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PERIGOS SUTIS AO

MINISTÉRIO
PASTORAL
Gildásio Reis
INTRODUÇÃO

A Bíblia nos alerta


“Portanto, quem pensa estar de pé veja que não caia." I Co
10.12

“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persiste nela, pois


fazendo isto, salvarás a ti mesmo e aos que te ouvem” 1 Timóteo
4.16.

“Mas esmurro o meu corpo, e o reduzo a escravidão, para que,


tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser
desqualificado" - I Co 9.27.
INTRODUÇÃO

 A nossa necessidade de ajuda é parte da nossa


estrutura básica.

 Precisamos compreender e admitir nossa


incompetência, nossa inabilidade para lidar
com as questões do coração.

 Precisamos desesperadamente que o Senhor


nos ajude. “Sem mim nada podeis fazer”. João
15.5
“A honestidade nos compele a admitir
que somos pessoas que precisam de
ajuda e que estamos rodeados por
pessoas na mesma situação.”

Paul David Tripp


PERIGOS SUTIS AO MINISTÉRIO PASTORAL

1) O perigo de não
enxergar os
DESVIOS do próprio
CORAÇÃO.
PERIGOS SUTIS AO MINISTÉRIO PASTORAL

Alerta de Jesus:
“Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do
teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira
primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o
argueiro do olho do teu irmão.” Mateus 7:4,5

A cegueira espiritual é diferente da cegueira física. O


cego físico sabe que está cego, mas o cego espiritual
está cego para sua própria cegueira.

Perder a capacidade de sensibilidade, incapacidade de


ver.
PERIGOS SUTIS AO MINISTÉRIO PASTORAL
A dureza do nosso coração nos leva a um processo
Trágico processo de afastamento de Deus.

1. Nossas orações particulares se tornam mais frias, formais


e curtas.
2. As Escrituras se tornam menos relevantes para nós, a
pregação mais trabalhosa.
3. Começamos a trabalhar para Deus e não com Deus.
4. Examinamos a nós mesmos com menos frequência,
5. O afastamento nos leva a falar mais sobre Deus e menos
com Deus.
6. A linha de separação entre piedade e impiedade vai se
tornando mais obscura.
7. Sentimos pouca convicção de pecado, e vamos tentando
justificar nossos erros.
8. Vamos deixando de amar os irmãos e começamos a
pastorear a nós mesmos.
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2. O perigo de envolver-se
tanto em atividades que
negligenciamos nossa
vida devocional .
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Todo pastor quer ver sua igreja crescer

Para isso nos entregamos a muitas atividades


todos os dias:

 aconselhamentos, visitas, escrever artigos,


fazer ligações telefônicas, preparar estudos e
sermões, separar tempo para planejar,
reunir-se com a liderança, etc...
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Aprendemos com Jesus em Lucas


5:15,16, que a ação
interna (oração) tem precedência sobre
a ação externa (proclamação). 

O v.15 nos informa que muitas pessoas


procuravam a Jesus para serem curadas
por ele e o v.16 afirma “ele porém se
retirava para lugares solitários e
orava”.
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“A oração particular é o teste de nossa


sinceridade, o indicador de nossa
espiritualidade, o principal meio de
crescimento na graça. A oração particular é a
única coisa, acima de todas as demais, que
Satanás busca impedir, pois ele bem sabe
que, se ele puder ser bem sucedido neste
ponto, o cristão falhará em todos os outros”

Um Guia para a oração fervorosa. Arthur W. Pink p. 149


PERIGOS SUTIS AO MINISTÉRIO PASTORAL

“O teste definitivo da minha


compreensão do ensino bíblico é a
quantidade de tempo que eu gasto em
oração… Se todo o meu conhecimento
não me conduz à oração, certamente
há algo de errado em algum lugar”.
LLOYD-JONES, David Martyn. Como está sua vida de Oração?
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Nossa vida de oração privada – Mateus 6.6. (Entra


no quarto)
Nós devemos orar no quarto bem como na igreja;
de fato, se a anterior for negligenciada, a última
não será de muito valor.
 
O quarto é onde:
1) As forças são renovadas
2) A fé é despertada e
3) As graças são reavivadas.
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3. O perigo de
negligenciar o pastoreio
da família.
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 Há pastores que vivem de aparência. Pregam


sobre casamento, mas estão com o matrimônio
destruído.
 Aconselham casais, mas não aplicam os mesmos
princípios ao seu próprio relacionamento.
 São amáveis com os outros e amargos com a
esposa.
 São tolerantes com as ovelhas e extremamente
duros com os filhos.
 Há pastores que são anjos no púlpito e demônios
dentro do lar. Se o pastor não é benção dentro
da sua casa, será um fracasso em público.
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Porquanto, se alguém não sabe governar sua própria


família, como poderá cuidar da Igreja de Deus? 1
Timóteo 3.5

Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente


dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um
descrente.
1 Timóteo 5:8

“que governe bem a própria casa, criando os filhos sob


disciplina, com todo o respeito”
1Tm 3.2 e 4
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4. O perigo das tentações


sexuais.

Este perigo existia nos tempos bíblicos, mas também


continua existindo em nossos dias.

Davi, Sansão, Salomão caíram nesta armadilha, e temos,


lamentavelmente, muitos exemplos contemporâneos.
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Revista Leadership (USA) – Você já visitou


site pornográfico?

57% Nunca
21% Poucas vezes no ano
9% Si, Uma vez no ano passado
7% Sim. Mas faz mais de 1 ano.
6% Sim. Duas vezes no mês.
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1. Considere suas consequências.


Com relação à mulher adúltera, o rei afirma: “A
sua casa é caminho para a sepultura e desce
para as câmaras da morte” (Provérbios 7.27). 

Lembre-se do rei Davi.

2. Procure se arrepender-se e não se exponha às ocasiões


tentadoras.

“Se confessarmos os nossos pecados...” I Jo 1.9


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3. Procure ser íntimo de Deus


“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos
quais ele dará a conhecer a sua aliança”. Salmos
25:14
A Intimidade com Deus vai afetar nossos
sermões.

Alguém que passa o dia inteiro trabalhando com lírios


em uma floricultura ficará cheirando como um lírio.
Um homem que tem comunhão com Deus pregará
palavras cheias com essa comunhão.
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5. Têm uma ênfase na


doutrina, mas com pouca
aplicabilidade prática.
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Não podemos confundir conhecimento teológico


com maturidade cristã.

O conhecimento bíblico é vital, essencial, insubstituível, mas


ele não deve ser confundido com a verdadeira fé ou
maturidade espiritual pessoal. A fé é profundamente mais
do que o que você faz com o seu cérebro.
 

CONHECIMENTO É UM ASPECTO DA FÉ,


MAS NÃO A DEFINE.
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Lloyd.Jones mostra qual é o perigo que nos cerca caso valorizemos


apenas o conhecimento intelectual:
“De muitas maneiras, o maior perigo com que todos nos
defrontamos, é o perigo de nos contentarmos com um
conhecimento e uma apreensão meramente intelectuais
das coisas espirituais. Tal conhecimento é sumamente
valioso, mas se ficar nisso, poderá ser completamente
inútil e, de fato, positivamente danoso, porque poderá
drogar-nos e deixar-nos numa condição em que achamos
que nada mais é necessário”.
LLOYD.Jones, D.M. Os Puritanos – Suas Origens e Seus Sucessores. PES: São Paulo. 1993. p. 58
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“Maturidade bíblica nunca é


apenas a respeito do que você
sabe; e sempre sobre como a
graça tem empregado o que você
veio a saber para transformar a
maneira como você vive”.
Paul Tripp
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6. O perigo de não saber


lidar com pessoas
difíceis na igreja.
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Atos 20.21 “Atendei por toda a igreja de Deus.

Você não foi chamado para pastorear apenas parte da igreja.


Mas toda a igreja. Pastorear até mesmo aquelas ovelhas
indóceis, que não tratam vc com amabilidade.

• (fazer 10 visitas para uns e nenhuma visita para aquelas


pessoas difíceis).

Precisamos lembrar de que a Igreja é de Deus. Não é nossa.


“pastoreai as minhas ovelhas”.
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O ministério não é um mar de rosas, mas um


campo de batalhas. Quem entra no ministério precisa
estar consciente de que há:

Oposição de fora e pressão por dentro.


Há batalhas externas e internas.
Há conflitos suscitados pelo inimigo, e guerras
travadas pelos irmãos.

Ser pastor é a arte de engolir sapos. Ser pastor é


estar disposto a investir a vida na vida dos outros sem
receber o devido reconhecimento.
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7. O perigo de confundir
experiência ministerial
com maturidade espiritual.
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“A experiência lhe ensinará algumas


coisas, mas ela não tem o poder de
torná-lo santo. Infelizmente, quando você
deixa a experiência lhe dizer que você é
maduro, quando não o é, você deixa de
se comprometer com a mudança
porque não acredita que ela seja
necessária.” Paul Tripp
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Conclusão

1) De coragem para admitir nossa realidade.

2) Reconhecer diante de Deus nossa necessidade dele.


Confissão e arrependimento.

3) De humilde para buscar ajuda

"Humilhai-vos, portanto, sob a


poderosa mão de Deus, para que
ele, em tempo oportuno, vos exalte“

(1Pe 5.6). Cf. Tg 4.6


Rev. Gildásio Reis

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