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Aula 00 - Prof Celso

Natale
Banco do Brasil - Conhecimentos
Bancários - 2023 (Pós-Edital)

Autor:
Celso Natale, Equipe Legislação
Específica Estratégia Concursos

24 de Dezembro de 2022

40181815826 - Flávio Ricardo Cirino


Celso Natale, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
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SUMÁRIO
1 Sistema Financeiro Nacional ........................................................................................................4

1.1 Normatizadores do SFN ..........................................................................................................6

1.2 Supervisores do SFN ...............................................................................................................9

1.3 Operadores do SFN .............................................................................................................. 14

2 Mercado Financeiro ................................................................................................................... 20

2.1 Intermediação Financeira ..................................................................................................... 21

2.2 Desdobramentos do Mercado Financeiro .......................................................................... 24

Resumo e Esquemas da Aula ........................................................................................................... 26

Questões Comentadas ..................................................................................................................... 31

Lista de Questões.............................................................................................................................. 56

Gabarito ............................................................................................................................................. 69

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INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO
Saudações! Aqui é o professor Celso Natale, e por deter e aplicar diariamente os
Conhecimentos Bancários que você precisa esbanjar para a banca no dia da prova, recebi a
missão de escrever e disponibilizar este curso para você.

Uma rápida apresentação; eu sou esse aí ao lado. Sou Servidor Público


Federal, da carreira de Especialista do Banco Central do Brasil (nosso querido
Bacen ou BC). Fui aprovado no concurso de 2013, e inicialmente alocado na
Supervisão de Instituições Financeiras. Após uma passagem pelo
Departamento de Comunicação, atuei como Coordenador na área de
Regimes Especiais, e agora estou na área do Diretor de Política Monetária.

Neste curso, cobriremos todos os assuntos de Conhecimentos Bancários


do edital do concurso do BANCO DO BRASIL 2023, na medida certa para
sua aprovação. A exceção são os tópicos de Ética e Responsabilidade
Socioambiental, que serão abordados em outro curso, por outro professor.

Farei isso sempre de forma muito objetiva, de forma que você possa acertar o maior número
de questões com o menor número de páginas possível.

Por falar em questões, teremos muitas da Cesgranrio, que tem certa tradição na área bancária,
mas complementaremos com questões de outras bancas, pois o estilo de cobrança costuma ser
bastante parecido.

E para esta primeira aula, escolhi os temas Sistema Financeiro Nacional (SFN) e Mercado
Financeiro:

1 - Sistema Financeiro Nacional: Estrutura do Sistema Financeiro Nacional; Órgãos


normativos e instituições supervisoras, executoras e operadoras. 2 - Mercado financeiro
e seus desdobramentos (mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial).

Além de serem temas muito recorrentes, eles permitirão uma visão abrangente da matéria
inteira, pois o SFN e o Mercado Financeiro são justamente o conjunto de instituições, produtos
e regras que compõem o mercado financeiro e bancário.

Como toda visão abrangente, ela carece de detalhes, mas não se preocupe. Esses detalhes serão
fornecidos ao longo do curso. É como se eu apresentasse para você um mapa de um local, que
oportunamente visitaremos, para você criar familiaridade e curiosidade e, uma vez lá, poderemos
conferir as minúcias.

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Primeiro vemos o quadro geral, e depois os detalhes. Acredito que seja a melhor forma para
aprender aquilo que precisamos para a prova.

Se precisar de ajuda com qualquer dúvida, procure-me no fórum ou nas redes sociais abaixo =)

@profcelsonatale

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1 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL


O Sistema Financeiro Nacional (SFN), que engloba os sistemas monetário, cambial, de crédito
e de capitais, é estruturado em três níveis. Esses três níveis são importantes, mas antes você
precisa compreender algumas coisas.

A primeira delas, é que por ser um sistema, o SFN é composto de diversas partes que se
relacionam de forma organizada.

Para organizar essas partes, a nossa Constituição Federal determina que o SFN deve ser regulado
por leis complementares, espécie normativa cujo processo de aprovação é mais exigente do que
suas “irmãs” “leis ordinárias”. Isso já nos dá uma dimensão da importância.

Agora sim, os três níveis do SFN são:

▶ Normatizadores ou Reguladores
▶ Supervisores
▶ Operadores

No nível mais alto, estão os órgãos normativos, que determinam regras gerais para o bom
funcionamento do SFN. São os seguintes conselhos:

▶ Conselho Monetário Nacional (CMN)


▶ Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
▶ Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

Os supervisores, que detalham as normatizações dos reguladores e, principalmente, buscam que os


integrantes do sistema financeiro sigam as regras definidas pelos órgãos normativos são:

▶ Banco Central do Brasil (BCB),


▶ Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
▶ Superintendência de Seguradores Privados (Susep)
▶ Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Os principais operadores do SFN – as instituições que ofertam serviços financeiros, no papel de


intermediários – são:

• Bancos
• Cooperativas
• Instituições de Pagamento

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• Bolsa de Valores
• Bolsa de Mercadorias de Futuros
• Corretoras
• Distribuidoras
• Seguradoras
• Financeiras
• Administradoras de Consórcio
• Fundos de Pensão

Nossa missão em aulas futuras será aprofundar a atuação de cada uma dessas
instituições, enquanto nesta aula teremos uma visão prévia e, mais importante,
entenderemos onde elas se inserem no sistema.

Este primeiro esquema apenas define uma hierarquia e dá um rápido panorama de cada papel:

• Estabelecem as • Detalham as • Atuam no


regras gerais a regras e mercado
serem seguidas. asseguram seu financeiro de
cumprimento. forma direta.

Normatizadores Supervisores Operadores

A partir daqui, detalharemos cada entidade dos dois níveis mais altos (reguladores e
supervisores) e apresentaremos os principais tipos de operadores, com base no conteúdo oficial
dos respectivos reguladores e supervisores.

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1.1 Normatizadores do SFN

Os órgãos normativos (ou normatizadores)do Sistema Financeiro Nacional determinam regras


gerais para o bom funcionamento do Sistema Financeiro Nacional.

Para compreender essa estrutura, podemos dizer que o SFN tem três órgãos normatizadores,
cada um deles responsável por um dos três ramos do SFN:

▶ Moeda, crédito, capitais e câmbio: O principal ramo do SFN lida diretamente com
quatro tipos de mercado, composto pelo conjunto de instituições e instrumentos que
possibilitam a transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários.
o mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda
escritural, aquela depositada em conta-corrente;
o mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das
pessoas em geral e para o funcionamento das empresas;
o mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar
recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;
o mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira.
▶ Seguros Privados: É o ramo do SFN para quem busca seguros privados, contratos de
capitalização e previdência complementar aberta.
o mercado de seguros privados: é o mercado que oferece serviços de proteção
contra riscos;
o previdência complementar aberta: é um tipo de plano para aposentadoria,
poupança ou pensão. Funciona à parte do regime geral de previdência e aceita a
participação do público em geral.
o contratos de capitalização: são os acordos em que o contratante deposita valores
podendo recebê-los de volta com juros e concorrer a prêmios.
▶ Previdência Fechada: Voltado para funcionários de empresas e organizações. O ramo
dos fundos de pensão trata de planos de aposentadoria, poupança ou pensão para
funcionários de empresas, servidores públicos e integrantes de associações ou entidades
de classe.

Antes mesmo de vermos o detalhamento de cada órgão normatizador (ou “normativo”, como
também pode aparecer na sua prova) veja como cada um deles se relaciona com os ramos do
SFN.

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Órgãos Normativos do SFN


CMN CNSP CNPC
Conselho Monetário Conselho Nacional de Conselho Nacional de
Nacional Seguros Privados Previdência Complementar

Responsável por
Responsável por Responsável por
normatizar os mercados
normatizar o mercado de normatizar o mercado de
de moeda, crédito,
Seguros Privados Previdência fechada
capitais e câmbio.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ele
formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a estabilidade da moeda e
o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, cabe ao CMN normatizar os mercados
de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro e principal ramo do SFN.

Ele o faz por meio de Resoluções, que são a espécie normativa utilizada.

Os membros do CMN são três:

• Ministro da Economia, como presidente do CMN;


• Presidente do Banco Central do Brasil;
• Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia

A Secretaria-Executiva do CMN é exercida pelo Banco Central, e isso pode gerar uma confusão
aos desavisados, pois as Resoluções do CMN são publicadas pelo Banco Central, mas quem
normatiza é o CMN. Veja, no recorte abaixo, um exemplo de Resolução do CMN:

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Viu só? O BCB apenas tornou público aquilo que o CMN resolveu.

Portanto, compete ao BCB organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, dar suporte,
elaborar as atas e manter o arquivo histórico, entre outras funções de secretariado).

Ainda sobre o CMN, é importante destacar que ele é:

• Responsável pela coordenação da Dívida Pública Federal externa e interna;


• Instância máxima decisória do SFN. Não estamos falando de instância recursal, atribuição
do CRSFN, visto adiante.

Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito – a Comoc – que atua como
órgão de assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do Brasil, e
é formada por membros do Ministério da Economia, BCB, CVM e Tesouro Nacional.

Os supervisores ligados ao CMN são o BCB e a CVM, detalhados adiante.

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é órgão responsável por fixar as diretrizes
e normas da política de seguros privados, sendo o regulador dos setores de seguros, resseguros,
previdência complementar aberta e capitalização.

Portanto, entre as funções do CNSP, estão:

• regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem


atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas;
• fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro;

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• estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;


• prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização,
Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais
e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão
de corretor.

O supervisor ligado ao CNSP é a Susep.

O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão com a função de


regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de
previdência complementar, ou seja, previdência fechada (não confundir com previdência
aberta, que é com o CNSP).

Ligada ao CNPC, como supervisor, temos a Previc.

1.2 Supervisores do SFN

As entidades supervisoras do SFN trabalham para que os integrantes do sistema financeiro e


também os cidadãos sigam as regras definidas pelos órgãos normativos. Por isso, eles também
recebem o nome de fiscalizadores.

Mais uma vez, começamos com uma breve apresentação em forma de esquema:

Supervisores do SFN
BCB CVM SUSEP PREVIC
Superintendência
Comissão de Valores Superintendência de
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Mobiliários Seguros Privados
Complementar

Supervisor dos Supervisor do Supervisor do


Supervisor do
mercados de mercado de mercado de
mercado de
moeda, crédito e seguros privados previdência
capitais.
câmbio. fechada fechada

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O Banco Central do Brasil (BCB 1) é, do ponto de vista jurídico, uma autarquia federal que, ao
contrário das demais autarquias e dos supervisores que veremos adiante, não tem vinculação
com Ministério algum. Essa ausência de vinculação – e também de tutela ou subordinação
hierárquica – é uma novidade, decorrente da Lei Complementar nº 179/2021, que concedeu
autonomia para o BCB.

Assim como é para os bancos centrais no mundo todo, sua missão é garantir a estabilidade do
poder de compra da moeda (controlar a inflação), e por isso ele é chamado de autoridade
monetária, mas também tem por objetivos:

1. zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro


2. suavizar as flutuações do nível de atividade econômica
3. fomentar o pleno emprego

Nesta aula, ganha importância o papel de zelar pela estabilidade e eficiência do sistema
financeiro, embora estejam todos relacionados.

A autarquia também é responsável por executar a estratégia estabelecida pelo Conselho


Monetário Nacional (CMN) para manter a inflação sob controle e atua como secretaria executiva
desse órgão.

O BCB tem diversas atribuições, das quais se destacam entre outras, ser o:

• emissor de moeda: detém o monopólio de emitir papel-moeda e moeda metálica no


Brasil.
• executor do meio circulante: além de emitir a moeda, é responsável pela distribuição e
logística desse numerário.
• banco dos bancos: é onde os bancos têm “conta”, e a quem podem recorrer se precisarem
de recursos.
• banqueiro do governo: mantém a chamada “Conta Única do Tesouro Nacional”, onde são
acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor dos “Ativos
de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
• executor da política monetária: determina a quantidade de moeda em circulação, de
acordo com as determinações do CMN.
• executor da política cambial: atua para controlar o preço das moedas estrangeiras,
também conforme determinar o CMN.
• supervisor do sistema financeiro.

Na verdade, seu papel vai muito além de supervisionar e fiscalizar, pois ele atua desde a
autorização para funcionamento até o procedimento de encerramento compulsório de uma
instituição financeira ou demais instituições sob sua autoridade.

1
Talvez você já conheça também o nome “Bacen”. Apesar de bastante difundido, ele não é adotado oficialmente:
você não verá um documento do BCB referindo-se a si como Bacen. Mas se aparecer na prova, sem problemas.

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E mais: o BC também supervisiona instituições que não são consideradas financeiras: as


administradoras de consórcios e as instituições de pagamentos.

Para fechar, o BCB também opera o Selic, item do nosso edital do qual falaremos agora.

Selic – Sistema Especial de Liquidação e Custódia

Operado pelo Banco Central do Brasil, o Sistema Especial de Liquidação e de


Custódia – Selic – é o sistema em que se efetua a custódia e se registram as
transações com Títulos Públicos Federais (TPFs), que são promessas de
pagamento, em forma escritural, emitidas pelo governo do Brasil, representado
pelo Tesouro Nacional. Quando emite um título, o governo torna-se devedor;
quem compra o título financia o governo.
Nesse sentido, o Selic é responsável pela custódia e por registrar e processar
emissão, resgate e pagamento de juros dos TPFs, operando em Liquidação Bruta
==275324==

em Tempo Real (LBTR), enquanto a liquidação de fundos correspondentes a


essas operações ocorre por meio da interligação do Selic ao STR. Se os recursos
não estiverem disponíveis, o STR rejeita a operação e, posteriormente, o Selic.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o
objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
Brasil, como uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Economia,
com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.

O mandato legal da CVM é:

• Desenvolvimento do mercado de capitais


• Eficiência e funcionamento do mercado
• Proteção dos investidores
• Acesso à informação adequada
• Fiscalização e punição

Podemos resumir a missão da CVM como zelar pelo funcionamento eficiente e integridade
do mercado de capitais.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão responsável pelo controle e


fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro.
Autarquia vinculada ao Ministério da Economia, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de
novembro de 1966, cuja missão é "Desenvolver os mercados supervisionados, assegurando sua
estabilidade e os direitos do consumidor."

As atribuições da Susep são:

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1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades


Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles
vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do
Sistema Nacional de Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e o
funcionamento das entidades que neles operem;
6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados
em bens garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este
forem delegadas;
9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

E para finalizar a parte de supervisores, temos a Superintendência Nacional de Previdência


Complementar (Previc), autarquia de natureza especial, dotada de autonomia administrativa e
financeira e patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Economia (anteriormente, era
Fazenda), com sede e foro no Distrito Federal.

Em todo o território nacional, a Previc atua como entidade de fiscalização e supervisão das
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas
para o regime de previdência complementar operado pelas referidas entidades (fundos de
pensão).

O CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN)

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado,


de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Economia e tem por finalidade
julgar, em última instância administrativa, os recursos contra as sanções aplicadas pelo
BCB e CVM e, nos processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo COAF,
SUSEP e demais autoridades competentes.

Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.

As entidades supervisoras, portanto, além de exercerem a fiscalização, também são chamadas


de executoras, porque executam as políticas e regras emanadas pelos normatizadores.

Fazem isso determinando detalhes a serem observados pelos operadores e, é claro, garantindo
que esses detalhes sejam cumpridos. Em caso negativo, podem se valer de meios coercitivos,
como processos administrativos sancionadores.

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O BCB, por exemplo, elabora suas próprias Resoluções (antes chamadas “Circulares”),
detalhando as Resoluções do CMN ou atuando de acordo com os poderes por estas concedidos.

O nome executor também é aplicado para se referir a algumas instituições especiais do SFN,
que atuam de forma diferente das demais, assumindo responsabilidades e papeis próprios:

▶ Banco do Brasil: é o principal executor das políticas de crédito rural e industrial do


governo.
▶ BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): executor da política
nacional de desenvolvimento econômico, como financiador de longo prazo em todos os
segmentos da economia brasileira.
▶ Caixa Econômica Federal: principal executora da política habitacional e de saneamento
do Governo federal.

Nos respectivos papéis, essas instituições também estabelecem regras e fiscalizam os demais
operadores do SFN ou os usuários das modalidades de crédito, além de eles mesmos operarem.

Executores do SFN
BB BNDES CEF
Banco Nacional de
Banco do Brasil Desenvolvimento Econômico e Caixa Econômica Federal
Social

Executor das políticas de Executor da política nacional de Executora da política


crédito rural e industrial. desenvolvimento econômico. habitacional e de saneamento.

Como você verá adiante, eles também são operadores “comuns” do sistema.

Mas antes de seguirmos para os operadores, saiba que os as entidades normativas e


supervisoras, em conjunto, forma o chamado subsistema normativo do SFN.

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1.3 Operadores do SFN

Os operadores do SFN são instituições que lidam diretamente com o público, ofertando
produtos e prestando serviços financeiros.

Instituições Financeiras são aquelas que

atuam no mercado financeiro


em atividades de intermediação financeira

Para ser considerada instituição financeira, portanto, a entidade deve:

intermediar (captar e aplicar) e custodiar recursos financeiros


próprios ou de terceiros.

Contudo, nem todas as instituições supervisionadas e autorizadas a funcionar


pelo BCB são instituições financeiras.
Administradoras de Consórcios e Instituições de Pagamentos não são
instituições financeiras, mas atuam sob supervisão do Banco Central do Brasil.

As instituições operadoras formam o chamado subsistema de intermediação do SFN, e agora


falaremos sobre as principais delas.

Os Bancos Comerciais são instituições financeiras que atuam na intermediação financeira


captando (pegando emprestado) recursos dos agentes econômicos superavitários e
emprestando (aplicando) para agentes financeiros deficitários.

Ou seja, os bancos comerciais pegam dinheiros de poupadores, pagando juros para eles, e
empresta para tomadores, cobrando juros (maiores) deles.

É um dos poucos tipos de instituição financeira que pode captar depósitos à vista, que é o nome
dado, do ponto de vista do banco, para o dinheiro que você deposita em sua conta-corrente.

Sendo assim, as captações feitas constituem em passivos, porque o banco contrai uma obrigação
de pagar ao poupador determinada quantia em momento futuro, enquanto os empréstimos que
o banco concede são ativos, constituindo o direito de o banco receber determinado quantia no
futuro.

Bancos de Investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de


participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva para
suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros.

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Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais,


e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos
necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a
promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado.

As caixas econômicas são empresas públicas que exercem atividades típicas de banco
comercial, com prioridade institucional para concessão de empréstimos e financiamentos de
programas e projetos de natureza social. Atualmente, a única instituição desse segmento em
atividade é a Caixa Econômica Federal (CEF), vinculada ao Ministério da Economia.

As cooperativas de crédito são instituição financeiras consideradas bancárias, pois, assim como
os bancos comerciais, podem captar depósitos à vista e, portanto, também têm a capacidade de
“criar moeda” por meio do mecanismo denominado multiplicador monetário.

Diferente do que ocorre com os bancos, os clientes da cooperativa são seus associados, que têm
acesso a produtos e serviços financeiros semelhantes aos ofertados pelos bancos, mas também
recebem os lucros em caso de resultado positivo, ou podem precisar arcar com eventuais
prejuízos.

As cooperativas de crédito costumam se organizar em sistemas cooperativos – sendo exemplos


o Sicoob e o Sicredi – para ganhar escala e viabilizar serviços que exigem grande investimento
ou estrutura, como cartões de crédito, internet e mobile banking.

Por fim, alguns desses sistemas possuem seus próprios bancos: o Bancoob e o Bansicredi são
exemplos. Esses bancos pertencem às cooperativas do respectivo sistema e servem para dar
acesso aos cooperados a serviços exclusivos de bancos. Eles são chamados bancos
cooperativos.

(METRO-DF/Economista)
As entidades operadoras do Sistema Financeiro Nacional classificam-se em instituições
autorizadas a captar depósitos à vista, chamadas de instituições financeiras bancárias, e
instituições não autorizadas a captar depósitos à vista, chamadas de instituições financeiras não
bancárias. Quanto a esse tema, é correto afirmar que uma instituição autorizada a captar
depósitos à vista é o (a)
a) Banco de Desenvolvimento.
b) Banco de Câmbio.
c) Banco de Investimento.
d) Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento.
e) Cooperativa de Crédito.
Comentários:
Apenas os bancos comerciais e as cooperativas de crédito, ou os bancos múltiplos com carteira
comercial, têm autorização para captar depósitos à vista.
Gabarito: “e”

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As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) são mais conhecidas por


Financeiras. São instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição
de bens, serviços e capital de giro. Ao contrário dos bancos comerciais, não podem captar
depósitos à vista, ou seja, não podem oferecer contas correntes para seus clientes.

Sociedades de arrendamento mercantil (SAM) também são mais conhecidas por outro nome:
empresas de Leasing. Elas realizam operações de “leasing” ou “arrendamento”, que são
basicamente aluguéis de bens móveis ou imóveis, onde o cliente tem a opção, ao final do
contrato, de adquirir o bem arrendado por um valor residual. Por não ser um financiamento, as
SAM não são consideradas, a rigor, instituições financeiras.

As administradoras de consórcios são as empresas que... bem, administram consórcios. Um


consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número
de cotas previamente determinados, com a finalidade de propiciar a seus integrantes, de forma
isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento.

As corretoras de títulos e valores mobiliários (CTVM) e as distribuidoras de títulos e valores


mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiro e de capitais e no mercado cambial
intermediando a negociação de títulos e valores mobiliários entre investidores e tomadores de
recursos. Na prática, atualmente, não há diferença entre elas.

Ambas oferecem serviços como plataformas de investimento pela internet (home broker),
consultoria financeira, clubes de investimentos, financiamento para compra de ações (conta
margem) e administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes.

Instituição de pagamento (IP), um dos mais novos tipos de instituições do SFN, é a pessoa
jurídica que viabiliza serviços de compra e venda e de movimentação de recursos, no âmbito de
um arranjo de pagamento, sem a possibilidade de conceder empréstimos e financiamentos a
seus clientes.

As instituições de pagamento possibilitam ao cidadão realizar pagamentos independentemente


de relacionamentos com bancos e outras instituições financeiras. Com o recurso financeiro
movimentável, por exemplo, por meio de um cartão pré-pago ou de um telefone celular, o
usuário pode portar valores e efetuar transações sem estar com moeda em espécie.

Graças à interoperabilidade, o usuário pode, ainda, receber e enviar dinheiro para bancos e
outras instituições de pagamento.

Um dos tipos de IP é a sociedade Administradora de Cartões de Crédito, que se especializa


na emissão e gerenciamento de instrumentos de pagamento pós-pagos (cartões de crédito).

É importante destacar que os serviços de pagamento são prestados também por diversos tipos
de instituições financeiras, como bancos, financeiras e cooperativas de crédito.

Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) é um tipo de instituição financeira especializada no


financiamento habitacional, para compra ou construção de casa própria e no financiamento de
capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de
construção.

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Associações de poupança e empréstimo (APE) são instituições cujo objetivo é facilitar, aos seus
associados (depositantes), a aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a
poupança.

A Sociedade de Fomento Mercantil, também chamadas de factoring, operam fornecendo


recursos financeiros para empresas em troca de direitos creditórios. Exemplo: uma empresa que
vende roupas precisa comprar tecidos e está sem caixa no momento, mas um cliente irá pagar,
digamos, R$1.00.000 dentro de 90 dias. A empresa pode procurar uma factoring, e “vender” o
direito de receber esse dinheiro, recebendo, digamos R$900.000 hoje.

Uma bolsa de valores é um ambiente (físico ou digital) organizado para negociação de títulos e
valores mobiliários (ações, por exemplo). Os preços desses valores mobiliários, normalmente,
oscilam bastante, ou seja, seus valores variam muito ao longo do tempo.

No Brasil, a CVM é a supervisora responsável por autorizar empresas que se proponham a


constituir, administrar, fiscalizar e regular (de forma complementar) bolsas de valores. Essas
empresas podem se constituir como sociedade anônima com fins lucrativos ou como sociedade
civil sem fins lucrativos.

Na prática, temos em nosso país uma única grande bolsa de valores: a B3.

A B3 surgiu de sucessivas fusões.


Primeiro, entre a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de
Mercadorias e Futuros (BM&F), formando a BM&FBovespa.
Mais tarde, juntou-se à Mercados Organizados (CETIP, responsável pelo Sistema
de Registro, de Compensação, de Liquidação e Custódia), dando origem a B3
(estilizado como [B]³), em referência às letras iniciais de Brasil, Bolsa, Balcão.
Por isso, nas provas de concursos anteriores a 2018, em vez de “B3”, aparecem
os nomes das antigas instituições.

Em regra, para participar de negociações na B3, é preciso contratar uma instituição (como
corretoras ou distribuidoras) para intermediar as ordens, exceto no caso de agentes autônomos,
que são investidores qualificados e certificados pela CVM e podem negociar diretamente.

Portanto, para nós, que não somos agentes autônomos (ou você é?), é preciso ter conta numa
corretora ou distribuidora caso desejemos negociar ações na B3, o que se dá, normalmente, por
intermédio de um home broker.

HOME BROKER

Plataforma digital, semelhante ao internet banking, oferecido pelas corretoras e


distribuidoras onde o investidor pode colocar ordens de compra ou venda de
ativos (incluindo ações).

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Então, você pode entrar no home broker e, por exemplo, conferir o preço das
ações, comprar ou vender ações, visualizar sua carteira de ações, ver notícias
relevantes sobre as companhias listadas na bolsa.

Abaixo, um exemplo de home broker de uma corretora:

Na bolsa são negociadas ações entre investidores, e seu preço é definido conforme as forças de
oferta e demanda de cada papel.

Portanto, a bolsa é um mercado secundário. Isso significa que é um local onde você compra
ações de pessoas que as compraram antes, ou seja, não compra diretamente da empresa e
emitiu as ações. Ao comprar uma ação da Petrobras na bolsa, o vendedor é um investidor
(pessoa física ou jurídica), e não a própria Petrobras.

Uma bolsa de mercadorias e futuros, por outro lado, é um ambiente onde são negociados
commodities como ouro, petróleo, trigo, milho, soja, café, laranja etc. No Brasil, a B3 também
atua como bolsa de mercadorias e futuros, pois assumiu as atividades da BM&F.

Contudo, essa negociação normalmente não ocorre “à vista”, mas sim no chamado mercado
futuro. Assim, é possível comprar (ou vender) café para entrega em determinada data futura,
sendo o principal motivo para isso fixar o preço no presente e se proteger de oscilações no valor
da mercadoria. Ou seja, um vendedor de café pode fazer um contrato na B3 antes mesmo da
colheita, para garantir o preço do produto.

Há diversos outros tipos de instituições financeiras, as quais não detalharemos agora, mas que
podemos elencar:

▶ Agência de Fomento
▶ Companhia Hipotecária

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▶ Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte


▶ Bolsa de Mercadorias e Futuros
▶ Seguradora
▶ Resseguradora
▶ Entidade Aberta de Previdência
▶ Sociedade de Capitalização
▶ Entidade Fechada de Previdência Complementar

Agora, veja um organograma do Sistema Financeiro Nacional que ajudará a compreender e


condensará tudo que aprendemos nesta aula.

Declaro encerrada a parte teórica desta (produtiva e objetiva) aula.

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2 MERCADO FINANCEIRO
Neste momento, precisamos definir o Mercado Financeiro. Para tanto, vamos desdobrar o
termo em seus dois componentes.

Por definição, Mercado é um local, abstrato ou não, onde ocorrem transações entre
compradores e vendedores. No caso do Mercado Financeiro, a referência é mesmo a um local
abstrato, que não existe fisicamente.

Financeiro, por outro lado, é aquilo relacionado a recursos que representam simbolicamente ou
indiretamente atividades econômicas do mercado real (mercado de bens e serviços): dinheiro,
crédito, títulos, ações, entre outros. Portanto:

Mercado

Mercado
Financeiro
•Local abstrato onde
ocorrem transações
envolvendo dinheiro,
crédito, títulos, ações
etc.

Financeiro

Talvez você esteja pensando, com razão, que a maioria das transações envolve dinheiro! Afinal,
é com ele que pagamos as coisas que compramos, né? Contudo, nesses casos, o dinheiro é
apenas um intermediário. O que você está trocando, na verdade, é seu trabalho pelos bens que
você consome.

No Mercado Financeiro, o dinheiro, além de também servir como intermediário, é a própria


mercadoria. Por exemplo: compra-se dinheiro e paga-se com uma promessa – a essência de um
empréstimo.

Você aprendeu que o Sistema Financeiro Nacional é formado por três ramos principais:

► Moeda, crédito, capitais e câmbio


► Seguros privados
► Previdência fechada

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Quando falamos em Mercado Financeiro, costuma-se deixar de lado os mercados de seguros


privados e de previdência fechada, e focar naquilo que é mais relacionado à intermediação
financeira: a ramo de moeda, crédito, capitais e câmbio.

E também aprendeu que cada um desses ramos tem seus próprios operadores, que são as
instituições que lidam diretamente com o público, ofertando produtos e prestando serviços
financeiros. Podemos ver os operadores como “vendedores” no Mercado Financeiro. Mas um
mercado só existe se houver consumidores.

Sendo assim, o Mercado Financeiro é composto por:

Consumidores

Operadores

Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio

Mercado Financeiro

De forma geral, podemos dizer que a principal atividade das instituições do Mercado Financeiro
é a intermediação financeira.

2.1 Intermediação Financeira

A intermediação financeira é a atividade de promover o encontro entre poupadores e tomadores


de recursos.

Se você tem dinheiro sobrando, mas não faz ideia do que fazer com ele, e eu tenho ideias
sobrando, mas nenhum dinheiro para colocá-las em prática, nós podemos chegar a um acordo

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onde você me fornece os recursos e eu te recompenso, após determinado tempo, devolvendo


seu dinheiro e um pouco mais.

Nesse caso, você estaria poupando, pois deixou de gastar seu dinheiro, enquanto eu seria o
tomador. O negócio é bom para nós dois, pois você é remunerado e eu consigo colocar minha
ideia em prática.

Mas, em uma economia, existem muitos indivíduos superavitários, que possuem mais recursos
do que desejam gastar, e muitos (mais) indivíduos deficitários, que desejam mais recursos do
que possuem.

E ao contrário do acordo que eu e você fizemos, esses inúmeros indivíduos não têm como se
encontrarem com facilidade e definir os termos do negócio. Além disso, um poupador individual
acumularia um grande risco: se seu tomador não pagar, ele perde tudo.

É para isso que existem os intermediários financeiros.

Os bancos são um exemplo claro de intermediário financeiro. O dinheiro que os bancos


emprestam para os tomadores não é dos bancos, mas sim de agentes poupadores, pessoas que
depositaram dinheiro nesses bancos.

Sabe aquele dinheiro que você (ou seu empregador) depositou na sua conta? Bom, a verdade é
que ele provavelmente não está lá, e já foi emprestado para alguém. Mas esse mecanismo é
assunto para outra aula...

Na maioria dos casos, os poupadores depositam seus dinheiros no banco em troca de uma
remuneração: os juros. Da mesma forma, os tomadores de empréstimos pagam juros ao banco.

Por definição, os juros podem ser compreendidos como “o preço do dinheiro no


tempo” – aquilo que se paga ao indivíduo que, em vez de usar seu próprio
dinheiro, coloca-o à disposição de outra pessoa, ficando com esse dinheiro
indisponível por algum tempo.

Os bancos e outros intermediários financeiros desenvolvem essa atividade em grande volume,


mitigando o risco de falta de pagamento (inadimplência) individual, ao mesmo tempo em que
podem remunerar os poupadores com parte do dinheiro que cobram dos tomadores. Além
disso, possuem conhecimentos e recursos para fazer isso.

E graças aos intermediários financeiros, dificilmente qualquer dinheiro fica parado em uma
economia de mercado: esses recursos circulam viabilizando projetos, investimentos ou mesmo
consumo.

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Essa atividade de intermediação pode assumir diversas formas além da típica atividade bancária.

Com isso, podemos tornar nosso esquema mais preciso:

Tomadores e
Poupadores
Intermediários
Financeiros

Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio

Mercado Financeiro

Portanto, agora estamos diante da necessidade de ter uma noção sobre o que é negociado em
cada um dos mercados do Mercado Financeiro, ou seja, seus desdobramentos.

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2.2 Desdobramentos do Mercado Financeiro

O Mercado Financeiro pode ser dividido de acordo com as atividades nele desempenhadas. Em
outras palavras, as atividades financeiras de intermediação ocorrem de forma segmentada,
dividindo-se em 4 mercados.

O principal critério para essa classificação é o prazo de maturidade das operações que
ocorrem, que pode ir do curtíssimo até o longo prazo.

MATURIDADE

A maturidade das operações está diretamente relacionada ao seu prazo. Diz-se


que têm longa maturidade operações de prazo longo, enquanto operações de
maturidade curta são aquelas que têm prazo curto.

Começando pelo Mercado Monetário, que é onde ocorrem a oferta e a demanda de moeda
(meios de pagamento). No Brasil, quem oferta moeda é o Banco Central do Brasil e os bancos
comerciais, enquanto os demandantes são os mais diversos agentes econômicos, incluindo o
governo, as instituições financeiras, as empresas, eu e você.

Nesse mercado, ocorrem operações de curtíssimo e de curto prazo. Muitas dessas negociações
são liquidadas no mesmo dia em que ocorrem (D+0) ou no dia seguinte (D+1). Falaremos
bastante sobre isso em aula específica.

É no Mercado Monetário onde ocorre o controle da liquidez da Economia e onde são


determinadas as taxas de juros básicas.

LIQUIDEZ

É a facilidade com que algo pode ser convertido em dinheiro. Quanto maior a
liquidez, maior essa capacidade.
O próprio papel-moeda, por exemplo, é o ativo mais líquido, enquanto o saldo
que você tem na poupança é um pouco menos líquido, e um imóvel tem liquidez
baixa.

No Mercado de Crédito, temos operações que envolvem empréstimos de recursos de curto e


médio prazos. Esses empréstimos têm diversas finalidades, como empréstimos pessoais,
financiamentos de veículos e imóveis, consignados, crédito rotativo etc.

O Mercado de Câmbio, por sua vez, é onde ocorrem transações envolvendo moedas
estrangeiras. Os participantes desse mercado são, principalmente, empresas que operam o
comércio exterior (importadores e exportadores) e investidores internacionais. Essas operações
são à vista ou de curto prazo.

Por fim, o Mercado de Capitais é onde são negociados os chamados títulos e valores
mobiliários. O termo “mobiliários” indica uma característica desses ativos, que é a variabilidade

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de seus preços ao longo do tempo. O principal exemplo desses ativos são as ações de empresas,
mas eles assumem diversas formas, tendo por principal característica que as operações são,
geralmente, de médio e longo prazos – mas também podem ter prazo indefinido.

Ao longo do curso, aprofundaremos esses mercados em detalhes. Afinal, está no edital.

Mas por esta aula, concluímos. Ou melhor, ainda falta praticar com questões.

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RESUMO E ESQUEMAS DA AULA


NÍVEIS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

• Estabelecem as • Detalham as • Atuam no


regras gerais a regras e mercado
serem seguidas. asseguram seu financeiro de
cumprimento. forma direta.

Normatizadores Supervisores Operadores

ÓRGÃOS NORMATIVOS DO SFN

CMN CNSP CNPC


Conselho Monetário Conselho Nacional de Conselho Nacional de
Nacional Seguros Privados Previdência Complementar

Responsável por
Responsável por Responsável por
normatizar os mercados
normatizar o mercado de normatizar o mercado de
de moeda, crédito,
Seguros Privados Previdência fechada
capitais e câmbio.

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SUPERVISORES DO SFN (todos vinculados ao Ministério da Economia, exceto o BCB)

BCB CVM SUSEP PREVIC


Superintendência
Comissão de Valores Superintendência de
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Mobiliários Seguros Privados
Complementar

Supervisor dos Supervisor do Supervisor do


Supervisor do
mercados de mercado de mercado de
mercado de
moeda, crédito e seguros privados previdência
capitais.
câmbio. fechada fechada

O CONSELHO DE RECURSOS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (CRSFN)

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado,


de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Economia e tem por finalidade
julgar, em última instância administrativa, os recursos contra as sanções aplicadas pelo
BCB e CVM e, nos processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo COAF,
SUSEP e demais autoridades competentes.

Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.

EXECUTORES DO SFN

BB BNDES CEF
Banco Nacional de
Banco do Brasil Desenvolvimento Econômico e Caixa Econômica Federal
Social

Executor da política
Executora da política
Executor das políticas de nacional de
habitacional e de
crédito rural e industrial. desenvolvimento
saneamento.
econômico.

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Mercado

Mercado
Financeiro
• Local abstrato onde
ocorrem transações
envolvendo
dinheiro, crédito,
títulos, ações etc.
Financeiro

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INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA

Tomadores e
Poupadores
Intermediários
Financeiros

Moeda,
crédito,
capitais e
câmbio

Mercado Financeiro

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MATURIDADE
A maturidade das operações está diretamente relacionada ao seu prazo. Diz-se
que têm longa maturidade operações de prazo longo, enquanto operações de
maturidade curta são aquelas que têm prazo curto.

LIQUIDEZ
É a facilidade com que algo pode ser convertido em dinheiro. Quanto maior a
liquidez, maior essa capacidade.
O próprio papel-moeda, por exemplo, é o ativo mais líquido, enquanto o saldo
que você tem na poupança é um pouco menos líquido, e um imóvel tem liquidez
baixa.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2018/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)
O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e
realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na economia.
São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de Política
Monetária (Copom)
b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho Monetário
Nacional
c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom); Conselho
Federal de Valores Mobiliários
d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário Nacional
e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar;
Conselho Monetário Nacional

Comentários:

A questão quer os órgãos normativos do SFN, que estão na alternativa “e”.

Lembre-se de que são todos “Conselhos”.

Gabarito: “e”

2. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas
ou privadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Ministério da Fazenda.
e) Caixa Econômica Federal.

Comentários:

Apesar de discordar um pouco do enunciado, uma vez que o CNSP (Conselho Nacional de
Seguros Privados) e o CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) são os órgãos
normativos máximos em suas competências e também compõem o SFN, certamente, entre as
alternativas, o CMN é o único órgão normativo, além de poder ser considerado o principal,
fazendo de “c” nossa melhor alternativa.

Gabarito: “c”

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3. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)
O Sistema Financeiro Nacional, em todas as partes que o compõem, foi estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade.
Em relação à sua composição, o Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em
a) organizações governamentais, instituições públicas e instituições financeiras.
a) instituições financeiras, instituições filantrópicas e entidades operadoras.
a) órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
a) instituições públicas, organizações não governamentais e instituições privadas.
a) órgãos fiscalizadores, entidades supervisoras e organizações governamentais.

Comentários:

A classificação do sistema financeiro consiste em dividir as entidades em três níveis:

• Estabelecem as • Detalham as • Atuam no


regras gerais a regras e mercado
serem seguidas. asseguram seu financeiro de
cumprimento. forma direta.

Normatizadores Supervisores Operadores

Portanto, correta a letra “c”.

Gabarito: “c”

4. (2011/CEBRASPE-CESPE/PREVIC/Especialista em Previdência Complementar)


Acerca de finanças, julgue o item.
O Sistema Financeiro Nacional possui um órgão máximo com funções deliberativas,
denominado Conselho Monetário Nacional (CMN), e várias entidades supervisoras, que são
representadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela SUSEP
e pelas bolsas de mercadorias e de futuros.

Comentários:

A questão ia muito bem, até mencionar as bolsas como entidades supervisoras, o que está
errado, já que são operadoras do sistema.

Gabarito: Errado

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5. (2011/CEBRASPE-CESPE/PREVIC/Especialista em Previdência Complementar)


Acerca de finanças, julgue o item.
O Sistema Financeiro Nacional possui um órgão máximo com funções deliberativas,
denominado Conselho Monetário Nacional (CMN), e várias entidades supervisoras, que são
representadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela SUSEP
e pelas bolsas de mercadorias e de futuros.

Comentários:

A questão ia muito bem, até mencionar as bolsas como entidades supervisoras, o que está
errado, já que são operadoras do sistema.

Gabarito: Errado

6. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


A respeito das competências e atribuições da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Monetário Nacional
(CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), julgue o item a seguir.
O CMN tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.

Comentários:

Transcrição exata do que vimos:

O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº 4.595,
de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Ele
formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a estabilidade da
moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto, cabe ao CMN normatizar
os mercados de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro e principal ramo do SFN.

Gabarito: Certo

7. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


Por meio do Sistema Financeiro Nacional (SFN), viabiliza-se a relação entre agentes carentes de
recursos para investimentos e agentes capazes de gerar poupança (financiando, assim, o
crescimento da economia). Acerca do SFN, julgue o seguinte item.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como única responsabilidade a formulação da
política da moeda e do crédito.

Comentários:

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Recorremos ao mesmo trecho, suficiente para ver que a responsabilidade vai além disso,
incluindo a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país:

O Conselho Monetário Nacional (CMN) – criado junto com o Banco Central, pela Lei nº
4.595, de 31 de dezembro de 1964 – é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional
(SFN). Ele formula a política monetária e de crédito, com o objetivo de garantir a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país. Portanto,
cabe ao CMN normatizar os mercados de moeda, crédito, capital e câmbio – nosso primeiro
e principal ramo do SFN.

Gabarito: Errado

8. (2010/INSTITUTO AOCP/BADESUL/Assistente Técnico Administrativo)


Com a extinção do Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito, com a finalidade de
formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do País,
foi criado em substituição
a) a Assembleia Monetária Nacional.
b) o Conselho Monetário Nacional.
c) o Conselho Nacional de Finanças.
d) o Ministério das Finanças.
e) a Coordenadoria de Finanças Públicas.

Comentários:

Apesar da pegada mais histórica desta questão, sabemos que o responsável por formular a
política e moeda e do crédito é o CMN.

Gabarito: “b”

9. (2016/CEBRASPE-CESPE/FUNPRESP/Especialista - Investimentos)
Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado de valores
mobiliários.
Os órgãos normativos asseguram que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos de crédito, de capitais e de câmbio, enquanto as entidades supervisoras
determinam regras para o bom funcionamento do SFN.

Comentários:

Os papéis estão trocados: cabe às entidades supervisoras que asseguram a observância das
regras determinadas pelos órgãos normativos.

Gabarito: Errado

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10. (2018/FUNRIO/ALERR/Economista)
Considerando o sistema financeiro do Brasil, ele é composto pelos seguintes órgãos
normativos:
a) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional
de Previdência Complementar.
b) Conselho Nacional de Seguros Privados, Banco Central e Superintendência Nacional de
Previdência Complementar.
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar, Conselho Monetário Nacional, Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central.

Comentários:

Os órgãos normativos, também denominados “normatizadores”, são o CMN, CNSP e CNPC,


conforme constam na alternativa “a”.

Relembrando que Banco Central, CMV e Previc são supervisores, e a presença deles nas demais
alternativas tornou-as incorretas. A Susep também, por sinal, mas ela não aparece na questão.

Gabarito: “a”

11. (2021/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


A entidade responsável pela execução da política cambial no Brasil é o(a)
a) Banco do Brasil (BB)
b) Banco Central do Brasil (Bacen)
c) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
d) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
e) Conselho Monetário Nacional (CMN)

Comentários:

A resposta é “Banco Central (b)”, mas ainda mais importante é revisarmos as atribuições do BCB:

• emissor de moeda: detém o monopólio de emitir papel-moeda no Brasil.


• executor do meio circulante: além de emitir a moeda, é responsável pela distribuição e
logística desse numerário.
• banco dos bancos: é onde os bancos têm “conta”, e a quem podem recorrer se precisarem
de recursos.
• banqueiro do governo: mantém a chamada “Conta Única do Tesouro Nacional”, onde são
acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor dos “Ativos
de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
• executor da política monetária: determina a quantidade de moeda em circulação, de
acordo com as determinações do CMN.

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• executor da política cambial: atua para controlar o preço das moedas estrangeiras,
também conforme determinar o CMN.
• supervisor do sistema financeiro.

Gabarito: “b”

12. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


A respeito das competências e atribuições da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Monetário Nacional
(CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), julgue o item a seguir.
O Bacen é responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, sendo uma de suas
principais atribuições emitir papel-moeda e moeda metálica.

Comentários:

De fato, o BCB possui essas atribuições, entre outras:

• emissor de moeda: detém o monopólio de emitir papel-moeda e moeda metálica no


Brasil.
• executor do meio circulante: além de emitir a moeda, é responsável pela distribuição e
logística desse numerário.
• banco dos bancos: é onde os bancos têm “conta”, e a quem podem recorrer se precisarem
de recursos.
• banqueiro do governo: mantém a chamada “Conta Única do Tesouro Nacional”, onde são
acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor dos “Ativos
de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
• executor da política monetária: determina a quantidade de moeda em circulação, de
acordo com as determinações do CMN.
• executor da política cambial: atua para controlar o preço das moedas estrangeiras,
também conforme determinar o CMN.
• supervisor do sistema financeiro.

Gabarito: Certo

13. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Compete ao Banco Central do Brasil (Bacen), EXCETO
a) compensar cheques e outros papéis.
b) controlar a oferta de moeda e crédito.
c) fiscalizar as instituições financeiras.
d) emitir papel moeda e a moeda metálica.

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e) executar a política cambial e administração do câmbio.

Comentários:

• emissor de moeda: detém o monopólio de emitir papel-moeda e moeda metálica no


Brasil. D
• executor do meio circulante: além de emitir a moeda, é responsável pela distribuição e
logística desse numerário.
• banco dos bancos: é onde os bancos têm “conta”, e a quem podem recorrer se precisarem
de recursos.
• banqueiro do governo: mantém a chamada “Conta Única do Tesouro Nacional”, onde são
acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor dos “Ativos
de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).
• executor da política monetária: determina a quantidade de moeda em circulação, de
acordo com as determinações do CMN. B
• executor da política cambial: atua para controlar o preço das moedas estrangeiras,
também conforme determinar o CMN. E
• supervisor do sistema financeiro. C

Como a questão que a alternativa que NÃO compete ao BC...

Gabarito: “a”

14. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Um Banco Central, em geral, desempenha diversas funções, EXCETO
a) executor da política fiscal.
b) emissão monetária.
c) supervisor do sistema financeiro.
d) executor da política monetária.
e) depositário das reservas internacionais.

Comentários:

Bem semelhante à questão anterior, porém mais maliciosa, já que o BCB é executor da política
monetária.

Gabarito: “a”

15. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Na economia brasileira, qual instituição é responsável por operacionalizar e executar as
diretrizes das questões monetárias e cambiais?

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a) Ministério da Fazenda.
b) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
c) Banco Central do Brasil.
d) Casa Civil.
e) Tesouro Nacional.

Comentários:

Operacionalizar e executar é com o BCB, enquanto formular é com o CMN.

Gabarito: “c”

16. (2021/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial)


No Brasil, o órgão responsável pela fiscalização do Sistema Financeiro Nacional é o
a) Conselho Monetário Nacional
b) Ministério da Economia
c) Banco Central do Brasil
d) Banco do Brasil
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Comentários:

Mais uma vez, a resposta é “Banco Central (c)”, mas apenas porque não há alternativa com CVM,
Susep ou Previc, que também são supervisores do SFN.

Gabarito: “c”

17. (2009/PUC-PR/URBS/Economista)
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional – SFN – é formada por Órgãos Normativos,
Entidades Supervisoras e Operadores. É CORRETO afirmar que as Entidades Supervisoras são
formadas pelas seguintes instituições:
a) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Superintendência Nacional de Previdência Complementar;
b) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.
c) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho de Gestão da Previdência Complementar, Banco Central e Comissão de Valores
Mobiliários.
e) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Operadores.

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Comentários:

Precisei adaptar esta questão porque, na época, a Superintendência Nacional de Previdência


Complementar (Previc) se chamava Secretaria de Previdência Complementar, e era assim que
constava na alternativa “a”, que continua sendo o gabarito após a adaptação.

Gabarito: “a”

18. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Atua como operador do Sistema Financeiro Nacional a(o)
a) Bolsa de Mercadorias e Futuros
b) CMN
c) Susep
d) Previc
e) Banco Central do Brasil

Comentários:

Vamos à classificação de cada uma das alternativas.

a) Bolsa de Mercadorias e Futuros -> De fato, as bolsas são entidades operadoras de sistemas
financeiros. A B3, no caso brasileiro, é supervisionada pela CVM e normatizada pelo CMN.

b) CMN -> Normatizador.

c) Susep -> Supervisora.

d) Previc -> Supervisora.

e) Banco Central do Brasil -> Supervisor.

Gabarito: “a”

19. (2012/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


O Sistema Financeiro Nacional tem como entidades supervisoras:
a) Receita Federal do Brasil e Resseguradores.
b) Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas de Mercadorias e futuros.
c) Banco Central do Brasil e Superintendência de Seguros Privados.
d) Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
e) FEBRABAN e Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

Comentários:

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Primeiro relembramos que são os supervisores do SFN:

Supervisores do SFN
BCB CVM SUSEP PREVIC
Superintendência
Comissão de Valores Superintendência de
Banco Central do Brasil Nacional de Previdência
Mobiliários Seguros Privados
Complementar

Supervisor dos Supervisor do


Supervisor do mercado Supervisor do mercado
mercados de moeda, mercado de seguros
de capitais. de previdência fechada
crédito e câmbio. privados fechada

E agora classificamos nas alternativas:

a) Receita Federal do Brasil (não é parte do SFN) e Resseguradores (operadores do SFN).

b) Comissão de Valores Mobiliários (supervisor) e Bolsas de Mercadorias e futuros (operador,


atualmente “B3”).

c) Banco Central do Brasil (supervisor) e Superintendência de Seguros Privados (supervisor).

d) Banco do Brasil (operador e executor) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e


Social (operador e executor).

e) FEBRABAN (federação de bancos, operadores) e Superintendência Nacional de Previdência


Complementar (supervisor).

Gabarito: “c”

20. (2017/IADES/HEMOCENTRO-DF/Analista de Atividades - Economia)


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) compõe-se de órgãos normativos, entidades supervisoras
e operadores. Assinale a alternativa que apresenta apenas os órgãos normativos do SFN.
a) Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (BCB) e Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
b) Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (BCB, Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e Bolsa de Valores (BOVESPA).
c) Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de
Seguros Privados (Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
d) Banco Central do Brasil (BCB) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
e) Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

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Comentários:

No nível mais alto, estão os órgãos normativos, que determinam regras gerais para o bom
funcionamento do SFN. São os seguintes conselhos:

▶ Conselho Monetário Nacional (CMN)


▶ Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
▶ Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

Gabarito: “e”

21. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Na configuração atual do Sistema Financeiro Nacional, a instância máxima de decisão é da
alçada do(a)
a) Banco Central do Brasil
b) Comissão de Valores Mobiliários
c) Conselho Monetário Nacional
d) Banco do Brasil
e) Ministério da Fazenda

Comentários:

A instância máxima de decisão do SFN é o CMN, e isso se aplica também aos demais ramos,
como seguros privados e previdência complementar.

Gabarito: “c”

22. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Por Sistema Financeiro Nacional (SFN) entende-se o conjunto de instituições e instrumentos que
possibilitam a transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários.
Essa transferência é possível em razão:
a) dos mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial;
b) da atuação dos bancos comerciais;
c) da atuação dos bancos centrais;
d) das bolsas de valores;
e) da atuação da CVM.

Comentários:

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Moeda, crédito, capital e câmbio: O principal ramo do SFN lida diretamente com quatro tipos
de mercado, composto pelo conjunto de instituições e instrumentos que possibilitam a
transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários.

▶ mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda


escritural, aquela depositada em conta-corrente;
▶ mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das pessoas
em geral e para o funcionamento das empresas;
▶ mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar recursos
de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;

Gabarito: “a”

23. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a
autorização para funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é
concedida
a) pelo Conselho Monetário Nacional.
b) pela Comissão de Valores Mobiliários.
c) pela Presidência da República.
d) pelo Banco Central do Brasil.
e) pelo Senado Federal.

Comentários:

Cabe ao Banco Central do Brasil (BCB) a objetivo de assegurar a eficiência e o solidez do sistema
financeiro.

Saber disso bastaria para acertar a questão, que também nos acrescenta sua competência para
autorizar o funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais.

Para as controladas por capitais internacionais, a competência é do Presidente da República, mas


também foi delegada ao BCB em 2019.

Gabarito: “d”

24. (2010/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Compete à Comissão de Valores Mobiliários – CVM disciplinar as seguintes matérias:
I. registro de companhias abertas.
II. execução da política monetária.
III. registro e fiscalização de fundos de investimento.

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IV. registro de distribuições de valores mobiliários.


V. custódia de títulos públicos.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.

Comentários:

Para essa questão, vamos colocar o responsável por disciplinar cada matéria:

I. registro de companhias abertas. -> CVM

II. execução da política monetária. -> BCB

III. registro e fiscalização de fundos de investimento. -> CVM

IV. registro de distribuições de valores mobiliários. - -> CVM

V. custódia de títulos públicos. -> BCB

Gabarito: “c”

25. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Biblioteconomia)


O órgão brasileiro responsável pelo controle da oferta monetária do país, ou seja, pelo
montante total de dinheiro disponível para a população é o(a)
a) Ministério da Fazenda
b) Banco Central do Brasil
c) Conselho de Valores Mobiliários (CVM)
d) Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
e) Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

Comentários:

Controlar a oferta monetária significa executar a política monetária, papel que cabe ao Banco
Central do Brasil.

Gabarito: “b”

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26. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDEARAL/Técnico Bancário)


O Sistema Financeiro Nacional é composto por diversas entidades, dentre as quais os órgãos
normativos, os operadores e as entidades supervisoras.
A entidade responsável pela fiscalização das instituições financeiras e pela autorização do seu
funcionamento é o
a) Banco Central do Brasil
b) Conselho Monetário Nacional
c) Fundo Monetário Internacional
d) Conselho Nacional de Seguros Privados
e) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Comentários:

Aí está mais uma responsabilidade do Banco Central: autorizar o funcionamento de instituições


financeiras no Brasil.

Gabarito: “a”

27. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de
dinheiro em espécie é competência
a) da Casa da Moeda do Brasil.
b) do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
c) do Banco Central do Brasil.
d) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
e) da Secretaria do Tesouro Nacional.

Comentários:

A gestão do meio circulante, envolvendo a logística de distribuição do numerário, é atribuição


do Banco Central do Brasil.

Gabarito: “c”

28. (2019/FCC/METRO SP/Analista Desenvolvimento Gestão Júnior)


O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional,
sendo vinculado ao Ministério da Economia. Dentre as suas diversas funções, o Banco Central
é responsável por
a) negociar ações de sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários.
b) certificar os profissionais do mercado financeiro e de capitais do Brasil.

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c) gerenciar as reservas cambiais do país em ouro e em moeda estrangeira.


d) fazer o registro das companhias abertas.
e) organizar o funcionamento e as operações das bolsas de valores.

Comentários:

Como banqueiro do governo, o Banco Central mantém a chamada “Conta Única do Tesouro
Nacional”, onde são acolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, além de ser gestor
dos “Ativos de Reserva” do Brasil (basicamente ouro, moeda estrangeira e outros recursos
internacionais).

Gabarito: “c”

29. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Um banco central possui funções clássicas dentro de um sistema financeiro. No caso brasileiro,
amparado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central do Brasil (BCB.) tem
como uma de suas atribuições:
a) a execução da política fiscal;
b) o regramento das bolsas de valores;
c) a execução da política monetária;
d) a determinação do superávit primário;
e) o regramento de ofertas públicas iniciais.

Comentários:

O BCB tem diversas atribuições, das quais se destacam ser o banco dos bancos, o banqueiro do
governo, o executor da política monetária, o executor da política cambial, o supervisor do
sistema financeiro, entre outras.

Gabarito: “c”

30. (2012/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


Considere as funções de supervisão de algumas das instituições do Sistema Financeiro
Nacional.
I - Disciplinar e fiscalizar a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários.
II - Executar os serviços do meio circulante.
III - Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar.
Considerando-se as funções acima, verifica-se que o que está expresso em
a) I é uma função da Secretaria de Previdência Complementar.
b) II é uma função da Comissão de Valores Mobiliários.
c) II é uma função do Banco Central do Brasil.

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d) III é uma função da Superintendência de Seguros Privados.


e) III é uma função do IRB – Brasil Resseguros.

Comentários:

Vejamos os responsáveis por cada função:

I - Disciplinar e fiscalizar a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários. -> CVM

II - Executar os serviços do meio circulante. -> BCB

III - Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar. -> PREVIC

Gabarito: “c”

31. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Júnior - Financeiro)


A instituição legalmente responsável por prover liquidez ao sistema financeiro nacional em
períodos de crise e por cumprir a chamada função de emprestador de última instância é a(o)
a) Caixa Econômica Federal
b) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
c) Banco do Brasil
d) Banco Central do Brasil
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Comentários:

Como banco dos bancos, cabe ao BCB prover liquidez ao sistema financeiro, o que significa
garantir que a impossibilidade pontual de um banco comercial em honrar suas obrigações não
se torne uma crise de liquidez ou contamine o sistema.

Gabarito: “d”

32. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida Pública
Federal externa e interna é
a) do Banco Central do Brasil.
b) do Ministério da Fazenda.
c) da Secretaria do Tesouro Nacional.
d) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) do Conselho Monetário Nacional.

Comentários:

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Vimos, nesta aula, a coordenação da dívida federal como atribuição do CMN.

Gabarito: “e”

33. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, integrante da
estrutura do Ministério da Fazenda, e que tem por finalidade julgar os recursos contra as
sanções aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, nos
processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) e demais autoridades competentes em
a) casos de interesse exclusivo de investidores estrangeiros.
b) processos de segunda instância judicial.
c) situações de litígio entre instituições financeiras estatais.
d) segundo grau e última instância administrativa.
e) arbitragens decorrentes da utilização de instrumentos financeiros derivativos.

Comentários:

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado, de


segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Economia e tem por finalidade julgar, em
última instância administrativa, os recursos contra as sanções aplicadas pelo BCB e CVM e, nos
processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo COAF, SUSEP e demais
autoridades competentes.

Ou seja, quando o BCB, por exemplo, aplica uma multa a um banco, este pode recorrer,
esgotado o recurso à própria autarquia, ao CRSFN.

Gabarito: “d”

34. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN), cada entidade é responsável por funções
específicas. Nesse sentido, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem por principal
atribuição:
a) zelar pela defesa da concorrência nas emissões de títulos;
b) zelar pelo funcionamento eficiente e integridade do mercado de capitais;
c) garantir a regulação prudencial do sistema financeiro;
d) atender as normas do Banco Central do Brasil;
e) estabelecer regras para o mercado segurador.

Comentários:

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o
objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no
Brasil, como uma entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Economia,
com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa
independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.

O mandato legal da CVM é:

▶ Desenvolvimento do mercado de capitais


▶ Eficiência e funcionamento do mercado
▶ Proteção dos investidores
▶ Acesso à informação adequada
▶ Fiscalização e punição

Podemos resumir a missão da CVM como zelar pelo funcionamento eficiente e integridade do
mercado de capitais.

Gabarito: “b”

35. (2012/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


O Sistema Financeiro Nacional é composto de dois subsistemas: o normativo e o de
intermediação financeira.
São órgãos do subsistema normativo:
a) o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central
b) o Banco do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários
c) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os bancos de investimento
d) a Caixa Econômica Federal e a Superintendência de Seguros Privados
e) a Bolsa de Valores e a Bolsa de Mercadoria e de Futuros de São Paulo

Comentários:

Questão boa para treinar as classificações. Nesse caso, temos o seguinte:

a) o Conselho Monetário Nacional (normatizador no subsistema normativo) e o Banco Central


(supervisor no subsistema normativo). E aqui está o gabarito

b) o Banco do Brasil (operador no subsistema de intermediação) e a Comissão de Valores


Mobiliários (supervisor no subsistema normativo).

c) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (operador no subsistema de


intermediação) e os bancos de investimento (operadores no subsistema de intermediação).

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d) a Caixa Econômica Federal (operador no subsistema de intermediação) e a


Superintendência de Seguros Privados (supervisor no subsistema normativo).

e) a Bolsa de Valores (operador no subsistema de intermediação) e a Bolsa de Mercadoria e


de Futuros de São Paulo (operador no subsistema de intermediação). Aliás, hoje são uma só
instituição, a B3, resultantes de duas fusões.

Gabarito: “a”

36. (2009/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


O subsistema normativo do Sistema Financeiro Nacional inclui os seguintes órgãos ou
entidades:
a) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil.
b) Comissão de Valores Mobiliários e Caixa Econômica Federal.
c) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil.
d) Banco Central do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
e) Banco do Brasil e Superintendência de Seguros Privados.

Comentários:

Muito parecida com a questão anterior, inclusive com o mesmo gabarito (letra “a”). Mas nos
permite exercitar mais um pouco, identificando a qual sistema as entidades pertencem, além de
nos cientificarmos da reincidência deste tipo de questão.

b) Comissão de Valores Mobiliários e Caixa Econômica Federal.

Normativo e intermediação.

c) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil.

Normativo e Intermediação.

d) Banco Central do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Normativo e Intermediação.

e) Banco do Brasil e Superintendência de Seguros Privados.

Intermediação e Normativo.

Gabarito: “a”

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37. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Integram o Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho da República e Conselho Monetário Nacional
b) Banco do Brasil e Receita Federal
c) Conselho da República e Banco do Brasil
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Receita Federal
e) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil

Comentários:

Conselho da República e Receita Federal não integram o SFN, deixando-nos apenas com a
alternativa “e” válida.

Gabarito: “e”

38. (2010/CESGRANRIO/BNDES/Técnico Administrativo)


Integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN)
a) o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, na condição de órgão ao qual o BNDES
está vinculado.
b) as Instituições financeiras públicas.
c) as instituições financeiras estrangeiras, uma vez autorizado o seu funcionamento no país por
resolução do Banco Central.
d) a Secretaria de Direito Econômico.
e) a Receita Federal.

Comentários:

A Receita Federal não faz parte do SFN, algo que acredito que esteja claro a essa altura.

O Ministério do Planejamento e Coordenação Geral Secretaria de Direito Econômico não existe


mais, assim como a Secretaria de Direito Econômico. Naturalmente, não veremos em aula todos
os órgãos, existentes ou não, que NÃO fazem parte do SFN. O fato de não serem mencionados
devem bastar.

Por fim, ficamos com as alternativas “b” e “c”.

Em “b”, temos as instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica
Federal. Seguramente, fazem parte do SFN, como operadores e executores de políticas do
governo, tornando a letra “b” nosso gabarito.

Mas a letra “c” merece comentários, pois atualmente também está correta.

Na época da questão, as instituições financeiras estrangeiras (como o Santander ou o Citibank)


precisavam de autorização do BCB e também do Presidente da República. Contudo, em 2019,

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o Presidente delegou essa competência para o BCB, e assim, hoje, basta a autorização da
autarquia.

Também na época da questão, o BCB emitia Circulares em vez de Resoluções. Mas desde 2020
isso também mudou, e as Resoluções do Banco Central substituíram as Circulares.

Sendo assim, de forma surpreendente, o tempo tornou a letra “c” correta. Em uma prova, para
não depender de anulação da questão, eu ainda marcaria a letra “b”, pois ela é mais direta.

Gabarito: “c”

39. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Associe os órgãos e as instituições a suas respectivas competências.

As associações corretas são:


a) I – Q , II – R , III – P
b) I – Q , II – S , III – R
c) I – R , II – P , III – Q
d) I – R , II – S , III – Q
e) I – S , II – R , III – Q

Comentários:

O BNDES é o executor da política de investimentos do governo, tornando correta a


correspondência “I-R”, e deixando-nos entre as alternativas “c” e “d”.

O CMN regula as instituições financeiras, inclusive as públicas federais (II-P). Ficamos com o
gabarito sendo “c”.

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As instituições financeiras públicas, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal,


auxiliam a execução da política de crédito do governo. Ainda que a palavra ‘órgão’ tenha sido
utilizada com pouco rigor, a questão não é de Direito Administrativo, então podemos
seguramente deixar passar.

Por fim, quem regula as condições de concorrência, inclusive entre instituições financeiras, é o
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Gabarito: “c”

40. (2010/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


Dentre as instituições citadas, a única que NÃO pertence ao subsistema normativo do Sistema
Financeiro Nacional é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Conselho Monetário Nacional.
c) Bolsa de Valores de São Paulo.
d) Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
e) Superintendência de Seguros Privados.

Comentários:

A Bolsa de Valores de São Paulo, posteriormente transformada em B3 por meio de fusões, não
integra o subsistema normativo, sendo na verdade operadora do SFN.

Gabarito: “c”

41. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Além do Banco Central do Brasil e do Banco do Brasil S.A., constituem o Sistema Financeiro
Nacional:
I - Conselho Monetário Nacional;
II - BNDES;
III - demais instituições financeiras públicas;
IV - demais instituições financeiras privadas.
Estão corretos os itens
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

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Comentários:

Todas a entidades citadas no enunciado e nos itens fazem parte do SFN.

Gabarito: “e”

42. (2019/FEPESE/PREF FLORIANÓPOLIS/Economista)


Dentre os órgãos de Sistema Financeiro Nacional:
a) Estão classificados como órgãos normativos: a Bolsa de Valores e o Banco Central do Brasil.
b) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável pela fiscalização de
mercados de seguros privados e de mercados de seguros públicos obrigatórios.
c) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem a responsabilidade de formular a política
monetária do país e o presidente do CMN é o próprio Presidente da República.
d) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como função executar a estratégia estabelecida
pelo Banco Central para manter a inflação baixa.
e) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) provê empréstimos aos membros do sistema
financeiro com a intenção de regular a liquidez e evitar falências.

Comentários:

Essa, apesar de ser aquela velha fórmula de questão do tipo “fazem parte do SFN”, é um pouco
mais complexa e interessante. Vejamos as alternativas.

a) Estão classificados como órgãos normativos: a Bolsa de Valores e o Banco Central do Brasil.

Nenhum dos dois é órgão normativo. O BCB integra o subsistema normativo como supervisor
do SFN, quanto a Bolsa é operador.

b) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável pela fiscalização de mercados


de seguros privados e de mercados de seguros públicos obrigatórios.

Aqui está o gabarito. A SUSEP fiscaliza esses mercados.

c) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem a responsabilidade de formular a política monetária


do país e o presidente do CMN é o próprio Presidente da República.

Errado. O presidente do CMN é o Ministro da Economia.

d) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como função executar a estratégia estabelecida
pelo Banco Central para manter a inflação baixa.

É o contrário: o BCB executa a política estabelecida pelo CMN.

e) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) provê empréstimos aos membros do sistema


financeiro com a intenção de regular a liquidez e evitar falências.

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Quem faz isso é o BCB, algo que vemos em outra parte do curso.

Gabarito: “b”

43. (2014/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)


Atualmente, o Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos
normativos, entidades supervisoras e por operadores.
Um dos órgãos normativos que compõe o Sistema Financeiro Nacional é o(a):
a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
c) Banco Comercial.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Bolsa de Valores.
e) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

Comentários:

Os órgãos normativos são os responsáveis elaborar as regras do SFN.

Entre aqueles elencados nas alternativas, apenas o CMN (letra “c”) tem essa função.

Os demais são operadores (BNDES, banco comercial e bolsa de valores) ou supervisor (SUSEP).

Gabarito: “c”

44. (2003/FCC/CVM/Analista)
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições que
a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.
b) permitem o fluxo de recursos entre poupadores e tomadores.
c) determinam o saldo do Balanço de Pagamentos.
d) definem a Política Monetária, Cambial e de Crédito.
e) administram os títulos da dívida interna.

Comentários:

De forma geral, as instituições que constituem o SFN (normatizadores, supervisores e


operadores) é permitir o fluxo de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários, como consta na alternativa “b”.

Vejamos o que podemos aprender com as demais alternativas.

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a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.

Controlar o PIB do setor financeiro? Não podemos afirmar algo assim, embora essas instituições
certamente tenham papel importante na determinação de sua própria produção, “controlar” é
um termo inadequado.

c) determinam o saldo do Balanço de Pagamentos.

Embora fuja ao escopo desta aula, o que determina o saldo do Balanço de Pagamentos é o fluxo
de bens (exportações e importações) e de capitais (investimentos) entre um país e o resto do
mundo.

d) definem a Política Monetária, Cambial e de Crédito.

Isso cabe a uma única instituição do SFN: o Conselho Monetário Nacional. Por isso, não podemos
generalizar para o conjunto de instituições.

e) administram os títulos da dívida interna.

Mais uma fora do escopo desta aula, mas isso cabe à Secretaria do Tesouro Nacional.

Gabarito: “b”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (2018/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)
O SFN é composto por um conjunto de órgãos e instituições que regulamenta, supervisiona e
realiza operações necessárias à circulação de moeda e de crédito na economia.
São órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho Monetário Nacional; Conselho Nacional de Seguros Privados; Comitê de Política
Monetária (Copom)
b) Conselho Nacional de Seguros Privados; Banco Central do Brasil; Conselho Monetário
Nacional
c) Superintendência de Seguros Privados; Comitê de Política Monetária (Copom); Conselho
Federal de Valores Mobiliários
d) Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho Monetário Nacional
e) Conselho Nacional de Seguros Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar;
Conselho Monetário Nacional

2. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é constituído por todas as instituições financeiras públicas
ou privadas existentes no país e seu órgão normativo máximo é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
c) Conselho Monetário Nacional.
d) Ministério da Fazenda.
e) Caixa Econômica Federal.

3. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)
O Sistema Financeiro Nacional, em todas as partes que o compõem, foi estruturado de forma a
promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade.
Em relação à sua composição, o Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em
a) organizações governamentais, instituições públicas e instituições financeiras.
a) instituições financeiras, instituições filantrópicas e entidades operadoras.
a) órgãos normativos, entidades supervisoras e operadores.
a) instituições públicas, organizações não governamentais e instituições privadas.
a) órgãos fiscalizadores, entidades supervisoras e organizações governamentais.

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4. (2011/CEBRASPE-CESPE/PREVIC/Especialista em Previdência Complementar)


Acerca de finanças, julgue o item.
O Sistema Financeiro Nacional possui um órgão máximo com funções deliberativas,
denominado Conselho Monetário Nacional (CMN), e várias entidades supervisoras, que são
representadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela SUSEP
e pelas bolsas de mercadorias e de futuros.

5. (2011/CEBRASPE-CESPE/PREVIC/Especialista em Previdência Complementar)


Acerca de finanças, julgue o item.
O Sistema Financeiro Nacional possui um órgão máximo com funções deliberativas,
denominado Conselho Monetário Nacional (CMN), e várias entidades supervisoras, que são
representadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários, pela SUSEP
e pelas bolsas de mercadorias e de futuros.

6. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


A respeito das competências e atribuições da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Monetário Nacional
(CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), julgue o item a seguir.
O CMN tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito. Seu objetivo é a
estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do país.

7. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


Por meio do Sistema Financeiro Nacional (SFN), viabiliza-se a relação entre agentes carentes de
recursos para investimentos e agentes capazes de gerar poupança (financiando, assim, o
crescimento da economia). Acerca do SFN, julgue o seguinte item.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como única responsabilidade a formulação da
política da moeda e do crédito.

8. (2010/INSTITUTO AOCP/BADESUL/Assistente Técnico Administrativo)


Com a extinção do Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito, com a finalidade de
formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e social do País,
foi criado em substituição
a) a Assembleia Monetária Nacional.
b) o Conselho Monetário Nacional.
c) o Conselho Nacional de Finanças.
d) o Ministério das Finanças.

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e) a Coordenadoria de Finanças Públicas.

9. (2016/CEBRASPE-CESPE/FUNPRESP/Especialista - Investimentos)
Julgue o item a seguir, relativo ao Sistema Financeiro Nacional (SFN) e ao mercado de valores
mobiliários.
Os órgãos normativos asseguram que os integrantes do sistema financeiro sigam as regras
definidas pelos órgãos de crédito, de capitais e de câmbio, enquanto as entidades supervisoras
determinam regras para o bom funcionamento do SFN.

10. (2018/FUNRIO/ALERR/Economista)
Considerando o sistema financeiro do Brasil, ele é composto pelos seguintes órgãos
normativos:
a) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho Nacional
de Previdência Complementar.
b) Conselho Nacional de Seguros Privados, Banco Central e Superintendência Nacional de
Previdência Complementar.
c) Conselho Nacional de Previdência Complementar, Conselho Monetário Nacional, Banco
Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho Monetário Nacional, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central.

11. (2021/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


A entidade responsável pela execução da política cambial no Brasil é o(a)
a) Banco do Brasil (BB)
b) Banco Central do Brasil (Bacen)
c) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
d) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
e) Conselho Monetário Nacional (CMN)

12. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Conformidade)


A respeito das competências e atribuições da Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC), Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Monetário Nacional
(CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), julgue o item a seguir.
O Bacen é responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, sendo uma de suas
principais atribuições emitir papel-moeda e moeda metálica.

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13. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Compete ao Banco Central do Brasil (Bacen), EXCETO
a) compensar cheques e outros papéis.
b) controlar a oferta de moeda e crédito.
c) fiscalizar as instituições financeiras.
d) emitir papel moeda e a moeda metálica.
e) executar a política cambial e administração do câmbio.

14. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Um Banco Central, em geral, desempenha diversas funções, EXCETO
a) executor da política fiscal.
b) emissão monetária.
c) supervisor do sistema financeiro.
d) executor da política monetária.
e) depositário das reservas internacionais.

15. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista Administrativo – Economia)


Na economia brasileira, qual instituição é responsável por operacionalizar e executar as
diretrizes das questões monetárias e cambiais?
a) Ministério da Fazenda.
b) Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
c) Banco Central do Brasil.
d) Casa Civil.
e) Tesouro Nacional.

16. (2021/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial)


No Brasil, o órgão responsável pela fiscalização do Sistema Financeiro Nacional é o
a) Conselho Monetário Nacional
b) Ministério da Economia
c) Banco Central do Brasil
d) Banco do Brasil
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

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17. (2009/PUC-PR/URBS/Economista)
A estrutura do Sistema Financeiro Nacional – SFN – é formada por Órgãos Normativos,
Entidades Supervisoras e Operadores. É CORRETO afirmar que as Entidades Supervisoras são
formadas pelas seguintes instituições:
a) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Superintendência Nacional de Previdência Complementar;
b) Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros Privados e Conselho de
Gestão da Previdência Complementar.
c) Conselho Monetário Nacional, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários.
d) Conselho de Gestão da Previdência Complementar, Banco Central e Comissão de Valores
Mobiliários.
e) Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e
Operadores.

18. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Atua como operador do Sistema Financeiro Nacional a(o)
a) Bolsa de Mercadorias e Futuros
b) CMN
c) Susep
d) Previc
e) Banco Central do Brasil

19. (2012/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


O Sistema Financeiro Nacional tem como entidades supervisoras:
a) Receita Federal do Brasil e Resseguradores.
b) Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas de Mercadorias e futuros.
c) Banco Central do Brasil e Superintendência de Seguros Privados.
d) Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
e) FEBRABAN e Superintendência Nacional de Previdência Complementar.

20. (2017/IADES/HEMOCENTRO-DF/Analista de Atividades - Economia)


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) compõe-se de órgãos normativos, entidades supervisoras
e operadores. Assinale a alternativa que apresenta apenas os órgãos normativos do SFN.
a) Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (BCB) e Comissão de Valores
Mobiliários (CVM).
b) Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (BCB, Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e Bolsa de Valores (BOVESPA).

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c) Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de


Seguros Privados (Susep) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
d) Banco Central do Brasil (BCB) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
e) Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

21. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Na configuração atual do Sistema Financeiro Nacional, a instância máxima de decisão é da
alçada do(a)
a) Banco Central do Brasil
b) Comissão de Valores Mobiliários
c) Conselho Monetário Nacional
d) Banco do Brasil
e) Ministério da Fazenda

22. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Por Sistema Financeiro Nacional (SFN) entende-se o conjunto de instituições e instrumentos que
possibilitam a transferência de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários.
Essa transferência é possível em razão:
a) dos mercados monetário, de crédito, de capitais e cambial;
b) da atuação dos bancos comerciais;
c) da atuação dos bancos centrais;
d) das bolsas de valores;
e) da atuação da CVM.

23. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Como parte da missão de assegurar que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, a
autorização para funcionamento de instituições financeiras controladas por capitais nacionais é
concedida
a) pelo Conselho Monetário Nacional.
b) pela Comissão de Valores Mobiliários.
c) pela Presidência da República.
d) pelo Banco Central do Brasil.
e) pelo Senado Federal.

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24. (2010/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Compete à Comissão de Valores Mobiliários – CVM disciplinar as seguintes matérias:
I. registro de companhias abertas.
II. execução da política monetária.
III. registro e fiscalização de fundos de investimento.
IV. registro de distribuições de valores mobiliários.
V. custódia de títulos públicos.
Está correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, III e IV.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.

25. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Biblioteconomia)


O órgão brasileiro responsável pelo controle da oferta monetária do país, ou seja, pelo
montante total de dinheiro disponível para a população é o(a)
a) Ministério da Fazenda
b) Banco Central do Brasil
c) Conselho de Valores Mobiliários (CVM)
d) Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
e) Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN)

26. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDEARAL/Técnico Bancário)


O Sistema Financeiro Nacional é composto por diversas entidades, dentre as quais os órgãos
normativos, os operadores e as entidades supervisoras.
A entidade responsável pela fiscalização das instituições financeiras e pela autorização do seu
funcionamento é o
a) Banco Central do Brasil
b) Conselho Monetário Nacional
c) Fundo Monetário Internacional
d) Conselho Nacional de Seguros Privados
e) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

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27. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O gerenciamento do meio circulante para garantir, à população, o fornecimento adequado de
dinheiro em espécie é competência
a) da Casa da Moeda do Brasil.
b) do Sistema de Pagamentos Brasileiro.
c) do Banco Central do Brasil.
d) da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
e) da Secretaria do Tesouro Nacional.

28. (2019/FCC/METRO SP/Analista Desenvolvimento Gestão Júnior)


O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional,
sendo vinculado ao Ministério da Economia. Dentre as suas diversas funções, o Banco Central
é responsável por
a) negociar ações de sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários.
b) certificar os profissionais do mercado financeiro e de capitais do Brasil.
c) gerenciar as reservas cambiais do país em ouro e em moeda estrangeira.
d) fazer o registro das companhias abertas.
e) organizar o funcionamento e as operações das bolsas de valores.

29. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Um banco central possui funções clássicas dentro de um sistema financeiro. No caso brasileiro,
amparado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central do Brasil (BCB.) tem
como uma de suas atribuições:
a) a execução da política fiscal;
b) o regramento das bolsas de valores;
c) a execução da política monetária;
d) a determinação do superávit primário;
e) o regramento de ofertas públicas iniciais.

30. (2012/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


Considere as funções de supervisão de algumas das instituições do Sistema Financeiro
Nacional.
I - Disciplinar e fiscalizar a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários.
II - Executar os serviços do meio circulante.
III - Fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar.
Considerando-se as funções acima, verifica-se que o que está expresso em
a) I é uma função da Secretaria de Previdência Complementar.

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b) II é uma função da Comissão de Valores Mobiliários.


c) II é uma função do Banco Central do Brasil.
d) III é uma função da Superintendência de Seguros Privados.
e) III é uma função do IRB – Brasil Resseguros.

31. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Júnior - Financeiro)


A instituição legalmente responsável por prover liquidez ao sistema financeiro nacional em
períodos de crise e por cumprir a chamada função de emprestador de última instância é a(o)
a) Caixa Econômica Federal
b) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
c) Banco do Brasil
d) Banco Central do Brasil
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

32. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
No âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a atribuição da coordenação da Dívida Pública
Federal externa e interna é
a) do Banco Central do Brasil.
b) do Ministério da Fazenda.
c) da Secretaria do Tesouro Nacional.
d) do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
e) do Conselho Monetário Nacional.

33. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é um órgão colegiado, integrante da
estrutura do Ministério da Fazenda, e que tem por finalidade julgar os recursos contra as
sanções aplicadas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, nos
processos de lavagem de dinheiro, as sanções aplicadas pelo Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (COAF) e demais autoridades competentes em
a) casos de interesse exclusivo de investidores estrangeiros.
b) processos de segunda instância judicial.
c) situações de litígio entre instituições financeiras estatais.
d) segundo grau e última instância administrativa.
e) arbitragens decorrentes da utilização de instrumentos financeiros derivativos.

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34. (2018/FGV/BANESTES/Analista de Comunicação)


Dentro do Sistema Financeiro Nacional (SFN), cada entidade é responsável por funções
específicas. Nesse sentido, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem por principal
atribuição:
a) zelar pela defesa da concorrência nas emissões de títulos;
b) zelar pelo funcionamento eficiente e integridade do mercado de capitais;
c) garantir a regulação prudencial do sistema financeiro;
d) atender as normas do Banco Central do Brasil;
e) estabelecer regras para o mercado segurador.

35. (2012/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


O Sistema Financeiro Nacional é composto de dois subsistemas: o normativo e o de
intermediação financeira.
São órgãos do subsistema normativo:
a) o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central
b) o Banco do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários
c) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e os bancos de investimento
d) a Caixa Econômica Federal e a Superintendência de Seguros Privados
e) a Bolsa de Valores e a Bolsa de Mercadoria e de Futuros de São Paulo

36. (2009/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


O subsistema normativo do Sistema Financeiro Nacional inclui os seguintes órgãos ou
entidades:
a) Conselho Monetário Nacional e Banco Central do Brasil.
b) Comissão de Valores Mobiliários e Caixa Econômica Federal.
c) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil.
d) Banco Central do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
e) Banco do Brasil e Superintendência de Seguros Privados.

37. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Integram o Sistema Financeiro Nacional:
a) Conselho da República e Conselho Monetário Nacional
b) Banco do Brasil e Receita Federal
c) Conselho da República e Banco do Brasil
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e Receita Federal
e) Banco Central do Brasil e Banco do Brasil

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38. (2010/CESGRANRIO/BNDES/Técnico Administrativo)


Integram o Sistema Financeiro Nacional (SFN)
a) o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, na condição de órgão ao qual o BNDES
está vinculado.
b) as Instituições financeiras públicas.
c) as instituições financeiras estrangeiras, uma vez autorizado o seu funcionamento no país por
resolução do Banco Central.
d) a Secretaria de Direito Econômico.
e) a Receita Federal.

39. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Associe os órgãos e as instituições a suas respectivas competências.

As associações corretas são:


a) I – Q , II – R , III – P
b) I – Q , II – S , III – R
c) I – R , II – P , III – Q
d) I – R , II – S , III – Q
e) I – S , II – R , III – Q

40. (2010/CESGRANRIO/EPE/Analista de Gestão Corporativa - Finanças e Orçamento)


Dentre as instituições citadas, a única que NÃO pertence ao subsistema normativo do Sistema
Financeiro Nacional é o(a)
a) Banco Central do Brasil.
b) Conselho Monetário Nacional.

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c) Bolsa de Valores de São Paulo.


d) Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
e) Superintendência de Seguros Privados.

41. (2007/CESGRANRIO/BNDES/Técnico de Arquivo)


Além do Banco Central do Brasil e do Banco do Brasil S.A., constituem o Sistema Financeiro
Nacional:
I - Conselho Monetário Nacional;
II - BNDES;
III - demais instituições financeiras públicas;
IV - demais instituições financeiras privadas.
Estão corretos os itens
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

42. (2019/FEPESE/PREF FLORIANÓPOLIS/Economista)


Dentre os órgãos de Sistema Financeiro Nacional:
a) Estão classificados como órgãos normativos: a Bolsa de Valores e o Banco Central do Brasil.
b) A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) é responsável pela fiscalização de
mercados de seguros privados e de mercados de seguros públicos obrigatórios.
c) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem a responsabilidade de formular a política
monetária do país e o presidente do CMN é o próprio Presidente da República.
d) O Conselho Monetário Nacional (CMN) tem como função executar a estratégia estabelecida
pelo Banco Central para manter a inflação baixa.
e) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) provê empréstimos aos membros do sistema
financeiro com a intenção de regular a liquidez e evitar falências.

43. (2014/CESGRANRIO/BANCO DA AMAZÔNIA/Técnico Bancário)


Atualmente, o Sistema Financeiro Nacional é composto por órgãos
normativos, entidades supervisoras e por operadores.
Um dos órgãos normativos que compõe o Sistema Financeiro Nacional é o(a):
a) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.
c) Banco Comercial.
c) Conselho Monetário Nacional.

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d) Bolsa de Valores.
e) Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

44. (2003/FCC/CVM/Analista)
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições que
a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.
b) permitem o fluxo de recursos entre poupadores e tomadores.
c) determinam o saldo do Balanço de Pagamentos.
d) definem a Política Monetária, Cambial e de Crédito.
e) administram os títulos da dívida interna.

Comentários:

De forma geral, as instituições que constituem o SFN (normatizadores, supervisores e


operadores) é permitir o fluxo de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os
deficitários, como consta na alternativa “b”.

Vejamos o que podemos aprender com as demais alternativas.

a) controlam o Produto Interno Bruto do setor financeiro.

Controlar o PIB do setor financeiro? Não podemos afirmar algo assim, embora essas instituições
certamente tenham papel importante na determinação de sua própria produção, “controlar” é
um termo inadequado.

c) determinam o saldo do Balanço de Pagamentos.

Embora fuja ao escopo desta aula, o que determina o saldo do Balanço de Pagamentos é o fluxo
de bens (exportações e importações) e de capitais (investimentos) entre um país e o resto do
mundo.

d) definem a Política Monetária, Cambial e de Crédito.

Isso cabe a uma única instituição do SFN: o Conselho Monetário Nacional. Por isso, não podemos
generalizar para o conjunto de instituições.

e) administram os títulos da dívida interna.

Mais uma fora do escopo desta aula, mas isso cabe à Secretaria do Tesouro Nacional.

Gabarito: “b”

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GABARITO
1. E 14. A 27. C 40. C
2. C 15. C 28. C 41. E
3. C 16. C 29. C 42. B
4. E 17. A 30. C 43. C
5. E 18. A 31. D 44. B
6. C 19. C 32. E
7. E 20. E 33. D
8. B 21. C 34. B
9. E 22. A 35. A
10. A 23. D 36. A
11. B 24. C 37. E
12. C 25. B 38. C
13. A 26. A 39. C

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SUMÁRIO
1 Moeda............................................................................................................................................3
1.1 Definições, Características e Funções de Moeda ..................................................................3
1.1.1 As três funções da moeda ...............................................................................................3
1.1.2 Características da moeda ................................................................................................4
1.1.3 Os tipos de moeda ..........................................................................................................4
1.2 Demanda por Moeda ..............................................................................................................5
1.2.1 Demanda por moeda para Transação e Precaução ......................................................6
1.2.2 Demanda por moeda para Especulação........................................................................6
1.3 Oferta de Moeda......................................................................................................................6
1.3.1 Agregados Monetários ....................................................................................................7
1.3.2 Base Monetária ................................................................................................................8
1.3.3 Criação e destruição de moeda ......................................................................................9
1.4 Multiplicador Monetário ....................................................................................................... 11
1.4.1 O sistema de reservas fracionárias .............................................................................. 11
1.4.2 O Multiplicador Monetário ........................................................................................... 13
1.4.3 Relações do multiplicador monetário ......................................................................... 15
2 Política Monetária ...................................................................................................................... 16
2.1 Objetivos da política monetária ........................................................................................... 16
2.2 Instrumentos de Política Monetária Convencional ............................................................. 17
2.2.1 Redesconto.................................................................................................................... 17
2.2.2 Compulsórios ................................................................................................................ 17
2.2.3 Mercado Aberto (Open Market) .................................................................................. 18
2.2.4 Debate sobre depósitos remunerados dos bancos comerciais no BCB .................. 26
2.2.5 Outros “instrumentos de Políticas monetária ............................................................. 27
2.3 Política monetária expansionista X Política monetária contracionista .............................. 28
3 Taxas e Curva de juros ............................................................................................................... 29
4 Políticas Monetárias não convencionais (PMNC) ..................................................................... 32
4.1 Outras políticas monetárias não convencionais ................................................................. 34
Resumo e Esquemas da Aula ........................................................................................................... 36
Bibliografia ........................................................................................................................................ 44
Questões Comentadas ..................................................................................................................... 45
Lista de Questões.............................................................................................................................. 76
Gabarito ............................................................................................................................................. 89

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INTRODUÇÃO
Saudações!

Esta será uma das aulas mais densas do curso, sem dúvidas. Nossa tarefa é promover a melhor
preparação possível. Os tópicos que trataremos serão:

3 - Moeda e política monetária: Políticas monetárias convencionais e


nãoconvencionais (Quantitative Easing); Taxa SELIC e operações
compromissadas; O debate sobre os depósitos remunerados dos bancos
comerciais no Banco Central do Brasil.

Para ajudar, esta também é uma aula cheia de esquemas e exemplos para facilitar a
compreensão, mas não se sinta mal de não compreender de primeira. Aqui, veremos conceitos
complexos que podem demandar mais de uma leitura e, é claro, alguma prática por meio de
questões.

AVISO: como em Atualidades do Mercado Financeiro também falamos de moeda, embora no


contexto de Moeda Digital, o capítulo 1.1 desta aula já foi visto na aula 1 daquela matéria. Você
pode revisar ou pular direto para o capítulo 1.2, caso já tenha estudado a aula.

E se tiver dúvidas já sabe: fale comigo!

Boa aula!

@profcelsonatale

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1 MOEDA
Começaremos compreendendo o que é moeda para, na sequência, compreendermos o que
são os agregados monetários e como eles podem ser cobrados na sua prova.

Vamos definir o que é moeda, de forma mais técnica e precisa. Em seguida, falaremos sobre as
características (atributos), funções e tipos de moeda.

1.1 Definições, Características e Funções de Moeda

A definição econômica de moeda é um pouco distinta daquela que usamos na linguagem


cotidiana. Em economia:

Moeda é todo ativo que pode ser utilizado de forma imediata para
realizar transações.

Também é muito comum dizer que a moeda tem três funções: reserva de valor, unidade de
conta e meio de troca. Além disso, há algumas características desejáveis para a moeda.

Veremos cada uma dessa funções a seguir. Depois, veremos as características, e, por fim, os tipos
de moeda.

1.1.1 As três funções da moeda

As três funções da moeda são bastante frequentes em prova, então é preciso que você as
conheça muito bem, além de lembrar de todas elas. Ou seja, é para decorar mesmo!

Reserva de Valor: significa que a moeda pode ser guardada para comprar
coisas depois. Em outras palavras, reter moeda é uma forma de transferir o
poder de compra presente para o futuro. Claro que essa reserva de valor não
é perfeita, pois a inflação diminui o valor da moeda. É por isso que em
períodos de inflação alta, as pessoas trocam moeda por títulos que paguem
juros, ou até mesmo por moedas estrangeiras mais estáveis.

Unidade de conta: essa característica da moeda é o que nos permite dizer


que uma camisa custa R$300 e que um refrigerante em lata custa R$3. Graças
à função de unidade de conta da moeda não precisamos dizer que uma
camisa custa 100 refrigerantes; a moeda é o padrão oficial de preços. Por
isso, as bancas também chamam essa função de Padrão de Valor.

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Meio de troca: dizer que a moeda é o meio de troca é o mesmo que dizer
que ela é utilizada para comprar qualquer tipo de bem ou serviço. Por causa
dessa função, eliminamos o escambo da sociedade, que ocorre quando uma
mercadoria é trocada diretamente por outra. Antes do advento da moeda, se
alguém que tivesse uma ovelha precisasse de um casaco, precisaria encontrar
alguém com um casaco que precisasse de uma ovelha... imagine o trabalho!

1.1.2 Características da moeda

As características ou atributos que vamos conhecer agora são consideradas desejáveis para
que qualquer ativo que se proponha a ser moeda e, portanto, a desempenhar as três funções.

Contudo, ao contrário das três funções, as características não são tão recorrentes em provas e,
além disso, são bem mais autoexplicativas: os nomes já deixam bem claro e óbvio o que quer
dizer. Isso significa que, para nossos propósitos, uma boa lida já basta.

baixo custo de baixo custo de


difícil de falsificar alta durabilidade
estocagem transação

divisibilidade transportável manuseável homogeneidade

Aliás, essa lista de características não é rígida, então o fato de serem sete é improvável de ser
assunto de prova. Já o próximo tema, requer mais de sua atenção.

1.1.3 Os tipos de moeda

As moedas também podem ser divididas em três tipos: moeda fiduciária, moeda-mercadoria e
padrão-ouro (também chamado de lastreada).

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E como esses tipos já podem ser cobradas em detalhes, vamos ver cada um dos tipos em ordem
cronológica de surgimento:

Moeda-mercadoria: civilizações mais antigas utilizavam como moeda


algumas mercadorias com valor intrínseco, o que significa que a própria
moeda possuía algum valor de uso, podendo ser utilizada para algum fim
que além da transação comercial. A palavra salário, por exemplo, vem
do sal com qual eram pagos os soldados do império romano. O ouro
também foi amplamente utilizado na antiguidade como moeda-
mercadoria. Mas ela não está extinta: ainda hoje cigarros são utilizados
como moeda-mercadoria nos presídios do mundo todo.
Quando você olha do ponto de vista das características (ou atributos) da
moeda, fica evidente que a moeda-mercadoria carece de
homogeneidade (duas ovelhas ou duas conchas nunca serão idênticas).

Padrão-ouro: uma moeda padrão-ouro é aquela que pode ser trocada


por determinado valor em ouro, como se fosse um certificado vinculado
a uma certa quantidade de ouro guardada em algum cofre. Por isso se
diz que a moeda possui lastro.

Fiduciária: essa é aquela moeda que só tem valor porque o governo


disse que tem, e todo mundo acreditou. Esses pedaços de papéis
coloridos no seu bolso não têm nenhum valor de uso pois, ao contrário
do sal ou do ouro, você não pode temperar sua comida nem fazer joias
ou circuitos eletrônicos com uma nota de cem reais. Esse é o tipo de
moeda que predomina no mundo contemporâneo.

Escritural: moeda escritural é aquela representada pelos depósitos à


vista que as pessoas têm nos Bancos Comerciais. Aqueles números
eletrônicos em sua conta bancário têm tanta liquidez e aceitação quanto
a moeda fiduciária e, portanto, também são considerados moeda.
Veremos como isso funciona bem a fundo nesta aula.

Portanto, concluímos que a moeda torna possível separar uma troca de mercadorias em duas
partes: uma compra e uma venda. Ela o faz por meio de suas funções, intermediando as
transações do mercado e tornando-o muito mais eficiente.

1.2 Demanda por Moeda

Possivelmente você já tem ótimos palpites sobre os motivos pelos quais as pessoas demandam
moeda. O que você precisa saber agora é que esses motivos são divididos pela literatura
econômica – e, portanto, pelas bancas – em três: transação, precaução e especulação.

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Agora vamos estabelecer como a renda e os juros levam as pessoas a demandarem mais ou
menos moeda.

1.2.1 Demanda por moeda para Transação e Precaução

A moeda é o meio de troca que as pessoas utilizam para realizar transações comerciais (comprar
e vender bens). Portanto, quanto mais renda as pessoas têm, mais moeda irão querer.

As pessoas também utilizam moeda como reserva de valor, ou seja, as pessoas guardam dinheiro
por precaução contra imprevistos. Evidentemente, a demanda de moeda por esse motivo
também é maior quanto maior for a renda da pessoa.

Por isso, a demanda de moeda para transação e precaução varia na mesma direção que a
renda. Quando a renda aumenta, aumenta a demanda por moeda relacionada a esses motivos.
Quando a renda diminui, o movimento também é para baixo.

Além disso, para dado nível de renda, a demanda por moeda pode ser maior quanto maior for
a velocidade de circulação da moeda

1.2.2 Demanda por moeda para Especulação

Especular com moeda é buscar obter ganhos financeiros em virtude de um palpite sobre o
comportamento da economia.

Analisamos profundamente esse tema quando vemos a Teoria Keynesiana, mas, para nossos
propósitos atuais, tenha em mente que a demanda por moeda varia em direção contrária às
taxas de juros.

Isso quer dizer que quando os juros sobem, a demanda por moeda para especulação diminui.
Por outro lado, com a queda dos juros vem o aumento da demanda por moeda para
especulação.

A demanda por moeda para especulação também é chamada de motivo


portifólio e motivo financeiro, e está relacionada com o custo de oportunidade
de se manter o dinheiro como saldo de caixa .

1.3 Oferta de Moeda

Agora que compreendemos por que as pessoas demandam moeda, cabe compreendermos
como funciona o outro lado do mercado monetário: a oferta de moeda.

Mas antes, vamos compreender os importantíssimos agregados monetários.

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1.3.1 Agregados Monetários

Na maioria dos países, a emissão de moeda é atribuição exclusiva (e legalmente garantida) do


banco central. No Brasil, essa competência é exercida pelo Banco Central do Brasil.

Do total do papel moeda emitido pelo Banco Central, uma parte permanece com ele, em seus
cofres. O restante do papel moeda circula na economia, mas uma parte fica no caixa dos bancos
comerciais. O que sobra, fica em poder do público.

PME=PMC+CXBACEN=PMPP+CXBACOMS+CXBACEN
Essa classificação serve ao propósito de mensurar qual é a parte da moeda que realmente será
usada pelo público para realizar suas transações: o papel-moeda em poder do público (PMPP).
Note que público, nesse caso, significa todo mundo que não é o Banco Central, um banco
comercial (como o Banco do Brasil, Bradesco ou o Itaú), ou a Caixa Econômica Federal. Em outras
palavras, serve para analisar qual a parte que realmente importa analisar e controlar.

Contudo, não é apenas com o papel-moeda em seu poder que o público irá transacionar.
Lembra-se da moeda escritural? Isso mesmo. Aquele dinheiro que você tem na conta também
serve para comprar, certo? Ao adicionarmos o total de depósitos à vista ao PMPP, temos o
primeiro e mais importante agregado monetário: o M1. O M1 recebe o nome de Moeda ou
Meios de Pagamento Estritos.

Existem ativos que são considerados Quase Moeda, por não apresentarem tanta liquidez quanto
os depósitos à vista. São os Meios de Pagamentos em sentido Amplo: M2, M3 e M4.

Veja o que cada um dos agregados inclui:

M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista


M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias +
Depósitos Especiais Remunerados
M3 M2 + Cotas de Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

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Essa classificação é definida de acordo com seus emissores, basicamente deste jeito: Banco
Central e bancos comerciais, também chamados emissores de haveres monetários (M1); outros
bancos e instituições financeiras não bancárias (M2); fundos de investimentos (M3) e; Governo
Federal (M4).

A classificação é um pouco mais complexa do que isso, mas se sequer assim foi cobrada,
considero mais do que suficiente conhecer dessa forma.

A classificação anterior era definida de acordo com a liquidez dos ativos.

Oficialmente, desde 2001, nas estatísticas divulgadas pelo Banco Central, o critério de
classificação é o sistema emissor:

“Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados representam mudança de critério


==275324==

de ordenamento de seus componentes, que deixaram de seguir o grau de liquidez,


passando a definir os agregados por seus sistemas emissores.”

BCB - Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas - Pág. 2


Disponível em: https://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/NM-MeiosPagAmplp.pdf

Então, rigorosa e tecnicamente, atualmente, é sistema emissor. Contudo, não é incomum


as bancas considerarem que é pelo grau de liquidez, algo que não está errado. De forma
geral, M1 é mais líquido que M2, que é mais líquido que M3. Sobre M3 e M4 é polêmico
e subjetivo... melhor nem entrarmos nessa. Mas de forma geral, e não absoluta, a ordem
de liquidez se mantém.

Se houver conflito na prova, com você tendo que apontar sistema emissor OU liquidez,
marque emissor. Mas se disser que são classificados em grau de liquidez, não marque
errado apenas por isso.

Ninguém disse que seria fácil, né?

Portanto, o M4 é o conceito mais amplo de moeda, e recebe o nome de poupança financeira,


mas é o M1 que será mais cobrado em provas.

1.3.2 Base Monetária

Também chamada de passivo monetário do Banco Central, a base monetária é composta pelo
Papel Moeda em Circulação somado às reservas bancárias. Estas podem ser reservas
voluntárias ou reservas compulsórias:

BASE MONETÁRIA = PMC + RESERVAS COMPULSÓRIAS + RESERVAS VOLUNTÁRIAS

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As reservas compulsórias, talvez mais conhecidas como depósitos ou recolhimentos


compulsórios, são uma parte dos depósitos que os bancos recebem de seus clientes que deve
ser recolhida junto ao Banco Central. O porquê disso ficará bem claro nos próximos tópicos.

Esses recolhimentos são remunerados pelo Banco Central, e por isso alguns bancos comerciais
podem depositar além dos percentuais obrigatórios, constituindo reservas voluntárias. Assim,
temos que:

BASE MONETÁRIA = PMC + RESERVAS BANCÁRIAS

As reservas bancárias, somadas ao caixa dos bancos comerciais, compõem o que chamamos
encaixes bancários. Algumas vezes, o caixa dos bancos comerciais também é chamado de
“encaixes técnicos”, uma vez que representam o dinheiro que os bancos deixam em caixa para
fazer frente às necessidades operacionais.

ENCAIXES BANCÁRIOS=RESERVAS BANCÁRIAS+CXBACOMS

Dessa forma, podemos concluir que:

PMC Encaixes
bancários
BASE MONETÁRIA=PMPP+ CXBACOMS + RESERVAS BANCÁRIAS
E, por fim:

BASE MONETÁRIA=PMPP+ ENCAIXES BANCÁRIOS


1.3.3 Criação e destruição de moeda

A criação e destruição de moeda são, respectivamente, o aumento e a diminuição de M1, nosso


conceito estrito de moeda.

O papel moeda em poder do público e os depósitos à vista são os chamados haveres monetários
do público, ou seja, são direitos do público junto às instituições emissores de moeda: o Banco
Central e os bancos comerciais, conhecido como setor bancário.

Lembrando que público é tudo aquilo que não é Banco Central, banco comercial, banco múltiplo
com carteira comercial ou cooperativa de crédito (instituições financeiras que, aqui no Brasil,
também captam depósitos à vista).

Sendo assim, bancos que não são comerciais, como bancos de investimento e bancos múltiplos
sem carteira comercial são parte do que estamos chamando de público.

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Por isso, sempre que ocorre uma transação em que o público recebe haveres monetários do
setor bancário em troca de haveres não monetários, há criação de moeda. Por exemplo: quando
você transfere dinheiro de sua poupança para sua conta corrente, ocorreu criação de moeda,
pois você entregou um haver não monetário (poupança) para o sistema bancário, e recebeu um
haver monetário (depósito à vista).

A destruição de moeda, por outro lado, ocorre quando o público recebe haveres não monetários
em troca de haveres monetários.

Ao adquirir cotas de um fundo de investimento (haver não monetário), por meio de débito em
sua conta corrente (haver monetário), está ocorrendo destruição de moeda.

Sistema bancário: Banco Central, bancos comerciais, bancos múltiplos com


carteira comercial e cooperativas de crédito.

Portanto, para que possa ocorrer criação ou destruição de moeda, é preciso que a transação
ocorra entre o público e o setor bancário.

Isso significa que transações do setor bancário para o setor bancário (Banco Central com banco
comercial, por exemplo) e transações entre o público (o governo pagando os servidores, ou uma
transação comercial qualquer) não criam nem destroem moeda.

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Somente transações entre o setor bancário e o público


criam ou destroem moeda!

Veja alguns exemplos:

Criação de moeda Destruição de moeda Neutra


Empresa resgata aplicação Banco Central vende títulos Itaú transfere valores ao
financeira. públicos para empresa pública. Bradesco a título de
compensação.
Banco Central compra títulos Banco comercial recebe Banco Central compra títulos
públicos de banco de depósitos a prazo de empresa públicos do Santander.
investimentos. Note que o banco privada.
de investimento não capta
depósitos à vista, portanto é
parte do “público”.
Pessoa transfere saldo de sua Pessoa aplica em CDBs. Ministério da Fazenda paga seus
conta poupança para conta servidores.
corrente.
Banco Central compra dólares de Banco Central vende dólares Banco de investimentos
exportadores. para importadores. empresta dinheiro para uma
montadora de automóveis.

1.4 Multiplicador Monetário

Os bancos comerciais têm a capacidade de aumentar a quantidade de M1 ao aumentar os


depósitos à vista. Eles fazem isso emprestando dinheiro.

Vamos desenvolver esse raciocínio partindo de uma economia bem simples, até os modelos mais
realistas que caem em prova.

1.4.1 O sistema de reservas fracionárias

Imagine, inicialmente, uma economia sem bancos comerciais. Nesse tipo de economia, o único
tipo de moeda é o papel moeda – não há depósitos à vista e, consequentemente, não há moeda

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escritural. Dessa forma, se o Banco Central colocar em circulação R$100, esse será o M1 total da
economia, como PMPP.

Agora, digamos que abriu o Banco Comercial Pioneiro S.A. Nesse primeiro momento, o Banco
Central determina que 100% dos depósitos sejam recolhidos, ou seja, as reservas compulsórias
serão de 100%, e o Pioneiro não poderá emprestar. Nesse caso, ainda que os R$100 sejam
depositados no banco, o M1 ainda será igual a R$100, embora dessa vez seja composto por
depósitos à vista em vez de papel moeda.

Então, o Banco Central reduz o compulsório para 30%. Imagine que Ana detém todo o M1 da
economia: os R$100. Para manter seu dinheiro seguro, ela decide depositar tudo no Pioneiro. O
banco, então, recolhe R$30 e deposita no Bacen. Os R$70 que sobram, o banco empresta para
Bruno, depositando em sua conta corrente. Esse novo depósito à vista implica em novo
recolhimento ao Bacen, de R$21. O que sobra é emprestado a Carla, que saca os R$49.

Perceba que o M1 foi dos R$100 iniciais para R$219:

• R$100 em depósitos à vista de Ana;


• R$70 em depósitos à vista de Bruno;
• R$49 em papel-moeda em poder de Carla.

O que proporcionou esse aumento foi o sistema de reservas fracionárias, onde permite-se aos
bancos comerciais que apenas uma parte dos depósitos recebidos seja mantida em reservas, de
forma que o restante pode ser emprestado.

SISTEMA DE RESERVAS FRACIONÁRIAS

Sistema que permite aos bancos manter apenas uma parte dos depósitos que
recebe como reservas, podendo emprestar a fração restante.

Esse processo de “empresta > recebe depósito > empresta” segue indefinidamente,
especialmente em sistemas financeiros complexos como o nosso.

Com isso, os meios de pagamento (M1) costumam ser maiores que a base monetária. Em outras
palavras, o BC emite determinada quantidade de moeda e coloca em circulação, mas o total de
meios de pagamento é superior a essa quantidade, por causa do sistema de reservas
fracionárias.

Às vezes, a banca vai querer que você diga exatamente quanto os meios de pagamento são
maiores do que a base monetária, e para isso usamos o multiplicador monetário.

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1.4.2 O Multiplicador Monetário

O multiplicador monetário (m) é, por definição, a quantidade de vezes que os meios de


pagamento (M1) são maiores do que a base monetária (B). Ou seja, ele mostra a relação entre
M1 e B:

M1
m=
B
Exemplo: se o multiplicador é igual a 2, então os meios de pagamento são o dobro da base
monetária. Se o multiplicador é 1,5, os meios de pagamento são 50% maiores que a base
monetária.

Sua fórmula é a seguinte:

M1 1
m= =
B 1-d(1-r)

Onde:
d: é a parte dos meios de pagamento mantidos em depósitos à vista, ou seja,
d=depósitos à vista/M1.
r: é a parte dos depósitos à vista que se será mantida como encaixe bancário, ou
seja, não será emprestada.

Observe que tanto “d” quanto “r” assumirão valores entre 0 e 1, por representarem uma parte de
um todo.

Daqui a pouco vamos compreender a origem da fórmula, mas agora vamos ver alguns exemplos
para entender o raciocínio.

▶ Exemplo 1 (encaixes de 100%)


Neste exemplo, tudo que os bancos recebem de depósitos à vista é mantido como
reservas. Dessa forma, r=1, e:
1 1 1 1
m= = = = =1
1-d(1-r) 1-d(1-1) 1-d(0) 1
Note que o multiplicador seria, nesse caso, igual a 1. Dessa forma, a base monetária
seria exatamente igual aos meios de pagamentos.

▶ Exemplo 2 (sem depósitos à vista)


Neste exemplo, as pessoas mantêm todos os meios de pagamento na forma de
papel-moeda, e não depositam nada nos bancos, de forma que “d=0”:
1 1 1 1
m= = = = =1
1-d(1-r) 1-0(1-r) 1-0 1

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Chegamos novamente no multiplicador 1, levando à conclusão de que quando não


há depósitos à vista, os meios de pagamento também são iguais à base monetária.

Nesta aula, não iremos desenvolver a matemática que leva ao multiplicador, então é um raro
momento em que peço para você decorar, em vez de compreender profundamente. É uma
questão de “custo X benefício”.

MULTIPLICADOR DA BASE MONETÁRIA

1
m=
1-d(1-r)

Onde:
d: depósitos à vista / M1
r: reservas (encaixes) totais / depósitos à vista

Sendo assim, você realmente deveria decorar a fórmula acima, pois ela será necessária em 90%
das provas sobre o multiplicador.

Para ajudar com isso, fiz um mnemônico:

Lembre-se de Mi(chele) e Val(Dir), um casal ambientalmente irresponsável e de baixa


alfabetização:


E também importante, mas relativamente mais tranquilo, é entender como as variáveis “d” e “r”
determinam o multiplicador, ou seja, como fazem com que os meios de pagamento sejam muito
ou pouco maiores que a base monetária.

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1.4.3 Relações do multiplicador monetário

É muito importante que você perceba, pela fórmula do multiplicador, que aumentos no
percentual de depósitos à vista (d), aumentam o multiplicador. Isso tem lógica, pois quanto mais
as pessoas depositam nos bancos, mais estes têm para emprestar.

A relação das reservas (r) é inversa: quanto maior o percentual dos depósitos à vista que os
bancos “guardam”, menores serão os créditos concedidos (empréstimos) e, consequentemente,
o multiplicador monetário.

Vejamos alguns exemplos rápidos, só para fixar essa relação:

▶ d=0,4 , r=0,6 m=
1
=
1
=
1
= =
1
1-d(1-r) 1-0,4(1-0,6) 1-0,4(0,4) 1-0,16 0,84
= 1,19
1

▶ d=0,4 , r=0,4 m=
1
1-d(1-r)
1 1 1 1
= 1-0,4(1-0,4) = 1-0,4(0,6) = 1-0,24 = 0,76 = 1,32

▶ d=0,8 , r=0,4 m=
1
1-d(1-r)
1 1 1 1
= 1-0,8(1-0,4) = 1-0,8(0,6) = 1-0,48 = 0,52 = 1,92

▶ d=0,9 , r=0,1 m=
1
1-d(1-r)
1 1 1 1
= 1-0,9(1-0,1) = 1-0,9(0,9) = 1-0,81 = 0,19 = 5,26

Viu só?

Faz sentido, não é? Afinal, se as pessoas depositam papel moeda no sistema bancário (“d” é
baixo), os bancos têm pouca capacidade de emprestar e criar moeda. Se o BCB determina
reservas muito altas (“r” é alto), ocorre o mesmo efeito.

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2 POLÍTICA MONETÁRIA
A política monetária consiste na regulação da quantidade de moeda circulando na economia.

No Brasil, ela é formulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN, chamamos de “Cemenê”),
e executada pelo Banco Central do Brasil, que detém a competência exclusiva de emissão de
moeda.

2.1 Objetivos da política monetária

O principal objetivo da política monetária deve ser o bem-estar da sociedade. Mas não é isso
que vai cair na sua prova. O que pode cair são os objetivos de acordo com duas abordagens: a
monetarista e a keynesiana.

De acordo com os keynesianos, a política monetária pode influenciar o nível de atividade e a


renda da economia, ainda que apenas no curto prazo. Dessa forma, a política monetária
expansionista pode ser utilizada para aumentar a demanda agregada em momento de pouca
atividade, enquanto a política monetária restritiva pode diminuir o consumo, reduzindo pressões
inflacionárias.

Os monetaristas, por outro lado, defendem que o papel da política monetária deve ser limitado
ao objetivo de garantir que a quantidade de meios de pagamento seja suficientemente para
atender ao volume de transações do mercado real.

Objetivos da Política Monetária

MONETARISTA KEYNESIANA
Estabilidade do nível de preços Regulação do nível de emprego e
produção

Se a questão atribuir qualquer desses objetivos à política monetária, estará correta, exceto se
estiver afirmando que os monetaristas defendem o papel dela na determinação do nível de
emprego, que a teoria keynesiana delimita sua função ao nível de preços, ou alguma incoerência
do tipo.

Vamos dar uma olhada, agora, nos instrumentos de que dispõe o Banco Central para conduzir a
política monetária.

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2.2 Instrumentos de Política Monetária Convencional

Os principais instrumentos da política monetária são três: as taxas de redesconto, a taxa de


depósitos compulsórios e as operações no mercado aberto.

Existem outros, como você verá adiante, mas esses são os instrumentos clássicos, cuja presença
nas provas é mais frequente, e sob os quais o Banco Central detém controle direto.

2.2.1 Redesconto

O Banco Central é o banco dos bancos. O redesconto é uma linha de crédito a qual os bancos
podem recorrer caso precisem de dinheiro. A taxa de redesconto é os juros que os bancos
devem pagar ao Bacen caso tomem emprestado algum valor.

Quanto menores forem as taxas de redesconto, mais dispostos os bancos ficam a emprestar ao
público e, portanto, mais eles emprestam, expandindo os meios de pagamento (lembra do M1?).

Eles também recebem o nome de empréstimos de liquidez.

Na prática, os redescontos não são utilizados como instrumento de política monetária por dois
motivos: (1) o Banco Central não tem garantias de que os bancos reagirão às mudanças nas taxas
de redesconto conforme ele espera, expandindo ou contraindo a oferta monetária e; (2) ainda
que a reação ocorra, ela pode demorar, tornando esse instrumento pouco eficiente em
comparação aos demais.

Mas ele cai na prova, e se a questão falar que reduzir a taxa de redesconto é uma política
monetária expansionista, pode marcar como certo. Se a questão comparar esse instrumento com
os demais, dizendo que ele é mais eficiente, pode marcar como errado.

2.2.2 Compulsórios

Sempre que você, cliente do banco X, realiza um depósito em sua conta, o banco X precisa
depositar uma parte desse dinheiro no Banco Central. O resto ele pode emprestar aos outros
clientes.

Não custa relembrar que quanto maior for a alíquota (%) do compulsório, menor será a oferta
monetária, pois os bancos terão menos dinheiro disponível para emprestar.

Como instrumento de política monetária, sua eficiência é maior quando o objetivo é restringir a
oferta monetária, já que a expansão da oferta monetária, ainda que o Bacen reduza o
compulsório, dependerá do apetite dos bancos em emprestar.

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Note ainda que há duas formas de utilizar os depósitos compulsórios como instrumento de
política monetária: (1) o aumento da exigência, e (2) o aumento da remuneração, ou seja, o
aumento dos juros que remuneram esses depósitos, levando os bancos a recolherem maiores
valores de forma espontânea. Claro que essa última hipótese trata de depósitos voluntários
remunerados, e falaremos mais sobre eles adiante, mas achei melhor adiantar aqui pela estrita
relação com os compulsórios.

2.2.3 Mercado Aberto (Open Market)

Atualmente, a dívida pública federal interna acumula um saldo de aproximadamente R$1


trilhão. Os credores dessa dívida são os detentores de títulos públicos: bancos, fundos,
empresas, pessoas físicas etc.

Quando o Banco Central quer colocar mais dinheiro na economia, ele compra esses títulos. Por
outro lado, quando deseja enxugar a liquidez, o Banco Central vende os títulos públicos dos
quais é detentor.

Mercado Primário X Mercado Secundário

Quando o governo precisa levantar dinheiro, ele emite títulos públicos. Quem
comprar esses títulos, passa a ser credor do governo, ou seja, tem direito de
receber determinada quantia, em determinada data. Essa emissão inicial ocorre
no chamado mercado primário, que não é propriamente um local físico, mas
recebe esse nome pois os credores comprar títulos novos, diretamente do
governo.

Caso os credores não desejem esperar a data de vencimento do título, que é


quando o governo vai pagar a quantia combinada, ele pode vender o título para
outra pessoa, que passa a ter o direito de receber do governo, na data
combinada. Essa negociação ocorre no mercado secundário.

O mercado secundário também recebe o nome de mercado aberto, pois


qualquer um pode comprar ou vender títulos públicos dos quais é detentor, em
contraste com o mercado primário, onde somente o governo vende e somente
alguns bancos e corretoras podem comprar os títulos emitidos.

Como o Banco Central é proibido de financiar diretamente os gastos do governo (Lei de


Responsabilidade Fiscal), a utilização de títulos públicos como instrumento de política monetária
ocorre exclusivamente no mercado aberto.

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As operações do Banco Central Open Market são o instrumento de política monetária mais
eficiente. A variação da oferta monetária ocorre de forma imediata; cada título adquirido do
público injeta moeda na economia, e cada título vendido ao público retira moeda. É
expansão/retração monetária “direto na veia”.

Vamos esquematizar o que aprendemos sobre instrumentos e políticas monetárias.

INSTRUMENTOS CLÁSSICOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

Redesconto Compulsórios Mercado Aberto

• Linha de crédito que • Percentual dos • Venda e compra de


o BCB disponibiliza depósitos de clientes títulos públicos pelo
aos bancos. que os bancos BCB
• Elevar a taxa: precisam recolher • Venda:
contracionista, pois junto ao BCB. contracionista, pois o
diminui a propensão • Elevar o percentual: BCB retira moeda.
dos bancos a contracionista, reduz • Compra:
emprestar o valor disponível expansionista, pois o
• Reduzir a taxa: para empréstimos. BCB entrega moeda.
política • Reduzir o percentual:
expansionista, pois expansionista, eleva
aumenta a o valor disponível
propensão dos para empréstimos.
bancos a emprestar

ESQUEMA DE POLÍTICAS MONETÁRIAS E INSTRUMENTOS


TENDÊNCIA PIB E
INSTRUMENTO USO TIPO DE POLÍTICA
INFLAÇÃO

Compra Expansionista Aumento


Mercado
Aberto Venda Contracionista Queda

Elevação Contracionista Queda


Taxa de
Redesconto Diminuição Expansionista Aumento

Elevação Contracionista Queda


Alíquota do
compulsório Diminuição Expansionista Aumento

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2.2.3.1 Taxa Selic e Operações Compromissadas

Até aqui, temos falado que o Banco Central compra e vende títulos públicos no mercado para
controlar a oferta monetária. Isso é verdade, mas a execução é um pouco mais complexa. É sobre
isso que falaremos agora.

Para começar, saiba que esses títulos públicos são escriturais, ou seja, são emitidos pelo Tesouro
Nacional apenas eletronicamente, sem forma física em papel.

Por serem escriturais, a custódia (guarda) e as negociações também ocorrem em sistemas


eletrônicos. Portanto, cabe a um sistema registrar quem é dono de título e, quando ocorre uma
venda, também é esse sistema que faz a liquidação da transação.

No Brasil, um dos sistemas que desempenha esse papel é o Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic).

Quando falamos “o Selic” (no masculino), estamos nos referindo ao Sistema


Especial de Liquidação e Custódia, esse sistema responsável por registrar de
quem são os títulos públicos e por liquidar as operações envolvendo esses
títulos.

Por outro lado, “a Selic” significa a taxa Selic, que conheceremos adiante.
Quando os jornais falam apenas “Selic”, normalmente também estão se referindo
à taxa, e o contexto costuma deixar claro.

O Selic foi criado, em 1979, pelo BCB e pela Andima (Associação Nacional das Instituições do
Mercado Aberto), com o objetivo de operar com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional,
liquidando as operações de compra e de venda desses títulos e mantendo sua custódia
escritural.

Os principais títulos negociados no Selic são emitidos pelo Tesouro Nacional, e compõem a
Dívida Pública Federal Interna.

A respeito da liquidação financeira das operações, cabe destacar que ela é realizada em tempo
real no Sistema de Transferência de Reservas (STR), o núcleo do Sistema de Pagamentos
Brasileiro. Ou seja, quando alguém compra um título público custodiado pelo Selic, o
pagamento ocorre no mesmo momento, por meio do STR.

Participam do Selic as instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo BCB, incluindo os


bancos, que serão adotados como exemplo para desenvolvermos os raciocínios necessários.

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Os bancos possuem uma espécie de conta-corrente lá no Banco Central (por isso ele é chamado
“banco dos bancos”). Essas contas são chamadas Reservas Bancárias, e são muito importantes,
pois é com o saldo dessas contas que os bancos honram suas obrigações uns com os outros.

E se manter um saldo muito elevado em Reservas Bancárias garante que o banco tenha recursos
para honrar suas obrigações, também significa que o banco não está fazendo seu principal
negócio, que é emprestar dinheiro para seus clientes. Pior: o dinheiro não rende nas Reservas
Bancárias.

Sendo assim, a gestão de Reservas Bancárias é um negócio à parte, pois o banco deve manter o
equilíbrio entre garantir saldo para suas obrigações diárias e ganhar dinheiro (emprestando,
principalmente). Os bancos têm até profissionais que se dedicam apenas a isso: os pilotos de
reservas, cuja tarefa é gerir a conta de forma a não ficar sobrando dinheiro e, é claro, não faltar.

Se houver uma sobra de caixa momentânea, o banco precisa fazer algo para esse dinheiro não
ficar parado, sem render nada. Como as coisas são muito rápidas, ele não pode sair oferecendo
empréstimos para seus clientes porque sobrou caixa. O que o banco pode fazer, então, é adquirir
títulos públicos no Selic. Com isso, o dinheiro rende alguma coisa.

E quem vai vender esses títulos? Basicamente duas figuras:

1. Outras instituições financeiras que estão com falta de caixa. Assim, essa instituição que
precisa de dinheiro em Reservas Bancárias consegue esses recursos ao vender seus
títulos públicos.
2. O Banco Central, em leilões de títulos realizados por meio de Dealers (instituições
financeiras autorizadas a realizar esses leilões).

Conseguiu pegar o raciocínio? Vamos elaborar mais.

Na prática, em vez de comprar ou vender definitivamente os títulos públicos, os bancos e o Banco


Central realizam “empréstimos” entre si, dando os títulos como garantia.

Esses “empréstimos” recebem o nome de operações compromissadas, pois envolvem o


compromisso de recomprar o título. Vamos entender legal isso por meio de um exemplo.

OPERAÇÕES COMPROMISSADAS: SITUAÇÃO ILUSTRATIVA

Imagine que hoje o Banco F (de “falta dinheiro”), de manhãzinha, olhou para
todos os pagamentos que precisava fazer ao longo do dia, e concluiu que vai
faltar dinheiro. Amanhã ele vai receber vários pagamentos, mas aí será tarde
demais. Ele precisa de dinheiro agora!

Aí ele lembra que tem títulos públicos custodiados no Selic, cujo valor é suficiente
para cobrir suas obrigações.

Então ele oferece, no sistema, uma operação compromissada: ele vai vender o
título com compromisso de recomprar esse mesmo título amanhã. Ele se oferece

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para vender os títulos por R$1.000.000, e recomprar amanhã por R$1.000.107,


ou seja, ele vai pagar juros ao dia de 0,0107%.

O Banco S (de “sobra dinheiro”) estava mesmo procurando o que fazer com seu
saldo de Reservas Bancárias que hoje está sobrando, e então compra os títulos
do Banco D com compromisso de revender esses títulos amanhã.

Então o Banco S entrega o dinheiro e o Banco F entrega os títulos. O Banco F


consegue honrar suas obrigações.

No dia seguinte, o Banco F honra seu compromisso e recompra os títulos pelo


valor combinado, incluindo juros, e o Banco S consegue o que queria: ganhar
uns juros em cima do dinheiro que estava sobrando.

E se a instituição vendedora não honrar o compromisso de recompra? A instituição compradora


fica com o título, e por isso dizemos que ele é a garantia do negócio.

Agora que o exemplo clareou suas ideias, veja uma definição mais técnica:

OPERAÇÃO COMPROMISSADA

Operação envolvendo títulos públicos com compromisso de recompra pelo


vendedor e compromisso de revenda pelo comprador, para liquidação em data
futura.

As operações compromissadas no Selic só podem ser realizadas por instituições


autorizadas pelo Banco Central.

A taxa de juros apurada diariamente nas operações compromissadas de um dia útil é chamada
taxa Selic. Para ser mais preciso, a taxa apurada diariamente é chamada overnight (ou Selic over),
e então ela é anualizada, ou seja, com base na taxa diária é calculada uma taxa anual
(considerando 252 dias úteis). Portanto, a taxa Selic é medida como uma taxa de juros anual.

O Banco Central também realiza operações compromissadas no Selic, com o objetivo principal
de conduzir a política monetária e convergir a taxa Selic para o nível desejado (falamos mais
sobre isso no próximo tópico).

A taxa Selic é considerada a taxa de juros básica da economia, pois os negócios com títulos
públicos no Selic são considerados bastante seguros. Por isso, a taxa Selic serve como referência
para as demais taxas de juros praticadas no mercado. Se ela estiver alta, os demais juros (como
financiamentos imobiliários e empréstimos, por exemplo), tendem a ficar altos também.

Também por isso, os jornais divulgam com frequência a taxa Selic.

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2.2.3.2 Regime de Metas para Inflação

Aqui temos que falar de inflação, além de relacionar a taxa Selic ao IPCA.

A inflação é definida, formalmente, como o aumento generalizado e persistente no nível de


preços de uma economia.

Quando falamos em nível de preços, queremos nos referir ao preço de todos os bens e serviços
da economia, do corte de cabelo ao preço da gasolina.

Para medir a inflação, utilizamos um índice de preços, que consiste basicamente em escolher
diversos bens para servir de referência, formando uma cesta de bens. A partir daí, alguém
acompanha como estão evoluindo os preços dos bens nessa cesta, como uma forma de medir a
inflação.

No Brasil, temos diversos índices, mas o que devemos conhecer agora é o IPCA, apurado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):

► IPCA: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo é o índice utilizado oficialmente, pelo


Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central, no Sistema de Metas de Inflação, ou
seja, é a medida oficial da inflação no Brasil. São considerados, na cesta do IPCA, bens
consumidos por famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, e que residem em
determinadas regiões metropolitanas.

E uma das principais formas de controlar a inflação é por meio da política monetária. Se a inflação
estiver muito alta, o Banco Central promove uma política monetária contracionista, diminuindo a
quantidade e moeda em circulação e elevando juros, uma combinação que tende a retrair a
demanda e diminuir os preços.

Afinal, com menos moeda em mãos, com crédito mais caro (juros altos), as pessoas tendem a
comprar menos e, comprando menos, há menor pressão para os preços subirem; com pouca
gente comprando, os vendedores não elevam os preços.

E o Regime de Metas de Inflação é adotado como diretriz para a política monetária


exatamente para dar maior previsibilidade para os agentes econômicos a inflação, posto que a
autoridade monetária firma o compromisso de perseguir determinado nível de inflação, e presta
contas a esse respeito.

No Brasil, o sistema foi adotado em 1999, a exemplo de experiências bem-sucedidas na Nova


Zelândia (1990), Canadá e Chile (1991), Reino Unido (1992) e Suécia (1993).

Na prática, e resumidamente, funciona assim:

1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determina até junho a meta de inflação para três
anos-calendário à frente, mediante proposta do Ministro da Economia.
a. Essa meta possui um intervalo de tolerância.

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b. Exemplo: a meta para 2021 foi determinada (em junho de 2018), em 3%, com
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
2. O Banco Central do Brasil define qual deve ser a taxa de juros para atingimento da meta:
a Selic Meta.
a. Portanto, o BCB busca que a taxa Selic seja igual à Selic Meta.
b. A cada 45 dias, diretores do BCB se reúnem no Copom (Comitê de Política
Monetária), e revisam a Selic Meta. Ou seja, reavaliam o cenário econômico para
concluir se a taxa de juros precisa ser ajustada para cumprir a meta de inflação. Por
isso, vemos com frequência notícias de que o BCB aumentou ou reduziu a meta da
taxa Selic.
c. Para atingir a Selic Meta, o Banco Central realiza operações compromissados no
Selic.
3. A meta de inflação é considerada cumprida quando a variação acumulada da inflação -
medida pelo IPCA, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário -
situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.
4. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará
publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de
Economia.

Simplificando:

Meta não cumprida:


CMN determina BCB determina Selic
Presidente do BCB
Meta de Inflação e Meta e opera para
envia carta aberta
intervalo de cumprir Meta de
ao Ministro da
tolerância, em IPCA Inflação
Economia.

Perceba que a transparência é algo muito importante para que o Regime de Metas de Inflação
funcione, e está presente:

▶ na definição do índice utilizado para mensurar a inflação;


▶ no anúncio público das metas; e
▶ na prestação de contas em carta aberta, em caso de descumprimento.

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O COPOM (Comitê de Política Monetária)

O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, formado


pelo seu Presidente e diretores, que define, a cada 45 dias, a meta para taxa
básica de juros da economia – a Selic Meta.

Essas reuniões periódicas visam avaliar o cenário econômico e ajustar os


instrumentos de política monetária. Caso as circunstâncias impliquem em
alteração da taxa, é informada a nova meta da taxa Selic, em vigor até a próxima
reunião do Copom, bem como seu viés (de subida ou de queda).
Além do comunicado e da ata da reunião, o Banco Central publica,
trimestralmente, o Relatório de Inflação, onde analisa a evolução recente e as
perspectivas da economia, com ênfase nas perspectivas para a inflação.

Neste link, você pode conferir as atas de todas as reuniões do Copom:


https://www.bcb.gov.br/publicacoes/atascopom. Mas recomendo apenas a
leitura da Ata da 239ª Reunião de 15 e 16 de junho de 2021.

De vez em quando, a Cesgranrio gosta de perguntar números recentes sobre as metas de


inflação e seus resultados. Então, procure lembrar dos valores da tabela a seguir:

Ano Norma Data Meta Banda Limites Inferior Inflação Efetiva


(%) (p.p.) e Superior (%) (IPCA % a.a.)
2019 Resolução 4.582 29/6/2017 4,25 1,5 2,75-5,75 4,31
2020 Resolução 4.582 29/6/2017 4 1,5 2,5-5,5 4,52
2021 Resolução 4.671 26/6/2018 3,75 1,5 2,25-5,25 -
2022 Resolução 4.724 27/6/2019 3,50 1,5 2,00-5,00 -
2023 Resolução 4.831 25/06/2020 3,25 1,5 1,75 - 4,75 -
2024 Resolução 4.918 24/06/2021 3,00 1,5 1,5 - 4,50 -

Observe que:

• a banda de tolerância é de 1,5% para mais ou para menos em todo o período.


• a meta começa em 4,25% em 2019 é vai caindo 0,25 a cada ano.
• o BCB bateu as metas em 2019 e 2020.
• desde 2017, a meta é determinada para 3 anos para a frente.

Pronto. Isso deve ajudar se a banca inventar de cobrar nesse nível de detalhe.

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2.2.4 Debate sobre depósitos remunerados dos bancos comerciais no BCB

Como vimos, a principal forma pela qual o Banco Central do Brasil conduz a política monetária é
por meio de operações compromissadas no Selic. E tem sido assim por muitos anos,
especialmente após 1999, com o regime de metas de inflação e a proibição (na Lei de
Responsabilidade Fiscal, de 2000) para que o Banco Central emitisse títulos próprios.

Com isso, ficou limitada a atuação do Banco Central na promoção da política monetária.
Contudo, bancos centrais dos países mais desenvolvidos (EUA e União Europeia) contavam com
um instrumento adicional: os depósitos voluntários remunerados.

Perceba que, diferente dos compulsórios, esses depósitos são realizados por vontade das
próprias instituições financeiras, sem qualquer determinação de banco central.

Além disso, as instituições recebem remuneração por esses depósitos, ou seja, o banco central
paga determinada taxa de juros para os saldos mantidos em depósitos compulsórios.

Na prática, um banco central poderia atrair esses depósitos voluntários pagando, por exemplo,
10% ao ano, mas certamente atrairia maior volume pagando 12 ou 15%. Dessa forma, a
autoridade monetária teria um instrumento bastante prático para promover a política monetária:

▶ se quiser fazer política monetária expansionista, pode reduzir a remuneração dos


depósitos, tornando preferível, para os bancos, realizarem empréstimos.
▶ se quiser fazer política monetária contracionista, pode elevar a remuneração dos
depósitos, e os bancos vão colocar os recursos no Banco Central, em vez de emprestarem
aos seus clientes.

Contudo, esse mecanismo não era utilizado no Brasil por ausência de previsão legal.

Discutia-se se por meio dessa remuneração o Banco Central não estaria financiando os bancos,
ou seja, dinheiro público sendo utilizado em benefício de atividades privadas. Contudo, tal
argumento não prosperou, pois as operações compromissadas também implicam em
remuneração, inclusive com o custo podendo ser superior.

Assim, venceram os argumentos a favor da aprovação do recolhimento remunerado pelo Banco


Central, sendo os principais:

a) capacidade de propagação das decisões de política monetária pelo sistema financeiro.


b) fácil entendimento pelos agentes financeiros
c) simplicidade e reduzido custo operacional

O item “a” tem relação com a própria capacidade de execução da política monetária e
cumprimento das metas de inflação. Com um instrumento adicional, essa capacidade do Banco
Central aumenta.

Acredito que você vai concordar com o item “b”, especialmente se compararmos com as
operações compromissadas, né?

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A complexidade de compreender as operações compromissadas está relacionada à


complexidade operacional, ao envolver (e remunerar) o Selic, elevando os custos da operação.
Os depósitos remunerados, nesses dois sentidos (operacional e financeiro), apresentam
menores custos.

Com isso, foi aprovada, em 14 de julho de 2021, a lei nº 14.185/2021, autorizando o Banco
Central a acolher depósitos voluntários à vista ou a prazo das instituições financeiras e não
financeiras integrantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (como as Instituições de
Pagamentos).

Após a lei, o Banco Central regulou os depósitos voluntários por meio da Resolução BCB nº
129/2021.

Resumidamente, estabeleceu que:

• Os depósitos serão constituídos e liberados por meio de operações realizadas no âmbito


do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Ou seja, o registro na Selic é
obrigatório, mas menos complexo e custoso do que as operações compromissadas.
• O prazo máximo dos depósitos é de 12 meses.
• A liberação antecipada dos depósitos (antes do prazo, portanto) depende de expressa
anuência do Banco Central do Brasil.
• As taxas de remuneração dos depósitos serão definidas por meio da realização de leilão
competitivo ou serão previamente estabelecidas pelo BCB.
• Os depósitos (naturalmente) não serão considerados na composição de qualquer
recolhimento compulsório ou encaixe obrigatório.

2.2.5 Outros “instrumentos de Políticas monetária

O Banco Central, o Conselho Monetário Nacional, e o governo dispõem de outras formas para
regular a quantidade de moeda na economia.

O termo “instrumentos” está entre aspas, pois a principal finalidade destas ações não é a
execução da política monetária, embora tenham reflexos nesse sentido, mesmo que
involuntariamente.

▶ Reservas internacionais: moeda estrangeira (dólares, euros, libras etc.) não são meios de
pagamento. O Banco Central é o responsável pela administração das reservas
internacionais, e toda vez que ele compra moeda estrangeira dos exportadores, como ele
entrega reais em troca, a oferta monetária aumenta. O contrário também se observa.
▶ Política e regulação do crédito: o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central
normatizam e regulam as atividades das instituições financeiras, respectivamente. A
regulamentação do crédito consignado e a criação do SCR são ações que aumentam os
incentivos aos bancos para emprestar e, assim, aumentam a oferta monetária.

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▶ Emissão de moeda: a própria emissão de moeda aumenta a oferta de moeda. Não há


muito o que comentar aqui.
▶ Juros: os juros são o preço do dinheiro. Portanto, quanto maior forem os juros da
economia, menor é a demanda por moeda, já que ela fica mais cara. Além disso, com os
juros altos as empresas tendem a investir menos, o que reduz a demanda agregada.
Portanto, os juros incidem principalmente sobre a demanda agregada, e não sobre a
oferta de moeda. Em aula sobre inflação vemos isso mais a fundo. De toda forma, tenha
em mente que juros e demanda agregada estão negativamente relacionados.

2.3 Política monetária expansionista X Política monetária contracionista

Quando o Banco Central aumenta a oferta monetária, dizemos que ele está adotando uma
política monetária expansionista. O contrário ocorre quando o Bacen diminui a oferta
monetária: a política monetária é restritiva.

A essa altura seu raciocínio já está bastante avançado, de forma que vamos apenas dar alguns
exemplos para consolidarmos a compreensão desse assunto:

Políticas Monetárias

EXPANSIONISTAS RESTRITIVAS
▶ Compra, pelo Banco Central, de títulos ▶ Venda, pelo Banco Central, de títulos
públicos no mercado aberto; públicos no mercado aberto;
▶ Redução da taxa de redesconto; ▶ Aumento da taxa de redesconto;
▶ Aumento dos redescontos (notou a ▶ Redução dos redescontos;
diferença em relação ao item acima?); ▶ Aumento das alíquotas de
▶ Emissão de moeda; reservas/depósitos compulsórios;
▶ Diminuição das alíquotas de ▶ Venda, pelo Banco Central, de moeda
reservas/depósitos compulsórios; estrangeira aos importadores brasileiros.
▶ Compra, pelo Banco Central, de moeda ▶ Aumento das exigências a serem
estrangeira de exportadores brasileiros. cumpridas pelos bancos, como
▶ Aumento da segurança dos bancos por direcionamento do crédito.
meio de normatização de garantias.

Como vimos, a adoção de políticas monetárias expansionistas pode ter por objetivo o aumento
da demanda agregada, enquanto as políticas monetárias restritivas podem focar em reduzir o
consumo.

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3 TAXAS E CURVA DE JUROS


Nesta parte da aula, nosso trabalho consiste em compreender um pouco melhor os juros.
Primeiro, vamos entender a diferença entre juros reais e juros nominais. Em seguida,
conheceremos os juros de curto prazo e de longo prazo, bem como o conceito de curva de
juros.

Vamos começar!

Quando você empresta dinheiro para alguém (para mim, por exemplo), você deixa de usar esse
dinheiro por algum tempo. Se você me emprestar R$100 para eu te pagar daqui a um ano, você
ficará por 30 dias privado de usar os seus R$100, correto?

Então, é justo que você cobre algo de mim por isso. Algo que compense você por esse tempo
sem acesso ao seu dinheiro: juros. Por isso, os juros podem ser entendidos como o preço do
dinheiro no tempo.

Mas acontece que o tempo diminui o valor do dinheiro, com aquilo que chamamos de inflação.
Ao longo do tempo, os preços sobem.

Voltando ao empréstimo de R$100 que você vai me fazer, para pagamento daqui a um ano.
Digamos que você acerte comigo o pagamento de R$110, ou seja, vou te pagar 10% de juros.
Mas aí, no papel de professor e bom tomador, eu te lembro que a inflação esperada para o
próximo ano é de exatamente 10%.

Sendo assim, daqui a um ano, quando eu te pagar, você terá R$110, mas esses comprarão
exatamente o mesmo que seus R$100 compram hoje. Cadê a compensação por ter ficado sem
o dinheiro esse tempo todo?

Com isso, a gente ajusta os juros do nosso empréstimo para, digamos, 18%. Sendo assim, eu vou
te pagar R$118, sendo que R$10 é apenas para repor a inflação que esperamos, enquanto os
outros R$8 são para remunerar você.

Nesse exemplo, chamamos os 8% de juros reais, pois é com eles que você realmente vai lucrar
nesse negócio. Os 18% são os juros nominais, pois são eles que aparecerão no nosso contrato,
que incluem a inflação e os juros reais. Portanto:

Juros nominais = juros reais + inflação

É por isso que a inflação mais alta implica em juros nominais mais altos, e vice-versa.

“taxa nominal = taxa real + inflação” é uma definição, e não uma fórmula. Ou seja, os juros
nominais incluem a inflação e os juros reais. O cálculo das taxas não é tão simples assim, mas é
assunto para Matemática Financeira (equação de Fisher).

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Note que esse mesmo raciocínio de decompor os juros faz sentido em qualquer contrato de
empréstimo, pois todo credor sempre vai querer saber quanto ganhará realmente com o
negócio, fixando juros que cubram a inflação e ainda gerem alguma remuneração real.

Inclusive quem se torna credor do governo ao comprar títulos públicos. Esses títulos vão nos
ajudar com o próximo assunto: a curva de juros.

Dessa vez, em vez de me emprestar dinheiro, você vai emprestar para o governo, comprando
títulos públicos. Ao analisar as opções de títulos disponíveis, você percebe que tem várias opções
de vencimentos:

► 6 meses, pagando o equivalente a 5,88% ao ano;


► 12 meses, pagando 6,85% ao ano;
► 24 meses, pagando 7,82% ao ano;
► 36 meses, pagando 8,23% ao ano;
► 48 meses, pagando 8,49% ao ano;
► 60 meses, pagando 8,69% ao ano.

Os dados acima são reais, mas não precisamos entrar em detalhes.

Faz sentido que prazos mais longos paguem juros maiores, pois vão expor você a maiores riscos,
incluindo a inflação, que muito provavelmente em 60 meses estará maior do que tem em 6
meses, concorda? Então, se você comprar o título que só vai te pagar dentro de 48 meses,
receberá, em cada ano, mais juros do que se comprar o título de 24 meses, por exemplo.

Se colocarmos os prazos e juros acima em um gráfico, teremos algo assim:

Note porque a taxa Selic é chamada de taxa básica de juros: ela determina o piso dos juros de
curtíssimo prazo (lembre-se que a Selic over é apurada diariamente). Com isso, ela é capaz de
influenciar os juros de longo prazo.

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Por exemplo, por meio de política monetária expansionista, o Banco Central pode reduzir a Selic,
deslocando a curva de juros para baixo, deste jeito:

E como títulos públicos possuem risco de crédito (calote) muito baixo, o que a curva acima acaba
por nos revelar, implícita e basicamente, são as próprias expectativas de inflação.

Por outro lado, se em vez de termos utilizado títulos públicos, tivéssemos colocado os juros
cobrados nos contratos bancários em geral, a curva passaria a incluir não apenas o risco de
inflação, mas também o risco de crédito e cambial, especialmente nos juros de longo prazo.

Isso nos dá o gancho para o próximo assunto.

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4 POLÍTICAS MONETÁRIAS NÃO CONVENCIONAIS (PMNC)


As políticas monetárias não convencionais (PMNC), como o nome indica, são políticas que
não envolvem as (convencionais) operações compromissadas em mercado aberto, taxas de
redesconto e determinação da alíquota do compulsório.

Essas políticas foram implementadas por bancos centrais de vários países após a crise mundial
de 2008, quando os instrumentos clássicos demonstraram ineficiência para estimular a
economia: os bancos simplesmente pararam de conceder créditos, com medo da crise e suas
consequências, como a alta da inadimplência e instabilidade econômica. Coisas que tiram
totalmente o apetite de quem empresta dinheiro.

Além disso, as taxas de juros de curto prazo já estavam próximas a zero. Nessa situação, a política
monetária expansionista convencional se torna ineficaz, pois não é possível reduzir os juros
básicos para estimular os bancos a operarem com empréstimos ao público.

Veja a curva de juros a seguir, e ficará evidente que baixar a Selic e, com isso, reduzir os juros
futuros, não é mais possível:

E se a política convencional não funciona, para recolocar a economia nos eixos, bancos centrais
como o FED (Estados Unidos) e o BCE (Banco Central Europeu) passaram a utilizar as tais PMNC,
que convenientemente, pelo menos agora, também podemos dividir em três tipos:

▶ Sinalização
▶ Crédito
▶ Quase débito

Já iremos falar mais sobre cada uma delas, mas já podemos estabelecer um comparativo.

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Políticas monetárias não convencionais


Políticas monetárias convencionais
(PMNC)
•Instrumentos •Instrumentos
•Mercado aberto •Sinalização
•Redesconto •Crédito
•Compulsório •Quase débito
•Transmissão ao mercado por meio da taxa •Transmissão mais direta ao mercado.
básica de juros (Selic, no Brasil).

A política de sinalização, também chamada “canal de sinalização”, consiste em controlar as


expectativas do mercado, por meio de compromissos e anúncios públicos do banco central.

Note que essa sinalização é considerada importante no sistema de metas de inflação


(considerando convencional), mas como política não convencional ela assume protagonismo,
com a autoridade monetária, em períodos de crise, assumindo compromissos com:

▶ taxa de juros de longo prazo


▶ compra de ativos financeiros
▶ concessão de crédito para instituições financeiras
▶ tolerância ao aumento de preços, em benefício da atividade econômica

Por buscar controlar as expectativas futuras da economia, a política de sinalização também é


chamada de “orientação para frente” (forward guidance).

A política de sinalização, naturalmente, depende da confiança que os agentes econômicos


(famílias e empresas) têm na autoridade, além de ter capacidade de potencializar a eficácia das
outras PMNC (quase débito e crédito). Se ela funcionar, o banco central é capaz de reduzir a taxa
de juros de longo prazo, reduzindo a percepção de riscos:

A política de crédito é de mais simples compreensão, pois consiste no banco central conceder
empréstimos diretamente para instituições bancárias (canal estrito) ou não bancárias (canal
amplo), afetando de forma mais direta as taxas de juros. Indo além, o governo também pode

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promover empréstimos diretamente aos tomadores, por meio de bancos públicos, o que no caso
brasileiro significaria atuar por meio de Caixa, Banco do Brasil e BNDES. É uma atuação direta
sobre as taxas de juros de longo prazo.

Já as políticas de quase débito se manifestam com o banco central comprando definitivamente


títulos públicos de longo prazo ou trocando-os por títulos de curto prazo.

Isso pode ocorrer, basicamente, de duas formas:

1. com o banco central adquirindo os ativos, de forma definitiva, e promovendo a elevação


da base monetária (flexibilização quantitativa, quantitative easing ou afrouxamento
quantitativo); ou
2. com o banco central trocando títulos de longo prazo por títulos de curto prazo
(flexibilização de metas). Nesse caso, não ocorre expansão da base monetária.

O quantitative easing foi amplamente utilizado por países como Estados Unidos e Japão. O
balanço do FED, por exemplo, aumentou cerca de 5 vezes entre 2008 e 2020.

4.1 Outras políticas monetárias não convencionais

Alguns autores apontam, ainda, outros dois tipos de políticas monetárias não convencionais,
relacionadas ao câmbio e às reservas bancárias.

Nesse caso também é simples: os agentes econômicos embutem nos juros, especialmente de
longo prazo, suas expectativas em relação às variações na taxa de câmbio.

Quanto maiores as variações esperadas, maior serão os juros em alguns contratos, para cobrir
esse risco.

Sendo assim, os bancos centrais podem atuar dando garantias contra a oscilação na taxa de
câmbio, como as operações de swaps cambiais.

E em relação às reservas também é simples: os bancos, com receio de ficarem sem reservas,
podem segurar as aplicações (emprestando menos). Para aplacar esse receio, o banco central
pode ofertar (ou ampliar as existentes) linhas de empréstimos de liquidez que coloca à
disposição dos bancos e demais instituições financeiras.

Para finalizar, observe que as políticas de crédito, quase débito, câmbio e reservas, por afetarem
o balanço do banco central, são chamadas políticas de balanço, ou pode ser dito que operam
por meio do balanço, ao contrário das políticas de sinalização.

Agora, a gente só precisa de um belo esquema para condensarmos as PMNC.

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Apesar de amplas discussões que emergem naturalmente de tudo que é “não convencional”,
diversos estudos apontam que as PMNC obtiveram sucesso em reverter as recessões e processos
deflacionários iniciados em 2008.

E a aula? Acabou!

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RESUMO E ESQUEMAS DA AULA

FUNÇÕES DA MOEDA
Reserva de Valor: significa que a moeda pode ser guardada para comprar
coisas depois. Em outras palavras, reter moeda é uma forma de transferir o
poder de compra presente para o futuro. Claro que essa reserva de valor não
é perfeita, pois a inflação diminui o valor da moeda. É por isso que em
períodos de inflação alta, as pessoas trocam moeda por títulos que paguem
juros, ou até mesmo por moedas estrangeiras mais estáveis.

Unidade de conta: essa característica da moeda é o que nos permite dizer


que uma camisa custa R$300 e que um refrigerante em lata custa R$3. Graças
à função de unidade de conta da moeda não precisamos dizer que uma
camisa custa 100 refrigerantes; a moeda é o padrão oficial de preços. Por
isso, as bancas também chamam essa função de Padrão de Valor.

Meio de troca: dizer que a moeda é o meio de troca é o mesmo que dizer
que ela é utilizada para comprar qualquer tipo de bem ou serviço. Por causa
dessa função, eliminamos o escambo da sociedade, que ocorre quando uma
mercadoria é trocada diretamente por outra. Antes do advento da moeda, se
alguém que tivesse uma ovelha precisasse de um casaco, precisaria encontrar
alguém com um casaco que precisasse de uma ovelha... imagine o trabalho!

ATRIBUTOS OU CARACTERÍSTICAS (DESEJÁVEIS) DA MOEDA

baixo custo de baixo custo de


difícil de falsificar alta durabilidade divisibilidade
estocagem transação

transportável manuseável homogeneidade

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TIPOS DE MOEDA
Moeda-mercadoria: civilizações mais antigas utilizavam como moeda
algumas mercadorias com valor intrínseco, o que significa que a própria
moeda possuía algum valor de uso, podendo ser utilizada para algum fim
que além da transação comercial. A palavra salário, por exemplo, vem
do sal com qual eram pagos os soldados do império romano. O ouro
também foi amplamente utilizado na antiguidade como moeda-
mercadoria. Mas ela não está extinta: ainda hoje cigarros são utilizados
como moeda-mercadoria nos presídios do mundo todo.
Quando você olha do ponto de vista das características (ou atributos) da
moeda, fica evidente que a moeda-mercadoria carece de
homogeneidade (duas ovelhas ou duas conchas nunca serão idênticas).

Padrão-ouro: uma moeda padrão-ouro é aquela que pode ser trocada


por determinado valor em ouro, como se fosse um certificado vinculado
a uma certa quantidade de ouro guardada em algum cofre. Por isso se
diz que a moeda possui lastro.

Fiduciária: essa é aquela moeda que só tem valor porque o governo


disse que tem, e todo mundo acreditou. Esses pedaços de papéis
coloridos no seu bolso não têm nenhum valor de uso pois, ao contrário
do sal ou do ouro, você não pode temperar sua comida nem fazer joias
ou circuitos eletrônicos com uma nota de cem reais. Esse é o tipo de
moeda que predomina no mundo contemporâneo.

Escritural: moeda escritural é aquela representada pelos depósitos à


vista que as pessoas têm nos Bancos Comerciais. Aqueles números
eletrônicos em sua conta bancário têm tanta liquidez e aceitação quanto
a moeda fiduciária e, portanto, também são considerados moeda.
Veremos como isso funciona bem a fundo nesta aula.

PME=PMC+CXBACEN=PMPP+CXBACOMS+CXBACEN

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AGREGADOS MONETÁRIOS
M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista
M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias +
Depósitos Especiais Remunerados
M3 M2 + Cotas de Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

BASE MONETÁRIA=PMPP+ ENCAIXES BANCÁRIOS

Sistema bancário: Banco Central, bancos comerciais, bancos múltiplos com


carteira comercial e cooperativas de crédito.

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Somente transações entre o setor bancário e o público


criam ou destroem moeda!

Criação de moeda Destruição de moeda Neutra


Empresa resgata aplicação Banco Central vende títulos Itaú transfere valores ao
financeira. públicos para empresa pública. Bradesco a título de
compensação.
Banco Central compra títulos Banco comercial recebe Banco Central compra títulos
públicos de banco de depósitos a prazo de empresa públicos do Santander.
investimentos. Note que o banco privada.
de investimento não capta
depósitos à vista, portanto é
parte do “público”.
Pessoa transfere saldo de sua Pessoa aplica em CDBs. Ministério da Fazenda paga seus
conta poupança para conta servidores.
corrente.
Banco Central compra dólares de Banco Central vende dólares Banco de investimentos
exportadores. para importadores. empresta dinheiro para uma
montadora de automóveis.

SISTEMA DE RESERVAS FRACIONÁRIAS

Sistema que permite aos bancos manter apenas uma parte dos depósitos que
recebe como reservas, podendo emprestar a fração restante.

MULTIPLICADOR MONETÁRIO (m)

M1 1
m= =
B 1-d(1-r)

Onde:
d: depósitos à vista / M1
r: reservas (encaixes) totais / depósitos à vista

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RELAÇÕES DO MULTIPLICADOR MONETÁRIO

Objetivos da Política Monetária

MONETARISTA KEYNESIANA
Estabilidade do nível de preços Regulação do nível de emprego e
produção

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Redesconto Compulsórios Mercado Aberto

• Linha de crédito que o • Percentual dos depósitos • Venda e compra de


BCB disponibiliza aos de clientes que os títulos públicos pelo BCB
bancos. bancos precisam • Venda: contracionista,
• Elevar a taxa: recolher junto ao BCB. pois o BCB retira moeda.
contracionista, pois • Elevar o percentual: • Compra: expansionista,
diminui a propensão dos contracionista, reduz o pois o BCB entrega
bancos a emprestar valor disponível para moeda.
• Reduzir a taxa: política empréstimos.
expansionista, pois • Reduzir o percentual:
aumenta a propensão expansionista, eleva o
dos bancos a emprestar valor disponível para
empréstimos.

ESQUEMA DE POLÍTICAS MONETÁRIAS E INSTRUMENTOS


TENDÊNCIA PIB E
INSTRUMENTO USO TIPO DE POLÍTICA
INFLAÇÃO
Compra Expansionista Aumento
Mercado Aberto
Venda Contracionista Queda
Elevação Contracionista Queda
Taxa de Redesconto
Diminuição Expansionista Aumento

Alíquota do Elevação Contracionista Queda


compulsório Diminuição Expansionista Aumento

REGIME DE METAS DE INFLAÇÃO


Meta não cumprida:
CMN determina BCB determina Selic
Presidente do BCB
Meta de Inflação e Meta e opera para
envia carta aberta
intervalo de cumprir Meta de
ao Ministro da
tolerância, em IPCA Inflação
Economia.

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Exemplos de Políticas Monetárias

EXPANSIONISTAS RESTRITIVAS
▶ Compra, pelo Banco Central, de ▶ Venda, pelo Banco Central, de títulos
títulos públicos no mercado aberto; públicos no mercado aberto;
▶ Redução da taxa de redesconto; ▶ Aumento da taxa de redesconto;
▶ Aumento dos redescontos (notou a ▶ Redução dos redescontos;
diferença em relação ao item acima?); ▶ Aumento das alíquotas de
▶ Emissão de moeda; reservas/depósitos compulsórios;
▶ Diminuição das alíquotas de ▶ Venda, pelo Banco Central, de moeda
reservas/depósitos compulsórios; estrangeira aos importadores
▶ Compra, pelo Banco Central, de brasileiros.
moeda estrangeira de exportadores ▶ Aumento das exigências a serem
brasileiros. cumpridas pelos bancos, como
▶ Aumento da segurança dos bancos direcionamento do crédito.
por meio de normatização de
garantias.

Juros nominais = juros reais + inflação

Políticas monetárias não convencionais


Políticas monetárias convencionais
(PMNC)
•Instrumentos •Instrumentos
•Mercado aberto •Sinalização
•Redesconto •Crédito
•Compulsório •Quase débito
•Transmissão ao mercado por meio da taxa •Transmissão mais direta ao mercado.
básica de juros (Selic, no Brasil).

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POLÍTICAS MONETÁRIAS NÃO CONVENCIONAIS

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BIBLIOGRAFIA
Banco Central do Brasil, em https://www.bcb.gov.br/

Mercado Financeiro. Atlas. Assaf Neto, Alexandre. Edição Kindle.

Mercado Financeiro Produtos e Serviços. Fortuna, Eduardo. Qualitymark Editora. Edição Kindle.

Paulo José Saraiva - Crise econômica e as políticas monetárias convencionais e não


convencionais: um breve survey da literatura.
► disponível em https://revistas.ufpr.br/economia/article/download/67804/41831

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2009/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Comunicação Social)
As moedas-mercadoria, usadas como intermediárias de troca nas economias de mercado, são
constituídas de substâncias que devem ter certas características físicas ou químicas, dentre as
quais NÃO figura a
a) flexibilidade.
b) durabilidade.
c) homogeneidade.
d) divisibilidade.
e) facilidade de transporte.

Comentários:

A questão quer que você indique a alternativa que não traz uma característica (ou atributo) da
moeda. Nesse sentido, não precisamos que a moeda tenha “flexibilidade” (letra A), ou em vez de
papel-moeda teríamos borracha-moeda. Pelo contrário, a flexibilidade tende a significar menor
durabilidade e homogeneidade. Aproveitamos para relembrar os atributos da moeda:

baixo custo de baixo custo de


difícil de falsificar alta durabilidade divisibilidade
estocagem transação

transportável manuseável homogeneidade

Gabarito: “a”

2. (2014/VUNESP/TJ PA/Analista Judiciário - Economia)


Preocupados com a perspectiva de alta na inflação, moradores de um país passam a guardar
em suas casas algum tipo de moeda forte estrangeira, como o dólar ou o euro. A função da
moeda local transferida para moedas estrangeiras, nesse caso, foi
a) meio de troca.
b) unidade de conta.
c) poupança.

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d) velocidade-renda.
e) reserva de valor.

Comentários:

Quando a inflação corrói o poder de compra da moeda doméstica, ela perde sua função de
reserva de valor. Em outras palavras, torna-se mal negócio guardar dinheiro em espécie debaixo
do colchão. Por isso, “e” é nosso gabarito.

As funções de meio de troca e unidade de conta continuam existindo, afinal ainda é possível
comprar e contar o valor de mercadorias com o dinheiro, ainda que seja preciso atualizar
constantemente, e por isso “a” e “b” estão erradas.

Por fim, “velocidade-renda” e “poupança” não são funções da moeda.

Gabarito: “e”

3. (2011/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Engenheiro Júnior)
Se o multiplicador dos meios de pagamento em certo país for igual a 2, isso significa que o(a)
a) total de meios de pagamento é o dobro do PIB.
b) total de empréstimos é o dobro dos depósitos nos bancos.
c) total de meios de pagamentos é o dobro da base monetária.
d) velocidade renda de circulação de moeda é 0,5.
e) taxa de inflação no país deve dobrar.

Comentários:

O multiplicador dos meios de pagamento (ou multiplicador monetário) informa quantas vezes os
meios de pagamento são superiores à base monetária. Colocando em termos matemáticos:

m = M/B

Se o valor de “m” é 2, necessariamente M é duas vezes maior que B.

Gabarito: “c”

4. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico)
O sistema bancário de reservas fracionárias possibilita que instituições financeiras privadas
obtenham lucratividade, por permitir que essas instituições
a) paguem impostos federais equivalentes a uma fração de seus depósitos bancários.

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b) possam cobrar de seus clientes, em tarifas bancárias, uma fração de seus depósitos
bancários.
c) mantenham uma fração de seus depósitos bancários em moeda estrangeira.
d) mantenham apenas uma fração de seus depósitos bancários em seus cofres e o restante nos
cofres do Banco Central.
e) mantenham em mãos apenas uma fração de seus depósitos bancários, utilizando o resto para
oferecer empréstimos com juros.

Comentários:

O sistema de reservas fracionárias permite que os bancos emprestem uma parte dos depósitos,
mantendo apenas uma parte como reservas. Nesse sentido, o termo “em mãos” não é muito
adequado, mas a alternativa “e” ainda é a melhor opção.

a) paguem impostos federais equivalentes a uma fração de seus depósitos bancários.

O sistema de reservas nada tem a ver com tributos.

b) possam cobrar de seus clientes, em tarifas bancárias, uma fração de seus depósitos bancários.

Também não é o sistema que permite isso. Eu diria até que o sistema causa justamente o inverso:
como os bancos podem emprestar parte dos depósitos, eles tendem a atrair esses depósitos,
algo que seria bastante complicado de fazer se fossem cobradas tarifas sobre os saldos.

c) mantenham uma fração de seus depósitos bancários em moeda estrangeira.

Errado. Também não tem a ver com moeda estrangeira.

d) mantenham apenas uma fração de seus depósitos bancários em seus cofres e o restante nos
cofres do Banco Central.

Errado. O correto seria: uma fração em reservas, e o restante pode ser emprestado.

Gabarito: “e”

5. (2019/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Economia)


Os agregados monetários (M1, M2, M3 e M4) diferem de acordo com sua liquidez. Nesse
sentido, relacione cada agregado monetário com seus respectivos elementos ou características.
1. M1
2. M2
3. M3
4. M4
(_) Inclui apenas papel-moeda em poder do público e depósitos à vista.

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(_) Um aumento dos depósitos de poupança eleva tanto este agregado como o(s) agregado(s)
inferior(es).
(_) Inclui títulos públicos de elevada liquidez.
(_) Uma redução das cotas de fundo de renda fixa reduz tanto este agregado como o(s)
agregado(s) inferior(es).
A sequência correta é:
a) 1, 2, 3 e 4;
b) 1, 2, 4 e 3;
c) 1, 3, 4 e 2;
d) 2, 4, 3 e 1;
e) 2, 1, 3 e 4.

Comentários:

Apenas observando a tabela, já podemos concluir facilmente que M1 é aquele que incluir apenas
papel moeda em poder do público e depósitos à vista, assim como apenas M4 inclui títulos
públicos de alta liquidez, deixando-nos entre as alternativas “b” e “c”:

M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista


M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias + Depósitos
Especiais Remunerados
M3 M2 + Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

A redução nas cotas de fundos de investimentos reduz M3, mas nada altera em relação ao M2,
de forma que temos nosso gabarito.

Gabarito: “b”

6. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em relação ao tema de agregados monetários, considere as seguintes siglas:
PMC = Papel-moeda em circulação
CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)
CBACEN = Caixa do Banco Central
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais
PMPP = Papel-moeda em poder do público
PME = Papel-moeda emitido
TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado
TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.
A definição de meios de pagamento (M1) é dada por

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a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM


b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM
c) M1 = PMPP + TPPSP
d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID
e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

Comentários:

Precisamos “transformar” as expressões em algo que conhecemos bem como M1, ou seja:

M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista

Os depósitos à vista estão claramente definidos como DVBCOM, então apenas trocar deixa
nossa expressão mais próxima do gabarito:

M1 = PMPP + DVBCOM

Com isso, vamos lembrar que papel moeda em poder do público é:

PME=PMPP+CXBACOMS+CXBACEN

Reorganizando:

PMPP = PME – CXBACOMS – CXBACEN

Utilizando as expressões da banca:

PMPP = PME – CBACEN – CBCOM

Por fim, substituindo na nossa expressão:

M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM

Exatamente como consta em “b”, o gabarito.

Também é possível lembrar que o papel moeda em poder do público (PMPP) é o que sobra do
papel moeda emitido (PME) depois de descontarmos os caixas do Banco Central (CBACEN) e
dos bancos comerciais (CBCOM).

Gabarito: “b”

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7. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)


Em uma determinada economia, o total de moedas em poder do público é 1 bilhão de reais, há
2 bilhões de reais em depósitos à vista e 500 milhões de reais em depósitos a prazo, como
CDBs. A partir disso, conclui-se corretamente que
a) o M1 é 3 bilhões de reais.
b) a base monetária é 1 bilhão de reais.
c) o M2 é 500 milhões de reais.
d) o multiplicador bancário é 3.
e) o M1 é 3,5 bilhões de reais.

Comentários:

Vamos classificar:

• moedas em poder do público é 1 bilhão de reais (M1),


• há 2 bilhões de reais em depósitos à vista (M1) e
• 500 milhões de reais em depósitos a prazo (M2). CDB são títulos emitidos por instituições
depositárias.

Sendo assim, M1 é de 3 bilhões de reais, e “a” é nosso gabarito.

Lembrando que M2 é a soma de M1 com outras coisas, e no nosso caso ele será de 3,5 bilhões
(por isso “c” está errada).

Gabarito: “a”

8. (2018/VUNESP/PREF SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Os agregados monetários, em geral, são ordenados por um grau de liquidez no qual
a) quanto maior a classificação, mais líquida será o agregado.
b) depósitos de poupança, de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), é mais líquido que
depósitos à vista.
c) quotas de fundo de renda fixa são classificadas como haveres estritamente monetários.
d) títulos públicos de alta liquidez são classificados com a mesma liquidez que depósitos de
poupança.
e) papel-moeda em poder do público e depósitos à vista são classificados com o mesmo grau
de liquidez.

Comentários:

Deixando um pouco de lado que desde 2001 os agregados não são mais ordenados por grau
de liquidez, e a questão de 2018 ignorar isso, podemos analisar cada alternativa à luz da
classificação atual e, se houver inconsistência em uma situação real, entramos com recurso.

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a) quanto maior a classificação, mais líquida será o agregado.

Vimos que apesar de esse não ser o critério (liquidez), de forma geral os agregados com menor
numeração são mais líquidos. É impossível dizer que títulos públicos têm mais liquide que
depósitos à vista, então essa alternativa está errada.

b) depósitos de poupança, de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), é mais líquido que
depósitos à vista.

“Depósitos de poupança” entram em M2 enquanto “depósitos à vista’ entram em M1. Mesmo


sem isso, sabíamos que depósitos à vista são mais líquidos que depósitos de poupança, né?

c) quotas de fundo de renda fixa são classificadas como haveres estritamente monetários.

Cotas de fundo de renda fixa: M3

Haveres estritamente monetários: M1

Então não.

d) títulos públicos de alta liquidez são classificados com a mesma liquidez que depósitos de
poupança.

Já falamos dos depósitos em poupança (M2), restando lembrar que títulos públicos de alta
liquidez entram em “M4”.

e) papel-moeda em poder do público e depósitos à vista são classificados com o mesmo grau
de liquidez.

Isso mesmo, ambos são classificados em M1. Note que não houve prejuízo causado pelo
equívoco da banca no enunciado em afirmar que o critério é a liquidez, e por isso, nesse caso
específico, a questão realmente não deveria ser anulada, na minha opinião.

Gabarito: “e”

9. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista - Economia)
Um trabalhador ganha um salário-mínimo e separa uma quantia para pagar as contas ao longo
do mês. Esse ato destaca a função de:
a) reserva de valor da moeda;
b) padrão de valor da moeda;
c) unidade de conta da moeda;
d) meio de troca da moeda;
e) poupança da moeda.

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Comentários:

Temos aqui uma manifestação da função de reserva de valor da moeda, que é guardada para
ser utilizada em outro momento.

Gabarito: “a”

10. (2018/VUNESP/PREF SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Os agregados monetários, em geral, são ordenados por um grau de liquidez no qual
a) quanto maior a classificação, mais líquida será o agregado.
b) depósitos de poupança, de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), é mais líquido que
depósitos à vista.
c) quotas de fundo de renda fixa são classificadas como haveres estritamente monetários.
d) títulos públicos de alta liquidez são classificados com a mesma liquidez que depósitos de
poupança.
e) papel-moeda em poder do público e depósitos à vista são classificados com o mesmo grau
de liquidez.

Comentários:

A classificação dos agregados monetários de M1 a M4 consiste no agrupamento da maior para


a menor liquidez, o que torna a alternativa “a” incorreta.

Depósitos de poupança entram no M2 enquanto depósitos à vista estão no M1, então estes são
mais líquidos do que aqueles, e a alternativa “b” está errada. Os haveres estritamente monetários
são apenas aqueles classificáveis em M1: papel moeda em poder do público e depósitos à vista.
Portanto, a alternativa “c” está errada.

Os títulos públicos de alta liquidez entram apenas no M4, enquanto os depósitos de poupança
entram desde o M2. A alternativa “d” também está errada.

A alternativa “e”, por fim, traz o conceito de M1, e está correta.

M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista


M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias + Depósitos
Especiais Remunerados
M3 M2 + Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

Gabarito: “e”

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11. (2013/FCC/DPE RS/Analista - Economia)


Os meios de pagamento, em seu conceito convencional, correspondem à soma:
a) papel-moeda emitido + depósitos à vista nos bancos comerciais.
b) papel-moeda em poder do público + reservas bancárias.
c) depósitos à vista nos bancos comerciais + caixa, em moeda corrente, dos bancos comerciais.
d) papel-moeda em poder do público + depósitos à vista dos bancos comerciais.
e) papel-moeda em circulação + depósitos à vista e a prazo nos bancos comerciais.

Comentários:

Os meios de pagamento, em seu conceito convencional, são o que chamamos de M1. Dito isso,
fica tranquilo de resolver, não é? Afinal, M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à
vista dos bancos comerciais.

Gabarito: “d”

12. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo - Economia)


Em relação aos agregados monetários, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Uma elevação do caixa do Banco Central reduz o papel moeda em poder do público.
( ) Uma redução das reservas compulsórias junto aos bancos comerciais eleva a base monetária.
( ) O saque de um cheque no caixa de um banco eleva o saldo dos meios de pagamentos.
Segundo a ordem proposta, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – V.
b) V – V – F.
c) V – F – F.
d) F – V – F.
e) F – F – V.

Comentários:

Este esquema vai nos ajudar:

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Se aumenta o caixa do banco central, reduz o papel-moeda em circulação e, consequentemente,


reduz o papel moeda em poder do público. A primeira afirmativa é verdadeira.

A base monetária é dada por PMC+RESERVAS BANCÁRIAS. Portanto, se aumentam as reservas


bancárias, diminui o papel moeda em circulação, mas a base monetária permanece inalterada.
A segunda afirmativa é falsa.

Por fim, o saque de um cheque no caixa aumenta o papel moeda em poder do público e reduz
os depósitos à vista. Portanto, os meios de pagamento estritos (M1) permanecem inalterados ou
diminuem, se considerarmos o multiplicador. De um jeito ou de outro, a terceira afirmativa é
falsa.

Gabarito: “c”

13. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


São fatores que tendem a elevar a oferta monetária na economia:
a) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e venda de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.
b) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.
c) concessão de empréstimos, por parte do Banco Central, aos bancos comerciais e venda de
títulos públicos pelo Banco Central.
d) elevação das reservas internacionais do país, concessão de empréstimos, por parte do Banco
Central, aos bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Banco Central.
e) redução das reservas internacionais, aumento do depósito compulsório e venda de títulos
públicos pelo Banco Central.

Comentários:

A chave aqui é o termo “tendem”. Perceba, portanto, que não é preciso que a operação descrita
tenha efeito imediato, podendo ser que apenas estimule o aumento da oferta monetária.

Vejamos cada uma das alternativas:

a) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e venda de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.

Quando há redução das reservas internacionais, o Banco Central entrega haveres não
monetários (dólares, por exemplo) ao público (importadores, por exemplo) e recebe em troca
haveres monetários (reais). Sendo assim, há destruição de moeda, e redução da oferta. Isso já
torna a alternativa errada (junto com “b” e “e”).

A redução dos compulsórios, de fato, tende a aumentar a oferta monetária, mas a alternativa já
estava prejudicada.

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A venda de títulos públicos pelo Tesouro Nacional só iria aumentar a oferta monetária se o
comprador fosse o Banco Central ou um banco comercial. Não está especificado.

b) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.

Já vimos sobre as reservas e a redução do compulsório. A compra de títulos pelo Tesouro vai
diminuir a oferta monetária se o vendedor for o Banco Central, por exemplo, mas se o vendedor
for o público, nada acontece nesse sentido.

c) concessão de empréstimos, por parte do Banco Central, aos bancos comerciais e venda de
títulos públicos pelo Banco Central.

A concessão de empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais não muda nada na oferta
monetária de forma imediata, mas com mais dinheiro, os bancos comerciais podem emprestar
mais e assim ampliar a oferta monetária, e a venda de títulos pelo BC pode reduzir a oferta se o
comprador for parte do público.

d) elevação das reservas internacionais do país, concessão de empréstimos, por parte do Banco
Central, aos bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Banco Central.

A elevação das reservas de fato aumenta a oferta monetária, pois indica que o Banco Central
comprou moeda estrangeira e entregou reais em troca. Vimos na letra “c” que o empréstimo aos
bancos comerciais tende a aumentar a oferta monetária. Por fim, a compra de títulos públicos
pelo Banco Central ou aumentará a oferta diretamente, se o vendedor for o “público”, ou
aumentará a liquidez e capacidade de emprestar dos bancos comerciais. Aqui está nosso
gabarito.

e) redução das reservas internacionais, aumento do depósito compulsório e venda de títulos


públicos pelo Banco Central.

Aqui, tudo tende a diminuir a oferta monetária.

Gabarito: “d”

14. (2012/VUNESP/PREF SJC/Auditor Tributário Municipal - Gestão Tributária)


Há criação de meios de pagamentos quando
a) um título público é negociado entre pessoas do público.
b) um Banco Central compra um título público do público.
c) um banco compra um título federal de outro banco.
d) um banco aumenta seu capital, vendendo ações ao público.
e) uma sociedade de economia mista paga uma dívida ao seu fornecedor.

Comentários:

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Só há criação ou destruição de meios de pagamentos quando há transação entre o setor


bancário (Banco Central + bancos comerciais) e o público. Isso já elimina “a”, “c” e “e”.

Em “b”, temos o BC e entregando haveres monetários em troca de haveres não monetários.


Portanto, há criação de meios de pagamento.

Em d”, o banco recebe haveres monetários e entrega haveres não monetários (ações). Mesmo
se suponhamos que é um banco comercial, a alternativa está errada.

Gabarito: “b”

15. (2019/CEBRASPE-CESPE/TCE-RO/Auditor de Controle Externo - Economia)


Uma economia apresenta os seguintes saldos:
• saldo dos depósitos à vista: 100 u.m.;
• saldo de papel-moeda em poder do público: 0 u.m.;
• saldo dos encaixes técnico, voluntário e compulsório: 50 u.m.
A partir dessas informações, caso haja, nessa economia, uma variação de 100 u.m. da base
monetária, o aumento dos meios de pagamentos será, em u.m., de
a) 0.
b) 50.
c) 100.
d) 200.
e) 500.

Comentários:

Sabemos que o multiplicador (m) nos mostra quantas vezes os meios de pagamento (M) são
superiores à base monetária (B):

M 1
m= =
B 1-d(1-R)

Onde:
d: é a parte dos meios de pagamento mantidos em depósitos à vista, ou seja,
d=depósitos à vista/M1.
r: é a parte dos depósitos à vista que se será mantida como encaixe bancário, ou
seja, não será emprestada.

Sendo d=1 e r=0,5:

1
m=
1-1.(1-0,5)

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Resolvendo:

1
m=
1-1.(0,5)

1
m=
1-0,5

m=2

Sendo assim, o aumento caso haja uma variação de 100 u.m. da base monetária, o aumento dos
meios de pagamentos será duas vezes maior, ou seja, de 200 u.m.

Gabarito: “d”

16. (2014/CESGRANRIO/EPE/Analista de Pesquisa Energética)


Um ativo monetário que NÃO é considerado M1 é
a) a moeda corrente
b) os depósitos à vista
c) os cheques de viagem
d) os depósitos que possam ser movimentados por cheques
e) os depósitos de poupança

Comentários:

Moeda corrente (a) e depósitos à vista (b), sem dúvidas, são M1. As demais precisam de análise.

Depósitos que possam ser movimentados por cheques (d) são, em essência, os próprios
depósitos à vista.

Cheques de viagem também representam depósitos à vista, desde que sejam emitidos em reais
para estrangeiros. Caso contrário, serão essencialmente moeda estrangeira. Isso tornaria a letra
“c” uma boa candidata a gabarito. Não fosse a letra “e”.

Os depósitos de poupança entram apensa no M2, então não são considerados M1.

Relembrando:

M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista


M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias +
Depósitos Especiais Remunerados
M3 M2 + Cotas de Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

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Gabarito: “e”

17. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)


Em certo país, a propensão marginal a consumir é igual a 0,8; o Produto Interno Bruto (PIB,) é
igual a 1000 unidades monetárias; a base monetária é igual a 100 unidades monetárias; a
formação bruta de capital fixo é de 20% do PIB, ou seja, 200 unidades monetárias anuais; a taxa
de inflação é de 10% ao ano; e os meios de pagamento totalizam 300 unidades monetárias.
Desses dados, conclui-se que a(o)
a) inflação está em trajetória ascendente.
b) exportação excede a importação.
c) velocidade renda da circulação da moeda é 5.
d) multiplicador da base monetária é 3.
e) país se encontra em recessão.

Comentários:

Atendo-nos ao escopo desta aula, podemos calcular o multiplicador da base monetária com a
seguinte fórmula:

M1
m=
B

300
m=
100

m=3

Gabarito: “d”

18. (2018/FCC/TCE-RS/Auditor Público Externo - Ciências Econômicas)


O conceito de M2 para os meios de pagamento
a) inclui os depósitos à vista, mas não os depósitos de poupança.
b) inclui os títulos emitidos por instituições depositárias, mas não os depósitos especiais
remunerados.
c) inclui os depósitos de poupança, mas não as quotas de fundos de renda fixa.
d) não inclui os depósitos especiais remunerados nem os depósitos de poupança.
e) inclui os depósitos de poupança e os títulos públicos de alta liquidez.

Comentários:

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M1 Papel moeda em poder do público + Depósitos à Vista


M2 M1 + Depósitos de Poupança + Títulos emitidos por Instituições Depositárias + Depósitos
Especiais Remunerados
M3 M2 + Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas Selic
M4 M3 + Títulos Públicos Federais de Alta Liquidez

O conceito de M2 inclui os depósitos de poupança, enquanto as quotas de fundos de


investimento entram apenas em M3.

Gabarito: “c”

19. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em relação ao tema de agregados monetários, considere as seguintes siglas:
PMC = Papel-moeda em circulação
CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)
CBACEN = Caixa do Banco Central
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais
PMPP = Papel-moeda em poder do público
PME = Papel-moeda emitido
TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado
TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.
A definição de meios de pagamento (M1) é dada por
a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM
b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM
c) M1 = PMPP + TPPSP
d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID
e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

Comentários:

Você está bastante confortável com o fato de que M1=PMPP+DVCOM, certo? Mas a questão não
tem essa alternativa, exigindo que tenhamos conhecimento dos demais conceitos.

Para começar, precisamos lembrar que PMC=PMPP+CBCOM, ou seja, PMPP=PMC-CBCOM.

Depois, recordemos que PME=PMC+CBACEN, ou seja, PMC=PME-CBACEN.

Com isso, concluímos que M1=PME-CBACEN-CBCOM+DVCOM.

Gabarito: “b”

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20. (2010/FCC/TCE-RO/Auditor Substituto de Conselheiro)


É uma transação econômica que tem como consequência uma elevação dos meios de
pagamento (medido no conceito M1) de um país:
a) Uma pessoa jurídica paga seus funcionários com numerário sacado de sua conta corrente
bancária.
b) Um banco desconta duplicatas de uma empresa comercial.
c) Uma pessoa física saca um determinado valor de sua conta corrente bancária e aplica em uma
caderneta de poupança.
d) Uma empresa exporta mercadorias com recebimento do pagamento para dali a três meses.
e) Um banco vende um imóvel de sua propriedade ao público.

Comentários:

1º passo: encontre a transação realizada entre o setor bancário (Banco Central e bancos
comerciais) e o público. Isso já elimina a alternativa “d”.

2º passo: encontre a entrega de haveres monetários do setor bancário para o público; o que só
ocorre em B. Nas alternativas “c” e “e” temos o contrário, enquanto em “a” e “d” não há alteração
em M1.

Gabarito: “b”

21. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


A relação entre a base monetária e os meios de pagamentos é dada pelo multiplicador
monetário. Para o Banco Central reduzir o multiplicador, será necessário
a) aumentar o deposito compulsório dos bancos comerciais.
b) comprar títulos públicos no mercado aberto.
c) vender títulos públicos no mercado aberto.
d) diminuir a taxa de redesconto.
e) reduzir a emissão de títulos públicos.

Comentários:

O multiplicador depende inversamente da taxa de depósitos compulsórios, ou melhor, do


percentual dos depósitos à vista que é mantido como reservas. Se essa taxa aumenta, diminui o
multiplicador, e por isso “a” é nosso gabarito.

Vejamos os efeitos (e erros) relacionados às demais alternativas.

b) comprar títulos públicos no mercado aberto.

Isso provocará aumento da oferta monetária e dos meios de pagamento, mas não provoca
qualquer alteração do multiplicador.

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c) vender títulos públicos no mercado aberto.

Isso provocará redução da oferta monetária e dos meios de pagamento, mas não provoca
qualquer alteração do multiplicador.

d) diminuir a taxa de redesconto.

Isso tende a aumenta a oferta monetária, mas sem efeito no multiplicador.

e) reduzir a emissão de títulos públicos.

Em regra, isso não tem efeito nem na oferta de moeda, por ser uma transação entre governo e
público, nem no multiplicador.

Gabarito: “a”

22. (2010/FCC/SEFAZ-SP/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças)


Com relação à presença da moeda no sistema econômico, é correto afirmar:
a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda.
b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação dos agentes
econômicos.
c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias dos bancos
comerciais.
d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia.
e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o grau de utilização
da capacidade instalada da economia.

Comentários:

Lembre-se sempre dessas relações, pois elas ajudarão a resolver as questões sobre multiplicador
sem precisar recorrer aos cálculos, ou seja, de forma mais ágil:

E claro: quanto maior o multiplicador (m), maior a oferta de moeda.

Gabarito: “c”

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23. (2018/VUNESP/PREF SBC/Analista Tributário Financeiro)


Em relação ao valor do multiplicador dos meios de pagamento, é correto afirmar que seu valor
aumenta quando
a) a proporção dos depósitos à vista em relação aos meios de pagamento diminui.
b) a base monetária aumenta.
c) o Governo aumenta a taxa dos depósitos compulsórios.
d) o Governo aumenta os impostos e mantém seus gastos constantes.
e) a relação encaixes bancários/depósitos à vista nos bancos comerciais diminui.

Comentários:

O multiplicador depende de duas coisas:

• Positivamente dos meios de pagamento mantidos como depósitos à vista;


• Negativamente do percentual de depósitos à vista mantidos como encaixes bancários.

Sendo assim, “e” é nosso gabarito. Diminuir essa relação significa diminuir o “r” do multiplicador.

Gabarito: “e”

24. (2008/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário Novo)


A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxas
de juros, modificando o custo e o nível de oferta do crédito. O Banco Central administra a
política monetária por intermédio dos seguintes instrumentos clássicos de controle monetário:
I – recolhimentos compulsórios;
II – operações de mercado aberto – open market;
III – limites e políticas de alçadas internas de crédito;
IV– políticas de redesconto bancário e empréstimos de liquidez;
V – depósitos à vista e cadernetas de poupança.
Estão corretos APENAS os instrumentos
a) I, II e III
a) I, II e IV
a) I, III e IV
a) II, III e V
a) III, IV e V

Comentários:

Embora todos os itens, em tese, possam ser utilizados como instrumento de política monetária,
o enunciado é claro sobre querer apenas os instrumentos clássicos.

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Sendo assim, temos que os instrumentos clássicos são: compulsórios (I), operações em mercado
aberto (II) e redesconto (IV).

Gabarito: “b”

25. (2008/CESGRANRIO/INEA/Economista)
O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz
a(o)
a) oferta de moeda.
b) demanda por bens públicos.
c) taxa de juros vigente na economia.
d) spread cobrado pelos bancos.
e) gasto do governo.

Comentários:

Os depósitos (ou reservas) compulsórios são um dos instrumentos clássicos de política


monetária. Ao elevar a exigência, o Banco Central reduz o dinheiro disponível para os bancos
emprestarem, tendendo a reduzir a oferta monetária.

Afinal, é uma política monetária contracionista.

Gabarito: “a”

26. (2012/FDC/PREFEITURA DE BH/Auditor de Tributos Municipais)


O Banco Central, para aumentar a liquidez do sistema econômico, pode implementar a seguinte
medida:
a) redução da taxa de redesconto
b) redução do montante de redesconto
c) elevação na venda de título do governo
d) elevação da taxa de recolhimento compulsório
e) redução do prazo de pagamento do redesconto

Comentários:

Aumentar a liquidez do sistema econômico requer a implementação de uma política monetária


expansionista. Apenas a alternativa A traz um exemplo correto.

Gabarito: “a”

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27. (2016/FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MS/Economista)


O redesconto é um instrumento clássico de política monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

Comentários:

Note que a questão se limita ao campo teórico. Teoricamente, a expansão do redesconto pode
abrir espaço para os bancos realizarem novas operações. Então a alternativa “a” está certa. Ah!
Veja que a alternativa “a” estaria errada se falasse que a expansão da taxa de redesconto tem
esse efeito, mas não é o caso.

Gabarito: “a”

28. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário Novo)


A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, os títulos públicos e as
taxas de juros.
A política monetária é considerada expansionista quando
a) reduz os meios de pagamento, retraindo o consumo e a atividade econômica.
b) mantém todas as condições macroeconômicas estáveis por longo período.
c) estabelece diretrizes de expansão da produção do mercado interno para o exterior.
d) realiza operações de crédito no exterior, aumentando a captação de recursos e, por
consequência, os meios de recebimento.
e) eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos mercados, elevando,
em consequência, os meios de pagamentos.

Comentários:

A política monetária expansionista consiste, como descrito em “e”, na elevação da liquidez


(quantidade de moeda) e elevação dos meios de pagamentos.

Gabarito: “e”

29. (2000/ESAF/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


Qual das políticas abaixo não constitui uma política monetária restritiva.
a) Aumento da taxa de redesconto paga pelo Banco Central.
b) Venda de títulos governamentais pelo Banco Central no mercado de capitais.

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c) Aumento dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais.


d) Diminuição da taxa de juros dos empréstimos de liquidez efetuados pelo Banco Central aos
bancos comerciais.
e) Diminuição dos limites quantitativos do redesconto que pode ser efetuado junto ao Banco
Central.

Comentários:

Reduzir a taxa de juros dos redescontos é um convite à expansão do crédito pelos bancos.

Gabarito: “d”

30. (2009/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista,
NÃO se encontra a
a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial.
b) compra de títulos federais no mercado aberto.
c) venda de títulos federais no mercado aberto.
d) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central.
e) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos.

Comentários:

Note que as alternativas B e C são opostas e, portanto, uma está certa e outra errada,
obrigatoriamente.

Como a questão quer saber qual não é expansionista, podemos marcar C como o gabarito, posto
que vender títulos no mercado aberto é algo que o Banco Central faz quando deseja retirar
liquidez do mercado.

Gabarito: “c”

31. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Comunicação Social)


No Brasil, a emissão de moeda e a política monetária são implementadas pelo(a)
a) Banco do Brasil
b) Tesouro Nacional
c) Banco Central do Brasil
d) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
e) Caixa Econômica Federal

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Comentários:

Bem tranquila essa né? Resta-nos torcer para não cair algo assim na sua prova, afinal questões
fáceis são boas para quem está menos preparado... o que não é seu caso. Mas acontece que, se
cair, você não pode errar, porque ninguém vai.

Então, de vez em quando, é bom trazer uma dessas para chamar sua atenção.

Gabarito: “c”

32. (2006/FCC/TRT-4/Analista Judiciário)


É medida de política monetária anti-recessiva:
a) apreciação da moeda nacional.
b) aumento da taxa de redesconto de liquidez.
c) instituição de taxa de câmbio fixa.
d) diminuição da taxa do depósito compulsório.
e) venda de títulos públicos no mercado aberto.

Comentários:

Política monetária anti-recessiva é o mesmo que política monetária expansionista, pois tem por
objetivo aumentar a demanda agregada para combater movimento econômicos recessivos.

Nesse sentido, apenas a alternativa D traz uma hipótese válida.

Gabarito: “d”

33. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Administração)
Uma operação de mercado aberto do Banco Central, na qual títulos da dívida pública do
Governo Federal são comprados e sequentemente aposentados, tem como objetivo
a) diminuir a demanda por moeda estrangeira.
b) diminuir a taxa de inflação.
c) aumentar a oferta monetária.
d) aumentar o volume de depósitos bancários.
e) aumentar a liquidez dos títulos públicos federais.

Comentários:

A simples aquisição, pelo Banco Central, de títulos públicos no mercado aberto, é a execução de
uma política monetária expansionista, pouco importando o que é feito com o título depois
(desde que não seja revendido no mercado aberto, é claro).

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Gabarito: “c”

34. (2015/FMP/CGE MT/Auditor do Estado de Mato Grosso)


Para aumentar a oferta de moeda ao sistema econômico o Banco Central pode:
I – reduzir o nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais.
II – aumentar a taxa de redesconto de títulos.
III – vender títulos governamentais ao mercado de capitais.
Quais afirmações estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

Comentários:

Vejamos cada umas das afirmações:

I – reduzir o nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais.

Isso certamente gera um incentivo para que os bancos comerciais emprestem mais e, dessa
forma, promovam a expansão dos meios de pagamento. Portanto, é uma política monetária
expansionista.

II – aumentar a taxa de redesconto de títulos.

Isso tem, teoricamente, o efeito contrário de desestimular os empréstimos dos bancos


comerciais, que serão mais criteriosos em suas concessões de crédito, posto que terão de arcar
com taxas mais altas se precisarem recorrer ao redesconto. Enfim: é uma política monetária
contracionista.

III – vender títulos governamentais ao mercado de capitais.

Novamente, estamos diante de política monetária contracionista: o Banco Central entre títulos
públicos, os donos dos títulos entregam moeda. O resultado é menor moeda com o público.

Gabarito: “a”

35. (2018/CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional - Economia)


As autoridades monetárias podem controlar a oferta de moeda e os meios de pagamento da
economia mediante diversas medidas operacionais.

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Uma operação que pode acarretar redução dos meios de pagamento da economia é a
a) queda da alíquota do depósito compulsório exigido dos bancos comerciais.
b) compra de títulos públicos pelo banco central em transações de curtíssimo prazo (overnight).
c) compra de títulos públicos pelo banco central para financiar o Tesouro Nacional.
d) venda de reservas cambiais pelo banco central no mercado à vista.
e) redução da taxa de redesconto.

Comentários:

Todas as operações podem alterar a oferta de meios de pagamento, ou seja, podem criar ou
destruir moeda ao transitar os meios de pagamento entre o setor bancário e o setor não
bancário.

a) queda da alíquota do depósito compulsório exigido dos bancos comerciais.

Errado. A redução da alíquota do compulsório deixa mais recursos disponíveis para os bancos
comerciais realizarem empréstimos. Portanto, temos uma política monetária expansionista.

b) compra de títulos públicos pelo banco central em transações de curtíssimo prazo (overnight).

Errado. Ao comprar títulos públicos, o Banco Central entrega moeda em troca dos títulos. O
resultado é criação de moeda em política monetária expansionista.

c) compra de títulos públicos pelo banco central para financiar o Tesouro Nacional.

Errado, e vale o mesmo comentário feito em relação à alternativa anterior.

d) venda de reservas cambiais pelo banco central no mercado à vista.

Certo! Ao vender moeda estrangeira, o Banco Central recebe reais em troca, ou seja, há redução
dos meios de pagamento em circulação.

e) redução da taxa de redesconto.

Errado. Reduzir a taxa de redesconto tende a estimular um comportamento mais “emprestador”


por parte dos bancos. Também é política monetária expansionista.

Gabarito: “d”

36. (2012/CESGRANRIO/PETROBRAS/Analista)
Com o objetivo de implementar uma política monetária expansionista, o Banco Central deveria
promover uma
a) elevação da taxa de câmbio
b) elevação dos investimentos privados na economia

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c) redução das exportações de mercadorias e serviços


d) redução das alíquotas do imposto sobre produtos industrializados
e) redução da alíquota do depósito compulsório, mantido pelos bancos no Banco Central

Comentários:

Vamos avaliar cada uma das alternativas, buscando a política monetária expansionista que
poderia ser promovida pelo Banco Central.

a) elevação da taxa de câmbio

Errado. Isso é política cambial.

b) elevação dos investimentos privados na economia

Errado. Isso sequer é política, já que foca em uma atividade do setor privado, e não do banco
Central.

c) redução das exportações de mercadorias e serviços

Errado. Também não é algo que o Banco Central possa fazer de forma direta, embora possa
influenciar as exportações por meio da política cambial.

d) redução das alíquotas do imposto sobre produtos industrializados

Errado. Isso é política fiscal, e não cabe ao Banco Central.

e) redução da alíquota do depósito compulsório, mantido pelos bancos no Banco Central

Certo! Essa redução liberaria recursos para os bancos elevarem a oferta monetária.

Gabarito: “e”

37. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Júnior - Financeiro)


De acordo com a legislação brasileira, a fixação das metas de inflação anuais, bem como de
seus respectivos intervalos de tolerância, é da competência do(a.)
a) Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil
b) Conselho Monetário Nacional
c) Banco do Brasil
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
e) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Comentários:

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Esse é o tipo de questão que você não pode errar, então vamos reforçar:

1. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determina até junho a meta de inflação para o
ano seguinte, mediante proposta do Ministro da Economia.
a. Essa meta possui um intervalo de tolerância.
b. Exemplo: a meta para 2021 foi determinada em 3%, com tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo.
2. O Banco Central do Brasil define qual deve ser a taxa de juros para atingimento da meta:
a Selic Meta.
a. Portanto, o BCB busca que a taxa Selic seja igual à Selic Meta.
b. A cada 45 dias, diretores do BCB se reúnem no Copom (Comitê de Política
Monetária), e revisam a Selic Meta. Ou seja, reavaliam o cenário econômico para
concluir se a taxa de juros precisa ser ajustada para cumprir a meta de inflação. Por
isso, vemos com frequência notícias de que o BCB aumentou ou reduziu a meta da
taxa Selic.
c. Para atingir a Selic Meta, o Banco Central realiza operações compromissados no
Selic.
3. A meta de inflação é considerada cumprida quando a variação acumulada da inflação -
medida pelo IPCA, relativa ao período de janeiro a dezembro de cada ano calendário -
situar-se na faixa do seu respectivo intervalo de tolerância.
4. Caso a meta não seja cumprida, o Presidente do Banco Central do Brasil divulgará
publicamente as razões do descumprimento, por meio de carta aberta ao Ministro de
Economia.

Gabarito: “b”

38. (2010/CESGRANRIO/PETROBRAS/Profissional Júnior)


No Brasil, a política monetária se orienta pelo regime de “metas de inflação”, as quais
a) se referem ao índice de preços IPCA do IBGE, sem qualquer expurgo.
b) são fixadas pelo presidente do Banco Central, com antecedência trimestral.
c) são revistas mensalmente pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).
d) constituem um modelo de política monetária adotado apenas no Brasil.
e) implicam a eliminação do déficit orçamentário do setor público.

Comentários:

O referencial utilizado no regime de metas é o IPCA, calculado pelo IBGE, sem qualquer tipo de
ajuste ou expurgo. Isso torna “a” nosso gabarito, mas vejamos o erro nas demais.

b) são fixadas pelo presidente do Banco Central, com antecedência trimestral.

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Errado. São fixadas pelo CMN.

c) são revistas mensalmente pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).

Errado. O Copom revisa a meta para a Selic a cada 45 dias.

d) constituem um modelo de política monetária adotado apenas no Brasil.

Errado. Diversos países adotam o regime de metas atualmente, inclusive o Brasil.

e) implicam a eliminação do déficit orçamentário do setor público.

Errado. Apesar de fugir ao escopo desta aula, o efeito no déficit do governo pode ser nos dois
sentidos: aumentando ou reduzindo. A política monetária contracionista, por elevar os juros,
pode elevar os custos com a dívida pública.

Gabarito: “a”

39. (2012/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista Júnior)


No Brasil, o regime de política monetária atual segue a sistemática de metas de inflação.
A meta e seu intervalo de tolerância são
a) referenciados ao Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas.
b) fixados mensalmente pelo Banco Central do Brasil.
c) fixados pelo Conselho Monetário Nacional.
d) alterados se a economia estiver em recessão.
e) prorrogados se não forem cumpridos.

Comentários:

Veja como a banca gosta desse assunto... e lembre-se que quem define a meta de inflação e sua
tolerância é o CMN.

Gabarito: ”c”

40. (2016/FCC/AL-MS/Economista)
Considere as seguintes características relativas ao modelo de Metas de Inflação, que ganhou
força na década de 1990, como novo mecanismo de preservação do valor da moeda pelos
governos:
I. Anúncio público da meta quantitativa para a inflação.
II. Definição da meta quantitativa de emissão de moeda.
III. Anúncio público da taxa de juros de longo prazo, considerada como taxa natural.

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IV. Definição do índice de preços a ser utilizado.


Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Comentários:

Bem, a definição de meta quantitativa de emissão de moeda iria inviabilizar a perseguição da


meta de inflação, uma vez que comprometeria o uso da política monetária para esse fim. Por isso,
a afirmativa II está errada.

O anúncio público da taxa de juros de longo prazo não está relacionado com o regime de metas
de inflação, e por isso a afirmativa III também está errada.

As afirmativas I e IV estão corretas, e fazem parte da transparência, componente crítico para o


sucesso do Regime de Metas de Inflação no que tange às expectativas inflacionárias.

Gabarito: “d”

41. (2013/CEBRASPE-CESPE/ES/Analista do Executivo - Ciências Econômicas)


Assinale a opção em que é apresentado o índice oficial de preços adotado pelo BACEN para
fins de cumprimento da meta inflacionária.
a) índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA)
b) índice nacional de preços ao consumidor (INPC)
c) índice nacional de custo da construção (INCC)
d) índice geral de preços do mercado (IGP-M)
e) índice de preços ao consumidor semanal (IPCS)

Comentários:

O índice utilizado pelo Banco Central do Brasil e pelo Conselho Monetário Nacional no Sistema
de Metas adotado no Brasil desde 1999 é o IPCA, calculado e divulgado pelo IBGE.

Gabarito: “a”

42. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Assinale a opção em que é apresentado a denominação para políticas monetárias que não
recorrem aos instrumentos clássicos de determinação da taxa de juros de curto prazo.

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a) Redesconto
b) Empréstimos compulsórios
c) Recolhimentos compulsórios
d) Selic
e) Não convencional

Comentários:

O enunciado descreve as políticas monetárias não convencionais (PMNC) que, como o nome
indica, são políticas que não envolvem as (convencionais) operações compromissadas em
mercado aberto, taxas de redesconto e determinação da alíquota do compulsório.

Gabarito: “e”

43. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Considere as políticas monetárias não convencionais adotadas por bancos centrais de diversos
países em combate à crise bancária internacional, como forma de reduzir as taxas de juros de
longo prazo:
I. Política de crédito.
II. Política de quase débito.
III. Quantitative easing.
IV. Política de Sinalização.
Está correto apenas o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Comentários:

Todos os itens são exemplos de PMNC. Relembrando:

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Gabarito: “e”

44. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito do regime de metas para inflação adotado no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Em 2019, a meta para inflação foi fixada em 6,5%.
b) O intervalo para a meta é de 2% para mais ou para menos, em 2021.
c) As metas para inflação estão em trajetória ascendente desde 2019.
d) Em 2019, a meta para 2022 foi determinada em 3,50%.
e) Em 2020, a inflação ficou acima do teto da meta.

Comentários:

Ótima ocasião para revisarmos nossa tabela:

Ano Norma Data Meta Banda Limites Inferior Inflação Efetiva


(%) (p.p.) e Superior (%) (IPCA % a.a.)
2019 Resolução 4.582 29/6/2017 4,25 1,5 2,75-5,75 4,31
2020 Resolução 4.582 29/6/2017 4 1,5 2,5-5,5 4,52
2021 Resolução 4.671 26/6/2018 3,75 1,5 2,25-5,25 -
2022 Resolução 4.724 27/6/2019 3,50 1,5 2,00-5,00 -

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2023 Resolução 4.831 25/06/2020 3,25 1,5 1,75 - 4,75 -


2024 Resolução 4.918 24/06/2021 3,00 1,5 1,5 - 4,50 -

E nossas observações:

• a banda de tolerância é de 1,5% para mais ou para menos em todo o período.


• a meta começa em 4,25% em 2019 é vai caindo 0,25 a cada ano.
• o BCB bateu as metas em 2019 e 2020.
• desde 2017, a meta é determinada para 3 anos para a frente.

Gabarito: ”d”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (2009/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Comunicação Social)
As moedas-mercadoria, usadas como intermediárias de troca nas economias de mercado, são
constituídas de substâncias que devem ter certas características físicas ou químicas, dentre as
quais NÃO figura a
a) flexibilidade.
b) durabilidade.
c) homogeneidade.
d) divisibilidade.
e) facilidade de transporte.

2. (2014/VUNESP/TJ PA/Analista Judiciário - Economia)


Preocupados com a perspectiva de alta na inflação, moradores de um país passam a guardar
em suas casas algum tipo de moeda forte estrangeira, como o dólar ou o euro. A função da
moeda local transferida para moedas estrangeiras, nesse caso, foi
a) meio de troca.
b) unidade de conta.
c) poupança.
d) velocidade-renda.
e) reserva de valor.

3. (2011/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Engenheiro Júnior)
Se o multiplicador dos meios de pagamento em certo país for igual a 2, isso significa que o(a)
a) total de meios de pagamento é o dobro do PIB.
b) total de empréstimos é o dobro dos depósitos nos bancos.
c) total de meios de pagamentos é o dobro da base monetária.
d) velocidade renda de circulação de moeda é 0,5.
e) taxa de inflação no país deve dobrar.

4. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico)
O sistema bancário de reservas fracionárias possibilita que instituições financeiras privadas
obtenham lucratividade, por permitir que essas instituições
a) paguem impostos federais equivalentes a uma fração de seus depósitos bancários.
b) possam cobrar de seus clientes, em tarifas bancárias, uma fração de seus depósitos
bancários.

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c) mantenham uma fração de seus depósitos bancários em moeda estrangeira.


d) mantenham apenas uma fração de seus depósitos bancários em seus cofres e o restante nos
cofres do Banco Central.
e) mantenham em mãos apenas uma fração de seus depósitos bancários, utilizando o resto para
oferecer empréstimos com juros.

5. (2019/FGV/DPE RJ/Técnico Superior Especializado - Economia)


Os agregados monetários (M1, M2, M3 e M4) diferem de acordo com sua liquidez. Nesse
sentido, relacione cada agregado monetário com seus respectivos elementos ou características.
1. M1
2. M2
3. M3
4. M4
(_) Inclui apenas papel-moeda em poder do público e depósitos à vista.
(_) Um aumento dos depósitos de poupança eleva tanto este agregado como o(s) agregado(s)
inferior(es).
(_) Inclui títulos públicos de elevada liquidez.
(_) Uma redução das cotas de fundo de renda fixa reduz tanto este agregado como o(s)
agregado(s) inferior(es).
A sequência correta é:
a) 1, 2, 3 e 4;
b) 1, 2, 4 e 3;
c) 1, 3, 4 e 2;
d) 2, 4, 3 e 1;
e) 2, 1, 3 e 4.

6. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em relação ao tema de agregados monetários, considere as seguintes siglas:
PMC = Papel-moeda em circulação
CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)
CBACEN = Caixa do Banco Central
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais
PMPP = Papel-moeda em poder do público
PME = Papel-moeda emitido
TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado
TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.
A definição de meios de pagamento (M1) é dada por

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a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM


b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM
c) M1 = PMPP + TPPSP
d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID
e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

7. (2015/VUNESP/SP/Auditor Municipal de Controle Interno)


Em uma determinada economia, o total de moedas em poder do público é 1 bilhão de reais, há
2 bilhões de reais em depósitos à vista e 500 milhões de reais em depósitos a prazo, como
CDBs. A partir disso, conclui-se corretamente que
a) o M1 é 3 bilhões de reais.
b) a base monetária é 1 bilhão de reais.
c) o M2 é 500 milhões de reais.
d) o multiplicador bancário é 3.
e) o M1 é 3,5 bilhões de reais.

8. (2018/VUNESP/PREF SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Os agregados monetários, em geral, são ordenados por um grau de liquidez no qual
a) quanto maior a classificação, mais líquida será o agregado.
b) depósitos de poupança, de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), é mais liquido que
depósitos à vista.
c) quotas de fundo de renda fixa são classificadas como haveres estritamente monetários.
d) títulos públicos de alta liquidez são classificados com a mesma liquidez que depósitos de
poupança.
e) papel-moeda em poder do público e depósitos à vista são classificados com o mesmo grau
de liquidez.

9. (2016/FGV/IBGE/Tecnologista - Economia)
Um trabalhador ganha um salário-mínimo e separa uma quantia para pagar as contas ao longo
do mês. Esse ato destaca a função de:
a) reserva de valor da moeda;
b) padrão de valor da moeda;
c) unidade de conta da moeda;
d) meio de troca da moeda;
e) poupança da moeda.

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10. (2018/VUNESP/PREF SJC/Analista em Gestão Municipal - Ciências Econômicas)


Os agregados monetários, em geral, são ordenados por um grau de liquidez no qual
a) quanto maior a classificação, mais líquida será o agregado.
b) depósitos de poupança, de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), é mais líquido que
depósitos à vista.
c) quotas de fundo de renda fixa são classificadas como haveres estritamente monetários.
d) títulos públicos de alta liquidez são classificados com a mesma liquidez que depósitos de
poupança.
e) papel-moeda em poder do público e depósitos à vista são classificados com o mesmo grau
de liquidez.

11. (2013/FCC/DPE RS/Analista - Economia)


Os meios de pagamento de uma economia, em seu conceito convencional, correspondem à
soma:
a) papel-moeda emitido + depósitos à vista nos bancos comerciais.
b) papel-moeda em poder do público + reservas bancárias.
c) depósitos à vista nos bancos comerciais + caixa, em moeda corrente, dos bancos comerciais.
d) papel-moeda em poder do público + depósitos à vista dos bancos comerciais.
e) papel-moeda em circulação + depósitos à vista e a prazo nos bancos comerciais.

12. (2018/FGV/ALERO/Analista Legislativo - Economia)


Em relação aos agregados monetários, assinale (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Uma elevação do caixa do Banco Central reduz o papel moeda em poder do público.
( ) Uma redução das reservas compulsórias junto aos bancos comerciais eleva a base monetária.
( ) O saque de um cheque no caixa de um banco eleva o saldo dos meios de pagamentos.
Segundo a ordem proposta, as afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – V.
b) V – V – F.
c) V – F – F.
d) F – V – F.
e) F – F – V.

13. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


São fatores que tendem a elevar a oferta monetária na economia:
a) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e venda de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.

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b) redução das reservas internacionais do país, redução do depósito compulsório junto aos
bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Tesouro Nacional.
c) concessão de empréstimos, por parte do Banco Central, aos bancos comerciais e venda de
títulos públicos pelo Banco Central.
d) elevação das reservas internacionais do país, concessão de empréstimos, por parte do Banco
Central, aos bancos comerciais e compra de títulos públicos pelo Banco Central.
e) redução das reservas internacionais, aumento do depósito compulsório e venda de títulos
públicos pelo Banco Central.

14. (2012/VUNESP/PREF SJC/Auditor Tributário Municipal - Gestão Tributária)


Há criação de meios de pagamentos quando
a) um título público é negociado entre pessoas do público.
b) um Banco Central compra um título público do público.
c) um banco compra um título federal de outro banco.
d) um banco aumenta seu capital, vendendo ações ao público.
e) uma sociedade de economia mista paga uma dívida ao seu fornecedor.

15. (2019/CEBRASPE-CESPE/TCE-RO/Auditor de Controle Externo - Economia)


Uma economia apresenta os seguintes saldos:
• saldo dos depósitos à vista: 100 u.m.;
• saldo de papel-moeda em poder do público: 0 u.m.;
• saldo dos encaixes técnico, voluntário e compulsório: 50 u.m.
A partir dessas informações, caso haja, nessa economia, uma variação de 100 u.m. da base
monetária, o aumento dos meios de pagamentos será, em u.m., de
a) 0.
b) 50.
c) 100.
d) 200.
e) 500.

16. (2014/CESGRANRIO/EPE/Analista de Pesquisa Energética)


Um ativo monetário que NÃO é considerado M1 é
a) a moeda corrente
b) os depósitos à vista
c) os cheques de viagem
d) os depósitos que possam ser movimentados por cheques

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e) os depósitos de poupança

17. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Economista Júnior)


Em certo país, a propensão marginal a consumir é igual a 0,8; o Produto Interno Bruto (PIB,) é
igual a 1000 unidades monetárias; a base monetária é igual a 100 unidades monetárias; a
formação bruta de capital fixo é de 20% do PIB, ou seja, 200 unidades monetárias anuais; a taxa
de inflação é de 10% ao ano; e os meios de pagamento totalizam 300 unidades monetárias.
Desses dados, conclui-se que a(o)
a) inflação está em trajetória ascendente.
b) exportação excede a importação.
c) velocidade renda da circulação da moeda é 5.
d) multiplicador da base monetária é 3.
e) país se encontra em recessão.

18. (2018/FCC/TCE-RS/Auditor Público Externo - Ciências Econômicas)


O conceito de M2 para os meios de pagamento
a) inclui os depósitos à vista, mas não os depósitos de poupança.
b) inclui os títulos emitidos por instituições depositárias, mas não os depósitos especiais
remunerados.
c) inclui os depósitos de poupança, mas não as quotas de fundos de renda fixa.
d) não inclui os depósitos especiais remunerados nem os depósitos de poupança.
e) inclui os depósitos de poupança e os títulos públicos de alta liquidez.

19. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Economia)


Em relação ao tema de agregados monetários, considere as seguintes siglas:
PMC = Papel-moeda em circulação
CBCOM = Encaixe em moeda mantido pelo sistema bancário (Caixa dos Bancos Comerciais)
CBACEN = Caixa do Banco Central
DVBCOM = Depósitos à vista nos bancos comerciais
PMPP = Papel-moeda em poder do público
PME = Papel-moeda emitido
TPPSP = Títulos públicos em poder do setor privado
TEID = Títulos emitidos por instituições depositárias.
A definição de meios de pagamento (M1) é dada por
a) M1 = PMC – CBCOM – CBACEN + DVBCOM
b) M1 = PME – CBACEN – CBCOM + DVBCOM

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c) M1 = PMPP + TPPSP
d) M1 = PMPP + DVBCOM + TEID
e) M1 = PMPP + PMC – PME + DVBCOM

20. (2010/FCC/TCE-RO/Auditor Substituto de Conselheiro)


É uma transação econômica que tem como consequência uma elevação dos meios de
pagamento (medido no conceito M1) de um país:
a) Uma pessoa jurídica paga seus funcionários com numerário sacado de sua conta corrente
bancária.
b) Um banco desconta duplicatas de uma empresa comercial.
c) Uma pessoa física saca um determinado valor de sua conta corrente bancária e aplica em uma
caderneta de poupança.
d) Uma empresa exporta mercadorias com recebimento do pagamento para dali a três meses.
e) Um banco vende um imóvel de sua propriedade ao público.

21. (2018/VUNESP/IPSM SJC/Analista de Gestão Municipal - Economia)


A relação entre a base monetária e os meios de pagamentos é dada pelo multiplicador
monetário. Para o Banco Central reduzir o multiplicador, será necessário
a) aumentar o deposito compulsório dos bancos comerciais.
b) comprar títulos públicos no mercado aberto.
c) vender títulos públicos no mercado aberto.
d) diminuir a taxa de redesconto.
e) reduzir a emissão de títulos públicos.

22. (2010/FCC/SEFAZ-SP/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças)


Com relação à presença da moeda no sistema econômico, é correto afirmar:
a) O Banco Central é o único capaz de criar e destruir moeda.
b) A moeda é demandada apenas para satisfazer as necessidades de transação dos agentes
econômicos.
c) A oferta de moeda tem relação inversa com a taxa de reservas compulsórias dos bancos
comerciais.
d) A demanda de moeda tem relação direta com a taxa de juros da economia.
e) O efeito da moeda sobre o nível de preços é neutro, qualquer que seja o grau de utilização
da capacidade instalada da economia.

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23. (2018/VUNESP/PREF SBC/Analista Tributário Financeiro)


Em relação ao valor do multiplicador dos meios de pagamento, é correto afirmar que seu valor
aumenta quando
a) a proporção dos depósitos à vista em relação aos meios de pagamento diminui.
b) a base monetária aumenta.
c) o Governo aumenta a taxa dos depósitos compulsórios.
d) o Governo aumenta os impostos e mantém seus gastos constantes.
e) a relação encaixes bancários/depósitos à vista nos bancos comerciais diminui.

24. (2008/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário Novo)


A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, títulos públicos e taxas
de juros, modificando o custo e o nível de oferta do crédito. O Banco Central administra a
política monetária por intermédio dos seguintes instrumentos clássicos de controle monetário:
I – recolhimentos compulsórios;
II – operações de mercado aberto – open market;
III – limites e políticas de alçadas internas de crédito;
IV– políticas de redesconto bancário e empréstimos de liquidez;
V – depósitos à vista e cadernetas de poupança.
Estão corretos APENAS os instrumentos
a) I, II e III
a) I, II e IV
a) I, III e IV
a) II, III e V
a) III, IV e V

25. (2008/CESGRANRIO/INEA/Economista)
O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz
a(o)
a) oferta de moeda.
b) demanda por bens públicos.
c) taxa de juros vigente na economia.
d) spread cobrado pelos bancos.
e) gasto do governo.

26. (2012/FDC/PREFEITURA DE BH/Auditor de Tributos Municipais)


O Banco Central, para aumentar a liquidez do sistema econômico, pode implementar a seguinte
medida:
a) redução da taxa de redesconto

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b) redução do montante de redesconto


c) elevação na venda de título do governo
d) elevação da taxa de recolhimento compulsório
e) redução do prazo de pagamento do redesconto

27. (2016/FCC/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA MS/Economista)


O redesconto é um instrumento clássico de política monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

28. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário Novo)


A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, os títulos públicos e as
taxas de juros.
A política monetária é considerada expansionista quando
a) reduz os meios de pagamento, retraindo o consumo e a atividade econômica.
b) mantém todas as condições macroeconômicas estáveis por longo período.
c) estabelece diretrizes de expansão da produção do mercado interno para o exterior.
d) realiza operações de crédito no exterior, aumentando a captação de recursos e, por
consequência, os meios de recebimento.
e) eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos mercados, elevando,
em consequência, os meios de pagamentos.

29. (2000/ESAF/TCU/Auditor Federal de Controle Externo)


Qual das políticas abaixo não constitui uma política monetária restritiva.
a) Aumento da taxa de redesconto paga pelo Banco Central.
b) Venda de títulos governamentais pelo Banco Central no mercado de capitais.
c) Aumento dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais.
d) Diminuição da taxa de juros dos empréstimos de liquidez efetuados pelo Banco Central aos
bancos comerciais.
e) Diminuição dos limites quantitativos do redesconto que pode ser efetuado junto ao Banco
Central.

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30. (2009/CESGRANRIO/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Entre as várias ações do Banco Central que resultam numa política monetária expansionista,
NÃO se encontra a
a) compra de moeda estrangeira no mercado cambial.
b) compra de títulos federais no mercado aberto.
c) venda de títulos federais no mercado aberto.
d) redução do percentual de recolhimento compulsório dos bancos ao Banco Central.
e) redução da taxa de juros dos empréstimos de liquidez do Banco Central aos bancos.

31. (2011/CESGRANRIO/BNDES/Comunicação Social)


No Brasil, a emissão de moeda e a política monetária são implementadas pelo(a)
a) Banco do Brasil
b) Tesouro Nacional
c) Banco Central do Brasil
d) Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
e) Caixa Econômica Federal

32. (2006/FCC/TRT-4/Analista Judiciário)


É medida de política monetária anti-recessiva:
a) apreciação da moeda nacional.
b) aumento da taxa de redesconto de liquidez.
c) instituição de taxa de câmbio fixa.
d) diminuição da taxa do depósito compulsório.
e) venda de títulos públicos no mercado aberto.

33. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Administração)
Uma operação de mercado aberto do Banco Central, na qual títulos da dívida pública do
Governo Federal são comprados e sequentemente aposentados, tem como objetivo
a) diminuir a demanda por moeda estrangeira.
b) diminuir a taxa de inflação.
c) aumentar a oferta monetária.
d) aumentar o volume de depósitos bancários.
e) aumentar a liquidez dos títulos públicos federais.

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34. (2015/FMP/CGE MT/Auditor do Estado de Mato Grosso)


Para aumentar a oferta de moeda ao sistema econômico o Banco Central pode:
I – reduzir o nível de reservas obrigatórias dos bancos comerciais.
II – aumentar a taxa de redesconto de títulos.
III – vender títulos governamentais ao mercado de capitais.
Quais afirmações estão corretas?
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.

35. (2018/CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional - Economia)


As autoridades monetárias podem controlar a oferta de moeda e os meios de pagamento da
economia mediante diversas medidas operacionais.
Uma operação que pode acarretar redução dos meios de pagamento da economia é a
a) queda da alíquota do depósito compulsório exigido dos bancos comerciais.
b) compra de títulos públicos pelo banco central em transações de curtíssimo prazo (overnight).
c) compra de títulos públicos pelo banco central para financiar o Tesouro Nacional.
d) venda de reservas cambiais pelo banco central no mercado à vista.
e) redução da taxa de redesconto.

36. (2012/CESGRANRIO/PETROBRAS/Analista)
Com o objetivo de implementar uma política monetária expansionista, o Banco Central deveria
promover uma
a) elevação da taxa de câmbio
b) elevação dos investimentos privados na economia
c) redução das exportações de mercadorias e serviços
d) redução das alíquotas do imposto sobre produtos industrializados
e) redução da alíquota do depósito compulsório, mantido pelos bancos no Banco Central

37. (2018/CESGRANRIO/TRANSPETRO/Analista Júnior - Financeiro)


De acordo com a legislação brasileira, a fixação das metas de inflação anuais, bem como de
seus respectivos intervalos de tolerância, é da competência do(a.)
a) Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil
b) Conselho Monetário Nacional

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c) Banco do Brasil
d) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
e) Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

38. (2010/CESGRANRIO/PETROBRAS/Profissional Júnior)


No Brasil, a política monetária se orienta pelo regime de “metas de inflação”, as quais
a) se referem ao índice de preços IPCA do IBGE, sem qualquer expurgo.
b) são fixadas pelo presidente do Banco Central, com antecedência trimestral.
c) são revistas mensalmente pelo Comitê de Política Monetária (COPOM).
d) constituem um modelo de política monetária adotado apenas no Brasil.
e) implicam a eliminação do déficit orçamentário do setor público.

39. (2012/CESGRANRIO/PETROBRAS/Economista Júnior)


No Brasil, o regime de política monetária atual segue a sistemática de metas de inflação.
A meta e seu intervalo de tolerância são
a) referenciados ao Índice Geral de Preços da Fundação Getulio Vargas.
b) fixados mensalmente pelo Banco Central do Brasil.
c) fixados pelo Conselho Monetário Nacional.
d) alterados se a economia estiver em recessão.
e) prorrogados se não forem cumpridos.

40. (2016/FCC/AL-MS/Economista)
Considere as seguintes características relativas ao modelo de Metas de Inflação, que ganhou
força na década de 1990, como novo mecanismo de preservação do valor da moeda pelos
governos:
I. Anúncio público da meta quantitativa para a inflação.
II. Definição da meta quantitativa de emissão de moeda.
III. Anúncio público da taxa de juros de longo prazo, considerada como taxa natural.
IV. Definição do índice de preços a ser utilizado.
Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

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41. (2013/CEBRASPE-CESPE/ES/Analista do Executivo - Ciências Econômicas)


Assinale a opção em que é apresentado o índice oficial de preços adotado pelo BACEN para
fins de cumprimento da meta inflacionária.
a) índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA)
b) índice nacional de preços ao consumidor (INPC)
c) índice nacional de custo da construção (INCC)
d) índice geral de preços do mercado (IGP-M)
e) índice de preços ao consumidor semanal (IPCS)

42. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Assinale a opção em que é apresentado a denominação para políticas monetárias que não
recorrem aos instrumentos clássicos de determinação da taxa de juros de curto prazo.
a) Redesconto
b) Empréstimos compulsórios
c) Recolhimentos compulsórios
d) Selic
e) Não convencional

43. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Considere as políticas monetárias não convencionais adotadas por bancos centrais de diversos
países em combate à crise bancária internacional, como forma de reduzir as taxas de juros de
longo prazo:
I. Política de crédito.
II. Política de quase débito.
III. Quantitative easing.
IV. Política de Sinalização.
Está correto apenas o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

44. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito do regime de metas para inflação adotado no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) Em 2019, a meta para inflação foi fixada em 6,5%.

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b) O intervalo para a meta é de 2% para mais ou para menos, em 2021.


c) As metas para inflação estão em trajetória ascendente desde 2019.
d) Em 2019, a meta para 2022 foi determinada em 3,50%.
e) Em 2020, a inflação ficou acima do teto da meta.

GABARITO
1. A 13. D 25. A 37. B
2. E 14. B 26. A 38. A
3. C 15. D 27. A 39. C
4. E 16. E 28. E 40. D
5. B 17. D 29. D 41. A
6. B 18. C 30. C 42. E
7. A 19. B 31. C 43. E
8. E 20. B 32. D 44. D
9. A 21. A 33. C
10. E 22. C 34. A
11. D 23. E 35. D
12. C 24. B 36. E

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Autor:
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Stefan Fantini

30 de Dezembro de 2022

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SUMÁRIO
1 Cartões ..........................................................................................................................................4

1.1 Cartões de Débito....................................................................................................................5

1.2 Cartões de Crédito ..................................................................................................................6

2 Cheque ....................................................................................................................................... 10

2.1 Compe: Centralizadora de Compensação de Cheques .................................................... 13

2.2 CCF: Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundo ........................................................ 13

3 Crédito Direto ao Consumidor ................................................................................................. 14

4 Crédito Rural .............................................................................................................................. 15

4.1 Proagro, Pronaf e Pronamp .................................................................................................. 17

5 Consórcio ................................................................................................................................... 19

6 Leasing........................................................................................................................................ 22

7 Operações de crédito para Pessoa Jurídica ............................................................................ 23

7.1 Desconto de títulos ............................................................................................................... 23

7.2 Conta Garantida .................................................................................................................... 24

7.3 Capital de Giro e Capital Fixo .............................................................................................. 25

7.4 Hot money ............................................................................................................................. 25

7.5 Vendor e Compror ................................................................................................................ 26

7.6 Financiamento à importação e à exportação: repasses de recursos do BNDES.............. 27

8 Investimentos ............................................................................................................................. 28

8.1 Depósitos a Prazo ................................................................................................................. 28

8.2 Poupança ............................................................................................................................... 30

9 Sistema Nacional de Seguros Privados .................................................................................... 32

9.1 Seguros .................................................................................................................................. 34

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9.1.1 Tipos de Seguros .......................................................................................................... 36

9.1.2 Glossário mercado de seguros .................................................................................... 37

9.2 Previdência e Planos de Aposentadoria.............................................................................. 40

9.2.1 Previdência Complementar ......................................................................................... 43

9.3 Títulos de Capitalização........................................................................................................ 47

10 Outros produtos e serviços bancários ..................................................................................... 51

10.1 Cobrança e pagamento de títulos e carnês .................................................................... 51

10.2 Arrecadação de tributos e tarifas públicas ...................................................................... 51

10.3 Transferência automática de fundos ............................................................................... 52

11 Home/Office e Remote Banking .............................................................................................. 54

12 Abertura e movimentação de contas: documentos básicos .................................................. 52

12.1 Abertura e enceramento .................................................................................................. 54

12.2 Movimentação e manutenção .......................................................................................... 55

12.3 Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e


domicílio ........................................................................................................................................ 56

Resumos e Esquemas da Aula ......................................................................................................... 58

Bibliografia ........................................................................................................................................ 66

Questões Comentadas ..................................................................................................................... 67

Lista de Questões............................................................................................................................ 107

Gabarito ........................................................................................................................................... 125

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INTRODUÇÃO
Olá!

Chegou o momento de falarmos sobre os Produtos Bancários, cobrindo os seguintes tópicos


do último edital:

5 - Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito direto ao


consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdência, consórcio,
investimentos e seguros.

Portanto, continuaremos aprofundando os detalhes da atuação dos bancos e de outras


instituições financeiras.

Como são muitos produtos, teremos muitos detalhes. Mas procurei expor tudo que é necessário,
e nada além disso, da forma mais objetiva possível.

ATENÇÃO: os seguintes tópicos não estão explícitos no edital, mas nem sempre a lista é taxativa,
e às vezes a banca entende que prever ˜Produtos bancários” justifica cobrar qualquer produto
bancário existente. Portanto, optei por manter nesta aula, mesmo sem previsão explícita:

• Cheque (capítulo 2)
• Operações com pessoa jurídica (capítulo 7)
• Outros produtos e serviços (capítulo 10)

Isso significa que, se precisar pular algum tópico por falta de tempo ou algo assim, pule os
capítulos acima.

Espero que goste da aula e, mais importante, que aprenda muito!

@profcelsonatale

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1 CARTÕES
Os cartões, às vezes chamados (pelas bancas) de dinheiro de plástico, são instrumentos que
facilitam, para os clientes, as transações financeiras ou bancárias.

Como funcionam como meio de pagamento, seu uso crescente tem diminuído bastante a
demanda por papel moeda e os custos com emissão de numerários pelo Banco Central. Qual foi
a última vez que você fez um pagamento com dinheiro em espécie? E o último pagamento
grande?

Além disso, os cartões aumentam da segurança das transações, tanto para o comprador quanto
para o vendedor. Para o comprador, eles dispensam a necessidade de carregar grandes quantias
de dinheiro, sujeitando-se a extravios ou até roubos.

Para o vendedor, além de diminuir a necessidade de dinheiro em caixa (sujeito aos mesmos
riscos de extravio, furto ou roubo), os cartões praticamente eliminam o risco com fraudes ou
falsificações. Sem falar no aumento das vendas proporcionado, principalmente pela maior
segurança sentida pelos clientes e, no caso dos cartões de crédito, pela possibilidade de
parcelamentos.

Como você sabe, existem cartões de crédito e de débito, mas vamos começar com alguns
conceitos técnicos que eles têm em comum.

Basicamente, os cartões servem como dispositivos para identificação de uma conta,


armazenando dados para que a transação possa ser efetuada, e sua evolução como meio de
pagamento possui forte suporte na tecnologia.

Os primeiros cartões eram simples pedaços de plástico com uma numeração em alto relevo e a
assinatura do titular no verso. Para comprar com um cartão desses, você ia até uma loja e o
estabelecimento copiava o número do cartão em uma folha de papel, pedia para você assinar o
recibo. Então a documentação era enviada para o banco analisar... Nada prático, né?

Máquina para capturar dados do cartão em papel carbono.: Google Imagens

O primeiro dispositivo de segurança que merece menção foi a tarja magnética (ou fita
magnética, aquela faixa normalmente escura no verso do cartão), que podia ser lida por

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dispositivos recém-surgidos: as maquinhas de cartão. A tarja também permitiu o uso de senhas,


acrescentando segurança às transações.

Mais tarde, surgiram os chips, acrescentando mais segurança ao permitir que os dados do cartão
fossem criptografados (codificados) e lidos apenas por dispositivos que tivessem a chave
criptográfica, além de gerar um código único para cada transação.

Recentemente, a tecnologia incorporada aos cartões foi a NFC (Near Field Communication),
tornando o cartão um dispositivo contact less (sem contato), e permitindo pagamentos apenas
por aproximação. Essa tecnologia certamente foi impulsionada pela pandemia de Covid-19,
uma vez que as pessoas passaram a se preocupar em precisar tocar as maquininhas.

Cartão contact less (por aproximação). Google Imagens

Captura Tarja NFC


Chip
manual Magnética (aproximação)

Sendo que todas essas tecnologias se aplicam tanto aos cartões de crédito quanto de débito,
falaremos sobre estes agora.

1.1 Cartões de Débito

O cartão de débito possui duas funções principais:

► Autoatendimento: permite acessar a conta por terminais (caixas eletrônicos), para


realização de operações como consultas, saques, transferências, pagamentos, entre
outras. Esses caixas eletrônicos podem ser da própria instituição ou de parceiros.
► Comércio: é utilizado para realizar compras ou pagamentos à vista em estabelecimentos
comerciais, debitando-se a conta do usuário.

A emissão de cartão de débito é considerada, pela regulação do CMN, um serviço essencial, o


que significa que os bancos devem fornecer esse serviço gratuitamente.

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O fornecimento de segunda via de cartão também é gratuito, exceto nos casos de pedido de
reposição formulados pelo correntista decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros
motivos não imputáveis à instituição emitente. Ou seja, se a culpa não for da instituição, pode
ocorrer a cobrança de tarifa para emissão da 2ª via.

Algo que você talvez não saiba, é que além do cartão de débito “comum”, aquele que debita a
conta do cliente, existem outras duas modalidades: pré-pago e CDC.

O cartão de débito pré-pago funciona assim: o cliente deposita previamente um valor para
formar um saldo que pode ser utilizado em compras ou transferências futuramente. Perceba que
enquanto o cartão de débito normal utiliza o valor da conta corrente, o cartão de débito pré-
pago utiliza um valor especificamente vinculado a esse cartão.

Já o cartão de débito CDC, em vez de um saldo previamente existente (seja na conta ou no


próprio cartão), utiliza um limite de crédito concedido ao cliente pela instituição. Mas cuidado:
ainda não estamos falando de cartão de crédito! No cartão CDC, o cliente contrai um empréstimo
em sua conta corrente ao utilizar o cartão.

1.2 Cartões de Crédito

O cartão de crédito é um meio de pagamento utilizado pelo cliente (titular) para realizar
compras a prazo, parceladas ou não. Existe uma série de regras e termos relacionados ao cartão
de crédito que você precisa conhecer.

O primeiro termo é a fatura do cartão. A fatura é um documento enviado ao cliente


mensalmente pela administradora do cartão, pelo correio ou de forma digital. É na fatura onde
constam os valores das compras realizadas e o valor a ser pago, bem como o vencimento.

Como as compras realizadas no cartão só são pagas no futuro, inclusive podendo ser parceladas,
trata-se de um ganho sobre a inflação para o cliente.

O segundo é o limite do cartão. Esse limite é concedido pela instituição e determina o valor
máximo que o cliente pode gastar no cartão. Funciona como um crédito automático: até o limite
estabelecido, o cliente pode contar que o banco aprovará suas compras.

O limite é concedido mediante análise de crédito, e pode ser ajustado por iniciativa da
instituição, devendo obter prévia anuência do cliente em caso de aumento do limite, e no caso
de redução deve comunicar com 30 dias de antecedência – exceto em caso de deterioração do
perfil de crédito do cliente, estando dispensada a comunicação nesse caso.

O pagamento da fatura restabelece no limite o valor correspondente.

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Também temos a anuidade, que é a principal cobrança que a instituição emissora realiza (ou
não, se preferir isentar) pela administração do cartão de crédito. Essa anuidade, normalmente, é
cobrada de forma parcelada.

Além da anuidade, existem algumas tarifas que podem ser cobradas pelas instituições emissoras
de cartões de crédito:

• Emissão de 2ª via: cobrada quando o cliente solicita um novo plástico, por perda, roubo
ou danos.
o Atenção: os cartões são emitidos com uma data de expiração, e a emissão de um
novo plástico com nova data não pode ser cobrada.
• Saques: algumas instituições oferecem cartões com limite para saques em dinheiro em
caixas eletrônicos, cobrando tarifas,
• Pagamento de contas: como água, luz ou telefone.
• Avaliação emergencial de crédito: para análise e liberação de crédito adicional caso o
cliente precise ultrapassar o limite de seu cartão.

Anuidade, tarifas, fatura e limite são comuns a todos os cartões de crédito, mas você pode
imaginar (corretamente) que existem várias modalidades diferentes de cartão.

Mas mesmo com essas inúmeras modalidades, a Resolução nº 3.919/2010 do CMN estabelece
os cartões em dois tipos: básicos e diferenciados.

O cartão de crédito básico, como o nome indica, é aquele que possibilita apenas as funções
mais comuns: paramentos de contas, compras ou serviços (além de saques).

As instituições financeiras que emitem cartões de crédito, no processo de negociação com os


clientes, estão obrigadas a oferecer o cartão básico, que pode ser nacional ou internacional.

CARTÃO DE CRÉDITO INTERNACIONAL

Ao contrário do “cartão nacional”, o cartão de crédito internacional pode ser


utilizado fora do país, em compras realizadas presencialmente no exterior ou em
lojas online internacionais.

As compras realizadas com esse cartão ocorrem em moeda estrangeira, e são


convertidas em reais para pagamento da fatura pelo cliente.

A taxa de câmbio utilizada para a conversão é aquela do dia da compra e, apesar


de não existir uma regra sobre qual taxa usar, normalmente os bancos usam a
Ptax.

Tem mais: o preço da anuidade do cartão básico deve ser o menor preço cobrado pela emissora
entre todos os cartões por ela oferecidos.

Outra coisa importante: esse cartão não pode ser associado a programas de benefícios ou
recompensas (já falaremos sobre esses programas).

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Essas diferenças “levantam a bola” para a gente definir os cartões diferenciados.

O cartão diferenciado pode cobrar anuidades mais altas, oferecer serviços diferenciados e ser
vinculado a programas de recompensa. Só isso.

Esses programas de recompensas normalmente funcionam assim: a cada R$1 (ou dólar) gasto
no cartão, o cliente ganha pontos. Esses pontos podem ser utilizados para adquirir produtos ou
milhas para comprar passagens aéreas.

Para (semi) fechar esse assunto, precisamos conhecer um conceito: o crédito rotativo, nome
dado ao financiamento, pela instituição emissora, de parte da fatura do cartão de crédito, ou
seja, quando o cliente não realiza o pagamento do valor total da fatura e o banco concede um
crédito para que ele faça isso depois.

Digamos, por exemplo, que no dia 10 de setembro é o vencimento da fatura do cartão de


crédito, e o cliente não tem como pagar seu valor integral de R$1.000. Nesse caso, alguns bancos
dão a possibilidade de o cliente pagar um valor parcial, desde que esteja acima do chamado
mínimo da fatura. Então suponha que o mínimo estipulado seja de 20%.

O cliente, então, faz o pagamento de R$400 (acima do mínimo, ok), e os R$600 que faltaram
serão financiados pelo banco, devendo ser pagos, com juros e encargos, dentro de 30 dias, na
próxima fatura.

E agora sim, para fechar, vejamos o que acontece quando não ocorre sequer o pagamento do
valor mínimo da fatura.

Nesse caso, estamos diante da inadimplência, e ela sujeita o cliente a:

► Bloqueio do cartão
► Juros diários sobre o saldo devedor
► Multa
► Encaminhamento do nome (do CPF, na verdade) aos órgãos de proteção ao crédito

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Cartão de
Crédito

Tipos Tarifas Crédito Rotativo

Pagamento acima
do mínimo da
Básico Diferenciado Emissão de 2ª via
fatura e abaixo do
total

Nacional ou Nacional ou Gera encargos e


Saques
Internancional Internacional juros

Serviços Pagamento de Deve ser quitado


Serviços básicos
diferenciados contas em até 30 dias

Avaliação
Não pode ter
Pode ter programa emergencial de
programa de
de recompensas créditoCrédito
recompensas
rotativo

Anuidade mais
barata

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2 CHEQUE
O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Cada palavra dessa definição é importante.
Bom, este é um cheque, caso você seja de uma geração mais nova (não fique “forçando” a visão,
iremos abordar o que é realmente importante para a prova):

Fonte: Folha Progresso

Se você está pensando “Mas professor, tem gente que passa cheques para 90 dias, por que é à
vista?” – eu peço que tenha calma, que chegaremos lá.

Antes, vamos nos concentrar em “ordem de pagamento”.

Isso significa simplesmente que o cheque é um “pedaço de papel” onde você, titular de uma
conta corrente, declara:

“Querido banco, sabe esse dinheiro na minha conta? Então, pode pegar “X” reais e depositar na
conta que a pessoa cujo nome eu coloquei no cheque indicar.”

De forma mais técnica, o cheque envolve, geralmente, quatro pessoas:

• Emitente (sacador): quem emite o cheque, o titular da conta;


• Beneficiário (favorecido): pessoa a favor de quem o cheque foi emitido. Se estiver
preenchido o nome do beneficiário, dizemos que o cheque é nominal.
• Sacado: banco onde o emitente/sacador tem o dinheiro depositado (origem);
• Depositário: banco onde dinheiro deve ser depositado (destino).

Eu disse “geralmente”, acima, porque o cheque pode não conter o nome do beneficiário. Nesse
caso, ele se torna uma ordem de pagamento ao portador, que é quem apresenta o cheque ao
banco depositário.

No Brasil, cheques acima de R$100,00 devem ser nominais, ou seja, não podem ser ao portador.

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Agora, imagine-se que você é um favorecido de um cheque. Como você pode receber o
dinheiro?

Tem duas formas: em dinheiro (sacar) ou na sua conta corrente (depositar).

Aí surge um conceito importante: o cheque cruzado. Caso o emitente – ou qualquer pessoa, na


prática – colocar duas linhas paralelas na frente do cheque, você (favorecido) só poderá depositar
o cheque. Ou seja, se o cheque for cruzado, você não poderá sacar o dinheiro direto no caixa do
banco.

Quando ocorre a efetivação do depósito ou do saque, dizemos que o cheque compensou. Mas
falaremos mais sobre a compensação adiante.

Por enquanto, tenha em mente que existe um risco de crédito: se o emitente/sacador não tiver
dinheiro disponível na conta para compensar o cheque, o beneficiário/favorecido não recebe
seu dinheiro, e o banco devolve o cheque para ele, que poderá tomar as providências legais
para tentar receber o dinheiro.

Então, o cheque sempre apresenta esse risco, mas há um cheque no qual o risco de crédito é
mínimo, simplesmente porque seu emitente/sacador é bastante confiável: estou falando do
cheque administrativo.

O cheque administrativo é um cheque emitido pelo próprio banco. Portanto, o dinheiro vai sair
da conta do próprio banco, e não do cliente, garantindo assim maior nível de segurança. Você
pode “comprar” um cheque administrativo no seu banco, por exemplo, para fazer um
pagamento de alto valor, e não correr o risco de ficar andando com um monte de dinheiro em
espécie.

Legal, professor, mas e o tal “cheque especial”?

O cheque especial foi o nome dado ao limite disponibilizado pelo cliente para compensação
de cheques, mesmo que ele não tenha o saldo inteiro disponível. Imagine que o cliente com
cheque especial emitiu um cheque de R$2.000, mas está com a conta zerada. Se ele tiver limite
suficiente de cheque especial, seu banco compensará o cheque e pagará ao beneficiário,
deixando a conta “negativa”, e, é claro, cobrando juros.

Hoje, naturalmente, o cheque especial é um limite para a conta corrente, e pode ser usado para
compensar cheques ou qualquer outra operação, como compras a débito, pagamento de contas
etc.

E para finalizar, precisamos falar do endosso.

Endossar um cheque (ou qualquer ordem de pagamento) significa “transferir o direito de


receber”. Sendo assim, o beneficiário só precisa escrever o nome da pessoa para quem ele quer
endossar o cheque no verso da folha, e essa pessoa passará a poder depositar ou sacar o cheque,
a depender do valor, claro.

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Para ser mais específico, esse é o chamado endosso em preto.

O endosso em branco, por outro lado, ocorre quando o beneficiário apenas assina o verso do
cheque, sem indicar o novo beneficiário. Nesse caso, ele se torna uma ordem de pagamento ao
portador.

Ah! Eu fiquei de falar sobre a questão de o cheque ser à vista, mas as pessoas colocarem uma
data para compensação, né?

Acontece que esse costume de escrever no cheque, por exemplo, que ele só pode ser
depositado ou sacada em determinado dia (pré-datar o cheque) é apenas isso – um costume.

Em outras palavras, o favorecido não é obrigado a esperar a data, pois o cheque é uma ordem
de pagamento à vista. Não há qualquer lei ou regulamento que o obrigue. Mas o costume é
bastante forte, e em muitos anos como bancário, nunca vi um beneficiário o desrespeitar.

Ordem de Pré-datar é um
pagamento à vista costume, não regra.

Em branco: ao
portador
Pode endossar o
cheque
Em preto: nomina o
novo beneficiário
Beneficiário Pode depositar em
(favorecido) sua conta

Pode sacar se for


Emitente (sacador)
inferior a R$100
Cheque

Partes
(banco) Sacado

(banco) Depositário

Menor risco de
crédito
Administrativo
O banco é o emitente

Limite disponibilizado
Especial para o cliente em sua
conta

Operada pela BB
Compe
Regulada pelo BCB

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Agora, precisamos falar um pouco sobre os bastidores da compensação de um cheque.

2.1 Compe: Centralizadora de Compensação de Cheques

Como as operações com cheques podem envolver mais de um banco, quando sacado e
depositário são diferentes, é preciso que eles “conversem” de alguma forma para fazer acontecer
o pagamento.

Essa “conversa” ocorre por meio de um sistema, uma câmara de compensação, chamado Compe
(Centralizadora de Compensação de Cheques).

A Compe, por envolver diversas instituições financeiras e por ser considerada importante para o
Sistema Financeiro Nacional, é regulada pelo Banco Central do Brasil, mas quem executa (faz
funcionar) o sistema é o Banco do Brasil.

O BCB determinar que são participantes da Compe:

▶ Obrigatórios: Instituições titulares de conta Reservas Bancárias, ou de Conta de


Liquidação nas quais sejam mantidas contas de depósito movimentáveis por cheque
▶ Facultativos: Demais instituições financeiras não bancárias titulares de Conta de
Liquidação.

Portanto, como bancos com carteira comercial (múltiplos ou não) e a Caixa Econômica Federal
são obrigados a ter conta Reservas Bancárias, também são obrigados a participar da Compe.

2.2 CCF: Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundo

O Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos (CCF) registra clientes que, como o nome
indica, emitem cheques sem fundo.

Seu banco de dados é operado pelo Banco do Brasil, com base nas normas do Banco Central.

Podemos pensar no CCF como um “Serasa ou SPC”, mas apenas sobre cheques.

O nome pode ser incluído no CCF se:

• o cheque que o cliente emitiu for devolvido pela segunda vez por falta de fundos (motivo
12);
• a conta estiver encerrada na data da compensação (motivo 13);
• pela terceira vez seguida, o cliente emitir cheque de valor menor que R$3,40 sem ter saldo
em conta para honrar (motivo 14).

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Se o cheque foi devolvido por outro motivo, o nome do cliente não entra no CCF. Mas o
beneficiário do cheque pode tomar outras medidas para garantir o recebimento do valor,
mesmo que você não esteja no CCF.

Para excluir seu nome do CCF, é preciso que o cliente comprove ao banco responsável pela
inclusão que pagou o cheque. Para comprovar, o cliente pode:

• Entregar o próprio cheque que foi devolvido, OU


• Apresentar extrato da conta demonstrando que houve débito relativo a esse cheque, OU
• Entregar declaração do beneficiário autenticada, dizendo que o devedor quitou o débito,
com uma cópia do cheque e com as certidões negativas dos cartórios de protesto relativas
ao cheque, em nome de quem emitiu o cheque.

O banco deve entregar um recibo desse pedido de exclusão, e pode cobrar uma tarifa pelo
serviço de exclusão do nome no CCF.

3 CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR


O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) é apenas uma de várias modalidades de crédito que
podem ser concedidas por um banco (ou Financeira, a propósito), mas é uma das modalidades
que estava no último edital, então é nessas que iremos nos concentrar.

O CDC é um crédito destinado ao consumidor final para a aquisição de bens e serviços. Essa
frase anterior é muito importante, porque é muito recorrente em provas. Então vamos destacar.

CDC: Crédito Direto ao Consumidor


Modalidade de crédito destinada ao consumidor final para
aquisição de bens ou serviços.

Note que esse consumidor final pode ser pessoa física ou jurídica, não há limitação nesse sentido.

Então é simples: você quer comprar determinado bem, digamos, um notebook que custa
R$3.000. Seu banco oferece uma linha de CDC, e oferece o crédito para você pagar em 12 vezes,
com juros 4% ao mês, gerando parcelas de R$319,66. Você fecha o contrato, recebe os R$3.000
e compra o notebook, devendo honrar com as parcelas nos respectivos vencimentos futuros.

Nesse ponto, é importante destacar que o bem não fica, necessariamente, como garantia do
CDC, embora esse possa ser o caso para bens com maior liquidez (mais “fáceis de vender” pela
instituição financeira, em caso de inadimplência e execução), como veículos, sobre os quais a
instituição pode constituir uma alienação fiduciária.

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Afinal, o CDC serve também para aquisição de serviços, e como o banco faria para executar a
harmonização facial ou a prótese de silicone que o cliente adquiriu? (é só um exemplo absurdo
para ajudar a lembrar, por favor, não responda)

Mas existem, sim, algumas regras importantes para o CDC.

A instituição deve oferecer a possibilidade de pagamento antecipado das parcelas (ou do saldo
devedor total) com deságio, ou seja, com redução proporcional nos juros. Se você quiser pagar
uma das parcelas antes do vencimento, o banco é obrigado a “tirar os juros” dessa parcela.

Na prática você pagaria pouco menos de R$319,66 se pagasse com alguns dias de antecedência
em relação ao vencimento, ou pagaria muito menos do que isso se adiantasse, digamos, a última
parcela.

Além disso, por ser considerada uma operação financeira, incide IOF (imposto sobre
operações financeiras) sobre o CDC, normalmente pago com parte dos próprios recursos
liberados.

destinado ao
consumidor final
para aquisição de
bens ou serviços.

Deve permitir CDC


O bem pode
pagamento Crédito
antecipado com
ou não ser
Direto ao garantia
deságio
Consumidor

Incide
IOF

4 CRÉDITO RURAL
O crédito rural é um tipo de crédito concedido pelos bancos especificamente para atividades
como agricultura, pecuária, pesca, entre outras.

Dada a importância do setor do ponto de vista social e também para a dinâmica da economia
brasileira, essa modalidade conta com prazos e taxas de juros especiais. De forma mais técnica,
temos a definição legal (Lei nº 4.829/1965, que “Institucionaliza o crédito rural”):

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CRÉDITO RURAL
Suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e estabelecimentos
de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicação
exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação
em vigor

A mesma lei institui o sistema nacional de crédito rural, do qual participam o Banco Central (como
“órgão de controle”), o Banco do Brasil, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e outras
instituições financeiras autorizadas a operar com crédito rural pelo Banco Central.

Do outro lado, ou seja, como possíveis beneficiários do crédito rural, temos:

a) produtor rural (pessoa física ou jurídica);


b) cooperativa de produtores rurais;
c) pessoa física ou jurídica que se dedique a:
i. produção de mudas ou sementes básicas, fiscalizadas ou certificadas;
ii. produção de sêmen para inseminação artificial e embriões;
iii. atividades de pesca artesanal e aquicultura (cultiva organismos aquáticos) para fins
comerciais;
iv. atividades florestais e pesqueiras.
v. prestação em imóveis rurais, de serviços mecanizados de natureza agrícola,
inclusive de proteção do solo.
d) silvícola (indígena), desde que, não estando emancipado, seja assistido pela Fundação
Nacional do Índio (Funai), que também deve assinar o instrumento de crédito.

Mas a lei também veda a concessão de crédito rural para:

a) estrangeiro residente no exterior;


b) sindicato rural;
c) parceiro, se o contrato de parceria restringir o acesso de qualquer das partes ao
financiamento;
d) pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades indígenas que exerça atividade
agropecuária ou extrativa em áreas indígenas.

Existem basicamente 4 modalidades de crédito rural, definidas em lei, de acordo com a


finalidade para a qual o recurso é concedido:

1. Custeio: para arcar com despesas comuns da produção rural, em um ciclo produtivo.
a. O custeio pode ser agrícola e/ou pecuário.
b. Exemplo: o tomador do crédito pode utilizar o crédito para aquisição antecipada
de insumos.
2. Comercialização: para cobrir despesas “pós-produção”, incluindo custos de transporte e
armazenagem.
3. Investimento: aquisição de bens ou serviços, geradores de benefícios duráveis ou
contínuos, como máquinas, tecnologias e equipamentos.

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4. Industrialização: industrialização de produtos agropecuários, realizada por produtor na


sua propriedade rural ou cooperativas.
a. Exemplos: ações de limpeza, secagem, pasteurização, refrigeração, aquisição de
embalagens, manutenção e conservação de equipamentos etc.

O crédito rural é formalizado por diversos instrumentos, a depender da garantia vinculada à


operação:

Título Garantia
Cédula Rural Pignoratícia (CRP) ► Penhor
Cédula Rural Hipotecária (CRH) ► Hipoteca
Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH) ► Penhor e Hipoteca
Nota de Crédito Rural (NCR) ► Sem garantia real
Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB) ► Com ou sem garantia real ou pessoal
Em caso de impossibilidade de outros
Contrato ►
instrumentos

Tanto o pagamento quanto a liberação dos recursos podem ocorrer de forma única ou
parcelada, podendo as parcelas serem escalonadas.

4.1 Proagro, Pronaf e Pronamp

Nesta parte, falaremos sobre três programas relacionados ao crédito rural que podem ser
abordados em questões na prova.

O Proagro é o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. É um programa do governo


federal que garante o pagamento de financiamentos rurais quando a lavoura sofrer danos
provocados por eventos climáticos adversos ou causados por pragas, doenças que atinjam
rebanhos e plantações ou por fenômenos naturais, tais como:

• Secas (exceto para lavouras irrigadas)


• Chuvas excessivas
• Geada
• Granizo
• Variação brusca de temperatura
• Ventanias

É custeado por recursos alocados pela União e provenientes de contribuição que o produtor
rural paga (chamada adicional ou prêmio do Proagro), bem como das receitas obtidas com a
aplicação do adicional recolhido.

Ele é administrado pelo BCB e regulamentado pelo CMN, enquanto as instituições financeiras
(bancos e cooperativas de crédito) são os agentes do programa.

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Note, portanto, que o Proagro não é um financiamento, mas uma espécie de seguro para o
crédito rural.

O Pronaf, por sua vez é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (lembre-
se dessa parte), e consiste em financiamento para custeio e investimentos em implantação,
ampliação ou modernização da estrutura de produção, beneficiamento, industrialização e de
serviços no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas.

Seus objetivos são a (1) geração de renda e a (2) melhora do uso da mão de obra familiar.

Por fim, o Pronamp é o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural, e proporciona
financiamento para custeio e investimentos dos médios produtores rurais em atividades
agropecuárias.

Aqui, você deve se lembrar das submodalidades de custeio que vimos há pouco, pois o Pronamp
possui duas versões: Pronamp investimento e Pronamp custeio.

Seu público-alvo, portanto, são os médios produtores rurais.

PROAGRO PRONAF PRONAMP


Programa de Garantia Programa Nacional de Programa Nacional de
da Atividade Fortalecimento da Apoio ao Médio Produtor
Agropecuária Agricultura Familiar Rural

garantia para financiamento para financiamento para


financiamentos rurais. custeio e investimentos custeio e investimentos

estabelecimento rural ou médios produtores


em caso de danos na
em áreas comunitárias rurais em atividades
lavour.
rurais próximas agropecuárias

Palavras-chave: Palavras-chaves: Médio


palavra-chave: Garantia
Agricultura Familiar Produtor.

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5 CONSÓRCIO
O consórcio é uma reunião de pessoas para aquisição de bens por meio de autofinanciamento.

Não fica tão claro, né? Com um exemplo ficará.

Imagine que eu e você queremos comprar uma Playstation 5, que custa R$5.000. Mas acontece
que cada um de nós só tem a metade desse valor hoje, e coincidentemente no mês que vem
cada um de nós terá a outra metade.

Então você tem a ótima ideia de juntarmos nosso dinheiro atual, comprando um Playstation 5
agora mesmo! No mês que vem, a gente faz a mesma coisa e compra outro videogame. Quem
vai ficar com o primeiro videogame? Ora, podemos sortear.

Perceba que assim é melhor: sem nosso combinado, os dois esperariam um mês para comprar
o videogame, e com nosso acordo apenas um precisará esperar, e o outro poderá desfrutar
agora mesmo!

Essa é a essência de um consórcio, só que com muito mais gente...

Deixando as coisas um pouco mais técnicas, pois o consórcio é cheio de termos técnicos, quem
participa de um consórcio participa, na verdade, de um grupo de consórcio, do qual adquire
uma ou mais cotas.

Esse grupo é constituído e organizado por uma Administradora de Consórcios, instituição não
financeira autorizada a funcionar pelo BCB.

Mas professor!? Como assim “Administradora de Consórcios”? Meu banco


oferece consórcios, e ele é um banco...
É verdade! Mas também é verdade que os bancos possuem, em seu
conglomerado ou grupo, administradoras de consórcios. O Banco do Brasil, por
exemplo, faz parte do mesmo grupo que a BB Consórcios, administradora que
organiza os grupos de consórcio cujas cotas são oferecidas aos clientes do
banco.

Nesse grupo, é definido um bem de referência, que serve para determinar o valor das parcelas
que serão pagas pelos consorciados e o valor que eles poderão obter caso sejam contemplados
e obtenham a carta de crédito.

Com a carta de crédito, cujo valor é determinado pelo bem de referência, o consorciado pode
adquirir qualquer bem ou serviço da categoria definida. Ou seja, em um consórcio de

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automóveis, mesmo que o bem de referência seja um “Chevrolet Camaro”, o consorciado pode
adquirir outro automóvel, observadas as regras do contrato, que pode prever limitação para
bens com muito tempo de uso do bem (exemplo: apenas carros fabricados há no máximo 5
anos).

A propósito, aqui estão as categorias de consórcios existentes:

1. Veículo automotor (carros ou motos), aeronave, embarcação, máquinas e equipamentos,


se o contrato estiver referenciado em qualquer bem mencionado neste item;
2. Qualquer bem móvel ou conjunto de bens móveis, novos, excetuados os referidos no item
anterior, se o contrato estiver referenciado em bem móvel ou conjunto de bens móveis
não mencionados no item "1";
3. Qualquer bem imóvel, construído ou na planta, inclusive terreno, ou ainda optar por
construção ou reforma, desde que em município em que a administradora opere ou, se
autorizado pela administradora, em município diverso, se o contrato estiver referenciado
em bem imóvel (é possível a aquisição de imóvel em empreendimento imobiliário);
4. Qualquer serviço, se o contrato estiver referenciado em serviço.

A contemplação pode ocorrer de duas formas: sorteio ou lance, que ocorrem em assembleias,
normalmente realizadas mensalmente.

Sobre o sorteio, quando você adquire uma cota, ela vem com um número. Algumas
administradoras utilizam o sorteio da Loteria Federal, e outras promovem seus próprios sorteios
em assembleias transmitidas ao vivo ou acompanhadas presencialmente pelos consorciados.

Para compreender o lance, precisamos entender um pouco melhor sobre as partes que
compõem a contribuição paga pelos consorciados.

A parcela paga pelos consorciados é dividida em três partes, ou seja, cada parcela paga tem seu
valor destinado a três finalidades:

• Fundo comum: é a parte que vai para a aquisição dos bens, ou seja, para a contemplação
e fornecimento das cartas de crédito.
• Fundo de reserva: é a parte que vai para cobrir eventuais inadimplências de consorciados
ou outras despesas de responsabilidade do grupo, como seguros.
• Taxa de administração: é a parte que remunera a administradora de consórcios pela
organização dos grupos.

Por determinação do Banco Central (que regula e supervisiona as administradoras de


consórcios), deve ocorrer pelo menos uma contemplação por sorteio. Se após o sorteio sobrar
recursos no fundo de reserva, podem ocorrer contemplações por lance.

Por exemplo: se no mês de agosto, durante a assembleia, verificou-se que havia R$50.000 no
fundo comum. Após a realização do sorteio e pagamento da carta de crédito de R$30.000,
sobraram R$20.000. Observa-se que três consorciados deram lances de R$15.000, R$12.000 e
R$7.000. Ora, com o Lance de R$15.000 é possível pagar mais uma carta de R$30.000,
contemplando por lance o consorciado que deu o maior lance.

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O lance pago, naturalmente, é abatido no valor das parcelas a vencer, reduzindo o valor a pagar
pelo consorciado.

Uma vez contemplado e com a carta de crédito “em mãos”, o consorciado pode adquirir o bem,
que normalmente fica como garantia de forma a proteger o interesse dos demais consorciados.

Por fim, cabe observamos que é possível, para o consorciado contemplado, receber o valor da
carta de crédito em dinheiro, desde que a cota esteja 100% paga (quitada), após 180 dias do
pagamento integral. Afinal, nesse caso, não há mais riscos para o grupo.

Essa regra de 180 dias para receber o valor em dinheiro foi relaxada durante a
pandemia de Covid-19, quando o Banco Central permitiu o pagamento do
crédito em espécie ou por meio de crédito em conta de depósitos ou em conta
de pagamento de titularidade dos consorciados que, até 31 de dezembro de
2020, tivessem sido contemplados e ainda não tivessem utilizado o crédito para
aquisição de bens ou serviços, mediante a quitação total das obrigações com o
grupo e com a administradora.
Contudo, o normativo não está mais vigor.

Por fim, é importante observar que é possível, para o consorciado, desistir do consórcio.

A legislação permite ao consorciado desistir do contrato no prazo de 7 dias a contar de sua


assinatura, desde que a contratação ocorra fora do estabelecimento comercial (pela internet, por
exemplo). Nesse caso, os valores eventualmente pagos são devolvidos de imediato.

Após esse prazo, o participante que não tenha sido contemplado, pode desistir do contrato se
manifestar, passando a ser considerado consorciado excluído. Nesse caso, poderá haver
cobrança de multa pelos prejuízos causados ao grupo e à administradora, e ele poderá ter de
esperar ser sorteado para reaver os valores pagos.

Acho que a gente precisa organizar essas ideias todas, né?

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Consórcios

Administradora de
Consórcios:
BCB
instituição não
financeira

normatização, Grupos: reunião de


autorização, pessoas para Contemplação Desistência
supervisão. autofinanciamento

Bem de referência:
Em até 7 dias:
determina a Sorteio: prioridade
recebe devolução
categoria e o valor na assembleia
imediata.
das contribuições

Consorciado: quem Após 7 dias: sujeito


Lance: após o
adquire uma ou a multa e esperar
sorteio, se houver
mais cotas em um sorteior para reaver
recursos.
grupo. os valores pagos.

6 LEASING
O princípio básico da operação de Leasing – também chamada de arrendamento mercantil – é
que o lucro vem da utilização de um bem, e não se sua propriedade.

Isso significa que uma empresa não precisa ser dona de máquinas, veículos ou até mesmo
instalações. Ela precisa apenas poder utilizar essas máquinas, veículos e instalações.

Quem faz esse tipo de operação (leasing) são as Sociedades de Arrendamento Mercantil
(SAM), que devem ter em sua denominação a expressão “Arrendamento Mercantil”, além de se
constituírem sob a forma de sociedade anônima.

Mas professor, meu banco também oferece leasing! Ele não é uma Sociedade de Arrendamento
Mercantil, ou é?

Bancos não são empresas de leasing, mas costumam ter, em seu conglomerado, uma SAM. É
por isso que grandes bancos oferecem esse tipo de operação para seus clientes.

Agora tornando as coisas um pouco mais técnicas, há três principais tipos de leasing:

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• Leasing operacional: basicamente um aluguel, e é efetuado geralmente pelos


fabricantes dos bens (como montadoras e outras indústrias). Ou seja, para esse tipo, não
é preciso ser SAM.
• Leasing financeiro: nesse tipo, a arrendadora (SAM) adquire o bem escolhido de um
fornecedor (como um veículo, por exemplo) e o entrega para uso do arrendatário (o
cliente).
Durante o prazo definido, o arrendatário faz pagamento de parcelas e, ao final, poderá
ou não exercer o direito de compra do bem por um valor residual garantido (VRG)
previamente estabelecido.
• Lease back: uma empresa vende determinado bem e o aluga imediatamente, sem perder
sua posse. Nesse caso, o bem não é removido fisicamente; a empresa passa de
proprietária do bem para arrendatária dele. Exemplo: você tem uma empresa que fabrica
sapatos, e é dona de uma máquina para cortar o couro. Precisando de dinheiro, você
decide vender a máquina, mas como precisa dela, aluga imediatamente do novo dono, e
assim pode continuar a utilizando.

Vale observar que o leasing financeiro é o mais praticado, o mais comum. Sendo assim,
normalmente, quando aparecer na questão apenas “leasing”, a banca estará se referindo ao
leasing financeiro.

7 OPERAÇÕES DE CRÉDITO PARA PESSOA JURÍDICA


Nesta parte da aula, agrupei as operações de crédito previstas no edital que são voltadas para
pessoas jurídicas. Vamos a elas!

7.1 Desconto de títulos

O desconto de títulos é uma operação de crédito que envolve principalmente cheques,


duplicatas e notas promissórias. Antes de compreendermos melhor o que são esses termos,
vamos ficar no básico.

No desconto, a instituição financeira concede um crédito, recebendo como garantia um título


que represente o direito de receber determinada quantia, ou seja, um crédito futuro.

Na prática, é uma forma de a empresa (cliente do banco) antecipar o recebimento de uma


obrigação de um cliente seu.

Por exemplo: se minha empresa, a Natale Materiais de Construção vende produtos para um certo
recém-aprovado no concurso (você), no total de R$50.000, e com o prazo de 90 dias, eu
basicamente tenho o direito de receber R$50.000 de você dentro de três meses. Para formalizar
esse meu direito, faço você assinar uma nota promissória.

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Então, eu posso levar essa nota promissória ao Banco do Brasil, onde minha empresa tem conta,
e dizer: “Ei gerente do banco, estou aqui com uma promissória, e gostaria de descontá-la!”. O
banco topa, e me dá algo como uns R$44.000. Daí o nome “desconto”, pois o valor que recebo
é inferior ao valor nominal da nota promissória, afinal, o banco não é bobo.

Dentro de 90 dias, mesmo se você não me pagar, eu ainda preciso pagar os R$50.000 ao banco,
pois sou responsável pelo pagamento.

E no meio do exemplo expliquei o que é uma nota promissória, mas em descontos bancários o
mais comum são as duplicatas.

DUPLICATAS

Títulos de crédito decorrentes de uma transação comercial (compra/venda).


Quando ocorre uma transação desse tipo, são emitidos três documentos: a nota
fiscal, a fatura e a duplicata. Os dois primeiros existem para fins de impostos e
controle da empresa, mas a duplicata é emitida pelo vendedor e comprova o
direito de receber determinado valor.
É a duplicata que é negociada no mercado de crédito, podendo ter sua
titularidade transferida por endosso, o que ocorre no caso de desconto de
duplicata.

O desconto de títulos é uma prática bastante comum para empresas que vendem a prazo, e as
taxas cobradas pelos bancos dependem do prazo e, principalmente, de quem é sacado (o
devedor original). Afinal, se eu tiver uma duplicata cujo sacado (devedor) é uma empresa com
bom histórico, o banco tende a aceitar cobrar juros menores.

7.2 Conta Garantida

Uma frase resume bem esse produto: “a conta garantida é o cheque especial das empresas”.

Se você sabe o que é cheque especial, já entendeu basicamente tudo. Se não sabe, vou explicar.

Conta garantida consiste em uma linha de crédito aberta, pelo banco, diretamente na conta
corrente de uma empresa. Dessa forma, a empresa passa a ter determinado limite, pronto para
ser utilizado sempre que ela precisar.

Então, se a Natale Materiais de Construção estiver com saldo zerado na conta, mas tiver uma
conta garantida de R$10.000, eu posso utilizar esse valor como eu quiser, quanto eu quiser.
Posso fazer um Pix para meu fornecedor, ou então pagar a conta de luz da loja.

Ao utilizar a conta garantida, o saldo fica devedor, e depósitos na própria conta corrente reduzem
o saldo devedor.

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Claro que precisarei pagar juros calculados sobre o valor utilizado e o prazo de utilização e que,
no caso dessa modalidade de crédito (como no cheque especial), costumam ser juros bem altos,
tornando uma linha de crédito adequada apenas para necessidades pontuais de caixa.

7.3 Capital de Giro e Capital Fixo

O termo “capital de giro” – com minúscula e não restrito ao mercado financeiro – é como
chamamos o dinheiro necessária para as empresas tocarem o “dia a dia” de seus negócios. Ou
seja, é o dinheiro para comprar produtos para revender, para pagar as contas de energia e água,
funcionários, etc. Não inclui dinheiro para grandes aquisições pontuais, como uma nova sede,
reforma do galpão, um novo projeto.

Sendo assim, o Capital de Giro é a operação de crédito tradicional a qual as empresas podem
recorrer. Assim como num empréstimo para pessoa física, existe um contrato, prazos, parcelas,
taxas e valores previamente acordados entre o banco e o cliente (pessoa jurídica).

Também pode haver garantias, como duplicatas, por exemplo.

Normalmente, é uma operação de curto ou médio prazo (até 6 meses), mas podem envolver
prazos mais longos.

Os juros cobrados dependem do prazo e das garantias, bem como de “reciprocidades”, que é
como os bancos chamam as contrapartidas dadas pelo cliente bancário na forma de outros
produtos.

Diferente do Capital de Giro, os financiamentos de Capital Fixo são voltados para aquisição de
ativos (como máquinas ou equipamentos) ou para consecução de grandes projetos da empresa.
Ou seja, envolvem valores relativamente mais altos.

Por esse motivo, também costumam envolver prazos bem mais longos e serem precedidos de
cuidadosas análises por parte do banco concedente. E por falar em banco, caso você não se
lembre, os Bancos de Investimento atuam principalmente nessa modalidade.

7.4 Hot money

Hot money é como chamamos operações de empréstimos de curto ou curtíssimo prazos, para
necessidades recorrentes de caixas das empresas.

E quando falamos em curtíssimo prazo, quer dizer que essas operações de hot money têm
vencimento mínimo de um dia útil; a empresa pega o dinheiro em um dia, e paga no outro. Não
há prazo máximo legalmente definido, mas costuma ficar entre 15 e 30 dias.

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Dada essa dinâmica de prazo bastante curto, os juros cobrados têm como referência a taxa do
mercado interfinanceiro (CDI), que é a taxa praticada pelos bancos em operações que realizam
diariamente entre si.

Obviamente, é acrescido ao CDI uma taxa de spread bastante considerável, tornando uma
modalidade de crédito relativamente cara para o tomador.

Por outro lado, por ser baseado em uma taxa bastante dinâmica, o hot money tem a vantagem
de ter seu custo, em termos de juros, reavaliado com bastante rapidez: se os juros subirem, a
taxa sobe rapidamente, se caírem, idem.

Como é uma operação de crédito, incide IOF (imposto sobre operações financeiras).

7.5 Vendor e Compror

Agora veremos duas operações de financiamento bastante específicas: vendor finance e


compror finance. Como você perceberá, elas têm muito em comum, e uma diferença básica.
Também omitiremos o termo “finance” a partir daqui, apenas para ficar menos cansativo.

Começamos pelo vendor, que é operação para financiar vendas (daí o nome) baseada na cessão
do crédito que a empresa vendedora tem junto ao seu cliente. Ou seja, a empresa vende seu
produto a prazo, mas recebe o pagamento à vista do banco, que cobrará juros, é claro.

Normalmente, a empresa que faz um vendor, só o faz para clientes tradicionais, de confiança –
pois ela estará assumindo um risco junto ao banco: se o cliente não pagar, a empresa vendedora
precisará pagar o banco de qualquer forma.

Um exemplo: digamos que sou dono da Natale Materiais de Construção Ltda.


Estou querendo comprar um grande lote de pisos da minha fornecedora
Durafloor (uma gigante fabricante de pisos).
Como minha empresa não tem dinheiro para comprar à vista (acabei de
inaugurar uma grande loja e o caixa minguou...), e a Durafloor também acabou
de construir uma grande fábrica e não consegue me financiar diretamente, posso
ver com a Durafloor se ela não topa intermediar um vendor para mim.
Topando, a Durafloor vai procurar seu banco (digamos, o Itaú) e fechar o
negócio. A Durafloor recebe à vista, e eu pago parcelado para o Itaú, como num
financiamento normal.

Mas a empresa vendedora não poderia, ela mesma, financiar o cliente? Ou seja, ela não poderia
simplesmente vender para o cliente e ir recebendo as parcelas? Bem, existem dois motivos
principais pelos quais o vendor é uma opção melhor:

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1. Menos impostos: se financiasse diretamente para o cliente, a empresa precisaria colocar


os custos financeiros (juros e taxas) na nota fiscal da venda, e seria tributada por esse valor
maior.
2. Reforço de caixa: ao receber o valor da venda à vista, a empresa tem uma imediata
injeção de dinheiro em seu caixa.

E qual é a vantagem para o cliente? Ele terá maior facilidade para conseguir o crédito, pois a
empresa vendedora estará dando uma espécie de garantia ao banco: “esse meu cliente é muito
bom, e se ele não pagar, você sabe que também sou bom cliente!”. Isso também pode significar
juros menores do que em outras modalidades de financiamento.

Essa também a vantagem para o banco: ele passa a ter “dois pagadores”, o comprador (principal
responsável) e o vendedor, garantindo a operação.

O compror é bem parecido com o vendor. A diferença é que a empresa que atua como
avalista/fiador junto ao banco é o comprador.

Normalmente, serve para empresas menores que têm como clientes grandes empresas, pois
estas (as grandes empresas) são sinônimos de bons pagadores para os bancos.

Assim, se a Natale Materiais de Construção fechar um negócio para fornecer materiais de um


grande empreendimento da Direcional Engenharia (maior construtora do país), a Direcional
pode procurar seu banco para conseguir um compror e me pagar à vista. Com isso, reduz-se os
impostos que incidiriam se eu tivesse que emitir uma nota fiscal com juros e outros custos, e eu
posso cobrar um preço menor da Direcional pelos materiais. E claro: a Direcional vai pagar
parcelas e juros ao seu banco.

E só fechar o assunto: como são operações de crédito, incide IOF no compror e no vendor.

7.6 Financiamento à importação e à exportação: repasses de recursos do


BNDES

Como vimos na aula anterior, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e


Social) é executor da política nacional de desenvolvimento econômico, como financiador de
longo prazo em todos os segmentos da economia brasileira.

Ele também atua no financiamento às importações e às exportações.

Para expandir a capacidade exportadora das empresas brasileiras, o BNDES atua em duas
frentes:

• apoio à produção de bens e serviços destinados ao mercado externo (pré-embarque) e


• financiamento da comercialização desses produtos no exterior (pós-embarque).

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A intenção é melhorar as condições das empresas brasileiras para competir com os concorrentes
estrangeiros, com condições de financiamento compatíveis com as oferecidas no mercado
internacional. Todos os recursos são desembolsados no Brasil, em reais, para os exportadores
brasileiros, tanto na modalidade pré-embarque como na pós-embarque.

No financiamento pré-embarque, cabe ao próprio exportador amortizar e liquidar a dívida.

Nas operações pós-embarque, por sua vez, o valor desembolsado pelo BNDES ao exportador
brasileiro é uma antecipação do pagamento feito pelo importador, que pode ser uma empresa
estrangeira ou um país. Portanto, é o importador que assume a dívida e paga, em moeda forte,
ao BNDES. Ou seja: não há saída de recursos do Brasil. É o que acontece, por exemplo, na venda
de aviões para companhias aéreas estrangeiras ou na exportação de serviços de engenharia para
obras de infraestrutura no exterior.

No financiamento à importação, a atuação do BNDES fica limitada a bens sem simulares


nacionais. Ou seja, o BNDES financia a importações de bens como máquinas ou equipamentos,
desde que não existam simulares produzidos no Brasil.

Em ambos os casos (importação e exportação), a atuação ocorre por meio de instituições


financeiras credenciadas, por meio dos “repasses do BNDES”. O BASA, por exemplo, é uma
instituição credenciada pelo BNDES pela realizar operações e receber repasses.

8 INVESTIMENTOS
Investimento pode ser definido como a aplicação de determinado capital com expectativa de
obtenção de retorno.

O investimento financeiro, portanto, é especificamente a aplicação de recursos financeiros em


ativos do mercado financeiro que possam apresentar rendimento para o investidor.

Ao longo do curso, falamos de diversos investimentos – como ações e debêntures –, então aqui
iremos cobrir aqueles que ainda faltam e, claro, que costumam cair em questões.

8.1 Depósitos a Prazo

Começando pelos depósitos a prazo, que são depósitos realizados em instituições financeiras
que geram rendimentos, ou seja, a instituição faz, para o depositante, depósitos de juros.

Eles são representados por títulos, que contém informações sobre o investimento e representam
os direitos que o cliente possui, incluindo os juros e prazos pactuados.

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Os principais exemplos de depósitos a prazo são:

▶ Certificado de Depósito Bancário (CDB): é um título de renda fixa – emitido por bancos
comerciais, bancos de investimentos ou bancos múltiplos – adquirido por pessoas físicas
ou jurídicas.
o Rentabilidade:
▪ Pré-fixada (exemplo, 7% ao ano)
▪ Pós-fixada: normalmente, tem por referência o CDI (taxa de depósitos
interbancários).
o O CDB:
▪ Pode ser negociado no mercado secundário;
▪ Pode ser resgatado antecipadamente, caso a instituição concorde;
▪ Normalmente é repassado para agentes tomadores de empréstimos em
diversas modalidades.
▶ Recibo de Depósito Bancário (RDB): parecido com o CDB, costuma ser emitido por
Cooperativas de Crédito e Bancos de Investimento e não é negociável ou transferível.
Ou seja, não há possibilidade de resgate antecipado (antes do vencimento) ou mercado
secundário.
▶ Letra de Câmbio (LC): embora o nome insinue, não tem relação com moeda estrangeira.
A Letra de Câmbio é um título de crédito utilizado pelas Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento (as Financeiras), destinado à captação de recursos para
realização de financiamento de operações de crédito.

Tanto sobre o CDB quanto sobre o RDB e a Letra de Câmbio, há incidência de Imposto de Renda,
conforme a tabela regressiva a seguir:

Prosseguindo com outros investimentos, temos:

▶ Letras de Crédito Imobiliário (LCI): título de renda fixa emitido por diversos tipos de
instituições financeiras (incluindo bancos comerciais, bancos com carteira de crédito
imobiliário, companhias hipotecárias e associações de poupança e empréstimo).
o Possui lastro em operações de crédito imobiliário com garantia real (hipoteca ou
por alienação fiduciária)
o Os recursos captados devem ser aplicados, pela instituição, em financiamentos do
setor imobiliário.
o Os rendimentos de aplicações em LCI são isentos de IR.
▶ Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): semelhante à LCI, a diferença é que na LCA os
recursos são direcionados para financiamento do Agronegócio.
o Os rendimentos de aplicações em LCA (também) são isentos de IR.

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CDB, RDB, LCI, LCA e LCs são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito.

8.2 Poupança

A caderneta de poupança é uma aplicação que está no meio do caminho entre os depósitos à
vista (ativos de livre movimentação e que não rendem juros) e os depósitos a prazo (ativos com
prazo determinado para resgate que rendem juros).

Afinal, a poupança possui livre movimentação e rende juros, desde que o depósito seja mantido
por pelo menos 30 dias.

Trata-se de um investimento de baixo risco e renda fixa, além de ser coberto pelo Fundo
Garantidor de Crédito (FGC).

FGC

O Fundo Garantidor de Créditos protege os depositantes contra perdas em


seus investimentos em caso de quebra ou inadimplência da instituição.

A cobertura é limitada a R$250.000 por CPF, em cada instituição.

Exemplo: se eu tiver R$500.000 depositados no banco A, e outros R$800.000


depositados no banco B, e ambos os bancos quebrarem, o FGC me devolverá
R$250.000 referentes ao depósito no banco A, e mais R$250.000 referentes ao
depósito no banco B.

São cobertos pelo FGC:

Depósitos à vista, poupança, CDB, RDB, letras de câmbio, letras hipotecárias,


entre outros.

A poupança faz parte do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cuja finalidade
primordial é proporcionar o financiamento imobiliário, por isso, grande parte dos depósitos
captados em cadernetas de poupança devem ser direcionados, obrigatoriamente, para créditos
ao setor imobiliário.

Ou seja, os bancos ou Associações de Poupança e Empréstimo não podem aplicar livremente os


recursos depositados nas poupanças de seus clientes, devendo conceder créditos imobiliários e
outras modalidades semelhantes.

O processo para abertura de uma caderneta de poupança é bem simples, tanto para pessoa
física quanto para pessoa jurídica.

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Outra explicação para a poupança ser tão popular é o fato de ser isenta de impostos para
pessoas físicas, incidindo IRPJ sobre o rendimento para pessoas jurídicas. Ou seja, pessoa
jurídica não é isenta de imposto de renda na poupança.

Mas o que realmente as bancas gostam de cobrar são as regras de remuneração da poupança.

Para começar, rendimento da poupança é a cada 30 dias, exceto para pessoas jurídicas com
fins lucrativos, caso no qual o rendimento é a cada 90 dias.

Sendo assim, caso você faça um depósito no dia 11 de agosto de 2021, receberá os rendimentos
no dia 11 de setembro de 2021, no chamado aniversário da poupança. Saques realizados antes
desse “aniversário mensal” não recebem a rentabilidade correspondente ao período.

Remuneração da Poupança (aniversário)

30 dias 90 dias

PJ sem fins PJ com fins


PF
lucrativos lucrativos

Em relação aos juros que são pagos ao depositante, depende da taxa Selic.

▶ Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a poupança paga 0,5% ao mês + TR.
▶ Se a Selic for igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a poupança paga 70% da Selic + TR.

TR

A Taxa Referencial foi criada nos anos 1990 com o objetivo de controlar a inflação
e desindexar a economia.
Atualmente, a TR é utilizada como parte da indexação de ativos como, por
exemplo, FGTS, poupança e títulos de capitalização.
Desde 2018, seu valor é 0,00%. Isso mesmo: a TR está zerada há alguns anos...

Pode ser importante esclarecermos que essa regra de remuneração foi implementada em maio
de 2012, e para depósitos anteriores a essa data continua valendo a regra antiga: 0,5% + TR,
independentemente da Selic.

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Rentabilidade da Poupança (juros)

Regra nova Regra Antiga

Selic > 8,5% a.a. Selic <= 8,5% a.a. Sempre

0,5% a.m. + TR 70% da Selic + TR 0,5% a.m + TR

9 SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS


Na primeira aula do nosso curso, tivemos um panorama da estrutura do Sistema Financeiro
Nacional, lembra?

Agora, nos concentraremos na parte que é composta pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e as operadoras: o Sistema
Nacional de Seguros Privados:

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Portanto, o SNSP também é formado por um órgão normativo (CNSP), uma entidade supervisora
(Susep), que juntos compõem o subsistema normativo, e pelas instituições que atuam nos
mercados de seguros/resseguros (seguros de cobertura de risco), previdência aberta e
capitalização.

Mas como falaremos mais sobre esses produtos adiante, vamos nos concentrar nos
normatizadores, colocando uma lupa sobre eles.

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

O CNSP é o órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados,
previdência privada aberta e sociedades de capitalização, e possui uma série de competências
legalmente determinadas, das quais se destacam:

1) Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;


2) Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercerem
atividades no mercado de seguros privados;
3) Estipular índices e demais condições técnicas sobre tarifas, investimentos e outras
relações patrimoniais a serem observadas pelas Sociedades Seguradoras;
4) Fixar normas gerais de contabilidade e estatística a serem observadas pelas Sociedades
Seguradoras;
5) Delimitar o capital das sociedades seguradoras e dos resseguradores;
6) Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
7) Disciplinar as operações de co-seguro;
8) Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, com fixação dos
limites legais e técnicos das operações de seguro;
9) Disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor;

Às vezes, as bancas também gostam de cobrar a composição do CNSP, então saiba que ele é
integrado pelos seguintes 6 membros:

1. Presidente: Ministro de Estado da Fazenda (atualmente Ministro da Economia)


2. Presidente substituto: Superintendente da Superintendência de Seguros Privados – Susep
3. Representante do Banco Central do Brasil - BCB
4. Representante da Comissão de Valores Mobiliários - CVM
5. Representante do Ministério da Justiça
6. Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social

Superintendência de Seguros Privados (Susep)

A Susep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia, que atua como executora
da política traçada pelo CNSP.

Possui as seguintes competências:

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1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades


Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores
2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular no mercado de seguros
privados;
3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles
vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do
Sistema Nacional de Capitalização;
5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão e
o funcionamento das entidades que neles operem;
6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados
em bens garantidores de provisões técnicas;
8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este
forem delegadas;
9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

9.1 Seguros

Os seguros dos quais falamos aqui são os chamamos seguros de cobertura de riscos, ou
simplesmente seguros de risco, uma vez, em um sentido mais amplo, a palavra “seguros”
engloba também atividades de acumulação de recursos com objetivos diversos, como a
previdência.

Esclarecido esse ponto, os seguros consistem em proteção individual contra riscos por meio da
coletivização desses riscos.

SEGUROS PARA COBERTURA DE RISCOS

Considere um seguro de automóvel. Para uma população de 1.000 pessoas,


podemos esperar que ocorram, ao longo do ano, alguns acidentes que
impliquem em perda total do veículo. Esse é um risco que faz parte de dirigir um
automóvel.

Se ocorrerem 10 acidentes como esses, sem um seguro, os donos desses 10


veículos suportarão prejuízos individuais extremamente altos, correspondentes
ao valor do carro perdido.

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Mas se as 1.000 pessoas fecharem um seguro, poderão pagar determinada


quantia (chamada “prêmio”) relativamente baixa do ponto de vista individual,
mas suficiente para cobrir os prejuízos dos eventuais acidentes, e certamente
muito mais baixas do que os prejuízos individuais sem o seguro.

O mercado de seguros também é cheio de termos próprios, então preste atenção aos termos
destacados nos parágrafos a seguir, pois eles são os mais importantes.

Ao final deste tópico, veremos vários outros “menos importantes”.

A ocorrência do evento de risco – como o acidente, no caso do seguro automotivo – é chamada


de sinistro. A ocorrência do sinistro dá direito ao segurado à indenização, caso o risco esteja
coberto pela apólice – documento que formaliza a aceitação do seguro pela Sociedade
Seguradora.

SOCIEDADES SEGURADORAS

Instituições que atuam no mercado de seguros e se responsabilizam, perante os


contratantes de seguros (segurados), por meio de contratos de seguros.

São constituídas sob a forma de Sociedades Anônimas1.

São remuneradas com parte dos prêmios pagos pelos segurados, enquanto
outra parte é separada no chamado fundo de reserva técnica, sendo investida
para garantir a cobertura das indenizações.

As aplicações da reserva técnica se sujeitam às normas do CMN.

O contrato de seguro é composto por duas partes: proposta e apólice.

Enquanto a proposta registra a intenção do segurado, a apólice consiste no aceite do risco e da


cobertura pela seguradora.

Agora, para apresentar um outro conceito, convido a imaginar a seguinte situação: você fecha
um seguro para seu Chevette 1987 pelo prazo de um ano, fazendo o pagamento do prêmio.
Depois de poucos meses, você é aprovado no concurso e decide que é hora de trocar de carro.
Mas e agora? Você já pagou o seguro!

Sem problemas: o contrato pode ser ajustado, inclusive trocando o objeto coberto (pelo novo
carro, nesse caso), mediante o endosso. Portanto, o endosso consiste na alteração, mediante

1
Também podem ser “Cooperativas” (em vez de S.A.), mas nesse caso poderão operar apenas com seguros
agrícolas, de saúde e de acidentes do trabalho.

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concordância das partes, do contrato durante sua vigência, podendo ajustar o valor do prêmio,
valor de cobertura, entre outros, incluindo o valor da franquia.

A franquia é um mecanismo utilizado pelas seguradoras para evitar o chamado risco moral. Em
outras palavras, é para evitar que o segurado adote um comportamento irresponsável depois de
fechar o contrato.

Para isso, uma parte do sinistro é coberta pelo segurado. Portanto, uma cobertura de R$50.000,
por exemplo, pode incluir uma franquia a ser paga pelo segurado em caso de sinistro de
R$2.500. Isso tende a preservar o comportamento responsável, ao menos em parte.

E por falar em comportamento, o seguro deve ser fechado com base em informações
transparentes de ambas as partes. Então, se o segurado omitir algo relevante, a seguradora pode
se recusar a cobrir o sinistro.

Exemplo: ao fechar um seguro residencial contra incêndios, o segurado “esquece” de mencionar


que fabrica fogos de artifício no porão... Nesse caso, ocorrendo o sinistro e um laudo técnico
concluindo que os fogos foram a causa do incêndio, a seguradora exime-se de arcar com os
danos.

9.1.1 Tipos de Seguros

Existem inúmeros tipos de seguros, cobrindo de tudo. Oficialmente, são 89 ramos de 12


grandes grupos regulamentados e fiscalizados pela Susep, mais o grupo de seguros de saúde
(os convênios), regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Além disso, os seguros podem ser individuais ou em grupo. Os individuais são contratados por
uma pessoa ou família. Já os seguros em grupo são contratados por empresas, organizações,
associações profissionais ou de classe, entre outros.

Os Grupos de Seguros são:

1) Automóvel: contra roubos e acidentes de carros, de responsabilidade civil de cargas, do


transportador e do operador
2) Cascos: contra riscos marítimos, aeronáuticos, de responsabilidade civil contra terceiros e
DPVAT
3) Crédito: de crédito à exportação e contra riscos comerciais (falência, concordata etc.), de
devedores (inadimplência de pessoas físicas ou jurídicas) e políticos (atos, fatos ou
situações político-governamental, decorrentes de fenômenos sociais, econômico-
financeiros, cambiais e naturais)
4) Habitacional: contra risco de morte e invalidez permanente e danos físicos ao imóvel
financiado
5) Outros: risco de seguros no exterior e de sucursais de seguradoras no exterior
6) Patrimonial: contra incêndios e roubos de imóveis, compreensivos residenciais e
empresariais, lucros cessantes, riscos de engenharia, entre outros

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7) Pessoas: de vida e acidentes pessoais, planos de previdência privada, prestamista e


educacional, VGBL, entre outros
8) Responsabilidades: contra danos materiais ou lesões corporais a terceiros por culpa
involuntária de segurado
9) Riscos Especiais: contra riscos nas atividades petrolíferas, nucleares e lançamento e
operação de satélites
10) Riscos Financeiros: diversas garantias de contratos e de fiança locatícia
11) Rural: agrícola, pecuário, de florestas e penhor rural
12) Transporte: de transporte nacional e internacional, de responsabilidade civil de cargas, do
transportador e do operador
13) Saúde: seguros de saúde

A maioria dos seguros que você contrata são opcionais, no entanto, alguns são obrigatórios em
determinadas circunstâncias, como o Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), o e o Seguro
Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).

9.1.2 Glossário mercado de seguros

Fechamos o assunto seguros com alguns termos importantes relacionados ao mercado de


seguros, extraídos do Glossário da Susep. Recomendo uma leitura sem “querer complicar”, pois
se forem cobrados, serão de forma conceitual.

E para garantir que você vai ler, adianto que teremos questão sobre isso (na aula, pelo menos.
Na prova? Quem sabe?).

• Acidente pessoal: o evento com data caracterizada, exclusivo e diretamente externo,


súbito, involuntário, violento, e causador de lesão física, que, por si só e independente de
toda e qualquer outra causa, tenha como consequência direta a morte, ou a invalidez
permanente, total ou parcial, do segurado, ou que torne necessário tratamento médico.
• Apólice: documento emitido pela sociedade seguradora formalizando a aceitação da
cobertura solicitada pelo proponente, nos planos individuais, ou pelo estipulante, nos
planos coletivos.
• Assistido: pessoa física em gozo do recebimento do capital segurado sob a forma de
renda.
• Beneficiário: pessoa física ou jurídica designada para receber os valores dos capitais
segurados, na hipótese de ocorrência do sinistro.
• Bilhete de seguro: é o documento emitido pela sociedade seguradora que formaliza a
aceitação das coberturas solicitadas pelo segurado, substitui a apólice individual e
dispensa o preenchimento de proposta, nos termos da legislação específica.
• Capital segurado: valor máximo para a cobertura contratada a ser pago pela sociedade
seguradora na ocorrência do sinistro.
• Carregamento: importância destinada a atender às despesas administrativas e de
comercialização do plano.

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• Certificado individual: documento destinado ao segurado, emitido pela sociedade


seguradora no caso de contratação coletiva, quando da aceitação do proponente, da
renovação do seguro ou da alteração de valores de capital segurado ou prêmio.
• Coberturas de risco: coberturas do seguro de pessoas cujo evento gerador não seja a
sobrevivência do segurado a uma data pré-determinada.
• Cobertura por sobrevivência: cobertura que garante o pagamento do capital segurado,
pela sobrevivência do segurado ao período de diferimento contratado, ou pela compra,
mediante pagamento único, de renda imediata.
• Condições contratuais: conjunto de disposições que regem a contratação, incluindo as
constantes da proposta de contratação, das condições gerais (ou regulamento), das
condições especiais, da apólice e, quando for o caso de plano coletivo, do contrato, da
proposta de adesão e do certificado individual.
• Condições gerais: conjunto de cláusulas que regem um mesmo plano de seguro,
estabelecendo obrigações e direitos, da sociedade seguradora, dos segurados, dos
beneficiários e, quando couber, do estipulante.
• Condições especiais: conjunto de cláusulas que especificam as diferentes modalidades
de cobertura que possam ser contratadas dentro de um mesmo plano de seguro.
• Consignante: pessoa jurídica responsável, exclusivamente, pela efetivação de descontos
em folha de pagamento dos prêmios devidos pelos segurados e pelo seu respectivo
repasse em favor da sociedade seguradora.
• Contrato: instrumento jurídico firmado entre o estipulante e a sociedade seguradora, que
estabelecem as peculiaridades da contratação do plano coletivo, e fixam os direitos e
obrigações do estipulante, da sociedade seguradora, dos segurados, e dos beneficiários.
• Estipulante: pessoa física ou jurídica que propõe a contratação de plano coletivo, ficando
investida de poderes de representação do segurado, nos termos da legislação e
regulação em vigor, sendo identificado como estipulante-instituidor quando participar,
total ou parcialmente, do custeio do plano, e como estipulante-averbador quando não
participar do custeio.
• Excedente técnico: saldo positivo obtido pela sociedade seguradora na apuração do
resultado operacional de uma apólice coletiva, em determinado período.
• Extrato: o segurado receberá, no máximo, anualmente extrato do plano de seguro com
cobertura por sobrevivência, contendo, no mínimo, o valor do capital segurado
contratado e/ou o saldo atualizado de sua provisão matemática de benefícios a conceder,
se for o caso.
• Fator de cálculo: resultado numérico, calculado mediante a utilização de taxa de juros e
tábua biométrica, quando for o caso, utilizado para obtenção do valor do capital segurado
pagável sob a forma de renda.
• Grupo segurado: é a totalidade do grupo segurável efetivamente aceita e incluída na
apólice coletiva.
• Grupo segurável: é a totalidade das pessoas físicas vinculadas ao estipulante que reúne
as condições para inclusão na apólice coletiva.
• Início de vigência: é a data a partir da qual as coberturas de risco propostas serão
garantidas pela sociedade seguradora.
• Migração de apólices: a transferência de apólice coletiva, em período não coincidente
com o término da respectiva vigência.

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• Nota técnica atuarial: documento que contém a descrição e o equacionamento técnico


do plano.
• Parâmetros técnicos: a taxa de juros, o índice de atualização de valores e as taxas
estatísticas e puras utilizadas e/ou tábuas biométricas, quando for o caso.
• Período/ prazo de carência: período, contado a partir da data de início de vigência do
seguro ou do aumento do capital segurado ou da recondução, no caso de suspensão,
durante o qual, na ocorrência do sinistro, o segurado ou os beneficiários não terão direito
à percepção dos capitais segurados contratados.
• Período de cobertura: aquele durante o qual o segurado ou os beneficiários, quando for
o caso, farão jus aos capitais segurados contratados.
• Plano conjugado: plano que, no momento da contratação e na forma da regulação
específica, preveja cobertura por sobrevivência e cobertura (ou coberturas) de risco, com
o instituto da comunicabilidade.
• Portabilidade: instituto que permite ao segurado, antes da ocorrência do sinistro, a
movimentação de recursos da Provisão Matemática de Benefícios a Conceder.
• Prêmio: valor correspondente a cada um dos pagamentos destinados ao custeio do
seguro.
• Prêmio puro: valor correspondente ao prêmio pago, excluindo-se o carregamento, os
impostos e o custo de emissão de apólice, se houver.
• Proponente: o interessado em contratar a cobertura (ou coberturas), ou aderir ao
contrato, no caso de contratação coletiva.
• Proposta de adesão: documento com declaração dos elementos essenciais do interesse
a ser garantido e do risco, em que o proponente, pessoa física, expressa a intenção de
aderir à contratação coletiva, manifestando pleno conhecimento das condições
contratuais.
• Proposta de contratação: documento com a declaração dos elementos essenciais do
interesse a ser garantido e do risco, em que o proponente, pessoa física ou jurídica,
expressa a intenção de contratar uma cobertura (ou coberturas), manifestando pleno
conhecimento das condições contratuais. No caso de apólice coletiva, a proposta de
contratação é assinada pelo estipulante.
• Resseguro: operação pela qual o segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um
risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas.
o Exemplo: se uma companhia se seguros quiser se proteger dos riscos de precisar
pagar muitos sinistros de uma só vez, ela pode fechar contrato com uma
resseguradora.
• Riscos excluídos: são aqueles riscos, previstos nas condições gerais e/ou especiais, que
não serão cobertos pelo plano.
• Saldamento: direito à manutenção da cobertura com redução proporcional do capital
segurado contratado na eventualidade da interrupção definitiva do pagamento dos
prêmios.
• Segurado: pessoa física sobre a qual se procederá a avaliação do risco e se estabelecerá
o seguro.
• Sinistro: a ocorrência do risco coberto, durante o período de vigência do plano de
seguro.

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9.2 Previdência e Planos de Aposentadoria

Certamente o principal tipo de previdência que precisamos dominar é a “previdência


complementar aberta”, pois é ela a previdência oferecida pelos bancos.

Contudo, isso significa que precisamos, antes, compreender o que é uma previdência, e o que
significa ser complementar e aberta.

Para começar, podemos definir previdência de forma geral no nosso contexto de aula.

PREVIDÊNCIA
Reserva financeira realizada no presente para suprir uma necessidade futura
prevista.

Note que é diferente do seguro, pois a reserva é constituída para fazer frente a algo previsto, e
não para cobrir um eventual risco.

Mas não temos certeza de que bateremos o carro ou que uma ventania vai arrancar as telhas de
casa. Portanto, são riscos, cobertos por seguro.

Por outro lado, temos certeza de que iremos envelhecer ou falecer (não tem outra opção), então
para esses eventos se aplica a previdência.

E a subsistência diante da perda da capacidade de trabalhar, seja por velhice ou outro motivo
qualquer, é algo bastante sério e, portanto, a previdência é tratada detalhadamente pela
legislação brasileira, na própria Constituição Federal.

A Constituição Federal (CF) de 1988 dedica um capítulo inteiro para a Seguridade Social, e a
define em seu Artigo 194 da seguinte forma (com grifos meus):

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

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Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa


dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.

Note, portanto, que a previdência social é um dos três elementos da seguridade social, que
também contempla a saúde e a assistência social.

Contudo, enquanto a saúde é definida como um dever do estado e a assistência social é prestada
a quem dela precisar, a previdência exige contribuições para filiação ao sistema.

A OBRIGATORIEDADE DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

De acordo com Arvate e Biderman, há duas explicações para o caráter


compulsório das contribuições previdenciárias.

De acordo com a primeira delas, a inexistência de obrigatoriedade poderia


acarretar risco moral, levando indivíduos a preferir consumir mais durante sua
juventude em vez de contribuir para a previdência, cientes de que o Estado ou a
sociedade não aceitariam ver seus semelhantes em condições inadequadas.

A segunda explicação é baseada na existência do fenômeno denominado


miopia, que levaria as pessoas – diante das “incertezas ao longo de suas vidas, o
longo horizonte de tempo envolvido em suas decisões e sua racionalidade
limitada” – a subestimar a necessidade de poupança durante sua vida ativa para
seu sustento durante a velhice.

O artigo 194 da CF determina, ainda, que compete ao poder público organizar a seguridade
social.

Adiante, no artigo 195 (em sua redação original), define-se que a seguridade social será
financiada por toda a sociedade, “mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

O dispositivo prevê, ainda, como fontes de recursos os empregadores, os trabalhadores e,


destacando a necessidade de recursos, as receitas de concursos de prognósticos (isso mesmo:
as loterias da Caixa). Mais tarde, uma PEC incluiu os importadores nesse rol de financiadores da
seguridade social.

Entretanto, além do regime geral de previdência social (RGPS), a CF/88 comporta os regimes
próprios (RPPS) e complementares (RC).

Enquanto o RGPS atende à população em gral, os RPPSs podem ser organizados, em benefício
de seus servidores, por cada ente da Federação: a União, os Estados e os Municípios. Em outras
palavras, os regimes próprios são para os servidores públicos municipais, estaduais ou federais.

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Há pouco, escrevi que os entes podem organizar regimes próprios para seus servidores, e isso
significa que se trata de algo facultativo. O município pode implementar um regime próprio para
seus servidores, ou pode se vincular ao regime geral.

Por fim, e aí as coisas ficam muito importantes para nós, a CF/88 determina que a Previdência
Complementar é um regime privado, “organizado de forma autônoma em relação ao regime
geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que
garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.”

Note, portanto, que enquanto o Regime Geral é organizado pelo Instituto (público) Nacional de
Seguro Social (INSS) e os regimes próprios são organizados por Estados ou Municípios, a
previdência complementar é operada por entidades privadas, mesmo no caso de previdência
complementar para servidores públicos.

A necessidade da Previdência Complementar surge do fato de o RGPS possui um teto para


pagamento de benefícios (aposentadorias, por exemplo), enquanto os RPPSs são facultativos.
Assim, a PC é uma opção para as pessoas desejam preservar seu poder de compra quando se
aposentarem.

A previdência complementar pode ser fechada ou aberta, sendo que estas aceitam qualquer
pessoa física, enquanto aquelas são restritas a determinados grupos.

Uma paradinha para organizar as ideias.

Seguridade
Social

Previdência Assistência
Saúde
Social Social

Regimes Previdência
Regime Geral
Próprios Complementar
(RGPS)
(RPPS) (PC)

União Estados Municípios Aberta Fechada

Tudo certo para você avançar agora.

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9.2.1 Previdência Complementar

A previdência complementar é organizada por um tipo de instituição específico: as Entidades


Gestoras de Previdência Complementar.

Como vimos, o RPC é composto por dois segmentos: o aberto, operado pelas Entidades Abertas
de Previdência Complementar – EAPC e Seguradoras do ramo Vida, e o fechado, operado pelas
Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC.

Cada segmento possui suas especificidades e características próprias, mas antes de falarmos
delas, cabe mais uma explicação.

A Previdência Complementar pode ser de natureza pública ou privada (embora as entidades


gestoras sejam instituições privadas). Enquanto a previdência complementar pública é sempre
fechada, a privada pode ser fechada ou aberta.

9.2.1.1 Previdência Complementar Fechada: Fundos de Pensão

A Previdência Complementar Fechada, como você pode ver no subtítulo, também é chamada
de fundo de pensão, sendo exclusiva para determinado grupo, como funcionários de uma
empresa, por exemplo.

É operada pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) e supervisionada


pela Previc, conforme diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC).

As EFPC devem ser constituídas na forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos.
Dessa forma, as taxas cobradas devem cobrir apenas os custos e despesas incorridos.

Na previdência fechada, ocorre o chamado patrocínio, que consiste em depósitos de valor até
igual ao valor depositado pelo beneficiário.

Por exemplo: no fundo de pensão aqui do Banco Central, para cada depósito mensal que eu
faço, o BC, na figura de patrocinador, faz um depósito de igual valor, até determinado limite, é
claro.

Esses depósitos (do participante e do patrocinador) vão sendo acumulados ao longo de tempo
e investidos conforme regras específicas, compondo a reserva à qual o participante terá acesso
quando cumpridos os requisitos.

Na previdência fechada acessível aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter


profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores, só é permitida a modalidade de
previdência chamada contribuição definida, na qual, como o nome indica, é definido o valor
das contribuições – sem definir o valor do benefício que será pago. Mas a gente já explicar
melhor sobre as modalidades.

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A portabilidade dos recursos só é admitida em caso de cessação do vínculo empregatício do


participante com o patrocinador.

9.2.1.2 Previdência Complementar Aberta

Por sua vez, a Previdência Complementar Aberta pode ser:

• Individual: acessível a qualquer pessoa física


• Coletivo: acessível a pessoas físicas vinculadas, direta ou indiretamente, a uma ou mais
pessoas jurídicas contratantes.

As instituições que operam planos de previdência aberta são as Entidades Abertas de


Previdência Complementar (EFPC), e devem ser constituídas unicamente sob a forma de
sociedades anônimas e, portanto, possuem fins lucrativos.

Ao contrário das entidades fechadas, são supervisionadas pela Susep (Superintendência de


Seguros Privados), conforme diretrizes do CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados).

Na previdência aberta, pode-se estabelecer as diversas modalidades:

▶ Benefício definido: modalidade de plano na qual o valor da contribuição e do benefício


é definido na contratação do plano, cuja fórmula de cálculo é estabelecida em
regulamento, sendo o custeio determinado de forma a assegurar sua concessão e
manutenção. Assim, no momento da contratação do plano se sabe o quanto você irá
receber ao se aposentar e o quanto você irá contribuir ao longo do tempo é que varia,
para que o valor pré-determinado possa ser atingido.
▶ Contribuição definida: modalidade de plano cujos valores dos benefícios serão com
base no saldo de conta acumulado do participante. Portanto, o valor da contribuição é
acertado no ato da contratação do plano e o montante que será recebido varia em função
desta quantia, do tempo de contribuição e da rentabilidade.
▶ Contribuição variável: modalidade de plano, cujos benefícios programados apresentem
a conjugação das características das modalidades de contribuição definida e benefício
definido.

O participante possui a possibilidade de realizar a portabilidade dos recursos acumulados para


outro plano – desde que de mesma natureza e características.

A gente entra agora na parte sobre previdência que as bancas mais gostam de cobrar. Ou
melhor, antes a gente esquematiza o que acabamos de ver, né?

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ABERTA FECHADA
fundo de pensão
Operador EAPC EFPC
Natureza jurídica Sociedade Anônima Fundação ou Sociedade Civil
Fins lucrativos SIM NÃO

Normatizador CNSP CNPC


Supervisor Susep Previc

Qualquer pessoa física (plano


individual)
Apenas funcionários do
Participante Pessoas físicas vinculadas a
instituidor ou patrocinador
pessoas jurídicas contratantes
(plano coletivo)
Apenas contribuição definida no
Contribuição definida, benefício caso de associados ou membros
Modalidades
definido ou contribuição variável de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial
Apenas mediante cessação do
Portabilidade SIM
vínculo empregatício

9.2.1.3 PGBL e VGBL

Temos dois modelos de Previdência Complementar Aberta:

▶ PGBL: Plano Gerador de Benefício Livre


▶ VGBL: Vida Gerador de Benefício Livre

Ambos são planos que possibilitam a acumulação de recursos durante determinado período
para proporcionar uma renda futura, que poderá ser resgatada de uma só vez ou recebida em
parcelas (como uma aposentadoria).

A forma como os recursos serão investidos pela entidade de previdência também pode ser
definida pelo contratante do plano, existindo diversos perfis de investimento, sem qualquer
garantia de rendimento mínimo em qualquer caso.

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Mas o que realmente importa (e cai bastante em prova) são as diferenças entre PGBL e VGBL.

O PGBL tem como principal benefício a possibilidade de ter suas contribuições abatidas do
imposto de renda, em até 12% da renda bruta tributável.

Para tanto, é preciso ser contribuinte do regime geral da previdência e optar pela declaração
completa de imposto de renda.

Além disso, durante a fase de acumulação (pagamento de contribuições), não há cobrança de


Imposto de Renda (até 12% da renda). A cobrança ocorre apenas no resgate, incidindo sobre
toda a quantia total resgatada ou sobre as parcelas recebidas como renda, de acordo com a
tabela regressiva a seguir:

Ou seja, quanto mais tempo demorar para o resgate, menor a alíquota.

A conclusão a seguir é muito importante: o PGBL é mais vantajoso para quem faz a declaração
completa do Imposto de Renda, e mais vantajoso quanto maior o prazo do investimento.

No VGBL, por outro lado, incide Imposto de Renda (IR) sobre os valores investidos
periodicamente.

Por outro lado, não incide o imposto sobre o resgate ou sobre o pagamento parcelado do
benefício, apenas sobre o rendimento obtido, aplicando-se a mesma tabela regressiva que vimos
há pouco.

Assim, de forma geral, o VGBL é mais vantajoso para quem faz a Declaração Simplificada do
Imposto de Renda, ou quem possui renda baixa e é isento do imposto.

E por que chama “Vida Gerador de Benefício Livre”? Porque ele inclui, necessariamente, um
seguro de vida. Só por isso.

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9.3 Títulos de Capitalização

Os títulos de capitalização ficaram muito populares no Brasil depois de 1994, quando a inflação
foi controlada, e o motivo já vai ficar claro para você, ajudando a lembrar de uma de suas
principais características.

Trata-se, muito objetivamente, de uma aplicação em que o subscritor (quem compra o título)
paga prestações, ganhando o direito de concorrer a prêmios e, ao final do prazo estipulado,
recuperar o valor investido (parcial ou totalmente), corrigido com juros.

Na verdade, as prestações podem ser de dois tipos: única ou continuada, sendo que a
continuada pode ser mensal ou proporcional. Organizando e explicando:

Única
Valor é pago uma única vez.
Mensal
Tipos de prestações pagamentos mensais durante
toda a vigência do título.
Continuada
Proporcional
pagamentos apenas durante
parte da vigência

Apenas para esclarecer em relação às prestações do tipo proporcional: os títulos de capitalização


possuem um prazo de vigência, período durante o qual a emissora administra o título.

Por exemplo: em um título com vigência em 60 meses, se as prestações são previstas para
pagamento em 24 meses, constituindo diferença entre o prazo de vigência e o prazo de
pagamento, teremos um título com prestações proporcionais.

Exemplos famosos no Brasil são a Tele Sena, o Carnê do Baú e os títulos oferecidos pelos grandes
bancos, como o Amazônia Cap Verde (do Basa). Mas cuidado! Não importa se é o Silvio Santos
ou o gerente do banco quem está oferecendo: de acordo com a Susep, quem emite,
comercializa e administra os títulos de capitalização são apenas as Sociedades de
Capitalização.

A propósito, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) supervisiona e normatiza o


mercado de capitalização, inclusive autorizando a constituição de Sociedades de Capitalização –
conforme diretrizes e normas do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

Agora é hora de entendermos exatamente como funciona a capitalização.

A contribuição, seja única ou continuada, é destinada a três finalidades:

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1. quota de capitalização: percentual da contribuição destinado à constituição de capital


referente ao direito de resgate.
2. quota de carregamento: percentual da contribuição destinado aos custos de despesas
com corretagem, colocação e administração do título de capitalização, emissão,
divulgação, lucro da sociedade de capitalização e eventuais despesas relativas ao custeio
da contemplação obrigatória e da distribuição de bônus.
3. quota de sorteio: percentual da contribuição destinado a custear os sorteios, se previstos
no plano.

Sendo assim, a cada R$100 que o subscritor paga, uma parte vai para um fundo que formará o
valor a ser resgatado com correção (quota de capitalização), outra parte vai para pagar as
despesas e o lucro da Sociedade de capitalização (quota de carregamento) e, por fim, outra parte
serve para custear os prêmios sorteados (quota de sorteio).

Observe que apenas a quota de capitalização forma o valor que o subscritor poderá reaver ao
final da vigência. Usando o exemplo de R$100 em pagamento único, se a quota de capitalização
for de 70%, esses R$70 serão investidos pela Sociedade de Capitalização durante o prazo de
vigência de, digamos, 5 anos. Ao final de 5 anos, com 10% ao ano, os R$70 teriam virado
R$102,49.

No nosso exemplo, o subscritor consegue reaver o valor pago com alguns juros, mas note que
até a poupança (cá entre nós, um investimento bem ruim) teria proporcionado um rendimento
melhor, sem falar na perda para a inflação...

Por isso, é correto dizer que o principal atrativo dos títulos de capitalização é mesmo os prêmios
sorteados.

Voltando um pouco no raciocínio, e se o subscritor precisar ou quiser obter antecipadamente


parte do valor pago?

Nesse caso, temos o resgate antecipado, que pode ser realizado desde que cumprido o prazo
de carência, que não pode ser superior a 24 meses, nem pode ser superior ao prazo de vigência.
Assim, se a vigência for de 6 meses, o prazo máximo para carência é também de 6 meses.

Além disso, na hipótese de resgate antecipado, a sociedade de capitalização deverá restituir, no


mínimo, os seguintes percentuais aplicados ao valor da Provisão Matemática para Capitalização:

Resgate antecipado Percentual Mínimo


Até ½ (metade) do prazo de vigência 90%
Entre ½ do prazo e ¾ do prazo de vigência 95%
A partir ¾ do prazo de vigência 100%

Agora alguns detalhes legais e regulamentares sobre os títulos de capitalização.

Para começar, eles são considerados títulos de crédito. E como tais podem ser negociados
livremente pelo subscritor, mediante comunicação formal (por escrito) à sociedade de

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capitalização. Então, se você comprar um título e quiser vender para mim, tudo bem, desde que
você comunique.

A Sociedade de Capitalização, que como vimos, emite, administra e comercializa títulos de


capitalização, sujeitas à aprovação da Susep, e devem ser constituídas como sociedade anônima.

Para fechar esse assunto, vamos conhecer as modalidades de títulos de capitalização previstas
nas normas do CNSP:

▶ Tradicional
o títulos básicos que restituem ao titular, ao término da vigência, no mínimo, o valor
nominal total dos pagamentos efetuados, desde que todos os pagamentos tenham
sido realizados nas datas programadas.
o não há obrigatoriedade de sorteios de prêmios ou bônus.
▶ Popular
o títulos cujo principal objetivo está na realização de premiações.
o restitui valor inferior ao total pago, devendo constar essa informação
expressamente.
▶ Incentivo
o vinculado à evento promocional de entidade promotora, dando direito apenas a
sorteios (sem resgate de valor pago).
o exemplos são promoções de shoppings (entidades promotoras) em datas especiais
(Dia dos Pais, Dia das Mães, Natal).
▶ Compra-programada
o destinada à aquisição de determinado bem ou serviço previamente estipulado.
▶ Instrumento de Garantia
o utilizado exclusivamente para assegurar o cumprimento de obrigação assumida em
contrato principal pelo titular perante terceiro.
o é comum para servir como garantia de contratos de aluguel, em substituição à
figura do fiador. O locador paga um título de capitalização correspondente a alguns
meses de aluguel, dando-o como garantia ao locatário. Caso não realize o
pagamento do aluguel, o valor é pago ao locatário, mas se a obrigação for
cumprida, o locador (subscritor) recebe o valor pago.
o pode incluir sorteios de prêmios, ainda que não seja o propósito principal.
▶ Filantropia Premiável
o O valor de resgate pode ser convertido (doado) para entidade beneficente, desde
que expressamente solicitado pelo subscritor.

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Capitalização

Sociedades de
Susep
Capitalização

normatização,
Autorizadas pela
autorização,
Susep
supervisão.

Constituídas
como S.A.

Títulos de Resgate
Prestações Quotas
capitalização Antecipado

Até ½ (metade)
Tradicional Única de Capitalização do prazo de
vigência: 90%

Entre ½ do prazo
de
Popular Mensal e ¾ do prazo de
Carregamento
vigência: 95%

A partir ¾ do
Incentivo Proporcional de Sorteio prazo de
vigência: 100%

Compra-
programada

Instrumento de
Garantia

Filantropia
Premiável

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Aula 03 - Prof Celso Natale

10 OUTROS PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS


Aqui ficaram os tópicos do edital que possuem menor (ou nenhuma) incidência em provas, além
de terem menor grau de conexão lógica com o restante da aula.

Mas isso não significa que você deve ignorá-los: são tópicos simples e curtos, que valem a leitura.

10.1 Cobrança e pagamento de títulos e carnês

Eduardo Fortuna condensa com precisão este item (e é a fonte do próprio edital):

Os títulos a pagar de um cliente têm o mesmo tratamento de seus títulos a


receber (cobrança). O cliente informa ao banco, via computador, os dados sobre
seus fornecedores, com datas e valores a serem pagos e, se for o caso, entrega
os comprovantes necessários ao pagamento. De posse destes dados, o banco
organiza e executa todo o fluxo de pagamentos do cliente, via débito em conta,
TED, Doc ou ordem de pagamento, informando ao cliente todos os passos
executados. A conjugação de cobrança com o pagamento dos títulos,
adicionando o controle da folha de pagamento das empresas, permite aos
bancos prestar o serviço de gerenciamento global de seus fluxos de caixa,
conhecido como Cash Management.

Fortuna, Eduardo. Mercado Financeiro Produtos e Serviços. (p. 155). Qualitymark Editora. Edição do Kindle.

10.2 Arrecadação de tributos e tarifas públicas

Tributos incluem impostos, taxas, contribuições e tarifas públicas (o que torna o edital meio
redundante).

É comum que bancos prestem o serviço de arrecadação de impostos (e afins) para o setor
público, firmando acordos ou convênios para tanto.

Na prática, significa que você pode usar o banco e sua rede de atendimento (agências, internet
banking, caixas eletrônicos etc.) para pagar impostos, e isso costuma ser acordado de forma a
oferecer vantagens para todas as partes: governo, banco e contribuinte (quem paga o tributo).

Para o governo, significa menores custos operacionais e maior segurança em relação ao que
ocorreria se ele mesmo recolhesse os tributos

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Para o contribuinte, há a comodidade de usar a rede bancária e toda tecnologia relacionada, em


vez de precisa se dirigir a repartições públicas.

Para o banco, por fim, ajuda na atração de novos clientes e ainda permite algum ganho com os
valores arrecadados com tarifas antes do repasse ao governo.

10.3 Transferência automática de fundos

É um serviço prestado ao cliente que possui mais de uma conta e, para melhor gerenciar seus
recursos, precisa que o dinheiro circule automaticamente de uma para outra.

Assim, o cliente pode programar, previamente, determinados limites e valores que deseja
manter em cada uma das contas. O banco então, automaticamente, movimenta os saldos entre
as contas do cliente.

10.4 Abertura e movimentação de contas: documentos básicos

Antes de falarmos sobre abertura e movimentação de conta, é importante esclarecermos os tipos


de contas que uma instituição pode oferecer. São basicamente dois tipos: as contas de
depósitos e as contas de pagamento. As contas de depósitos, por sua vez, também podem ser
de dois tipos: contas-correntes e contas-poupança.

Portanto, ambas são contas de depósitos, mas as contas-correntes são de depósitos à vista e não
rendem juros para o cliente depositante, enquanto as contas-poupança, como vemos nesta aula,
pagam juros para o cliente.

As contas de pagamentos, por fim, são contas utilizadas pelo cliente para a realização de
pagamentos e transferência de recursos como, por exemplo, pagamento de contas e boletos,
emissão de TED e DOC, além de transferência de recursos entre clientes de uma mesma
instituição de pagamento.

Sim. As contas-correntes também permitem fazer tudo isso que as contas de pagamento
permitem, mas a diferença é a seguinte:

As contas-correntes (contas de depósitos à vista) são mantidas somente em


instituições financeiras bancárias. Os recursos depositados nessas contas
podem ser utilizados pela instituição em operações de intermediação financeira,

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ou seja, podem ser utilizados em operações de crédito (empréstimos e


financiamentos) ou aplicações financeiras.

Os recursos depositados nessas contas são protegidos pelo Fundo Garantidor


de Crédito (FGC), que garante os créditos relativos às contas de depósitos e
investimentos de cada cliente, por instituição financeira ou conglomerado
financeiro, até o valor de R$ 250 mil.

As contas de pagamento, por sua vez, são mantidas em instituições de


pagamento ou em instituições financeiras (inclusive bancárias). Os recursos
mantidos em contas de pagamento não podem ser utilizados em operações de
intermediação financeira, a exemplo das operações de crédito.

Embora não sejam protegidos pelo FGC, os recursos mantidos em conta de


pagamento são protegidos pela Lei 12.865, de 2013, e não se confundem com o
patrimônio da instituição de pagamento ou da instituição financeira detentora da
conta, em caso de falência.

fonte: bcb.gov.br

E só para fechar, ainda temos as contas-salário, abertas por iniciativa e solicitação do


empregador para efetuar o pagamento de salários aos seus empregados. Não é uma conta de
depósitos à vista, pois somente pode receber depósitos do empregador, não sendo admitidos
depósitos de quaisquer outras fontes. Pode ser utilizada também para o pagamento de
proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares.

Só para organizar:

Contas

Contas de Contas de
depósitos Pagamentos

Corrente Poupança
(depósitos à (depósitos a
vista) prazo)

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Nesta aula, falaremos das contas-correntes (também chamadas “contas bancárias”), porque são
o principal tipo de conta a qual você lidará, mas a lógica se aplica às demais.

10.4.1Abertura e enceramento

A abertura de conta é o momento no qual se inicia o relacionamento entre instituição bancária


e cliente.

E como em todo relacionamento, o ideal é que esse início ocorra de forma transparente, ou
seja, com cada uma das partes informando e sendo informada sobre os direitos e deveres de
cada uma delas.

A abertura de uma conta-corrente é formalizada por meio de contrato (o “contrato de abertura


de conta”), feito entre a instituição financeira (banco, cooperativa de crédito) e o cliente.

Esse contrato estabelece regras para a movimentação da conta, direitos e obrigações das duas
partes envolvidas (a instituição financeira e o cliente), incluindo condições para o encerramento
da conta.

Além da identificação e obrigações das partes, o contrato deverá informar:

► se é exigido saldo para manutenção da conta;


► procedimentos para identificação e qualificação do(s) titular(es) da conta;
► características da conta e regras básicas de seu funcionamento, inclusive com relação às
formas disponíveis de movimentação, aos procedimentos para cobrança de tarifas e aos
prazos para fornecimento de comprovantes e de outros documentos;
► medidas de segurança para fins de movimentação da conta;
► eventuais limites de saldo mantido em conta e de aportes de recursos;
► procedimentos para atualização das informações do(s) titular(es);
► previsão de inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem
Fundos (CCF); e
► hipóteses, condições e procedimentos para o encerramento da conta.

Também como em qualquer relacionamento, nenhuma das partes é obrigada a firmar tal
contrato, ou seja:

A instituição financeira não é obrigada a abrir uma conta-corrente para o cliente.


Trata-se de um acordo voluntário entre as partes.

Para abrir uma conta-corrente, o cliente deve, obrigatoriamente, fornecer identificação


completa, bem como apresentar os originais dos documentos solicitados.

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No caso de pessoa física, são necessários documentos como:

► carteira de identidade ou equivalente (carteira de habilitação ou de classe [exemplo:


OAB];
► Cadastro de Pessoa Física (CPF):
► Filiação (nome de pai e mãe);
► Comprovante de residência
► Entre outros.

No caso de o titular da conta ser menor de idade ou pessoa incapaz, é indispensável a


identificação do responsável.

E sim, o menor de idade pode ser titular de conta, nos termos da legislação civil: Pessoas com
menos de 16 anos precisa ser representado pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. O
maior de 16 e menor de 18 anos não emancipado deve ser assistido pelo pai, pela mãe ou pelo
responsável legal.

O responsável que o assistir ou o representar também deverá ser identificado e qualificado.

O encerramento de uma conta pode acontecer por iniciativa de qualquer uma das partes
envolvidas (instituição financeira ou cliente), sem qualquer restrição.

Se a decisão de encerrar for da IF, o cliente deve ser, obrigatoriamente, comunicado por escrito
pela instituição – por correspondência ou por meio eletrônico –, com antecedência, sobre a
intenção de rescindir o contrato, informando o prazo para adoção de providências.

Quando a iniciativa do encerramento for do cliente, ele deve solicitar, por escrito, o
encerramento da conta e exigir comprovação de recebimento na cópia da solicitação. Essa cópia
serve como comprovante de que foi solicitado o encerramento.

10.4.2 Movimentação e manutenção

As formas mais comuns de movimentação dos recursos de uma conta são:

► saques e pagamentos com cartão


► depósitos em espécie
► transferência de recursos de/para outras contas por meio de PIX, TED, DOC ou “book
transfer” (entre contas da mesma instituição).

Com exceção dos saques e depósitos em espécie, essas movimentações podem ocorrer
presencialmente (agência e caixas eletrônicos) ou por meio dos canais digitais (internet e mobile
banking).

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A regulamentação dispõe que, para pessoas físicas, não pode haver cobrança na
prestação de qualquer serviço por meios eletrônicos no caso de contas de
depósitos cujos contratos prevejam utilizar exclusivamente meios eletrônicos.

Entretanto, caso o titular dessa conta utilize canais de atendimento presencial ou pessoal para
realização de serviços disponíveis por meio eletrônico (p. ex. saques, transferências, extratos),
pode haver cobrança de tarifa.

Não existe regulamentação que defina forma específica ou obrigatória de movimentação, nem
que estabeleça vedação à viabilização de novas formas.

As regras básicas de funcionamento da conta, incluindo as formas de movimentação


disponibilizadas, devem estar dispostas em contrato, inclusive com relação aos procedimentos
para cobrança de tarifas.

Por fim, é importante você saber sobre a vedação de cobrança de tarifas para os chamados
serviços essenciais.

A Resolução nº 3.919/2010, do Conselho Monetário Nacional, define que são gratuitos os


serviços:

a) essenciais (como fornecimento de cartão de débito, realização de até quatro saques por
mês, entre outros), vinculados a uma conta corrente ou poupança.
b) de liquidação antecipada em operações de crédito e de arrendamento mercantil
financeiro; e
c) de fornecimento de atestados, certificados e declarações nas situações em que o
fornecimento é obrigatório por determinação legal ou regulamentar.

Hora de aprofundar um tópico bastante específico do edital.

10.4.3 Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil,


representação e domicílio

Nesta parte da aula, as coisas ficarão mais... “jurídicas”. Apesar de falarmos o tempo todo em
“pessoa física” e “pessoa jurídica”, até aqui não foi necessário aprofundar os aspectos legais que
definem esses termos.

Até aqui. Porque é tópico explícito do edital, então devemos aprofundar.

Começaremos definindo pessoa física (PF), que é apenas o ser humano individual/singular,
sujeito de direitos, e também chamada pessoa natural.

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Pessoa jurídica (PJ), por outro lado, é a entidade que surge de um agrupamento organizado de
pessoas naturais, visando determinado objetivo. Assim como a pessoa física, a PJ também pode
ter direito e deveres.

Normalmente, pensamos em “empresas” quando falamos em pessoa jurídica. Mas essas


sociedades são apenas um dos diversos tipos de PJ. Apenas para exemplificar, podemos citar a
União, os estados e os municípios, as fundações, as autarquias (como o BCB e a CVM), as ONGs,
as associações, etc.

E para manter as coisas objetivas, vamos direto ao próximo tópico: domicílio.

O domicílio é a sede, do ponto de vista jurídico, da pessoa física ou jurídica. É, portanto, o local
onde ela responde por suas obrigações e exerce seus direitos. É o local onde a pessoa pode ser
contatada e encontrada.

O domicílio da pessoa física, especificamente, é o lugar onde ela estabelece residência com
intenção definitiva.

Já o domicílio da pessoa jurídica é o local principal de suas atividades, ou seja, o local onde é
dirigida ou administrada.

Caso a pessoa jurídica tenha diversos endereços, em diferentes lugares, cada um deles é
considerado domicílio, em relação aos atos praticados nesses lugares.

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RESUMOS E ESQUEMAS DA AULA


EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO DINHEIRO DE PLÁSTICO

Captura Tarja NFC


Chip
manual Magnética (aproximação)

Cartão de
Crédito

Tipos Tarifas Crédito Rotativo

Pagamento acima
do mínimo da
Básico Diferenciado Emissão de 2ª via
fatura e abaixo do
total

Nacional ou Nacional ou Gera encargos e


Saques
Internancional Internacional juros

Serviços Pagamento de Deve ser quitado


Serviços básicos
diferenciados contas em até 30 dias

Avaliação
Não pode ter
Pode ter programa emergencial de
programa de
de recompensas créditoCrédito
recompensas
rotativo

Anuidade mais
barata

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Ordem de Pré-datar é um
pagamento à vista costume, não regra.

Em branco: ao
portador
Pode endossar o
cheque
Em preto: nomina o
novo beneficiário
Beneficiário Pode depositar em
(favorecido) sua conta

Pode sacar se for


Emitente (sacador)
inferior a R$100
Partes
Cheque

(banco) Sacado

(banco) Depositário

Menor risco de
crédito
Administrativo
O banco é o emitente

Limite disponibilizado
Especial para o cliente em sua
conta

Operada pela BB

Compe
Regulada pelo BCB

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CDC: Crédito Direto ao Consumidor


Modalidade de crédito destinada ao consumidor final para
aquisição de bens ou serviços.

destinado ao
consumidor final
para aquisição de
bens ou serviços.

Deve permitir CDC


O bem pode
pagamento Crédito
antecipado com
ou não ser
Direto ao garantia
deságio
Consumidor

Incide
IOF

CRÉDITO RURAL
Suprimento de recursos financeiros por entidades públicas e estabelecimentos
de crédito particulares a produtores rurais ou a suas cooperativas para aplicação
exclusiva em atividades que se enquadrem nos objetivos indicados na legislação
em vigor

4 MODALIDADES DE CRÉDITO RURAL

1. Custeio: para arcar com despesas comuns da produção rural, em um ciclo produtivo.
2. Comercialização: para cobrir despesas “pós-produção”, incluindo custos de transporte e
armazenagem.
3. Investimento: aquisição de bens ou serviços, geradores de benefícios duráveis ou
contínuos, como máquinas, tecnologias e equipamentos.
4. Industrialização: industrialização de produtos agropecuários, realizada por produtor na
sua propriedade rural ou cooperativas.

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Título (Crédito Rural) Garantia


Cédula Rural Pignoratícia (CRP) ► Penhor
Cédula Rural Hipotecária (CRH) ► Hipoteca
Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária (CRPH) ► Penhor e Hipoteca
Nota de Crédito Rural (NCR) ► Sem garantia real
Cédula de Crédito Rural Bancário (CCB) ► Com ou sem garantia real ou pessoal
Em caso de impossibilidade de outros
Contrato ►
instrumentos

PROAGRO PRONAF PRONAMP


Programa de Garantia Programa Nacional de Programa Nacional de
da Atividade Fortalecimento da Apoio ao Médio Produtor
Agropecuária Agricultura Familiar Rural

garantia para financiamento para financiamento para


financiamentos rurais. custeio e investimentos custeio e investimentos

estabelecimento rural ou médios produtores


em caso de danos na
em áreas comunitárias rurais em atividades
lavour.
rurais próximas agropecuárias

Palavras-chave: Palavras-chaves: Médio


palavra-chave: Garantia
Agricultura Familiar Produtor.

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Consórcios

Administradora de
Consórcios:
BCB
instituição não
financeira

normatização, Grupos: reunião de


autorização, pessoas para Contemplação Desistência
supervisão. autofinanciamento

Bem de referência:
Em até 7 dias:
determina a Sorteio: prioridade
recebe devolução
categoria e o valor na assembleia
imediata.
das contribuições

Consorciado: quem Após 7 dias: sujeito


Lance: após o
adquire uma ou a multa e esperar
sorteio, se houver
mais cotas em um sorteior para reaver
recursos.
grupo. os valores pagos.

Remuneração da Poupança (aniversário)

30 dias 90 dias

PJ sem fins PJ com fins


PF
lucrativos lucrativos

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Rentabilidade da Poupança (juros)

Regra nova Regra Antiga

Selic > 8,5% a.a. Selic <= 8,5% a.a. Sempre

0,5% a.m. + TR 70% da Selic + TR 0,5% a.m + TR

PREVIDÊNCIA
Reserva financeira realizada no presente para suprir uma necessidade futura
prevista.

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Seguridade
Social

Previdência Assistência
Saúde
Social Social

Regimes Previdência
Regime Geral
Próprios Complementar
(RGPS)
(RPPS) (PC)

União Estados Municípios Aberta Fechada

FECHADA
ABERTA fundo de pensão
Operador EAPC EFPC
Natureza jurídica Sociedade Anônima Fundação ou Sociedade Civil
Fins lucrativos SIM NÃO

Normatizador CNSP CNPC


Supervisor Susep Previc

Qualquer pessoa física (plano


individual)
Apenas funcionários do
Participante Pessoas físicas vinculadas a
instituidor ou patrocinador
pessoas jurídicas contratantes
(plano coletivo)
Apenas contribuição definida no
Contribuição definida, benefício caso de associados ou membros
Modalidades
definido ou contribuição variável de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial
Apenas mediante cessação do
Portabilidade SIM
vínculo empregatício

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Única
Valor é pago uma única vez.
Mensal
Tipos de prestações
pagamentos mensais durante
(Capitalização)
toda a vigência do título.
Continuada
Proporcional
pagamentos apenas durante
parte da vigência

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BIBLIOGRAFIA
Banco Central do Brasil, em https://www.bcb.gov.br/

Banco do Brasil, em https://www.bb.com.br/

Mercado Financeiro. Atlas. Assaf Neto, Alexandre. Edição Kindle.

Mercado Financeiro Produtos e Serviços. Fortuna, Eduardo. Qualitymark Editora. Edição Kindle.

Previc, em https://www.previc.gov.br/

Susep, em https://www.susep.gov.br/

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (2021/PROF. CELSO NATALE)
O uso do “dinheiro de plástico” consolidou-se nos últimos anos como uma das principais
modalidades de pagamento.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado para compras à vista em estabelecimentos
comerciais é o
a) cartão presente
b) cartão de débito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) cartão virtual

Comentários:

Essa é para aquecermos e, principalmente, fixar que o cartão de débito é chamado dinheiro de
plástico, e serve para realizar pagamentos à vista no comércio.

Gabarito: “b”

2. (2021/PROF. CELSO NATALE)


O cartão de débito possui duas funções principais. Assinale-as.
a) Autoatendimento e comércio
b) Parcelamento de compras e cadastramento de débito automático
c) Comércio e garantias
d) Transferências ao exterior e pagamentos
e) Saques e compras à vista

Comentários:

Questão maliciosa, essa. Todas as operações previstas nas alternativas podem ser feitas
utilizando o cartão de débito para acessar terminais de autoatendimento. Contudo, a questão
pede as funções principais, que estão na letra “a”.

Sendo assim, na ausência de “a”, realmente poderíamos marcar “e”, por exemplo. Mas como “a”
é mais precisa e abrangente, é a melhor opção. Não que eu goste desse tipo de questão, mas
como as bancas gostam, aí está.

Gabarito: “a”

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3. (2021/PROF. CELSO NATALE)


De acordo com a normatização do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional,
a emissão de segunda via de cartão de débito é
a) gratuita, em qualquer caso
b) tarifada, em qualquer caso
c) gratuita, se o motivo da substituição for imputável à instituição emissora
d) vedada, por motivos de segurança
e) tarifada, se o motivo da substituição não for imputável ao usuário

Comentários:

O fornecimento de segunda via de cartão de débito é gratuito, exceto nos casos de pedido de
reposição formulados pelo correntista decorrentes de perda, roubo, furto, danificação e outros
motivos não imputáveis à instituição emitente.

Ou seja, se a culpa for da instituição, não pode ocorrer a cobrança de tarifa para emissão da 2ª
via.

Gabarito: “c”

4. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro de plástico” está superando cada vez mais outras
modalidades de pagamento, que, com o passar dos anos, estão ficando obsoletas.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o
a) cartão cidadão
b) cartão de crédito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) internet banking

Comentários:

Sim, isso caiu no concurso. Embora o contexto da aula ainda facilite as coisas, é o tipo de questão
que você não pode deixar passar, até porque o nível da prova tende a subir ao longo do tempo.

O uso de cartões de crédito (dinheiro de plástico) é bastante difundido no comércio, inclusive


no comércio de rua, termo de difícil definição, mas que pode abarcar tudo aquilo que não ocorre
em shopping centers ou aeroportos, ou apenas feiras-livres ou ambulantes. Mas a letra “b” está
correta, qualquer que seja a definição adotada.

Gabarito: “b”

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5. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os cartões de crédito são, às vezes, chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente
como meio de pagamento implica vários aspectos, EXCETO o(a)
a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pagos
apenas no vencimento do cartão.
b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.
c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de suas
transações.
d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor.
e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.

Comentários:

Muitas vezes chamados de “dinheiro de plástico” por você, né Cesgranrio? Por nós, tudo bem.

Vejamos qual característica não se aplica aos cartões de crédito.

a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pagos
apenas no vencimento do cartão.

Isso é verdade! Em um ambiente inflacionário, você compra hoje a paga, dentro de alguns dias,
o mesmo valor da data da compra, mesmo que o produto comprado esteja custando mais caro
no vencimento da fatura. Isso é o que a alternativa quis dizer com “ganho sobre a inflação”.

b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.

Verdade. Esse é o conceito de limite do cartão de crédito.

c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de suas
transações.

Errado (e gabarito). Por substituir o papel-moeda como meio de pagamento, os cartões de fato
reduzem a demanda por papel-moeda. Em outras palavras, é necessário menos cédulas e
moedinhas circulando para atender às necessidades do comércio.

d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor.

Verdade também. Os cartões aumentam da segurança das transações, tanto para o comprador
quanto para o vendedor.

Para o comprador, eles dispensam a necessidade de carregar grandes quantias de dinheiro,


sujeitando-se a extravios ou até roubos.

Para o vendedor, além de diminuir a necessidade de dinheiro em caixa (sujeito aos mesmos
riscos de extravio, furto ou roubo), os cartões praticamente eliminam o risco com fraudes ou
falsificações.

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e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.

Sim! O aumento das vendas é proporcionado, principalmente, pela maior segurança sentida
pelos clientes e, no caso dos cartões de crédito, pela possibilidade de parcelamentos.

Gabarito: “c”

6. (2018/CEBRASPE-CESPE/BNB/Analista Bancário)
Julgue o item seguinte, acerca dos serviços de compensação de cheques e outros títulos.
A Centralizadora da Compensação de Cheques (COMPE), sistema operado pelo Banco do
Brasil S.A., é responsável pela compensação interbancária de cheques.

Comentários:

Correto. O BB opera a Compe, enquanto o BCB regula o serviço de compensação de cheques.

Gabarito: Certo

7. (2007/CEBRASPE-CESPE/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Banco do Brasil S.A. (BB) teve destacado papel na criação, estruturação e regulação do
Sistema Financeiro Nacional (SFN), que ocorreram por meio das leis de Reforma Bancária
(1964), do Mercado de Capitais (1965) e de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). O SFN pode
ser definido como sendo o conjunto de órgãos de regulação, instituições financeiras e
instituições auxiliares, públicos ou privados, que atuam na intermediação de transferência de
recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas ou governo) superavitários para os
deficitários. Acerca das atribuições e funções do BB, julgue o item seguinte.
A partir da instituição do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o BB deixou de ser
responsável por executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis.

Comentários:

Apenas mentira. O BB não deixou de ser responsável pelo serviço de compensação de cheques,
e ainda o é, por meio da Compe.

Gabarito: Errado

8. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista - Economia)


Compete ao Banco Central do Brasil (Bacen), EXCETO
a) compensar cheques e outros papéis.
b) controlar a oferta de moeda e crédito.

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c) fiscalizar as instituições financeiras.


d) emitir papel moeda e a moeda metálica.
e) executar a política cambial e administração do câmbio.

Comentários:

Veja como as bancas gostam desse tema. Apesar de esta aula não ser sobre as competências do
BCB, sabemos que executar a compensação de cheques não é uma delas, tornando “a” nosso
gabarito.

Gabarito: “a”

9. (2012/FCC/BANESE/Técnico Bancário I)
As normas do Banco Central do Brasil a respeito de cheque determinam que
a) as pessoas, lojas e empresas são obrigadas a receber.
b) não pode ser pago pelo banco antes do dia nele indicado.
c) o correntista não tem formas de impedir o pagamento de um cheque já emitido.
d) o beneficiário está impedido de levar a protesto ou executar em juízo.
e) tem que ser nominal no caso de valor superior a R$ 100,00.

Comentários:

A letra “a” está errada. Devido ao risco de crédito envolvido, as pessoas podem se recusar a
receber pagamentos em cheque, devendo indicar essa recusa expressamente.

A letra “b” está errada. A prática de “cheques pré-datados” é apenas um costume, não havendo
normas do Banco Central que impeçam o pagamento do cheque antes da data indicada. Afinal,
é uma ordem de pagamento à vista.

É possível, sim, impedir o pagamento de um cheque emitido, e por isso “c” está errada. A isso,
dá-se o nome de sustação. É algo comum, por exemplo, quando o serviço contratado ou o
produto adquirido não são entregues pelo vendedor. Naturalmente, sustar um cheque
indevidamente pode ter consequências para o emitente.

Por fim, “d” também está errada. O cheque pode ser protestado ou levado a juízo em caso de
não compensação nos termos acordados.

Nosso gabarito é a letra “e”, conforme aprendemos nesta aula: cheques superiores a R$100 não
podem ser “ao portador”.

Gabarito: “e”

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10. (2013/CEBRASPE-CESPE/TJ-RN/Juiz de Direito Substituto)


Com relação ao cheque, assinale a opção correta.
a) O cheque estipulado pagável a favor de pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa à
ordem, é transmissível por via de endosso.
b) Assim como os demais títulos de crédito, o cheque deve ser apresentado para aceite, sob
pena de não ser executável.
c) Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador, em
nenhuma hipótese, exceções fundadas em relações pessoais com o emitente.
d) O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado,
ficando desonerados os obrigados para com este em virtude do cheque.
e) Após emitido o cheque, caso o seu emitente venha a falecer ou ser declarado incapaz, os
efeitos do cheque serão invalidados

Comentários:

Veja só você, acertando questão que caiu em concurso de Juiz!

Claro, é uma questão que vai muito além do que precisamos para nossos propósitos atuais, e
por isso não aprofundarei as demais alternativas, fazendo apenas alguns comentários.

Mas veja que a letra “a” está de acordo com o que aprendemos sobre o endosso. “Com ou sem
cláusula expressa à ordem” significa “com ou sem concordância expressa do emitente”. Ou seja,
o beneficiário do cheque não precisa de autorização do emitente para endossar o cheque.

As demais alternativas, por estarem incorretas, nos ensinam que o cheque:

▶ Não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido.
Aceite é quando o emissor não é quem deve pagar um título de crédito. No caso do
cheque, naturalmente, esse mecanismo não se aplica, pois o emitente é o devedor
principal e o cheque é uma ordem de pagamento.
▶ O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado
e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.
▶ A morte do emitente ou sua incapacidade superveniente à emissão não invalidam os
efeitos do cheque.

Gabarito: “a”

11. (2014/INAZ DO PARÁ/BANPARÁ/Técnico Bancário (BANPARÁ)/2014


O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Portanto, é incorreto afirmar que:
a) Ele pode ser emitido nominativo, não-nominativo e ao portador.
b) O cheque cruzado tem que ser depositado em conta bancária.
c) O cheque deve ser apresentado em 30 dias de sua emissão, quando na mesma praça; e em
90 dias, quando de outra praça.

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d) O serviço de compensação de cheques é regulado pelo Banco do Brasil.


e) O cheque pode ser transferido por endosso.

Comentários:

Você errou essa, né?

Tudo bem, por dois motivos.

O primeiro é porque fiz de propósito para você se atentar aos prazos para apresentação de um
cheque:

▶ 30 dias: a contar da data de emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco
sacado.
▶ 60 dias: a contar da data de emissão, para os cheques emitidos em outra praça.
▶ 6 meses: é o prazo de prescrição, decorridos a partir do término do prazo de
apresentação. Ou seja, se não apresentar em até 6 meses, não pode mais apresentar.

Isso torna a alternativa “c” nosso gabarito.

O segundo motivo é que a alternativa “d” também está errada. Afinal, é o Banco CENTRAL do
Brasil que regula o serviço de compensação de cheques, enquanto o Banco do Brasil o executa,
por meio da Compe.

Mas a banca entendeu que apenas a letra “c” está relacionada ao cheque ser uma “ordem de
pagamento à vista”, e deu essa alternativa como gabarito.

As demais alternativas ainda têm valor didático, por estarem corretas, e resgatarem conceitos
importantes:

a) Ele pode ser emitido nominativo, não-nominativo e ao portador.

b) O cheque cruzado tem que ser depositado em conta bancária.

e) O cheque pode ser transferido por endosso.

Gabarito: “c”

12. (2021/CEBRASPE-CESPE/BANESE/Técnico Bancário I)


No que se refere à abertura e ao encerramento de conta-corrente, julgue o item subsecutivo.
É proibida a abertura de conta-corrente para agente com inscrição no Cadastro de Emitentes
de Cheques sem Fundos (CCF).

Comentários:

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A abertura e encerramento de contas é regida pela Resolução CMN n° 4.753/2019. E a norma


não determina proibição para abertura de conta-corrente nessas condições.

Sendo assim, a instituição financeira não é obrigada a abrir conta para clientes com inscrição no
CCF, mas também não é proibida.

Por outro lado, a norma do CMN prevê que:

§ 3º É vedado o fornecimento de folhas de cheques enquanto o correntista figurar no CCF.

Gabarito: Errado

13. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Uma das medidas adotadas para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação
do acesso ao crédito, aumentando, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no
desenvolvimento do país.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou serviços.
b) exclui as compras no cartão de crédito.
c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aquisição de bens.
d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.

Comentários:

O CDC é sim vinculado à aquisição de bens ou serviços, estando errada a letra “a”.

Em “b”, existe erro porque os cartões de crédito também podem conceder crédito na
modalidade CDC para aquisição de bens. Eu sei, é bem específico. Por isso deixei para informar
aqui.

A letra “c” está correta, e é nosso gabarito.

O empréstimo previsto na letra “d” é o consignado, não o CDC.

Por fim, a letra “e” está errada porque não existe tal limitação de prazo mínimo, embora exista o
prazo máximo de 60 meses.

Gabarito: “c”

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14. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Atualmente os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito
concedida para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamento das
parcelas com deságio, é o
a) leasing
b) certificado de depósito interbancário
c) cartão de crédito
d) crédito direto ao consumidor
e) hot money

Comentários:

O enunciado descreve corretamente o CDC.

Gabarito: “d”

15. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Atenção: Para responder à questão, considere o Código de Defesa do Consumidor Bancário.
As Instituições Financeiras, nas operações de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor,
realizadas com seus clientes, devem assegurar o direito à liquidação antecipada do débito
a) total ou parcial, sem redução proporcional dos juros.
b) total ou parcial, mediante redução proporcional dos juros.
c) total, exclusivamente, mediante redução proporcional dos juros.
d) total, exclusivamente, sem redução proporcional dos juros.
e) parcial, exclusivamente, com redução proporcional dos juros.

Comentários:

A instituição deve oferecer, no CDC, a possibilidade de pagamento antecipado das parcelas ou


do saldo devedor total com deságio, ou seja, com redução proporcional nos juros. Se você
quiser pagar uma das parcelas antes do vencimento, o banco é obrigado a “tirar os juros” dessa
parcela.

Gabarito: “b”

16. (2015/EXATUS/BANPARÁ/Técnico Bancário)


O Crédito Direto ao Consumidor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas
ou jurídicas para a aquisição de bens e serviços.
Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC:

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a) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem que será
pago com sua renda futura.
b) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias após quitação
da primeira parcela de pagamento.
c) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trinta dias da
quitação da primeira parcela de pagamento.
d) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após sessenta dias
da quitação da terceira parcela de pagamento.
e) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem adquirido
após o vencimento da segunda parcela.

Comentários:

O CDC proporciona a obtenção de um bem ou serviço antes mesmo de realizar o pagamento


da primeira parcela do crédito. Não existem as carências previstas nas alternativas de “b” a “e”.

Gabarito: “a”

17. (2013/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


As operações denominadas Crédito Direto ao Consumidor são caracterizadas
a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.
b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas.
c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas dos bancos.
d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.
e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.

Comentários:

Analisemos as alternativas.

a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.

Errado. Incide IOF sobre contratos de CDC, inclusive para pessoa física.

b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas.

Certo. Essa é a finalidade do CDC.

c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas dos bancos.

Errado. Os bancos devem informar, obrigatoriamente, o Custo Efetivo Total (CET), que consiste
em demonstrar todos os cursos com juros, taxas e impostos.

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d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.

Errado demais. É obrigatório oferecer essa possibilidade, com redução proporcional nos juros.

e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.

Errado. O bem financiado pode ser garantia em CDC, e de fato para veículos costuma ocorrer o
gravame por meio de alienação fiduciária.

Gabarito: “b”

18. (2010/FUNVAPI/BANPARÁ/Técnico Bancário)


João recorreu ao banco em que é cliente e contratou um financiamento para aquisição de um
computador portátil (notebook). Assinale a opção correta sobre a operação realizada entre
João e o banco:
a) Mobile banking;
b) Certificado de Depósito Bancário – CDB;
c) Crédito Direto ao Consumidor – CDC;
d) Internet banking;
e) Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência – CDC-I.

Comentários:

CDC: Crédito Direto ao Consumidor


Modalidade de crédito destinada ao consumidor final para
aquisição de bens (incluindo notebooks) ou serviços.

Gabarito: “c”

19. (2010/CEBRASPE-CESPE/BASA/Técnico Bancário)


Acerca de crédito bancário, julgue o item seguinte.
O crédito direto ao consumidor é uma modalidade destinada exclusivamente à compra de bens
imóveis comerciais e residenciais, e seus principais clientes são as pessoas físicas.

Comentários:

Errado. Isso é crédito imobiliário. Vimos que o CDC pode ser utilizado para aquisição de bens
móveis (como carros) ou até mesmo serviços.

Gabarito: “e”

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20. (2018/BASA/CESGRANRIO/Técnico Bancário)


O crédito rural abrange diversas modalidades de financiamento aos empresários do setor,
desde a fase de produção até o abastecimento dos mercados consumidores.
A modalidade que assegura aos produtores e cooperativas rurais recursos destinados a
financiar o abastecimento doméstico e o armazenamento dos estoques excedentes em
períodos de queda dos preços é denominada crédito
a) geral
b) especial
c) de investimento
d) de custeio
e) de comercialização

Comentários:

Vamos revisar as modalidades de crédito rural?

1. Custeio: para arcar com despesas comuns da produção rural, em um ciclo produtivo.
a. O custeio pode ser agrícola e/ou pecuário.
b. Exemplo: o tomador do crédito pode utilizar o crédito para aquisição antecipada
de insumos.
2. Comercialização: para cobrir despesas “pós-produção”, incluindo custos de transporte e
armazenagem.
3. Investimento: aquisição de bens ou serviços, geradores de benefícios duráveis ou
contínuos, como máquinas, tecnologias e equipamentos.
4. Industrialização: industrialização de produtos agropecuários, realizada por produtor na
sua propriedade rural ou cooperativas.
a. Exemplos: ações de limpeza, secagem, pasteurização, refrigeração, aquisição de
embalagens, manutenção e conservação de equipamentos etc.

Portanto, para despesas de armazenamento e abastecimento doméstico (transporte dentro do


país), a modalidade é o crédito de comercialização.

Gabarito: “e”

21. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Em virtude das peculiaridades das atividades agropecuárias, a maior parte dos países
disponibiliza um adequado sistema de financiamento aos produtores, abarcando linhas de
crédito ao investimento, à produção e à comercialização dos produtos do setor. O Banco do
Brasil, particularmente, oferece diversas linhas de crédito adequadas às necessidades dos
produtores rurais. Associe as linhas de financiamento disponibilizadas pelo Banco do Brasil aos
seus objetivos e características principais, apresentados a seguir.
I - Custeio agropecuário
II - Pronamp Investimento

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III - Financiamento de Garantia de Preços ao Produtor (FGPP)


IV - BB Agronegócio Giro
P - Crédito destinado à aquisição de produtos agropecuários diretamente de produtores rurais,
suas associações ou cooperativas de produção agropecuária.
Q - Crédito para financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais.
R - Crédito destinado à cobertura das despesas do dia a dia da produção das atividades
agrícolas e pecuárias.
S - Crédito rotativo destinado à compra de insumos e matérias-primas relacionadas à produção
agropecuária.
T - Crédito para financiamento das despesas de investimento, destinado ao médio produtor
rural.
As associações corretas são:
a) I – P ; II – T ; III – R ; IV – S
b) I – R ; II – T ; III – S ; IV – P
c) I – S ; II – T ; III – P ; IV – R
d) I – R ; II – T ; III – P ; IV – S
e) I – R ; II – Q ; III – P ; IV – S

Comentários:

Essa é difícil, então precisamos de estratégia. Comece estabelecendo as correspondências que


forem mais claras para você.

Por exemplo, lembre-se que o Pronamp é para o médio produtor, e assim ligamos II com T, e
eliminamos a letra “e”.

Em seguida, podemos nos apoiar no nome “BB Agronegócio Giro” para concluir que se trata de
uma modalidade de capital de giro, ou seja, um crédito rotativo. Assim, fechamos IV com S,
ficando com apenas as letras “a” e “e” como possíveis gabaritos.

Como a diferença entre elas é apenas em relação ao item I, resta lembrarmos que a modalidade
custeio serve para arcar com despesas comuns da produção rural, em um ciclo produtivo, e pode
ser para atividades agrícolas ou pecuárias. Então: I e R nos dão o gabarito.

Gabarito: “d”

22. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Produto oferecido no mercado que consiste na reunião de pessoas para aquisição de bens por
meio de autofinanciamento é o(a)
a) Crédito.
b) Financiamento.
c) Consórcio.

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d) Capitalização.
e) Cooperativa.

Comentários:

Essa é para lembrar o conceito de consórcio.

Gabarito: “c”

23. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito dos consórcios, considere os itens a seguir e assinale a alternativa que estabelece
corretamente a correspondência com os conceitos.
Itens
I. Fundo comum.
II. Fundo de reserva.
III. Taxa de administração.
IV. Carta de crédito
Conceitos
X. Remuneração da administradora de consórcios
Y. Destina-se à aquisição dos bens mediante contemplação
W. Dá direito à aquisição do bem ou serviço previsto no contrato
Z. Cobertura para eventos como inadimplência e seguros
a) I-Y, II-Z, III-X, IV-W
b) I-Z, II-Y, III-X, IV-W
c) I-Y, II-X, III-W, IV-Z
d) I-W, II-Z, III-Y, IV-W
e) I-Y, II-Z, III-W, IV-X

Comentários:

Questão boa para relembrar alguns dos principais conceitos relacionados ao consórcio, sendo
que a letra “a” estabelece as correspondências corretas.

Gabarito: “a”

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24. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito das atribuições do Banco Central do Brasil, estabelecidas na legislação em vigor,
assinale a opção correta.
a) Compete ao Banco Central, com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
supervisionar as administradoras de consórcios.
b) As administradoras do setor de consórcios são fiscalizadas e autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
c) Os bancos múltiplos com carteira comercial podem atuar como administradores de
consórcios de bens, desde que designem diretor responsável exclusivamente pela atividade.
d) O mercado cambial é fiscalizado exclusivamente pela CVM.
e) O Banco Central não pode intervir nas empresas operadoras de consórcios ou decretar sua
liquidação extrajudicial.

Comentários:

Vamos analisar cada uma das alternativas.

a) Compete ao Banco Central, com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),


supervisionar as administradoras de consórcios.

Errado. A CVM não presta esse tipo de apoio.

b) As administradoras do setor de consórcios são fiscalizadas e autorizadas a funcionar pelo Banco


Central do Brasil.

Certo. O BCB é responsável por autorizar o funcionamento e fiscalizar as administradoras de


consórcio, podendo inclusive intervir ou decretar sua liquidação extrajudicial.

c) Os bancos múltiplos com carteira comercial podem atuar como administradores de consórcios
de bens, desde que designem diretor responsável exclusivamente pela atividade.

Errado. Apenas administradoras de consórcios podem fazer isso.

d) O mercado cambial é fiscalizado exclusivamente pela CVM.

Errado. O mercado cambial (assunto de outra aula), é fiscalizado pelo BCB.

e) O Banco Central não pode intervir nas empresas operadoras de consórcios ou decretar sua
liquidação extrajudicial.

Errado. Ele pode sim, em caso de descumprimento de limites regulamentares, de situação


patrimonial deteriorada ou de irregularidades.

Gabarito: “b”

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25. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Analise:
O princípio básico do ______ é o de que o lucro vem da ______ de um bem e não da sua ______.
Preenchem correta e respectivamente as lacunas acima:
a) leasing, utilização, propriedade
b) vendor, fabricação, venda
c) crédito direto ao consumidor, utilização, compra
d) cheque especial, aquisição, fabricação
e) compror, utilização, compra

Comentários:

O princípio básico do leasing é que o lucro vem da utilização, e não da propriedade. Por isso,
nessa modalidade, o arrendatário não é dono do bem, mas pode utilizá-lo.

Gabarito: “a”

26. (2022/BASA/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


N negocia determinado bem através de contrato de leasing. Nos termos dessa espécie
contratual, é possível a aquisição do referido bem no final do contrato pelo
a) custo médio calculado pelo credor
b) percentual de prestações previsto
c) preço residual avençado
d) prêmio acordado pelas partes
e) valor total do bem

Comentários:

Aqui, a banca apenas troca o termo mais comum “Valor residual garantido (VRG)” por um
equivalente.

Avençado significa algo como “acordado”, “combinado”, e certamente é o que ocorre com o
VRG, determinado no início de contrato.

Lembrando como funciona o leasing financeiro:

A arrendadora (Sociedade de Arrendamento Mercantil adquire o bem escolhido de um


fornecedor (como um veículo, por exemplo) e o entrega para uso do arrendatário (o cliente).

Durante o prazo definido, o arrendatário faz pagamento de parcelas e, ao final, poderá ou não
exercer o direito de compra do bem por um valor residual garantido (VRG) previamente
estabelecido (avençado).

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Gabarito: “c”

27. (2014/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia)


As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e
realizam operações de arrendamento de bens móveis e imóveis.
Uma das principais operações de arrendamento mercantil é denominada
a) Leasing
b) Factoring
c) Hot Money
d) Corporate finance
e) Commercial papers

Comentários:

Na verdade, essa questão é imprecisa. Afinal, “arrendamento mercantil” é um sinônimo de


“leasing”. Veja o que diz o próprio Banco Central:

“As operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em duas modalidades: leasing
financeiro e leasing operacional. A diferença básica é que no leasing financeiro o prazo é
usualmente maior e o arrendatário tem a possibilidade de adquirir o bem por um valor pré-
estabelecido.”

No mesmo sentido, Assaf Neto:

“As sociedades de arrendamento mercantil têm por objetivo a realização de operações de


arrendamento mercantil (leasing) de bens nacionais, adquiridos de terceiros e destinados ao uso
de empresas arrendatárias.”

Portanto, Leasing não é uma das principais operações de arrendamento mercantil. Leasing é
arrendamento mercantil.

Mas é o tipo de questão que a gente não discute. A gente acerta e pontua.

Gabarito: “a”

28. (2012/CESGRANRIO/CEF/Técnico Bancário Novo)


As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima,
devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão “Arrendamento
Mercantil”.
Uma das operações típicas realizadas por essas sociedades é o(a)
a) leasing

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b) factoring
c) underwriting
d) câmbio internacional
e) venda de ações

Comentários:

Repetitiva, né? Pois está aqui para demonstrar que a banca “gosta” desse assunto, cobrando de
forma praticamente idêntica em concursos diferentes. E esses não foram os únicos...

Gabarito: “a”

29. (2015/QUADRIX/CRM-TO/Analista Contábil)


O Dicionário Internacional de Economia e Finanças da Forense Universitária conceitua Banco
como a “instituição que tem como atividade básica receber do público, sob a forma de
depósitos ou sob outras formas, fundos que serão empregados em operações de desconto, de
crédito ou aplicações financeiras”. Informa ainda que “a atividade bancária inclui ainda a
possibilidade para os bancos de criar moeda escritural e a faculdade de ativar diversos meios
para a concessão de créditos, seja por meio de criação de moeda bancária ou da transformação
de depósitos à vista ou de poupança líquida em empréstimos”.
A “operação através da qual um banco paga ao portador de um título comercial seu valor, antes
do vencimento, mediante uma dedução do referido valor”, é denominada:
a) Desconto de títulos.
b) Redesconto.
c) Entesouramento.
d) Empréstimo.
e) Autofinanciamento.

Comentários:

O enunciado descreve o “desconto de títulos” (letra “a”).

Redesconto é um instrumento relacionado ao mercado monetário, utilizado pelo Banco Central


para controlar a oferta de moeda. Entesouramento é o ato de acumular recursos, acima do
necessário, como uma empresa com sobra de caixa ou o cofrinho de uma criança. Sobre
empréstimo falamos bastante, e autofinanciamento é algo que podemos dizer sobre o consórcio.

Gabarito: “a”

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30. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os bancos oferecem diversas modalidades de crédito para as empresas ajustarem seu fluxo de
caixa. Uma dessas modalidades é o desconto de títulos, que consiste na
a) antecipação de um direito (recebível), seja um boleto ou um cheque, feito pelo banco ao
cliente, mediante a cobrança de uma taxa de juros.
b) prorrogação do vencimento de títulos (deveres) dos seus clientes para uma data futura,
mediante a cobrança de uma taxa de juros.
c) liquidação antecipada de títulos dos clientes com um desconto nos juros proporcional ao
prazo de antecipação.
d) geração de descontos em tarifas e taxas bancárias para os clientes que realizarem os
pagamentos de títulos pela internet.
e) alienação de recebíveis atrelados a bens móveis e imóveis com desconto na taxa de juros.

Comentários:

O desconto de títulos é, de fato, a antecipação de um recebível, feita pelo banco, mediante a


cobrança de juros. Ou seja, a letra “a” é quase certa. Quase, porque o boleto não é um título. É
apenas um instrumento de pagamento. Não formaliza um direito ou obrigação de pagar, e
nenhum banco vai descontar um boleto. Enfim, a banca pecou nesse sentido, mas esse é um dos
casos em que marcamos a mais correta (ou menos errada).

Em “b”, temos uma recomposição de dívida.

Em “c”, o erro é que não há liquidação antecipada do título: o vencimento continua o mesmo.

Em “d”, há apenas um incentivo à digitalização, que tenta induzir você ao erro com a palavra
“desconto”.

Por fim, em “e” ocorre uma portabilidade: o cliente leva seu financiamento para o banco que
oferece juros menores.

Gabarito: “a”

31. (2018/FADESP/BANPARÁ/Técnico Bancário)


Refere-se a uma operação de crédito bancário com um valor limite. Normalmente é
movimentada pelo cliente através de seus cheques, desde que não haja saldo disponível em
sua conta corrente de movimentação. À medida que entram recursos na conta corrente do
cliente, eles são usados para cobrir o saldo devedor. Essas características dizem respeito ao(às)
a) Hot Money.
b) Crédito Rotativo.
c) Contas Garantidas.
d) Banco Virtual.
e) transferências automáticas de fundos.

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Comentários:

O enunciado descreve, corretamente, as contas garantidas (letra “c”). Contudo, apenas pontuo
que a movimentação por cheques está cada vez mais em desuso, sendo o cartão de débito e os
canais digitais as formas de movimentação principais de contas garantidas, atualmente.

Gabarito: “c”

32. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A operação de empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como:
a) de médio prazo.
b) isenta de IOF.
c) crédito direto ao consumidor.
d) de prazo mínimo de 1 dia útil.
e) destinada à aquisição de bens.

Comentários:

Vamos ver cada uma das alternativas.

a) de médio prazo.

Errado! Hot money é operação de curto ou curtíssimo prazo.

b) isenta de IOF.

Nada disso. Por ser operação financeira, incide IOF.

c) crédito direto ao consumidor.

Não é para o consumidor, e sim para empresas.

d) de prazo mínimo de 1 dia útil.

Isso mesmo! O prazo mínimo é de um dia útil.

e) destinada à aquisição de bens.

Errado. É para necessidade de caixa.

Gabarito: “d”

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33. (2008/CESGRANRIO/CEF/Técnico Bancário Novo - Administrativa)


A operação bancária de empréstimo a curtíssimo prazo, geralmente de um dia e no máximo de
dez dias, que visa a atender às necessidades imediatas de caixa de seus clientes, e tem como
referencial a taxa CDI acrescida de um spread e impostos é o
a) hot money.
b) mobile banking.
c) factoring.
d) certificado de depósito bancário.
e) crédito rotativo.

Comentários:

O enunciado descreve o hot money:

• Prazo curto (um a dez dias), e note o “geralmente”, ou seja, ela não crava que o prazo
máximo é de dez dias.
• Necessidades imediatas de caixa.
• Juros com base no CDI + spread (e impostos, mas estes estariam inclusos no spread).

Gabarito: “a”

34. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A operação bancária de vendor finance é a prática de financiamento de vendas com base no
princípio da
a) obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para o cliente em uma transação comercial.
b) cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber à vista
o pagamento do Banco, mediante o pagamento de juros.
c) concentração do risco de crédito, que fica por conta da empresa compradora em troca de
uma redução da taxa de juros na operação do financiamento das vendas.
d) troca ou negociação de títulos de curto prazo por recebíveis de longo prazo, sem custos para
ambas as partes.
e) retenção de crédito lastreado por títulos públicos e vinculado a transações comerciais,
garantindo ao vendedor o recebimento total de sua duplicata.

Comentários:

A questão é conceitual, e descreve, em seu enunciado, a operação de vendor finance (letra “b”).

Acredito que “a” está errada pois não há obtenção de receitas, mas pode haver redução de
custos (com impostos).

Em “c”, temos exatamente o oposto do que ocorre no vendor, onde os riscos são reduzidos ao
incluir vendedor e comprador.

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As demais alternativas fogem ao escopo deste assunto.

Gabarito: “b”

35. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A empresa XYZ possui um bom conceito de crédito junto ao seu banco e opera com clientes
que dificilmente atrasam seus pagamentos, mas, devido a investimentos realizados
recentemente visando o aumento da produção, atualmente não dispõe de recursos próprios
para financiar suas vendas. A operação por meio da qual o banco poderá viabilizar as vendas a
prazo da empresa XYZ recebe a denominação de
a) factoring.
b) crédito direto ao consumidor.
c) leasing.
d) warrants.
e) vendor finance.

Comentários:

Temos neste enunciado a descrição de algumas características do vendor finance, especialmente


no que diz respeito aos bons clientes, falta de recursos próprios para financiá-los e viabilização
de vendas a prazo.

Gabarito: “e”

36. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Atualmente, os bancos possuem diversos tipos de produtos para financiar as relações
comerciais, desde as realizadas por microempresas até as realizadas por grandes empresas.
Qual é o nome da operação realizada quando pequenas indústrias vendem para grandes lojas
comerciais e estas procuram os bancos para dilatar o prazo de pagamento mediante a retenção
de juros?
a) Compror Finance
a) Vendor Finance
a) Capital de Giro
a) Contrato de Mútuo
a) Crédito Rotativo

Comentários:

Note que quem está procurando o banco é o comprador (grandes lojas). Por isso, desta vez,
estamos diante do compror finance.

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Gabarito: “a”

37. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Engenharia)


Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos pelos Bancos com o objetivo
de
a) capitalizar as empresas de capital aberto que fazem parte do portfolio do banco.
b) pagar indenizações e multas fiscais.
c) captar recursos que serão normalmente repassados na forma de empréstimos.
d) captar recursos de curtíssimo prazo de outros Bancos.
e) captar recursos exclusivamente com taxas de juros pré-fixadas.

Comentários:

Vamos lembrar:

▶ Certificado de Depósito Bancário (CDB): é um título de renda fixa – emitido por bancos
comerciais, bancos de investimentos ou bancos múltiplos – adquirido por pessoas físicas
ou jurídicas.
▶ Rentabilidade:
o Pré-fixada (exemplo, 7% ao ano)
o Pós-fixada: normalmente, tem por referência o CDI (taxa de depósitos
interbancários, da qual falaremos em detalhes adiante).
▶ O CDB:
o Pode ser negociado no mercado secundário;
o Pode ser resgatado antecipadamente, caso a instituição concorde;
o Normalmente é repassado para agentes tomadores de empréstimos em
diversas modalidades.

Sendo assim, sabemos que a letra “c” é o gabarito, mas vejamos os erros nas demais.

a) capitalizar as empresas de capital aberto que fazem parte do portfolio do banco.

Errado. Isso pode ser feito com ações ou debêntures.

b) pagar indenizações e multas fiscais.

Errado. Isso é feito com provisões contábeis sobre recursos próprios.

c) captar recursos que serão normalmente repassados na forma de empréstimos.

Certo!

d) captar recursos de curtíssimo prazo de outros Bancos.

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Errado. Isso é feito com os CDIs (fácil confundir, né?), assuntos para a aula sobre mercado
interbancário.

e) captar recursos exclusivamente com taxas de juros pré-fixadas.

Errado. Os CDBs podem ser pós-fixados, e normalmente são, com percentuais do CDI.

Gabarito: “c”

38. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O CDB é emitido pelas instituições financeiras como forma de captação de recursos.

Comentários:

A banca deu como correta essa questão. Acredito que dizer que “CDB é emitido pelas
instituições financeiras” pode parecer que é emitido por todas, o que não é verdade. Apenas
alguns tipos de bancos e financeiras (SCFI) podem emitir CDBs. Cooperativas, por exemplo, não
podem.

Portanto, a banca não quis generalizar, mas reitero que deveria tomar mais cuidado com a
redação.

Gabarito: Certo

39. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O CDB é uma forma de investir no Tesouro Direto.

Comentários:

Bem, essa está claramente errada. CDB é, para o cliente, uma forma de investir e receber juros
de uma instituição bancária.

Gabarito: Errado

40. (2021/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Dentre as escolhas mais populares de investimentos, a caderneta de poupança é uma das
opções mais utilizadas pelos brasileiros, sendo considerada um investimento de renda fixa.
São também investimentos de renda fixa

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a) as Ações
b) as Opções
c) as Commodities
d) os CDB
e) os ETF de Ações

Comentários:

Todas as alternativas, com exceção da “d” (nosso gabarito), trazem modalidades de investimento
de renda variável.

Não iremos aprofundar nenhuma delas agora, pois estão no escopo de “mercado de capitais”,
mas é suficiente, para acertar esta questão, saber que CDBs são depósitos a prazo de renda fixa,
assim como a poupança.

Gabarito: “d”

41. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
Com o CDB pré-fixado, o investidor conhece o indicador que servirá de referência para a
rentabilidade do seu papel.

Comentários:

É no CDB pós-fixado que o investidor conhece o indicador. No pré-fixado não é indicador, é uma
taxa predeterminada.

Gabarito: Errado

42. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O indicador mais utilizado para os CDBs pós-fixados é o CDI.

Comentários:

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa – emitido por bancos
comerciais, bancos de investimentos ou bancos múltiplos – adquirido por pessoas físicas ou
jurídicas.

Rentabilidade:

▶ Pré-fixada (exemplo, 7% ao ano)

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▶ Pós-fixada: normalmente, tem por referência o CDI (taxa de depósitos interbancários).

Gabarito: Certo

43. (2022/INSTITUTO AOCP/BANESE/Técnico Bancário - Informática) [adaptada]


Em relação aos produtos financeiros (ativos e passivos) disponíveis, assinale a alternativa
correta.
a) O Certificado de Depósito Bancário e o Recibo de Depósito Bancário podem ser transferidos,
a qualquer momento, para outros investidores.
b) O hot money são operações de curto prazo e é utilizado para financiar o caixa das empresas.
Tem como referencial a taxa CDI e o spread cobrado, sendo isento do IOF.
c) A Letra de Câmbio é um título de crédito utilizado pelas Sociedades de Crédito,
Financiamento e Investimento (as Financeiras), destinado à captação de recursos para
realização de financiamento de operações de crédito.
d) Commercial papers são títulos privados bancários, emitidos para compensar o depósito
compulsório realizado pelos bancos junto ao BACEN.
e) A caderneta de poupança é uma aplicação popular e possui como principais atrativos a
liquidez imediata e a isenção de IR para pessoas físicas e jurídicas.

Comentários:

A alternativa “d” foge ao escopo desta aula, sendo algo visto em “mercado de capitais”.

A letra “c” é nosso gabarito, e descreve perfeitamente a Letra de Câmbio (que não tem relação
com moeda estrangeira).

Vejamos os erros nas demais alternativas:

a) O Certificado de Depósito Bancário e o Recibo de Depósito Bancário podem ser transferidos,


a qualquer momento, para outros investidores.

O CDB é transferível, mas o RDB não é negociável nem transferível.

b) O hot money são operações de curto prazo e é utilizado para financiar o caixa das empresas.
Tem como referencial a taxa CDI e o spread cobrado, sendo isento do IOF.

Tudo certo, exceto o final: o hot money não é isento de IOF.

e) A caderneta de poupança é uma aplicação popular e possui como principais atrativos a liquidez
imediata e a isenção de IR para pessoas físicas e jurídicas.

Novamente, a alternativa ia bem, até dizer que há isenção de IR para pessoas jurídicas, o que não
é verdade.

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Gabarito: “c”

44. (2018/CESGRANRIO - Técnico Científico (BASA)/Tecnologia da Informação/2018


O mercado financeiro capta recursos junto ao público, mediante a emissão de diversos títulos
de crédito, diferenciados por características, tais como o tipo de emissor (bancos, entidades de
crédito e financiamento, governos, etc.), formas de remuneração (renda fixa ou variável), dentre
outras. Existe, por exemplo, um título de renda fixa, emitido pelas sociedades de crédito,
financiamento e investimento (“financeiras”), destinado à captação de recursos que serão
utilizados, sobretudo, no financiamento de operações de crédito entre financiadoras e
comerciantes.
O título descrito acima é o(a)
a) certificado de depósito bancário (CDB)
b) título do Tesouro Nacional
c) letra financeira do Tesouro (LFT)
d) caderneta de poupança
e) letra de câmbio

Comentários:

Mais uma vez, infelizmente, a banca comete uma imprecisão. Mas também, outra vez, é o tipo de
questão que acertamos, e não discutimos.

Embora a Letra de Câmbio seja o instrumento de captação das Financeiras – e por isso o gabarito
é a letra “e” –, esse título não é emitido pela Financeira, mas sim pelo devedor.

Por exemplo: se você quiser dinheiro emprestado comprar, digamos, uma máquina para sua
empresa, você pode emitir uma LC para a “Nu Financeira S.A” (uma SCFI). Se a Nu Financeira
aceitar, ela será “aceitante” da LC, e não emitente! Você, devedor, é quem emite. E quem
emprestar o dinheiro para você será o investidor, também chamado de “adquirente” da LC.

Enfim, a letra “e” ainda é a melhor alternativa, já que apenas o governo pode emitir “b” e “c”,
apenas bancos comerciais podem emitir “a” e contas de poupança não podem ser abertas por
Financeiras.

Gabarito: “e”

45. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


As sucessivas reduções na taxa básica de juros, a Selic, impactam a decisão dos investidores
com relação à poupança. Sobre as cadernetas de poupança tem-se que
a) têm a remuneração composta pela Taxa Referencial e por uma remuneração adicional de
0,5% ao mês, se a Selic for maior que 8,5%.

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b) têm a remuneração creditada no último dia útil de cada mês.


c) têm incidência do Imposto de Renda.
d) são passíveis de cobrança de taxas administrativas.
e) não são garantidas pelo FGC.

Comentários:

De acordo com a “regra nova” (de 2012, então nem é tão nova assim) caso a Selic esteja acima
de 8,5% a poupança paga 0,5% ao mês + TR, como consta na letra “a”. Mas vamos aproveitar as
demais alternativas para fixar alguns conceitos.

b) têm a remuneração creditada no último dia útil de cada mês.

Errado. A remuneração é creditada no “aniversário” da aplicação, ou seja, a cada 30 dias.

c) têm incidência do Imposto de Renda.

Errado. Bom, não têm.

d) são passíveis de cobrança de taxas administrativas.

Errado também, mas isso é novidade para você, né?

e) não são garantidas pelo FGC.

Errado. A caderneta de poupança é garantida pelo FGC, nos limites e regras estabelecidos.

Gabarito: “a”

46. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Tradicionalmente, o rendimento da Caderneta de Poupança sempre foi determinado pela
variação da TR (Taxa Referencial) mais juros de 0,5% ao mês. Entretanto, os depósitos realizados
a partir de 04/05/2012 têm rendimento vinculado à meta da taxa Selic.
Desde então, se esta meta for igual ou menor que 8,5% ao ano, os juros da Caderneta de
Poupança são
a) aumentados para 130% da Selic
b) aumentados para 130% da Selic mais a TR
c) aumentados para 100% da Selic
d) reduzidos para 70% da Selic
e) reduzidos para 70% da Selic mais a TR

Comentários:

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Essa questão é muito maliciosa. Você marcou “e”? Foi o que eu fiz, na primeira vez que resolvi.

Acontece que é correto dizer que no caso de Selic menor que 8,5% ao ano, a poupança paga
70% da Selic mais TR.

Contudo, a questão quer saber apenas sobre os juros da poupança, que ela define como sendo
de 0,5% ao mês. E esses juros é que são reduzidos para 70% da Selic (a TR continua lá) quando
ela estiver abaixo de 8,5%, ou seja, os juros passam a ser limitados a 70% da Selic.

Por isso, não é correto dizer que os juros são reduzidos de 0,5% ao mês para “70% da Selic mais
TR”, como consta na letra “e”.

Gabarito: “d”

47. (2014/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil, principalmente por
ser um investimento de baixo risco.
A poupança é regulada pelo Banco Central, e, atualmente, com a meta da taxa Selic superior a
8,5%, sua remuneração é de
a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB
b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais TR (Taxa Referencial)
c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês
d) 0,5% ao mês
e) 6% ao ano

Comentários:

Mais uma para fixar bem esse negócio. Acertou essa?

Rentabilidade da Poupança (juros)


Regra nova Regra Antiga
Selic > 8,5% a.a. Selic <= 8,5% a.a. Sempre

0,5% a.m. + TR 70% da Selic + TR 0,5% a.m + TR

Gabarito: “c”

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48. (2015/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os rendimentos sobre depósitos de poupança realizados após 04/05/2012 são compostos de
duas parcelas:
I - a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e
II - a remuneração adicional, correspondente a: a) x% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao
ano for superior a y%; ou b) z% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de
início do período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a
y%.
Para que o texto acima corresponda à remuneração da poupança tal como descrito pelo Banco
Central do Brasil, os valores de x, y e z são, respectivamente
a) 0,5 ; 8,5 e 60
b) 0,6 ; 12 e 70
c) 0,5 ; 12 e 70
d) 0,5 ; 8,5 e 70
e) 0,6 ; 8,5 e 60

Comentários:

Os valores correspondentes a x, y e z estão na letra “d”.

Gabarito: “d”

49. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


O mercado de seguros é cada vez mais crescente no Brasil. As seguradoras oferecem uma gama
diferenciada de produtos e subprodutos para atender a essa grande demanda.
O seguro de acidentes pessoais, por exemplo, garante o pagamento de indenização em caso
de
a) colisão do automóvel do segurado com veículos de terceiros, desde que esteja estipulado na
apólice.
b) perda total do veículo sem danos ao segurado, desde que especificado na apólice.
c) paralisação das atividades laborais do segurado durante o período de uma eventual
internação hospitalar causada por doença crônica.
d) invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, ou indenização ao beneficiário em caso
de falecimento do segurado.
e) incêndio, enchente ou qualquer outro tipo de fenômeno climático que danifique a residência
do segurado.

Comentários:

Como comentei, existem inúmeros seguros, e esta questão está aqui para aprendermos os
principais, do ponto de vista da banca.

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a) colisão do automóvel do segurado com veículos de terceiros, desde que esteja estipulado na
apólice.

Errado. Essa é uma possiblidade do seguro de automóvel: cobertura de danos causados a


terceiros.

b) perda total do veículo sem danos ao segurado, desde que especificado na apólice.

Errado. Também é uma cobertura possível no seguro de automóvel.

c) paralisação das atividades laborais do segurado durante o período de uma eventual internação
hospitalar causada por doença crônica.

Errado. Isso é o chamado “afastamento” do INSS.

d) invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, ou indenização ao beneficiário em caso


de falecimento do segurado.

Certo! O seguro de acidentes pessoais é semelhante ao seguro de vida, mas, como o nome
indica, só cobre eventos causados por acidentes.

e) incêndio, enchente ou qualquer outro tipo de fenômeno climático que danifique a residência
do segurado.

Errado. Esse é o seguro residencial.

Gabarito: “d”

50. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os planos de seguro têm o objetivo de gerar proteção patrimonial às pessoas físicas ou
jurídicas.
Em um seguro de veículo, se o segurado trocar de carro ou incluir algum item em sua apólice,
ele deverá solicitar a seguradora um
a) endosso na apólice
b) reembolso de prêmio
c) estorno de pagamento
d) cancelamento de apólice
e) pedido de prêmio

Comentários:

O endosso é como chamamos as alterações contratuais, inclusive do objeto segurado em um


seguro de veículos, como quando você troca de carro durante a vigência do seguro.

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Gabarito: “a”

51. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


As seguradoras também se preocupam com os riscos que as cercam por conta da possibilidade
de um colapso no mercado ou, até mesmo, pela ocorrência simultânea de muitos sinistros.
Nesse sentido, para se aliviar parcialmente do risco de um seguro já feito, a companhia poderá
contrair um novo seguro em outra instituição, através de uma operação denominada
a) corretagem de seguro
b) resseguro
c) seguro de incêndio
d) seguro de veículos
e) seguro de vida

Comentários:

A situação pede um resseguro. Lembrando:

Resseguro: operação pela qual o segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco
assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas.

Gabarito: “b”

52. (2012/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Produto que, após um período de acumulação de recursos, proporciona aos investidores uma
renda mensal − que poderá ser vitalícia ou por período determinado − ou um pagamento único,
éo
a) CDB − Certificado de Depósito Bancário.
b) FIDC − Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.
c) Ourocap − Banco do Brasil.
d) BB Consórcio de Serviços.
e) PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.

Comentários:

O enunciado descreve uma previdência, de forma que o PGBL (letra “e”) se encaixa como
gabarito.

Gabarito: “e”

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53. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é uma aplicação que tem como objetivo a
complementação da aposentadoria do seu investidor. Pode-se dizer que o PGBL é bom para o
empregado que possui renda tributável e declara o imposto de renda no modelo completo,
pois ao investir num PGBL, tem-se restituído o Imposto de Renda (IR) retido na fonte pelo
empregador sobre o valor da aplicação.
Como a tributação do PGBL ocorre no resgate sobre o(s) seu(s)
a) rendimentos, o IR é postergado, mas não há a sua isenção.
b) rendimentos, o IR é diferido, mas não há a sua isenção.
c) rendimentos, há isenção do IR.
d) valor integral, o IR é adiado, mas não há a sua isenção.
e) valor integral, há isenção do IR.

Comentários:

No PGBL, a tributação ocorre sobre o valor total, no resgate ou recebimento das parcelas do
benefício. Vamos aproveitar para firmar bem isso?

O PGBL tem como principal benefício a possibilidade de ter suas contribuições abatidas do
imposto de renda, em até 12% da renda bruta tributável.

Para tanto, é preciso ser contribuinte do regime geral da previdência e optar pela declaração
completa de imposto de renda.

Além disso, durante a fase de acumulação (pagamento de contribuições), não há cobrança de


Imposto de Renda (até 12% da renda). A cobrança ocorre apenas no resgate, incidindo sobre
toda a quantia total resgatada ou sobre as parcelas recebidas como renda, de acordo com a
tabela regressiva a seguir:

Gabarito: “d”

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54. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Uma cliente bancária está decidida a contratar um plano de previdência privada para si. No
entanto, ela está em dúvida se seu perfil está mais adequado ao “Plano Gerador de Benefício
Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador de Benefício Livre” - VGBL.
Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a escolha
adequada seria o
a) PGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do VGBL.
b) VGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do PGBL.
c) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo simplificado.
d) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.
e) VGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.

Comentários:

Como ela é isenta de pagamento de IR sobre seus rendimentos, ela não conta com a vantagem
de abatimento do PGBL, sendo o VGBL a melhor opção.

Gabarito: “b”

55. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os planos de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de
Benefício Livre) são produtos de Previdência Complementar que visam à acumulação de
recursos e à transformação de tais recursos em uma renda futura.
Na modalidade PGBL, o imposto de renda incide sobre o
a) ganho das aplicações financeiras
b) valor futuro calculado para a data do resgate
c) total resgatado ou recebido como renda
d) total de rendimentos bruto na data da aplicação
e) valor da aplicação inicial

Comentários:

Veja como a banca gosta desse assunto. E aí, vai lembrar? Tenho certeza que sim!

Gabarito: “c”

56. (2012/FCC/BANESE/Técnico Bancário)


Do sistema de previdência complementar brasileiro fazem parte as entidades fechadas de
previdência privada que são
a) fundos de pensão para funcionários de uma empresa ou grupo de empresas.

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b) garantidoras dos planos de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).


c) exclusivas para trabalhadores de empresas de capital nacional.
d) planos estruturados como Fundo Gerador de Benefício Livre (PGBL).
e) vinculadas ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Comentários:

As entidades fechadas organizam os fundos de pensão para funcionários de uma empresa ou


grupo de empresas, ou seja, previdência complementar fechada. A letra “a” é nosso gabarito.

Nas letras “b” e “d” temos previdências abertas, ou seja, assunto para as entidades abertas.

Em “c” temos uma vedação que não existe. Nada impede que uma empresa de capital
estrangeiro (como o Santander ou a Chevrolet) instituam um fundo de pensão para seus
funcionários.

Por fim, o erro em “e” é simples: por serem entidades de regime privado, não há vinculação com
qualquer ministério.

Gabarito: “a”

57. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os títulos de capitalização são um investimento com uma característica de poupança a longo
prazo remunerados pela TR mais uma taxa de juros ao mês, equiparando-se à inflação. Porém,
a característica mais atrativa dos títulos de capitalização é a
a) possibilidade de resgate dos valores com rentabilidade acima do mercado.
b) garantia oferecida para compra de bens imóveis.
c) geração de créditos fiscais para abatimentos futuros.
d) rentabilidade diferenciada oferecida na ocasião do resgate.
e) possibilidade de ganhos de prêmios em dinheiro pelos sorteios periódicos.

Comentários:

Discordo bastante do enunciado, tanto por chamar capitalização de “investimento”, quanto por
dizer que se equipara à inflação, algo que vimos não ser verdade na maioria dos casos. Mas como
precisamos julgar as alternativas, e não o enunciado, até conseguimos encontrar uma boa:

De fato, o principal atrativo da capitalização são os sorteios. Tanto é que os prêmios é que são
alardeados nas peças publicitárias, e não a “incrível rentabilidade” (contém ironia).

Ficamos com a letra “e”. Mas vejamos as demais:

a) possibilidade de resgate dos valores com rentabilidade acima do mercado.

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Que mercado? De toda forma, a rentabilidade da capitalização perde até para a poupança, uma
vez que parte dos recursos é destinado aos prêmios, sequer sendo aplicada.

b) garantia oferecida para compra de bens imóveis.

Errado. Aqui a questão tenta confundir com a capitalização da modalidade “instrumento de


garantia”, que serve para contrato de aluguel, e não de compra.

c) geração de créditos fiscais para abatimentos futuros.

Errado. Abatimento fiscal é algo fora do escopo do edital, mas apenas para contextualizar, as
empresas que pagam vales-alimentação para seus funcionários podem abater esses valores nos
impostos que paga.

d) rentabilidade diferenciada oferecida na ocasião do resgate.

Errado. Sinceramente, não sei o que a alternativa quis dizer. A capitalização possui mesmo
rentabilidade diferenciada conforme o momento do resgate antecipado, conforme o prazo de
vigência, como vimos nesta tabela:

Resgate antecipado Percentual Mínimo


Até ½ (metade) do prazo de vigência 90%
Entre ½ do prazo e ¾ do prazo de vigência 95%
A partir ¾ do prazo de vigência 100%

Mas não é isso que a alternativa fala, sendo bem confusa, na minha opinião.

Gabarito: “e”

58. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os títulos de capitalização são emitidos pelas sociedades de capitalização e têm por objeto o
depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido
o prazo contratado, os direitos de concorrer a sorteio de prêmios em dinheiro e o de
a) resgatar o valor do título mediante lance em leilões periódicos.
b) resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros.
c) aplicar parte dos recursos em ações das bolsas de valores.
d) concorrer a imóveis nos feirões da casa própria.
e) concorrer a prêmios em barras de ouro.

Comentários:

Perceba que a questão quer complementar a frase do enunciado.

Assim, a capitalização contempla “os direitos de concorrer a sorteio de prêmios em dinheiro e o


de“..., letra “b”: “resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros”.

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As demais alternativas são bem confusas, mas vamos ver o que conseguimos tirar de bom:

a) resgatar o valor do título mediante lance em leilões periódicos.

Errado. O que é isso? Parece uma mistura de consórcio com capitalização. Fato é que não existe
essa possibilidade de dar lances num título de capitalização.

c) aplicar parte dos recursos em ações das bolsas de valores.

Errado. Parece-me que a alternativa quer tentar confundir com fundo de investimento ou
previdência complementar.

d) concorrer a imóveis nos feirões da casa própria.

Errado. Esses feirões são realizados pela Caixa para venda (e não sorteio) de imóveis. De toda
forma, sem relação com capitalização.

e) concorrer a prêmios em barras de ouro.

Errado. Os prêmios até podem ser em barras de ouro (em certificados, para ser mais preciso),
mas aí a sentença ficaria “(...) os direitos de concorrer a sorteio de prêmios em dinheiro e o de
concorrer a prêmios em barras de ouro“. E isso não descreve a capitalização. Ao menos, não tão
bem quanto a letra “b”.

Gabarito: “b”

59. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A parcela de cada pagamento de um Título de Capitalização que será restituída ao investidor
no final do plano é
a) a quota de carência.
b) o prêmio.
c) a reserva técnica.
d) a quota de administração.
e) a quota de capitalização (ou provisão matemática).

Comentários:

A parcela de cada pagamento que será restituída (com juros) para o investidor, ou melhor, para
o subscritor, é a quota de capitalização. Assim, apesar de meio incompleta, está correta a letra
“e”.

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Não existe quota de carência (a), existe prazo de carência, que é o tempo mínimo que o capital
fica indisponível para resgate.

O prêmio (b), no contexto da capitalização, é aquilo a que os subscritores concorrem nos


sorteios. (no contexto do seguro é aquilo que os segurados pagam. Confuso, né?)

A reserva técnica (c) aplica-se a seguros, e é a parte dos prêmios que é investida para garantir a
cobertura das indenizações.

Por fim, a quota de administração (d) pode ser um nome para a quota de carregamento:
percentual da contribuição destinado aos custos de despesas com corretagem, colocação e
administração do título de capitalização, emissão, divulgação, lucro da sociedade de
capitalização e eventuais despesas relativas ao custeio da contemplação obrigatória e da
distribuição de bônus.

Gabarito: “e”

60. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário)


As Sociedades de Capitalização são entidades constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, que negociam contratos, denominados títulos de capitalização.
Esses títulos têm por objeto a(o)
a) aquisição de ações de empresas privadas, para investimento em longo prazo, com opção de
realizar a venda dessas ações a qualquer tempo.
b) compra parcelada de um bem em que um grupo de participantes, organizados por uma
empresa administradora, rateia o valor do bem desejado pelos meses de parcelamento.
c) compra de títulos públicos ou privados, mediante depósitos mensais em dinheiro, que serão
capitalizados a uma determinada taxa de juros até o final do contrato.
d) investimento em títulos públicos do governo federal, no qual o investidor poderá optar pelo
resgate do Fundo de Garantia (FGTS) ou pelo pagamento em dinheiro.
e) depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá o direito de
resgatar parte dos valores corrigidos e de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

Comentários:

Os títulos de capitalização estão corretamente descritos na letra “e”.

Gabarito: “e”

61. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Frequentemente ofertados aos clientes das redes bancárias, os títulos de capitalização
proporcionam

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a) garantia da instituição financeira emissora.


b) isenção de imposto de renda sobre o valor resgatado que exceda à aplicação.
c) prazo de validade igual ou superior a seis meses na modalidade tradicional.
d) possibilidade de transferência durante a vigência, de uma pessoa para outra.
e) a opção, pelo subscritor, da emissão “ao portador”.

Comentários:

Vejamos cada uma das alternativas:

a) garantia da instituição financeira emissora.

Errado. Quem emite títulos de capitalização são as Sociedades de Capitalização, que não são
instituições financeiras.

b) isenção de imposto de renda sobre o valor resgatado que exceda à aplicação.

Errado. Há incidência de imposto de renda, tanto sobre rendimentos que excederem o valor
aplicado, quanto sobre as premiações.

c) prazo de validade igual ou superior a seis meses na modalidade tradicional.

Errado. A vigência mínima é de 12 meses.

d) possibilidade de transferência durante a vigência, de uma pessoa para outra.

Certo! O subscritor pode negociar seus títulos livremente, comunicando à sociedade emissora.

e) a opção, pelo subscritor, da emissão “ao portador”.

Errado. Os títulos de capitalização são nominativos, ou seja, deve constar expressamente quem
é o subscritor.

Gabarito: “d”

62. (2019/IADES/BRB/Escriturário)
A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as
transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das
transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa correta.
a) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais evidencia o
aumento da confiança do cliente na segurança do canal.
b) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo internet
banking.
c) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação financeira.

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d) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os correspondentes


no País.
e) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou seja, o
cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as transações bancárias.

Comentários:

A alternativa “a” contém, de fato, a conclusão da Febraban a respeito do dado, que podemos
considerar bastante aceitável.

A abertura de uma conta pode ser efetuada também por aplicativos mobile, e por isso “b” está
errada.

O problema em “c” está em dizer que o mobile banking serve apenas para transações sem
movimentação financeira, quando, na verdade, transferências e pagamentos são uma realidade.

Correspondentes no país são locais físicos que prestam alguns serviços bancários em nome do
banco. Os Correios, por exemplo, atuaram como correspondentes do Banco do Brasil. E se tem
algo com menos cara de canal digital do que os correios, eu desconheço. “d” está errada.

Por fim, não acredito que você tenha marcado “e”, mas não custa ressaltar que mobile banking
e internet banking não são excludentes. Na verdade, em muitos casos, são complementares,
como quando você valida com o celular transações feitas pelo computador.

Gabarito: “a”

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LISTA DE QUESTÕES
1. (2021/PROF. CELSO NATALE)
O uso do “dinheiro de plástico” consolidou-se nos últimos anos como uma das principais
modalidades de pagamento.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado para compras à vista em estabelecimentos
comerciais é o
a) cartão presente
b) cartão de débito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) cartão virtual

2. (2021/PROF. CELSO NATALE)


O cartão de débito possui duas funções principais. Assinale-as.
a) Autoatendimento e comércio
b) Parcelamento de compras e cadastramento de débito automático
c) Comércio e garantias
d) Transferências ao exterior e pagamentos
e) Saques e compras à vista

3. (2021/PROF. CELSO NATALE)


De acordo com a normatização do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional,
a emissão de segunda via de cartão de débito é
a) gratuita, em qualquer caso
b) tarifada, em qualquer caso
c) gratuita, se o motivo da substituição for imputável à instituição emissora
d) vedada, por motivos de segurança
e) tarifada, se o motivo da substituição não for imputável ao usuário

4. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
Nos dias de hoje, o uso do “dinheiro de plástico” está superando cada vez mais outras
modalidades de pagamento, que, com o passar dos anos, estão ficando obsoletas.
Um tipo de “dinheiro de plástico” muito utilizado no comércio de rua é o
a) cartão cidadão

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b) cartão de crédito
c) cartão de senhas
d) talão de cheques
e) internet banking

5. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os cartões de crédito são, às vezes, chamados de “dinheiro de plástico”. Seu uso crescente
como meio de pagamento implica vários aspectos, EXCETO o(a)
a) ganho sobre a inflação para os possuidores de cartão, sendo os valores das compras pagos
apenas no vencimento do cartão.
b) crédito automático até certo limite para os possuidores de cartão.
c) aumento da demanda de papel moeda pelos possuidores de cartão, para pagamento de suas
transações.
d) aumento da segurança da transação, tanto para o comprador quanto para o vendedor.
e) indução ao crescimento de vendas para os estabelecimentos credenciados.

6. (2018/CEBRASPE-CESPE/BNB/Analista Bancário)
Julgue o item seguinte, acerca dos serviços de compensação de cheques e outros títulos.
A Centralizadora da Compensação de Cheques (COMPE), sistema operado pelo Banco do
Brasil S.A., é responsável pela compensação interbancária de cheques.

7. (2007/CEBRASPE-CESPE/BANCO DO BRASIL/Escriturário)
O Banco do Brasil S.A. (BB) teve destacado papel na criação, estruturação e regulação do
Sistema Financeiro Nacional (SFN), que ocorreram por meio das leis de Reforma Bancária
(1964), do Mercado de Capitais (1965) e de Criação dos Bancos Múltiplos (1988). O SFN pode
ser definido como sendo o conjunto de órgãos de regulação, instituições financeiras e
instituições auxiliares, públicos ou privados, que atuam na intermediação de transferência de
recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas ou governo) superavitários para os
deficitários. Acerca das atribuições e funções do BB, julgue o item seguinte.
A partir da instituição do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), o BB deixou de ser
responsável por executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis.

8. (2014/INSTITUTO AOCP/EBSERH/Analista - Economia)


Compete ao Banco Central do Brasil (Bacen), EXCETO
a) compensar cheques e outros papéis.
b) controlar a oferta de moeda e crédito.

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c) fiscalizar as instituições financeiras.


d) emitir papel moeda e a moeda metálica.
e) executar a política cambial e administração do câmbio.

9. (2012/FCC/BANESE/Técnico Bancário I)
As normas do Banco Central do Brasil a respeito de cheque determinam que
a) as pessoas, lojas e empresas são obrigadas a receber.
b) não pode ser pago pelo banco antes do dia nele indicado.
c) o correntista não tem formas de impedir o pagamento de um cheque já emitido.
d) o beneficiário está impedido de levar a protesto ou executar em juízo.
e) tem que ser nominal no caso de valor superior a R$ 100,00.

10. (2013/CEBRASPE-CESPE/TJ-RN/Juiz de Direito Substituto)


Com relação ao cheque, assinale a opção correta.
a) O cheque estipulado pagável a favor de pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa à
ordem, é transmissível por via de endosso.
b) Assim como os demais títulos de crédito, o cheque deve ser apresentado para aceite, sob
pena de não ser executável.
c) Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador, em
nenhuma hipótese, exceções fundadas em relações pessoais com o emitente.
d) O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado,
ficando desonerados os obrigados para com este em virtude do cheque.
e) Após emitido o cheque, caso o seu emitente venha a falecer ou ser declarado incapaz, os
efeitos do cheque serão invalidados

11. (2014/INAZ DO PARÁ/BANPARÁ/Técnico Bancário (BANPARÁ)/2014


O cheque é uma ordem de pagamento à vista. Portanto, é incorreto afirmar que:
a) Ele pode ser emitido nominativo, não-nominativo e ao portador.
b) O cheque cruzado tem que ser depositado em conta bancária.
c) O cheque deve ser apresentado em 30 dias de sua emissão, quando na mesma praça; e em
90 dias, quando de outra praça.
d) O serviço de compensação de cheques é regulado pelo Banco do Brasil.
e) O cheque pode ser transferido por endosso.

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12. (2021/CEBRASPE-CESPE/BANESE/Técnico Bancário I)


No que se refere à abertura e ao encerramento de conta-corrente, julgue o item subsecutivo.
É proibida a abertura de conta-corrente para agente com inscrição no Cadastro de Emitentes
de Cheques sem Fundos (CCF).

13. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Uma das medidas adotadas para mitigar os efeitos da crise financeira de 2008 foi a ampliação
do acesso ao crédito, aumentando, com isso, ainda mais, o papel dos bancos no
desenvolvimento do país.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
a) é um empréstimo pessoal de operação não vinculada à aquisição de bens ou serviços.
b) exclui as compras no cartão de crédito.
c) é um crédito concedido através de bancos e instituições financeiras para aquisição de bens.
d) é um empréstimo descontado diretamente na folha de pagamento.
e) possui um prazo mínimo de 2 anos para o vencimento.

14. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Atualmente os bancos oferecem diversas modalidades de crédito. A operação de crédito
concedida para a aquisição de bens e serviços, com a opção de antecipação de pagamento das
parcelas com deságio, é o
a) leasing
b) certificado de depósito interbancário
c) cartão de crédito
d) crédito direto ao consumidor
e) hot money

15. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Atenção: Para responder à questão, considere o Código de Defesa do Consumidor Bancário.
As Instituições Financeiras, nas operações de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor,
realizadas com seus clientes, devem assegurar o direito à liquidação antecipada do débito
a) total ou parcial, sem redução proporcional dos juros.
b) total ou parcial, mediante redução proporcional dos juros.
c) total, exclusivamente, mediante redução proporcional dos juros.
d) total, exclusivamente, sem redução proporcional dos juros.
e) parcial, exclusivamente, com redução proporcional dos juros.

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16. (2015/EXATUS/BANPARÁ/Técnico Bancário)


O Crédito Direto ao Consumidor – CDC - é uma operação de crédito concedida a pessoas físicas
ou jurídicas para a aquisição de bens e serviços.
Com base nessa afirmação, assinale a alternativa correta sobre o CDC:
a) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem que será
pago com sua renda futura.
b) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar de um bem noventa dias após quitação
da primeira parcela de pagamento.
c) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após trinta dias da
quitação da primeira parcela de pagamento.
d) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar do bem adquirido após sessenta dias
da quitação da terceira parcela de pagamento.
e) O consumidor que contrata o CDC passa a desfrutar imediatamente de um bem adquirido
após o vencimento da segunda parcela.

17. (2013/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


As operações denominadas Crédito Direto ao Consumidor são caracterizadas
a) pela não incidência de IOF para contratos com pessoa física.
b) por destinação ao financiamento de bens e serviços para pessoas físicas ou jurídicas.
c) pela dispensa da informação do Custo Efetivo Total para clientes correntistas dos bancos.
d) pela impossibilidade de antecipação de pagamento de parcelas.
e) pela ausência de gravame no caso de financiamento de veículos usados.

18. (2010/FUNVAPI/BANPARÁ/Técnico Bancário)


João recorreu ao banco em que é cliente e contratou um financiamento para aquisição de um
computador portátil (notebook). Assinale a opção correta sobre a operação realizada entre
João e o banco:
a) Mobile banking;
b) Certificado de Depósito Bancário – CDB;
c) Crédito Direto ao Consumidor – CDC;
d) Internet banking;
e) Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência – CDC-I.

19. (2010/CEBRASPE-CESPE/BASA/Técnico Bancário)


Acerca de crédito bancário, julgue o item seguinte.
O crédito direto ao consumidor é uma modalidade destinada exclusivamente à compra de bens
imóveis comerciais e residenciais, e seus principais clientes são as pessoas físicas.

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20. (2018/BASA/CESGRANRIO/Técnico Bancário)


O crédito rural abrange diversas modalidades de financiamento aos empresários do setor,
desde a fase de produção até o abastecimento dos mercados consumidores.
A modalidade que assegura aos produtores e cooperativas rurais recursos destinados a
financiar o abastecimento doméstico e o armazenamento dos estoques excedentes em
períodos de queda dos preços é denominada crédito
a) geral
b) especial
c) de investimento
d) de custeio
e) de comercialização

21. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Em virtude das peculiaridades das atividades agropecuárias, a maior parte dos países
disponibiliza um adequado sistema de financiamento aos produtores, abarcando linhas de
crédito ao investimento, à produção e à comercialização dos produtos do setor. O Banco do
Brasil, particularmente, oferece diversas linhas de crédito adequadas às necessidades dos
produtores rurais. Associe as linhas de financiamento disponibilizadas pelo Banco do Brasil aos
seus objetivos e características principais, apresentados a seguir.
I - Custeio agropecuário
II - Pronamp Investimento
III - Financiamento de Garantia de Preços ao Produtor (FGPP)
IV - BB Agronegócio Giro
P - Crédito destinado à aquisição de produtos agropecuários diretamente de produtores rurais,
suas associações ou cooperativas de produção agropecuária.
Q - Crédito para financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais.
R - Crédito destinado à cobertura das despesas do dia a dia da produção das atividades
agrícolas e pecuárias.
S - Crédito rotativo destinado à compra de insumos e matérias-primas relacionadas à produção
agropecuária.
T - Crédito para financiamento das despesas de investimento, destinado ao médio produtor
rural.
As associações corretas são:
a) I – P ; II – T ; III – R ; IV – S
b) I – R ; II – T ; III – S ; IV – P
c) I – S ; II – T ; III – P ; IV – R
d) I – R ; II – T ; III – P ; IV – S
e) I – R ; II – Q ; III – P ; IV – S

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22. (2021/PROF. CELSO NATALE)


Produto oferecido no mercado que consiste na reunião de pessoas para aquisição de bens por
meio de autofinanciamento é o(a)
a) Crédito.
b) Financiamento.
c) Consórcio.
d) Capitalização.
e) Cooperativa.

23. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito dos consórcios, considere os itens a seguir e assinale a alternativa que estabelece
corretamente a correspondência com os conceitos. ==275324==

Itens
I. Fundo comum.
II. Fundo de reserva.
III. Taxa de administração.
IV. Carta de crédito
Conceitos
X. Remuneração da administradora de consórcios
Y. Destina-se à aquisição dos bens mediante contemplação
W. Dá direito à aquisição do bem ou serviço previsto no contrato
Z. Cobertura para eventos como inadimplência e seguros
a) I-Y, II-Z, III-X, IV-W
b) I-Z, II-Y, III-X, IV-W
c) I-Y, II-X, III-W, IV-Z
d) I-W, II-Z, III-Y, IV-W
e) I-Y, II-Z, III-W, IV-X

24. (2021/PROF. CELSO NATALE)


A respeito das atribuições do Banco Central do Brasil, estabelecidas na legislação em vigor,
assinale a opção correta.
a) Compete ao Banco Central, com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
supervisionar as administradoras de consórcios.
b) As administradoras do setor de consórcios são fiscalizadas e autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil.
c) Os bancos múltiplos com carteira comercial podem atuar como administradores de
consórcios de bens, desde que designem diretor responsável exclusivamente pela atividade.
d) O mercado cambial é fiscalizado exclusivamente pela CVM.

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e) O Banco Central não pode intervir nas empresas operadoras de consórcios ou decretar sua
liquidação extrajudicial.

25. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Analise:
O princípio básico do ______ é o de que o lucro vem da ______ de um bem e não da sua ______.
Preenchem correta e respectivamente as lacunas acima:
a) leasing, utilização, propriedade
b) vendor, fabricação, venda
c) crédito direto ao consumidor, utilização, compra
d) cheque especial, aquisição, fabricação
e) compror, utilização, compra

26. (2022/BASA/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


N negocia determinado bem através de contrato de leasing. Nos termos dessa espécie
contratual, é possível a aquisição do referido bem no final do contrato pelo
a) custo médio calculado pelo credor
b) percentual de prestações previsto
c) preço residual avençado
d) prêmio acordado pelas partes
e) valor total do bem

27. (2014/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia)


As sociedades de arrendamento mercantil são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil e
realizam operações de arrendamento de bens móveis e imóveis.
Uma das principais operações de arrendamento mercantil é denominada
a) Leasing
b) Factoring
c) Hot Money
d) Corporate finance
e) Commercial papers

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28. (2012/CESGRANRIO/CEF/Técnico Bancário Novo)


As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima,
devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão “Arrendamento
Mercantil”.
Uma das operações típicas realizadas por essas sociedades é o(a)
a) leasing
b) factoring
c) underwriting
d) câmbio internacional
e) venda de ações

29. (2015/QUADRIX/CRM-TO/Analista Contábil)


O Dicionário Internacional de Economia e Finanças da Forense Universitária conceitua Banco
como a “instituição que tem como atividade básica receber do público, sob a forma de
depósitos ou sob outras formas, fundos que serão empregados em operações de desconto, de
crédito ou aplicações financeiras”. Informa ainda que “a atividade bancária inclui ainda a
possibilidade para os bancos de criar moeda escritural e a faculdade de ativar diversos meios
para a concessão de créditos, seja por meio de criação de moeda bancária ou da transformação
de depósitos à vista ou de poupança líquida em empréstimos”.
A “operação através da qual um banco paga ao portador de um título comercial seu valor, antes
do vencimento, mediante uma dedução do referido valor”, é denominada:
a) Desconto de títulos.
b) Redesconto.
c) Entesouramento.
d) Empréstimo.
e) Autofinanciamento.

30. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os bancos oferecem diversas modalidades de crédito para as empresas ajustarem seu fluxo de
caixa. Uma dessas modalidades é o desconto de títulos, que consiste na
a) antecipação de um direito (recebível), seja um boleto ou um cheque, feito pelo banco ao
cliente, mediante a cobrança de uma taxa de juros.
b) prorrogação do vencimento de títulos (deveres) dos seus clientes para uma data futura,
mediante a cobrança de uma taxa de juros.
c) liquidação antecipada de títulos dos clientes com um desconto nos juros proporcional ao
prazo de antecipação.
d) geração de descontos em tarifas e taxas bancárias para os clientes que realizarem os
pagamentos de títulos pela internet.
e) alienação de recebíveis atrelados a bens móveis e imóveis com desconto na taxa de juros.

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31. (2018/FADESP/BANPARÁ/Técnico Bancário)


Refere-se a uma operação de crédito bancário com um valor limite. Normalmente é
movimentada pelo cliente através de seus cheques, desde que não haja saldo disponível em
sua conta corrente de movimentação. À medida que entram recursos na conta corrente do
cliente, eles são usados para cobrir o saldo devedor. Essas características dizem respeito ao(às)
a) Hot Money.
b) Crédito Rotativo.
c) Contas Garantidas.
d) Banco Virtual.
e) transferências automáticas de fundos.

32. (2011/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A operação de empréstimo bancário denominada hot money é caracterizada como:
a) de médio prazo.
b) isenta de IOF.
c) crédito direto ao consumidor.
d) de prazo mínimo de 1 dia útil.
e) destinada à aquisição de bens.

33. (2008/CESGRANRIO/CEF/Técnico Bancário Novo - Administrativa)


A operação bancária de empréstimo a curtíssimo prazo, geralmente de um dia e no máximo de
dez dias, que visa a atender às necessidades imediatas de caixa de seus clientes, e tem como
referencial a taxa CDI acrescida de um spread e impostos é o
a) hot money.
b) mobile banking.
c) factoring.
d) certificado de depósito bancário.
e) crédito rotativo.

34. (2010/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A operação bancária de vendor finance é a prática de financiamento de vendas com base no
princípio da
a) obtenção de receitas, que viabiliza vantagens para o cliente em uma transação comercial.
b) cessão de crédito, que permite a uma empresa vender seu produto a prazo e receber à vista
o pagamento do Banco, mediante o pagamento de juros.
c) concentração do risco de crédito, que fica por conta da empresa compradora em troca de
uma redução da taxa de juros na operação do financiamento das vendas.

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d) troca ou negociação de títulos de curto prazo por recebíveis de longo prazo, sem custos para
ambas as partes.
e) retenção de crédito lastreado por títulos públicos e vinculado a transações comerciais,
garantindo ao vendedor o recebimento total de sua duplicata.

35. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A empresa XYZ possui um bom conceito de crédito junto ao seu banco e opera com clientes
que dificilmente atrasam seus pagamentos, mas, devido a investimentos realizados
recentemente visando o aumento da produção, atualmente não dispõe de recursos próprios
para financiar suas vendas. A operação por meio da qual o banco poderá viabilizar as vendas a
prazo da empresa XYZ recebe a denominação de
a) factoring.
b) crédito direto ao consumidor.
c) leasing.
d) warrants.
e) vendor finance.

36. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Atualmente, os bancos possuem diversos tipos de produtos para financiar as relações
comerciais, desde as realizadas por microempresas até as realizadas por grandes empresas.
Qual é o nome da operação realizada quando pequenas indústrias vendem para grandes lojas
comerciais e estas procuram os bancos para dilatar o prazo de pagamento mediante a retenção
de juros?
a) Compror Finance
a) Vendor Finance
a) Capital de Giro
a) Contrato de Mútuo
a) Crédito Rotativo

37. (2008/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico - Engenharia)


Os Certificados de Depósito Bancário (CDB) são títulos emitidos pelos Bancos com o objetivo
de
a) capitalizar as empresas de capital aberto que fazem parte do portfolio do banco.
b) pagar indenizações e multas fiscais.
c) captar recursos que serão normalmente repassados na forma de empréstimos.
d) captar recursos de curtíssimo prazo de outros Bancos.
e) captar recursos exclusivamente com taxas de juros pré-fixadas.

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38. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O CDB é emitido pelas instituições financeiras como forma de captação de recursos.

39. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O CDB é uma forma de investir no Tesouro Direto.

40. (2021/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Dentre as escolhas mais populares de investimentos, a caderneta de poupança é uma das
opções mais utilizadas pelos brasileiros, sendo considerada um investimento de renda fixa.
São também investimentos de renda fixa
a) as Ações
b) as Opções
c) as Commodities
d) os CDB
e) os ETF de Ações

41. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
Com o CDB pré-fixado, o investidor conhece o indicador que servirá de referência para a
rentabilidade do seu papel.

42. (2021/INSTITUTO AOCP/FUNPRESP-JUD/Analista - Investimentos)


Em relação à distribuição de dividendos, julgue o seguinte item.
O indicador mais utilizado para os CDBs pós-fixados é o CDI.

43. (2022/INSTITUTO AOCP/BANESE/Técnico Bancário - Informática) [adaptada]


Em relação aos produtos financeiros (ativos e passivos) disponíveis, assinale a alternativa
correta.
a) O Certificado de Depósito Bancário e o Recibo de Depósito Bancário podem ser transferidos,
a qualquer momento, para outros investidores.
b) O hot money são operações de curto prazo e é utilizado para financiar o caixa das empresas.
Tem como referencial a taxa CDI e o spread cobrado, sendo isento do IOF.

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c) A Letra de Câmbio é um título de crédito utilizado pelas Sociedades de Crédito,


Financiamento e Investimento (as Financeiras), destinado à captação de recursos para
realização de financiamento de operações de crédito.
d) Commercial papers são títulos privados bancários, emitidos para compensar o depósito
compulsório realizado pelos bancos junto ao BACEN.
e) A caderneta de poupança é uma aplicação popular e possui como principais atrativos a
liquidez imediata e a isenção de IR para pessoas físicas e jurídicas.

44. (2018/CESGRANRIO - Técnico Científico (BASA)/Tecnologia da Informação/2018


O mercado financeiro capta recursos junto ao público, mediante a emissão de diversos títulos
de crédito, diferenciados por características, tais como o tipo de emissor (bancos, entidades de
crédito e financiamento, governos, etc.), formas de remuneração (renda fixa ou variável), dentre
outras. Existe, por exemplo, um título de renda fixa, emitido pelas sociedades de crédito,
financiamento e investimento (“financeiras”), destinado à captação de recursos que serão
utilizados, sobretudo, no financiamento de operações de crédito entre financiadoras e
comerciantes.
O título descrito acima é o(a)
a) certificado de depósito bancário (CDB)
b) título do Tesouro Nacional
c) letra financeira do Tesouro (LFT)
d) caderneta de poupança
e) letra de câmbio

45. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


As sucessivas reduções na taxa básica de juros, a Selic, impactam a decisão dos investidores
com relação à poupança. Sobre as cadernetas de poupança tem-se que
a) têm a remuneração composta pela Taxa Referencial e por uma remuneração adicional de
0,5% ao mês, se a Selic for maior que 8,5%.
b) têm a remuneração creditada no último dia útil de cada mês.
c) têm incidência do Imposto de Renda.
d) são passíveis de cobrança de taxas administrativas.
e) não são garantidas pelo FGC.

46. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Tradicionalmente, o rendimento da Caderneta de Poupança sempre foi determinado pela
variação da TR (Taxa Referencial) mais juros de 0,5% ao mês. Entretanto, os depósitos realizados
a partir de 04/05/2012 têm rendimento vinculado à meta da taxa Selic.

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Desde então, se esta meta for igual ou menor que 8,5% ao ano, os juros da Caderneta de
Poupança são
a) aumentados para 130% da Selic
b) aumentados para 130% da Selic mais a TR
c) aumentados para 100% da Selic
d) reduzidos para 70% da Selic
e) reduzidos para 70% da Selic mais a TR

47. (2014/CESGRANRIO/BASA/Técnico Científico - Tecnologia da Informação)


A caderneta de poupança é um dos investimentos mais populares do Brasil, principalmente por
ser um investimento de baixo risco.
A poupança é regulada pelo Banco Central, e, atualmente, com a meta da taxa Selic superior a
8,5%, sua remuneração é de
a) 0,3% ao mês, mais a variação do CDB
b) IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), mais TR (Taxa Referencial)
c) TR (Taxa Referencial), mais 0,5% ao mês
d) 0,5% ao mês
e) 6% ao ano

48. (2015/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os rendimentos sobre depósitos de poupança realizados após 04/05/2012 são compostos de
duas parcelas:
I - a remuneração básica, dada pela Taxa Referencial - TR, e
II - a remuneração adicional, correspondente a: a) x% ao mês, enquanto a meta da taxa Selic ao
ano for superior a y%; ou b) z% da meta da taxa Selic ao ano, mensalizada, vigente na data de
início do período de rendimento, enquanto a meta da taxa Selic ao ano for igual ou inferior a
y%.
Para que o texto acima corresponda à remuneração da poupança tal como descrito pelo Banco
Central do Brasil, os valores de x, y e z são, respectivamente
a) 0,5 ; 8,5 e 60
b) 0,6 ; 12 e 70
c) 0,5 ; 12 e 70
d) 0,5 ; 8,5 e 70
e) 0,6 ; 8,5 e 60

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49. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


O mercado de seguros é cada vez mais crescente no Brasil. As seguradoras oferecem uma gama
diferenciada de produtos e subprodutos para atender a essa grande demanda.
O seguro de acidentes pessoais, por exemplo, garante o pagamento de indenização em caso
de
a) colisão do automóvel do segurado com veículos de terceiros, desde que esteja estipulado na
apólice.
b) perda total do veículo sem danos ao segurado, desde que especificado na apólice.
c) paralisação das atividades laborais do segurado durante o período de uma eventual
internação hospitalar causada por doença crônica.
d) invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, ou indenização ao beneficiário em caso
de falecimento do segurado.
e) incêndio, enchente ou qualquer outro tipo de fenômeno climático que danifique a residência
do segurado.

50. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os planos de seguro têm o objetivo de gerar proteção patrimonial às pessoas físicas ou
jurídicas.
Em um seguro de veículo, se o segurado trocar de carro ou incluir algum item em sua apólice,
ele deverá solicitar a seguradora um
a) endosso na apólice
b) reembolso de prêmio
c) estorno de pagamento
d) cancelamento de apólice
e) pedido de prêmio

51. (2012/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


As seguradoras também se preocupam com os riscos que as cercam por conta da possibilidade
de um colapso no mercado ou, até mesmo, pela ocorrência simultânea de muitos sinistros.
Nesse sentido, para se aliviar parcialmente do risco de um seguro já feito, a companhia poderá
contrair um novo seguro em outra instituição, através de uma operação denominada
a) corretagem de seguro
b) resseguro
c) seguro de incêndio
d) seguro de veículos
e) seguro de vida

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52. (2012/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Produto que, após um período de acumulação de recursos, proporciona aos investidores uma
renda mensal − que poderá ser vitalícia ou por período determinado − ou um pagamento único,
éo
a) CDB − Certificado de Depósito Bancário.
b) FIDC − Fundo de Investimento em Direitos Creditórios.
c) Ourocap − Banco do Brasil.
d) BB Consórcio de Serviços.
e) PGBL − Plano Gerador de Benefício Livre.

53. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


O Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) é uma aplicação que tem como objetivo a
complementação da aposentadoria do seu investidor. Pode-se dizer que o PGBL é bom para o
empregado que possui renda tributável e declara o imposto de renda no modelo completo,
pois ao investir num PGBL, tem-se restituído o Imposto de Renda (IR) retido na fonte pelo
empregador sobre o valor da aplicação.
Como a tributação do PGBL ocorre no resgate sobre o(s) seu(s)
a) rendimentos, o IR é postergado, mas não há a sua isenção.
b) rendimentos, o IR é diferido, mas não há a sua isenção.
c) rendimentos, há isenção do IR.
d) valor integral, o IR é adiado, mas não há a sua isenção.
e) valor integral, há isenção do IR.

54. (2015/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Uma cliente bancária está decidida a contratar um plano de previdência privada para si. No
entanto, ela está em dúvida se seu perfil está mais adequado ao “Plano Gerador de Benefício
Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador de Benefício Livre” - VGBL.
Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a escolha
adequada seria o
a) PGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do VGBL.
b) VGBL, pois ela não conta com a vantagem fiscal do PGBL.
c) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo simplificado.
d) PGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.
e) VGBL, pois ela declara seu imposto de renda no modelo completo.

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55. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os planos de previdência PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de
Benefício Livre) são produtos de Previdência Complementar que visam à acumulação de
recursos e à transformação de tais recursos em uma renda futura.
Na modalidade PGBL, o imposto de renda incide sobre o
a) ganho das aplicações financeiras
b) valor futuro calculado para a data do resgate
c) total resgatado ou recebido como renda
d) total de rendimentos bruto na data da aplicação
e) valor da aplicação inicial

56. (2012/FCC/BANESE/Técnico Bancário)


Do sistema de previdência complementar brasileiro fazem parte as entidades fechadas de
previdência privada que são
a) fundos de pensão para funcionários de uma empresa ou grupo de empresas.
b) garantidoras dos planos de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).
c) exclusivas para trabalhadores de empresas de capital nacional.
d) planos estruturados como Fundo Gerador de Benefício Livre (PGBL).
e) vinculadas ao Ministério do Trabalho e Emprego.

57. (2013/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


Os títulos de capitalização são um investimento com uma característica de poupança a longo
prazo remunerados pela TR mais uma taxa de juros ao mês, equiparando-se à inflação. Porém,
a característica mais atrativa dos títulos de capitalização é a
a) possibilidade de resgate dos valores com rentabilidade acima do mercado.
b) garantia oferecida para compra de bens imóveis.
c) geração de créditos fiscais para abatimentos futuros.
d) rentabilidade diferenciada oferecida na ocasião do resgate.
e) possibilidade de ganhos de prêmios em dinheiro pelos sorteios periódicos.

58. (2013/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


Os títulos de capitalização são emitidos pelas sociedades de capitalização e têm por objeto o
depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido
o prazo contratado, os direitos de concorrer a sorteio de prêmios em dinheiro e o de
a) resgatar o valor do título mediante lance em leilões periódicos.
b) resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros.
c) aplicar parte dos recursos em ações das bolsas de valores.

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d) concorrer a imóveis nos feirões da casa própria.


e) concorrer a prêmios em barras de ouro.

59. (2006/FCC/BANCO DO BRASIL/Escriturário - Agente Comercial)


A parcela de cada pagamento de um Título de Capitalização que será restituída ao investidor
no final do plano é
a) a quota de carência.
b) o prêmio.
c) a reserva técnica.
d) a quota de administração.
e) a quota de capitalização (ou provisão matemática).

60. (2012/CESGRANRIO/CAIXA ECONÔMICA FEDERAL/Técnico Bancário)


As Sociedades de Capitalização são entidades constituídas sob a forma de sociedades
anônimas, que negociam contratos, denominados títulos de capitalização.
Esses títulos têm por objeto a(o)
a) aquisição de ações de empresas privadas, para investimento em longo prazo, com opção de
realizar a venda dessas ações a qualquer tempo.
b) compra parcelada de um bem em que um grupo de participantes, organizados por uma
empresa administradora, rateia o valor do bem desejado pelos meses de parcelamento.
c) compra de títulos públicos ou privados, mediante depósitos mensais em dinheiro, que serão
capitalizados a uma determinada taxa de juros até o final do contrato.
d) investimento em títulos públicos do governo federal, no qual o investidor poderá optar pelo
resgate do Fundo de Garantia (FGTS) ou pelo pagamento em dinheiro.
e) depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá o direito de
resgatar parte dos valores corrigidos e de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro.

61. (2019/FCC/BANRISUL/Escriturário)
Frequentemente ofertados aos clientes das redes bancárias, os títulos de capitalização
proporcionam
a) garantia da instituição financeira emissora.
b) isenção de imposto de renda sobre o valor resgatado que exceda à aplicação.
c) prazo de validade igual ou superior a seis meses na modalidade tradicional.
d) possibilidade de transferência durante a vigência, de uma pessoa para outra.
e) a opção, pelo subscritor, da emissão “ao portador”.

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Aula 03 - Prof Celso Natale

62. (2019/IADES/BRB/Escriturário)
A pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2019 revelou que, entre 2017 e 2018, as
transações realizadas por meio de canais digitais cresceram 16%, totalizando 60% das
transações bancárias. A respeito do uso dos canais digitais, assinale a alternativa correta.
a) O aumento das transações com movimentação financeira nos canais digitais evidencia o
aumento da confiança do cliente na segurança do canal.
b) A abertura de conta por meio de canal digital somente pode ser efetuada pelo internet
banking.
c) O mobile banking somente pode ser usado para transações sem movimentação financeira.
d) São considerados canais digitais o internet banking, o mobile banking e os correspondentes
no País.
e) Internet banking e mobile banking são canais digitais mutuamente excludentes, ou seja, o
cliente tem que informar ao banco qual canal quer usar para acessar as transações bancárias.

GABARITO
1. B 15. B 29. A 43. C 57. E
2. A 16. A 30. A 44. E 58. B
3. C 17. B 31. C 45. A 59. E
4. B 18. C 32. D 46. D 60. E
5. C 19. E 33. A 47. C 61. D
6. C 20. E 34. B 48. D 62. A
7. E 21. D 35. E 49. D
8. A 22. C 36. A 50. A
9. E 23. A 37. C 51. B
10. A 24. B 38. C 52. E
11. C 25. A 39. E 53. D
12. E 26. C 40. D 54. B
13. C 27. A 41. E 55. C
14. D 28. A 42. C 56. A

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