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CEVIN

COMUNIDADE ENVANGÉLICA VINHO NOVO

ANTÍDOTO PARA INVEJA E DISCÓRDIA

Módulo 2.

A CIDADE DE CORINTO.
Paulo foi a Corinto por volta de 50 d.C.7 para iniciar uma campanha missionária de 18 meses nas casas. Ele se
encontrava em um próspero centro comercial. Tanto o tráfego por terra como pelo mar convergia para Corinto. A
cidade foi construída sobre um estreito desfiladeiro de terra que unia o norte e o sul da Grécia
Corinto era uma das mais “luxuriantes, efeminadas, ostentadoras e dissolutas cidades do mundo”.12 Era um lugar de
imoralidade excepcional e licenciosidade aberta que eram estimuladas pelo culto a Afrodite, com uma centena de
prostitutas do templo.

A IGREJA EM CORINTO.
A igreja em Corinto era uma igreja problemática. Nesta carta, Paulo foi levado a “denunciar os pecados que haviam
corrompido a igreja de Corinto.
Nos três anos que se passaram desde que Paulo deixara Corinto, os membros da igreja não se desenvolveram bem,
em termos espirituais. O apóstolo havia escrito uma carta para a igreja anteriormente; em 1 Co 5.9 ele escreve: “Já
por carta vos tenho escrito que não vos associeis com os que se prostituem”. Aparentemente a carta original,
chamada pelos estudiosos de “A Carta Anterior”, se perdeu. Paulo recebeu a informação de que a situação em
Corinto estava piorando. Ele mencionou várias fontes de informação.

ALGUNS DOS PROBLEMAS NA IGREJA DE CORINTO.


Divisões e partidarismos. Tolerância para com o pecado de incesto (um jovem tinha relação com a madrasta).
Imoralidade. Ação judicial entre os irmãos. Problemas entre ricos e pobres. Problema em relação a Santa Ceia.
Um dos problemas mais evidentes em Corinto era o das divisões espirituais. Durante a ausência de Paulo a igreja
havia desenvolvido grupos fechados, conflitantes facções egoístas que ameaçavam despedaçar a sua comunhão. O
problema era antigo. Paulo tentou mostrar a natureza não-cristã de um grupo rixoso, dividido e crítico de crentes
professos. Ele afirmou que a nova experiência em Jesus Cristo poderia resolver este antigo problema. Ao defender a
unidade cristã, Paulo apresentou vários contrastes, ou comparações, entre a vida dirigida pelo Espírito em Cristo, e a
vida egoísta e carnalmente motivada dos coríntios.

VANDERSON GONÇALVES
CEVIN
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Vamos analisar 1Co.3.1-7.


Paulo inicia dizendo que não pode falar com eles como a espirituais e sim como a carnais. 1CO.3.1.
Ele deixa claro três classes de homens: ESPIRITUAIS, CARNAIS E NATURAIS.
Os homens espirituais e os carnais são ambos crentes, mas de inclinações opostas.
Carnal é sob o controle da natureza carnal em vez de ser governado pelo Espírito de Deus.
Espirituais homens maduros na fé.
Os homens naturais são os indivíduos ainda sem regeneração.

Primeiro, a expressão crente carnal é potencialmente enganosa. A palavra carnal tornou-se associada com o pecado
sexual (entendemos com clareza o sentido da expressão “desejo carnal”). E nessa conjuntura Paulo não estava
acusando os crentes de Corinto de lascívia ou conduta sexual imprópria.
Paulo estava dizendo em 1 Coríntios 3.1 era que descobrira que não podia falar àqueles crentes como a “espirituais”
(ou seja, pessoas que tinham o Espírito), mas tinha de dirigir-se a eles como a “carnais” (ou seja, pessoas que não
tinham o Espírito). Portanto, embora, por um lado, Paulo acreditasse que seus leitores possuíam o Espírito de Deus e
os chamou de “irmãos”, por outro lado, sentiu que não podia dirigir-se a eles como pessoas que tinham o Espírito.
Essa foi a razão por que ele teve de representar-lhes os elementos básicos do evangelho nos dois primeiros capítulos
da epístola.
Sim, eles eram cristãos. Sim, tinham o Espírito. Mas, em certas particularidades, ainda a serem delineadas, não
agiam como pessoas que tinham o Espírito. Paulo os julgou espiritualmente imaturos. E acrescentou: “Leite vos dei a
beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis” (3.2).

Por que Paulo chama os crentes de Corinto de carnais?


A imaturidade e a carnalidade dos crentes de Corinto eram resultantes de dois fatores.

Em primeiro lugar, a imaturidade e carnalidade é consequência de não se ter apetite espiritual. A primeira razão da
imaturidade era revelada pela dieta espiritual. Paulo fala que estava dando leite para eles, porque não podiam
receber alimento sólido. Há alguns que pensam que a diferença entre leite e carne é que algumas pessoas da igreja
podem receber determinado tipo de ensino e doutrina enquanto outras não. Será que Paulo está dizendo que
algumas pessoas podem receber um tipo de ensino e que só mais tarde, elas podem receber outro tipo de doutrina?
Não é isso que Paulo está dizendo! A diferença é de aprofundamento. Você ensina as mesmas doutrinas para uma
classe de crianças e para uma classe de doutorado. Não existem doutrinas secretas destinadas apenas aos iniciados
e experimentados. Isso é gnosticismo e não cristianismo.

Na maçonaria que existe graus, são 33º graus. Os graus maçônicos mantêm os três níveis das guildas de artesãos
medievais: os de "aprendiz", "companheiro" e "mestre". Ao candidato desses três graus são progressivamente
ensinados os significados dos símbolos da maçonaria e confiados cumprimentos, sinais e palavras para indicar sua
posição a outros membros.
Quem esta no grau 1, não pode receber ensino de pessoas que estão no grau 2, então eles estão limitados a
receberam ensino devido os seus gruas. No evangelho não temos isso.

VANDERSON GONÇALVES
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Os mesmos temas tratados numa classe de neófitos são também estudados pelos crentes mais maduros.
Uma mesma verdade é leite e carne, esclarece Charles Hodge. João Calvino dizia que Cristo é leite
para os bebês e carne para os adultos. Você pode ensinar para a criança sobre Jesus de tal maneira que ela entenda
e você pode ensinar num curso de pós-doutorado sobre Jesus aprofundando as mesmas verdades. A mesma
verdade que ensinamos para os teólogos ensinamos para as crianças.

O que acontecia com a igreja de Corinto era que havia passado muito tempo, e os crentes ainda estavam nos
rudimentos da fé. Eles não demonstravam sinais de maturidade no conhecimento nem na prática da Palavra.
Por isso, Paulo os chama de crianças espirituais. O texto de Hebreus 5.11-14 revela que a maturidade não é apenas
uma questão de conhecimento, mas, sobretudo, de prática.
Por que é que os crentes de Corinto eram bebês?
Porque eles ouviam e não colocavam em prática. Por isso, Paulo está dizendo que é preciso que alguém chegue e
ensine sempre as mesmas coisas a eles. Os crentes de Corinto não exercitavam o que ouviam; por conseguinte,
eram crianças.
Sua razão para a abordagem relacionada à babá era que ainda não podiam suportar a Palavra. A deficiência estava
na falta de habilidade por parte deles para receberem o pleno cardápio do evangelho, e não na incapacidade de
Paulo de apresentá-lo.
Mas Paulo não estava disposto a permanecer como uma babá. Ele era um profeta.

Algumas das vezes ficava muito chateado por não ver progresso em algumas pessoas que eram ministradas, e quase
me levou a parar de investir no aprofundamento do estuda da palavra de Deus. Investia pesado para o progresso
dos irmãos e as vezes nada de avanço. Fazia conferência bíblica, discipulado, estudo bíblico e outras coisas para
tentar ajudar no crescimento e em alguns até hoje nenhum avanço.
Mas se até o apóstolo Paulo, o maior teólogo, o maior missionário e o maior plantador de igrejas. Dos 27 livros do
Novo Testamento, ele escreveu 13, pregou e alguns continuavam meninos, quem dirá nós.

Assim como Paulo, não parou de pregar por causa disso e nem de se aprofundar no estudo das escrituras sagradas,
nós temos que continuar oferecendo o povo o cardápio do alimento solido.
Alguns crentes estão sem orar, jejuar e meditar na palavra, e fazendo essas práticas os leva a espiritualidade, por
esse motivo quando a palavra é ministrada não recebem com agrado e as vezes não conseguem nem compreender a
voz de Deus. Um crente imaturo não tem apetite por alimento sólido.

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Em segundo lugar, a imaturidade e carnalidade é consequência de relacionamentos mal orientados. A imaturidade é


conhecida quando os crentes deixam de viver em união para formarem partidos dentro da igreja (3.3,4).

As Características do Cristão Carnal (3.3-9). Paulo lista várias características do estado carnal nos versículos 3-9. Esta
lista não extingue todas as expressões de tal estado. Mas ela ajuda Paulo a chegar ao primeiro dos maiores
problemas em Corinto, o das divisões.

1) Inveja (3.3). A palavra zelos é traduzida como inveja. E aquele espírito que faz uma pessoa arrastar outra a
fim de exaltar-se a si mesma. O invejoso se recusa a reconhecer os talentos ou os dons dos outros, contudo
se vangloria nestas mesmas qualidades quando ele mesmo as possui.

2) Contenda (3.3). A inveja leva à contenda. No grego clássico a palavra era muito poderosa. Neste contexto ela
é usada para sugerir a natureza de uma pessoa “dominada pelo ódio”. A inveja e a contenda apontam para
rivalidades não saudáveis e não-cristãs.

3) Dissensões (3.4-5). Uma outra característica do homem carnal é a dissensão. O resultado da inveja e da
contenda é geralmente uma expressão aberta e prática. Neste caso, ele se manifestou em uma lealdade que
é indigna em relação à liderança humana: Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apoio;
porventura, não sois carnais? (4) A exaltação da personalidade humana a ponto de ocorrerem divisões é um
ato da humanidade decaída. “Suas divisões eram um firme testemunho de sua mentalidade mundana, não
de sua percepção espiritual”.53 O apóstolo pergunta: Pois quem é Paulo e quem é Apoio, senão ministros
pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? (5) Apoio e Paulo não eram pequenos
deuses para serem servidos; eles, como todos os cristãos, eram servos do Senhor. Eles deveriam ser os
instrumentos, não os objetos da fé.54 O que Deus deu a Paulo e a Apoio, Ele deu a cada crente - um
testemunho do poder vivo do evangelho de Cristo.

VANDERSON GONÇALVES
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Vamos analisar o texto do capítulo 1 de Corintios.1.12. Paulo trata da divisão pelas mesmas coisas: facções.

Alguns estavam dizendo: Eu sou de Paulo, e eu, de Apoio, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Portanto, parecia haver
uma divisão quádrupla.

a) O Grupo de Paulo. O grupo de Paulo era provavelmente uma combinação de crentes simples e sinceros é a “velha
guarda”, composta dos patriarcas fundadores, ou membros fundadores.

Algumas pessoas confundem igreja com quartel, pensam que com o tempo serão promovidas e por fundar a igreja
tem sua cadeira cativa na igreja.
Temos que ter todo o respeito por pessoas que iniciaram a obra, mas essas pessoas não podem reivindicar
privilégios os desmerecer quem chegou depois.

b) O Grupo de Apolo. De acordo com Atos 18.24, Apolo era um homem eloquente, bem instruído nas Escrituras.
Com a grande ênfase sobre a expressão verbal em Corinto, era natural que alguns tivessem preferido o eloquente
Apolo ao menos impressionante Paulo (2 Co 10.10). Apolo era de Alexandria, e pode ter tido uma formação
intelectual interessante que, acrescida de sua habilidade oratória, teria feito dele um pregador que atraía muitas
pessoas.

Esse grupo é aquele que só vem na igreja quando o Apolo pregar. Ficam tão admirados com a eloquência de Apolo
que, quando outra pessoa ministra ficam desmotivadas a ouvir.
Essas pessoas selecionam culto para ir, se não for Apolo eu não vou no culto.

c) O Grupo de Cefas. Aqueles que seguiam a liderança de Pedro eram judeus convertidos que insistiam na idéia de
que os cristãos deviam observar a lei judaica.

Esse grupo é os religiosos, ele mensura a espiritualidade a partir do externo. Se você está de calca e camisa longa
você é espiritual, se tiver de bermuda e camisa você não é espiritual.
Fique claro que a bíblia nos orienta a se vestir com modéstia. Mas alguns cristãos mesmo ataviados dão mal
testemunho.

d) O Grupo de Cristo. Embora alguns estudiosos debatam a questão, parece válido aceitar um quarto grupo
chamado de “grupo de Cristo.

No meu ponto de vista, esse é o pior grupo. Por quê?


Porque eles não aceitavam autoridade de homem nenhum, não aceitavam a receber orientação de homens, diziam:
recebemos direto de Cristo e não precisamos de ninguém.

VANDERSON GONÇALVES
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Jesus deseja a unidade da igreja, ele orou por isso.


"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos
sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia
que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e
tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e
que os tens amado a eles como me tens amado a mim." (João 17:20-23)

A um óleo que só pode ser extraído da união.


Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas
vestes.
Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e
a vida para sempre.

Salmos 133:1-3

VANDERSON GONÇALVES

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