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Curso de Maturidade Cristã

Terceiro módulo.

O que é ser uma pessoa madura espiritualmente?

Quando olhamos para a palavra maduro, nós olhamos para uma fruta.

Nós falamos que uma manga esta Madura, quando ela não está verde e nem passa do
estado de maduro para o estado de podridão, ou seja, maduro para uma fruta é algo que
está no meio nem verde nem podre. A fruta está pronta para o consumo no seu estado de
Equilíbrio.

Nós iremos reparar que maturidade nos fala de equilíbrio.

“E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa.”
(Mc 4.29). Deus colhe pessoas que são maduras para usá-la em sua obra. O maduro está
apto para ser colhido para o serviço do Reino. Maturidade, como veremos, não é
perfeição, é estar na condição necessária para que possamos ser usados por Deus.

Algumas pessoas quando quer ressaltar maturidade fala apenas de uma ou outra
qualidade Cristã, mas vamos ver que muitas vezes maturidade é saber equilibrar.

Saber fluir nos dons espirituais, mas também saber que precisamos viver o fruto do
espírito que ao caráter.

Algumas igrejas só vivem no poder, mas não vivem o caráter. Outras só vive o caráter e
não vive o poder de Deus. Viver uma vida cristã é viver uma vida de equilíbrio.

Orar, mas também Lê a Bíblia.


Lê a Bíblia, mas também orar.

Quando nós olhamos para o estado do Pecado.

Exemplo: pecado não é uma coisa em si, O pecado é um estado de desequilíbrio.


É muita das vezes uma coisa boa feita de forma exagerada.

Exemplo: pecado em si é uma dimensão do Pecado.


Adultério. Um pouco ou muito é pecado
Mentira. Um pouco ou muito é pecado
Fofoca. Um pouco ou muito é pecado

Eles são pecados em si mesmo, ou seja, a prática muito pouco não faz diferença.

Mas pecado é uma coisa boa feita de forma desequilibrada.


Gular: Comer é uma benção de Deus. Agora comer de forma desequilibrada é uma obra
da Carne chamada gula, gula é comer de forma desequilibrada e, é pecado.

Preguiça: descansar é uma benção de Deus. Mas descansar demais é um pecado


chamado preguiça.

Trabalhar é uma benção de Deus. Mas Trabalhar demais é um ativismo que pode estar
negligenciando sua casa e sua família.

fazer a obra de Deus é algo bom, entretanto até a obra de Deus temos que ter equilíbrio.

Elias. 1 Reis 19:10 E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor,

1 Reis 19:14 E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor.

Elias está na caverna, desistiu do seu chamado e até mesmo da vida. Atenção a palavra
que ele diz ao Senhor (tenho aí extremo zeloso pelo Senhor)
significado da palavra extremo: radical, extremista.
Pessoas que não tem tempo para sua família e falam que estão fazendo a obra de Deus
estão cometendo pecado. Temos que saber equilibrar. Paulo deixou uma orientação.

1 Coríntios 7: 33. Mas o que é casado cuida das coisas do mundo, em como há de
agradar à mulher.

Não culpe o diabo onde falta equilíbrio seu.

Redes sociais.
Se não usarmos essa ferramenta de forma equilibrada podemos envergonhar o nome de
Cristo.

Esse equilíbrio precisar começar com a Bíblia. Porque muitas das vezes as pessoas estão
tendo dificuldade em viver um comportamento sadio, por não ter equilíbrio na
interpretação da Bíblia.

Até a Bíblia tem que ser interpretada de forma equilibrada.


A matéria de hermenêutica é a forma de interpretar a Bíblia.

Diz que a nossa interpretação, leva a crença e a nossa crença leva o comportamento.

Então muita gente tem um comportamento desequilibrado, porque tem uma


Interpretação da Bíblia desequilibrada.

O diabo adora extremistas. Ele adora pessoas desequilibradas.

Quando o Diabo foi tentar Jesus, ele usou a Bíblia para fazer Jesus se pular do pináculo
do templo. Salmo 91. Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e:
Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra” (Mateus
4:6).
O diabo usou uma parte da Bíblia para levar Jesus a cair.
Jesus disse: Não tentarás ao Senhor seu Deus. Dt.6.16.
A questão é que Satanás aplicou esse texto com um sentido completamente oposto ao
original. Enquanto o Salmo 91 aponta para a fidelidade de Deus e exorta o seu povo a
confiar plenamente n’Ele, o diabo tentou fazer desse texto um motivo de teste a Deus a
fim de questionar Sua fidelidade.
Não venhamos a cair no grande erro de duvidar da Palavra do Senhor; ou no perigo de
presunçosamente tentar questionar a fidelidade de Deus; ou ainda querer submeter o
poder divino aos nossos caprichos agindo como filhos insolentes.

Era uma verdade que o diabo estava dizendo, e era verdade o que Jesus estava dizendo
não tentarás o Senhor teu Deus. Esse lugar de maturidade é o lugar que comparamos
verdade com verdade

Vamos ver agora alguns assuntos que parece contraditórios, mas quando temos
maturidade conseguimos equilibrar esses assuntos.

A primeira realidade.
O equilíbrio entre Santidade e Graça.

Hoje pessoas que parecem ser do lado da Santidade e outra do lado da Graça.

A pessoa que é do lado da santidade falam de postura Cristã, Morrer para si mesmo, da
integridade.

A pessoa que está do outro lado o da graça, fala do Amor de Deus, a bondade de Deus, a
misericórdia de Deus e muita das vezes deixam de lado a questão da santidade.

Santidade

Santidade: a palavra santidade significa separação, sentido de separado para Deus.

Quando se pensa em santidade por muito tempo, se colocou uma santidade quase que de
Monastério.

O movimento do Monastério acreditava-se que para ser santo, precisava não está em
contato com pessoas que eram pecadoras. Então se isolavam em Monastério ou em
montanhas ou até mesmo em Conventos.

Na igreja cristã vimos essa ideia refletir. Em não ter proximidade dos pecadores, em
está perto de pessoas que são do mundo.

Salmos 1:1 Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem
se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

Então pensamos por muito tempo que ser Santo deveria estar longe dos pecadores.
Luz e trevas não têm harmonia. 2Co.6.15
não se põe jugo desigual com os incrédulos. 2Co.5.14

Então a santidade não significou só uma separação só para Deus.


santidade virou para essas pessoas um isolamento.
Agora quando o maior santo que já pisou na terra se aproximou dos pecadores. Jesus
não se isolou, lembrando de que Jesus é o nosso modelo a seguir.

O santo de Deus estava em contato com os pecadores, com aqueles que precisavam
dele.

Se a gente fosse olhar o Salmo 1 a partir de uma visão cristocêntrico os pecadores e os


escarnecedores seriam outro público.

Olhando do ponto de vista de Jesus Quem são os pecadores e quem é essa roda de
escarnecedor?

Jesus estava com ladrões e prostitutas, e ele era muito criticado por isso. Mt.9.11 / Jo.8

Jesus estava com essa classe. ele não estava com a classe religiosa. Mt.23 Jesus censura
os escribas e os fariseu.

para essa classe quando Jesus chegava perto ele confrontava, por quê?
Porque essa classe parecia de Deus, mas tinha hipocrisia.

Se olharmos o Salmo 1 a partir de Jesus os pecadores e escarnecedores são aqueles que


parecem de Deus, mas vivem como hipócritas.

Então a santidade de Deus está sendo Expressa de uma forma bastante interessante.

A santidade de Jesus afasta os Religiosos, mas atrai os pecadores. A santidade da igreja


hoje afasta os pecadores e atrai os Religiosos.

A santidade de Jesus era como uma luz. Luz só faz diferença nas trevas, o sal no saleiro
não faz diferença nenhuma se não tiver inserido na salada ou na comida.

Para que haja uma Santidade eficaz tem que haver luz nas trevas, Tem que haver
tempero na comida. Então ter santidade é influenciar.

Se você ainda não tiver totalmente na glória de Deus por favor não tente estar nesse
ambiente ao qual você precisar influenciar senão você será influenciado por esse
ambiente.

Preste bastante atenção no que Paulo diz em 1Coríntios Capítulo 5.9.11


Não se associe com a hipocrisia.

Jesus falava para a gente ter cuidado do fermento dos fariseus e esse fermento é
hipocrisia é ser uma coisa na igreja e outra coisa dentro de casa, é falar uma coisa e não
fazer.

Graça
Graça é um favor não merecido.
Nenhum de Nós merece o favor de Deus. O filho pródigo quando volta ele diz para o
pai: trata-me como um dos seus servos, mas o pai não o trata da forma que ele merece
mas o trata como filho. Deus é assim ele não nos trata da forma que merecemos ele nos
trata da forma de Jesus.

Nossas orações não são respondidas por causa de nós, nossas orações são respondidas
por causa de Jesus Cristo.

Igreja que só vive a graça a palavra sempre é de ânimo. Você é amado, você é mais que
vencedor, você pode todas as coisas. Eles animam.

Uma igreja que só anima e não corrige, formará pessoas iludidas. Uma igreja que só
corrige formará pessoas desanimadas.

Mais uma igreja que corrige e anima formará cristãos maduros e equilibrados

Graça não é liberdade para o pecado. Graça é uma força que me leva a não pecar.

"A graça que não me muda, não me salva."

- C. H. Spurgeon

A graça não anula a nossa responsabilidade a graça anula o nosso mérito.

Eu tenho que orar, tem que jejuar tenho que ler a Bíblia, mas as bençãos por meio disso
não foi porque eu fiz foi por meio da Graça.

João 1: 14. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a
glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Na verdade, tanto a santidade sem a graça como a graça sem a santidade constituem
desequilíbrios nocivos para a igreja. Você conhece pessoas capazes de lutar pelo que é
certo mesmo machucando os outros, pessoas que parecem “matar um mosquito com um
canhão”? Agora, por outro lado, conhece gente tão amorosa, que é capaz de levantar o
ferido, ajudar os outros, e que, nesse propósito de ajudar, acaba deixando de lado a
verdade, por medo de machucar o outro?
A santidade de quem luta pela verdade e de quem ama, ao ponto de liberar graça a quem
precisa, são corretas e aconselháveis. O problema é o desequilíbrio entre elas.
Precisamos ser verdadeiros e lutar pela verdade, mas com graça suficiente para
abençoar quem está perto de nós.
O Verbo, Jesus, fez-se carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade. Ele foi
gracioso com Zaqueu ao ponto de se convidar para estar em sua casa, e, assim, a
verdade de sua vida constrangeu Zaqueu a abandonar o seu pecado. A Graça não lançou
pedras sobre a mulher adúltera, contudo, a verdade disse para ela não pecar mais. A cruz
mostra que o nosso pecado é terrível, mas que em Cristo somos perdoados.
Cristãos imaturos se enrolam no desequilíbrio entre santidade e graça. Por isso, querem
viver sua santidade isolada, sem ajudar e sendo duros demais com as pessoas ou
querendo amar, tanto, o pecador, que acabam sendo frouxas ao ponto de não falar a
verdade com ele.
Como ser verdadeiro e, ao mesmo tempo, gracioso? Vamos ser práticos! Primeiro
comece amando e não cobrando. Jesus não cobrou mudança, ele amou primeiro.
Lembre-se que você, constantemente, também precisa do amor das pessoas e da
paciência delas com os seus erros. Eu e você já cometemos os mesmos erros mais de
uma vez e precisamos do amor de Deus também. Quem não reconhece sua necessidade
pessoal da graça e do amor de Deus não demonstrará esse amor para outros.

Os fariseus não reconheciam seus erros e, assim, não recebiam perdão e graça. Por isso,
apenas cobravam os outros. Se você, constantemente, cobra e condena as pessoas, você
não tem a graça presente em sua suposta santidade. Cristãos que criticam, demais, os
erros dos outros e falam, demais, sobre seus acertos, são falsos santos.
Certifique-se de que tem amado e não condenado as pessoas, todavia não deixe de falar
a verdade, em mansidão, com as pessoas. Quando falamos a verdade em mansidão, não
estamos condenando, mas, sim, amando as pessoas. Quem nunca o repreende, só quer
ficar bem com você, não quer o bem para você. Silenciar a verdade, para ganhar a
aprovação do outro, nunca foi e nunca será amor. Deus é amor, porém nunca renunciou
à verdade para ter um relacionamento conosco. Deus amou o mundo, entretanto proibiu
a amizade com ele.
Se você quer ter equilíbrio entre a santidade e a graça, peça, também, sempre, direção a
Deus acerca de como falar. Há pessoas que já são quebrantadas, e uma fala carinhosa e
amorosa vai resolver. Outras vezes, ao lidar com corações mais duros, Deus vai te levar
a ser mais incisivo. Seja sensível, para perceber que não tem que falar, sempre, do
mesmo jeito.
Existem cristãos tão focados na graça que veem toda mensagem de correção como
condenação. Por isso, falam apenas de boas verdades para animar os crentes. Outros, tão
desequilibrados na santidade, que fizeram da correção sua única mensagem.

Céu e terra
Efésios 1: 10. De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da
plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;

Congregar é unir! Cristo uniu céu e terra.

Em nossos dias parece haver um desequilíbrio entre o céu e a terra. Por muitos anos os
cristãos viviam uma vida de conformismo, miséria e sofrimento, confortando-se com a
ideia de que no céu seria tão diferente. Nesse período se falava mais sobre a volta de
Jesus e o foco estava no céu. Com o passar do tempo, os cristãos foram percebendo que
Deus queria trabalhar na sua vida na terra. Assim, aos poucos, começaram a pregar
sobre prosperidade, cura divina e como viver as bênçãos de Deus ainda nessa terra.
Porém, alguns perderam o céu de vista pensando no sucesso terreno.

Vivendo pelo Céu


Quem vive pelo céu precisa deixar a visão celestial ser gerada por Deus no seu coração.
Essa pessoa não tem ambições, tem sonhos divinos. Não tem desejos, tem direções. José
não ambicionava estar numa posição maior do que seu pai, sua mãe e seus irmãos. Não
estava nos planos de Maria engravidar antes do casamento e carregar no seu ventre o
salvador da humanidade. Paulo almejava acabar com os pregadores do Evangelho e não
se tornar um líder entre eles.
Muitas pessoas hoje em dia, sem visão celestial, estão abraçadas a motivações terrenas
de sucesso. Elas não procuram ouvir o que Deus quer. Elas querem que Deus ouça a
vontade delas. Pedem que Deus abençoe o que elas estão fazendo, ao invés de buscar
saber o sonho abençoado que Deus fez sob medida para elas. Ambicionam pregar em
estádios lotados, quando Senhor sonha em vê-los cuidando de dependentes químicos.
Sonham em ser empresários bem-sucedidos, quando Deus os quer como missionários na
Índia. Desejam ser pastores de uma grande igreja, quando o céu almeja dá-los
prosperidade para que eles sejam financiadores da obra divina na terra.
A Bíblia diz que Deus é aquele que efetua o realizar. Porém, antes Ele gera em nós o
querer. “É Deus quem efetua em vós tanto o querer como o realizar” (Fp 2.13). Quando
Deus efetua em nós o querer, Ele nos ajudará a ter a motivação correta e os meios
necessários para a realização dos projetos.

Quando deixamos os propósitos de Deus nortearem as nossas ações, nos pouparemos de


fazer as coisas certas pelos motivos errados. O texto de 1 Co 13 nos diz que é possível
falar a língua dos anjos e dos homens, ter conhecimento, fé para transportar montanhas,
dons espirituais, dar os bens aos pobres e entregar o próprio corpo para ser queimado e
ainda assim não ser motivado pela coisa certa. (1 Co 13.1-3)
Podemos pregar para sermos elogiados. Cantar para sermos aplaudidos. Orar para
mostrar nossa espiritualidade. Dar para receber. Quando os propósitos de Deus não
queimam em nosso coração, nossas motivações saem do céu para ficarem reféns da
terra. É por isso que muitas pessoas param a sua obediência a Deus pelo que acontece
na terra.
Quem não está motivado pelo amor a Deus, deixou o seu coração vulnerável a questões
da terra. O Senhor Jesus disse:
“Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e
onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a
traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque
onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.19-21)
Perceba que quando ajuntamos tesouros no céu a traça, a ferrugem e os ladrões não
podem fazer nada quanto a isso. Traça e ferrugem nos falam de decomposição, algo que
vai se desfazendo. Os ladrões são aqueles que vem sem que estejamos esperando e nos
tiram algo que nos é valioso. Agora, repare: o endereço do nosso coração é o mesmo do
nosso tesouro. Nosso coração pode estar no céu, preservado da traça, da ferrugem e dos
ladrões ou exposto a assaltos e corrosões da terra.
Quando Jesus falou sobre oração, jejum e esmolas, Ele não condenou fazer essas
práticas em público. Mas sim, a finalidade dessas ações: “Portanto, quando você der
esmola, não anuncie isso com trombetas, como fazem os hipócritas nas
sinagogas e nas ruas, a fim de serem honrados pelos outros. Eu lhes garanto que eles já
receberam sua plena recompensa. [...] E quando vocês orarem, não sejam como os
hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de
serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que eles já receberam sua plena
recompensa. Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas,
pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os homens vejam que eles estão
jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena
recompensa.” (Mt 6.2,5,16 - NVI)

A grande expressão chave desse texto é: “a fim de”. Isso indica o propósito, a
motivação da ação. Jejuar, orar e ofertar são ações corretas, mas que foram corrompidas
pelo desejo de serem honrados e vistos pelos homens. Foi logo depois de dizer isso que
Jesus nos exortou, como acabamos de ver, a não ajuntarmos tesouros na terra e nos
alertou quanto as consequências disso (Mt 6.19). Por favor, pare e reflita. Fazer coisas
certas com os motivos errados é colocar o seu tesouro, e junto com ele o seu coração,
expostos à ferrugem e a traça e com uma placa escrito “me roube”.
Se você faz com o fim de ser honrado e visto pelos homens, a falta de valorização,
recompensa e visibilidade humana vai assaltar o seu coração. Por isso que temos visto
uma geração que perde o ânimo de obedecer quando não é devidamente reconhecida.
Que desiste porque o pastor não o elogiou. Para de falar quando acha que não está sendo
ouvido.
É pensando no galardão e recompensa do céu que faremos coisas incríveis na terra. Os
homens que você verá a seguir fizeram coisas incríveis porque era a recompensa do céu
que os motivava:
• Paulo: Esqueceu das coisas que para trás ficavam e avançou para as que estavam
diante de si, porque prosseguia para o alvo, para o prêmio da soberana vocação em
Cristo Jesus (Fp 3.13-14)
• Moisés: “Considerou o opróbrio de Cristo como maiores riquezas do que os tesouros
do Egito porque contemplava o galardão” (Hb 11.26)
• Jesus: Suportou a cruz porque queria ver o fruto do seu penoso trabalho (Is 53.10)
• Os bem-aventurados: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e
perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e
exultai, porque é
grande o vosso galardão nos céus” (Mt 5.12-13)
• José: Manteve sua integridade porque era movido pelo sonho celestial
Esquecer o passado, avançar para o futuro, preferir a vergonha de Cristo do que as
riquezas do Egito, suportar a cruz, regozijar-se na perseguição, manter o seu currículo
imaculado. Essas virtudes são possíveis apenas para quem está motivado pela
recompensa do céu.

Pés na terra
Já que é o céu que importa, então para que se preocupar com a terra? Vivamos como
miseráveis na terra, pensando apenas nas recompensas do céu. Esse é o pensamento dos
desequilibrados, dos que se fizeram surdos para ouvir a oração do Mestre: “Seja feita a
sua vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6.10).
O desejo de Cristo não é uma geração tão presa ao céu que deixou a terra de lado. Estar
com o coração no céu não é negar a terra, é compartilhar o céu com a terra. Muitos,
como dissemos no início, por pensarem apenas no céu, parecem ficar egoístas, não
querendo compartilhar o céu com a terra. Esse não é desejo de Cristo, nem deveria ser o
desejo do cristão maduro.
A tarefa de Jesus não era fazer pessoas alienadas com a terra ou apenas conduzir
pessoas ao céu. O chamado de Cristo era para trazer o Reino dos céus, o Reino de Deus
à terra. Observe: “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei- vos,
porque é chegado o reino dos céus” (Mt 4.17)
“Mas, se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, logo é chegado a vós o
reino de Deus” (Mt 12.28)
“Curai os enfermos que nela houver, e dizer-lhes: É chegado a vós o reino de Deus” (Lc
10.9) “nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Eí-lo ali! pois o reino de Deus está dentro de vós” (Lc
17.21) “dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado
nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16.19)

Jesus diz para se arrepender porque o Reino dos céus havia chegado na terra e trazido
consigo libertação e cura. Ele estabeleceu esse reino não externamente, mas dentro do
coração das pessoas. Concedeu as chaves do reino dos céus, não para influenciar os
céus, e sim para influenciar a terra.

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