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Introdução.
Quanto vale uma vida? O mandamento da Lei de Deus nos coloca diante
do valor da vida e nos faz pensar no modo como temos encarado a nossa
existência e a de nosso semelhante.
Na mensagem desta noite quero convidá-lo a pensar seriamente nos seus
relacionamentos interpessoais e na necessidade que você tem de glorificar ao
Senhor com toda a sua existência.
Contexto.
Aquele momento de restauração da nação de Israel, logo após a saída do
cativeiro, era um momento revestido de especial importância. Afinal de contas,
os anos de escravidão, por certo, acabaram destruindo conceitos fundamentais
de cidadania tanto no âmbito dos seus relacionamentos interpessoais quanto no
âmbito do seu relacionamento com Deus. O povo precisava reaprender como
viver para a glória do Senhor.
No mandamento que temos diante de nós há muita coisa para ser dita,
afinal de contas, o princípio positivo de valorização da vida e o mandamento
negativo – não matarás, trazem consigo lições desafiadoras tanto para a nação de
Israel naquele tempo, quanto para a igreja de nossos dias.
Vale ressaltar ainda que o mandamento, do ponto de vista das
responsabilidades, deve ser olhado de duas perspectivas. A primeira é a do
indivíduo e de suas responsabilidades pessoais, ou seja, o sujeito dos
mandamentos é sempre “tu”, o que significa que Deus está tratando com pessoas
individuais. Por outro lado, analisando outra perspectiva, temos no mandamento
também um compromisso ético com o corpo, ou seja, não basta que eu não
mate, é minha responsabilidade, em função da nossa constituição como corpo de
Cristo, que eu ajude o próximo a não matar também, e que minhas ações sempre
promovam a vida.
Assim, qual a mensagem deste mandamento para a igreja de hoje?
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Desenvolvimento.
1) O que é proibido
Antes ainda de olhar o primeiro aspecto, que diz respeito ao que é
proibido no mandamento, anda é preciso responder a seguinte questão: por que é
pecado matar?
A Bíblia diz que o ser humano foi o único, na criação, a ter sido criado
conforme a imagem e semelhança de Deus. Todo ser humano, independente da
sua confissão religiosa, por criação, traz consigo essa imagem. O pecado não a
tirou de nós, embora a tenha deformado terrivelmente. Sendo assim, todo
atentado contra a vida, seja a do próximo ou seja a minha própria, é também um
atentado contra o reflexo da imagem de Deus. Por isso, matar é pecar contra
Deus e não apenas um ato contra o próximo ou contra a vida.
Depois disso, então, o que é proibido no mandamento?
O catecismo maior responde da seguinte forma: “... o tirar a nossa vida
ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa
necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a
preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança;
todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de
comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras; a opressão, a
contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da
vida de alguém.”.
Poderíamos ampliar esta lista dizendo ainda que o aborto, mesmo quando
a gestação decorre de violência contra a mulher e excetuar apenas aquele que se
dá por causas naturais, ou seja, sem a intervenção cirúrgica ou medicamentosa.
Aqui, vale ressaltar, que o que a nós parece uma tragédia, no caso de violência
contra a mulher, Deus tem o poder de transformar em benção.
A Escritura também lembra que existem outras formas de assassinato,
quando declara: (Tiago 3:8 ARA) “a língua, porém, nenhum dos homens é
capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.” E (1
João 3:15 ARA) “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora,
vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si.”.
Sendo assim, cremos que o mandamento nos exorta fortemente a
rejeitar tudo aquilo que atenta contra a vida.
2) O que é ordenado
Mas além disso é preciso que entendamos que há coisas que precisam ser
promovidas, no que diz respeito ao cumprimento do mandamento.
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Conclusão.
Na introdução perguntamos aos irmãos quanto vale uma vida e se nos
lembrarmos que todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus
reconheceremos seu grande valor. Contudo, vale ressaltar ainda que muitas
vidas humanas foram compradas pelo sangue de Jesus, por isso, é nossa
responsabilidade valorizá-las e trazê-las também ao conhecimento daquele que
realmente tem poder sobre a morte.
Quando, como igreja, anunciamos o evangelho de Cristo, também
revelamos todo nosso respeito e obediência a ordem do Senhor: Não matarás!
Pense nisto!