Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO: HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA MEDIEVAL 2
PROFESSOR: HUGO RINCON AZEVEDO
ANO/SEMESTRE: 2021/2
ALUN@:
VALOR: 10,0.
DATA DE ENVIO: Até o dia 10/04/2022
E-mail: hugo.rincon@ufg.br
2. De acordo com Jeffrey Richards, “[...] a prostituição foi essencialmente um produto das
cidades, e, à medida que as cidades cresceram e se expandiram a partir dos séculos XI
e XII, a prostituição passou a ser cada vez mais vista como um fenômeno social que
precisava de regulamentação. Como seria de se esperar, a Igreja, as monarquias
nacionais emergentes e as municipalidades urbanas tomaram medidas para lidar com
isso. A Igreja estabeleceu o arcabouço dentro do qual a prostituição deveria ser
encarada, e suas atitudes revelam a medida do seu realismo no que diz respeito aos
impulsos sexuais dos fiéis. (...) [Ela] procurava lidar com o problema da prostituição
através de uma contenção muito cuidadosa. Usava, na realidade, alguns dos mesmos
meios que adotava para os leprosos. Primeiro, as prostitutas tinham que ser
diferenciadas da população decente pela prescrição de uma marca de infâmia, e
segundo, elas tinham que ser segregadas”. RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e
danação: as minorias na Idade Média. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1993, pp. 123 – 124.
3. Conforme Jacques Le Goff, a história do corpo na Idade Média é “[...] uma parte
essencial de sua história global. A dinâmica da sociedade e da civilização medievais
resulta de tensões: entre Deus e o homem, entre o homem e a mulher, entre a cidade e
o campo, entre o alto e o baixo, entre a riqueza e a pobreza, entre a razão e a fé, entre
a violência e a paz. Mas uma das principais tensões é aquela entre o corpo e a alma.
E, ainda mais, as tensões no interior do próprio corpo. De um lado, o corpo é
desprezado, condenado, humilhado. A salvação, na cristandade, passa por uma
penitência corporal. (...) O corpo cristão medieval é de parte a parte atravessado por
essa tensão, esse vaivém, essa oscilação entre a repressão e a exaltação, a humilhação
e a veneração. (...) Durante a cristandade medieval, o corpo sobre a terra foi uma
grande metáfora que descrevia a sociedade e as instituições, símbolo de coesão ou de
conflito, de ordem ou de desordem, mas sobretudo de vida orgânica e de harmonia”.
LE GOFF, Jacques; TRUONG, Nicolas. Uma história do corpo na Idade Média. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, pp. 11 – 13.
A partir das aulas e das leituras realizadas ao longo do semestre, elabore um texto
dissertativo analisando e relacionando dois* dos temas indicados abaixo:
Critérios de avaliação:
I – A construção textual (2,0 pontos).
II – Argumentação e conhecimento sobre as temáticas analisadas (4,0 pontos).
III – Diálogo com a bibliografia especializada; com as leituras indicadas no plano de ensino e
os debates realizados em aula (4,0 pontos).
Boa Prova!!!