Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bases da Fé
Lição 7
A conversão
Definição de conversão
Precisamos antes de tudo definir o que é conversão, para somente depois tratar
especificamente sobre ela. A conversão que estamos tratando aqui, uma conversão cristã, ou
seja, é uma conversão a Cristo. Podemos defini-la, basicamente como John Gill a define: “A
conversão é uma obra de Deus, verdadeira, real, interna na alma do homem. A conversão
verdadeira e autêntica não é somente uma sensação de que o pecado nos acusa e nos
incomoda, vai bem mais além disso”.
É uma transformação que Deus traz para o coração do homem, que o leva a voltar seus
pensamentos, mente e coração para Deus. A conversão ainda é quando o homem sai das
trevas para a maravilhosa luz de Jesus e do santo evangelho. Veja o que Jesus diz ao apóstolo
Paulo, no momento da sua conversão, em Atos 26.17-18: “Eu o livrarei do seu próprio povo e
dos gentios, aos quais eu o envio para abrir-lhes os olhos e convertê-los das trevas para a luz,
e do poder de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre
os que são santificados pela fé em mim”.
A pergunta sempre surge: se eu não fiz nada de errado, ou se eu não cometi nenhum
crime ou pecado, por que, ainda assim, preciso me converter? Por muitas vezes os
pensamentos errôneos irão atrapalhar o processo de conversão das pessoas, por isso, antes de
mais nada precisamos entender o porquê da necessidade da conversão.
Precisamos urgentemente entendermos que nós, sendo bons ou não aos olhos da
sociedade, aos olhos dos nossos próximos, dos nossos familiares, de nenhuma forma somos
justos aos olhos de Deus antes de estarmos em Cristo. Muitos de nós temos a impressão ou a
crença de que se não fazemos nada de errado publicamente, não somos, então, injustos
perante o Senhor, mas estamos completamente enganados. Nenhum homem, que não esteja
em Cristo é visto como justo diante de Deus, porque somente o Senhor Jesus pode nos fazer
justos diante de Deus e é exatamente isso que Ele faz com aqueles que experimentam de uma
conversão verdadeira e que vem de Cima. Só podemos ser justos, vistos desta forma, quando
somos alcançados por Cristo e somos convertidos a Ele. Como podemos afirmar com tanta
categoria que não somos justos perante Deus? Vejamos o que nos diz o texto de Romanos
3.10-12: “Como está escrito: ‘Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que
entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram-se juntamente inúteis;
não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer’”. A própria escritura nos deixa mais
do que claro, que não há nenhum justo, nenhum sequer. Por isso, nós não temos como nos
considerarmos justos diante de Deus antes de estarmos na rocha, que é Cristo e que nos
garante que somos justos, Nele.
E ainda mais, veja o que nos diz o texto de Efésios 2.1-3: “Vocês estavam mortos em
suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem
deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na
desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as
vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos
por natureza merecedores da ira”.
3
O texto mais uma vez nos alerta de que somos pecadores e caídos antes de Cristo,
portanto, diante de provas bíblicas, por mais que sejamos cidadãos, por mais que sejamos
moralmente bons em sociedade e para a sociedade, continuamos a ser pecadores diante do
Deus santo. Porque há pecados em nossos pensamentos, em nossos prazeres escondidos, que a
sociedade não vê, mas Deus vê e sabe, por isso, somos depravados e pecadores mortos
espiritualmente, antes de Cristo.
Após a conversão de uma pessoa, há um processo, é claro que não acontece de um dia
para o outro, as mudanças vão ocorrendo de acordo com o entendimento bíblico e espiritual
que o novo convertido vai obtendo. Esse conhecimento se dá por meio das disciplinas
espirituais (oração, jejum, leitura diária da bíblia), e também por meio do “ouvir a palavra de
Deus”. A mudança que é necessária para que a conversão de uma pessoa seja tida como
verdadeira, deve ser radical e ocorre na natureza, no coração e na vida do novo convertido.
Pense, se antes, nossas atitudes, nossos pensamentos iam contra o senhor nosso Deus, agora,
como novas criaturas nascidas em Jesus, precisamos mudar de forma radical em nossa
natureza, coração e vida.
Vejamos o que nos diz o texto de II Coríntios 5.17: “Portanto, se alguém está em
Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”. Veja
que o texto nos mostra que as coisas antigas já passaram, não há como um verdadeiro
convertido em Cristo continuar com práticas pecaminosas. Claro, entendemos também que
nenhum de nós, por mais que tenhamos uma conversão verdadeira deixaremos de pecar
totalmente, não cremos em uma perfeição completa aqui neste mundo vil, sabemos que aqui
nesta terra a conversão de um crente é exposta quando se há guerra contra o pecado e uma
busca incansável pela santidade em Cristo, o que chamamos de santificação. E mesmo
sabendo que depois de convertidos, ainda pecamos, também sabemos que, por causa dos
méritos de Jesus, nós somos justos diante de Deus e não há nenhuma condenação sobre nós,
4
que estamos em Jesus. (Rm. 8.1). A conversão do crente gera uma mudança, uma nova vida,
um novo nascimento, a partir do momento que Cristo alcança o pecador e o converte pela
doçura de sua graça, este homem jamais será o mesmo, pois ele teve um encontro real com
Cristo. Por isso seu coração, mente, atitudes e tudo o mais que vier dele será completamente
transformado, porque agora, está em Cristo!
Sobre este novo nascimento, esta nova vida, denominamos de Regeneração, veja o que
Charles Spurgeon diz sobre a regeneração e conversão que estão intimamente ligados um ao
outro: “ Regeneração e Conversão, o primeiro é a causa secreta, e o outro é o efeito manifesto,
produzem uma mudança radical e grandiosa no caráter”. E para confirmar, veja o que o texto
de Romanos 6.17 nos diz: “Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos
do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida”.
Arrependimento e conversão
Veja o que William S. Plummer nos diz sobre este assunto: “Aquele que realmente se
arrepende, sente principalmente, dor pelos seus pecados. Aquele cujo arrependimento é
5