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Clinton Ramachotte
— Romanos 11:33-36
Considerações sobre a frase "bandido bom é bandido morto":
1. Não existe bandido bom. Aliás, não há nenhum ser humano que seja
bom (confira Romanos 3.10-13). Diante de Deus, cada indivíduo da terra é
por natureza perverso, ainda que não cometa crimes graves como
assassinar, estuprar ou adulterar. Sendo assim, é ilógico para um cristão
afirmar que existe bandido bom.
4. A conversão daquele malfeitor não fez com que Jesus o tirasse daquela
cruz. Aliás, em nenhum momento houve por parte do Senhor o desejo de
livrar aquele malfeitor da morte. Ora, era propósito que Ele mesmo fosse
crucificado, mas por que aquele homem que, embora tivesse cometido
delitos, agora confessa Cristo como seu Senhor e Salvador? Se estavam
errados em condenar aquele "bandido convertido", Jesus teria que livrá-lo
da morte, afinal, segundo os pensadores contemporâneos, condenar um
criminoso a morte é contra o caráter santo e justo de Deus... mas não, não
é. Temos respaldo para afirmar que o Deus santo não só estabelece a pena
capital, como também a aprova em casos como estes, onde os infratores são
condenados com justa causa.
Por outro lado, se, assim como o malfeitor da cruz, a morte for a
consequência, que assim seja. O próprio Deus diz: "Minha é a vingança; eu
recompensarei, diz o Senhor." (Romanos 12.19).
Ser a favor da pena de morte é ser contra o mandamento de
Jesus "ame o próximo como a ti mesmo"?
Vamos às considerações:
1. Inspirado pelo Espírito Santo, Paulo vai dizer que Deus amou Jacó, mas
odiou Esaú (Romanos 9.13). Em outra parte da Escritura, diz que "O
Senhor prova o justo; porém ao ímpio e ao que ama a violência odeia a sua
alma" (Salmo 11.5). Em outro salmo, diz: "Os loucos não pararão à tua
vista; odeias a todos os que praticam a maldade." (Salmo 5.5). Ou seja,
Deus odeia também, mas não como o homem. Deus é Santo e Justo, e por
ser Santo e Justo, não compactua com o que é mal e está longe de Cristo. O
fato de Jesus nos mandar amar o próximo não faz com que,
necessariamente, o próprio Cristo ame.
"Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as
más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor
dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal,
teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e
vingador para castigar o que faz o mal." (Romanos 13.3-4).
Abortar resolve o problema?
A questão do aborto não tem a ver somente com a vítima do estupro, mas
com a criança que ainda nem nasceu. Sim, é uma criança, um bebê, que dia
após dia é tecida por Deus dentro do ventre de sua mãe. "Os teus olhos
viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram
escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma
delas havia." (Salmo 139.16).
A vida é uma obra prima, tecida pelas mãos do próprio Criador dos céus e
da terra. Embora haja uma revolta grande pela situação em torno do
estupro, abortar só agrava ainda mais o problema. Não foi uma gravidez
planejada, e aliás, foi de forma tortuosa, mas o Autor da vida é quem está
formando essa criança.
Precisamos, enfim, valorizar aquilo que Deus faz, e mesmo em meio a uma
dificuldade tremenda como essa, encontrar meios de exaltá-lo. Essa é uma
palavra a cristãos, mas aqueles que não são devem também refletir no que
Deus está falando.
Mesmo em meio a falsas igrejas evangélicas/protestantes, ainda existem
aquelas que se preocupam com a mulher, principalmente a mulher vítima
de estupro e que, por consequência, engravidou. Nesse caso, toda a
comunidade da fé deve se mobilizar em prol dos cuidados físicos e
psicológicos tanto da mulher, quanto da criança. O chamado de Deus para
a igreja é cuidar das pessoas e ser útil na vida daqueles que se encontram
sem esperança, a fim de apresentar a única e verdadeira esperança: Jesus.
Portanto, abortar não é, nem deve ser uma opção. A solução mais fácil não
é a correta!
Por que o aborto é ponto inegociável?
2. A questão não tem a ver com democracia, mas com moralidade. Não
cabe a um plebiscito decidir se deve ou não ser aprovado o assassinato de
bebês. Não importa a profissão que vamos exercer, isso é um ponto
inegociável. De que adianta a democracia legalizar o aborto se diante do
Deus Santo seremos vistos como criminosos por aprovar que bebês
indefesos sejam mortos?
Por isso eu digo: ser a favor do aborto te faz ser contra a Deus. E mais:
estar ao lado, em concordância com quem é a favor do aborto, te faz tão
culpado quanto. Devemos ter bastante cuidado em quem votar ou apoiar
(tendo a ver com política ou não). Deus é justo e santo!
Ideologia de gênero: outro ponto inegociável
3. Por outro lado, temos na Bíblia também os dois casos: filho e filha.
"Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que
nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida."
(Êxodo 1.22). A Palavra de Deus reconhece somente filho e filha, homem e
mulher, macho e fêmea.
Tendo em vista tudo isso, afirmo com firmeza que nenhum cristão sério,
que se interessa pelo que diz Deus através da Bíblia, apóia, vota ou da
vazão para defensores da ideologia de gênero. Antes, se opõe
ferrenhamente a esse posicionamento diabólico que nada tem de Cristo,
mas muito tem do coração humano depravado e, claro, do diabo.
Portar uma arma é pecado?
2. O próprio Jesus não proibiu Pedro de usar uma arma. Embora naquela
época não existisse a arma de fogo, haviam espadas, e os discípulos de
Jesus andavam com uma em suas bainhas. Ao agir de modo impensável,
Pedro cortou a orelha do soldado, ao que Jesus respondeu: "Põe a tua
espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?" (João 18.11).
Cristo repreendeu a Pedro por não entender o propósito da crucificação,
mas em nenhum momento o corrigiu por usar uma espada, nem a tomou, e
nem pediu que lhe fosse tirada. Ou seja, Jesus assiste nesse evento uma
aprovação quanto à posse de arma de Pedro.
Fato é: ninguém deve desejar possuir uma arma a fim de causar confusão,
matar, assaltar e etc. Antes, como cristãos, devemos desejar a justiça de
Deus ao punir pecados que merecem a condenação, e não apenas suprir e
satisfazer desejos pessoais de ódio ou vingança.