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BRASIL
Desde o momento em que nascemos, somos oferecidos a um mundo organizado por pessoas
que implantam suas ideias e crenças. Até tomarmos consciência do mundo a nossa volta,
somos orientados e recebemos informações de um ambiente que nos prepara para esse
sistema: a família, a escola, a igreja etc. São instituições reguladoras que nos formam e nos
dão a visão de uma vida que muitas vezes acreditamos ser a resposta para tudo. Este trabalho
pretende demonstrar em como o poder dominante do sistema, desde os tempos remotos,
controla o pensamento humano e constrói os valores da sociedade por meio da polarização
“bem e mal”.
Não há exemplo maior do que o homem que mudou a vida e os valores das pessoas no
mundo. A Bíblia, no Novo Testamento, relata que Ele foi torturado e crucificado. Mas por que
uma pessoa que propagou o amor e o bem entre todos foi punido de forma tão brusca? O
motivo da punição de Jesus estava atrelado à ameaça que causava a política vigente da época.
A Judéia (hoje Estado de Israel) era província do Império Romano. Mesmo judeu, Jesus tinha
atitudes bastante radicais, pois sua forma de propagar a palavra de Deus era muito diferente
da utilizada no Antigo Testamento, uma vez que desconstruiu a tradição hebraica defendida
por gerações. Jesus ensina e mostra que todos são seres amados pelo Deus criador,
independente da religião e da classes. De alguma forma, seu ensinamentos prejudicavam a
política e influência de poder da comunidade judaica, já que o povo, em sua maioria, se
identificava e seguia o novo profeta.
Em conclusão, o sumo sacerdote judaico entrega Jesus para ser julgado por Pôncio Pilatos,
o governador da província romana, pois Ele era um “mal” para o poder da época. Anos mais
tarde, o cristianismo, nascido das palavras de Jesus, se tornaria a religião do Império que o
mandou matar.
Desde a morte de Jesus, seus seguidores não pararam de aumentar e o Império Romano
que seguia uma religião politeísta de deuses trazidos da cultura grega acompanhou, dentro dos
domínios romanos, sua propagação. Os cristãos resistiam às pressões e muitos se entregavam
à tortura e à morte em nome de Jesus como exemplo de fé. Esses foram eternizados em
mártires.
Se voltarmos aos primórdios da humanidade, veremos que o gênero feminino era visto
como deusa. O homem a temia. Tudo porque a mulher tem o poder de gerar a vida assim
como a deusa terra gera os alimentos que sustentam a vida. Com o tempo, o homem
percebeu que a vida gerada pela mulher também tinha a sua participação e com isso ela é
colocada na secundarização. O homem se denomina superior pela sua força e guerras
conquistadas. Já assentado em sua cultura, o homem cria o “Deus homem”. No Antigo
Testamento há o predomínio do cunho machista. O Deus é masculino, semelhante a imagem
do homem hebreu, com barba. A história de Adão e Eva demonstra essa posição de
predomínio do homem em relação a mulher ao dizer que da costela de Adão se fez a
companheira Eva. A própria Eva é acusada de ser a culpada pela expulsão do homem do
paraíso por comer a maça do pecado que a serpente a ofereceu e ainda instigar Adão a comê-
la.
No período patriarcal dos homens na Bíblia, os pais tratavam suas filhas como bens
que possuíam, somente os filhos eram considerados como membros familiares. Qualquer
atitude fora dos deveres imputados à mulher, principalmente o religioso, era considerada
como bruxaria. Suas funções eram apenas a de servir ao homem e dar a luz. Essa questão
perdurou até o século XX. O homem sempre temeu a mulher e muitos reis ouviam suas
esposas antes de tomarem decisões políticas, mesmo que as reprimissem quando passavam
dos limites.
Desde o início das nossas grandes civilizações a mulher foi censurada e a igreja
católica quando se tornou a religião oficial da Europa também colaborou com a censura. Foi
criado um padrão familiar que manteve o homem como chefe e a mulher como serviçal da
instituição.
O filósofo Aristóteles, um grande ícone da filosofia clássica, foi um grande
responsável por contribuir com a desigualdade. Ele possuía ideias que justificavam a
escravidão do homem como, por exemplo, a estrutura corporal forte do escravo, adaptado
naturalmente ao trabalho servil. Ele diz que o homem livre tem o corpo ereto, inadequado ao
serviço braçal, mas útil à vida intelectual e cidadã. As teorias Darwinistas foram utilizadas
de forma distorcida, como meio de argumentação da natureza humana, ou seja, os fortes
sempre deveriam predominar sobre os mais fracos. O exemplo disso é o imperialismo
colonial no continente africano, uma vez que os africanos não haviam desenvolvido uma
sociedade industrial moderna, ela era bastante pastoril em sua economia. Com isso, era
justificável que as nações europeias com a sua tecnologia ocupassem os territórios para
colocar seu excedente de produção e buscar matérias-primas para novos produtos, sob a tese
de que os países atrasados deveriam aceitar a cultura industrial européia para se modernizar.
Mas na realidade não foi o ocorrido.
O negro carrega o grande fardo de “escravo” graças a herança das colônias americanas
e mercantilistas e a nossa “santa” igreja católica, com sua tese de proteger o lucrativo
comércio de escravo, que claro, beneficiou também a instituição católica. Simplesmente era
dito que o homem africano era amaldiçoado devido aos relatos bíblicos em que Noé lançou
uma maldição em um de seus filhos por assistir escondido ao pai bêbado e nu. Esse contou a
vergonha para os outros irmãos e foi transformado em um homem negro. Ou seja, a cor
negra como sinônimo de maldição, do mal.
O mesmo sinônimo do mal e de ameaça ocorre com o homossexual. Mas por quê? No
âmbito da Igreja Católica (conservadora) a homossexualidade ameaça a “família
tradicional”, a mesma que dos tempos antigos tinha o homem como o chefe familiar (dono
de terras, da mulher e dos filhos). Esse formato de família ainda é defendido como
instituição oficial por muitos ainda no século XXI. Porém, o homossexualismo existe desde
que a Grécia discutia a democracia. Homens livres e mais velhos tinham como criados
rapazes jovens, amantes que na maioria das vezes eram mais preferidos que suas esposas.
Esse tipo de relacionamento não se baseava apenas num afeto, mas era uma forma de
transformar os jovens em cidadãos intelectuais, que futuramente estariam atuando como
cidadãos da pólis. Como havia a rejeição das mulheres para a atuação política, então, esse
tipo de integração entre o homem velho e jovem, fazia parte de uma ritualização para a vida
adulta. Há relatos de que Júlio César, o primeiro imperador romano, teria esse tipo de
relacionamento com seu sobrinho Otávio Augusto, que posteriormente assumiria o trono.
Em uma recente versão da Guerra de Tróia, vemos Aquiles, o maior guerreiro da Ilíada, um
homem negro e assim como seu fiel companheiro Pátroclo, sendo amantes. Mas em pleno
século XXI, uma parcela acredita que o homossexualismo tem cura e vem de problemas da
criação familiar. Se observarmos os relatos históricos de casos do mesmo sexo, alguns dão a
impressão que eram mais afetivos que homossexuais. Em outros casos não. Podemos reparar
que muitos eram grandes guerreiros, líderes que enfrentavam grandes exércitos. Nos tempos
atuais o sinônimo de “gay”, bicha” pode ser assimilado como adjetivos pejorativos.
O capitalismo hoje é o sistema que domina o mundo. É antigo e vem desde o período
feudal. Quando surgiram os primeiros mercadores que compravam no oriente produtos
considerados luxuosos e exóticos, esses eram revendidos na Europa pelo dobro ou o triplo do
preço. Percebia-se, assim, que além de recuperar o valor que gastavam com os produtos, havia
um retorno maior do valor vendido. Assim podiam guardar uma parte e investir em mais
compras. Nasce aí o capital. O burguês, como é chamado quem trabalha e lucra, foi buscando
status social com o tempo. Financiou reis, a igreja, as expansões marítimas, a arte do
Renascimento, etc. Mas no século das luzes, o burguês exigiu direitos políticos, de liberdade
ao perceber que financiava a classe nobre parasitária que não colocava a mão na massa.
Afinal eram períodos de questionamentos, a igreja e nobreza estavam perdendo seu poder de
influência cada vez mais para o crescimento do sistema capitalista, pois queria movimentar a
economia sem a intervenção do Estado. A mudança de sistemas não aboliu as classes. O
escravo se torna o trabalhador assalariado e o senhor o dono das fábricas.
O poder vigente capitalista cria suas leis e um Estado Liberal para defender seus lucros.
Ao derrubar a monarquia, o Estado agora pertence aos donos do capital. O Estado, então
liberal, nasce com a Revolução Inglesa. Os calvinistas, sob o comando do revolucionário
Oliver Cromwell, em 1640, tomam o poder. O rei Carlos I perde sua autoridade assim como
sua cabeça e o parlamento criado pelos burgueses assume a política.
Com a burguesia no poder, o crescimento econômico toma rumos sem limites. Os
burgueses mais ricos dominam todo o mercado, desenvolvendo o monopólio e eliminando
concorrentes. O imperialismo vai tomando conta de continentes como a África, Ásia e
América Latina. O capitalismo impõe sua cultura aos países periféricos, obrigando-os a se
adaptarem ao sistema. Ou seja, adaptarem-se a receber o controle do sistema dominante
europeu e americano (hoje, o maior império do mundo).
Assim como Jesus e Tiradentes, o religioso Antônio Conselheiro teve um fim trágico.
Acusado de ser o inimigo da pátria (do poder vigente), pois Conselheiro enxergava na
república, o anticristo e o fim dos tempos. A população nordestina que o seguiu, viu nele um
profeta que sabia tecer as palavras e conduzir o povo para uma nova Jerusalém, a região de
Canudos. Uma fazenda abandonada que se tornou a cidade dos inimigos da república. O povo
que continuava na miséria, viu a oportunidade de construir uma vida boa. A maioria
abandonava seus patrões para seguir o seu novo messias. Pode-se dizer que a comunidade de
Canudos basicamente colocou em prática um comunismo, talvez primitivo. Afinal não havia
distinção de classe e todos tinham direito de produzir na terra. A notícia de Canudos não
incomodava o sudeste, o centro da república, mas para a elite do nordeste era uma ameaça.
Foi preciso convencer o sudeste que a comunidade de Canudos era só o início de uma revolta
para acabar com a república brasileira. Depois de três tentativas fracassadas, na quarta,
Canudos é destruída. O poder vigente vence mais uma vez em nome da justiça, da ordem e do
progresso (para a elite).
E por que a esquerda é uma ameaça? Mesmo com o crescimento industrial na década de
50, nunca houve uma distribuição de renda para a população pobre. Havia também a
dependência do capital estrangeiro para financiar a indústria, mas a maior parte do lucro que
se desenvolvia aqui não pertencia ao Brasil. A esquerda defendia a distribuição de renda justa
para todos, a nacionalização das empresas estrangeiras e a cobrança de taxação dos ricos. Para
um Brasil que sempre foi controlado por essa classe, era uma grande afronta.
3.4 Uma análise sobre a influência dos Estados Unidos na América Latina
Para entender como o Brasil ainda é assombrado pelo fantasma do comunismo, é preciso
também entender a situação dos Estados Unidos e a região da América.
Doutrina Monroe (1823) e sua a frase-síntese: “A América para os americanos”. Mais
tarde, no entanto, a nobre causa esboçada originalmente por aquela doutrina foi desvirtuada
pelas pretensões imperialistas dos Estados Unidos, levando alguns latino-americanos a
afirmarem que sua frase-síntese deveria ser: “A América para os norte-americanos”. ( BACIC
OLIC, Nelson. Geopolítica da América Latina. 09. São Paulo. Moderna, 1993).
Posteriormente, os americanos fecham o ciclo de domínio derrotando os espanhóis
tomando suas antigas colônias, como Porto Rico e Filipinas. Mais tarde faria intervenção em
Cuba (também domínio espanhol) para consolidar sua expansão e controle.
Quando a Segunda Guerra acaba, o mundo ficou dividido entre as duas maiores potências
da época: o capitalismo americano e o comunismo soviético. Havia disputas territoriais,
corrida espacial e investimentos tecnológicos em armas nucleares. Esse período foi chamado
de Guerra Fria porque nunca houve um conflito armado, apenas simulações de ataque. Os
EUA, já como a maior potência do mundo ocidental, criou o Plano Marshall para reconstruir a
política econômica dos países devastados pela Segunda Guerra Mundial, como a Europa
Ocidental e o Japão. “Por meio do Plano Marshall, iniciado a partir de 1947, os EU injetaram
cerca de 12 bilhões em um prazo de três anos e meio”. Uma forma também de afastar a
influência soviética.
O comunismo chegou ao continente americano, preocupando o tio Sam, principalmente
com a Revolução Cubana. O poder vigente do capitalismo americano se utilizou da Doutrina
Monroe para expandir seu império industrial, deixando muitos países dependentes e na
miséria. Quando o argentino Che Guevara presenciou a situação dos povos trabalhadores
durante sua viajem pela América Latina, revoltou-se e viu os EUA como um inimigo. Com a
Revolução Cubana muitos países da América Latina, de influência comunista, viram a
esperança de fazer as suas revoluções para combater o imperialismo do tio Sam. O problema
era o período da Guerra Fria. Se os latinos se tornassem regimes comunistas, os EUA
provavelmente perderia um grande mercado com seus vizinhos. A melhor medida, então, foi
apoiar as ditaduras.
A elite dos países latino-americanos sempre defendeu intervenções e o apoio americano,
justamente para defender seus lucros.
3.5 A Ditadura Militar (a proteção do poder das elites)
Nunca é tarde para a elite resolver seus problemas, não importar como: seja a forma
perversa que for, mas sempre com o intuito de proteger seus interesses, mesmo que seja uma
ditadura. O importante é o poder vigente se manter. Ou melhor, o Brasil se manter dependente
dos Estados Unidos. Mas se fosse o oposto? A influência comunista poderia implantar uma
ditadura, assim como foi na União Soviética, na China e Cuba? Ditadura não se justifica sob
qualquer regime. Tanto pelas ideias de direita ou de esquerda, pois sempre resultaram em
situações ditatoriais, medidas de um lado para proteger da influência imperialista do capital e
do outro da influência comunista que ameaça a propriedade privada e liberdade de mercado
dos patrões. Nenhuma se justifica. Há muitos exemplos também de contradições sob a
dicotomia direita e esquerda. Getúlio Vargas utilizou de medidas sociais para proteger seus
interesses. As reformas trabalhistas, que davam benefícios aos trabalhadores brasileiro, foram
formas de diminuir os movimentos sindicais crescentes e a influência comunista. Assim ele
pôde dar ênfase a sua ditadura. Da mesma forma, Fidel Castro condenou a todos que se
opusessem ao novo regime cubano. Eram presos, e até fuzilados, acusados de espionarem
para os Estados Unidos.
Após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, seu vice, João Goulart, conhecido
também como “Jango”, assumiu. Jango voltava de viagens pelos países de regimes
comunistas, como a China e a Rússia. Para os militares brasileiros que defendiam os
propósitos capitalistas americanos, enxergavam nessas viagens de Jango, uma atitude ruim.
Acreditavam que ele poderia implantar uma revolução. Mas tudo indicava que ele simpatizava
pelas ideias mais socialistas. Já estava desapropriando terrenos de ferrovias federais,
nacionalizando refinarias de petróleo que eram de propriedades particulares.
2 - Reforma educacional
3 - Reforma fiscal
4 - Reforma eleitoral
5 - Reformar urbana
6 - Reforma bancária
As medidas apresentadas por Jango foi visto pelos militares como um mal e uma
ameaça comunista para o Brasil. Fizeram manifestações com grupos conservadores com o
atual e já conhecido movimento: A MARCHA DA FAMÍLIA COM DEUS PELA
LIBERDADE. Independência financeira, empresarial, educação e terra para todos não é uma
forma de LIBERDADE? Depende de liberdade para quem. Parece que nesse sentido a marcha
era para a elite. Então se é bom para a elite, é bom para os Estados Unidos que ajudou a
implantar o golpe, ou melhor, a ditadura no Brasil. Podendo, assim, colocar seu excedente de
mercado e manter o desenvolvimento industrial brasileiro dependente. Contribuir na caça aos
comunistas que sempre foram uma grande ameaça ao seus negócios.
Depois da redemocratização do Brasil em 85 e do novo modelo econômico neoliberal,
o país experimentou no governo de Lula uma diminuição das desigualdades sociais. O pobre
conseguiu promover-se a classe média, o filho da empregada ou do pedreiro tornam-se
doutores. Por um período, o país passa de devedor a credor e torna-se a sétima economia do
mundo. Mesmo o país experimentando um modelo de estado de bem estar-social, o presidente
responsável por esse governo é preso.
A promessa do futuro, da defesa da família tradicional e da ordem vem de Jair Messias
Bolsonaro, o mito. Parece que há uma grande semelhança com o episódio anterior ao golpe
militar. Bolsonaro também é militar. Acusa Lula e PT de implantar o comunismo no país e
utiliza o nome de Deus e da família para o seu governo. Defende a privatização das empresas
nacionais e reformas que prejudicam o trabalhador comum.
A conclusão que tiramos é que o povo (pobre favelado)é visto como o “mal” e deve
ser eliminado de formas sutis, como, por exemplo, privatizando hospitais e a educação. Sem
saúde e educação a população adoece apenas para servir. Assim a elite do bem pode prosperar
para um mundo melhor e um Brasil sem identidade própria, afinal os Estados Unidos é que
deve tomar conta de tudo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Maria Nazareth Alvim de. As deusas, as bruxas e a igreja: séculos de perseguição.
8. ed. Rio de janeiro: Rosa dos tempos, 2001.
BRENER, Jayme. Regimes políticos: uma viagem. São Paulo: Scipione, 1994.
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. O manifesto comunista. 8. ed. São Paulo: Paz e Terra,
1848.
OLIC, Nelson Bacic. Geopolítica da América Latina. 5. ed. Rio de janeiro: Moderna, 1993.
1-Está relacionado sobre a dicotomia entre "bem" e "mal". São duas qualidades que oscilam
dependendo do ponto de vista. Por causa dessas ocorrências, investiguei a partir das origens,
que indicam, muitos estudos, através da cultura persa, o significado e suas mudanças
contraditórias dentro de uma análise histórica.
Estudo de campo ou caso: Porque mergulho bastante nesse conceito de "bem" e "mal",
buscando entender suas variações e interpretações.
4 - Acredito que esse trabalho, foi uma forma, antes de tudo, de buscar uma resposta para a
minha própria pergunta. Ao mesmo tempo, as investigações enriqueceram muito mais o meu
ponto de vista. Percebi que é preciso muito cuidado quando até queremos defender uma
ideologia,que muitas vezes, ela pode estar associada há um termo, que nós mesmo podemos
considerar "errado" ou "mal". Aprendi que para investigar, é preciso neutralidade e
aprofundamento nas análises.
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1 - O objetivo foi buscar em primeiro lugar a origem de "bem" e "mal", para que depois
pudesse associar essas duas dicotomias em períodos históricos comparando suas
denominações relativo à época.
2 - Com esse trabalho pretendo justificar, como algum tipo de conceito pode ser
transformado, distorcido e utilizado por um Estado (poder vigente), e assim, perder seu
significado original. Um meio de incentivar a pesquisa através da raiz de um conceito.
3 - O Conceito de Bem e Mal na História do Mundo e no Brasil.
4 - Nos textos finais, faço uma análise da Ditadura Militar no Brasil. O nosso país tem uma
influência cultural muito forte no âmbito cristão e americano. Ambos interligados à lógica
capitalista. A implantação da ditadura, foi justificada, através da influência americana, que o
comunismo "mal" iria ameaçar o Brasil ( na verdade, os negócios da elite brasileira), caso eles
chegassem ao poder, e também a hegemonia dos E.U.A na America Latina. Então, foi preciso
a elite vista como o "bem", proteger seus interesses e apoiar a intervenção. Ou seja, os E.U.A
é um país que tem uma poderosa ferramenta de dominação para determinar o que é certo e
errado para o Brasil.
Acredito que pude utilizar o conceito de ""bem" e "mal", dois simples adjetivos, para
estender num amplo campo de conhecimento.