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IGREJA EVANGÉLICA FILHOS DE ABRAÃO

CURSO DE TEOLOGIA
Professor: Pr. Carlos Costa

DESENVOLVIMENTO

DO PROCESSO DE

SALVAÇÃO

Luciano Velez Freitas


INTRODUÇÃO

“Mas, quando apareceu a benignidade e o amor de Deus, nosso Salvador,


para com os homens, não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas,
segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da
renovação do Espírito Santo, que abundantemente ele derramou sobre nós por
Jesus Cristo, nosso Salvador, para que, sendo justificados pela sua graça,
sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.” Tito 3:4-7

Podemos dizer que o texto acima citado, nos aponta todo o desenvolvimento
do processo de salvação da vida do cristão, pois tal processo se dá sobre três etapas:
pela JUSTIFICAÇÃO concedida por Deus, através de Jesus Cristo; pela
REGENERAÇÃO feita pelo Espírito Santo; e pela SANTIFICAÇÃO que é fruto de uma
vida com Jesus.
Neste trabalho, estarei discorrendo cada etapa deste processo, que o Homem
só consegue alcançar mediante a fé na crucificação, morte e ressurreição de Cristo
Jesus.
JUSTIFICAÇÃO

“... mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos
naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor, o qual por nossos
pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.” Romanos 4:24,25

Antes de nos entregarmos a Cristo, pesavam terríveis e verdadeiras acusações


sobre nossas vidas, que pelo sacrifício expiatório e substitutivo de Cristo, foram
anuladas, pois Jesus pagou na cruz do Calvário, a pena que substituiu nossa
condenação. Cabe a nós , crermos mediante a fé na obra que Jesus operou, pois foi
uma ato de graça e amor de Deus para nós, sem que tivéssemos mérito algum. A fé
não é a causa de nossa justificação, mas o meio instrumental para nos unir a Cristo, o
nosso justificador. Por isso, a conseqüência direta da justificação é: o perdão dos
pecados, a reconciliação do pecador com Deus, a segurança da salvação e a
santificação da vida.
Para estarmos justos e santos diante de Deus, é necessária a justificação, para
que o diabo não nos acuse dos pecados que Cristo perdoou, a fim de que sejamos
participantes das bênçãos da salvação. A pessoa justificada está livre de condenação
e é herdeira da vida eterna, tendo como resultado prático a paz com Deus.
É impossível o homem autojustificar-se! A justificação alcança aqueles que
reconhecem que precisam dela. No livro de Lucas, capítulo 18, versículos de 9 ao 14,
Jesus nos ensina essa realidade espiritual através da história de um fariseu que,
orgulhosamente, se justificava por evitar certos pecados, mas não alcançou a
justificação; e na mesma ilustração havia também um publicano, que ao reconhecer
sua miséria diante de Deus, os seus pecados foram perdoados e sua vida justificada.
O Senhor Jesus, o justo, morreu na cruz tomando sobre si todas as acusações contra
nós, mediante a isso, a justificação não é o esforço humano por pureza ou santidade,
mas o andar em retidão diante de Deus por meio de Cristo, pois quando deus nos
olha, depois que nos tornamos nova criatura, em Cristo Ele nos enxerga sem pecado,
mesmo ainda com nossos defeitos e falhas. Então, a justificação do pecador vem pela
graça de Deus, e não por méritos pessoais.

REGENERAÇÃO

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas


já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5:17

A transformação de um pecador justificado em uma nova criação, um novo


homem, dando-lhe um novo coração, tornando-o filho de Deus e fazendo-o passar da
morte para a vida, através da ação divina, é o que chamamos de regeneração. É muito
importante dizer, que a regeneração é diferente da conversão. A conversão é voltar-se
inteiramente para Deus, é a resposta humana à regeneração no processo de
salvação, enquanto que a regeneração é um fenômeno incompreensível à mente
natural, é um milagre operado por Deus na natureza humana. Portanto, é Deus o
operador dessa transformação.
Em João 3:5 encontramos essa frase dita por Jesus à Nicodemos: “Na
verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito
não pode entrar no Reino de Deus.” Para fazermos parte do Reino de Deus,
precisamos nascer do Espírito e nos tornarmos nova criatura, pois ele é o agente da
regeneração, é ele quem opera a vivificação em nós. O Espírito Santo age através da
Palavra de Deus e faz germinar vida no coração do salvo, e onde havia morte, ofensa
e pecado, ele faz brotar entusiasmo espiritual e vida abundante.
A vitória sobre o pecado, a carnalidade e as práticas contrárias ao Evangelho,
o conhecimento da vontade de Deus, o testemunho interior do Espírito Santo
atestando nossa filiação ao Pai, o intenso interesse de praticar a justiça, o desejo de
estar em comunhão com deus e adorá-lo, o amor intenso a Deus, e aos irmãos, a
rejeição das coisas mundanas, o amor a Palavra de Deus, e pelas almas perdidas, são
algumas mudanças que passam a fazer parte de nossa vida, e que nos permitem
identificar se somos regenerados. Mas muitas vezes nos deparamos com a
impossibilidade de manifestarmos essas mudanças o tempo todo, pois é óbvio que
não somos perfeitos, mas consideravelmente elas estão presentes na regeneração da
pessoa.

SANTIFICAÇÃO

No momento da justificação do crente, se inicia um processo de cooperação


entre ele e Deus, ou seja, ainda que a santidade do crente precise ser aperfeiçoada,
Deus o vê como santo, para isso, na santificação, o crente precisa se afastar, se
separar do pecado para viver uma vida inteiramente consagrada a Deus,
desenvolvendo nele a imagem de Cristo. A santificação é outorgada ao cristão porque
Deus o vê santo, separado e amado por Ele, pois estamos firmados em Cristo e os
pecados não têm mais lugar em nossas vidas, vivemos o processo de conversão.
No capítulo 12 da carta aos Hebreus, no versículo 14, encontramos o seguinte
texto: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá a
Deus...” A santificação é algo que devemos almejar e priorizar, pois se ela não fizer
parte de nossa vida, naquele grande dia, não veremos a Deus. E há uma insistente
resistência a esse processo por parte de nossa natureza pecaminosa. O salário do
pecado é a morte, por isso, Deus anela pela santificação dos seus filhos, não por
capricho divino, mas sim porque nosso Pai de amor não quer ver seus filhos mortos no
pecado, pois isso contraria sua natureza amorosa. Assim, para aniquilar a morte pelo
pecado, “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).
Deus enviou seu Filho para nos libertar do pecado a fim de vivermos uma vida santa.
CONCLUSÃO

Através das conseqüências positivas que o desenvolvimento do


processo de salvação traz sobre a vida do cristão, que como pessoa foi justificado,
regenerado e santificado, ele deve demonstrar e anunciar ao mundo perdido, que
somente Jesus Cristo pode salvar e transformar a vida do pecador. Essa deve ser a
prerrogativa do cristão que, verdadeiramente, foi salvo, obedecer a ordenança do
próprio Jesus: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”
Marcos 16:15.
BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Plenitude – Versão Almeida Revista e Corrigida –


Sociedade Bíblica do Brasil;

Site de pesquisas Google – Link:


www.google.com.br/amp/s/escoladominical.assembleia.org.br/untitled-25/amp/

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