Revolucao Social 2022

1672697617 - alanccmoura@hotmail.
com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA
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1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

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(R)EVOLUÇÃO SOCIAL
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Copyright © 2020 João Abrantes

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Todos os direitos reservados.

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ISBN: 9798551789468
-
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Revisão: Maciel Salles

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DEDICATÓRIA
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CL
Dedico este livro à memória do meu grande amigo
Josef Alexandre Zacharski, que durante muito tempo
AN
AL
foi o meu braço-direito neste trabalho e me ajudou a

me reerguer em um dos mais tenebrosos momentos da
-
m
minha vida. Dizem que o ser humano morre duas

co
l.
vezes: uma quando desencarna e outra quando

ai
mencionam seu nome pela última vez. No que

tm
depender de mim, ele permanecerá vivo por bastante

ho
tempo, pois toda oportunidade que tiver, farei questão

a@
ur
de contar para as pessoas quem esse grande homem foi

mo
e a minha glória sempre será a glória dele. Fique com

cc
Deus, meu amigo!

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AGRADECIMENTOS
AU

Gostaria de agradecer aos meus alunos, amigos e CL
AN
moderadores Pedro Paulo Brandão, Raphael Marcelino,
AL
Adriano Lopes, Paulo Pinto e Ana Claudia Aguiar pela

-
força que me deram na transcrição do conteúdo, a

m
co
ajuda de vocês foi fundamental para fazer este trabalho

l.
acontecer!
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ÍNDICE
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Introdução ............................................................................. 9
O Que Leva Uma Pessoa A Ser Rejeitada? ................... 16 CL
AN
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Como Começar A Evoluir A Sua Vida Social............... 29

-
Como Não Ser Um Bom Ouvinte .................................. 33

m
co
A Forma Certa De Ouvir Alguém .................................. 40

l.
ai
Comportamentos Que Podem Estragar Uma Primeira

tm
Impressão ............................................................................ 47
ho
a@
4 Formas De Ser Mais Interessante ................................ 54

ur
Storytelling: As Minhas Cinco Dicas Favoritas Para

mo
cc
Contar Histórias Mais Envolventes ................................ 61

an
3 Táticas Infalíveis Para Não Deixar A Conversa

al
Morrer .................................................................................. 72
-
Comportamentos Que Fazem As Pessoas Te

17
76
Desrespeitarem ................................................................... 79
69
E Quando Você É Introvertido(A), Tem Como Ser

72
16
Popular? ............................................................................... 87
7
5 Comportamentos Que Podem Destruir A Sua Vida
A
Social .................................................................................... 96
UR
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4 Tipos De Pessoas Que Não Compensa Você Perder
O Seu Tempo Discutindo ..............................................105
A
ST
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Como Sair Sozinho(A) E Sem Passar Sufoco .............118
DA
E Agora, Qual É O Próximo Passo? ............................124
O
Dúvidas? Aparece Nas Minhas Lives... ........................132
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Quem Sou Eu, Afinal? ....................................................134

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INTRODUÇÃO
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Faz quanto tempo que você tem tido dificuldades para

-
fazer amigos, conhecer alguém legal para se relacionar,

m
co
conquistar um emprego decente ou simplesmente virar

l.
uma pessoa mais querida, mais carismática?

ai
tm
De repente, você está indo mal em todas essas áreas, eu

ho
mesmo costumava ser assim!

a@
ur
Meu nome é João Abrantes e eu fui um Zé Ninguém até

mo
cc
os 29 anos. Sabe aquela pessoa solitária, excluída e que

an
os outros só notam a existência e/ou se lembram de

al
tratar bem quando precisam de alguma coisa? Então,

-
esse era eu.

17
76
Apesar de todos os meus esforços para fazer amigos,

69
arrumar uma namorada e conquistar oportunidades

72
16
profissionais superiores e com uma remuneração
9
melhor, eu vivia fracassando em todas essas empreitadas.
A
UR
Eu não tinha a mínima noção de como as pessoas
MO
funcionavam e isso me tornava um zero à esquerda
A
quando o assunto era cativar, influenciar, atrair e
ST
CO
interpretar atitudes.
DA
A minha volta por cima aconteceu de uma maneira tão
O
inusitada que chega a ser controversa. Conforme eu
CI
AU
acabei de falar, minha vida amorosa era um verdadeiro

CL
desastre e eu estava tão farto de ser rejeitado e feito de AN
trouxa pelas mulheres das quais eu me aproximava que
AL
tomei uma decisão que foi o pontapé inicial para uma

-
verdadeira jornada de reinvenção: estudar a ciência da

m
co
atração.
l.
ai
Eu descobri (e muito por acaso) uma comunidade online

tm
de homens que estudavam esse assunto e mergulhei de

ho
cabeça no conteúdo deles. Depois de um começo meio

a@
ur
turbulento, eu eventualmente peguei o jeito da coisa e

mo
comecei a ficar muito bom de conquista.

cc
an
Em três meses eu já tinha abundância na vida amorosa e

al
virei um dos membros mais famosos daquela

-
comunidade. Aquele conteúdo de sedução que eu

17
estudei e pratiquei era muito poderoso e diferente de

76
69
tudo que eu já tinha visto em conteúdos convencionais

72
de conversa, e foi aí que tive a seguinte sacada:

16
10
“E se eu criasse um conteúdo de conversa e relacionamento

interpessoal usando os mesmos mecanismos desse conteúdo de
A
UR
sedução?”
MO
Nunca imaginei que isso seria o começo de uma
A
ST
revolução que mudou não só a minha vida, mas também
CO
de várias outras pessoas.
DA
O
No primeiro mês usando esse método, quase tripliquei
CI
meu círculo social.
AU

No segundo mês, eu já estava com a minha agenda de CL
AN
aulas particulares totalmente preenchida, de tanto cliente
AL
novo que fechei.

-
m
co
No terceiro mês, fui morar sozinho. A minha demanda

l.
de clientes novos não parava de crescer e foi aí que eu

ai
comecei a contratar professores para trabalhar para mim.

tm
ho
De professor particular de inglês, virei dono de um curso

a@
ur
e conquistei a tão sonhada independência financeira.

mo
cc
Como eu sempre compartilhava essas conquistas com o

an
povo da comunidade, comecei a ser chamado para dar

al
várias consultorias, palestras e treinamentos de

-
desenvolvimento social. Passei os 8 anos seguintes

17
investindo em novas formações, amadurecendo como

76
69
ser humano e aprimorando cada vez mais esse meu

72
material e, quanto mais ele evoluía, mais ele ia

16
transformando a minha vida e a vida de várias outras
11
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DA
pessoas. Hoje em dia sou casado com uma pessoa
O
maravilhosa, tenho centenas de amigos, moro numa casa
CI
AU
com piscina, tenho o meu carrinho, me considero uma

CL
pessoa profissionalmente realizada, ganho mais que o AN
suficiente para viver com conforto e sou muito querido
AL
pelos mais de 250.000 seguidores do meu canal. Nem

-
parece o mesmo João do começo deste capítulo, né?

m
co
E agora, chegou a hora de fazer o mesmo por você. Está

l.
ai
pronto(a) para isso?

tm
ho
Tanto os meus estudos quanto a minha vivência me

a@
mostraram que para que alguém possa reinventar a

ur
própria vida com consistência, essa pessoa deve

mo
cc
trabalhar os seguintes pilares:

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Eu aprendi que esses pilares são interdependentes, ou
UR
MO
seja, um necessita do outro. Quando apenas um deles é
trabalhado, a jornada em algum momento irá estagnar.
A
ST
Não existe uma ordem para começar, mas o ideal é que
CO
todos eles sejam trabalhados em simultâneo. É mais ou
DA
menos a mesma lógica que a de uma faculdade. Quando
O
iniciamos a vida acadêmica, temos de cursar várias
CI
AU
disciplinas diferentes que em conjunto definem o

CL
profissional que escolhemos nos tornar, certo? Então, AN
para que você possa se reinventar como um todo, você
AL
precisa trabalhar a mente, a linguagem não-verbal, a

-
inteligência social e o estilo de vida. Caso você já

m
co
tenha pleno domínio sobre um ou mais desses pilares,

l.
basta cortá-lo e focar no que interessa (de novo, igual a

ai
faculdade, quando trocamos de área e eliminamos, nessa

tm
ho
área nova, matérias que já tinham sido estudadas na área

a@
anterior e que não precisam ser cursadas novamente).

ur
mo
Neste livro, eu irei falar sobre o pilar da

cc
INTELIGÊNCIA SOCIAL.
an
al
Se existe uma lição que a vida me ensinou (e na base do

-
sofrimento) é que o ser humano não chega a lugar

17
nenhum sem habilidades sociais. Não existe aparência,

76
69
inteligência ou qualificação profissional que salve uma

72
pessoa que não sabe lidar com outros seres humanos. Se

16
você não está feliz com seus resultados no que tange à
14
inteligência social, preste muita atenção no que eu vou te

ensinar nas próximas páginas, porque como eu cresci à
A
UR
base de tentativa e erro e perdi bastante tempo e dinheiro
MO
ao longo do processo, hoje sei qual é o caminho das
A
pedras para você se transformar nessa área de uma
ST
CO
maneira rápida e indolor.
DA
Eu selecionei os roteiros dos meus melhores vídeos
O
sobre esse assunto, organizei em uma ordem lógica e até
CI
AU
mesmo incrementei algumas partes, para que você possa

CL
ter em mãos o guia completo da (r)evolução social. AN
AL
Um abraço e boa leitura!

-
O autor.
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O QUE LEVA UMA PESSOA A
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SER REJEITADA?

CL
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A primeira coisa que você precisa fazer para alavancar o

-
m
seu poder de atração social é eliminar todo e qualquer

co
comportamento que provoque a rejeição. Não adianta

l.
ai
você aprender o que funciona sem antes eliminar o que

tm
não funciona, porque isso pode causar alguns conflitos

ho
entre os comportamentos cativantes e os

a@
comportamentos repulsivos (o que consequentemente

ur
mo
irá anular os seus resultados).

cc
an
A rejeição pode ter várias causas, mas existem cinco que

al
são campeãs, segundo o Dr. Mitch Prinstein (autor do

-
livro Popular1):
17
76
69
1PRINSTEIN, Mitch. Popular: Finding Happiness and Success in a

72
World That Cares Too Much About the Wrong Kinds of Relationships. 1.
16
ed. New York: Penguin Books, 2017
16
1. SER MUITO CERTINHO(A)
A
UR
Sabe aquela pessoa que é excessivamente educada, gentil,
MO
recatada, sistemática e que basicamente só quer saber de
A
estudar (ou então trabalhar)? Então, esse tipo de
ST
comportamento só favorece a sua vida social até os 11-
CO
12 anos de idade e, depois disso, pode esquecer… Por
DA
quê?
O
CI
AU
Eu explico. O cérebro humano se desenvolve de trás

CL
para frente. Quando a gente começa a entrar na AN
adolescência, o córtex pré-frontal (que regula as funções
AL
de autocontrole, planejamento, atenção, controle

-
inibitório etc.) ainda está longe de estar completo, isso só

m
co
vai acontecer lá pelos 21 anos de idade. Enquanto isso

l.
não acontece, a gente fica praticamente à mercê do

ai
sistema límbico, que é a parte responsável pela

tm
autopreservação e que é praticamente movida pela

ho
a@
gratificação imediata.
ur
mo
E quando a gente começa a entrar na adolescência, o

cc
sistema límbico passa a desenvolver uma sede de

an
recompensas sociais. A função disso é fazer com que a

al
gente comece a desenvolver uma certa autonomia em

-
relação aos adultos, é como se o seu cérebro te dissesse

17
76
o seguinte:
69
72
“Olha só, não está mais rolando esse lance de você ficar na sombra
16
dos seus pais e dos seus professores, fazendo tudo que eles mandam
17
e sendo um bom menino ou uma boa menina para agradar, você

tem que virar uma pessoa independente, autossuficiente, deixa de
A
UR
ser subserviente, começar a desenvolver uma personalidade”.
MO
É por isso que a partir dessa idade (11-12 anos), começa
A
ST
a pegar mal você ser muito certinho ou certinha, porque
CO
o que isso comunica nas entrelinhas é que você não tem
DA
personalidade, você é só uma marionete dos mais velhos.
O
Inclusive, existem vários estudos de caso de pessoas que
CI
AU
entraram em depressão quando viraram adolescentes,

CL
porque quando eram crianças, por serem muito AN
certinhas, eram bem populares e respeitadas, mas depois
AL
que entraram na puberdade, começaram a sofrer muita

-
rejeição2.
m
co
l.
Até os 11-12 anos de idade, fatores como dedicação aos

ai
estudos, gentileza, educação e obediência realmente

tm
favorecem a popularidade, mas a partir da adolescência,

ho
esses fatores mudam, o que passa a determinar a sua

a@
ur
popularidade é a sua visibilidade e a sua inteligência

mo
social.
cc
an
Isso não quer dizer que a solução é você virar uma

al
-
2PRINSTEIN, Mitchell J.; LA GRECA, Annette M. Peer Crowd

17
Affiliation and Internalizing Distress in Childhood and Adolescence: A

76
Longitudinal Follow‐Back Study. [S. l.], 2003. Disponível em:

69
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/1532-7795.00036.
72
Acesso em: 2 abr. 2020.

16
18
pessoa rebelde, malcriada e preguiçosa, o que isso
A
significa é que não é legal ficar se comportando como
UR
MO
um(a) santinho(a) na sociedade, até porque você muito
provavelmente não é, todos nós temos nossos defeitos,
A
ST
nossas peculiaridades, enfim, características que deixam
CO
a gente mais humano, mais autêntico, e ficar abafando a
DA
sua própria essência para passar uma imagem de ser
O
humano exemplar, eu sinto muito, não vai dar certo!
CI
AU
Volta e meia aparece alguém nos comentários dos meus

CL
vídeos ou nas minhas transmissões ao vivo falando AN
assim:
AL
“Ah, João, não entendo por que as pessoas me rejeitam! Eu sou

-
m
gentil, educado, religioso, romântico, não gosto de sair, não bebo,

co
l.
não gosto de esportes, tenho paixão pelos estudos (se deixar eu

ai
estudo até sábado e domingo), sou escoteiro, nas horas vagas sou
tm
voluntário nos albergues, por que ninguém me quer?”.

ho
a@
Bom, justamente por causa disso! Me desculpa, não sou

ur
eu que estou falando isso, é a ciência. Também não acho

mo
cc
justo, mas contra fatos não há argumentos.

an
al
“Ah, João, mas você só falou de adolescente. E quem é adulto?”

-
Então, a vida social de um adulto é geralmente um

17
76
reflexo da vida social que essa pessoa tinha quando era

69
adolescente. Se a sua adolescência foi marcada por

72
episódios de rejeição, chances são de que isso está até

16
19
hoje afetando os seus relacionamentos como adulto3.
A
Por exemplo, da mesma maneira que um adolescente
UR
MO
santinho pode ser malvisto pelos colegas de sala de aula,
um funcionário que é muito gentil, educado, metódico,
A
ST
sério, puxa-saco do chefe, muito rigoroso com os
CO
procedimentos internos, a ponto de ser cricri com todo
DA
mundo, enfim, que parece que vive em função do
O
trabalho, que nunca descontrai, que nunca flexibiliza, ele
CI
AU
também vai ser rejeitado pelos demais colegas, ninguém

CL
gosta de uma pessoa assim, muito certinha. Não tem AN
graça. É chato. É um “porre”. Por isso que o Dr.
AL
Prinstein foca tanto na adolescência, porque quando o

-
assunto é popularidade, aceitação social, a nossa

m
co
adolescência quase sempre explica os nossos

l.
comportamentos de hoje.
ai
tm
ho
a@
ur
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cc
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al
-
17
76
69
3https://scholar.google.com.br/scholar?q=effects+adolescent+populari
72
ty+adulthood&hl=pt-BR&as_sdt=0&as_vis=1&oi=scholart
16
20
2. AGRESSIVIDADE
A
UR
De acordo com um estudo realizado na Holanda, metade
MO
das pessoas que são rejeitadas têm uma personalidade
A
agressiva.4
ST
CO
Essa agressividade pode ser física? Pode, mas ela
DA
também pode ser verbal, no sentido de xingar,
O
ridicularizar, diminuir, ameaçar etc.
CI
AU

Eu nem preciso explicar por que esse tipo de pessoa é
rejeitada, né? CL
AN
AL
Contudo, vamos tentar entender o porquê dessa pessoa

-
se comportar assim. Se você pegasse algum pertence

m
co
meu e eu, ao invés de te pedir para devolver, te desse um

l.
soco na cara, você ia devolver esse meu pertence na hora,

ai
só que isso ia estremecer a nossa relação, não ia?

tm
ho
a@
Esse que é o problema da agressividade. Você consegue

ur
o que quer na hora, mas as suas relações ficam

mo
estremecidas.
cc
an
Isso geralmente é uma falha de criação, a pessoa não

al
-
4NEWCOMB, Andrew F.; BUKOWSKI, William M.; PATTEE, Linda.

17
Children's peer relations: a meta-analytic review of popular, rejected,

76
neglected, controversial, and average sociometric status. [S. l.], 1993.

69
Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1993-17175-001. Acesso

72
em: 3 abr. 2020.

16
21
aprendeu a lidar com frustrações e passou a usar a
A
UR
agressividade para atingir os objetivos dela na marra, pela
MO
força bruta, e a pior parte é que ela muito provavelmente
A
ST
vai normalizar esse tipo de atitude, dizendo que essa é a
CO
única maneira de sobreviver neste mundo e que ela não
DA
é agressiva, ela só tem uma personalidade forte.
O
CI
É, vai nessa…
AU

CL
3. EXPECTATIVAS NEGATIVAS AN
AL
Aqui, eu estou falando daquelas pessoas que costumam

-
interpretar toda e qualquer palavra ou atitude ambígua

m
como um sinal de rejeição.

co
l.
Basicamente, elas se rejeitam e, por causa disso,

ai
tm
começam a ser rejeitadas pelos outros. Até porque, elas

ho
acabam exigindo provas constantes de afeto, de lealdade,

a@
de comprometimento, e isso esgota a paciência de

ur
mo
qualquer um, né?

cc
an
Esse tipo de comportamento é muito comum em

al
pessoas que no passado foram muito desprezadas ou

-
maltratadas e que acabaram desenvolvendo uma

17
autoimagem negativa. Essa sensibilidade à rejeição pode

76
vir acompanhada de ansiedade, depressão, insatisfação

69
72
crônica com a aparência e uma dependência bem

16
22
acentuada da opinião dos outros.5
A
Se você se identificou com esse comportamento
UR
MO
especificamente, eu vou ser bem direto contigo: procura
um profissional, porque não é com uma simples decisão
A
ST
que você vai reverter esse tipo de comportamento, você
CO
precisa de alguém qualificado para te ajudar, porque
DA
jeito, isso tem, mas sozinho é muito complicado, então
O
procura um profissional, beleza?
CI
AU

CL
4. SER “DO CONTRA” AN
Sabe o diferentão, que vai contra todas as convenções

AL
sociais de propósito, porque ele (ou ela) acha que todo

-
m
mundo que segue o protocolo é gado? Então, é dessa

co
pessoa que eu estou falando.

l.
ai
“Ué, João, não entendi! Você acabou de falar que pessoas

tm
ho
certinhas, sem personalidade, são mais propensas a sofrer rejeição.

a@
Agora você está dizendo que pessoas com excesso de personalidade

ur
também costumam ser rejeitadas?”

mo
cc
Bem isso. Quando você é muito certinho ou muito

an
al
certinha, isso é ruim, mas não significa que a solução é ir

-
17
5 NORMANSELL, Karys M. et al. Negative interpretation bias as a

76
mechanism of the relationship between rejection sensitivity and depressive

69
symptoms. [S. l.], 2016. Disponível em:

https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02699931.2016.1185395
72
?journalCode=pcem20. Acesso em: 3 abr. 2020.

16
23
para o outro extremo e virar uma pessoa alienada da

sociedade. Tudo na vida que é unilateral é ruim, nem
A
UR
sempre a solução é ser oito ou oitenta, e sim achar um
MO
ponto de equilíbrio.
A
ST
Mas por que o diferentão também sofre rejeição? A
CO
explicação está na psicologia evolucionista.
DA
O
Antigamente, lá nos tempos das cavernas, as pessoas
CI
tinham que andar juntas para sobreviver. Naquela época,
AU

CL
era praticamente impossível sobreviver sozinho, porque AN
a pessoa ficava muito mais vulnerável a determinados
AL
predadores. Além disso, era muito complicado caçar

-
sozinho, primeiro, por causa da dificuldade para capturar

m
um animal sem a ajuda de alguém e, segundo, porque

co
l.
mesmo que essa pessoa conseguisse capturar um animal,

ai
ia ser inviável comer aquele bicho inteiro sozinha, a carne

tm
ia acabar estragando. É por isso que as pessoas andavam

ho
a@
em grupos, e para isso, tinha que ter uma certa harmonia

ur
de valores, de comportamentos, de pretensões.

mo
cc
Só para você ter uma ideia da importância dessa sensação

an
de inclusão, de pertencimento, quando alguém se sente

al
parte de um grupo, o sistema imunológico dessa pessoa

-
fica muito mais forte. Por quê?

17
76
Porque naquela época, uma pessoa doente era um risco

69
72
para o grupo, primeiro, porque ela podia contaminar os

16
outros (deixando o grupo inteiro debilitado e ao deus-
24
dará) e segundo porque ela podia prejudicar o

funcionamento do grupo, no sentido de sobrecarregar os
A
UR
outros, atrapalhar o andamento das coisas etc. Então,
MO
quando ela era incluída em um grupo, o corpo dela
A
tomava todas as providências para ela poder se manter
ST
CO
entre eles.
DA
Da mesma maneira, quando a pessoa era rejeitada pelo
O
grupo, o sistema imunológico dela ia para o brejo, e isso
CI
AU
acontece até hoje6. Se você fizer um exame de sangue em

CL
até quarenta minutos depois de um episódio de rejeição, AN
você vai ver uma alteração nos resultados.
AL
O sentimento de rejeição é muito doloroso, tanto que ele

-
m
ativa as mesmas áreas cerebrais ativadas pela dor física 7,

co
l.
é como se o seu cérebro estivesse te dizendo o seguinte:

ai
tm
“Olha, desse jeito, sozinho, você não vai sobreviver, toma uma
ho
providência, vai logo!”

a@
ur
mo
6SLAVICH , George M.; IRWIN, Michael R. From Stress to

cc
Inflammation and Major Depressive Disorder: A Social Signal

an
Transduction Theory of Depression. [S. l.], 2014. Disponível em:

al
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4006295/?_escaped_fr
-
agment_=po=8.01105. Acesso em: 2 abr. 2020.

17
7EISENBERGER, Naomi I. Social Pain and the Brain: Controversies,

76
Questions, and Where to Go from Here. [S. l.], 2003. Disponível em:
69
https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev-psych-
72
010213-115146. Acesso em: 2 abr. 2020.

16
25
Não é à toa que a prova social é uma ferramenta de

persuasão maravilhosa, porque quando você bota o ser
A
UR
humano diante de uma situação que todo mundo está
MO
aderindo, menos ele, isso provoca uma sensação de
A
ST
exclusão, o que por sua vez vai deixar essa pessoa muito
CO
mais propensa a aderir àquilo.
DA
Então, voltando para os tempos das cavernas, para
O
CI
sobreviver, você tinha que demonstrar uma certa
AU

conformidade, senão o grupo te excluía, eles não
queriam pessoas com valores totalmente diferentes dos CL
AN
deles.
AL
-
E é por isso que gente que é muito diferente, a ponto de

m
co
sair da curva da normalidade, acaba sendo rejeitada.

l.
Entendeu?
ai
tm
5. FALTA DE HUMILDADE
ho
a@
Humildade é uma palavra que vem do latim humus, que

ur
mo
significa chão, terra. Uma pessoa humilde é uma pessoa

cc
que tem os pés no chão, que se compromete com a

an
realidade.
al
-
Quando está diante de uma evidência que contraria o que

17
ela pensa, o que ela defende ou como se comporta, ela

76
tem a dignidade de se transformar e, com isso, evoluir

69
72
como ser humano. Ela tem total consciência de quem ela

16
é, do que já aprendeu e do que é capaz, mas sabe, ao
26
mesmo tempo, que a vida é uma jornada de aprendizado

constante e que sempre existe espaço para mais.
A
UR
MO
Pessoas rejeitadas, principalmente as rejeitadas e
agressivas, dificilmente agem assim. Elas são muito
A
ST
cabeça-dura, insistem nos maiores absurdos, mesmo
CO
todo mundo provando que elas estão erradas. Mas essa
DA
não é a parte mais triste. A parte mais triste é que a
O
maioria dessas pessoas rejeitadas e agressivas não se
CI
AU
enxerga dessa maneira, pelo contrário, elas se acham

CL
populares, queridas, carismáticas.8 AN
AL
O Dr. Prinstein chegou a citar um estudo em que foram

entrevistadas as pessoas que conviviam com esses
-
m
indivíduos rejeitados e agressivos que se acham

co
l.
populares para saber o que elas pensavam sobre eles, e

ai
todas disseram que só lhes davam atenção por uma

tm
questão de educação ou então pena, e que elas muitas só

ho
concordavam ou colaboravam com eles para não ficarem

a@
ur
se estressando depois com os surtos que os

mo
“esquentadinhos” costumavam dar.

cc
an
E na verdade, o que acontece na prática é o seguinte:

al
pessoas rejeitadas e agressivas não costumam ficar

-
17
8PRINSTEIN, Mitchell J.; DE LOS REYES, Andres. Applying

76
Depression-Distortion Hypotheses to the Assessment of Peer

69
Victimization in Adolescents. [S. l.], 2010. Disponível em:

72
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1207/s15374424jccp3302_14.
16
Acesso em: 3 abr. 2020
27
sozinhas, a tendência é que criem vínculos com outras

pessoas rejeitadas e agressivas, só que, aí, a relação que
A
UR
vai girar em torno do ressentimento que elas têm com
MO
aqueles que as deixaram de fora, mas isso é assunto para
A
outro momento.
ST
CO
São esses os cinco principais comportamentos que
DA
provocam a rejeição, o simples fato de evitá-los já irá
O
CI
melhorar a sua vida social de forma significativa, mesmo
AU
que você não pratique os comportamentos que atraem

CL
outros seres humanos. O próximo passo é preparar a sua AN
mentalidade para o desenvolvimento social, vamos
AL
nessa?
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
28
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
COMO COMEÇAR A EVOLUIR A
O
CI
AU
SUA VIDA SOCIAL

CL
AN
AL
-
Quando o assunto é desenvolvimento social, seja ele

m
para fazer amigos, conhecer gente para se relacionar ou

co
l.
fazer um networking profissional, você tem que ter em

ai
mente que existem dois tipos de contexto social:

tm
conforto e crescimento.
ho
a@
Conforto social são situações em que você já tem

ur
mo
aprovação social e/ou domínio sobre os assuntos,

cc
exemplos: roda de amigos, eventos familiares ou

an
situações de trabalho em que você é uma autoridade e as

al
pessoas estão te escutando. Tudo isso é conforto social,

-
pois você controla, domina aquilo.

17
76
Já o contexto de crescimento social é aquele em que

69
72
você ainda não tem aprovação social e/ou domínio

16
sobre os assuntos em questão. Neste tipo de situação,
29
quando você aprende a dominar os assuntos, que por ora

representam um território desconhecido, e conquista a
A
UR
aprovação social dos demais, você expande a sua zona
MO
de conforto social (daí o nome “crescimento social”).
A
ST
Qual é o grande problema que eu vejo nas pessoas que
CO
estão diante de uma situação de crescimento social? O
DA
medo. Certa vez, eu li num livro que medo é uma
O
CI
resposta que produzimos diante de uma situação sobre a
AU
qual não temos controle, e é justamente o que acontece

CL
no contexto do crescimento social. Você não tem AN
nenhum controle sobre aquilo, e aí você é dominado
AL
pelo medo. O medo, por sua vez, faz com que você ative
-
aquele instinto do fight, flight or freeze (bater, voar ou

m
co
congelar), e é justamente isso que muita gente faz.

l.
ai
Elas “voam”, no sentido de fugir por acreditar que

tm
aquele tipo de situação não é para elas, pois não

ho
a@
conhecem ninguém, não dominam aquele assunto e é

ur
melhor ir embora.
mo
cc
Elas “congelam”, no sentido de ficarem paradas e

an
imóveis no canto e de boca calada (frequentemente

al
mexendo no celular e rezando para a hora passar e aquilo

-
tudo acabar).
17
76
Elas “batem”, no sentido de forçar a aprovação social.

69
72
Ficam o tempo inteiro roubando o holofote,

16
concentrando o assunto nelas mesmas e desesperadas
30
para conquistar a admiração dos outros. Quando uma
A
pessoa age assim, é fácil ela ser vista como alguém
UR
MO
carente de atenção, egoísta e inconveniente.
A
ST
Agora, a grande pergunta: como dominar esse medo e
CO
evitar de cair em uma dessas três modalidades que só
DA
atrasam o seu florescimento social? É muito simples:
O
CI
1. Aceite que você está diante de uma situação sobre a
AU

qual não tem controle, porque só assim será possível se
condicionar para o crescimento. CL
AN
AL
2. Assuma um papel de aprendiz. Pense mais ou menos

-
m
assim: “Olha, eu não conheço ninguém e muito menos o assunto

co
que está sendo conversado, esta é a minha oportunidade para

l.
ai
aprender e crescer.”
tm
ho
3. Seja uma pessoa mais curiosa. Pergunte para as outras

a@
pessoas quem elas são, o que elas fazem, faça com que
ur
mo
falem sobre si mesmas e, caso abordem algum assunto

cc
que você não compreende, peça explicações, exemplos

an
ou aprofundamentos, que elas vão ter prazer de te

al
inteirar no assunto.
-
17
Com isso, você vai matar duas coisas de uma só vez:

76
69
• O seu conhecimento irá expandir (e lembre-se de

72
que conhecimento é poder);

16
31
• Seus pontos com essas pessoas irão disparar,

porque não existe nada melhor do que alguém
A
UR
que nos ouve com interesse.
MO
O quê? Você quer que eu te dê uma dica para virar um(a)
A
ST
melhor ouvinte? Tudo bem, mas antes eu preciso
CO
conversar contigo sobre as maneiras erradas de ouvir
DA
alguém, pode ser? Então, prossigamos!
O
CI
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
32
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
COMO NÃO SER UM BOM
O
CI
AU
OUVINTE

CL
AN
AL
Como proceder quando alguém que você gosta muito

-
m
está passando por algum problema bem sério?

co
l.
Infelizmente, não são poucas as pessoas que não sabem

ai
a maneira certa de oferecer um ombro amigo, e o que

tm
ho
muitas vezes acaba acontecendo na prática é que elas

a@
deixam o próximo em um estado ainda pior do que ele

ur
se encontrava. Foi pensando nisso que a Dra. Kelsey

mo
cc
Crowe escreveu um livro chamado There Is No Good

an
Card for This9 (que é basicamente um guia de apoio

al
moral ao próximo), e tem uma parte na qual ela revela

-
cinco erros que você deve evitar na hora em que estiver

17
76
9CROWE, Kelsey. There is no good card for this: What to say and do
69
when life is scary, awful and unfair to people you love. [S. l.]: HarperOne,
72
2017.
16
33
lidando com uma pessoa que está passando por alguma

dificuldade.
A
UR
MO
Na época que eu li esse livro, confesso que me
A
surpreendi bastante com essa parte, porque vi que havia
ST
coisas que eu mesmo fazia achando que era o correto e,
CO
afinal de contas, não era. É por isso que eu achei
DA
importante compartilhar esses erros com você, porque a
O
CI
simples consciência deles melhorou muito a qualidade
AU
do meu apoio moral e tenho certeza de que vai melhorar

CL
bastante a qualidade do seu. Vamos nessa? AN
AL
1. DAR CONSELHOS NÃO SOLICITADOS

-
m
Um exemplo de conselho não-solicitado…

co
l.
PESSOA: Estou me sentindo muito deprimida,

ai
tm
perdi até a vontade de sair de casa…

ho
a@
VOCÊ: Ah, vai praticar um esporte, depressão é

ur
falta de esporte!
mo
cc
Salvo algumas exceções, quando alguém precisa da sua

an
opinião, ele lhe pergunta. Se ele não perguntou, chances

al
são de que ele só quer desabafar. Às vezes, tudo que nós

-
queremos é alguém que nos compreenda. Eu sei que

17
76
essas sugestões são dadas com a melhor das intenções,

69
mas, ao agir assim, você está correndo dois grandes

72
riscos.
16
34
O primeiro é o de dar uma solução que não se encaixa

na realidade da outra pessoa, como por exemplo uma
A
UR
ação que ela não tem tempo, conhecimento ou dinheiro
MO
para executar. Quando você dá uma sugestão que muito
A
ST
embora seja válida, não é viável para aquela pessoa em
CO
específico, isso pode comprometer a esperança que ela
DA
tem de que as coisas vão melhorar, ou seja, você acaba
O
agravando a tristeza dela.
CI
AU

O segundo risco que você corre é o de sugerir alguma
coisa que ela já pensou ou até mesmo tentou fazer, pois CL
AN
isso pode dar a entender que você a acha ignorante por

AL
não ter pensado naquilo ou então que ela é incompetente

-
para resolver um problema (pior, que ela está daquele

m
co
jeito porque ela quer).

l.
ai
tm
2. MANDAR ENXERGAR O LADO

ho
POSITIVO DAS COISAS

a@
ur
Um exemplo…
mo
cc
PESSOA: Minha mãe faleceu este final de semana,

an
al
o câncer estava em um estágio muito avançado,

ela não resistiu. Estou completamente
-
17
despedaçado.
76
69
VOCÊ: Ah, mas olha o lado positivo, pelo menos

72
ela parou de sofrer!

16
35
Por que isso é uma péssima ideia? Porque quando você

manda a pessoa enxergar o lado positivo das coisas, o
A
UR
que você está dando a entender é que ela está errada por
MO
estar se sentindo triste e que ela não sabe lidar com
A
ST
adversidades da maneira correta, ou seja, é bem provável
CO
que você a deixe com vergonha dela mesma (além da
DA
tristeza que ela já está sentindo).
O
CI
3. COMPARAR OS PROBLEMAS DELA COM
AU

CL
OS SEUS AN
Aqui, eu estou falando daquelas pessoas que, diante das

AL
dificuldades do próximo, começam a falar das

-
adversidades que elas já passaram e que ao ver delas

m
co
foram muito mais significativas que as daquela pessoa

l.
que está desabafando com elas. Um exemplo:

ai
tm
ho
PESSOA: João, eu estou super mal! Meu

a@
namorado me trocou por outra, já estava ficando

ur
com ela alguns meses antes de me deixar, eu não

mo
tenho palavras para descrever a dor que estou

cc
sentindo!
an
al
EU (JOÃO): Você acha que isso é ficar mal?

-
Experimenta então ter uma Síndrome de Guillain-

17
76
Barré e perder a força, ficar sem os movimentos e

69
passar a depender dos outros, que aí sim você vai

72
ver o que é ficar mal! É cada uma, viu?

16
36
Você tem que entender o seguinte: por mais que o

problema daquela pessoa seja algo que você já tenha
A
UR
passado e que hoje em dia consegue tirar de letra, por
MO
mais que o problema dela seja pequeno perto de outras
A
coisas que você já passou, isso não significa que esse
ST
CO
mesmo problema deixou de ser uma novidade para ela.
DA
A dimensão que damos aos nossos problemas é
O
CI
equivalente à nossa experiência de vida. Quando você
AU
fica falando que os seus problemas são muito piores que

CL
os dela, isso exerce o mesmo efeito que o de mandar AN
enxergar o lado positivo, ou seja, além de não amenizar
AL
a dor, ainda deixa a pessoa envergonhada dos próprios

-
sentimentos.
m
co
l.
4. BANCAR O PROFETA DO APOCALIPSE

ai
tm
Um exemplo desse (péssimo) comportamento…

ho
a@
PESSOA: Você acredita que eu fui mandado

ur
embora do meu trabalho na semana passada?

mo
cc
VOCÊ: Rapaz, isso é péssimo, porque do jeito que

an
al
o país está em crise e com o desemprego em alta,

vai ser bem difícil você voltar para o mercado, até
-
17
porque as poucas vagas que estão disponíveis

76
estão pagando bem pouco e tem gente muito mais

69
qualificada que você na concorrência e com

72
disposição para trabalhar por uma merreca…

16
37
Em outras palavras, você acaba fazendo com que o

medo da pessoa se transforme em pânico, e isso não
A
UR
ajuda em absolutamente nada, só piora a situação.
MO
A
5. PEDIR MUITOS DETALHES DO
ST
CO
PROBLEMA
DA
Como assim? Um exemplo…
O
CI
AU
PESSOA: Eu estou sem chão. Acabei de descobrir

CL
que sou HIV positivo… AN
VOCÊ: Como assim? Como foi que você pegou? Foi

AL
através do sexo? Você tinha muitos parceiros?

-
Transava sem camisinha com todos eles?

m
co
l.
Eu acho que nem preciso explicar por que isso é horrível!

ai
Quando você fica pedindo muitos detalhes, a impressão

tm
ho
que a outra pessoa fica é a de que você está procurando

a@
alguma coisa para em seguida julgar e condenar, tipo:

ur
mo
“Ah, está explicado! Você fez X, é claro que ia acontecer Y, você

cc
devia ter previsto isso!”

an
al
Quando alguém está passando por uma situação como a

-
do exemplo que eu acabei de citar, o que você precisa ter

17
em mente é que a pessoa já está mal o suficiente com o

76
69
problema dela, não existe necessidade alguma de deixá-

72
la se sentindo culpada e com vergonha.

16
38
E aí, se identificou com algum desses erros? Eu confesso

que eu já cometi bastante o terceiro (diminuir os
A
UR
problemas dos outros dizendo que já passei por coisa
MO
bem pior). Já melhorei muito, mas preciso continuar me
A
ST
vigiando para não correr o risco de uma recaída.
CO
Agora que você já aprendeu a forma errada de ser um
DA
bom ouvinte, vamos aprender a maneira certa? É mais
O
CI
simples do que você pensa...
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
39
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
A FORMA CERTA DE OUVIR
O
CI
AU
ALGUÉM

CL
AN
AL
-
Eu nunca vou me esquecer da noite que conheci o Pablo,

m
co
um dos melhores amigos da Paula, uma grande amiga

l.
minha. A conversa com ele foi agradável do começo ao

ai
fim, nunca me senti tão confortável e compreendido por

tm
ho
alguém, ele realmente era tudo o que essa minha amiga

a@
falava antes de o apresentar (e mais alguma coisa). No

ur
dia seguinte, eu estava tomando o café da manhã e

mo
contando para a Mariá (filha do meu padrasto) como

cc
an
havia sido a minha noite. Obviamente, eu mencionei o

al
ilustre Pablo.
-
17
EU: Mariá, você tem que conhecer o Pablo, que

76
cara gente boa, tenho certeza de que você ia

69
adorar ele! A gente ficou conversando a noite

72
toda, virei fã!

16
40
MARIÁ: Nossa, mas sobre o que vocês

conversaram? Ele é de onde? Como que a Paula o
A
UR
conheceu? Ele faz o quê?
MO
EU: Bom… Eu… Bem… Quer saber? Agora que
A
ST
você perguntou, o Pablo não falou nada sobre ele!
CO
DA
MARIÁ: Ué, como assim?
O
CI
EU: Ele só queria saber de mim, tudo que eu falava
AU
ele demonstrava um interesse enorme, é como se

CL
tudo que eu dissesse fosse muito importante para AN
ele…
AL
MARIÁ: Então está explicado, você gostou dele

-
m
porque ele te ouviu e com interesse no que você

co
tinha para dizer.

l.
ai
Foi naquele dia que eu me toquei da importância de ser

tm
ho
um bom ouvinte. A gente passa tanto tempo pensando

a@
em assuntos e mais assuntos para impressionar o

ur
próximo que nos esquecemos de que o simples ato de

mo
cc
ouvir pode ser muito mais eficiente do que qualquer

an
outra coisa que pudéssemos dizer. Uma pena que são

al
poucos os que se atentam para isso!

-
17
Eu vou te ensinar agora uma técnica de escuta ativa que

76
eu aprendi na Universidade de Toronto, com o Dr. Ka

69
Tat Tsang, criador do método SSLD — Social Skills

72
16
Learning Development.
41
Tenha em mente que as suas primeiras tentativas de

aplicar o que eu estou prestes a te ensinar serão
A
UR
inevitavelmente artificiais, mas a tendência é que isso vá
MO
ficando mais natural com o tempo e com a prática
A
ST
constante (é claro).
CO
Quando te disser qualquer coisa, você vai pegar essa
DA
mensagem e decodificá-la em um processo de 4 etapas.
O
CI
AU
1. FATOS

Preste atenção no que a pessoa está enfatizando. Veja CL
AN
AL
estes dois exemplos:

-
EXEMPLO A: Hoje eu levei uma multa por causa

m
co
do irresponsável do meu filho, que esqueceu de

l.
pagar meu alvará no banco!

ai
tm
EXEMPLO B: Hoje eu levei um prejuízo de

ho
a@
R$523,00 por causa de um alvará que foi pago

ur
depois do prazo.
mo
cc
A reclamação é a mesma, mas percebeu que a pessoa

an
enfatizou pontos diferentes? No primeiro exemplo, a

al
ênfase foi na falta de responsabilidade do filho, o que

-
nos leva a crer que o que mais afetou a pessoa foi a

17
76
atitude dele.
69
72
Já no segundo exemplo, ficou bem claro que o que mais

16
afetou a pessoa foi a questão do dinheiro. Isso pode ser
42
um sinal de avareza, mas também pode ser um sinal de

necessidade, ou seja, tratava-se de um dinheiro que fazia
A
UR
falta para essa pessoa.
MO
Em suma, prestar atenção nos fatos significa prestar
A
ST
atenção no que está sobressaindo nas palavras da pessoa.
CO
DA
2. VALORES
O
CI
Nesta etapa, o foco é o que essa pessoa considera certo
AU

ou errado.
CL
AN
Peguemos o primeiro exemplo do item anterior, mas
AL
com uma parte adicional.

-
m
EXEMPLO A: Hoje eu levei uma multa por causa

co
l.
do irresponsável do meu filho, que esqueceu de

ai
pagar meu alvará no banco! É brincadeira, né? A

tm
gente paga escola, academia, plano de saúde,

ho
roupa, bota comida na mesa, não deixa faltar nada

a@
ur
e a pessoa nem para fazer um favor ridículo como

mo
esse, era só ir no banco e pagar a maldita conta!

cc
an
Existem valores implícitos nessas palavras. No caso, a

al
pessoa está enxergando esse incidente como um ato de

-
“felonia” (uma espécie de ingratidão, de traição praticada

17
por um vassalo contra o seu próprio mestre). Em outras

76
palavras, na concepção dela, o filho que deixa de atingir

69
72
as expectativas dos pais é uma pessoa ingrata e, pelo

16
visto, isso independe do contexto, ou seja, ela deve ser
43
condenada mesmo que essa omissão não tenha sido de

propósito.
A
UR
MO
3. EMOÇÕES
A
ST
Que emoções que a outra pessoa está transmitindo com
CO
a mensagem dela? Isso é muito importante, porque se ela
DA
estiver, por exemplo, reclamando contigo do erro que o
O
CI
filho dela cometeu e o tom da mensagem for de raiva,
AU
você comentar algo como:

CL
AN
“Você não acha que está sendo meio radical? De repente, ele nem
AL
agiu por mal! Vai que ele está com algum problema, já parou para
-
pensar? Pega leve com o pobre coitado!”

m
co
Quando uma pessoa está com raiva e você ainda por

l.
ai
cima toma o partido daquilo que a deixou irritada, isso

tm
só vai deixá-la ainda mais nervosa, pois ela vai se sentir

ho
incompreendida. Eu não estou dizendo que o conteúdo

a@
da mensagem está errado, o problema foi o momento

ur
mo
que você escolheu para falar, entendeu? Se você prestar

cc
atenção nas emoções dessa pessoa, vai ficar muito mais

an
fácil para você escolher a hora certa de falar as coisas,

al
preste atenção nisso.

-
17
4. NECESSIDADES
76
69
Do que essa pessoa está precisando naquele exato

72
16
momento? O que a faria se sentir melhor? Seriam
44
palavras? Atitudes? Paz? Acolhimento? Ela está

precisando de uma opinião ou só quer alguém para
A
UR
escutar, sem julgamentos?
MO
A
Você só vai descobrir a resposta certa depois de ter
ST
mapeado as três primeiras etapas. No caso daquela
CO
pessoa que está reclamando da atitude do filho, você
DA
pode chegar para ela e falar o seguinte:
O
CI
AU
“Puxa vida, que chato isso, é tão frustrante quando a gente faz de

CL
tudo pela pessoa e ela deixa a gente na mão por pouca coisa, né?
AN
O que você falou para ele? O que que ele respondeu? Você já
AL
pensou no que pode ser feito para que isso não volte a acontecer?”
-
O que eu fiz aqui?

m
co
l.
Primeiro, eu validei a frustração da pessoa, para ela se

ai
sentir compreendida.
tm
ho
a@
Depois, eu pedi alguns detalhes (não muitos, mas o

ur
suficiente para ela sentir que eu estou me importando

mo
com o problema dela).

cc
an
E em seguida, eu perguntei se ela já tinha pensado em

al
alguma solução para que isso não voltasse a acontecer

-
(ou seja, eu não me intrometi, só incentivei a pessoa a

17
76
buscar uma solução por conta própria).

69
72
Caso eu note que ela está perdida e ao mesmo tempo

16
aberta para uma sugestão, é válido fazer uma, contanto
45
que seja feito com bastante sutileza. Um exemplo:
A
“Você já experimentou a agenda do Gmail? Você pode cadastrar
UR
MO
o evento (no caso, o dia do pagamento) e o sistema manda uma
notificação para ele no dia. Nesse caso, não vai ter desculpa! Você
A
ST
quer que eu te ensine a fazer isso ou você já sabe?”
CO
DA
E estão aí, os 4 passos da empatia baseados no método
O
SSLD, do Dr. Ka Tat Tsang.
CI
AU

“Ah, João, mas isso dá muito trabalho!”
CL
AN
Pois é, é muito mais fácil ser narcisista, pois o trabalho
AL
de pensar e se colocar no lugar do outro é zero, mas cadê

-
que isso dá resultado?

m
co
Isto aqui é uma questão de prática, no começo é

l.
ai
complicado mesmo, assim como toda e qualquer

tm
habilidade nova, mas com o tempo e a prática

ho
consistente, a tendência é que vire uma segunda

a@
ur
natureza, beleza?
mo
cc
Um grande abraço e vamos ao próximo tópico!

an
al
-
17
76
69
72
16
46
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
COMPORTAMENTOS QUE
O
CI
AU
PODEM ESTRAGAR UMA

PRIMEIRA IMPRESSÃO CL
AN
AL
-
m
co
l.
Por que causar uma boa primeira impressão é tão

ai
importante para você decolar a sua vida social, amorosa

tm
e profissional? Simples, por causa de um fenômeno

ho
psicológico chamado EFEITO HALO.

a@
ur
mo
Efeito halo é quando você tira conclusões sobre algo ou

cc
alguém se baseando na primeira impressão obtida.

an
al
Quando a primeira impressão é positiva, as conclusões

-
seguintes serão positivas.

17
76
Quando a primeira impressão é negativa, as conclusões

69
seguintes serão negativas.

72
16
Por exemplo, imagine um rapaz chamado Bernardo, que
47
um belo dia estava numa festa e foi apresentado para

duas pessoas: o Antônio e a Fernanda.
A
UR
MO
O Antônio teve uma primeira impressão positiva do
Bernardo, mas a Fernanda não.
A
ST
CO
Quando essa festa acabou, o Antônio saiu de lá achando
DA
o Bernardo um rapaz confiante, engraçado e simpático.
O
CI
Já a Fernanda saiu de lá achando ele metido, bobo e
AU

falso.
CL
AN
Duas conclusões totalmente diferentes sobre a mesma
AL
pessoa e que foram fortemente influenciadas pela

-
primeira impressão que ela passou, esse é o efeito halo.

m
co
l.
E agora, a pergunta que não quer calar:

ai
tm
Por que a primeira impressão sobre o

ho
Bernardo foi positiva para o Antônio e

a@
ur
negativa para a Fernanda?

mo
cc
Porque no caso dela, o Bernardo muito provavelmente

an
cometeu um dos cinco erros que podem arruinar a

al
primeira impressão, e eu vou te revelar agora mesmo que

-
erros são esses. Preste bastante atenção, porque eles não

17
76
só estragam a primeira impressão, mas também

69
influenciam (e para pior) toda e qualquer conclusão

72
posterior que as pessoas possam formar sobre você.

16
48
1. DAR OPINIÕES NÃO SOLICITADAS
A
UR
Quando você dá opiniões não solicitadas no primeiro
MO
contato com uma pessoa que você mal conhece e nem
A
ao menos sabe qual é a sua história, a probabilidade de
ST
você falar besteira e ser visto como injusto, ignorante,
CO
intrometido e até mesmo maldoso será significativa.
DA
O
Entre a suspeita e a conclusão, existe uma coisa
CI
AU
chamada investigação.

Você é livre para ter as suspeitas que quiser sobre CL
AN
alguém, mas não saia transformando essas suspeitas em

AL
conclusões sem antes investigar, principalmente se for o

-
m
primeiro contato.
co
l.
Dependendo do contexto, isso não só te prejudica com

ai
a pessoa que você julgou ou criticou, mas também com

tm
ho
as amizades dela, portanto, cuidado com esses

a@
comentários infundados, porque isso pode manchar

ur
bastante a sua imagem.

mo
cc
an
2. IGNORAR O ESTADO DE HUMOR DA

al
PESSOA
-
17
Jamais faça um primeiro contato com uma pessoa que

76
está triste ou mal-humorada, porque isso muitas vezes

69
pode provocar na mente dela uma associação

72
16
inconsciente entre você e o estado negativo dela.
49
O nome disso é “lei da associação” e inclusive está no

livro Get Anyone To Do Anything, do Dr. David
A
UR
Lieberman.10
MO
Além de isso deixar a pessoa menos receptiva, pode ser
A
ST
que ela futuramente sinta um certo desconforto toda vez
CO
que você estiver por perto, pensando algo como:
DA
O
“Eu não me sinto bem com essa pessoa, mas não sei
CI
explicar o porquê!”
AU

Por isso que é muito importante estudar linguagem não- CL
AN
verbal, porque isso permite que você faça uma leitura
AL
rápida da pessoa antes de fazer o primeiro contato (o que

-
pode te poupar de bastante dor de cabeça).

m
co
l.
3. ANDAR NA COMPANHIA DE PESSOAS

ai
tm
MAIS ATRAENTES QUE VOCÊ

ho
a@
Esse erro é mais voltado para a paquera e concordo que

ur
ele pode ser bem controverso. Por que você deveria

mo
evitar andar na companhia de pessoas mais atraentes?

cc
an
Por causa de um fenômeno chamado de “lei do

al
contraste”. Isso também está no livro do Dr. David

-
Lieberman.
17
76
69
10LIEBERMAN, David J. Get Anyone To Do Anything: Never Feel

72
Powerless Again - With Psychological Secrets to Control and Influence

16
Every Situation. New York: St. Martin's Griffin, 2000
50
O ser humano está frequentemente usando a

comparação para fazer julgamentos e tomar decisões.
A
UR
MO
Por exemplo, o Corolla (automóvel) é caro? Depende.
A
Comparado com o quê? Se for comparado com um
ST
Palio, sim. Agora, e se for comparado com um Porsche?
CO
Aí fica extremamente barato, certo?
DA
O
E de que maneira isso afeta a primeira impressão?
CI
AU

Muitas vezes, a pessoa é considerada atraente quando
está sozinha, mas quando ela é inserida em um grupo de CL
AN
pessoas que são mais atraentes do que ela, a percepção

AL
alheia muda e essa mesma pessoa passa a ser vista como

-
“mais ou menos”.
m
co
l.
Um exemplo clássico desse fenômeno (que eu já cansei

ai
de ver acontecer):
tm
ho
a@
O rapaz chega para a garota na balada e diz que o amigo

ur
dele está interessado nela. Nisso, a garota olha para o tal

mo
amigo, em seguida olha para o rapaz que foi falar com

cc
ela e diz assim:

an
al
“Olha, não me leve a mal, mas eu gostei mesmo foi de você. Que
-
tal irmos para o canto trocar uma ideia?”

17
76
E muitas vezes, o rapaz que originalmente estava

69
72
interessado nela era atraente, mas nem tanto se

16
comparado ao amigo que foi falar com a garota. Se ele a
51
tivesse abordado diretamente (sem o intermédio desse

amigo), o desfecho provavelmente iria ser diferente.
A
UR
MO
“Espera aí, João! Muitos dos meus melhores amigos são mais
atraentes do que eu. Você está me dizendo que eu não posso mais
A
ST
andar com essas pessoas, só porque elas podem ofuscar a minha
CO
beleza? Ah, dá um tempo, quanta criancice!”
DA
O
Calma, não foi isso que eu quis dizer. Continue andando
CI
com os seus amigos sim, mas quando o assunto for um
AU

CL
interesse amoroso, é melhor que o seu primeiro contato
com esse seu novo interesse seja realizado a sós, para não
AN
AL
ativar a lei do contraste.

-
Faça isso apenas no primeiro contato, para garantir uma

m
co
primeira impressão mais impactante.

l.
ai
4. NEGLIGENCIAR OS CUIDADOS
tm
ho
PESSOAIS
a@
ur
Eu acho que isso dispensa explicações, não é mesmo?

mo
cc
Quando você não cuida dos seus cabelos, dos seus pelos
an
faciais (caso seja homem), da sua pele, dos seus dentes,

al
das suas unhas e — PRINCIPALMENTE — do seu

-
17
hálito e do seu cheiro, a impressão que você

76
provavelmente irá passar é a de uma pessoa desleixada,

69
preguiçosa, nojenta e até mesmo sem saúde.

72
16
Valorize os seus cuidados pessoais, principalmente a
52
questão do cheiro, porque tudo que o olfato capta é

imediatamente transformado em uma resposta
A
UR
emocional. Quando o cheiro é desagradável, a reação
MO
negativa é instantânea, cuidado com isso.
A
ST
São esses os quatro erros que podem arruinar uma boa
CO
primeira impressão. Certa vez, eu li que são necessários
DA
oito contatos positivos para anular um primeiro contato
O
CI
negativo. Caso isso seja verdade (o que por si só já seria
AU
uma evidência bem clara do quão difícil é reverter uma

CL
má primeira impressão), teríamos um pequeno AN
problema:
AL
-
Quem gostaria de ter um segundo contato

m
co
(quanto mais oito) com quem mandou mal

l.
no primeiro?
ai
tm
Precaver é, sem dúvida, essencial, mas não o suficiente.

ho
a@
A abstenção desses quatro erros pode até evitar que você

ur
fique queimado, mas isso não é garantia de atração social.

mo
Para tal, você terá de desenvolver uma personalidade

cc
an
mais interessante, e é sobre isso que eu irei falar no

al
próximo capítulo.
-
17
76
69
72
16
53
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
4 FORMAS DE SER MAIS
O
CI
AU

INTERESSANTE
CL
AN
AL
-
Você está com a sensação de que é uma pessoa sem sal?

m
co
l.
Aonde quer que você vá, parece que você não consegue
ai
deixar a sua marca, as pessoas não lhe dão muita bola?

tm
ho
Você deve estar achando que o problema está na sua

a@
ur
aparência ou então quanto você tem no bolso, certo?

mo
cc
Então, por que existem tantas pessoas que não são nem
an
ricas e nem bonitas e que ainda assim vivem cercadas de

al
amigos e pretendentes?
-
17
Simples, porque elas sabem ser interessantes e, neste

76
texto, eu vou te dar 4 dicas que você pode começar a

69
72
botar em prática hoje mesmo para virar uma pessoa mais

16
interessante e dar aquela aprimorada no seu poder de
54
A
UR
atração social. Originalmente, eram 5 dicas, mas uma
MO
delas eu já abordei na página 40, que é a de ser bom
A
ST
ouvinte (não releve a importância disso, viu?).
CO
Vamos nessa!
DA
O
CI
1. NÃO SEJA UMA PESSOA PREGUIÇOSA
AU

CL
Por que eu estou falando isso? Porque 90% das pessoas AN
desinteressantes são preguiçosas. Você com certeza já
AL
teve o desprazer de conversar com uma pessoa que não

-
era interessante (principalmente se você já usou o Tinder).

m
co
Já reparou que essas pessoas têm preguiça de conversar?

l.
A interação fica mais ou menos assim...

ai
tm
VOCÊ: Mas e aí, o que que você gosta de fazer no

ho
seu tempo livre?

a@
ur
A PESSOA: Ah, sei lá, nada de mais… Eu gosto de

mo
cc
dormir!”.
an
al
Aliás, posso te dizer uma coisa do fundo do meu

coração? Quando o ápice de prazer de uma pessoa é a
-
17
satisfação de uma necessidade fisiológica como dormir,

76
você pode ter certeza de que tem alguma coisa muito

69
72
16
55
errada com ela.11 Mas voltando ao assunto, o ponto que

eu quero chegar aqui é o seguinte: gente preguiçosa é,
A
UR
por natureza, desinteressante.
MO
Elas não têm ideias interessantes, não fazem coisas
A
ST
interessantes, na verdade elas são muito passivas, porque
CO
jogam toda a responsabilidade da conversa para cima dos
DA
outros. Então não seja uma dessas pessoas, lute contra
O
essa preguiça! Leia mais, passeie mais, comece a praticar
CI
AU
um esporte, desenvolva alguns hobbies, enfim, saia da

CL
sua rotina. AN
AL
Você muito provavelmente está preso(a) a uma rotina,

ou seja, sempre falando com as mesmas pessoas,
-
m
frequentando os mesmos lugares, consumindo os

co
l.
mesmos tipos de conteúdo… Assim fica difícil você

ai
virar uma pessoa interessante, comece a se permitir um

tm
pouco mais, fazer umas coisas diferentes para sair dessa

ho
rotina e ter coisas bacanas para compartilhar com as

a@
ur
outras pessoas.
mo
cc
Uma dica de ouro: faça, uma vez por mês, uma coisa
an
totalmente diferente do que você está acostumado a

al
fazer. Por exemplo: você sempre come no restaurante

-
17
11 Eu explico. Segundo os estudos do psicólogo humanista Abraham Maslow,

76
existem 5 necessidades humanas fundamentais (em ordem crescente): fisiológicas,

69
segurança, sociais, estima e realização pessoal . Quando alguém tem

72
predileção por uma necessidade fisiológica como dormir, isso significa que essa pessoa
16
possui, em essência, uma mente primitiva, carente de evolução.
56
japonês? Experimente comer no restaurante de comida

judaica, Kosher. Você pratica Jiu-Jitsu? Experimente fazer
A
UR
uma aula avulsa de Kung Fu, só para ver como é. Você
MO
só lê livros de autoajuda? Experimente ler uma biografia
A
ou então uma obra de ficção, entendeu? Procure romper
ST
CO
com os seus próprios padrões regularmente, isso vai te
ajudar muito a ter história para contar.
DA
O
CI
2. CONVIVA COM PESSOAS
AU

INTERESSANTES
CL
AN
Você já deve estar cansado(a) de ouvir aquele princípio
AL
de que nós somos a média das seis pessoas com quem a

-
gente mais convive, né?

m
co
l.
Mas isso é verdade, e se você hoje em dia se vê como

ai
uma pessoa desinteressante, pode ser que isso esteja

tm
acontecendo porque você tem passado muito tempo

ho
com outras pessoas que também não são muito

a@
ur
interessantes.
mo
cc
Agora, não é para você abandonar essas pessoas, é para

an
você expandir o seu círculo social e inserir pessoas

al
interessantes nele. Você não sabe por onde começar? Eu

-
te ajudo. Pense nas pessoas que você conhece.

17
76
• Tem alguém que seja bem-sucedido

69
72
profissionalmente?
16
• Tem alguém que seja engraçado?
57
• Tem alguém viajado, cheio de histórias para

contar? Tem alguém inteligente, que lê pra
A
UR
caramba?
MO
• Tem alguém que seja uma figuraça, totalmente
A
ST
fora do convencional?
CO
Comece a conviver mais com essas pessoas, isso vai
DA
influenciar bastante a sua personalidade e você vai virar
O
CI
uma pessoa bem mais interessante.
AU

CL
3. SEJA FIEL AOS SEUS AN PRINCÍPIOS,
INTERESSES E OPINIÕES
AL
-
Não vire aquela pessoa maleável, que fica mudando o

m
que pensa ou que gosta para agradar os outros. Esse tipo

co
l.
de pessoa não impõe respeito, não atrai ninguém e acaba

ai
virando um para-raios de gente falsa e interesseira.

tm
ho
Você nunca vai agradar todo mundo, todos os meus

a@
vídeos aqui no canal tiveram uma parcela de pessoas

ur
mo
marcando que não gostaram, isso faz parte da vida, é

cc
impossível agradar todo mundo, então mais vale você

an
aceitar essa verdade e botar para fora quem você

al
realmente é, o mundo está carente de pessoas autênticas.

-
17
Aliás, não existe nada mais chato do que uma pessoa que
76
nunca tem uma opinião formada sobre nada ou que

69
72
nunca discorda de nada, a sensação que esse tipo de

16
pessoa passa é que ela não serve nem para conversar.
58
4. SAIBA CONTAR BOAS HISTÓRIAS
A
UR
Eu não estou falando de historinha de ficção, eu estou
MO
falando de histórias reais que você já vivenciou e da
A
capacidade para contar essas histórias de uma maneira
ST
envolvente, bem-humorada e persuasiva.
CO
DA
O nome dessa habilidade é storytelling, e inclusive teve um
O
estudo comprovando que o storytelling tem o poder de
CI
AU
sincronizar a mente das pessoas.12 Foi mais ou menos

CL
assim: os pesquisadores botaram uma pessoa para contar AN
uma história e outra para ouvir, as duas estavam sendo
AL
monitoradas por um aparelho de ressonância magnética

-
funcional. No começo, as leituras de uma para a outra

m
eram totalmente discrepantes. Mas, à medida que a

co
l.
pessoa encarregada de contar a história foi falando, suas

ai
leituras começaram a alinhar-se, ou seja, essas duas

tm
pessoas começaram a ativar as mesmas áreas cerebrais.

ho
a@
Olha o poder de conexão de um storytelling bem-feito.

ur
mo
Aliás, pelo que eu andei pesquisando num outro estudo

cc
da Universidade da Carolina do Norte, os homens que

an
sabem contar uma boa história, que dominam o

al
storytelling, costumam ser vistos como mais atraentes

-
17
STEPHENS, Greg J.; HASSON, Lauren J.; HASSON, Uri. Speaker–

76
12
listener neural coupling underlies successful communication. [S. l.], 2010.

69
Disponível em:
72
https://www.pnas.org/content/pnas/107/32/14425.full.pdf. Acesso em:

16
10 ago. 2019.
59
pelas mulheres, por causa do potencial que eles têm para

influenciar pessoas e construir autoridade.13
A
UR
MO
Ficou interessado(a) nessa parte do storytelling? Então não
perca tempo, vire a página agora para conhecer as
A
ST
minhas cinco táticas preferidas para decolar essa
CO
habilidade!
DA
O
CI
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
13DONAHUE, John K.; GREEN, Melanie C. A Good Story: Men‘s

76
storytelling ability affects their attractiveness and perceived status. [S. l.],
69
2016. Disponível em:

72
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/pere.12120. Acesso em:

16
7 ago. 2019.
60
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
STORYTELLING: AS MINHAS
O
CI
AU
CINCO DICAS FAVORITAS

PARA CONTAR HISTÓRIAS CL
AN
AL
MAIS ENVOLVENTES
-
m
co
l.
ai
tm
Era uma vez uma pessoa que aprendeu cinco dicas de

ho
storytelling e decolou sua vida social, tudo começou no dia

a@
em que ela abriu um livro de um tal de João Abrantes e

ur
aprendeu o seguinte…
mo
cc
an
1. COMECE A HISTÓRIA PELO DESFECHO

al
Isso é muito bom para prender a atenção

-
17
(principalmente quando a história é longa) e, como as

76
pessoas já sabem como é que ela acaba, a probabilidade

69
de elas ficarem impacientes durante a sua narrativa vai

72
16
ser bem menor. Exemplo:
61
“Eu já contei para vocês sobre aquela vez que eu fui parar de cueca
na recepção do hotel que eu estava hospedado?”
A
UR
MO
Está vendo? Eu comecei pelo desfecho e isso quase
A
sempre gera um gancho de curiosidade, porque as
ST
pessoas vão querer saber qual foi a cadeia de eventos que
CO
levou até isso.
DA
O
A propósito, isso aí aconteceu de verdade, eu até contei
CI
AU
a versão completa dessa história no meu treinamento de

CL
conversa. AN
“Mas, João, será que isso não deixa as pessoas menos interessadas
AL
no que você tem para contar?”

-
m
co
Bom, todo mundo que foi ver Titanic sabia que o navio
l.
ia afundar no final e mesmo assim o filme foi um sucesso

ai
de bilheteria, certo?
tm
ho
a@
Todos que foram ver a trilogia de prequels do Guerra nas

ur
Estrelas sabia que o Anakin iria virar o Darth Vader,

mo
que a Padmé iria morrer, que o Palpatine iria dar um

cc
golpe no governo e que o Obi-Wan iria se isolar (tudo

an
al
bem que essa série foi um lixo, mas isso não impediu que
as salas dos cinemas ficassem lotadas!).
-
17
76
Aonde eu quero chegar com isso? Seguinte, as pessoas

69
nem sempre estão interessadas no “quê”, e sim no

72
“como”.
16
62
É claro que nem toda história é conveniente você

começar pelo final. Você não vai, por exemplo, iniciar
A
UR
uma história de mistério já revelando quem é o assassino,
MO
mas tirando esses contextos mais específicos, é
A
ST
altamente recomendável que você comece pelo
CO
desfecho, pois o efeito costuma ser bem positivo.
DA
2. DRAMATIZE
O
CI
AU
Dramatizar é ilustrar com a linguagem não-verbal, isso

CL
dá vida para a história. Existem duas maneiras bem AN
eficazes de fazer isso:
AL
-
a) Mudando a própria voz na hora de “encarnar” um

m
personagem (e caso ele seja real e ainda por cima

co
l.
conhecido pelas pessoas que estão te ouvindo, vai ser

ai
melhor ainda se você puder imitar com exatidão a

tm
maneira como ele fala);

ho
a@
b) Fazendo uso da mímica, ou seja, expressando a

ur
mo
história com gestos. Por exemplo, ao invés de

cc
simplesmente dizer “eu estava dirigindo”, faça o gesto de

an
dirigir com as mãos enquanto o diz.

al
-
17
76
69
72
16
63
3. USE METÁFORAS E ANALOGIAS PARA
A
FACILITAR A COMPREENSÃO, AUMENTAR
UR
MO
O PODER DE CONEXÃO E ATÉ MESMO
A
DEIXAR A HISTÓRIA MAIS ENGRAÇADA.
ST
CO
Metáfora é quando você transpõe o significado de uma
DA
palavra. Por exemplo, quando eu trabalhava na C&A, eu
O
comentei com um colega meu de lá que o ritmo de
CI
AU
trabalho da loja era bem puxado e ele me respondeu

CL
assim: AN
“Cara, isso aqui é exército!”

AL
-
Ele não estava dizendo que a C&A era literalmente um

m
co
exército, mas que havia características na infraestrutura

l.
que eram semelhantes às de um quartel-general.

ai
tm
Um outro exemplo de metáfora:

ho
a@
“Quando eu fiquei solteiro em 2011, eu não tinha dinheiro

ur
mo
suficiente para ir a uma balada, então, eu ia para a frente do bar

cc
Empório, que era de graça e ficava lotado no final de semana. Só

an
que o Empório era a segunda divisão dos solteiros, era muito difícil
al
você ver gente bonita lá, até tinha, mas era uma ou outra, toda
-
segunda divisão tem jogadores que estão no nível da primeira, mas

17
76
são poucos, a maioria é bem fraquinha.”

69
72
Quando eu falei que o Empório era a segunda divisão

16
dos solteiros, o que eu na verdade quis dizer foi que o
64
nível desse lugar não era o mesmo que o de uma balada

mais arrumadinha.
A
UR
MO
A analogia é uma outra figura de linguagem que também
A
é usada para comparar as coisas, mas que, ao contrário
ST
CO
da metáfora, utiliza pontos de semelhança entre as ideias
que foram comparadas. Exemplo:
DA
O
CI
“Cara, eu estava tão apaixonado naquela garota que quando eu
AU
recebia uma notificação de mensagem do WhatsApp, eu largava

CL
tudo que estava fazendo para ver o que era, doido para ser alguma
AN
coisa dela e, quando eu via que era uma mensagem de uma outra
AL
pessoa, com um assunto nada a ver com nada, olha, vou dizer uma
-
coisa, o meu nível de decepção era o mesmo que a gente sente quando
m
co
vai abrir o pote de sorvete achando que tem sorvete e na verdade é

l.
feijão.”
ai
tm
Aqui eu usei uma sensação bem conhecida (a decepção

ho
de encontrar feijão no pote de sorvete) para ilustrar uma

a@
ur
sensação de repente não tão conhecida (que é a

mo
frustração de receber uma mensagem que não era de

cc
quem você esperava que fosse), e é isso que caracteriza

an
al
uma analogia, ficou claro?

-
4. CRIE SUSPENSE
17
76
69
Uma maneira bem legal de você criar suspense é usando

72
as pausas, como assim? Vou te dar um exemplo.

16
65
“Quando cheguei em casa, eu achei que estivesse sozinho, meus avós

tinham saído, encontrei eles na entrada do prédio, eu chegando e
A
UR
eles saindo, só que aí, eu estava lá no quarto, me preparando para
MO
tomar um banho, e comecei a escutar um barulho esquisito, que
A
estava vindo lá da cozinha. Beleza, fui lá ver o que era, até levei a
ST
CO
minha pistolinha de airsoft (vai que era um rato) e quando eu abri
DA
a porta…”
O
CI
[Pausa de 1-2 segundos]
AU

CL
“Adivinha o que era!” AN
[Pausa de 1-2 segundos]

AL
-
“Um filhotinho de cachorro, que meu avô tinha acabado de

m
co
adotar.”
l.
ai
Quando você usa as pausas (e obviamente nos

tm
momentos certos), você alimenta a curiosidade das

ho
outras pessoas, ficou claro?

a@
ur
mo
5. NÃO SE ESQUEÇA DA MORAL DA

cc
HISTÓRIA!
an
al
Quando a história termina sem moral alguma, é muito

-
difícil ela permanecer na memória do povo. Eu vou te

17
76
dar três sugestões de moral da história.

69
72
a) Uma lição, ou seja, o que você aprendeu com essa

16
história e que você aconselharia para quem está te
66
ouvindo. Por exemplo, existe um vídeo no meu canal em

que falo sobre o dia que eu dei uma virada na minha vida
A
UR
profissional. Apenas resumindo (e bastante) essa
MO
história, eu era um cara que tinha muita qualificação
A
técnica e acadêmica, mas como eu não tinha habilidades
ST
CO
sociais bem desenvolvidas, nunca conseguia conquistar
DA
uma oportunidade profissional decente. Quando
comecei a trabalhar minha inteligência social, o jogo
O
CI
virou e a minha vida profissional decolou em questão de
AU

pouquíssimos meses, e terminei esse relato falando
assim: CL
AN
AL
“Nunca deixe de investir na sua formação, mas não fica achando

-
que é só isso que basta, porque não. Você dificilmente vai decolar
m
co
na sua vida profissional sem ter habilidades sociais bem

l.
desenvolvidas. Eu achava que só precisava ter um monte de

ai
certificado que as empresas iam me disputar no tapa, e aprendi na

tm
ho
marra que não é assim que a banda toca, a sua formação é 50%,
a@
a outra metade vai depender da sua desenvoltura com outros seres

ur
humanos.”
mo
cc
Então essa é a lição.

an
al
b) Uma resposta para alguma coisa. Exemplo:

-
17
“… E foi por isso que eu batizei a minha cachorra de Razão.

76
Isso, de uma certa maneira, desarma todas aquelas pessoas que

69
72
ficam me botando contra a parede e me perguntando se eu por acaso

16
sou o dono da razão, agora eu posso dizer que sim e a cara que
67
elas fazem não têm preço!”
A
c) Um gancho de curiosidade. Como assim?
UR
MO
Existe um outro vídeo no meu canal em que falo sobre
A
ST
o cara mais sem noção que já conheci. À medida que vou
CO
contando essa história, a impressão que você tem é que
DA
eu estou falando de uma outra pessoa e, no final –
O
SURPRESA - eu revelo que esse cara era eu.
CI
AU

Eu podia perfeitamente pegar essa história e ao invés de
simplesmente entregar essa revelação, terminar assim: CL
AN
AL
“… E foi esse o cara mais sem noção que eu já conheci, ainda

-
estou para ver alguém pior. Aliás, você também o conhece, sabia?”
m
co
l.
É óbvio que o ouvinte vai ficar curioso, querendo saber

ai
quem a pessoa é, e é aqui que você entrega a revelação,

tm
o que acaba sendo ainda mais impactante do que

ho
a@
simplesmente chegar e entregá-la gratuitamente. Agora,

ur
isso só vale para histórias que você está contando ao

mo
vivo; como no meu caso foi um vídeo, eu não tinha

cc
como fazer isso, mas caso você tenha a oportunidade,

an
al
faça.
-
Ainda está para haver um estudo de caso em que o

17
76
storytelling não tenha feito a diferença na evolução social

69
de alguém. Certas coisas, por mais antigas que sejam,

72
nunca perdem a força.

16
68
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
E A TIMIDEZ, COMO
O
CI
AU
PROCEDER?

CL
AN
AL
-
Vamos conversar um pouquinho sobre timidez. Quase

m
co
todos os meus conteúdos são embasados em estudos,

l.
artigos, livros etc., mas desta vez eu vou te dar uma dica
ai
que não tem embasamento científico, foi algo que eu

tm
ho
aprendi na base da vivência e que funcionou muito bem

a@
comigo na época que eu estava desenvolvendo a minha

ur
veia social.
mo
cc
Quando eu estava começando a sair da zona de conforto

an
al
para conhecer pessoas novas, eu era muito tímido para

abordar desconhecidos, principalmente quando esse
-
17
desconhecido era alguma mulher na qual eu estava

76
interessado. Um belo dia, tive uma epifania (aquele

69
momento súbito de compreensão sobre alguma coisa

72
16
complexa), que foi a seguinte:
69
“Eu sempre enxerguei a minha timidez como um comportamento

de baixo valor e deve ser por isso que eu travo na hora de falar com
A
UR
as pessoas, pois fico achando que elas devem ter a mesma visão
MO
negativa que eu, e isso não necessariamente é verdade! Eu tenho
A
ST
que ressignificar esse meu pensamento, até porque tem muita gente
CO
que é assumidamente tímida e se dá muito b…”
DA
Foi nessa parte do “assumidamente tímida” que a ficha
O
CI
caiu.
AU

CL
“Eu sempre neguei a minha timidez por medo das pessoas AN
repararem e me julgarem, por isso que ela sempre me dominou.
AL
Agora, e se eu passasse a agir diferente e aceitasse a minha timidez

-
no sentido de ser uma pessoa totalmente ciente desse entrave e sem

m
co
medo algum de assumi-lo para alguém?”

l.
ai
Foi aí que eu resolvi fazer um teste. Na oportunidade

tm
seguinte que eu tive para sair à noite, abordei uma garota

ho
na qual eu estava interessado falando mais ou menos

a@
ur
assim:
mo
cc
“Boa noite, tudo bem? Olha só, antes de qualquer coisa, já vou te
an
dizendo que sou tímido, pode ser que eu me embole um pouquinho,

al
mas eu não me perdoaria se eu fosse embora sem trocar uma ideia

-
contigo, pois te achei muito interessante e blá-blá-blá…” (o resto

17
foi aquela lábia básica de noitada).

76
69
Eu não tenho palavras para descrever o quão libertador

72
16
aquilo foi, era como se eu tivesse tirado um peso
70
gigantesco das minhas costas. Eu tinha me aceitado

como tímido, a garota sabia disso e não tinha mais por
A
UR
que eu ficar com medo de ela descobrir e me julgar. Isso
MO
me deixou muito à vontade, tão à vontade que o papo
A
fluiu, acabamos ficando e a parte mais engraçada foi que
ST
CO
ela me disse assim:
DA
GAROTA: Achei que você fosse tímido, não vi
O
nada de tímido em você não!
CI
AU

CL
EU (rindo de nervoso): Pois é, mas eu sou! AN
Resumindo, assumir a timidez virou a minha principal
AL
ferramenta para contornar a própria timidez. Anos

-
depois, li um livro chamado Os Seis Pilares da

m
co
Autoestima, do Dr. Nathaniel Branden14, e descobri

l.
que um desses pilares é justamente a autoaceitação, tanto

ai
tm
das coisas positivas quanto das coisas negativas que

ho
existem na gente. Foi aí que percebi que o que eu estava

a@
fazendo era um exercício de autoaceitação que realmente

ur
alavancou bastante a minha autoestima social. Esse

mo
cc
macete deu muito certo para mim e para várias outras

an
pessoas que eu já aconselhei, mas isso não é uma garantia

al
que vai dar certo para todo mundo, cada caso é um caso.
-
Contudo, acredito que não custa nada tentar, vai que dá

17
certo?
76
69
72
16
14BRANDEN, Nathaniel. Six Pillars of Self Esteem: The Definitive Work

on Self-Esteem bt the Leading Pioneer in the Field. [S. l.]: Bantam, 1995.
71
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
3 TÁTICAS INFALÍVEIS PARA
O
CI
AU
NÃO DEIXAR A CONVERSA

MORRER CL
AN
AL
-
m
co
Como fazer a conversa fluir? Eu já notei que não são

l.
poucas as pessoas que se preocupam com isso (eu

ai
mesmo costumava ser uma delas) e a grande verdade é

tm
ho
que isso é extremamente fácil!

a@
ur
Eu vou te ensinar três táticas para não deixar a conversa

mo
morrer e você pode ter certeza de que nunca mais irá ter
cc
problema algum com isso.

an
al
1. FAÇA PERGUNTAS ABERTAS

-
17
“O que seriam perguntas abertas, João?”

76
69
São aquelas que induzem a pessoa a dar uma resposta

72
16
mais elaborada, que não se restrinja a “sim” ou “não”.
72
Eu não sei se você costuma ter problemas com pessoas

que dão respostas monossilábicas, mas caso o tenha, é
A
UR
bem provável que isso esteja acontecendo porque está
MO
fazendo perguntas fechadas, tipo:
A
ST
“Você gosta de sair à noite?”
CO
DA
Este tipo de pergunta não induz ninguém a fazer uma
O
reflexão mais aprofundada, por isso que essa pessoa
CI
acaba dando respostas secas como “sim”, “não”,
AU

CL
“talvez” e afins. AN
Na próxima oportunidade que tiver para conversar com
AL
alguém, ao invés de perguntar algo como “você gosta de

-
ir ao cinema?”, experimente perguntar qual foi o último

m
co
filme bom que essa pessoa viu e por que esse filme
l.
chamou a atenção dela.

ai
tm
Isso com certeza vai fazê-la refletir e elaborar uma

ho
a@
resposta bem maior do que uma frase de 3-6 letras.

ur
mo
2. USE A TÉCNICA DO ANZOL

cc
an
A técnica do anzol consiste em prestar atenção no que

al
está sendo dito e “fisgar” uma palavra-chave para

-
elaborar uma pergunta ou uma suposição que irá fazer o

17
76
assunto continuar.
69
72
Antes de exemplificar, eu preciso reforçar o quão

16
importante é alternar perguntas com suposições.
73
Suposição é uma afirmação na qual você tenta adivinhar

alguma coisa sobre a outra pessoa, que por sua vez terá
A
UR
de confirmar se estava certo(a) ou não sobre isso, por
MO
exemplo:
A
ST
“Você tem cara que gosta de filme de super-herói!”
CO
DA
Independentemente de a resposta ser positiva ou
O
negativa, ela terá de justificar o porquê e repare que em
CI
momento algum isso ficou com cara de pergunta.
AU

Por que você deve alternar perguntar com suposições? CL
AN
AL
Simples, para a conversa não virar um

-
interrogatório.
m
co
Tem gente que mais interroga do que conversa e isso

l.
ai
costuma ser bem irritante, portanto, procure seguir essa

tm
orientação para não ficar com uma fama de

ho
inconveniente, ok?
a@
ur
Vamos agora ao exemplo do anzol em ação. Imagine

mo
cc
duas pessoas que começaram a conversar em uma festa,

an
seus nomes são Pedro e Ana.

al
-
PEDRO: O que te traz aqui hoje?

17
76
ANA: É aniversário de uma amiga minha.

69
72
Aqui temos dois anzóis, aniversário e amiga. Nosso amigo

16
Pedro resolveu continuar o assunto usando o primeiro.
74
PEDRO: Ah, que bacana! Comemorar o

aniversário na balada é bem mais prático, né?
A
UR
Agora, me corrija se eu estiver errado, mas você
MO
me parece ser uma pessoa mais quieta, você tem
A
cara que prefere comemorar num ambiente mais
ST
reservado.
CO
DA
Repare que ele fez uma suposição.
O
CI
ANA: Com certeza, no meu caso eu já me contento
AU

saindo para jantar com a família e amigos.
CL
AN
Nesta afirmação, a Ana deixou 3 anzóis: jantar fora, família
AL
e amigos.
-
m
PEDRO: Opa, então nós temos aqui uma pessoa

co
que aprecia uma boa gastronomia. Agora eu sei

l.
ai
por que é que eu fui com sua cara, também adoro

tm
sair para comer. Que tipo de restaurante você

ho
mais gosta?
a@
ur
Conseguiu identificar qual anzol o Pedro usou? Se você respondeu

mo
“jantar fora”, acertou!

cc
an
al
ANA: Ah, eu gosto muito do Kotobuki, um

restaurante de comida japonesa que fica no
-
17
shopping Botafogo e que tem uma vista linda para

76
a Baía de Guanabara, e você?

69
72
Mais uma vez a Ana deixou 3 anzóis, são eles: comida

16
japonesa, Botafogo (bairro) e paisagens. Como Pedro é
75
carioca da Zona Sul, ele optou pelo segundo da lista.
A
PEDRO: Olha, eu gosto de tudo, sou muito fácil de
UR
MO
agradar. Agora, cá entre nós, Botafogo é um
paraíso para gente que curte um bom restaurante,
A
ST
um bom barzinho, né? Para mim, um dos
CO
melhores bairros em termos de gastronomia.
DA
ANA: Botafogo é maravilhoso! Uma pena é que a
O
CI
praia é poluída e aquele trecho que vai para o
AU

aterro é meio perigoso.
CL
AN
Aqui, Pedro poderia ter continuado a falar sobre Botafogo ou
AL
até mesmo abordar a segurança do Rio de Janeiro, mas ele

-
achou melhor falar sobre a praia (repara bem na quantidade de

m
co
anzóis).
l.
ai
PEDRO: É, praia no geral está complicado, né?

tm
Quando o problema não é poluição, é a muvuca.

ho
Você tem frequentado qual praia?

a@
ur
Bom, já deu para entender como o anzol funciona na

mo
cc
prática, certo? Não tem mistério, basta prestar atenção

an
na conversa, fisgar uma palavra-chave e devolvê-la na

al
forma de uma pergunta ou suposição, isso é muito bom

-
para fazer a conversa fluir com naturalidade.

17
76
69
72
16
76
3. USE A TÉCNICA DO TERAPEUTA
A
UR
Quando um terapeuta deseja fazer seu paciente falar
MO
mais, uma das várias táticas por ele empregadas é a de
A
repetir o que essa pessoa falou por último usando um
ST
CO
tom de interesse. Eu descobri que isso funciona muito
bem em interações do dia a dia, mas é necessário um
DA
certo cuidado para não ficar com a imagem de “papagaio
O
CI
de pirata”. Para evitar que isso aconteça, eu recomendo
AU

que você use, de vez em quando, alguns sinônimos na
hora de repetir o que a pessoa disse. Um exemplo dessa CL
AN
técnica:
AL
-
ANA: Semana passada tive uma prova surpresa.

m
co
l.
PEDRO (arregalando os olhos): Eita, prova

ai
surpresa?
tm
ho
ANA: É, pois é, de física. Só duas pessoas tiraram

a@
nota maior que seis.

ur
mo
PEDRO (em tom de perplexidade): Só dois

cc
an
tiraram nota maior que seis? Puxa vida, o que é

al
isso!
-
ANA: Para você ver, né? O próprio professor

17
76
reconheceu que pegou pesado, mas ele não voltou

69
atrás.
72
16
PEDRO (indignado): Espera aí, ele assumiu que
77
exagerou, mas não se retratou, é isso mesmo?

Sem comentários.
A
UR
ANA: É, a gente está torcendo para ele pelo menos
MO
passar um trabalho para melhorar a nota.
A
ST
CO
PEDRO: Com certeza, pelo menos um trabalhinho
DA
para melhorar a nota.
O
CI
Viu como é simples aplicar a técnica do terapeuta?
AU

CL
Acho que eu nem preciso te dizer que não é necessário
se restringir a apenas uma dessas três técnicas ao longo
AN
AL
da conversa, eu mesmo costumo usar todas as três em

-
uma mesma interação, fica até melhor assim.

m
co
E a partir de agora, a conversa só irá morrer se você

l.
quiser...
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
78
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
COMPORTAMENTOS QUE
O
CI
AU
FAZEM AS PESSOAS TE

DESRESPEITAREM CL
AN
AL
-
m
co
l.
Quem é que não quer ser respeitado(a)? Aliás, o ideal

ai
seria que as pessoas se respeitassem independente de

tm
qualquer coisa, mas infelizmente, a realidade é outra e

ho
não adianta ficarmos revoltados, porque isso não vai

a@
ur
fazer com que ela mude. Triunfar na vida negando a

mo
realidade é a mesma coisa que tentar mover um navio

cc
sobre os trilhos de um trem, é muito difícil avançar

an
al
assim!
-
Se você sente que as pessoas do seu convívio não estão

17
te respeitando da maneira que você gostaria, pode ser

76
69
que isso esteja acontecendo porque você está tendo um

72
(ou mais) dos cinco comportamentos que costumam

16
destruir o respeito alheio, vamos dar uma olhada neles?
79
1. RESPONDER MAUS-TRATOS COM

GENTILEZA
A
UR
MO
O senso comum costuma dizer que a gentileza sempre
A
supera a agressividade e que devemos ser gentis com
ST
CO
todos aqueles que nos maltratam, pois isso acaba
“desarmando” essas pessoas e elas ficam se sentindo
DA
péssimas por terem sido ruins com a gente.
O
CI
AU
Isso só procede em partes.

Segundo os doutores Arnold Lazarus, Clifford CL
AN
AL
Lazarus e Allen Fay, autores do livro Não Acredite

Nem Por Um Minuto15, esse tipo de comportamento
-
m
pode até funcionar com pessoas que não são do seu

co
l.
convívio, como por exemplo, um cliente que você está

ai
atendendo pela primeira vez no seu trabalho.

tm
ho
Agora, quando essas pessoas convivem contigo

a@
regularmente (leia-se, família, amigos, colegas,

ur
mo
namorado(a) etc.), aí as coisas mudam.

cc
an
Quando uma pessoa do seu convívio te maltrata e você

al
responde esses maus-tratos com gentilezas, o que está

-
sendo comunicado nas entrelinhas é que ela devia

17
continuar te tratando assim, pois você recompensa esse

76
69
LAZARUS, Arnold A.; LAZARUS, Clifford N.; FAY, Allen. Não

15
72
Acredite Nem Por Um Minuto. [S. l.]: Best Seller, 2004.

16
80
tipo de atitude.
A
Isso acontece frequentemente em relacionamentos
UR
MO
abusivos, a vítima fica enchendo a parte abusiva de
carinho, atenção e presentes na esperança de transformar
A
ST
essa pessoa e acabar com esses maus-tratos e mal sabe
CO
ela que isso, na verdade, é um tremendo de um incentivo
DA
para que a parte abusiva continue agindo daquela
O
CI
maneira.
AU

CL
Caso alguém do seu convívio te maltrate, não fique AN
sorrindo e fingindo que está tudo bem. Imponha-se,
AL
deixe bem claro que esse tipo de atitude você não vai
-
tolerar.
m
co
A chave aqui não é devolver na mesma moeda (isso

l.
ai
jamais), e sim demonstrar assertividade.

tm
ho
2. PRIORIZAR AS NECESSIDADES DOS

a@
OUTROS EM DETRIMENTO DAS SUAS

ur
mo
A única ocasião em que isso é aceitável é quando você é

cc
an
responsável por uma pessoa incapaz, porque aí não tem

al
jeito. No mais, é melhor você pensar duas vezes antes de

-
sair se sacrificando pelos outros, porque isso

17
frequentemente abre um precedente para pessoas mais

76
egoístas ficarem abusando da sua boa vontade, e elas não

69
72
estão nem aí para o tempo, para o dinheiro e para os

16
compromissos dos quais você está abrindo mão por
81
causa delas, porque esse tipo de gente só costuma olhar

para o próprio umbigo.
A
UR
MO
Quanto mais você se doar, mais elas irão abusar da sua
A
boa vontade.
ST
CO
Veja bem, eu não estou condenando o altruísmo, porque
DA
a preocupação com o bem-estar do próximo é uma
O
qualidade incrível e que inclusive deveria ser trabalhada
CI
AU
por todo e qualquer indivíduo que deseja evoluir como

CL
ser humano, mas quando esse altruísmo começa a AN
prejudicar a sua saúde, o seu emocional, as suas finanças
AL
e até mesmo os seus relacionamentos, aí já é demais.

-
Você precisa definir limites, senão os outros vão acabar

m
co
te escravizando.
l.
ai
Eu sempre digo o seguinte: bomba vazia não abastece

tm
ho
carro.
a@
ur
Você gosta de ajudar os outros, de abastecer essas

mo
pessoas? Ótimo, mas não se esqueça de que a bomba

cc
também esvazia e que quando isso acontece, ela precisa

an
al
ser reabastecida.
-
Como é que ela vai continuar abastecendo os outros

17
76
carros estando vazia?

69
72
Quando você se doa muito, chega uma hora que você se

16
esgota e, quando isso acontece, a melhor saída é fazer
82
uma retirada estratégica para cuidar de si mesmo(a) (ou

seja, reabastecer-se) e voltar com tudo.
A
UR
MO
Convenhamos, é muito difícil ajudar as outras pessoas
A
quando você está com as suas forças totalmente
ST
CO
esgotadas.
DA
Ah, e não existe nada de egoísmo nisso, muito pelo
O
CI
contrário, isso envolve mais amor do que você pensa.
AU

CL
3. NÃO CUMPRIR COM A SUA PALAVRA AN
AL
Este tipo de comportamento nem sempre é sinônimo de

falta de caráter, ele também é bem frequente naquelas
-
m
pessoas “boazinhas” que não sabem dizer “não” para os

co
outros por medo de decepcionar e cair no conceito deles.

l.
ai
Quando uma pessoa fala “sim” para todo e qualquer

tm
ho
pedido que a fazem, ela acaba assumindo uma

a@
quantidade de compromissos que é humanamente

ur
impossível de dar conta, e aí das duas uma: ou ela faz

mo
cc
essas tarefas ou favores pela metade (mal feito) ou então

an
ela nem mesmo o faz, pois o dia só tem vinte e quatro

al
horas e existe um limite para a quantidade de coisas que

-
alguém pode fazer.

17
76
Em outras palavras, de uma maneira ou de outra, ela

69
acaba decepcionando quem estava contando com a sua

72
16
ajuda (ainda que isso não tenha sido intencional), e caso
83
isso seja recorrente, as demais pessoas vão começar a

parar de confiar nela, portanto, não prometa coisas que
A
UR
você não tem tempo ou condições para fazer.
MO
A
É muito pior prometer e não cumprir do que
ST
simplesmente pedir desculpas e dizer que não vai ser
CO
possível ajudar daquela vez.
DA
O
CI
4. PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA COM A
AU

OPINIÃO DOS OUTROS
CL
AN
A preocupação excessiva com o que os outros pensam
AL
de você te transforma em uma pessoa muito maleável e

-
fácil de manipular, o que por si só já te torna um para-

m
co
raios de gente oportunista, mas não para por aí. Quando

l.
essa preocupação faz você ter medo de revelar quem

ai
você é, o que faz ou o que gosta, isso pode atrapalhar

tm
bastante as coisas para o seu lado, porque caso essas

ho
a@
informações que você está querendo abafar venham à

ur
tona, é aí que certas pessoas vão usa-las contra você (e

mo
nem sempre na sua frente).

cc
an
O que elas vão pensar?

al
-
“Bom, se essa pessoa não fala sobre isso, é porque isso de uma certa
17
maneira deixa ela afetada, ou seja, é um ponto fraco!”

76
69
Quando eu fazia parte daquela comunidade de rapazes

72
16
que estudavam sedução, havia vários membros ativos
84
que mantinham a verdadeira identidade em segredo, por

medo da repercussão que isso poderia ter. Eu sempre fui
A
UR
transparente quanto a isso, ou seja, mesmo sabendo que
MO
isso poderia me queimar com uma pessoa ou outra,
A
nunca escondi de ninguém que eu fazia parte dessa
ST
CO
comunidade e me parece que essa foi a melhor decisão
que eu poderia ter tomado, porque volta e meia alguém
DA
descobria a identidade verdadeira de um desses
O
CI
membros mais reservados e a revelava para o público (o
AU

que por sua vez comprometia bastante a vida dessa
pessoa). Se eu não tivesse optado pela transparência, CL
AN
certamente teriam feito o mesmo comigo, pois aquela

AL
comunidade era um ninho de cobras, a inveja

-
predominava.
m
co
l.
Ao se desapegar da opinião dos outros e perder o medo

ai
de falar sobre quem você é, o que faz e o que gosta, o

tm
ho
que está sendo sinalizado é que você é uma pessoa bem

a@
resolvida, que se aceita e sabe o que quer.

ur
mo
Isso vale, inclusive, para determinadas vulnerabilidades,

cc
como por exemplo, a timidez. Não existe problema

an
al
algum problema em assumir que é tímido(a), eu acabei

de falar no capítulo anterior que isso fez milagres pela
-
17
minha vida social!

76
69
Isso só mostra que você se aceita e tem humanidade, o

72
que por sua vez deixa as pessoas mais confortáveis ao

16
seu lado.
85
Apenas para finalizar esse quarto comportamento, deixa

eu te fazer uma pergunta.
A
UR
MO
É possível destruir uma pessoa honesta, que se aceita,
que está segura com as decisões dela e não tem
A
ST
problemas para falar sobre as suas vulnerabilidades?
CO
DA
Difícil, não é?
O
CI
5. LINGUAGEM NÃO-VERBAL NEGATIVA
AU

CL
Quando a sua linguagem não-verbal é negativa, você AN
muitas vezes transmite uma imagem de “presa fácil”, ou
AL
seja, uma pessoa inofensiva, fácil de tirar vantagem e que

-
pode ser desrespeitada à vontade, pois ela certamente

m
co
não fará nada com o seu ofensor.

l.
ai
Por exemplo, pense na pessoa que mais sofria bullying

tm
na sua sala de aula.

ho
a@
Ela andava com a coluna reta? Queixo erguido? Ocupava

ur
mo
espaço? Os movimentos eram amplos? Falava para fora,

cc
com uma boa projeção vocal? Provavelmente não!

an
al
Uma linguagem não-verbal bem trabalhada costuma ser

-
uma proteção bem eficiente contra bullies, oportunistas,

17
narcisistas e até mesmo ladrões.

76
69
E estão aí, cinco comportamentos que podem afetar o

72
16
respeito que as outras pessoas sentem por você.
86
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

E QUANDO VOCÊ É
CL
AN
INTROVERTIDO(A), TEM COMO
AL
SER POPULAR?
-
m
co
l.
ai
tm
É muito fácil ser uma pessoa popular quando você tem

ho
a extroversão a seu favor, mas e quando você é

a@
ur
introvertido(a)? Não são poucas as pessoas que usam a

mo
própria introversão como uma muleta para não

cc
desenvolverem a inteligência social.

an
al
“Eu queria muito ser uma pessoa popular, mas como isso é
-
privilégio dos introvertidos, melhor eu deixar pra lá.”

17
76
Eu costumava pensar assim, mas quando iniciei a minha

69
jornada de reinvenção, decidi que a minha introversão

72
16
não iria ser um obstáculo, e nisso eu mudei a minha
87
maneira de pensar, que passou a ser a seguinte:
A
“Ser introvertido não significa que eu não tenho chance de ser
UR
MO
popular, isso só quer dizer que eu vou ter que jogar no modo difícil,
ou seja, vou ter que pensar em formas de decolar o meu poder de
A
ST
atração social sem que eu tenha que negar essa minha característica
CO
ou tampouco fazendo teatro na frente das pessoas.”
DA
O
Isso foi crucial para que eu desenvolvesse as dicas que
CI
vou te passar agora mesmo para contornar a sua
AU

CL
introversão e conquistar uma vida social satisfatória.
Você está prestes a aprender um conteúdo que é um
AN
AL
verdadeiro atalho, pois ele é o resultado de um longo

processo de tentativa e erro que eu tive de enfrentar, ou
-
m
seja, isto vai te poupar bastante tempo e dor de cabeça.

co
l.
ai
1. COMECE FREQUENTANDO EVENTOS

tm
E/OU LUGARES QUE TENHAM ALGUMA

ho
a@
AFINIDADE CONTIGO
ur
mo
Pessoas introvertidas não gostam de conversas rasas, elas

cc
amam um papo mais inteligente, aprofundado. Isto dito,

an
a melhor coisa que alguém assim pode fazer para

al
começar a decolar a própria vida social é procurar

-
eventos e lugares que tenham alguma afinidade com a

17
76
sua pessoa.
69
72
Por exemplo, você gosta de rock? Frequente lugares

16
onde toque rock, não vá para um lugar que toque
88
somente música eletrônica só porque ele é mais bem

cotado.
A
UR
MO
Outro exemplo, você é nerd? Então frequente os
A
mesmos lugares frequentados pelos nerds, como
ST
convenções, lojas de quadrinhos, encontros entre
CO
membros de grupos/fóruns etc.
DA
O
Quando você começa por lugares com os quais tem
CI
AU
alguma afinidade, fica muito mais fácil puxar assunto

CL
com uma pessoa desconhecida e manter essa conversa AN
fluindo de maneira natural, até mesmo gostosa.
AL
Futuramente, quando você já estiver se sentindo mais à

-
m
vontade, aí sim poderá arriscar uns ambientes diferentes

co
de uma forma gradual, para ir saindo aos pouquinhos da

l.
ai
zona de conforto.
tm
ho
Não cometa o mesmo erro que eu cometi no passado,

a@
pois eu ia para uns lugares totalmente assimétricos

ur
comigo na esperança de desenvolver mais a minha

mo
cc
sociabilidade e saía de lá ainda mais frustrado do que

an
quando eu entrei!
al
-
2. CONVERSE COM GRUPOS PEQUENOS

17
DE PESSOAS (NO MÁXIMO 3)

76
69
Se você tiver o mesmo grau de introversão que eu, então

72
16
é bem provável que você seja aquela pessoa que entra
89
muda e sai calada quando o grupo é muito grande.
A
UR
Isso é característico do introvertido e não adianta ficar
MO
remando contra a maré, porque mesmo que faça um
A
esforço descomunal para conversar com aquela turma
ST
CO
toda, a quantidade de energia social que você vai gastar
será tão grande que logo ficará com vontade de ir
DA
embora.
O
CI
AU
Como fiz para lidar com isso? Simples. Ao invés de

CL
tentar dominar o grupo por inteiro, fiquei conversando AN
com 2-3 pessoas de cada vez, pois isso me deixava muito
AL
mais à vontade e com muito mais facilidade para dar a

-
devida atenção para cada indivíduo sem esgotar a minha

m
co
energia e sem deixar o nível da conversa cair.

l.
ai
3. COMA PELAS BEIRADAS

tm
ho
Você realmente quer virar uma pessoa popular em um

a@
determinado ambiente?
ur
mo
cc
Então crie uma conexão com cada uma das pessoas que
an
fazem parte desse ambiente. Agora, você não precisa

al
fazer isso com todas ao mesmo tempo e muito menos

-
começar pela líder. Muito pelo contrário, o ideal é que

17
você comece por baixo, conversando com aquelas

76
69
pessoas mais quietinhas e receptivas e vá escalando aos

72
pouquinhos.
16
90
Se você souber cativar da maneira certa, aquela pessoa

que você começou a conversar vai te apresentar para
A
UR
outra, que vai te apresentar para outra e daí por diante…
MO
Eventualmente, você vai chegar ao líder e com
A
ST
excelentes referências, porque como você antes passou
CO
por todo o restante, a sua imagem estará positiva entre
DA
essas pessoas e aquelas que ainda não te conhecem vão
O
ficar mais receptivas para falar contigo, inclusive o líder.
CI
AU

CL
Quando você começa por cima (ou seja, pelo líder), é
bem provável que você passe uma imagem de
AN
AL
oportunista, de alguém que só deseja ter contato com

quem tem algum tipo de status, mas quando você
-
m
começa por baixo e vai escalando, aí as coisas mudam.

co
l.
Eu fazia isso o tempo inteiro (e com excelentes

ai
tm
resultados). Mais para a frente, eu descobri que essa

ho
estratégia já era usada por outras pessoas introvertidas,

a@
como por exemplo, o presidente americano Harry

ur
mo
Truman.
cc
an
Segundo a Vanessa Van Edwards, autora do livro

al
Captivate16, o presidente Truman era um homem muito

-
introvertido que se sentia extremamente desconfortável

17
falando em público e/ou lidando com grupos grandes de

76
pessoas. A escalada dele ao poder foi basicamente

69
72
16
16VAN EDWARDS, Vanessa. Captivate: The Science of Succeeding with

People. [S. l.]: Portfolio, 2017.
91
fazendo isso que eu acabei de te ensinar, ou seja, ele foi

socializando com uma pessoa de cada vez e foi, aos
A
UR
poucos, escalando até a Casa Branca.
MO
A
4. ANDE COM ALGUÉM QUE SEJA
ST
CO
EXTROVERTIDO(A)
DA
Esta é aquela típica relação Yin-Yang, onde uma parte
O
CI
complementa a outra. Sair com alguém que é a sua
AU

contraparte no quesito atitude pode ser uma experiência
bem positiva, pois da mesma maneira que aquela pessoa CL
AN
extrovertida pode te influenciar a ter mais iniciativa e dar
AL
mais de si próprio(a) naquele ambiente, você pode

-
influenciá-la na questão da profundidade da conversa e

m
co
criação de conexão.
l.
ai
Além disso, como extrovertidos adoram conversar com

tm
grupos grandes, essa pessoa não vai ter problema algum

ho
a@
para manter o grupo ocupado enquanto você conversa

ur
com uma ou duas pessoas de uma maneira mais

mo
aprofundada.
cc
an
O segredo aqui é a cooperação mútua, ou seja, uma mão

al
tem que lavar a outra, senão vira uma relação

-
oportunista.
17
76
69
5. PROMOVA SOCIAIS NA SUA CASA

72
16
Esta dica é mais voltada para quem mora sozinho, mas
92
vale a pena sabê-la mesmo que você ainda não tenha o

seu próprio canto (para poder aplicá-la quando o tiver).
A
UR
MO
Foi assim que eu alavanquei o meu círculo social aqui em
São Lourenço. Quando as sociais são promovidas na sua
A
ST
própria casa e são as pessoas que vão até você, fica bem
CO
mais fácil para sentir confiança e conforto na hora de
DA
interagir (afinal de contas, você está no seu território).
O
CI
Além disso, você pode perfeitamente pedir para os
AU

CL
convidados trazerem alguém que ainda não conheça para
expandir o seu círculo social.
AN
AL
Como se não bastassem essas vantagens todas, as sociais

-
caseiras são bem econômicas se comparadas a uma

m
co
balada, por exemplo. Em outras palavras, o bolso de

l.
todos agradece.
ai
tm
ho
6. SEJA UMA PESSOA RECEPTIVA E

a@
COOPERATIVA
ur
mo
Eu vou te contar uma coisa que poucos sabem sobre

cc
an
popularidade.
al
O segredo para ser popular e carismático não está na

-
17
iniciativa para puxar conversa, e sim na receptividade e

76
na cooperação.
69
72
Isso foi comprovado em um estudo realizado pelo Dr.

16
Kenneth Dodge da Universidade de Duke com grupos
93
de crianças e pré-adolescentes17 (existem inúmeros

estudos correlacionando a qualidade da vida social da
A
UR
criança e do adolescente com a qualidade da vida social
MO
na idade adulta, por isso que é relevante abordar esse tipo
A
de trabalho).
ST
CO
O que o Dr. Dodge constatou nesse estudo foi que as
DA
crianças que eram percebidas como as mais populares e
O
carismáticas do grupo não eram aquelas que tomavam a
CI
AU
iniciativa de conversar ou de fazer alguma coisa, e sim

CL
aquelas que eram simpáticas com as outras que vinham AN
conversar com elas e que sempre que o grupo decidia
AL
fazer alguma coisa, envolviam-se por completo naquela

-
atividade, em total clima de cooperação.

m
co
l.
Embora as crianças menos populares tivessem mais

ai
iniciativa para puxar conversa, elas eram muito

tm
autorreferentes, ou seja, tudo tinha que ser do jeito delas

ho
e, além de elas se recusarem a participar das brincadeiras,

a@
ur
atrapalhavam as atividades que já estavam em

mo
andamento.
cc
an
Segundo o Dr. Mitch Prinstein (autor do livro Popular

al
e que eu já fiz uma referência no começo deste livro), os

-
adultos que mantiveram essas características que eles

17
76
69
17 DODGE, Kenneth A. Behavioral Antecedents of Peer Social Status. [S.

l.], 1983. Disponível em:
72
https://www.jstor.org/stable/pdf/1129802.pdf?seq=1. Acesso em: 10

16
jun. 2020.
94
tinham na infância continuaram colhendo os mesmos

tipos de resultados.
A
UR
MO
Os receptivos e cooperativos viraram pessoas queridas e
A
populares e aqueles que tomavam iniciativa, mas que em
ST
contrapartida ficavam querendo tudo do jeito deles,
CO
tornaram-se pessoas excluídas, difíceis de lidar.
DA
O
E por falar em pessoas difíceis, existem alguns
CI
AU
comportamentos que podem, sem que você perceba,

CL
fazer com que os outros te enxerguem como uma. AN
Vamos descobrir quais são?
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
95
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
5 COMPORTAMENTOS QUE
O
CI
AU

PODEM DESTRUIR A SUA VIDA
CL
AN
SOCIAL
AL
-
m
co
l.
Você já sabe que comportamentos tais como falta de

ai
pontualidade, irresponsabilidade, pessimismo, teimosia,

tm
falsidade, desonestidade e afins são verdadeiros

ho
a@
repelentes de gente.
ur
mo
Eu gostaria de abordar uma leva de comportamentos

cc
menos óbvios, mas que nem por isso são menos

an
destrutivos do que esses que eu acabei de citar e é

al
importante que os conheça, para ver se existe algo mais

-
17
que necessite ser trabalhado em você e garantir que a sua

76
jornada seja ainda mais suave. Vamos a eles.

69
72
16
96
1. EXPOSIÇÃO EXCESSIVA DE VALOR
A
UR
Aqui eu estou me referindo ao ato de expor qualidades,
MO
talentos, conhecimentos, conquistas e posses de uma
A
maneira constante, exagerada, até mesmo irritante.
ST
CO
Ainda que você de fato seja uma pessoa de valor
DA
(estudada, bem-sucedida e com um belo estilo de vida),
O
CI
quando você faz questão de exibir esse seu lado para os
AU
outros, a imagem que você transmite é a de uma pessoa

CL
sem autoestima e desesperada por aprovação. AN
AL
Isso pode levar a vários desdobramentos negativos, eu

-
vou te falar quatro deles.

m
co
O primeiro foi o que eu acabei de citar, a imagem de uma

l.
pessoa desesperada pela aprovação dos outros;

ai
tm
ho
O segundo é que você vai muito provavelmente dar nos

a@
nervos das outras pessoas;

ur
mo
O terceiro é a possibilidade enorme de atrair as pessoas

cc
erradas, que no caso só irão se aproximar por causa do

an
al
que você tem, não por causa de quem você é;

-
O quarto e último desdobramento é a possibilidade de

17
despertar desconfiança e/ou intimidação nas pessoas

76
69
certas.
72
16
Eu costumava ser assim, sabia? A comunidade de
97
estudantes de sedução da qual eu fazia parte defendia

fervorosamente a questão da demonstração de valor
A
UR
superior por a enxergarem como uma arma para gerar
MO
atração.
A
ST
Nessa época, eu já tinha conquistado a minha
CO
independência financeira e tinha um cantinho só meu,
DA
extremamente bem arrumado. Além disso, aprendi a
O
CI
cozinhar, limpar, lavar, passar etc. Eu tinha uma filosofia
AU
de aprimoramento constante, para virar uma pessoa cada

CL
vez mais bem resolvida, valiosa e autossuficiente, e a AN
situação atingiu um ponto em que eu comecei a projetar
AL
a imagem de um homem praticamente perfeito, tanto

-
que até os meus amigos comentavam isso, dizendo que

m
co
eu estava a um passo de desbancar o Rodrigo Hilbert

l.
(um ator/modelo famoso por ser um “homem da casa”

ai
completo).
tm
ho
a@
Para mim, isso era um sinal bem claro de que eu estava

ur
no caminho certo (até porque a minha vida amorosa

mo
estava cada vez mais abundante, ou seja, sozinho eu

cc
nunca ficava).
an
al
Eu só fui descobrir o quão errado isso estava quando

-
comecei a namorar a mulher que hoje é a minha esposa.

17
76
Embora nós tenhamos começado a conversar pelo

69
Happn (aplicativo de relacionamento), já havíamos nos

72
visto na rua algumas vezes.

16
98
Como eu nunca tive uma boa oportunidade para ir falar

com ela, no dia que a vi nesse aplicativo, imediatamente
A
UR
a curti. Contudo, ela não me curtiu de volta! Persistente,
MO
mandei aquele “super like” (que é quando a outra pessoa
A
ST
fica sabendo que você gostou dela) e foi só a partir daí
CO
que começamos a interagir.
DA
Alguns meses depois, quando já estávamos namorando
O
CI
sério, ela me confessou que sempre teve algum interesse
AU

em mim, mas não curtiu o meu perfil porque a imagem
de perfeição que eu passava era tanta que ela chegava a CL
AN
ficar desconfiada, achando que alguma coisa estava
AL
muito errada e, como se não bastasse isso, essa não era

-
uma opinião só dela, mas de muita gente aqui da cidade!

m
co
l.
Essa revelação, inclusive, respondeu uma pergunta que

ai
há muito tempo permeava a minha cabeça:

tm
ho
“Por que eu só atraio mulher problemática?”

a@
ur
Conforme eu acabei de falar, a minha vida amorosa era

mo
cc
bem abundante, mas era marcada por aborrecimentos

an
frequentes, pois eu vivia atraindo mulheres imaturas,

al
controladoras, ciumentas etc.

-
17
Agora que eu tinha a peça que faltava no quebra-cabeça

76
em mãos, eu descobri o porquê. Pessoas maduras, bem

69
resolvidas, bem vividas e inteligentes sabem que

72
16
ninguém é perfeito e que toda e qualquer projeção de
99
perfeição é para ser vista com desconfiança. Apenas

pessoas imaturas acreditam nesse ideal de perfeição, por
A
UR
isso que eu vivia atraindo as pessoas erradas.
MO
Se eu tivesse agido diferente e não tivesse exposto tanto
A
ST
valor para as pessoas, eu certamente não teria tido
CO
metade das dores de cabeça que tive.
DA
O
Um pouquinho de vulnerabilidade faz bem e isso em
CI
hipótese alguma é sinônimo de fraqueza. Robert
AU

CL
Greene, autor do livro A Arte da Sedução18, aborda a
importância da vulnerabilidade no capítulo 13.
AN
AL
Segundo ele, quando você demonstra um pouquinho

-
mais de vulnerabilidade, as pessoas te enxergam como

m
co
mais humano(a) e isso reduz drasticamente toda e

l.
qualquer desconfiança que elas poderiam ter sobre você.

ai
tm
Um pouquinho de vulnerabilidade faz com que as suas

ho
a@
ações pareçam mais naturais, menos calculadas. Apenas

ur
um pouquinho, não muito! Peguemos, por exemplo, a

mo
timidez.
cc
an
Se você transparecer uma vez ou outra que é tímido(a),

al
isso não vai prejudicar sua imagem, só vai te deixar mais

-
17
humano. Contudo, caso demonstre muita timidez, pode

76
ser que a outra parte fique com a impressão de que é ela

69
que vai ter que fazer o trabalho todo, ou seja, quando a

72
16
18 GREENE, Robert. A Arte da Sedução. [S. l.]: Rocco, 2004.
100
demonstração de vulnerabilidade é excessiva, o tiro

acaba saindo pela culatra.
A
UR
MO
Aliás, essas demonstrações ocasionais de vulnerabilidade
A
são bem eficientes para você se prevenir contra
ST
CO
invejosos, porque quanto mais perfeição você projeta,
maior a probabilidade de virar o alvo de uma pessoa
DA
invejosa.
O
CI
AU
No meu caso eu fui sortudo, porque eu nem sabia que

CL
estava pecando nesse aspecto e mesmo assim consegui AN
uma oportunidade para conversar com a minha mulher
AL
e derrubar essa desconfiança que eu nem fazia ideia que

-
eu estava causando, mas e você? Será que irá ter a mesma

m
co
sorte que eu tive? Reflita…

l.
ai
2. FALTA DE EMPATIA
tm
ho
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do

a@
próximo antes de proceder com qualquer palavra ou

ur
mo
atitude direcionada a esse ser humano.

cc
an
Pessoas sem empatia costumam ser péssimas ouvintes

al
(na verdade elas só querem falar, não querem escutar

-
ninguém). Além disso, são péssimas conselheiras, vivem

17
dando opiniões não solicitadas e seus julgamentos são

76
69
precipitados, rasos, severos e injustos, pois elas são

72
incapazes de observar a realidade do próximo.

16
101
Por conta disso, elas acabam deixando muita gente se

sentindo mal e sem consciência alguma disso (o que é
A
UR
muito triste).
MO
A
3. FALTA DE CONTROLE EMOCIONAL
ST
CO
Sabe aquela pessoa que explode de raiva, chora e até
DA
mesmo agride os outros (verbal e/ou fisicamente) ao
O
menor sinal de frustração ou contrariedade?
CI
AU

Eu acho que não é necessário explicar o porquê desse
comportamento afugentar os outros, pois ninguém gosta CL
AN
de conviver com uma pessoa que te obriga a pisar em

AL
ovos para lidar com ela, é impossível se sentir calmo e

-
m
seguro ao lado de alguém assim.

co
l.
4. “SIMASISMO”
ai
tm
Simasismo é uma modalidade de vitimismo que a pessoa

ho
a@
fica a todo instante reclamando das mesmas coisas e, ao

ur
mesmo tempo, rejeitando todo e qualquer conselho que

mo
é dado a ela, alegando que embora esse conselho seja

cc
an
válido, ele não é aplicável ao caso dela.

al
Eu batizei esse comportamento de simasimo porque

-
17
quase toda resposta dessa pessoa começa com “Sim,

76
mas…”.
69
72
Esse comportamento é repulsivo porque ser humano

16
algum aguenta ficar a todo instante ouvindo as mesmas
102
reclamações e tendo suas sugestões rejeitadas (pois em

algum momento ele irá começar a se sentir um
A
UR
incompetente, como se só falasse asneiras).
MO
A
5. DISCORDAR DAS PESSOAS DE FORMA
ST
CO
AGRESSIVA
DA
Existem muitas pessoas que perdem a razão por causa
O
CI
da maneira como elas se comunicam em uma discussão.
AU
Quando você não concorda com alguém e inicia o seu

CL
argumento com um ataque, dizendo coisas como “falou AN
merda”, “você está errado” e “deixa de ser ignorante”, é
AL
bem certo de que essa pessoa não vai aceitar o seu ponto
-
de vista.
m
co
l.
Quem é que está disposto a dialogar com alguém que já

ai
iniciou a discussão de forma desrespeitosa? Isso é

tm
sinônimo de conflito, é fato. Muitas vezes, o que alguém

ho
pensa ou defende está internalizado de uma tal maneira

a@
ur
que ela considera aquilo uma extensão do seu próprio

mo
ser, e invalidar esses pensamentos com comentários

cc
agressivos é a mesma coisa que agredir essa pessoa

an
al
fisicamente, por isso que você tem que tomar muito

cuidado na hora de discordar de alguém.
-
17
O ideal é você mostrar para essa pessoa que aceita o

76
69
ponto de vista dela e que gostaria de somar com um

72
ponto de vista adicional para que ela possa comparar

16
com o dela e te dizer o que acha. Esse que é o caminho
103
correto. Um exemplo:
A
“Interessante isso que você acabou de dizer. Eu sempre tive um
UR
MO
pensamento diferente, deixa eu te falar qual é e me diz o que você
acha…”
A
ST
CO
Esse caminho é bem mais difícil por exigir treino e
DA
paciência, mas a probabilidade de vocês chegarem a um
O
consenso sem grandes conflitos é bem maior. Optar pelo
CI
caminho da discordância agressiva só garante dois tipos
AU

CL
de resultado: a imagem de antipático(a) e vários inimigos.AL
AN
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
104
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
4 TIPOS DE PESSOAS QUE NÃO
O
CI
AU
COMPENSA VOCÊ PERDER O

SEU TEMPO DISCUTINDO CL
AN
AL
-
m
co
l.
Pessoas difíceis fazem parte da vida, se você nunca

ai
encontrou uma é porque ainda não conheceu gente o

tm
suficiente. Existem tantos perfis diferentes de pessoas

ho
difíceis que se eu tivesse que abordar todos, isso

a@
ur
certamente renderia no mínimo mais um livro,

mo
inteiramente dedicado a esse assunto. Talvez eu faça isso

cc
em uma oportunidade futura, quem sabe?

an
al
Por ora, eu gostaria de chamar a sua atenção para 4 tipos

-
de pessoas difíceis que não compensa você perder o seu

17
tempo discutindo, porque por mais que você possa vir a

76
69
estar com a razão, você dificilmente irá vencer a batalha.

72
16
105
1. AQUELAS QUE JÁ DECIDIRAM O QUE

PENSAR SOBRE VOCÊ
A
UR
MO
Ocasionalmente, você irá encontrar (se é que já não
A
encontrou) uma pessoa com uma opinião negativa e
ST
CO
totalmente equivocada a seu respeito, e nessas horas é
normal que você se sinta compelido(a) a se defender e
DA
provar por A mais B que ela está errada, mas quer saber?
O
CI
AU
Não perca seu tempo com isso, porque essa opinião

CL
negativa é frequentemente um indício de baixa AN
autoestima, porque quando isso acontece, é o ego que
AL
assume o comando e, nesse caso, a pessoa só consegue

-
se sentir validada em comparação a alguma coisa.

m
co
l.
Isto dito, quando uma pessoa forma uma opinião

ai
negativa a seu respeito sem te conhecer direito e

tm
tampouco sem ter parado para trocar uma ideia contigo,

ho
chances são de que o que ela na verdade está querendo é

a@
ur
se sentir validada, mas para que isso aconteça, ela tem

mo
que invalidar alguém, que no caso é você. Esse tipo de

cc
pessoa tem uma necessidade tão grande de se sentir no

an
al
controle das coisas que tudo aquilo que você disser para
ela em defesa de si mesmo(a) será distorcido e/ou
-
17
descontextualizado para dar razão ao que ela pensa. Eu

76
vou te dar um exemplo bem fácil de entender.

69
72
Imagina que alguém insinuou que você é inseguro(a) e

16
que, nisso, você se defendeu dizendo que isso não é
106
verdade e que ela está equivocada a seu respeito. Caso

ela faça parte desse grupo de pessoas que eu estou
A
UR
abordando, pode ser que ela te refute dizendo que o
MO
mero fato de você ter se defendido de sua insinuação é,
A
por si só, uma evidência bem clara dessa insegurança.
ST
CO
Entendeu? Mesmo que você apresente uma prova
DA
irrefutável de que essa pessoa está errada, ela não irá dar
O
o braço a torcer e procurará outro ponto para continuar
CI
AU
te atacando.

Em 2016, um conhecido meu que trabalha como coach CL
AN
AL
de paquera e que também possui canal no YouTube

começou a sofrer uma série de ataques de haters, todos
-
m
alegando que ele era uma farsa por não ter filmagem
co
l.
alguma abordando uma mulher. Nisso, ele produziu um

ai
vídeo com diversas cenas suas abordando mulheres para

tm
mostrar o quão equivocados esses haters estavam. Você

ho
acha que eles engoliram as próprias palavras? Claro que

a@
ur
não! No que esse coach publicou o vídeo, eles reagiram

mo
dizendo o seguinte:
cc
an
“Ui, o macho alfa ficou nervoso? Quanta reatividade, ficou

al
mordido com o que a gente falou, só isso já mostra o quão beta ele
-
é!”
17
76
Para cada buraco que você tapa, esse tipo de pessoa abre
69
72
outro, por isso que é melhor investir o seu tempo em

16
empreitadas mais úteis.
107
2. AQUELAS QUE SÓ ENTENDEM O QUE

CONVÉM
A
UR
MO
Eu não vou nem explicar o porquê. Ao invés disso, vou
A
te mostrar um exemplo real, para que tire as suas
ST
CO
próprias conclusões. Isso aconteceu alguns anos atrás,
no Twitter.
DA
O
CI
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
108
Entendeu agora por que que não adianta discutir com

gente que só entende o que convém?
A
UR
MO
Porque assim como o grupo anterior, elas não são
capazes de admitir os próprios erros e acabam
A
ST
descontextualizando e/ou distorcendo suas palavras,
CO
atribuindo a você os maiores absurdos.
DA
O
Conforme você mesmo(a) pôde ver, a garota já estava
CI
chegando ao ponto de alegar que o rapaz estava se
AU

CL
aproveitando do fato de que ela era uma mulher para
oprimi-la por meio da humilhação, isso inclusive é uma
AN
AL
falácia argumentativa chamada de espantalho (ou

homem de palha), eu falo sobre ela no meu treinamento
-
m
avançado de conversa, mas só para não te deixar sem

co
l.
uma explicação, homem de palha é quando o seu

ai
adversário ignora a sua posição e a troca por uma versão

tm
distorcida. Por exemplo, você fala que gosta de dias de

ho
sol e a pessoa começa a insinuar que você não se importa

a@
ur
com as pessoas que estão sofrendo com as secas no

mo
Nordeste.
cc
an
Novamente, essa incapacidade para admitir um erro de

al
raciocínio e se retratar é também um sinal de baixa

-
autoestima, a pessoa estava mais preocupada em vencer

17
do que estar correta, e os argumentos empregados são

76
69
uma evidência bem clara da necessidade (ou melhor

72
dizendo, do desespero que ela estava sentindo) para ficar

16
no controle.
109
3. AQUELAS QUE INTERPRETAM SUAS
A
PALAVRAS DE FORMA LITERAL
UR
MO
Alguns anos atrás, eu fiz um vídeo falando sobre os
A
ST
perigos da carência e nele eu uso uma analogia que é a
CO
seguinte:
DA
Carência é igual fome, quando você está muito
O
CI
faminto(a), até um jiló vira uma opção deliciosa. Em
AU

outras palavras, pode ser que essa necessidade absurda
de ter alguém te faça se relacionar com pessoas que não CL
AN
têm nada a ver contigo. Você passa a enxergar aquele jiló
AL
como se ele fosse um estrogonofe por causa das

-
distorções de percepção que são provocadas pela

m
co
carência.
l.
ai
Alguns dias depois da publicação, alguém fez o seguinte

tm
comentário:
ho
a@
ur
“João, então seria correto afirmar que a pessoa que ficamos por
mo
carência é mais benéfica para a nossa vida? Porque comparando a

cc
quantidade de calorias e o valor nutricional de um jiló versus os de

an
um estrogonofe, o primeiro é uma opção muito mais saudável!”.

al
-
Pois é, a pessoa interpretou essa analogia de forma literal

17
e tirou uma conclusão totalmente surreal. Mas, por que

76
69
não compensa ficar se explicando ou discutindo com

72
alguém assim?
16
110
Porque essa característica de levar as coisas de forma

literal pode ser um indício de que essa pessoa é especial.
A
UR
Inclusive, existe uma série maravilhosa na Netflix que
MO
retrata isso chamada Atypical.
A
ST
Você só tem a perder brigando com alguém assim,
CO
primeiro porque ela não vai deixar de ser especial (e isso
DA
não é algo que pode ser controlado) e segundo porque
O
você corre o risco de ficar com a imagem de uma pessoa
CI
AU
indelicada, sem empatia.

Agora, é claro que existe a possibilidade dessa pessoa não CL
AN
AL
ser especial e dela ter simplesmente faltado à aula de

figuras de linguagem na época da escola, mas ainda assim
-
m
eu não acho aconselhável perder o seu tempo discutindo

co
l.
com ela, porque se você parar para pensar, ela faz parte
ai
de uma minoria. Por exemplo, nesse caso do meu vídeo,

tm
essa pessoa foi a única que interpretou o que eu disse ao

ho
pé da letra, todas as outras pessoas entenderam a minha

a@
ur
analogia.
mo
cc
É impossível ser compreendido por 100% das pessoas,

an
sempre haverá alguém que irá interpretar o que disse ao

al
pé da letra e isso não necessariamente significa que você

-
se expressa mal, isso só quer dizer que teve uma minoria

17
que não compreendeu e, quando é assim, não vale a pena

76
69
ficar se explicando, porque você não pode ficar se

72
responsabilizando pela interpretação de todos. Foque no

16
resultado que a sua mensagem teve com a maioria das
111
pessoas. A maioria entendeu? Então, ótimo!
A
A não ser que você seja um professor, aí não tem jeito:
UR
MO
você terá de reformular o que falou para aquele aluno
que não entendeu, mas isso já é outra história.
A
ST
CO
4. AQUELAS QUE FICAM TE TESTANDO
DA
Eu vou te explicar por que você não devia estar se
O
CI
preocupando em passar nos testes de outra pessoa (seja
AU

ela homem ou mulher).
CL
AN
Na verdade, o correto seria você fugir desse tipo de
AL
gente.
-
m
Quando eu era coach de paquera para homens, eu tinha

co
l.
um envolvimento muito forte com o movimento PUA

ai
(Pick-Up Artist), que é uma comunidade underground de

tm
autoajuda composta por homens tímidos e/ou

ho
a@
socialmente desajustados que estudam técnicas de

ur
abordagem, conquista etc.

mo
cc
Um dos assuntos mais abordados nessa comunidade

an
eram os “testes femininos”, que segundo a doutrina

al
PUA, são provocações propositais que as mulheres

-
fazem para verificar o quão íntegro e seguro o homem

17
76
realmente é.
69
72
Por exemplo, imagina que um homem aborda uma

16
mulher em uma festa e que depois de alguns minutos de
112
conversa ela subitamente diz o seguinte:
A
UR
“Você pretende falar alguma coisa interessante? Porque se essa
MO
conversa não melhorar, eu vou embora…”
A
ST
Esses testes são seguramente uma das maiores
CO
preocupações dos rapazes que fazem parte dessa
DA
comunidade, tanto que eles vivem pedindo sugestões de
O
respostas prontas para as mais diversas provocações que
CI
AU
eles podem receber.

Eu mesmo já estive nesse barco, tanto que no passado CL
AN
AL
eu produzia bastante conteúdo a respeito desse assunto,

ensinando táticas e mais táticas para rebater esses testes.
-
m
Contudo, à medida que fui evoluindo academicamente,

co
a minha visão sobre isso começou a mudar.

l.
ai
tm
Eu aprendi na faculdade que quando você se preocupa

ho
muito em controlar o que não depende de você e o seu

a@
sentimento de validação está condicionado a alguma

ur
fonte externa, isso é um sinal bem evidente de baixa

mo
cc
autoestima. Na verdade, o que isso significa é que é o seu

an
ego que está no comando.

al
-
Quando uma pessoa se vê na necessidade de ficar

17
testando as outras, está bem nítido que ela deseja estar

76
no controle. Está bem claro que ela tem uma percepção

69
inferiorizada de si mesma e que ela precisa diminuir os

72
16
outros para se sentir melhor. Ela não tem o poder de se
113
validar por conta própria, seu sentimento de validação só

existe em comparação a alguma coisa, e isso é um
A
UR
sintoma inquestionável de falta de autoestima.
MO
A
Ao entrar no jogo dessa pessoa, você também está
ST
demonstrando ter baixa autoestima, pois mal ou bem
CO
está buscando ou a aprovação dela ou então o controle
DA
da interação. Em outras palavras, isso acaba virando uma
O
CI
relação entre duas pessoas de baixa autoestima: a que
AU
testa e a que se submete ao teste.

CL
AN
Por isso que eu hoje em dia não vejo com bons olhos
AL
essa necessidade de passar nos testes de alguém.

-
Agora, uma das primeiras providências que uma pessoa

m
co
de baixa autoestima precisa tomar para reverter esse

l.
ai
quadro é parar de ter atitudes compatíveis com pessoas

tm
de baixa autoestima, ou seja, se hoje em dia alguém viesse

ho
me testar, eu simplesmente responderia que foi um

a@
prazer conhecê-la e em seguida iria embora. Eu jamais

ur
mo
perderia o meu tempo com gente de baixa autoestima e

cc
que ainda por cima quer me obrigar a ter uma atitude que
an
me deixaria no mesmo patamar que o dela.

al
-
Eu sinceramente aconselho que não perca o seu tempo

17
com gente que te testa, sei que é decepcionante descobrir

76
que alguém é assim, mas faz parte da vida e, nessas horas,

69
72
você tem mais é que se valorizar, não permita que o seu

16
interesse pelas outras pessoas supere o seu amor-
114
próprio!
A
Mesmo que você conquistasse essa pessoa, não se
UR
MO
esqueça de que você está conquistando alguém
dominado pelo ego, uma relação com alguém assim pode
A
ST
ser bem desgastante.
CO
DA
Gente madura e bem resolvida não fica de teste, elas
O
simplesmente conversam, deixam as coisas rolarem e
CI
vão verificando, à medida que as coisas vão progredindo,
AU

CL
se compensa (ou não) continuar essa conversa. Elas não
precisam ficar diminuindo, ironizando ou chantageando
AN
AL
os outros para se sentirem bem.

-
“Ah, João, mas eu estudo sedução e toda mulher me testa, a

m
co
literatura PUA está certa, para de falar abobrinha!”

l.
ai
Eu também já pensei assim, sabe o que me fez mudar de

tm
opinião?
ho
a@
ur
As únicas pessoas que caem na lábia de um jogador

mo
são justamente aquelas que possuem alguma

cc
vulnerabilidade emocional, e adivinha o que esse tipo

an
de gente mais carece?

al
-
Pois é, autoestima.
17
76
Pessoas bem resolvidas conseguem farejar um jogador à

69
distância, elas nem perdem o tempo delas com esse tipo

72
16
de gente.
115
Como o jogador só consegue chamar a atenção das

pessoas mais vulneráveis (e como boa parte delas são
A
UR
inseguras e problemáticas), é natural que ele desenvolva
MO
uma visão generalista da mulher, mas a verdade é que ele
A
só está lidando com um perfil em específico, ou seja, ele
ST
CO
mesmo criou uma realidade limitante, e isso é um tanto
preocupante, porque é aí que surgem aqueles homens
DA
revoltados que dizem que toda mulher é problemática e
O
CI
jogadora.
AU

CL
O autor Nassim Nicholas Taleb chama essa distorção AN
perceptiva de “falácia lúdica” 19, que é quando você faz
AL
predições sobre o oceano se baseando no aquário em

-
que você nada.

m
co
l.
Em suma, comece a focar mais no seu amor-próprio e,

ai
caso alguém fique te testando, simplesmente ignore, não

tm
perca seu tempo e, se possível, afaste-se dessa pessoa e

ho
procure gente mais bem resolvida, que traga para fora o

a@
ur
que há de melhor, não o que há de pior dentro de você.

mo
cc
São esses os quatro tipos de pessoas que não vale a pena

an
você perder o seu tempo discutindo. Existem diversas

al
estratégias para rebater falácias e/ou lidar com

-
comportamentos difíceis específicos (eu mesmo ensino

17
tudo isso no “Conversa Inesquecível”), mas no caso

76
69
72
19WHITEY, Michael. Mastering Logical Fallacies: The Definitive Guide

16
to Flawless Rhetoric and Bulletproof Logic. [S. l.]: Zephyros Press, 2016.
116
desses grupos que eu abordei, a melhor solução é
A
ignorar…
UR
MO
Ou, fingir demência mesmo.
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
117
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
O
COMO SAIR SOZINHO(A) E
CI
AU

SEM PASSAR SUFOCO
CL
AN
AL
-
m
Eu sempre fui muito tranquilo para sair sozinho, nunca

co
tive problemas com isso (ao contrário de muita gente,

l.
ai
que desiste de sair quando não tem alguém para

tm
acompanhar).
ho
a@
No começo da minha jornada de reinvenção, eu não

ur
tinha amigos para sair comigo e, mais para a frente,

mo
cc
mesmo já tendo conquistado um círculo social

an
gigantesco, foram várias as vezes que eu saí sozinho por

al
livre e espontânea vontade.

-
17
Depois de anos de prática, eu acabei desenvolvendo o

76
meu próprio “sistema” para sair sozinho, o qual eu vou

69
compartilhar contigo agora. Não sei se vai funcionar para

72
16
todos, mas tenho certeza de que vai funcionar para
118
bastante gente (inclusive você, espero eu).
A
UR
Para começar, escolha um lugar com o qual você tenha
MO
alguma afinidade. Por exemplo, eu adoro rock ‘n’ roll
A
clássico, então eu sempre escolhia algum
ST
estabelecimento que tocasse rock. Eu nunca ia para um
CO
lugar que não tivesse afinidade comigo só porque ia ter
DA
mais gente lá (como por exemplo aquele cidadão que
O
CI
inventa de ir para o samba só porque vai “chover”
AU

mulher bonita, mesmo ele detestando samba). Não seja
uma dessas pessoas. Eu acho importante você ir para um CL
AN
lugar com o qual você se identifica porque isso vai te
AL
deixar mais confortável e a probabilidade de você

-
encontrar gente que também curte aquele tipo de

m
co
ambiente é bem maior, isso vai favorecer bastante a parte

l.
da conversa (puxar assunto, criar conforto falando de

ai
tm
interesses em comum etc.).

ho
a@
Agora vem a parte mais controversa de todas: seja uma

ur
das primeiras pessoas (senão a primeira) a chegar ao

mo
estabelecimento. Isso mesmo que acabou de ler, seja

cc
an
aquele que vai abrir o estabelecimento. Por quê?

al
Primeiro, para você se familiarizar com o ambiente.

-
Segundo, porque é muito interessante você ir se

17
aproximando das pessoas que trabalham lá, como por

76
exemplo hostess, seguranças, garçons, garçonetes,

69
72
faxineiro, faxineira, DJ, bartender etc. Como esses

16
estabelecimentos costumam ficar bem tranquilos nas
119
primeiras horas de funcionamento, essas pessoas vão

estar bem abertas para te dar atenção. O ideal é que você
A
UR
converse um pouco com cada uma delas e de preferência
MO
de uma maneira construtiva, agregadora. Por exemplo,
A
certa vez eu fiquei conversando com o DJ que trabalhava
ST
CO
numa casa noturna e descobri que ele tinha um projeto
social de entregar cestas básicas em comunidades
DA
carentes e que ele estava arrecadando dinheiro para fazer
O
CI
uma nova ação. Nisso, eu abri minha carteira e dei R$ 50
AU

para ajudar, ou seja, além de ter contribuído para uma
causa maior, eu subi bastante no conceito dele. CL
AN
AL
Caso eu frequentasse bastante uma mesma casa noturna,

-
eu volta e meia dava gorjeta para o segurança (e/ou para

m
co
o garçom), e isso criava bastante favoritismo com eles.

l.
Contudo, você não precisa ficar ajudando com dinheiro,

ai
isso aqui foi só um exemplo, você pode ajudar sendo útil,

tm
ho
sendo atencioso. Por exemplo, houve uma vez que eu

a@
ajudei o bartender a instalar o emulador de Super Nintendo

ur
no celular. Ele nem sabia que aquilo existia e ficou tão

mo
cc
feliz de poder jogar Fifa 94 no celular que naquela noite

an
ele me deu várias bebidas de graça e eu voltei para casa

al
totalmente destruído. Até hoje nós damos boas

-
gargalhadas desse dia, ainda mais considerando que uns

17
tempos depois ele teve a ousadia de me confessar que

76
naquela noite ele realmente queria me deixar mal. Enfim,

69
72
é muito bom fazer amizade com as pessoas que

16
trabalham no estabelecimento, principalmente se você
120
for com frequência a esse lugar, porque a tendência é

você conquistar, ao longo do tempo, uma série de
A
UR
benefícios, como por exemplo entrar sem ter que esperar
MO
na fila, pagar o valor de nome na lista sem a necessidade
A
ST
de ter o nome na lista, bebida grátis, a possibilidade de
CO
pedir uma música para o DJ etc. Isso acaba te deixando
DA
com uma prova social muito forte, porque toda e
qualquer pessoa que chegar depois e vir você
O
CI
conversando com todo mundo vai te perceber como
AU

CL
alguém muito importante naquele lugar, já que todos te
tratam com imenso carinho.
AN
AL
Como se não bastassem esses benefícios todos, quando

-
você chega cedo e passa uma hora socializando com as

m
co
pessoas que trabalham por lá, isso já vai te deixar

l.
devidamente aquecido(a) e no fluxo para conversar com

ai
tm
as outras pessoas que forem chegando.

ho
a@
Eu nunca ficava sentado ou monopolizava alguma mesa,

ur
eu preferia ficar no balcão do bartender, pois isso me

mo
deixava livre para sair e voltar a hora que eu quisesse.

cc
an
Quase todo mundo que vai curtir a noite em um

al
estabelecimento em algum momento irá até o balcão

-
(nem que seja para pedir uma água), portanto, eu ficava

17
por lá conversando com o bartender e, quando alguém

76
interessante chegava, eu dava um jeito de puxar conversa

69
72
com essa pessoa. Caso a conversa emplacasse e ela me

16
chamasse para se sentar com ela (ou com o seu grupo),
121
eu ia. Caso contrário, eu permanecia no balcão e

retomava a minha conversa com o bartender. Para quem
A
UR
estava de fora e eventualmente me observando, eu era
MO
apenas um amigo do bartender que foi lá para conversar
A
com ele, ninguém percebia que eu estava só e muito
ST
CO
menos que eu tinha flertado com alguém no balcão.
DA
Quando eu decidia dar uma volta para ver como estava
O
o resto do ambiente, eu andava com uma linguagem não-
CI
AU
verbal que dava a entender que eu estava procurando

CL
alguém, porque isso meio que abafava qualquer suspeita AN
de que eu estava sozinho. Caso eu não encontrasse
AL
nenhuma oportunidade para socializar com alguém, eu

-
passava uns cinco minutos conversando com o primeiro

m
co
funcionário que aparecesse e aí eu voltava para onde eu

l.
estava (e novamente, quem olhava para mim jamais

ai
imaginaria que eu tinha ido sozinho).

tm
ho
Contudo, era muito raro eu não arrumar uma brecha

a@
ur
para socializar, até porque eu não me limitava a

mo
conversar com mulheres (isso inclusive é perigoso, pois

cc
podem te perceber como um “caçador”). Eu gostava de

an
al
conversar com todo mundo, e isso me possibilitou fazer

grandes amizades. Por exemplo, o rapaz que indicou o
-
17
tratamento médico que me ajudou a recuperar de vez da

76
Síndrome de Guillain-Barré eu conheci na noite.

69
Começamos a conversar, mantivemos contato pelas

72
redes sociais e somos amigos até hoje, seis anos depois.

16
122
Agora, a resposta para aquela pergunta que não quer

calar:
A
UR
MO
“E se as outras pessoas perguntarem com quem eu estou?”
A
ST
Bom, eu só revelava que tinha ido sozinho depois de ter
CO
criado uma primeira impressão positiva com a pessoa
DA
que eu estava conversando, por conta do efeito halo
O
(lembra quando eu falei sobre isso na página 47?). Caso
CI
eu revelasse que tinha ido sozinho já nos primeiros
AU

CL
minutos de conversa, provavelmente seria percebido
como “esquisito” ou “suspeito”, mas como eu deixava
AN
AL
para fazer essa revelação depois de ter criado uma certa

conexão, essas pessoas acabavam me enxergando como
-
m
“independente”, “aventureiro” etc.

co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
123
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

CL
E AGORA, QUAL É O PRÓXIMO AN
PASSO?
AL
-
m
co
l.
ai
Parabéns, você acabou de aprender o mínimo

tm
indispensável para começar a promover uma pequena

ho
revolução na sua vida social!

a@
ur
Se você estiver com sede de mais e com disposição de

mo
cc
dar um próximo passo definitivo, que vai te elevar à

an
maestria social, preste bastante atenção no que eu tenho

al
para te falar…
-
17
Eu aprendi, ao longo da minha estada naquela

76
comunidade de estudantes de sedução, que o grande

69
segredo para se transformar com consistência em uma

72
16
pessoa popular, querida, carismática e atraente consiste
124
na observância de quatro princípios:
A
UR
MO
1. PREPARO MENTAL
A
ST
CO
Não adianta aprender uma série de técnicas de
DA
conversação quando você sofre de problemas como
timidez crônica, ansiedade social, insegurança,
O
CI
pessimismo e desmotivação. Isso é a mesma coisa que
AU

erguer uma casa sem alicerces para sustentá-la: qualquer
força externa já a põe ao chão. Por isso que é muito CL
AN
importante você trabalhar suas crenças, autoconfiança,

AL
autocontrole, capacidade de resiliência etc. O sucesso

-
m
das técnicas depende muito de uma estrutura interna

co
bem consolidada e é por isso que o conteúdo

l.
ai
convencional funciona para algumas pessoas e para

tm
outras não, pois ele não trabalha esse aspecto da

ho
mentalidade.
a@
ur
mo
2. EXPLORAÇÃO DE VULNERABILIDADES
cc
PSICOLÓGICAS
an
al
Todas as técnicas que eu aprendi na comunidade

-
exploravam alguma vulnerabilidade da mente humana.

17
Os gurus de lá que ensinavam esse conteúdo realmente

76
69
fizeram o dever de casa deles, pois estudaram

72
antropologia, psicologia, hipnose e criaram um material

16
que era praticamente uma arma. Nada do que eles
125
falavam e/ou faziam era em vão, tudo tinha um

propósito e isso possibilitava um domínio significativo
A
UR
sobre as interações. Nem todo conteúdo convencional
MO
de conversa tem esse embasamento científico (alguns
A
ST
sim, mas nem todos). Na verdade, muitos deles são
CO
baseados na própria experiência de vida do autor e eu
DA
vou te explicar por que isso nem sempre funciona.
O
CI
Imagina uma pessoa nascida e criada numa cidade de
AU

50.000 habitantes que resolve compilar e vender as dicas
de desenvolvimento social que a transformaram na CL
AN
pessoa mais popular onde ela vive.
AL
-
A cultura da cidade pequena é muito diferente da cultura

m
co
da cidade grande, aquilo que funcionou para essa pessoa

l.
na cidade que ela nasceu e foi criada não necessariamente

ai
irá funcionar em uma metrópole como por exemplo a

tm
Grande São Paulo, e isso é só a pontinha do iceberg,

ho
a@
porque ainda há a questão da diferença cultural existente

ur
de um estado para outro ou até mesmo de um país para

mo
outro (no caso de um conteúdo importado). Quando o

cc
an
método é baseado na experiência empírica, ele só irá ter

al
100% de eficácia para as pessoas que vivem o mesmo

-
modelo de realidade do autor (e olha lá). É por isso que

17
o método científico dessa comunidade de sedutores era

76
mais certeiro, porque ele agia sobre áreas que não

69
72
dependem de um contexto cultural e/ou

16
socioeconômico para dar certo, ou seja, as técnicas
126
podiam ser aplicadas em qualquer lugar e com uma

chance absurda de sucesso.
A
UR
MO
3. PREPARO PARA O PIOR
A
ST
Um dos maiores medos de uma pessoa que está
CO
começando a desenvolver sua inteligência social é o de
DA
ser maltratada, testada, humilhada, rejeitada, e ela não
O
está errada por pensar assim. O conteúdo convencional
CI
AU
sempre parte do pressuposto de que todo mundo que

CL
iremos abordar é doce, gentil e normal. Felizmente, a AN
maioria o é, mas existe aquela parcela de pessoas que são
AL
a exceção da regra e que vão fatalmente cruzar o seu

-
caminho, é bom que você tenha o preparo necessário

m
para lidar com o comportamento problemático delas.

co
l.
Quando você não se prepara para o pior, isso é a mesma

ai
coisa que ir para uma batalha portando apenas uma

tm
espada e nenhum escudo, ou seja, você fica à mercê da

ho
a@
sorte para que não aconteça nada de ruim contigo.

ur
mo
4. DIFERENCIAÇÃO
cc
an
Uma outra característica bem peculiar do conteúdo

al
ensinado pelos gurus da sedução é que ele nadava na

-
direção contrária de tudo aquilo que era muito popular,

17
e existe toda uma explicação por trás disso. Segundo uma

76
69
palestra do autor e psicólogo Dan Gilbert, o ser humano

72
sempre toma decisões usando como critério a

16
comparação, e tudo aquilo que é mais raro e/ou que foge
127
do senso comum chama muito mais a nossa atenção. Por

exemplo, o que te assusta mais: morrer em acidente de
A
UR
carro ou morrer em acidente de avião? Provavelmente
MO
você irá responder que é o acidente de avião. Contudo,
A
você já percebeu que a quantidade de pessoas
ST
CO
que morrem em acidentes de carro é muito maior que a
quantidade de pessoas que morrem em acidentes de
DA
avião? O acidente aéreo é um evento tão raro de
O
CI
acontecer que quando ele de fato ocorre, acaba causando
AU

comoção mundial e saindo na capa de tudo quanto é
jornal. Acidente de carro, por outro lado, é um evento CL
AN
tão comum que ele dificilmente surpreende as pessoas

AL
e/ou sai no jornal (a não ser que ele envolva alguma

-
celebridade). Por isso que as pessoas sentem tanto medo

m
co
de acidente de avião, porque é muito mais difícil de

l.
ai
acontecer.
tm
ho
Os gurus da comunidade só criavam materiais baseados

a@
em conteúdos de qualidade e que ao mesmo tempo não

ur
estavam na boca do povo, porque as chances de eles

mo
cc
funcionarem era infinitamente maior. Isso inclusive

an
explica por que certos conteúdos consagrados, como o

al
livro “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, estão

-
perdendo cada vez mais a eficácia. Esse livro foi

17
publicado em 1936, já foi traduzido para vários idiomas

76
e vendeu dezenas de milhões de exemplares pelo mundo

69
72
inteiro. O conteúdo é excelente, mas ele está cada vez

16
mais banalizado por causa da quantidade de pessoas que
128
consomem e praticam o que está nesse livro, é fácil

reconhecer quando alguém está usando essas técnicas
A
UR
contigo. Existem vários materiais alternativos, pouco
MO
conhecidos e até mesmo melhores que esses mais
A
famosos (principalmente fora do Brasil) e quando você
ST
CO
foca nessa parcela de conteúdo, seus resultados decolam.
DA
Foi no dia em que eu descobri esses quatro princípios
O
que passei a compreender o porquê de nunca ter tido
CI
AU
bons resultados na minha vida social antes disso, mesmo

CL
lendo uma série de livros muito bem-conceituados e AN
investindo em formações de nome (e, diga-se de
AL
passagem, caríssimas).
-
m
A criação de um método de desenvolvimento social que

co
l.
observasse esses quatro princípios e que abrangesse não

ai
apenas a sedução, mas também toda e qualquer situação

tm
social e profissional do cotidiano humano, não foi uma

ho
tarefa fácil, mas valeu muito a pena, porque foi graças a

a@
ur
ele que eu conquistei a vida dos meus sonhos.

mo
cc
Eu passei oito anos ensinando esse método em

an
treinamentos presenciais e a todo instante aprimorando-

al
o por conta das formações que fui fazendo na área de

-
psicologia (o que não só inclui o que aprendi na

17
faculdade e nas pós-graduações, mas também nas

76
69
extensões que fiz na Universidade de Toronto e na

72
Universidade da Carolina do Norte). Cada ano que se

16
passava, esse método ficava cada vez mais completo e
129
poderoso. Em 2019, resolvi transformá-lo em uma

certificação online completa em inteligência social,
A
UR
chamada de “Conversa Inesquecível” e, como você leu
MO
até aqui (o que me leva a crer que realmente está com
A
interesse em atingir o próximo nível), eu gostaria de te
ST
CO
fazer uma proposta…
DA
• O que você acha de aprender em poucas
O
CI
semanas o que eu levei oito anos para absorver e
AU
aprimorar, como se estivesse fazendo um

CL
download do meu cérebro para o seu? AN
• O que você acha da ideia de virar uma pessoa
AL
preparada para todo e qualquer tipo de situação

-
social, inclusive as mais complicadas (tais como

m
co
pessoas difíceis, debates, falta de assunto etc.)?

l.
• O que você acha de não só aprender tudo que

ai
precisa para atingir a maestria social, mas

tm
também de ter a possibilidade de conquistar um

ho
certificado de noções avançadas de inteligência

a@
ur
social (com a minha assinatura, o CNPJ da minha

mo
empresa e, no verso, a relação de todo o

cc
conteúdo que você estudou) para aprimorar o

an
seu currículo e alavancar a sua carreira?

al
-
Gostou da ideia? Então acesse ESTE LINK para

17
conhecer (e se inscrever) no Conversa Inesquecível, o

76
treinamento mais completo de inteligência social já

69
72
lançado e, como você já me prestigiou comprando este

16
livro, aplique o cupom REVSOCIAL na hora de
130
finalizar a inscrição para ganhar um desconto surpresa.
A
UR
No mais, um grande abraço e muito sucesso na sua
MO
jornada!
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

CL
AN
AL
-
m
co
l.
ai
tm
ho
a@
ur
mo
cc
an
al
-
17
76
69
72
16
131
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

CL
DÚVIDAS? APARECE NAS AN
MINHAS LIVES...
AL
-
Ficou com alguma dúvida pontual ou precisa que eu

m
co
análise alguma situação específica sua, tudo isso de

l.
graça? Então, todo sábado às 21:20 (salvo raríssimas

ai
exceções) eu apresento um programa ao vivo no meu

tm
ho
canal no Youtube (JOÃO ABRANTES |

a@
INSTITUTO KLEOS) chamado de RODADA DE

ur
CONHECIMENTOS.
mo
cc
Além de analisar estudos de casos de pessoas que

an
al
preferem manter o anonimato, eu tiro as dúvidas

-
pontuais de quem está no chat tomando uma bem gelada

17
e em um clima de total descontração!

76
69
Para saber mais, assistir edições passadas e enviar o seu

72
estudo de caso, CLIQUE AQUI.

16
132
A
UR
MO
A
ST
CO
DA
O
CI
AU

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QUEM SOU EU, AFINAL?
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Meu nome é João Abrantes e eu trabalho desde 2011
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ajudando homens e mulheres a alavancarem a vida social,

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amorosa e profissional. Nas horas vagas sou marido,

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nerd, pai de dois vira-latas e uma Lhasa Apso, levantador

l.
de pesos (o que inclui halteres e copos de cerveja no final

ai
de semana) e também aspirante a pintor.

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ho
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FORMAÇÃO
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Bacharel em Psicologia (UNISEPE) | Especialista em

cc
Psicologia Positiva (PUC) | Cognitive Behavioural

an
Therapy (CBT) Practitioner (The Academy of Modern

al
Applied Psychology) | Psychology of Popularity

-
(University of North Carolina at Chapel Hill) |

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Psicanálise (Unileya) | Extensão em Neuropsicologia

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(Portal Educação) | Extensão em Psicologia da

69
Comunicação (Portal Educação) | Practitioner em

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Análise de Microexpressões (Social Intelligence) | How

16
to Become a Human Lie Detector (Science of People) |
134
Body Language for Entrepreneurs (Science of People) |

Body Language of Love and Dating (Science of People)
A
| Subtle Expressions – Expert Level (Paul Ekman
UR
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Group) | Micro Expressions – Expert Level (Paul
Ekman Group) | Digital Body Language (Science of
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People)| Detetive Particular (ABRINP) | Gestão
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Estratégica de Recursos Humanos (Universidade
Estácio de Sá) | Formação de
DA
multiplicadores/Instrutores de treinamento (IDEMP) |
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Extensão em Psicologia Clínica (Portal Educação) |
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EMPRETEC (Sebrae) | High Impact Presentations

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(Dale Carnegie Training) | Grafologia básica AN
(Grafologic) | Coaching Internacional (Instituto Arline
AL
Davis) | Dale Carnegie Course (Dale Carnegie Training)

| PNL aplicada à educação (SG Consulting)
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MÍDIAS
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Site Oficial: https://www.institutokleos.com/

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Youtube: http://youtube.com/chameleontitanw
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Facebook: joaoabrantesoficial
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Instagram: @joaoabranteskleos
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Revolucao Social 2022

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com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

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1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

Copyright © 2020 João Abrantes

Todos os direitos reservados.

Revisão: Maciel Salles

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foi o meu braço-direito neste trabalho e me ajudou a

minha vida. Dizem que o ser humano morre duas

vezes: uma quando desencarna e outra quando

mencionam seu nome pela última vez. No que

depender de mim, ele permanecerá vivo por bastante

tempo, pois toda oportunidade que tiver, farei questão

de contar para as pessoas quem esse grande homem foi

e a minha glória sempre será a glória dele. Fique com

Deus, meu amigo!

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

Adriano Lopes, Paulo Pinto e Ana Claudia Aguiar pela

força que me deram na transcrição do conteúdo, a

ajuda de vocês foi fundamental para fazer este trabalho

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

Como Começar A Evoluir A Sua Vida Social............... 29

Como Não Ser Um Bom Ouvinte .................................. 33

A Forma Certa De Ouvir Alguém .................................. 40

Comportamentos Que Podem Estragar Uma Primeira

4 Formas De Ser Mais Interessante ................................ 54

Storytelling: As Minhas Cinco Dicas Favoritas Para

Contar Histórias Mais Envolventes ................................ 61

3 Táticas Infalíveis Para Não Deixar A Conversa

Comportamentos Que Fazem As Pessoas Te

E Quando Você É Introvertido(A), Tem Como Ser

5 Comportamentos Que Podem Destruir A Sua Vida

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

Faz quanto tempo que você tem tido dificuldades para

fazer amigos, conhecer alguém legal para se relacionar,

conquistar um emprego decente ou simplesmente virar

uma pessoa mais querida, mais carismática?

De repente, você está indo mal em todas essas áreas, eu

mesmo costumava ser assim!

Meu nome é João Abrantes e eu fui um Zé Ninguém até

os 29 anos. Sabe aquela pessoa solitária, excluída e que

os outros só notam a existência e/ou se lembram de

tratar bem quando precisam de alguma coisa? Então,

esse era eu.

Apesar de todos os meus esforços para fazer amigos,

arrumar uma namorada e conquistar oportunidades

profissionais superiores e com uma remuneração

melhor, eu vivia fracassando em todas essas empreitadas.

1672697617 - alanccmoura@hotmail.com - ALAN CLAUCIO DA COSTA MOURA

tomei uma decisão que foi o pontapé inicial para uma

verdadeira jornada de reinvenção: estudar a ciência da

Eu descobri (e muito por acaso) uma comunidade online

de homens que estudavam esse assunto e mergulhei de

cabeça no conteúdo deles. Depois de um começo meio

turbulento, eu eventualmente peguei o jeito da coisa e

comecei a ficar muito bom de conquista.

Em três meses eu já tinha abundância na vida amorosa e