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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Departamento Infantojuvenil
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 / 3084 1543
PROFESSOR 3 – CLASSE DE ADOLESCENTES – 1º TRIMESTRE DE 2024
LIÇÃO 03 – PECADO: A MAIOR PANDEMIA DA HISTÓRIA
TEXTO BÍBLICO: GÊNESIS 4.3-8; 6.5-7.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, iremos estudar a entrada do pecado no mundo; quais os danos que o pecado promoveu na família e na
sociedade de uma forma geral, e por fim, compreender que existe solução em Cristo para o homem afastado de Deus
I – MENSAGEM
“Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus.” (Romanos 3.23)
A Bíblia sagrada nos apresenta diversas palavras que apontam para o pecado: erro, iniquidade, transgressão, maldade,
impiedade, engano, sedução, rebelião, violência, perversão, orgulho, malícia, concupiscência, prostituição, injustiça e entre
outras. Muitos desses termos são apresentados na carta de Paulos aos Gálatas e aos Romanos (Rm 1.29-32; Gl 5.19-21). No
hebraico, o pecado é tratado como "chattath"(Jz 20.16; Gn 4.7) e no grego é "hamartia" (Mt 1.21; Rm 5.12-13; 1Jo 1.9) ambas
trazem a ideia de “um mal moral", mas que, essencialmente, significam antes "errar o alvo". De fato, o homem foi criado com
um alvo específico, o de viver eternamente diante de Deus para o adorá-lo, mas ao pecar, perdeu esse alvo. Logo, quando
falamos de pecado, nos referimos a todo pensamento, palavras ou atos que são contrários ao caráter de Deus. Na Declaração de
Fé das Assembleias de Deus, lemos: “pecado é a transgressão da Lei de Deus: 'porque o pecado é a transgressão da lei’ (1Jo 3.4
- ARA).

II – AUXÍLIO PEDAGÓGICO
Querido(a) professor(a) para esta aula sugerimos,
que você use cartolina para fazer um “ENVELOPE”, um
CORAÇÃO COM O NOME DEUS na cor vermelha
(figura ilustrativa de Deus), um CORAÇÃO ESCURO, e confeccione em
TNT amarelo o “PAINEL PADRÃO” da classe, conforme o modelo ao lado
(possivelmente você já possui os recursos sugeridos), para usá-los no
momento desta aula. Para isto, Organize em retalhos de cartolinas, palavras
/frases de ações/atitudes que nos aproximam (LER A BÍBLIA, ORAR, IR À
IGREJA, ETC.) e que nos afastam de Deus (MENTIRA, MÁS COMPANHIAS, INVEJA, PREGUIÇA, ETC.) e coloque dentro
do envelope. Caro professor, para iniciar esse tópico, sugere-se apresentar aos alunos, de forma didática e prática, a
representação do distanciamento do homem em relação a Deus ao viver uma vida de pecado. Use os recursos que possam
representar a Deus (coração com o nome Deus), o homem(palavras/frases) e o pecado(coração escuro), ponha as representações
do pecado e de Deus o mais distante possível um do outro, e mostre que quanto mais o homem se próxima de Deus,
automaticamente, mais se distancia do pecado e vice versa. No momento da lição, vá retirando do envelope, as informações,
apresente aos alunos e vá anexando-os com fita crepe ou fita durex transparente larga, no Painel Padrão da classe, relacionando
aos visuais. Enriqueça esse momento, lendo versículos relacionados as informações apresentadas, para que por meio da
exposição oral e visual esse conhecimento possa ser fixado na mente dos adolescentes. Lembrando que os nomes devem ser
manuscritos ou digitados e impressos, para serem fixados no painel sugerido.
III – PECADO: ORIGEM, DISSEMINAÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
3.1 A origem do pecado: “A Bíblia indica que o pecado se originou em satanás, em sua rebelião contra Deus. Tudo que antigo
testamento dá a entender sobre a rebelião de satanás é que “se achou iniquidade” no rei de Tiro (Ez 28.15), uma evidente alusão
ao diabo. Em seu orgulho, ele tentou tornar-se semelhante ao altíssimo (Dicionário Bíblico Wycliffe, Rio de Janeiro: CPAD,
2010, p.1485). (Veja Is 14.12-14; Ez 28.11-19; 1Jo 3.8). Nele, vemos que essa tão contagiosa doença acabou contaminando a
humanidade a partir de Eva e Adão (Genesis 2.17). Chamamos a desobediência do casal de Pecado original, pois foi a partir de
então que o pecado passou a fazer parte da natureza de todos os homens; “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória
de Deus;” (Rm 3:23; 1Jo 1.8-9).
3.2 A disseminação do Pecado: O pecado foi sendo disseminado tal como uma doença infecciosa. Logo no capítulo 04 do
livro do Gênesis vemos a terrível postura de Caim que, levado por um sentimento de inveja, matou o seu próprio irmão (Gn
4.8). E assim, “viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos
de seu coração era só má continuamente” (Gn 6.5). Como dito anteriormente, o pecado faz parte da natureza humana, e mesmo
aquele que aceitou a Cristo como salvador de sua vida, precisará entender que viverá em constante guerra contra sua própria
natureza (Mt 26.41; Gl 5.16; Rm 7.21-23). Porém, é importante reiterarmos que não mais vivemos debaixo do julgo da carne,
mas a mortificamos quando decidimos viver em espírito buscando a santificação. (Rm 8.12-13 5.12; 1Co 6.11; 1Pe 1.14-16; Hb
10.10).

Consequências do pecado: Para toda ação existe uma reação, esta afirmação não diz respeito apenas à fala do físico
Isaac Newton, mas é uma lei bíblica (Gl 6.7) que acompanha todos os nossos atos. Vejamos abaixo algumas consequências
gerais sobre a humanidade:
• A consciência do pecado: a serpente enganou a mulher dizendo-lhe que esta seria onisciente, mas ao comer do fruto,
Eva passou a ter a consciência pecaminosa que a levaria a praticar obras mortas (Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14).
• A perda da comunhão com Deus: A paz que o homem tinha com Deus foi interrompida pelo pecado (Rm 3.23 5. 10;
Fp 3.18; Is 59.2; Tg 4.4)
• A enfermidade em toda a criação: O mundo está doente, o pecado o enfermou. Essas dores são refletidas em todos os
tipos de catástrofes naturais (Rm 8.18-24; Mt 24.7)
• A morte física: A partir do pecado original o homem passou a sofrer ao trabalhar, a mulher a ter dores ao dar a luz, e
outros males prejudiciais à saúde do homem, também são oriundos do pecado que se prolifera dia a dia. Nessa esfera
física, todos estão destinados à morte. (Gn 3.16; 18-19,24; Rm 6.23)
• A morte eterna: O homem foi criado para viver em paz eternamente com Deus, mas aquele que se entrega ao pecado e
não reconhece a Cristo como Salvador, será condenado à sofrer os danos da segunda morte (Sl 9.17; Mt 18.18; 1Ts
1.7-8; Ap 21.8).
IV – A VIDA DE UMA SOCIEDADE DISTANTE DE DEUS
4.1 Um mundo entregue ao pecado: No sermão profético, Jesus deixa claro aos seus discípulos que existia uma tendência
definida nas gerações posteriores: “A multiplicação da iniquidade” (Mt 24.38). Jesus ainda afirmou que nossos dias seriam
semelhantes aos dias de Noé, “Comiam, bebiam, casavam-se, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na
arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos” (Lc 17.27) Os corações dos homens estão cheios de perversidades, de ódio, de
corrupção e de toda a espécie de males. As sagradas escrituras afirmam que “o mundo jaz no maligno” (1Jo 5.19). Por trás de
tudo isso, há uma forte ação satânica que os levam a negar a existência de um Deus criador, ou de se submeterem de forma
completa a sua palavra, como afirma o aposto Paulo, “O deus, desta presente era perversa, cegou o entendimento dos
descrentes, a fim de que não vejam a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” (2 Co 4.4 - VKJ).
4.2 Um mundo distante de Deus: A rebelião do casal contra o Senhor trouxe consigo alguns encargos, a saber: a consciência
do pecado, a separação de Deus, a enfermidade sobre toda a terra, a morte física, e por fim, a morte eterna. Imediatamente após
o pecado original, Adão e Eva foram expulsos do Éden (Gn 3.22) e Deus pôs querubins no jardim para protegê-lo (Gn 3.24).
Desde então, a presença de Deus tornou-se ao homem algo restrito, fato revelado na cortina do tabernáculo que separava o lugar
santíssimo (Ex 30.10; Hb 9.7), na morte de Uzá ao tocar na arca da aliança (2 Sm 6.7), no dia da expiação (Lv 23.26- 32; 29.7-
11), dentre outros exemplos (Ex 3.1-5; Nm 16.31-35). A verdade iminente que devemos entender é: Deus não suporta o pecado
(Sl 5.4-6; Pv 6.16-19; 12.22; Is 61.8). Quanto mais o homem peca, mais se distancia do criador.
V – O ADOLESCENTE CRISTÃO NO MUNDO CONTAMINADO
5.1 Ser um adolescente cristão em pleno século 21 não é uma tarefa fácil. O relativismo moral, a prostituição, os conceitos
filosóficos nos temas sociais apresentados nas escolas hoje, distorcem completamente aquilo que Deus nos apresenta nas
escrituras sagradas. No entanto, mesmo em uma sociedade tão distante de Deus, o apóstolo Paulo escreve; “Não vivam como
vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês.
Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele.” (Rm 12. 2 - NTLH).
5.2 Jesus tornou possível: Já vimos que a comunhão do homem com Deus foi rompida após o pecado original, mas de forma
imediata, Deus faz uma promessa de restauração (Gn 3.16). O Messias Prometido viria para reatar a aliança, e tornar possível
novamente o contato do humano com o divido (Rm 5.1). Em Jesus Cristo, nos tornamos novas criaturas (2Co 5.17), fomos
gerados novamente pelo Espírito Santo e passamos a viver uma nova vida. Não vivemos mais segundo a carne, cumprindo os
seus desejos malignos (Rm 6.17,18; 8.9). Devemos andar na dependência do Espírito de forma persistente e contínua.
5.3 Adolescentes não contaminados: Certa vez, Jesus declarou aos seus discípulos: "Vós sois o sal da terra" (Mt 5.13).
Devemos ser santos e evitar o pecado, a fim de que possamos influenciar positivamente as pessoas que estão ao nosso redor (Jo
17.11-13). Na escola, na família, entre os amigos, não podemos ser contaminados com o pecado que habita com eles. Na Bíblia,
temos exemplos de adolescentes que, mesmo distante de seus pais, dos seus líderes, de quem havia lhes ensinado os preceitos
divinos, mantiveram uma postura irrepreensível e honraram a Deus. Daniel tinha entre 16 e 18 anos quando foi afastado de sua
família e levado à uma nação libertina e idolatra, mesmo assim, assentou no seu coração não se contaminar” (Dn 1.8). José
tinha 17 anos quando foi vendido para o Egito, mesmo assim decidiu fugir, literalmente, do pecado (Gn 39. 12).
CONCLUSÃO
O pecado original trouxe um vírus letal à humanidade. Até hoje, as pessoas estão contaminadas pelo pecado e pela
rebeldia de geração a geração, esse mal faz parte da genética de todo homem nascido de mulher (Sl 51.5). Porém, tal como
Moisés levantou a serpente no madeiro, e todos os picados pelas serpentes ardentes foram livrados da morte (Nm 21.8), Jesus
foi levantado na cruz, para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3.14-16).

REFERÊNCIAS
• PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. RJ: CPAD, 2012
• RHODES, Ron. O Cristianismo Segundo a Bíblia: A religião cultural e averdade bíblica. Rio de janeiro: CPAD,2007
• Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2010
• Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995

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