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Banco do Brasil
Escriturário - Agente Comercial

MATEMÁTICA FINANCEIRA
1 - Conceitos gerais - O conceito do valor do dinheiro no tempo; Capital, juros, taxas de juros;
Capitalização, regimes de capitalização; Fluxos de caixa e diagramas de fluxo de caixa;
Equivalência financeira. ........................................................................................................... 1
2 - Juros simples - Cálculo do montante, dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo
da operação financeira. 3 - Juros compostos - Cálculo do montante, dos juros, da taxa de juros,
do principal e do prazo da operação financeira. .................................................................... 21
4 - Sistemas de amortização - Sistema price; Sistema SAC. ............................................ 34

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Apostila Digital de Matemática Financeira - INVICTUS CONCURSOS
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1 - Conceitos gerais - O conceito do valor do dinheiro no tempo; Capital, juros,


taxas de juros; Capitalização, regimes de capitalização; Fluxos de caixa e
diagramas de fluxo de caixa; Equivalência financeira.

VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

O velho ditado diz “mais vale um pássaro na mão do que dois voando” adquire uma grande importância
quando aplicado às finanças. Em termos monetários, ele significa que o dinheiro muda ao longo do tempo.
Os investidores têm uma preferência natural por dinheiro agora em vez de depois, pois assim, eles podem
aumentar o seu valor. Essa naturalmente é a principal meta do administrador financeiro. Além dessa razão
básica de o dinheiro valer mais agora do que no futuro, deve-se estar atento aos fatores que diminuem o
valor do dinheiro ao longo do tempo. As três razões mais importantes pelas quais o valor do dinheiro
decresce progressivamente ao longo do tempo são as seguintes:
1. inflação;
2. risco;
3. preferência pela liquidez.

Inflação refere-se ao aumento geral de preços na economia. Quando os preços aumentam, o valor do
real diminui, e já que se espera que os preços subam no futuro, o valor do real hoje é maior do que será
amanhã, por causa do aumento do preço que diminuirá o valor desse real. Por isso, é possível comprar
maior quantidade de bens com um real daqui a um ano do que daqui a dois anos e assim por diante.

Risco, ou incerteza acerca do futuro, também causa um declínio no valor do dinheiro. Como o futuro
é incerto, o risco aumenta com o passar do tempo. A maioria das pessoas deseja evitar o risco, assim,
valorizam mais o dinheiro agora do que a promessa de recebe-lo no futuro apenas se foram
adequadamente recompensadas pelo risco a ser assumido.

Liquidez é importante tanto para um investidor quanto para uma empresa. Liquidez refere-se ao grau
de facilidade com que os ativos podem ser convertidos em caixa. Caixa, obrigações do governo e outros
títulos negociáveis (ativos da empresa dados como garantia aos credores para assegurar o pagamento
de um empréstimo) aumentam a liquidez de uma empresa.de igual forma, os ativos imobilizados, tais
como a fábrica e o equipamento, não são considerados muito líquidos. Os investidores têm preferência
pela liquidez, isto é, preferem manter dinheiro em caixa para emergência inesperadas e exigências
financeiras a comprometer fundos em ativo de rendimento futuro. Se desistirem da liquidez atual,
adquirindo ativos que prometem retornos futuros, estarão trocando um ativo de caixa seguro por um ativo
futuro arriscado. A troca será feita apensa se as recompensas prometidas para os futuros ativos forem
suficientemente altas para justificar o risco assumido.

CAPITAL, JUROS E TAXAS DE JUROS

A Matemática Financeira é uma ferramenta útil na análise de algumas alternativas de investimentos


ou financiamentos de bens de consumo. A idéia básica é simplificar a operação financeira a um Fluxo de
Caixa e usar alguns procedimentos matemáticos.

Capital: O Capital é o valor aplicado através de alguma operação financeira. Também conhecido
como: Principal, Valor Atual, Valor Presente ou Valor Aplicado. Em língua inglesa, usa-se Present Value,
indicado nas calculadoras financeiras pela tecla PV.

Juros: Juros representam a remuneração do Capital empregado em alguma atividade produtiva. Os


juros podem ser capitalizados segundo os regimes: simples ou compostos, ou até mesmo, com algumas
condições mistas.

Taxa de juros: é a taxa de lucratividade recebida num investimento. De uma forma geral, é
apresentada em bases anuais, podendo também ser utilizada em bases semestrais, trimestrais, mensais
ou diárias, e representa o percentual de ganho realizado na aplicação do capital em algum
empreendimento.

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Por exemplo, uma taxa de juros de 20% ao ano indica que para cada unidade monetária aplicada, um
adicional de R$ 0,20 deve ser retornado após um ano, como remuneração pelo uso daquele capital.

A taxa de juros, simbolicamente representada pela letra i, pode ser também apresentada sob a forma
unitária, ou seja, 0,20, que significa que para cada unidade de capital são pagos doze centésimos de
unidades de juros. Esta é a forma utilizada em todas as expressões de cálculo.
A taxa de juros também pode ser definida como a razão entre os juros, cobrável ou pagável, no fim de
um período de tempo e o dinheiro devido no início do período. Usualmente, utiliza-se o conceito de taxa
de juros quando se paga por um empréstimo, e taxa de retorno quando se recebe pelo capital emprestado.
Portanto, pode-se definir o juro como o preço pago pela utilização temporária do capital alheio, ou seja,
é o aluguel pago pela obtenção de um dinheiro emprestado ou, mais amplamente, é o retorno obtido pelo
investimento produtivo do capital.
Genericamente, todas as formas de remuneração do capital, sejam elas lucros, dividendos ou
quaisquer outras, podem ser considerados como um juro.

Quando uma Instituição Financeira decide emprestar dinheiro, existe, obviamente, uma expectativa de
retorno do capital emprestado acrescido de uma parcela de juro. Além disso, deve-se considerar embutido
na taxa de juros os seguintes fatores:

Risco: grau de incerteza de pagamento da dívida, de acordo, por exemplo, com os antecedentes do
cliente e sua saúde financeira;
Custos Administrativos: custos correspondentes aos levantamentos cadastrais, pessoal,
administração e outros;
Lucro: parte compensatória pela não aplicação do capital em outras oportunidades do mercado,
podendo, ainda, ser definido como o ganho líquido efetivo;
Expectativas Inflacionárias: em economias estáveis, com inflação anual baixa, é a parte que atua
como proteção para as possíveis perdas do poder aquisitivo da moeda.

CAPITALIZAÇÃO1

Neste tipo de capitalização os juros são acrescidos instantaneamente, continuamente, ou seja, a cada
“micro segundo” o capital está sendo corrigido. É uma ferramenta muito usada em finanças, projetos de
investimento entre outros.
Lembrando que capitalização vem do verbo capitalizar que significa acrescentar juros.

Exemplo
Um capital de R$ 100,00, aplicado por um ano à taxa nominal de 24% a.a., resulta nos seguintes
montantes considerando-se diversas hipóteses de frequências das capitalizações da taxa nominal (aqui
k representa o tempo):

O montante vai aumentando a medida que a frequência das capitalizações aumenta. Se admitimos
uma capitalização horária, temos o seguinte montante ao fim do ano:

𝑗 𝑘.𝑚 0,24 (365.24).1


𝑀 = 𝐶. (1 + ) = 100 . (1 + ) = 127,12
𝑘 24.265

Observe que quando aplicamos esse montante a uma capitalização horária ele quase não cresce,
tendendo a um valor limite.
Aplicando métodos matemáticos que envolvem limite, chegamos a uma fórmula que os permite
calcular problemas que envolvam capitalização contínua.

1
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002.
http://professoraluiziocosta.blogspot.com.br/2011/09/as-capitalizacoes-em-matematica.html

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M = C.eit
Onde:
M = montante calculado a juros contínuos
C = capital inicial aplicado
i = taxa de juros ou instantânea ou contínua (alguns autores adotam a letra grega delta (ᵟ))
t = tempo da aplicação (alguns adotam a letra m)
e = número de Euler = 2,718281828459...

Obs.: esse número de Euler é uma dízima aperiódica. Para efeitos de prova basta saber que o valor
dele, consideramos até 3 casas decimais para melhor aproximação dos cálculos (2,718), mas quantas
mais casas utilizar mais próxima do valor preciso você estará chegando.

Exemplos

1) Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado a juros contínuos por 50 meses a uma taxa de juros de 4%
ao mês. Determine o montante. Considere que e2 é aproximadamente igual a 7,34.
M = 1.000 x e0,04 x 50 = 1.000 x e2 = 1.000 x 7,34 = R$ 7.340,00

2) Calcular o montante de um capital de $ 1.000 aplicado por um ano à taxa instantânea de 50% a.a.
capitalizada contínua ou instantaneamente.
Temos que:
C = R$ 1.000
i = 50% a.a.
t = 1 ano
M=?

Vamos considerar aqui como e = 2,71828

M = C.eit → M = 1 000. e0,50 .1 → M = 1 648,72

Capitalização Descontínua

Na descontínua, por convenção, considera-se que os juros são formados no final de cada período de
tempo ao qual se refere à taxa de juros. Se a taxa de juros é 10% ao mês, por exemplo, admite-se que o
juro é formado não a cada dia, ou semana, mas no final de cada período mensal. Na capitalização
descontínua, há dois regimes de capitalização: regime de juros simples e regime de juros compostos.

REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO

Regime de capitalização é a forma em que se verifica o crescimento do capital, este pode ser pelo
regime de capitalização simples ou composta.
No regime de capitalização simples os juros são calculados utilizando como base o capital inicial (VP),
já no regime de capitalização composta as taxas de juros são aplicadas sobre o capital acumulado dos
juros.

Exemplos:
a) Empréstimo de R$ 10.000,00 por seis meses, a taxa de 3% a.m.

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Questão

01. Uma plantação de eucaliptos para fabricação de celulose tem 80.000 m³ de madeira. O preço atual
da madeira é de $20/m³ e a taxa contínua de crescimento das árvores é de 20% a.a. Calcule o valor da
plantação após quatro anos.
(A) $ 5.500.800,00
(B) $ 3.285.800,00
(C) $ 2.058.800,00
(D) $ 1.600.000,00
(E) $ 4.348.800,00

Comentário

01. Resposta: E.
C = 80.000 m³ x $20/m³
i = 20%a.a
t = 4ª
M=?

M = (80.000m³ x$20/m³)x e0,20x4 = 1.600.000 x 2,718¹ = $4.348.800,00


FLUXO DE CAIXA

Um fluxo de caixa2 representa uma série de pagamentos ou de recebimentos que se estima ocorrer
em determinado intervalo de tempo. É bastante comum, na prática, defrontar-se com operações
financeiras que se representam por um fluxo de caixa. Por exemplo, empréstimos e financiamentos de
diferentes tipos costumam envolver uma sequência de desembolsos periódicos de caixa. De maneira
idêntica, têm-se os fluxos de pagamentos/recebimentos de aluguéis, de prestações oriundas de compras
a prazo, de investimentos empresariais, de dividendos etc.
Os fluxos de caixa podem ser verificados das mais variadas formas e tipos em termos de períodos de
ocorrência (postecipados, antecipados ou diferidos), de periodicidade (períodos iguais entre si ou
diferentes), de duração (limitados ou indeferidos) e de valores (constantes ou variáveis). Os termos dos
fluxos de caixa são genericamente simbolizados por PMT, sendo para as demais variáveis empregada a
mesma simbologia adotada em capítulos anteriores (PV, FV n, i).

Modelo Padrão

Os fluxos de caixa podem ser representados sob diferentes formas e tipos, exigindo cada um deles
um tratamento específico em termos de formulações. Esquematicamente, os fluxos de caixa são
identificados com base na seguinte classificação:

𝑃𝑜𝑠𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠
1. Período de Ocorrência { 𝐴𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑜𝑠
𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑖𝑑𝑜𝑠

𝑃𝑒𝑟𝑖ó𝑑𝑖𝑐𝑜𝑠
2. Periodicidade {
𝑁ã𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑖ó𝑑𝑖𝑐𝑜𝑠

𝐿𝑖𝑚𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 (𝐹𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜𝑠)
3. Duração { 𝐼𝑛𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠
(𝐼𝑛𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑑𝑜𝑠)

𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
4. Valores {
𝑉𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

2
FARIA, Rogério Gomes de. Matemática Comercial e Financeira. 5 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2000.
FRANCISCO, Walter De. Matemática Financeira. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1991.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

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O modelo-padrão de um fluxo de caixa, conforme grifado no esquema acima, é verificado quando os


termos de uma sucessão de pagamentos ou recebimentos apresentam, ao mesmo tempo, as seguintes
classificações:

Postecipados - indica que os fluxos de pagamentos ou recebimentos começam a ocorrer ao final do


primeiro intervalo de tempo. Por exemplo, não havendo carência, a prestação inicial de um financiamento
é paga ao final do primeiro período do prazo contratado, vencendo as demais em intervalos sequenciais.

Limitados - o prazo total do fluxo de caixa é conhecido a priori, sendo finito o número de termos
(pagamentos e recebimentos). Por exemplo, um financiamento por 2 anos envolve desembolsos neste
intervalo fixo de tempo sendo, consequentemente, limitado o número de termos do fluxo (prestações do
financiamento).

Constantes - indica que os valores dos termos que compõem o fluxo de caixa são iguais entre si.

Periódicos - é quando os intervalos entre os termos do fluxo são idênticos entre si. Ou seja, o tempo
entre um fluxo e outro é constante.

Graficamente, o fluxo de caixa uniforme (padrão) é representado da forma seguinte:

Observe que a estrutura desse fluxo obedece à classificação-padrão apresentada anteriormente:


- o PMT inicial ocorre em n = 1: postecipado;
- a diferença entre a data de um termo e outro é constante: periódico;
- o prazo do fluxo é preestabelecido (fixo), apresentando n períodos: limitado ou finito;
- os valores PMT são uniformes (iguais): constantes.

Valor presente e fator de valor presente

O valor presente de um fluxo de caixa uniforme, conforme discutido no item precedente, para uma taxa
periódica de juros, é determinado pelo somatório dos valores presentes de cada um de seus valores.
Reportando-se à representação gráfica do fluxo-padrão apresentado, tem-se:

Logo:

𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇


𝑃𝑉 = + + + ⋯+ 𝑛−1
+
(1 + 𝑖) (1 + 1)² (1 + 𝑖)³ (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛

Colocando-se em evidência:

1 1 1 1 1
𝑃𝑉 = PMT [ + + 3
+ ⋯+ 𝑛−1
+ ]
(1 + 𝑖) (1 + 𝑖)² (1 + 𝑖) (1 + 𝑖) (1 + 𝑖)𝑛

𝑃𝑉 = PMT [(1 + 𝑖)−1 + (1 + 𝑖)−2 + (1 + 𝑖)−3 + ⋯ + (1 + 𝑖)−𝑛+1 + (1 + 𝑖)−𝑛 ]


FPV
A expressão entre colchetes é denominada de Fator de Valor Presente, sendo representada pela
Matemática Financeira da forma seguinte:

FPV (i, n)

Com isso, a formulação genérica do valor presente assume a expressão:

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PV = PMT x FPV (i,n)

Observe que FPV, conforme é apresentado na formulação anterior entre colchetes, equipara-se à
soma de uma progressão geométrica (PG) DE n termos, sendo o primeiro termo ( 1) e a razão (q) igual a
(1 + i)-1, e o n-ésimo termo ( n) igual a (1 + i)-n.

A fórmula de cálculo da soma de uma PG é dada por:

𝑎1 − 𝑎𝑛 × 𝑞
𝑆𝑛 = 𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
1−𝑞

Substituindo-se os valores da expressão na soma dos termos de uma PG, tem-se:

(1 + 𝑖)−1 − (1 + 𝑖)−𝑛 × (1 + 𝑖)−1


𝐹𝑃𝑉(𝑖, 𝑛) =
1 − (1 − 𝑖)−1

Seguindo-se a sequência de dedução adotada por Mathias e Gomes3 multiplica-se o numerador e o


denominador por (1 + i), obtendo-se:
[(1 + 𝑖)−1 − (1 + 𝑖)−𝑛 × (1 + 𝑖)−1 ] × (1 + 𝑖)
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
[1 − (1 + 𝑖)−1 ] × (1 + 𝑖)

(1 + 𝑖)−1 × (1 + 𝑖) − (1 + 𝑖)−𝑛 × (1 + 𝑖)−1 × (1 + 𝑖)


𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
(1 + 𝑖) − (1 + 𝑖)−1 × (1 + 𝑖)

(1 + 𝑖)−1+1 − (1 + 𝑖)−𝑛 × (1 + 𝑖)−1+1


𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
(1 + 𝑖) − (1 + 𝑖)−1+1

1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
1+𝑖−1

1 − (1 + 𝑖)−𝑛
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
𝑖

Essa expressão é muitas vezes representada da maneira seguinte:


1
1−
(1 + 𝑖)𝑛
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
𝑖

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
(1 + 𝑖)𝑛
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
𝑖

(1 + 𝑖)𝑛 − 1
𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛) =
(1 + 𝑖)𝑛 𝑥 𝑖

Mediante o FPV, a fórmula do valor presente de um fluxo de caixa uniforme é apresentada da maneira
seguinte:

1 − (1+𝑖)−𝑛
PV = PMT x
𝑖

ou

PV = PMT x FPV (i,n)

3
MATHIAS, N. Franco; GOMES, J. Maria. Matemática financeira. 2ed.. São Paulo: Atlas, 1998. p. 242.

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Exemplo

Determinar o valor presente de um fluxo de 12 pagamentos trimestrais, iguais e sucessivos de $ 700,00


sendo a taxa de juros igual a 1,7% a.m.

Resposta

PMT = $ 700,00
n = 12 pagamentos trimestrais
i = 1,7% a.m. ou: (1,017)3 - 1 = 5,19% a.t.
PV = PMT x FPV (i, n)
PV = $ 700,00 x FPV (5,19%, 12)
PV = $ 700,00 x 8,769034
PV = $ 6.138,30

Valor futuro e fator de valor futuro

O valor futuro, para determinada taxa de juros por período, é a soma dos momentos de cada um dos
termos da série de pagamentos/recebimentos. Graficamente, tem-se a seguinte representação:

O valor futuro pelo padrão ocorre junto com o último termo do fluxo de caixa. Capitalizando-se cada
um dos valores da série, apura-se a seguinte expressão:

FV = PMT + PMT x (1 + i) + PMT x (1 + 𝑖)2 +


PMT x (1 + 𝑖)3 + ... + PMT x (1 + 𝑖)𝑛 - 1

Colocando-se PMT em evidência:

Identicamente, a expressão entre colchetes é definida por Fator de Valor Futuro e representada por:

FFV (i,n)

A formulação genérica do valor futuro de um fluxo de caixa uniforme é expressa da forma seguinte:

FV = PMT x FFV (i, n)

Da mesma maneira em relação ao desenvolvimento da fórmula do valor presente, observe que a


expressão do FFV representa a soma dos termos de uma progressão geométrica, onde 𝑎1 = 1; q = (1 +
i) e 𝑎𝑛 = (1 + 𝑖)𝑛−1 . Pela mesma equação de cálculo da soma dos valores de uma PG, tem-se:
𝑎1 − 𝑎𝑛 𝑥 𝑞
𝑆𝑛 = FFV x (i,n) = 1−𝑞

Promovendo os mesmos ajustes e simplificações desenvolvidos na identidade do valor presente,


chega-se a:

(1+𝑖)𝑛
FFV (i, n) = 𝑖

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Assim, a partir do FFV pode-se elaborar a expressão de cálculo do valor futuro (montante) de um fluxo
de caixa uniforme, ou seja:
(1+𝑖)𝑛 −1
FV = PMT x 𝑖

Ou

FV = PMT x FFV (i,n)

Exemplo

Calcular o montante acumulado ao final do 7º mês de uma sequência de 7 depósitos mensais e


sucessivos, no valor de $ 800,00 cada, numa conta de poupança que remunera a uma taxa de juros de
2,1% a.m.

Resposta

O valor futuro pode ser calculado pela soma do montante de cada depósito, isto é:

FV = 800,00 + 800,00 (1,021) + 800,00 (1,021)2


+ 800,00 (1,021)3 + ... + 800,00 (1,021)6
FV = $ 5.965,41

Aplicando-se a fórmula-padrão de apuração do valor futuro, tem-se, de forma abreviada, o mesmo


resultado:

FV = PMT x FFV (i,n)

(1+𝑖)𝑛 −1
FV = PMT x
𝑖

(1,021)7−1
FV = 800,00 x
0,021

FV = 800,00 x 7,456763 = $ 5.965,41

Equivalência financeira e fluxos de caixa

Deve ser ressaltado também no estudo do fluxo de caixa o conceito de equivalência financeira. Esse
raciocínio é de fundamental importância para a Matemática Financeira, permitindo o correto entendimento
e uso de seus resultados. A equivalência financeira encontra extensas aplicações práticas, estando
presente na tomada de decisões financeiras, na seleção de planos de empréstimos e financiamentos
mais atraentes, em propostas de refinanciamento e reescalonamento de dívidas etc.
De acordo com o que foi desenvolvido anteriormente, diz-se que dois ou mais fluxos de caixa (capitais)
são equivalentes quando produzem idênticos valores presentes num mesmo momento, convencionando-
se determinada taxa de juros.
Por exemplo, os 4 fluxos de caixa ilustrados a seguir são equivalentes para uma taxa de juros de 5%
ao mês, pois geram, para uma mesma taxa e juros, valores iguais em qualquer data focal escolhida.

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Definindo-se 𝑡0 (momento presente como data focal):


190,00 220,00 267,00 414,00
(1,05)2
= (1,05)5 = (1,05)9 = (1,05)18
Registre-se, uma vez mais, que a equivalência financeira no regime de juros compostos, para dada
taxa de juros, pode ser verificada em qualquer momento tomado como referência (data focal). Por
exemplo, se a data for definida em 𝑡18 , tem-se:

414,00 = 267,00 (1,05)9 = 220,00 (1,05)13


= 190,00 (1,05)16

e assim por diante.

A equivalência de dois ou mais capitais, para determinada taxa de juros, ocorre em qualquer data
tomada como referência. Alterando-se a taxa, a equivalência evidentemente deixa de existir, dado que o
conceito depende da taxa de juros. Algumas ilustrações práticas evidenciando o uso do conceito de
equivalência financeira são desenvolvidas a seguir.

Exemplo

Admita que uma empresa esteja avaliando quatro planos de pagamentos de um financiamento de $
300.000,00 conforme apresentados a seguir. A taxa de juros considerada nas propostas é de 7% a.m.
Qual a opção de pagamento economicamente mais atraente?

Resposta

Os planos de pagamento formulados apresentam o mesmo valor presente (data zero) quando
descontados à taxa de juros de 7% a.m. O resultado atualizado continua igual, mesmo se definida outra
data focal. Logo, conclui-se que os fluxos de pagamento do financiamento são equivalentes,
apresentando o mesmo custo.
Assim, em termos estritamente econômicos de atratividade, torna-se indiferente (equivalente) a
escolha de uma ou outra forma de pagamento. Mesmo que a soma das prestações seja diferente em
cada proposta, o fundamental na avaliação econômica é a comparação entre valores expressos em uma
mesma unidade de tempo.
A decisão, dessa forma, deve ser tomada levando em conta o aspecto financeiro do desembolso, pois
os fluxos de caixa são diferentes em cada plano em termos de valores e data de ocorrência. A forma de
pagamento escolhida deve, evidentemente, adequar-se à capacidade financeira do tomador de recursos
e ao comportamento das taxas de juros de mercado.

Fluxos de caixa não convencionais

Os fluxos definidos no denominado modelo-padrão foram amplamente estudados no início do capítulo.


Esta parte dedica-se, mais especificamente, aos demais tipos de caixa, não considerados no modelo-
padrão. A seguir são desenvolvidos as várias classificações não convencionais dos fluxos de caixa.

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Período de ocorrência

Com relação ao período em que a ocorrer, o fluxo de caixa pode ser identificado como postecipado,
antecipado e diferido.

- Postecipado

No tipo postecipado, a série de pagamentos/recebimentos começa a acorrer exatamente ao final do


primeiro período, de acordo com a ilustração gráfica acima. Esse fluxo enquadra-se no modelo-padrão
detalhado inicialmente, não havendo nada mais a acrescentar.

- Antecipado

O fluxo de caixa antecipado indica que a série de valores começa a ocorrer antes do final do primeiro
período, conforme é representado graficamente acima. Por exemplo, um aluguel pago no início do período
de competência (geralmente no início do mês) enquadra-se como um fluxo de caixa antecipado por um
período (mês). Se dois aluguéis forem adiantados ao locador, a antecipação é de dois períodos, e assim
por diante.
A determinação do valor presente e montante de um fluxo de caixa antecipado não apresenta maiores
novidades. Além de ter-se sempre a opção de atualizar ou corrigir os seus termos individualmente, pode-
se também utilizar a fórmula do modelo-padrão para a parte convencional do fluxo, e adicionar os termos
antecipados (corrigidos) a esse resultado.
Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa com antecipação de dois períodos:

Para uma taxa de juros de 4% por período, tem-se:


PV = [70,00 × FPV (4%, 8)] + 70,00 + 70,00 × (1,04)
PV = (70,00 × 6,732745) + 70,00 + 72,80
PV = 471,29 + 70,00 + 72,80 = $614,09
FV = [70,00 × FPV (4%, 8) + 70,00(1,04)8 ] + 70,00 (1,04)9
FV = (70,00 × 9,214226) + 95,80 + 99,63
FV = 645,00 + 95,80 + 99,63 = $ 840,43

- Diferido (Carência)

O diferimento indica que os termos da série começam a ocorrer após o final do primeiro período,
conforme ilustrado no gráfico anterior.

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Nessa ilustração, a série inicia-se no período imediatamente após o final do primeiro intervalo de
tempo, indicando consequentemente uma carência de um período. Se a série começar a ocorrer no
momento 3 do gráfico, a carência atinge dois períodos: no momento 4 tem-se uma carência de 3 períodos;
e assim por diante.
Em suma, a base de comparação para se definir uma carência é o final do primeiro período. Para a
matemática financeira, a carência existe quando o primeiro fluxo de caixa se verificar após o final do
primeiro período, ou seja, após ter decorrido c períodos de tempo.
A determinação do montante de um fluxo de caixa com carência segue a formulação desenvolvida do
modelo-padrão. Deve ser ressaltado, uma vez mais, que nesse caso n representa o número de termos
da série, e não o seu prazo total.
A formulação do valor presente, no entanto, requer um pequeno ajuste, de forma a ser expresso na
data zero, ou seja:

PV = PMT x FPV (i, n) x FAC (i, c)

Onde:
c = número de períodos de carência.
FAC = Fator de Atualização de Capital (valor presente).
FAC = 1/ (1 + i)n

Por exemplo, admita o seguinte fluxo de caixa diferido por 2 períodos:

- Diferido (Carência)

Observe que o fluxo de caixa apresenta um prazo total de 9 períodos, sendo o número determos igual
a 7 (n = 7), e a carência de 2 períodos (c = 2).
Para uma taxa de juros de 2,2% por período, têm-se os seguintes resultados:
PV = 100,00 x FPV (2,2%, 7) x FAC (2,2%, 2)
PV = 100,00 x 6,422524 x 0,957410 = $ 614,90
FV = 100,00 x FFV (2,2%, 7)
FV = 100,00 x 7,479318 = $747,93

Periodicidade

A periodicidade reflete os intervalos de tempo em que os fluxos de caixa ocorrem. Se esses intervalos
forem sempre iguais, diz-se que os fluxos são periódicos, enquadrando-se no modelo-padrão
apresentado. Se, por outro lado, os termos se verificarem em intervalos irregulares (diferentes entre si),
tem-se o que se denomina de fluxos de caixa não periódicos. O gráfico a seguir ilustra um fluxo de caixa
não periódico, onde os valores não se verificam uniformemente em termos de sua periodicidade.

Tanto o cálculo do valor presente, como o do valor futuro, devem ser processados, respectivamente,
pelo somatório da atualização e capitalização de cada um dos termos.
Genericamente, têm-se as seguintes expressões:

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𝑃𝑉 = ∑𝑛𝑗=0 𝑃𝑀𝑇𝑗 / (1 + 𝑖)𝑗

𝑃𝑉 = ∑𝑛𝑗=0 𝑃𝑀𝑇𝑗 / (1 + 𝑖)𝑛−𝑗

Ilustrativamente, admita o seguinte fluxo de caixa não periódico:

Para uma taxa de juros de 1,9% a.m., tem-se:


𝟏𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎,𝟎𝟎
PV = 100,00 + (𝟏,𝟎𝟏𝟗)𝟑 + (𝟏,𝟎𝟏𝟗)𝟒 + (𝟏,𝟎𝟏𝟗)𝟖 + (𝟏,𝟎𝟏𝟗)𝟏𝟓
PV= 100,00 + 94,51 + 92,75 + 86,02 + 75,40

PV = $ 448,68

FV = 100,00 + 100,00 (1,019)7 + 100,00 (1,019)11 + 100,00 (1,019)12 + 100,00 (1,019)15

FV = 100,00 + 114,08 + 123,00 + 125,34 + 132,62

FV = $ 595,04 ou FV = 448,68 x (1,019)15 = $ 595,04.

Duração

A duração de um fluxo de caixa pode ser finita, característica do modelo-padrão, ou indeterminada


(indefinida), quando o prazo não é conhecido previamente. No caso de uma série infinita, determina-se
unicamente o seu valor presente. Para algumas situações específicas podem ser atribuídas
probabilidades para se definir a duração de um fluxo, como é o caso da atividade de seguros. No entanto,
este tipo de situação não será tratada aqui, ficando mais restrito estudo da Matemática Atuarial.
A representação gráfica de uma série indefinida pode ser ilustrada da forma seguinte:

O cálculo do valor presente é efetuado pelo somatório do valor atualizado de cada um de seus termos,
isto é:
𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇
𝑃𝑉 = (1+𝑖)
+ (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ ⋯+ (1+𝑖)∞

Genericamente:

𝑃𝑀𝑇𝑗
𝑃𝑉 = ∑
(1 + 𝑖)𝑗
𝑗=1

Detalhando a formulação:
𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇 𝑃𝑀𝑇
𝑃𝑉 = (1+𝑖)
+ (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ (1+𝑖)4
+ ⋯+ (1+𝑖)∞

1 1 1 1 1
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 [(1+𝑖) + (1+𝑖)2
+ (1+𝑖)3
+ (1+𝑖)4
+⋯+ (1+𝑖)∞
]

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Os valores entre colchetes representam a soma dos termos de uma progressão geométrica indefinida,
cuja razão é menor que 1. Aplicando-se o teorema de limite na fórmula da soma dos termos, tem-se:
𝑎1 + 𝑎𝑛 ×𝑞
𝐹𝑃𝑉 = lim 1−𝑞
𝑛→∞

Processando-se as deduções e simplificações pertinentes a partir dessa expressão, chega-se ao valor


presente de um fluxo de caixa igual, constante, periódico e indeterminado, ou seja:
𝑃𝑀𝑇
PV = 𝑖

Em outras palavras, o valor presente desse fluxo é determinado pela relação entre o
pagamento/recebimento periódico, igual e sucessivo, e a taxa de juros considerada. As séries
indeterminadas encontram aplicações práticas principalmente em avaliações de imóveis efetuadas com
base nos rendimentos de aluguéis, na apuração do preço de mercado de uma ação a partir do fluxo
previsto de dividendos etc. Com o intuito de proceder a uma aplicação prática do cálculo do valor presente
de um fluxo indeterminado, admita que um imóvel esteja rendendo $ 2.000,00 de aluguel mensalmente.
Sendo de 2% a.m.o custo de oportunidade de mercado (ganho da melhor alternativa de aplicação
disponível), pode-se avaliar preliminarmente que o valor deste imóvel atinge $ 100.000,00, isto é:
2.000,00
𝑃𝑉 = 0,02
= $ 100.000,00

O valor de referência do imóvel, válido para uma avaliação inicial, é o valor presente do fluxo de
rendimentos mensais (aluguéis) previsto por um prazo indeterminado, descontado a um custo de
oportunidade.

Valores

No que se refere aos valores, os termos de caixa podem ser constantes, se os fluxos de caixa
apresentarem-se sempre iguais, ou variáveis, se os fluxos não forem sempre iguais entre si. Se os valores
de caixa forem constantes, o fluxo identifica-se com o modelo-padrão estudado. No entanto, se os valores
de caixa apresentarem-se desiguais (variáveis), o valor presente é calculado pela soma dos valores
atualizados de cada um de seus termos. O valor futuro, por seu lado, é determinado pelo somatório dos
montantes de cada um dois termos ou, ainda, capitalizando-se o valor presente para a data futura.
Identicamente aos fluxos de caixa não periódicos, têm-se as seguintes generalizações:
𝑃𝑉 = ∑𝑛𝑗=0 𝑃𝑀𝑇𝑗 / (1 + 𝑖)𝑗

𝐹𝑉 = ∑𝑛𝑗=0 𝑃𝑀𝑇𝑗 × (1 + 𝑖)𝑗


Ou

𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × (1 + 𝑖)𝑛

Por exemplo, admita um fluxo de caixa com os seguintes valores, ocorrendo respectivamente ao final
de cada um dos próximos 5 anos: $ 80,00, $ 126,00, $ 194,00, $ 340,00 e $ 570,00. Para uma taxa de
juros de 4% a.a., têm-se os seguintes resultados:

𝟖𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟐𝟔,𝟎𝟎 𝟏𝟗𝟒,𝟎𝟎 𝟑𝟒𝟎,𝟎𝟎 𝟓𝟕𝟎,𝟎𝟎


𝑷𝑽 = (𝟏,𝟎𝟒)
+ (𝟏,𝟎𝟒)𝟐 + (𝟏,𝟎𝟒)𝟑
+ (𝟏,𝟎𝟒)𝟒
+ (𝟏,𝟎𝟒)𝟓

𝑃𝑉 = 76,92 + 116,49 + 172,46 + 290,63 + 468,50

𝑃𝑉 = $1.125,00

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FV = 570,00 + 340,00 (1,04) + 194 (1,04)2 126,00 (1,04)3 + 80,00 (1,04)4

𝑭𝑽 = 𝟓𝟕𝟎, 𝟎𝟎 + 𝟑𝟓𝟑, 𝟔𝟎 + 𝟐𝟎𝟗, 𝟖𝟑 + 𝟏𝟒𝟏, 𝟕𝟑 + 𝟗𝟑, 𝟓𝟗

𝐹𝑉 = $ 1.368,80

Ou

𝐹𝑉 = 1.125,00 × (1,04)5 = $ 1.368,80

Questões

01. Uma mercadoria é vendida a prazo em 5 pagamentos mensais de $ 700,00. Sendo de 3,5% a.m.
a taxa de juros, determinar o seu preço à vista admitindo que o primeiro pagamento é efetuado no ato da
compra:
(A) R$ 3.500,00
(B) R$ 3.377,50
(C) R$ 3.271,16
(D) R$ 3.200,85
(E) R$ 3.429,29

02. Uma pessoa irá necessitar de $ 7.000,00 daqui a 10 meses. Quanto deverá ela depositar
mensalmente num fundo de poupança que rende 1,7% a.m. de juros?
(A) 𝑅$ 625,15
(B) 𝑅$ 586,10
(C) 𝑅$ 648,10
(D) 𝑅$ 500,18
(E) 𝑅$ 700,00

03. Um veículo, cujo preço à vista é de $ 30.000,00, está sendo vendido nas seguintes condições:
a) entrada = 30%
b) saldo em 6 prestações mensais, iguais e sucessivas, vencendo a primeira daqui a dois meses.
Determinar o valor de cada prestação, admitindo uma taxa de juros de 2% a.m.
(A) $ 4.541,50
(B) $ 4.000,00
(C) $ 3.010,02
(D) $ 2.100,02
(E) $ 3.824,02

04. Determinado produto está sendo vendido por $ 1.800,00 a vista, ou em 3 pagamento mensais e
iguais de $ 650,00. Estando atualmente em 3,3% a.m. as taxas de juros de mercado, a melhor alternativa
de compra é a compra à vista.
( )Certo ( )Errado

05. Determinada mercadoria é vendida por $ 2.500,00 a vista ou por 20% de entrada mais prestações
mensais de $ 309,00. Sendo de 2% a.m. a taxa corrente de juros, determinar o número de prestações
mensais.
(Dado: log 1,2 = 0,008600 e log 0,870550 = − 0,060206)
(A) 6 prestações
(B) 7 prestações
(C) 8 prestações
(D) 9 prestações
(E) 10 prestações

06. Determinado bem é vendido em 7 pagamentos mensais, iguais e consecutivos de $ 4.000,00. Para
uma taxa de juros de 2,6% a.m., até que preço compensa adquirir o aparelho à vista?
(A) $ 25.000,00
(B) $ 26.001,18
(C) $ 23.300,18

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(D) $ 25.301,18
(E) $ 21.201,00

07. Um veículo novo está sendo vendido por $ 4.000,00 de entrada mais 6 pagamentos mensais, iguais
e consecutivos de $ 3.000,00. Sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de 5,5% a.m., determinar
até que preço interessa comprar o veículo a vista.
(A) 18.986,59
(B) 20.586,59
(C) 17.746,50
(D) 16.500,50
(E) 19.999,59

Respostas

01. Resposta: C.

PV = 700,00 + [700,00 x FPV (3,5%, 4)]


PV = 700,00 + (700,00 x 3,673079)
PV = R$ 3.271,16

02. Resposta: C.

FV = PMT x FFV (i, n)


7.000,00 = PMT x FFV (1,7%, 10)
7.000,00 = PMT x 10,800733
7.000,00
PMT = 10,800733 = 𝑅$ 648,10

03. Resposta: E.

Valor a financiar = 30.000,00 - 9.000,00 = $ 21.000,00


PV = PMT x FPV (2%, 6) x FAC (2%, 1)

1− (1,02)−6
21.000,00 = PMT x 0,02
x (1,02)-1

21.000,00 = PMT x 5,601431 x 0,980392


21.000,00 = pmt X 5.491598

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21.000,00
PMT = 5,491598
= $ 3.824,02

04. Resposta: Certo.


A indicação da alternativa de compra mais interessante pode ser obtida pelo valor presente das duas
propostas (escolhe-se evidentemente aquela de menor PV), ou pela determinação do custo mensal da
venda a prazo (o percentual apurado é comparado com a taxa de mercado).
PV (a vista) = $ 1.800,00
PV = (a prazo) = 650,00 x FPV (3,3%, 3)
650,000 x 2,812375
= $ 1.828,04

A venda a prazo, por apresentar um PV maior que o valor a vista, indica um custo maior que a taxa de
mercado (3,3% a.m.). Interessa a compra à vista.
O custo mensal da compra a prazo é calculado:

PV = PMT x FPV (i, n)

1− (1+𝑖)−3
1.800,00 = 650,00 x 𝑖
i = 4,11% a.m.
Confirma-se um custo embutido na venda a prazo de 4,11% a.m. maior que os juros de mercado (3,3%
a.m.).

05. Resposta: B.
Valor a financiar: 2.500,00 - 20% = $ 2.000,00
PV = PMT + FPV (i, n)
2.000,00 = 309,00 x FPV (2,0%, n)
2.000,00
309,00
x 0,02 = 1 - (1,02)-n

0,129450 = 1 - (1,02)-n
(1,02)-n = 0,870550

Aplicando-se a propriedade de logaritmo:


- n x log 1,02 = log 0,870550

log 0,870550
n=- log 1,02

− 0,060206
n=- = 7 meses (prestações mensais)
0,008600

06. Resposta: D.
PMT = $ 4.000,00 PV= ?
𝑖 = 2,6 % 𝑎. 𝑚.
𝑛=7

1− (1+𝑖)−𝑛
𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 × 𝑖

Ou

𝑃𝑉 = 𝑃𝑀𝑇 × 𝐹𝑃𝑉 (𝑖, 𝑛)

1− (1,026)−7
𝑃𝑉 = 4.000,00 ×
0,026

𝑃𝑉 = 4.000,0 × 6,325294 = $ 25.301,18.

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O valor presente pode também ser calculado pela atualização de cada uma dos termos do fluxo, ou
seja:
4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00
𝑃𝑉 = (1,026)
+ (1,026)2 + (1,026)3 + ... + (1,026)7

Resolvendo-se a expressão chega-se, evidentemente, ao mesmo resultado: PV = $ 25.301,18.

07. Resposta: A.

O preço à vista é formado pela entrada de $ 4.000,00 mais a soma dos valores atuais das prestações
de $ 3.000,00 cada, ou seja:
PV = Entrada + [PMT x FPV (i,n)]
PV = 4.000,00 + 3.000,00 x FPV (5,5%, 6)
PV = 4.000,00 + 3.000,00 x 4,995530
PV = 18.986,59

EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS

A equivalência de capitais4 é uma das ferramentas mais poderosas da matemática financeira e tem
sido constantemente pedida nas provas de concursos públicos.
Aprendemos a calcular o Montante, em uma Data Fatura, de um capital que se encontrava na data
presente. Relativo a descontos, aprendemos a calcular o Valor Atual, em uma Data Presente, de um valor
nominal que se encontrava em uma data futura.

Conceito de Equivalência

Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, são chamados de equivalentes quando,
levados para uma mesma data, nas mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa data.
Para você entender melhor esse conceito, vamos lhe propor um problema. Vamos fazer de conta que
você ganhou um prêmio em dinheiro no valor de R$ 100,00, que se encontra aplicado, em um banco, à
taxa de juros simples de 10% a.m. O banco lhe oferece três opções para retirar o dinheiro:

1a) você retira R$ 100,00 hoje;


2a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 140,00 dentro de 4 meses;
3a) você deixa o dinheiro aplicado e retira R$ 190,00 em 9 meses.

Qual delas é a mais vantajosa para você?


Para sabermos a resposta, precisamos encontrar um jeito de comparar os capitais R$ 100,00, R$
140,00, e R$ 190,00, que se encontram em datas diferentes. Vamos determinar, então, o valor dos três
capitais numa mesma data ou seja, vamos atualizar os seus valores. Escolheremos a data de hoje. A
Data Comum, também chamada de Data de Comparação ou Data Focal, portanto, vai ser hoje (= data
zero).
O capital da primeira opção (R$ 100,00) já se encontra na data de hoje; portanto, já se encontra
atualizado.
Calculemos, pois, os valores atuais Va1 e Va2 dos capitais futuros R$ 140,00 e R$ 190,00 na data de
hoje (data zero). Esquematizando, a situação seria esta:
Podemos fazer este cálculo usando desconto comercial simples ou desconto racional simples. Vamos,
arbitrariamente, escolher a fórmula do valor atual racional simples:
N
Vars =
1 + in

4
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

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140,00
Vars1 = = 100,00
1 + 0,10 .4

190,00
Vars2 = = 100,00
1 + 0,10 .9
Verificamos que os três capitais têm valores atuais idênticos na data focal considerada (data zero).
Podemos, portanto, dizer que eles são Equivalentes: tanto faz receber R$ 100,00 hoje, ou R$ 140,00
daqui a 4 meses ou R$ 190,00 daqui a nove meses, se a taxa de juros for de 10% ao mês e o desconto
racional simples.
Vejamos o que acontece se utilizarmos o critério do desconto comercial, em vez do desconto racional,
para calcular os valores atuais dos capitais R$ 140,00 e R$ 190,00:
Vacs = N (1 – in)
Vacs1 = 140 ( 1 – 0,10 . 4) = 140 (0,6) = 84
Vacd2 = 190 (1 – 0,10 . 9) = 190 (0,1) = 19
Mudando-se a modalidade de desconto, portanto, os três capitais deixam de ser equivalentes.
E se mudarmos a data de comparação, ou data focal, para o mês 2, por exemplo, continuando a utilizar
o desconto racional simples?
Acontecerá o seguinte:

O capital R$ 140,00, resgatável na data 4, será antecipado de 2 meses, ficando com o seguinte valor
atual racional simples:
140,00
Vars1 = = 116,67
1 + 0,10 .2

O capital R$ 190,00, resgatável na data 9, será antecipado de 7 meses, ficando com o seguinte valor
atual racional simples:
190,00
Vars2 = = 111,76
1 + 0,10 .7

Ao capital R$ 100,00 (resgatável na data zero) acrescentar-se-ão dois meses de juros, conforme
segue:
Vars3 = C (1 + in) = 100 (1 + 0,10 . 2) = 120

No mês dois, portanto, temos que os capitais nominais R$ 140,00; R$ 190,00 e R$ 100,00 estarão
valendo, respectivamente, R$ 116,67; R$ 111,76 e R$ 120,00. Na data focal 2, portanto, eles não serão
mais equivalentes.
No regime de capitalização Simples a equivalência ocorre em apenas uma única data, para uma
determinada taxa e modalidade de desconto. Ao mudarmos a Data Focal, capitais que antes eram
equivalentes podem deixar sê-lo. É bom você saber desde já que, no regime de capitalização Composta,
isto não acontece: na capitalização composta, para a mesma taxa, capitais equivalentes para uma
determinada data o são para qualquer outra data.
Podemos então concluir que:
Para juros simples, a equivalência entre dois ou mais capitais somente se verifica para uma
determinada taxa, para uma determinada data focal e para uma determinada modalidade de desconto.
Podemos, agora, definir equivalência de dois capitais de uma mesma maneira mais rigorosa da
seguinte forma:
Dois capitais C1 e C2, localizados nas datas n1 e n2, medidas a partir da mesma origem, são ditos
equivalentes com relação a uma data focal F, quando os seus respectivos valores atuais, Va1 e Va2 ,
calculados para uma determinada taxa de juros e modalidade de desconto nessa data focal F, forem
iguais.
A equivalência de capitais é bastante utilizada na renegociação de dívidas, quando há necessidade de
substituir um conjunto de títulos por um outro conjunto, equivalente ao original (isto porque o conceito de
equivalência é aplicado não só para dois capitais, mas também para grupos de capitais).
Às vezes um cliente faz um empréstimo num banco e se compromete e quitá-lo segundo um
determinado plano de pagamento. Todavia, devido a contingências nos seus negócios, ele percebe que
não terá dinheiro em caixa para pagar as parcelas do financiamento nas datas convencionadas. Então,
propõe ao gerente do banco um outro esquema de pagamento, alterando as datas de pagamento e os
respectivos valores nominais de forma que consiga honrá-los, mas de tal sorte que o novo esquema seja
EQUIVALENTE ao plano original.

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No cálculo do novo esquema de pagamento, a visualização do problema fica bastante facilitada com
a construção de um diagrama de fluxo de caixa no qual representa-se a dívida original na parte superior,
e a proposta alternativa de pagamento na parte de baixo, conforme se vê nos problemas a seguir.

Equação de Valor

Em síntese, para que um conjunto de títulos de valores nominais N1, N2, N3 …, exigíveis nas datas n1,
n2, n3 …, seja equivalente a um outro conjunto de títulos Na , Nb , Nc …, exigíveis nas datas na , nb , nc …,
basta impormos que a soma dos respectivos valores atuais Va1 , Va2 , Va3 … dos títulos do primeiro
conjunto, calculados na data focal considerada, seja igual à soma dos valores atuais Vaa , Vab , Vac … dos
títulos do segundo conjunto, calculados para essa mesma data, isto é:
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + …
A equação acima é chamada de Equação de Valor.

Roteiro para Resolução de Problemas de Equivalência

Ao começar a resolução de problemas que envolvem equivalência de capitais utilize o seguinte roteiro:
1. leia o problema todo;
2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama de fluxo de caixa esquemático, colocando
na parte de cima o plano original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo proposto, indicando
todos os valores envolvidos, as datas respectivas e as incógnitas a serem descobertas – esse diagrama
é importante porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e estabelecer facilmente a
equação de valor para resolução do problema;
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compromissos estão na mesma unidade de
medida de tempo periodicidade da taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias (ou você
expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa o prazo na unidade de tempo da taxa –
escolha a transformação que torne os cálculos mais simples);
4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação (data focal), lembrando sempre que
capitais exigíveis antes da data focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M = C (1
+ in), dependendo da modalidade de desconto utilizada;
5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com base no diagrama de fluxo de caixa
que você esquematizou, monte a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos
(transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de fluxo de caixa seja igual à soma dos
valores dos títulos (transportados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de caixa;
6. resolva a equação de valor;
7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que você encontrou corresponde ao que o
problema está pedindo (às vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra um
resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém, colocada ali para induzi-lo em erro, quando
seria necessário ainda um passo a mais para chegar ao resultado final correto).

Desconto e Equivalência

Por fim, gostaríamos de dar uma dica para ajudá-lo a perceber quando um problema é de desconto e
quando é de equivalência. Em linhas gerais, nos problemas de Desconto, alguém quer vender papéis
(duplicatas, promissórias, letras de câmbio, etc.), enquanto que nos problemas de Equivalência, alguém
quer financiar ou refinanciar uma dívida.

Questões

1. No refinamento de uma dívida, dois títulos, um para 6 meses e outro 12 meses, de R$ 2.000,00 e
de R$ 3.000,00, respectivamente, foram substituídos por dois outros, sendo o primeiro de R$ 1.000,00,
para 9 meses, e o segundo para 18 meses. A taxa de desconto comercial simples é de 18% a.a. O valor
do título de 18 meses, em R$, é igual a:
(A) 4.678,08
(B) 4.000,00
(C) 6.000,88

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(D) 4.500,48
(E) 4.288,00

2. O pagamento do seguro de um carro, conforme contrato, deve ser feito em 3 parcelas quadrimestrais
de R$ 500,00. O segurador, para facilitar ao seu cliente, propõe-lhe o pagamento em 4 parcelas trimestrais
iguais. Utilizando-se a data focal zero, a taxa de juros de 24% a.a. e o critério de desconto racional
simples, o valor das parcelas trimestrais será, em R$:
(A) 258,68
(B) 453,68
(C) 285,89
(D) 300,00
(E) 371,68

3. A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, contratando-se a taxa de juros de 28%
a.a. Além dessa aplicação, existe outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses.
Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto racional e a data focal 12 meses, a
soma das aplicações é, em R$:
(A) 8.000,92
(B) 9.950,92
(C) 8.000,00
(D) 8.950,92
(E) 9.000,00

Comentários

01. Resposta: A.
A taxa de juros é anual. Entretanto, como os prazos de pagamento estão expressos em meses, vamos
transformá-la em mensal:
i = 18% a.a. = 1,5% a.m. = 0,015 a.m.
A modalidade de desconto é o comercial simples, mas o problema não mencionou qual a data focal a
ser considerada. Em casos como este, presumimos que a data focal seja a data zero.
Vamos, então, calcular o total da dívida na data zero para cada um dos planos de pagamento, e igualar
os resultados, pois os dois esquemas devem ser equivalentes para que se possa substituir um pelo outro.
Além disso, para transportarmos os capitais para a data zero, utilizaremos a fórmula do valor atual do
desconto comercial simples:
Vacs = N (1 – in). Obteremos a seguinte equação:
2.000 (1 – 0,015 . 6) + 3.000 (1 – 0,015 .12) = 1.000 (1 – 0,015 . 9) + x (1 – 0,015 . 18) (total da dívida
conforme o plano Alternativo Original de pagamento, proposto, atualizado para a data zero).
Calculando o conteúdo dos parênteses, temos:
2.000 (0,91) + 3.000 (0,82) = 1.000 (0,865) + x (0,73)
1.820 + 2.460 = 865 + 0,73x
0,73x = 1.820 + 2.460 – 865
x = 3.415/0,73 = 4.678,08

02. Resposta: E.
Fazendo o diagrama dos pagamentos, temos:
i = 24% a.a. = 2% a.m. = 0,02 a.m.
Uma vez que o critério é de desconto racional simples, ao transportarmos os valores para a data zero,
teremos que utilizar a fórmula do valor atual racional simples
Vars = N/1 + in . Podemos escrever, então, que:
Total da dívida conforme o plano original de pagamento, atualizado racionalmente para a data zero
500/1 + 0,02 . 4 + 500/1 + 0,02 . 8 + 500/1 + 0,02 . 12 = x/1 + 0,02 . 3 + x/1 + 0,02 . 6 + x/1 + 0,02 . 9 +
x/1 + 0,02 . 12
Total da dívida conforme o plano alternativo proposto, atualizado racionalmente para a data zero
500/1,08 + 500/1,16 + 500/1,24 = x/1,06 + x/1,12 + x/1,18 + x/1,24
1.297,22 = 3,49 . x
x = 1.297,22/3,49
x = 371,68

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03. Resposta: D.
Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira aplicação. Considerando n = 9 meses =
0,75 anos, temos que:
N = C (1 + in)
N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para serem transportados à data doze, o título
de 2.420 terá que ser capitalizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser
descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., considerando-se capitalização simples, é
equivalente a 1,5% a.m. = 0,015 a.m. Desta forma, podemos escrever que:
2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
2.528,9 + 6.422,02 = x
x = 8.950,92

2 - Juros simples - Cálculo do montante, dos juros, da taxa de juros, do principal


e do prazo da operação financeira. 3 - Juros compostos - Cálculo do montante,
dos juros, da taxa de juros, do principal e do prazo da operação financeira.

JUROS SIMPLES5

Em regime de juros simples (ou capitalização simples), o juro é determinado tomando como base
de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que empresta) no final da
operação. As operações aqui são de curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, entre
outros.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado sobre o capital inicial
emprestado ou aplicado.

- Os juros são representados pela letra J.


- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C
(capital) ou P(principal) ou VP ou PV (valor presente) *.
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado
pela letra i e utilizada para calcular juros.

*Varia de acordo com a literatura estudada.

Chamamos de simples os juros que são somados ao capital inicial no final da aplicação.

Exemplo

1) Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de R$ 4. 000,00, pelo prazo de 5 meses,
à taxa de 3% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resposta
- Capital aplicado (C): R$ 4.000,00
- Tempo de aplicação (t): 5 meses

5
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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- Taxa (i): 3% ou 0,03 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,03 x R$ 4.000,00 = R$ 120,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 120,00 + R$ 120,00 = R$ 240,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 240,00 + R$ 120,00 = R$ 360,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 360,00 + R$ 120,00 = R$ 480,00
- No final do 5º período (5 meses), os juros serão: R$ 480,00 + R$ 120,00 = R$ 600,00

Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$ 600,00 de juros.

Fazendo o cálculo, período a período:

- No final do 1º período, os juros serão: i.C


- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
--------------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
J=C.i.t

1) O capital cresce linearmente com o tempo;


2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a soma do capital com os juros, ou seja:
Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas forem valores conhecidos, podemos
calcular o 4º valor.

M = C + J → M = C.(1+i.t)

Exemplo
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 25.000,00 para render, em 3 anos, R$ 45.000,00 de
juros? (Observação: Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)

C = R$ 25.000,00
t = 3 anos
j = R$ 45.000,00
i = ? (ao ano)
C.i.t
j=
100
25000 .i.3
45 000 =
100
45 000 = 750 . i

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45 .000
i=
750
i = 60
Resposta: 60% ao ano.

Quando o prazo informado for em dias, a taxa resultante dos cálculos será diária; se o prazo for
em meses, a taxa será mensal; se for em trimestre, a taxa será trimestral, e assim sucessivamente.

Questões

01. (AL/RR – Economista – FUNRIO/2018) Paulo contraiu uma dívida do Banco X, no valor de R$
400,00 que foi quitada em dois trimestres, depois de contraída.
A taxa linear mensal praticada pelo Banco X, que teve como resultado a cobrança de juros de R$
150,00, foi de
(A) 8,70%.
(B) 7,50%.
(C) 6,25%.
(D) 5,10%.

02. (EBSERH – Técnico em Contabilidade – CESPE/2018) No que se refere a matemática financeira


e finanças, julgue o item seguinte.
Se R$ 10.000 forem aplicados pelo prazo de 45 dias à taxa de juros simples de 12% ao ano, o montante
ao final do período será inferior a R$ 10.140.
( )Certo ( )Errado

03. (BANESTES – Assistente Securitário – FGV/2018) Caso certa dívida não seja paga na data do
seu vencimento, sobre ela haverá a incidência de juros de 12% a.m.. Se essa dívida for quitada com
menos de um mês de atraso, o regime utilizado será o de juros simples.
Considerando-se o mês comercial (30 dias), se o valor dessa dívida era R$ 3.000,00 no vencimento,
para quitá-la com 8 dias de atraso, será preciso desembolsar:
(A) R$ 3.096,00;
(B) R$ 3.144,00;
(C) R$ 3.192,00;
(D) R$ 3.200,00;
(E) R$ 3.252,00.

04. (BANPARÁ – Técnico Bancário – INAZ do Pará) Na capitalização de juros simples:


(A) A capitalização de juros ocorre sobre o capital inicial
(B) Os juros são pagos no vencimento, que é fixo.
(C) Os juros são pagos durante o período de capitalização
(D) Os juros são incorporados ao capital durante a capitalização
(E) Todas as alternativas acima estão erradas

05. (IESES) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um montante de R$ 1.240.000,00 após


12 meses. Dentro do regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.

06. (EXATUS-PR) Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros simples, por um período de
16 meses. Após esse período, o montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada nessa
transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.

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07. (UMA Concursos) Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio, a uma taxa de 1,3%
ao mês, em regime de juros simples resulta em um montante de R$ 68.610,40 no final do período?
(A) R$ 45.600,00
(B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00
(D) R$ 60.600,00
08. (TRF- 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC) Em um contrato é estabelecido que uma pessoa
deverá pagar o valor de R$ 5.000,00 daqui a 3 meses e o valor de R$ 10.665,50 daqui a 6 meses. Esta
pessoa decide então aplicar em um banco, na data de hoje, um capital no valor de R$ 15.000,00, durante
3 meses, sob o regime de capitalização simples a uma taxa de 10% ao ano. No final de 3 meses, ela
resgatará todo o montante correspondente, pagará o primeiro valor de R$ 5.000,00 e aplicará o restante
sob o regime de capitalização simples, também durante 3 meses, em outro banco. Se o valor do montante
desta última aplicação no final do período é exatamente igual ao segundo valor de R$ 10.665,50, então
a taxa anual fornecida por este outro banco é, em %, de
(A) 10,8%.
(B) 9,6%.
(C) 11,2%.
(D) 12,0%.
(E) 11,7%.

Comentários

01. Resposta: C
O capital será de: 400,00
2 trimestres: 2.3 = 6 meses
J = 150 reais.
Utilizando a fórmula básica para juros compostos teremos:

C.i.t
j=
100
150 . 100 = 400 . i . 6
15000
i = 2400 = 6,25% ao mês

02. Resposta: Errado


C.i.t
Pela fórmula de juros simples teremos j =
100
Mas antes devemos converter os dados para a mesma unidade de tempo.
i = 12% ao ano = 1% ao mês
t = 45 dias = 1,5 meses
C = 10000
Montante foi de 10140, logo o juros foi de 10140 – 10000 = 140 reais.
Vamos lá!
C.i.t
j=
100
10000 . 1 . 1,5 15000
j= 100
= 100 = 150 reais, que é superior à 140 reais conforme dito no enunciado.

03. Resposta: A
Antes de resolvermos devemos fazer as devidas conversões, vamos lá!
i = 12% ao mês = 12 : 30 = 0,4% ao dia

C.i.t
j=
100
3000 . 0,4 . 8 9600
j= 100
= 100
= 96 reais

Assim deverá pagar 3000 + 96 = 3096 reais

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04. Resposta: A
Na capitalização simples o juros sempre incide sobre o capital inicial, por isto a alternativa A está
correta.

05. Resposta: E
C = 1.000.000,00
M = 1.240.000,00
t = 12 meses
i=?
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i = 1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i =
1,24 – 1 → 12i = 0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m
Como não encontramos esta resposta nas alternativas, vamos transformar, uma vez que sabemos a
taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b.
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t.
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s.
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a.

06. Resposta: B
Pelo enunciado temos:
C = 670
i=?
n = 16 meses
M = 766,48
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670 (1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i =
1,144 → 16i = 1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i = 0,9% a.m.
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano, logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 =
10,8% a.a.

07. Resposta: C
C=?
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses
i = 1,3% a.m = 0,013
M = 68610,40
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C (1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C =
68610,40 = C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00.

08. Resposta: C
j= 15.000*0,10*0,25 (0,25 é 3 meses/12)
j=15.000*0,025
j=375,00
Montante 15.000+375,00= 15.375,00
Foi retirado 5.000,00, então fica o saldo para nova aplicação de 10.375,00 o valor a pagar da segunda
parcela (10.665,50) é o mesmo valor do saldo da aplicação dos 10.375,00 em 03 meses.
10.665,50-10.375,00= 290,50, esse foi o juros, então é só aplicar a fórmula dos juros simples.
j=c.i.t
290,5=10.375,00*i*0,025
290,5=2.593,75*i
i= 290,5/2.593,75
i= 0,112
i=0,112*100=11,2%
JUROS COMPOSTOS

O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades, a saber:

Juros simples (capitalização simples) – a taxa de juros incide sempre sobre o capital inicial.
Juros compostos (capitalização composta) – a taxa de juros incide sobre o capital de cada
período. Também conhecido como "juros sobre juros".

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Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam reinvestir as


quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de juros
compostos6 na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em estudos econômicos.

Exemplo
Considere o capital inicial (C) $1500,00 aplicado a uma taxa mensal de juros compostos (i) de 10% (i
= 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (capital + juros), mês a mês:
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1500 x 1,1 = 1650 = 1500(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1650 x 1,1 = 1815 = 1500(1 + 0,1)2
Após o 3º mês, teremos: M3 = 1815 x 1,1 = 1996,5 = 1500(1 + 0,1)3
.....................................................................................................
Após o nº (enésimo) mês, sendo M o montante, teremos evidentemente: M = 1500(1 + 0,1)t
De uma forma genérica, teremos para um capital C, aplicado a uma taxa de juros compostos (i) durante
o período (t):
M = C (1 + i)t

Onde:
M = montante,
C = capital,
i = taxa de juros e
t = número de períodos que o capital C (capital inicial) foi aplicado.
(1+i)t ou (1+i)n = fator de acumulação de capital

Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de
ser necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos, deveremos considerar 2% ao mês
durante 3x12=36 meses.

Graficamente temos, que o crescimento do principal(capital) segundo juros simples é LINEAR,


CONSTANTE enquanto que o crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO
e, portanto tem um crescimento muito mais "rápido".

- O montante no 1º tempo é igual tanto para o regime de juros simples como para juros
compostos;
- Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros simples;
- Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de juros compostos.

Juros Compostos e Logaritmos


Para resolução de algumas questões que envolvam juros compostos, precisamos ter conhecimento de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos achar o tempo/prazo. É muito
comum ver em provas o valor dado do logaritmo para que possamos achar a resolução da questão.

Exemplo
Um capital é aplicado em regime de juros compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de
quanto tempo este capital estará duplicado?
Resolução
Sabemos que M = C (1 + i)t. Quando o capital inicial estiver duplicado, teremos M = 2C.
Substituindo, vem: 2C = C(1+0,02)t [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]

6
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.

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Simplificando, fica:
2 = 1,02t , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: t = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 / 0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem ser obtidos rapidamente em máquinas
calculadoras científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular ou concurso, o examinador teria de
informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir o uso de calculadora na prova, o que
não é comum no Brasil.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe que a taxa de juros do problema é
mensal), o que equivale a 2 anos e 11 meses.
Resposta: 2 anos e 11 meses.

- Em juros simples quando a taxa de juros(i) estiver em unidade diferente do tempo(t), pode-se
colocar na mesma unidade de (i) ou (t).
- Em juros compostos é preferível colocar o (t) na mesma unidade da taxa (i).

Questões

01. (UFLA – Administrador – UFLA/2018) A alternativa que apresenta o valor futuro correto de uma
aplicação de R$ 100,00 à taxa de juros compostos de 10% ao ano pelo período de dois anos é:
(A) R$ 121,00
(B) R$ 112,00
(C) R$ 120,00
(D) R$ 110,00

02. (BANPARÁ – Técnico Bancário – FADESP/2018) Na realização de um empréstimo de R$


8.000,00 por três meses, havia duas possibilidades de sistema a considerar: juros simples a 5%a.m ou
juros compostos a 4%a.m. Comparando os montantes obtidos nesses dois sistemas, é correto afirmar
que o de juros simples é, aproximadamente,
(A) inferior ao de juros compostos em R$ 300,00.
(B) inferior ao de juros compostos em R$ 200,00.
(C) igual ao de juros compostos.
(D) superior ao de juros compostos em R$ 200,00.
(E) superior ao de juros compostos em R$ 300,00.

03. (STM – Analista Judiciário – CESPE/2018) Uma pessoa atrasou em 15 dias o pagamento de uma
dívida de R$ 20.000, cuja taxa de juros de mora é de 21% ao mês no regime de juros simples.
Acerca dessa situação hipotética, e considerando o mês comercial de 30 dias, julgue o item
subsequente.
No regime de juros compostos, o valor dos juros de mora na situação apresentada será R$ 100 menor
que no regime de juros simples.
( )Certo ( )Errado

04. (TRANSPETRO – Engenheiro Junior – CESGRANRIO/2018) Uma empresa captou R$ 100.000


reais a uma taxa de juros compostos de 1% ao mês.
Ao cabo de seis meses no futuro, essa dívida terá um valor em reais, no presente, de
(A) R$ 103.030
(B) R$ 104.060
(C) R$ 105.101
(D) R$ 106.000
(E) R$ 106.152

05. (EXÉRCITO BRASILEIRO) Determine o tempo necessário para que um capital aplicado a 20 % a.
m. no regime de juros compostos dobre de valor. Considerando que log 2 = 0,3 e log 1,2 = 0,08.
(A) 3,75 meses.
(B) 3,5 meses.
(C) 2,7 meses.
(D) 3 meses.
(E) 4 meses.

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06. (FCC) Saulo aplicou R$ 45 000,00 em um fundo de investimento que rende 20% ao ano. Seu
objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma casa que, na data da aplicação, custava
R$ 135 000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas condições, a partir da data da aplicação, quantos
anos serão decorridos até que Saulo consiga comprar tal casa?
Dado: (Use a aproximação: log 3 = 0,48)
(A) 15
(B) 12
(C) 10
(D) 9
(E) 6

07. (CESGRANRIO) Um investimento de R$1.000,00 foi feito sob taxa de juros compostos de 3% ao
mês. Após um período t, em meses, o montante foi de R$1.159,27. Qual o valor de t? (Dados: ln(1.000)
= 6,91; ln(1.159,27) = 7,06; ln(1,03) = 0,03).
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

08. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Fábio aplicou R$ 1.000,00 em uma aplicação
que rende juros compostos de 2% ao mês. Ao final de 3 meses qual será o montante da aplicação de
Fábio, desprezando-se as casas decimais?
(A) R$ 1.060
(B) R$ 1.061
(C) R$ 1.071
(D) R$ 1.029
(E) R$ 1.063

Comentários

01. Resposta: A
C = 100
i = 10%a.a = 0,1
t = 2 anos (taxa e tempo na mesma unidade, ok!)
M=?

M = 100.(1 + 0,1)²
M = 100.1,21 = 121 reais

02. Resposta: D
Nesta questão precisamos calcular o valor obtido no regime de juros simples e o valor obtido em juros
compostos, para depois calcularmos.
- Juros Simples
M=?
J=?
C = 8000
i = 5%a.m. = 0,05
t = 3 meses
J = 8000.0,05.3 = 1200
M = 8000 + 1200 = 9200

- Juros compostos

M=?
C = 8000
i = 4% a.m. = 0,04
t = 3 meses
M = 8000.(1 + 0,04)³ = 8000.1,04³ = 8998,12

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Fazendo a variação entre os valores teremos 9200 – 8998,12 = 201,09, que aproximadamente será
200 reais, assim o sistema de juros simples será superior em 200 reais se compararmos com o regime
de juros compostos.

03. Resposta: Certo


Neste exercício devemos saber no regime de juros simples e no regime de juros compostos para então
podermos compará-los.

- Juros Simples
C = 20000
i = 21%a.m. = 0,21
t = 15 dias (observe que a taxa e o tempo estão em unidades diferentes, assim iremos converter o
tempo na unidade da taxa)
t = 15/30 = ½ mês
1
J = 20000.0,21 . 2 = 2100

- Juros Compostos
C = 20000
i = 21%a.m. = 0,21
t = 15 dias (observe que a taxa e o tempo estão em unidades diferentes, assim iremos converter o
tempo na unidade da taxa)
t = 15/30 = ½ mês
1
M = 20000.( 1 + 0,21)2
1
M = 20000.1,212
Muita atenção neste momento, pois o expoente é uma fração e para isto você deve lembrar de algumas
𝑚 1
𝑛 2 2
propriedades de potência, 𝑎 𝑛 = √𝑎𝑚 , portanto no nosso exercício temos 1,212 = √1,211 = √1,21 = 1,1.

Prosseguindo,
1
M = 20000.1,212
2
M = 20000. √1,21
M = 20000.1,1 = 22000

Sendo de Juros = 22000 – 20000 = 2000


Portanto em juros simples = 2100
Juros compostos = 2000
Em juros simples é 100 reais maior que em juros compostos

04. Resposta: E
Vamos captar as informações:
M=?
C = 100000
i = 1%a.m. = 0,01
t = 6meses

M = 100000.(1 + 0,01)6
M = 100000.1,016
M = 100000. 1,06152 = 106152 reais

05. Resposta: A
M=C(1+i)t
2C=C(1+0,2)t
2=1,2t
Log2=log1,2t
Log2=t.log1,2 → 0,3=0,08t → T=3,75 meses

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06. Resposta: B
M = C. (1 + i)t
C = 45.000
i = 0,2
--------------------
C = 135.000
i= 0,08
45.000 (1+ i)t = 135.000 (1 + i)t
45.000 (1 + 0,2)t = 135.000 (1 + 0,08)t
45.000 (1,2)t = 135.000 (1,08)t
135.000/45.000 = (1,2/1,08)t
3 = (10/9)t
log3 = t.log (10/9) → 0,48 = (log10 - log9).t → 0,48 = (1 - 2log3).t
0,48 = (1 - 2.0,48).t → 0,48 = (1 - 0,96).t → 0,48 = 0,04.t
t = 0,48/0,04 → t = 12

07. Resposta: E
M = C (1 + i) t
1159,27 = 1000 ( 1 + 0,03)t
1159,27 = 1000.1,03t
ln 1159,27 = ln (1000 . 1,03t)
7,06 = ln1000 + ln 1,03t
7,06 = 6,91 + t . ln 1,03 → 0,15 = t . 0,03 → t = 5

08. Resposta: B
Juros Compostos
M = 1000 .(1,02)^3
M = 1000 . 1,061208
M = 1061,20

TAXAS DE JUROS: EFETIVA, NOMINAL, PROPORCIONAIS, EQUIVALENTES, REAL E


APARENTE7

As taxas de juros são índices fundamentais no estudo da matemática financeira. Os rendimentos


financeiros são responsáveis pela correção de capitais investidos perante uma determinada taxa de juros.
As taxas serão incorporadas sempre ao capital.

Taxa Efetiva
São aquelas onde a taxa da unidade de tempo coincide com a unidade de tempo do período de
capitalização(valorização). Utilizado muito em caderneta de poupança.

Exemplos

- Uma taxa de 75% ao ano com capitalização anual.


- Uma taxa de 11% ao trimestre com capitalização trimestral.

Quando no enunciado não estiver citando o período de capitalização, a mesma vai coincidir com
unidade da taxa. Em outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa Nominal
São aquelas cujas unidade de tempo NÃO coincide com as unidades de tempo do período de
capitalização.
7
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
mundoeducacao.com/matematica/taxa-efetiva-taxa-real.htm

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Exemplos

- 5% ao trimestre com capitalização semestral.


- 15% ao semestre com capitalização bimestral.

Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobrir a taxa
efetiva (multiplicando ou dividindo a taxa)

Exemplo

Como são 12 meses que existem no ano, então dividimos a taxa por 12, trazendo a taxa para o mesmo
período da capitalização, tendo assim a taxa efetiva da operação.

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas Proporcionais ou Lineares (regime de juros simples)


São taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao mesmo período de
tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplos
- 2% a.s é proporcional quantos % a.a?
Como 1 ano tem 2 semestre 2%. 2(semestres) = 4% a.a
- Uma taxa de 60% a.a geraria as seguintes taxas: 5% a.m (60%/12 meses);10% a.b (60%/6
bimestres); 20% a.q(60%/3quadrimestres) ....

Taxas Equivalentes (regime de juros compostos)


As taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém não de forma
proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplos

- 24% a.a é equivalente a %a.m?


Vamos aplicar o conceito acima, para resolução deste exemplo:
(1+ia)=(1+im)12 (expoente na menor unidade de tempo) (1+0,24) = (1+im)12  1,24 = (1+im)12  Para
12
retirar o expoente, basta fazermos a operação inversa da potenciação  12√1,24 = √(1 + 𝑖𝑚 )12
1
12
√1,24 = 1 + 𝑖𝑚 → 𝑖𝑚 = 1,2412 − 1

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Algumas bancas informam o valor da raiz, outras deixam como está.


𝒏
𝒎
√𝒂𝒎 = 𝒂 𝒏
Taxa Real, Aparente e Inflação
Taxa Real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
Taxa Aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
Taxa de Inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Podemos escrever todas essas taxas em função uma das outras:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
𝑀
Onde: (1 + 𝑖𝑎 ) = , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.
𝐶

Exemplos

01. Uma aplicação no mercado financeiro forneceu as seguintes informações:


− Valor aplicado no início do período: R$ 50.000,00.
− Período de aplicação: um ano.
− Taxa de inflação no período de aplicação: 5%.
− Taxa real de juros da aplicação referente ao período: 2%.
Se o correspondente montante foi resgatado no final do período da aplicação, então o seu valor é
(A) R$ 53.550,00.
(B) R$ 53.500,00.
(C) R$ 53.000,00.
(D) R$ 52.500,00.
(E) R$ 51.500,00.

Observe que o período de aplicação é de 1 ano, então tanto faz utilizar o regime de juros simples ou
compostos.
C = R$ 50.000,00
t= 1 ano
ii = 5% = 0,05
ir = 2% = 0,02
M=?

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)  (1+ia) = (1+0,02).(1+0,05i)  (1+ia) = 1,02 . 1,05  (1+ia) = 1,071 


ia = 1,071-1  ia = 0,071(taxa efetiva da operação)
Aplicando a fórmula do montante: M = C.(1+i)t  M= 50 000.(1+0,071)1  50 000. 1,071 
M= 53.550,00
Resposta: A.

02. Uma pessoa investiu R$ 1.000,00 por 2 meses, recebendo ao final desse prazo o montante de R$
1.060,00. Se, nesse período, a taxa real de juros foi de 4%, então a taxa de inflação desse bimestre foi
de aproximadamente
(A) 1,92.
(B) 1,90.
(C) 1,88.
(D) 1,86.
(E) 1,84.

Neste exemplo, está nos faltando saber o valor da taxa de juros aparente, mas com as outras
informações do enunciado podemos chegar ao seu valor:
C = 1.000,00
M = 1.060,00
t = 2 meses
ir = 4% = 0,04

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ii= ?
𝑀 1060
(1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑎 ) = 1,06
𝐶 1000
1,06
(1 + 𝑖𝑎 ) = (1 + 𝑖𝑟 ). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ 1,06 = (1 + 0,04). (1 + 𝑖𝑖 ) ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = ⇒ (1 + 𝑖𝑖 ) = 1,0192 ⇒
1,04

𝑖𝑖 = 1,0192 − 1 ⇒ 𝑖𝑖 = 0,0192 ⇒ 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 100(𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙) ⇒ 1,92

Questões
01. (Pref. Guarujá/SP – Professor de Matemática – CAIPIMES) Considere as seguintes situações:
I- Carlos comprou um produto que à vista custava R$ 1.000,00. Como ele não tinha todo esse valor,
ele fez um plano de pagamento com 12 prestações iguais, de R$ 100,00 cada uma, sem entrada.
II- Ana comprou o mesmo produto que Carlos, na mesma loja e com o mesmo preço à vista, mas fez
o seguinte plano de pagamento: uma entrada de R$ 100,00 e mais 11 prestações de R$ 100,00 cada
uma.

Com base nessas situações, é possível afirmar corretamente que:


(A) a taxa de juros do plano de Ana foi menor que a taxa de juros do plano de Carlos.
(B) a taxa de juros do plano de Ana foi igual à taxa de juros do plano de Carlos.
(C) a taxa de juros do plano de Ana foi maior que a taxa de juros do plano de Carlos.
(D) não há como comparar as taxas de juros dos planos de Ana e de Carlos.

02. (TJ/PE - Analista Judiciário-Contador - FCC) Uma taxa de juros nominal de 21% ao trimestre,
com juros capitalizados mensalmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de,
aproximadamente,
(A) 21,7%.
(B) 22,5%.
(C) 24,8%.
(D) 32,4%.
(E) 33,7%.

03. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25%
equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

04. (BAHIAGÁS – Técnico de Processos Tecnológicos – IESES) Uma pessoa faz um investimento
em uma aplicação que rende 14% de juros (taxa aparente) anuais. Porém a inflação em seu país é de
10% anuais. Portanto a taxa de juros real que remunera a aplicação é:
(A) Maior que 3,8% e menor que 3,9% ao ano.
(B) Maior que 3,6% e menor que 3,7% ao ano.
(C) Menor que 3,6% ao ano.
(D) Maior que 3,9% ao ano.
(E) Maior que 3,7% e menor que 3,8% ao ano.

05. (LIQUIGÁS – Assistente Administrativo – CESGRANRIO) Um financiamento está sendo


negociado a uma taxa nominal de 20% ao ano.
A taxa de juros efetiva anual desse financiamento, se os juros são capitalizados semestralmente, é:
(A) 10,00%
(B) 20,21%
(C) 21,00%
(D) 22,10%
(E) 24,20%

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Comentários

01. Resposta: C.
I. Carlos: 12 . 100 = 1200
II. Ana: 100 + 11 . 100 = 100 + 1100 = 1200
Os valores são iguais, porém Carlos não deu entrada e Ana sim. Por isso, a taxa de juros do plano de
Ana foi maior que a de Carlos.

02. Resposta: B.
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7%
a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043 = 1+it  it= 1,225043-1  it =
0,225043 x 100  it= 22,5043%

03. Resposta: C.
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das
questões vamos avaliar item a item para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)

04. Resposta: B.
(1+ia) = (1+ir).(1+ii)
Jogando os valores que temos, na fórmula.
1+ 0,14=(1+taxa real) . (1+ 0,1
1,14= (1+taxa real) . (1,1)

1,14/1,1= (1+taxa real)


1,0363= 1+ taxa real
1.0363-1=taxa real
Taxa real = 0,0363
Taxa real = 3,63%

05. Resposta: C.

Taxa nominal: 20%a.a. capitalizada semestralmente, ou seja 20/2 = 10% ao semestre.


Agora, basta determinar a taxa efetiva:

(1+iquero) = (1+itenho)
(1+iquero)1 = (1+0,10)²
iquero = 1,21 – 1 = 0,21 = 21%

4 - Sistemas de amortização - Sistema price; Sistema SAC.

SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES

Muito utilizado hoje quando se faz um empréstimo/financiamento8,os sistemas de amortização estão


diretamente relacionados com a tomada de crédito. E isso vale para a compra de um carro, a aquisição
de um imóvel ou mesmo ao investir em equipamentos para uma empresa.

8
SAMANEZ, C.P., Matemática Financeira, 3ª edição. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2002.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática Financeira e suas Aplicações.12 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

Apostila gerada especialmente para: Alexandre Araujo Danziger 714.966.966-20


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Quando uma pessoa ou empresa toma um valor emprestado, faz um financiamento ou adquire uma
dívida, ela passa a dever ao credor não apenas o montante inicial. Os valores referentes aos juros
acumulados durante o período da transação são acrescentados ao capital inicial. Assim, o saldo devedor
passa a ser capital + juros.
Para que a dívida seja totalmente paga, o tomador deve quitar o montante inicial adicionado aos juros
acrescidos. A forma como o valor total do saldo devedor será calculado é definida de acordo com o
sistema de amortização aplicado. Ele caracteriza como a dívida vai ser diminuída até chegar a sua total
liquidação

- Alguns conceitos:

Amortização (A)  é um processo que extingue dívidas através de pagamentos periódicos, é


a extinção de uma dívida através da quitação da mesma. Parte da prestação que não incide juros.

Prestação (P)  É a amortização acrescida de juros.

P=A+J

Juros (J)  Taxa que incide sobre o saldo devedor do período anterior (note que quando trabalhamos
com sistemas de amortização, estamos trabalhando com o regime de juros compostos).

Postecipadas Algo que será realizado posteriormente. Em outras palavras você irá usar e depois
pagar.

Antecipadas O contrário de postecipada.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)

O Sistema de Amortização Constante (SAC) consiste na amortização constante da dívida com base
em pagamentos periódicos decrescentes. Ou seja, quanto mais o tempo passa, menores ficam as
parcelas de quitação do saldo devedor enquanto o valor é amortizado de maneira constante em todos os
períodos.
De forma geral, os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos para o pagamento em
várias parcelas durante o prazo de quitação.

Exemplo

Para um empréstimo de R$ 10.000,00, a uma taxa de 5% ao mês, qual será a sua tabela de
amortização sabendo que serão pagas em 4 parcelas.

1º Passo: Determinar o valor da cota de amortização:

NETTO, Scipione Di Pierro; TEIXEIRA, James. Matemática Financeira. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1998.

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𝐸 10000
𝐴= ⟹ = 2500
𝑛 4

Em um sistema de amortização constante, as amortizações são iguais para todos os períodos:

O período 0(zero), é o do valor do empréstimo/financiamento.


Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos. Observe que
no período 4 o saldo é 0(zero), é onde temos a quitação total da dívida.

2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o Juros sempre irá incidir sobre o
Capital/Saldo Devedor do período anterior.)

Período 1 J = C.i.t (t=1)  J= 10000 . 0,05 .1  J = 500 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 0(período anterior) e não do Período 1.

3º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período. Lembrando que P= A+J

Período 1 P = 2500+500  P = 3000

4º Passo: Calcular o Juros para o Período 2.

Período 2  J = C.i.t (t = 1)  J = 7500 . 0,05 .1  J = 375 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 1 (período anterior) e não do Período 2.

5º Passo: Calcular o valor da prestação para cada período. Lembrando que P = A + J

Período 2 P = 2500+375  P = 2875

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E vamos fazendo assim para cada período, temos:

Principais características:
- As cotas de amortização são iguais;
- As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes;
- As amortizações serão sempre constantes.
- Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão
decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

𝟏
Para séries antecipadas (com entrada), basta multiplicar o valor da prestação por (𝟏+𝐢).

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS OU TABELA PRICE (SAF)

Por ele, o montante total é amortizado ao longo do contrato e de forma crescente. Assim, o pagamento
é feito através de um conjunto de prestações sucessivas e constantes.
Geralmente, as parcelas são pagas mensalmente em valores iguais, já com os juros embutidos.
Também pode ser chamado de Sistema de Parcelas Fixas ou Sistema Francês.

Exemplo

Para um empréstimo de R$ 8.660,00 a uma taxa de 5% ao mês, qual será a sua tabela de amortização
sabendo que serão pagas em 5 parcelas. Dado que FRC = 0,231.

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1º Passo: Determinar o valor da prestação

Em um sistema de amortização francês, as prestações são iguais para todos os períodos, e é possível
acha-la através da fórmula:

1
Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que 𝐹𝑉𝐴 = :
𝐹𝑅𝐶

𝟏 𝑷
𝑬 = 𝑷. → 𝑬. 𝑭𝑹𝑪 = 𝑷 → 𝑭𝑹𝑪 =
𝑭𝑹𝑪 𝑬

Aplicando ao exemplo:
1
E = P . FVA  𝐸 = 𝑃.  E .FRC= P  8660 . 0,231 = P  P = 2000,46 (vamos arredondar para
𝐹𝑅𝐶
2000.)

2º Passo: Calcular o Juros para cada período. (Atenção: o Juros sempre irá incidir sobre o
Capital/Saldo Devedor do período anterior.)

Período 1 J = C.i.t (t = 1)  J = 8660 . 0,05 .1  J = 433 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 0 (período anterior) e não do Período 1.

3º Passo: Calcular o valor da amortização para cada período. Lembrando que P= A+J, logo A = P - J

Período 1 A = 2000 - 433  A = 1567


Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor do Período 1.

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4º Passo: Calcular o Juros para cada período.

Período 2 J = C.i.t (t=1)  J= 7093. 0,05 .1  J = 354,65 ∴ Observe que o juros incidiu sobre o
capital do Período 1(período anterior) e não do Período 2.

5º Passo: Calcular o valor da amortização para cada período.

Período 2 A = 2000 – 354,65  A = 1645,35


Com a Amortização já podemos descobrir o Saldo Devedor do Período 2.

E vamos fazendo assim para cada período, temos:

Obs.: Por estarmos trabalhando com números com vírgulas, podem ocorrer erros de aproximação,
fazendo com que na coluna do Saldo Devedor ainda reste algum valor.

Principais características:
- As prestações são constantes;
- Juros decrescentes;
- Amortizações crescentes.
- Na coluna Juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO MISTO (SAM).

Principais características:
- A prestação é a média entre a do SAC e a do Sistema Francês.

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Para efetuar os cálculos basta utilizar todo os conceitos aprendidos acima.

SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO VARIÁVEL

No sistema de amortizações variáveis (SAV), a devolução do financiamento não segue uma sequência
que obedeça a um critério ou modelo matemático. Neste sistema, o devedor paga o principal,
periodicamente por valores variáveis de acordo com a combinação realizada previamente com o credor.
A única restrição consiste em que o somatório das parcelas de amortização seja idêntico ao valor do
financiamento, enquanto os juros sobre o saldo devedor sejam pagos em cada período, juntamente com
a parcela de amortização e, na hipótese de não estar prevista amortização em um determinado período,
os juros, necessariamente, sejam pagos.

Exemplo

Supondo um financiamento de $ 50 mil a uma taxa de 12,0% a.a. e prazo de 12 meses, imaginando-
se que tenha sido combinado o fluxo de pagamentos seguinte:

Referências
http://www.premioabecip.org.br/2010/tema1/universitario/marcelo-dos-santos.pdf
REZENDE, Teotonio Costa. Os sistemas de amortização nas operações de crédito imobiliário: a falácia da capitalização de juros e da inversão do momento de
deduzir a quota de amortização. Rio de Janeiro: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2003.

SISTEMA AMERICANO DE AMORTIZAÇÃO

O Sistema Americano de Amortização é um tipo de quitação de empréstimo que favorece aqueles que
desejam pagar o valor principal através de uma única parcela, porém os juros devem ser pagos
periodicamente ou, dependendo do contrato firmado entre as partes, os juros são capitalizados e pagos
junto ao valor principal. Observe as planilhas demonstrativas desse modelo de amortização.

Exemplo 1
Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago através do sistema americano no prazo de 10 meses, a
juros mensais de 3% ao mês. Veja: De acordo com o modelo de amortização americana, a quitação do
empréstimo ocorrerá no último mês, então nos meses anteriores a pessoa irá pagar somente o valor dos
juros.
Juros = 3% de 50.000 = 1.500

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Observe que os juros do último período também são pagos pelo devedor.

Exemplo 2
Construa a planilha e determine o valor total dos juros pagos pelo empréstimo referente a R$
25.250,00, pagos pelo sistema americano durante 5 meses, a uma taxa de 2,5% ao mês.
Juros mensais = 2,5% de 25.250,00 = 0,025 * 25.250,00 =

O valor total dos juros é equivalente a R$ 3.156,25.

Questões

01. (Banco do Brasil – Técnico bancário – FCC) Um empréstimo de R$ 800.000,00 deve ser
devolvido em 5 prestações semestrais pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC) à taxa de 4% ao
semestre. O quadro demonstrativo abaixo contém, em cada instante do tempo (semestre), informações
sobre o saldo devedor (SD), a amortização (A), o juro (J) e a prestação (P) referentes a esse empréstimo.
Observe que o quadro apresenta dois valores ilegíveis.

Se o quadro estivesse com todos os valores legíveis, o valor correto da prestação P, no último campo
à direita, na linha correspondente ao semestre 5, da tabela, seria de
(A) 170.300,00.
(B) 167.500,00.

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(C) 166.400,00.
(D) 162.600,00.
(E) 168.100,00.

02. (TRT 6ª REGIÃO- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE - FCC) Um empréstimo foi obtido


com taxas de juros simples de 18% a.a., para pagamento em 12 prestações mensais, consecutivas,
vencendo a primeira 30 dias após a obtenção do empréstimo. Sabendo-se que foi adotado, neste caso,
o sistema de amortização constante (SAC) e que o valor principal do empréstimo era R$ 120.000,00, o
valor da 8a parcela foi
(A) R$ 9.750,00
(B) R$ 10.600,00
(C) R$ 10.750,00
(D) R$ 12.000,00
(E) R$ 11.250,00

03. (UFGD – Analista Administrativo – Economia – AOCP) O sistema que consiste no plano de
amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes, em progressão
aritmética, denomina-se
(A) Sistema de Amortização Misto.
(B) Sistema Price.
(C) Sistema de Amortização Constante.
(D) Sistema Americano com fundo de amortização.
(E) Sistema Alemão.

04. (BNDES – Profissional Básico – Ciências Contábeis – CESGRARIO) Um cliente solicitará um


empréstimo bancário e, para tirar suas dúvidas, antes de ir ao banco, contratou um consultor particular.
Ele informou ao consultor que gostaria de que o empréstimo fosse nas seguintes condições: na prestação
calculada, já estivesse incluída parte da amortização da dívida e que, no final da operação, tivesse pagado
a menor quantidade de juros possível. Ele não tem restrições quanto ao valor das prestações.
Baseando-se nas informações do seu cliente, qual sistema de amortização o consultor deve indicar?
(A) Americano
(B) Alemão
(C) Francês (PRICE)
(D) SAC (Amortização Constante)
(E) SAM (Amortização Misto)

05. (UFRB – Economista – FUNRIO) Sobre o sistema de amortização constante (SAC) e o sistema
de amortização francês (SAF), é correto afirmar que:
(A) no SAC as parcelas são decrescentes.
(B) no SAF as parcelas são crescentes.
(C) os juros são calculados sobre o valor da amortização em ambos os sistemas.
(D) o pagamento total de juros é igual em ambos os sistemas.
(E) o saldo devedor após o pagamento da primeira parcela é maior no SAC do que no SAF.

06. (Pref. Florianópolis/SC – Auditor Fiscal de Tributos Municipais – FEPESE) Uma pessoa
financiou 100% de um imóvel no valor de R$ 216.000,00 em 9 anos. O pagamento será em prestações
mensais e o sistema de amortização é o sistema de amortização constante (SAC).
Sabendo que o valor da terceira prestação é de R$2.848,00, a taxa de juros mensal cobrada é de:
(A) 0,2%.
(B) 0,4%.
(C) 0,5%.
(D) 0,6%.
(E) 0,8%.

07. (TRE/BA – Técnico Judiciário – CESPE/2017) Um banco emprestou a uma empresa R$ 100.000,
entregues no ato, sem prazo de carência, para serem pagos em quatro prestações anuais consecutivas
pelo sistema de amortização constante (SAC). A taxa de juros compostos contratada para o empréstimo
foi de 10% ao ano, e a primeira prestação será paga um ano após a tomada do empréstimo.
Nessa situação, o valor da segunda prestação a ser paga pela empresa será?

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(A) Superior a R$ 33.000,00.


(B) Inferior a R$ 30.000,00.
(C) Superior a R$ 30.000,00 e inferior a R$ 31.000,00.
(D) Superior a R$ 31.000,00 e inferior a R$ 32.000,00.
(E) Superior a R$ 32.000,00 e inferior a R$ 33.000,00.

08. (ELETROBRAS – Contabilidade – FCC) O Banco Comitê S.A. emprestou para a empresa
Empreende S.A. a quantia de R$ 1.000.000,00, por 3 anos, a taxa de juros de 2,5%, ao ano, com
pagamentos anuais. O sistema de amortização pactuado é o sistema Price. Com base nos dados, o valor
a ser registrado pela empresa, considerando que a mesma não pretende liquidar o empréstimo
antecipadamente, é
(A) o pagamento de três parcelas de R$ 374.137,17.
(B) um total de juros pagos, pelo empréstimo de R$ 50.411,50.
(C) uma amortização do valor principal, referente a terceira parcela de R$ 350.137,17.
(D) uma amortização do valor da segunda parcela de R$ 25.000,00.
(E) o pagamento de juros no valor de 8.539,93, relativos a primeira parcela.

Respostas

01. Resposta: C.
Parcela 5 = Amortização 5 + Juros 5
Juros 5 = Saldo devedor 4 x taxa de juros
Juros 5 = 160.000 x 0,04 = 6.400,00
P5 = 160.000 + 6.400 = 166.400,00

02. Resposta: D.
SAC = P e J decrescente.
i = 18% a.a /12 = 1,5% a.m. = 0,015
A = E/n  120 000/12 = 10 000
Vamos utilizar a fórmula do termo geral da PA
Pn = P1 + (n - 1).r  P8 = P1 + 7.r ,
Onde: J1= 0,015 . 120 000 = 1800
P1 = A + J = 10 000 + 1800 = 11 800
r = - i.A = - 0,015 x 10 000 = - 150
P8= 11 800 + 7.(- 150)  P8= 11 800 – 1050  P8 = 10 750,00

03. Resposta: C.
Como vimos no estudo dos tipos de Amortização, a única que apresenta esta característica é o Sistema
de Amortização Constante (SAC).

04. Resposta: D.
Principais características:
- As cotas de amortização são iguais;
- As prestações são decrescentes;
- Os juros são decrescentes;
- As amortizações serão sempre constantes.
- Nas colunas dos Juros e das Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão
decrescente.

05. Resposta: A.
(A) correto
(B) as parcelas são constantes
(C) vimos que no SAC as amortizações são constantes.
(D) Cada sistema tem um pagamento de juros diferentes. No SAC é em progressão aritmética e no
SAF é em progressão geométrica.
(E) Na verdade no SAF o saldo devedor após o pagamento da primeira parcela é maior que no SAC,
pois a amortização é crescente o que torna o saldo devedor menor a cada pagamento.

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06. Resposta: B.
Sabemos que no SAC Amortizações são constantes:
Sabemos que E = 216.000
n = 9 anos x 12(mensal) = 108 parcelas
A=?
𝐸 216000
𝐴= = = 2000
𝑛 108
Com a cota de amortização, podemos calcular o Saldo Devedor para todos os períodos:

Sabemos a prestação do período 3 que é R$ 2.848,00. Lembrando que P = A + J, temos que para
o período 3:
P = A + J  2 848 = 2 000 + J  J = 2 848 – 2 000 = 848. O juros incide sobre o capital do período
anterior que neste caso é o 2.O tempo é 1
J = C.i.t  848 = 212 000.i.1  i = 848 / 212 000  i = 0,004 x 100%  i = 0,4%.

07. Resposta: E.
D = 100.000
A = 100.000/4 = 25.000
i = 10% a.a
P2 = ??

P2 = A + J2
P2 = 25.000 + (100.000-25.000) x 0,1
P2 = 25.000 + 75.000x0,1
P2 = 25.000 + 7500
P2 = 32.500

08. Resposta: B.
Como é pela tabela Price, vamos encontrar primeiramente o valor da prestação

(1+0,025) 3 −1 0,07689062
1000000 = P.[0,025.(1+0,025) 3 ] =P. 0,02692226 = P. 2,856023
1000000
P = 2,856023= 350137,24, este é o valor pago por prestação, vamos montar a tabela para descobrir
o valor dos juros e da amortização.

J = 25000 + 16871,57 + 8539,92 = 50411,49

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