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O EVANGELHO E A TRANSFORMAÇÃO DE VIDA

NOVO TESTAMENTO – CARTA AOS ROMANOS (cap.: 12:1 até 15:13)


Prof. THIAGO BRAGA

Turma: 2022.1

Aluno: Caio Wallace Leandro Bernardo da Silva

PÚBLICA
TRANSFORMAÇÃO DA MENTE

Texto: Carta aos Romanos 12: 1 - 21

E não vos conformeis a este mundo, mas transformai -vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

INTRODUÇÃO

“E não vos conformeis com este século, mas transformai -vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
A Palavra de Deus nos passa a orientação de não nos conformar com este século. Há
alguns que tomam a direção de pensar por conta própria, sem entrar em conformidade
com a Palavra de Deus e, não poucas vezes, permitem ser direcionados pelos conceitos,
padrões e pensamentos do mundo”.

1. MUDANDO PADRÕES E CONCEITOS

A Bíblia explica que só experimentaremos a “boa, agradável e perfeita vontade de


Deus” quando decidirmos não nos conformar com este século.
De que modo podemos fazer isso?
Sendo transformados por meio da renovação da nossa mente. Concluo, então, que
renovar a mente é a chave para a nossa transformação necessária a fim de
podermos experimentar a perfeita vontade de Deus.
Renovar a mente implica em mudança de padrões, de pensamentos, d e estilo de vida
contrário aos princípios de Deus e, consequentemente, implica em renúncia. Renunciar
é o maior exemplo de crucificação do próprio eu, pois implica em deixar de fazer a
própria vontade para fazer a vontade soberana de Deus. É abrir mão de argumentos
como: “eu sou assim mesmo”, “Eu nasci assim e não posso mu dar”, “esse é meu jeito
de ser”, “eu acho assim” e esforçar -se para jogar fora toda maneira errada de pensar e
agir, e estabelecer um novo começo através da Palavra de Deus.
A renovação da mente não pode ser superficial. Tem que ser profunda a ponto de
processar uma transformação completa em todas as áreas da nossa vida. R enovar
significa tornar novo algo que já está envelhecido. É muito mais do que uma
restauração, é nascer de novo.

2. NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO

O pensamento do mundo não tem sua base nos princípios de Deus, mas numa força
sustentada na capacidade humana que vê os problemas, quase sempre, com
negativismo e difícil solução, sendo mais fácil acreditar que não vai dar certo e que não
se é capaz, do que se apegar ao poder de Deus que tudo pode e nunca vê o impossível.
Mas como renovar a mente? Não é tão fácil! Porém, se não fosse possível, Deus não
teria nos deixado essa direção. Muitos têm suas vidas atrasadas, não só no natural, mas
também no espiritual, porque deixam de lado a necessidade do “novo nascimento” que
consiste na regeneração da mente e na convicção de que somos dependentes da graça
e da misericórdia do nosso Deus, “deixando as coisas que para trás ficam” e passando a
viver uma nova vida guiada pelo Espírito Santo.

PÚBLICA
Paulo roga para que todos experimentem uma mudança de hábitos que constitua em um
culto racional que equivale à entrega do “corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus” (v.1). Fazendo a junção entre corpo e mente, o apóstolo mostrou que ambos estão
inevitavelmente ligados e que não há como separá-los. Um depende do uso do outro e
tem total participação no quesito adoração.

A conformidade ou aceitação de costumes que permeiam cada geração recebeu uma


espécie de “contraste” deveras sublime: “a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”
(v.2). Paulo nos exorta à constante vigilância da mente através de nossa vida prática.
Afinal de contas, não conformar-se com este século envolve o abrir mão de práticas e
costumes que não condizem com a vida que o Senhor planejou para o homem. Através
das entradas da alma, Satanás tem lançado inúmeras distrações e tentações que
amortecem os nossos sentidos para as coisas espirituais e nos aprisionam às
concupiscências deste mundo.

Corremos o perigo de até mesmo considerarmos nossos próprios atos religiosos como
grande coisa, roubando a glória que só pertence a Deus. “Não pense de si mesmo além
do que convém” (v.3) é um conselho contra o orgulho e a soberba. Paulo colocou a
variedade de dons num mesmo patamar. A expressão dons espirituais já diz tudo. São
“diferentes dons segundo a graça que nos foi dada” (v.6), ou seja, não vêm de nós,
mas de Deus. A prática destes dons, portanto, deve ser equivalente a uma adoração de
corpo e mente, todo o ser aos cuidados do Espírito Santo a fim de que a vontade de
Deus prevaleça em nossa vida. Cada adorador deve estar em plena harmonia com o
outro, como “um só corpo em Cristo e membros uns dos outros” (v.5).

Portanto, algumas virtudes são extremamente relevantes e indispensáveis na prática da


vida cristã. E, como sempre, o amor aparece como a primeira da lista. Mais do que uma
virtude, o amor deve ser um princípio fundamental posto em prática através do
altruísmo e das demais virtudes. Ele é a essência de todos os demais e define a
verdadeira religião, a religião de Cristo. É através do amor prático que o caráter de
Cristo é impresso em nossa vida. Consequentemente, o mal passa a ser detestável; fazer
o bem, nosso ardente desejo; a cordialidade, uma consequência inevitável; servir ao
Senhor, um prazer que nos satisfaz; na tribulação, nos tornamos pacientes; “na oração,
perseverantes” (v.12); as necessidades do próximo se tornam mais importantes do que
as nossas; a hospitalidade, nossa alegria; a perseguição, uma oportunidade de abençoar
quem não merece.

Não há lugar para o orgulho no coração daqueles que amam a Deus e desejam fazer a
Sua vontade. Fazer separação entre corpo e mente como se um não tivesse relação com
o outro no culto que prestamos ao Senhor é como querer que uma lâmpada acenda sem
estar ligada à energia, ou que a energia mostre seus resultados sem que haja um
receptor.

Caro, Professor Thiago, nossa mente é o centro de controle do nosso corpo e nosso
corpo é o resultado do que está cheia a nossa mente. E uma mente que é governada pelo
Espírito Santo redunda em um corpo que manifesta as atitudes do caráter de Cristo.

Já senti na pele, e creio que você também, a sensação de impotência diante de uma
injustiça. Ou o desejo de devolver na mesma moeda. Mas também já experimentei o
incomparável prazer de vencer “o mal com o bem” (v.21). E pela experiência de quem

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já experimentou ambos os lados, posso garantir que não há nada melhor do que fazer o
possível para ter “paz com todos os homens” (v.18). Retribuir o mal com o bem é a
nossa grande oportunidade de sentir na pele um pouco que seja do que sentiu o nosso
Salvador. É o privilégio de viver o amor em sua forma mais sublime. Portanto, não é
algo de que devemos nos orgulhar, mas confessar o quão dependentes somos da Fonte
de todo amor.

Seja a nossa adoração a Deus o resultado da plena união entre mente e corpo, e seremos
aceitos no Trono da Graça como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (v.1).

Texto: Carta aos Romanos 13: 1 -14

A mensagem deste capítulo é melhor entendida se vinculada ao capítulo anterior. Este é


o segundo capítulo em que Paulo oferece aplicações práticas do efeito real e verdadeiro
na vida de alguém que se TRANSFORMOU por inteiro através do Evangelho.

O Evangelho é o poder de Deus, não a teoria de Deus. Seu objetivo não é fornecer
meramente informação, mas poderosamente transformação.

O capítulo anterior encerrou falando de paz e amor. Gosto de afirmar que, “o crente
que se entrega ao bem, aceito por Deus, e com o poder do Espírito Santo, realiza
somente o bem. Consegue superar e vencer o mal. Tem uma conduta que
corresponde à vida nova em Cristo”.

Na sequência, sugiro a divisão do capítulo 13, assim:

1. Conduta em relação às autoridades (vs. 1-7):


a) Todas as autoridades provêm de Deus;
b) Autoridade dos magistrados;
c) Razão para sujeição às autoridades:
• Para evitar castigo;
• Por causa da consciência;
• Porque estão a serviço de Deus.
2. Conduta do crente para com o próximo (vs. 8-10);
3. Uma conduta à luz do dia: Obras do amor (vs. 11-14).

Segundo o capítulo anterior, o amor deve ser sincero (12:9) ter discernimento claro
quanto ao que é certo e o que é errado (12:9), e respeitar e honrar ao próximo (12:10).

No final do capítulo 13, Paulo deixa alguns princípios interessantes sobre o amor que
devem caracterizar o verdadeiro cristão.

• Amar ao próximo é uma dívida que nunca será possível ser paga, mas deve-se investir
no seu pagamento.
• Amar aos outros significa o cumprimento da Lei de Deus, a qual é essencialmente
amor.
• Amar de verdade é recusar-se determinantemente a fazer qualquer mal contra qualquer
pessoa.

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O amor é a essência do caráter cristão. Por amar a Cristo, aguarda ardentemente
encontrar-se com Ele. Por isso…

1. Busca sabedoria a fim de ter discernimento do tempo em que vive.


2. Discerne a atitude apropriada que deve ter no tempo do fim.

A teologia de Romanos mostra que o pecador que aceitou a justificação operada por
Deus através de Cristo caminha pela estrada da santificação, avançando diariamente.

Quem se despiu das vestes do pecado, se reveste do manto da justiça de Cristo. O novo
nascimento não nos deixa na velha vida!

Reavivemo-nos pelo poder da Transformação!

Texto: Carta aos Romanos 14: 1 - 23

Cristãos não devem ser tropeço a ninguém. A ideia “se alguém saiu da igreja por
causa das pessoas é porque nunca esteve lá por causa de Jesus” é uma aberração
teológica.

Cristãos que causam escândalo, condutor de pessoas ao pecado, descuidados na


conduta, serão culpados diante de Deus. Nossa influência deve ser sempre positiva,
nunca negativa. Devemos, sim, preocupar-nos com o que os outros estão pensando de
nós no quesito cristianismo.

Quero sintetizar em dois pontos o capítulo em análise:

1. Evite julgar (vs. 1-12);


2. Não seja o tropeço de um irmão ou irmã (vs. 13-23).

Cada cabeça é um mundo, cada indivíduo possui uma cosmovisão exclusiva. Somos
todos diferentes. Cada crente na igreja tem um ponto de vista, o que é apenas uma visão
de um ponto em relação ao todo. Portanto, mais do que julgar e condenar aos outros, é
importante tentar entender a opinião alheia – pode ser que sejamos nós que estamos
errados; portanto, evitemos julgar.

As nossas atitudes egoístas ou a falta de alguma atitude importante podem ser as razões
do afastamento de muitos cristãos de Cristo. Ser pedra de tropeço é tão ruim que Jesus
alegou o seguinte:

• “Melhor amarrar uma pedra no pescoço e jogar-se no mar que causar sofrimento a um
desses pequeninos!” (Lucas 17:2).

• “Se vocês os prejudicarem [os pequeninos, ou os fracos], intimidando-os ou tirando


proveito da simplicidade deles, logo irão desejar nunca ter feito isso. Seria melhor que

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vocês se jogassem no meio do mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço”
(Mateus 18:6).

Existem algumas situações na Bíblia onde ela não mostra claramente o que fazer – são
os chamados “pontos cinzentos”. Neste caso, cada pessoa deve agir conforme sua
própria consciência, de acordo com sua própria convicção. Paulo cita dois exemplos:

1. Na questão de carnes sacrificadas aos ídolos vendidas no mercado.


2. Na observância de dias especiais do sistema cerimonial do Santuário.

Os últimos princípios do capítulo estão pautados no amor cristão:

1. Não viver cada um para si.


2. Não criticar o irmão da fé.
3. Não ser obstáculo a ninguém.

Enfim, “não comam, façam ou falem nada que interfira na livre troca de amor cristão”
(v. 21). Vamos reavivar-nos urgentemente!

Texto: Carta aos Romanos 15: 1 – 13

“E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais
ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (v.13).

Fica claro no livro de Romanos a preocupação de Paulo quanto ao quesito


relacionamento. Tanto dos crentes com Deus, quanto uns com os outros. Uma igreja
desunida e apática certamente não era uma opção, nem tampouco uma igreja egoísta e
incrédula. Paulo exortou seus irmãos a viverem o altruísmo conforme o modelo deixado
por Cristo. “Porque também Cristo não Se agradou a Si mesmo” (v.3). E apontando
para as Escrituras, assinalou a sua finalidade: “para o nosso ensino foi escrito” (v.4).

A forma como lidamos uns com os outros define quem de fato nós somos. Quem possui
um coração mal intencionado geralmente não revela sua malícia a todos, mas somente
àqueles que deseja atingir. Mas aquele que é guiado pelo Espírito Santo glorifica o
nome de Deus diante de todos, ainda que nem todos queiram reconhecer. Somos
convocados para fazer parte de um só povo “que concordemente e a uma voz”
glorifique “ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.6). E para tanto,
precisamos ter o mesmo sentimento “de uns para com os outros, segundo Cristo
Jesus” (v.5).

O Espírito Santo é constantemente mencionado e destacados alguns de Seus atributos:


poder (v.13), santidade (v.16) e amor (v.30). Poder para “o sagrado encargo de
anunciar o evangelho de Deus” (v.16). Santidade para que nossa vida glorifique a Deus
“por palavra e por obras” (v.18). Amor “a serviço dos santos” (v.25) e “para conduzir

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os gentios à obediência” (v.18). A companhia do Espírito de Deus é viver
constantemente “na plenitude da bênção de Cristo” (v.29). É travar a mais árdua
batalha espiritual até que do alto recebamos a tão sonhada chuva serôdia. O Espírito
Santo na vida promove a troca do egoísmo pelo altruísmo e do ressentimento pela
simpatia.

Paulo pediu que seus irmãos lutassem com ele em oração a seu favor (v.30). Sua
peregrinação certamente enfrentaria algumas dificuldades, mas que não o impediriam de
avançar conforme o Espírito Santo o guiasse. E resoluto em ajudar seus irmãos pobres
que viviam em Jerusalém (v.26), continuou sua viagem blindado de “valores
espirituais” (v.27) a fim de que logo pudesse ver os frutos do “evangelho de Cristo”
(v.19). “Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação”
(v.2). Sigamos o exemplo de Paulo e “no poder do Espírito Santo” (v.13), sejamos
transformados conforme o caráter de Cristo “para a glória de Deus” (v.7) e para que
estejamos “possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para [nos
admoestarmos] uns aos outros” (v.14).

“E o Deus da paz seja com todos [nós]. Amém!” (v.33).

Referências Bibliográficas

 Introdução ao Novo Testamento - D.A. Carson, Douglas J. Moo e Leon Morris


 Bíblia 500 anos Nova Reforma de Estudo e Referência – NVI -
 Bíblia de Estudo da Fé Reformada – Almeida Revista e Atualizada
 Portal Luteranos – IELB

Comentários

 Martinho Lutero – Notas de Estudio a la Biblia de la Reforma - 2017


 R. C. Sproul – Reformacion Study Biblie - 2015

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