como sua principal característica o contato presencial,
Tutor presencial ajudando nas resoluções de exercícios e na elaboração de métodos de estudos. Estabe-
lece ligação com os professores e tutores a distância

Fonte: EBERSPACHER, 2017 (apud Otsuka, Lima e Mill, 2011).

No contexto da educação a distância, o papel dos envolvidos como um todo é a interação com diferentes meios
e sujeitos e o compartilhamento de conhecimento.
00
5-
21

CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE REPRODUÇÃO DE


.
70

ÁUDIO E VÍDEO
.4
49
-0

Os softwares instalados no computador, podem ser classificados de formas diferentes, de acordo com o ponto
de vista e sua utilização.
ar

Vamos conhecer algumas delas.


és
C

CATEGORIA CARACTERÍSTICA EXEMPLO


o
dr

Sistemas Operacionais que oferecem


Pe

Básico uma plataforma para execução de outros Windows e Linux


softwares
Programas que permitem ao usuário criar e
Aplicativo Microsoft Office e LibreOffice, reprodutores de mídias
manipular seus arquivos
Softwares que realizam uma tarefa para a Compactador de arquivos, Desfragmentador de Discos,
Utilitários
qual fora projetado Gerenciadores de Arquivos
Software malicioso, que realiza ações que Vírus de computador, worms, cavalo de Troia,
Malware
comprometem a segurança da informação spywares, phishing, pharming, ransomware etc.

5 SÁNCHEZ, Pilar Arnaiz. A educação inclusiva: um meio de construir escolas para todos os no século XXI. BRASIL, Ministério da Educação.
Secretaria da Educação Especial. Inclusão: Revista da Educação, 2005, p. 101.
6 ROCHA, R. Profissionais explicam a diferença entre ensino a distância e ensino remoto. Instituto Federal Alagoas, 2021. Disponível em:
378 https://www2.ifal.edu.br/noticias/profissionais-explicam-a-diferenca-entre-ensino-remoto-e-ensino-a-distancia. Acesso em: 11 mar. 2022.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Os softwares que reproduzem conteúdo multimídia, como o Windows Media Player e o Groove Music (além
de opções de terceiros, como o VNC Player), reconhecem o arquivo como tendo conteúdo multimídia a partir da
extensão dele.

EXTENSÃO COMENTÁRIOS
.avi Audio Video Interleave. Formato de vídeo padrão do Windows
.3gp Formato de vídeo popular entre aparelhos smartphones
.flv Formato de vídeo da Macromedia, usado pelo Adobe Flash, de baixa qualidade
Neste formato, as trilhas de áudio, vídeo e legendas são encapsuladas em um único contêiner,
.mkv
suportando diversos formatos
QuickTime File Format é um formato de arquivo de computador usado nativamente pela estrutura do
.mov
QuickTime
Arquivo áudio MP3 (MPEG-1 Layer 3). Formato de áudio que aceita compressão em vários níveis. Pode
.mp3
utilizar o Windows Media Player ou Groove Music para reprodução
Moving Picture Experts Group. Arquivo de vídeo comprimido, visível em quase qualquer reprodutor,
.mpg como por exemplo, o Real One ou o Windows Media Player. É o formato para gravar filmes em formato
VCD
Real Media Variable Bitrate. Formato de vídeo com taxa variável de qualidade desenvolvido pela Real
.rmvb
Networks
.wav Formato de áudio Wave, sem compactação com baixa amostragem
.wma Windows Media Audio, formato de áudio padrão do Windows
.wmv Windows Media Video, formato de vídeo padrão do Windows

As aplicações multimídia utilizam o fluxo de dados com áudio, vídeo e metadados. Os metadados são usados
para diferentes funções, como identificação da fonte, dados sobre duração da transmissão, verificação da quali-
dade etc.
Quando usados separadamente, o usuário pode baixar apenas o áudio de um vídeo, ou modificar os metada-
dos do MP3 para exibir as informações editadas sobre autor, disco, nome da música etc. Os fluxos de dados devem
ser analisados na forma de contêiner (pacote encapsulado), a fim de mensurar a qualidade e quantidade de dados
trafegados.
Stream é um fluxo de dados com pacotes de vídeo e áudio transferidos de um servidor remoto para o disposi-
tivo local. Popularizado pelo serviço Netflix de filmes e séries, o formato stream fragmenta o conteúdo em pacotes
de dados para serem enviados pelo canal com protocolos TCP. Esses pacotes de dados são os contêineres.
00
5-

SmartTv
.21

Internet
70
.4
49
-0

A transferência de arquivos poderá ser realizada de três formas:


ar
és

z Fluxo contínuo;
C

z Modo blocado; CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o
dr

z Modo comprimido.
Pe

Na transferência por fluxo contínuo, os dados são transmitidos como um fluxo contínuo de caracteres.

Cliente
Internet

Fluxo contínuo – os dados são enviados na forma de um


fluxo de caracteres

379
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
No modo blocado, o arquivo é transferido como z Prevenção de retrabalhos;
uma série de blocos precedidos por um cabeçalho z Planejamento;
especial. Esse cabeçalho é constituído por um conta- z Treinamento e capacitação da equipe;
dor (2 bytes) e um descritor (1 byte). z Trabalho a distância.

Um dos grandes avanços das ferramentas de pro-


dutividade é possibilitar o trabalho remoto. Partire-
mos, então, ao estudo de algumas delas:
Cliente
Internet MICROSOFT TEAMS

Esta ferramenta consiste em uma plataforma uni-


ficada de comunicação e colaboração que permite aos
00 A 02 B 01 B
seus usuários a realização de videoconferências e o
01 C
armazenamento de arquivos. Além disso, a platafor-
Modo blocado – os dados são enviados com contador e ma integra e permite o uso das ferramentas de escri-
descritor tório do Pacote Microsoft Office;

No modo comprimido, a técnica de compressão CISCO WEBEX


utilizada caracteriza-se por transmitir uma sequência
de caracteres iguais repetidos. Os dados normais, os Esta plataforma, também conhecida por WebEx
dados comprimidos e as informações de controle são Meetings ou Cisco Web Teams, destina-se ao corpora-
os parâmetros dessa transferência. tivismo e possibilita aos seus usuários a realização de
reuniões, tanto por meio de áudio quanto por video-
conferência. Pode ser acessada pelos seguintes termi-
nais: computadores, smartphones (Android ou IOS),
através do download do seu aplicativo ou direto pelo
Internet
Internet navegador;
Cliente

GOOGLE HANGOUT
Dados únicos
Dados repetidos Plataforma de comunicação desenvolvida pela
Google que possibilita o envio e compartilhamento
Informações de
controle
de mensagens, ligações por videoconferência e tam-
bém integra alguns serviços da Google. Contudo, des-
Modo blocado – os dados são enviados com contador e descritor de meados de 2020 a empresa vem migrando as suas
funcionalidades para Google Chat;
A transferência de dados e arquivos pelas redes de
computadores compreende um dos temas que, comu- GOOGLE DRIVE
mente, são abordados em provas de concursos.
00

Serviço de armazenamento e sincronização de


5-

documentos em nuvem disponível tanto na modalida-


21

de gratuita (15 GB) quanto remunerada, por meio de


.
70

assinatura, modalidade esta que oferece mais opções


FERRAMENTAS DE PRODUTIVIDADE E
.4

de armazenamento. A plataforma encontra-se dispo-


49

TRABALHO A DISTÂNCIA nível para acesso nos seguintes terminais: computa-


-0

dores, smartphones (Android e IOS), tablets e Ipads.


ar

A produtividade é a capacidade de produzir ou Além disso, ela integra diversos serviços da Google,
és

condição do que é produtivo. Em outras palavras, tra- tais como o Google Docs, Planilhas, Apresentações,
ta-se do quanto se produz em um determinado perío-
C

entre outros;
o

do de tempo, considerando os recursos e ferramentas


dr

disponíveis. Atualmente, a produtividade é um dos SKYPE


Pe

objetivos mais buscados pelos órgãos públicos e priva-


dos, especialmente na era digital, na qual os meios de Plataforma que permite a comunicação através de
comunicação e as ferramentas de trabalho estão cada videoconferência e voz, assim como o envio e com-
vez mais céleres, rápidos e efetivos. partilhamento de mensagem. Foi desenvolvido por
Tornar as atividades mais produtivas, no sentido Janus Friis e Niklas Zennstrom e vendido para empre-
de poupar tempo, é uma busca constante de empresas, sa E-bay. Contudo, atualmente o software pertence à
sobretudo porque possibilitam o trabalho otimizado, Microsoft. O serviço pode ser acessado por meio do
além de permitir que ele seja realizado de maneira download do aplicativo ou até mesmo diretamente
remota e com equipes reduzidas. pelo navegador.
Na contemporaneidade, nota-se que está cada vez
mais frequente o investimento em capital tecnológico
por empresas que buscam ferramentas para alavan-
car os seus lucros, acelerar a mão de obra e diminuir
custos. As ferramentas possibilitam ainda:

380 z Diluição dos processos;


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) arquivos de áudio e CDs, mas não é capaz de reprodu-
HORA DE PRATICAR! zir arquivos de vídeo.
b) arquivos de vídeo e DVDs, mas não é capaz de repro-
1. (CESGRANRIO — 2021) O armazenamento de dados duzir arquivos de áudio.
ou informações em sistemas computacionais é pos- c) CDs e DVDs, mas não é capaz de reproduzir arquivos
sível com a utilização de arquivos, que servem como de áudio e de vídeo.
importante suporte tecnológico para o atendimento d) arquivos de áudio e de vídeo, mas não é capaz de gra-
das diversas demandas dos usuários. var DVDs de vídeo.
e) arquivos de áudio e de vídeo, mas não é capaz de gra-
Do ponto de vista técnico, esses arquivos podem ser
var CDs de áudio.
considerados
6. (CESGRANRIO — 2021) Ao visitar uma agência, um
a) abstrações feitas pelo sistema operacional das carac- funcionário de TI de um banco percebeu, durante sua
terísticas lógicas das informações armazenadas. conversa com um bancário, que a cada 15 minutos,
b) coleções nomeadas de informações relacionadas que um alarme tocava no celular do empregado, e que,
são gravadas em memória secundária do computador. nesse momento, ele executava um programa no com-
c) organizações físicas de pastas em um dispositivo de putador servidor do banco, que rodava o Linux SUSE.
armazenamento volátil. Descobriu, depois, que o mesmo se repetia em todas
d) imagens construídas utilizando os formatos jpeg, png as agências. Percebendo isso como um sinal de que
ou bmp para identificá-los. havia uma demanda interna de executar esse progra-
e) sequências de caracteres organizados em linhas e ma de tempos em tempos, o funcionário de TI resol-
possivelmente em páginas, quando forem arquivos veu mudar o processo, fazendo esse programa ser
de vídeo. executado automaticamente de forma periódica.
Para alcançar esse objetivo, esse funcionário utilizou
2. (CESGRANRIO — 2021) Muitos códigos maliciosos a funcionalidade do comando
aproveitam-se de um recurso do Windows 10 que
possibilita a execução de um programa presente em a) cron
um dispositivo de armazenamento USB imediata- b) curl
mente após a sua conexão ao computador. c) jobs
Esse recurso, que pode ser desativado, é conhecido d) timedatectl
como e) touch

a) inicialização automática 7. (CESGRANRIO — 2021) Dois funcionários de um


b) execução automática determinado banco estão editando, simultaneamen-
c) reprodução automática te, o mesmo arquivo de texto (documento tipo docx)
d) atualização automática utilizando o Microsoft Office 365 online.
e) configuração automática Considerando esse cenário, o arquivo final conterá

3. (CESGRANRIO — 2021) No código de práticas de a) somente as modificações realizadas pelo funcionário


segurança da informação, recomenda- se que o de nível hierárquico mais alto.
acesso ao ambiente operacional (área de trabalho) do b) somente as modificações realizadas pelo funcionário
que fechar o arquivo por último.
00

computador seja bloqueado quando o usuário do sis-


tema se ausentar do seu posto de trabalho. c) somente as modificações realizadas pelo funcionário
5-

que fechar o arquivo primeiro.


21

O atalho do teclado no Windows 10 para fazer esse blo-


queio requer o pressionamento combinado das teclas d) somente as modificações realizadas pelo funcionário
.
70

que tiver aberto o arquivo primeiro.


.4

a) Ctrl e C e) todas as modificações realizadas por ambos os fun-


49

b) Ctrl e Z cionários.
-0

c) Alt e F4
8. (CESGRANRIO — 2021) Um colaborador da empresa
ar

d) logotipo do Windows e D
és

e) logotipo de Windows e L utilizou o Word do Microsoft Office 365 para produzir


um documento. Depois que o documento foi salvo, o
C

usuário pressionou o botão Compartilhar para aces- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

4. (CESGRANRIO — 2021) Um usuário precisa utilizar o


dr

Explorador de Arquivos do Windows 10 para listar, pelo sar a janela Enviar link. Nessa janela, selecionou a
Pe

menos, os atributos de nome e data e hora de modificação opção Especificar pessoas, marcou a opção Permitir
dos arquivos e das subpastas, contidos em uma pasta. edição, desativou a opção Abrir somente em modo de
Para apresentar esses atributos, depois de selecionar revisão e pressionou o botão Aplicar. De volta à jane-
a pasta desejada no Explorador de Arquivos, o usuário la Enviar link, forneceu os endereços de e-mail das
deve selecionar a opção de exibição pessoas que deveriam receber o link de compartilha-
mento do documento e pressionou o botão Enviar. Em
a) ícones grandes seguida, uma janela com a mensagem de confirma-
b) ícones médios ção de envio foi apresentada.
c) ícones pequenos Depois de abrir o documento novamente no Word do
d) detalhes Microsoft Office 365, o usuário poderá saber quem fez
e) lista alterações recentes no seu documento se clicar em

5. (CESGRANRIO — 2021) Estações de trabalho que a) Acompanhar edição


utilizam o sistema operacional Windows 7, 8.1 ou 10 b) Acompanhar alterações
instalado contam com o Windows Media Player. c) Acompanhar revisões
Esse programa é capaz de reproduzir d) Ficar em dia
e) Novidades 381
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
9. (CESGRANRIO — 2021) O agente comercial de uma 13. (CESGRANRIO — 2021) Sabendo que o banco em que
empresa elaborou uma planilha no software Microsoft trabalha vai colocar centenas de ATMs em shoppings
Excel para lançar os débitos de seus clientes. Ele a con- e postos de gasolina, um funcionário de TI propôs que
figurou para controlar automaticamente as seguintes cada ATM mandasse periodicamente um sinal de sta-
regras: tus, por meio do protocolo UDP.
Esse protocolo do conjunto TCP/IP é considerado
a) admitir, apenas, débitos entre R$ 40.000,00 e R$ como parte da camada
110.000,00; e
b) destacar, em cor diferente, os débitos entre R$ a) de aplicações
90.000,00 e R$ 110.000,00. b) de transporte
c) de rede
Quais são os recursos do Microsoft Excel que o agen- d) de enlace de dados
te comercial deverá utilizar, respectivamente, para e) física
obter esse controle?
14. (CESGRANRIO — 2021) Ao chegar para seu primeiro dia
a) Validação de dados; Formatação condicional de emprego no banco, um novo gerente de TI percebeu
b) Formatação condicional; Gerenciador de cenários que era demandado muito esforço no setor para con-
c) Verificação de erros; Teste de hipóteses trole do número IP de cada computador, o que causava,
d) Função de consolidação; Formatação condicional também, alguns erros por uso múltiplo do mesmo IP nas
e) Classificar e Filtrar; Validação de dados redes.
Percebendo uma oportunidade de melhoria, o novo
10. (CESGRANRIO — 2021) O trabalho em coautoria no gerente decidiu que os computadores passariam a obter
Microsoft Office 365 permite que vários colaboradores automaticamente um número IP, por meio do protocolo
atuem em conjunto. Ao longo do tempo de colaboração
dos coautores, várias versões do documento serão pro- a) DHCP
duzidas e armazenadas automaticamente pelas ferra- b) DNS
mentas do Word e do Excel do Microsoft Office 365. c) HTTP
Para ter acesso a todas as versões de um documento d) IMAP
ou de uma planilha, um dos coautores pode selecio- e) SMTP
nar os seguintes itens: o menu
15. (CESGRANRIO — 2021) A área de atendimento ao clien-
a) Arquivo, a opção Compartilhamento e a opção Histó- te de um determinado banco precisava treinar todos os
rico de Versões. atendentes e gerentes em um novo software de apoio à
b) Arquivo, a opção Informações e a opção Histórico de negociação de empréstimos. Buscando os meios ade-
Versões. quados para atender a essa demanda, o responsável
c) Arquivo, a opção Recuperação e a opção Mostrar pela área de Educação a Distância decidiu que o curso
Versões. seria multimídia, com textos e aulas gravadas, garantin-
d) Revisão, a opção Compartilhamento e a opção Histó- do assim que os alunos pudessem realizá-lo no momen-
rico de Versões. to em que quisessem, cada um em seu horário.
e) Revisão, a opção Recuperação e a opção Mostrar Isso caracteriza o curso proposto como um curso de
Versões.
00

treinamento on-line
5-

11. (CESGRANRIO — 2021) O serviço de correio eletrônico


21

a) assíncrono
é uma ferramenta essencial para o trabalho do dia a
.

b) concomitante
70

dia dos colaboradores de uma empresa.


c) síncrono
.4

Para garantir a segurança da comunicação do cliente


d) tautócrono
49

de correio eletrônico com os servidores de correio ele-


e) tempestivo
-0

trônico de entrada e de saída de mensagens, é impor-


tante configurar a utilização do padrão de segurança
ar

16. (CESGRANRIO — 2021) O Mozilla Firefox apresen-


és

a) TLS tou uma página de resultado de uma pesquisa na


C

b) SMTP Web na qual o usuário deseja procurar uma palavra


o

específica.
dr

c) IMAP
Para fazer isso, o usuário pode acessar a caixa de tex-
Pe

d) POP3
e) HTTP to de procura na página, pressionando, em conjunto, as
teclas
12. (CESGRANRIO — 2021) Apesar de os navegadores
serem as ferramentas dominantes na internet, vários a) Ctrl e T
serviços possuem ferramentas próprias mais ade- b) Ctrl e N
quadas e, inclusive, mais otimizadas para protocolos c) Ctrl e P
específicos. Um desses protocolos foi desenvolvido d) Ctrl e S
para a transferência de arquivos, sendo usado a partir e) Ctrl e F
de programas como FileZilla.
Esse protocolo é conhecido como 17. (CESGRANRIO — 2021) Uma opção de navegador web
(browser) de internet disponível para instalação em
a) ftp diversas plataformas é o Mozilla Firefox, que apresen-
b) imap ta um conjunto de funcionalidades, entre elas o seu
c) pop3 histórico de navegação.
d) ssh
382 e) telnet
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Inclui(em)-se no histórico de navegação do Mozilla a) a estação de trabalho que o destinatário utiliza está
Firefox desligada.
b) a caixa postal de correio eletrônico do destinatário
a) a Configuração de zoom atingiu algum limite predeterminado de tamanho,
b) o Certificado OCSP como por exemplo, em bytes.
c) o Protocolo HTTPS c) o destinatário possui muitos endereços de correio
d) os Cookies eletrônico cadastrados no domínio internet.
e) os Temas d) o destinatário não estava utilizando a sua estação de
trabalho no momento do recebimento da mensagem
18. (CESGRANRIO — 2021) Portais corporativos reve- de correio eletrônico.
lam-se uma interessante alternativa de comunicação e) o destinatário estava utilizando muitos programas
com seu público-alvo. Esses portais permitem que a ativos na estação de trabalho no momento do recebi-
organização transmita, pela internet, sua mensagem mento da mensagem de correio eletrônico.
diretamente para o meio externo com um conteúdo
organizado. Ao ser desenvolvido, é importante que tal 21. (CESGRANRIO — 2021) O serviço de buscas do Goo-
conteúdo seja testado nos principais navegadores de gle é um dos mais usados em todo o mundo. Para
rede. Um importante representante dessa categoria é as pesquisas, o mais comum é a pessoa informar
o Mozilla Firefox, sendo a escolha dos temas uma das livremente algumas palavras e verificar se o resultado
etapas importantes no projeto de um portal. atende às suas expectativas.
Qual é a função dos temas no Mozilla Firefox? Como solicitar corretamente ao Google que seja pes-
quisada uma correspondência exata da frase “Prédio
a) Configurar a privacidade de informações que possam iden- mais alto do Brasil”?
tificar o usuário em: normal, rigoroso ou personalizado.
b) Mudar a aparência, como, por exemplo, o esquema de a) /Prédio mais alto do Brasil/
cores ou a imagem de fundo das barras de ferramentas. b) -Prédio -mais -alto -do -Brasil
c) Organizar as abas abertas em uma única janela, defi- c) #Prédio #mais #alto #do #Brasil
nindo sua sequência de apresentação por um critério de d) “Prédio mais alto do Brasil”
ordenação. e) exato (“Prédio mais alto do Brasil”)
d) Permitir a edição do controlador de zoom da página
apresentada, adequando-a às configurações de tela. 22. (CESGRANRIO — 2021) Uma boa imagem institucio-
e) Sincronizar itens favoritos entre os diversos dispositi- nal deve ser não somente construída e mantida pela
vos de um usuário, tais como senhas ou abas abertas. empresa, mas também divulgada. Desse modo, a
organização transmite confiabilidade aos seus clien-
19. (CESGRANRIO — 2021) Navegadores da internet poten- tes, colaboradores e fornecedores, fortalecendo sua
cializam consideravelmente a comunicação de uma relação com a comunidade. Nesse contexto, o Twitter
organização com os meios externo (clientes e fornece- pode exercer um papel fundamental.
dores) e interno (colaboradores). A comunicação direta Uma funcionalidade oferecida pelo Twitter são as(os)
com esses atores viabiliza a identificação de percalços
ou de oportunidades de forma mais eficiente. a) vozes do Twitter, que possibilitam ao usuário o com-
O Microsoft Edge, um exemplar dessa categoria de partilhamento de ideias transitórias.
00

software, possui o modo InPrivate, que b) listas, que permitem ao usuário selecionar os tweets
5-

que deseja prioritariamente visualizar.


21

a) controla a utilização dos dispositivos móveis de sua c) moments, que viabilizam as conversas privadas par-
.
70

organização conforme o pacote EMS (Enterprise ticulares ou em grupo, via plataforma ou SMS.
.4

Mobility + Security). d) periscopes, que definem diretrizes e políticas gerais


49

b) permite a configuração prévia de sites liberados para para uso pelas autoridades policiais do Twitter.
-0

navegação, além do ajuste do serviço BingSafeSearch e) boletins informativos, que permitem a visualização de
para o modo rigoroso. várias timelines em uma única interface simples.
ar
és

c) possibilita a leitura de arquivos PDF que possuem


arquitetura de formulários XFA, segundo a política de 23. (CESGRANRIO — 2021) O LinkedIn é uma plataforma
C

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
informações da Microsoft (MIP). que viabiliza o estabelecimento de redes sociais dire-
o
dr

d) provê acesso, mediante assinatura, a um provedor cionadas ao contexto profissional. Estimular os cola-
Pe

de notícias de alta qualidade, produzido pelos mais boradores da organização a cadastrarem e manterem
importantes editores premium. suas informações atualizadas neste ambiente pode
e) remove os elementos de navegação acessados de ser uma interessante estratégia de visibilizar confia-
uma sessão, tais como histórico de navegação, coo- bilidade institucional. Em uma das possíveis formas
kies ou dados de formulário. de divulgação deste ambiente, podem-se cadastrar
informações referentes à experiência profissional
20. (CESGRANRIO — 2021) O envio e o recebimento de men- (Experience), formação acadêmica (Education) e um
sagens de correio eletrônico são atividades corriqueiras, campo livre para autodescrição (About).
tanto nas organizações quanto no dia a dia da grande Para acessar esse cadastro, utiliza-se a opção
maioria da população brasileira. No entanto, há situa-
ções em que as mensagens enviadas são devolvidas a) Mensagens (Messaging)
com um aviso de que não puderam ser entregues ao b) Minha rede (My Network)
destinatário. c) Notificações (Notifications)
Um dos motivos que justificam a não entrega de uma d) Perfil (Profile)
mensagem de correio eletrônico ao destinatário é porque e) Vagas (Jobs)
383
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
24. (CESGRANRIO — 2021) O Google Drive é uma ferramen- Os podcasts são caracterizados por serem armaze-
ta que permite o armazenamento de arquivos na nuvem. nados no formato de
Suponha que um usuário A tenha criado uma pasta no
Google Drive para arquivos de um Projeto X qualquer. a) áudio, podendo ser baixados ou executados em servi-
Para compartilhar essa pasta do Projeto X no Google ços de reprodução de streaming.
Drive com outros usuários, a partir de uma estação de b) bibliotecas, disponibilizando serviços via API especí-
trabalho, é necessário: fico para aplicações relacionadas a gaming.
c) imagens com alta qualidade, se estiverem armazena-
a) solicitar o compartilhamento da pasta ao Google, por das nos formatos de 24 ou 32 bits de cores.
e-mail. d) nuvem, sendo adequados para utilização em redes
b) dispor do número do telefone celular dos outros usuá- sociais, Enhancing UGC Video Sharing ou streaming.
rios, de modo a cadastrá-los para ter acesso à pasta. e) televisão, sendo transmitidos por streaming, median-
c) notificar os outros usuários que eles precisam estar te utilização do protocolo VoIP.
usando o Google Drive no momento em que o usuário
A compartilhar a pasta. 28. (CESGRANRIO — 2021) Em uma organização, o uso
d) enviar aos outros usuários o endereço (link) da pasta. do Telegram pode otimizar a tarefa de gestão de
e) aguardar três dias após a criação da pasta para que equipes por meio de uma comunicação mais eficiente
ela possa ser compartilhada. entre seus membros.
Nesse contexto, qual é a função dos links t.me?
25. (CESGRANRIO — 2021) O Google Drive é um sistema
de armazenamento de arquivos em nuvem que permite a) Acessar a API do Telegram.
o acesso ao seu conteúdo a qualquer pessoa, bastan- b) Adicionar os administradores de um grupo.
do para isso possuir uma conta do Google e ter acesso
c) Configurar o GRPDbot.
à internet. Esse sistema é particularmente interessante
d) Enviar mensagens a partir de um nome de usuário
para o fluxo de trabalho de uma organização, dado que
previamente configurado.
seus colaboradores podem, por exemplo, redigir e aces-
e) Inicializar chats secretos.
sar textos e relatórios produzidos no Google Docs e dire-
cionados ao atendimento dos seus clientes.
Uma opção de configuração geral oferecida pelo Google 29. (CESGRANRIO — 2021) A Segurança da Informação é
Drive é a densidade, que uma preocupação permanente dos agentes comerciais,
principalmente em relação a assuntos contratuais e
financeiros e às facilidades advindas dos meios digitais.
a) aumenta ou reduz a quantidade de informação apre-
sentada na tela do computador. Os recursos providos pelas áreas de TI das empresas,
b) controla o tamanho dos arquivos armazenados, no que se refere à segurança da informação, incluem
gerenciando o espaço armazenado no Drive. a irretratabilidade, que deve garantir a
c) converte arquivos externos enviados para o formato
adotado pelo editor de documentos do Google. a) manutenção exata e completa do conteúdo das men-
d) importa a quantidade de arquivos externos ao Google sagens desde a origem até o destino.
Drive que podem ser carregados no sistema. b) impossibilidade de negar a autoria de uma mensagem.
e) permite adquirir mais espaço disponível no Google c) possibilidade do acesso a qualquer mensagem quan-
Drive, a partir da assinatura do serviço Google One. do necessário.
00

d) impossibilidade de os conteúdos das mensagens serem


5-

lidos e compreendidos por pessoas não autorizadas.


21

26. (CESGRANRIO — 2021) As informações sobre um


processo essencial de determinado banco nunca e) impossibilidade de o destinatário negar o recebimen-
.
70

foram documentadas, porém são conhecidas implici- to de uma mensagem.


.4

tamente por seus muitos funcionários. Responsável


49

por recuperar e documentar esse conhecimento, um 30. (CESGRANRIO — 2021) Os bancos investem em recur-
-0

funcionário protagonizou uma iniciativa para que os sos de segurança para minimizar os riscos de fraude
ar

próprios funcionários criassem a documentação, ins- nas operações bancárias através de Internet Banking. Os
és

talando e gerenciando um site baseado na tecnologia usuários, porém, precisam estar atentos aos golpistas
C

Wiki na intranet desse banco. que procuram persuadir vítimas em potencial a acessar
o

Qual a principal característica dos Wikis? sites falsos e a fornecer informações sensíveis.
dr

Esse ataque é conhecido como


Pe

a) Gerar documentação em PDF automaticamente, faci-


litando a criação de documentos distribuíveis. a) botnet
b) Manter um fórum de discussões estruturado em for- b) injection
ma de árvore e orientado a assuntos. c) spyware
c) Transformar, rapidamente, documentos Word em d) phishing
páginas Web. e) ransomware
d) Permitir que o leitor de uma página Web edite seu
conteúdo. 31. (CESGRANRIO — 2021) Existem soluções de hardware
e) Gerenciar listas de discussão feitas por e-mail e guar- e software que buscam minimizar as chances de um
dar seu conteúdo. ataque a sistemas computacionais ser bem-sucedido.
Dentre tais soluções de segurança, há uma que monitora
27. (CESGRANRIO — 2021) Existem diferentes soluções o tráfego de entrada e saída de rede, funcionando como
tecnológicas baseadas em multimídia, que permitem a um filtro de pacotes, permitindo ou não a sua liberação a
uma empresa difundir seus objetivos e valores, estabe- partir de um conjunto de regras específicas.
lecendo, assim, pontes com todos com quem interage. Essa solução é o
Podcasts representam uma dessas possíveis soluções.
384
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
a) Antimalware Quanto às equipes do Microsoft Teams e seus mem-
b) Dispositivo USB bros, observa-se que
c) Firewall
d) Phishing a) a configuração da apresentação automática de canais
e) SQL injection de equipes é feita na opção de gerenciamento de marcas.
b) as equipes do tipo Classe permitem que seus mem-
32. (CESGRANRIO — 2021) Devido à pandemia, muitos bros trabalhem em metas integradas ou desenvolvi-
funcionários de um determinado banco precisaram mento profissional.
trabalhar de casa. Percebendo que seria necessário c) os membros de uma equipe conseguem alterar o
um novo procedimento de acesso remoto que aten- nome ou a descrição da mesma.
desse às necessidades de segurança, o setor de TI d) as pessoas externas à organização podem ser mem-
desse banco determinou o uso de um mecanismo bros de uma equipe na categoria convidado.
seguro que conectasse, via internet pública, o com-
e) o membro de uma equipe pode ter três funções na
putador do funcionário, em sua casa, com a rede pri-
mesma equipe: proprietário, membro ou moderador
vada da instituição financeira, bloqueando o acesso
de equipe.
de terceiros ao trânsito de informações.
Para garantir a segurança dessa conexão, essa institui-
ção deve adotar a tecnologia de rede conhecida como 37. (CESGRANRIO — 2021) A gravação de vídeos digitais
gera, em boa parte das vezes, arquivos com tamanho
a) HTTP aumentado, o que é um desafio para a sua transmis-
b) PGP são ou armazenamento em disco. Para contornar
c) VPN esse problema, existem formas de compactação e
d) WEK descompactação de vídeos chamadas codecs. Um
e) WPA2 codec é baseado em um algoritmo que explora algum
tipo de redundância no conteúdo do arquivo como
33. (CESGRANRIO — 2021) A segurança da informação forma de reduzir seu tamanho com a menor per-
deve fazer parte da postura dos colaboradores da da possível. Existem diversos tipos de codecs, com
empresa no dia a dia de trabalho. Com o objetivo de características variadas.
garantir a autoria dos seus documentos digitais, o Um dos tipos de codec de vídeo é o
colaborador deve executar o processo de assinatura
digital para cada documento criado. a) BMP
A assinatura digital é criada pelo signatário do docu- b) JPEG
mento com o uso da sua chave c) MP3
d) MPEG
a) pública e) UNICODE
b) privada
c) simétrica 38. (CESGRANRIO — 2021) Um funcionário de um deter-
d) compartilhada minado banco, ao ser designado para trabalhar no data
e) certificada center da instituição, identificou problemas de seguran-
ça. Por essa razão, formulou duas propostas de melho-
34. (CESGRANRIO — 2021) A integração de dados de fontes ria: instalar um controle de acesso biométrico nas portas
00

distintas, cada qual com o seu formato, é uma importan- do data center, que estavam sempre abertas, e exigir que
5-

te atividade em processos de tomada de decisão. as senhas do servidor principal, que nunca expiravam,
21

Qual situação associa corretamente um tipo de arquivo à fossem trocadas a cada 30 dias.
.

sua extensão? Pelo tipo de controle que implementam, as melhorias


70

propostas pelo funcionário são classificadas, respec-


.4

tivamente, como
49

a) arquivo de áudio – extensão jpg


b) arquivo de imagem – extensão wav
-0

c) arquivo de lote – extensão xls a) física e processual


ar

d) arquivo de marcação – extensão exe b) física e tecnológica


és

e) arquivo de texto – extensão rtf c) processual e física


C

d) processual e tecnológica CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA


o

35. (CESGRANRIO — 2021) O Microsoft Teams possui e) tecnológica e processual


dr

recursos que apoiam reuniões de times de trabalho


Pe

em discussões, tais como o desenho ou a readequa- 39. (CESGRANRIO — 2021) Os sistemas interativos que
ção de procedimentos organizacionais. provêm inteligência de negócio, BI ou business intel-
Uma opção disponível para reuniões é o lobby, que ligence, em uma organização, são utilizados por seus
funciona como gestores para

a) discador de chamadas pinnedGroup a) exploração de dados sumarizados para compreensão


b) integrador de armazenamento com o OneDrive e inspiração na solução de problemas.
c) integrador de tarefas com o calendário b) correção de dados diretamente em sistemas transacionais.
d) notificador do feed de atividades c) configuração do controle de acesso aos dados de
e) uma sala de espera de reuniões cada transação da organização.
d) encadeamento das atividades de um processo de tra-
36. (CESGRANRIO — 2021) O Microsoft Teams é um soft- balho da organização.
ware que facilita a gestão de equipes, com o propó- e) coordenação da execução de transações distribuídas.
sito de integrar funcionalidades que dão suporte ao
trabalho dos membros dessas equipes em um único
ambiente. 385
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
40. (CESGRANRIO — 2021) Um banco decidiu realizar
30 D
uma ação de marketing de um novo produto. Buscan-
do apoiar essa ação, a área de TI decidiu estabelecer 31 C
um mecanismo para identificar quais clientes esta-
riam mais inclinados a adquirir esse produto. Esse 32 C
mecanismo partia de uma base histórica de clientes 33 B
que receberam a oferta do produto, e tinha várias
colunas com dados sobre os clientes e a oferta, além 34 E
de uma coluna registrando se eles haviam efetuado
35 E
ou não a compra do tal produto.
Para isso, decidiram ser mais adequado usar um pro- 36 D
cesso de mineração de dados baseado na noção de
37 D
a) agrupamento 38 A
b) aprendizado não supervisionado
c) classificação 39 A
d) regressão linear
40 C
e) suavização

9 GABARITO
ANOTAÇÕES
1 B
2 C
3 E
4 D
5 D
6 A
7 E
8 D
9 A
10 B
11 A
12 A
00

13 B
5-
21

14 A
.
70

15 A
.4
49

16 E
-0

17 D
ar
és

18 B
C

19 E
o
dr

20 B
Pe

21 D
22 B
23 D
24 D
25 A
26 D
27 A
28 D
29 B

386
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Nível Operacional: nível de execução da organi-
zação no intuito de realizar tarefas do dia a dia. A
figura encontrada é a do executor; procure guar-
dar a ideia da execução das tarefas nesse nível e

VENDAS E NEGOCIAÇÃO assim ficará mais fácil resolver as questões rela-


cionadas ao tema.

Agora que já expusemos os níveis organizacionais,


podemos avançar no tema e compreender os tipos de
NOÇÕES DE ESTRATÉGIA planejamento.
EMPRESARIAL: ANÁLISE DE MERCADO,
FORÇAS COMPETITIVAS, IMAGEM TIPOS DE PLANEJAMENTO

INSTITUCIONAL, IDENTIDADE E
POSICIONAMENTO
Estratégico
Este é um assunto que merece destaque em nos-
so estudo e requer atenção por parte do candidato
que almeja a aprovação no concurso, pois trata-se do Tático
planejamento estratégico das organizações. Primeira-
mente, explicaremos alguns conceitos relacionados
ao tema. Iniciaremos falando a respeito dos níveis Operacional
organizacionais.

NÍVEIS ORGANIZACIONAIS

Observe no fluxograma a seguir os níveis organi- z Planejamento Estratégico: o mais importante


zacionais. para seu estudo – aliás, os títulos deste capítulo
são voltados a ele. O planejamento estratégico tem
como escopo a análise da organização como um
Estratégico Institucional
“todo”, pois visa compreender o ambiente interno
e externo, o que significa fazer análises para alcan-
ce dos objetivos organizacionais. O planejamento
Tático Departamental Gerencial é a longo prazo e sua abordagem é geral/global,
realizado no nível institucional e pelos executivos/
diretores da organização.

Operacional Não-
Execução Cuidado! Apesar de ser realizado pelo nível ins-
00

Administrativo
titucional, todos da organização estarão envolvidos.
5-

Reflita sobre o seguinte: como ele é um planejamen-


21

Agora, precisamos entender cada um deles: to que se inicia lá no “topo”, ele vai descendo para
.
70

os demais níveis e, por isso, há um envolvimento de


.4

z Nível Estratégico: é o nível institucional, pois en- todos. É interessante, pois é aqui que tudo acontece:
49

globa toda a organização e, consequentemente, te- as decisões gerais da organização, escolhas das estra-
-0

rá uma abordagem ampla no intuito de analisar


tégias, a definição da missão, visão e dos valores ins-
ar

a organização como um todo. O nível estratégico


titucionais. Perceba como todos de uma certa forma
és

também pode ser chamado de alto ou global e, nes-


acabam se envolvendo.
C

se nível, estão os altos executivos, diretores da or-


o

ganização. O tipo de planejamento é o estratégico,


dr

que veremos mais para frente; z Planejamento Tático: visa criar plano a médio
Pe

prazo e a sua abordagem é setorial ou departa-


Dica mental. Como verificamos anteriormente, o nível
intermediário é que se preocupa com o plane-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Algumas palavras-chave para ter em mente jamento tático. Aqui, você sempre avaliará da
quando uma questão se referir ao nível estraté- seguinte forma: o planejamento é feito por geren-
gico: global, geral, todo, amplo, ambientes, inter- tes e coordenadores visando objetivos de médio
no e externo, diretores, executivos, alto escalão, prazo, pois a abordagem é por unidade e setorial
cúpula. ou departamental;
z Planejamento Operacional: já aqui, a abordagem
z Nível Tático: é o nível departamental ou setorial
é de execução, pois visa realizar as tarefas que
que se preocupa com o planejamento a médio pra-
zo e busca enfatizar a situações ocorridas na uni- ocorrem na organização. Nesse caso, teremos a
dade gerencial. A figura visualizada nesse nível é figura dos supervisores/executores estabelecendo
o gerente, e o destaque é fazer com que as pessoas os objetivos e metas operacionais; vale lembrar
sejam bem lideradas, com o propósito de fazer fun- que elas são mais minuciosas e detalhadas porque
cionar o departamento da organização; estão voltadas para uma tarefa específica. 387
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TIPO DE CONTEÚDO DO ESCOPO E
TEMPO FOCO
PLANEJAMENTO PLANO ABRANGÊNCIA
Estratégico Longo Prazo Amplo e Genérico Toda Organização Efetividade
Tático Médio Prazo Pouco Detalhado Setor ou Área Eficácia
Operacional Curto Prazo Detalhado Atividades / Tarefas Eficiência

Fonte: Planejamento Governamental, Atlas, 2011, Ampliado.

Agora que já temos uma noção dos tipos de planejamento, precisamos compreender as funções administra-
tivas. Se estamos tratando de noções de estratégia empresarial, devemos compreender como ocorre o processo
organizacional.

Dica
Processo Organizacional / Processo Administrativo (Administração): o mesmo que funções administrativas.

FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

As funções da Administração são quatro: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Vejamos a seguir
detalhadamente cada uma delas:

Planejamento

Visa definir os objetivos, metas e estratégias. Tem como foco reduzir as incertezas, pois trata de previsão do
futuro. Cuidado! Ele não elimina as incertezas, mas as reduz. O futuro é incerto e, portanto, nem sempre é possível
ter todas as informações e dados. Lembre-se de que quando tratamos de planejamento, é preciso coletar dados e
informações, pois são eles que dão sustentação para um bom planejamento.
Vamos aproveitar e verificar quais conceitos temos a respeito de objetivo, meta e estratégia, para compreender
melhor o planejamento:

z Objetivo: tudo aquilo que se pretende alcançar ou onde se deseja chegar. Um bom exemplo de objetivo é “ser
aprovado no concurso público do Banco do Brasil”. O objetivo deve ser claro, concreto e necessita de prazo,
não importando se esse prazo será curto, médio ou longo;
z Meta: também pode ser entendida como algo que se pretende alcançar, mas é mais minuciosa e detalhada em
comparação ao objetivo. Exemplo de meta: ser aprovado em primeiro lugar no concurso do Banco do Brasil.
Reparou em uma mudança aí? O termo “primeiro lugar” qualificou nosso objetivo. Essa é a ideia da meta, ser
mais minuciosa ou detalhada, trazer quantificação e qualificação do objetivo;
z Estratégias: são os caminhos, meios, métodos, para se chegar ao objetivo ou à meta e, para isso, a organização
00

necessitará fazer uma análise antes e aí sim escolher a melhor estratégia.


5-
21

Agora que compreendemos alguns conceitos a respeito do planejamento, continuemos com outras funções
.
70

administrativas.
.4
49

Organização
-0
ar

Essa função visa implementar, implantar e alocar os recursos da organização. Portanto, aquilo que foi planeja-
és

do precisar ser implantado e, para isso, a função organização tem como foco a distribuição e divisão do trabalho.
C
o

Direção
dr
Pe

É a parte da coordenação da organização no intuito de harmonizar o planejamento com a execução, o que


levará muitas vezes a fazer ajustes necessários para que realmente as coisas aconteçam. Aqui também ocorrerá
a liderança e motivação, afinal de contas as pessoas precisam ser treinadas, capacitadas e devem ser motivadas a
cumprir o planejamento. A figura do líder faz-se importante nesse momento.

Controle

Pode-se dizer que o controle é cíclico e necessita de quatro etapas:

z Definir um padrão de desempenho: para seguir e alcançar um determinado objetivo, é preciso estar no
rumo, e é aí que entra o padrão de desempenho;
z Acompanhar o desempenho: essa etapa conta com o monitoramento, ou seja, acompanha se tudo está sendo
feito conforme foi definido;
z Avaliação de desempenho: já esta é uma etapa voltada a um processo “posteriori”, pois leva em consideração
avaliar os resultados obtidos;
388 z Ação corretiva: etapa necessária quando se verifica que há certos desvios, gaps ou lacunas no processo.
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ANÁLISE DE MERCADO Pense em situações que ocorrem dentro de uma
organização. Exemplo: A empresa X comprou um
É chegado o momento de nos envolvermos de vez novo equipamento (ponto forte), porém os colabo-
nos conceitos ligados às estratégias empresariais. radores não foram treinados para usufruir da nova
Queremos relembrar um assunto abordado anterior- tecnologia (ponto fraco). A organização percebe que
mente, tratando do planejamento estratégico, lembra- momento é complicado, porque os clientes não têm
-se? O planejamento estratégico é o mais abrangente poder de compra (ameaça), mas o mercado está rea-
e, consequentemente, tudo que for decidido será rele-
gindo com o anúncio do governo de redução das taxas
vante para toda a organização. Estamos retornando a
de impostos (oportunidade).
esse assunto para compreendermos que é no planeja-
mento estratégico que ocorre a análise de mercado. Outra ferramenta que pode ser utilizada para
Interessante perceber o seguinte: para escolha do fazer uma análise é a Balanced Scorecard (BSC), meto-
melhor caminho, primeiro faz-se uma análise e então, dologia desenvolvida para medição do desempenho
posteriormente, define-se o plano. de aspectos financeiros e não financeiros.
Tudo se inicia com o diagnóstico estratégico (aliás, A ideia é utilizar indicadores e assim aferir resulta-
atente-se ao uso do termo “diagnóstico” utilizado nes- dos de maneira equilibrada do ponto de vista de várias
sa situação, pois nos remete a ir ao médico e, antes perspectivas ou dimensões. A organização conseguirá
de ele receitar qualquer “remédio”, primeiro pedirá fazer análises de seus aspectos financeiros, processos
exames/diagnósticos). Assim, o intuito do diagnósti- internos, aprendizado e crescimento e clientes.
co é compreender as potencialidades e deficiências
da organização, ou seja, identificar quais são os pon-
tos fortes e fracos da organização e também analisar
as oportunidades e ameaças. Pontos fortes e fracos Recursos
fazem parte das variáveis internas e oportunidades e
ameaças, das variáveis externas.
Para isso, a organização utilizará uma ferramenta
chamada SWOT. O termo SWOT é um acrônimo/asso-
ciação vindo da língua inglesa que significa Strengths,
Weaknesses, Opportunities e Threats. VISÃO E
Claro que vamos traduzir para facilitar a nossa Clientes Processos
ESTRATÉGIA
vida. SWOT = FOFA: Forças (Strengths), Fraquezas
(Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Amea-
ças (Threats).
Dividimos a análise em duas partes:

z Análise interna: Forças e Fraquezas (são contro- Aprendizado


láveis);
z Análise externa: Oportunidades e Ameaças (não
são controláveis).
Partimos do princípio de que não adianta somente
medir o aspecto financeiro, é preciso também anali-
00

Importante!
sar outras perspectivas. Por isso, a organização deve
5-

Variáveis internas são controláveis por fazerem


21

compreender como andam seus processos internos


parte do escopo da organização, estão próxi-
.

(conjunto de ações/atividades) e o quanto está apren-


70

mas e, por isso, é mais fácil fazer alterações ou dendo com o mercado (inclusive concorrentes) e tam-
.4

mudanças. bém com seus clientes.


49

Variáveis externas não são controláveis, pois Após a organização examinar seus pontos fortes,
-0

estão “fora” da organização e não tem como a fracos, suas oportunidades e ameaças, o passo seguin-
ar

instituição fazer alterações, podendo somente te é fazer o prognóstico, ou seja, escolher a estratégia.
és

monitorar para se aproveitar das oportunidades e


C

minimizar os problemas advindos das ameaças. Estratégias Genéricas de “Porter” (Michael Eugene
o
dr

Porter)
Pe

� Forças � Oportunidades
� Pontos Fortes � Variável As estratégias genéricas de Porter visam a escolha
� Fortalezas externa da estratégia dentro de 3 possibilidades.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

� Variável
interna
z Estratégia de Custo: a organização escolhe ter
F O um baixo custo e repassa para o cliente a um va-
lor acessível;
z Estratégia de Diferenciação: a ideia é agregar
valor ao cliente, aquilo que se torna um diferen-
cial competitivo para os clientes. Exemplo – status,

� Fraquezas
F A � Ameaças
conveniência e outros;
z Estratégia do Enfoque: a organização dará enfo-
� Ponto Fraco � Variável
� Variável externa que a um nicho de mercado mais segmentado,
interna ofertando produtos ou serviços para um determi-
nado tipo de cliente específico. Exemplo: loja de
roupas tamanho EXGG. 389
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Matriz de Ansoff IMAGEM INSTITUCIONAL

Outra estratégia que pode ser utilizada pelas orga- Se tem algo importante para uma organização é
nizações visa a escolher a estratégia conforme o pro- criar uma imagem institucional e fazer com que os
duto/serviço e mercado. stakeholders ao seu redor entendam o seu propósito.
Stakeholder significa partes interessadas, ou seja,
z Produto Tradicional e Mercado Tradicional: Estra- todos que de alguma forma estão ligados ou relacio-
tégia de Penetração; nados com a organização. Exemplos: colaboradores,
z Produto Novo e Mercado Tradicional: Estratégia gestores, acionistas, gerentes, consumidores, fornece-
de Desenvolvimento de Produto; dores, governo e outros.
z Produto Tradicional e Mercado Novo: Estratégia
de Desenvolvimento de Mercado; Dica
z Produto Novo e Mercado Novo: Estratégia de Di-
versificação. Provavelmente, um sinônimo para stakeholder
em uma prova de concurso seja atores ou clien-
tes. Vale ressaltar o seguinte: o termo “cliente”
Produtos/Serviços
é abrangente, pois entende-se como cliente o
público externo e interno.
� Cliente interno: colaboradores, gerentes;
� Cliente externo: consumidores, fornecedores.
Desenvolvimento Talvez seja estranho pensar colaborador e for-
Penetração
de Produto necedor como clientes, mas veja que a ideia é
satisfazer as necessidades de todos, por isso a
concepção de que todos são clientes. Aliás, quan-
do uma organização compreende isso, sem som-
bra de dúvidas estará conquistando a excelência.
Desenvolvimento
Diversificação
de Mercado Retornando para o assunto imagem institucional.
A organização, por meio do seu planejamento estraté-
gico, definirá sua missão, visão e seus valores.

z Missão: razão de existência, razão de ser da orga-


nização, o seu propósito. A missão institucional
Estratégias de Acordo com as Variáveis
é atemporal, logo, não está atrelada ao futuro e,
sim, ao presente. Todos os dias a organização deve
A organização escolherá as suas estratégias confor-
cumprir a sua missão;
me as variáveis internas e externas. Em algum momen-
z Visão: onde a organização deseja chegar, alcan-
to, podemos ter mais oportunidades em relação às
çar, ser ou estar. Diferentemente da missão, a
ameaças ou mais ameaças que oportunidades; também
visão é temporal. Estipula-se um prazo para que
poderá acontecer de ter mais pontos fortes que pontos
00

seja alcançado o desejável. Não confunda visão


fracos ou mais pontos fracos que pontos fortes.
5-

com objetivo, apesar de fazerem menção ao que


A junção das variáveis será determinante para
21

se espera alcançar. A visão tem como parâmetro o


escolha das estratégias. Predominância das variáveis:
.

reconhecimento, ser reconhecida pelo seu público.


70

Já o objetivo é voltado para si;


.4

z Oportunidades e Pontos Fortes: Estratégia de z Valores: princípios norteadores da organização,


49

Desenvolvimento; aquilo que tem importância ou significado e se


-0

z Oportunidades e Pontos Fracos: Estratégia de visa demonstrar para os stakeholders.


ar

Crescimento;
és

z Ameaças e Pontos Fortes: Estratégia de Manutenção;


Veja a imagem a seguir, exemplo de missão, visão
C

z Ameaças e Pontos Fracos: Estratégia de Sobrevi-


e valores:
o

vência.
dr
Pe

� Oportunidades � Oportunidades +
+ Fortalezas Fraquezas

Desenvolvimento Crescimento

Manutenção Sobrevivência
� Ameaças � Ameaças +
+ Fortalezas Fraquezas

Fonte: https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/sobre-nos/quem-
390 somos#/
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IDENTIDADE E POSICIONAMENTO

A identidade tem como propósito dar uma personalidade que seja única à organização e isso passa também
pela sua missão, visão e seus valores. Mas vai além, pois requer que o público seja capaz de guardar facilmente as
suas características, como logomarca, cores, produtos e serviços oferecidos.
Se te perguntarmos qual é a cor predominante do Banco do Brasil, temos certeza absoluta de que você já res-
pondeu e até já lembrou da marca. Essa é a ideia de identidade e posicionamento. A organização visa com isso
ter características marcantes e personalizadas, assim as pessoas lembrarão facilmente quando precisarem de um
produto ou serviço.
O Banco do Brasil já fez e continua fazendo grandes publicidades para se posicionar no mercado. Um exem-
plo é o marketing de 2007, no qual o Banco trocou o nome da fachada “Banco do Brasil” por nome de brasileiros,
fazendo uma alusão interessante de que o banco é seu, meu e de todos nós. Essa estratégia que deu o que falar,
pois imagine passar em frente à agência e ver o seu nome lá estampado, por exemplo, “Banco do Cristiano”.

00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

Fonte: https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/Trocadefachadas.pdf
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Quando uma organização investe na sua identidade e no seu posicionamento, a tendência é que em um deter-
minado momento as pessoas conseguirão identificar facilmente e isso a levará a outros patamares de desempe-
nho. Para tanto, é preciso ter um diferencial competitivo; aliás, competitividade é a alma do negócio bem sucedido.
Para que uma organização seja competitiva no mercado, será preciso exatamente ter um diferencial.
Uma das atuações do Banco do Brasil dentro do seu planejamento estratégico é atuar mais fortemente em criar
laços e vínculos com seus stakeholders. Em se tratando de produtos, podemos observar a crescente no mercado da
área digital; portanto, a instituição percebe a necessidade de cada vez mais melhorar seu posicionamento nesse
sentido.
Devemos mencionar também que o tema passa também pela cultura organizacional. Cultura é um conjunto
de hábitos e costumes que são compartilhados pelos membros da organização. A cultura também pode ser enten-
dida como conjunto de crenças e valores. 391
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Massa
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO

SEGMENTAÇÃO
Segmento
A meta da segmentação de mercado é escolher um

NÍVEIS DE
determinado grupo de consumidores que possuam Nicho
necessidades iguais ou, pelo menos, parecidas. A orga-
nização fará uma oferta para o público segmentado, Local
visando melhor assertividade.
Neste sentido, o intuito é dividir em grupos poten- Individual

ciais clientes com desejos e comportamento de com-


pras semelhantes. Segundo Philip Kotler (1998): Modalidades de Segmentação
“através da segmentação a empresa poderá fazer
melhores trabalhos frente à concorrência, dedicando- z Geográfica: o mercado é segmentado por região.
-se a fatias de mercado que tenham melhores condi- Cada localidade tem a sua cultura e seus valores,
ções de atender”. fazendo-se importante verificar como será feito o
Para isso, é preciso estudar a participação que a marketing, a fim de que tais valores não sejam afe-
tados. Neste sentido, a organização buscará uma
organização tem no mercado e entender os seus con-
forma de trabalhar com o marketing, estudando o
correntes. A prática do “benchmarking” pode ser uma
acesso para se chegar no local, bem como o trans-
excelente ferramenta para esse processo. porte. O intuito é descobrir a acessibilidade.
O benchmarking competitivo é muito utilizado
para entender as estratégias dos concorrentes. Por Outra situação que podemos elencar é o centro
meio dele, compara-se os resultados e apropria-se das de compras. Imagine, por exemplo, você montar um
melhores práticas, buscando melhorá-las. negócio em um local onde as pessoas não têm aces-
Depois de compreender o mercado, é preciso sepa- so. Normalmente, as pessoas vão para um “centro de
rar os clientes por grupos. Dessa maneira, a organiza- compras” e, mesmo que os custos sejam altos, ainda
ção saberá como atuar e obter resultados satisfatórios. vale a pena;

z Demográfica: são situações ligadas à idade e, nes-


Níveis de Segmentação
te sentido, o marketing verifica o público idade.
Leva-se em consideração o ciclo de vida, o domi-
z Marketing de Massa: o objetivo desse tipo de seg- cílio e o sexo;
mentação é ofertar algo que seja possível para um z Comportamental: leva-se em consideração a fre-
grande público. Os produtos estarão em todos os quência de compra, quando as pessoas compram
lugares, desde em uma conveniência, em um bair- e onde compram. Também se verifica a lealdade
ro de classe alta, até em uma mercearia ou pon- do consumidor e o que ele costuma comprar com
to de vendas na periferia. Exemplo: produtos de mais frequência.
higiene, refrigerantes e outros;
Uma outra análise feita é a expectativa de vida das
00

z Marketing de Segmento: visa ter um grupo ainda


pessoas e o estilo de vida (psicográfica). Lembre-se de
5-

grande de consumidores, porém um pouco mais


21

que expectativa de vida é diferente de ciclo de vida.


específico se compararmos com o marketing de
No comportamento, também se estuda o interesse, o
.
70

massa. Vale lembrar que as pessoas/clientes são uso do dinheiro, as amizades e os relacionamentos;
.4

diferentes, pois suas necessidades e desejos dizem


49

respeito aos seus hábitos; z Socioeconômica: o critério utilizado é a renda. Um


-0

z Marketing de Nicho: ainda mais restrito ao ser ótimo exemplo que podemos citar é o marketing
ar

comparado aos dois tipos anteriores. Nele, os seg- digital. Uma organização que fará uma campanha
és

mentos são divididos em subsegmentos. A orga- no Facebook, Instagram ou Google, com certeza,
C

nização torna-se especialista numa determinada descobrirá a faixa de quanto o seu público ganha
o

e, assim, encontrará o cliente certo para o seu pro-


dr

necessidade do cliente;
duto. Vale destacar que o grau de instrução das pes-
Pe

z Marketing Local: a preocupação está voltada às


soas também é verificado nessa modalidade, assim
necessidades regionais, as quais, por sua vez, são como o seu status, nível de ocupação e migração;
diferentes das de outros locais. Consequentemen- z Benefícios: é aquilo que os clientes procuram. Um
te, a organização precisará rever seus produtos bom exemplo a ser citado é quando o cliente se
e serviços, para oferecer melhores produtos aos preocupa com a qualidade do produto ou serviço,
seus possíveis clientes. Como exemplo, imagine bem como se o produto oferece prestígio a ele e um
uma rede de lanches, atuando em um mercado no atendimento de qualidade, demonstrando o grau
qual as pessoas não consomem carne bovina. Será de satisfação;
necessário, então, que a organização se adapte, z Personalidade: aqui, são verificadas as suas bases
culturais, atitudes e valores. Podemos dizer que,
para oferecer o produto certo;
nessa modalidade, é verificado o conjunto de cren-
z Marketing Individual: é o tipo de marketing dire-
ças do cliente;
cionado aos consumidores de maneira individual. z Caracterização Econômica: a variação de merca-
A ideia é trabalhar de modo personalizado para do, o tamanho da empresa, o tamanho do mercado
cada cliente. Pode ser chamado de “marketing one e a demanda são fatores importantes para se levar
392 by one” ou marketing um a um. em consideração no momento da segmentação.
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GEOGRÁFICA DEMOGRÁFICA COMPORTAMENTAL SOCIOECONÔMICA BENEFÍCIOS
Local Idade Frequência Renda Qualidade
Região Sexo Lealdade Instrução Satisfação
Transporte Domicílio Expectativa Status Atendimento
Concentração Ciclo de Vida Estilo de Vida Ocupação Serviço

AÇÕES PARA AUMENTAR O VALOR PERCEBIDO PELO CLIENTE


Inicialmente, é preciso entender a respeito do significado de valor percebido pelo cliente, o que, talvez, para
muitos, não seja tão evidente assim. Valor é a expectativa do cliente quanto aos benefícios do produto ou serviço
em comparação aos custos ou quantia real paga. Neste sentido, pode-se compreender que a quantia real paga não
corresponde somente ao custo em termos de dinheiro, mas, sim, à soma dos custos de tempo, energia psíquica e
física despendidos para adquirir um produto ou serviço.

Importante!
O valor entregue ao cliente constitui a seguinte equação:
VEC = VT – CT
Em que VEC corresponde ao valor entregue ao cliente;
VT corresponde ao valor total;
CT corresponde ao custo total.

O valor entregue ao cliente é igual ao valor total para o cliente menos o custo total para o cliente. O valor total
para o cliente pode ser entendido como o conjunto de benefícios esperados pelo cliente, ou seja, a imagem, o valor
pessoal, o valor dos serviços, o próprio valor do produto e quaisquer outros benefícios que agreguem valor sob a
ótica do cliente.

Valor do Produto
VALOR TOTAL

Valor dos Serviços


00

Valor do Pessoal
5-
. 21

Valor da Imagem
70
.4
49

Já o custo total vai além do monetário, como é o caso do custo de tempo. Quando necessitamos de adquirir um
-0

bem ou serviço, calculamos o tempo que será gasto para isso. Um bom exemplo a ser citado é quando você fica na
ar

fila do caixa do banco para pagar uma conta – situação na qual cinco minutos parecem uma eternidade. Agora,
és

se você tiver que aguardar duas horas ou mais para que o gerente do banco o(a) atenda, para que consiga um
C

financiamento imobiliário, você nem perceberá o tempo passar.


o

Outros custos levados em consideração são as energias psíquica e física. A primeira diz respeito ao gasto psi-
dr

cológico para a tomada de decisão numa situação conflitante de escolhas e a segunda diz respeito ao gasto físico
Pe

para encontrar o produto/marca ideal, para suprir a sua necessidade.


VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Monetário
CUSTO TOTAL

Tempo

Energia Física

Energia Psíquica

Aqui, cabe-nos um questionamento: como é possível aumentar o valor percebido pelo cliente?
Pode-se, por exemplo: 393
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Melhorar os benefícios do produto ou serviço: des- z Experiência dos colaboradores: é outro fator
sa maneira, aumentará o valor total; importante dento dos aspectos que influenciam os
z Reduzir os cursos não monetários (tempo, ener- clientes, reparamos muito e é perceptível também;
gias psíquica e física); z Desempenho: nem sempre o colaborador terá a
z Reduzir os custos monetários. experiência, mas você perceberá se ele está procu-
rando ter o melhor desempenho possível e assim
É fato que a organização necessita de obter a satisfa-
entregar um atendimento de qualidade;
ção do cliente. Para Hoffman e K. Douglas, tal satisfação:
z Organização no atendimento: não tem coisa pior
É alcançada quando suas percepções satisfazem ou você se deparar com um atendimento desorgani-
excedem suas expectativas. A satisfação, propiciada zado. Imagine a situação de chegar a uma agência
por um produto, serviço ou sentimento é função dire- bancária e não saber ao certo quando será atendi-
ta do desempenho percebido e das expectativas. Se o do ou simplesmente perceber situações de pessoas
desempenho ficar distante das expectativas, o cliente sendo atendidas primeiro, mesmo que tenham
ficará insatisfeito. Se atender às suas expectativas, chegado à agência depois de você;
ficará satisfeito. Se exceder às expectativas ficará
z Opinião de outros clientes: este é o item mais
altamente satisfeito ou encantado. (2001, p. 28)
relevante sobre a experiência que o cliente terá
Conforme se vê, não é tão simples conseguir tal com a organização. Normalmente, compramos ou
feito. No entanto, é algo necessário no mundo dos deixamos de comprar pelo simples fato de ouvir o
negócios. As organizações precisam concentrar-se nos que os outros têm a dizer sobre a organização.
clientes, em suas reais necessidades, sendo o seu foco
total. Somente assim conseguirão alcançar a satisfa-
ção do cliente.
QUALIDADE NO LOCAL EXPERIÊNCIA

GESTÃO DA EXPERIÊNCIA DO CLIENTE


O cliente avaliará a todo momento a experiência
para com a organização que lhe presta o serviço ou
oferece o produto e muito provavelmente as duas
situações de maneira simultânea, pois quando se
adquire um produto você também terá um serviço,
nem que seja somente no momento da compra, como
é o caso do atendimento.
E então, inicia-se uma gestão voltada à melhoria da
experiência do cliente perante a empresa. Para melhor
entendimento, faz-se necessário conceituar o atendimento.

z Atendimento: é um serviço oferecido com ou sem


00

produto.
5-
21

Por exemplo, ao adquirir o curso preparatório para


.
70

o banco do brasil você recebeu os dados de acesso e se


.4

por algum motivo ficou com alguma dúvida, poderá


49

entrar em contato com o nosso setor de suporte para Além dos fatores, algumas competências são
-0

resolução do problema. O que o cliente espera? Espera necessárias quando se trata de atendimento ao públi-
que o seu problema seja resolvido e quando isso ocor-
ar

co para que a experiência do cliente melhore.


re, acontece o atendimento com excelência/qualidade.
és

É de suma importância fazer o que estiver ao


C

alcance, visando solucionar problemas sejam corri- z Confiança: é preciso criar um laço de confiança e
o

isso claro não se consegue da noite para o dia, o


dr

queiros ou inusitados.
estreitamento ocorre à medida que a organização
Pe

O atendimento também procura ajudar o cliente nos


mais variados momentos de maneira sempre respeitosa soluciona os problemas do cliente, sejam corri-
com educação e cortesia. É preciso ter uma escuta ativa, queiros ou inusitados;
pois o cliente deseja, entre outras coisas, atenção. z Fidelidade: como consequência, o cliente se torna
Existem certos fatores que influenciam tanto na fiel e sempre procurará fazer negócios com a orga-
expectativa do cliente como na experiência com a nização. Um bom exemplo disso é quando você vai
organização. Vejamos: ao shopping e normalmente acaba escolhendo o
mesmo local para almoçar;
z Qualidade no local: veja como o item é importan- z Comunicação: deve ser clara e precisa, utilizar
te, você chegar no destino/local e reparar como
termos que sejam entendidos por todos. A empa-
todas as coisas estão no seu devido lugar. A orga-
tia (colocar-se no lugar do outro) contribuirá para
nização é um fator determinante, assim como
a limpeza e o ambiente arejado. É um fator tão o sucesso no momento de se comunicar com o
importante que podemos pegar como exemplo as cliente;
agências bancárias, normalmente bem organiza- z Organização: mais uma vez este assunto, pois a
das, arejadas e limpas. Isso fará com que você se ordem levará à organização e consequentemente
394 sinta bem no ambiente; melhorará a experiência do cliente;
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z Atenção: imagine chegar a um local para ser aten- Outro requisito importante é apresentar-se de
dido e simplesmente ser ignorado pelo pessoal da forma adequada, inclusive no quesito de se vestir de
linha de frente, sem sombra de dúvidas deixará acordo com a função. As organizações, principalmen-
o cliente insatisfeito e irritado. Dar atenção é pri- te a rede bancária, vêm se modernizando de maneira
muito rápida no uso da tecnologia e seus colaboradores
mordial para melhorar a experiência do cliente
necessitam também ter conhecimento das novas tecno-
e requer uma escuta ativa, ou seja, saber ouvir. logias para uma melhor fluidez de dados e informações.
Aliás, é mais importante ouvir do que falar;
z Agilidade: ninguém gosta de passar minutos ou
horas, dependendo do que está sendo entregue,
aguardando ser atendido ou esperando uma solu-
ção para o problema. Pense em quando você vai
APRENDIZAGEM E SUSTENTABILIDADE
até uma agência bancária e pega uma fila na inten- ORGANIZACIONAL
ção de pagar uma conta, cada minuto ali será uma
eternidade. Por isso o atendimento deve ser ágil, APRENDIZAGEM
perfeito e eficaz.
A aprendizagem é um processo contínuo que
envolve tanto a organização quanto os colaboradores.
O colaborador precisa ser treinado para que este-
Confiança Fidelidade Comunicação ja capacitado no exercício de suas tarefas diárias. Esse
treinamento consiste em um processo de aprendi-
zagem a curto prazo. Isso porque ele é conduzido a
executar uma tarefa, seja ela complexa ou não. Ao ser
treinado, adquirirá conhecimento (o saber), desen-
volverá uma habilidade ou a melhorará caso já tenha
Agilidade Atenção Organização uma (o saber fazer), além de mudar de atitude, ou
seja, mudará a ação para fazer algo (querer fazer).
Idalberto Chiavenato afirma que o treinamento
Portanto, para melhoria da experiência do clien- pelo qual o colaborador passa
te é preciso desenvolver a confiança do cliente, criar
É o processo educacional de curto prazo aplicado de
meios para ele se sentir seguro na hora de fechar negó- maneira sistemática e organizada através do qual
cios e para isso, a organização ou a pessoa que está as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e
atendendo ao cliente deverá atender às suas expecta- competências em função de objetivos definidos. O
tivas/necessidades. Saber se comunicar, ser articulado treinamento envolve a transmissão de conhecimen-
e ter comunicabilidade. Comunicabilidade é fazer-se tos específicos relativos ao trabalho, atitudes frente
a aspectos da organização, da tarefa e do ambiente
entender e tome cuidado para não confundir com
e desenvolvimento de habilidades e competências.
ser comunicativo, pois nem sempre ser comunicati- Qualquer tarefa, seja complexa ou simples, é neces-
vo fará você se fazer entender. Uma pessoa poder ser sário treinamento. (2006)
tímida e falar pouco, mas toda vez que repassar uma
informação conseguir ser clara e objetiva. O treinamento tem, como foco, o desempenho e
00

visa transferir competências. Na verdade, o indivíduo,


5-

normalmente, já possui certas competências, mas pre-


Dica
21

cisa adquirir outras (competências necessárias) para


.

o preenchimento de lacunas (gaps).


70

Para não confundir:


É relevante mencionar o desenvolvimento, que
.4

Comunicabilidade: fazer com que as pessoas


também faz parte da aprendizagem. No entanto, este
49

entendam a mensagem de forma clara e precisa.


servirá a médio e a longo prazo. Pode-se dizer que o
-0

Comunicativo: gostar de conversar, de se comu- desenvolvimento está voltado para as carreiras e, não,
ar

nicar com as pessoas. para as tarefas.


és

A organização, de igual modo, está em constante


C

É preciso estar sempre em alerta em relação às processo de aprendizagem, pois seus métodos entram
o

demandas dos clientes, saber lidar com todas as infor- em entropia (envelhecimento), algo que é normal. O
dr

mações que chegam e por muitas vezes dominar a que não pode ser normal é a organização continuar
Pe

tensão dos problemas que inevitavelmente acontece- na “mesmice”, pois vivem em um sistema aberto
e, por isso, necessitam de interagir com o ambiente
rão, ou seja, ter paciência e tolerância para domar as
em busca de transformações e melhorias. O ambien-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

emoções. te ao qual a organização pertence está em constante


Hoje em dia, precisamos não só ter conhecimen- mudança e isso requer uma atitude rápida e dinâmica
to do trabalho que exercemos, mas também resolver por parte dos gestores.
uma gava variada de problemas, por isso é necessá- Ademais, é importante destacar que a gestão de
rio participar de eventos como treinamentos e pales- negócios depende de outras ciências para melhorar
tras, e assim aumentar o nível de conhecimento para o seu desempenho. O termo “sistema”, por exemplo,
melhorar as habilidades ou desenvolver novas. vem da Biologia. Entende-se, nessa ciência, que os
sistemas envelhecem e, quando estão prestes a desa-
Imagine que você conheça o trabalho dos outros
parecer (morrer), eles se transformam. Neste sentido,
departamentos e inicia no seu setor, ao conhecer as
as organizações, que são, também, consideradas sis-
outras etapas ou estágios, poderá repassar as informa- temas, passam por um processo de transformação, em
ções ao cliente, informando-o como será daqui para busca da entropia negativa (renovação, rejuvenesci-
frente, o cliente ficará satisfeito e não será “pego de mento), para continuarem sobrevivendo no mundo
surpresa”. dos negócios. 395
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Dica O Relatório de Brundtland é um documento no qual
se tinha como objetivo disseminar o desenvolvimento
Entropia: envelhecimento; sustentável. Aliás, o nome propriamente dito do docu-
Entropia negativa: revitalização, renovação, re- mento é “Our Common Future” – “Nosso Futuro Comum”.
juvenescimento.

É possível que a organização aprenda, inclusive, Social


com o seu concorrente. Aliás, o concorrente deve
ser uma fonte inspiradora de aprendizagem para
qualquer organização. Chamamos esse processo de
benchmarking. O benchmarking é uma forma de
aprendizagem, pois visa comparar os resultados e TRIPÉ DA
imitar as melhorias práticas. Sendo assim, se a organi- SUSTENTABILIDADE
zação calculou que o concorrente tem melhores resul-
tados, deverá compreender como alcançar ou mesmo
ultrapassar esses resultados. A comparação entre
Financeiro Ambiental
uma organização e outra (concorrente) chamamos de
Benchmarking Competitivo.

SUSTENTABILIDADE ORGANIZACIONAL É importante dizer que as organizações podem


melhorar a gestão voltada à sustentabilidade fazendo
Há a necessidade – e, não, a obrigatoriedade – de a uso dos 5R´S. Vejamos:
organização desenvolver-se no campo da sustentabi-
lidade. Isso significa melhorar os meios de produção, z Repensar: é analisar como está o consumo da
levando-se em conta as possíveis maneiras reduzir a organização, se realmente todos os insumos, mate-
produção de resíduos. A forma da qual as organiza- riais e produtos são essenciais;
ções tratam da gestão dos recursos servirá como con- z Reduzir: é verificar o que comprar, quando com-
dutor rumo à sustentabilidade. prar e que quantidade, visando sempre conseguir
Logo no planejamento estratégico da organiza- a redução;
ção, deve-se inserir a sustentabilidade, buscando um z Reaproveitar: não descartar nada sem, antes,
comportamento socioeconômico alinhado às ideias de analisar a sua possível reutilização;
outros atores, como o governo, parceiros de negócios, z Reciclar: antes da reciclagem, há o reaproveita-
clientes, fornecedores e o público interno. Sem contar mento – memorize essa ordem. No caso da recicla-
que o envolvimento da organização com o tema em gem, é de suma importância separar de maneira
questão melhorará a sua imagem perante à socieda- correta, para uma melhor eficiência. As organiza-
de, sendo, portanto, uma forma de oportunidade de ções costumam possuir lugares específicos para
negócios. cada item reciclado;
No entanto, é bom frisar que a sustentabilidade z Recusar: é a recusa de produtos danosos ao meio
vai além do pensamento voltado às oportunidades ambiente e de fazer negócios com fornecedores que não
00

de negócio, pois deve ser uma preocupação genuína se preocupam com o tipo de produto que comercializam.
5-

por parte da organização, com o intuito de melhorar,


21

a cada dia, a vida das pessoas que, direta ou indireta-


.
70

mente, tenham ligação com ela. Estas podem ser cha-


.4

madas de “stakeholders” ou, simplesmente, “partes


49

interessadas”.
-0

Reduzir Reutilizar
Essa relação com os públicos interno e externo pas-
sa por muitos desafios. A organização precisa saber
ar
és

lidar com a população (comunidade), com grupos


5R
C

ambientalistas e órgãos de controle (governamentais).


o

A sustentabilidade tem, como base, o tripé social,


dr

ambiental e financeiro. A organização precisa ser


Pe

Recusar Reciclar
socialmente desejável, mas sem deixar de obter lucros
e de se preocupar, ao mesmo tempo, com o meio
ambiente. Não é uma tarefa tão simples, pois requer
uma boa estratégia e nada acontece de maneira ime- Repensar
diata. Imagine, por exemplo, uma organização que
atuará na melhoria ambiental. Pode ser que, no início, Fonte: https://www.ecoplasticossp.com.br/posts/?dt=5-rs-mudar-
haja mais gastos que economia, pois novas tecnolo- os-habitos-e-pensar-no-meio-ambiente-b29SMFUyLzV1YUhPK2k
gias serão necessárias, gerando custos. Neste sentido, 3ckNEVUpJdz09
a economia virá com o tempo.
Para Gro Harlem Brundlant, Primeira-Ministra da No Brasil, tivemos a Rio-92, que juntou os países
Noruega, a sustentabilidade é o numa Conferência Mundial sobre meio ambiente e
desenvolvimento sustentável dos países. A reunião,
[...] desenvolvimento que satisfaz as necessidades que ficou conhecida como Eco-92, ocorreu 20 (vinte)
presentes, sem comprometer a capacidade das anos depois da reunião em Estocolmo, quando os paí-
gerações futuras de suprir suas próprias necessida- ses se reuniram, entendendo a importância de políti-
396 des”. (Relatório de Brundlant ,1987) cas voltadas à sustentabilidade.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Na Rio-92, foi lançado o documento “Agenda 21”, Características dos Serviços
que trata de um plano que objetiva o alcance do
desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 faz alusão, z Intangibilidade: não são vistos ou provados antes
justamente, ao século 21, no intuito de entregar um de serem adquiridos, pois a experimentação é difí-
mundo sustentável para as próximas gerações. cil de ocorrer. Aliás, usamos outras maneiras de
Em 2012, tivemos o Rio + 20, mais uma reunião que experimentar, como o visual do local ou a deco-
ocorreu na cidade do Rio de Janeiro e visava verificar ração, mas, ainda assim, é complicado de experi-
os avanços relacionados aos 20 (vinte) anos depois da mentar antes. Vamos pensar, como exemplo, em
primeira reunião ocorrida em 1992. um corte de cabelo. Você nunca cortou o cabelo na
Atualmente, temos a Agenda 2030 que tem, como “Barbearia do Manuel” e foi até lá pela primeira
foco principal, a erradicação da pobreza. O nome do vez. Você só vai ter certeza de que o corte de cabelo
documento é “Transformando o nosso mundo”. A é bom depois de cortar, não é mesmo? O que pro-
Agenda 2030 foi concebida em 2015 no encontro em vavelmente você faria é ficar atento ao redor, bus-
Nova Iorque. cando a sensação de experimentação.
Como podemos perceber, há uma real preocupa-
ção relacionada à sustentabilidade, mesmo que seja Os serviços podem ser ideias ou conceitos e, por
difícil de obter resultados satisfatórios em todos os isso, são intangíveis. Por muitas vezes, compramos ou
setores da sociedade. Deste modo, as organizações adquirimos algo pela reputação da organização. Veja
têm um papel importantíssimo para a concretização a importância de um atendimento personalizado;
dos objetivos.
z Inseparabilidade: serviços, diferentemente de
produtos, são consumidos no momento em que
são criados, portanto de maneira simultânea e
não são separados no instante em que é ofereci-
CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS: do. Podemos dizer que é indissociável. Tomemos,
INTANGIBILIDADE, INSEPARABILIDADE, como exemplo, uma aula presencial. Caso você
acabe perdendo a aula, não terá como voltar. Mes-
VARIABILIDADE E PERECIBILIDADE mo que você combine com o professor de repetir
essa aula, ela nunca será a mesma, pois são muitas
Para tratar do tema, precisarei, primeiro, comen-
variáveis que influenciam o momento de realiza-
tar sobre o setor bancário, pois, nele, há muita com-
ção de uma aula;
petitividade, não é mesmo? Basicamente, os bancos
z Variabilidade: diferentemente dos produtos, que
oferecem produtos e serviços bem semelhantes, sen- são homogêneos, os serviços são heterogêneos,
do o marketing bancário algo necessário. pois não têm uma certa uniformidade. O serviço
Nesse momento, você deve estar se perguntando é único e, cada vez que é feito, a entrega será dife-
o que isso tem a ver com as características do servi- rente. Aqui, serve o exemplo da aula também: por
ço. Inicialmente, é preciso que saiba que, em termos mais que a organização se esforce para entregar
comuns de comparação, os termos produto e serviço um serviço igual, nunca será. A variabilidade ocor-
constituem coisas diferentes. Os bancos, apesar de re da combinação tanto de quem está entregando
00

oferecerem produtos, necessitam de um ótimo servi- o serviço quanto do cliente. É um resultado da


ço, para persuadir (influenciar) o cliente. Neste senti-
5-

interação das partes;


21

do, o marketing bancário é bem diferente dos de outros z Perecibilidade: os serviços devem ser consumidos
.

setores.
70

assim que são criados/produzidos, simplesmente


O marketing diferencial dos bancos é a imateriali- pelo fato de não ser mais possível a sua utilização.
.4
49

dade de seus produtos. Como exemplo, imagine uma Não é estocável/armazenável e não será feito de
venda de seguros. O cliente, normalmente, fecha o
-0

maneira antecipada.
seguro, por causa do contato personalizado que terá
ar

com a empresa, ou seja, pelo contato pessoal. Eviden-


és

Imateriais
temente, outros aspectos são também importantes,
C

como: o layout, o ambiente, os recursos físicos e tudo


o
dr

o que se possa ter uma noção de tangibilidade. Aliás, Bancários Inseparáveis


Pe

esse é o “tchan” do diferencial no serviço: pegar algo PRODUTOS


que é intangível e deixá-lo mais tangível. Prestação de
Variáveis
Após essa breve introdução, vamos ao tema! Serviços
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

z O que é produto? Perecíveis

Produto é algo material, tangível, estocável, dura-


douro. Algo que apresenta aspectos de tangibilidade,
isto é, você pode pegar, sentir, apalpar. Imagine o seu
desejo de trocar de celular. Você vai à loja e solicita GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS
o modelo ao atendente. Com certeza, revirará o pro-
duto. Fará alguns testes, verificará o layout, as cores, Quando se fala em qualidade em serviços, precisa-
o painel e, assim, por diante. Isso tudo é experimen- mos pensar, primeiramente, no cliente. Ele é o foco
tação. Com esse exemplo, buscamos mostrar que os de tudo, e as organizações devem identificar o que
produtos são mais facilmente experimentados, dife- o satisfaz e também o que possa ser capaz de gerar
rentemente dos serviços. insatisfação. 397
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Partindo desse pressuposto, fica mais fácil imagi- „ Efetividade: ações que causam impacto; tam-
nar como as organizações procuram agir no seu dia a bém podem ser entendidas como alcance de
dia para continuar se relacionando com os já clientes resultados, mas é outra concepção ao compa-
e atrair novos. rarmos com a eficácia. Os resultados, nesse
Nessa situação, algumas ferramentas voltadas à caso, são os dos clientes. A ação da organização
qualidade podem ser usadas no intuito de melhorar
conseguiu satisfazer o seu público e os objeti-
a qualidade em serviços. Acompanhe algumas delas
vos do cliente foram alcançados;
a seguir:
„ Execução: realização de uma tarefa. Assume
z Ciclo PDCA: Ferramenta de gestão também conhe- papel importante medir o índice de execução
cida como Ciclo de Deming, pois faz alusão ao teó- de um determinado processo da organização;
rico William Edwards Deming, estatístico que fez „ Economicidade: refere-se ao fato de se conse-
muito sucesso após a Segunda Guerra Mundial no guir realmente economia. Exemplo: adquirir
Japão por ter contribuído com a retomada daquele matéria-prima ou determinado produto pelo
país em vários sentidos. Deming frisava a neces- menor ônus possível dentro do padrão de qua-
sidade de produção de alta qualidade. Esse pen- lidade esperado;
samento estava em consonância com a filosofia „ Excelência: um dos pontos chaves, pois a exce-
japonesa; aliás, faz jus à filosofia Kaizen, que bus-
lência está atrelada à qualidade. Entregar algo
ca a melhoria constante – sendo o PDCA um ciclo,
que, do ponto de vista do cliente, consiga satis-
logo, ele também é contínuo/constante.
fazer as suas necessidades e expectativas.
PDCA: Plan, Do, Check e Act
Definir se o produto ou serviço é de qualidade, no
„ Plan (Planejar): primeira fase do ciclo e visa final das contas, é tarefa do cliente. Algo será entendi-
estabelecer objetivos e metas. É preciso tam- do como qualidade, do ponto de vista do cliente, quan-
bém escolher os métodos adequados para o do satisfaz à necessidade de quem está adquirindo.
alcance dos resultados;
„ Do (Executar): a ideia é colocar em prática os z Vantagem Competitiva: as organizações estão
planos traçados. A implementação ou implan- em constante competitividade e a tendência é que
tação do plano necessita oferecer treinamento ela só aumente com o passar do tempo. Para ser
aos funcionários nas atividades que deverão competitivo no mercado, é preciso entregar algo,
executar;
sempre do ponto de vista do cliente, de valor. Des-
„ Check (Avaliação): checagem dos resultados
sa maneira, a organização se diferenciará dos seus
ou processo de avaliar resultados tendo em vis-
ta a melhoria relacionada à eficiência, eficácia concorrentes e, assim, conseguirá destaque no
e efetividade; mercado que atua. Logo, ser competitivo é visar
„ Act (Ação): depois do processo de avaliação, ser “único”, ter um diferencial, algo que seja difí-
é hora de tomar uma decisão. Se estiver tudo cil de copiar e sustentável ao longo do tempo. Se a
funcionando conforme o planejado, pode-se organização faz algo que é de fácil imitação, deixa
00

padronizar o processo; caso contrário, haverá de ser um diferencial;


5-

ações corretivas. z Os 5 R’s da Gestão da Qualidade em Serviços:


.21
70

„ Relevância: o quanto o produto ou serviço é


.4

Plan importante para o cliente. O agente comercial


49

entra no conceito crucial de ser um consultor


-0

para o cliente ao demonstrar o quanto deter-


ar

minado produto ou serviço será benéfico e


és

Act Do vantajoso;
C

„ Reconhecimento: tem como critério ser esti-


o
dr

mado, único, diferente. Imagine um atendi-


Pe

mento diferenciado, personalizado. O cliente


Check se sentirá valorizado e único;
„ Receptividade: nada como uma boa recepção,
receber o cliente da melhor maneira possível,
com educação, cortesia, gentileza e ofertando o
z Os 6 E’s do Desempenho: eficiência, eficácia, efeti- melhor atendimento possível;
vidade, execução, economicidade e excelência. „ Responsividade: repassar informações de
todas as fases do processo gerando, assim, con-
„ Eficiência: utilização dos recursos da maneia
fiabilidade. Os clientes esperam isso, pois que-
certa. É fazer mais com menos. Está ligado aos
rem se manter informados de todas as etapas;
meios e métodos utilizados pela organização;
„ Eficácia: alcance de resultados, objetivos da „ Relacionamento: interação contínua e dura-
organização. Imagine que o banco tem como doura. A ideia crucial é não vender produtos
objetivo conquistar 1000 novos clientes no pró- ou prestar ser serviço “somente uma vez” e sim
ximo mês. No final do processo, verificará se o obter a fidelidade do cliente para que consiga
398 resultado foi alcançado; fazer negócios sucessivas vezes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
É bom saliente que nem toda pessoa (lead) é um
TÉCNICAS DE VENDAS: DA PRÉ- cliente potencial. Para ser entendido como cliente
ABORDAGEM AO PÓS-VENDAS potencial, é preciso ter certos requisitos, como: neces-
sidade de comprar, autoridade de comprar e poder
aquisitivo.
Tratar sobre vendas é pensar em como ofere-
cer um produto ou serviço para o cliente; portanto,
haverá necessidade de negociação. Aliás, a ideia de Dica
negociar passa pela situação de ganha-ganha, pois, Lead: Termo utilizado no mundo do marketing
as partes (cliente e empresa) devem se beneficiar. No digital que indica um possível cliente. É alguém
caso da negociação, observamos um conjunto de ações
que forneceu informações de contato – pode ser
(etapas) que vão desde o planejamento até o controle,
nome e telefone, nome e e-mail ou até mesmo
auxiliando no processo geral de vendas.
as três informações. Normalmente, as pessoas
Vejamos então as etapas:
deixam seu contato em troca de algo.
z Planejamento: preparação para o processo de
vendas. Estabelecer objetivos e metas; Pré-Abordagem
z Organização: compreende a abertura do processo
da venda, a apresentação do produto/serviço (de- Esta é a etapa da busca de informações possíveis:
monstração), o tratamento das objeções e o fecha- quem são as pessoas que tomam decisões e quais as
mento da venda; suas características, e dos estudos focados em com-
z Controle: avaliação dos resultados e pós-vendas. preender a melhor maneira de abordagem.

Dentro do contexto de técnicas de vendas, encon- Abordagem


tramos os elementos que as compõem, que são: pré-
-venda, venda e pós-vendas. Pode-se dizer que são Indica como será feita a abordagem ao cliente: de
três grandes fases, pois dentro delas existem certas maneira pessoal (visita), por telefonema, contato pela
etapas que, de acordo com Kotler, são: prospecção, internet ou via redes sociais (Messenger, WhatsApp e
pré-abordagem, abordagem, demonstração, fecha- outros). Ainda podemos pensar em outra hipótese –
mento e acompanhamento. mala direta – encaminhar uma mensagem persuasiva
para o cliente, podendo ser por e-mail (mais usual na
atualidade) ou via correio (cada vez mais raro).
Prospecção ou Qualificação
VENDA
Pré-abordagem
7 ETAPAS DE VENDA

Fase em que haverá a apresentação, propriamente


Abordagem dita, do produto ou serviço ao cliente. É aqui que ocor-
KOTLER

re a necessidade de se descobrir os aspectos e fato-


res determinantes que podem levar o cliente a fechar
Demonstração do Produto ou Serviço
negócio.
Existem certos pontos que visam estimular o
00

Fechamento cliente a comprar. É o caso do custo, dos serviços que


5-

serão prestados, do resultado esperado, da tecnolo-


21

gia, segurança e até mesmo responsabilidade social e


.

Acompanhamento ou Avaliação
70

ambiental.
.4
49

É hora de nos aprofundarmos no assunto e enten- z Demonstração


-0

dermos melhor as três grandes fases:


ar

Ferramenta utilizada na apresentação de vendas.


és

PRÉ-VENDA Prepara-se a apresentação, a participação e quanto


C

de impacto ela vai causar. Entretanto, deve-se tomar


o

Nessa fase, teremos uma série de ações voltadas à muito cuidado para não colocar tudo a perder, como
dr

direção da venda, que pode ser compreendida como fazer comparações com concorrentes de maneira
Pe

uma maneira de preparação, como observamos ante- depreciativa.


riormente na etapa de planejamento. Lembre-se de que a apresentação é o momento de
Aqui, verifica-se quais são os clientes de maior valorizar o que o produto ou serviço tem de melhor,
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

potencial, suas necessidades e motivações, estuda-se o levando o cliente a um estágio de atenção, interesse,
comportamento de compra, a melhor forma de chegar desejo e ação. Esses são entendidos como os estágios
até ele (abordagem) e quais são os concorrentes que mentais do comprador, e quem tem a tarefa de condu-
atuam. zir a esses estágios é o negociador (vendedor).
Olhando para as 7 etapas de acordo com Kotler,
chegamos à conclusão de que, nessa fase, trata-se das „ Atenção: saber, conhecer ou ter noção de que o
três primeiras. produto ou serviço existe;
„ Interesse: importante passo no qual se faz com
Prospecção que o possível cliente se concentre nos benefí-
cios do produto/serviço;
A prospecção visa identificar possíveis clientes „ Desejo: despertar a vontade de obter os benefí-
e, para isso, a organização precisará “ir atrás” deles, cios agora já conhecidos;
encontrá-los. „ Ação: atitude de comprar o bem ou serviço. 399
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Tratamento das Objeções Tanto os Bancos Comerciais, tradicionais insti-
tuições que possuem agencias e estruturas físicas,
Para lidar com as objeções, é preciso manter a quanto os novos Bancos Digitais, que nasceram intan-
tranquilidade e jamais encará-las como uma reação gíveis e 100% on-line, quando estabelecem relações de
de cunho pessoal. As objeções fazem parte do processo e-commerce (instituições que possuem praça de aten-
de vendas e contribuem para o próprio fechamento. dimento, como agências bancárias, mas que também
são intangíveis, como o Banco do Brasil, e e-business
z Fechamento (instituições que tem todas as atividades voltadas ao
meio digital e que não existem fisicamente), utilizam
O negociador deve conduzir o cliente a fechar no Marketing Digital os mesmos canais, apresentados
negócio e uma das melhores formas para fazer isso acima.
é ser direto e claro. Alguns negociadores/vendedores O Banco do Brasil, em seus canais de comunica-
pecam na hora crucial da venda, pois fazem mui- ção, apresenta canais e soluções digitais, que seguem
to “rodeio” e não levam o cliente a fechar. É preciso abaixo;
encorajar o cliente a fechar o negócio.
COMUNICAÇÃO E CONTATOS DIGITAIS
PÓS-VENDAS APRESENTADOS PELO BANCO DO BRASIL (SITE
DA INSTITUIÇÃO)
É chegado o momento de cumprir aquilo que foi
prometido na apresentação do produto ou serviço. “O que dá pra fazer?
O acompanhamento faz-se importante e inclui fazer
pesquisas de satisfação para obter feedback e, assim, Ao longo da nossa história, evoluímos com o
melhorar todo o processo. Lembre-se de que esse é mundo. Sempre buscamos trazer inovação aos nos-
um processo cíclico, contínuo e dinâmico.
sos clientes para que tenham a melhor experiência
possível, dentro e fora do banco. O resultado disso se
apresenta nas soluções digitais que oferecem mais
agilidade, facilidade e comodidade no dia a dia.
NOÇÕES DE MARKETING DIGITAL: A qualquer momento, é possível realizar consultas
GERAÇÃO DE LEADS; TÉCNICA DE e as principais transações bancárias. É parecido com
COPYWRITING; GATILHOS MENTAIS; um atendimento presencial, mas sem as filas, de um
jeito bem mais prático. Sempre disponível pra fazer
INBOUND MARKETING uma transferência, solicitar um empréstimo ou pra
tudo que você imaginar.”
MARKETING DIGITAL
O banco do Brasil ainda apresenta a possibilidade
de contatos por meio de aplicativos de comunicação
Hoje em dia as instituições bancárias tem suas
como o Whatsapp, que é um meio de comunicação
atividades majoritariamente vinculadas aos meios
remoto para relações, inclusive de comunicação e
00

digitais, seja por meio do Mobile Bank, ou do Internet


marketing, como segue abaixo, disponível, também,
5-

Banking, as atividades remotas representam, além de


no site da instituição.
21

maior celeridade nas relações bancárias, maior aces-


“Como fazer para falar com atendente humano
.
70

sibilidade, para os clientes.


pelo WhatsApp?
.4

Portanto, nada mais natural que as ações de mar-


Tem uma dúvida específica ou prefere um aten-
49

keting dos bancos estejam voltadas para os meios


dimento mais humanizado? Fale com um de nossos
-0

digitais, situação que gera novos desafios para as


atendentes também pelo WhatsApp. Uma equipe esta-
ar

instituições bancárias, pois não existe o apoio físico


rá disponível para te ajudar no que for necessário de
és

das agências e de correspondentes bancários para a


onde você estiver.
C

criação de espaços publicitários, por meio de banners,


Passo a passo:
o

folhetos, cartazes etc.


dr

O Marketing Digital, por sua vez, se caracteriza


Pe

por ser 100% intangível, trazendo a necessidade de z 1º passo: se for o seu primeiro contato com o BB
utilização de estratégias diferenciadas, como geração no WhatsApp, comece salvando o número (61)
de leads; técnica de copywriting; gatilhos mentais; 4004-0001 na agenda do seu celular, ou clique
inbound marketing. aqui e tenha acesso direto à janela de conversa do
Segue os principais meios de Marketing Digital WhatsApp;
utilizado pelas instituições: z 2º passo: você pode mandar uma mensagem “que-
ro falar com um atendente”;
z Sites das instituições bancárias; z 3º passo: será feita a sua identificação e, se for a
z Sites de terceiros; primeira vez que você faz uma transação no What-
z E-mail Marketing; sApp, será feita a liberação do dispositivo com o
z Formulários; envio de um código de liberação por SMS. Basta
z Vídeos Institucionais; informar o código recebido.
z Mobile Banking;
z Internet Banking; Agora é só aguardar o contato de um dos nossos
400 z Pop-ups em sites. atendentes.”
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GERAÇÃO DE LEADS ETAPAS DE VENDAS EM QUE COPYNWRITING
PODE GERAR A AÇÃO DA COMPRA
Considerando as ações de pré-vendas no Marketing
Digital, aquelas que tem como objetivo a prospecção
e a qualificação de novo clientes, a geração de Leads � Geração por meio do Copywriting da atenção do
clinte para o início da relação de oferta do pro-
representa uma das principais práticas para tal rela-
A duto ou serviço
ção, pois demonstra o interesse inicial do futuro clien-
te no produto ou serviço oferecido pela instituição
� Desenvolvimento do interesse por meio da Per-
bancária, por meio do contato realizado pela internet. suasão para que o cliente dê um passo à frente e
I desenvolva a relação inicial de compra
Site do Banco
� Geração do desejo, que e o desenvolvimento
Apresentação do
do momento exato em que a persuasão levou o
conteúdo D cliente até o contato com a instituição
Formulário
Geração de
Leads
Canais digitais em que as instituições bancárias se
utilizam de técnicas de Copynwriting:

Prospecção
z Pop-up;
Ao longo do desenvolvimento da internet, foram z Grupos de discussão;
criadas várias formas de geração de leads, desde apre- z Anúncios;
sentação de conteúdo multimídia, como disponibili- z E-mails;
zação de vídeos na internet (no Youtube), em que se
z Blogs;
oferecem conteúdos auxiliares, tendo como exemplo
um texto ou disponibilização de planilha de contro- z Notícias em sites;
le de gastos pessoais, onde esse conteúdo é oferecido z Pop-ups em sites.
mediante o cadastro do interessado e seus dados são
enviados para a instituição que apresenta o conteúdo. GATILHOS MENTAIS
Porém, existem outras formas de desenvolvimento
de geração de Leads, como as que seguem a seguir:
Os gatilhos mentais representam os elementos
z Formulários presentes nos e-mails marketing; ocultos ou subjetivos que são apresentados para os
z Captação de interesse do cliente como em oferta por consumidores, tanto nos espaços digitais das institui-
e-mail de análise para aquisição de cartão de crédito;
ções bancárias, como em sites de produtos ou serviços
z Aumento da relevância do site da instituição ban-
cária nos motores de busca, como o Google; que não tenham relação direta com os bancos, para
z Oferta de produtos ou serviços gratuitos, agrega-
00

que o consumidor saia da zona de conforto e apresen-


dos à atividade bancária, como controle de gastos
5-

te desejo real de concretizar a sua compra.


21

pessoais ou planejamento de investimentos;


Os gatilhos mentais podem ser frases em locais
z Cursos on-line de educação financeira por meio de
.
70

cadastro prévio. estratégicos, exemplos de experiências bem sucedi-


.4

das, ou até mesmo imagens que estimulem o desejo


49

TÉCNICAS DE COPYWRITING de compra.


-0

Principais formas de geração de gatilhos mentais:


ar

Desenvolvimento de técnicas de Copywriting


és

representa a persuasão do cliente para gerar o desejo


C

da compra, por meio de palavras chave e de gatilhos z Novidade;


o

mentais, em que tal necessidade é apresentada ao z Autoridade;


dr

cliente.
Pe

z Prova Social;
A utilização de tais termos e palavras chave são
z Escassez;
fundamentais para que seja gerada a persuasão por
parte do cliente, com palavras utilizadas nos momen-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

tos adequados, para o público correto, por meio de Dica


canais de comunicação específicos, com palavras cha-
ves diferenciadas, em mídias diferenciadas, para que Os gatilhos mentais não apresentam nenhuma
o mesmo produto ou serviço seja apresentado de for- relação com propaganda subliminar ou quais
ma direcionada.
outros métodos de persuasão que tenham a
Por exemplo, o mesmo produto ou serviço bancá-
rio que é apresentado no Instagram, uma rede social intenção de gerar a compra por meio de méto-
de imagens massiva e generalizada, pode utilizar téc- dos que hoje são condenáveis pelas boas prá-
nicas de copywriting diferenciadas daquelas que são ticas do mercado e, inclusive, condenadas pelo
utilizadas para um site de uma Fintech do sistema
financeiro, local em que o público é diferenciado e próprio Código de Ética do Banco do Brasil.
mais voltado para as relações mais avançadas de pro-
dutos e serviços bancários. z Urgência 401
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PROCESSO DO GATILHO MENTAL O indivíduo é um ser muito complexo. Cada um de
nós tem uma forma de pensar e agir que, em algum
momento, pode ser certa ou errada. Essa complexi-
dade passa a ser crucial, para que tenhamos um con-
junto de regras (escritas ou não escritas) no intuito de
mantermo-nos no caminho.
Cliente Contato com Geração do Neste sentido, pode-se dizer que necessitamos de
desinformado o gatilho interesse inicial normas e imperativos morais, para que nossas deci-
navegando na relacionado ao para a relação de
internet produto compra
sões sejam pautadas de maneira mais sólida. Ainda,
o que é certo para mim, pode ser errado para você.
Cada um de nós possui uma linha de pensamento, a
qual pode ser convergente ou divergente em algum
momento. Portanto, as regras são importantes para
criar uma linha de padrão na conduta tida como ideal.
INBOND MARKETING As organizações tendem a possuir um conjunto de
regras, a fim de nortear o colaborador no dia a dia. Na
O Inbond Marketing ou Marketing de atração Administração Pública, temos leis e códigos capazes
representa uma técnica diferenciada de apresentação de orientar o agente público. Por exemplo, o Código
do produto ou serviço, não utilizando propaganda de Ética da Administração Pública Federal – Decreto
direta e espaços adquiridos em sites comerciais, mas n° 1.171, de 1994 – trata de regras, deveres e vedações,
sim através da oferta de conteúdo de qualidade dis- com o intuito de demonstrar ao agente público como
ponibilizado gratuitamente, onde o contato do cliente deve ser a sua conduta, tanto no exercício da função
com a instituição bancária e estabelecida inicialmente. como também fora dela.
A intenção do método de Marketing de Atração é
O Banco do Brasil possui o próprio Código de Ética,
de que o cliente, inicialmente, perceba a qualidade
da instituição bancária, por meio da produção de tal que visa trazer informações relacionadas à crença da
conteúdo autoral e de acesso massivo para todos que instituição, missão, visão e valores. No quesito da éti-
tenham interesse. ca, o Código menciona o seguinte: Ética é inspiração e
Após a relação inicial do cliente com a instituição, condição de nosso comportamento pessoal e institucio-
devido ao método do Inbond Marketing, é gerada a nal. Vale ressaltar que tal documento trata, também,
apresentação de outro produto ou serviço vinculado ao de normas de conduta.
que é apresentado qualitativamente de forma gratuita.
O Banco do Brasil tem a ética como compromisso e
Métodos de Inbond Marketing o respeito como atitude nos relacionamentos.
O Código de Ética do BB traduz os valores que
z Cursos gratuitos em plataformas como o Youtube; devem ser observados e cultivados por todos os
z Seminários exclusivos por meio de programas de escalões da empresa no relacionamento com os
videoconferência como o Google Meet. diversos segmentos da sociedade, seja no Brasil,
ou no exterior, pois nos empenhamos em construir
00

relacionamentos duradouros, baseados no respeito


às necessidades e às expectativas de nossos diferen-
5-

ÉTICA E CONDUTA PROFISSIONAL EM


21

tes públicos.
.

VENDAS Fonte: https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/


70

PortuguesCodEtica.pdf
.4
49

Para adentrarmos no assunto, em primeiro lugar,


é necessário compreender o termo ética. A Ética é Obs.: Vale a pena a leitura na íntegra do Código de
-0

uma ciência oriunda da Filosofia. Ética vem do termo Ética e Norma de Conduta do BB.
ar

“ethos”, que significa usos ou costumes, compreen- A boa conduta passa pela importância da etiqueta
és

dendo, também, conduta, caráter e atitude. Não se empresarial, definindo qual deve ser a postura ade-
C

confunde, portanto, com a moral, a qual está mais quada mediante tantas situações que podem ocorrer.
o

relacionada à prática, que, por sua vez, é influenciada Por sua vez, etiqueta empresarial passa pelo bom
dr

pelo meio. Ética, pois, é adquirida pelo estudo.


Pe

comportamento e educação, cerimoniais importantes


no trato entre as pessoas. A pontualidade, o comporta-
mento, a forma de vestir, o jogo de cintura e o respeito
ÉTICA MORAL
são instrumentos que devem ser levados em conside-
ração pelos profissionais de vendas.
Não podemos esquecer que você se tornará um
+ Ampla e
negociador e, como tal, não poderá deixar-se levar
+ Restrita por condutas contrárias à ética, como corrupção, pro-
Abrangente
pinas, benesses ou favores imorais. Ainda, há que se
levar em consideração o complience da organização
Universal Princípios e
Cultural e Costumes
– termo em inglês que pode ser traduzido como “estar
Valores em conformidade com as regras e diretrizes da organi-
zação”, o qual visa dar segurança, minimizando riscos
Teórica, Duradoura Prática, Mutável e inerentes. A busca é pela garantia do cumprimento
e Adquirida pelo Influenciada pelo das regras estabelecidas, sejam de normas internas ou
estudo meio
402 de leis que regem a conduta das organizações.
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MARKETING DE RELACIONAMENTO
Pontualidade

O foco do marketing de relacionamento está nos

EMPRESARIAL
Comportamento
clientes já existentes. É claro que toda organização dese-

ETIQUETA
ja conquistar novos clientes, mas apostar em uma rela-
ção permanente e duradoura fará até mesmo com que
Vestimenta a organização consiga uma economia nos seus gastos
de marketing e publicidade de maneira surpreendente.
Jogo de Cintura e Respeito Para que uma empresa possa ter seu foco nos clien-
tes já existentes e não somente na angariação de novos,
conseguir apostar no marketing relacional e fidelizar
seus clientes, deverá ter em atenção alguns pontos:
conhecer bem o cliente, saber comunicar e escutar as
PADRÕES DE QUALIDADE NO suas necessidades e reconhecer a sua fidelidade.
Problemas com relacionamento e atendimento
ATENDIMENTO AOS CLIENTES existirão, mas é preciso afastar os fatores que podem
potencializar a perda de clientes, que normalmente
Quando o assunto é cliente, você já sabe que preci- ocorrem por negligência em alguma área.
sa entregar algo de valor para ele. Satisfazer às neces- No atendimento, as negligências são conhecidas
sidades e atender às expectativas dele deve ser o foco como sete pecados capitais:
das organizações. Como observamos anteriormente,
o cliente terá uma determinada experiência e a sua z Apatia: relacionada à indiferença no tratamento,
percepção deve ser maior que a expectativa; dessa sem demonstração de interesse;
z Má vontade: falta de ação ou atitude por parte do
maneira, conquistaremos o cliente e, com isso, a sua
atendente;
fidelidade, haja vista o que move o atendimento hoje z Frieza: atendimento entendido como distante,
é o relacionamento. sem observar os desejos do cliente;
Existem certos pontos interessantes que serão z Desdém: quando o atendente demonstra um “ar” de
benéficos para se manter um padrão de qualidade, superioridade e trata o cliente com certo desprezo;
claro que sem “engessar” o atendimento, já que ele z Robotismo: atendimento engessado;
é um serviço e você já conhece as características que z Apego às normas: atendimento sem flexibilidade;
norteiam o serviço. z Jogo de Responsabilidade: quando o atendente
O atendimento tem certas utilidades, a começar: não assume a responsabilidade e “joga” para os
demais ou outros setores.
z Recepcionar: é o primeiro momento com o cliente
e, portanto, deve causar uma boa impressão. Nesse
quesito, é importante o cumprimento adequado,
como: bom dia, boa tarde, boa noite. Trate-o pelo UTILIZAÇÃO DE CANAIS REMOTOS
nome e use as expressões de senhor ou senhora PARA VENDAS
(independente da idade);
00

z Informar: todos nós esperamos receber informa- Como hoje em dia as vendas, tanto em bancos
5-

ções compreensíveis e concisas de forma correta. digitais, quanto em bancos comerciais, são baseadas,
21

Se você não souber uma determinada informa- majoritariamente, em canais online, a utilização de
.

recursos como o Internet Banking, mobile Banking, ou


70

ção, peça um instante para obtê-la e a repasse ao


mesmo canais de atendimento em outros sites, em que
.4

cliente; as instituições bancárias se utilizam desses sites para


49

z Orientação: um dos papéis da linha de atendimen- oferecer soluções remotas representa grande parte da
-0

to é orientar o cliente, seja nos próximos passos ou lucratividade do setor bancário.


ar

nas situações do momento; Nesse sentido, métodos como a geração de leeds, os


és

z Amenizar: é de responsabilidade também do pes- chamados gatilhos mentais, a computação cognitiva,


C

soal da linha de frente acalmar o cliente em um a inteligência artificial aplicada ao setor bancário e
o

momento de tensão. Assim, é preciso saber lidar a vendas além do aprendizado de máquina, são ele-
dr

com uma situação de conflito e “destempero”; mentos fundamentais para que os recursos mobile e
Pe

os recursos digitais e remotos de atendimento sejam


z Agilidade: o cliente tem pressa e, a depender do
eficientes na venda.
tipo de serviço de que necessita, será menos fle- Pode-se considerar, como canais remotos, os pró-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

xível ainda. Então, a rapidez no atendimento é prios aplicativos das instituições bancárias, nos quais
imprescindível; ocorre a chamada relação entre interface e venda
z Comunicação: é o elo entre as partes, por isso, é com o cliente. Inclusive, muitas vezes, essa relação
preciso reduzir os possíveis ruídos para que haja é estabelecida de forma mecanizada, seja por meio
entendimento no que está sendo repassado. de robôs, seja por meio de chats previamente esta-
belecidos. É evidente que a venda é feita não da
Você percebeu a necessidade de certos padrões interação cognitiva através do aplicativo, e sim do
relacionamento direto do cliente com o escriturário, o
para manter no “eixo” o atendimento? Com isso, a
que é muito mais eficiente, e tem um percentual mui-
organização conseguirá alcançar os objetivos do aten- to maior de finalização de vendas, afinal o vendedor
dimento e do relacionamento interpessoal, como: a tem capacidade maior de persuasão para superar as
satisfação dos clientes, a diferenciação, o aumento objeções apresentadas pelo cliente no relacionamen-
de clientes, a boa interação e, claro, a qualidade no to, situação que muitas vezes um robô não consegue
atendimento. solucionar. 403
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
CANAIS REMOTOS DE VENDAS O que fará um cliente fechar com uma organiza-
ção ou outra é a diferenciação, ou seja, entregar algo
que realmente agregue valor, buscando sempre o
dinamismo nas ações e enfatizando o relacionamento
interpessoal entre vendedores e clientes.

Relação de Vínculos sociais e a amizade recíproca entre com-


compra pradores e vendedores têm um resultado favorável
Canal para as empresas de venda, tanto no lado financeiro,
remoto quanto na confiança com cliente, no compromisso e
oferecido na cooperação nos negócios, sendo importante um
Escriturário ao cliente bom atendimento ao cliente. (DURZET, 2007, p. 98)
ou Chat Boot
Podemos perceber que a venda vai depender do
relacionamento que ocorre entre os dois (cliente e
vendedor); por isso, o vendedor deve demonstrar
empatia, saber ouvir, ter boa capacidade de se rela-
cionar com as pessoas, aparentar-se bem e possuir
excelente capacidade de negociação. Além disso, pre-
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
cisa conhecer bem o produto ou serviço que negocia e
E SUA RELAÇÃO COM VENDAS E saber lidar com todos os tipos de emoções.
NEGOCIAÇÃO
O comportamento do consumidor pode ser com-
Relacionamento Negociação Venda
preendido como um estudo que tem como objetivo
analisar os sentimentos e as percepções que direcio-
nam o possível cliente a comprar. As decisões toma-
das pelo cliente baseiam-se nessas duas situações
(sentimentos e percepções). Portanto, é crucial que a
organização seja efetiva e saiba lidar com as dificul-
dades do dia a dia. Podemos entender esse processo POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM
como uma jornada, avançando um passo de cada vez O CLIENTE: RESOLUÇÃO Nº 4.949, DE
para fazer com que o cliente tome a decisão de adqui-
rir o produto ou o serviço.
30 DE SETEMBRO DE 2021
Os gestores devem, por meio da gestão estratégica
Inicialmente, cabe destacar que o Banco Central do
e do marketing, estudar o comportamento dos clien-
Brasil, BACEN, de acordo com o seu endereço eletrôni-
tes ou potenciais clientes. O propósito é compreender co institucional, é o guardião dos valores do Brasil. Ele
possíveis mudanças e, consequentemente, nivelar as constitui uma autarquia de natureza especial, criada
ações de vendas para que o cliente continue compran- pela Lei nº 4.595, de 1964, e com autonomia estabele-
00

do da organização. cida pela Lei Complementar nº 179, de 2021.


5-

Como o BACEN é uma autarquia, pode-se dizer


21

O comportamento de compra complexo envolve que este tem autonomia nas suas funções, não sendo
.
70

um processo de três etapas. Primeiro, o comprador subordinado a nenhum outro órgão público. Além
.4

desenvolve crenças sobre o produto. Segundo, ele disso, o mesmo possui diversas atribuições, como, por
49

desenvolve atitudes sobre o produto. Terceiro, ele exemplo, a de responsabilidade pela estabilidade da
-0

faz uma escolha refletida. (KOTLER, 2000, p. 199) economia brasileira e a de regulamentação do sistema
ar

financeiro do país1.
és

Há todo um processo envolvido e, para garantir o A Resolução em estudo dispõe acerca dos princí-
C

sucesso, é preciso usar certas etapas para fazer com pios e procedimentos a serem adotados no relacio-
o

que o cliente crie uma relação com o processo de ven- namento entre clientes e usuários de produtos e de
dr

das e negociação. serviços financeiros, sendo, por isso, de suma impor-


Pe

Deve-se, primeiramente, fazer com que o clien- tância para o concurso almejado. Para o estudo desta,
te perceba a existência de um problema (às vezes, é relevante que o leitor tenha contato com a legislação
o cliente desconhece o seu próprio problema). Após pura, pois as bancas costumam cobrar a literalidade
o reconhecimento, é preciso que a área de vendas e da lei.
negociação desenvolva um trabalho capaz de mostrar O art. 1º, da Resolução nº 4.949, de 2021, dispõe
que a organização solucionará o problema. Quando já sobre o relacionamento entre clientes e usuários.
se tem a consideração da solução, entra-se na fase de Vejamos:
ativar gatilhos mentais, como urgência e exclusivida-
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre princípios e
de. Por fim, vem a decisão de compra, pois o cliente já
procedimentos a serem adotados no relacionamen-
compreende o seu próprio problema e também que to com clientes e usuários de produtos e de serviços
existe uma solução; agora, cabe às vendas e à negocia- pelas instituições financeiras e demais instituições
ção oferecer o produto ou serviço que atenda a essa autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
necessidade. Brasil.

1 BONA, A. BACEN: o que é e o que faz o Banco Central do Brasil? Disponível em: https://andrebona.com.br/bacen-o-que-e-e-o-que-faz-o-
404 banco-central-do-brasil Acesso em: 24 jun. 2021.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º O disposto nesta Resolução não se aplica às VI - encaminhamento de instrumento de pagamen-
administradoras de consórcio e às instituições de to ao domicílio do cliente ou usuário ou a sua habi-
pagamento, que devem seguir as normas editadas litação somente em decorrência de sua expressa
pelo Banco Central do Brasil no exercício de sua solicitação ou autorização; e
competência legal. VII - tempestividade e inexistência de barreiras, cri-
§ 2º Para efeito desta Resolução, o relacionamento térios ou procedimentos desarrazoados para:
com clientes e usuários abrange as fases de pré- a) o atendimento a demandas de clientes e usuá-
-contratação, de contratação e de pós-contratação rios, incluindo o fornecimento de contratos, reci-
bos, extratos, comprovantes e outros documentos e
de produtos e de serviços.
informações relativos a operações e a serviços;
Pela leitura do dispositivo, podemos identificar que
b) a extinção da relação contratual relativa a pro-
a Resolução estipula que a relação entre clientes e
dutos e serviços, incluindo o cancelamento de con-
usuários deve ser pautada em princípios norteado- tratos; e
res que estão dispostos no art. 2º dessa Resolução. c) a transferência de relacionamento para outra
Vejamos: instituição, se aplicável.
Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º, no rela-
cionamento com clientes e usuários de produtos e Por sua vez, o art. 5º dispõe sobre atendimento
de serviços, devem conduzir suas atividades com presencial a clientes ou usuários:
observância de princípios de ética, responsabili-
dade, transparência e diligência, propiciando
Art. 5º É vedado às instituições referidas no art. 1º
a convergência de interesses e a consolidação de impedir o acesso, recusar, dificultar ou impor res-
imagem institucional de credibilidade, segurança trição ao atendimento presencial em suas depen-
e competência. dências, inclusive em guichês de caixa, a clientes ou
usuários de produtos e de serviços, mesmo quando
Não obstante à necessidade de observação dos disponível o atendimento em outros canais.
princípios presentes no art. 2º, o art. 3º aponta outras § 1º O disposto no caput não se aplica:
providências que devem ser observadas e garantidas. I - aos serviços de arrecadação ou de cobrança
Vejamos: prestados a terceiros, quando:
a) não houver contrato ou convênio para a sua
prestação celebrado entre a instituição financeira
Art. 3º A observância do disposto no art. 2º requer,
e o ente beneficiário; ou
entre outras, as seguintes ações:
b) o respectivo contrato ou convênio celebrado não
I - promover cultura organizacional que incenti- contemple o recebimento em guichê de caixa das
ve relacionamento cooperativo e equilibrado com dependências da instituição;
clientes e usuários; e II - ao recebimento de boletos de pagamento padro-
II - dispensar tratamento justo e equitativo a clien- nizado pela regulamentação do Banco Central do
tes e usuários, considerando seus perfis de relacio- Brasil emitidos fora do padrão, das especificações
namento e vulnerabilidades associadas. ou dos requisitos vigentes para o instrumento;
III - ao recebimento de documentos mediante paga-
O art. 4º dispõe sobre os procedimentos de contra- mento por meio de cheque;
tação e da prestação de serviços. Vejamos: IV - às instituições que não possuam dependências ou
às dependências de instituições sem guichês de caixa;
V - aos postos de atendimento instalados em recin-
00

Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º, na con-


to de órgão ou de entidade da Administração Públi-
tratação de operações e na prestação de serviços,
5-

ca ou de empresa privada com guichês de caixa,


21

devem assegurar:
nos quais sejam prestados serviços do exclusivo
I - adequação dos produtos e serviços ofertados ou
.

interesse do respectivo órgão ou entidade e de


70

recomendados às necessidades, aos interesses e aos seus servidores ou da respectiva empresa e de seus
.4

objetivos dos clientes e usuários; empregados e administradores, conforme a regula-


49

II - integridade, conformidade, confiabilidade, segu- mentação específica sobre dependências; e


-0

rança e sigilo das transações realizadas, bem como VI - às situações excepcionais previstas na legisla-
ar

legitimidade das operações contratadas e dos ser- ção ou na regulamentação específica.


és

viços prestados; § 2º Para fins do disposto no caput, é vedada a


III - prestação, de forma clara e precisa, das infor- imposição de restrições quanto à quantidade de
C

mações necessárias à livre escolha e à tomada de documentos, de transações ou de operações por


o
dr

decisões por parte de clientes e usuários, explicitan- pessoa, bem como em relação a montante máximo
Pe

do, inclusive, direitos e deveres, responsabilidades, ou mínimo a ser pago ou recebido ou ainda quan-
custos ou ônus, penalidades e eventuais riscos exis- to à faculdade de o cliente ou o usuário optar por
tentes na execução de operações e na prestação de pagamentos em espécie, salvo as exceções previstas
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

serviços; na legislação ou na regulamentação específica.


IV - utilização de redação clara, objetiva e adequa- § 3º As instituições de que trata o art. 1º devem
da à natureza e à complexidade da operação ou divulgar em suas dependências e nas dependências
dos correspondentes no País, em local visível e em
do serviço, em contratos, recibos, extratos, com-
formato legível, as situações de que tratam os inci-
provantes e documentos destinados ao público, de
sos II, III e V do § 1º.
forma a permitir o entendimento do conteúdo e a
§ 4º O disposto neste artigo deve ser observado
identificação de prazos, valores, encargos, multas, indistintamente em relação a clientes e a não clien-
datas, locais e demais condições; tes, exceto pelas cooperativas de crédito, que devem
V - identificação dos usuários finais beneficiários de observar o disposto no § 5º.
pagamento ou transferência em demonstrativos e § 5º As cooperativas de crédito devem informar em
extratos de contas de depósitos e contas de paga- suas dependências, em local visível e em formato
mento pré-paga, inclusive nas situações em que o legível, se realizam atendimento a não associados
serviço de pagamento envolver instituições partici- e quais os serviços disponibilizados, assegurando
pantes de diferentes arranjos de pagamento; nesse caso as condições previstas neste artigo. 405
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O art. 6° trata da política institucional de relacio- § 1º Com relação ao disposto nos incisos II e III do
namento com cliente e usuários. Observemos que diz caput, e em observância ao art. 4º, inciso I, as insti-
a lei: tuições devem estabelecer o perfil dos clientes que
compõem o público-alvo para os produtos e servi-
Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem ços disponibilizados, considerando suas caracterís-
manter política institucional de relacionamento ticas e complexidade.
com clientes e usuários que consolide diretrizes, § 2º O perfil referido no § 1º deve incluir informa-
objetivos estratégicos e valores organizacionais, de ções relevantes para cada produto ou serviço.
Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devem:
forma a nortear a condução de suas atividades em
I - promover o equilíbrio das metas de resultados
conformidade com o disposto no art. 2º.
e de incentivos associadas ao desempenho de fun-
§ 1º A política de que trata o caput deve:
cionários e de correspondentes no País com as
I - ser aprovada pelo conselho de administração ou,
diretrizes e os valores organizacionais previstos na
caso inexistente, pela diretoria da instituição;
política institucional de que trata o art. 6º; e
II - ser objeto de avaliação periódica;
II - tratar adequadamente eventuais desvios rela-
III - definir papéis e responsabilidades no âmbito da cionados ao contido no inciso I.
instituição; Art. 9º Em relação à política institucional de rela-
IV - ser compatível com a natureza da instituição e cionamento com clientes e usuários, as instituições
com o perfil de clientes e usuários, bem como com de que trata o art. 1º devem instituir mecanismos
as demais políticas instituídas; de acompanhamento, de controle e de mitigação de
V - prever programa de treinamento de emprega- riscos com vistas a assegurar:
dos e prestadores de serviços que desempenhem I - a implementação das suas disposições;
atividades afetas ao relacionamento com clientes e II - o monitoramento do seu cumprimento, inclusive
usuários; por meio de métricas e indicadores adequados;
VI - prever a disseminação interna de suas dispo- III - a avaliação da sua efetividade; e
sições; e IV - a identificação e a correção de eventuais
VII - ser formalizada em documento específico. deficiências.
§ 2º Admite-se que a política de que trata o caput § 1º Os mecanismos de que trata o caput devem
seja unificada por: ser submetidos a testes periódicos pela auditoria
I - conglomerado; ou interna, consistentes com os controles internos da
II - sistema cooperativo de crédito. instituição.
§ 3º As instituições que não constituírem política § 2º Os dados, os registros e as informações relati-
própria em decorrência da faculdade prevista no § vas aos mecanismos de controle, processos, testes e
2º devem formalizar a decisão em reunião do con- trilhas de auditoria devem ser mantidos à disposi-
selho de administração ou da diretoria. ção do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo
§ 4º O documento de que trata o inciso VII do § 1º deve de cinco anos.
ser mantido à disposição do Banco Central do Brasil.
Para que haja fiscalização do cumprimento das
O gerenciamento da Política Institucional de Rela- normas e diretrizes principiológicas estabelecidas por
cionamento com Clientes e Usuários é regulamento essa Resolução, o art. 10 destaca que deverá ser indi-
pelos arts. 7°, 8° e 9°, da referida Resolução, veja: cado um diretor responsável pela observância dos
dispositivos dessa Resolução:
Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devem
00

assegurar a consistência de rotinas e de procedi- Art. 10 As instituições de que trata o art. 1º devem
5-

mentos operacionais afetos ao relacionamento indicar ao Banco Central do Brasil diretor respon-
21

com clientes e usuários, bem como sua adequação à sável pelo cumprimento das obrigações previstas
.
70

política institucional de relacionamento de que tra- nesta Resolução.


.4

ta o art. 6º, inclusive quanto aos seguintes aspectos: Art. 11 O Banco Central do Brasil poderá adotar
49

I - identificação e qualificação de clientes e de medidas complementares necessárias à execução


do disposto nesta Resolução.
-0

usuários para fins de início e manutenção de


relacionamento;
ar

II - concepção de produtos e de serviços;


és

III - oferta, recomendação, contratação ou distri-


C

buição de produtos ou serviços;


RESOLUÇÃO CMN Nº 4.860, DE 23
o

IV - requisitos de segurança afetos a produtos e a


dr

serviços; DE OUTUBRO DE 2020 QUE DISPÕE


Pe

V - cobrança de tarifas em decorrência da presta- SOBRE A CONSTITUIÇÃO E O


ção de serviços;
VI - divulgação e publicidade de produtos e de serviços; FUNCIONAMENTO DE COMPONENTE
VII - coleta, tratamento e manutenção de informa- ORGANIZACIONAL DE OUVIDORIA
ções dos clientes em bases de dados;
VIII - gestão do atendimento prestado a clientes
PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E
e usuários, inclusive o registro e o tratamento de DEMAIS INSTITUIÇÕES AUTORIZADAS
demandas A FUNCIONAR PELO BANCO CENTRAL
IX - mediação de conflitos;
X - sistemática de cobrança em caso de inadimple- DO BRASIL
mento de obrigações contratadas;
XI - extinção da relação contratual relativa a pro- A presente Resolução CMN nº 4.860, de 2020 dis-
dutos e serviços; põe sobre a constituição e o funcionamento de compo-
XII - liquidação antecipada de dívidas ou de obri- nente organizacional de ouvidoria pelas instituições
gações; e autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil
XIII - transferência de relacionamento para outra (Bacen). A intenção da Resolução é explicitada no art.
406 instituição. 1º:
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 1º Esta Resolução disciplina a constituição e Perceba que o inciso I do art. 3º aponta que as ouvi-
o funcionamento de componente organizacional de dorias somente irão atender as demandas em última
ouvidoria pelas instituições que especifica. instância, o que quer dizer que as demandas deverão
passar primeiramente por outros meios e canais de
O art. 2º aponta quais instituições devem consti- atendimento primário da instituição e, somente caso
tuir as ouvidorias: estas não puderem ser solucionadas, então serão des-
tinadas às ouvidorias.
Art. 2º O componente organizacional de ouvidoria Já o capítulo III desta Resolução trata da organiza-
deve ser constituído pelas instituições autoriza- ção e estrutura da ouvidoria:
das a funcionar pelo Banco Central do Brasil que
tenham clientes pessoas naturais, inclusive empre- Art. 4º A estrutura da ouvidoria deve ser compatí-
sários individuais, ou pessoas jurídicas classifica- vel com a natureza e a complexidade dos produtos,
das como microempresas e empresas de pequeno serviços, atividades, processos e sistemas de cada
porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de instituição.
Parágrafo único. A ouvidoria não pode estar vin-
14 de dezembro de 2006.
culada a componente organizacional da ins-
Parágrafo único. Ficam dispensados de consti-
tituição que configure conflito de interesses
tuir ouvidoria os bancos comerciais sob con-
ou de atribuições, a exemplo das unidades res-
trole societário de bolsas de valores, de bolsas ponsáveis por negociação de produtos e serviços,
de mercadorias e futuros ou de bolsas de valo- gestão de riscos, auditoria interna e conformidade
res e de mercadorias e futuros que desempenhem (compliance).
exclusivamente funções de liquidante e custodiante Art. 5º É admitido o compartilhamento de ouvi-
central, prestando serviços às bolsas e aos agen- doria pelas instituições, observadas as seguintes
tes econômicos responsáveis pelas operações situações e regras:
nelas cursadas. I - a instituição integrante de conglomerado com-
posto por pelo menos duas instituições autorizadas
De acordo com o caput do art. 2º, a ouvidoria deve- a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode com-
rá ser constituída pelas instituições esquematizadas a partilhar a ouvidoria constituída em qualquer das
instituições autorizadas a funcionar;
seguir:
II - a instituição não enquadrada no disposto no
inciso I do caput pode compartilhar a ouvidoria
constituída:
Instituições autorizadas a Funcionar a) em empresa ligada, conforme definição de que
pelo Banco Central do Brasil, que trata o § 1º; ou
Tenha como Clientes b) na associação de classe a que seja filiada ou na
bolsa de valores ou bolsa de mercadorias e futuros
ou bolsa de valores e de mercadorias e futuros nas
quais realize operações;
III - a cooperativa singular de crédito filiada a coo-
perativa central pode compartilhar a ouvidoria
Pessoas Pessoas constituída na respectiva cooperativa central, con-
Naturais federação de cooperativas de crédito ou banco do
00

Jurídicas
sistema cooperativo; e
5-

IV - a cooperativa singular de crédito não filiada a


21

cooperativa central pode compartilhar a ouvidoria


.
70

constituída em cooperativa central, federação de


.4

z Microempresas de Incluindo os cooperativas de crédito, confederação de cooperati-


49

pequeno porte empresários vas de crédito ou associação de classe da categoria.


-0

z Microempresas individuais § 1º Para efeito do disposto no inciso II, alínea «a»,


do caput, consideram-se ligadas entre si as institui-
ar

ções autorizadas a funcionar pelo Banco Central do


és

Brasil e as empresas não autorizadas a funcionar


C

Logo em seguida, temos o importantíssimo Capítu- pelo Banco Central do Brasil:


o

lo II desta Resolução, “Da finalidade”, que aponta as I - as quais uma participe com 10% (dez por cento)
dr

finalidades que deverão ser alcançadas pela ouvido- ou mais do capital da outra, direta ou indiretamen-
Pe

ria. Vejamos: te; e


II - as quais acionistas com 10% (dez por cento) ou
mais do capital de uma participem com 10% (dez
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Art. 3º A ouvidoria tem por finalidade:


I - atender em última instância as demandas dos por cento) ou mais do capital da outra, direta ou
clientes e usuários de produtos e serviços que não indiretamente.
tiverem sido solucionadas nos canais de aten- § 2º O disposto no inciso II, alínea «b», do caput,
não se aplica a bancos comerciais, bancos múl-
dimento primário da instituição; e
tiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito,
II - atuar como canal de comunicação entre a
financiamento e investimento, associações de pou-
instituição e os clientes e usuários de produtos
pança e empréstimo e sociedades de arrendamento
e serviços, inclusive na mediação de conflitos. mercantil que realizem operações de arrendamento
Parágrafo único. Para efeitos desta Resolução, con- mercantil financeiro.
sidera-se primário o atendimento habitual realiza- § 3º O disposto nos incisos II, alínea «b», e IV, do
do em quaisquer pontos ou canais de atendimento, caput, somente se aplica a associação de classe ou
incluídos os correspondentes no País e o Serviço de bolsa que possuir código de ética ou de autorregu-
Atendimento ao Consumidor (SAC) de que trata o lação efetivamente implantado, ao qual a institui-
Decreto nº 6.523, de 31 de julho de 2008. ção tenha aderido. 407
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O capítulo IV da Resolução trata especificamen- b) controlar o prazo de resposta;
te do funcionamento das ouvidorias, incluindo suas II - dar ampla divulgação sobre a existência da
atribuições, formas de funcionamento, seus deveres, ouvidoria, sua finalidade, suas atribuições e for-
entre outras atribuições. Inicialmente, de acordo com mas de acesso, inclusive nos canais de comunica-
o disposto no art. 6º, a ouvidoria deverá abranger as ção utilizados para difundir os produtos e serviços;
seguintes atividades: III - garantir o acesso gratuito dos clientes e dos
usuários ao atendimento da ouvidoria, por meio
de canais ágeis e eficazes, inclusive por telefone,
ATIVIDADES DAS OUVIDORIAS (ART. 6º) cujo número deve ser:
a) divulgado e mantido atualizado em local
I - atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento visível ao público no recinto das suas dependên-
formal e adequado às demandas dos clientes e usuá- cias e nas dependências dos correspondentes no
rios de produtos e serviços País, bem como nos respectivos sítios eletrônicos
na internet, acessível pela sua página inicial;
II - prestar esclarecimentos aos demandantes acer- b) informado nos extratos, comprovantes, inclusive
ca do andamento das demandas, informando o prazo eletrônicos, contratos, materiais de propaganda e
previsto para resposta de publicidade e demais documentos que se desti-
nem aos clientes e usuários; e
III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda
c) inserido e mantido permanentemente atua-
no prazo previsto
lizado em sistema de registro de informações
IV - manter o conselho de administração, ou, na sua do Banco Central do Brasil.
ausência, a diretoria da instituição, informado sobre os Parágrafo único. As informações relativas às
problemas e deficiências detectados no cumprimento demandas recebidas pela ouvidoria devem perma-
necer registradas no sistema mencionado no inci-
de suas atribuições e sobre o resultado das medidas
so I pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da
adotadas pelos administradores para solucioná-los
data da protocolização da ocorrência.

Dentre as atividades realizadas pela ouvidoria está O capítulo V trata das exigências formais que ver-
o atendimento adequado às demandas dos clientes e sam sobre as ouvidorias e engloba pontos específi-
usuários de produtos e serviços. Esse atendimento cos, como formulação do estatuto ou contrato social,
deverá atender os critérios expostos a seguir: designação de responsáveis, designação de nomes do
ouvidor, entre outras disposições. Neste momento, é
Art. 6º [...] importante o contato com a legislação pura, vez que,
§ 1º O atendimento prestado pela ouvidoria: usualmente, as bancas cobram a literalidade da lei.
I - deve ser identificado por meio de núme-
Realizamos destaques na legislação para que tornem
ro de protocolo, o qual deve ser fornecido ao
a leitura mais fluida e de fácil memorização:
demandante;
II - deve ser gravado, quando realizado por tele-
fone, e, quando realizado por meio de documento Art. 8º O estatuto ou o contrato social, conforme a
escrito ou por meio eletrônico, arquivada a res- natureza jurídica da sociedade, deve dispor, de for-
pectiva documentação; e ma expressa, sobre os seguintes aspectos:
III - pode abranger: I - a finalidade, as atribuições e as atividades
00

a) excepcionalmente, as demandas não recepciona- da ouvidoria;


5-

das inicialmente pelos canais de atendimento pri- II - os critérios de designação e de destituição do


21

mário; e ouvidor;
.

III - o tempo de duração do mandato do ouvi-


70

b) as demandas encaminhadas pelo Banco Central


dor, fixado em meses; e
.4

do Brasil, por órgãos públicos ou por outras entida-


IV - o compromisso formal no sentido de:
49

des públicas ou privadas.


a) criar condições adequadas para o funcionamen-
-0

§ 2º O prazo de resposta para as demandas não


pode ultrapassar dez dias úteis, podendo ser pror- to da ouvidoria, bem como para que sua atuação
ar

rogado, excepcionalmente e de forma justificada, seja pautada pela transparência, independên-


és

uma única vez, por igual período, limitado o núme- cia, imparcialidade e isenção; e
C

ro de prorrogações a 10% (dez por cento) do total b) assegurar o acesso da ouvidoria às informa-
o

de demandas no mês, devendo o demandante ser ções necessárias para a elaboração de resposta
dr

informado sobre os motivos da prorrogação. adequada às demandas recebidas, com total apoio
Pe

administrativo, podendo requisitar informações e


documentos para o exercício de suas atividades no
Já o art. 7º refere-se às outras instituições que
cumprimento de suas atribuições.
devem atender aos critérios elencados. São essas ins- § 1º Os aspectos mencionados no caput devem ser
tituições aquelas autorizadas a funcionar pelo Banco incluídos no estatuto ou no contrato social na pri-
Central do Brasil que tenham clientes pessoas natu- meira alteração que ocorrer após a constituição da
rais, inclusive empresários individuais, ou pessoas ouvidoria.
jurídicas classificadas como microempresas e empre- § 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigi-
sas de pequeno porte, vide art. 2º desta Resolução. das por esta Resolução relativas às instituições que
optarem pela faculdade prevista no art. 5º, incisos
Art. 7º As instituições referidas no art. 2º devem: I e III, podem ser promovidas somente pela institui-
I - manter sistema de informações e de con- ção que constituir a ouvidoria.
trole das demandas recebidas pela ouvidoria, de § 3º As instituições que não constituírem ouvidoria
forma a: própria em decorrência da faculdade prevista no
a) registrar o histórico de atendimentos, as infor- art. 5º, incisos II e IV, devem ratificar a decisão na
mações utilizadas na análise e as providências ado- primeira assembleia geral ou na primeira reunião
408 tadas; e de diretoria realizada após tal decisão.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Retomando novamente o conceito e as instituições I - designar perante o Banco Central do Brasil ape-
referidas no art. 2º (instituições autorizadas a funcio- nas o nome do respectivo diretor responsável pela
nar pelo Banco Central do Brasil que tenham clientes ouvidoria; e
pessoas naturais, inclusive empresários individuais, II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do
ou pessoas jurídicas classificadas como microempre- ouvidor da associação de classe, da bolsa de valo-
sas e empresas de pequeno porte), o art. 9º dita que res, da bolsa de mercadorias e futuros ou da bolsa
de valores e de mercadorias e futuros, ou da entida-
essas instituições deverão designar os nomes do ouvi-
de ou empresa que constituir a ouvidoria.
dor e do direito responsável pela ouvidoria:
Por fim, o capítulo VI trata da prestação de
Art. 9º As instituições referidas no art. 2º devem
designar perante o Banco Central do Brasil os
informações e formas de divulgação das atividades
nomes do ouvidor e do diretor responsável desenvolvidas:
pela ouvidoria.
§ 1º O diretor responsável pela ouvidoria pode Art. 12 O diretor responsável pela ouvidoria deve
desempenhar outras funções na instituição, elaborar relatório semestral quantitativo e
inclusive a de ouvidor, exceto a de diretor de admi- qualitativo referente às atividades desenvolvidas
nistração de recursos de terceiros. pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de junho e 31
§ 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos múl- de dezembro.
tiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito, Parágrafo único. O relatório de que trata o caput
financiamento e investimento, associações de pou- deve ser encaminhado à auditoria interna, ao comi-
pança e empréstimo e sociedades de arrendamento tê de auditoria, quando constituído, e ao conselho
mercantil que realizem operações de arrendamento de administração ou, na sua ausência, à diretoria
mercantil financeiro, que estejam sujeitos à obri- da instituição.
Art. 13 As instituições referidas no art. 2º devem
gatoriedade de constituição de comitê de audito-
divulgar semestralmente, nos respectivos sítios
ria, na forma da regulamentação, o ouvidor não
eletrônicos na internet, as informações relativas
poderá desempenhar outra função, exceto a de
às atividades desenvolvidas pela ouvidoria,
diretor responsável pela ouvidoria.
inclusive os dados relativos à avaliação direta
§ 3º Nas situações em que o ouvidor desempe-
da qualidade do atendimento de que trata o art.
nhe outra atividade na instituição, essa atividade
16.
não pode configurar conflito de interesses ou de
Art. 14 O Banco Central do Brasil poderá estabele-
atribuições.
cer o conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo
Art. 10. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I,
de remessa de dados e de informações relativos às
III e IV, o ouvidor deve:
atividades da ouvidoria.
I - responder por todas as instituições que compar-
tilharem a ouvidoria; e
II - integrar os quadros da instituição que constituir A avaliação direta da qualidade do atendimento
a ouvidoria. mencionada no art. 13 é uma ferramenta de satisfa-
ção dos usuários e clientes, que avaliam o atendimen-
Para auxiliar seu entendimento, vejamos esque- to prestado pela ouvidoria.
maticamente o disposto no art. 10, incluindo os incisos Seguindo o estudo da Resolução CMN nº 4.860/2020,
do art. 5º mencionados: o capítulo VII trata da certificação, ou seja, ocorrerá
00

um exame de certificação para que os integrantes da


5-

ouvidoria que realizam as atividades do art. 6º desta


Ouvidor deve:
21

Resolução sejam considerados aptos. Acompanhe a


.

seguir:
70

z I - a instituição integrante de conglomerado com-


.4

posto por pelo menos duas instituições autoriza-


49

Art. 15 As instituições referidas no art. 2º devem


das a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode adotar providências para que os integrantes da
-0

compartilhar a ouvidoria constituída em qualquer ouvidoria que realizem as atividades mencionadas


ar

das instituições; no art. 6º sejam considerados aptos em exame de


és

z III - a cooperativa singular de crédito filiada à coo- certificação organizado por entidade de reconheci-
C

perativa central pode compartilhar a ouvidoria da capacidade técnica.


o

constituída na respectiva cooperativa central, con- § 1º O exame de certificação deve abranger, no


dr

federação de cooperativas de crédito ou branco do mínimo, temas relativos à ética, aos direitos do
Pe

sistema cooperativo; consumidor e à mediação de conflitos.


z IV - a cooperativa singular de credito não filiada § 2º A designação de integrantes da ouvidoria refe-
z à cooperativa central pode compartilhar a ouvi- ridos no caput fica condicionada à comprovação de
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

doria constituída em cooperativa central, federa- aptidão no exame de certificação, além do atendi-
ção de cooperativas de crédito, confederação de mento às demais exigências desta Resolução.
§ 3º As instituições referidas no caput devem asse-
cooperativas de crédito ou associação de classe da
gurar a capacitação permanente dos integrantes
categoria:
da ouvidoria em relação aos temas mencionados
no § 1º.
„ I - responder por todas as instituições que com- § 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se
partilharem a ouvidoria; à formalidade prevista no caput, caso exerça a fun-
„ II - integrar os quadros da instituição que cons- ção de ouvidor.
tituir a ouvidoria. § 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e
IV, aplica-se o disposto neste artigo aos integrantes
Art. 11 Para cumprimento do disposto no caput do da ouvidoria da associação de classe, entidade ou
art. 9º, nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso II, empresa que realize as atividades mencionadas no
as instituições referidas no art. 2º devem: art. 6º. 409
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O capítulo VIII, por sua vez, traz a necessidade de II - remetidos ao Banco Central do Brasil, na
avaliação direta da qualidade do atendimento pres- forma por ele definida.
tado pela ouvidoria. Esse assunto já foi brevemente
abordado quando tratamos do art. 13. Observe como As disposições finais da Resolução CMN nº 4.860,
será realizada a avaliação direta de qualidade: de 2020, estão inseridas no capítulo IX. Podemos des-
tacar as seguintes informações:
Art. 16 As instituições referidas no art. 2º devem
implementar instrumento de avaliação direta da z O relatório e a documentação, bem como a gra-
qualidade do atendimento prestado pela ouvi- vação telefônica do atendimento realizado pelas
doria a clientes e usuários. ouvidorias, deverão permanecer à disposição do
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se Bacen pelo prazo mínimo de 5 anos;
somente aos bancos comerciais, bancos múl- z O número de telefone da ouvidoria, os dados do
tiplos, bancos de investimento, caixas econô- diretor responsável e os dados do ouvidor deve-
micas e sociedades de crédito, financiamento rão ser inseridos e mantidos permanentemente
e investimento. atualizados em sistema de registro de informa-
ções do Banco Central do Brasil.

Bancos Art. 20 O número do telefone para acesso gratuito


comerciais à ouvidoria e os dados relativos ao diretor respon-
sável pela ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseri-
dos e mantidos permanentemente atualizados em
sistema de registro de informações do Banco Cen-
Bancos tral do Brasil.
Múltiplos Parágrafo único. O disposto no caput deve ser
observado, inclusive, pela instituição que não cons-
tituir componente de ouvidoria próprio em decor-
rência da faculdade prevista no art. 5º.
Bancos de Art. 21 O Banco Central do Brasil poderá adotar as
investimento medidas necessárias à execução do disposto nesta
Resolução.
Avaliação de Qualidade do
Atendimento Prestado pela Caixa
Ouvidoria Aplica-se a econômicas
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Sociedades de
– ESTATUTO DA PESSOA COM
crédito DEFICIÊNCIA: LEI Nº 13.146, DE 06 DE
JULHO DE 2015
00
5-

A proteção dos direitos das pessoas com deficiên-


21

Sociedades de cia, tanto no Brasil como no mundo, é algo bem recen-


.
70

Financiamento te. Na realidade, a preocupação da sociedade com essa


.4

parcela da população faz parte de um discurso atual,


49

resultado da forma como essas pessoas passaram a


-0

ser percebidas.
Sociedades de
É possível visualizar, ao longo da história, que as
ar

Investimento
pessoas com deficiência foram encaradas de quatro
és

modos diferentes, conforme cada período temporal. A


C

primeira fase foi a de intolerância em relação às pes-


o

Art. 17 A avaliação direta da qualidade do atendi-


dr

soas com deficiência, pois simbolizavam a impureza,


Pe

mento de que trata o art. 16 deve ser:


o pecado, ou, até mesmo, o castigo divino. A segun-
I - estruturada de forma a obter notas entre 1 e 5,
da foi a fase marcada pela invisibilidade das pessoas
sendo 1 o nível de satisfação mais baixo e 5 o nível
com deficiência. Dela, decorreu a terceira fase, mar-
de satisfação mais alto;
II - disponibilizada ao cliente ou usuário em
cada pelo assistencialismo e pautada na perspectiva
até um dia útil após o encaminhamento da médica e biológica de que a deficiência era uma pato-
resposta conclusiva de que trata o art. 6º, inciso logia e, como tal, deveria ser curada. Por fim, a quarta
III, e § 2º; e fase voltou-se para os direitos humanos, despontando
III - concluída em até cinco dias úteis após o os direitos à inclusão social, com ênfase na relação
prazo de que trata o inciso II. da pessoa com deficiência e do meio em que ela está
Art. 18 Os dados relativos à avaliação mencionada inserida.
no art. 16 devem ser: Até mesmo a forma de se referir a estas pessoas é
I - armazenados de forma eletrônica, em ordem fruto de uma construção histórica. A partir de 1993,
cronológica, permanecendo à disposição do Ban- a nomenclatura mudou para portadores de necessi-
co Central do Brasil pelo prazo de cinco anos, dades especiais, pessoas com necessidades especiais,
contados da data da avaliação realizada pelo pessoas especiais, portadores de direitos especiais ou
410 cliente ou usuário; e pessoas com deficiência.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Como consequência dessas mudanças no modo de Iniciando pela parte geral, os artigos de 1º a 3º da
ver/encarar a pessoa com deficiência, surgiu o dever mencionada Lei introduzem o tema, estabelecendo
de eliminar os obstáculos que pudessem impedir o suas disposições gerais. De acordo com o art. 1º, o obje-
pleno exercício de seus direitos, de modo a possibili- tivo da legislação é assegurar e promover o exercício
tar o desenvolvimento de suas potencialidades, com dos direitos e das liberdades fundamentais da pessoa
autonomia e participação. com deficiência em iguais condições com os demais,
Neste contexto, iniciou-se um sistema de proteção de modo a garantir sua inclusão social e cidadania.
internacional, exigindo dos Estados um tratamento Seu parágrafo único deixa claro que a Lei nº 13.146,
especializado para proteção aos direitos das pessoas de 2015 decorre da Convenção (juntamente com seus
com deficiência. Entre os instrumentos de proteção protocolos), sendo incorporada no ordenamento jurí-
realizados, encontra-se a Convenção sobre os Direi- dico brasileiro com status de Emenda Constitucional,
tos das Pessoas com Deficiência de 2006. O texto desta conforme explanado.
convenção foi assinado no ano de 2007 e incorporado O art. 2º preocupou-se em dar o conceito de pessoa
ao ordenamento jurídico brasileiro no ano de 2009 com deficiência. Em termos gerais, considera-se pes-
pelo Decreto nº 6.949. soa com deficiência aquela que possui impedimento
A importância do Decreto nº 6.949, de 2009 é imen-
de longo prazo, sendo este de natureza física, men-
sa, uma vez que ele foi o primeiro tratado internacio-
tal, intelectual ou sensorial, que pode, de alguma
nal de direitos humanos a adotar a norma do artigo
forma, causar barreiras ou obstruir sua participa-
5º, § 3º, da Constituição Federal, ou seja, a seguir o
ção plena e efetiva na sociedade em igualdades de
mesmo rito de aprovação cabível para as emendas
condições com as demais pessoas.
constitucionais (aprovação em cada Casa do Congres-
so Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros). z Pessoa com Deficiência
Como resultado, tal decreto passou a ter status de
norma constitucional (mesmo valor normativo das „ Impedimento de longo prazo;
normas colocadas na Constituição Federal mesmo sem „ Natureza física, mental, intelectual ou sensorial;
fazer parte dela). Por esta razão, o Brasil necessitou „ Causar barreiras ou obstruir sua participação
promover alterações legislativas para “assegurar e pro- plena e efetiva na sociedade em igualdades de
mover o pleno exercício de todos os direitos humanos e condições com as demais pessoas.
liberdades fundamentais por todas as pessoas com defi-
ciência”, em conformidade com o item 1 da Convenção. Além de conceituar pessoas com deficiência, o
Assim, foi editada, em 6 de julho de 2015, a Lei nº art. 2º trouxe, em seus parágrafos, a maneira como
13.146, com o objetivo de dar cumprimento à Convenção. deve ser procedida a avaliação para caracterizar
Antes de iniciar nosso estudo, é preciso ter em essas pessoas. O parágrafo primeiro estabelece que
mente que, para melhor compreender a Lei nº 13.146, a avaliação será realizada por uma equipe multipro-
de 2015, é primordial entender sua estrutura e iden- fissional e interdisciplinar, de modo a considerar os
tificar as ideias mais importantes da legislação, uma aspectos que permeiam o indivíduo (todo o contexto
vez que as bancas tendem a cobrar o que se denomina social). Para determinar ou não a deficiência, a equi-
“literalidade das ideias”, ou seja, os pontos principais pe analisará três enfoques: biológico, psicológico e
de cada artigo com base em sua estrutura, não haven- social, considerando, para tanto:
do, para tanto, a necessidade de decorá-los. Consi-
00

derando os concursos anteriores, o estudo deve ter


5-

z Os impedimentos nas funções e nas estruturas do


especial atenção à parte relativa aos crimes e infra-
21

corpo;
ções administrativas por ser esse o ponto mais cobra-
.

z Os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;


70

do pelas bancas examinadoras. z A limitação no desempenho de atividades e a


.4

Feitas essas considerações iniciais, bons estudos!


49

restrição de participação.
-0

NOÇÕES SOBRE O DIREITO DA PESSOA COM


O parágrafo segundo, por sua vez, estabelece que
ar

DEFICIÊNCIA
compete ao Poder Executivo a criação dos instrumen-
és

tos normativos para a verificação da deficiência.


C

A Lei n° 13.146, de 2015 é dividida em duas par-


o

tes: geral e especial. A parte geral tem, como base, os


dr

princípios da Convenção sobre os Direitos das Pes-


Importante
Pe

soas com Deficiência, disciplinando, além desses, os


direitos fundamentais das pessoas com deficiência. A competência é do Poder Executivo e não do
Já a parte especial é composta dos meios de proteção, Poder Legislativo.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

quais sejam: o acesso à Justiça e reconhecimento igual


perante à lei e aos crimes e infrações administrativas.
O art. 3° apresenta outros conceitos para aplicação
e entendimento da legislação. São eles:
LEI Nº 13.146, DE
2015 z Acessibilidade;
z Desenho universal;
z Tecnologia assistiva ou ajuda técnica;
z Barreiras;
Parte Geral z Comunicação;
Parte Especial
z Adaptações razoáveis;
Princípios e direitos
Meio de proteção z Elemento de urbanização;
fundamentais
z Mobiliário urbano; 411
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Pessoa com mobilidade reduzida; e) Barreiras atitudinais: atitudes ou comportamen-
z Residências inclusivas; tos que impeçam ou prejudiquem a participação
z Moradia para a vida independente da pessoa com social da pessoa com deficiência em igualdade de
deficiência; condições e oportunidades com as demais pessoas;
z Atendente pessoal; profissional de apoio escolar; f) Barreiras tecnológicas: as que dificultam ou
z Acompanhante. impedem o acesso da pessoa com deficiência às
tecnologias.
Art. 3° [...]
I - Acessibilidade: possibilidade e condição de Por barreiras entende-se qualquer obstáculo que
alcance para utilização, com segurança e auto- impeça ou limite a participação social da pessoa com
nomia, de espaços, mobiliários, equipamentos deficiência. As barreiras podem estar nos espaços
urbanos, edificações, transportes, informação e públicos e privados de uso coletivo (urbanísticas),
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, nas edificações (arquitetônicas), nos transportes, nas
bem como de outros serviços e instalações abertos
comunicações, nas atitudes (atitudinais) e na dificul-
ao público, de uso público ou privados de uso coleti-
dade de acesso às tecnologias (tecnológicas).
vo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 3° [...]
V - Comunicação: forma de interação dos cidadãos
Observe que a palavra-chave para entender o con-
que abrange, entre outras opções, as línguas, inclu-
ceito de acessibilidade é autonomia (direito de circu-
sive a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visua-
lar com autonomia em espaços públicos e privados
lização de textos, o Braille, o sistema de sinalização
de uso coletivo, bem como o direito de ter autonomia
ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados,
para utilizar a tecnologia).
os dispositivos multimídia, assim como a lingua-
gem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos
Art. 3° [...] e os meios de voz digitalizados e os modos, meios
II - Desenho universal: concepção de produtos,
e formatos aumentativos e alternativos de comu-
ambientes, programas e serviços a serem usados
nicação, incluindo as tecnologias da informação e
por todas as pessoas, sem necessidade de adapta-
das comunicações.
ção ou de projeto específico, incluindo os recursos
VI - Adaptações razoáveis: adaptações, modifi-
de tecnologia assistiva.
cações e ajustes necessários e adequados que não
acarretem ônus desproporcional e indevido, quan-
Refere-se ao fato de que o produto ou serviço deve do requeridos em cada caso, a fim de assegurar que
ser utilizado por todas as pessoas, independentemen- a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer,
te de ter ou não alguma deficiência. em igualdade de condições e oportunidades com
as demais pessoas, todos os direitos e liberdades
Art. 3° [...] fundamentais.
III - Tecnologia assistiva ou ajuda técnica: VII - Elemento de urbanização: quaisquer compo-
produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, nentes de obras de urbanização, tais como os refe-
metodologias, estratégias, práticas e serviços que rentes a pavimentação, saneamento, encanamento
objetivem promover a funcionalidade, relacio-
para esgotos, distribuição de energia elétrica e de
nada à atividade e à participação da pessoa com
gás, iluminação pública, serviços de comunicação,
deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à
00

abastecimento e distribuição de água, paisagismo e


sua autonomia, independência, qualidade de vida e
5-

os que materializam as indicações do planejamento


inclusão social.
21

urbanístico.
.

VIII - Mobiliário urbano: conjunto de objetos


70

Trata-se, aqui, da possibilidade de adaptar deter-


existentes nas vias e nos espaços públicos, super-
.4

minado produto ou serviço às necessidades da pessoa postos ou adicionados aos elementos de urbaniza-
49

com deficiência, para que possa exercê-lo de forma ção ou de edificação, de forma que sua modificação
-0

autônoma. ou seu traslado não provoque alterações substan-


ar

ciais nesses elementos, tais como semáforos, pos-


és

Art. 3° [...] tes de sinalização e similares, terminais e pontos


IV - Barreiras: qualquer entrave, obstáculo, ati-
C

de acesso coletivo às telecomunicações, fontes de


tude ou comportamento que limite ou impeça a
o

água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques


dr

participação social da pessoa, bem como o gozo, e quaisquer outros de natureza análoga.
Pe

a fruição e o exercício de seus direitos à acessibi-


IX - Pessoa com mobilidade reduzida: aque-
lidade, à liberdade de movimento e de expressão, à
la que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de
comunicação, ao acesso à informação, à compreen-
movimentação, permanente ou temporária, geran-
são, à circulação com segurança, entre outros, clas-
do redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade,
sificadas em:
a) Barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e da coordenação motora ou da percepção, incluindo
nos espaços públicos e privados abertos ao público idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de
ou de uso coletivo; colo e obeso.
b) Barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifí- X - Residências inclusivas: unidades de oferta do
cios públicos e privados; Serviço de Acolhimento do Sistema Único de Assis-
c) Barreiras nos transportes: as existentes nos sis- tência Social (SUAS) localizadas em áreas residen-
temas e meios de transportes; ciais da comunidade, com estruturas adequadas,
d) Barreiras nas comunicações e na informação: que possam contar com apoio psicossocial para o
qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comporta- atendimento das necessidades da pessoa acolhi-
mento que dificulte ou impossibilite a expressão ou da, destinadas a jovens e adultos com deficiência,
o recebimento de mensagens e de informações por em situação de dependência, que não dispõem de
intermédio de sistemas de comunicação e de tecno- condições de autossustentabilidade e com vínculos
412 logia da informação; familiares fragilizados ou rompidos.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
As residências inclusivas têm caráter de assis- Importante esclarecer que a igualdade trazida
tência para aquelas pessoas com deficiência que são pela Lei nº 13.146, de 2015 não é impositiva, ou seja,
dependentes, porém não possuem vínculos familiares as ações afirmativas constante da Lei não são obriga-
capazes de lhes dar suporte. tórias às pessoas com deficiência, pois, se elas não qui-
serem se beneficiar dos direitos elencados, não serão
Art. 3° [...] obrigadas. Por exemplo: a pessoa com deficiência não
XI - Moradia para a vida independente da pessoa
é obrigada a se inscrever para as vagas reservadas,
com deficiência: moradia com estruturas adequadas
capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e podendo concorrer às vagas de ampla concorrência
individualizados que respeitem e ampliem o grau de se assim desejar.
autonomia de jovens e adultos com deficiência. O art. 5º, por vez, trata da proteção da pessoa com
deficiência, de modo a afastar toda forma de tortu-
Diferentemente da residência inclusiva, a mora- ra ou outro mecanismo de redução da dignidade da
dia proporciona serviços de apoio ao deficiente que pessoa humana ao assegurar a proteção contra negli-
ampliarão o seu grau de autonomia. gência, discriminação, exploração, violência, tortu-
ra, crueldade, opressão e tratamento desumano ou
Art. 3° [...] degradante. Seu parágrafo único traz um importante
XII - Atendente pessoal: pessoa, membro ou não conceito: especialmente vulneráveis. Considerando
da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou
presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com
que a pessoa com deficiência já é vulnerável e, por
deficiência no exercício de suas atividades diárias, esta razão, merece a proteção especial, maior deve ser
excluídas as técnicas ou os procedimentos identifi- a proteção das crianças, adolescentes, mulheres e
cados com profissões legalmente estabelecidas. idosos quando estes possuem deficiência.
XIII - Profissional de apoio escolar: pessoa que Importante é, também, o artigo 6º da Lei, que con-
exerce atividades de alimentação, higiene e locomo- cedeu às pessoas com deficiência plena capacidade
ção do estudante com deficiência e atua em todas para o exercício de seus direitos, inclusive para:
as atividades escolares nas quais se fizer necessá-
ria, em todos os níveis e modalidades de ensino, em
instituições públicas e privadas, excluídas as técni- z Casar ou constituir união estável;
cas ou os procedimentos identificados com profis- z Exercer direitos sexuais e reprodutivos;
sões legalmente estabelecidas. z Exercer o direito de decidir sobre o número de
XIV - Acompanhante: aquele que acompanha a filhos e de ter acesso a informações adequadas
pessoa com deficiência, podendo ou não desempe- sobre reprodução e planejamento familiar;
nhar as funções de atendente pessoal.
z Conservar sua fertilidade, sendo proibida a esteri-
lização compulsória;
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
z Exercer o direito à família e à convivência familiar
e comunitária;
Os arts. 4º a 9º tratam do tema igualdade e não
z Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à
discriminação, consubstanciados no princípio da
promoção da igualdade presente na Convenção sobre adoção, como adotante ou adotando, em igualdade
Direitos das Pessoas com Deficiência. Para tanto, o § de oportunidades com as demais pessoas.
1º, do art. 4º preocupou-se em definir discriminação
em razão da deficiência como: Dica
00

Art. 4° [...] Até a entrada em vigor da Lei nº 13.146, de 2015,


5-

§ 1° Considera-se discriminação em razão da defi- as pessoas com deficiência eram tidas, em


21

ciência toda forma de distinção, restrição ou exclu- regra, como absoluta ou relativamente incapa-
.

são, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou


70

zes pelo Código Civil. Atualmente, a regra é que


o efeito de prejudicar, impedir ou anular o reconhe-
.4

cimento ou o exercício dos direitos e das liberdades elas são plenamente capazes, só sendo consi-
49

fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo deradas relativamente incapazes se, por causa
-0

a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimen- transitória ou permanente, não puderem expri-


to de tecnologias assistivas. mir sua vontade.
ar
és

Inclui-se, ainda, como forma de discriminação, a


C

O art. 7º trouxe o dever de vigilância geral aplicá-


recusa de adaptações razoáveis e de fornecimento
o

vel a todas as pessoas. Em decorrência dele, podem


dr

de tecnologias assistivas, tanto pelo próprio Estado,


comunicar às autoridades qualquer tipo de ameaça
como pelo particular.
Pe

Para facilitar na fixação desse conceito, vamos ou violação aos direitos da pessoa com deficiência.
esquematizá-lo para você: Ressalta-se que seu parágrafo único dispõe que, uma
vez verificado pelos juízes e tribunais ofensa à lei, o
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Ministério Público deve ser informado para que adote


Distinção em razão da deficiência
as providências para o devido cumprimento da Lei,
inclusive na forma penal.
Distinção
O art. 8º estabelece que é dever Estado, da socie-
Restrição
dade e da família assegurar a efetivação dos direi-
Exclusão
tos das pessoas com deficiência.
Encerrando a parte relativa à igualdade, o art. 9º
Ação Omissão
dispõe sobre o atendimento prioritário, com as fina-
lidades de:
Impedir, prejudicar ou anular o reconhecimento
ou o exercício dos direitos e das liberdades z Proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
fundamentais de pessoa com deficiência. z Atendimento em todas as instituições e serviços de
atendimento ao público; 413
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Disponibilização de recursos, tanto humanos Do Direito à Habilitação e à Reabilitação
quanto tecnológicos, que garantam atendimento
em igualdade de condições com as demais pessoas; O direito à habilitação e reabilitação está discipli-
z Disponibilização de pontos de parada, estações e nado nos arts. 14 ao 17, dizendo respeito à garantia de
terminais acessíveis de transporte coletivo de pas- se adotar medidas que promovam a recuperação física,
sageiros e garantia de segurança no embarque e cognitiva e psicológica, bem como a proteção, à reabili-
no desembarque; tação e a reinserção social das pessoas com deficiência.
z Acesso a informações e disponibilização de recur-
sos de comunicação acessíveis; Art. 14 O processo de habilitação e de reabilitação
z Recebimento de restituição de imposto de renda; é um direito da pessoa com deficiência.
z Tramitação processual e procedimentos judiciais e Parágrafo único. O processo de habilitação e de
administrativos em que for parte ou interessada, reabilitação tem por objetivo o desenvolvimento
em todos os atos e diligências. de potencialidades, talentos, habilidades e aptidões
físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudi-
nais, profissionais e artísticas que contribuam para
Com exceção da restituição de imposto de renda e da
a conquista da autonomia da pessoa com deficiên-
tramitação processual prioritária, todos os demais itens
cia e de sua participação social em igualdade de
relativos ao atendimento prioritário são extensivos ao condições e oportunidades com as demais pessoas.
acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu Art. 15 O processo mencionado no art. 14 desta Lei
atendente pessoal. Como consequência, o acompanhan- baseia-se em avaliação multidisciplinar das neces-
te tem direito à preferência de atendimento, ao socorro, sidades, habilidades e potencialidades de cada pes-
entre outros. soa, observadas as seguintes diretrizes:
I - diagnóstico e intervenção precoces;
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS II - adoção de medidas para compensar perda ou limita-
ção funcional, buscando o desenvolvimento de aptidões;
Os arts. 10 ao 78 traçam os direitos das pessoas com III - atuação permanente, integrada e articulada de
deficiência. São eles que estudaremos neste momento. políticas públicas que possibilitem a plena partici-
pação social da pessoa com deficiência;
Veja-os a seguir:
IV - oferta de rede de serviços articulados, com
atuação intersetorial, nos diferentes níveis de com-
z Direitos Fundamentais plexidade, para atender às necessidades específicas
da pessoa com deficiência;
„ Vida; V - prestação de serviços próximo ao domicílio da
„ Habitação e Reabilitação; pessoa com deficiência, inclusive na zona rural,
„ Saúde; respeitadas a organização das Redes de Atenção à
„ Educação; Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas do
„ Moradia; Sistema Único de Saúde (SUS).
„ Trabalho; Art. 16 Nos programas e serviços de habilitação e de rea-
„ Assistente Social; bilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos:
„ Previdência Social; I - organização, serviços, métodos, técnicas e recur-
„ Cultura, esporte, turismo e lazer; sos para atender às características de cada pessoa
com deficiência;
„ Transporte;
II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços;
00

„ Mobilidade;
III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação,
5-

„ Acessibilidade. materiais e equipamentos adequados e apoio técni-


21

co profissional, de acordo com as especificidades de


.
70

Do Direito à Vida cada pessoa com deficiência;


.4

IV - capacitação continuada de todos os profissio-


49

O direito à vida encontra-se previsto nos arts. 10 nais que participem dos programas e serviços.
-0

ao 13, da Lei nº 13.146, de 2015, e dele decorrem os Art. 17 Os serviços do SUS e do Suas deverão pro-
demais direitos, pois, sem a vida, não existiria nenhum mover ações articuladas para garantir à pessoa
ar

outro. O direito à vida é inviolável, sendo, inclusive, com deficiência e sua família a aquisição de infor-
és

garantido constitucionalmente a todas as pessoas. Por mações, orientações e formas de acesso às políticas
C

conseguinte, a pessoa com deficiência tem o direito públicas disponíveis, com a finalidade de propiciar
o

sua plena participação social.


de lutar pela sua vida, competindo ao Estado o dever
dr

Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput


de adotar toda e qualquer medida para assegurar seu
Pe

deste artigo podem fornecer informações e orienta-


pleno exercício. ções nas áreas de saúde, de educação, de cultura,
Importante assinalar que a pessoa com deficiência de esporte, de lazer, de transporte, de previdência
não é obrigada a ser submetida a qualquer espécie social, de assistência social, de habitação, de tra-
de tratamento ou intervenção forçada, haja vista que balho, de empreendedorismo, de acesso ao crédito,
é indispensável seu livre consentimento para a rea- de promoção, proteção e defesa de direitos e nas
lização de qualquer procedimento, exceto nos casos demais áreas que possibilitem à pessoa com defi-
de atendimento de emergência em saúde e risco de ciência exercer sua cidadania.
morte e nos casos em que se encontra impossibilitada
de manifestar a sua vontade. Por possui curador, este Esse direito relaciona-se, diretamente, com a ques-
supre o seu consentimento (aplica-se apenas às pes- tão da saúde, de modo a envolver a atuação do Siste-
soas submetidas ao instituto da Curatela). ma Único de Saúde (SUS) e do Serviço de Acolhimento
Verifica-se, ainda, que compete ao Poder Público do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), ambos
a proteção das pessoas com deficiência em situações responsáveis por prestar informações e orientações
de vulnerabilidade, em especial, aquelas em situações adequadas com relação às políticas públicas dispo-
de risco, como nos casos de estado de emergência ou níveis, de modo a favorecer a plena participação das
414 calamidade pública. pessoas com deficiência.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Do Direito à Saúde Art. 19 Compete ao SUS desenvolver ações destina-
das à prevenção de deficiências por causas evitá-
O direito à saúde encontra-se estabelecido nos veis, inclusive por meio de:
arts. 18 a 26. Trata-se de um direito universal, pois I - acompanhamento da gravidez, do parto e do
estabelece garantias às pessoas de modo geral, estan- puerpério, com garantia de parto humanizado e
do, também, arrolado na Constituição Federal como seguro;
um direito social. II - promoção de práticas alimentares adequadas e
Salienta-se que o direito à saúde da pessoa com saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, pre-
deficiência contempla o acesso a um atendimento venção e cuidado integral dos agravos relacionados
integral, ou seja, em todos os níveis de complexidade, à alimentação e nutrição da mulher e da criança;
seja de caráter preventivo ou para fins de tratamen- III - aprimoramento e expansão dos programas de
to, sem qualquer discriminação ou custos adicionais, imunização e de triagem neonatal;
com direito ao acompanhante, em ambientes acessí- IV - identificação e controle da gestante de alto risco.
veis, sem se submeter a qualquer tipo de discrimina- Art. 20 As operadoras de planos e seguros privados
ção ou violência, estabelecendo, portanto, o acesso de saúde são obrigadas a garantir à pessoa com
igualitário. deficiência, no mínimo, todos os serviços e produ-
tos ofertados aos demais clientes.
Art. 18 É assegurada atenção integral à saúde da Art. 21 Quando esgotados os meios de atenção à
pessoa com deficiência em todos os níveis de com- saúde da pessoa com deficiência no local de resi-
plexidade, por intermédio do SUS, garantido acesso dência, será prestado atendimento fora de domi-
universal e igualitário. cílio, para fins de diagnóstico e de tratamento,
§ 1º É assegurada a participação da pessoa com garantidos o transporte e a acomodação da pessoa
deficiência na elaboração das políticas de saúde a com deficiência e de seu acompanhante.
ela destinadas. Art. 22 À pessoa com deficiência internada ou em
§ 2º É assegurado atendimento segundo normas
observação é assegurado o direito a acompanhante
éticas e técnicas, que regulamentarão a atuação
ou a atendente pessoal, devendo o órgão ou a insti-
dos profissionais de saúde e contemplarão aspec-
tuição de saúde proporcionar condições adequadas
tos relacionados aos direitos e às especificidades da
pessoa com deficiência, incluindo temas como sua para sua permanência em tempo integral.
dignidade e autonomia. § 1º Na impossibilidade de permanência do acom-
§ 3º Aos profissionais que prestam assistência à panhante ou do atendente pessoal junto à pessoa
pessoa com deficiência, especialmente em serviços com deficiência, cabe ao profissional de saúde res-
de habilitação e de reabilitação, deve ser garantida ponsável pelo tratamento justificá-la por escrito.
capacitação inicial e continuada. § 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública desti- § 1º deste artigo, o órgão ou a instituição de saúde
nados à pessoa com deficiência devem assegurar: deve adotar as providências cabíveis para suprir
I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados a ausência do acompanhante ou do atendente
por equipe multidisciplinar; pessoal.
II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre Art. 23 São vedadas todas as formas de discrimi-
que necessários, para qualquer tipo de deficiência, nação contra a pessoa com deficiência, inclusive
00

inclusive para a manutenção da melhor condição por meio de cobrança de valores diferenciados por
5-

de saúde e qualidade de vida;


planos e seguros privados de saúde, em razão de
21

III - atendimento domiciliar multidisciplinar, trata-


sua condição.
mento ambulatorial e internação;
.
70

Art. 24 É assegurado à pessoa com deficiência o


IV - campanhas de vacinação;
.4

V - atendimento psicológico, inclusive para seus acesso aos serviços de saúde, tanto públicos como
49

familiares e atendentes pessoais; privados, e às informações prestadas e recebidas,


-0

VI - respeito à especificidade, à identidade de gêne- por meio de recursos de tecnologia assistiva e de


todas as formas de comunicação previstas no inci-
ar

ro e à orientação sexual da pessoa com deficiência;


és

VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direi- so V do art. 3º desta Lei.


Art. 25 Os espaços dos serviços de saúde, tanto
C

to à fertilização assistida;
o

VIII - informação adequada e acessível à pessoa públicos quanto privados, devem assegurar o aces-
dr

com deficiência e a seus familiares sobre sua con- so da pessoa com deficiência, em conformidade
Pe

dição de saúde; com a legislação em vigor, mediante a remoção


IX - serviços projetados para prevenir a ocorrên- de barreiras, por meio de projetos arquitetônico,
cia e o desenvolvimento de deficiências e agravos de ambientação de interior e de comunicação que
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

adicionais; atendam às especificidades das pessoas com defi-


X - promoção de estratégias de capacitação perma- ciência física, sensorial, intelectual e mental.
nente das equipes que atuam no SUS, em todos os Art. 26 Os casos de suspeita ou de confirmação de
níveis de atenção, no atendimento à pessoa com
violência praticada contra a pessoa com deficiên-
deficiência, bem como orientação a seus atendentes
cia serão objeto de notificação compulsória pelos
pessoais;
serviços de saúde públicos e privados à autoridade
XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares
de locomoção, medicamentos, insumos e fórmu- policial e ao Ministério Público, além dos Conselhos
las nutricionais, conforme as normas vigentes do dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Ministério da Saúde. Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, consi-
§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também dera-se violência contra a pessoa com deficiência
às instituições privadas que participem de forma qualquer ação ou omissão, praticada em local
complementar do SUS ou que recebam recursos público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou
públicos para sua manutenção. sofrimento físico ou psicológico. 415
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Do Direito à Educação VIII - participação dos estudantes com deficiência e
de suas famílias nas diversas instâncias de atuação
O direito à educação está previsto nos arts. 27 ao da comunidade escolar;
30, além de fazer parte do rol dos direitos sociais, pre- IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o
desenvolvimento dos aspectos linguísticos, cultu-
vistos no art. 6º da Constituição Federal, de 1988.
rais, vocacionais e profissionais, levando-se em
Na Lei nº 13.146, de 2015, o direito à educação conta o talento, a criatividade, as habilidades e os
deve ser garantido por meio de um sistema educa- interesses do estudante com deficiência;
cional inclusivo, que deve atender, com qualidade X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos
e de modo satisfatório, as pessoas com deficiência. O programas de formação inicial e continuada de
objetivo desse sistema inclusivo é evitar a segregação professores e oferta de formação continuada para
dessas pessoas, a fim de superar as dificuldades que o atendimento educacional especializado;
advenham dessa condição e favorecer a sua integra- XI - formação e disponibilização de professores
ção na comunidade. para o atendimento educacional especializado, de
tradutores e intérpretes da Libras, de guias intér-
pretes e de profissionais de apoio;
Dica XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e
de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma
É a escola que deve se adaptar ao aluno, bus-
a ampliar habilidades funcionais dos estudantes,
cando compreender suas necessidades e carac- promovendo sua autonomia e participação;
terísticas e não o contrário. XIII - acesso à educação superior e à educação pro-
fissional e tecnológica em igualdade de oportunida-
Art. 27 A educação constitui direito da pessoa com des e condições com as demais pessoas;
deficiência, assegurados sistema educacional inclu- XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cur-
sivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de sos de nível superior e de educação profissional
toda a vida, de forma a alcançar o máximo desen- técnica e tecnológica, de temas relacionados à
volvimento possível de seus talentos e habilidades pessoa com deficiência nos respectivos campos de
físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo conhecimento;
suas características, interesses e necessidades de XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualda-
aprendizagem. de de condições, a jogos e a atividades recreativas,
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, esportivas e de lazer, no sistema escolar;
da comunidade escolar e da sociedade assegurar XVI - acessibilidade para todos os estudantes, tra-
educação de qualidade à pessoa com deficiência, balhadores da educação e demais integrantes da
colocando-a a salvo de toda forma de violência, comunidade escolar às edificações, aos ambientes e
às atividades concernentes a todas as modalidades,
negligência e discriminação.
etapas e níveis de ensino;
Art. 28 Incumbe ao poder público assegurar, criar,
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar
XVIII - articulação intersetorial na implementação
e avaliar: de políticas públicas.
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis § 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e
e modalidades, bem como o aprendizado ao longo modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente
de toda a vida; o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI,
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
00

visando a garantir condições de acesso, perma- artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicio-
5-

nência, participação e aprendizagem, por meio da nais de qualquer natureza em suas mensalidades,
21

oferta de serviços e de recursos de acessibilidade anuidades e matrículas no cumprimento dessas


.

que eliminem as barreiras e promovam a inclusão determinações.


70

plena; § 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes


.4

III - projeto pedagógico que institucionalize o aten- da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste
49

dimento educacional especializado, assim como os artigo, deve-se observar o seguinte:


-0

demais serviços e adaptações razoáveis, para aten- I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na
ar

der às características dos estudantes com deficiên- educação básica devem, no mínimo, possuir ensi-
és

cia e garantir o seu pleno acesso ao currículo em no médio completo e certificado de proficiência na
Libras; (Vigência)
C

condições de igualdade, promovendo a conquista e


II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando
o

o exercício de sua autonomia;


dr

IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como direcionados à tarefa de interpretar nas salas de
Pe

primeira língua e na modalidade escrita da língua aula dos cursos de graduação e pós-graduação,
portuguesa como segunda língua, em escolas e devem possuir nível superior, com habilitação,
classes bilíngues e em escolas inclusivas; prioritariamente, em Tradução e Interpretação em
Libras. (Vigência)
V - adoção de medidas individualizadas e coletivas
Art. 29 (VETADO).
em ambientes que maximizem o desenvolvimento
Art. 30 Nos processos seletivos para ingresso e per-
acadêmico e social dos estudantes com deficiência,
manência nos cursos oferecidos pelas instituições
favorecendo o acesso, a permanência, a participa- de ensino superior e de educação profissional e tec-
ção e a aprendizagem em instituições de ensino; nológica, públicas e privadas, devem ser adotadas
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de as seguintes medidas:
novos métodos e técnicas pedagógicas, de mate- I - atendimento preferencial à pessoa com deficiên-
riais didáticos, de equipamentos e de recursos de cia nas dependências das Instituições de Ensino
tecnologia assistiva; Superior (IES) e nos serviços;
VII - planejamento de estudo de caso, de elabora- II - disponibilização de formulário de inscrição de
ção de plano de atendimento educacional especia- exames com campos específicos para que o candi-
lizado, de organização de recursos e serviços de dato com deficiência informe os recursos de acessi-
acessibilidade e de disponibilização e usabilidade bilidade e de tecnologia assistiva necessários para
416 pedagógica de recursos de tecnologia assistiva; sua participação;
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III - disponibilização de provas em formatos acessí- Art. 33 Ao poder público compete:
veis para atendimento às necessidades específicas I - adotar as providências necessárias para o cum-
do candidato com deficiência; primento do disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e
IV - disponibilização de recursos de acessibilidade II - divulgar, para os agentes interessados e benefi-
e de tecnologia assistiva adequados, previamen- ciários, a política habitacional prevista nas legisla-
te solicitados e escolhidos pelo candidato com ções federal, estaduais, distrital e municipais, com
deficiência; ênfase nos dispositivos sobre acessibilidade.
V - dilação de tempo, conforme demanda apresen-
tada pelo candidato com deficiência, tanto na reali- Do Direito ao Trabalho
zação de exame para seleção quanto nas atividades
acadêmicas, mediante prévia solicitação e compro- O direito ao trabalho, disciplinado nos arts. 34
vação da necessidade; e 35, tem, como característica, o fato de ser incluso.
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escri- Como consequência, permite-se que a pessoa com
tas, discursivas ou de redação que considerem a sin- deficiência tenha efetiva liberdade de escolha quanto
gularidade linguística da pessoa com deficiência, no à profissão ou ao trabalho que deseja desempenhar.
domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;
VII - tradução completa do edital e de suas retifica- Disposições Gerais
ções em Libras.
Art. 34 A pessoa com deficiência tem direito ao tra-
Do Direito à Moradia balho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente
acessível e inclusivo, em igualdade de oportunida-
O direito à moradia, cuja previsão encontra- des com as demais pessoas.
-se nos arts. 31 ao 33, tem, como objetivo, garantir o § 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado
máximo de autonomia e dignidade à pessoa com defi- ou de qualquer natureza são obrigadas a garantir
ciência. Trata-se de um direito contemplado na Decla- ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos.
ração Universal de Direitos Humanos, competindo ao § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igual-
Poder Público sua promoção e efetiva concretização. dade de oportunidades com as demais pessoas, a
condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo
Art. 31 A pessoa com deficiência tem direito à moradia igual remuneração por trabalho de igual valor.
digna, no seio da família natural ou substituta, com § 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com
seu cônjuge ou companheiro ou desacompanhada, ou deficiência e qualquer discriminação em razão
em moradia para a vida independente da pessoa com de sua condição, inclusive nas etapas de recruta-
mento, seleção, contratação, admissão, exames
deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.
admissional e periódico, permanência no emprego,
§ 1º O poder público adotará programas e ações
ascensão profissional e reabilitação profissional,
estratégicas para apoiar a criação e a manutenção
bem como exigência de aptidão plena.
de moradia para a vida independente da pessoa
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à partici-
com deficiência.
pação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação
§ 2º A proteção integral na modalidade de residên-
continuada, planos de carreira, promoções, bonifi-
cia inclusiva será prestada no âmbito do Suas à
cações e incentivos profissionais oferecidos pelo
pessoa com deficiência em situação de dependência
empregador, em igualdade de oportunidades com
que não disponha de condições de autossustenta-
os demais empregados.
00

bilidade, com vínculos familiares fragilizados ou


§ 5º É garantida aos trabalhadores com deficiên-
5-

rompidos.
cia acessibilidade em cursos de formação e de
21

Art. 32 Nos programas habitacionais, públicos ou


capacitação.
.

subsidiados com recursos públicos, a pessoa com


70

Art. 35 É finalidade primordial das políticas públi-


deficiência ou o seu responsável goza de priorida-
.4

cas de trabalho e emprego promover e garantir


de na aquisição de imóvel para moradia própria,
49

condições de acesso e de permanência da pessoa


observado o seguinte:
-0

com deficiência no campo de trabalho.


I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das
Parágrafo único. Os programas de estímulo ao
ar

unidades habitacionais para pessoa com deficiência;


empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluí-
és

II - (VETADO);
dos o cooperativismo e o associativismo, devem
C

III - em caso de edificação multifamiliar, garantia


prever a participação da pessoa com deficiência
o

de acessibilidade nas áreas de uso comum e nas e a disponibilização de linhas de crédito, quando
dr

unidades habitacionais no piso térreo e de acessibi- necessárias.


Pe

lidade ou de adaptação razoável nos demais pisos;


IV - disponibilização de equipamentos urbanos
Do Direito à Assistência Social
comunitários acessíveis;
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

V - elaboração de especificações técnicas no projeto


O direito à assistência social encontra-se con-
que permitam a instalação de elevadores.
templado nos arts. 39 e 40, além de fazer parte do rol
§ 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste
dos direitos sociais previstos no art. 6º da Constituição
artigo, será reconhecido à pessoa com deficiência
beneficiária apenas uma vez.
Federal de 1988.
§ 2º Nos programas habitacionais públicos, os cri- A assistência social faz parte do subsistema da
térios de financiamento devem ser compatíveis com Seguridade Social, juntamente com a saúde e a previ-
os rendimentos da pessoa com deficiência ou de sua dência social. Por assistência social entende-se o con-
família. junto de medidas institucionalizadas de assistência
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interes- gratuita a ser prestada a quem dela necessitar.
sada nas unidades habitacionais reservadas por São seus objetivos: habilitar e reabilitar as pessoas
força do disposto no inciso I do caput deste artigo, com deficiência; reintegrá-las à vida comunitária;
as unidades não utilizadas serão disponibilizadas garantir um benefício mensal àqueles que não têm
às demais pessoas. meios de prover a sua manutenção (hipossuficiente). 417
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Veja os artigos em sua literalidade: § 2º O poder público deve adotar soluções desti-
nadas à eliminação, à redução ou à superação de
Art. 39 Os serviços, os programas, os projetos e os barreiras para a promoção do acesso a todo patri-
benefícios no âmbito da política pública de assis- mônio cultural, observadas as normas de acessi-
tência social à pessoa com deficiência e sua família bilidade, ambientais e de proteção do patrimônio
têm como objetivo a garantia da segurança de ren- histórico e artístico nacional.
da, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do Art. 43 O poder público deve promover a participa-
desenvolvimento da autonomia e da convivência ção da pessoa com deficiência em atividades artísti-
familiar e comunitária, para a promoção do acesso cas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas,
a direitos e da plena participação social.
com vistas ao seu protagonismo, devendo:
§ 1º A assistência social à pessoa com deficiên-
I - incentivar a provisão de instrução, de treinamen-
cia, nos termos do caput deste artigo, deve
to e de recursos adequados, em igualdade de opor-
envolver conjunto articulado de serviços do
tunidades com as demais pessoas;
âmbito da Proteção Social Básica e da Prote-
ção Social Especial, ofertados pelo Suas, para II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos
a garantia de seguranças fundamentais no enfren- e nos serviços prestados por pessoa ou entidade
tamento de situações de vulnerabilidade e de risco, envolvida na organização das atividades de que
por fragilização de vínculos e ameaça ou violação trata este artigo; e
de direitos. III - assegurar a participação da pessoa com defi-
§ 2º Os serviços socioassistenciais destina- ciência em jogos e atividades recreativas, espor-
dos à pessoa com deficiência em situação de tivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no
dependência deverão contar com cuidadores sistema escolar, em igualdade de condições com as
sociais para prestar-lhe cuidados básicos e demais pessoas.
instrumentais. Art. 44 Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios,
Art. 40 É assegurado à pessoa com deficiência que ginásios de esporte, locais de espetáculos e de con-
não possua meios para prover sua subsistência ferências e similares, serão reservados espaços
nem de tê-la provida por sua família o benefício livres e assentos para a pessoa com deficiência, de
mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da acordo com a capacidade de lotação da edificação,
Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. observado o disposto em regulamento.
§ 1º Os espaços e assentos a que se refere este arti-
Do Direito à Previdência Social go devem ser distribuídos pelo recinto em locais
diversos, de boa visibilidade, em todos os setores,
O direito à previdência social, também integran-
próximos aos corredores, devidamente sinalizados,
te do subsistema da Seguridade Social, encontra-se
evitando-se áreas segregadas de público e obstru-
previsto no art. 41. Trata de garantir à pessoa com ção das saídas, em conformidade com as normas
deficiência segurada do Regime Geral de Previdência de acessibilidade.
Social (RGPS) o direito à aposentadoria nos termos § 2º No caso de não haver comprovada procura
da Lei Complementar nº 142 de 8 de maio de 2013 — pelos assentos reservados, esses podem, excepcio-
redução de até 10 (dez) anos de contribuição, confor- nalmente, ser ocupados por pessoas sem deficiência
me o grau da deficiência aferido em avaliação médica ou que não tenham mobilidade reduzida, observa-
e social. do o disposto em regulamento.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este arti-
Art. 41 A pessoa com deficiência segurada do Regi-
00

go devem situar-se em locais que garantam a aco-


me Geral de Previdência Social (RGPS) tem direito à
5-

modação de, no mínimo, 1 (um) acompanhante da


aposentadoria nos termos da Lei Complementar nº
21

142, de 8 de maio de 2013. pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi-


da, resguardado o direito de se acomodar proxima-
.
70

Do Direito à Cultura, ao Esporte, ao Turismo e ao mente a grupo familiar e comunitário.


.4

Lazer § 4º Nos locais referidos no caput deste artigo,


49

deve haver, obrigatoriamente, rotas de fuga e saí-


-0

O direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao das de emergência acessíveis, conforme padrões


ar

lazer está estabelecido nos arts. 42 ao 45, tendo, como das normas de acessibilidade, a fim de permitir
és

um de seus principais objetivos, a promoção isonômi- a saída segura da pessoa com deficiência ou com
C

mobilidade reduzida, em caso de emergência.


ca à inclusão e participação da pessoa com deficiência
o

§ 5º Todos os espaços das edificações previstas no


na vida em sociedade em todos os seus aspectos.
dr

caput deste artigo devem atender às normas de


Ressalta-se que é proibida a cobrança de valor
Pe

acessibilidade em vigor.
maior pelo ingresso de pessoas com deficiência.
§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas
as sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa
Art. 42 A pessoa com deficiência tem direito à cul-
com deficiência.
tura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade
§ 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiên-
de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe
cia não poderá ser superior ao valor cobrado das
garantido o acesso:
I - a bens culturais em formato acessível; demais pessoas.
II - a programas de televisão, cinema, teatro e Art. 45 Os hotéis, pousadas e similares devem ser
outras atividades culturais e desportivas em for- construídos observando-se os princípios do dese-
mato acessível; e nho universal, além de adotar todos os meios de
III - a monumentos e locais de importância cultural acessibilidade, conforme legislação em vigor.
e a espaços que ofereçam serviços ou eventos cultu- § 1º Os estabelecimentos já existentes deverão dis-
rais e esportivos. ponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de
§ 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual seus dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo,
em formato acessível à pessoa com deficiência, sob 1 (uma) unidade acessível.
qualquer argumento, inclusive sob a alegação de § 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste arti-
418 proteção dos direitos de propriedade intelectual. go deverão ser localizados em rotas acessíveis.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Do Direito ao Transporte e à Mobilidade Art. 49 As empresas de transporte de fretamento e
de turismo, na renovação de suas frotas, são obri-
O direito ao transporte e à mobilidade está disci- gadas ao cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48
plinado nos arts. 46 ao 52. Tal direito objetiva comba- desta Lei. (Vigência)
ter, de modo concreto, a manifestação de barreiras na Art. 50 O poder público incentivará a fabricação de
vida da pessoa com deficiência. veículos acessíveis e a sua utilização como táxis e
vans, de forma a garantir o seu uso por todas as
Art. 46 O direito ao transporte e à mobilidade da pessoas.
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi- Art. 51 As frotas de empresas de táxi devem reser-
da será assegurado em igualdade de oportunidades var 10% (dez por cento) de seus veículos acessíveis
com as demais pessoas, por meio de identificação à pessoa com deficiência. (Vide Decreto nº 9.762, de
e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras 2019) (Vigência)
ao seu acesso. § 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas
§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de ou de valores adicionais pelo serviço de táxi presta-
transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, do à pessoa com deficiência.
em todas as jurisdições, consideram-se como inte- § 2º O poder público é autorizado a instituir incenti-
grantes desses serviços os veículos, os terminais, as vos fiscais com vistas a possibilitar a acessibilidade
estações, os pontos de parada, o sistema viário e a dos veículos a que se refere o caput deste artigo.
prestação do serviço. Art. 52 As locadoras de veículos são obrigadas a
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições oferecer 1 (um) veículo adaptado para uso de pes-
desta Lei, sempre que houver interação com a soa com deficiência, a cada conjunto de 20 (vinte)
matéria nela regulada, a outorga, a concessão, a veículos de sua frota. (Vide Decreto nº 9.762, de
permissão, a autorização, a renovação ou a habili- 2019) (Vigência)
tação de linhas e de serviços de transporte coletivo. Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de mínimo, câmbio automático, direção hidráulica,
acesso nos veículos, as empresas de transporte vidros elétricos e comandos manuais de freio e de
coletivo de passageiros dependem da certificação embreagem.
de acessibilidade emitida pelo gestor público res-
ponsável pela prestação do serviço. Da Acessibilidade
Art. 47 Em todas as áreas de estacionamento aberto
ao público, de uso público ou privado de uso coletivo
O direito à acessibilidade encontra-se previsto
e em vias públicas, devem ser reservadas vagas pró-
ximas aos acessos de circulação de pedestres, devi- nos arts. 53 ao 62. Seu objetivo é conceder igualdade
damente sinalizadas, para veículos que transportem de condições e acesso, liberdade, autonomia e inde-
pessoa com deficiência com comprometimento de pendência às pessoas com deficiência, competindo ao
mobilidade, desde que devidamente identificados. Poder Público amoldar e adaptar todas as suas esfe-
§ 1º As vagas a que se refere o caput deste arti- ras com o objetivo de garantir tratamento igualitário
go devem equivaler a 2% (dois por cento) do total, a todas as pessoas, de modo a eliminar as possíveis
garantida, no mínimo, 1 (uma) vaga devidamente barreiras impostas a elas.
sinalizada e com as especificações de desenho e tra-
çado de acordo com as normas técnicas vigentes de Art. 53 A acessibilidade é direito que garante à pes-
acessibilidade. soa com deficiência ou com mobilidade reduzida
00

§ 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas viver de forma independente e exercer seus direitos
5-

devem exibir, em local de ampla visibilidade, a cre- de cidadania e de participação social.


21

dencial de beneficiário, a ser confeccionada e for- Art. 54 São sujeitas ao cumprimento das dispo-
necida pelos órgãos de trânsito, que disciplinarão
.
70

sições desta Lei e de outras normas relativas à


suas características e condições de uso. acessibilidade, sempre que houver interação com a
.4

§ 3º A utilização indevida das vagas de que trata este


49

matéria nela regulada:


artigo sujeita os infratores às sanções previstas no
I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanís-
-0

inciso XX do art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setem-


tico ou de comunicação e informação, a fabricação
bro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro) .
ar

de veículos de transporte coletivo, a prestação do


§ 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é
és

respectivo serviço e a execução de qualquer tipo de


vinculada à pessoa com deficiência que possui com-
C

obra, quando tenham destinação pública ou coletiva;


prometimento de mobilidade e é válida em todo o
o

II - a outorga ou a renovação de concessão, per-


dr

território nacional.
Art. 48 Os veículos de transporte coletivo terrestre, missão, autorização ou habilitação de qualquer
Pe

aquaviário e aéreo, as instalações, as estações, os natureza;


portos e os terminais em operação no País devem III - a aprovação de financiamento de projeto com
ser acessíveis, de forma a garantir o seu uso por utilização de recursos públicos, por meio de renún-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

todas as pessoas. cia ou de incentivo fiscal, contrato, convênio ou ins-


§ 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput trumento congênere; e
deste artigo devem dispor de sistema de comunica- IV - a concessão de aval da União para obtenção de
ção acessível que disponibilize informações sobre empréstimo e de financiamento internacionais por
todos os pontos do itinerário. entes públicos ou privados.
§ 2º São asseguradas à pessoa com deficiência prio- Art. 55 A concepção e a implantação de projetos
ridade e segurança nos procedimentos de embar- que tratem do meio físico, de transporte, de infor-
que e de desembarque nos veículos de transporte mação e comunicação, inclusive de sistemas e tec-
coletivo, de acordo com as normas técnicas. nologias da informação e comunicação, e de outros
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de serviços, equipamentos e instalações abertos ao
acesso nos veículos, as empresas de transporte público, de uso público ou privado de uso coleti-
coletivo de passageiros dependem da certificação vo, tanto na zona urbana como na rural, devem
de acessibilidade emitida pelo gestor público res- atender aos princípios do desenho universal, tendo
ponsável pela prestação do serviço. como referência as normas de acessibilidade. 419
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º O desenho universal será sempre tomado como II - os códigos de obras, os códigos de postura, as
regra de caráter geral. leis de uso e ocupação do solo e as leis do sistema
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o viário;
desenho universal não possa ser empreendido, deve III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
ser adotada adaptação razoável. IV - as atividades de fiscalização e a imposição de
§ 3º Caberá ao poder público promover a inclu- sanções; e
são de conteúdos temáticos referentes ao desenho V - a legislação referente à prevenção contra incên-
universal nas diretrizes curriculares da educação dio e pânico.
profissional e tecnológica e do ensino superior e na § 1º A concessão e a renovação de alvará de fun-
formação das carreiras de Estado. cionamento para qualquer atividade são condicio-
§ 4º Os programas, os projetos e as linhas de pes- nadas à observação e à certificação das regras de
quisa a serem desenvolvidos com o apoio de orga- acessibilidade.
nismos públicos de auxílio à pesquisa e de agências § 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilita-
de fomento deverão incluir temas voltados para o ção equivalente e sua renovação, quando esta tiver
desenho universal. sido emitida anteriormente às exigências de acessi-
§ 5º Desde a etapa de concepção, as políticas bilidade, é condicionada à observação e à certifica-
públicas deverão considerar a adoção do desenho ção das regras de acessibilidade.
universal. Art. 61 A formulação, a implementação e a manu-
Art. 56 A construção, a reforma, a ampliação ou a tenção das ações de acessibilidade atenderão às
mudança de uso de edificações abertas ao público, seguintes premissas básicas:
de uso público ou privadas de uso coletivo deverão I - eleição de prioridades, elaboração de cronogra-
ser executadas de modo a serem acessíveis. ma e reserva de recursos para implementação das
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das ati- ações; e
vidades de Engenharia, de Arquitetura e correlatas,
II - planejamento contínuo e articulado entre os
ao anotarem a responsabilidade técnica de projetos,
setores envolvidos.
devem exigir a responsabilidade profissional declara-
Art. 62 É assegurado à pessoa com deficiência,
da de atendimento às regras de acessibilidade previs-
mediante solicitação, o recebimento de contas,
tas em legislação e em normas técnicas pertinentes.
boletos, recibos, extratos e cobranças de tributos
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emis-
em formato acessível.
são de certificado de projeto executivo arquitetô-
nico, urbanístico e de instalações e equipamentos
temporários ou permanentes e para o licenciamen- Do Acesso à Informação e à Comunicação
to ou a emissão de certificado de conclusão de obra
ou de serviço, deve ser atestado o atendimento às O direito ao acesso à informação e à comunica-
regras de acessibilidade. ção está disposto nos arts. 63 ao 73 da Lei. Trata-se de
§ 3º O poder público, após certificar a acessibi- dispositivos cujo escopo é ampliar a ideia de acessibi-
lidade de edificação ou de serviço, determinará a lidade à informação, de maneira a contemplar qual-
colocação, em espaços ou em locais de ampla visi- quer serviço ou produto.
bilidade, do símbolo internacional de acesso, na
forma prevista em legislação e em normas técnicas Art. 63 É obrigatória a acessibilidade nos sítios
correlatas. da internet mantidos por empresas com sede ou
Art. 57 As edificações públicas e privadas de uso
representação comercial no País ou por órgãos
coletivo já existentes devem garantir acessibilidade
de governo, para uso da pessoa com deficiência,
00

à pessoa com deficiência em todas as suas depen-


garantindo-lhe acesso às informações disponíveis,
5-

dências e serviços, tendo como referência as nor-


conforme as melhores práticas e diretrizes de aces-
21

mas de acessibilidade vigentes.


sibilidade adotadas internacionalmente.
.

Art. 58 O projeto e a construção de edificação de


70

§ 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilida-


uso privado multifamiliar devem atender aos pre-
.4

de em destaque.
ceitos de acessibilidade, na forma regulamentar
49

§ 2º Telecentros comunitários que receberem recur-


(Regulamento)
-0

§ 1º As construtoras e incorporadoras responsáveis sos públicos federais para seu custeio ou sua insta-
lação e lan houses devem possuir equipamentos e
ar

pelo projeto e pela construção das edificações a que


instalações acessíveis.
és

se refere o caput deste artigo devem assegurar


percentual mínimo de suas unidades internamente § 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o
C

acessíveis, na forma regulamentar. § 2º deste artigo devem garantir, no mínimo, 10%


o

(dez por cento) de seus computadores com recur-


dr

§ 2º É vedada a cobrança de valores adicionais para


sos de acessibilidade para pessoa com deficiência
Pe

a aquisição de unidades internamente acessíveis a


que se refere o § 1º deste artigo. visual, sendo assegurado pelo menos 1 (um) equi-
Art. 59 Em qualquer intervenção nas vias e nos pamento, quando o resultado percentual for infe-
espaços públicos, o poder público e as empresas rior a 1 (um).
concessionárias responsáveis pela execução das Art. 64 A acessibilidade nos sítios da internet de
obras e dos serviços devem garantir, de forma segu- que trata o art. 63 desta Lei deve ser observada
ra, a fluidez do trânsito e a livre circulação e acessi- para obtenção do financiamento de que trata o inci-
bilidade das pessoas, durante e após sua execução. so III do art. 54 desta Lei.
Art. 60 Orientam-se, no que couber, pelas regras de Art. 65 As empresas prestadoras de serviços de
acessibilidade previstas em legislação e em normas telecomunicações deverão garantir pleno acesso à
técnicas, observado o disposto na Lei nº 10.098, de pessoa com deficiência, conforme regulamentação
19 de dezembro de 2000 , nº 10.257, de 10 de julho específica.
de 2001 , e nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 : Art. 66 Cabe ao poder público incentivar a oferta
I - os planos diretores municipais, os planos dire- de aparelhos de telefonia fixa e móvel celular com
tores de transporte e trânsito, os planos de mobi- acessibilidade que, entre outras tecnologias assis-
lidade urbana e os planos de preservação de sítios tivas, possuam possibilidade de indicação e de
históricos elaborados ou atualizados a partir da ampliação sonoras de todas as operações e funções
420 publicação desta Lei; disponíveis.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 67 Os serviços de radiodifusão de sons e ima- Art. 73 Caberá ao poder público, diretamente ou
gens devem permitir o uso dos seguintes recursos, em parceria com organizações da sociedade civil,
entre outros: promover a capacitação de tradutores e intérpre-
I - subtitulação por meio de legenda oculta; tes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais
II - janela com intérprete da Libras; habilitados em Braille, audiodescrição, estenotipia
III - audiodescrição. e legendagem.
Art. 68 O poder público deve adotar mecanis-
mos de incentivo à produção, à edição, à difusão, Da Tecnologia Assistiva
à distribuição e à comercialização de livros em
formatos acessíveis, inclusive em publicações da Os arts. 74 e 75 referem-se à tecnologia assistiva,
administração pública ou financiadas com recur- conceituando-a como qualquer forma de apoio neces-
sos públicos, com vistas a garantir à pessoa com sário à promoção da autonomia e independência da
deficiência o direito de acesso à leitura, à informa- pessoa com deficiência. Cabe ao Poder Público a res-
ção e à comunicação. ponsabilidade de desenvolver um plano específico de
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclusive medidas, a ser renovado no período de quatro anos,
para o abastecimento ou a atualização de acervos para facilitar a criação e promoção dessas tecnologias.
de bibliotecas em todos os níveis e modalidades de Além disso, tais procedimentos deverão ser avaliados,
educação e de bibliotecas públicas, o poder público pelo menos, a cada dois anos.
deverá adotar cláusulas de impedimento à partici-
pação de editoras que não ofertem sua produção
Art. 74 É garantido à pessoa com deficiência acesso
também em formatos acessíveis.
a produtos, recursos, estratégias, práticas, proces-
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos
sos, métodos e serviços de tecnologia assistiva que
digitais que possam ser reconhecidos e acessados maximizem sua autonomia, mobilidade pessoal e
por softwares leitores de telas ou outras tecnolo- qualidade de vida.
gias assistivas que vierem a substituí-los, permi- Art. 75 O poder público desenvolverá plano especí-
tindo leitura com voz sintetizada, ampliação de fico de medidas, a ser renovado em cada período de
caracteres, diferentes contrastes e impressão em 4 (quatro) anos, com a finalidade de: (Regulamento)
Braille. I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclu-
§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a sive com oferta de linhas de crédito subsidiadas,
adaptação e a produção de artigos científicos em específicas para aquisição de tecnologia assistiva;
formato acessível, inclusive em Libras. II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos
Art. 69 O poder público deve assegurar a disponi- de importação de tecnologia assistiva, especial-
bilidade de informações corretas e claras sobre os mente as questões atinentes a procedimentos alfan-
diferentes produtos e serviços ofertados, por quais- degários e sanitários;
quer meios de comunicação empregados, inclusi- III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à pro-
ve em ambiente virtual, contendo a especificação dução nacional de tecnologia assistiva, inclusive por
correta de quantidade, qualidade, características, meio de concessão de linhas de crédito subsidiado e
composição e preço, bem como sobre os eventuais de parcerias com institutos de pesquisa oficiais;
riscos à saúde e à segurança do consumidor com IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia pro-
deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, dutiva e de importação de tecnologia assistiva;
no que couber, os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de
de setembro de 1990 . novos recursos de tecnologia assistiva no rol de
00

§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anún- produtos distribuídos no âmbito do SUS e por


5-

cios publicitários veiculados na imprensa escrita, outros órgãos governamentais.


21

na internet, no rádio, na televisão e nos demais Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto
.

neste artigo, os procedimentos constantes do plano


70

veículos de comunicação abertos ou por assinatura


devem disponibilizar, conforme a compatibilidade específico de medidas deverão ser avaliados, pelo
.4

menos, a cada 2 (dois) anos.


49

do meio, os recursos de acessibilidade de que trata


o art. 67 desta Lei, a expensas do fornecedor do pro-
-0

duto ou do serviço, sem prejuízo da observância do Do Direito à Participação na Vida Pública e Política
ar

disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº 8.078, de 11 de


és

setembro de 1990 . O direito à participação na vida pública e políti-


C

§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, median- ca, previsto no art. 76, guarda relação com o exercício
o

te solicitação, exemplares de bulas, prospectos, da cidadania das pessoas com deficiência. A elas são
dr

textos ou qualquer outro tipo de material de divul- garantidos os direitos inerentes a sua capacidade elei-
Pe

gação em formato acessível. toral ativa e passiva. Para a promoção de tais medidas
Art. 70 As instituições promotoras de congressos, de acessibilidade, a competência cabe aos Tribunais
seminários, oficinas e demais eventos de natureza Regionais Eleitorais.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

científico-cultural devem oferecer à pessoa com


deficiência, no mínimo, os recursos de tecnologia Art. 76 O poder público deve garantir à pessoa com
assistiva previstos no art. 67 desta Lei. deficiência todos os direitos políticos e a oportuni-
Art. 71 Os congressos, os seminários, as oficinas dade de exercê-los em igualdade de condições com
e os demais eventos de natureza científico-cultu- as demais pessoas.
ral promovidos ou financiados pelo poder público § 1º À pessoa com deficiência será assegurado o
devem garantir as condições de acessibilidade e os direito de votar e de ser votada, inclusive por meio
recursos de tecnologia assistiva. das seguintes ações:
Art. 72 Os programas, as linhas de pesquisa e os I - garantia de que os procedimentos, as instala-
projetos a serem desenvolvidos com o apoio de ções, os materiais e os equipamentos para votação
agências de financiamento e de órgãos e entidades sejam apropriados, acessíveis a todas as pessoas e
integrantes da administração pública que atuem no de fácil compreensão e uso, sendo vedada a insta-
auxílio à pesquisa devem contemplar temas volta- lação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa
dos à tecnologia assistiva. com deficiência; 421
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar- z Pena de detenção é aplicada a condenações mais
-se e a desempenhar quaisquer funções públicas em leves, uma vez que o regime inicial de cumprimento
todos os níveis de governo, inclusive por meio do uso será o semiaberto. A detenção admite os regimes de
de novas tecnologias assistivas, quando apropriado; cumprimento semiaberto e aberto, não admitindo o
III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, fechado.
a propaganda eleitoral obrigatória e os debates
transmitidos pelas emissoras de televisão pos- Vamos ao estudo dos crimes:
suam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67
desta Lei; Art. 88 Praticar, induzir ou incitar discrimina-
IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, ção de pessoa em razão de sua deficiência:
para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
permissão para que a pessoa com deficiência seja
auxiliada na votação por pessoa de sua escolha. O crime do art. 88 pode ser praticado de três modos:
§ 2º O poder público promoverá a participação da
pessoa com deficiência, inclusive quando institucio-
z Participação direta do agente na conduta deli-
nalizada, na condução das questões públicas, sem
tuosa: aqui, o agente age de modo a discriminar a
discriminação e em igualdade de oportunidades,
observado o seguinte: pessoa em razão de sua deficiência. A conduta está
I - participação em organizações não governa- no verbo praticar;
mentais relacionadas à vida pública e à política do z Participação indireta do agente na conduta deli-
País e em atividades e administração de partidos tuosa ao criar “na cabeça de outra pessoa” a ideia
políticos; de que ela pratique a discriminação: aqui, temos
II - formação de organizações para representar a dois agentes, um que desperta a atenção de outro
pessoa com deficiência em todos os níveis; para a prática do crime e outro que, efetivamente,
III - participação da pessoa com deficiência em pratica o crime. A conduta está no verbo induzir;
organizações que a representem. z Participação indireta do agente na conduta deli-
tuosa ao reforçar ou encorajar uma pessoa a pra-
Da Ciência e Tecnologia ticar a discriminação: diferentemente da conduta
de induzir, aqui, a pessoa instigada já tinha a inten-
Por último, também é estabelecido, na Lei nº ção de discriminar, havendo apenas um reforço/
13.146, de 2015, o direito à ciência e tecnologia. Ele encorajamento. Temos, também, dois agentes, um
está previsto nos arts. 77 e 78 e tem, como escopo, esti- que reforça e outro que pratica. A conduta está no
mular a criação de cursos de pós-graduação na área verbo instigar.
de tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimen-
to de outras ações com o objetivo de formar recursos Direta : praticar
0 – CONDUTAS
humanos qualificados e estruturar as diretrizes dessa
área de conhecimento.
A partir do art. 78, inicia-se a parte especial. Nela, Indireta : induzir
constam disposições acerca do direito de acesso à
0ART.88

Justiça, o reconhecimento igualitário perante a lei e


a tipificação de determinadas condutas, como crimes Indireta : instigar
ou infrações. No que tange ao acesso à Justiça, compe-
5-

te ao Poder Público realizar as adaptações e propor-


21

cionar os recursos de tecnologia assistiva necessários Outro ponto importante neste dispositivo é rela-
.
70

para a plena participação da pessoa com deficiência tivo ao conceito de discriminar. Entende-se como
discriminação toda distinção, exclusão ou restrição
.4

no âmbito do Poder Judiciário.


49

Quanto ao reconhecimento igualitário perante a baseada na deficiência, objetivando impedir ou obs-


-0

lei, é reflexo do que já encontra disciplinado na Cons- tar o exercício pleno de direitos.
ar

tituição Federal. Por conseguinte, a Lei nº 13.146, de


Art. 88 [...]
és

2015, visa garantir à pessoa com deficiência o pleno


§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a víti-
C

exercício de suas capacidades.


ma encontrar-se sob cuidado e responsabilidade
o

do agente.
dr

CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS


Pe

O parágrafo primeiro traz uma hipótese de cau-


Os crimes e as infrações administrativas estão
sa de aumento de pena. Trata-se do fato de o agen-
dispostos nos art. 88 a 91. Dos crimes elencados, ape-
te, que praticou uma das condutas elencadas, ser o
nas o do art. 91 tem, como pena, a detenção. Todos os
responsável (legal ou não) por aquele que sofreu a
demais apresentam pena de reclusão. discriminação. O aumento de 1/3 da pena decorre da
proximidade e do dever de cuidado para com a pes-
z Detenção e reclusão são modalidades de penas soa com deficiência. São exemplos: pais, tutores, cura-
privativas de liberdade; dores, guardiões, professores, médicos, cuidadores,
z Pena de reclusão é aplicada a condenações mais entre outros.
severas, por ser a única a admitir o regime inicial
de cumprimento fechado. Essa modalidade admite Art. 88 [...]
os três regimes de cumprimento: § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput des-
te artigo é cometido por intermédio de meios de
„ Fechado; comunicação social ou de publicação de qual-
„ Semiaberto; quer natureza:
422 „ Aberto. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O parágrafo segundo é uma qualificadora do cri- I – por tutor, curador, síndico, liquidatário, inven-
me. Ela diz respeito ao meio utilizado para a prática tariante, testamenteiro ou depositário judicial; ou
da conduta, pois, ao ser cometido por intermédio de II – por aquele que se apropriou em razão de ofício
meios de comunicação social ou de publicação de ou de profissão.
qualquer natureza, a conduta atinge mais visibilida-
de, chegando ao conhecimento de um número maior O parágrafo único apresenta uma hipótese de cau-
de pessoas. sa de aumento de pena de 1/3 no caso de o agente que
Atenção: A qualificadora altera o patamar da pena praticou a conduta ser o responsável (legal) da pessoa
(penas mínima e máxima constantes do tipo penal — com deficiência ou ter se aproveitado de ofício ou pro-
preceito secundário) em razão de novas elementares fissão para o cometimento do crime.
acrescentadas, o que faz com que ele seja um tipo
derivado autônomo ou independente. Por outro lado, Art. 90 Abandonar pessoa com deficiência em
a causa de aumento (majorante) é apenas uma hipóte- hospitais, casas de saúde, entidades de abrigamen-
to ou congêneres:
se para que a pena possa ser aumentada.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e
multa.
Art. 88 [...]
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá
prover as necessidades básicas de pessoa com defi-
determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedi- ciência quando obrigado por lei ou mandado.
do deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena
de desobediência:
O art. 90 tipifica o crime de abandono de pessoa
I – recolhimento ou busca e apreensão dos exempla-
res do material discriminatório; com deficiência, de modo a dar amparo e proteção
II – interdição das respectivas mensagens ou pági- a essas pessoas, por vezes incapazes de zelar por sua
nas de informação na internet. vida. Refere-se ao fato de o agente deixar de prestar
assistência, mesmo quando possui o dever de cuidado
O parágrafo terceiro dispõe a consequência do e proteção.
crime cometido por intermédio de meios de comu- O crime do art. 91 pode ser praticado por duas con-
nicação social ou de publicação de qualquer nature- dutas: retenção ou utilização. Ocorre quando o agente
za. Trata-se de medida para evitar a propagação da fica na posse ou utiliza-se de cartão magnético ou meio
discriminação, uma vez que, verificada a ocorrência eletrônico ou documento pessoal, com a finalidade
de discriminação da pessoa com deficiência por estes de obter vantagem indevida para si ou para outrem.
meios, é possível, ao juiz, após ouvido o Ministério Exemplo: utilização de carteira de passe livre em trans-
porte coletivo com a intenção de não pagar a passa-
Público ou a pedido deste, determinar o recolhimento
gem. Trata-se de crime mais brando do que o do art.
de todo o material em que está descrita a discrimina-
89, pois, aqui, o objetivo não é prejudicar a pessoa com
ção. No caso de divulgação em site de internet, pode-se
deficiência, mas aferir vantagem com a sua situação.
determinar a retirada do ar da página ou do conteúdo.
Cumpre mencionar, por necessário, que a Lei nº
13.146, de 2015, alterou o crime previsto no art. 8°, da
Art. 88 [...]
Lei nº 7.853, de 1989, que dispõe sobre o apoio às pes-
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito
da condenação, após o trânsito em julgado da deci- soas com deficiência. Vejamos:
00

são, a destruição do material apreendido.


Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2
5-

(dois) a 5 (cinco) anos e multa:


21

Por fim, o parágrafo quarto refere-se ao que irá


I – recusar, cobrar valores adicionais, suspender,
.

acontecer com o material apreendido ou bloqueado.


70

procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de


Após o trânsito em julgado da decisão (quando esgo-
.4

aluno em estabelecimento de ensino de qualquer


49

tou todos os meios de defesa e não há mais recurso curso ou grau, público ou privado, em razão de sua
cabível), todo o material apreendido será destruído.
-0

deficiência;
II – obstar inscrição em concurso público ou acesso
ar

Art. 89 Apropriar-se de ou desviar bens, proven- de alguém a qualquer cargo ou emprego público,
és

tos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer em razão de sua deficiência;


C

outro rendimento de pessoa com deficiência: III – negar ou obstar emprego, trabalho ou promo-
o

Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e ção à pessoa em razão de sua deficiência;
dr

multa. IV – recusar, retardar ou dificultar internação ou


Pe

deixar de prestar assistência médico-hospitalar e


O crime tipificado no art. 89 pode ser praticado de ambulatorial à pessoa com deficiência;
V – deixar de cumprir, retardar ou frustrar execu-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

dois modos: por apropriação ou por desvio. Enten-


de-se por apropriação quando o agente faz da coisa ção de ordem judicial expedida na ação civil a que
alheia como se fosse sua, ou seja, apodera-se de bem, alude esta Lei;
VI – recusar, retardar ou omitir dados técnicos
proventos, pensões, benefícios ou qualquer outro ren-
indispensáveis à propositura da ação civil pública
dimento da pessoa com deficiência.
objeto desta Lei, quando requisitados.
Já no desvio, o agente dá um destino diferente § 1º Se o crime for praticado contra pessoa com
ao bem, proventos, pensões, benefícios ou qualquer deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é
outro rendimento da pessoa com deficiência. As duas agravada em 1/3 (um terço).
condutas são punidas com pena de reclusão de 1 (um) § 2º A pena pela adoção deliberada de critérios
a 4 (quatro) anos. subjetivos para indeferimento de inscrição, de
aprovação e de cumprimento de estágio probatório
Art. 89 [...] em concursos públicos não exclui a responsabilida-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um de patrimonial pessoal do administrador público
terço) se o crime é cometido: pelos danos causados. 423
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou Dica
dificulta o ingresso de pessoa com deficiência em
planos privados de assistência à saúde, inclusive Sabe o porquê de estudar o CDC para o concur-
com cobrança de valores diferenciados. so almejado? Porque o CDC é aplicado às ins-
§ 4º Se o crime for praticado em atendimento de tituições financeiras. É neste sentido a Súmula
urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 297, do Superior Tribunal de Justiça: “O Código
(um terço). de Defesa do Consumidor é aplicável às institui-
ções financeiras”.
A nova redação dada ao artigo acrescentou ao inci-
so I a conduta de cobrar valores adicionais por parte O CDC é uma norma relativamente enxuta, com-
da instituição de ensino. Exemplos clássicos são as posta por 119 (cento e dezenove) artigos estruturados
mensalidades diferenciadas para alunos autistas
em seis títulos. Em concursos públicos, a cobrança
(com valores a mais). O inciso II se refere à discrimi-
do CDC envolve, basicamente, os tópicos conceituais;
nação com relação a emprego, trabalho ou promoção.
as hipóteses de aplicabilidade e a própria letra da lei
O inciso III ao atendimento médico e ambulatorial. O
(legislação “seca”). Deste modo, o presente estudo será
inciso IV à omissão de dados quando estes são essen-
voltado para esses pontos, tendo, como parâmetro, o
ciais à propositura de ação civil pública ou quando
concurso do Banco do Brasil, em especial, os dois pri-
houver requisição.
meiros títulos da norma.
A Lei nº 13.146, de 2015, acrescentou parágrafos ao
Antes de iniciar o estudo, no entanto, é preciso ter
art. 8º, da Lei nº 7.853, de 1989, estabelecendo causas
em mente que, para melhor compreendê-la, é primor-
de aumento de pena ao crime.
dial entender sua estrutura e identificar as ideias mais
Por fim, é importante mencionar que todos os cri-
importantes da legislação. Por essa razão, é extre-
mes disciplinados pela mencionada Lei são crimes de
mamente importante ler o texto de lei e tentar com-
Ação Penal Pública Incondicionada, ou seja, compete
preender os pontos mais importantes dos artigos, sem
ao Ministério Público promover a ação independente-
precisar, contudo, decorá-los.
mente da vontade da vítima.
Feitas essas considerações iniciais, bons estudos!

TÍTULO I – DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO Os direitos do consumidor compreendem o pri-


CONSUMIDOR: LEI Nº 8.078, DE 1990 meiro título do CDC. Eles se encontram disciplinados
do art. 1º ao art. 60. Vejamos cada um deles:
A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, conhe-
cida como Código de Defesa do Consumidor (CDC), Art. 1 O presente código estabelece normas de pro-
estabeleceu as regras de proteção ao consumidor. Sua teção e defesa do consumidor, de ordem pública
edição foi necessária, porque, até a promulgação da e interesse social, nos termos dos arts. 5º, inciso
Constituição Federal de 1988 (CF, de 1988), os adqui- XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art.
rentes de produtos e serviços não possuíam normas 48 de suas Disposições Transitórias.
00

próprias, tendo que fundamentar a defesa de seus


5-

direitos no antigo Código Civil de 1916 e nas seguin- O art. 1º, do CDC, reporta-se a três dispositivos
21

tes legislações: Decreto nº 869, de 1938 (Lei de Crimes constitucionais. A primeira proteção encontra-se no
.
70

Contra a Economia Popular); Decreto-Lei nº 22.626, de art. 5º, XXXII, da CF, de 19882, isto é, no Título “Dos
.4

1943 (Lei da Usura); Lei Delegada nº 4, de 1962, que Direitos e Garantias Fundamentais”. Assim sendo, a
49

cuida da intervenção estatal no domínio econômico proteção ao consumidor constitui um dos direitos e
-0

para a garantia de distribuição de produtos de primei- deveres individuais e coletivos. Como consequência, a
defesa do consumidor promovida por meio do Estado
ar

ra necessidade; Lei nº 4.137, de 1962 (Lei de Repressão


é uma das denominadas cláusulas pétreas.
és

do Poder Econômico), que instituiu o Sistema Brasilei-


Trata-se, portanto, de matéria que não pode ser
C

ro de Defesa da Concorrência e criou o CADE – Conse-


o

lho Administrativo de Defesa Econômica, estruturado, objeto de modificação por meio de qualquer proposta
dr

atualmente, pela Lei nº 12.529, de 2011. de Emenda Constitucional tendente a abolir ou esva-
Pe

Com a CF, de 1988, a defesa do consumidor adqui- ziar a defesa dos direitos do consumidor.
riu um novo patamar. Ao mesmo tempo em que a A segunda proteção encontra-se no art. 170, da CF,
defesa do consumidor passou a ser tida como um de 19883, de modo que a defesa do consumidor consti-
direito fundamental, tornou-se, também, um prin- tuiu um dos princípios pelo qual a ordem econômica
cípio da ordem econômica. Para tanto, foi o próprio brasileira é estabelecida. Assim, a defesa do consumi-
legislador constituinte que determinou a elaboração dor é princípio de ação política do Estado brasileiro,
de um código para a defesa do consumidor. Assim, o uma vez que legitima a adoção de políticas protetivas
Congresso Nacional elaborou a Lei nº 8.078, de 1990 e para o consumidor. Como consequência, o Estado
deu efetividade ao comando constitucional para inau- poderá intervir na ordem econômica fundamentado
gurar um novo microssistema de proteção. na defesa e interesses dos consumidores.
2  Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXXII - o Estado
promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
3  Art. 170 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência
digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
424 V - defesa do consumidor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por fim, o art. 48, do Ato das Disposições Constitu- O caput do art. 2º traz o conceito de consumidor
cionais Transitórias, estabeleceu o prazo de 120 (cento em sentido estrito, que comporta três elementos:
e vinte) dias da promulgação da CF, de 1988 para que
o Congresso Nacional elaborasse o Código de Defesa z Elemento Subjetivo: pessoa física ou jurídica;
do Consumidor. Trata-se, portanto, de uma resposta z Elemento Objetivo: que adquire ou utiliza produ-
legal protetiva. to ou serviço;
Embora a CF, de 1988 tenha estabelecido o prazo z Elemento Teleológico: como destinatário final.
para elaboração do CDC, observa-se que o prazo tem-
poral estabelecido pelo legislador constituinte não foi Portanto, consumidor é toda pessoa física ou jurí-
observado, uma vez que o Código foi promulgado em dica, independentemente se brasileira ou não, que
11 de setembro de 1990 e sua entrada em vigor ocor- adquire ou utiliza um produto ou serviço na qualida-
de de destinatário final.
reu em 11 de março de 1991.
Além de se reportar a estes dispositivos constitu-
cionais, o art. 1º, do CDC, estabelece que as normas
de proteção ao consumidor são de ordem pública e
Importante!
interesse social, ou seja, são normas cogentes (obri- O conceito de consumidor abrange não só o
gatórias), que não podem ser afastadas ou modifica- adquirente, como também o usuário de produtos
das pela vontade das partes e que, ao mesmo tempo ou serviços colocados no mercado de consumo.
em que buscam trazer equilíbrio na relação jurídica,
equalizam a diferença entre consumidor e fornecedor.
Em síntese, o CDC estabelece normas que vão regular Cumpre mencionar, ainda, que o ponto central do
os contratos de consumo e limitar a autonomia da von- conceito envolve compreender e delimitar o âmbi-
tade, além de impossibilitar a renúncia do consumidor to de incidência da expressão destinatário final,
ou seja, distinguir relação de consumo e a relação
quanto aos direitos estabelecidos na lei, salvo os casos
empresarial. Nesse sentido, três correntes dominam
de expressa disposição em sentido contrário. Vale lem-
os debates. A primeira é a corrente objetiva ou mar-
brar que normas de ordem pública são aquelas que xista, que dá à expressão “destinatário final” a maior
revestem valores importantes para toda a coletividade, amplitude possível ao considerar o adquirente como
isto é, que transcendem aos interesses particulares. destinatário fático do produto ou serviço, por ter reti-
Observa-se, no entanto, que, para que exista a rela- rado este do mercado, sendo indiferente se o destina-
ção de consumo, é preciso o requisito subjetivo, ou seja, tário adquiriu o produto ou serviço com finalidades
a presença de um consumidor e de um fornecedor, lucrativas ou não, como, por exemplo, a empresa que
além do requisito objetivo, isto é, uma relação que diga compra couro para produzir sapatos.
respeito ao fornecimento de um produto ou serviço. A segunda corrente é a corrente subjetiva ou fina-
lista, que considera consumidor somente aquele não
profissional que adquire produto ou contrata serviço,
RELAÇÃO JURÍDICA de modo a esgotar em si mesmo o consumo, sem qual-
DE CONSUMO quer finalidade lucrativa, como, por exemplo, a pessoa
que adquire o sapato. Por fim, a terceira corrente é a
finalista mitigada ou mista, que opta por analisar o
caso concreto, para enquadrar como destinatário final,
00

como, por exemplo, o motorista de caminhão quando


5-

Elementos subjetivos: adquire o veículo ou a costureira quando adquire a


Elemento objetivo:
21

Consumidor e máquina de costura. Cabe destacar, por fim, que a teo-


Produto ou Serviço
.

Fornecedor
70

ria finalista mitigada leva em consideração a vulnera-


bilidade, conceito que será estudado posteriormente.
.4
49

Se o caput traz o conceito de consumidor em senti-


Para tanto, o CDC traz os seguintes conceitos nos do estrito, o Parágrafo Único estabelece o conceito de
-0

arts. 2º e 3º: consumidor, fornecedor, produto e servi- consumidor em sentido coletivo, de modo a equipa-
ar

ço. Vejamos tais conceitos: rar ao consumidor a coletividade de pessoas, mesmo


és

que indetermináveis, que aja intervindo nas relações


C

Art. 2 Consumidor é toda pessoa física ou jurídica de consumo, como, por exemplo, no caso de compra
o

que adquire ou utiliza produto ou serviço como des- de um alimento por uma pessoa, para ser consumido
dr

tinatário final. por diversas outras em sua residência, de modo que,


Pe

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a cole- se todos sofrem lesão em decorrência do produto,
tividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que todos serão consumidores por equiparação, por terem
haja intervindo nas relações de consumo. intervindo na relação de consumo, mesmo que sem
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, firmar o contrato de consumo.


pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem A finalidade do conceito é garantir a proteção cole-
como os entes despersonalizados, que desenvolvem tiva do consumidor, de modo a ampliar a abrangência
atividade de produção, montagem, criação, cons- do CDC para além do consumidor individualmente
trução, transformação, importação, exportação, considerado na sua relação com o fornecedor, uma
distribuição ou comercialização de produtos ou vez que se trata de interesse que transcende ao indi-
prestação de serviços. víduo, ou seja, interesse difuso, coletivo e individual
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, homogêneo dos consumidores, conforme veremos
material ou imaterial. pela leitura do texto do art. 81, do CDC. Atente-se ao
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mer- fato de que o art. 17 traz o conceito de consumidor
cado de consumo, mediante remuneração, inclusi- bystander e o art. 29, o conceito de consumidor em
ve as de natureza bancária, financeira, de crédito sentido amplo, exposto ou virtual. Portanto, são
e securitária, salvo as decorrentes das relações de mais dois dispositivos que ampliam o conceito de con-
caráter trabalhista. sumidor e serão tratados posteriormente. 425
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Por outro lado, o caput do art. 3º conceitua forne- IV - educação e informação de fornecedores e con-
cedor como aquele que desenvolve a atividade pro- sumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com
fissional no mercado de consumo com habitualidade, vistas à melhoria do mercado de consumo;
especialização e com finalidade econômica. Trata-se, V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios
portanto, de um conceito amplo que engloba as seguin- eficientes de controle de qualidade e segurança de
produtos e serviços, assim como de mecanismos
tes espécies: produtor, montador, criador, fabricante,
alternativos de solução de conflitos de consumo;
construtor, transformador, importador, exportador, VI - coibição e repressão eficientes de todos os abu-
distribuidor, comerciante e o prestador de serviços. sos praticados no mercado de consumo, inclusive
O núcleo do conceito de fornecedor é a atividade a concorrência desleal e utilização indevida de
desempenhada, ou seja, somente é considerado forne- inventos e criações industriais das marcas e nomes
cedor aquele que exerce a atividade de forma profis- comerciais e signos distintivos, que possam causar
sional, com habitualidade e com finalidade econômica. prejuízos aos consumidores;
Os §§ 1º e 2º, do art. 3º, trazem os conceitos dos obje- VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;
tos da relação de consumo, ou seja, de produto e servi- VIII - estudo constante das modificações do merca-
ço. Por produto, entende-se qualquer bem, seja móvel do de consumo.
ou imóvel, material ou imaterial, podendo ser forneci-
do de forma remunerada ou não (ex.: amostra grátis). O art. 4º estabelece os objetivos da Política Nacio-
As normas sobre as classificações dos bens não nal e enumera os princípios aplicáveis a sua elabo-
estão no CDC, mas no Código Civil. ração e planejamento. Em síntese, os objetivos da
Por serviço, entende-se qualquer atividade for- Política Nacional das Relações de Consumo são cinco:
necida no mercado de consumo por meio de remu-
neração, seja ela direta ou indireta. A remuneração z Atendimento das necessidades dos consumidores;
indireta ocorre quando o custo do serviço já está z Respeito a sua dignidade, saúde e segurança;
embutido no preço de outro produto ou serviço ofer- z Proteção de seus interesses econômicos;
tado pelo estabelecimento, como, por exemplo, no z Melhoria da sua qualidade de vida;
caso de serviços de estacionamento em supermerca- z Transparência e harmonia das relações de consumo.
dos e shoppings ou o oferecimento de lavagem de veí-
culos em estacionamentos ou postos de combustível. Com relação aos princípios elencados no dispo-
Portanto, há a incidência do CDC mesmo em caso de sitivo, o primeiro deles é o Princípio do Reconhe-
prestação de serviços aparentemente gratuitos. cimento da Vulnerabilidade e da Proteção do
Sobre serviço, cumpre mencionar, ainda, que, Consumidor. Explicando melhor: o consumidor é
quando a prestação de serviços se dá com pessoalida- a parte mais frágil da relação de consumo, pois, em
de e subordinação, aplica-se a Consolidação das Leis regra, o fornecedor possui situação econômica supe-
do Trabalho (CLT) e, não, o CDC, por se tratar de rela- rior, além de deter conhecimentos científicos, técnicas
de elaboração do produto e execução do serviço, entre
ção de trabalho. Já no caso dos profissionais liberais,
outros. Por essa razão, o consumidor ocupa posição de
em regra, eles podem ser enquadrados como fornece-
vulnerabilidade, de modo que, para equilibrar a rela-
dores de serviços, ressalvando-se sua responsabiliza-
ção jurídica de consumo, o CDC trata de forma desi-
ção mediante aferição de culpa nos termos do art. 14,
gual fornecedor e consumidor.
§ 4º, do CDC, que será explicado a frente.
A vulnerabilidade pode ocorrer por fatores fáticos,
técnicos ou jurídicos. A vulnerabilidade fática refe-
Política Nacional das Relações de Consumo
00

re-se à própria situação socioeconômica do consumi-


5-

dor face ao fornecedor, ou seja, em razão do poder


21

A Política Nacional das Relações de Consumo é tra- econômico do fornecedor ou do monopólio ou essen-
tada nos arts. 4º e 5º, do CDC. Vejamos os dispositivos:
.

cialidade do produto oferecido. A vulnerabilidade


70

técnica está relacionada ao processo de elaboração,


.4

Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consu- fabricação ou prestação, uma vez que o consumidor,
49

mo tem por objetivo o atendimento das necessida- por não fazer parte desse processo, não detém conhe-
-0

des dos consumidores, o respeito à sua dignidade, cimento pleno sobre o produto ou serviço. Por fim, a
ar

saúde e segurança, a proteção de seus interesses vulnerabilidade jurídica está ligada ao desconheci-
és

econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, mento do consumidor com relação aos efeitos da obri-
bem como a transparência e harmonia das relações
C

gação que contrai junto ao fornecedor ou aos casos


de consumo, atendidos os seguintes princípios:
o

de contratos de adesão, que, por ser produzido unila-


dr

I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumi- teralmente pelo fornecedor, não há possibilidade de


Pe

dor no mercado de consumo; discussão de suas cláusulas pelo consumidor.


II - ação governamental no sentido de proteger efe-
O segundo princípio é o Princípio da Intervenção
tivamente o consumidor:
Estatal, que impõe a atuação do Estado no sentido de
a) por iniciativa direta;
proteger o consumidor. Tal proteção pode ser feita
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de
associações representativas;
por iniciativa direta, como, por exemplo, no caso de
c) pela presença do Estado no mercado de consumo; criação dos Serviços de Proteção ao Consumidor (Pro-
d) pela garantia dos produtos e serviços com con); por incentivos à criação e ao desenvolvimento
padrões adequados de qualidade, segurança, dura- de associações representativas, de modo a oportuni-
bilidade e desempenho. zar a organização dos consumidores; por meio da pre-
III - harmonização dos interesses dos participan- sença do Estado no mercado de consumo, como nos
tes das relações de consumo e compatibilização casos das atividades essenciais ou que digam respeito
da proteção do consumidor com a necessidade ao interesse público; pela garantia dos produtos e ser-
de desenvolvimento econômico e tecnológico, de viços com padrões adequados de qualidade, seguran-
modo a viabilizar os princípios nos quais se funda ça, durabilidade e desempenho, de maneira a atender
a ordem econômica (art. 170, da Constituição Fede- não só às necessidades dos consumidores, como a pró-
ral), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas pria viabilidade de inserção de produtos e serviços no
426 relações entre consumidores e fornecedores; mercado em razão dos padrões de exigência.
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O terceiro princípio tratado no art. 4º do CDC é o VI - instituição de mecanismos de prevenção e tra-
Princípio da Harmonização dos Interesses. Tal prin- tamento extrajudicial e judicial do superendivida-
cípio busca equacionar os interesses dos participantes mento e de proteção do consumidor pessoa natural;
das relações de consumo, de modo a compatibilizar a (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
proteção do consumidor com a necessidade de desen- VII - instituição de núcleos de conciliação e media-
ção de conflitos oriundos de superendividamento.
volvimento econômico e tecnológico do fornecedor.
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
Em síntese, busca viabilizar os princípios nos quais se
funda a ordem econômica com o equilíbrio nas rela-
Pode-se dizer que se trata de um rol meramente
ções entre consumidor e fornecedor.
exemplificativo.
O quarto princípio é o Princípio da Conscientiza-
ção, ou seja, o CDC impõe, como diretrizes da Políti-
Dos Direitos Básicos do Consumidor
ca Nacional das Relações de Consumo, a educação e
a informação tanto do fornecedor, como do consu- Os arts. 6º e 7º, do CDC, trazem os direitos funda-
midor. Por conscientização, entende-se a busca tan- mentais do consumidor. Trata-se, portanto, dos prin-
to pela educação formal, como, por exemplo, com a cípios que regem as relações de consumo, tais como
inclusão do tema nas grades curriculares das escolas, proteção à vida, saúde e segurança, educação e infor-
como na educação informal, como, por exemplo, nas mação, não abusividade, equilíbrio contratual, pre-
ações dos Procons ou das associações civis. venção e reparação integral, entre outros.
O quinto princípio estabelecido no art. 4º, do CDC,
é o Princípio do Incentivo à Autoiniciativa. Trata-se Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
do incentivo à criação de meios eficientes de contro- I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os
le de qualidade e segurança de produtos e serviços riscos provocados por práticas no fornecimento
pelos fornecedores, além do incentivo aos mecanis- de produtos e serviços considerados perigosos ou
mos alternativos de solução de conflitos, tais como os nocivos;
métodos extrajudiciais de solução de controvérsias, II - a educação e divulgação sobre o consumo ade-
como a arbitragem, mediação e conciliação. quado dos produtos e serviços, asseguradas a liber-
O sexto princípio é o Princípio da Coibição do dade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os dife-
Abuso, que se refere à obrigação do Estado de coibir
rentes produtos e serviços, com especificação cor-
e reprimir os abusos praticados no mercado de consu- reta de quantidade, características, composição,
mo, como, por exemplo, a concorrência desleal e a uti- qualidade, tributos incidentes e preço, bem como
lização indevida de inventos e criações industriais de sobre os riscos que apresentem;
marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que IV - a proteção contra a publicidade enganosa e
possam causar prejuízos aos consumidores. abusiva, métodos comerciais coercitivos ou des-
O sétimo princípio previsto é o Princípio da Racio- leais, bem como contra práticas e cláusulas abu-
nalização e Melhoria dos Serviços Públicos, ou seja, sivas ou impostas no fornecimento de produtos e
os serviços devem ser prestados de modo adequado serviços;
e racional. Esse princípio será retomado quando for V - a modificação das cláusulas contratuais que
analisado o art. 22, do CDC, que trata da obrigatorieda- estabeleçam prestações desproporcionais ou sua
00

revisão em razão de fatos supervenientes que as


de de os serviços serem fornecidos de forma adequa-
tornem excessivamente onerosas;
5-

da, eficiente, segura e, no caso de serviço essencial, de


21

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patri-


modo contínuo por parte dos órgãos públicos ou por moniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
.
70

intermédio de suas concessionárias. VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrati-


.4

O oitavo e último princípio disposto no art. 4º, do vos com vistas à prevenção ou reparação de danos
49

CDC, é o Princípio do Estudo Constante das Modifi- patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
-0

cações do Mercado de Consumo, ou seja, a necessi- difusos, assegurada a proteção Jurídica, adminis-
ar

dade de constante averiguação da evolução de oferta trativa e técnica aos necessitados;


és

de produtos e serviços no mercado de consumo em VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusi-
C

decorrência do desenvolvimento de novas tecnologias ve com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
o

ou de novos hábitos. processo civil, quando, a critério do juiz, for veros-


dr

Por outro lado, o art. 5º, do CDC, estabelece os ins- símil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
Pe

segundo as regras ordinárias de experiências;


trumentos a serem utilizados na sua execução da polí-
IX - (Vetado);
tica Nacional das Relações de Consumo. São eles:
X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

públicos em geral.
Art. 5° [...] XI - a garantia de práticas de crédito responsável,
I - manutenção de assistência jurídica, integral e de educação financeira e de prevenção e tratamen-
gratuita para o consumidor carente; to de situações de superendividamento, preservado
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa o mínimo existencial, nos termos da regulamenta-
do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; ção, por meio da revisão e da repactuação da dívi-
III - criação de delegacias de polícia especializadas da, entre outras medidas;
no atendimento de consumidores vítimas de infra- XII - a preservação do mínimo existencial, nos ter-
ções penais de consumo; mos da regulamentação, na repactuação de dívidas
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Cau- e na concessão de crédito;
sas e Varas Especializadas para a solução de lití- XIII - a informação acerca dos preços dos produ-
gios de consumo; tos por unidade de medida, tal como por quilo, por
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvi- litro, por metro ou por outra unidade, conforme o
mento das Associações de Defesa do Consumidor. caso. 427
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Parágrafo único. A informação de que trata o inci- O inciso VII estabelece o direito ao acesso à Jus-
so III do caput deste artigo deve ser acessível à tiça. Portanto, ao consumidor é assegurado o acesso
pessoa com deficiência, observado o disposto em aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à
regulamento. prevenção ou reparação de danos.
Esse princípio deve ser conjugado com o art. 5º, do
O inciso I, do art. 6º, do CDC, estabelece o direito CDC, que prevê, como instrumentos de execução da
de proteção à vida, saúde e segurança como direito Política Nacional das Relações de Consumo, a institui-
fundamental contra os riscos provocados por práticas ção ou a manutenção de assistência jurídica, integral
no fornecimento de produtos e serviços considerados e gratuita para o consumidor carente, a instituição
perigosos ou nocivos. Conforme será visto a seguir, de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor
os arts. 8º a 11 são destinados à proteção à saúde e
e a criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas
à segurança do consumidor e à responsabilização do
e Varas Especializadas para a solução de litígios de
fornecedor pelos acidentes de consumo.
consumo.
O inciso II, do art. 6º, do CDC, trata do direito à edu-
O inciso VIII, do art. 6º, do CDC, dispõe sobre o
cação e divulgação sobre consumo adequado, uma
direito à facilitação da defesa dos direitos, mani-
vez que é direito do consumidor a educação e a divul-
festada por diversos mecanismos, tais como a soli-
gação sobre consumo adequado dos produtos e servi-
ços, visando que as escolhas sejam realizadas de modo dariedade passiva na reparação de danos (art. 7º),
correto e sem artimanhas. O dispositivo engloba, ain- a responsabilização objetiva por fato do produto ou
da, o dever de assegurar a liberdade de decidir e o aces- serviço (arts. 12 e 14), a vedação à denunciação da
so em igualdade de condições a outros consumidores. lide (art. 88), a prerrogativa da propositura da ação no
O inciso III estabelece o direito à informação, de domicílio do consumidor-autor (art. 101, inciso I, do
modo a garantir ao consumidor que sejam prestadas CDC) e a possibilidade de inversão do ônus da prova.
as informações adequadas e claras sobre os diferentes Por fim, o inciso X estabelece o direito à adequa-
produtos e serviços, sendo dever do fornecedor a sua da e eficaz prestação dos serviços públicos.
prestação. O dever de informação refere-se à especifi- Já nos termos do art. 7º, do CDC, os direitos estabe-
cação correta de quantidade, característica, composi- lecidos pela norma não excluem outros decorrentes
ção, qualidade, tributos incidentes e preço, além dos de tratados ou convenções internacionais, da legis-
riscos que podem apresentar o produto ou serviço. lação interna ordinária, de regulamentos expedidos
pelas autoridades administrativas competentes, bem
como dos que derivem dos princípios gerais do direi-
Importante! to, analogia, costumes e equidade.
São desdobramentos do direito à informação a Art. 7º Os direitos previstos neste código não
garantia da cognoscibilidade prevista no art. 46, excluem outros decorrentes de tratados ou conven-
do CDC, e as regras de redação dos contratos ções internacionais de que o Brasil seja signatário,
de adesão trazidas no art. 54, § 3º e 4º do CDC. da legislação interna ordinária, de regulamentos
expedidos pelas autoridades administrativas com-
petentes, bem como dos que derivem dos princípios
O inciso IV trata do direito a não abusividade, ou gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
00

seja, a proteção contra a publicidade enganosa e abu- Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,
siva, contra métodos comerciais coercitivos ou des-
5-

todos responderão solidariamente pela reparação


21

leais, assim como contra práticas e cláusulas abusivas dos danos previstos nas normas de consumo.
.

ou impostas no fornecimento de produtos e serviços.


70

Os conceitos de publicidade enganosa e abusiva, Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção


.4

inclusive por omissão, estão previstos no art. 37, do


49

e da Reparação dos Danos


CDC. O elenco das práticas abusivas foi exemplifica-
-0

do no art. 39. Por fim, a garantia de não exposição a Com relação à qualidade do produto e serviço, à
ar

qualquer tipo de situação vexatória, constrangimento prevenção e à reparação dos danos, os arts. 8º a 11 tra-
és

ou ameaça no caso de inadimplência encontra-se dis- tam da Proteção à Saúde e Segurança, estabelecendo
C

ciplinada no art. 42 e o rol das cláusulas contratuais


as regras preventivas.
o

consideradas abusivas no art. 51, do CDC.


dr

O inciso V do art. 6º, do CDC, estabelece o direito


Pe

Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mer-


ao equilíbrio contratual. Por equilíbrio contratual
cado de consumo não acarretarão riscos à saúde
entende-se a garantia de modificação de cláusulas ou segurança dos consumidores, exceto os conside-
contratuais que estabeleçam prestações despropor- rados normais e previsíveis em decorrência de sua
cionais ou sua revisão em razão de fatos superve- natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores,
nientes que as tornem excessivamente onerosas. Esse em qualquer hipótese, a dar as informações neces-
direito também é denominado de princípio da modi- sárias e adequadas a seu respeito.
ficação das prestações desproporcionais ou princípio § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabri-
da preservação. cante cabe prestar as informações a que se refere
O inciso VI, do art. 6°, do CDC trata do direito à este artigo, através de impressos apropriados que
prevenção e reparação integral, de modo a impor a devam acompanhar o produto.
completa reparação de danos patrimoniais e morais, § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipa-
quer individuais, coletivos ou difusos. Por esse direito, mentos e utensílios utilizados no fornecimento de
depreende-se que o CDC veda o tarifamento de inde- produtos ou serviços, ou colocados à disposição
nização por dano moral nos contratos de consumo, do consumidor, e informar, de maneira ostensiva
ou seja, cabe ao juiz, no caso concreto, estabelecer os e adequada, quando for o caso, sobre o risco de
428 valores indenizatórios com base nas características. contaminação.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Observa-se que o art. 8º traz a regra de que o pro- Se por um lado o CDC busca privilegiar a prevenção,
duto ou o serviço da relação de consumo não devem por outro, sabe-se que danos podem ocorrer. Por esse
acarretar risco à saúde ou à segurança dos consumi- motivo que um dos direitos fundamentais do consumi-
dores. No entanto, existem riscos considerados nor- dor é a reparação integral, sendo que a responsabilida-
mais e previsíveis, que são da própria natureza de de é solidária, conforme estudado no inciso VI, do art.
determinados produtos ou serviços, como, por exem- 6º e Parágrafo Único, do art. 7º, respectivamente. Assim
plo, uma serra ou um processador de alimentos, que sendo, o CDC dedicou seção própria para disciplinar a
podem trazer determinado risco no seu manuseio. responsabilidade civil do fornecedor/prestador.
Existe, também, produto ou serviço cujo grau de
periculosidade ou de nocividade é mais acentuada,
tais como no caso dos agrotóxicos ou dos serviços de Importante!
dedetização. Nesses casos, face à utilidade gerada com
A responsabilidade pode ser apurada em três
sua colocação no mercado, é necessário que o produto
ou serviço seja acompanhado de informações ostensi-
esferas: civil, penal e administrativa. O CDC tra-
vas e adequadas sobre sua nocividade e periculosida- ta, nos arts. 12 a 25, da responsabilidade civil,
de, sem prejuízo de outras medidas no caso concreto, ou seja, da responsabilidade de indenizar caso a
nos termos do art. 9º. conduta gere um dano ao consumidor.

Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços poten-


Antes de iniciar o estudo sobre a responsabilidade
cialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segu-
rança deverá informar, de maneira ostensiva e
civil do fornecedor, é preciso distinguir o vício e o fato do
adequada, a respeito da sua nocividade ou periculo- produto ou serviço. Vício refere-se a uma improprieda-
sidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas de ou inadequação do objeto de consumo quanto a sua
cabíveis em cada caso concreto. qualidade ou quantidade, atingindo a esfera econômi-
ca do consumidor, como, por exemplo, um aparelho ele-
A Lei nº 13.486, de 2017, inseriu os dois parágra- trônico que não liga ou não funciona adequadamente
fos constantes do art. 8º, do CDC. O primeiro trata ou um alimento embalado como 1 (um) quilo, mas que
da obrigação do fabricante de produto industrial de contém somente 900 (novecentos) gramas. Fato diz res-
prestar as informações relativas à segurança por meio peito ao denominado acidente de consumo, ou seja,
de impressos apropriados que o acompanhem. Já o um defeito no produto ou serviço que vai atingir a saú-
segundo trata da exigência de higienização dos equi- de ou a segurança do consumidor, como, por exemplo,
pamentos e utensílios utilizados no fornecimento de um aparelho eletrônico montado de forma errada e que
produtos ou serviços, informando ostensiva e adequa- pode explodir ou um alimento contaminado.
damente sobre eventual risco de contaminação. Os arts. 12, 13, 14 e 17 tratam da responsabilidade
O art. 10 trata da hipótese de a periculosidade ou civil pelo fato do produto ou serviço:
nocividade do produto ou serviço extrapolar o razoá-
Art. 12 O fabricante, o produtor, o construtor,
vel. Nesse caso, o CDC veda expressamente a sua colo-
nacional ou estrangeiro, e o importador respon-
cação no mercado, como, por exemplo, nos casos de
dem, independentemente da existência de culpa,
medicamentos proibidos em que os efeitos colaterais
pela reparação dos danos causados aos consumido-
superam os benefícios trazidos.
00

res por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,


No entanto, existem casos em que esse risco só
5-

construção, montagem, fórmulas, manipulação,


é detectado após a colocação do produto ou serviço
21

apresentação ou acondicionamento de seus pro-


no mercado. Nessa hipótese, o fornecedor é obriga- dutos, bem como por informações insuficientes ou
.
70

do a comunicar o fato imediatamente às autoridades inadequadas sobre sua utilização e riscos.


.4

competentes e aos consumidores, mediante anúncios § 1º O produto é defeituoso quando não oferece a
49

publicitários, veiculados na imprensa, rádio e televi- segurança que dele legitimamente se espera, levan-
-0

são, às suas expensas. do-se em consideração as circunstâncias relevan-


ar

tes, entre as quais:


és

Art. 10 O fornecedor não poderá colocar no mer- I - sua apresentação;


II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se
C

cado de consumo produto ou serviço que sabe ou


esperam;
o

deveria saber apresentar alto grau de nocividade


dr

ou periculosidade à saúde ou segurança. III - a época em que foi colocado em circulação.


Pe

§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que, pos- § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo
teriormente à sua introdução no mercado de con- fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado
sumo, tiver conhecimento da periculosidade que no mercado.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

apresentem, deverá comunicar o fato imediatamen- § 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou


te às autoridades competentes e aos consumidores, importador só não será responsabilizado quando
mediante anúncios publicitários. provar:
§ 2º Os anúncios publicitários a que se refere o § I - que não colocou o produto no mercado;
anterior serão veiculados na imprensa, rádio e II - que, embora haja colocado o produto no merca-
televisão, às expensas do fornecedor do produto ou do, o defeito inexiste;
serviço. III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 3º Sempre que tiverem conhecimento de pericu-
losidade de produtos ou serviços à saúde ou segu- z Tipos de Responsabilidade Civil no CDC:
rança dos consumidores, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios deverão informá- „ Responsabilidade objetiva (3 elementos):
-los a respeito. Conduta (ação ou omissão) + Dano (resultado) +
Nexo de Causalidade (a conduta gerou o resul-
Trata-se do chamado recall. tado); 429
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
„ Responsabilidade subjetiva (4 elementos): Art. 13 O comerciante é igualmente responsável,
Conduta (ação ou omissão) + Dano (resultado) + nos termos do artigo anterior, quando:
Nexo de Causalidade (a conduta gerou o resul- I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o impor-
tado) + Culpa em sentido amplo (dolo ou culpa). tador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação cla-
O art. 12, do CDC, trata do fato do produto ao atri- ra do seu fabricante, produtor, construtor ou
buir a responsabilidade objetiva do fabricante, importador;
produtor, construtor (nacional ou estrangeiro) ou III - não conservar adequadamente os produtos
importador pelos danos causados aos consumidores perecíveis.
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, cons- Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento
trução, montagem, fórmulas, manipulação, apresen- ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso
tação ou acondicionamento de seus produtos, bem contra os demais responsáveis, segundo sua parti-
como por informações insuficientes ou inadequadas cipação na causação do evento danoso.
sobre sua utilização e seus riscos. Trata-se, portanto,
de produto defeituoso, cuja responsabilidade inde-
pende da existência de culpa. Importante!
Observa-se que o art. 12 é bem abrangente, uma Em decorrência da dificuldade de prova, o Pará-
vez que busca atingir toda a cadeia produtiva, isto é,
grafo Único, do art. 13, estabelece a possibilida-
desde a concepção do produto até a sua divulgação.
Assim, trata-se de rol meramente exemplificativo.
de de o consumidor ingressar com a demanda
Complementando o caput do art. 12, o § 1º concei- em face de todos os integrantes da cadeia de
tua como produto defeituoso aquele cujo risco excede produção/fornecimento por meio de ação
ao esperado. Portanto, são aqueles que extrapolam regressiva, de modo a resolver entre si a ques-
os riscos normais do produto em si, ou seja, aos ris- tão em conformidade com sua participação no
cos decorrentes da própria natureza do produto, ten- evento danoso.
do em consideração sua apresentação, uso e riscos
razoáveis e a época em que foi colocado em circula-
ção, como, por exemplo, triturador de alimentos com Art. 14 O fornecedor de serviços responde, indepen-
a hélice solta, bateria de celular com sobrecarga ou dentemente da existência de culpa, pela reparação
automóvel cujo airbag não funciona adequadamente. dos danos causados aos consumidores por defeitos
Em contrapartida, o § 2º exclui do conceito de relativos à prestação dos serviços, bem como por
defeito o produto ou serviço que é colocado no mer- informações insuficientes ou inadequadas sobre
cado quando existe outro de melhor qualidade. Expli- sua fruição e riscos.
cando melhor: o fato de existirem computadores ou § 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a
telefones celulares com novas tecnologias não torna segurança que o consumidor dele pode esperar,
os produtos anteriores defeituosos. levando-se em consideração as circunstâncias rele-
O § 3º, por sua vez, trata das hipóteses de excluden- vantes, entre as quais:
te de responsabilidade. Assim, para afastar sua obri- I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele
gação de indenizar, deve o fornecedor provar que:
se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
z Não colocou o produto no mercado, como, por
00

§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela


exemplo, nos casos decorrentes de falsificação do
5-

adoção de novas técnicas.


produto;
21

§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsa-


z Embora tenha colocado o produto no mercado, o
.

bilizado quando provar:


70

defeito inexiste, ou seja, que o produto foi devida- I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
.4

mente fabricado ou o serviço regularmente prestado; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.


49

z A culpa é exclusiva do consumidor ou de tercei- § 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais libe-


-0

ro, como, por exemplo, o aparelho quando é utili- rais será apurada mediante a verificação de culpa.
zado em voltagem incorreta e pega fogo.
ar
és

O art. 14, do CDC, trata da responsabilidade obje-


O art. 13 trata da responsabilidade objetiva do
C

tiva do fornecedor do serviço. Assim como ocorre


comerciante. Como regra, o acidente de consumo
o

com o produto, o acidente de consumo decorrente


dr

ocorre por um defeito no processo de fabricação do


de fato ou vício do serviço impõe, também, a respon-
Pe

produto. Deste modo, quando se trata de fato do pro-


sabilização do fornecedor, independentemente da
duto, diferente do que ocorre com o vício, a responsa-
existência de culpa, pela reparação dos danos causa-
bilidade principal é sempre do fabricante, construtor,
dos aos consumidores pela existência de defeito ou
produtor ou importador, respondendo o comerciante
informações insuficientes ou inadequadas. Exemplo:
apenas quando o fabricante, o construtor, o produtor
ou o importador não puderem ser identificados ou, serviço de dedetização com aplicação de veneno em
podendo, não o são de fato. dosagem acima do recomendado, de modo a causar
Geralmente, é o caso dos produtos “in natura”, isto intoxicação ao consumidor.
é, aqueles colocados no mercado sem processos indus- O § 1º, do art. 14, que traz o conceito de serviço
triais ou de transformação, como uma refeição servi- defeituoso, ou seja, aquele que não fornece a segu-
da em restaurante ou a venda de cereais a granel no rança esperada ao consumidor, tendo em vista as cir-
varejo. Também há responsabilidade do comerciante cunstâncias relevantes, entre as quais o modo do seu
no caso de o produto fornecido sem identificação cla- fornecimento, o resultado e risco que dele são espera-
ra do seu fabricante, produtor, construtor ou impor- dos e a época em que foi fornecido. Exemplo: ausên-
tador. Por fim, há a responsabilidade no caso de má cia de informação adequada sobre a profundidade de
conservação do produto, como nas hipóteses de pro- uma piscina em um hotel, causando lesão ao hóspede
430 duto com lacre violado ou mau acondicionado. que mergulhou no local.
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O § 2º, do art. 14, é semelhante ao do art. 13. § 4º Tendo o consumidor optado pela alternativa
Enquanto este se refere ao produto, aquele trata da do inciso I do § 1º deste artigo, e não sendo possível
evolução das técnicas de execução de um serviço. a substituição do bem, poderá haver substituição
Assim, não se pode considerar defeituoso o serviço por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
somente pelo fato de existirem técnicas mais moder- mediante complementação ou restituição de even-
nas para sua execução. tual diferença de preço, sem prejuízo do disposto
nos incisos II e III do § 1º deste artigo.
Já o § 3º, do art. 14, trata das hipóteses de exclu-
§ 5º No caso de fornecimento de produtos in natura,
dentes de responsabilidade. De acordo com o
será responsável perante o consumidor o fornece-
dispositivo, o fornecedor de serviços não será respon- dor imediato, exceto quando identificado claramen-
sabilizado se provar que, tendo prestado o serviço, o te seu produtor.
defeito inexiste ou a culpa é exclusiva do consumidor § 6º São impróprios ao uso e consumo:
ou de terceiro. I - os produtos cujos prazos de validade estejam
O § 4º traz uma exceção à responsabilidade obje- vencidos;
tiva do prestador de serviço, ou seja, a responsabi- II - os produtos deteriorados, alterados, adultera-
lidade subjetiva do profissional liberal. Portanto, dos, avariados, falsificados, corrompidos, frauda-
deve ser apurada a culpa dos profissionais liberais dos, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda,
para imputar a responsabilidade. Exemplo: serviço aqueles em desacordo com as normas regulamen-
prestado por um médico em seu consultório, a res- tares de fabricação, distribuição ou apresentação;
ponsabilidade é subjetiva, devendo verificar se houve III - os produtos que, por qualquer motivo, se reve-
negligência, imprudência ou imperícia. lem inadequados ao fim a que se destinam.
Por fim, o art. 17 traz a noção de consumidor Art. 19 Os fornecedores respondem solidariamente
pelos vícios de quantidade do produto sempre que,
para proteger todas as vítimas do evento. Trata-se do
respeitadas as variações decorrentes de sua natu-
denominado consumidor bystander, ou seja, aque-
reza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações
la vítima que não participou diretamente do negócio, constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem
mas sofreu as consequências do evento danoso. São ou de mensagem publicitária, podendo o consumi-
exemplos: dor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - o abatimento proporcional do preço;
z Aparelho celular que explode com terceiro que II - complementação do peso ou medida;
não aquele que comprou o aparelho; III - a substituição do produto por outro da mesma
z Avião que cai em uma residência e mata, além de espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
seus passageiros, os moradores do local. IV - a restituição imediata da quantia paga, mone-
tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
Art. 17 Para os efeitos desta Seção, equiparam-se perdas e danos.
aos consumidores todas as vítimas do evento. § 1º Aplica-se a este artigo o disposto no § 4º do
artigo anterior.
Os arts. 18 a 25 tratam da responsabilidade civil § 2º O fornecedor imediato será responsável quan-
do fizer a pesagem ou a medição e o instrumento
pelo vício do produto ou serviço. Vejamos:
utilizado não estiver aferido segundo os padrões
oficiais.
Art. 18 Os fornecedores de produtos de consumo
duráveis ou não duráveis respondem solidariamen-
00

te pelos vícios de qualidade ou quantidade que os


Observa-se que os dois primeiros artigos (18 e
5-

tornem impróprios ou inadequados ao consumo a 19) tratam dos vícios do produto, ou seja, produtos
21

que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim que, em razão da qualidade ou quantidade, se tornem
.

impróprios ou inadequados ao consumo ou lhes dimi-


70

como por aqueles decorrentes da disparidade, com


nuam o valor, assim como por aqueles decorrentes de
.4

a indicações constantes do recipiente, da embala-


disparidade. Exemplo: computador cuja memória ou
49

gem, rotulagem ou mensagem publicitária, respei-


processador é inferior ao informado nas suas especi-
-0

tadas as variações decorrentes de sua natureza,


podendo o consumidor exigir a substituição das ficações técnicas ou produto com quantidade inferior
ar

partes viciadas. ao especificado na embalagem. Semelhante ao fato do


és

§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de produto, a responsabilidade civil por vício do produ-
C

trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativa- to também é objetiva, recaindo tanto sobre produtos
o

mente e à sua escolha: duráveis como não duráveis.


dr

I - a substituição do produto por outro da mesma A durabilidade do produto ou serviço está relacio-
Pe

espécie, em perfeitas condições de uso; nada à expectativa de sua utilidade para com o consu-
II - a restituição imediata da quantia paga, mone- midor. Assim, considera-se produto durável aquele
tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais que não se consuma imediatamente, possuindo vida
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

perdas e danos; útil com duração razoável, tais como, automóveis,


III - o abatimento proporcional do preço.
celulares, computadores; já os serviços duráveis são
§ 2º Poderão as partes convencionar a redução
aqueles cujos efeitos são por prazo também razoáveis,
ou ampliação do prazo previsto no § anterior, não
tais como reforma ou pintura de imóvel ou assistência
podendo ser inferior a sete nem superior a cento e
oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula
técnica de eletrodoméstico, entre outros.
de prazo deverá ser convencionada em separado, Em contrapartida, produtos não duráveis são
por meio de manifestação expressa do consumidor. aqueles cujo consumo importa em destruição imedia-
§ 3º O consumidor poderá fazer uso imediato das ta da substância ou em lapso temporal muito peque-
alternativas do § 1º deste artigo sempre que, em no, tais como os gêneros alimentícios e os produtos de
razão da extensão do vício, a substituição das par- higiene pessoal; serviços não duráveis são aqueles
tes viciadas puder comprometer a qualidade ou que perduram por um prazo bem curto, tais como ser-
características do produto, diminuir-lhe o valor ou viços de transporte, lavagem de automóvel, manicure,
se tratar de produto essencial. entre outros. 431
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
De acordo com o caput do art. 18, complementado Art. 20 O fornecedor de serviços responde pelos
por seu § 6º, são considerados impróprios ao uso e vícios de qualidade que os tornem impróprios ao
consumo os produtos cujos prazos de validade estejam consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por
vencidos; os produtos deteriorados, alterados, adulte- aqueles decorrentes da disparidade com as indica-
rados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, ções constantes da oferta ou mensagem publicitá-
nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles ria, podendo o consumidor exigir, alternativamente
em desacordo com as normas regulamentares de fabri- e à sua escolha:
cação, distribuição ou apresentação; os produtos que, I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e
por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a quando cabível;
que se destinam. São exemplos: os produtos perecíveis, II - a restituição imediata da quantia paga, mone-
tais como alimentos, cujo prazo se encontra fora da tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
validade ou brinquedo falsificado ou que não atenda perdas e danos;
às normas técnicas de fabricação ou segurança. III - o abatimento proporcional do preço.
No caso de vício de qualidade do produto, o § 1º § 1º A reexecução dos serviços poderá ser confiada
a terceiros devidamente capacitados, por conta e
estabelece ao fornecedor o prazo de trinta dias para
risco do fornecedor.
sanar o vício. Já ao consumidor cabe optar por uma
§ 2º São impróprios os serviços que se mostrem
destas possibilidades:
inadequados para os fins que razoavelmente deles
se esperam, bem como aqueles que não atendam as
z Pedir a substituição do produto por outro da mes- normas regulamentares de prestabilidade.
ma espécie, em perfeitas condições de uso, ou por
produto diverso mediante complementação ou
restituição de eventual diferença de preço; Dica
z Pedir a restituição imediata da quantia paga, mo- Não há, no CDC, previsão expressa de vício de
netariamente atualizada, sem prejuízo de even- quantidade do serviço. No entanto, aplica-se,
tuais perdas e danos;
por analogia, o artigo do CDC que trata do vício
z Pedir o abatimento proporcional do preço.
de quantidade do produto.
Portanto, deve-se pedir a troca do produto, o res-
sarcimento do valor pago ou a diminuição do seu O art. 22 trata dos serviços públicos, sejam estes
preço. prestados pelos órgãos públicos diretamente ou indi-
O consumidor não precisa aguardar o prazo legal retamente pelas empresas concessionárias, permis-
para fazer uso dessas alternativas se, em razão da exten- sionárias ou autorizadas.
são do vício, a substituição das partes viciadas puder A responsabilidade pelos serviços públicos é obje-
comprometer a qualidade ou características do produto, tiva e deve o serviço ser fornecido de modo adequado,
diminuir-lhe o valor ou tratar-se de produto essencial. eficiente, seguro e, no caso de serviço essencial, como
O art. 19, do CDC, trata do vício de quantidade do serviço de água, iluminação e segurança pública, por
produto, ou seja, aquele decorrente de variação não exemplo, de forma contínua.
tolerável de conteúdo em relação às indicações cons-
tantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de Art. 22 Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
mensagem publicitária. Exemplo: produto alimentício concessionárias, permissionárias ou sob qualquer
cujo peso não atinja ao informado na embalagem. outra forma de empreendimento, são obrigados a
00

Ao consumidor, cabe optar por uma destas alter- fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
5-

nativas: quanto aos essenciais, contínuos.


21

Parágrafo único. Nos casos de descumprimento,


.
70

z Abatimento proporcional do preço; total ou parcial, das obrigações referidas neste arti-
go, serão as pessoas jurídicas compelidas a cum-
.4

z Complementação do peso ou medida;


49

pri-las e a reparar os danos causados, na forma


z Substituição do produto por outro da mesma espé-
prevista neste código.
-0

cie, ou por produto diverso, mediante complemen-


tação ou restituição de eventual diferença de preço;
ar

z Restituição imediata da quantia paga. Nos termos do art. 23, do CDC, o fato de o forne-
és

cedor desconhecer o vício de qualidade por inade-


C

O art. 20 do CDC disciplina a responsabilidade pe- quação dos produtos e serviços não o exime de sua
o

responsabilidade.
dr

los serviços com vício de qualidade, ou seja, aquele


Pe

vício que o torne impróprio ao consumo ou que lhe di-


minua o valor, como, por exemplo, aqueles decorren- Art. 23 A ignorância do fornecedor sobre os vícios
tes de disparidade com relação à oferta publicitária. de qualidade por inadequação dos produtos e servi-
Disciplina, ainda, a responsabilidade pelos serviços ços não o exime de responsabilidade.
impróprios, isto é, aqueles que se mostram inade-
quados para o fim que dele se espera, assim como O art. 24 trata da garantia legal de adequação do
aquele que não atende às normas regulamentares de produto ou serviço. Explicando melhor, a garantia
prestabilidade, tais como serviço de funilaria de auto- decorre de lei e independe de termo expresso, ou seja,
móvel que descasca na semana seguinte à realização; ela é assegurada ao consumidor independentemente
planos de prestadoras de telefonia móvel com serviço de o fornecedor estipular que não se responsabiliza
indisponível; planos de saúde sem cobertura prevista, por vício no serviço ou produto.
entre outros. Nesses casos, pode o consumidor optar
pelas seguintes alternativas: reexecução dos serviços, Art. 24 A garantia legal de adequação do produto
sem custo adicional ou realização deste por terceiro ou serviço independe de termo expresso, vedada a
capacitado, por conta e risco do fornecedor; restitui- exoneração contratual do fornecedor.
ção imediata da quantia paga; abatimento proporcio-
432 nal do preço. São modalidades de garantia:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Garantia legal Art. 27 Prescreve em cinco anos a pretensão à
reparação pelos danos causados por fato do pro-
„ É obrigatória; duto ou do serviço prevista na Seção II deste Capí-
„ Independe de termo expresso; tulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.
„ Vedada exoneração do fornecedor; Parágrafo único. (Vetado).
„ 30 dias produtos e serviços não duráveis;
„ 90 dias produtos e serviços duráveis. Inicialmente, cumpre mencionar que o CDC traz
a responsabilidade do fornecedor para os casos de
z Garantia contratual vícios aparentes ou de fácil constatação e não
somente para os vícios ocultos. Para tanto, o prazo
„ Não é obrigatória; decadencial é de 30 (trinta) dias para bens não durá-
„ Depende de termo expresso; veis ou 90 (noventa) dias para bens duráveis. Assim,
„ É complementar à garantia legal. o consumidor possui 30 dias para reclamar de um
alimento ou medicamento e 90 dias para reclamar de
Portanto, quem fixa a garantia legal é o CDC. Já as um eletrodoméstico ou eletrônico.
partes podem fixar a garantia contratual, que é com- Nos termos do art. 26, § 1º, o prazo decadencial
plementar a legal. Deste modo, este prazo começa a tem início com a entrega efetiva do produto ou do tér-
valer após expirado o prazo da garantia legal. Exem- mino da execução do serviço. Isto significa dizer que
plo: se para determinado produto a garantia legal é de se um objeto, por exemplo, é comprado como presen-
30 (trinta) dias, mas o fornecedor concede 7 (sete) dias te, o prazo só começa a fluir com a entrega ao presen-
de garantia contratual. Na realidade, serão 37 (trinta teado e não com a data da compra.
e sete) dias no total.
Importante!
Dica
Este dispositivo é aplicado no caso de vício apa-
O prazo de garantia legal não está no art. 24. Ele rente ou de fácil constatação, ou seja, aquele
é expresso no art. 26. que pode ser facilmente detectado. Caso se tra-
te de vício oculto, o prazo decadencial terá início
Complementando o art. 24, o art. 25 do CDC veda a no momento em que ficar evidenciado o defeito,
exoneração ou atenuação da garantia legal por meio de com conformidade com o § 3º.
contrato, ou seja, o fato de não estar previsto em contrato
não retira a garantia do produto. Exemplo, o fato de um
estacionamento fixar placas dizendo que não se respon- O § 2º do art. 26 traz as hipóteses de obstaculização
sabiliza pelo veículo não o exime de sua responsabilidade. da decadência. São elas: reclamação formulada pelo
consumidor até a resposta negativa do fornecedor e
Art. 25 É vedada a estipulação contratual de cláu- a instauração de inquérito civil a cargo do Ministério
sula que impossibilite, exonere ou atenue a obri- Público, até seu encerramento. Portanto, nestas hipó-
gação de indenizar prevista nesta e nas seções teses não computa o prazo.
anteriores. Se a decadência tem por efeito extinguir o direito,
§ 1º Havendo mais de um responsável pela causação a prescrição visa extinguir a ação. A prescrição para
00

do dano, todos responderão solidariamente pela o fato do produto ou serviço encontra-se disciplina-
5-

reparação prevista nesta e nas seções anteriores. da no art. 27 do CDC. Assim, o prazo para que o consu-
21

§ 2º Sendo o dano causado por componente ou peça midor ingresse com a ação para reparação dos danos
.

incorporada ao produto ou serviço, são responsá- causados por fato do produto ou do serviço prescreve
70

veis solidários seu fabricante, construtor ou impor- em 5 (cinco) anos, contados a partir do conhecimento
.4

tador e o que realizou a incorporação. do dano e de sua autoria.


49
-0

Os arts. 26 e 27 do CDC estabelecem as regras sobre VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO –


ar

decadência e prescrição. Assim: INADEQUAÇÃO COM OS FINS ESPERADOS


és

30 produtos e serviços
C

Art. 26 O direito de reclamar pelos vícios aparentes não duráveis


o

ou de fácil constatação caduca em: Decadência


dr

I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de ser- 90 para produtos e servi-


Pe

viço e de produtos não duráveis; ços duráveis


II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de Fato do produto ou do serviço – acidente de consumo
serviço e de produtos duráveis.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

§ 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a Prescrição 5 anos


partir da entrega efetiva do produto ou do término
da execução dos serviços. O art. 28 do CDC trata da Desconsideração da Per-
§ 2º Obstam a decadência: sonalidade Jurídica:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
consumidor perante o fornecedor de produtos e ser- Art. 28 O juiz poderá desconsiderar a personali-
viços até a resposta negativa correspondente, que dade jurídica da sociedade quando, em detrimento
deve ser transmitida de forma inequívoca; do consumidor, houver abuso de direito, excesso
II - (Vetado). de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou vio-
III - a instauração de inquérito civil, até seu encer- lação dos estatutos ou contrato social. A descon-
ramento. sideração também será efetivada quando houver
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decaden- falência, estado de insolvência, encerramento ou
cial inicia-se no momento em que ficar evidenciado inatividade da pessoa jurídica provocados por má
o defeito. administração. 433
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
§ 1º(Vetado). O princípio da vinculação da oferta está previsto
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societá- no art. 30 do CDC. Por oferta, entende-se toda e qual-
rios e as sociedades controladas, são subsidiaria- quer manifestação de vontade do fornecedor com o
mente responsáveis pelas obrigações decorrentes objetivo de externar sua intenção de contratar e as
deste código. condições deste negócio jurídico. Em síntese, é uma
§ 3º As sociedades consorciadas são solidariamen- espécie de informação pré-contratual.
te responsáveis pelas obrigações decorrentes deste A oferta possui as seguintes características:
código.
§ 4º As sociedades coligadas só responderão por z Deve abranger toda informação ou publicidade,
culpa. desde que suficientemente precisa, de modo a
§ 5º Também poderá ser desconsiderada a pessoa identificar o produto ou serviço ofertado pelo for-
jurídica sempre que sua personalidade for, de algu- necedor, e veiculada por qualquer forma ou meio
ma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos de comunicação, como, por exemplo, jornal, televi-
causados aos consumidores.
são, folheto, cartaz, entre outros;
z A oferta obriga o fornecedor a cumprir integral-
Trata-se da possibilidade de atingir o patrimônio mente a oferta veiculada. Exemplo: ofertou produ-
particular das pessoas que compõem o quadro socie- to a R$ 100,00 (cem reais), mesmo que alegue que
tário de determinada empresa, sempre que haja des- o valor correto seria R$ 130,00 (cento e trinta), é
vio de finalidade ou abuso de direito em relação à obrigado a cumprir integralmente a oferta, pouco
autonomia patrimonial conferida à pessoa jurídica. importando a alegação de que o anúncio saiu com
Assim, o art. 28 busca resguardar a situação do con- erro.
sumidor frente aos atos dolosos do fornecedor, quer
abusivos quer fraudulentos quer ilícitos. Fornecedor fez a oferta e vinculou, sua responsabi-
Além disso, resguarda o consumidor no caso de lidade é objetiva, ou seja, independe de culpa/dolo na
atos culposos graves, tais como a má administração, oferta errada, salvo no caso de a oferta possuir erro
que levem à falência, insolvência ou extinção da pes- grosseiro, patente e identificável, como, por exemplo,
soa jurídica, permitindo também a desconsideração vinculou o produto por R$ 100,00 (cem reais), mas ele
da pessoa jurídica. custa R$ 1.000,00 (um mil).
A desconsideração da personalidade jurídica pre-
vista no CDC é diferente da disposta no Código Civil. z A oferta integra o contrato que vier a ser celebrado,
A do CDC é chamada teoria menor; sua amplitude é mesmo que não constante expressamente do teor
maior que a do CC, tendo em vista que ao consumi- das cláusulas contratuais. Exemplo: no momento
dor não é necessário fazer prova quanto ao abuso de da oferta o vendedor afirma ao consumidor que na
direito, fraude ou confusão patrimonial. aquisição do veículo terá tanque cheio, ou seja, a
concessionária se compromete a entregá-lo com o
Das Práticas Comerciais tanque de combustível completo, mesmo que isso
não conste do contrato a ser celebrado.
As práticas comerciais estão disciplinadas nos
arts. 29 a 45, de modo a envolver a oferta, a publici- Art. 31 A oferta e apresentação de produtos ou
00

dade, as práticas abusivas, as regras para cobrança de serviços devem assegurar informações corretas,
5-

claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa


dívidas e o tratamento dos dados dos consumidores.
21

sobre suas características, qualidades, quantidade,


O art. 29 trata das disposições gerais e traz o con- composição, preço, garantia, prazos de validade
.
70

ceito de consumidor em sentido amplo, exposto ou e origem, entre outros dados, bem como sobre os
.4

virtual. Assim: riscos que apresentam à saúde e segurança dos


49

consumidores.
-0

Art. 29 Para os fins deste Capítulo e do seguinte, Parágrafo único. As informações de que trata este
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas
ar

artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao


és

determináveis ou não, expostas às práticas nele consumidor, serão gravadas de forma indelével.
previstas.
C
o

O art. 31, por sua vez, trata das características da


dr

Observa-se, portanto, que o art. 29 é mais uma das oferta e do modo de apresentação dos produtos e ser-
Pe

hipóteses que amplia o conceito de consumidor. Tra- viços. São característica da oferta:
ta-se de equiparar ao consumidor do art. 2º a todas
as pessoas, determináveis ou não, expostas às práticas z Informação correta, ou seja, verdadeira, não po-
previstas no CDC, ou seja, os consumidores em poten- dendo ser enganosa;
cial que, embora não tenham concretizado a relação
de consumo, encontram-se exposto às práticas do Puffing é uma técnica admitida no ordenamento
mercado, tais como oferta e publicidade. juridico em que há um exagero publicitário, denomi-
As regras acerca da oferta são tratadas nos arts. 30 nado dolus bônus. Exemplo: “melhor hamburger do
a 35 do CDC. Vejamos os dispositivos: mundo!”, “melhor sorvete que existe”. No entanto,
esta técnica só é permitida se a informação que cons-
Art. 30 Toda informação ou publicidade, suficien- ta na mensagem for um dado subjetivo, isto é, aquele
temente precisa, veiculada por qualquer forma ou que varia de pessoa para pessoa. Portanto, pode ser
meio de comunicação com relação a produtos e ser- melhor hamburger do mundo para Fulano e não ser
viços oferecidos ou apresentados, obriga o fornece- para Beltrano.
dor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra
434 o contrato que vier a ser celebrado. z Informação clara e de entendimento de imediato;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
z Informação precisa e exata. Exemplo: pacote com O art. 34 do CDC trata da responsabilidade pelos
20kg; atos dos prepostos ou representantes autônomos.
z Informação ostensiva, sendo fácil percepção e ca- Assim, o fornecedor é solidariamente responsável
pitação; pelos atos de seus agentes.
z Informação em língua portuguesa;
Art. 34 O fornecedor do produto ou serviço é soli-
dariamente responsável pelos atos de seus prepos-
Importante! tos ou representantes autônomos.

É possível a utilização de Língua Estrangeira Por fim, o art. 35 estabelece as opções que tem o
para produtos e serviços importados, porém de consumidor diante da recusa do fornecedor em cum-
forma excepcional. prir a oferta veiculada. Neste caso, pode o consumi-
dor, alternativamente e à sua livre escolha, optar por
exigir o cumprimento forçado da oferta; aceitar outro
z Informação indelével, ou seja, que não se apaga
produto/serviço equivalente; rescindir o contrato.
com o tempo;
z Informação legível (visível).
Art. 35 Se o fornecedor de produtos ou serviços
recusar cumprimento à oferta, apresentação ou
Quanto ao modo de apresentação, os produtos publicidade, o consumidor poderá, alternativamen-
ou serviços devem conter as características, qualida- te e à sua livre escolha:
des, quantidade, composição, preço, garantia, prazos I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos
de validade e origem, entre outros dados, tais como termos da oferta, apresentação ou publicidade;
sobre os riscos que apresentam à saúde ou à seguran- II - aceitar outro produto ou prestação de serviço
ça do consumidor. equivalente;
O art. 32 estabelece que os fabricantes e importado- III - rescindir o contrato, com direito à restituição
res deverão assegurar peças para reposição. Exemplo: de quantia eventualmente antecipada, monetaria-
o fabricante disponibiliza um determinado equipa- mente atualizada, e a perdas e danos.
mento elétrico no mercado e, mesmo que modernize
tal equipamento, deverá continuar a disponibilizar as Uma das espécies de oferta é a publicidade. Ofer-
peças para reposição deste na versão antiga. ta é gênero do qual comporta toda e qualquer decla-
ração de vontade voltada à celebração da relação de
Art. 32 Os fabricantes e importadores deverão consumo, ao passo que publicidade é a informação
assegurar a oferta de componentes e peças de repo- que promove comercialmente o produto ou serviço.
sição enquanto não cessar a fabricação ou impor- As normas que disciplinam a publicidade são trata-
tação do produto. das nos arts. 36 a 38 do CDC. Vejamos os dispositivos:
Parágrafo único. Cessadas a produção ou importa-
ção, a oferta deverá ser mantida por período razoá- Art. 36 A publicidade deve ser veiculada de tal for-
vel de tempo, na forma da lei. ma que o consumidor, fácil e imediatamente, a iden-
tifique como tal.
O CDC não estabelece um prazo para que o for- Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de
00

necedor e/ou importador continuem com o dever de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder,
5-

reposição das peças. No entanto, tanto a doutrina para informação dos legítimos interessados, os
21

como a jurisprudência entendem que o critério a ser dados fáticos, técnicos e científicos que dão susten-
.
70

utilizado é o da vida útil do bem. Portanto, se a dura- tação à mensagem.


.4

bilidade média deste equipamento é de 5 (cinco) anos, Art. 37 É proibida toda publicidade enganosa ou
49

ele é obrigado a ofertar ao mercado peças de reposi- abusiva.


-0

ção por este prazo. § 1º É enganosa qualquer modalidade de informa-


ção ou comunicação de caráter publicitário, intei-
ar

O art. 33 trata da oferta ou venda por telefone ou


ra ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro
és

reembolso postal. Seu objetivo é garantir a transpa-


modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em
C

rência nas relações de consumo, de modo que haja a


erro o consumidor a respeito da natureza, carac-
o

correta identificação do fabricante e do seu domicí-


dr

terísticas, qualidade, quantidade, propriedades,


lio empresarial tanto na embalagem, publicidade ou
Pe

origem, preço e quaisquer outros dados sobre pro-


em todos os seus impressos. Já o seu Parágrafo Único
dutos e serviços.
proíbe a publicidade de bens e serviços por telefone, § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade dis-
quando a chamada for onerosa ao consumidor que a
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

criminatória de qualquer natureza, a que incite à


original. Exemplo: operadora de celular que liga para violência, explore o medo ou a superstição, se apro-
oferecer um determinado produto ao cliente quando veite da deficiência de julgamento e experiência da
este se encontra fora da área de cobertura gratuita, criança, desrespeita valores ambientais, ou que
de modo a pagar pela chamada realizada pela própria seja capaz de induzir o consumidor a se compor-
operadora. tar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde
ou segurança.
Art. 33 Em caso de oferta ou venda por telefone ou § 3º Para os efeitos deste código, a publicidade é
reembolso postal, deve constar o nome do fabrican- enganosa por omissão quando deixar de informar
te e endereço na embalagem, publicidade e em todos sobre dado essencial do produto ou serviço.
os impressos utilizados na transação comercial. § 4º (Vetado).
Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e Art. 38 O ônus da prova da veracidade e correção
serviços por telefone, quando a chamada for onero- da informação ou comunicação publicitária cabe a
sa ao consumidor que a origina. quem as patrocina. 435
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Assim, a publicidade é a prática utilizada para a VII - repassar informação depreciativa, referente a
promoção de bens e serviços colocados no mercado, ato praticado pelo consumidor no exercício de seus
com o objetivo de dar conhecimento ao consumidor direitos;
da sua existência e convencê-lo a adquiri-lo. Nos ter- VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer
mos do art. 37, a publicidade deve se pautar pelo prin- produto ou serviço em desacordo com as normas
cípio da boa-fé, sendo proibida publicidade enganosa expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se
ou abusiva. Por conseguinte, o consumidor deve ter normas específicas não existirem, pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade
consciência do que se trata a publicidade ao ser expos-
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
to a ela, sendo vedada a publicidade subliminar, isto
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
é, aquela oculta.
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de ser-
viços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los
mediante pronto pagamento, ressalvados os casos
Importante! de intermediação regulados em leis especiais;
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou
A publicidade subliminar ou oculta fere o princí-
serviços.
pio da identificação da publicidade. XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de
22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando
da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
O § 1º do art. 37 traz o conceito de publicidade
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento
enganosa. Por publicidade enganosa entende-se aque-
de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo
la que induz o consumidor a erro, independentemen- inicial a seu exclusivo critério.
te de ter sido a intenção do fornecedor de enganar ou XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso
não o consumidor. do legal ou contratualmente estabelecido.
Portanto, a responsabilidade do fornecedor por XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos
uma publicidade enganosa é objetiva. Exemplos de comerciais ou de serviços de um número maior de
publicidade enganosa: pacote turístico que afirma consumidores que o fixado pela autoridade admi-
contemplar o aéreo e a hospedagem e, no momento nistrativa como máximo.
da estadia, o consumidor é surpreendido com a infor- Parágrafo único. Os serviços prestados e os produ-
mação de que a hospedagem não está contemplada ou tos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipó-
o fornecedor que não informa na embalagem que o tese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras
produto contém glúten e lactose e o consumidor que o grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
adquiriu é alérgico e acaba sofrendo danos.
Já o § 2º do art. 37 traz um rol exemplificativo O art. 39 do CDC traz, em seus incisos, rol exempli-
do que considera como publicidade abusiva, tais ficativo das práticas abusivas na relação de consumo.
como a publicidade discriminatória; a exploradora No inciso I trata do condicionamento no forneci-
do medo ou superstição; a incitadora de violência; a mento do produto ou serviço ao fornecimento de
antiambiental; a indutora de insegurança; a dirigida outro produto ou serviço, ou seja, a denominada
a crianças. venda casada. Exemplo: concessão de empréstimo
Por fim, o art. 38 estabelece o princípio da inversão bancário condicionado a aquisição de seguro de vida,
do ônus da prova. Assim, em caso de dúvida acerca da consulta oftalmológica condicionada à compra dos
00

publicidade, cabe ao fornecedor provar que a publici- óculos, entre outros.


O inciso I do art. 39 também impede o fornecedor
5-

dade não é enganosa ou abusiva.


21

de obrigar o consumidor a adquirir uma quantidade


mínima ou máxima de um determinado produto. Por
.

Das Práticas abusivas


70

esta razão, as promoções de aquisição de mais de um


.4

As regras sobre as práticas abusivas encontram- produto, como, por exemplo, as promoções “leve 2
49

-se nos arts. 39 a 41 do CDC. Vejamos os dispositivos: pelo preço de 1” são de caráter facultativo e não obri-
-0

gatório, pois é permitido ao consumidor a alternati-


ar

Art. 39 É vedado ao fornecedor de produtos ou ser- va de efetuar a aquisição de apenas um produto da


és

viços, dentre outras práticas abusivas: espécie, abrindo mão do desconto oferecido, se for o
C

I - condicionar o fornecimento de produto ou de ser- caso. Quanto a limitação máxima de quantidades de


o

viço ao fornecimento de outro produto ou serviço, produtos, esta só é possível em situações justificá-
dr

bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; veis, como, por exemplo, nos casos de adversida-
Pe

II - recusar atendimento às demandas dos consu- des climáticas ou em hipótese de racionamento de


midores, na exata medida de suas disponibilidades determinado produto.
de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos O inciso II do art. 39 trata da recusa imotivada ao
e costumes; atendimento de demanda do consumidor, ou seja,
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicita- recusar o fornecimento de um determinado produ-
ção prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer to/serviço quer em relação aos consumidores de um
serviço;
modo geral, quer em relação a um consumidor espe-
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do con-
cífico. Exemplo: ter um determinado produto em esto-
sumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conheci-
mento ou condição social, para impingir-lhe seus
que, mas recusar vendê-lo a um consumidor por ter
produtos ou serviços; com ele problemas de ordem pessoal.
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente O inciso III trata do fornecimento não solicita-
excessiva; do do produto ou serviço, como, por exemplo, ban-
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de co que disponibiliza crédito em conta do correntista
orçamento e autorização expressa do consumidor, como forma de ofertar empréstimo ou produto que é
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores enviado ou entregue ao consumidor, sem solicitação
436 entre as partes; prévia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O fornecimento não solicitado não se confunde Art. 40 O fornecedor de serviço será obrigado a
com amostras grátis, uma vez que neste caso, o con- entregar ao consumidor orçamento prévio discri-
sumidor não tem a obrigação de pagar pelo produto minando o valor da mão-de-obra, dos materiais e
ou serviço. equipamentos a serem empregados, as condições
O inciso IV trata do abuso da condição de espe- de pagamento, bem como as datas de início e tér-
mino dos serviços.
cial vulnerabilidade, de modo a proibir que o for-
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado
necedor prevaleça da vulnerabilidade ou ignorância
terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu
do consumidor para forçar a aquisição do produto ou recebimento pelo consumidor.
serviço. Atenção: trata-se de condição de vulnerabili- § 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o orça-
dade para o mercado de consumo, como nos casos de mento obriga os contraentes e somente pode ser
idade, conhecimento, condição social, entre outros. alterado mediante livre negociação das partes.
O inciso V dispõe acerca da exigência de vanta- § 3º O consumidor não responde por quaisquer
gem excessiva. Deste modo, é proibido ao fornecedor ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de
exigir vantagem manifestamente excessiva do consu- serviços de terceiros não previstos no orçamento
midor. Exemplo: plano de saúde que exige troca de prévio.
categoria para manter paciente em UTI. Basta a mera
exigência, não sendo, portanto, necessária a concreti- O art. 40 do CDC estabelece as regras acerca do
zação da vantagem pleiteada. orçamento prévio que deve ser entregue pelo for-
O inciso VI se refere à execução de serviço sem necedor. Neste, devem estar discriminando: valor da
orçamento e autorização. Assim sendo, não é possí- mão de obra, valor dos materiais e equipamentos a
vel a execução de serviços pelo fornecedor sem a pré- serem utilizados, as condições para pagamento e as
via elaboração de orçamento e autorização expressa datas de início e término.
do consumido. O § 1º trata da validade deste, ou seja, o orçamento
O inciso VI é complementado pelo art. 40 do CDC, é válido pelo prazo de 10 (dez) dias, contados do rece-
que trata do conteúdo, validade e efeitos do orçamen- bimento pelo consumidor, sendo, no entanto, possível
to prévio elaborado pelo fornecedor. a estipulação de forma diversa.
O inciso VII trata do repasse de informações O § 2º do art. 40 estabelece que, no caso de aprova-
depreciativas referente ao consumidor ou a ato pra- ção do orçamento prévio pelo consumidor, este vincu-
ticado por este no exercício de seus direitos, com o lará fornecedor e consumidor, podendo ser alterado
objetivo de garantir a devida utilização dos bancos de apenas pela vontade das partes.
dados e cadastros de consumidores. Exemplo: criar O § 3º trata do ônus ou acréscimos decorrentes da
uma lista de “maus pagadores”. contratação de serviços de terceiros não previstos no
O inciso VIII estabelece as regras acerca da obser- orçamento prévio. Este é de responsabilidade do for-
vação das normas técnicas, ou seja, se há norma necedor e não do consumidor.
técnica expedida pelos órgãos oficiais competentes Finalizando a parte atinente as práticas abusivas,
regulamentando o fornecimento de produto/serviço, o art. 41 trata do tabelamento de preços para o for-
necimento de produtos ou serviços. Portanto, é dever
compete ao fornecedor respeitá-la, sob pena de carac-
do fornecedor respeitar os limites oficiais sob pena
terização de prática abusiva.
de responder pela restituição da quantia recebida em
O inciso IX trata do intermediário obrigatório,
00

excesso, monetariamente atualizada, ou de ter o negó-


isto é, a recusa à venda de bens/serviços diretamen-
cio desfeito pelo consumidor.
5-

te a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto


21

pagamento, ressalvando nos casos em que a interme-


Art. 41 No caso de fornecimento de produtos ou de
.
70

diação é regulamentada por lei. Portanto, o disposi-


serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabe-
.4

tivo afasta a figura do intermediário obrigatório em lamento de preços, os fornecedores deverão respei-
49

casos em que a lei não faz tal exigência. tar os limites oficiais sob pena de não o fazendo,
-0

O inciso X trata da elevação de preço sem justa responderem pela restituição da quantia recebida
causa, isto é, a elevação de preços sem justificativa,
ar

em excesso, monetariamente atualizada, podendo o


como, por exemplo, no caso do álcool em gel no início
és

consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do


da pandemia da COVID-19. negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
C

O inciso XII trata do prazo para cumprimento de


o
dr

obrigação, de modo a vedar que o fornecedor deixe As normas acerca da cobrança de dívida estão
Pe

de estipular prazo para o cumprimento de sua obriga- disciplinadas nos arts. 42 e 42-A do CDC. Vejamos os
ção ou fixe tal prazo a seu critério exclusivo. Exemplo, dispositivos:
construtoras que deixam de fixar prazo para conclu-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

são das obras. Art. 42 Na cobrança de débitos, o consumidor inadim-


O inciso XIII dispõe sobre o reajuste, de forma a plente não será exposto a ridículo, nem será submeti-
proibir o reajuste contratual por meio da aplicação de do a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
fórmula ou índice diverso do legal ou contratualmen- Parágrafo único. O consumidor cobrado em quan-
te estabelecido. Exemplo: reajuste de planos de saúde tia indevida tem direito à repetição do indébito,
por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
fora do pactuado ou do permitido pela lei.
acrescido de correção monetária e juros legais, sal-
Por fim, o inciso XIV trata do ingresso em estabe-
vo hipótese de engano justificável.
lecimentos comerciais. De acordo com o dispositivo, Art. 42-A Em todos os documentos de cobrança de
constitui prática abusiva permitir o ingresso de um débitos apresentados ao consumidor, deverão cons-
número maior ao máximo permitido de consumido- tar o nome, o endereço e o número de inscrição no
res em estabelecimentos comerciais ou de serviços. Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro
Portanto, a fixação de lotação máxima fixada pela Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor
autoridade está relacionada à segurança. do produto ou serviço correspondente. 437
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O art. 42 disciplina a cobrança de dívidas. De O art. 44 do CDC disciplina acerca do chamado
acordo com o dispositivo, o consumidor não poderá cadastro de reclamações fundamentadas, que é uma
ser submetido a qualquer tipo de constrangimento espécie de banco de dados de maus fornecedores.
ou ameaça, como no caso de cobrança vexatória ou
invasiva (carro de som anunciando o nome dos ina- Art. 44 Os órgãos públicos de defesa do consumidor
dimplentes de uma empresa, por exemplo), cobrança manterão cadastros atualizados de reclamações
efetuada em local indevido ou por meio que possibili- fundamentadas contra fornecedores de produtos e
te o conhecimento de terceiros (cobrança por meio de serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente.
A divulgação indicará se a reclamação foi atendida
publicação em rede social, por exemplo).
ou não pelo fornecedor.
Semelhante ao art. 940 do Código Civil, o Parágrafo
§ 1º É facultado o acesso às informações lá constantes
Único do art. 42 impõe a restituição em dobro daqui- para orientação e consulta por qualquer interessado.
lo que o consumidor pagou em excesso em razão da § 2º Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mes-
cobrança indevida, acrescido de correção monetária mas regras enunciadas no artigo anterior e as do
e juros legais, exceto nos casos de engano justificável. Parágrafo Único do art. 22 deste código.
Por fim, o art. 42-A traz as regras acerca de como
deve ser procedida a cobrança. Da Proteção Contratual
Com relação aos bancos de dados e cadastro de
consumidores, suas regras estão dispostas nos arts. Na sequência, os arts. 46 a 54 estabelecem as regras
43 a 44 do CDC. Vejamos os dispositivos: sobre a Proteção Contratual no Código de Defesa do
Consumidor. Trata-se de um rol com cláusulas consi-
Art. 43 O consumidor, sem prejuízo do disposto no deradas abusivas, além de estabelecer o conceito e os
art. 86, terá acesso às informações existentes em requisitos para a validade e eficácia dos contratos de
cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de adesão. Vejamos os dispositivos gerais:
consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as
suas respectivas fontes. Art. 46 Os contratos que regulam as relações de
§ 1º Os cadastros e dados de consumidores devem consumo não obrigarão os consumidores, se não
ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem lhes for dada a oportunidade de tomar conheci-
de fácil compreensão, não podendo conter infor- mento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
mações negativas referentes a período superior a instrumentos forem redigidos de modo a dificultar
cinco anos. a compreensão de seu sentido e alcance.
§ 2º A abertura de cadastro, ficha, registro e dados
pessoais e de consumo deverá ser comunicada por As normas gerais de proteção contratual têm iní-
escrito ao consumidor, quando não solicitada por cio no art. 46 do CDC, que traz a denominada garan-
ele. tia de cognoscibilidade. Trata-se do desdobramento
§ 3º O consumidor, sempre que encontrar inexati- do direito à informação disciplinado no inciso III do
dão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua
art. 6º do CDC. Como consequência, o contrato não
imediata correção, devendo o arquivista, no prazo
obrigará o consumidor se, ao emitir sua declaração
de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos even-
de vontade, este não possuir conhecimento prévio do
tuais destinatários das informações incorretas.
clausulado, como nos casos em que a falta de clareza
§ 4º Os bancos de dados e cadastros relativos a
00

impede a exata compreensão do conteúdo. O contrato


consumidores, os serviços de proteção ao crédito e
5-

congêneres são considerados entidades de caráter


obrigará apenas o fornecedor.
21

público. O art. 47 trata da interpretação mais favorável


.
70

§ 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de ao consumidor. Isso ocorre devido ao fato de ele ser
a parte vulnerável da relação de consumo.
.4

débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos


49

respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quais-


-0

quer informações que possam impedir ou dificultar Art. 47 As cláusulas contratuais serão interpreta-
novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. das de maneira mais favorável ao consumidor.
ar

§ 6o Todas as informações de que trata o caput des-


és

te artigo devem ser disponibilizadas em formatos O art. 48 do CDC disciplina as declarações de von-
C

acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, tade constantes de escritos particulares, recibos e
o
dr

mediante solicitação do consumidor. pré-contratos. Nesses casos, toda proposta ou decla-


Pe

ração constante desses escritos particulares obriga-


O art. 43 traz os direitos básicos dos consumido- rão os fornecedores. Assim sendo, caso o fornecedor
res, que são: entregue um orçamento prévio ao consumidor, ele
estará obrigado a prestar o serviço pelo modo e pelo
z Direito ao acesso, ou seja, a saber quais são as preço orçado.
informações existentes em cadastros, fichas e
registo de dados pessoais e de consumo, além de Art. 48 As declarações de vontade constantes de
acesso às fontes que originaram tais informações; escritos particulares, recibos e pré-contratos rela-
tivos às relações de consumo vinculam o fornece-
z Direito à exclusão, isto é, de a informação nega-
dor, ensejando inclusive execução específica, nos
tiva não perdurar por período superior a 5 (cinco)
termos do art. 84 e parágrafos.
anos; Art. 49 O consumidor pode desistir do contrato, no
z Direito à retificação, ou seja, de ter retificado dado prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do
incorreto constante dos arquivos de consumo; ato de recebimento do produto ou serviço, sempre
z Direito à comunicação, isto é, de ser comunicado que a contratação de fornecimento de produtos e
quando seus dados forem inseridos nos arquivos serviços ocorrer fora do estabelecimento comer-
438 de consumo. cial, especialmente por telefone ou a domicílio.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direi- I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a respon-
to de arrependimento previsto neste artigo, os valo- sabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
res eventualmente pagos, a qualquer título, durante natureza dos produtos e serviços ou impliquem
o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de
monetariamente atualizados. consumo entre o fornecedor e o consumidor pes-
soa jurídica, a indenização poderá ser limitada, em
O art. 49 estabelece o instituto do direito ao arre- situações justificáveis;
pendimento, ou seja, o prazo de reflexão para com- II - subtraiam ao consumidor a opção de reembol-
pras realizadas fora do estabelecimento comercial. so da quantia já paga, nos casos previstos neste
código;
Seus requisitos são:
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas,
z Exercício do direito potestativo4 dentro do prazo abusivas, que coloquem o consumidor em desvan-
legal; tagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a
z Contratação ocorrida fora do estabelecimento boa-fé ou a eqüidade;
comercial. Exemplo: por telefone, internet, catálo- V - (Vetado);
gos, entre outros. VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em pre-
juízo do consumidor;
O prazo legal para arrependimento é de 7 dias, VII - determinem a utilização compulsória de
contados da assinatura do contrato ou do ato de rece- arbitragem;
bimento do produto ou serviço. VIII - imponham representante para concluir ou
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou
Dica não o contrato, embora obrigando o consumidor;
Não se trata de qualquer inadequação por vício X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamen-
te, variação do preço de maneira unilateral;
do produto ou serviço, mas do direito do con-
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
sumidor de desistir da relação contratual. Não unilateralmente, sem que igual direito seja conferi-
se demanda motivos ou explicações, desde que do ao consumidor;
obedecido o prazo legal e a condição de ter sido XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos
a aquisição realizada fora do estabelecimento de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito
comercial. lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilate-
Art. 50 A garantia contratual é complementar à ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato,
legal e será conferida mediante termo escrito. após sua celebração;
Parágrafo único. O termo de garantia ou equiva- XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de nor-
lente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira mas ambientais;
adequada em que consiste a mesma garantia, bem XV - estejam em desacordo com o sistema de prote-
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser ção ao consumidor;
exercitada e os ônus a cargo do consumidor, deven- XVI - possibilitem a renúncia do direito de indeniza-
do ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo ção por benfeitorias necessárias.
00

fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado § 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a


5-

de manual de instrução, de instalação e uso do pro- vantagem que:


21

duto em linguagem didática, com ilustrações. I - ofende os princípios fundamentais do sistema


.

jurídico a que pertence;


70

II - restringe direitos ou obrigações fundamentais


.4

O art. 50 do CDC trata da garantia contratual, ou


inerentes à natureza do contrato, de tal modo a
49

seja, aquela que complementa a garantia legal discipli- ameaçar seu objeto ou equilíbrio contratual;
-0

nada no art. 26, sendo facultativa e conferida median- III - se mostra excessivamente onerosa para o con-
ar

te termo escrito, observados os seguintes requisitos: sumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do


és

contrato, o interesse das partes e outras circuns-


C

z Ser padronizada; tâncias peculiares ao caso.


o

z Esclarecer em que consiste a garantia, a forma, o § 2º A nulidade de uma cláusula contratual abusi-
dr

prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os va não invalida o contrato, exceto quando de sua
Pe

ônus a cargo do consumidor; ausência, apesar dos esforços de integração, decor-


z Ser entregue ao consumidor devidamente preen- rer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3º (Vetado).
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

chido pelo fornecedor, no ato do fornecimento;


§ 4º É facultado a qualquer consumidor ou entida-
z Estar acompanhada de manual de instrução, de
de que o represente requerer ao Ministério Público
instalação e uso do produto em linguagem didáti-
que ajuíze a competente ação para ser declarada
ca, com ilustrações.
a nulidade de cláusula contratual que contrarie o
disposto neste código ou de qualquer forma não
Ainda com relação à proteção contratual, os arts. assegure o justo equilíbrio entre direitos e obriga-
51 a 53 estabelecem as regras acerca das cláusulas ções das partes.
abusivas. Vejamos os dispositivos: Art. 52 No fornecimento de produtos ou serviços
que envolva outorga de crédito ou concessão de
Art. 51 São nulas de pleno direito, entre outras, as financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá,
cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de entre outros requisitos, informá-lo prévia e adequa-
produtos e serviços que: damente sobre:

4  Direito incontroverso e que não cabe discussões. 439


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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
I - preço do produto ou serviço em moeda corrente O contrato de adesão é uma das modalidades de
nacional; comercialização e comunicação em massa. Trata-se
II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva do instrumento colocado à disposição pelo fornecedor
anual de juros; para conferir agilidade às transações comerciais, ou
III - acréscimos legalmente previstos; seja, negócios jurídicos em larga escala, por meio de
IV - número e periodicidade das prestações; estipulações uniformes e sem a possibilidade de nego-
V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
ciação por parte do consumidor, como, por exemplo,
§ 1º As multas de mora decorrentes do inadimple-
nos contratos bancários, contratos de seguro, contra-
mento de obrigações no seu termo não poderão ser
tos de planos de saúde. O conceito de contrato de ade-
superiores a dois por cento do valor da prestação.
§ 2º É assegurado ao consumidor a liquidação são é trazido no art. 54 do CDC.
antecipada do débito, total ou parcialmente, Características do contrato de adesão:
mediante redução proporcional dos juros e demais
acréscimos. z Predeterminação: o consumidor não participa
§ 3º (Vetado). da composição das cláusulas do contrato, pois são
Art. 53 Nos contratos de compra e venda de móveis previamente estabelecidas pelo fornecedor ou
ou imóveis mediante pagamento em prestações, pela autoridade competente;
bem como nas alienações fiduciárias em garantia, z Uniformidade: não possui variação significativa
consideram-se nulas de pleno direito as cláusulas de um contrato para outro;
que estabeleçam a perda total das prestações pagas z Rigidez contratual: é estável.
em benefício do credor que, em razão do inadimple-
mento, pleitear a resolução do contrato e a retoma- Cumpre salientar que, nos termos do § 1º do art.
da do produto alienado.
54, a mera inserção de cláusula não tem o condão de
§ 1º (Vetado).
descaracterizar o contrato de adesão. Assim sendo,
§ 2º Nos contratos do sistema de consórcio de pro-
dutos duráveis, a compensação ou a restituição pequenas modificações não são capazes de retirar seu
das parcelas quitadas, na forma deste artigo, terá caráter de adesão.
descontada, além da vantagem econômica auferida O § 2º, por sua vez, estabelece a possibilidade de
com a fruição, os prejuízos que o desistente ou ina- cláusula resolutória no contrato de adesão, desde que
dimplente causar ao grupo. alternativa e a escolha seja do consumidor.
§ 3º Os contratos de que trata o caput deste artigo O § 3º trata das regras aplicadas aos contratos
serão expressos em moeda corrente nacional. de adesão, que são redação em termos claros e com
caracteres ostensivos e legíveis e tamanho da fonte
Em síntese, as cláusulas abusivas são todas aque- não inferior ao corpo 12.
las que vão de encontro à proteção do CDC. Por essa Por fim, é possível nos contratos de adesão a pre-
razão, o rol trazido pelo art. 51 é meramente exempli- visão de cláusulas restritivas de direitos do consu-
ficativo. A consequência para uma cláusula abusiva é midor. No entanto, estas devem constar de maneira
a sua nulidade, de modo a conservar o negócio jurídi- compreensível e de fácil percepção ao consumidor.
co, mas declarar nula a cláusula, retirando-a da rela-
ção contratual e garantindo a manutenção dos demais Das Sanções Administrativas
termos, salvo impossibilidade.
00

A nulidade da cláusula abusiva, por ser de pleno Os arts. 55 a 60 tratam do poder de polícia, ou seja,
direito, pode ser reconhecida de ofício pelo juiz, salvo
5-

da função administrativa para promover o interesse


21

em casos de contratos bancários. Nesse caso, aplica-se comum por meio da atividade estatal de disciplinar e
.

a Súmula nº 381 do Superior Tribunal de Justiça: “Nos restringir determinadas ações. Vejamos os dispositivos:
70

contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de


.4

ofício, da abusividade das cláusulas”. Art. 55 A União, os Estados e o Distrito Federal, em


49

O art. 54, por sua vez, disciplina os contratos de caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de
-0

adesão: atuação administrativa, baixarão normas relativas


ar

à produção, industrialização, distribuição e consu-


és

Art. 54 Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas mo de produtos e serviços.


C

tenham sido aprovadas pela autoridade competen- § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
o

te ou estabelecidas unilateralmente pelo fornece- Municípios fiscalizarão e controlarão a produção,


dr

dor de produtos ou serviços, sem que o consumidor industrialização, distribuição, a publicidade de pro-
Pe

possa discutir ou modificar substancialmente seu dutos e serviços e o mercado de consumo, no interes-
conteúdo. se da preservação da vida, da saúde, da segurança,
§ 1º A inserção de cláusula no formulário não desfi- da informação e do bem-estar do consumidor, bai-
gura a natureza de adesão do contrato. xando as normas que se fizerem necessárias.
§ 2º Nos contratos de adesão admite-se cláusu- § 2º (Vetado).
la resolutória, desde que a alternativa, cabendo a § 3º Os órgãos federais, estaduais, do Distrito
escolha ao consumidor, ressalvando-se o disposto Federal e municipais com atribuições para fiscali-
no § 2º do artigo anterior. zar e controlar o mercado de consumo manterão
§ 3º Os contratos de adesão escritos serão redigi- comissões permanentes para elaboração, revisão
dos em termos claros e com caracteres ostensivos e e atualização das normas referidas no § 1º, sen-
legíveis, cujo tamanho da fonte não será inferior ao do obrigatória a participação dos consumidores e
corpo doze, de modo a facilitar sua compreensão fornecedores.
pelo consumidor. § 4º Os órgãos oficiais poderão expedir notifica-
§ 4º As cláusulas que implicarem limitação de direi- ções aos fornecedores para que, sob pena de deso-
to do consumidor deverão ser redigidas com desta- bediência, prestem informações sobre questões de
que, permitindo sua imediata e fácil compreensão. interesse do consumidor, resguardado o segredo
440 § 5º (Vetado) industrial.
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O art. 55 trata do poder de regulamentação e Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo
fiscalização. De acordo com o caput do dispositivo, serão aplicadas pela autoridade administrativa,
compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal, no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplica-
de modo concorrente, elaborar as normas relativas das cumulativamente, inclusive por medida cau-
telar, antecedente ou incidente de procedimento
à produção, industrialização, distribuição e ao con-
administrativo.
sumo de produtos e serviços. Por se tratar de compe-
tência “conjunta”, a União deve cuidar das normas de
O art., 56, por sua vez, trata das sanções admi-
caráter geral, isto é, aplicadas a todo o país, reservan-
nistrativas. Observa-se que são três as espécies de
do aos Estados e ao Distrito Federal as normas de inte-
sanções:
resse regional.
O Brasil é uma federação, o que significa dizer
z Sanções pecuniárias: multas que decorrem do não
que existe uma divisão interna do poder. A CF, de adimplemento dos deveres relativos ao consumo;
1988 estabeleceu como seus entes federativos a União z Sanções objetivas ou reais (incidem no produ-
Federal, os Estados-Membros, o Distrito Federal e os to ou serviço): apreensão, inutilização do pro-
Municípios, cada qual com autonomia e discriciona- duto, cassação do registro do produto, proibição
riedade, além de possibilidade de se organizarem e de fabricação e suspensão de fornecimento de
legislarem. Deste modo, compete à União estabelecer produtos/serviços;
as regras do Estado brasileiro como um todo, tendo z Sanções subjetivas (vinculadas à atividade): in-
como parâmetro a CF, de 1988. Se à União cabem as terdição, total ou parcial, de estabelecimento, de
diretrizes de âmbito nacional, aos Estados compete obra ou atividade; suspensão temporária da ati-
traçar as normas regionais; ao Distrito Federal, regras vidade; revogação de concessão ou permissão de
distritais e os Municípios, as regras locais. uso; cassação de licença do estabelecimento ou de
Já o § 1º do art. 55 estabelece que os entes da fede- atividade; intervenção administrativa; imposição
ração, além de criar normas sobre as relações de de contrapropaganda, entre outros.
consumo, exercerão seu poder de polícia para fiscali-
zação e controle da produção, industrialização, distri- O parágrafo único do art. 56 trata da responsabi-
buição, publicidade de produtos e serviços e mercado lidade administrativa do fornecedor. Ele estabele-
de consumo. O objetivo da atividade estatal é preser- ce que tais sanções serão aplicadas pela autoridade
var os direitos básicos do consumidor, ou seja, sua administrativa em conformidade com sua atribuição.
vida, saúde, segurança, informação e bem-estar. Essas sanções podem ser aplicadas cumulativamen-
O § 3º trata da atribuição de fiscalização e controle te ou não. Podem, também, ser aplicadas de manei-
do mercado de consumo. Por essa razão, o dispositivo ra antecedente ou incidente no procedimento
estabelece que os entes da federação deverão manter administrativo.
comissões permanentes para elaboração, revisão e Além da responsabilidade administrativa, o forne-
atualização das normas regulatórias. cedor poderá responder tanto civilmente como penal-
mente por seus atos.
No entanto, para que essa atividade seja efetiva,
Quanto aos arts. 57 a 60, eles estabelecem a forma
estabelece, ainda, a composição de tais comissões.
de aplicação de cada uma das sanções administrativas:
Assim, será obrigatória a participação tanto dos con-
00

sumidores quanto dos fornecedores, para que os dois


Art. 57 A pena de multa, graduada de acordo com
5-

lados da relação de consumo possam tratar de seus a gravidade da infração, a vantagem auferida e a
21

interesses. condição econômica do fornecedor, será aplicada


.

Por fim, o § 4º do art. 55 dispõe acerca da possibili-


70

mediante procedimento administrativo, revertendo


dade de notificação dos fornecedores, para que estes
.4

para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de


49

prestem informações sobre questões de interesse do julho de 1985, os valores cabíveis à União, ou para
os Fundos estaduais ou municipais de proteção ao
-0

consumidor, resguardado o segredo industrial.


consumidor nos demais casos.
ar

Art. 56 As infrações das normas de defesa do con- Parágrafo único. A multa será em montante não
és

sumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguin- inferior a duzentas e não superior a três milhões de
C

tes sanções administrativas, sem prejuízo das de vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência (Ufir),
o

ou índice equivalente que venha a substituí-lo.


dr

natureza civil, penal e das definidas em normas


Art. 58 As penas de apreensão, de inutilização de
Pe

específicas:
produtos, de proibição de fabricação de produtos,
I - multa;
de suspensão do fornecimento de produto ou servi-
II - apreensão do produto;
ço, de cassação do registro do produto e revogação
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

III - inutilização do produto;


da concessão ou permissão de uso serão aplicadas
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
pela administração, mediante procedimento admi-
competente; nistrativo, assegurada ampla defesa, quando forem
V - proibição de fabricação do produto; constatados vícios de quantidade ou de qualidade
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou por inadequação ou insegurança do produto ou
serviço; serviço.
VII - suspensão temporária de atividade; Art. 59 As penas de cassação de alvará de licença,
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; de interdição e de suspensão temporária da ativi-
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de dade, bem como a de intervenção administrativa,
atividade; serão aplicadas mediante procedimento adminis-
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, trativo, assegurada ampla defesa, quando o forne-
de obra ou de atividade; cedor reincidir na prática das infrações de maior
XI - intervenção administrativa; gravidade previstas neste código e na legislação de
XII - imposição de contrapropaganda. consumo. 441
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§ 1º A pena de cassação da concessão será aplicada c) controle, que traça as mudanças quantitativas no
à concessionária de serviço público, quando violar desempenho do serviço em uma variável específica
obrigação legal ou contratual. relativa a um padrão predefinido.
§ 2º A pena de intervenção administrativa será d) causa-efeito, que relaciona problemas específicos do
aplicada sempre que as circunstâncias de fato desa- serviço a diferentes categorias de causas subjacentes.
conselharem a cassação de licença, a interdição ou e) excedente do consumidor, que identifica a diferença
suspensão da atividade. entre o preço real pago e a percepção do cliente sobre
§ 3º Pendendo ação judicial na qual se discuta o valor do produto.
a imposição de penalidade administrativa, não
haverá reincidência até o trânsito em julgado da 4. (CESGRANRIO — 2021) Em 26 de março de 2021, o
sentença. Banco do Brasil informou a seus clientes que, a par-
Art. 60 A imposição de contrapropaganda será tir dessa data, suas agências passariam a operar das
cominada quando o fornecedor incorrer na prática 10h às 14h, seguindo determinação da Febraban, para
de publicidade enganosa ou abusiva, nos termos do proteger seus funcionários, clientes e a sociedade,
art. 36 e seus §, sempre às expensas do infrator. diante do avanço da pandemia do novo coronavírus. O
§ 1º A contrapropaganda será divulgada pelo res- Banco do Brasil informou também, que, em algumas
ponsável da mesma forma, freqüência e dimensão praças, o atendimento começaria mais cedo, às 9h,
e, preferencialmente no mesmo veículo, local, espa- exclusivamente para idosos, gestantes, pessoas com
ço e horário, de forma capaz de desfazer o malefício deficiência e para pagamento de benefícios do INSS.
da publicidade enganosa ou abusiva. Essa decisão de atender mais cedo alguns clientes
está embasada na noção de

a) cenário de serviço
HORA DE PRATICAR! b) recuperação do serviço
c) promoção de vendas
1. (CESGRANRIO — 2021) Atualmente, os sistemas de d) segmentação de mercado
informação fornecem dados pormenorizados a res- e) mapa de percepções
peito dos clientes em potencial, o que permite o pla-
nejamento de ações customizadas de vendas, tais 5. (CESGRANRIO — 2021) Sr. X precisava planejar a
como comercialização de um serviço para um cliente exi-
gente, que demanda a personalização e o serviço de
alto contato.
a) apuração dos valores de divulgação em canais de
Para isso, ele planejou em sua estratégia comercial
rádio e tevê.
b) aumento do custo de aquisição pelos produtos
a) reduzir a variação nas operações e na entrega do
adquiridos. serviço.
c) divulgação de ferramentas digitais como QR code e b) garantir a intangibilidade do processo do serviço.
hot sites. c) encorajar o cliente a realizar operações por internet
d) propostas de descontos em série para o público em ou caixa automático.
geral. d) introduzir sofisticada rede de canais de distribuição
e) postagens nas mídias sociais segundo os temas de eletrônicos.
interesse dos usuários. e) interagir pessoalmente com o cliente ao longo da
00

prestação do serviço.
5-

2. (CESGRANRIO — 2021) Poucos clientes conhecem


21

suficientemente o mercado financeiro, de modo a 6. (CESGRANRIO — 2021) Um dos princípios básicos de


.
70

avaliar se o seu analista de investimentos conseguiu um bom atendimento é que ele seja considerado par-
.4

os melhores retornos para os seus fundos investidos. te integrante de um processo mais amplo e que gere
49

Sendo assim, verifica-se que este serviço é rico em a satisfação do cliente. Preocupada com os baixos
-0

atributos de índices de satisfação manifestados por seus clientes,


a diretoria de um banco contratou uma consultoria
ar

para avaliar a qualidade dos serviços prestados nas


a) procura e resiliência
és

agências. O relatório apresentado pelos consultores


b) tangibilidade e variabilidade
C

apontou problemas relacionados às instalações e aos


c) confiança e experiência
o

equipamentos das agências.


dr

d) risco sensorial e psicológico Considerando as cinco dimensões da qualidade de


Pe

e) risco social e temporal serviços, esses problemas apontados estão relacio-


nados à dimensão
3. (CESGRANRIO — 2021) Das cinco dimensões da
qualidade do serviço - confiabilidade, tangibilidade, a) Empatia
sensibilidade, segurança e empatia -, a confiabilida- b) Segurança
de tem constantemente se mostrado como o fator c) Tangibilidade
mais importante na avaliação da qualidade do serviço d) Confiabilidade
pelos clientes de um banco. e) Responsividade
Isso ocorre porque a confiabilidade é uma medida de
7. (CESGRANRIO — 2021) O Instagram é uma rede social
a) favorecimento da discrepância entre o desempenho baseada em imagens, e o Twitter limita a escrita a 280
de um fornecedor e as expectativas do cliente, já que caracteres. Talvez por isso, o marketing digital seja
evidencia a situação do momento. comumente associado ao uso de imagens e vídeos.
b) resultado, já que os clientes a avaliam depois da No entanto, o uso de texto é muito importante e deci-
experiência de serviço, diferentemente das outras sivo na atração de consumidores em plataformas
como websites, blogs e e-mail.
442 dimensões, que são medidas de processo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Pedro César - 049.470.215-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua
reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
O uso de conteúdo textual informativo e atraente, oti- Naquele momento, não efetuou a compra, mas uma
mizado para persuadir consumidores a comprarem semana depois baixou o aplicativo W e, mesmo sem
os produtos de uma empresa é denominado voltar ao site da empresa, passou a receber informa-
ções a respeito das mudanças de preço do produto
a) recall que tinha procurado anteriormente. No final do mês,
b) ebooking com o recebimento de seu salário, decidiu novamente
c) copyright acionar o aplicativo e realizar a compra. Como que-
d) copywriting ria economizar no frete, decidiu pela retirada do pro-
e) cooperating duto na loja física próxima de sua casa. Alguns dias
depois, recebeu uma mensagem em seu smartphone
indicando que já poderia ir à loja recolher sua enco-
8. (CESGRANRIO — 2021) Um motorista estava preocu-
menda. Na semana seguinte, o cliente recebeu uma
pado com os pneus de seu carro. Como muitas pes-
mensagem com o pedido de avaliação de sua compra
soas costumam fazer, ele decidiu realizar uma busca
e respondeu dando nota 9 ao atendimento feito pela
na internet e, para isso, usou o termo “pneus velhos”. empresa.
Como resultado da pesquisa, o buscador trouxe Nesse caso, identifica-se que a empresa W utiliza um
várias opções de sites e vídeos. Ele escolheu o vídeo modelo de negócios denominado
intitulado “Qual a hora de trocar os pneus de seu car-
ro?” Esse vídeo mostrava um técnico das lojas XYZ, a) Rede
falando a respeito das características de pneus em b) Multinível
condições ideais de segurança, tratando das medidas c) Multicanal
de conservação dos pneus e indicando a hora de tro- d) Horizontal
cá-los. O motorista utilizou as informações do vídeo e) Omnichannel
e percebeu que deveria trocar os pneus dianteiros de
seu automóvel. Inevitavelmente, ele pensou em pro- 11. (CESGRANRIO — 2021) LL é aposentada pelo regi-
curar uma loja XYZ. me geral de previdência, recebendo o valor corres-
Nesse caso, a ação da XYZ é um exemplo de pondente através de repasse do Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS). Três meses após receber a
a) Inbound Marketing primeira parcela de sua aposentadoria, recebe, por
b) Outbound Marketing telefone, várias ofertas de empréstimos mediante
c) Promoção de Vendas consignação em folha. Após consultar familiares, LL
d) Programa de Fidelidade não aceita qualquer empréstimo. Para sua surpre-
e) Marketing de Criatividade sa, dois meses após, o comprovante de pagamento
de sua aposentadoria é remetido, constando des-
9. (CESGRANRIO — 2021) As empresas, cada vez mais, conto em decorrência de empréstimo consignado.
procuram gerir seus negócios e suas atividades de Tendo em vista o fato, dirige-se à agência do INSS
forma que sua posição seja neutra ou positiva no que lhe informa qual banco requereu a inscrição do
atendimento ao Tripé da Sustentabilidade. Como a empréstimo para pagamento mediante consignação.
A aposentada apresenta requerimento ao banco para
empresa YYZ não pensa de modo diferente, contra-
apresentar os documentos pertinentes ao emprésti-
tou consultores para levantarem os impactos gera-
mo, sem qualquer resposta.
dos pelas atividades por ela desenvolvidas em sua
00

Nos termos da Resolução CMN nº 3.694/2009, as ins-


prestação de serviços. Os consultores constataram
5-

tituições financeiras, na contratação de operações e


os seguintes pontos: a política de capacitação da
21

na prestação de serviços, devem assegurar


empresa ampliou a formação de 45% dos funcioná-
.
70

rios, a instalação de painéis fotovoltaicos fez com a) fornecimento de contratos e documentos pertinentes
.4

que toda a energia consumida pela empresa, naquele aos atos praticados
49

ano, fosse gerada a partir de fonte renovável, a taxa b) composição dos danos causados, desde que por
-0

de reciclagem de resíduos cresceu 50% e, além disso, ordem judicial


a empresa obteve lucro acima da média histórica e
ar

c) declarações de idoneidade moral e financeira


és

distribuiu bônus aos funcionários e fornecedores ali- d) divulgação de cadastros positivos ou negativos
nhados à preservação ambiental. Com base nesses
C

requeridos por fornecedores


dados, o diagnóstico dos consultores foi de que a
o

e) recebimento de documentos de forma física, mesmo


dr

empresa exerce impacto líquido positivo sobre o Tripé em dependência exclusivamente eletrônica
Pe

da Sustentabilidade.
Dessa forma, em relação ao Tripé da Sustentabilida- 12. (CESGRANRIO — 2021) KO é gerente Júnior de um
de, a YYZ é classificada como um negócio banco e atua no contato direto com os clientes que
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

têm pouca experiência na atividade de investimentos


a) neutro financeiros. Buscando promoção no quadro interno
b) reparador da instituição financeira, o gerente realiza vários cur-
c) sustentável sos de atualização, inclusive de educação financeira.
d) fundamental Munido desses conhecimentos, ele contata os corren-
e) insustentável tistas sob sua responsabilidade e oferece indicações
sobre como investir. Os clientes compõem diversos
10. (CESGRANRIO — 2021) O cliente da empresa W, pro- segmentos econômicos, e alguns não possuem renda
curando um produto no site dessa empresa, ficou em para propiciar saldos destinados a investimentos no
dúvida a respeito das suas especificações técnicas, momento em que são contatados. O supervisor de KO
entrou no chat online para conhecer mais a respeito identifica essa situação e o adverte da perda de tem-
po com clientes que não gerariam lucros imediatos ao
do equipamento e teve suas dúvidas sanadas.
banco.
443
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reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Nos termos da Resolução nº 4.539, de 24 de novem- a) existência de variação na consistência de entrega e
bro de 2016, verifica-se que a instituição financeira dificuldade de padronização.
b) existência de cocriação com participação física e
a) deve privilegiar os clientes que gerem recursos ime- direta de funcionário e cliente.
diatos. c) dificuldade de explicar os benefícios de algo que não
b) deve apresentar a todos os clientes os produtos finan- pode ser tocado.
ceiros disponíveis. d) impossibilidade de ser guardado, estocado ou arma-
c) deve preocupar-se com a formação de clientela futura. zenado.
d) pode criar segmentos especiais para atendimento e) facilidade de ser copiado por seus processos não serem
privilegiado e secreto. patenteáveis.
e) pode discriminar seus clientes livremente, analisando
sua renda como dado essencial para produzir lucro. 17. (CESGRANRIO — 2021) Um cliente migrou para um
banco digital e está avaliando a qualidade do serviço
13. (CESGRANRIO — 2021) A partir da análise do banco contrastando a expectativa que possui com o serviço
de dados da agência, o atendente bancário pode rea- que recebe de fato. Ele tem considerado a qualidade
lizar vendas sugestivas, identificando as informações bastante satisfatória, a despeito de algumas dificul-
sobre o cliente para dades tecnológicas que tem enfrentado.
Nesse caso, a avaliação de qualidade que o cliente faz
a) diminuir os juros cobrados dos correntistas. é explicada pelo conceito de
b) informar sobre a carga tributária dos investimentos.
c) propor o acesso a novos produtos do banco. a) comunicação boca a boca
d) retirar os dados do mailing da companhia. b) experiência passada
e) sugerir mudanças no horário das visitas à agência. c) promessas de serviços explícitas
d) promessas de serviços implícitas
14. (CESGRANRIO — 2021) O profissionalismo em vendas e) zona de tolerância
e atendimento implica uma série de procedimentos
por parte do bancário, entre os quais a 18. (CESGRANRIO — 2021) Um grupo empresarial, atuan-
do em transportes terrestres, recebeu autorização
a) aprendizagem e a qualificação constantes da ANAC para operar voos comerciais no território
b) cobrança por privilégios no trabalho nacional e decidiu lançar ações no mercado, visan-
c) exigência de maior remuneração do a encomenda de aeronaves. A estratégia do novo
d) potencialidade do seu ego entrante é vista com cautela por analistas de merca-
e) prioridade a seus interesses pessoais do, uma vez que essa indústria demanda volumes ele-
vados de investimento e apresentou baixas margens
15. (CESGRANRIO — 2021) KB foi convidado para realizar nos últimos anos. Adicionalmente, o grupo encontra-
auditoria no Banco C, instituição de pequeno porte, -se em processo de recuperação judicial, e sua entra-
sediada no interior do Brasil, sendo sua carteira diver- da no mercado de aviação comercial acontece em
sificada, abrangendo o financiamento de pequenos crise do setor aéreo, diante dos efeitos da pandemia.
empreendedores das áreas urbana e rural de diversos Sendo assim, o analista teve cautela ao interpretar as
municípios. Apurando a qualidade do relacionamen- informações sobre a barreira de entrada relacionada a
00

to com os clientes e a obediência a normas regula-


5-

mentares, o auditor avalia que alguns itens não estão a) diferenciação de serviços
21

observados, uma vez que os funcionários mantêm b) identidade da marca


.
70

encontros eventuais com os clientes e entre si, não c) política governamental


.4

tendo ciência de qualquer norma sobre o tema. d) retaliação esperada


49

Nos termos da Resolução nº 4.539, de 24 de novem- e) requisitos de capital


-0

bro de 2016, nesse caso, um dos itens não cumpridos


19. (CESGRANRIO — 2021) No marketing de relacio-
ar

é o de
és

namento de uma empresa, foi utilizada uma venda


consultiva.
C

a) conferir liberdade plena aos colaboradores para atuar.


Isso significa que tal venda foi focada
o

b) olvidar programa de treinamento de empregados.


dr

c) impor atendimento a clientes da área rural.


Pe

d) estabelecer competições para galgar posições na a) no recebimento dos pedidos de compra, buscando a
instituição. minimização do preço para garantir a venda e a ges-
e) indicar metas para a venda de produtos e serviços. tão de todas as contas.
b) no canal de vendas (atração), fluxo e conversão, sem
16. (CESGRANRIO — 2021) Um banco brasileiro de inves- levar em conta os processos internos de atendimento
timentos decidiu tornar-se banco múltiplo, oferecen- e a divulgação do serviço.
do conta-corrente apenas no formato digital, com c) nos clientes interessados nos serviços de valor agre-
taxa zero aos seus clientes. Sustentou sua decisão gado, envolvendo os profissionais que têm conheci-
por reconhecer a perecibilidade dos serviços de mento profundo da empresa.
outros bancos tradicionais, já que algumas agências d) nos clientes que não estão interessados, ou que são
ficavam vazias na maior parte do dia, enquanto enor- incapazes de ter recursos para os serviços de valor
mes filas se formavam em horários de pico, sendo agregado oferecidos pela empresa de venda.
menos custoso o atendimento virtual. e) nas técnicas de coaching, onde o vendedor não fala
Nesse caso, a decisão tomada deveu-se à seguinte para o cliente qual é a solução para o seu problema,
característica dos serviços: conduzindo-o para insights através de perguntas.
444
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20. (CESGRANRIO — 2021) Um atendente comercial de c) devem apresentar projetos experimentais para obter
um banco privilegia dois tipos de habilidades para a autorização do agente regulador.
realização de seu trabalho: a observação refletida e a d) devem alertar seus clientes das atividades em meio
conceitualização abstrata. Assim sendo, ele gosta de eletrônico, garantindo sua integridade e direitos.
criar modelos teóricos, raciocina por indução, se inte- e) submetem-se a rígido controle operacional de empre-
ressa pelas ideias e conceitos abstratos, gosta que sas especializadas.
suas teorias sejam bem fundamentadas e verídicas
e procura diversas explicações para um evento que 24. (CESGRANRIO — 2021) A ampliação das fronteiras do
observa. marketing digital fez com que os canais remotos de
Com base nessas características, verifica-se que o vendas passassem a ter importância muito grande
atendente do banco privilegia um estilo de aprendiza- nos negócios. Como forma de monitorar os resulta-
gem de dos das atividades de marketing desenvolvidas no
site oficial de uma empresa, o gerente constatou que,
a) acomodação ao longo de uma semana, 420 compras foram inicia-
b) assimilação das no site, mas apenas 357 foram finalizadas e gera-
c) divergência ram receitas para a empresa.
d) convergência Nesse caso, a taxa de abandono foi de
e) racionalização
a) 3,5%
21. (CESGRANRIO — 2021) O crescimento dos canais ele- b) 7,5%
trônicos está criando uma mudança fundamental na c) 15,0%
natureza do marketing, conforme notado no setor dos d) 58,0%
bancos. e) 63,0%
Muitas organizações estão substituindo um local físi-
co onde fornecedores e clientes se encontram para 25. (CESGRANRIO — 2021) Mesmo sendo, ainda, alvo
fazer negócios, por um local virtual identificado como de controvérsias entre acadêmicos, as técnicas de
gatilhos mentais são muito usadas por gestores de
vendas e marketing. Uma empresa que vende roupas
a) lugar de mercado
estabeleceu um tempo limite de 20 minutos para que
b) espaço de mercado
o cliente compre com desconto através de seu aplica-
c) display de varejo
tivo. Se o cliente não finalizar a compra nesse tempo,
d) cenário de serviço
o carrinho de compras se esvazia e os descontos são
e) momento da verdade
perdidos.
Esse é um caso característico de gatilho de
22. (CESGRANRIO — 2021) Para contribuir com as ações
de marketing de relacionamento dos bancos, os escri-
a) Urgência
turários devem, durante o atendimento, b) Escassez
c) Ancoragem
a) medir e mapear todos os serviços prestados por sua d) Prova Social
agência. e) Conformidade
b) divulgar a lucratividade da empresa expressa em seu
00

balanço. 26. (CESGRANRIO — 2021) A gestão da experiência do


5-

c) esclarecer e divulgar as taxas cobradas por cada ser-


21

cliente é fundamental para reter os clientes numa


viço bancário. empresa. Depois de mapear a jornada do cliente e
.
70

d) pesquisar e mensurar a satisfação dos clientes. fazer adequações nos canais de relacionamentos
.4

e) propor prêmios substanciosos para cada cliente remotos e presenciais, o gerente de uma agência ban-
49

conquistado. cária decidiu medir o impacto dessas ações na taxa


-0

de rotatividade de clientes (churn rate) ao longo de


ar

23. (CESGRANRIO — 2021) DD é estudante universitário um trimestre. Em janeiro sua agência contava com
és

na área de Ciências Exatas e participa de núcleo que 460 clientes, mas 23 clientes encerraram suas contas
C

constrói sistemas operacionais para facilitar a vida no final do terceiro mês.


o

cotidiana. Um dos projetos é destinado a viabilizar Dessa forma, a taxa de rotatividade dessa agência foi
dr

a virtualização das atividades financeiras, buscando de


Pe

extinguir os atos físicos, inclusive moedas. O Banco


LL realiza contrato com a Universidade que lidera o a) 2,3%
projeto e cria um setor para aplicar os programas b) 5,0%
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

criados. Em decorrência disso, seleciona vários clien- c) 9,5%


tes e estabelece condições para que todos os atos d) 20,0%
financeiros possam ser realizados por computadores e) 37,0%
e aparelhos celulares mediante criptografia, que con-
fere segurança ao modelo. 27. (CESGRANRIO — 2021) Segundo pesquisa contratada
Nos termos da Resolução CMN nº 3.694/2009, as por um banco, os clientes tendem a perceber melhor a
instituições financeiras, ao proporcionar aos clientes vontade que os funcionários têm de ajudar os clientes
esses serviços, e atendê-los sem demora, quando isso é mostrado
em uma propaganda.
a) estão vedadas de realizar integralmente atividades Dessa forma, segundo a pesquisa, há uma relação
por meio eletrônico. direta positiva entre o componente do composto de
b) são condicionadas à educação tecnológica dos clien- marketing e a dimensão da qualidade em serviço
tes escolhidos. denominados, respectivamente, 445
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a) produto e empatia c) o aspecto visual e funcional de um produto, ofere-
b) praça e confiabilidade ceu ao mercado um produto diferente e singular, com
c) produto e tangibilidade características distintas dos produtos concorrentes.
d) promoção e segurança d) os esforços de redução de custos quanto à sustenta-
e) promoção e responsividade bilidade, fez com que seu custo total fosse menor do
que o de seus concorrentes.
28. (CESGRANRIO — 2021) Storytelling é a técnica de e) as preferências dos potenciais compradores de um
contar histórias para se aproximar dos clientes e faci- serviço, atendeu melhor ao seu alvo estratégico do
litar a venda. que aos concorrentes do setor.
Uma forma eficiente de praticar essa técnica ocorre
quando o vendedor narra 32. (CESGRANRIO — 2021) O grau em que os clientes
estão dispostos a aceitar a variação de desempenho
de um serviço avaliado como aceitável é denominado
a) experiências de sucesso de outros clientes com a
empresa.
a) lacuna de qualidade
b) diversas tarefas a serem realizadas num dia de trabalho.
b) lacuna na interpretação
c) percalços e prejuízos que podem ocorrer com a compra.
c) lacuna nas percepções
d) problemas que teve ao longo da sua jornada na firma.
d) zona de tolerância
e) segredos da gerência e demais funcionários da e) diagrama de controle
companhia.
33. (CESGRANRIO — 2021) A elevada competitividade do
29. (CESGRANRIO — 2021) Um empreendedor atua em mercado vem definindo novas formas de atuação dos
várias sociedades empresariais tendo, por conse- bancários, que passam a ser avaliados por fatores
quência, contratos com inúmeras instituições finan- como o(a)
ceiras. Por força desse contexto, possui visão ampla
dos serviços prestados pelos bancos. Em determina- a) nível de desculpas aos gerentes.
do momento, um dos seus sócios encaminha proble- b) relacionamento com seus familiares.
ma para ser resolvido com a instituição financeira D, c) número de reclamação de seus clientes.
vez que a mesma respondeu que a sociedade empre- d) regra de Pareto (80/20).
sária demorou mais de três meses para identificar o e) frequência com que alcançam metas.
possível erro na prestação dos serviços.
Nos termos da Resolução nº 4.539, de 24 de novembro 34.
(CESGRANRIO — 2021) Ao implantar ações para
de 2016, constitui dever das instituições financeiras reduzir os custos (inclusive os não financeiros) nas
transações dos clientes, os diretores de um banco
a) responder imediatamente aos reclamos dos clientes. têm o objetivo de
b) indenizar, no prazo mais curto possível, os danos
causados. a) multiplicar o número de agências por estado.
c) monitorar o relacionamento com os clientes, inclusive b) dividir a atenção prestada pelos colaboradores.
por meio de métricas adequadas. c) diminuir os benefícios ofertados ao mercado.
d) aguardar passivamente o nível de reclamação dos d) ampliar a arrecadação de taxas administrativas.
usuários para tomar providências, após determinado e) aumentar o valor percebido pelos clientes.
00

nível de insatisfação.
5-

e) desconsiderar os usuários que não mantenham rela- 35. (CESGRANRIO — 2021) MX abre o aplicativo de seu
21

ção negocial frequente. banco em seu smartphone e tem a grata surpresa de


.
70

constatar que a família chegou ao final do mês com


.4

30. (CESGRANRIO — 2021) Em geral, os consumidores algum dinheiro sobrando na conta conjunta que ela
49

apresentam pouca familiaridade com os aspectos tem com seu marido, JV. Como eles não têm dívidas
-0

abstratos de boa parte dos serviços bancários, o que e não estão precisando realizar nenhuma compra, ela
pode ser minimizado com o(a) pensa em depositar o dinheiro na caderneta de pou-
ar

pança. Sabendo que seu marido estaria em intervalo


és

de almoço, telefona para ele e pede: “vá à agência e


C

a) acordo formal entre os clientes de um mesmo seg-


solicite a aplicação do saldo de nossa conta na pou-
o

mento. pança”. JV foi à agência bancária e procurou seu


dr

b) argumento de que os clientes têm sempre razão. gerente, manifestando o desejo de investir na pou-
Pe

c) estabelecimento de contratos de curto prazo. pança e ele lhe propôs: “Que tal aplicar em CDBs?
d) mínima interferência do prestador de serviço. Renderá mais e é tão seguro quanto a poupança.” JV
e) transmissão de informações corretas e confiáveis. seguiu a sugestão do gerente e aplicou o dinheiro em
CDBs. Chegando a casa, ele encontrou sua cunhada
31.
(CESGRANRIO — 2021) Para implementar com e seu sobrinho conversando com MX e lhes contou a
sucesso uma estratégia de liderança em custos, uma respeito da aplicação. A cunhada disse que também
empresa do mercado financeiro, após verificar aplicava em CDBs. O sobrinho, contudo, discordou da
escolha e defendeu aplicações mais arrojadas.
a) a redução do custo de utilização pelo comprador e as Considerando os papéis de compra do consumidor,
características do produto, escolheu um produto con- nesse caso, quem exerceu o papel decisor foi
siderado único pelos clientes.
b) a paridade de preço e custo de um serviço, ofere- a) MX
ceu um serviço melhor do que o dos concorrentes b) JV
em termos de atributos técnicos, funcionalidade e c) o gerente
confiabilidade. d) o sobrinho
e) a cunhada
446
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36. (CESGRANRIO — 2021) Uma pesquisa junto aos clien- Alguns dos seus clientes, no entanto, após verificar
tes de um banco revelou que havia problemas com a que o saldo disponível em suas contas não permite
dimensão da qualidade de serviços empatia. o pagamento de suas despesas básicas, apresentam
Dessa forma, para melhorar a percepção da qualidade reclamação à Diretoria do banco.
do serviço desse banco, os gerentes deveriam Segundo as regras do Código de Defesa do Consumi-
dor, Lei nº 8.078/1990, constitui prática abusiva pre-
a) melhorar as instalações, equipamentos e mobiliário valecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,
das agências. tendo em vista sua
b) investir mais recursos em propagandas focadas nos
clientes locais. a) familiaridade
c) instruir os funcionários a dedicar atenção individuali- b) generosidade
zada aos clientes. c) liberdade
d) reduzir os custos de operação e cobrar tarifas mais d) amizade
baixas pelos serviços. e) idade
e) ampliar o treinamento dos funcionários e tornar os
serviços mais confiáveis. 40. (CESGRANRIO — 2021) Um funcionário, em um deter-
minado setor, desenvolveu uma maneira própria de
37. (CESGRANRIO — 2021) O portfólio de fundos de atuar, alinhado à visão e à missão da organização e
investimento de um banco é formado por fundos de aos normativos internos. Ele se tornou uma referên-
investimentos conservadores, moderados e arro- cia, por sempre ter um conselho ou uma orientação
jados. Segundo o diretor desse banco, os fundos a dar aos colegas, mesmo que usando metáforas
conservadores são adequados para pessoas que e uma linguagem nada usual, em uma espiral do
preferem investir em fundos com baixo risco, pois aprendizado.
têm pouca experiência em investimentos. Os fundos Visando à sustentabilidade organizacional, verifica-
moderados são adequados para pessoas que já têm -se que o funcionário converte conhecimento tácito
experiência em investimentos e conhecem melhor o em explícito por meio de
mercado financeiro. Os investidores de fundos arroja-
dos são mais experientes e não se abalam com even- a) combinação
tuais variações nos rendimentos de suas aplicações b) exteriorização
porque entendem a dinâmica do mercado financeiro. c) institucionalização
Nesse caso, verifica-se que a oferta de fundos de d) interiorização
investimento do banco é baseada na segmentação e) socialização

a) afetiva 41. (CESGRANRIO — 2021) Para que o gestor de um ban-


b) geográfica co implemente uma estratégia de posicionamento
c) demográfica por diferenciação, visando à geração de valor supe-
d) experimental rior para o cliente, deve-se buscar alinhamento entre
e) comportamental elementos referentes à estrutura organizacional, sis-
temas de controle e políticas de incentivo.
38. (CESGRANRIO — 2021) B é empregado do Banco G, Assim, ao construir soluções orientadas a essa estra-
00

atuando como caixa em agências. Após cursos de tégia, é importante que ele identifique oportunidades
5-

capacitação, foi promovido a gerente e, por conse- relacionadas a


21

quência, transferido para local de trabalho distante


.
70

de sua residência. No percurso diário, sofreu aciden- a) criação de equipes interfuncionais, recompensadas
.4

te que acarretou a diminuição de movimentos nas por assumir riscos, e ao desenvolvimento de produtos
49

mãos e nos pés, dificultando seu caminhar. Tendo inovadores.


-0

em vista que sua capacidade laboral foi atingida, b) estrutura enxuta, com sistemas de controle de custos
requereu transferência para agência mais próxima estreitos e com foco na estabilidade financeira.
ar
és

de sua residência. Após os trâmites internos, obteve c) produção eficiente, focada em melhoria de processos
sua transferência. A par disso, iniciou procedimentos e princípios contábeis conservadores.
C

fisioterapêuticos por recomendação médica. d) margens baixas, preços baixos, atuação em merca-
o
dr

Nos termos da Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, é dos amplos e realizando extensões de produto.
Pe

direito da pessoa com deficiência submeter-se a e) estruturas simples, com autoridade decisória centra-
lizada e produção visando ganhos de escala.
a) reabilitação profissional
VENDAS E NEGOCIAÇÃO

b) tratamentos alternativos sem comprovação científica 42. (CESGRANRIO — 2021) Os gerentes de vendas devem
c) determinação de local de trabalho sempre divulgar o código de ética da empresa e se
d) função escolhida pelo empregador colocar contra práticas antiéticas de vendas. Con-
e) procedimento arbitrado por comissão laboral dutas antiéticas de vendedores podem ser muito
danosas para a imagem da empresa e gerar perda de
39. (CESGRANRIO — 2021) AN é bancária e recebe, men- clientes.
salmente, plano de metas para realizar com a sua Um conflito ético é caracterizado como falsidade
clientela ou com novos clientes que venha a conso- ideológica quando, por exemplo, o gerente
lidar. Muitos dos seus clientes são idosos que per-
cebem razoável remuneração de aposentadoria e a) propõe que o cliente tome um empréstimo como con-
pensões. Mirando nesse nicho, ela contata os indiví- dição para que sua agência compre os materiais de
duos e, com sua competência verbal, consegue reali- escritório vendidos pela empresa gerida pelo cliente.
zar inúmeros contratos e bater as metas exigidas. 447
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b) exige um pagamento pessoal a ele como forma de 45. (CESGRANRIO — 2021) K é correntista do Banco S e
melhorar as condições do empréstimo oferecido ao possui cartões de crédito e de débito expedidos pela
cliente. instituição financeira. Diante de dificuldades momen-
c) acessa informações sigilosas do cliente de forma ilí- tâneas, não conseguiu cobrir o total das despesas
cita para modificar as condições de negociação do realizadas com o seu cartão de crédito. No dia do ven-
empréstimo oferecido ao cliente. cimento, o banco, mediante autorização contratual,
d) apresenta condições e características de um emprés- retirou da conta corrente de K o valor mínimo para
timo a um cliente que contrata o produto e que des- efeito de pagamento parcial da dívida. Houve contes-
cobre posteriormente que havia mais taxas cobradas tação, que foi indeferida pelo órgão interno do banco.
pelo banco e mais prestações a serem pagas. Segundo as regras do Código de Defesa do Consu-
e) apresenta dois tipos de empréstimos ao cliente e age midor, Lei nº 8.078/1990, essa norma contratual deve
de forma a direcionar a decisão do cliente pela opção ser considerada
que traz mais benefícios para sua própria carreira,
mesmo que a outra opção seja mais lucrativa para o a) abusiva, por retirar o poder de controle das finanças
banco. do correntista.
b) regular, pois não se fundamenta em poder superior do
43. (CESGRANRIO — 2021) Como forma de acompanhar banco.
o desempenho de campanhas de marketing digital, c) questionável, pois quebra a isonomia entre os
os gestores costumam utilizar métricas de marketing contratantes.
digital. d) passível de impugnação administrativa.
Uma das métricas de conversão mais comumente e) ampla demais, por não conter previsão de valor a ser
usadas é a média de visualizações por visita, uma vez debitado.
que essa medida é importante porque
9 GABARITO
a) impede que a taxa de conversão de clientes antigos
em leads seja relacionada à quantidade das visuali-
zações em um único dia. 1 E
b) há uma relação direta entre a quantidade de visuali-
zações e a conversão de visitantes em leads ou clien- 2 C
tes pagantes. 3 B
c) há uma relação inversa entre a quantidade de visuali-
zações e a conversão de visitantes em leads ou clien- 4 D
tes pagantes.
d) estabelece que a relação entre a quantidade de clien- 5 E
tes pagantes e as visualizações em sites são determi- 6 C
nadas pelo tipo de produto colocado à venda.
e) é fundada na ideia de que não há relação entre a 7 D
quantidade de visualizações e a conversão de visi-
tantes, mas todos os leads gerados tornam-se con- 8 A
sumidores pagantes. 9 B
00
5-

44. (CESGRANRIO — 2021) MEK é correntista do Banco L, 10 E


21

mantendo relações negociais frequentes, bem como


.

11 A
70

sua família. Por força desse relacionamento, possui


.4

dois contratos de cartão de crédito que utiliza nas 12 B


49

suas compras cotidianas. Em determinado dia, é sur-


-0

preendido pela entrega de mais um cartão de crédito 13 C


que não havia solicitado. No dia seguinte, dirige- se à
ar

agência bancária onde movimenta sua conta corrente 14 A


és

e apresenta o cartão, com pedido de devolução, por


C

15 B
não ter interesse no adicional.
o
dr

Segundo as regras do Código de Defesa do Consumi- 16 D


Pe

dor, Lei nº 8.078/1990, o(a)


17 E
a) recebimento pelo consumidor leva à cobrança de 18 E
anuidade pelo emissor.
b) pagamento não efetuado da anuidade cobrada per- 19 C
mite a inscrição do consumidor no cadastro de
inadimplentes. 20 B
c) fornecimento de cartões de créditos a clientes habi- 21 B
tuais independe de formalização de contrato.
d) banco tem direito a ressarcimento pelas despesas de 22 D
remessa do cartão.
e) entrega sem solicitação caracteriza prática abusiva 23 D
do fornecedor. 24 C

25 A
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26 B

27 E

28 A

29 C

30 E

31 D

32 D

33 E

34 E

35 B

36 C

37 E

38 A

39 E

40 B

41 A

42 D

43 B

44 E

45 B

ANOTAÇÕES
00
5-
.21
70
.4
49
-0
ar
és
C
o
dr
Pe

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