Você está na página 1de 7

Aula 11 – O amigo importuno e a viúva insistente.

Texto base: Lucas 11.5-8 e Lucas 18. 1-5

Introdução

Antes de iniciarmos, é interessante entender que a revista traz duas parábolas


que se encontraram em capítulos diferentes. Provavelmente por imaginar ou defender
que estás duas parábolas tem o mesmo tema central

A persistência na oração. Nós iremos analisar as duas separadamente, fazendo


alguns adendos e entendendo algumas coisas, após isso iremos aplicar ao nosso
cotidiano os ensinamentos dessas parábolas. Nós iremos utilizar as aplicações da revista
como nossas aplicações finais, por isso vou expor as duas parábolas, dando já algumas
aplicações e depois passaremos para as aplicações da revista.

Lembrando ainda uma coisa muito importante, estas duas parábolas não falam
somente sobre a persistência na oração ou centralmente sobre oração, esses são os
conteúdos centrais desta parábola, mas temos outros assuntos contidos dentro dessa
história que iremos analisar e aplicar para as nossas vidas.

Parábola 1

Iniciaremos com a parábola do amigo da meia noite como é chamada pela


maioria dos cristãos e expositores da Bíblia. Essa parábola está encaixada, inserida
dentro de um contexto em que os discípulos de Jesus pedem para que jesus os ensine a
orar, por que eles viram que ele estava orando, então, jesus os ensina e após isso, lhes
profere está parábola que lemos

Um dos primeiros detalhes que precisamos notar aqui, está fora da parábola, mas
está dentro do contexto: o fato de que o próprio Cristo estava orando, nos leva a
entender a importância da oração para as nossas vidas.

O próprio Cristo, filho de Deus, deu importância a oração, não subestima o


poder da oração, crê na oração e ensina aos seus discípulos a como orarem. E é
necessário lembrar que a oração modelo ecoa para nós até os dias de hoje, por tanto,
jesus nesse texto está se direcionando a nós também. Ou seja, nós cristãos do século xxi
devemos também dar importância a oração, por que o nosso mestre jesus deu.
Por isso irmãos, nós precisamos orar. É difícil para nós orarmos e eu entendo,
por que também enfrento dificuldades em orar. Cada um de nós por motivos diferentes.
Alguns questionam o porquê de orar, como assim? Deus é soberano e eu preciso orar?
Pedir? Se ele já sabe todas as coisas?

Será que a oração muda o percurso das coisas vividas aqui nesta terra? Será que
se orarmos o senhor irá mudar de ideia? Será que se persistirmos em oração o senhor irá
nos abençoar logo? Esses são questionamentos válidos, mas que só os fazemos por que
não entendemos o que é a oração, e por que frequentemente oramos de forma errada.

Vejamos um exemplo que simplifica o que é a oração: O objetivo da oração não


é conseguir que a vontade do homem seja feita no céu, mas que a de Deus seja feita na
terra".

Ou seja, orar não é pedir nossa vontade, mas sim a vontade de Deus, como nos
ensina a oração modelo. Por não orarmos de acordo com a. Vontade de Deus, por não
orarmos de forma correta é que temos nossos pedidos não respondidos e acabamos nos
frustrando.

Pois agora que já entendemos sobre o contexto dessa parábola e também


algumas coisas centrais e básicas sobre a oração, podemos seguir para a primeira
parábola, que é a do amigo que chega à meia noite.

Jesus conta uma história aos seus discípulos sobre um homem que vai até a casa
de um de seus vizinhos, atrás de pão para dar a um amigo que chegou em sua casa no
meio da madrugada, ou da noite, como o texto nos diz

Mas é claro, uma pessoa chega na sua casa pela madrugada, seus filhos e sua
esposa ou esposo está dormindo, dificilmente você irá atender essa pessoa cordialmente.

Foi o que ocorreu na parábola, o homem que estava em casa, dormindo com sua
família, não quis atender seu vizinho que procurava por pão para sua visita e
inicialmente disse: não me perturbe. Isso é totalmente entendível, afinal já era tarde.

Mas o homem que precisava do pão, para compartilhar com o viajante, insistiu,
pois naquele horário não havia possibilidade de compra, nem de nada do tipo e ele
entendia a situação do viajante também
A sua insistência, fez com que o seu vizinho cedesse o seu pão. Ao olharmos de
primeira vista, por cima, podemos entender que jesus está trazendo aqui a insistência na
oração ou a perturbação na oração para que sejamos respondidos por Deus. Aqui entra
um ponto superimportante, e talvez uma discordância, uma mínima discordância que eu
possa ter com o escritor desta lição.

O autor da revista trata estas duas parábolas como parábolas sobre persistência
na oração, na segunda, tudo bem, de fato a parábola está tratando centralmente sobre
isso, mas nesta primeira parábola é diferente, Jesus não está destacando a persistência
na oração como tema principal aqui. O ponto principal nesta primeira parábola é o
desejo de Deus em cuidar de seus filhos.

O texto faz um paralelo posteriormente, e podemos considerar esse paralelo


entre o próprio Deus e o vizinho, Ora, se mesmo o vizinho que é um homem comum e
ainda negou de primeira mão um pão, mas depois lhe cedeu o pão, quem dirá o seu pai
celeste! Ele lhe dará tudo o que precisar, por isso o texto diz; peça e lhes será dado. Mas
antes também, nos ensina o que devemos pedir e como devemos pedir.

Nessa parábola do amigo da meia noite, é claro que há um aspecto importante,


nos ensinando a persistirmos nas orações, não que por causa desta nossa insistência
nossa oração seja respondida mais rapidamente, mas simplesmente por que persistir na
oração fortalece nossa fé em Deus e em suas maravilhas, nos faz mais confiantes nele e
em sua ação em nosso favor.

Mas, o principal aspecto que a parábola está trazendo é sobre o desejo de Deus
em cuidar de nós, diferente do vizinho que nega um pão e só o dá pela importunação, o
nosso Deus nos dá o que precisamos de verdade, nos concede aquilo que realmente
necessitamos e sabemos mais ainda, que se mesmo durante a noite, precisarmos dele,
ele estará conosco! Muito bem, esse é um breve resumo da primeira parábola. E é claro,
que elas duas, as duas parábolas têm muito em comum, por isso podemos estuda-las
juntas ainda.

Parábola 2

A segunda parábola é sobre a viúva insistente. A parábola que lemos no início


nos fala basicamente de uma viúva que insiste com um Juiz para que este lhe faça
justiça contra o seu adversário. Bem, não sabemos que causa é esta, a bíblia não deixa
isso totalmente claro. E ainda a história continua nos dizendo que o juiz ouve o clamor
daquela mulher pelo fato de ela estar o aborrecendo demais. E então, Jesus aplica isso
ao coração dos seus discípulos.

Fazendo um contraste com o rei ímpio e que não honrava a Deus. Aqui entra
uma questão histórica bem interessante, naquele tempo os juízes realmente demoravam
para ouvir as petições do povo, mas aqueles que tinham mais condições, mais dinheiro,
subornavam as autoridades para que seus pedidos fossem logo concedidos, mas o caso
dessa viúva, ela não tem como subornar, por isso insiste.

Então, vem o contraste com o nosso senhor Deus, ora, se até um juiz
irresponsável e ímpio, ouviu o pedido daquela pobre viúva, quanto mais o nosso senhor
Deus que é totalmente perfeito e bom e que nele não há nenhum sinal de injustiça e
nenhuma sombra de variação! Ele também ouvirá as nossas orações sinceras, quando
oramos de acordo com a vontade dele!

Aqui, nesta parábola, temos muitos pontos para observarmos. No início da


parábola, o texto nos diz que havia um juiz que não temia a Deus. Já podemos destacar
isso, nem toda autoridade levantada no nosso mundo ou país, temerá o nosso senhor
Deus, alguns serão rebeldes.

E sobre a insistência da viúva, há aqui um ponto para tomarmos cuidado,


bastante cuidado. Como já vimos antes, a viúva não tinha dinheiro para subornar o rei,
por isso ela pedia incansavelmente. E com vimos antes, o nosso Deus é o oposto deste
juiz ímpio, por isso não pensemos que podemos subornar o nosso Deus com alguma
coisa que temos, ou com votos que fazemos ou com a nossa própria insistência, a
vontade de Deus sempre será melhor e sempre será cumprida.

Quando Jesus profere a parábola, ele mesmo dá a sua aplicação no verso 7. (Ler)
Jesus está nos mostrando a importância da oração e da perseverança da própria oração.
Precisamos aprender sobre constância na oração meus irmãos, precisamos aprender
sobre fervor e insistência na oração.

Ainda no verso 7 e 8 entendemos que somos um povo escolhido por Deus, e que
ele nos vingará destas coisas que passamos aqui, como a viúva passava, mas essa
vingança não é para satisfazer os nossos desejos carnais, mas sim para nos provar a
proteção de Deus sobre nós o que nos leva a orarmos a ele pedindo, também proteção
insistentemente e dessa forma, aprimoramos a nossa confiança em Deus, nosso pai que
nos guarda.

E no fim do texto, Jesus enfatiza que a fé será uma raridade no fim dos tempos.
É isso que será mais raro do que o ouro puro de Ofir, encontrar homens e mulheres com
fé verdadeira, não é todo ser humano que é raro, mas sim a fé em jesus no fim dos
tempos que será totalmente rara, difícil de se encontrar, difícil de se ver, Esses últimos
versos são indicações apocalípticas de Jesus, ou seja, ele está apontando para o fim dos
tempos.

Agora, vamos para a revista tirar algumas aplicações sobre as duas parábolas no
geral. Como nós já vimos aplicações sobre outros assuntos, neste final, iremos nos
basear na revista e fazermos apenas aplicações sobre a persistência e importância da
oração.

Aplicações

1 – A necessidade de orar (Lucas 11.5-6) – Aqui o autor trata a insistência do


homem que pedia pão, como insistência da oração e o paralelo é válido. Devemos
persistir em oração, devemos insistir na oração, mas sempre lembrando que devemos
orar da forma correta, assim como Jesus ensinou anteriormente aos seus discípulos e
também devemos ter em mente que a nossa oração não serve para obrigar Deus a nos dá
o que queremos, mas a perseverança na oração serve para desenvolver em nós confiança
em Deus.

2 –A oração é dever dos servos de Deus (Lucas 18.1-8) – Toda a parábola fala
sobre a insistência da viúva, mas no verso primeiro nós percebemos que Deus diz aos
seus discípulos que eles devem orar sem desanimar. Veja, é Jesus quem está mandando!
Devemos orar em desanimar!

Faremos apenas essas duas aplicações pela revista, por que entendemos e deu
para entender que as outras aplicações já estão inclusas aqui, de alguma forma.

Podemos aplicar ao nosso coração ainda uma coisa muito importante e que
devemos guardar para sempre! É o poder da oração. A oração tem poder irmãos, poder
mesmo. Mas não é poder desse que queremos, que oremos e venha fogo dos céus, que
oremos e venha chuva imediatamente, que aconteça tremores com nossas orações, não,
esse não é o poder da oração, por mais que eu creia que estas coisas possam ocorrer,
O poder da oração está em nos moldar à vontade de Jesus! A nos levar cativos a
vontade de Cristo! A nos revelar verdadeira confiança em Deus, e nos levar a termos
intimidade com o Cristo vivo! A nos mostrar as benesses da vida eterna já aqui, A nos
levar a enxergarmos as coisas pelos olhos da fé! Esse é o poder da oração.

Quando lemos estas duas parábolas nós vemos os pedidos dos dois personagens
se cumprindo, tanto a do homem que pediu o pão, quanto da viúva que teve sua causa
atendida. E nós podemos pensar que estas coisas ocorreram somente pelo fato de os dois
terem insistido em suas causas, terem sido incansavelmente persistentes e por isso eles
conseguiram o que queriam.

Mas esse não é o ensinamento da parábola, a parábola não está nos dizendo que
tudo o que quisermos será concretizado se persistirmos, não. Veja, tem muitos de nós
que persistimos tanto em concursos e nunca passamos, tem muitos que persistiram em
oração por uma causa, ou um bem material e nunca ganhamos, a parábola não trata
sobre persistência para conquista. Mas fala sobre persistência na oração e sobre o
cuidado de Deus por nós.

Então nós podemos nos revoltar e perguntarmos por que que o nosso Deus não
responde nossas orações, por que que nós insistimos tanto em algumas coisas, assim
como a viúva, assim como o judeu atrás do pão, mas nunca temos essa tal coisa que
pedimos, nós não nos conformamos em não termos o que pedimos ao Senhor, queremos
que ele nos responda imediatamente, por que queremos ser atendidos e recebermos logo
o que pedimos. Como nós somos arrogantes né?

E nós ficamos com este questionamento: o próprio Deus diz que se eu pedir ele
vai me dar, mas então, por que que eu peço tanto a Deus determinada coisa, mas nunca
ele me abençoa com isso? Como pode isso ocorrer? Por que que eu tanto peço a Deus
uma benção, uma casa, um carro, riqueza ou algo do tipo ele não me dá? E olha que eu
persisto nas orações, sou persistente como o Judeu e a viúva. Então por que não sou
respondido? Então irmãos? Por que?

A primeira parábola que lemos, traz uma boa implicação para nós, no texto
posterior a parábola que lemos, diz o seguinte: "Qual pai, entre vocês, se o filho lhe
pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos,
quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem o pedir! "
As vezes nós oramos ao nosso pai celeste, pedindo coisas que não são para
nosso bem e nem estão em conformidade com a vontade de Deus. Veja, se o filho
pedir o pai um peixe, o pai lhe dará uma cobra? O pai lhe dará algo ruim? Claro que
não, por que é o seu filho! As vezes nós pedimos a Deus certas coisas que podem ser
comparadas com o texto como cobras, ou com o escorpião e por isso o nosso Deus não
nos concede, por que ele é nosso pai e jamais nos dará coisas que nos destruam!

Muitas vezes pedimos coisas a Deus que em nossa mente limitada, é bom para
nós, vai nos fazer bem, mas não enxergamos o total, e na verdade o que pedimos pode
nos destruir, pode nos envenenar, é por isso que o nosso pai celeste, que sabe o melhor
para nós, não nos concede certas coisas!

Creiamos que o nosso Deus sabe o melhor para nós! Oremos pedindo aquilo
que necessitamos, pois, oração é também petição, mas, tenhamos em mente que o
nosso senhor só nos responderá de acordo com a sua própria vontade e isso é, de fato,
o melhor para nós! E não desanimemos em orar, persista, por que assim, você está
aprendendo mais de Deus, aprendendo a ter mais confiança e também está se
mantendo mais próximo de Deus.

Conclusão

Que possamos insistir na oração, que possamos ficarmos firmes na oração, pois
quando realmente orarmos, de acordo com a vontade de Cristo, veremos de fato, o
poder da oração! Sejamos insistentes como a viúva, saibamos que o nosso Deus não é
um Juiz ímpio, mas é um juiz rico em misericórdia. Saibamos que o senhor, é além do
vizinho que nega um pão, ele nos dá tudo o que precisamos! Amém!

Você também pode gostar