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RESOLUÇÕES

EU DECIDO FAZER O POSSÍVEL PARA NÃO LEVAR


UM IRMÃO A PECAR.
1 CORÍNTIOS 8.1-13
COMO CONSEGUIR ISSO?
Tendo um princípio norteador:
não fazer aos outros o que não queremos que nos
façam (Mt 7.12).

O grande passo para alcançar essa resolução é não


cair na ilusão que isso seja uma decisão pura e
simples.
CONTEXTUALIZANDO...

Aspecto histórico-religioso:
Os gregos e os romanos eram politeístas (adoravam
vários deuses) e polidemonistas (acreditavam em
muitos espíritos maus).
Naquele contexto, acreditavam que os espíritos
maus poderiam invadir as pessoas a partir dos
alimentos; oferecer parte da carne era uma forma de
eliminar os espíritos maus.
1Co 8:1 – A problemática: “Parte da carne era
queimada no altar, e parte era usada para um banquete
sagrado com a divindade como hóspede de honra, e
aquilo que sobrava era vendido nos mercados”
(Rienecker & Rogers).
Paulo nesta parte da carta vai tratar daquilo que
suscitava dúvida entre os crentes em Corinto. E o apóstolo
começa dizendo: “sabemos que todos temos
conhecimento”, isto é, todos já temos conhecimento que
nos leve a uma ação (RR).
Depreende-se da fala de Paulo, que os crentes
maduros (com conhecimento) sabiam que não havia
problema nenhum em comprar os alimentos que
estavam no mercado.
Aí... Paulo adverte:
“A ciência incha”. Os que se julgam mais
conhecedores, mais experimentados não devem se
colocar acima dos demais.
“O amor edifica”. Contrastando com o conhecimento
orgulhoso está o amor humilde e altruísta.
1Co 8:2 - Julgar-se conhecedor, e ao mesmo tempo
não valorizar o irmão novato na fé, é a prova de que
alguém ainda não está experimentado em tudo, ou
seja, “ainda não sabe como convém saber”.
1Co 8:3 - O exercício do amor ao próximo é a prova
de que amamos a Deus. Quem ama a Deus não
maltrata o irmão.
1Co 8.4-6 Paulo ressalta a insignificância dos ídolos:
“nada é no mundo”. Embora possa existir a ideia de
muitos deuses, principalmente entre os gregos e os
romanos, Paulo deixa claro em relação aos crentes: “Para
nós há um só Deus” (v.6)
Deus é o criador, sustentador e o único que tem direito
sobre todas as coisas. Detalhe paulino: “Para quem nós
vivemos” referindo-se a Jesus.
1Co 8:7 - Alguns novos crentes continuavam
acreditando que os maus espíritos estavam nos
alimentos, e ao comerem daquela carne vendida no
mercado, se sentiam culpados.
Por não ter uma consciência madura, concernente às
coisas do Reino, a pessoa ficava em crise espiritual.
TRATATIVA PAULINA DA CONTRÓVERSIA - 1Co 8:8
É possível que alguns crentes já maduros não vejam
tantas dificuldades em algumas situações.
Pode ser que crentes maduros ainda continuem com
muitas restrições (questão de consciência individual).
Paulo parece equilibrar os crentes no que se refere ao
comer ou não comer. Muitas coisas ficam só na conta do
que é nutricional e não espiritual.
FAZENDO A PONTE - 1Co 8:9 - Mas, vede que essa
liberdade vossa não venha a ser motivo de tropeço
para os fracos.
  O cuidado que devemos ter com os irmãos que se
ferem por algumas das nossas posturas. Mesmo que
entendamos que certas coisas não interferem na nossa
postura diante de Deus, podemos e devemos evitar se
fere a consciência do nosso irmão.
A regra paulina ficou por conta do amor que deve ser o
agente impulsionador das nossas ações. Jack Hunter
escreveu: “A coisa mais importante é ter consideração
pela consciência mais fraca do irmão, e limitar a nossa
própria liberdade é essencial para o bem-estar dele. O
que a minha consciência me permitiria, o amor para
com meu irmão poderá proibir. O amor pode limitar
aquilo que a (nossa) consciência permite”.
1Co 8:10 - “À mesa, em templo de ídolo”. Crentes
muitos sociais podem servir de escândalo para alguns;
mesmo que na consciência do que participa não haja
nenhum problema. Algumas profissões ou atividades
podem servir de escândalo para alguns crentes, sejam
maduros, ou não (Discussão: o músico pode tocar em
ambientes seculares, tipo, bares, boates, reuniões
empresariais, etc).
1Co 8:11-13
Paulo fala da seriedade do pecado contra o irmão que
parece mais simples, menos experiente na fé, perece
diante dos exemplos dos mais instruídos e maduros na fé
(v.11).
Então, ao crente maduro não é dado o direito de dizer:
“Não estou nem aí”. Ferir o crente novo, a ponto de
esmorecê-lo, pode ser problema para os chamados crentes
maduros. Paulo disse que quando fazemos o irmão pecar,
pecamos contra Cristo (v.12).
Paulo é assertivo, definitivo: minhas atitudes não serão
tropeço para o meu irmão (v.13).
TRÊS PONTOS PARA FINALIZARMOS:
I – SOMOS CORPO BEM AJUSTADO, TOTALMENTE
LIGADO.
É necessário a consciência de que somos membros de
um corpo e membros em UNIDADE e solidariedade.
Caso façamos um irmão pecar, o seu pecado refletirá no
corpo; ele sofrendo, o causador sofrerá junto (1 Co
12.26).
II – DE QUE LADO VOCÊ ESTÁ?
Não é “comum” crentes causarem situações para que
o seu irmão caia em pecado, MAS...
Se o irmão tem costume de provocar pecados na vida
de outro irmão, é possível inferirmos que ele ainda não é
nova criatura, que ainda não passou pelo ato da
conversão.
Paulo instrui a igreja de Éfeso como deve ser o
comportamento do crente, que sugere uma vida de
cuidado em relação ao outro (Efésios 4.20-29).
Paulo esclarece a respeito dos crentes infiltrados que
promovem divisões e escândalos, que certamente
podem levar outros a pecar (Rm 16.17,18).
Coisa muito grave acontecia na igreja de Tiatira, a
ponto da igreja ser acusada de tolerar o pecado na
liderança (declara-se profetisa) (Ap 2.20-22).
Jesus é bastante grave com pessoas que não se
preocupam com a santidade alheia. Jesus disse:
“Qualquer que fizer tropeçar a um destes
pequeninos que creem em mim...”
III – COMO ALCANÇAR ESSE MEU PROPÓSITO?
1. Busca de uma vida de santidade. Devo ter plena
consciência que fui separado do mundo (santidade
posicional).
2. Vida crucificada. A. W Tozer: “é uma vida
inteiramente entregue ao Senhor, em absoluta
humildade e obediência”.
3. Inclusive reconhecendo que a expressão “Eu
decido” deve ser totalmente sacrificada no altar,
conforme Romanos 12.1.
4. Prática ‘allellônica’: Eu preciso de você, você precisa
de mim.
5. Disposição mental correta (BEA) (Fp 2.4). “Eles têm
de executar a proeza extraordinária de olhar uns para
os outros na premissa de que todos os outros e suas
necessidades são mais importantes que eles próprios”
(N.T. Wright).
6. Por último, um imperativo indescartável: “O meu
mandamento é este, que vos ameis uns aos outros,
assim como eu vos amei” (Jo 15.12).
Finalizando:
Se observamos essas SEIS dicas de propósito,
será claro e certo, que não colocaremos tropeço
algum à frente de nosso irmão,
que o faça pecar (a recíproca é verdadeira).

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