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AULA 08 - ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA

Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar
ainda mais.
E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que
estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que
estão debaixo da lei.
Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei
para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão
sem lei.
Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para
todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.

1 Coríntios 9:19-23
Um Período De Significativas Mudanças
Teocentrismo

O Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro", que significa literalmente "Deus como centro do
mundo") é a doutrina calcada nos preceitos da Bíblia, donde Deus seria o fundamento de tudo e responsável por
todas as coisas.

Esse pensamento vigorou durante o período da Idade Média, e torna-se oposto à doutrina posterior,
o antropocentrismo bem como ao humanismo renascentista, cujo foco está sobre o homem como o centro
mundo. Destarte, o teocentrismo esteve focado sobretudo na valorização do pensamento sagrado de forma que o
prazer era visto como pecado. Assim, o desejo divino sobrepõe-se à vontade e racionalidade humana
Teocentrismo
Sem espanto, o Teocentrismo Medieval (não é o verdadeiro teocentrismo bíblico) representou a
relação entre o divino (religião) e os cidadãos do medievo, ou seja, a existência de uma única verdade,
inspirada em Cristo e nos preceitos da Bíblia. Foi dessa maneira, refutando ideias científicas e empiristas,
que a religião e consequentemente Deus, permaneceu durante séculos como a figura central e salvadora,
presente na mentalidade da população, bem como nos aspectos sociais, políticas, culturais e econômicos
da época.

Obra Renascentista:
A Criação de Adão
Michelangelo, detalhe da
Capela Sistina, Vaticano
Antropocentrismo

O Antropocentrismo (do grego, anthropos "humano" e kentron "centro" que


significa homem no centro) é um conceito, oposto ao Teocentrismo, que
ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e,
portanto, livre para realizar suas ações no mundo.

Em outras palavras, o antropocentrismo é uma doutrina filosófica ou ciência


do ser humano, de forma que o homem representa a figura central, sendo
responsável por suas ações (seja cultural, social, histórica e filosófica) bem
como a principal referência para o entendimento do mundo.

Antropocentrismo Humanista: Homem


Vitruviano (1590)
Leonardo da Vinci
Nasce uma nova Ciência...

A Antropologia é uma ciência que se encarrega do estudo da diversidade cultural encontrada entre os seres humanos e
estuda a relação entre indivíduos, e a relação de indivíduos com os seus
meios envolventes, tendo como foco o conceito de cultura.

O vocábulo é composto de duas palavras gregas, a saber: antropo (homem); e logia (tratado ou estudo). Então,
antropologia é o estudo ou tratado acerca do ser humano ou, ainda, a ciência da
cultura humana.

A antropologia foi reconhecida recentemente (em termos históricos) como uma ciência autônoma. Todavia, antes disso,
era identificada como um ramo da história natural e narrava a evolução do homem de acordo com o conceito
civilizacional.
Embora seja uma ciência relativamente nova, ela já existia no período da filosofia pré-socrática, já que alguns
filósofos já estudavam as relações sociais entre as pessoas. Todavia, foi somente na Antiguidade Clássica que as
relações humanas passaram a ser tema de debates. Diversos povos, como chineses, gregos e romanos, fizeram
registros sobre outras culturas. Assim, a antropologia já existia nesse período, mas não de forma organizada nem
como ciência.

Além disso, podemos dizer que este saber foi um instrumento de dominação (principalmente europeia, à época),
uma vez que legitimava a dominação das metrópoles colonialistas sobre os povos conquistados.

Esse fenômeno, chamamos de "Etnocentrismo Eurocêntrico", pois tinha a civilização europeia como medida para
todos os aspectos civilizados. Destarte, foi assim que surgiu a classificação “primitivo, bárbaro e civilizado” para
determinar os estágios evolutivos das civilizações.

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