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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 2

1. SER SOLIDÁRIO COM OUTROS HUMANOS 2

2. CUIDAR DOS MEMBROS DO CORPO DE CRISTO 5

3. AJUDAR NAS MUDANÇAS DE ATITUDE 7

4. LUTAR POR JUSTIÇA NA SOCIEDADE 9

5. EVANGELIZAR 10

CONCLUSÃO 12

SOBRE O CURSO DE CAPELANIA COMPLETO 13


MOTIVAÇÃO: por que você faz (ou quer fazer) Capelania?
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INTRODUÇÃO

Este ebook faz parte da nossa 1ª Maratona de Capelania, com


o tema Motivação. Uma aula ao vivo, gratuita, na qual mostramos os
motivos corretos para que os cristãos sirvam a Deus através dessa
importante ferramenta de missões urbanas.
O fato é que muitos desejam evangelizar em hospitais,
presídios, escolas ou empresas, mas às vezes não param para
refletir sobre sua motivação, sobre o que está em seu coração.
Afinal de contas, será que a Bíblia traz alguma direção para que
a Capelania seja realizada? Esta se resume à evangelização ou há
outros bons motivos bíblicos para o envolvimento com este
trabalho? Claro que existem, e é sobre eles que escrevemos este
ebook. Vamos lá?

1. SER SOLIDÁRIO COM OUTROS HUMANOS

Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus


o criou; homem e mulher os criou. (Gênesis 1.27)

Esse texto deixa muito claro que os seres humanos – homem e


mulher – foram criados à imagem de Deus. Isso significa que todos
nós, já nascidos ou ainda por nascer, somos alcançados pela

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imagem divina. É daqui que surge a ideia de dignidade humana; ou


seja, os seres humanos possuem uma característica essencial que
os diferencia de tudo mais na criação. Todos somos dignos porque
carregamos a imagem do Senhor!
Nós sabemos que essa imagem foi manchada pelo pecado, e
por isso várias de nossas atitudes contrariam a Palavra de Deus.
Não há ninguém que possa dizer que nunca pecou (1 João 1.8-10).
Crimes, doenças e desobediências, aliás, só existem por conta do
pecado que atingiu toda a raça humana (Romanos 5.12).
Como, então, podemos expressar solidariedade a pessoas que
não confessam a Cristo como Senhor, ou mesmo nem acreditam
que Deus existe?
Lembre-se da passagem do “bom samaritano” (Lucas 10.25-
37), pois ela tem sintonia direta com um dos textos áureos da
Capelania (Mateus 25.31-46). O samaritano – ao contrário do
sacerdote e do levita – ajudou o homem que havia sido espancado
pelos ladrões. Ele não perguntou qual a religião da vítima; aliás,
você sabe que os samaritanos “não se davam” com os judeus (João
4.9), mas isso não o impediu de ser solidário, de ter misericórdia.
Você, assim como o samaritano, não deve excluir dos seus atos
de misericórdia as pessoas de uma outra religião. Se importar com
elas é reconhecer sua dignidade por terem sido criadas à imagem e
semelhança de Deus.

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Mas como posso ser solidário na Capelania? De maneira


prática há pelo menos quatro formas:
1) Ore! Diz a Palavra que “muito pode, por sua eficácia, a súplica
do justo” (Tiago 5.16b). Orar é uma demonstração de amor. Você
sabe que muitas situações só podem ser mudadas a partir da
intervenção de Deus (Mateus 19.26). Deus é especialista em dar
uma nova vida.
2) Visite! Visitar significa “se importar” de modo prático. Você está
dedicando parte do seu tempo, do seu dia, para estar junto, ouvir,
aconselhar... Lembre-se que os assistidos muitas vezes estão
passando por seus piores momentos de dor. A prisão (mesmo para
que os estão recebendo a justa pena pelos seus crimes), o leito de
enfermidade, a desobediência aos pais e várias outras
circunstâncias podem envolver muito mais que um fato isolado. Não
raro elas são reflexo de uma trajetória vida, de escolhas; se você as
souber ouvir certamente fará diferença na vida dessas pessoas.
3) Contribua! Você precisa reconhecer que cada pessoa possui
algumas habilidades, algumas aptidões especiais. Por exemplo,
quem desmaia quando vê sangue não deve ser um capelão
hospitalar. Há muitas formas de contribuir com os trabalhos de
Capelania e, por consequência, expressar solidariedade. Você pode
investir financeiramente, aconselhar os familiares do assistido ou os
trabalhadores da instituição, oferecer seus serviços profissionais

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para uma atividade específica... Enfim, não deixe de se envolver; há


espaço para todos.
4) Conscientize! Você pode ser instrumento de Deus para que
outros irmãos em Cristo – e a própria sociedade em geral – vejam
com outros olhos o trabalho de Capelania. Muitos podem querer
parar o seu trabalho, mas você deve estar firme na Palavra e seguir
adiante. Visitar presídios não é “passar a mão na cabeça de
bandido”; atender crianças carentes ou moradores de rua não é
“perda de tempo”.
Vale a pena continuar servindo ao Senhor na Capelania!
Permaneça demonstrando solidariedade ao próximo.

2. CUIDAR DOS MEMBROS DO CORPO DE CRISTO

De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se


um deles é honrado, com ele todos se regozijam.
(1 Coríntios 12.26)

Você sabe que a desobediência humana nos separou de Deus


(Isaías 59.2). E um dos seus resultados é a morte, nossa merecida
condenação (Romanos 5.12). Se a história acabasse assim
teríamos um fim trágico, sem esperança...

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Mas Cristo morreu para nos resgatar (Mateus 20.28)! Ele reuniu
para si gente de todos os povos, línguas, tribos e nações (Romanos
12.5), e nos colocou ligados num único corpo (1 Coríntios 12.27).
Esse corpo deve estar unido num mesmo propósito, numa mesma
direção, que é glorificar a Deus.
Existem cristãos nos presídios, nos hospitais, nas escolas, nas
empresas, enfim, em todos os lugares que o capelão visita. Seu
olhar deve estar atento a eles, socorrendo-os em suas angústias,
revigorando-os em suas fraquezas, admoestando-os em seus erros,
alegrando-os em suas tristezas...
Ainda, é importante dizer que talvez você encontre irmãos
perdidos, sem uma comunidade de fé – a eles se costuma dar o
nome de “desigrejados”. Neste caso você não precisa constranger
ou obrigar o irmão a se tornar membro da sua igreja; quem convence
o homem de seus erros é o Espírito Santo (João 16.7-8)! Mas deve
sempre admoestá-lo: “Não deixemos de nos congregar, como é
costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda
mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima” (Hebreus
10.25).
Nem sempre acertamos, é verdade. Mas temos o dever e a
responsabilidade de buscarmos a santificação constante (2
Coríntios 7.1), “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus
12.14b). Por isso, lembre-se: tome muito cuidado com qualquer tipo

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de julgamento. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não


caia” (1 Coríntios 10.12)!

3. AJUDAR NAS MUDANÇAS DE ATITUDE

Dois pesos são coisa abominável ao SENHOR, e balança


enganosa não é boa. (Provérbios 20.23)

Qualquer boa ação, sem Deus, não passa de “trapo de


imundícia” (Isaías 64.6); literalmente, “pano de menstruação”. Ou
seja, não possui qualquer valor para a salvação. Somos salvos
apenas pela graça, através da fé, para que ninguém se exalte
(Efésios 2.8-9).
Por outro lado, não podemos nos esquecer que as bênçãos da
obediência também atingem os que não creem. Ou seja, quando
alguém não cristão – ou até um ateu – cumpre algumas ordens
bíblicas receberá os benefícios dessa atitude.
Afinal, conforme Jesus nos alertou, nosso Pai celeste “faz
nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e
injustos” (Mateus 5.45). Podemos dar vários exemplos disso.
Relacionamentos baseados na Palavra de Deus (Provérbios
13.1, 22.6 e 31.10-12) geram famílias mais saudáveis. E isso mesmo
naquelas famílias em que as pessoas não sabem que estão

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cumprindo as ordens divinas. Imagine um casal que, mesmo não


crendo nas diretrizes bíblicas para o casamento, se respeita, se ama
e não trai. Certamente marido e mulher vão colher as bênçãos
conjugais.
Um aluno que fala a verdade, que não “cola” na hora das
provas, será abençoado. Aquele que é honesto em seus negócios,
também. O que é solidário com o próximo, da mesma forma...
Mais ainda: a partir do momento que um preso entende que não
deve matar, roubar ou traficar, e procura viver uma vida sem crimes,
receberá a benção de não mais ser preso, de não fazer novas
vítimas. Essa mudança de comportamento afeta toda a sociedade;
não haverá mais vítimas daquele que, antes, estava mais
interessado em seguir a criminalidade do que viver uma vida digna
e correta.
Você pode ser um belíssimo instrumento de Deus para que
outras pessoas alterem seus comportamentos pecaminosos que
desagradam ao Senhor e prejudicam a todos nós. Colheremos, de
fato, as bênçãos de vermos respeitados os mandamentos divinos!

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4. LUTAR POR JUSTIÇA NA SOCIEDADE

Abra a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os


desamparados. Abra a boca, julgue retamente e faça justiça aos
pobres e aos necessitados. (Provérbios 31.8-9)

Por muitas vezes a Capelania acaba restrita às questões


individuais, particulares. Não que elas não sejam importantes; pelo
contrário. Mas precisamos reconhecer que elas não devem ser as
únicas a nos mover nesse serviço ao Senhor.
Precisamos estar atentos para os problemas macrossociais,
que atingem uma grande quantidade de pessoas. Aqui podemos
incluir:
a) o sistema prisional superlotado e caótico;
b) a falta de leitos e medicamentos nos hospitais e unidades de
saúde;
c) a desvalorização de parte da sociedade em relação aos
militares e outros agentes de segurança pública;
d) a má qualidade do ensino na maioria das escolas públicas do
país;
e) a alta taxa de desemprego que tem alcançado muitas famílias;
f) o grande número de crianças inseridas na prostituição;
g) os índices alarmantes de violência familiar...

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Infelizmente são tantos os problemas sociais que fica difícil


enumerar cada um deles.
O capelão tem um importante papel: deve ser veículo para
resgatar o papel profético da Igreja de Cristo. Cabe à Igreja do
Senhor, através dos seus líderes e membros, denunciar a corrupção
e tantas outras situações de injustiça generalizada. Não apenas “de
boca”, mas agindo concretamente para que o Reino de Deus
avance!

5. EVANGELIZAR

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda


criatura. (Marcos 16.15)

Esse certamente é o motivo mais citado entre os capelães para


a prática da assistência religiosa.
A título de exemplo, tive a oportunidade de palestrar em um
seminário promovido pela Secretaria de Estado e Defesa Social de
Minas Gerais pouco depois de ingressar no Doutorado em Ciência
da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Perguntei
aos cerca de 100 capelães presentes, de várias denominações:
“quais os principais motivos te levaram a ir a um presídio prestar

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assistência religiosa”? As respostas não variaram muito: todas


indicaram “pregar o Evangelho”, “anunciar Jesus”, “cumprir o ide”,
“salvar vidas” ou algo semelhante.
A Bíblia diz que não devemos nos envergonhar do Evangelho,
pois ele “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”
(Romanos 1.16b). Por isso duas questões precisam ser levantadas
aqui.
A primeira é: será que realmente cremos na “salvação de todo
aquele que crê”? Todos mesmo? Inclusive o preso que já cometeu
uma grande quantidade de crimes e liderou organizações
criminosas? Ou condicionamos o Evangelho às pessoas
“boazinhas”, ao bom pai de família, trabalhador e pagador dos seus
impostos?
A segunda: qual o papel do Espírito Santo neste processo?
Será que por vezes nos julgamos capazes de converter alguém por
conta de uma boa mensagem, pela eloquência da pregação? Não
caia nessa cilada! Apenas o Espírito Santo é capaz de transformar
um coração de pedra em carne (Ezequiel 11.19). É Ele que opera
em nós a conversão.
Por isso, quando for realizar seus trabalhos de Capelania,
lembre-se que você é apenas um instrumento nas mãos de Deus,
mas incapaz de converter alguém. Se capacite, estude e planeje
suas atividades para a glória do Senhor; mas não se cobre por

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conversões. Isso você nunca conseguirá fazer, pois é um papel do


Espírito Santo.
E é no poder do Espírito Santo que você precisa continuar
anunciando a Palavra de Deus que transforma vidas!

CONCLUSÃO

O Brasil tem dimensões continentais. São muitos os campos de


trabalho, todos com suas particularidades. Além disso, cada presídio
é um presídio, cada hospital é um hospital, cada escola é uma
escola... Por isso é tão importante uma capacitação concreta, que
prepare o capelão para seus desafios.
E um desses desafios é justamente ser movido de acordo com
a Palavra de Deus. Compreender o que nos motiva – ou deve nos
motivar – é essencial. Só Deus pode sondar seu coração quando
você realiza esse trabalho.
Neste ebook indicamos a você cinco valores bíblicos para se
envolver com Capelania. Ser capelão é muito mais que evangelizar
e esperamos que você tenha entendido isso.
Mas uma coisa é certa: você sempre deve buscar que o Senhor
seja glorificado: “quer comais, quer bebais ou façais outra coisa
qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31).

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Afinal, “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas.
A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36)
Espero sinceramente que este ebook tenha servido para sua
reflexão.
Se você ainda não faz este trabalho, que Deus te estimule a
começar um projeto de Capelania. Se você já realiza, que Ele te leve
a perseverar nessa caminhada.
Seja um instrumento nas mãos do Senhor!

SOBRE O CURSO DE CAPELANIA COMPLETO

Pensando na capacitação da igreja brasileira para o trabalho de


Capelania é que fundamos o Curso de Capelania Completo. São
mais de 50 horas de vídeo-aulas acompanhadas de vasto material
de apoio.
Trata-se de uma capacitação online com investimento único,
sem mensalidade. O aluno pode assistir às aulas a qualquer hora do
dia, qualquer dia da semana, durante o período do curso. Temos o
apoio da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e uma grande equipe de
professores, cada um especialista em sua respectiva área, com
vivência prática evangelizando nestes lugares.
Há módulos sobre temas gerais, a exemplo de direitos e
deveres do capelão, aconselhamento, sexualidade na adolescência

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e como montar um projeto de Capelania. A partir daí aprofundamos


nas Capelanias Hospitalar, Prisional, Escolar, Universitária,
Empresarial e em Seminários.
Ao final do curso o aluno recebe o Certificado e a Carteirinha,
que não precisa ser renovada. Não achamos justo você pagar
qualquer valor todos os anos simplesmente para mudarmos a
validade da credencial, já que ela é um certificado que o aluno se
capacitou conosco.
Aproveite essa oportunidade de capacitação. Para saber mais
sobre o Curso de Capelania Completo, clique aqui.

Antonio Carlos Junior, coordenador do Curso, é formado em


Direito e em Teologia, e possui Mestrado e Doutorado em Ciência
da Religião pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Atua no segmento prisional, é autor de vários livros e já ministrou
cursos em diversas partes do Brasil.

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