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- INTRODUÇÃO
- Submeter a mente ao senhorio de Cristo é a maneira correta de evitar que os pecados ligados à sexualidade
(ou qualquer outro) sejam concebidos no coração do homem. “Venerado seja entre todos o matrimônio e o
leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13.4).
I – TEXTO BÍBLICO
- 1 Coríntios 6
V, 15 - Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e
fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo.
V, 16 - Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois
numa só carne.
V, 17 - Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito.
V, 18 - Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca
contra o seu próprio corpo.
V, 19 - Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos?
V, 20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito,
os quais pertencem a Deus.
- Romanos 1
V, 26 - Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural,
no contrário à natureza.
V, 27 - E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua
sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a
recompensa que convinha ao seu erro.
V, 28 - E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento
perverso, para fazerem coisas que não convém;
II - O COMPROMISSO CONJUGAL
3. A exceção onde cabe o divórcio. Mas ainda assim, por causa da dureza dos corações humanos, Jesus previu
a exceção do divórcio em casos de infidelidade conjugal (v.32; Mt 19.3-9). O adultério é um pecado
extremamente grave (até mesmo porque ilustra a infidelidade do homem a Deus). Nele consiste a única
situação bíblica que admite a separação conjugal. Nenhuma outra exceção é prevista porque normalmente
atrás de qualquer outro motivo alegado para a separação está, na verdade, a concupiscência. Todavia, em casos
de fornicação e adultério, enquanto houver a possibilidade de perdoar, mediante o arrependimento do cônjuge
ofensor, é dever pastoral prestar todo o apoio possível para restaurar o casamento e cicatrizar as feridas que
ficam, pois da mesma forma que Deus não aceita a infidelidade do seu povo, Ele é, também, capaz de perdoá-
lo, se este se arrepende. O perdão continua sendo a melhor terapia para a restauração dos feridos.
OBS: ARGUMENTO BIBLIOLÓGICO - “‘Atentar numa mulher para a cobiçar’ (Mt 5.28). Trata-se da
cobiça carnal, ou a concupiscência (gr. epithumia ). O que Cristo condena aqui não é o pensamento repentino
que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se,
pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a
pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito imaginado e não
resistido, é pecado” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1394).
1. O domínio da mente. Outra vez a análise de Jesus teve como ponto de partida a visão estritamente jurídica
dos fariseus (v.27), que se restringia apenas a aplicar a seu modo os dispositivos da lei mosaica. Para o Mestre,
o mais importante era erradicar as causas (cf. Jo 8.1-11), por isso insistiu em tratar do problema desde a sua
origem — o coração (v.28). Estudamos na primeira lição que o termo coração, na Bíblia, simboliza o centro
da personalidade, ou seja, a área onde se desenvolvem a razão, as emoções e os sentimentos (ver Êx 4.14; Dt
6.5; Sl 119.11; 140.2; Mc 2.8; Jo 14.1). Deste modo, Jesus não só reconhece o domínio da mente sobre o
indivíduo, mas situa o pecado como algo que tem origem a partir do momento em que o intelecto começa a
tramá-lo. Como o olhar cobiçoso é a centelha que desencadeia o processo (ver 1Jo 2.16,17), o Mestre
firmemente condenou-o, pois quando alguém chega ao ato do adultério (que é a relação extraconjugal), ou a
qualquer outro pecado sexual, normalmente há uma longa história por trás, que teve início com um olhar
lascivo. Isto porque, se por um lado a mente exerce domínio, por outro interage com o ambiente mediante os
sentidos, entre eles a visão.
2. A disciplina da mente. Aqui está a importância da mente disciplinada. Não é simplesmente condicioná-la
através de exercícios de controle mental baseados em princípios filosóficos, religiosos, etc. Não é, também,
submeter-se à uma espécie de lavagem cerebral resultante do uso de técnicas psicológicas muito em voga hoje
em certos movimentos ditos evangélicos. A disciplina da mente está, em primeiro lugar, em submetê-la ao
senhorio de Cristo. Este é, aliás, um dos aspectos implícitos na salvação. Em Efésios 6.17, a Bíblia ilustra a
1. A disciplina dos sentidos. O Senhor aprofundou ainda mais a questão, ao condenar não só o olhar cobiçoso,
mas também qualquer ação maléfica envolvendo os demais sentidos (vv.29,30). A linguagem é, outra vez,
radical — arrancar o olho, cortar a mão — para demonstrar que não pode haver qualquer tipo de concessão
nessa área. Toda prática pecaminosa passa pelos sentidos, mas o pecado sexual não só envolve todos eles, mas
é o que mais os escraviza, pois deles depende a manifestação da sensualidade. Por isso, uma das qualidades
do fruto do Espírito (ver Gl 5.22) é o domínio próprio, ou seja, a capacidade de exercer controle sobre os atos
pessoais, que se utiliza dos sentidos. Paulo reitera a mesma posição, quando adverte: “Mortificai os vossos
membros que estão sobre a terra...” (Cl 3.5). No grego, a ideia do texto é a de “trazer os membros sob controle
e tratá-los como se estivessem mortos”. O pecado sexual é tão traiçoeiro que a recomendação do apóstolo para
Timóteo foi, também, radical: “Foge...” (2Tm 2.22). Agora, nada disso será possível se a mente não estiver
impregnada da Palavra de Deus e o Espírito Santo não tiver o controle de nossas vidas (Gl 5.16). O domínio
próprio não resulta de mero esforço humano, nem se caracteriza pela pujança, alarde e presunção espiritual,
mas é produzido pela ação do Espírito Santo no coração do crente. Como diz a Bíblia, é “fruto do Espírito”.
Assim, temos de trazer, também, os sentidos da alma cativos aos pés de Cristo, para um comportamento sexual
segundo o padrão das Escrituras.
2. A disciplina dos propósitos. Outra implicação disso é que precisamos ter propósitos santos para que as
ações de nossos membros — por onde manifestam-se os sentidos — sejam também santas. Várias vezes, no
Antigo Testamento, Deus repeliu as atitudes do povo de Israel porque eram fruto de propósitos malignos
engendrados no coração (Is 23.15; Jr 11.8). Isto significa que a mente indisciplinada e pecaminosa gera
propósitos malignos que, por sua vez, contaminam os sentidos e levam à prática do pecado. Portanto, santificar
os propósitos é parte deste encadeamento, a começar pelo coração, que leva o crente a ter repulsa ao pecado e
a olhar a sexualidade segundo o prisma divino, e não como um meio para dar vazão à carnalidade e permitir
que o Diabo destrua não só a sua vida mas também a de sua família e de outras pessoas diretamente afetadas
pelo ato. Em situações assim vale sempre a pergunta: O que o meu coração deseja, conforma-se ao elevado
padrão de santidade exigido por Deus? Se a resposta for não, então só há uma saída: arrancar o mal pela raiz,
antes que o pecado comece a ser concebido (Tg 1.14,15).
-Portanto, o padrão bíblico da sexualidade implica desfrutá-la nos limites da indissolubilidade do casamento,
cabendo a cada um disciplinar o seu corpo a partir da mente para que possa evitar que o pecado seja concebido
e resulte, com isso, na perda da comunhão com Deus. Cabe ao crente salvo por Cristo não se apartar das
Sagradas Escrituras na teoria e prática, pois é a nossa bússola que nos guia em meio as trevas deste mundo
imoral e perverso.
- Bibliografia
- Comentário: Pastor Josaphat Batista – Pr. Presidente da Assembleia de Deus em Ibotirama-Bahia. Pós-
graduado em Docência do Ensino Superior - Bacharel em Teologia convalidado pelo MEC – Pós-Graduando
em História, Membro da academia Pré-Militar (ACPMB) – Póa-Graduando Ciências da Religião – Juiz de
Paz (CONAJ), Diretor do CTEC VIDA CRISTÃ (Centro Teológico de Educação e Cultura), Diretor da
ESTEADI (Escola Teológica da Assembleia de Deus em Ibotirama) Presidente do Conselho de Pastores e
Líderes Evangélicos de Ibotirama (CONPLEI), Autor do livro 1000 Esboços para Sermões – Autor da Revista
de Estudo Bíblico acerca de João Batista – Autor da Revista acerca de Absalão, Conferencista, Seminaristas,
Escritor e fundador dos Congressos EBD no Campo de Camaçari-Ba. - Aproveite e estude cursos gratuitos no
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