A PALAVRA DE DEUS

A palavra de Deus, ou Escrituras Sagrada, Para compreendermos a Bíblia sem correr-

ou Bíblia, é um registro inspirado por Deus ,
revelando-nos a Sua vontade. Possibilita, por-
tanto, o conhecimento de Deus; preserva e
propaga a verdade contra a corrupção da car-
ne e malícia de Satanás e do mundo.
II Pedro 1:19-21; II Timóteo 3:16; I Tessaloni-
censes 2:13; I Coríntios 1:21.
É composta de 39 livros no Velho Testa-
mento e 27 no Novo Testamento, num total
de 66 livros.
Todo o conselho de Deus concernente a to-
das as coisas necessárias para a glória de Deus
e para a salvação, fé e vida do homem, ou é ex-
pressamente declarado na Escritura, ou pode
ser lógica e claramente deduzido dela. Faz-se
necessária, entretanto, a íntima iluminação
do Espírito Santo. Ele, através da testificação
da Palavra em nossos corações, nos dará ple-
na certeza da verdade
mos o risco de fazermos aquilo que Deus não
mandou ou falarmos aquilo que Deus não fa-
lou, devemos conferir o nosso entendimento
de determinada parte dela com ela mesma.
Checando versículo com capítulo, capítulo
com todo o livro e livro com toda a Bíblia. Um
jamais contradirá o outro no seu no que diz
respeito a sua natureza.
Todos os demais escritos, interpretações ou
propostas de vida com Deus, devem ser pro-
vados com comparação criteriosa com a Pala-
vra de Deus
Atos 17:10-12.
O Espírito Santo, que inspirou o registro da
Palavra de Deus, é quem deve julgar, em nos-
sos corações, a respeito de quaisquer contro-
vérsias que possam haver
Mateus 22:29; Atos 28:25; João 16:7-8.

João 16:13-14; I Coríntios 2:9-12; Gálatas 1:8-

9.

PARA REFLEXÃO DO GRUPO OU INDIVIDUAL

01. Quais as recomendações feitas na Palavra de Deus em relação à mesma?

Salmo 119:11 e 160; Mateus 7:26-29; Colossenses 3:16; II Coríntios 4:2.

02. Algumas figuras são usadas para nos ajudar a compreender o seu propósito

Salmo 119:105; Provérbios 30:5; Jeremias 15:16; Ezequiel 3:3; Lucas 8:11; Efésios 6:17; Hebreus 4:12.

03. Qual é o centro da mensagem bíblica do princípio ao fim?

Gênesis 1:1 e João 1:1-4; Gênesis 3:15 e Romanos 16:20; Isaías 9:6 e Lucas 2:10-11; Isaías 61:1-3 e Lucas
4:17-21; Isaías 53 e João 19:17-37; Apocalipse 19:11-16.

01
DEUS E A TRINDADE
O conhecimento que podemos ter de Deus
é conforme Sua auto-revelação expressa na
pessoa do seu Filho Jesus, e na orientação do
Espírito Santo sobre a Sua palavra, a Bíblia.
Não nos cabe ir além, e não podemos nos
conformar em ficar aquém.
Existe apenas um Deus Verdadeiro e
Vivo, infinito em Seu ser e perfeições.
É cheio de amor, é gracioso, misericordioso,
longânimo, bondoso e perdoa a iniquidade,
transgressão e pecado de modo verdadeiro e
eficaz. Fazendo tudo por Sua própria vontade,
que é reta e imutável.
João 14:7-9; I Coríntios 2:9-12; Deuteronômio
6:1-4; I Coríntios 8:4-6; Isaías 44:6; Tiago 1:17.
Deus é trino, ou seja, há a relação de três
pessoas na divindade; absolutamente iguais
em essência, e sendo um só Deus. As pessoas
Mateus 11:25; João 6:27; Romanos 15:6; I
Coríntios 8:6; Gálatas 1:1-4; João 1:1 e 18; João
20:26-28; Romanos 9:5; Filipenses 2:6; Colossen-
ses 2:9; II Pedro 1:1; Atos 5:3-4; I Coríntios 2:10-
11; Efésios 2:22; João 15:26; João 17:18-23 e 16:13-
14).
Há algumas evidências marcantes na ope-
ração da Trindade:
• Batismo de Cristo - Mateus 3:16-17;
Lucas 3:21-22;
• Ordenança do Batismo - Mateus
28:18-20;
• Benção Apostólica - II Coríntios 13:13;
Todo poder e glória pertencem a Deus,
e só a Ele a capacidade de criação, bem como a
manutenção da vida e das coisas criadas
Salmo 62:11; I Crônicas 29:11-12; Lucas 1:37;

da Trindade são: Pai, Filho e Espírito San- Jeremias 10:12; Isaías 40:18 e 42:5-6; Neemias

to, sendo que o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o 9:6; Salmo 90:2.

Espírito Santo é Deus. São distinguíveis entre

Si através de pronomes pessoais, iguais em
natureza e com função específica

REFLITA:

01. Deus é uma pessoa ou apenas uma influência, ‘espirito elevado’, etc?

Gênesis 1:1 e 26; Deuteronômio 5:24; Isaías 46:3-9; Jeremias 10:3-6.

02. Alguns nomes de Deus que indicam a Sua atividade.

Salmo 136:26; Jonas 1:9; Salmo 80:7; Amós 5:27; Gênesis 17:1; Êxodo 3:14; Números 16:22; Mateus
1:23; Isaías 9:6; Salmo 24:7-10; Apocalipse 19:16; Mateus 14:33 e 16:16; Lucas 6:5; João 15:26 e Isaías 11:1-
2.

02
HOMEM - CRIAÇÃO E QUEDA
Após criar todas as coisas, Deus criou, no
sexto dia, o homem e a mulher com almas ra-
cionais e imortais, dotou-os de inteligência,
retidão e perfeita santidade, segundo a Sua
própria imagem, tendo a Lei de Deus escrita
em seus corações e o poder de cumpri-la, mas
com a possibilidade de transgredi-la, sendo
deixados à liberdade da sua própria vontade,
que era mutável.
Sendo eles o tronco de toda a humanidade,
o delito de seus pecados foi imputado a seus
filhos ( raça humana); e a mesma morte em
pecado, bem como a sua natureza corrompi-
da, foram transmitidas a toda a sua posterida-
de, que deles procede por geração ordinária.
Atos 17:26; Romanos 5:12-19;I Coríntios
15:21-22; Salmo 51:5; Gênesis 3:15.

Gênesis 1:27-31 e 2:7; Salmo 8:4-5; Eclesias-

O pecado, a transgressão da justa Lei de
tes 12:7 e Colossenses 3:10
Deus, torna culpado o pecador e, por sua cul-
pa, ele está sujeito à ira de Deus e à maldição
O homem e a mulher, seduzidos por Sa- da Lei e, assim, exposto à morte com todas as
tanás, pecaram, desobedecendo a Deus, em misérias espirituais temporais e eternas.
relação à árvore do conhecimento do Bem e
do Mal. Por este pecado, eles saíram da sua Romanos 2:15, 3:9-19 e 6:23; Efésios 2:3;
retidão original e da comunhão com Deus, e Gálatas 3:10; I João 3:4.
assim se tornaram mortos em pecado e intei-
ramente corrompidos em todas as faculdades
e partes do corpo e da alma.

Gênesis 2:16-17 e 3:1-13; Romanos 3:23; II

Coríntios 11:3; Efésios 2:1-3; Tito 1:15.

REFLITA:

01. Qual a extensão do pecado na vida do homem?

Romanos 7:18-20 e 8:7; Colossenses 1:21; Gênesis 6:5 e 8:21; Tiago 1:14-15; Efésios 2:2-3; Romanos
1:21-25.

02. Qual a possibilidade do homem pelo homem?

Romanos 3:23 e 7:24; Jeremias 17:5-10; Isaías 1:10-15 e 30:1-3.

03. Compare e busque semelhanças nos seguintes textos.

Gênesis 3:4-6 e Mateus 4:1-11. Após conclusões, compare com I João 2:16-17.

03
CRISTO MEDIADOR
Cristo, como mediador entre Deus e o ho-
mem, é algo da vontade de Deus Pai, resolvido
no conselho da Trindade; dando-Lhe desde a
eternidade e por toda a eternidade um povo
para ser Sua semente e para, no tempo devi-
do, ser por Ele remido, chamado, justificado,
santificado e glorificado
Efésios 1:11; I Pedro 1:19-20; I Timóteo 2:5;
João 3:16; Hebreus 5:5-6; Isaías 9:6-7 e 42:1; I
Coríntios 1:30; Romanos 8:30; Atos 2:23.
Jesus, no devido tempo, tomou a forma de
servo, fazendo semelhante aos homens em to-
das as suas propriedades essenciais, contudo
sem pecado, sendo concebido pelo poder do
Espírito Santo no ventre de Maria, virgem, e
da substância dela. As duas naturezas intei-
ras, perfeitas e distintas - a divina e a humana
- foram inseparavelmente unidas em uma só
pessoa, sem conversão, composição ou confu-
são; Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro
homem, e o único mediador entre Deus e o
homem.
João 1:1 e 14:Filipenses 2:6-7; Gálatas 4:4;
Hebreus 2:14-17 e 4:15; Lucas 1:27 e 31-35; Mateus
16:16-17; Romanos 1:3-4; I Timóteo 2:5.
Aprouve a Deus que nEle habitasse toda a
plenitude, a fim de que, sendo justo, inocen-
te, incontaminado e cheio de graça e verda-
de, santo e pleno da unção do Espírito Santo,
fosse perfeitamente preparado para exercer o
ofício de Mediador e Fiador.
João 3:34; Colossenses 2:3 e 9; Hebreus 1:8-9
e 7:26; Atos 10:38; Mateus 28:18.
Para ser mediador do homem, Ele ficou su-
jeito à lei, cumprindo-a perfeitamente; pade-
ceu em Sua alma os mais cruéis tormentos, e,
em Seu corpo, os mais penosos sofrimentos;
foi crucificado e morreu; foi sepultado e ficou
sob o poder da morte, mas não viu a corrup-
ção; ao terceiro dia ressuscitou dos mortos
com o mesmo corpo com que tinha padecido;
com este corpo subiu ao céu, onde está sen-
tado à destra do Pai, fazendo intercessão; de
lá, voltará no fim do mundo para julgar os ho-
mens e os anjos.
Salmo 40:7-8; Hebreus 10:5-16; João 4:34;
Mateus 5:17; Filipenses 2:8; Mateus 27: 46-50;
Atos 2:24, 27 e 13:37; I Coríntios 15:4; João 20:25-
27; Lucas 24:50-51; I Pedro 3:22; Atos 1:11; Ro-
manos 14:10.

REFLITA

01. Qual a necessidade do Mediador ser homem e ser Deus em uma só pessoa?

Romanos 3:9-23; I João 2:1; II Coríntios 5:21; Romanos 8:3.

02. Qual a necessidade da morte do Mediador e o resultado da Sua ressurreição?

Romanos 6:23; II Coríntios 5:14-15; Hebreus 9:14-17; I Coríntios 15:12-22.

03. Como apropriar-se do benefício desta mediação?

Romanos 10:6-11; Marcos 1:1, 14-15 e 16:16; João 1:12 e 3:16-18; Atos 16:31).

04. Características do Mediador:

João 15:13-15; Isaías 9:6; Atos 3:14-15; I Timóteo 2:5.

04
ESPÍRITO CONSOLADOR
Ele é uma das pessoas da Trindade, o que
nos garante que o Espírito Santo tem uma
vontade e uma mente, que são a vontade e a
mente de Deus, e que Ele não é apenas uma
influência.
1João 5:7.
É através do Espírito Santo que Deus atua
sobre os corações e as mentes dos homens.
Sua obra é percebida desde o Velho Testa-
mento, mas Sua plenitude só foi concedida
definitivamente aos homens quando da as-
censão de Cristo e do derramamento do Seu
Espírito sobre a igreja em formação, confor-
me havia sido anunciado e prometido
Gênesis 6:3; I Samuel 16:12-13; Marcos 13:11;
Atos 1:7-9, 2:1-4 e 15-21; João 7:38-39).
O Espírito Santo é quem realiza, então, da
parte de Deus, a obra de ministrar aos corações
sobre: a eleição de Deus, a queda do homem e
o conseqüente resultado do seu pecado, a ne-
cessidade de arrependimento e confissão de
fé sobre Jesus, Seu perdão e salvação; a obra
graciosa da regeneração, justificação e san-
tificação; a certeza de pertencer à família de
Deus e, como filho, ser levado à condição de
perseverança; a adoração de Deus e o serviço
aos homens; a atividade da igreja no exercício
dos dons e, por fim, sobre o amor, que é fruto
da Sua obra em nós.
João 14:1, 16:7-15 e 3:3-8; Romanos 8:9, 15-
17; Efésios 1:13, 5:18-21 e 4:8; I Coríntios 12:4-11;
Romanos 5:5; Gálatas 5:22-25.
Para que o homem possa confessar a Jesus
Cristo como Senhor e a Deus como Pai, só é
possível pelo Espirito Santo. E para que ande
nos caminhos de Deus, deverá estar constan-
temente, cheio do Espírito, rogando sempre a
Deus por isso. A unção do Espírito Santo será
suficiente para ensinar-lhe a respeito de todas
as coisas, capacitando-o para o testemunho.
O homem poderá ter várias experiências de
plenitude do Espírito, conforme o desafio que
estará diante de si.
1Coríntios 12:3; Gálatas 5:16-18; I João 2:20,
27; Atos 2:1-4 e 4:31.

REFLITA

01. Atributos do Espírito Santo que O identificam como pessoa.

Mateus 4:1; Lucas 12:12; Atos 5:32, 10:19, 16:6-7; Romanos 8:16; I Coríntios 2:10.

02. Sobre a importância dos dons, plenitude e como obtê-los.

Romanos 11:29, I Coríntios 12:4-31; comparando v. 11 com 31, Lucas 11:11-13.

03. A importância do amor relativo aos dons e à vida cristã.

1Coríntios 12:31 e 13:1-3; Gálatas 5:22; I João 4:7-16.

05
PLANO DE REDENÇÃO
Redenção significa ato de adquirir de novo,
resgatar, tirar de poder alheio e indevido, li-
bertar, pagar o preço por algo adquirido.
Redentor é a pessoa que intervem e paga o
preço necessário para a libertação de alguém
em cadeia ou perigo.
Deus delegou autoridade e dominio sobre
toda a terra a Adão e Eva.
Estes se tornaram responsáveis pela ‘admi-
nistração do universo’.
Gen.1:26-28
Na aliança com o homem havia uma clau-
sula que dizia que se o homem partisse para
“uma carreira solo” ele morreria.
Gen.2:17
Cedendo a tentação da serpente (diabo), o
ser humano criado para dominar sob a ação e
benção de Deus, tornou-se um hóspede e pri-
sioneiro do universo. A terra que Deus deu aos
filhos dos homens, foi entregue aos inimigos,
e por isso o diabo é chamado de ‘deus deste
século’ e que este ‘mundo jaz no maligno’.
Gen.3:1-19; Sl. 115:16; 2 Cor.4:4; 1 Jo.5:19;
Jo.12:31
A partir daqui o homem ‘estaria’ para sem-
pre sob a influência do ‘principe das potes-
tades do ar’, ‘o espirito que opera nos filhos
da desobediência’, e não faz mais a vontade de
Deus, mas a vontade da carne, seguindo ape-
nas seus instintos e desejos descontralados e
malignos.
Ef.2:1-3; Rom.3:9-18; 23
Deus não foi pego de surpresa e tinha um
plano desde a fundação do mundo. Ele nun-
ca desistiu de sua criação e havia planejado
o resgate do ser humano maravilhosamente.
No tempo devidamente preparado Deus
envia seu filho, nascido de uma virgem, não
através de um ato sexual humano, mas gerado
pelo Espirito Santo.
Homem e Deus para tomar de volta a au-
toridade sobre céu (como Deus) e terra (como
homem).
Galatas 4:4; Ef.1:10; Ef.1:22-23; Col.1:16
Como o homem foi instrumento de que-
da, legalmente agora o homem deve ser ins-
trumento de redenção. Se o redentor deveria
ser homem, não poderia ser descendente de
Adão, porque toda a raça humana caiu quan-
do ele caiu.
É o pai que tem a semente. A mãe apenas
gera o que recebe.
Teria que nascer de mulher, para entrar
legalmente na terra, mas a semente viria de
Deus e não de homem.
Is.7:14; Is.9:6; Lucas 1;31-35
O filho de Deus deveria morrer na Cruz, no
nosso lugar, pagando ali o preço pelo pecado
da humanidade. O preço é o seu próprio san-
gue. É o justo morrendo pelos injustos para
justifica-los. O Santo se entregando volunta-
riamente pelos pecadores, para redimi-los.
2Cor.5:21; Isaias 53:5,6,12b; Jo.1:29
Mas a morte não pode rete-lo, n’Ele não ha-
via pecado, Deus o ressussita dentre os mor-
tos. Assim Jesus se torna o único e suficien-
te mediador entre Deus e os homens na sua
morte e ressurreição. Somente por Ele temos
redenção, remissão de pecados e acesso a pre-
sença de Deus, o Pai.
Heb.4:16; 1 Tim.2:5
Jesus foi elevado aos céus e envia seu Es-
pirito Santo para que este possa gerar através
da igreja (povo de Deus na terra) muitos filhos
para Deus, o Pai.
Jo.20:21; Atos 1:4
06
 PLANO DE REDENÇÃO
Cr ia çã o

Gl ór ia A qu eda O PLANO DE REDENÇÃO Gl ór ia

Heb.2:10
Pai - Filho do h om em Ef.1 // Col.1:20-22 Pai - Filhos
Gen.3

07
FÉ E ARREPENDIMENTO
Fé é o estado de crer propiciado pelo conhe-
cimento de Deus, através da ação do Espirito
Santo nos corações e mentes do ser humano
que recebe a aplicação da palavra de Deus
É o estado porque não se constitui do que
podemos sentir a respeito de Deus, mas fun-
damentalmente do que Deus é, e do que so-
mos perante Ele.
E é de crer porque se dá como convicção e
não como impressão.
Hebreus 11:1-3 e 6; 2 Cor.4:13; Efésios 1:17-
20; Rom.10:14-17; 1 Cor.1:21
Por ser estado a Fé torna-se o instrumento
usado por Deus para nos colocar na condição
de receber salvação e graça de suas mãos.
Logo a salvação não resulta do que faze-
mos para recebe-la, mas do reconhecimento
da realidade de Deus, do homem, e principal-
mente do que Deus fez através de Jesus para
mudar isso.
Não é o que fazemos mas o que passamos a
ser dentro da perspectiva de Deus.
Essa mesma Fé não somente salva, mas nos
habilita a tomar-mos posse das demais pro-
messas de Deus para nossas vidas, e nos dis-
põe a servir seus mandamentos e vontade.
portanto direta e profundamente relacionada
com uma nova realidade de vida que é gerada
no coração do homem, pela ação do Espirito
Santo.
Efésios 2:8-10; Rom.1:16-17 e 6:11; 1 Tess.
2:13; 1 jo.5:10; Atos 24:14; Jo.14:11-21 e 16:7-14
O arrependimento é a primeira atitude da
fé. A fé é ativa e demanda uma ação. Tão logo
se conhece a realidade da santidade de Deus,
e a degeneração do homem pelo pecado e con-
sequentemente o abismo que se abriu entre os
dois pela morte, e a re-ligação da graça reali-
zada por Jesus; o que se dá é uma atitude de
quebrantamento e confissão diante de Deus.
Não é uma melancolia de querer não ter
pecado, mas a convicção de ter nascido na
condição de pecado, a confissão e a disposi-
ção (nunca promessa humana ) de não mais
pecar.
Atos 2:37-41 e 11:18; Lucas 24:47; Mc.1:15;
Ezequiel 18:30-31 e 36:31 -32; Ef.1:6-7; Rom.6:23
Todo homem é pecador e todo pecado deve
ser confessado diante de Deus, por intermédio
de Cristo; na certeza de que n’Ele encontrará
misericórdia e graça (favor não merecido); e
da parte de Cristo uma intermediação eficaz.

É ela ( a fé ) que nos leva a entender, aceitar, 1Jo.1:8 e 2:2; Tiago 5:16; Rom.5:1-2
receber e firmar em Cristo e sua palavra. Está

PARA REFLEXÃO:

01. Medite sobre a palavra de Deus como alicerce de fé e vida. Mt.16:15-18; Rom.1:17 e 10:17;

1 Pedro 2;6-8

02. Qual o nível de responsabilidade daquele que vive o resultado da misericórdia de Deus
atuando sobre seu arrependimento?

Lucas 17:3-4; Mt.5:7 e 6:12

03. Avalie a necessidade de confissão, compreensão e ministração na igreja.

Tiago 5:16; Ef.4:16; Rom.14:3-4; Mt.7:1-5

08
SANTIFICAÇÃO
Santidade quer dizer ‘separado para Deus’
ou ainda ‘separados do vil, do comum’; Somos
chamados para imitar a Deus em sua perfeita
santidade.
Rom.1:7; 1 Cor.1:2; 1 Pe. 1:15-16
No Antigo Testamento as pessoas, coisas
e lugares santos eram completamente separa-
dos de tudo ao redor e regras morais espres-
savam o caráter de Deus esperado das pessoas
associadas com Ele ou que chamam pelo seu
nome.
Lev.11:44; 18:26; 19:2; Ex.19:22; Josué 3:5
No Novo Testamento, o conceito é diferen-
te, ao invés de separação do secular no sen-
tido de isolamento, o povo de Deus agora é
santificado pelo sangue de Jesus para invadir
o mundo secular e santifica-lo.
Heb.10:29; Jo.17:15
As regras são colocadas a parte mas um
padrão moral separado do mundano é enfa-
tizado, principalmente por causa dos padrões
depravados que as nações pagãs praticavam(
gregos e romanos).
Rom.1: 18-32; 1 Cor.5:1; 10; Col.3:5-14; 28;
Em um senso todos os crentes são santifica-
dos através de Jesus Cristo e separados para
santidade. Atos 20:32; 26:18; Rom.15:16; 1
Cor.6:11
Em outro senso cada um tem uma crescen-
te experiência de santificação, a medida do
que fala e faz.
Jo.17:17; 2 Cor.3:18;
Somente podemos experimentar santifica-
ção através da ação santificadora do Espirito
Santo, que agora habita em nós e nos lembra
de toda palavra de Deus, e nos fortalece para
coloca-la em pratica.
2 Tess.2:13; 1 Pe.1:2; Jo.17:17
Os que são chamados para a salvação rece-
bem em si um novo coração e um novo Es-
pirito, são feitos novas criaturas em Cristo
Jesus, e por isso podem andar em santidade,
mas sem com isso termos que nos isolarmos
do mundo.
Amamos o pecador sem nos involvermos
com seu pecado..
1 Cor. 6:19; Col. 3:1-3; Jo.17:15; 1 Cor.6:15-20
Apesar de vivermos em um corpo cuja car-
ne é fraca não precisamos mais viver escravos
do pecado.
Gal.3:20
O domínio do corpo do pecado passa a ser
dominado pelo homem que anda no Espirito
e suas várias concupiscências são diariamen-
te enfraquecidas pelo poder do Espirito Santo
que habita nele. Nasce uma guerra constante,
contínua e irreconciliável – a carne lutando
contra o Espírito e o Espírito contra a carne.
2Pe. 2:11; 1 Tess.5:23; Fil.3;12; Gal.5:17
Agora é o homem espiritual que é fortaleci-
do diariamente na graça salvadora, na palavra
de Deus e na consequente transformação de
sua mente, que traz a pratica da verdadeira
santidade, sem a qual ninguém verá a Deus.
Rom.12:1-2; 1Cor.1:30; Atos 20:32; Rom.6:5-
6; 14; Ef.3:16-19; Col.1:10-11; 3:16-17; 1Pe.1:16
Nesta guerra, embora por algum tem-
po prevaleçam as corrupções que ficam, con-
tudo, pelo contínuo socorro da eficácia do Es-
pirito Santo de Deus, a parte regenerada do
homem novo vence e assim os ‘santos’ cres-
cem em graça aperfeiçoando a santidade no
temor de Deus.
Rom. 7:23; 6:14; 2 Cor.3:18; 7:1; 1 Jo.5:4
09
SANTIFICAÇÃO
REFLITA

01. O que representa de modo prático essa santificação?

Rom.6:13; 19; 20; Col.3:1-17

02. Como essa santificação se evindencia em nós?

Gal.5:16; Rom.8:13-17

03. O processo de santificação é do Espirito para o corpo ou do corpo para o Espirito?

Jo.17:15 – 19; 1 Cor.5:9-13; Col.2:16-23

10
BATISMOS
Existem 3 tipos de batismos para a vida
Cristã.
São eles:
• Batismo em um Espirito em um corpo
(Posição)
• Batismo na água (Confissão publica)
• Batismo no Espirito Santo (Poder)
Neste estudo veremos os dois primeiros.
BATISMO EM UM CORPO
Este é o batismo que todos os crentes de-
vem conhecer ou não são de fato crentes em
Cristo.
1 Cor. 12:12-14; Ef. 4:4-5
Os outros batismos são a nossa herança,
comprada por Cristo Jesus.
Podemos ir para o céu sem termos os ou-
tros batismos, mas jamais sem este, sem ter-
mos sido inseridos no corpo de Cristo pelo
Espirito.
Jo.3:5; Rom. 8:9
Cada novo crente foi cuidadosamente tra-
balhado por Deus para ocupar uma posição
neste corpo ( como as células). O cabeça deste
corpo é Cristo.
1 Co.12:27; Col.1:18; 1 Cor.10:17; Rom.12:4-5
O corpo ‘e o lugar mais seguro do mundo,
pois é cuidado e conduzido pelo próprio Jesus
Cristo.
Ef.5:23-32
BATISMO NA ÁGUA
O batismo nas águas é um batismo de pes-
soas que já creram. É um ato físico que expres-
sa um ato espiritual já tomado. Nós estamos
declarando publicamente que compartilha-
mos do corpo de Cristo em sua morte e ressur-
reição. Não estamos morrendo pelo pecado
(meu ou de outros), pois só Jesus pode fazer
isso, mas morrendo para uma vida de pecado.
Apesar de ainda estarmos num corpo sujeito
ao pecado não precisamos estar debaixo da
escravidão do pecado. Quando nos sujeita-
mos ao batismo nas águas, estamos simboli-
camente imergindo nossa velha criatura ou
natureza (morte) e ressurgimos para o novo
homem criado por Deus, em Cristo Jesus para
boas obras.
É uma declaração que eu viverei para Cristo
(Gal 2:20; 1 Pe.3:21; Col.2:11-12); ‘simboliza’
limpeza feita por Deus (Atos 22:16) através
do sangue de Cristo e pela palavra ( Jo,15:3;
Ap.1:5 ).
É uma confissão externa do que já aconte-
ceu na vida interna, expressa a nossa identifi-
cação com Cristo.
Rom.6:1-11
Apesar de não ser necessário para a salva-
ção, o batismo nas águas é necessário para to-
dos os crentes:
• É um mandamento de Jesus –
Mt.28:19
• Jesus mesmo teve que ser batizado –
Mt.3:13-17
• Foi uma doutrina fundamental da
igreja apostólica – Atos 2:41; 10:47-48
O nosso batismo é uma confissão para os
céus, para a igreja, para o mundo e para o dia-
bo de que nós nos identificamos com a morte,
sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo.
11
RESSUREIÇÃO DOS MORTOS
Ressurreição significa ‘levantar’, ‘erguer’,
neste caso ser levantado do sono por uma for-
ça externa, erguido dentre os mortos. Como
discípulos de Cristo nós não podemos estar
sujeitos a viver esta vida para esta vida somen-
te, mas para eternidade. Somos seres eternos,
ganhamos a vida eterna de Cristo Jesus, que
viveu aqui mas na perspectiva da eternidade.
Hebreus 12:12; Jo.5:19-30; 1 Cor. 15:1-58;
Rom.6;1-14; Ap.11:18; 1 Tess.4:13 a 5;11
Neste ponto é importante que vejamos al-
guns exemplos de ressurreição citados na pa-
lavra de Deus.
Exemplos de ressurreição no Antigo Tes-
tamento:
• A viúva de Sarepta – 1 Reis 17;17 – 24
• A filho da mulher Sunamita – 2 Reis
4:32 –35
• O homem no túmulo de Elias – 2 Reis
13:21
• Exemplos de ressurreição no Novo Tes-
tamento:
Ressuscitados por Jesus:
• A filha de Jairo – Marcos 5:35 –43
• A filha da viúva de Naim – Lucas 7:11-17
• Lázaro – Jo.11:1-45
Por Pedro:
• Dorcas – Atos 9:36-42
Por Paulo:
• Eutico – Atos 20:9-12
Em nosso estudo gostaríamos de conside-
rar três aspectos da ressurreição:
A ressurreição de Cristo ( passado ); a res-
surreição espiritual do crente em Cristo
(presente); a ressurreição final para todos
os que estiverem em seus túmulos ( futuro ).
01 - A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO
Mateus 28:6; Lucas 24:36-53; Atos 1:3
A ressurreição de Jesus Cristo declara o se-
guinte:
Que Jesus é supremo sobre todas coisas
criadas – Mt.28:18; Ef.1:17-23
Que certamente haverá um julgamento fu-
turo – Atos 17:31
Que Jesus é de fato o filho de Deus – Rom.1:4
Que os crerem estão justificados e a morte
está derrotada – Rom. 4:25; 6:8-9
Existe um advogado dos crentes no trono
de Deus e um novo nascimento em uma nova
esperança – Hebreus 10:12; 1 Pe.1:3
Ninguém pode ser um Crente em Cristo se
não crer na ressurreição – Ro.10:9-10
02 - A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES EM
CRISTO –PRESENTE
2 Cor.5:14-17; Gal.2:19-20; Col.2:12
Quando lemos Efésios 2:1,5, 6 concluímos o
seguinte sobre este aspecto:
As evidências desta ressurreição na vida e
conduta do crente devem ser as seguintes:
Um novo Senhor passa a ser obedecido e
novas atitudes tomadas e mantidas concer-
nentes a nova vida – Rom.6:4; 6:11; 2 Cor.5:15;
Col 3:1-4
Um desejo ardente de afastar do pecado e
servimos a Deus – 1 Cor.15:32 –34 e 58
12
RESSUREIÇÃO DOS MORTOS
A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES EM CRIS-
TO - FUTURO

Jo.6:39-54; 11:23-24; 1 Cor.15:20-23; 51-52

Deus é quem nos assegura que neste glorio-

so dia os que creram em Cristo em suas vidas
serão erguidos dentre os mortos para:
vida eterna, com um corpo como o de Cristo
glorificado – Daniel 12:2-3; Rom.6:5; Fil.3:20-
21; 1 Jo.3:2; 1 Cor.15:42-44; Ap.20:6

*O terceiro aspecto da Ressurreição será

visto no próximo 2o módulo do discipulado.

13
JUIZO FINAL
Estamos chegando ao final desta pri-
meira etapa de nosso curso de disípulado cris-
tão. É como se estivéssemos acabando a pri-
meira fundação de uma casa, no nosso caso a
casa espiritual de Deus. Como discípulos de
Jesus, sabemos que iremos para o céu (eter-
nidade c/ Deus), da onde flui um rio da vida,
a onde não há dor, sofrimento, fome, separa-
ção, lágrimas. No entanto, a bíblia diz que o
inferno existe, assim como o céu, ou seja po-
demos concluir que existe a benção eterna,
mas também julgamento eterno.
Hebreus 6;1-2; 2 Pe.3:3-15; Hebreus:10:24-39;
Mt.24:1-51; 25:31-46;
A palavra julgamento significa ‘julgar’, se-
parar, fazer separação entre, exercer julga-
mento sobre, convocar a prestação de contas;
trazer alguém sob questionamento; trazer a
júri; sentenciar, governar sobre. Quais seriam
então as razões divinas para o julgamento?
Veremos alguns textos das escrituras que nos
ajudarão a entender.
• Para estarmos continuamente gratos a
Deus por sua graça e misericórdia
Rom.5:8-9; 1 Tess.1:1-10
Para entendermos e vivermos no temor do
Senhor
Mt.10:28; Heb.10:31; 1 Pe.1:17
Para que possamos apresentar o evangelho
como ele é, sem extrair o fato de que Deus é
misericórdia, graça, perdão, mas justo juiz. A
destruição da parte de Deus é uma expressão
de santificação.
Rom.1:16-20
O juízo eterno é uma coisa certa (Atos 17:30-
31; Isaias 45:23-24), apesar do dia dele ser ape-
nas do conhecimento de Deus, este dia é co-
nhecido na bíblia por vários nomes diferentes
e todos indicam que ele será um dia terrível.
Isaias 2:19; Ap.6:16-17; Heb.10:31; Ap.21:8;
PORQUE DEVE EXISTIR UM JULGAMEN-
TO?
Por causa do pecado contra a lei de Deus,
injustiça, desobediência, incredulidade, obras
malignas –
Rom.2:12; 2 Pe.3:7; 2 Pe.2:9; Juizes 6;
Jo.3:18; Rom.5:18; Jo.3:19
Quem serão os juizes – Deus Atos 17:31;
Rom.3:6; Heb.12:23; 1 Pe.4:5
O Filho – Jo.5:22-27; Atos 10:42
Os santos – 1 Cor. 6:2-3
O juízo final será realizado segundo os prin-
cípios do próprio Deus:
Medida da revelação de sua palavra
Mt.10:14; Mt.12:41
Toda a sabedoria, palavras, justiça e impar-
cialidade de Deus – Jo.8:15-16; Ap.20:12:1-5;
Jo.12:48-50; 1 Pe.1:17; 2 Tess.1:8; Salmo 9:8;
Atos 17:31; Rom.2:5
QUANDO SERÁ O JUÍZO FINAL?
Jo.12:48; Mt.10:15; 11:22-24; 12:36; 25:31; 1
Cor. 4:5; 2 Tess.1:10; Atos 17:31
A ONDE ELE OCORRERÁ?
No trono da Glória para as nações –
Mt.25:31-46; no trono de Cristo para os santos
– Rom.14:10; 2 Cor.5:10; no trono branco para
os pecadores – Ap.20:11-15
A biblia deixa claro que no juízo final, os
pecadores serão julgados pelo seu pecado e
consignados a punição eterna – 2 Tess.1:8-9;
Ap.11:18; Mt.25:46; Ap.20:15
E os justificados por Cristo, pelo seu san-
gue vão viver para sempre com Jesus Cristo
e lá receber os galardões pelo que fizeram por
Cristo. 14
JUIZO FINAL
Se Deus é um Deus de amor porque alguns
(os que não recebem a Cristo pela fé como
Senhor e Salvador) serão punidos por toda a
eternidade?

Hebreus 10:26-29

Será que devemos mesmo viver no temor

do Senhor?

1 Perdoa 1:17

Porque os ensinos no Juízo final são moti-

vação para nossa evangelização?

REFLITA

01. Se Deus é um Deus de amor porque alguns (os que não recebem a Cristo pela fé como
Senhor e Salvador) serão punidos por toda a eternidade?

Hebreus 10:26-29

02. Será que devemos mesmo viver no temor do Senhor?

1 Perdoa 1:17

03. Porque os ensinos no Juízo final são motivação para nossa evangelização?

15
IGREJA
A palavra igreja no grego é: Eklesia, que era
a assembléia convocada pelo povo. Nos dias
do apogeu de Atenas, eram reuniões que co-
meçavam com orações e sacrificios e a senha
dessas era: Igualdade e liberdade.
No hebraico a palavra era gahal, que
tinha na raiz o sentido de conclamação, usa-
da regularmente para a assembléia ou para a
congregação.
Em ambos os casos, tanto no grego como
no hebraico o sentido era de uma reunião
conclamada por ação externa, divina.
Em nenhum dos dois casos o sentido é de
um edificio, construção, mas sempre de pes-
soas congregadas. O que nos dá a compreen-
são de sua identidade ligada ou relacionada a
um organismo vivo do que de uma estrutura
ou organização.
Uma figura que nos ajuda a compreender a
identidade, vocação e funcionamento da igre-
ja é a de uma familia – A familia de Deus.
Jo.1;12-13; Ef.1:3-6
Somos filhos de Deus segundo a promessa
de benção feita de Abraão, segundo a sua fé e
não segundo as obras.
Mateus 8:11; Rom.3:23-24 ; 4:13
Fomos integrados nesta familia da fé pelas
obras de Cristo e não pelo nosso desempenho
espiritual, sacrificio, ou porque mereçemos,
mas por graça.
O que garante a identidade e integridade da
igreja como organismo é o Espirito de Deus,
pois ele é a própria identidade de Cristo e de
todos os que são gerados n’Ele. É o Espirito
que testifica que somos filhos, e escreve em
nossos corações o testemunho de filiação. Fo-
mos todos gerados em um só Espirito, e não
existe mais de um Espirito na igreja, e isso
é que nos garante a unidade, não igualdade
como se fossemos robôs, nem união como de
uma associação em prol de interesses pró-
prios, mas unidade perfeita em Cristo pelo
Espirito Santo. Ef.4:5;
1 Cor.12:13-14
O corpo de Cristo é também a familia de
Deus, que esta sendo formado de todas as tri-
bos, povos, linguas, raças e nações. Este é o
sonho do Pai, Ter uma grande familia, onde
todos os filhos tem o mesmo carater e natu-
reza do filho mais velho, Cristo Jesus. Ef.2:11-
19; Col.1:2; 1:24; 1 Cor.12:27
Outra figura usada para definir a igreja é o
corpo. O corpo de Cristo na terra é a igreja.
Através do batismo o crente em Cristo se tor-
na membro desse corpo.
Gal. 3:26-29; 1 Cor.12:12 e 27
Há uma ligaçào entre o batismo do crente e
sua participaçào no corpo, a igreja (não uma
denominação). O primeiro pode ser conside-
rado a festa para o casamento e o segundo o
ato conjugal, intimo do casal.
Uma coisa ‘podemos Ter como certa – não
é possível Ter vida de Cristo e não estar ligado
ao corpo.
Tomando em perspectiva a visão do cor-
po, não é possível sua perna viver separado
do braço ou do coração apesar de exercerem
funções diferentes e serem diferentes em for-
ma. Qualquer orgão que se separar do corpo
morre, não tem vida em si, sua vida só existe
se agrupado ao corpo. Assim é com os crentes
em Cristo, gerados pelo Espirito; se se desli-
gam do corpo, morrem. Heb.10:25
É como uma brasa fora do braseiro, perde
sua vida quando afastada, apaga!
Nesse corpo o cabeça é o proprio Jesus Cris-
to. Deus mesmo lhe deu este lugar quando o
elevou as alturas e o exaltou acima de todas as
coisas. Col. 1:15-18
A Ele devemos sempre estar firmemente li-
gados através da ceia e da comunhão com os
irmãos. 1 Cor.11:23-26
16
JUSTIFICAÇÃO
Textos chaves: Romanos
1:18-21; 3:10-12 e 23
Quando da queda o homem passou a her-
dar uma condição de injustiça natural, de
modo que diz as escrituras “não há um justo
sequer”; ninguém que, por seus méritos pes-
soais possa agradar a Deus.
A justificação é, então, uma atribuição de
Deus ao homem sem que este precise ou pos-
sa encontrar em si mesmo algo que o justifi-
que diante de Deus. é uma ação exclusiva de
Deus, e totalmente movida por sua exclusiva
graça em prol dos que crêem em Cristo.
Deus cumpre todas as exigências da justi-
ça em n’ Ele mesmo – em Cristo, e em segui-
da atribui os resultados disso à vida de todos
aqueles que crêem.
A divida relacionada a injustiça do homem
é paga pela justiça de Cristo, e o perdão é atri-
buído ao homem, que na verdade nada fez
para merece-lo, mas que desfruta dos resulta-
dos crendo em Cristo. Toda a justiça daquele
que foi fiel até a morte e morte de cruz, reveste
e envolve toda a injustiça daquele que agora
crê, de modo que está justificado.
Romanos 3:24-28; 8:30; 2 Cor.5:19-21; Tito
3:5-7; Efésios 1:7; 2:9; João 1:12
A fé é, portanto, o instrumento pelo qual
o eleito passa a participar dessa justificação.
Não que a justiça resida na atitude do homem
crer, mas no fato de que crendo em Cristo, ele
se fundamenta naquele que o pode justificar.
João 3:16 –18
Apesar de ser resultado objetivo da ação da
graça sobre nós, não significa que tudo tenha
uma conotação de menor responsabilidade
para o crente do que aquela que a lei impôs
sobre os israelitas, tem sim uma responsa-
bilidade maior, porque esse processo exige
que nos postemos diante de Deus em nossas
ações, para correspondermos á justiça e san-
tidade de seu caráter.
Galatas 2:16-20; 1 Pedro 1:15-19; Romanos
12:1-2
Tal operação de Deus na vida dos crentes,
estabelece uma relação de paz entre Ele e
aquele que é salvo. Essa paz acontece já que
os pecados foram perdoados em Cristo e os
salvos estão justificados diante de Deus, sem o
peso de terem que fazer isso por seus esforços,
mas pelos esforços do calvário.
Não se pode cair do estado de justificação,
mas pode –se ficar privado da luz e da paz
quando uma queda acontece.
O que não quer dizer que não há retorno
desse estado, uma vez que este se humilhe,
confesse seu pecado tome nova atitude diante
da situação e de Deus.
Romanos 5:1-2; 1 João 1:7; 2:2; João 10:28

REFLITA:

01. A respeito da declaração que impressionou o apóstolo Paulo escrita em Habacuque 2:1-6
02. Ser justificado pela fé desobriga-o das boas obras?

Tiago 2;14-26; 1 João 4:7-21

17
ESPERANÇA DOS SANTOS
Textos chaves:
Efésios 1:17-19; 1 Cor. 13:13
A certeza de havermos recebido a miseri-
córdia de Deus, como eleitos por sua graça,
sendo chamados de modo eficaz para ser jus-
tificados por Ele, recebendo o privilégio de
uma vida santa, nos leva a experimentar uma
esperança que só é possivel àquele que foi al-
cançado por Jesus.
Salmo 71:5-8; 146:5
Esta esperança é um dos elementos que
compõe a nossa base de experiência com Cris-
to, juntamente com a fé e o amor. E ela irá se
refletir em alguns aspectos bem específicos de
nossa vida. Um deles é a ‘perseverança’, que é
a certeza de que nossa permanencia em Cristo
depende antes de tuido de uma palavra empe-
nhada pelo próprio Deus.
A convicção de que ainda que vivamos mo-
mentos de grande incerteza, instabilidade ou
dificuldade a graça do Senhor nos preservará
n’Ele, na certeza de que a obra de Deus na
vida de alguém é algo irreversível, e que Deus
mesmo a fará cumprir.
1 Tess.5:8; Rom.15:13; 8:31-39; Jo.10: 25-29;
17:11-15;
REFLITA
01. Sobre os resultados práticos da esperança.
Romanos 4:16-22; 5:1-5; 8:24-25; 1 Cor.9:10; Colossenses 1:4-5; 1 João 3:1-3
02. Sobre a esperança que é dinâmica:
Mateus 24:6-14; Efésios 5:14-17; 2 Pe.3:11-14
Outro apecto da nossa vida alcançado por
essa esperança é o da alegria na certeza da
ressurreição, uma vez que uma das coisas que
mais amendrota o ser-humano é não saber
o que vai acontecer depois de sua morte fisi-
ca. Crer no Cristo ressurreto , nos leva a crer
na ressurreição como uma das bençãos que
alcança ‘todos’ os filhos de Deus atyravés de
Cristo Jesus. O poder da morte que oprime
tanto o incrédulo, não tem mais poder sobre o
que cr6e, e este passa a saber que a morte não
mais o aprisionorá, mas que ele tem vida eter-
na garantida em e através de Jesus. A morte
passará então a ser um vale a ser transposto,
mas que já foi vencido.
1 Cor. 15:12-22; 1 Tess.4:13-18; 1 Cor. 15:54-
57; Rom.6:5-9
Por fim, outro aspecto é o da certeza quanto
a aplicação da sentença de Deus no dia final.
A esperança dos santos compreende uma tal
convicção de que a aprovação dos santos em
Cristo já é uma realidade, que nos permite ex-
perimentar desde já, uma profunda alegria e
paz. O momento do juízo final, será a hora que
Deus pedirá contas aos homens a respeito de
todas as coisas, sendo que os filhos de Deus
estarão seguros na esperança que seus nomes
já foram escritos no livro da vida.
Mateus 25:31-34; Marcos 16:15-16; Jo.3:18;
Rom.10:8-11; Filipenses 4:3; Efésios 1:3 e 2:6
18
A ORAÇÃO
Texto chave: Colossenses 4:2

2 Tim. 2:1-8

A oração e a palavra de Deus são insepa-

ráveis, pois através da Bíblia Deus fala com
você, e, em oração, você fala com Deus. Como
filho de Deus você precisa Ter relacionamento Tiago 5:16

com Deus e nesse sentido a oração é funda-

mental.
Mesmo que você pense que não sabe orar,
tente, experimente, fale com Deus, abra seu
coração, fala com Ele sobre qualquer assunto
de sua vida, Ele de fato já os conhece mas de-
A oração tem resposta?
seja que você fale com Ele sobre eles.
Qual era o costume de Jesus segundo Lucas
A quem Devemos orar segundo Mateus 6:9?
22:39 e 41?
Em nome de quem devemos orar segundo
O que podemos aprender com, vs. 42?
João 14:13?
Quem nos auxilia em nossas orações segun-
do Romanos 8:26? Leiamos 2 Cor.12:7-10
Há diversas maneiras de orar de acordo Qual foi o pedido de Paulo?
com os padrões bíblicos. Apesar disso deve- Porque Deus não o atendeu?
mos seguir a simplicidade de coração, não nos
prendendo a nenhum ritual, regra ou lei. Deus Como Paulo reagiu?
está interessado na sinceridade de nosso cora-
ção e não na beleza de nossas palavras ou na
Qual a promessa do Salmo 66:20 para com
nossa capacidade de seguir rituais ou regras.
aqueles que oram de coração puro?
01. Quais são os motivos de oração descritos
nos textos abaixo? Identifique-os e descreva-
-os com poucas palavras. Mateus 21:22 diz que receberemos o que pe-
dirmos em oração. O que é necessário fazer-
Salmo 61:1 mos de acordo com o texto?

Qual seria outro requisito fundamental

para recebermos nossos pedidos de oração re-
gistrado em 1 João5:14-15?
Salmo 51:1-4

19
VOCAÇÃO EFICAZ
Texto chave:
Efésios 1
A palavra de Deus nos revela que o homem
natural é incapaz de crer, ou mover-se na
direção de Deus por sua livre e expontânea
vontade. Esta é uma realidade que está inti-
mamente ligada ao fato de que o homem esta
prisioneiro do pecado, e seu coração não de-
seja a Deus naturalmente.
Romanos 3:9-12; Tiago 1 :17; Romanos 7:5
Assim, para que o homem possa se interes-
sar pelas coisas de Deus e com isso passe a
crer é necessário que o próprio Deus atue no
seu coração chamando-o a crêr.
Como se trata de um Deus suficiente naqui-
lo que faz, que conhece o homem que criou
e, que o homem em questão foi eleito por Ele
para ser seu; cremos que este chamado de
Deus no coração deste eleito é realizado de
uma maneira tão adequada e própria que não
‘pode’ ser recusado.
A esse chamado, que realizado assim tão
apropriadamente e que proporciona ao eleito
a habilidade (que ele não tinha antes) de crêr
no Deus que o chama chamamos de VOCA-
ÇÃO EFICAZ.
Não crêr nessa vocação implicaria em atri-
buir ao homem a qualidade ou a habilidade
de crer naturalmente, o que contraria a pers-
pectiva do homem caído e incapaz de se re-
lacionar com Deus por causa do pecado; ou
também poderia a nos levar a supôr que Deus
não fosse capaz de ser eficaz na sua ação de
chamar, e que então Deus ficaria na expectati-
va de se fazer entender no coração do homem
ou não de acordo com a habilidade desse.
Ao que não eleito fica o chamado que em si
a palavra proclama, uma vocação que não ;e
acompanhada da assessoria eficaz do Espirito
Santo, e que serve apenas para que o ímpio
não tenha justificativa própria diante Deus no
dia do juízo.
A opção pelo pecado é voluntária, o que
torna todo homem indisculpável; mas a opção
pelo bem é impossível sem a ação do Espirito
Santo, tal é a prisão que o pecado impôs.
Isso torna o testemunho dos que creram
vivo, por causa dessa graça imerecida que nos
alcançou.
O chamado é dirigido a todos os ouvidos,
mas só é eficaz naqueles que o Espirito Santo
livra os ouvidos e corações para ouvir.
Romanos 9’:16-18 e 11:7

REFLITA

01. Segundo Romanos 3:9-29; Efésios 1:3-14 existe a cooperação ativa do homem no processo
da vocação eterna?
02. O homem é escolhido e vocacionado segundo seus méritos e obras?

Efesios 2:8-9; Romanos 3:21-31; 2 Tim.1:7-11

03. Leia Efesios e 1 João e veja como está a sua convicção de ser um vocacionado por Deus.
04. O que essa convicção produz em você?

20
DEUS, NÓS E DINHEIRO
DEUS E O DINHEIRO
Deus é o criador de todas as coisas. Logo,
somente Ele tem o direito absoluto de pro-
priedade sobre qualquer coisa. Jó 41:11 “Pois
o que está debaixo de todos os céus é meu. “
A relação do homem com as coisas criadas é
apenas de mordomia, isto é de administra-
ção. (Gen.1:26-29) Mordomo, vem do Grego
‘ecônomo’ que significa, literalmente, aquele
que é responsável pela direção ou adminis-
tração da casa. (1 Cor.4:1)
É aquela pessoa a quem é entregue tudo
quanto o senhor possui para ser cuidado e de-
senvolvido.
JESUS E O DINHEIRO
O Senhor Jesus ensinou muito sobre ‘Deus,
homem e dinheiro’.
• Disse-nos para dar prioridade absoluta
aos tesouros no céu – Mt.6:19-21
• Mostrou a dificuldade de alguém apega-
do, confiado nas riquezas terrenas para
entrar no reino dos céus. Mt.10:22-31
• Deu às riquezas a identificação de se-
nhor, que pode ser servido pelo homem.
Mt.6:24
A esse Senhor Jesus deu o nome de ‘ma-
mom’, que é uma palavra de origem aramai-
ca que servia para designar a soma dos bens
terrenos: posses e dinheiro. Não era um deus
oficial de qualquer culto pagão, mas se consti-
tuía e ainda se constitui em um ídolo uni-
versal, que domina o coração das pessoas e os
faz em função ‘dele’.
Jesus deu claros exemplos da atuação desse
idolo e os cuidados que devemos tomar:
• O jovem rico preferia as posses desse
mundo às celestiais. Mc.10:17-22
• Prioridades erradas. Lc.14:15-24
• Cuidado com a avareza e descaridade.
Lc. 12:16-21; Lc.16:19-31
• Judas Iscariotes trocou o Senhorio de
Cristo por algumas moedas.
No Antigo Testamento podemos ver a tris-
te troca que Esaú fez, quando ele deu sua
herança em Deus por um prato de lentilhas.
Gen.25:29-34
ESPIRITO SANTO E O DINHEIRO
O Espirito Santo é quem imprime as leis de
Deus no nosso coração. (Jer.31:33)
Depois do Pentecostes, sem nenhuma or-
dem ou mandato, os cristãos de Jerusalém,
movidos pelo Espirito desprendiam-se de
suas propriedades e bens e os colocavam a
disposição de Deus e da igreja. “ninguém con-
siderava sua nenhuma das coisas que possuía,
tudo, porém lhes era comum...”
Porquanto os que possuíam terras ou casas,
vendendo-os, traziam os valores correspon-
dentes e depositavam aos pés dos apóstolos ;
então se distribuia a qualquer um à medida
que alguém tinha necessidade”. Atos 4:32; 34-
35
Com a presença do Espirito Santo, os bens
materiais e o dinheiro são valorizados apenas
para demonstrar o amor de Deus através da
ajuda ao necessitado. 1 Jo.3:17
Conclusão: Se este texto de Atos não serve
de normativo para o cristão. Descreve porém
a certeza que aqueles irmãos de Jerusalém,
foram dirigidos pelo Espirito Santo a contribi-
rem daquela forma. Não muito depois, todos
foram dispersos pela perseguição (Atos 8:1)
e em poucos anos (70 d.C), Tito, general ro-
mano destruiu a cidade de Jerusalém. Então
os que possuiam propriedades em Jerusalém
perderam-nas, exeto os que as tinham ente-
sourado no céu.
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