O Cristão e a Política

Uma cosmovisão bíblica sobre como devemos agir.

 Organização Social no AT
Os antigos hebreus viviam sobre um sistema teocrático
teo=Deus e cracia=governo) termo este cunhado por
Flávio Josefo 37 d C A fé mosaica não era simplesmente
a religião do estado ela era, pelo menos até o início da
monarquia, o próprio Estado A religião monoteísta de
YAHWEH, com as suas numerosas leis e instituições,
regulava todos os aspectos da vida dos israelitas,
individuais e coletivos. (Deuteronômio 1.15-17)
 Império Romano
Na Roma imperial, o imperador era também o Pontifex
Maximus ou sumo sacerdote da religião do estado Por
interesses políticos, César Augusto 63 a.C 14 d.C
ordenou a restauração dos templos e do antigo culto
aos deuses Ele também iniciou a verdadeira religião da
Roma pré cristã o culto ao imperador. Mais tarde,
quando esse culto tornou se plenamente
institucionalizado, a recusa em adorar a César passou a
ser vista como um ato de deslealdade, atraindo a ira do
estado.
 A relação dos cristãos com o Império Romano
O cristianismo surgiu no contexto de uma relação tensa
entre os judeus e o Império Romano Jesus ensinou
claramente o princípio da separação entre os dois reinos
com a célebre declaração de (Mt 22.21) Dai a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus. No seu
nascimento e na sua morte, Jesus experimentou a ira
dos poderes constituídos (Mt 23.13 27.2 11.37 Lc 23.2
8.12) porém o seu maior conflito foi com o sistema
religioso, não com o sistema político.
 A RAZÃO DO ESTADO
Com surgimento atribuído à Nicolau Maquiavel, o conceito de
razão de Estado parte do pressuposto político da
impossibilidade de organização humana sem uma firme égide
centralizadora Dessa forma, a necessidade de manutenção do
bem da estrutura estatal, inclusive com o controle absoluto dos
monopólios estatais (força física, impostos e leis), justificaria a
supressão de interesses particulares e demais medidas
adotadas em prol dos interesses do Estado cabe ao governante,
através da razão de Estado, zelar, acima de tudo, pela
segurança do próprio Estado.
 SEPARAÇÃO DOS PODERES

Charles Louis de Secondat barão de La Brède de

Montesquieu 1689 1755 conhecido como Montesquieu, foi
um político, filósofo e escritor francês Ficou famoso pela
sua teoria da separação dos poderes, que veio para
enfraquecer a nobreza, que concentrava todo o poder no
Rei Esta concentração de poder fez ele entender que havia
a necessidade de uma estruturação da sociedade e seu
papel na estrutura de poder
 Papel do Estado
Biblicamente é dever do governo civil salvaguardar os
direitos individuais, honrando cidadãos de bem e
promovendo punição proporcional aos crimes e delitos.
Em países europeus bem como nos EUA por exemplo, a
pena não se dá pela idade do autor, mas de acordo com a
gravidade e crueldade do crime cometido. Historicamente
partidos de tendência esquerdista propõem um Estado
inchado, coercitivo, cujos tentáculos devem tocar todas as
esferas da vida dos indivíduos.
 SISTEMAS DE GOVERNO
Parece haver certa compatibilidade entre o regime
democrático e a visão bíblica Se por um lado a humanidade
é caída, vivendo num ambiente de desobediência por outro
ainda permanecem traços da Imago Dei A democracia
possibilita que o povo vote, que eleja representantes, que
fiscalize sua vida pregressa, que analise planos de governo e
assim escolha o candidato.
Pelo regime democrático se o governante falha
miseravelmente nas suas atribuições, pode ser trocado nas
eleições.
 Justiça social Ideológica Cosmovisão Bíblica
  A mente humana define O Deus de Gênesis 1,1
O que é a o que é a realidade define a realidade última:
última? “No princípio, criou Deus
realidade última? os céus e a terra”.
 
Quem somos nós? Criaturas cuja identidade Criações e portadores da
é determinada imagem de um Deus
inteiramente de modo bom, santo e amoroso,
social. Somos produto de com dignidade inerente e
nossa raça, sexo e valor imensurável.
identidade de gênero.
 O evangelho: Na cruz, Deus
Revolução: Vítimas encarnado tomou sobre si o
Qual é a oprimidas e seus aliados castigo que merecíamos por
devem se unir para nossa rebelião pecaminosa
solução para o desmascarar, desconstruir para nos mostrar uma
nosso e derrubar essas estruturas misericórdia que jamais
de poder, instituições e poderíamos merecer. Sua
problema? sistemas opressivos morte na cruz e sua
ressurreição abriram
caminho para a reconciliação
de todos os nossos
relacionamentos
corrompidos.
  As vítimas são moralmente
inocentes e não precisam de
Como podemos salvação. Os opressores não
ser salvos? podem ser jamais totalmente
perdoados, mas podem ser
  parcialmente salvos se
  confessarem sua cumplicidade
na opressão e apoiarem a
revolução.
Qual é nosso Ser solidários com os
oprimidos, protegê-los e
dever moral defendê-los: mulheres,
pessoas de cor, minorias
básico? sexuais (LGBTQ+) etc.
   
“Porque, se com a tua boca
confessares Jesus como
Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo
[...] Todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo”
(Rm 10.9,13).
 
Amar a Deus com todo o
nosso coração, alma, mente e
força (o que significa viver em
obediência a tudo o que Cristo
ordenou) e amar ao nosso
próximo como a nós mesmos.
 As ideias de verdade Pela revelação divina: (1) a
objetiva, razão, lógica, Palavra escrita de Deus
evidência e argumento são (2Tm 3.13); (2) “a lei [...]
ferramentas suspeitas que escrita no coração” ou a
os opressores empregam consciência humana (Rm
para preservar sua 2.15); e a revelação de Deus
Como sabemos hegemonia. O na criação (Rm 1.20). Para
conhecimento da “verdade” isso, temos de aplicar nossa
o que é vem por meio das vítimas, capacidade de raciocínio,
verdadeiro? as quais, com base em sua
experiência de opressão,
lógica, discussão e debate
que nos foi dada por Deus
  têm percepções mais para reunir e pesar
profundas do que os evidências na busca da
opressores. É isso que se verdade.
chama de Epistemologia do  
Ponto de Vista.
  As vítimas são a autoridade Deus (e sua Palavra
final. As declarações das revelada na Escritura) é a
Quem tem a vítimas baseadas em sua autoridade final.
autoridade final? experiência vivida e
subjetiva são tomadas
  como verdadeiras sem
nenhum questionamento.
 

Não. Não existe nenhum Sim, Jesus voltará e fará

Haverá um juízo deus que voltará para punir
os ímpios e recompensar os
final no futuro? justos. Pelo contrário, a
  injustiça será extirpada aqui
e agora pelos que detêm o
poder para fazê-lo.
justiça perfeita. Ele
preservará tudo o que for
bom e libertará o mundo de
tudo o que é mau. Até lá, ele
estende sua misericórdia e
seu perdão aos pecadores.
Ao votar, considere alguns elementos:

1) Conheça bem seus candidatos

2) Examine os projetos.
3)Lute contra todas as formas de corrupção
4) Apoie propostas que defendam a vida e a
dignidade do ser humano.
5) Verifique a proposta educacional do candidato.
6) Rejeite candidatos com ênfases estatizantes e
intervencionistas nas esferas familiares,
eclesiásticas, artísticas e escolares.
7) Repudie ministros, igrejas ou denominações que tentem
identificar determinada ideologia com o reino de Deus ou
com a mensagem bíblica.
8) Apoie candidatos comprometidos com leis derivadas da
Palavra de Deus, pois é nossa fonte absoluta de vivência.
9) Valorize candidatos comprometidos com o modelo
republicano, que é governado pela constituição e por
governantes eleitos pelo povo.
10) Apoie candidatos que enfatizem as funções primordiais
do Estado
Literaturas sugeridas: