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Mateus.

O Evangelho de Mateus se caracteriza pela presença de cinco grupos de ensinamentos


de Jesus, que são chamados de cinco sermões de Jesus sobre o Reino dos céus.
Eles têm como tema comum o Reino dos céus.
O sermão da montanha (Mt 5-7) é a promulgação do Reino, discurso programático que
retrata o verdadeiro discípulo de Cristo. 4,23-5,2: introdução. 5,3-12: bem-aventurancas
do Reino. 5,13-16: missão dos discípulos. 5,17-48: a justiça do Reino dos céus, a lei
cumprida pela justiça mais perfeita de Jesus. 6,1-18: a justiça realizada em segredo.
6,19-7,12: o compromisso total exigido pela justiça do Reino. 7,13-27: colocar em
prática a Palavra.
O sermão missionário (Mt 10) fala da pregação do Reino e das consequências para os
missionários (é necessário a extensão do Reino). O Reino proclamado no sermão da
montanha deve ser extendido mesmo entre perseguições, contando com a assistência do
Pai.
O sermão das parábolas (Mt 13) trata o mistério do Reino: seus inícios humildes e
escondidos. Sete parábolas descrevem a natureza misteriosa do Reino que parece frágil,
mas tem a força de Deus.
O sermão eclesiologico (Mt 18): a Igreja é a primeira realização do Reino; nela as
relações entre os irmãos são de humildade, caridade, edificação mútua, perdão. É o
ensino sobre como deve viver a comunidade que aceita o Reino.
O sermão escatológico (Mt 24-25) descreve a vinda final do Reino e sua consumação. É
necessário preparar-se para a vinda do Reino e sua plena realização.
Os cinco sermões são uma catequese progressiva e ordenada sobre o Reino. Eles são
separados por seções narrativas distribuídas com certa relação com eles.
Mt 3-4. O Messias é consagrado no batismo; regeita o messianismo terreno nas
tentações; é apresentado o ambiente de sua atividade (a Galiléia, os discípulos, as
multidões).
Mt 8-9. A atividade milagrosa de Jesus prova que ele é o Messias e é exemplo da
missão que confiará aos discípulos.
Mt 11-12. O escândalo do Reino. Prepara para entender as parábolas do Reino, que é
rejeitado pelo orgulho dos judeus e acolhido pela docilidade dos humildes e simples.
Mt 13,53-17,27. Prepara o sermão eclesial. Jesus se dedica à formação dos discípulos,
retirando-se das multidões. Episódios chave da multiplicação dos pães e da confissão de
Pedro em Cesaréia. Três fatos sobre Pedro: caminha sobre as águas, o primado, o
dinheiro do templo.
Mt 20-23. Fatos que se encaminham para o momento de crise e aos eventos finais da
história.
Com as narrativas da infância , da paixão e as cinco narrativas com os respectivos
sermões, Mateus tem sete partes.
Jesus é aquele em cuja vida se realizaram as profecias do AT. Nasce de uma virgem (Mt
1,23; Is 7,14); em Belém (Mt 2,5s; Mq 5,1); é chamado do Egito (Mt 2,13ss.19ss; Os
11,1). Precedido por João (Mt 3,3; Is 40,3). Prega na Galiléia (Mt 4,12; Is 9,1). Toma as
nossas enfermidades (Mt 8,16; Is 53,4). Prega com discrição e humildade (Mt 12,15-21;
Is 42,1-4). Fala em parábolas (Mt 13,13ss.34s; Is 6,9s;Sl 77,2). Sua entrada em
Jerusalém (Mt 21,2-5; Zc 9,9). Por trinta moedas é traído (Mt 27,7-10; Zc11,12s; Jr
32,6-9). Na cruz bebe o fel e lhe sorteiam as vestes (Mt 27,34; Sl 68,22; 21,19). Jesus,
filho de Abraão e de Davi, cumpre a economia divina de salvação. É como um novo
Moisés, perseguido na infância e que traz a Lei da aliança no monte (Mt 2,13-23; 5,1ss).
Jesus prega o Reino dos céus, que se consolida em uma sociedade visível, a Igreja
(16,18; 18,17). Ela tem uma hierarquia com poderes divinos (16,18ss;18,18). Ela deve
se realizar em uma convivência de mútua compreensão, amor e perdão. É a instauração
da soberania universal de Deus.
Jesus proclama a necessidade de uma perfeita justiça, superior à dos escribas e fariseus
para entrar no Reino dos céus (5,20). Justiça que colhe a intenção profunda do Pai
(9,13;12,7) e a cumpre (5,17ss.21-41).
Mateus quer ser a Lei da nova comunidade. Enquanto Mc desenvolve o querigma, Mt
escreve para uma Igreja que se consolida

Quando deixamos tudo pelo Senhor, ele nos dá muito mais: ele nunca se deixa vencer
em generosidade; sempre nos dá cem vezes mais.
20,1-34. O Senhor emprega operários para a sua vinha em diversos momentos do dia e
lhes paga a mesma quantia: trabalhar em sua vinha é uma graça; todos recebem a
mesma recompensa que é a vida eterna; primeiros e últimos, judeus e gregos, são
chamados à mesma graça; há os que se dedicam a Deus a vida inteira e os que se voltam
a Ele após um bom tempo ou ao fim da vida; os convertidos podem vir a servir a Deus
com mais fervor; Deus tem um grau de graça reservado a cada um segundo seus
misteriosos e livres desígnios.
O terceiro anúncio da Paixão.
Os filhos de Zebedeu querem os primeiros lugares no Reino, mas o que importa é beber
do cálice do Senhor, pelo serviço , humildade, sacrifício da própria vida , pelo amor
crucificado. Quem quiser ser o primeiro deve ser o último e o que serve a todos.
Dois cegos suplicam o Senhor. Ele se comove, os toca e os cura. Se tornaram discípulos
de Jesus.
21,1-46. Jesus entra em Jerusalém montado em um burrinho. Ele vem humilde e o povo
o recebe como rei , filho de Davi. Mas o seu Reino não é daqui.
Ele expulsa os vendedores do templo, pois este é casa de oração.
Jesus seca a figueira estéril: o povo não deu os frutos de santidade que Deus esperava;
tudo o que se pedir com fé será concedido por Deus.
Questionam a autoridade de Jesus, não com desejo de conhecê-lo, mas como desafio.
Eles não são sinceros e Jesus não lhes responde.
Veio João Batista e não creram para se converterem. Veio Jesus e endureceram o
coração. São como o filho que diz que vai obedecer o pai, mas não o faz. Os pecadores
crêem em Jesus e se arrependem: são como o filho rebelde que acaba fazendo o que o
pai quer.
Os vinhateiros omicidas são os que recebem o dom de Deus, sua Palavra, sua aliança,
mas o rejeitam e não dão frutos. O Evangelho será oferecido aos pagãos.
22,1-46. Deus, como a sabedoria, prepara um banquete e chama os convidados, mas
desprezam o dom oferecido. Outros são convidados, bons e maus, mas devem
corresponder ao chamado dignamente.
Dar a César o que é de César, a Deus o que é de Deus: a justiça na relação com os
homens e com Deus; a uns o respeito, a outro a adoração.
Os saduceus querem convencer Jesus de que não é possível a ressurreição. Eles não
compreendem que a vida futura é de outra ordem: lá haverá uma perfeição de vida que
mudará nossas relações; teremos a mesma atividade dos anjos no céu.
A Lei e os Profetas se resumem em dois mandamentos: amar a Deus com todas as
forças e ao próximo como a si mesmo.
Jesus é o filho de Davi, mas sobretudo é o Filho de Deus e Senhor.
23,1-39. Jesus denuncia a hipocrisia e a vaidade dos escribas e fariseus. Eles dizem e
não fazem; realizam as suas obras para serem admirados pelos homens; cultuam não a
Deus ,mas a si mesmos; com o seu legalismo, feito de observância externa, não
favorecem o conhecimento de Deus e a entrada no Reino dos céus, por uma entrega
confiante no Senhor. Eles perderam o espírito da lei que é piedade, humildade, gratidão
a Deus. Se não se arrependerem, será grande o castigo de Deus.
24,1-51.Começa o sermão escatológico. O Senhor fala de acontecimentos futuros ao
longo da história e ao fim da história; sempre com a perspectiva de um juízo de Deus
que julga, castiga e salva.
A beleza do templo: não ficará pedra sobre pedra, pois não se convertem.
Haverá guerras, fome, perseguições, traições nos momentos difíceis, falsos profetas,
esfriamento na fé de muitos, o crescimento da iniquidade. Jerusalém e a Judéia passarão
por muitas tribulações na invasão romana. Falsos profetas farão prodígios para enganar
e seduzir, com perigo até para os fiéis.
A vinda de Jesus no último dia será muito evidente. Virá em sua glória e julgará a todos.
Quando virá o Senhor? O que importa não é o quando, mas como estaremos à sua vinda.
É preciso vigiar e ser fiel, ter a alma pronta para o Senhor. Feliz aquele que

A nossa riqueza não deve estar em possuir coisas , mas em seguir Jesus, ter uma relação
pessoal e íntima com Ele. Quem deixa tudo por Jesus e pelo evangelho recebe cem
vezes mais, pois Deus e sua graça são cem vezes mais que qualquer coisa.
Jesus se dirige a Jerusalém para ser rejeitado, preso, crucificado; faz o terceiro anúncio
da Paixão; os discípulos ficam atemorizados.
Tiago e João querem os primeiros lugares junto de Jesus, mas o que importa é unir-se a
Jesus e beber com Ele do cálice do sacrifício e do dom da própria vida, perder a vida
por Ele e com Ele. Quem quer ser grande deve servir, ser o último, ser pequeno e imitar
Jesus que veio para servir e dar a vida para resgatar a vida dos outros.
Bartimeu clama por Jesus. Querem cala-lo. Ele grita mais forte. Jesus o chama e ele
deixa o manto e vai aí encontro dele. Jesus pergunta o que ele quer. Ele quer ver, logo
fica curado, passa a seguir Jesus. Muitas vozes querem nos desviar de Jesus e calar o
desejo da alma de encontra-lo. Precisamos insistir, perseverar, buscá-lo com decisão
esclarecida e sólida, dispostos a deixar tudo o que precisa para trás. Então seremos
verdadeiros discípulos.
11,1-33. A entrada de Jesus em Jerusalém. Entra montado em um burrinho, símbolo de
humildade e mansidão, expressão de um Reino que se realiza não por coação externa,
mas por atração interna do que é verdadeiro e justo. A multidão o aclama como rei, filho
de Davi.
Jesus se aproxima de uma figueira para colher frutos, mas não encontra; ela tem uma
beleza aparente, mas é estéril. A vida cristã não pode ser feita de aparências; precisa ser
enraizada em uma decisão interna de amar e servir a Deus e se tornar uma nova
mentalidade e modo de viver, com frutos reais de conversão e santidade.
Jesus expulsa os vendedores do templo, pois este é lugar de oração, de ganhar a graça de
Deus e não dinheiro.
Diante da figueira ressequida, Jesus fala da importância de rezar com fé e com o
coração reconciliado.
As autoridades religiosas de Jerusalém questionam a autoridade de Jesus e não
reconhecem a autoridade de João Batista. Jesus não lhes dá resposta, pois não querem
ouvir.
12,1-44. Parábola dos vinhateiros omicidas. Nem os profetas, nem Jesus são ouvidos
com atenção para a conversão. Jesus é a rocha: pedra de tropeço para os que não crêem;
pedra fundamental para os que recebem a boa nova. O Reino vai se enraizar mais entre
os gentios que entre os judeus.
A César o que é de César; a Deus o que é de Deus: a justiça nas relações sociais e nas
relações com Deus.
Os saduceus negam a ressurreição, pois não conhecem as Escrituras nem o poder de
Deus. Na ressurreição, os homens receberão uma qualidade de vida, uma perfeição
divina, que modificará as relações e a existência.
Amar a Deus com todas as forças e ao próximo como a si mesmo vale mais que
qualquer holocausto e sacrifício feito a Deus.
Jesus é filho de Davi e Senhor de Davi, pois é filho de Deus.
Os escribas estão cheios de vaidades humanas que tornam a sua religião aparente e
falsa, pois as suas vidas não estão centradas em Deus.
A pobre viúva deu mais que todos, pois deu tudo o que tinha. É precioso aos olhos de
Deus não a quantidade, mas a qualidade do que ofertamos.
13,1-37. Jesus começa um discurso escatológico. Os discípulos chamam a atenção para
a beleza do templo, mas Jesus advertec que não ficará pedra sobre pedra. Surgirão falsos
cristos, haverá guerras, terremotos e carestias. Haverá grande perseguição aos
discípulos: será a oportunidade de testemunharem o evangelho, fortalecidos e instruídos
pelo Espírito Santo. Virão dias terríveis com a invasão romana na Palestina. Virão
falsos cristos e profetas que realizarão prodígios capazes de seduzir quase até os que
crêem. No fim, virá o Senhor com sua glória para julgar e recolher os eleitos por meio
de seus anjos. A hora do dia do juízo ninguém sabe. O que precisa é vigiar, fazer o que
Deus confiou a cada um e estar pronto para prestar contas a Deus.
14,1-72. Os
O perigo da recaída: o demônio perde a sua presa pelo anúncio do Evangelho e seus
frutos de conversão, mas não desiste; quando a pessoa esfria na fé, ele vem com forças
maiores para domina-la de novo.
Maior felicidade que a maternidade divina é a escuta e obediência à Palavra de Deus.
Maria é mais feliz por acolher o Verbo no coração que recebê-lo em seu ventre.
O sinal de Jonas: uma referência à ressurreição? Ninive se converteu à pregação de
Jonas e a rainha do sul se dobrou à sabedoria de Salomão: Jesus é mais que ambos, pois
é o Messias e o Filho de Deus.
A lâmpada fica num lugar alto para iluminar tudo. A lâmpada do corpo é olho. O olho é
o que se busca e a intenção com que se age. Se forem bons (objeto e intenção) toda a
vida será boa.
A pureza interior é mais importante que a exterior. Deus quer mais a justiça e o amor
que o dízimo. Os fariseus e doutores da Lei realizam atos religiosos, mas estão cheios
de vaidades e querem agradar mais aos homens que a Deus. Se prendem a leis para
terem a sensação de não deverem nada a Deus, mas esquecem o espírito da lei que é
piedade e humildade diante de Deus.
12,1-59. Cuidado com o fermento dos fariseus que é a hipocrisia. Um dia tudo aparecerá
em sua verdade. Temer não a opinião dos homens, mas o juízo de Deus que é a pureza
da verdade. Confiar em Deus que cuida de nós.
Quem der testemunho de Deus diante dos homens terá o testemunho favorável de Jesus.
A blasfêmia e resistência ao Espírito Santo.
O Espírito Santo nos sempre palavras acertadas.
A vida de um homem não depende de seus bens, mas da piedade e da virtude. A
segurança não está em acumular bens, mas em amadurecer na caridade.
O Pai do céu sabe do que precisamos. Devemos buscar o Reino de Deus e sua justiça e
tudo o mais será dado em acréscimo. Acumular um tesouro no céu com a esmola. Onde
está o tesouro, estará o coração. Vigiar, cumprir a vontade de Deus, realizar a missão
que nos confiou.
Jesus vem trazer o fogo do céu por meio de sua cruz. Vem trazer a separação, o juízo,
provocar a decisão das pessoas. Reconciliar-se com Deus durante a vida em vista do dia
do juízo.
13,1-35. Os desastres são uma lembrança providencial da necessidade urgente de
conversão. Deus espera frutos de santidade.
Jesus cura uma mulher encurvada por satanás. Agora pode olhar para o alto e viver para
Deus.
O Reino de Deus é como a semente de mostarda e como o fermento: começa pequeno,
humilde, mas cresce de modo surpreendente e influencia a realidade de modo profundo;
precisa uma decisão sólida e grande e esforço cotidiano.
Jesus não teme Herodes e continua a sua missão; lamenta a incredulidade de Jerusalém
e o seu trágico fim.
14,1-35. Jesus cura um homem hidropico em dia de sábado e ensina o espírito do
sábado que é a piedade.
Procurar o último lugar, pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será
exaltado.
Ao dar um banquete, convidar os pobres, os cegos, os coxos, os que não podem
retribuir para fazer a experiência da gratuidade.
Um homem deu um grande banquete e mandou chamar os convidados, mas todos
rejeitaram o convite. Então manda os servos buscarem pelos caminhos a todos os que
acharem até a sala ficar cheia. Deus insiste para que muitos participem de sua graça.
Para seguir Jesus precisa desprender-se das pessoas queridas, da própria, levar a própria
cruz, renunciar aos próprios bens.
O sal não pode perder o sabor, o discípulo não pode perder a tensão do amor
sacrificado pelo Senhor.
15,1-31. As três parábolas da misericórdia.
A ovelha perdida: Deus se alegra com cada alma recuperada para a sua graça; cada uma
é de grande valor; daria a vida para recuperar uma só.
A dracma perdida: toda ação e trabalho para recuperar a moeda parece pouco; é grande
a festa aí reencontra-la.
O pai acolhe com amor e compaixão ao filho perdido e ao filho fiel. Nenhum deles
sabia avaliar o amor do pai. Ambos precisavam descobrir aquele amor e viver uma
conversão. Estar com o pai é a alegria e a recompensa.
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eterna. A obra de Deus é que creiam em Jesus. Não Moisés, mas o Pai dá o verdadeiro
pão do céu. Jesus é o pão de vida. Jesus recebe aqueles que o Pai atrai e lhe concede. O
pão que Jesus dá é a sua carne para a vida do mundo.
Quem não come a carne de Jesus e não bebe o seu sangue não tem a vida. A sua carne é
verdadeira comida e seu sangue é verdadeira bebida. Quem come a sua carne e bebe o
seu sangue mora em Jesus e Jesus nele. O Pai tem a vida, Jesus vive pelo Pai, quem
come de Jesus viverá por Ele.
Muitos se afastam de Jesus. Ele sabia quem era dos seu, quem realmente cria nele.
Pedro diz: a quem iremos, tu tens palavras de vida eterna, tu és o santo de Deus.
7,1-53. Jesus vai a Jerusalém para a festa das cabanas. Passa a ensinar no templo e
impressiona por seu conhecimento das Escrituras. Os que querem fazer a vontade de
Deus reconhecerão a legitimidade do ensino de Jesus. Acusam Jesus de não seguir a
Lei, mas eles mesmos não a entendem e não são coerentes com a Lei.
No último dia da festa, Jesus exclamou: quem tem sede venha a mim e beba; quem crê
em mim rios de água viva sairão de seu seio. É a água inesgotável do Espírito Santo
com todos os dons da graça.
Os guardas que deviam prender Jesus retornam dizendo que nunca tinham visto alguém
falar como Ele.
8,1-59. Levam a Jesus uma mulher apanhada em adultério. Querem po-lo à prova.
Quem não tem pecado atire a primeira pedra. Todos precisam refletir com calma e
reconhecer a necessidade de contrição e conversão. Todos se vão, ninguém condena a
mulher. Eu não te condeno, vai e não peques mais.
Eu sou a luz do mundo, quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da
vida.
O testemunho de Jesus sobre si mesmo é verdadeiro, mas os homens julgam segundo a
carne. O Pai dá testemunho de Jesus, mas eles não conhecem o Pai. Quem conhece
Jesus conhece o Pai. Eles são do mundo; Jesus é do céu. Se não crerem em Jesus,
morrerão em seus pecados.
Quando elevarem o Filho do homem, reconhecerão que Ele é e age em comunhão com o
Pai.
Se guardarem a sua palavra, serão verdadeiros discípulos, conhecerão a verdade e
verdade os libertará. Quem comete pecado é escravo do pecado. Se são filhos de
Abraão, realizem as obras de Abraão. Se Deus fosse o pai deles, amariam Jesus. Quem é
de Deus escuta as palavras de Deus; quem não é não escuta.
Eu não busco a minha glória. Quem observa a minha palavra não morrerá. Quem me
glorifica é o Pai. Abraão viu o meu dia e se alegrou. Antes que Abraão existisse Eu sou.
9,1-41. Jesus cura o cego de nascença e se revela como a luz do mundo. Esse homem
reconhece algo de divino em Jesus, pois Deus não atende senão aos seus amigos e aos
que o temem. Crês no Filho do homem? Quem é para que eu creia? Sou eu. Eu creio,
Senhor! E se prostrou. Os que não enxergam vêem. Os que vêem não enxergam.
10,1-42. Quem entra pela porta é o pastor e as ovelhas escutam a sua voz. Jesus é a
porta: quem entra por Ele tem a vida ou pode conduzir as ovelhas com autoridade. O
bom pastor dá a vida pelas ovelhas, pois conhece e se importa com cada uma. Há outas
ovelhas a conduzir ao aprisco das suas ovelhas. Os que não crêem não são de suas
ovelhas, pois as suas o conhecem, escutam a sua voz e são conhecidas por Ele.
Se não cumpro as obras do Pai, não creiam em mim; mas se as cumpro, porque não
crêem?
11,1-57. A ressurreição de Lázaro. Lázaro fica doente e morre. Jesus vai até Betânia e
diz a Marta: ei sou a ressurreição e a vida... seu irmão ressuscitará... quem crê em mim,
mesmo que morra, viverá. Ao ver as lágrimas de Maria e das pessoas, Jesus chorou.
Lázaro, vem para fora.
Muitos acreditaram nele. A notícia chega em Jerusalém. É melhor que morra um só
homem pelo povo... O sumo sacerdote profetizou que Jesus devia morrer para reunir os
filhos de Deus dispersos. Decidiram matar Jesus.
12,1-50. Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia. Maria ungiu Jesus com óleo
perfumado: ação profética em preparação do sepultamento de Jesus.
Jesus entra em Jerus

7,1-60. Estevão faz um longo discurso descrevendo a história da salvação a partir de


Abraão para mostrar a realização da Lei e dos profetas em Jesus; e denuncia a dureza de
coração dos que não crêem em Jesus. Ele é apedrejado até à morte: Senhor, acolhe o
meu espírito. E morreu perdoando os seus inimigos.
8,1-40. Começou uma grande perseguição aos discípulos. Muitos se dispersaram por
outros lugares, levando o Evangelho.
Filipe foi para a Samaria e começou a anunciar Jesus. Milagres se realizavam, muitos
criam em Jesus, demônios eram expulsos: houve grande alegria. Havia alí um mago,
Simão, que acreditou no Evangelho, mas ficava fora de si quando via os milagres e
ofereceu dinheiro para ter o poder de comunicar o dom do Espírito Santo. Foi advertido
duramente por Pedro e João.
Um anjo disse a Filipe para ir a uma estrada. Encontrou no caminho o ministro da
Etiópia que lia Is53. O Espírito Santo disse a Filipe para se aproximar, explicar a
passagem e anunciar Jesus. O ministro acreditou no Evangelho e foi batizado. A seguir,
o Espírito Santo levou Filipe para outro lugar. Essa passagem mostra o protagonismo do
Espírito Santo na missão da Igreja.
9,1-43. Saulo liderava a perseguição aos discípulos. Foi a Damasco para prende-los.
Perto de Damasco uma luz do céu o envolveu, ele caiu e ouviu uma voz: Saulo, Saulo,
porque me persegues? Eu sou Jesus, entra na cidade, onde te será dito o que fazer. Ficou
três dias sem enxergar e sem comer. Jesus envia Ananias a Saulo, lhe explicando que é
um instrumento escolhido de Deus. Saulo foi batizado e ficou cheio do Espírito Santo.
Paulo logo começou a anunciar Jesus na sinagoga de Damasco. Os judeus queriam
mata-lo e ele teve que fugir pelas muralhas da cidade.
Paulo chega a Jerusalém, é acolhido por Barnabé e começa a anunciar Jesus
abertamente. Mas logo precisa fugir para Tarso.
Período de tranquilidade para a Igreja: crescia e caminhava no temor do Senhor, cheia
da consolação do Espírito Santo.
Pedro cura um paralítico em Lida e ressuscita uma mulher em Jope.
10,1-48. O centurião Cornélio temia a Deus e dava muitas esmolas. Um anjo lhe
aparece e diz para procurar Simão Pedro em Jope.
Pedro estava em oração e Deus lhe apresentou, em visão, diversos animais impuros pela
Lei. Deus lhe diz que não deve considerar impuro o que ele pirificou. Pedro vai até a
casa de Cornélio e anuncia Jesus. Todos ficam cheios do Espírito Santo e Pedro
compreende que a salvação é para tidos, judeus e gregos.
11,1-30. A comunidade de Jerusalém questiona Pedro sobre o ocorrido na casa de
Cornélio. Pedro conta os fatos e todos cocluem: Deus concedeu aos pagãos a graça da
conversão para que tenham vida.
Em Antioquia, alguns anunciam o Evangelho também aos gregos. Muitos creram e se
converteram ao Senhor. A comunidade de Jerusalém enviou Barnabé a Antioquia, que
ficou maravilhado com a graça de Deus entre eles. Barnabé foi atrás de Paulo em Tarso.
Eles ficaram um ano em Antioquia ensinando. Os discípulos foram chamados de
cristãos. A comunidade de Antioquia enviou ajuda para os irmãos Judéia.
12,1-25. Herodes começa uma perseguição; mata Tiago e prende Pedro. A comunidade
rezava por ele. Um anjo o tira da prisão, ele se apresenta à comunidade e vai para outra
região. Herodes morre de modo repentino.
13,1-52. Durante a celebração, o Espírito Santo disse para separar Barnabé e Paulo para
a missão. A comunidade jejuou, rezou e os enviou impondo- lhes as mãos.
O mago Elimas influenciava o proconsul para que não cresse. Paulo invoca o castigo de
Deus e ele fica cego.
Paulo prega na sinagoga de Antioquia da Pisidia e anuncia Jesus, mostrando que ele é a
realização das promessas de Deus. Muitos judeus e prosélitos acreditaram no
Evangelho. No sábado seguinte, retornam à sinagoga, mas os judeus combateram Paulo
e Barnabé e rejeitaram o Evangelho. Eles se voltaram para os pagãos que acolheram o
Evangelho com alegria. Perseguidos, Paulo e Barnabé foram para Iconio, enquanto os
discípulos estavam cheios de alegria e do Espí

Mt1,1-17. Deus tinha prometido a Davi que seu trono seria estável (2Sm7,13-
16:firmarei para sempre o teu trono real; tua casa e teu reino estão estabelecidos para
sempre diante de mim, e o teu trono está firme para sempre). Jesus é o filho de Davi,
traz o Reino de Deus, inaugura o tempo em que Deus reina nos corações pela fé, temor
de Deus, justiça, piedade, fidelidade, amor, onde os pequenos são envolvidos na ternura
de Deus e na piedade dos homens(Sl71,12ss).
Deus tinha prometido a Abraão que abençoaria a ele e à sua descendência; essa benção
chegaria a todos os povos (Gn12,1ss; 22,16ss). Jesus é o filho de Abraão, é a benção
para Israel e para todos os povos, é a vitória da graça sobre a maldição do pecado e da
morte.
As gerações contadas em 14, 14, 14, mostram que a providência divina guiou a história
e que Jesus é o cumprimento de um desígnio de sabedoria e amor de Deus.
1,18-25. Maria grávida por obra do Espírito Santo: ação divina que supera as
capacidades naturais do homem; ação gratuita e iniciativa divina que não espera pelo
homem, mas o visita com seus benefícios, sem méritos do homem; ação determinante
de Deus que realiza um plano divino, para vencer o mal, restaurar a condição original da
criação, levar todas as coisas às plenitude divina querida desde o princípio.
José quer afastar-se de Maria por reconhecer nela a realização de um mistério divino.
Não se sente preparado e em condições de ser envolvido na grandeza da ação misteriosa
de Deus. Mas é Deus que o chama a ser o pai do menino que salvará o povo de seus
pecados, que será o Emanuel, Deus conosco, que será nova presença de Deus no meio
de seu povo e da humanidade, para uma nova relação de proximidade, conhecimento,
amizade, comunhão de coração e vida, amor que se faz entrega e dom(lhe damos nossa
humanidade e Ele nos dá a sua divindade).
2,1-12. Sábios do oriente procuram o rei dos judeus que nasceu. Sb13 diz que
observando as criaturas, podemos conhecer o Criador; com a luz natural da razão
podemos colher a revelação natural de Deus nas criaturas e começar a conhecê-lo. Os
reis magos, buscando a sabedoria, encontraram a verdade e conheceram a Deus. No rei
de Israel nascido, descobrem uma presença divina e o início de um tempo de justiça e
sabedoria divina entre os homens.
O menino nasce numa pequena cidade que se torna grande por uma escolha divina. A
ação divina dá uma qualidade e significado novo à realidade. O divino surge no seio da
realidade criada, no humano, e realiza as suas possibilidades.
A estrela os guia. São guiados pela sabedoria como conhecimento inicial de Deus; pela
revelação recebida na palavra do profeta e a primeira resposta de fé; pela vocação
suscitada pela palavra de Deus. Encontraram o menino e a sua mãe, e o adoraram. Nos
dons do ouro, incenso e mirra, reconhecem o rei que saberá governar o mundo com
sabedoria; o Senhor e Deus, digno de nosso amor e dedicação; aquele que veio
inaugurar um tempo novo com o sacrifício de si mesmo.
Retornam por outro caminho, pois o encontro com Jesus muda a vida, dá novo sentido,
faz enxergar novos valores, prioridades e possibilidades. O encontro com Jesus nos faz
viver numa resposta continua e sempre nova à palavra do Senhor.
Todo o episódio mostra o encontro do salvador com as nações.
2,13-23. Na fuga para o Egito, vemos a união de Jesus com a humilhação de Israel na
escravidão do Egito e no exílio da Babilônia. Ele se faz solidário com a nossa pobreza
humana e veio para carregar nossas dores e enfermidades.
A perseguição a ele o mostra como um novo Moisés, escapado da morte ordenada pelo
rei. Ele é aquele que nos traz a nova Lei e a nova aliança.
O anjo disse a José que voltasse para Israel. A sagrada família retorna e se estabelece
em Nazaré, para que Jesus seja chamado nazareno, alguém dedicado especialmente a
Deus. A ordem de retornar é semelhante à ordem de Deus a Moisés para que volte ao
Egito para cumprir a sua missão (Ex4,19s).
3,1-12. João Batista começa a pregar n

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