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CREMOS:
1) Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalívelde fé e prática para a
vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17);
2) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais
em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas
que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato
sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1;2.7; Hb
11.3 e Ap 4.11);
3) No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na
concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição
corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18;
Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);
4) No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial como o Pai e o Filho,
Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador;
que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2Co 13.13; 2Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo
16.11; Tt 3.5; 2Pe 1.21 e Jo 16.13);
5) Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a
fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19);
6) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo
poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus
(Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);
7) No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus
Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);
8) Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e fi rmeza da verdade, una, santa e universal assembleia
dos fieis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para
seguir a Cristo e adorar a Deus (1Co 12.27; Jo 4.23; 1Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);
9) No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);
10) Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo,
que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1Pe 1.15);
11) No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo,
demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4;
10.44-46; 19.1-7);
12) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação,
conforme Sua soberana vontade para o que for útil (1Co 12.1-12);
13) Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para
arrebatar a Sua Igreja, antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a Sua Igreja
glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5;
Jd 14);
14) No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a
recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2Co 5.10);
15) No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que
morreram durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de
tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt
25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4);
16) Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor
Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea,
respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo da criação geneticamente
determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).
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DEDICATÓRIA
Dedico esta obra a todos os que contribuíram
Para que esta obra se tornasse realidade,
E a todos que continuarão contribuindo com
Com o nosso ministério

Weellington Pereira é Ministro do Evangelho.


Ordenado a Evangelista na Assembleia de Deus Ministério Luz no Deserto
– Viana – ES Convenção COMADEESO Registro 472 – CGADB Registro
88897.
É Bacharel em Teologia, Escritor com mais de 9 obras, Palestrante
Professor de Teologia e pregador do Evangelho de Cristo.

Janeiro de 2017

Contatos:
Email: weellingtonpereira@gmail.com
Whatsapp: (27) 99944-9948

CAIXA ECONÔMICA POUPANÇA


Ag. 0590
Op. 013
C.P. 00216081-2
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As Obras da Carne
E o Fruto do Espírito

Introdução.

Nesta oportunidade discorreremos a cerca das obras da carne,


veremos o fruto do Espírito Santo com seus nove aspectos.
Veremos as consequências para quem anda na carne e os
beneficies para aquele que é guiado pelo Espírito Santo.

I. UMA VISÃO GERAL DAS OBRAS DA CARNE

As obras da carne recebem a seguinte classificação.


1) Pecados de ordem moral: Adultério, prostituição, impureza e
lascívia.
2) Pecados de ordem religiosa: Idolatria, feitiçarias.
3) Pecados de ordem social: Inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices e
glutonarias.

Outra lista de pecados carnais também pode ser encontrada em:


Romanos 1.29-32
29” Estando cheios de toda a iniqüidade, fornicação, malícia,
avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano,
malignidade;
30” Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus,
injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e às mães;
31” Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural,
irreconciliáveis, sem misericórdia;
32” Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte
os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também
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consentem aos que as fazem.

Vejamos Gálatas 5.19-23.

“19 Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:


adultério, prostituição, impureza, lascívia,
20 Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras,
pelejas, dissensões, heresias.

21 “Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas


semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes
vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de
Deus”.

Esta lista das obras da Carne identifica as práticas pecaminosas


que, conforme o apóstolo enfatizou (mediante repetição),
caracterizam os não regenerados e os perdidos.

1. DEFININDO A CARNE EM GALÁTAS 5 E ROMANOS 8.1-14.

Paulo usa o termo "carne" em, pelo menos, três sentidos. Em


sentido geral, refere-se ao que é humano. Em outro sentido, refere-
se ao corpo físico. Em um sentido mais específico, principalmente
quando aparece em oposição a "espírito", refere-se à natureza
humana pecaminosa, que envolve também mente e alma.

“Carne” (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos


corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo
seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21).

“A carne pode ser definida como a soma total dos instintos do


homem, não como vieram das mãos do Criador, e, sim, como
são na realidade, pervertidos e feitos
anormais pelo pecado”.

Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino


de Deus (Gl 5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa
precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua,
que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14;
Gl 5.17).
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II. A LISTA DAS OBRAS DA CARNE E SEUS SIGNIFICADOS

1. O SIGNIFICADO DE CADA OBRA DA CARNE

1) Adultério. Relações sexuais ilícitas entre homem e mulher,


solteiros ou casados (Mt 5.32). Traduzido como adultério (Mt 15.19;
Mc 7.21; Jo 8.3; Gl 5.19).

2) “Prostituição” Isto é, imoralidade sexual de todas as formas. Isto


inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações
pornográficos (Mt 5.32; 19.9; At 15.20,29; 21.25; 1Co 5.1).

Este pecado a ser mencionado é aquele que foi proibido no Sétimo


Mandamento. Envolve a violação da santidade do casamento por
meio de relações sexuais ilícitas.

3) “Impureza” Isto é, pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios,


inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).

Envolve desde a fornicação até os abusos sexuais contra o próprio


corpo. Usualmente está associado ao contado sexual entre pessoas
solteiras. Neste texto, entretanto, tem um sentido mais amplo,
incluindo o contato sexual ilegítimo, no sentido mais lato da palavra
(Atos homossexuais estão incluídos).

A impureza é o oposto à pureza, incluindo sodomia,


homossexualismo, lesbianismo, pederastia, bestialismo e todas
outras formas de perversão sexual (Gl 5.19; Mt 23.27; Rm 1.21-32;
6.19; 2 Co 12.21; Ef 4.19; 5.3; Cl 3.5; 1 Ts 2.3; 4.7; 2 Pe 2; Jd).

4) “Lascívia” Isto é, sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias


paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência
(2Co 12.21).

Lascívia é promover ou participar daquilo que tende a produzir


emoções impuras, qualquer coisa que possa fomentar sexo e
desejos pecaminosos. É por isso que muitos prazeres mundanos
devem ser evitados pelos cristãos - para que a lascívia não seja
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cometida.

5) “Idolatria” Isto é, a adoração de espíritos, pessoas ou imagens


(1 Co 10.14; Gl 5.20; Cl 3.5; 1 Pe 4.3), e também a confiança numa
pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual
ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5). A idolatria, em seu
sentido mais amplo, pode incluir tais coisas como a adoração às
possessões materiais.

6) “Feitiçarias” Isto é, espiritismo, magia negra, adoração de


demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da
feitiçaria (Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).

7) “Inimizades” Isto é, intenções e ações fortemente hostis;


antipatia e inimizade extremas. Isso reflete um caráter marcado pela
hostilidade, pelo rancor, pela falta de amor. Amargo desgosto,
malícia e má vontade contra alguém; tendência à irritação ou ira
contra alguém.

8) “Porfias” Isto é, brigas, oposição, luta por superioridade (Rm


1.29; 1Co 1.11; 3.3). Aquele que gosta de porfias é contencioso,
argumentativo e combativo. Vive sempre pronto a desafiar outras
pessoas.

9) “Emulações” Isto é, ressentimento, inveja amarga do sucesso


dos outros (Rm 13.13; 1Co 3.3). Este tipo de pecado (obra da
carne) reflete um espírito egocêntrico que despreza as realizações
ou vitórias de outras pessoas.

Emulações dizem respeito a um espírito de rivalidade desenfreada


na religião, negócios, sociedade e outros tipos de relacionamentos.

10) “Iras” Isto é, ira ou fúria explosiva que irrompe através de


palavras e ações violentas (Cl 3.8).

11) “Pelejas” Isto é, ambição egoísta e a cobiça do poder (2Co


12.20; Fp 1.16,17). Contendas iradas; disputas por superioridade ou
vantagem; discussões para igualar ou devolver de mesmo modo o
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mal sofrido por alguém.

12) “Dissensões” Isto é, introduzir ensinos cismáticos na


congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm
16.17). Gerar contendas na religião, governo, casa ou qualquer
outro lugar.

Isso não elimina formas legítimas de dissentimento. Antes,


caracteriza-se por um espírito contencioso que vive ferindo o
próximo, criando inimizades entre as pessoas.

13) “Heresias” Isto é, grupos divididos dentro da congregação,


formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1Co
11.19). Envolve a escolha voluntária de opiniões que vão contra a
verdade estabelecida. Inclui mais do que os erros teológicos, pois
também pode referir-se a erros de atitude ou de comportamento.

14) “Invejas” Isto é, antipatia ressentida contra outra pessoa que


possui algo que não temos e queremos. Pode incluir a má vontade
para com aqueles que desfrutam de certos benefícios. Ciúme das
bênçãos de outro.

15) “Homicídios” Isto é, matar o próximo por perversidade. A


tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na
tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

16) “Bebedices” Isto é, descontrole das faculdades físicas e


mentais por meio de bebida embriagante. No mundo antigo não se
tratava de um vício comum. Os gregos bebiam mais vinho que leite.
Até os meninos bebiam vinho. Mas a proporção era de três partes
de água com duas de vinho. Tanto gregos como cristãos
condenavam a embriaguez como algo que reduzia o homem à
condição de animal.

17) “Glutonarias” Isto é, diversões, festas com comida e bebida de


modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e
coisas semelhantes. Festividades lascivas e barulhentas, com
músicas obscenas e outras atividades pecaminosas;
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III. UMA VISÃO GERAL DOS NOVE ASPECTOS DO FRUTO DO


ESPÍRITO SANTO (Gl 5.22)
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança
(Gl 5.22, ACF)”.

Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro


e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de
viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito
dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente)
subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e
ande em comunhão com Deus (Rm 8.5-14; 8.14; 2Co 6.6; Ef
4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe
1.4-9).

1. O fruto do Espírito - nove aspectos como seus significados

1) “Amor” Isto é, o interesse e a busca do bem maior de outra


pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).

2) “Gozo” Isto é, a sensação de alegria baseada no amor, na graça,


nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos
estas que pertencem àqueles que creem em Cristo (Sl 119.16; 2Co
6.10; 12.9; 1Pe 1.8; ver Fp 1.14).

3) “Paz” Isto é, a quietude de coração e mente, baseada na


convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial
(Rm 15.33; Fp 4.7; 1Ts 5.23; Hb 13.20).

4) “Longanimidade” Isto é, perseverança, paciência, ser tardio


para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2Tm 3.10; Hb 12.1).

5) “Benignidade” Isto é, não querer magoar ninguém, nem lhe


provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1Pe 2.3).

6) “Bondade” Isto é, zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao


mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na
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repreensão e na correção do mal (Mt 21.12,13).

7) “Fé” Isto é, lealdade constante e inabalável a alguém com quem


estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e
honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1Tm 6.12; 2Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).

8) “Mansidão” Isto é, moderação, associada à força e à coragem;


descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for
necessário, e também humildemente submeter-se quando for
preciso (2Tm 2.25; 1Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, Mt 11.29;
Mc 3.5; a de Paulo, 2Co 10.1 com 10.4-6; Gl 1.9; a de Moisés, Nm
12.3 com Êx 32.19,20).

9) “Temperança” Isto é, o controle ou domínio sobre nossos


próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos
conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).

O ensino final de Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há


qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado. O crente
pode — e realmente deve — praticar essas virtudes continuamente.
Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os
princípios aqui descritos.

IV. O ANDAR NO ESPÍRITO X ANDAR NA CARNE


O termo “carne” ocorre por cerca de 420 vezes na bíblia sagrada
(ARC), tendo em cada ocorrência o seu devido significado. Por
exemplo, carne em textos tais como Romanos 8.1,8; Gálatas 5.17,
nestes casos, a carne não se refere ao corpo humano e nem a
carne de algum animal, refere-se à natureza pecaminosa que existe
em cada ser humano. E é neste sentido que vamos estudar o
capítulo 5 de Gálatas.
A bíblia usa por mais de uma vez expressões como “não andam
segundo a carne” (Rm 8.1,4), mas [andar] “segundo o Espírito” (Rm
81,4; Gl 5.16), para mostrar as consequências para quem anda
segundo a “carne” e os beneficies para quem anda segundo “o
Espírito”. Pois, vejamos a seguir.
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1. DEFININDO OS TERMOS

O que significa andar em ou viver segundo o Espírito (Rm 8.5-


14; Gl 5.16,25, ARC)?

- Viver "segundo o Espírito" é buscar a orientação e a capacitação


do Espírito Santo e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção
nas coisas de Deus.

O que significa andar na carne (Rm 8.1,4, ARC)?

- Ser dominado pela velha natureza adâmica;


- É desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza
humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles.

2. AS CONSEQUÊNCIAS PARA QUEM ANDA SEGUNDO A


“CARNE”.
a) Quem anda na carne produz fruto para a morte (Rm 7.5; 8.13).
b) Quem anda segundo a carne é inclinado para as coisas da carne
(Rm 8.5).
c) A inclinação da carne é morte (Rm 8.6).
O termo “inclinação” usado na bíblia Almeida Corrida, que aparece
em Romanos 8.6,7, é a tradução do original grego “phronema”, que
significa os pensamentos e propósitos.

d) Quem anda segundo a carne, consequentemente inclina-se para


as coisas da carne e tal inclinação é inimizade contra Deus (Rm
8.5,7).

e) Quem anda na carne não tem condições de agradar a Deus (Rm


8.8).

f) Quem vive na prática das obras da carne não entrará no Reino de


Deus (Gl 5.21a).

3. OS BENEFICIES PARA QUEM ANDA SEGUNDO “O ESPÍRITO”.


a) Não há condenação para quem está em Jesus e anda segundo o
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Espírito (Rm 8.1 ARC)


b) A inclinação do Espírito é vida e paz (Rm 8.6).
c) Quem anda guiado pelo Espírito não está debaixo da lei ( Gl
5.18).

V. AS DIFERENTES APLICABILIDADES PARA O TERMO


ESPÍRITO

O termo “espírito” ocorre em toda a Bíblia por cerca de 598 vezes, e


em cada uma dessas ocorrências, tem o seu significado, o qual
deve ser determinado pelo seu contexto. Isto é importante ser
observado, a fim de não fazermos confusão com o termo “espírito”
(espírito no hebraico é ‘ruwach’. No grego é ‘peneuma’).

1. O termo Espírito é usado para ser referir a terceira pessoa da


Santíssima Trindade.

Em muitas referencias vemos que o termo [E] espírito se refere ao


Santo Espírito (Gn 1.2; 6.3). Felizmente todas as referencias do
termo espírito, para se referir ao ‘Espírito de Deus’, na Bíblia
Almeida Revista e Corrigida, são escritas com o “E” maiúsculo.
Ficado fácil para o leitor identificar quando é que o termo Espírito se
refere ao Santo Espírito.

2. O termo espírito é usado para se referir ao “ espírito humano”


(Gn 45.27; Jó 6.4; Mt 26.41).

3. O termo espírito é usado para se referir a espírito mau, ou


demônios (1Sm 16.23; 1Tm 4.1b; Mt 12.43).
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VI. UMA ABORDAGEM BÍBLICA DO ESPÍRITO HUMANO

O espírito é a parte invisível do homem que, juntamente com a


alma, compõe o "homem interior". É aquela parte do homem que,
como uma janela aberta para o céu, lhe dá condições de sentir a
realidade de Deus e da sua Palavra (1 Co 2.10,12). Eis o que
distingue o homem de qualquer outro ser: só ele foi criado à
imagem e
semelhança de Deus. O espírito do homem é a sede das suas
relações com Deus. "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor"
(Pv 20.27, Versão Revisada). Por esse motivo, a Bíblia muitas
vezes usa "coração" como sinônimo de "espírito": "Era um o
coração e a alma da multidão dos que criam" (At 4.32).

Habitando a carne humana, existe o espírito dado por Deus em


forma individual (Nm 16.22; 27.16.). O Espírito foi formado pelo
Criador na parte interna da natureza do homem, capaz de
renovação e desenvolvimento (Sl 51.10).

Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui e


usa essa vida e lhe dá expressão por meio do corpo. No princípio
Deus soprou o espírito de vida no corpo inanimado e o homem "foi
feito alma vivente". Assim a alma é um espírito encarnado, ou um
espírito humano que recebe expressão mediante o corpo. A
combinação desses dois elementos constitui o homem em "alma". A
alma sobrevive à morte porque o espírito a dota de energia; no
entanto, a alma e o espírito são inseparáveis porque o espírito está
entrosado e confunde-se com a substância da alma.

O espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as


demais coisas criadas. É dotado de vida humana (e inteligência,
Pv 20.27; Jo 32.8) que se distingue da vida dos irracionais. Os
irracionais têm alma (Gn. 1.20, no original), mas não têm espírito.
Em Eclesiastes 3.21 a referência trata aparentemente do princípio
de vida, tanto no homem como no irracional. Salomão registrou uma
pergunta que fez quando se afastou de Deus. Assim,
dessemelhante dos homens, os irracionais não podem conhecer as
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coisas de Deus (1 Co 2.11; 14.2; Ef 1.17; 4.23) e não podem ter


relações pessoais e responsáveis com ele (João 4.24).

O espírito do homem, quando se torna morada do Espírito de Deus


(Rm. 8.16), é centro de adoração (João 4.23,24); de oração, cântico,
bênção (1Co 14.15), e de serviço (Rm 1.9; Fl 1.27).

O espírito humano, representando a natureza suprema do homem,


rege a qualidade de seu caráter. Aquilo que domina o espírito toma-
se atributo de seu caráter. Por exemplo, se o homem permitir que o
orgulho o domine, ele tem um "espírito altivo" (Pv 16.18). Conforme
as influências respectivas que o dominem, um homem pode ter um
espírito perverso (Is 19.14); um espírito rebelde (Sl 106.33); um
espírito impaciente (Pv 14.29); um espírito perturbado (Gn 41.18);
um espírito contrito e humilde (Is 57.15; Mt 5.3). Pode estar sob um
espírito de servidão (Rm 8.15), ou ser impelido pelo espírito de
inveja (Nm 5.14). Assim é que o homem deve guardar o seu
espírito (Mal 2.15), dominar o seu espírito (Pv 16.32), pelo
arrependimento tornar-se um novo espírito (Ezeq 18.31) e confiar
em Deus para transformar o seu espírito (Ezeq 11.19).

Quando as paixões vis exercerem o domínio e a pessoa manifestar


um espírito perverso, significa que a alma (a vida egocêntrica ou
vida natural) destronizou o espírito. O espírito lutou e perdeu. O
homem é vitima de seus sentimentos e apetites naturais; e é
"carnal". O espírito já não domina mais, e essa impotência se
descreve

como um estado de morte. Dessa maneira há necessidade de


receber um espírito novo (Ezeq 18.31; Sl 51.10); e somente aquele
que originalmente soprou no corpo do homem o fôlego da vida pode
soprar na alma do homem uma nova vida espiritual — isto é,
regenerá-lo. (João 3.8; 20.22; Gl 3.10.) Quando assim sucede, o
espírito do homem novamente ocupa lugar de ascendência, e chega
a ser homem "espiritual". Entretanto, o espírito não pode viver de si
mesmo, mas deve buscar a renovação constante mediante o
Espírito de Deus.

1. O não crente.

O espírito do homem não crente é morto, inativo, isto é, separado


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de Deus (Ef 2.1-5; Lc 15.24,32; Cl 2.13; 1Tm 5.6). Ele é dominado


pelos seus pecados e concupiscências (Ef 4.17-22; Tt 1.15), sem
possibilidade de ver a gloria de Deus (2 Co 4.4).

O espírito do homem no processo de salvação

Na salvação, o espírito do homem e vivificado (Ef 2.5; Cl 2.1 3). Um


despertamento começará no seu espírito (Ed 1.1) quando o Espírito
Santo o convencer do seu pecado, e da justiça e do juízo de Deus
(Jo 16.8-10). Quando o homem aceita Jesus como Salvador, recebe
a vida eterna (Rm 6.23) e, então, "o mesmo Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16).

Agora, "eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). O espírito do homem


vivificado pode, doravante, ver a glória de Deus, pois o véu que
antes o impedia foi tirado (2 Co 3.16). O seu coração tornou-se
limpo e pode ver a Deus (Mt 5.8), o Invisível (Hb 11.27). A luz
resplandece em seu interior, para "iluminação do conhecimento da
glória de Deus". Agora ele pode comprovar que Deus é bom (Sl
34.8), e com o seu espírito adorar ao Senhor (Jo 4.23) e orar (1 Co
14.15,16), e o Todo-poderoso dará ao espírito do novo crente a
inspiração divina que o faz entendido (Jó 32.8).Assim, podemos
observar com clareza que "o espírito do homem" não significa "o
Espírito Santo operando no homem", mas que esse espírito é um
órgão do seu "homem interior", onde o Espírito Santo opera.
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Conclusão
Quando o apóstolo Paulo fala sobre as obras da carne, usa o
plural para descrevê-las. Isso porque nós mesmos as fazemos,
uma a uma, pela nossa própria vontade e esforço. Elas não estão
necessariamente ligadas. Porém, quando fala do fruto do
Espírito, usa o singular, pois o Espírito Santo é o operador desse
fruto em nós. Está no singular porque todas as virtudes são
gomos do mesmo fruto. Não há um fruto sem o outro. Não
produzimos esse fruto. Ele é operação do Espírito Santo em nós,
por isso precisamos viver cheios do Espírito Santo. Nós
precisamos viver com nossa vida fundamentada nos
ensinamentos de Jesus Cristo, para não cometermos o erro de
deixarmos de ser guiados pelo Espírito Santo. A exemplo dos
gálatas, os quais começando cheios Espírito Santo, logo depois,
passaram a viver pela carne (Gl 3.3), ao ponto de Deus usar a
Paulo para lhes exortar a cerca das obras da carne (Gl 5).

Efésios 5:18-21
18” E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO; 19” Falando entre vós em salmos,
e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao
Senhor no vosso coração; 20” Dando sempre graças por tudo a
nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; 21”
Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. Amém.
Deus vos abençoe em Cristo Jesus

Ev Weellington Pereira
Email: weellingtonpereira@gmail.com
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BIBLIOGRAFIA
ARC – Almeida Revista Corrigida
ACF, Almeida Corrigida Fiel
Bíblia de Estudo Pentecostal
Novo Testamento-Interlinear- Grego Portugues
Biblia Obreiro Aprovado
Estudo EBD-CPAD

Ev Weellington Pereira
Email: weellingtonpereira@gmail.com

CAIXA ECONÔMICA POUPANÇA


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