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MT 22:1-14
Esta parábola é um dos eventos decorrentes da última semana do Ministério Terreno de Jesus. Ela
compara o Reino dos céus com as Bodas do Seu Filho.
O reino dos céus. O reino medianeiro conforme apresentado em Mt. 13:11-, visto durante o período
da primeira vinda de Jesus até o completo estabelecimento do reino messiânico.
Esta é a terceira parábola formando uma tríplice parábola (PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS / A
PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS / A PARÁBOLA DAS BODAS).
Estas três parábolas visam todos os adversários de Jesus e um severo ajuste de contas com os
mesmos (Jo 1:11-13 /Jo 3:18).
A parábola das bodas ilustra a dispensação da Graça, a rejeição por parte dos judeus, e a chamada
dos gentios.
A Parábola repete três importantes temas da Parábola anterior (21:33-46 – lavradores maus):
As bodas eram costume oriental, em que era celebrada pelo noivo. Os pais do noivo se
responsabilizavam pela festa.
Aqui, o rei, seu filho e as bodas representam: Deus Pai, Cristo (Jo. 3:29), e o reino messiânico (Is.
25:6; 55:1).
O cenário descreve um casamento que envolve o reconhecimento do filho como herdeiro, Então a
recusa em comparecer demonstrou deslealdade além de falta de cortesia. Esse foi o motivo da
violenta execução dos rebeldes pelas forças do rei, descritas no v.7.
E lhes incendiou a cidade v.7 – É muito provável que o evangelista estivesse pensando na destruição
de Jerusalém no ano 66-73 DC (70 DC) na primeira revolta, conhecida como “Cerco de Jerusalém”,
durante o governo do Imperador romano Vespasiano, quando escreveu o livro.
Isto se considera geralmente uma referência à evangelização dos gentios (o que parece claro em Lc.
14:23). Aqui, entretanto, a festa de casamento naturalmente implica na existência de uma noiva,
além dos convidados; pois a evangelização dos gentios na dispensação da igreja fornece a noiva, não
os convidados. Visto que Cristo estava explicando aos judeus incrédulos o seu relacionamento com o
reino messiânico.
Tanto maus como bons v10 – Ambos se encontram dentro da igreja visível. As parábolas em Mateus
repetidamente retratam o reino como a inclusão de pessoas más ou hipócritas (13:24-30 / 13:36-
43 / 13:47-50).
O Apóstolo Paulo se refere a estes como insubordinados (2 Tm 2:19a / 2:24-26). No final, porém, há
sempre uma separação entre os verdadeiros e os falsos crentes (Mt 25:31-46).
Vestido de núpcias v11 – Se presume que uma vez os convidados foram trazidos às pressas e não
tinham roupas condignas; receberam vestidos que eram apropriados para as bodas providenciadas
pelo dono da festa para seus convidados (Ap 7:9-17 / Ap 19:6-10 /Ap 22:14-16 / Is 61:10). Esse
vestuário é o próprio Cristo (Gl 3:27).
Sem veste nupcial v12 – A falha desse convidado em não se vestir com roupas adequadas, ofende ao
Rei. Essa vestimenta significa a justiça de Deus que cobre o nosso pecado.
Levai-o v13-14 – O contexto nos ensina que há muitos ouvintes do evangelho e membros da igreja
visível (1 Tm 3:15 – Casa de Deus / 2 Tm 2:20 – Grande casa), e apenas poucos corações estão em
comunhão com Deus.
Para fora nas trevas v13 – Jesus não está falando de uma festa terrena, mas da salvação. A exclusão
e a punição são uma descrição do inferno.
Escolhidos v14 – Aqui indica que há uma chamada geral de Deus aos pecadores para que recebam
Sua Salvação, e que há também uma eleição específica que leva alguns a Ele. Ao mesmo tempo, o
homem é considerado responsável por sua rejeição de Cristo, seja ela devido à indiferença (v5),
rebelião (v6), ou justiça própria (v12). Embora todos nós que ouvimos o Evangelho tenhamos sido
convidados, e apesar de muitos poderem, na verdade, fingir estar no reino, somente aqueles
providos da justiça de Deus (eleitos) são verdadeiramente apresentáveis.
Porque sei em quem tenho crido e estou certo de ele é poderoso para guardar o meu depósito até
aquele dia;
e nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor;
e estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao
Dia de Cristo Jesus.
Amém!