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COMENTÁRIO BÁSICO

DO NOVO TESTAMENTO WILLIAM


MACDONALD
EBOOK - PRIMEIRA EDIÇÃO - 2015
Traduzido do original em inglês: New Testament Pocket Commentary Everyday
Publications Inc.
Ontário - Canadá.
ISBN 978-0-88873-707-6
Tradução: Edison Henrique Pesch Revisão: Sérgio Homeni, Ione Haake, Celia
Korzanowski, Arthur Reinke Edição: Arthur Reinke
Capa e Layout: Roberto Reinke Passagens da Escritura segundo a versão Almeida
Revisada e Atualizada SBB (ARA), exceto quando indicado em contrário: Nova Versão
Internacional (NVI), Almeida Corrigida e Revisada Fiel (ACF), ou Almeida Revista e
Corrigida (ARC).
Todos os direitos reservados para os países de língua portuguesa.
Copyright © 2015 Actual Edições
Ebook ISBN - 978-85-7720-117-4
R. Erechim, 978 – B. Nonoai 90830-000 – PORTO ALEGRE – RS/Brasil Fones (51) 3241-
5050 e 0300 789.5152
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ÍNDICE

O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS


O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS
O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS
O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
OS ATOS DOS APÓSTOLOS
A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
A CARTA DE PAULO AOS GÁLATAS
A CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS
A CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES
A CARTA DE PAULO AOS COLOSSENSES
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS TESSALONICENSES
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO
A SEGUNDA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO
A CARTA DE PAULO A TITO
A CARTA A FILEMOM
A CARTA AOS HEBREUS
A CARTA DE TIAGO
A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO
A SEGUNDA CARTA DE PEDRO
A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO
A SEGUNDA CARTA DE JOÃO
A TERCEIRA CARTA DE JOÃO
A CARTA DE JUDAS
APOCALIPSE
O EVANGELHO SEGUNDO MATEUS

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE MATEUS
Certo dia, Mateus estava coletando impostos quando Jesus passou.
Assim que Jesus disse: “Siga-me”, Mateus deixou tudo e se tornou um
discípulo el. Mais tarde, Jesus o nomeou como um dos doze apóstolos e,
ainda mais tarde, ele foi escolhido para escrever o primeiro Evangelho.
PROPÓSITO E PLANO DE MATEUS
O propósito de Mateus neste Evangelho é mostrar que Jesus de Nazaré
é o Rei Messias de Israel, o único pretendente legítimo ao trono de Davi. Ele
dedica dois capítulos para o nascimento e infância de Cristo; dezesseis
capítulos para seu ministério na Galiléia; em torno de dois capítulos para
Seu ministério na Peréia, ao leste do Jordão; em torno de sete capítulos para
Sua última semana em Jerusalém que leva até à cruci cação e um capítulo
para Suas aparições após a Ressurreição. Não é um registro completo de
tudo que Jesus disse e fez, mas incidentes de Sua vida e ministério
entrelaçados para revelá-lO como o Ungido de Deus.
SUMÁRIO DE MATEUS
1. Genealogia e nascimento do Rei Messias (Cap.1)
2. Primeiros anos do Rei Messias (Cap.2)
3. Preparações para o ministério do Messias e seu início (Cap.3–4)
4. A constituição do Reino (Cap. 5–7)
5. Os milagres do Messias de poder e graça e as diferentes reações (8.1–
9.35)
6. Apóstolos do rei Messias enviados para Israel (9.36–10.42)
7. Início da tensão (Cap. 11)
8. A crise da rejeição pelos líderes judeus (Cap.12)
9. O Rei anuncia uma nova forma interina do Reino por causa da
rejeição de Israel (13.1-52)
10. A abundante graça do Messias frente à enorme hostilidade (13.53–
18.35)
11. A resolução do Rei de ir para Jerusalém (Cap. 19–20)
12. O Rei esboça o curso da história para Sua Segunda Vinda (Cap. 24–
25)
13. Últimos momentos antes da Cruz entrar em cena (26.1–46)
14. O Rei cruci cado (26.47–27.66)
15. Ressurreição e reencontro na Galiléia (Cap. 28)
1. GENEALOGIA E NASCIMENTO DO REI MESSIAS (CAP. 1)
• A genealogia de Jesus (1.1-17)
Esta genealogia remonta ao direito legal de Jesus ao trono de Davi,
como o lho adotado de José. Ela segue a linhagem real desde Davi,
Salomão e pelos reis de Judá até José, o marido de Maria, a qual deu à luz a
Jesus.
• O nascimento de Jesus (1.18-25)
Durante o tempo em que Maria estava desposada de José, ela
engravidou de forma milagrosa pelo Espírito Santo. Sem saber disso José
estava disposto a romper com o relacionamento. Entretanto, um anjo
assegurou-lhe que ela estava com uma criança gerada pelo Espírito Santo e
que a criança deveria se chamar Jesus porque salvaria as pessoas de seus
pecados. José casou com a Virgem Maria somente depois de a criança ter
nascido, cumprindo Isaías 7.14.

2. PRIMEIROS ANOS DO REI MESSIAS (CAP.2)


• A visita dos magos (2.1-12)
Algum tempo após o nascimento de Jesus, homens gentios vieram do
Oriente para adorar o Rei Messias. O rei Herodes da Judéia, um convertido
ao judaísmo, ouviu que um menino havia nascido e que deveria se tornar o
Rei dos Judeus. Temendo que sua própria coroa estivesse ameaçada,
perguntou aos líderes religiosos onde o Messias nasceria. Quando soube que
o lugar era Belém, enviou os sábios lá para encontrá-lO para que, segundo
ele, pudesse ir também para “adorá-lO”. No entanto, após terem encontrado
Jesus e Sua mãe e presenteado o menino, retornaram por outro caminho.
• A fuga para o Egito (2.13-23)
Avisado por um anjo, José fugiu para o Egito com Jesus e Maria (v.13-
15). Herodes cou furioso que seus esforços para localizar a criança haviam
sido frustrados, então ordenou o massacre de todos os bebês com menos de
dois anos de idade em Belém e arredores (v.16-18). José cou no Egito até
após a morte de Herodes, depois partiu com sua família para Nazaré e se
estabeleceu ali (v.19-23).
3. PREPARAÇÕES PARA O MINISTÉRIO DO MESSIAS E SEU
INÍCIO (CAP.3-4)
• O ministério de João Batista (3.1-12)
Entre os capítulos 2 e 3 há um intervalo de 28 ou 29 anos. Com 30 anos
de idade o Senhor Jesus estava pronto para começar Seu ministério público.
Primeiramente, porém, Ele foi apresentado a João Batista, que conclamava a
nação de Israel a se arrepender para estar moralmente pronta para o Rei. O
povo deveria demonstrar seu arrependimento sendo batizado por João, no
rio Jordão. Muitos assim o zeram de forma sincera, mas outros, como os
fariseus e saduceus, estavam apenas ngindo. João disse que primeiramente
haveria o batismo com o Espírito Santo, mas que depois haveria batismo
com o fogo do julgamento divino.

• O batismo de Jesus (3.13-17)


Quando Jesus se apresentou para ser batizado, João protestou de que
ele não era digno de batizar o seu Senhor. Certamente Jesus não tinha
pecados dos quais se arrepender, mas Ele explicou que, ao ser batizado,
estava se identi cando com o remanescente arrependido de Israel. Ele
também estava dando uma lição de como cumpriria toda a justiça, sendo
batizado na morte no Calvário e ressuscitando novamente.
• A tentação de Jesus (4.1-11)
A tentação de Jesus por Satanás demonstrou Sua perfeição moral e
assim a absoluta aptidão para ser Rei. As três tentações eram (1) para viver
apenas de pão; (2) para tentar a Deus por uma façanha espetacular e (3)
para aceitar os reinos do mundo do Diabo. Estas tentações correspondem à
tentação de Eva – a árvore era boa para comer, agradável aos olhos e
desejável para tornar a pessoa sábia (Gn 3.6) – e à de nição de mundo de
João como a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a
soberba da vida (1 João 2.16). Jesus resistiu às três tentações citando as
Escrituras a partir de Deuteronômio. Então o Diabo o deixou.
• O início do ministério de Jesus (4.12-25)
O grande ministério galileu do Senhor começa aqui. Jesus se mudou de
Nazaré para Cafarnaum; pregou que o Reino de Deus havia chegado (na
pessoa do Rei); chamou Pedro, André, Tiago e João para serem discípulos; e
desenvolveu um extensivo ministério de cura por toda a Galiléia. Mateus
destaca a profecia de Isaías concernente ao resplandecer da luz na Galiléia,
que assim se cumpriu.
4. A CONSTITUIÇÃO DO REINO (CAP. 5–7)
• As bem-aventuranças e as comparações (5.1-16)
O Sermão do Monte (cap. 5–7) é a constituição do Reino. Nas Bem-
aventuranças (v.1-12) temos um retrato de cidadãos ideais; eles são
comparados ao sal e à luz (v.13-16). Depois, a partir do verso 17 até cap.
6.34, é descrita a justiça superior do Reino.
• O relacionamento de Cristo com a Lei (5.17-19)
Em primeiro lugar, Cristo enfatizou que não veio para revogar a lei,
mas para cumpri-la. Ele não somente a obedeceu integralmente em Sua
própria vida, mas a cumpriu pagando o castigo pleno por nós em Sua morte.

• Verdadeira justiça (5.20)


Ele insistiu que Seus discípulos deveriam demonstrar uma justiça
superior daquela dos escribas e fariseus, que era exterior e de pureza ritual e
que nunca transformou seus corações.
• Reconciliar antes de adorar (5.21-26)
A lei dizia: “Não matarás”, mas Jesus disse: “Não se ire contra seu
irmão” (v.21-22). A ira é o embrião do homicídio. Por esta razão os cristãos
devem ser rápidos para ajustar as diferenças que surgem antes que se
transformem em ira e processos judiciais. A adoração é aceitável somente
quando somos reconciliados com nossos irmãos (v.23-26).
• A fonte da luxúria (5.27-30)
A lei dizia: “Não adulterarás”, mas Jesus disse: “Não olhe para uma
mulher com luxúria” (v.27-28). O adultério começa no olhar impuro.
Somente quando os crentes controlarem a fonte é que poderão dominar a
torrente que ui dela. Isto signi ca tomar uma atitude positiva para
controlar nossos olhos – o que vemos e nossas mãos – o que fazemos (v.29-
30).
• Jesus e o divórcio (5.31-32)
A lei dizia que se um homem se divorciasse de sua esposa, ele
simplesmente tinha que lhe dar uma carta de divórcio, mas Jesus disse que a
única justi cativa para o divórcio era a in delidade de um dos cônjuges.
Repudiar sua mulher por qualquer outra razão é cometer adultério e casar
com a mulher repudiada é adultério também.
• Jesus proíbe juramentos (5.33-37)
A lei dizia que se você jurasse teria que cumprir o juramento, mas Jesus
proibiu jurar, não importando a razão. Nosso discurso deve ser tão
consistente e honesto que não seja necessário nenhum juramento. Alguns
dizem que isto se aplica aos juramentos de ação futura apenas e não a
juramentos que atestam delidade de testemunho legal (geralmente se
referindo a eventos testemunhados do passado).
• A outra face e a segunda milha (5.38-42)
A lei dizia: “Pague o mal com a mesma medida”, mas Jesus disse:
“Pague o mal com o bem. Vire a outra face. Ande a segunda milha. Retribua
cada grosseria com uma bondade”.
• Um estilo de vida amoroso (5.38-42)
A lei dizia: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”, mas Jesus
disse: “Amai os vossos inimigos”. Desta forma você vai mostrar que é lho de
Deus, pois Ele é bom para com todos.
• Caridade sem ser visto (6.1-4)
A justiça do Reino proíbe a hipocrisia religiosa ou a ostentação da
piedade de alguém (v.1). Doações de caridade não devem feitas para serem
vistas (v.2-4).
• A oração modelo (6.5-15)
Os homens não devem orar para parecerem santos ou se utilizar de
longas e repetitivas orações (v.5-8). No geral, a oração deve começar com
adoração e depois colocar os interesses de Deus antes dos nossos. Ela deve
incluir pedidos para nossas necessidades diárias, perdão para os outros e
livramento do mal (v.9-13). Se não perdoarmos aos outros, não podemos
esperar que nosso Pai nos perdoe (v.14-15).
• Jejuar sem propaganda (6.16-18)
Não devemos exibir nosso jejum, mas devemos fazê-lo sem ostentação
e perante Deus somente.
• Tesouro no céu (6.19-24)
O Senhor tem um plano de previdência para os cidadãos de Seu Reino.
Funciona mais ou menos assim: Cidadãos são proibidos de gastar suas vidas
acumulando dinheiro para um futuro incerto; seus juros e dividendos
seriam então divididos.
• O Senhor proverá (6.25-34)
Não devemos nos preocupar sobre a providência da comida ou roupa
para um “dia chuvoso”. Se Deus provê alimento para os pássaros e se Ele
veste as ores silvestres com beleza, certamente cuidará daqueles que
colocam os interesses dEle em primeiro lugar. Então o Senhor faz uma
aliança com Seu povo de que, se eles colocarem o Seu Reino e justiça em
primeiro plano, Ele cuidaria de seu futuro. Isto irá tirar a sua preocupação
sobre o futuro e libertá-los, para concentrarem toda sua atenção
inteiramente ao serviço ao Senhor.
• Não julgue (7.1-5)
Não há lugar no Reino para um espírito crítico, severo e censurador.
Certamente não temos o direito de criticar os outros se temos os mesmos
defeitos em diferentes níveis.
• Pérolas aos porcos (7.6)
Não somos obrigados a compartilhar as verdades do Reino com
pessoas que continuam a responder com blasfêmia e violência.
• Perseverança na oração (7.7-11)
Devemos perseverar na oração com con ança total e inabalável,
sabendo que Deus deseja somente aquilo que é para nosso bem.
• A regra de ouro (7.12)
A regra de ouro nas relações interpessoais é tratar os outros como nós
gostaríamos de ser tratados.
• Os dois caminhos (7.13-14)
O portão do discipulado cristão é estreito e a estrada é difícil, mas ela
nos leva à vida abundante. A vida indisciplinada leva ao fracasso e à perda.
Não esqueça de aplicar o Evangelho aqui.
• Como identi car um verdadeiro profeta (7.15-20)
Um dos testes de um falso profeta é seu caráter moral. Um verdadeiro
profeta pode ser detectado por sua vida santa.
• Falsos discípulos (7.21-23)
Verdadeiros discípulos fazem a vontade de Deus. Falsos discípulos
podem usar palavras religiosas e desempenhar obras religiosas, mas no nal
serão desmascarados.
• Construtores prudentes e insensatos (7.24-27)
O homem prudente não somente ouve as palavras de Jesus, mas Lhe
obedece. Ele constrói sua vida sobre um rme fundamento. O insensato
escolhe seu próprio caminho e, então, não tem em que se apoiar na hora da
adversidade.
• A reação da multidão (7.28-29)
Quando Jesus terminou estes ensinos maravilhosos, a multidão estava
surpresa e perplexa pela autoridade com que falava.

5. OS MILAGRES DO MESSIAS DE PODER E GRAÇA E AS


VARIADAS REAÇÕES A ELES (CAP. 8.1 – 9.35)
• As curas milagrosas do Messias (8.1-17)
De 8.1 a 9.35 temos alguns milagres de poder e graça do Messias e as
diferentes reações a eles. Primeiramente, Jesus curou um judeu leproso
simplesmente tocando nele (v.1-4). A seguir curou um servo de um
centurião pela Sua palavra, mesmo não estando sicamente presente (v.5-
13). Depois foi restaurar a sogra de Pedro tocando em sua mão (v.14-15).
Finalmente Ele curou multidões e expeliu espíritos dos possessos (v.16-17).
Essas curas podem representar os eventos na seguinte ordem cronológica:
(a) O ministério de Cristo para Israel durante a Sua Primeira Vinda; (b) Seu
atual ministério aos gentios; (c) A restauração dos crentes de Israel na Sua
Segunda Vinda; e (d) Seu ministério às multidões durante o Milênio.
• Provando os que querem ser Seus discípulos (8.18-22)
Dois candidatos a discípulos aprenderam que seguir a Cristo pode
signi car não ter casa para morar e que é necessário colocá-lO acima dos
relacionamentos terrenos.
• O Mestre do vento e das ondas (8.23-27)
As forças da natureza obedeceram a Jesus. Uma impetuosa tempestade
no Mar da Galiléia acalmou-se pelo Seu comando.
• Os demônios obedientes e os porcos (8.28-34)
Os demônios obedeceram a Jesus. Pela Sua palavra eles deixaram o
corpo de dois homens e então entraram em 2.000 porcos, que
imediatamente se precipitaram no mar.
As forças da natureza Lhe obedeceram. Os demônios Lhe obedeceram.
Somente os seres humanos são desobedientes!
• Curando um paralítico (9.1-8)
Quando o Salvador disse a um homem paralítico que seus pecados
estavam perdoados, os escribas caram furiosos, recusando-se a acreditar
que Ele poderia fazer isso. Portanto, para mostrar-lhes a evidência visual de
Seu poder, Ele curou o paralítico. Se os escribas não caram impressionados,
a multidão cou.
• O testemunho do autor (9.9-13)
O escritor do Evangelho agora relata sua própria conversão e sobre o
banquete que ele preparou para poder apresentar seus amigos a Jesus.
Quando os fariseus criticaram Jesus por confraternizar com uma turba de
pecadores, Ele lhes disse que veio para chamar pecadores ao
arrependimento e não religiosos esnobes.
• Respondendo uma pergunta sobre o jejum (9.14-17)
O Senhor separou um pouco de tempo para responder às perguntas de
alguns discípulos de João. Primeiro, a razão dos discípulos não jejuarem era
porque Jesus estava com eles; quando Ele os deixasse, eles jejuariam.
Segundo, você não pode misturar lei e graça, ou odres de vinho velhos do
Judaísmo com o vinho novo do Cristianismo.
• Mais três milagres de curas (9.18-35)
Os três milagres que seguem mostram a ordem espiritual na conversão
de um pecador. Primeiro, o morto é ressuscitado para a vida, como ilustrado
com a lha de um chefe (v.18-19, 23-26). Segundo, cegos são curados, como
foi o caso dos dois que reconheceram Jesus como o Messias e tiveram as
vistas abertas (v.27-31). Terceiro, o convertido volta a falar novamente para
testi car de Jesus, como visto na cura de um endemoninhado mudo (v.32-
34). Como esperado, os inimigos de Cristo caram furiosos quando viram
os milagres.
O cura da lha do chefe foi interrompida por uma mulher enferma,
que conseguiu se aproximar através da multidão e tocar na orla da veste de
Jesus, sendo curada (v.20-22).
6. APÓSTOLOS DO REI MESSIAS ENVIADOS PARA ISRAEL
(CAP. 9.36-10.42)
• Compaixão pelos perdidos (9.36-38)
Vendo a multidão errante, como ovelhas sem pastor, o Salvador disse
aos Seus discípulos para orarem por trabalhadores para Sua seara.

• Jesus envia os doze (10.1-15)


Um intervalo aqui no capítulo interrompe a linha de pensamento. Deus
muitas vezes chama aqueles que oram por missões. Os cristãos que pedem
ao Senhor para enviar trabalhadores devem estar dispostos a ir, eles
mesmos! Agora o Rei Messias chama doze apóstolos (v.1-4) e os envia às
ovelhas perdidas da casa de Israel (v.5-6). A missão era anunciar a chegada
do Reino dos Céus na pessoa do Rei, para con rmar a mensagem com sinais
milagrosos e compartilhar o Evangelho gratuito (v.7-8). Deveriam con ar
que o Senhor supriria suas necessidades e aceitar hospitalidade onde fosse
oferecida. Aqueles que rejeitassem a eles e à sua mensagem também
sofreriam por isso no Dia do Julgamento (v.9-15).
• Jesus adverte sobre oposição (10.16-39)
O Senhor advertiu Seus seguidores sobre perseguição e ódio e os
orientou sobre como reagir (v.16-23). Eles não deveriam esperar um
tratamento melhor do que Ele recebeu, deveriam temer a Deus em vez dos
homens, deveriam lembrar que Seu Pai cuidava deles e que deveriam
confessar Cristo perante os homens ousadamente (v.24-33). Ele lhes ensinou
alguns fatos difíceis sobre o discipulado. A Sua vinda para uma casa causaria
divisão, portanto seria necessário escolher entre Ele e a família. Seus
discípulos deveriam viver em tal estado de renúncia por Jesus que nem
mesmo a própria morte seria um preço muito alto a pagar. Amor por Cristo
deveria ser o sentimento dominante sobre o instinto de autopreservação
(v.34-39).
• As recompensas dos representantes de Cristo (10.40-42)
Os discípulos deveriam se lembrar de que eram representantes
somente de Cristo. Aqueles que os recebessem estavam
recebendo a Cristo e qualquer bondade demonstrada a eles seria
recompensada desta forma.
7. INÍCIO DA TENSÃO (CAP. 11)
• Jesus encoraja João Batista (11.1-6)
Neste capítulo começa a tensão. João Batista é aprisionado e começa a
questionar por que isso havia acontecido, se Jesus realmente seria o Messias.
O Senhor havia enviado mensageiros para lembrá-lo de que os milagres
profetizados do Messias estavam sendo realizados por Ele.
• O tributo de Jesus a João Batista (11.7-15)
Jesus faz um grande tributo a João considerando-o mais do que apenas
um profeta: como Seu antecessor e por isso com posicionamento maior do
que qualquer outra pessoa. Se o povo tivesse aceitado João ele teria
cumprido o papel que foi predito de Elias.
• Rejeição e aceitação (11.16-30)
O Senhor descreveu Israel como uma geração ou raça que era
impossível agradar (v.16-19) e denunciou três cidades da Galiléia por causa
de sua descrença (v.20-24). Em face da enorme rejeição, o Salvador se
consolou nos propósitos soberanos de Deus Pai (v.25-27) e então convidou
todos os que estavam cansados e sobrecarregados para virem a Ele, para
receber descanso de suas mentes e corações (v.28-30).
8. A CRISE DE REJEIÇÃO PELOS LÍDERES JUDEUS (CAP. 12)
• Controvérsia sobre trabalhar no sábado (12.1-9)
Os fariseus caram indignados quando viram os discípulos colhendo
espigas no sábado. Jesus mostrou a eles, no Antigo Testamento, que a Lei de
Moisés não proibia obras de misericórdia ou de necessidade realizadas no
sábado. Disse-lhes que misericórdia era mais importante do que
observações cerimoniais e que Ele era o Senhor do sábado.
• Controvérsia sobre curas no sábado (12.10-13)
Depois os fariseus criticaram Jesus por ter curado, no sábado, um
homem com uma mão ressequida. O Senhor os lembrou que eles
certamente tirariam uma ovelha de uma cova no sábado.
• A trama do sábado para destruir Jesus (12.14-21)
Ele também poderia lembrar-lhes que estavam tramando no sábado
para destruí-lo (v.14)! Mas Ele não o fez; simplesmente continuou Seu
ministério de cura, em cumprimento de Isaías 41.9 e 42.1-4 – o Servo gentil
fazendo a justiça triunfar sem força ou alarde (v.15-21).
• Blasfemando contra o Espírito Santo (12.22-30)
Quando Jesus curou um endemoninhado cego e mudo e a multidão
começou a questionar se Ele era o Messias, os fariseus O acusaram de
realizar Seus milagres no poder de Belzebu, maioral dos demônios. Na
verdade o Senhor realizou estes milagres no poder do Espírito Santo,
portanto os fariseus estavam blasfemando contra o Espírito Santo,
chamando-o de Satanás. O Mestre primeiramente apontou a inconsistência
de tal acusação: então Satanás estaria indo contra si mesmo. Daí Ele apontou
que, em razão de estar expulsando demônios pelo Espírito de Deus, o Reino
de Deus havia vindo até eles. Jesus veio para invadir o território do Diabo,
amarrá-lo e libertar os cativos.
• O pecado imperdoável (12.31-37)
Neste ponto Jesus anunciou que os fariseus haviam cometido o pecado
imperdoável por terem falado contra o Espírito Santo. As palavras deles
expuseram seus corações. Este episódio marcaria uma ruptura de Cristo e
Israel. A rejeição do Salvador pelos líderes religiosos predisse Sua rejeição
pela nação como um todo. E exatamente isto foi o que aconteceu de fato.
• Os fariseus pedem um sinal (12.38-42)
Apesar de todos os Seus milagres, alguns escribas e fariseus tiveram o
atrevimento de pedir um sinal a Jesus! Ele respondeu que o único sinal que
teriam seria Sua ressurreição dos mortos. Os habitantes gentios de Nínive
arrependeram-se quando Jonas foi até eles. A rainha gentia de Sabá viajou
uma grande distância para ver Salomão. Mas os judeus tinham o Filho de
Deus entre eles e O rejeitavam. Veja que Deus não se agrada com o tipo de fé
que pede sinais.
• O endemoninhado restaurado (12.43-45)
A história de Jesus sobre o endemoninhado restaurado tinha um
signi cado especial para Seus ouvintes judeus. O espírito imundo é a
idolatria. O homem representa Israel. A casa, vazia e varrida, fala da
libertação da idolatria. Os outros sete espíritos simbolizam a idolatria em
sua pior e mais completa forma.
A casa de Israel tinha se livrado da idolatria durante o cativeiro
babilônico. A casa estava limpa e vazia. Porque eles não permitiram, no
entanto, que o Senhor Jesus entrasse, no futuro sucumbirão a uma forma
muito pior de idolatria – a adoração do Anticristo.
• A verdadeira família de Jesus (12.46-50)
Quando a mãe e os irmãos do Senhor vieram para falar com Ele, Jesus
apontou para Seus discípulos e disse que eles eram Sua “mãe e irmãos”. Em
outras palavras, Ele estava ensinando que os relacionamentos espirituais
tinham primazia sobre os relacionamentos naturais. Isto era outro indício da
ruptura com Israel.
O escritor Ironside conclui: “Foi a renúncia de todos os laços da carne.
A ruptura com Israel estava praticamente completa: Ele estava almejando
um novo tempo completamente diferente”.
9. O REI ANUNCIA UMA FORMA NOVA E TEMPORÁRIA
DO REINO POR CAUSA DA REJEIÇÃO DE ISRAEL (CAP.
13.1-52) • JESUS ENSINA À BEIRA-MAR (13.1-2)
Como consequência da rejeição do Rei e do Reino no capítulo anterior,
este teria uma nova forma durante o período até Sua Segunda Vinda.
Através de uma série de parábolas descrevendo os mistérios do Reino dos
Céus, o Senhor diz aos Seus discípulos o que podem esperar durante Sua
ausência.
• Parábola dos tipos de solo (13.1-9, 18-23)
A parábola dos quatro tipos de solos ensina que a mensagem do Reino
será frutífera em somente um deles. Os outros três falam daqueles que
podemos chamar de crentes nominais; somente o solo bom tipi ca os
verdadeiros crentes.
• Porque Jesus falava em parábolas (13.10-17)
Aquelas pessoas que estavam sinceramente abertas para Seu ensino
compreenderiam, mas a verdade seria encoberta para aqueles cujos corações
estavam determinados a não crer.
• Parábola do trigo e do joio (13.24-30, 36-43)
A parábola do trigo e do joio também mostra que o Reino inclui uma
pro ssão externa e realidade interna, isto é, pessoas que são crentes
verdadeiros e outros que são apenas discípulos nominais. Jesus é o
Semeador; o campo é o mundo (e não a Igreja); a boa semente representa os
lhos do Reino; o joio, as pragas, são os lhos do maligno; e o inimigo é
Satanás. Os anjos vão separar o trigo e o joio na Segunda Vinda de Cristo.
Os lhos do Reino vão desfrutar do Reino milenar, os outros serão
destruídos.
• Parábola do grão de mostarda (13.31-32)
A parábola do grão de mostarda indica que o Reino teria um começo
humilde, mas que teria um crescimento anormal e se tornaria infestado com
todos os tipos de falsos ensinamentos. É uma descrição da cristandade de
hoje, mas não do Cristianismo verdadeiro.
• Parábola do fermento (13.33)
A parábola do fermento na comida retrata a introdução da doutrina
maligna na comida espiritual do povo de Deus. (Na Bíblia, fermento
geralmente se refere a algo mau.) Assim como o fermento se espalha pela
farinha, da mesma forma o mal se espalha com grande força pelo Reino.
• As parábolas cumprem a profecia (13.34-43)
Mateus faz uma pausa para destacar que o uso de parábolas pelo
Senhor foi um cumprimento da profecia de Asafe, no Salmo 78.2.
• Parábola do tesouro escondido (13.44)
A parábola do tesouro escondido fala como Cristo vende tudo o que
tem para adquirir Israel, na cruz.
• Parábola da pérola de alto preço (13.45-46)
A parábola da pérola de alto preço nos lembra que o Senhor Jesus
vendeu tudo que tinha no Calvário para adquirir a Igreja.
• Parábola da rede (13.47-50)
A sétima parábola descreve uma rede lançada ao mar, trazendo todo
tipo de peixe. No nal da Grande Tribulação os anjos vão separar os justos
dos injustos. Os justos vão entrar no Milênio; os injustos serão lançados na
fornalha acesa.
• Parábola do pai de família (13.51-52)
Porque os discípulos disseram que entendiam estas parábolas, o Senhor
lhes disse que eram obrigados a compartilhar com outras pessoas, as
verdades do Antigo Testamento e as novas verdades dos ensinamentos de
Jesus.
10. A GRAÇA INESGOTÁVEL DO MESSIAS E A CRESCENTE
HOSTILIDADE (CAP. 13.53-18.35)
• Jesus rejeitado em Nazaré (13.53-58)
No nal, quando Jesus retornou a Nazaré, percebeu que era um profeta
sem honra em Sua própria terra. Porque as pessoas não O receberam,
perderam os benefícios de Seu ministério.
• A morte de João Batista por Herodes (14.1-12)
Quando as notícias do ministério de Jesus chegaram até Herodes, ele
cou atônito, temendo que João Batista, a quem havia executado, tivesse
ressurgido dos mortos. Os versículos 3-12 nos levam de volta ao tempo e à
forma da morte de João Batista. João havia repreendido Herodes por viver
um relacionamento adúltero com sua cunhada. Esta esperou até que
Herodes zesse uma promessa precipitada, em razão da dança de sua lha e
então persuadiu que a lha pedisse a cabeça de João Batista. Os discípulos
de João sepultaram seu líder e então foram e contaram a Jesus, seu líder
maior.
• O Cristo compassivo (14.13-36)
Apesar da crescente hostilidade e ódio para com Ele, o Salvador
continuou Seu ministério de compaixão. Ele curou os doentes (v.13-14),
alimentou 5.000 homens, mais mulheres e crianças, com cinco pães e dois
peixes (v.15-21); acalmou a tempestade para Seus discípulos desesperados
no Mar da Galiléia (v.22-33); ainda proporcionou um feriado aos médicos
em Genesaré curando todos os enfermos (v.34-36).
• A tradição humana versus mandamentos divinos (15.1-9)
Os escribas e fariseus criticaram os discípulos de Jesus por violar a
tradição dos anciãos, por não terem feito a lavagem tradicional antes de
comer. Jesus lhes respondeu que eles, os fariseus, violavam os mandamentos
de Deus pelas suas tradições. Por exemplo, ensinavam que poderiam se
desculpar por não ajudar seus pais necessitados simplesmente recitando
uma fórmula: de que o dinheiro deles era dedicado a Deus.
• A verdadeira contaminação vem do interior (15.10-20)
Então Jesus fez uma declaração revolucionária dizendo que o que
contamina uma pessoa é o que vem do coração e não o que entra pela boca.
Os fariseus caram ofendidos porque o Senhor disse que não tinham nem
vida, nem visão divina.
• Cachorrinhos em baixo da mesa (15.21-28)
No meio de tanta descrença em Israel, a fé de uma mulher cananéia
brilhou de forma memorável. Para que pudesse obter ajuda para sua lha,
que estava possessa, recusou-se a aceitar as aparentes rejeições ao Salvador e
se colocou no lugar de um cachorrinho sem valor (a palavra aqui signi ca
um cachorrinho de estimação). O Senhor elogiou sua fé e libertou sua lha.
• Jesus cura grandes multidões (15.29-31)
As multidões, que Jesus curou na Galiléia, eram provavelmente gentios
que moravam em Decápolis. É mencionado especi camente que
“glori cavam ao Deus de Israel”.
• Jesus alimenta mais de 4.000 (15.32-39)
Ainda ao leste do Mar da Galiléia, Jesus alimentou 4.000 homens, mais
mulheres e crianças, com sete pães e alguns peixinhos, sobejando sete cestos
cheios.
Uma nova dispensação parece transparecer nesse capítulo. As
constantes discussões e murmurações dos fariseus e escribas prenunciam a
rejeição ao Messias, por Israel. A fé da mulher cananéia é uma gura para a
extensão do Evangelho aos gentios e a alimentação dos 4.000 aponta para o
futuro Milênio com suas bênçãos de saúde e prosperidade para o mundo
todo.
• Buscando um sinal do céu (16.1-4)
Os fariseus e saduceus mais uma vez revelam sua descarada falta de fé
pedindo um sinal de céu. O Senhor os repreendeu por serem capazes de
reconhecer os sinais do clima, mas não os sinais dos tempos, isto é, o
advento do Messias e todas as Suas maravilhosas obras e palavras. O único
sinal que receberiam seria a ressurreição do Senhor e isto seria uma prova
da condenação deles.
• O fermento dos fariseus e os pães de Jesus (16.5-12)
Quando os discípulos se ajuntaram ao Senhor novamente no lado leste
do lago, haviam se esquecido de levar comida. Portanto, quando Jesus os
advertiu para terem cuidado com o fermento dos fariseus e saduceus,
pensaram que Ele estava falando literalmente de pão, mas na verdade estava
Se referindo à doutrina maligna. Eles ainda estavam se preocupando sobre a
falta de comida, embora Aquele que havia alimentado 5.000 e 4.000 homens
estava com eles! Então o Mestre discorreu sobre os detalhes das duas
multiplicações milagrosas, dando uma lição sobre aritmética e operação
divinas. Ele alimentou 5.000 com 5 pães e 2 peixes e sobraram 12 cestos. Ele
alimentou 4.000 com 7 pães e poucos peixes, mas sobraram somente 7
cestos. Em outras palavras, quanto menos o Senhor tinha para trabalhar,
mais Ele alimentou e mais comida sobrou!
• A grande con ssão de Pedro (16.13-20)
Em Cesaréia de Filipe Jesus atingiu o ponto alto de Seu ministério de
ensino com os discípulos. Era de suma importância que tivessem um
conhecimento maduro de quem Ele era. Se fosse apenas outro grande
homem, então sua causa seria frustrada e eles seriam tolos em segui-lO.
Quando Pedro confessou que Ele era o Cristo – o Filho do Deus vivo – o
Senhor profetizou que sua Igreja seria edi cada nesta grande verdade e que
o inferno não prevaleceria contra ela e, ainda, que Pedro abriria a porta do
Reino (como em Pentecostes e noutras ocasiões).
• Jesus prediz Sua morte e Ressurreição (16.21-27)
Os discípulos agora estavam prontos para ouvir o pior: que Cristo
sofreria e seria morto e o melhor: que Ele ressurgiria novamente no terceiro
dia. Pedro protestou contra esta idéia de sofrimento e morte do Senhor, sem
compreender que Jesus os estava chamando para segui-lO nesse caminho de
rejeição, sofrimento e até morte. Mas Jesus explicou que além da morte
haveria a glória de Seu Reino terreno.
• O trio privilegiado (16.28)
Três dos discípulos: Pedro, Tiago e João viveriam para ver o Filho do
Homem vindo neste Reino glorioso, como trataremos no próximo capítulo.
• A trans guração de Cristo (17.1-8)
A experiência do Monte da Trans guração era uma prévia da vinda de
Jesus para reinar na terra. Escrevendo sobre isso mais tarde, Pedro disse,
“Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas (...) quando estávamos
com ele no monte santo” (2Pe 1.16a, 18b). O Senhor apareceu em glória
revelada, assim como será no Milênio. Moisés, Elias, Pedro, Tiago e João
representavam várias classes no Reino, alguns chegando ali através da morte,
outros por translação e alguns vivendo naquele tempo. O Cordeiro será toda
a glória da terra do Emanuel, exaltado muito além de Moisés e Elias. Ele terá
o primeiro lugar.
• O questionamento sobre Elias (17.9-13)
Os discípulos estavam imaginando como poderiam ter uma prévia do
Reino sem que Elias tivesse vindo, como profetizado por Malaquias. Jesus
explicou que Elias tinha vindo, que os homens o tinham matado e que
também matariam o Filho do Homem. Então os discípulos entenderam que
João Batista tinha cumprido o papel de Elias.

• A necessidade por oração e jejum (17.14-21)


Após a experiência no topo da montanha veio o vale da necessidade
humana. Jesus curou um lho endemoninhado após os discípulos terem
falhado em suas tentativas. Ele explicou que a fé deles era insu ciente.
• Jesus prediz novamente Sua morte e Ressurreição
(17.22-23) Mais uma vez o Salvador predisse Sua traição, morte e
ressurreição. Os discípulos caram entristecidos, talvez por não
terem compreendido totalmente a promessa de Sua ressurreição.
• Jesus e Pedro pagam seus impostos (17.24-27)
Pedro equivocadamente disse aos coletores de impostos em Cafarnaum
que seu Mestre pagaria o imposto para o templo. Jesus o corrigiu destacando
que o Filho de Deus não tinha que pagar tributo para sustentar a casa de Seu
Pai. Mas para não escandalizar, enviou Pedro ao Mar da Galiléia para pegar
um peixe, que tinha uma moeda em sua boca e que a usasse para pagar o
imposto do Templo. Era o valor su ciente para pagar a parte de Jesus e de
Pedro também.
• Humildade (18.1-4)
Mateus 18 tem sido chamado de “discurso sobre a grandeza e o perdão”.
Ele esboça os princípios de conduta que são apropriados para aqueles que
reivindicam pertencer a Cristo, o Rei. Enquanto o Salvador estava Se
deparando com o sofrimento e a morte, os discípulos estavam pensando
sobre posições de grandeza no Reino. Ele os lembrou que teriam que ser
convertidos e se tornar como crianças para poder entrar no Reino.
• Responsabilidade com os pequeninos (18.5-6)
Quem recebesse Seus discípulos estaria recebendo ao próprio Jesus,
mas qualquer um que ofendesse Seus discípulos, talvez fazendo-os pecar,
iria sofrer um castigo pior do que ser lançado ao mais profundo mar.
• Autodisciplina (18.7-9)
Os homens devem tomar qualquer ação drástica necessária para evitar
que os outros tropecem.
• A sacralidade da vida (18.10-14)
Até mesmo o crente mais humilde não deve ser desprezado, porque ele
é representado por anjos na presença de Deus e é um objeto especial da
salvação pelo Pastor amoroso. O Senhor não quer que nem uma só ovelha se
perca.
• Disciplina dos transgressores (18.15-20)
Para tratar com um irmão que pecou deve-se ir primeiramente ter com
ele sozinho. Se isto falhar, deve-se ir acompanhado de uma ou duas pessoas.
Se o transgressor ainda não se arrepender, o assunto vai para a igreja. Se ele
se recusar a ouvir, os crentes devem se recusar a ter comunhão com ele.
• Perdão ilimitado (18.21-35)
Em resposta a uma pergunta de Pedro, o Senhor disse que devemos
perdoar um irmão faltoso toda vez que ele se arrepender. Então Jesus deu
uma parábola sobre um servo que devia uma quantia enorme para um rei e
não podia pagar. Em vez de vendê-lo à escravidão, juntamente com sua
família, o rei compassivamente perdoou a dívida. O servo, por sua vez, tinha
um amigo que devia uma quantia pequena. Em vez de perdoá-lo, o servo
agarrou o amigo e o lançou na prisão.
O rei cou tão enfurecido quando ouviu sobre isso, que ordenou que o
servo, cuja dívida havia sido perdoada, fosse aprisionado até que pagasse
tudo o que devia – uma sentença perpétua.
A lição é clara. Temos sido perdoados de milhões por Deus e devemos
perdoar, por comparação, nossos irmãos e irmãs mesmo somente por alguns
centavos.
11. A PARTIDA DO REI RUMO A JERUSALÉM (CAP. 19-20)
• Jesus cura além do Jordão (19.1-2)
Finalizando seu ministério na Galiléia, o Senhor Jesus foi para a Peréia,
ao leste do Jordão. Seu ministério na Peréia se estende do capítulo 19.1 até
20.16.
• O ensino de Jesus sobre o divórcio e sobre casar-se
novamente (19.3-9) Os fariseus tentaram provar Jesus com uma
pergunta sobre o divórcio, pensando que independente da Sua
resposta, Ele deixaria muitas pessoas de fora. Jesus lembrou-lhes
que o relacionamento matrimonial deve suplantar o
relacionamento com os pais, que no casamento duas pessoas se
tornam uma, que o divórcio foi permitido no Antigo Testamento,
mas nunca foi o ideal de Deus e que de agora em diante o único
motivo permitido para divorciar-se seria por imoralidade de um
dos cônjuges.
• O ensino de Jesus sobre o celibato (19.10-12)
Os discípulos reagiram concluindo que seria melhor nem casar, ao que
Jesus respondeu que a vida celibatária é somente para aqueles que foram
forçados a ela por nascimento ou aqueles que a escolhem por causa do
Reino dos Céus.
• Jesus ama as criancinhas (19.13-15)
Apesar dos protestos dos discípulos, Jesus tomou um tempo para
abençoar as criancinhas e considerá-las como aceitáveis no Reino dos Céus.
• O jovem rico (19.13-15)
Um jovem rico perguntou a Jesus o que ele precisava fazer para obter a
vida eterna. Primeiramente, Jesus o testou para ver se ele O reconheceria
como Deus; o jovem falhou no teste. Então o Senhor usou a Lei Mosaica
para tentar produzir a convicção do pecado no coração do homem; o jovem
falhou neste teste também. Se realmente amasse seu semelhante como a si
mesmo, estaria disposto a vender tudo e dar aos pobres, mas ele foi embora
triste porque possuía muito. Jesus usou esta situação para mostrar aos Seus
discípulos o quanto é impossível para um homem rico ser salvo. E como o
povo judeu tradicionalmente associava riqueza com a bênção de Deus, eles
questionavam quem então poderia ser salvo. A resposta era que seria
necessário um milagre do poder divino.
• Recompensas no Reino (19.27-30)
Em contraste ao jovem rico, Pedro se vangloriou que os discípulos
haviam deixado tudo para seguir a Cristo e perguntou qual seria sua
recompensa. O Senhor lhes prometeu posições de proeminência no Milênio,
além de ricas recompensas nesta vida e na eternidade. Mas Ele advertiu
Pedro contra um espírito de barganha, porque muitos que foram primeiros
no Reino, em relação ao tempo, seriam os últimos quando fossem entregues
as recompensas.
• Graça versus justiça (20.1-16) A parábola dos
trabalhadores na vinha ilustra a advertência de Jesus contra um
espírito de barganha com o Senhor. Cedo de manhã, alguns
trabalhadores acertaram de trabalhar um dia todo por um
denário (um valor padrão para os trabalhadores rurais naquele
tempo). Outros trabalhadores foram contratados às 9 da manhã,
às 15 e 17 horas, igualmente com o salário de um denário ao dia.
Quando todos receberam um denário, no nal do dia, aqueles
que foram contratados primeiro reclamaram asperamente. Mas
eles foram lembrados que receberam o que haviam combinado.
Todos os outros receberam graça. A graça é melhor que a justiça.
Os primeiros a serem contratados seriam os últimos a receberem
e os últimos seriam os primeiros.
• Jesus novamente prediz Sua morte e ressurreição (20.17-
19) Agora, no último dia de Sua viagem a Jerusalém, Jesus
novamente diz aos discípulos que Ele seria traído, condenado,
escarnecido, ferido e cruci cado. Mas havia sempre a declaração
de vitória: Ele ressuscitaria. Sua ressurreição faria toda a
diferença. Seria a segurança deles, porque estavam no lado
vencedor.
• Uma mãe ambiciosa (20.20-28)
Quando a mãe de Tiago e João pediu para que seus lhos tivessem
lugares de honra no Reino, Jesus explicou que o Pai não premiaria com estes
lugares por favores pessoais, mas como recompensas pelo sofrimento e até
morte por Cristo. Fez outro lembrete que, em Seu Reino, a grandeza não
será medida pelo domínio sobre os outros, mas pelo serviço que realizarem.
• Jesus cura dois cegos (20.29-34)
Ao deixar Jericó rumo a Jerusalém, dois homens cegos O
reconheceram como o Messias e clamaram insistentemente para que
pudessem ver. Jesus os tocou, seus olhos foram abertos e então seguiram a
Jesus.
12. A ENTRADA TRIUNFAL DO REI MESSIAS EM
JERUSALÉM (CAP. 21-23)
• A entrada triunfal (21.1-11)
No lado leste do Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos a
Betânia para buscar uma jumenta e seu jumentinho, a qual Ele usou para
sua entrada em Jerusalém, em cumprimento às profecias de Isaías e
Zacarias. A multidão O saudou jubilosamente, cobrindo a estrada com
ramos e vestes.
• A puri cação do Templo (21.12-16)
Jesus foi diretamente ao pátio do templo e expulsou todos os cambistas,
acusando-os de tornar a casa de Deus num covil de salteadores (v.12-13).
Quando os líderes religiosos se indignaram por Seus milagres e por permitir
que as crianças O aclamassem como o Messias, Ele os silenciou com o
Salmo 8.2 – os pequeninos vão adorá-lo se os adultos não o zerem (v.14-
16)!
• A maldição da gueira (21.17-22)
Após passar a noite em Betânia, retornou a Jerusalém. No caminho Ele
amaldiçoou uma gueira deixando-a imediatamente seca. Quando os
discípulos se espantaram, Jesus lhes disse que, se tivessem fé, poderiam até
ordenar que montanhas se movessem e também obter respostas ilimitadas
de oração. O fato de não ter havido gos da primeira colheita em abril, era
uma evidência segura de que não haveria uma colheita mais adiante em
agosto.
• A autoridade do Rei desa ada (21.23-27)
Nos pátios do templo, os líderes desa aram a autoridade de Cristo por
fazer as coisas que estava fazendo. Sabendo que queriam tentá-lO, Ele os
desa ou perguntando se o ministério de João Batista era de Deus. Se
dissessem “não”, alienariam a multidão. Se eles dissessem “sim”, então por
que não obedeceram a João arrependendo-se e crendo em Cristo? Quando
recusaram responder a Jesus, Ele também Se recusou a responder-lhes.
• A parábola dos dois lhos (21.28-32)
Com esta história Jesus repreendeu os sacerdotes e anciãos por não
obedecerem ao chamamento de João ao arrependimento e à fé. Eram como
o primeiro lho, que professava aprovar o ministério de João, mas nunca
responderam a ele. Os publicanos e as meretrizes eram como o segundo
lho, primeiramente irresponsáveis, mas eventualmente obedientes.
• A parábola da vinha (21.33-46)
Nesta história Deus era o dono da casa, Israel a vinha e os líderes
religiosos os lavradores. Os profetas eram os servos enviados para buscar os
frutos. Jesus, naturalmente, era o Filho de quem disseram: “Este é o
herdeiro, vamos matá-lo”.
Quando os principais sacerdotes e fariseus condenaram os lavradores
na parábola como dignos de destruição, eles condenaram terrivelmente a si
mesmos como culpados pela morte do Filho de Deus. Citando o Salmo
118.22, Jesus disse-lhes que eles eram os construtores que O rejeitaram, a
Pedra angular. Ele seria exaltado e eles seriam humilhados por causa do
Reino ter sido tirado deles e entregue aos crentes gentios. Entenderam a
mensagem e queriam matá-lO, mas as multidões ainda O consideravam
como um profeta.
• A parábola da festa de casamento (22.1-14)
Novamente Jesus retrata o favorecido Israel sendo colocado de lado e
os desprezados gentios sentados como convidados à mesa. Deus preparou
uma festa de casamento para Seu Filho, enviou um convite preliminar por
João Batista e os discípulos. Um segundo convite foi enviado quando a festa
já estava pronta, talvez retratando os apóstolos pregando a Israel durante o
período do Livro de Atos. Ambos os convites foram recusados. Deus enviou
suas “tropas”, as legiões de Tito que destruíram Jerusalém em 70 d.C. Então
Deus enviou um terceiro convite para todos que viessem e o banquete foi
repleto com crentes gentios. Mesmo assim, os convidados precisavam ter
vestes nupciais providenciadas pelo an trião – Cristo.
• Dá a César o que é de César (22.15-22)
Os fariseus e os herodianos buscaram enganar o Senhor na questão da
lealdade a César. Usando uma moeda com a gura de César, Jesus insistiu na
necessidade maior de ser leal a Deus, sem negar a obrigação de pagar tributo
a César.
• Sete irmãos para uma noiva (22.23-33)
Os saduceus, que rejeitavam a ressurreição, inventaram uma história de
uma mulher que casou com sete irmãos em sequência; então perguntaram
de qual dos sete ela seria a esposa, no céu. Eles tentaram tornar a
ressurreição como algo ridículo porque pensavam que causaria di culdades
insuperáveis. O Senhor respondeu-lhes que eram ignorantes da Escritura e
do poder de Deus. As Escrituras descrevem Deus como o Deus de Abraão,
Isaque e Jacó, os quais todos estão mortos. No entanto, Deus não é o Deus
dos mortos, mas dos vivos. Isto signi ca que Deus vai ressuscitar da
sepultura os corpos dos patriarcas.
• O grande mandamento (22.34-40)
Um intérprete da Lei de Moisés, falando em nome dos fariseus,
perguntou: “Qual é o grande mandamento na Lei?” Jesus lhe disse: 1) Amar a
Deus com toda sua força emocional, volitiva, intelectual e física; e 2) Amar a
seu próximo como a si mesmo.
• Filho de Deus e Filho do Homem (22.41-46)
Então Jesus perguntou aos fariseus sobre quem seria o Messias? Eles
responderam, “O Filho de Davi”. Então Jesus citou o Salmo 110.1, uma
passagem aceita como messiânica, onde Davi fala sobre o Messias como seu
Senhor. Eles não conseguiam explicar como o Messias poderia ser o Filho de
Davi e Senhor de Davi ao mesmo tempo! Jesus era a própria resposta – Filho
de Davi na linhagem humana e Senhor de Davi em sua deidade.
• Jesus descreve os fariseus (23.1-12)
O nosso Salvador denuncia a falsa linguagem de justiça dos fariseus. A
doutrina deles era ortodoxa, mas seu comportamento não! Eles exigiam
muito das outras pessoas, mas não as ajudavam em nada. Possuíam uma
falsa aparência de piedade, brigando por lugares de destaque e amando os
títulos de honra. Isto fez com que Jesus advertisse Seus discípulos para não
serem chamados de “guias” ou “pais”, porque espiritualmente falando, estes
papéis e títulos pertencem somente às Pessoas da Divindade. Aqueles que
desejam grandeza devem se humilhar e servir.
• Jesus denuncia os fariseus (23.13-33)
Depois Jesus profere oito ais contra os religiosos hipócritas orgulhosos.
Eles não queriam a graça de Deus para eles e não queriam que outros a
tivessem também. Extorquiam as viúvas e então faziam longas orações para
parecerem santos. Demonstravam extremo zelo para converter alguém e
depois o treinavam para torná-lo extremamente ímpio. Ensinavam os
homens a fazer juramentos através de falsos valores religiosos. Eram
meticulosos sobre o dízimo de simples ervas, mas não se importavam com a
justiça, misericórdia e delidade. Eram cuidadosos em manter uma
aparência externa de respeitabilidade, mas seus corações estavam cheios de
ganância e egoísmo. Eram como sepulcros caiados, parecendo limpos por
fora, mas cheios de imundícia em seu interior. Exteriormente tributavam
honra aos profetas, mas por dentro estavam tramando o homicídio do maior
Profeta de todos. Eram serpentes, uma geração de víboras que não
conseguiriam escapar do inferno.
• Mártires de A a Z (23.34-36)
Estes escribas e fariseus iriam açoitar, perseguir e matar os mensageiros
que o Senhor Jesus lhes enviaria e assim juntariam sobre si mesmos a culpa
acumulada de martírio – de Abel, o primeiro mártir (Gênesis), até Zacarias,
o último na ordem hebraica das Escrituras (2 Crônicas).
• O amor de Jesus por Jerusalém (23.37-39)
Após proferir sua mais forte denúncia, o Senhor Jesus lamenta por
Jerusalém. E apesar do tratamento selvagem do povo aos Seus mensageiros,
Ele o teria reunido em amor. Mas o povo não quis. Como resultado o
Templo, a cidade e a nação deles seria desolada até que uma parcela el de
Israel recebesse seu Rei Messias em Sua Segunda Vinda.
“Os olhos do Senhor ainda estão sobre nós,
Avistando-nos por todos os lados,
Onde nesta imensidão selvagem
Perambula um filho angustiado.
E se o rebelde escolhe a ira,
Deus lamenta sua sorte.
Profundas pulsações do coração de Deus:
‘Você não queria, mas Eu sim’”.
Ó À
13. O REI DESCREVE O CURSO DA HISTÓRIA À SUA
SEGUNDA VINDA (CAP. 24-25)
• A destruição do templo (24.1-2)
Neste discurso, o Rei descreve a história até o tempo de Sua Segunda
Vinda. Enquanto os discípulos estavam distraídos com a beleza
arquitetônica do templo, Jesus estava pensando sobre sua iminente
destruição pelos romanos, em 70 d.C.
• Sinais do m dos tempos (24.3-14)
Em resposta às suas perguntas no Monte das Oliveiras, o Senhor
primeiramente deu uma descrição das condições durante este período, que
vai se intensi car durante a primeira metade da Tribulação – falsos messias,
guerras e rumores de guerras, fomes, pragas, terremotos, perseguição dos
crentes, traições, falsos profetas e esfriamento do amor humano. Entretanto,
a verdadeira fé vai resistir e haverá uma proclamação mundial do Evangelho
do Reino.
• A abominação da desolação (24.15-28)
No meio da Tribulação um ídolo abominável vai se instalar no templo
em Jerusalém, como profetizado pelo profeta Daniel. Isto vai ser um sinal do
início da Grande Tribulação, o pior período na história da humanidade.
Aqueles que estiverem na Judéia devem fugir o mais rápido possível. Falsos
messias e falsos profetas vão enganar as pessoas realizando grandes
milagres. Aparições do Messias em alguns lugares serão falsas, porque a
Vinda de Cristo será tão visível e tão grande como um relâmpago. Nenhum
incrédulo ou maldade vai escapar do julgamento vindouro.
• O sinal da Vinda de Cristo (24.29-35)
No m da Grande Tribulação, haverá perturbações e sinais celestiais.
Então o Filho do Homem virá a terra em poder e grande glória. Os anjos
reunirão os judeus eleitos de volta a Israel, vindos de todas as partes do
mundo. Assim como a renovação da gueira signi ca que o verão está
próximo, a formação do Estado de Israel signi ca que a Segunda Vinda do
Messias está próxima. A geração dos judeus que rejeitaram Jesus não
passaria até acontecerem todas estas coisas.
• Ilustrações do período da Vinda (24.36-51)
O dia e hora exata da Segunda Vinda de Cristo é conhecida somente
por Deus. Ela acontecerá inesperadamente, quando as pessoas estiverem
realizando seus afazeres cotidianos, como ilustrado nos dias de Noé. Uma
pessoa será levada pelo julgamento e a outra deixada para entrar no Reino
(v.36-41). As pessoas devem car em alerta, porque o Senhor virá quando
menos se espera (v.42-44). Servos sábios vão gastar seu tempo sustentando a
casa de Deus. Servos maus vão negar a iminência da Volta de Jesus e se
tornarão abusivos e beberrões. Quando o Rei vier Ele vai punir os
impostores ímpios e fazê-los ter a mesma sorte de todos os outros
hipócritas.
• Dois tipos de noivas (25.1-13)
A importância de estar preparado é reforçada na parábola das dez
virgens ou noivas. Estavam todas dormindo quando repentinamente foi
anunciado que o noivo estava chegando! As virgens sábias tinham óleo em
suas lâmpadas quando saíram para encontrá-lo. As insensatas estavam
despreparadas e foram impedidas de irem à festa de casamento. Cristo,
naturalmente, é o Noivo vindo à terra, para a festa de casamento e não para
o casamento. As virgens sábias representam os verdadeiros crentes, que vão
entrar no Milênio com o Senhor. As insensatas são os crentes falsos, que
professam possuir a esperança messiânica, mas não possuem o Espírito
Santo.
• Os talentos foram dados para serem usados (25.14-30)
A parábola dos talentos ensina que, quando o Rei voltar, Ele vai
recompensar o serviço el de Seus verdadeiros servos e punir a maldade dos
falsos. Os primeiros dois homens receberam quantias diferentes, mas cada
um ganhou 100% em retorno e assim, na verdade, receberam a mesma
recompensa. O terceiro homem não tinha nada, mas apenas insultos para
seu mestre e desculpas para si. O Mestre denunciou-o como mau e
preguiçoso e o lançou na escuridão que é o inferno.
• As ovelhas e os cabritos (25.31-46)
Quando Cristo voltar, Ele vai julgar as nações gentílicas aqui referidas
como ovelhas e cabritos. As ovelhas são as nações que alimentaram,
vestiram e visitaram os irmãos judeus crentes em Jesus durante o Período da
Tribulação. Os cabritos são as nações que, rejeitando o povo de Cristo, na
verdade rejeitaram o próprio Cristo. As ovelhas são nações que se alegram
com o reinado glorioso de Cristo; os cabritos são as nações que foram
expulsas para o castigo eterno.
Isto não deve ser confundido com o julgamento do Grande Trono
Branco, que acontecerá no nal do Milênio.
14. OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS ANTES DA CRUZ
(CAP. 26.1-46)
• O plano para matar Jesus (26.1-5)
Ao mesmo tempo em que Jesus avisava seus discípulos sobre Sua
iminente cruci cação, os líderes religiosos se ajuntavam para planejar sua
estratégia de homicídio.
• A unção em Betânia (26.6-13)
Uma mulher (identi cada como Maria de Betânia, em João 12.3) veio
até a casa de Simão, o leproso, em Betânia e derramou um perfume muito
caro sobre a cabeça de Cristo. Os discípulos em geral e Judas em particular,
julgaram o ato como um total desperdício. O Senhor imortalizou seu
simples ato de amor e devoção, dizendo que seria mencionado onde quer
que o Evangelho fosse pregado. E assim tem sido.
• Trinta moedas de prata (26.14-16)
Agora era a vez de Judas xar um preço para seu Mestre. Ele barganhou
com os principais sacerdotes para traí-lO por 30 moedas de prata e a partir
daí esperou pela chance de fazê-lo.
• Celebrando a Páscoa (26.17-25)
No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, Jesus se encontrou com Seus
discípulos na parte superior de uma casa, que havia designado como o lugar
de celebrar a Páscoa. Em meio à refeição, Ele fez as revelações chocantes que
um deles O trairia. Ficaram todos cheios de dúvidas até Cristo dizer que
seria aquele que meteria a mão com Ele no prato, identi cando-o pelo nome
e dizendo que seria melhor que nunca tivesse nascido.
• Instituindo a Ceia do Senhor (26.26-35)
O Salvador então instituiu a Ceia do Senhor, usando o pão e o vinho
como símbolos de Seu corpo e sangue. Ele disse aos discípulos de que não
tomaria mais vinho com eles novamente até que retornasse à terra para
reinar (v.26-29). Após cantar um hino, o pequeno grupo deixou Jerusalém e
foi ao Jardim do Getsêmani, no lado oeste do Monte das Oliveiras. Ali Jesus
declarou que todos eles O abandonariam nas próximas horas. Quando
Pedro retrucou: “Nunca”! Jesus respondeu: “nesta mesma noite ...me negarás
três vezes”.
• A agonia no jardim (26.36-46)
Estando no do jardim com Pedro, Tiago e João, o Senhor Jesus
agonizou tanto em oração que Seu suor se tornou como grandes gotas de
sangue (Lucas 22.44). Três vezes Ele pediu para que passasse este cálice, mas
somente se fosse a vontade de Deus. Por três vezes os três discípulos
dormiram. Agora era chegado o momento de enfrentar a turba.
15. O REI CRUCIFICADO (CAP. 26.47 – 27.66)
• Traição e apreensão no Getsêmani (26.47-56)
Vindo juntamente com a turba, Judas foi até Jesus e O beijou: era o
sinal previamente combinado para identi car o acusado. Um dos discípulos
(identi cado como Pedro, em João 18.10) tirou sua espada e cortou a orelha
do servo do sumo sacerdote. Jesus repreendeu Pedro, lembrando-o de que
Ele poderia chamar mais de 12 legiões de anjos, mas que isto iria frustrar o
propósito pelo qual havia vindo ao mundo. Então o Senhor apontou para a
multidão e para a incongruência de vir com espadas e porretes para prender
Alguém que nunca incitou rebelião, mas que somente ensinou calmamente.
Neste momento os discípulos abandonaram seu Mestre, fugindo pela noite.
• Jesus perante Caifás (26.57-68)
Houve dois julgamentos do Senhor Jesus; um religioso e um civil, um
judaico e um romano. Cada um foi realizado em três fases. Mateus começa
com a segunda fase do julgamento judaico, um pré-julgamento perante
Caifás e o Sinédrio. Eventualmente duas testemunhas testi caram que Jesus
havia ameaçado destruir o templo e reconstruí-lo em três dias. Mas o clímax
aconteceu quando o Salvador testi cou sob juramento de que era o Cristo, o
Filho de Deus, que um dia voltaria em poder e grande glória. Para o sumo
sacerdote isto era blasfêmia; e a multidão gritava que Jesus era digno de
morte.
• Pedro nega três vezes (26.69-75)
Fora, no pátio, Pedro estava tão aterrorizado por sua própria segurança
que negou o Senhor três vezes sucessivamente. Quando Pedro ouviu um
galo cantar, ele irrompeu em lágrimas.
• Jesus perante o Sinédrio (27.1-2)
Porquanto os julgamentos noturnos eram considerados irregulares, os
líderes religiosos convocaram uma sessão na manhã seguinte para dar
validade à sentença de morte. Eles então entregaram o Senhor Jesus para
Pôncio Pilatos, para a primeira fase do julgamento romano.
• O remorso e suicídio de Judas (27.3-10)
Compreendendo que havia pecado, traindo seu Mestre, Judas tentou
persuadir os principais sacerdotes e anciãos a aceitarem a devolução o
dinheiro. Quando recusaram, jogou o dinheiro no Templo e foi cometer
suicídio. Os sacerdotes decidiram usar o dinheiro para comprar um campo
do oleiro para cemitério de forasteiros.
• Jesus perante Pilatos (27.11-26)
O julgamento perante Pilatos foi uma farsa. O governador cou
espantado diante do equilíbrio de Jesus, não pôde achar nada contra Ele,
mas mesmo assim cedeu à pressão dos judeus soltando Barrabás, um
criminoso e entregando Jesus para ser cruci cado.
• Os soldados escarnecem de Jesus (27.27-31)
Os soldados romanos levaram Jesus ao pretório e escarneceram dEle
com um manto escarlate, uma coroa de espinhos e um caniço. Eles queriam
considerá-lO como Rei e cuspiram nEle, bateram com o caniço e O levaram
ao Calvário.
• Jesus é cruci cado (27.32-44)
Os eventos então aconteceram rapidamente. Simão cireneu foi forçado
a carregar a cruz. Os soldados ofereceram uma bebida para aliviar a dor, mas
Ele recusou. Então aconteceu o maior de todos os crimes: o Senhor da vida e
glória foi pregado numa cruz de vergonha. Os soldados lançaram sortes por
Suas vestes e então colocaram uma escrita de acusação sobre a cruz: “ESTE
É JESUS, O REI DOS JUDEUS”.
Dois ladrões cruci cados com o Senhor, como também os líderes
religiosos e aqueles que iam passando, zombavam dEle por que O julgavam
impotente de salvar a Si mesmo.
• Cristo morre pelos incrédulos (27.45-56)
Após três horas de escuridão, nas quais o Salvador pagou o castigo de
nossos pecados, Ele clamou em alta voz e entregou Seu espírito. Naquele
exato momento o véu do Templo foi rasgado em dois, a terra tremeu,
fenderam-se as rochas, abriram-se os sepulcros. Aqueles que estavam
vigiando o local caram aterrorizados, percebendo que Ele era o Filho de
Deus. Ainda havia algumas mulheres éis perto da cruz, que tinham
seguido e servido ao Senhor.
• Cristo é sepultado no túmulo de José (27.57-61)
José de Arimatéia conseguiu permissão de Pilatos para sepultar o corpo
de Jesus. Ele doou seu próprio túmulo novo, que fora aberto na rocha. Após
envolver o corpo, ele O colocou no túmulo, então rolou uma enorme pedra
em frente à entrada do sepulcro.
• A guarda romana do sepulcro (27. 62-66)
No dia seguinte, os principais sacerdotes e fariseus obtiveram
permissão para colocar uma equipe de guarda no túmulo. Isto ocorreu para
prevenir que qualquer discípulo viesse e roubasse Seu corpo, assim dando a
impressão de que havia ressuscitado o que, para eles, seria pior do que Sua
reivindicação de ser o Messias e o Filho de Deus.
16. RESSURREIÇÃO E REENCONTRO NA GALILÉIA (CAP.
28)
• As notícias maravilhosas (28.1-10)
Quando as duas Marias foram ao túmulo, muito cedo no domingo pela
manhã, houve um terremoto violento, pois um anjo removeu a pedra. Ele
assegurou às mulheres que Cristo havia ressuscitado e que encontraria os
discípulos na Galiléia. Quando se apressaram para compartilhar das boas
novas, o próprio Senhor aproximou-Se delas, recebeu sua adoração e as
enviou para contar aos outros o que haviam visto.
• A grande mentira (28.11-15)
Neste meio tempo os guardas haviam se recuperado do desmaio e
foram até os principais sacerdotes com seu relatório embaraçoso. Os
sacerdotes subornaram os guardas para dizer que os discípulos haviam
roubado o corpo enquanto eles, os guardas, estavam dormindo – um álibi
impossível que nunca perdurou. (Como os soldados poderiam saber o que
aconteceu enquanto dormiam?) • A Grande Comissão (28.16-20)
Na Galiléia, o Senhor ressurreto apareceu aos discípulos e os
comissionou para irem a todo o mundo e fazer discípulos, para batizá-los e
ensiná-los a obedecer todos os Seus mandamentos. Então prometeu que
estaria com eles até à consumação dos séculos.
A Grande Comissão nunca foi revogada. Ainda é a ordem permanente
para o Seu povo.
O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS

INTRODUÇÃO
O AUTOR
O segundo Evangelho foi escrito por João Marcos, um servo do Senhor
que começou bem e depois saiu de cena por um tempo (Atos 15.38), mas
posteriormente foi restaurado e tornou-se útil novamente (2Tm 4.11).
• O propósito do autor
A intenção de Marcos é apresentar o Senhor Jesus como o Servo
perfeito. Este é o Evangelho mais repleto de ação. Um acontecimento segue
ao outro em uma rápida sucessão. Palavras como “imediatamente” pontuam
a narrativa em várias ocasiões. O estilo é rápido, enérgico e conciso. Marcos
enfatiza os feitos do Senhor mais do que Suas palavras. Isto é visto pelo fato
que ele registra 19 milagres e somente 4 parábolas.
• O versículo chave
O versículo chave está no capítulo 10.45: “Pois o próprio Filho do
Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos”.

ESBOÇO DO EVANGELHO DE MARCOS


1. Eventos iniciais do ministério do Servo (1.1-13)
2. As obras e palavras do Servo na Galiléia e outras regiões (1.14–9.50)
3. O ministério do Servo no caminho a Jerusalém, via Peréia (Cap. 10)
4. O m do ministério do Servo em Jerusalém (Cap. 11–13)
5. A morte do Servo em resgate de muitos (Cap. 14–15)
6. A ressurreição e ascensão do Servo (Cap. 16)
1. EVENTOS INICIAIS DO MINISTÉRIO DO SERVO (CAP.
1.1-13)
• O ministério de João Batista (1.1-8)
Marcos omite a genealogia, nascimento e primeiros anos de Jesus
porque isso não é importante no registro do Servo. Em vez disso ele
introduz João Batista, o precursor do Messias, que veio cumprir a profecia
pregando o batismo de arrependimento. Vivendo como um asceta, João
Batista enfatizou a superioridade do ministério do Messias sobre o seu
próprio ministério.
• O batismo de Jesus (1.9-11)
Quando João batizou Jesus, o Espírito Santo desceu sobre o Senhor
como uma pomba e Deus o validou do céu como Seu Filho Amado.
• A tentação de Jesus (1.12-13)
Então o Salvador seguiu sozinho para o deserto e foi tentado por
Satanás, por 40 dias entre as feras. No nal daquele período os anjos O
serviram.
2. AS OBRAS E PALAVRAS NA GALILÉIA E OUTRAS
REGIÕES (CAP. 1.14-9.50)
• O início do ministério de Jesus (1.14-15)
Neste momento Marcos omite o ministério do Senhor na Judéia (João
1.19–4.54) e começa a narrar Seu grande ministério na Galiléia. Jesus
anunciou que Ele, o Rei, estava fazendo uma oferta legítima do Reino e que
as pessoas deveriam se arrepender e crer no Evangelho para poder entrar no
Reino.
• Jesus chama quatro pescadores (1.16-20)
Junto ao Mar da Galiléia, o Senhor chamou quatro pescadores: Simão,
André, Tiago e João. Todos eles deixaram suas redes para se tornar
pescadores de homens.
• As curas milagrosas do Messias (1.21-34)
Na sinagoga de Cafarnaum Jesus ensinava com autoridade convincente.
Ele também curou um homem endemoninhado, deixando as pessoas
maravilhadas. As notícias do milagre se espalharam por toda Galiléia (v.21-
28). Logo depois, Ele curou a sogra de Pedro de uma febre, curou muitos
outros que vieram à porta e expulsou muitos demônios (v.29-34). Todos os
milagres nos versículos 21-34 aconteceram em um dia.
• Jesus prega por toda a Galiléia (1.35-39)
Após uma oração cedo pela manhã, Jesus deixou Cafarnaum e
começou uma seqüência de pregações pela Galiléia.
• Jesus cura um leproso (1.40-45)
Em determinado lugar, o Senhor respondeu à oração de um leproso
curando-o com um toque. Ele proibiu sua divulgação, instruindo o homem
a ir até o sacerdote e oferecer o sacrifício pela puri cação como era
determinado. Entretanto, o leproso espalhou as notícias e com isso Jesus Se
retirou para o deserto. Até lá as multidões O seguiram.

• A cura de um paralítico (2.1-12)


De volta a Cafarnaum muitas pessoas se amontoaram em volta da casa,
impedindo que quatro homens pudessem chegar perto com um paralítico.
Então eles o desceram através do telhado, à presença de Jesus. Quando o
Senhor disse àquele homem que seus pecados estavam perdoados, alguns
escribas protestaram que isso era blasfêmia. Para que os murmuradores
pudessem ver que os pecados daquele homem estavam perdoados, Jesus lhe
disse para se levantar, tomar o seu leito e andar. O homem respondeu
imediatamente fazendo o povo se maravilhar.
• Jesus chama Mateus, o coletor de impostos (2.13-17)
Um coletor de impostos ouviu o chamado de Cristo, deixou tudo e O
seguiu. Ele ofereceu um banquete aos seus amigos para poder lhes
apresentar Jesus. Os escribas reclamaram com os discípulos que seu Mestre
comia com notórios pecadores. O Senhor Jesus os lembrou que havia vindo
para chamar pecadores e não os que se achavam justi cados.
• Respondendo uma pergunta sobre o jejum (2.18-22)
Quando os discípulos de João e dos fariseus perguntaram por que os
discípulos não jejuavam, Jesus lhes respondeu que não havia necessidade
disso até que Ele os deixasse; então eles jejuariam. Ele acrescentou duas
ilustrações para mostrar que um novo tempo havia começado, em que a
alegria e agitação não poderiam se misturar com as formas in exíveis e
rituais antigos. Lei e graça são princípios opostos.
• Controvérsia sobre obras essenciais no sábado (2.23-28)
O próximo incidente ilustra o con ito entre as tradições do Judaísmo e
a liberdade do Evangelho. Os fariseus criticaram os discípulos por colherem
espigas no sábado. Jesus lembrou-lhes que Davi e seus homens comeram do
pão da proposição, que somente os sacerdotes poderiam comer. Então o
Senhor destacou que o sábado foi dado para o benefício do homem e não
para sua escravidão e que Ele, o Filho do Homem, é o Senhor do sábado.
• Controvérsia sobre curar no sábado (3.1-6)
Outra prova surgiu no sábado, quando Jesus encontrou um homem
com uma mão ressequida na sinagoga. Antes de curá-lo, Jesus perguntou
aos fariseus se a lei do sábado proibia de fazer o bem. Eles achavam que seria
errado curar, mas não consideravam errado conspirar um plano para matá-
lo, no sábado! Quando não puderam responder sem condenarem a si
mesmos, Jesus curou o homem. Então os fariseus foram até os herodianos,
seus inimigos tradicionais e tramaram um plano com eles para matar o
Senhor.
• Mais curas milagrosas (3.7-12)
Uma grande multidão se reuniu quando Jesus estava no Mar da Galiléia
e Ele curou muitas pessoas. Espíritos imundos O reconheciam como Filho
de Deus, mas Ele os proibiu de revelar Sua identidade porque Seu tempo
não havia chegado, mesmo que os demônios di cilmente o anunciariam.
• Jesus envia os doze (3.13-21)
Depois Jesus chama os 12 apóstolos para estar com Ele, para ir pregar,
curar e expulsar demônios (v.13-19). Quando seus parentes ouviram de suas
atividades, vieram buscá-lo, pensando que era insano (v.20-21). Que triste!
Pensar que não era apreciado pela sua própria família!
• Blasfemando contra o Espírito Santo (3.22-30)
Os escribas O acusaram de expulsar demônios pelo poder de Belzebu e
por isso cometeram o pecado imperdoável. Jesus refutou a acusação
mostrando que se fosse verdade, Satanás estaria trabalhando contra si
mesmo. Na verdade, os milagres de Cristo sinalizaram a ruína de Satanás,
tendo em vista que era ele quem estava saqueando a casa do homem valente.
Os escribas eram culpados por atribuir os milagres do Espírito Santo ao
príncipe dos demônios e por isso nunca seriam perdoados.
• A verdadeira família de Jesus (3.31-35)
Quando Maria e os irmãos de Jesus vieram falar com Ele, Jesus
anunciou que a nova família de Deus eram aqueles que fazem a vontade de
Deus.
• A parábola dos tipos de solo (4.1-20)
Utilizando um barco como púlpito, Jesus ensinou parábolas do Reino
de Deus. A primeira trata de quatro tipos de solo, cada um representando os
corações e sua receptividade à Palavra.
- O solo da beira do caminho – muito duro para que a semente
alcançasse a terra boa. As aves vieram e comeram a semente.
- O solo rochoso – coberto com uma na camada de terra, o que não
era su ciente para que a semente desenvolvesse raízes.
- O solo espinhoso – a semente foi sufocada pelos espinhos,
bloqueando a luz e a nutrição.
- O solo bom – profundo, solo fértil, com condições favoráveis. Toda
esta semente deu frutos, em diferentes medidas. O solo bom representa os
verdadeiros crentes. Somente estes podem produzir frutos para Deus.
• A parábola da candeia (4.21-25)
A parábola da candeia ensina a responsabilidade daqueles que ouvem
as verdades de Deus em compartilhá-las com os outros. Estas verdades não
podem ser escondidas debaixo de um alqueire, mas permitir que, a todo
momento, estejam servindo ao Senhor. Tampouco estas verdades devem
estar escondidas sob uma cama, isto é, não permitir que o conforto, a
facilidade ou a preguiça atrapalhe a propagação da mensagem. Os discípulos
devem explicar a verdade para os corações receptivos, sempre que os
encontrarem. Toda vez que um discípulo recebe a verdade pura e permite
que ela se torne parte de sua vida, ele haverá de receber mais. Por outro lado,
falhar em responder à verdade resulta na perda do que foi previamente
adquirido.
• A parábola da semente (4.26-29)
A parábola da semente crescendo secretamente é encontrada somente
no Evangelho de Marcos. Ela retrata o processo miraculoso e misterioso,
totalmente distinto da força e habilidade do homem, em que a Palavra tem
efeito nos corações, produzindo frutos para Deus. Quando chegar o tempo
certo, o fruto maduro é colhido.
• A parábola da semente de mostarda (4.30-34)
A parábola da semente de mostarda retrata o crescimento do Reino, de
um início pequeno a um tamanho anormal. É anormal para uma hortaliça
de mostarda se tornar tão grande a ponto de se tornar uma árvore, com
tamanho su ciente para que as aves zessem ninhos ali. Da mesma forma o
Cristianismo se desenvolveria em uma cristandade confessional, que desta
forma se tornaria um ninho para todos os tipos de falsos mestres.
• O Mestre do vento e do mar (4.35-41)
Uma grande tempestade se levantou quando Jesus e os discípulos
estavam cruzando o Mar da Galiléia à margem leste. Temendo pelas suas
vidas, os discípulos acordaram o Mestre que estava dormindo,
repreendendo-O pela aparente falta de preocupação. Jesus Se levantou,
repreendeu a tempestade, que de imediato cessou e então questionou Seus
seguidores por não terem fé. Estavam maravilhados pela demonstração de
poder – que até o vento e as ondas Lhe obedeceram!
• Os demônios obedientes e os porcos (5.1-20)
Na região dos gadarenos, Jesus expulsou demônios de um homem
muito violento e então permitiu que os demônios entrassem numa manada
de porcos. Como conseqüência, 2.000 porcos se precipitaram penhasco
abaixo e se afogaram no mar. Após os donos dos porcos levarem a notícia
até a cidade, uma multidão veio para ver o ex-endemoninhado. De início
caram com medo, mas depois pediram que Jesus deixasse o local. O
homem restaurado queria agora acompanhar Jesus, mas Jesus o enviou de
volta para casa como uma testemunha viva do poder e misericórdia de
Deus.
• Doze anos de vida e doze anos de sofrimento (5.21-43)
Um dos principais da sinagoga chamado Jairo implorou que o Senhor
curasse sua lha de 12 anos que estava prestes a morrer. No caminho à casa
de Jairo, uma mulher interceptou Jesus. Ela havia sofrido de um uxo de
sangue há 12 anos. Tentando chegar até Jesus, através da multidão, ela tocou
a orla de Sua veste e cou instantaneamente curada. Antes que ela
desaparecesse entre a multidão, Jesus a chama para reconhecê-lO como
Salvador, publicamente. Então Ele a despede em paz.
Naquele momento, mensageiros chegaram com a notícia que a lha de
Jairo havia morrido. Disseram que a presença de Jesus não seria mais
necessária. Mas o Senhor levou Pedro, Tiago e João àquela casa, ordenou
que a menina se levantasse e a restaurou, devolvendo-a aos seus entes
queridos. Pediu para que não noticiassem o milagre a m de que a instável
popularidade de parte da multidão não obstruísse Seu caminho à cruz.
• Jesus rejeitado em Nazaré (6.1-6)
Quando Jesus retornou a Nazaré e ensinou na sinagoga, o povo não
deu valor a Ele. Pensavam que era apenas mais um de seus conterrâneos. O
Salvador disse que um profeta geralmente é desprezado em sua própria
terra, ao passo que é valorizado em outros lugares. A descrença do povo
impediu que Nazaré se bene ciasse de Seu ministério e fosse surpreendida
pelo Filho de Deus. Ele partiu e foi aos vilarejos vizinhos.
• Jesus comissiona os doze (6.7-13)
Havia chegado o tempo de comissionar os discípulos. Eles deveriam
sair, dois a dois, com poder para expulsar demônios. Deveriam ir em frente
sem provisão alguma, con ando em Deus para suprir suas necessidades.
Deveriam aceitar a hospitalidade onde fosse oferecida e car naquela casa
até que deixassem a região. Se as pessoas em qualquer lugar os rejeitassem,
não eram obrigados a permanecer. Portanto eles seguiram adiante, pregando
o arrependimento, expulsando demônios, ungindo e curando os doentes.
Deixar de recebê-los era o mesmo que não receber o Senhor que os enviou.
Tal rejeição signi caria um julgamento severo.
• O homicídio de João Batista por Herodes (6.14-29)
Quando Herodes ouviu sobre os milagres de Jesus, temeu que João
Batista, que ele havia executado, havia ressuscitado dos mortos (v.14–16).
A narrativa agora faz um retrospecto às circunstâncias que envolveram
a morte de João. João havia repreendido Herodes por causa de um
casamento ilícito com Herodias, sua cunhada. Herodias conseguiu sua
chance de vingança na festa de aniversário do rei, quando sua lha agradou
tanto Herodes que ele prometeu dar à jovem qualquer coisa, até metade de
seu reino. Persuadida por sua mãe, pediu a cabeça de João Batista numa
bandeja. Os discípulos de João haviam buscado e enterrado o corpo de João
e então foram e contaram a Jesus.
• Alimentando cinco mil (6.30-44)
Os apóstolos voltaram a Cafarnaum precisando descansar, então Jesus
os levou a um lugar retirado na margem do Mar da Galiléia. Mais uma vez
uma multidão os seguiu e Jesus ensinou-lhes até o nal daquela tarde.
Apesar da contrariedade dos discípulos, Ele alimentou 5 mil homens com 5
pães e 2 peixes e ainda sobraram 12 cestos cheios.
• Andando sobre as águas (6.45-52)
Após enviar Seus discípulos de volta à margem oeste por barco, Jesus
foi até uma montanha para orar. Vendo-os na escuridão remando com
di culdade contra o vento, foi até eles sobre as águas. Primeiramente,
caram aterrorizados, pensando que fosse um fantasma! Mas, quando Ele
entrou no barco, o vento parou. Mesmo tendo presenciado o milagre de
alimentar 5 mil, os discípulos ainda estavam surpresos, sem se darem conta
que Ele podia fazer qualquer coisa.
• A multidão segue a Jesus até Cafarnaum (6.53-56)
De volta à margem oeste do lago, o Senhor foi assediado pelas pessoas
enfermas. Não importava onde fosse, os enfermos eram trazidos até Ele em
macas. Quem tocava a orla de Suas vestes era curado.
• A tradição humana versus mandamentos divinos (7.1-13)
Os fariseus e escribas criticaram Jesus porque Seus discípulos não
realizavam uma lavagem apropriada antes de comer. O Senhor chamou de
hipócritas os que colocavam suas tradições acima da Palavra de Deus. Como
exemplo, citou a tradição deles de se desculparem da obrigação para com
seus pais simplesmente dizendo que o dinheiro deles era dedicado ao
Senhor ou ao Templo. Desta forma anulavam o mandamento de Deus que
deveriam honrar seus pais.
• A verdadeira contaminação vem de dentro (7.14-23)
Jesus então completou que não é o que entra na boca de um homem
que o contamina (tal como comer sem lavar as mãos), mas o que vem de seu
coração (como tradições que colocam de lado a Palavra de Deus). Ao dizer
isso, Jesus também aboliu a distinção do Antigo Testamento entre comida
kosher e não kosher e declarou que todos os alimentos eram limpos. O que
realmente contamina são pecados como imoralidade, roubo, homicídio,
engano e orgulho.
A palavra do Senhor, declarando que todo alimento estava limpo, deve
ter sido um grande choque aos discípulos judeus.
• Cachorrinhos debaixo da mesa (7.24-30)
Viajando ao noroeste, a Tiro e Sidom, Jesus se deparou com uma gentia
que pediu ajuda por sua lha possuída por demônios. O Senhor pareceu
recusar, de início, dizendo que era uma gentia, enquanto que Sua missão
primária era para com os judeus que consideravam os gentios como cães.
Porém, quanto mais Ele testava a fé desta mulher, mais brilhante se tornou.
Finalmente, o Senhor a recompensou curando sua lha mesmo de longe.
Quando a mulher chegou em casa, sua lha estava recuperada.
• Jesus cura um surdo mudo (7.31-37)
Retornando à margem leste do Mar Galiléia, Jesus encontrou um
homem surdo que também tinha um impedimento na fala. Afastando-o da
multidão, Jesus tocou os ouvidos e a língua daquele homem, ordenou que se
abrissem e restaurou-os completamente. O Senhor pediu ao povo para não
divulgar o milagre, mas eles desobedeceram, perplexos pela Sua bondade e
poder.
• Jesus alimenta mais de 4 mil (8.1-9)
Novamente o Senhor alimentou uma multidão faminta, desta vez
multiplicando sete pães e poucos peixes para alimentar 4.000 pessoas,
deixando sete cestos que sobejaram. As pessoas aqui eram provavelmente
gentios, pois Decápolis era uma região de gentios.
• Buscando um sinal dos céus (8.10-12)
No lado oeste do lago, os fariseus exigiam um sinal do céu. Com um
profundo suspiro, Jesus lhes disse que não haveria mais sinais.
• O fermento dos fariseus e os pães de Jesus (8.13-21)
Indo ao lado leste, o Senhor advertiu Seus discípulos contra o fermento
dos fariseus (hipocrisia) e o fermento de Herodes (ceticismo, imoralidade e
mundanismo). Eles pensaram que estava falando de pão, porque haviam
esquecido de trazê-lo. Então Ele lhes fez nove perguntas: as primeiras cinco
repreendendo-os por sua estupidez e as últimas repreendendo-os por se
preocuparem com suas necessidades enquanto estivesse com eles.
• Jesus cura um homem cego em Betsaida (8.22-26)
Porque o Senhor Jesus já tinha condenado Betsaida (Mt 11.21-24), Ele
levou um homem cego fora da cidade antes de restaurar sua visão. A cura,
apesar de gradual, foi perfeita. Jesus proibiu o homem de dar seu
testemunho na cidade porque já não havia mais retorno para ela.
• A grande con ssão de Pedro (8.27-30)
Em Cesaréia de Filipe, quando Jesus teve uma entrevista pessoal com
seus discípulos, Pedro confessou que Ele era o Cristo e não outro grande
homem como João Batista, Elias ou algum dos profetas. Mais uma vez o
Senhor ordenou que os discípulos não contassem a ninguém.
• Jesus prediz Sua morte e ressurreição (8.31-33)
Então Ele lhes disse claramente que deveria sofrer, ser rejeitado, morto
e ressurgir novamente. Pedro O advertiu por dizer tais coisas, sendo
repreendido por Jesus, por estar falando como Satanás – isto é, por se opor à
vontade de Deus.
• Tomando a cruz (8.34-38)
Se os discípulos fossem segui-lO, Jesus explicou, deveriam negar a si
mesmos e deliberadamente tomar um caminho que levaria à reprovação,
sofrimento e morte. Se vivessem para eles mesmos, perderiam o melhor da
vida. Se perdessem suas vidas por serviço a Cristo, experimentariam
verdadeiramente o melhor tipo de vida. Seria um péssimo negócio ganhar o
mundo inteiro e perder a oportunidade de tornar a vida relevante para a
eternidade. Aqueles que evitassem a reprovação por causa dEle iriam sofrer
uma vergonha ainda maior quando Ele retornasse a terra em poder e grande
glória.
• A trans guração de Cristo (9.1-10)
O episódio conhecido como a Trans guração continua o pensamento
do último versículo do capítulo anterior – isto é, ele revela como será
quando o Filho do Homem voltar. A cena da montanha foi uma prévia do
Reino Milenar de Cristo, revelando-O como o Iminente em toda sua glória.
Os santos do Antigo e Novo Testamento também estarão lá (v.1-4). A
sugestão imponderada de Pedro que Cristo partilhasse honras semelhantes
com Moisés e Elias foi repreendida pela nuvem de glória e pela voz do Pai
celestial. Ao descerem da montanha Ele lhes disse para revelar o que haviam
visto apenas depois da Sua ressurreição (v.5-10).
A Trans guração deu aos discípulos uma idéia prévia da glória que
seguiria uma vida de delidade a Cristo. Embora o custo do discipulado
fosse alto nesta vida, eles seriam recompensados com glória na eternidade.
Valeria tudo à pena.
• A pergunta sobre Elias (9.11-13)
Os discípulos questionaram porque Elias não havia vindo como
precursor do Messias, como profetizado por Malaquias. Jesus disse que Elias
havia vindo (na pessoa de João Batista) e havia sido rejeitado. A rejeição a
João con rmava as Escrituras do Antigo Testamento dizendo que o Filho do
Homem deveria sofrer e ser desprezado.
• A necessidade de oração e jejum (9.14-29)
Quando Jesus e os discípulos voltaram ao pé do monte, encontraram
um pai perturbado com um lho possuído por demônio e que o torturava.
Os discípulos foram impotentes para expulsar o demônio. Quando Jesus
ordenou que o demônio deixasse a criança, houve outra terrível convulsão e
o demônio saiu deixando o corpo como se estivesse morto. O Salvador o
levantou gentilmente e o entregou ao seu pai. Quando os discípulos
perguntaram por que não conseguiram fazer aquilo, o Senhor respondeu
que alguns milagres exigem períodos de oração e jejum.
• Jesus novamente prediz Sua morte e ressurreição (9.30-32)
O Salvador mais uma vez partiu rumo ao sul, para Jerusalém – e à
Cruz. Mais uma vez, Ele comunicou aos Seus discípulos o que estava pela
frente.
• Humildade (9.33-37)
Porém, em vez dos discípulos estarem preocupados com o Senhor,
discutiam qual deles seria o maior. Quando chegaram a Cafarnaum, Jesus os
lembrou que o caminho à grandeza passava pelo serviço humilde. Ele
explicou que qualquer ato de bondade a uma criança seria considerado
como se tivesse sido feito ao próprio Senhor ou a Deus Pai.
• Responsabilidade com os pequeninos (9.38-41)
Depois, João relatou que haviam proibido um homem que estava
expulsando demônios no Nome de Jesus. O Senhor explicou que, no serviço
cristão, qualquer crente que não é contra Ele está do lado dEle. Ele disse que
mesmo o menor ato de caridade em Seu nome será recompensado.
• Autodisciplina (9.42-50)
Por outro lado, seria melhor alguém ser violentamente afogado do que
ser o agente a provocar que um dos pequeninos se desviasse do caminho da
santidade e verdade. Aqueles que seguirem no caminho do verdadeiro
discipulado teriam que lutar constantemente contra os desejos naturais.
Melhor seria perder um membro do corpo do que tropeçar por causa deste
membro e ir para o inferno! Se um crente perde sua salinidade por não
conseguir enfrentar seus desejos pecaminosos, então sua vida será sem
sabor, sem valor e sem sentido.

3. O MINISTÉRIO DO SERVO RUMO A JERUSALÉM,


VIA PERÉIA (CAP. 10)
• O ensino de Jesus sobre o divórcio e casar-se novamente
(10.1-12)
Logo após o Senhor chegar a Peréia, ao leste do Jordão, os fariseus Lhe
perguntaram se o divórcio era lícito. O Salvador os levou de volta à Palavra –
não ao que Moisés permitiu, mas à intenção original de Deus: que o laço do
casamento não deveria se romper. Mesmo quando os discípulos tiveram
di culdade com isto, o Senhor disse enfaticamente que casar-se após o
divórcio era adultério. (Entretanto, em Mateus 19.9, Ele fez uma exceção).
• Jesus ama as criancinhas (10.13-16)
As crianças foram trazidas pelos pais para serem abençoadas por Jesus.
No entanto, foram repreendidas pelos discípulos, mas não pelo Senhor. Ele
explicou que o Reino pertence às crianças e àqueles que têm fé e humildade
como uma criança.
• O jovem rico (10.17-22)
Quando um jovem rico perguntou o que poderia fazer para herdar a
vida eterna, o Senhor mostrou-lhe a lei para convencê-lo de sua profunda
necessidade e para mostrar-lhe que não poderia herdar o Reino pelas obras.
O jovem confessou que havia cumprido as cinco leis que tratam
primariamente de nossas relações com nossos semelhantes. Mas se
realmente amasse seu próximo como a si mesmo, deveria vender tudo e dar
aos pobres. Ele foi embora triste, porque possuía muitos bens materiais.
• Recompensas no Reino (10.23-31)
Jesus então comentou sobre a di culdade de os ricos entrarem no
Reino. Disse que seria mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma
agulha do que um rico entrar no Reino. Os discípulos caram surpresos
porque consideravam as riquezas um sinal da bênção de Deus. Jesus
respondeu que, aquilo que é humanamente impossível, é possível para Deus,
isto é, Deus pode libertar um homem rico de con ar em sua própria
riqueza.
Quando Pedro perguntou o que ele e os outros discípulos receberiam
por abandonar tudo, Jesus prometeu 10.000% de retorno nesta vida, além da
vida eterna. Advertiu, porém, a Pedro que um espírito de barganha poderia
colocá-lo no nal da la quando fossem entregues os galardões!
• Jesus novamente prediz Sua morte e ressurreição (10.32-
34)
O Salvador foi à frente dos discípulos em direção a Jerusalém, embora
soubesse que seria entregue aos líderes religiosos e aos gentios para ser
condenado, zombado, açoitado, cuspido e morto – e ressuscitado ao terceiro
dia. Os discípulos caram espantados pela Sua determinação em fazer a
vontade de Deus.
• Uma mãe ambiciosa (10.35-45)
Era realmente inoportuno para Tiago e João estarem discutindo sobre
lugares de honra para eles no Reino! Jesus explicou que estes lugares não
seriam atribuídos na base do patrocínio pessoal, mas pelo grau do
sofrimento de alguém e pela delidade a Cristo. Ouvindo a discussão, os
outros discípulos se aborreceram com Tiago e João – provavelmente porque
ansiavam estes lugares de honra para eles mesmos! Novamente Jesus
lembrou que o serviço é o caminho para a grandeza no Reino. Ele é o
exemplo supremo do Servo Perfeito.
• Jesus devolve a visão a Bartimeu (10.46-52)
O Senhor e Seus discípulos cruzaram o Rio Jordão e vieram a Jericó,
onde encontraram o cego Bartimeu. Embora sicamente cego, reconheceu
Jesus como o Messias e pediu-Lhe a visão. Seu pedido especí co recebeu
uma resposta especí ca – recebeu a visão e ele seguiu a Jesus.
4. O FINAL DO MINISTÉRIO DO SERVO (CAP. 11-13)
• A entrada triunfal (11.1-11)
O registro da última semana do ministério de Jesus começa aqui. Ele
havia vindo à ladeira ao leste do Monte das Oliveiras e estava pronto para se
apresentar abertamente como o Rei Messias de Israel. Os discípulos haviam
achado um jumentinho como o Salvador havia instruído. Nele o Senhor
entrou em Jerusalém sobre um tapete de roupas e folhas de palmeiras. O
povo clamava entusiasticamente ao ver Jesus adentrar à cidade até os pátios
do Templo. Naquela noite Ele voltou para Betânia.

• A maldição da gueira (11.12-14)


No próximo dia, Jesus amaldiçoou uma gueira porque não encontrou
frutos nela. Sabia que se não havia o primeiro fruto, a árvore era
permanentemente infrutífera. A árvore simboliza Israel que tinha folhas
(con ssão), mas nenhum fruto para Deus. Os incrédulos restantes da nação
são amaldiçoados à esterilidade perpétua. Entretanto, israelitas crentes
seriam salvos.
• A puri cação do templo (11.15-19)
Jesus então expulsou os cambistas para fora da área do Templo. Os
escribas e fariseus caram furiosos e desejavam matá-lO naquele exato
momento ali, mas temeram o descontentamento do povo.
• O de nhamento da gueira (11.20-26)
Quando os discípulos viram que a gueira havia secado durante a
noite, pediram ao Senhor que explicasse. Ele destacou que a fé é o meio de
remover di culdades. No entanto, acrescentou que uma das condições
básicas para uma oração ser respondida é um espírito perdoador.
• A autoridade do Rei desa ada (11.27-33)
Os líderes religiosos desa aram a autoridade de Cristo. Ele perguntou
se João Batista foi divinamente comissionado. Se eles dissessem não,
despertariam a ira do povo. Se dissessem sim, deveriam ter obedecido ao
chamamento de João para o arrependimento. Quando se recusaram a
responder, o Senhor se recusou a discutir Sua autoridade.
• Parábola da vinha (12.1-12)
Na parábola da vinha, o Senhor Jesus acusou as autoridades judaicas
por sua rejeição ao Filho de Deus. Deus é o dono e a vinha era o lugar
privilegiado ocupado por Israel. Os limites eram a Lei de Moisés e os
lavradores eram os líderes religiosos. Eles mataram os servos de Deus, os
profetas e nalmente mataram Seu Filho amado. Por isso, Deus os destruiria
e daria a posição privilegiada aos gentios. Tudo isso em razão do
cumprimento das Escrituras do Antigo Testamento que predizia a rejeição
de Israel ao Messias e a exaltação de Deus ao Seu Filho. Os líderes judeus
entenderam a mensagem e queriam destruí-lO, mas não podiam porque
ainda não era o tempo.
• Obediência a César (12.13-17)
Os fariseus e os herodianos, que normalmente eram inimigos
ferrenhos, se uniram em uma tentativa de tramar algo contra Jesus
perguntando se era lícito pagar impostos ao governo romano. Se Ele dissesse
“sim”, alienaria muitos dos judeus. Se dissesse “não”, O entregariam como
traidor. Usando uma moeda como objeto de lição, disse-lhes para pagar
tributo a César e a Deus. Eles já estavam tributando a César, mas não a
Deus.
• Sete irmãos e uma Noiva (12.18-27)
Os saduceus tentaram ridicularizar toda a história da ressurreição do
corpo com a história de uma mulher que casou com sete irmãos, um após o
outro. Então ela morreu. Perguntaram de quem ela seria esposa na
ressurreição. Jesus lhes disse que eram ignorantes acerca das Escrituras que
ensina sobre a ressurreição e o poder de Deus que levanta os mortos. Jesus
disse que o relacionamento marital não continua no céu e mostrou que
como Deus é Deus dos vivos, Ele ressuscitaria Abraão, Isaque e Jacó.
• O Grande Mandamento (12.28-34)
Quando um escriba perguntou a Jesus qual era o maior mandamento,
Ele respondeu “Ame a Deus totalmente e de forma suprema”. E então
acrescentou o segundo: “Ame seu próximo como a si mesmo”. Quando o
escriba concordou de forma sincera, o Salvador lhe disse que ele não estava
longe do Reino.
• Filho de Deus e Filho do Homem (12.35-37)
Jesus agora coloca uma pergunta às pessoas do pátio no Templo. Se
(como disseram corretamente os escribas) o Messias seria Filho de Davi,
como Davi poderia falar do Messias (no Salmo 110.1) como seu Senhor? A
resposta é que como Filho de Davi, o Messias seria humano e como Senhor
de Davi, Ele seria divino.
• Jesus denuncia os escribas (12.38-40)
Depois Jesus denunciou os escribas por seu amor pelas vestes longas,
seu amor pelos altos títulos, seu desejo por lugares de honra e distinção
social, por roubarem das viúvas e por suas orações hipócritas.
• As duas moedas da viúva (12.41-44)
Em contraste à ganância dos escribas, foi a devoção de uma viúva que
deu tudo que ela tinha ao Senhor, no gazo lácio do Templo. Jesus apontou
que, enquanto os outros deram do que sobrava, ela deu de sua profunda
pobreza. No reconhecimento do Salvador, esta mulher deu mais do que
todos os outros juntos.
• A destruição do templo (13.1-2)
Quando um dos discípulos tentou cativar o interesse do Salvador na
arquitetura do Templo, Ele declarou que aquilo seria destruído de forma tão
terrível que não sobraria pedra sobre pedra.
• Sinais do m dos tempos (13.3-8)
No Monte das Oliveiras, o Senhor deu aos discípulos um quadro do
futuro próximo e distante. Neste discurso, a destruição do Templo em 70
d.C. aparece juntamente com os futuros eventos da Tribulação e a Segunda
Vinda. No “início das dores”, Seu povo não deveria deixar-se enganar por
falsos messias, como não deveria considerar guerras e rumores de guerras
como sinal do m do mundo. Ainda viria um terrível período de
di culdades.
• Jesus adverte sobre a oposição (13.9-13)
Seus seguidores serão colocados em julgamento perante os tribunais
religiosos e civis. O Evangelho do Reino será pregado em todas as nações.
Crentes perseguidos em julgamento terão ajuda divina em suas defesas.
Aqueles que fossem leais ao Salvador seriam traídos até pelos seus próprios
familiares. A segurança não estará em renunciar a Cristo, mas em perseverar
até o m.
• A abominação da desolação (13.14-23)
No verso 14, chegamos ao meio da Tribulação, quando um enorme
ídolo abominável será estabelecido no Templo. Este será o tempo de fugir da
Judéia sem posses ou impedimentos. Será o pior tempo na história da
humanidade, tão terrível que será necessário encurtar os dias para salvar Seu
povo. Aparecerão outros “Messias” com grandes milagres, mas os crentes
não deverão se deixar enganar por eles.
• O sinal da Vinda de Cristo (13.24-27)
No m da Tribulação, haverá violentas convulsões nos céus,
sinalizando o retorno do Filho do Homem em poder e grande glória. Seus
anjos irão juntar Seus eleitos de todos os lugares do mundo para desfrutar
das bênçãos de seu Reino maravilhoso.
• Parábola da gueira (13.28-31)
Assim como as folhas em uma gueira sinalizam que o verão está
próximo, da mesma forma os eventos descritos signi cam que Sua Vinda
está próxima. A geração dos judeus que rejeitou a Cristo não morreria até
que tudo se cumprisse.
• Ilustrações do período da Vinda (13.32-37)
O tempo de sua vinda é desconhecido. Até mesmo o Senhor Jesus,
como o Servo Perfeito, não recebeu esta informação do Pai, isto é, para
revelar aos outros. Como um homem que saiu em uma longa viagem, o
Salvador pode voltar a qualquer hora, por isso Seu povo deve vigiar e orar.
5. A MORTE DO SERVO EM RESGATE DE MUITOS (CAP. 14-
15)
• A trama para matar Jesus (14.1-2)
Era quarta-feira da última semana. Os principais sacerdotes e escribas
queriam matar o Senhor Jesus, mas hesitaram em fazê-lo no período da
Páscoa.
• A unção em Betânia (14.3-9)
Durante um banquete que Simão, o leproso, ofereceu para honrar Jesus,
uma mulher desconhecida ungiu a cabeça do Senhor com perfume valioso.
Alguns convidados acharam que foi um desperdício, mas o Senhor
repreendeu a murmuração deles. Ela aproveitou esta oportunidade para
ungir o corpo de Jesus para o enterro e seria lembrada por todo o mundo
por este ato.
• Trinta moedas de prata (14.10-11)
A esta altura Judas concordou com os principais sacerdotes para trair
seu Mestre por dinheiro.
• Celebrando a Páscoa (14.12-21)
Era, provavelmente, quinta-feira. Dois discípulos seguiram as
instruções de Jesus e encontraram um espaçoso cenáculo. Ali todos
celebraram a última Páscoa, na qual Jesus identi cou Seu traidor como
aquele que comia do mesmo prato com o Senhor.
• Instituindo a Ceia do Senhor (14.22-26)
Após Judas partir (João 13.30), Jesus instituiu a Ceia do Senhor. Ao
nal da Ceia, cantaram um hino e foram em direção ao Monte das Oliveiras.
• Jesus prediz a negação de Pedro (14.27-31)
Durante o caminho, o Salvador avisou os discípulos que todos eles O
abandonariam naquela noite; contudo, Ele não os rejeitaria, mas os
encontraria na Galiléia após Sua ressurreição. Pedro protestou que ele nunca
negaria Jesus, mas Jesus corrigiu o “nunca” para “três vezes”. Os outros
discípulos se juntaram a Pedro a rmando sua lealdade.
• A agonia no jardim (14.32-42)
No Jardim do Getsêmani, Jesus enfrentou a terrível perspectiva de
carregar os pecados do mundo – uma carga de a ição e horror. Sua oração,
para que aquele cálice passasse, não foi respondida, mostrando que não
havia outra maneira pela qual um homem pecador pudesse ser salvo, senão
que Ele enfrentasse a cruz. Três vezes Jesus retornou da oração para
encontrar Pedro, Tiago e João dormindo. Agora era hora de partir.
• Traição e apreensão no Getsêmani (14.43-52)
Aguardando do lado de fora com um bando armado, Judas identi cou
o Senhor com um sinal que fora combinado; ele O beijou calorosamente.
Então os homens armados prenderam o Senhor. Em um esforço para
defendê-lo, um dos discípulos (Pedro) cortou a orelha do servo do sumo
sacerdote. (Jesus milagrosamente restaurou a orelha, como aprendemos do
Evangelho de Lucas). Foi tão impróprio levarem o Senhor por força, já que o
Senhor esteve com eles paci camente ensinando na área do Templo! Por que
não o prenderam naquele ocasião? Mas as Escrituras tinham que se cumprir.
Possivelmente Marcos foi o jovem que, no desespero de fugir, deixou suas
vestes nas mãos dos homens armados e correu nu.
• Jesus perante Caifás (14.53-54)
O julgamento religioso do Senhor aconteceu em três fases. A primeira
foi perante o sumo sacerdote, enquanto Pedro cou ao lado de fora,
aquecendo-se ao fogo com os serventuários.
• Jesus perante o Sinédrio (14.55-65)
O versículo 55 parece começar com a segunda fase – um encontro do
Sinédrio à meia-noite. O relato da testemunha estava deturpado e
contraditório. Primeiramente, Jesus não respondeu ao sumo sacerdote. Mas
quando ele perguntou ao Senhor sob juramento se era o Messias, o Salvador
respondeu a rmativamente e que um dia voltaria à terra, manifesto
publicamente como Deus. O sumo sacerdote compreendeu e o acusou de
blasfêmia e o Sinédrio O sentenciou à morte. Por mais incrível que seja,
cuspiram nEle, vendaram Seus olhos e então O desa aram a profetizar.
• As três negações de Pedro (14.66-72)
Do lado de fora, embaixo do pátio, Pedro negou Jesus três vezes numa
rápida seqüência. Quando o galo cantou pela segunda vez, Pedro se lembrou
das palavras do Senhor e então rompeu em lágrimas e chorou amargamente.
A culpa da traição o oprimiu naquele momento.
• Jesus perante Pilatos (15.1-5)
O versículo 1 descreve a reunião da manhã do Sinédrio, quem sabe,
para validar a ação da noite anterior. Esta era a terceira fase do julgamento
religioso. O julgamento civil também aconteceu em três estágios: perante
Pilatos; perante Herodes e novamente perante Pilatos. Marcos não descreve
o julgamento perante Herodes e descreve somente um comparecimento
perante Pilatos. Jesus admitiu a Pilatos que era o Rei dos judeus, mas se
recusou a responder às acusações dos principais sacerdotes, o que causou
admiração em Pilatos.
• A liberação de Barrabás (15.6-15)
Quando o governador ofereceu soltar Jesus ou Barrabás à multidão,
pediram que soltasse Barrabás e a condenação de Jesus à morte. O fraco
Pilatos consentiu.
• Jesus é escarnecido pelos soldados (15.16-23)
Levando Jesus fora do pátio da residência do governador, os soldados
O escarneceram, vestindo-O com uma veste púrpura e uma coroa de
espinhos. Depois de um tempo de selvageria e zombaria cruel, levaram-nO
ao Calvário, compelindo Simão, o cireneu, a carregar sua Cruz.
Jesus recusou o vinho com mirra que era dado a homens condenados.
• Jesus é Cruci cado (15.24-36)
Eram nove horas da manhã quando O cruci caram, com o título “REI
DOS JUDEUS” sobre sua cabeça e com um ladrão cruci cado de cada lado.
Três classes de pessoas blasfemavam dEle – os que iam passando, os
principais sacerdotes e escribas e dois ladrões. Entre meio-dia e três horas da
tarde toda terra estava coberta na escuridão. Ao nal de Sua agonia o
Salvador clamou, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” Alguns
dos que ali estavam pensaram que Ele estava chamando por Elias. Um lhe
ofereceu vinagre numa esponja.
• Cristo morre pelos pecadores (15.37-41)
Jesus então clamou em voz alta e expirou. Naquele momento o véu do
Templo foi rasgado de cima abaixo. Em grande espanto, um centurião
romano expressou sua crença que Jesus era o Filho de Deus. Algumas das
mulheres éis que seguiam a Jesus estavam lá, em pé junto à multidão.
6. A RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DO SERVO (CAP.16)
• As grandes Boas Novas (16.1-8)
Após o pôr-do-sol no sábado, três mulheres discípulas vieram ao
túmulo com aromas para o corpo de Jesus. Na manhã de domingo, elas
vieram novamente, preocupando-se sobre como remover a pedra da entrada
do túmulo. Então, porém, perceberam que já tinha acontecido! Dentro do
túmulo, viram um anjo semelhante a um jovem que lhes disse que Jesus as
encontraria na Galiléia. As mulheres fugiram espantadas e não contaram o
que tinha acontecido a ninguém. (Três manuscritos antigos do Novo
Testamento omitem os versículos 9-20, apesar de serem encontrados em
todo o restante dos manuscritos da Bíblia Latina).
• Aparições pós-ressurreição (16.9-13)
O Senhor ressurreto apareceu à Maria Madalena, porém, mais tarde,
quando ela o relatou aos discípulos entristecidos, estes não acreditaram. Ele
também apareceu a dois discípulos na estrada de Emaús (Lucas 24.13-31),
mas encontraram a mesma falta de fé nos discípulos quando voltaram a
Jerusalém e lhes contaram o ocorrido.
• A Grande Comissão (16.14-18)
Naquele mesmo domingo à noite, Jesus apareceu aos discípulos e os
repreendeu por não crerem no testemunho de Maria e nos outros dois.
Então Ele os comissionou a pregar o Evangelho a toda criatura, batizando
aqueles que crerem e lhes disse que certos milagres acompanhariam aqueles
que cressem. Estes sinais realmente aconteceram, como vemos no livro de
Atos.
• A ascensão (16.19-20)
Quarenta dias após sua ressurreição, nosso Senhor Jesus ascendeu ao
céu e assentou-se à destra de Deus. Em obediência à Sua ordem, os
discípulos foram compartilhando as boas novas de salvação pela fé somente
em Cristo e os milagres prometidos acompanhavam sua pregação.
O EVANGELHO SEGUNDO LUCAS

INTRODUÇÃO
AUTORIA E DATA
Lucas, o médico amado e companheiro de viagem de Paulo, escreveu
seu Evangelho por volta do ano 60 d.C., provavelmente em Cesaréia.
ÊNFASE EM LUCAS
O Evangelho de Lucas apresenta o Senhor Jesus como o Filho do
Homem, o Amigo de coletores de impostos e pecadores e o Salvador da
humanidade. Certamente a humanidade de nosso Senhor é proeminente.
Sua vida de oração, por exemplo, é mais citada em Lucas do que em
qualquer dos outros Evangelhos. Sua simpatia e compaixão são
mencionadas freqüentemente. Talvez isto seja porque mulheres e crianças
ocupam um lugar tão destacado. O Evangelho de Lucas também é
conhecido como o evangelho missionário. Aqui as Boas Novas alcançam os
gentios, apresentando Jesus como o Salvador do mundo. Finalmente, este
Evangelho é um manual de discipulado. Seguimos o caminho do
discipulado na vida de nosso Senhor e o ouvimos explanar em seu
treinamento dos doze. Na vida do Homem Perfeito, encontramos os
elementos que perfazem a vida ideal para todas as pessoas. Em Suas palavras
incomparáveis encontramos o caminho da Cruz para o qual Ele nos chama.
Aqueles que ouvem e obedecem encontram vida verdadeira.

ESBOÇO DO EVANGELHO DE LUCAS


1. Prólogo (1.1-4)
2. O nascimento e juventude de Jesus (1.5–2.52)
3. O precursor do Filho do Homem, batismo, genealogia e tentação
(3.1–4.13)
4. As palavras e obras do Filho do Homem na Galiléia (4.14–9.50)
5. O ministério do Salvador da Galiléia, pela Peréia até Jerusalém
(9.51–19.27)
6. A última semana em Jerusalém, culminada por Sua morte (19.28–
23.49)
7. O sepultamento, a ressurreição e a ascensão de Cristo (23.50–24.53)
1. PRÓLOGO (CAP. 1.1-4)
Lucas, o escritor deste Evangelho, inspirado pelo Espírito, não foi uma
testemunha ocular dos eventos que registrou, mas se utilizou de registros
escritos e testemunhos orais de algumas pessoas que foram testemunhas
oculares. Seu objetivo era que um homem chamado Teó lo tivesse um relato
escrito, con rmando a delidade de tudo o que havia aprendido
concernente a vida e ministério do Senhor.
2. O NASCIMENTO E A JUVENTUDE DE JESUS (CAP. 1.5-
2.52)
• Gabriel anuncia o nascimento de João Batista para
Zacarias (1.5-25)
Lucas começa apresentando Zacarias e Izabel, os pais piedosos de João
Batista. Um dia, quando Zacarias estava cumprindo seus deveres de
sacerdote no Templo, um anjo lhe revelou que Izabel teria um lho que
deveria ser chamado de João. Este lho seria uma grande personaliade,
espiritual e posicionalmente, isto é, seria o precursor do Messias (v.5-17).
Quando Zacarias expressou dúvida, o anjo, Gabriel, lhe disse que ele
perderia a fala até que a criança nascesse. O sacerdote voltou ao povo que
estava aguardando no lado de fora e lhe comunicou com linguagem de
sinais. Como foi anunciado, Izabel cou grávida e então se isolou por cinco
meses (v.18-25).

• Gabriel anuncia o nascimento de Cristo a Maria (1.26-38)


Após seis meses, o anjo apareceu a uma virgem em Nazaré, chamada
Maria que estava noiva de José. O anjo prometeu a Maria que ela daria à luz
um Filho chamado Jesus e que Ele seria o Messias prometido. Quando ela
questionou como isto poderia acontecer, lhe foi assegurado que seria um
milagre do Espírito Santo. O anjo também lhe disse que sua parenta, Izabel,
estava grávida de seis meses. Maria se submeteu ao Senhor para o
cumprimento de Seu propósito maravilhoso.
• Maria visita Isabel (1.39-45)
Uma coisa estranha aconteceu quando Maria foi visitar Isabel – seu
bebê pulou de alegria! Então Isabel saudou Maria como a “mãe do meu
Senhor”, abençoando tanto a ela como a seu Filho, ainda por nascer.
• O cântico de Maria (1.46-56)
Maria enalteceu o Senhor pelo que lhe havia feito, pela Sua
misericórdia para com aqueles que O temem em todas as gerações e pela
Sua delidade em manter as promessas que fez a Abraão e à sua semente.
Após car com Isabel por três meses, Maria voltou a Nazaré.
• O nascimento e circuncisão de João Batista (1.57-66)
No tempo determinado, Isabel deu à luz ao lho prometido. Os
parentes e amigos supunham que seria chamado Zacarias, mas Isabel lhes
disse que seu nome seria João. Para obter a decisão nal, perguntaram ao
pai. Assim que ele escreveu “João”, sua fala voltou.
• O cântico de Zacarias (1.67-80)
O hino eloqüente de Zacarias louva a Deus pelo que Ele fez, por
cumprir a profecia e pela Sua delidade com Suas promessas. Ele descreve a
missão de João como arauto do Rei e compara a vinda de Cristo como o
nascer do sol (v.67-79). Jesus é a Alvorada do céu.
O capítulo termina com o crescimento de João e sua reclusão, antes de
seu aparecimento público a Israel (v.80).
• O nascimento de Jesus (2.1-7)
José levou Maria de Nazaré até Belém para o registro do censo.
Incapazes de encontrar outras acomodações, acamparam no estábulo de
uma hospedaria. Foi ali que Maria deu à luz ao seu Filho e O colocou em
uma manjedoura.

• Glória a Deus nas alturas (2.8-20)


Um anjo anunciou o nascimento maravilhoso de Jesus para os pastores
nos campos. Ele lhes disse que encontrariam o menino envolto em faixas e
deitado numa manjedoura. Subitamente, uma grande multidão de anjos
rompeu em louvor jubiloso a Deus.
• A circuncisão e apresentação (2.21-24)
Após oito dias o bebê Jesus foi circuncidado e nomeado o cialmente. E
quando Ele tinha 40 dias, Maria trouxe dois pombinhos para sua própria
cerimônia de puri cação (veja Lv 12.1-6). Após isso, Maria e José levaram
Jesus ao Templo para apresentá-lO a Deus.
• O cântico de Simeão (2.25-35)
Enquanto isto estava acontecendo, um judeu piedoso chamado Simeão
tomou Jesus em seus braços e entoou um cântico memorável, louvando a
Deus que o Prometido havia vindo.
• O testemunho de Ana para seu Redentor (2.36-38)
Uma profetisa de idade avançada, chamada Ana, também rompeu em
gratidão ao Senhor pela vinda do Redentor. Ela falou sobre Jesus aos éis em
Jerusalém e que estavam aguardando a redenção.
• Os primeiros anos de Jesus e Sua primeira Páscoa (2.39-
52)
Após Jesus ser apresentado, José e Maria levaram-nO de volta a Nazaré,
onde Ele cresceu física, mental e espiritualmente (v.39-40).
O relato agora vai direto à ida de Jesus a Jerusalém para a Páscoa com a
idade de 12 anos. Na viagem de volta a Nazaré, Ele havia desaparecido da
caravana. Os pais voltaram a Jerusalém e O encontraram no Templo,
ouvindo os mestres e fazendo perguntas. José e Maria não entenderam que
as coisas de Seu Pai tinham a prioridade para o menino Jesus. E, mesmo
assim, Ele assumiu Seu lugar como um lho obediente nesta humilde
família judia, crescendo mental, física, espiritual e socialmente (v.41-52).
3. O PRECURSOR DO FILHO DO HOMEM, BATISMO,
GENEALOGIA E TENTAÇÃO (CAP. 3.1-4.13)
• O ministério de João Batista (3.1-17)
Lucas suprime os próximos 18 anos nos quais Jesus passou em Nazaré
como o Filho adotivo de um carpinteiro e nos leva ao início do ministério
de João Batista. Em cumprimento à profecia de Isaías, o precursor veio
preparar o povo moralmente para a vinda do Messias. Ele batizou os
arrependidos no Rio Jordão, mas repreendeu aqueles que eram meros
ngidores e exortou-os para demonstrarem seu arrependimento por uma
vida transformada. Caso não o zessem, viria o julgamento. Ele se
considerou inferior a Cristo, explicando que seu batismo era externo e físico,
enquanto o de Cristo seria interno e espiritual. Ele exaltou o Senhor dizendo
que ele era indigno para desatar as sandálias de Jesus.

• O aprisionamento de João Batista (3.18-20)


Por volta de 18 meses mais tarde, João foi aprisionado por Herodes,
porque havia repreendido o rei por viver em um relacionamento adúltero
com sua cunhada.
• O batismo de Jesus (3.21-22)
Jesus agora inaugura seu ministério público sendo batizado no Jordão.
Foi neste momento que o Espírito Santo desceu sobre Ele e o Pai O aprova
publicamente.
• A genealogia de Jesus (3.23-38)
Uma vez que o propósito deste Evangelho é apresentar o Senhor Jesus
como o Filho do Homem, é importante mostrar que Ele descendeu de Adão
– a genealogia aqui demonstra a Sua humanidade (v.38). Acredita-se que
esta genealogia remonta sua descendência através de Maria. Eli (v.23) deve
ter sido o sogro de José. Jesus era o lho verdadeiro de Maria e o lho
adotivo de José.
• A tentação de Jesus (4.1-13)
Tentado por Satanás no deserto, Jesus demonstrou Sua perfeição moral.
As tentações foram direcionadas à concupiscência da carne, concupiscência
dos olhos e à soberba da vida, isto é, apetite físico, o desejo de poder e
posses e o desejo por reconhecimento público. Em todos os três, Satanás
usou de linguagem religiosa, até mesmo citando as Escrituras. Nosso Senhor
resistiu aplicando a Escritura da forma correta.
4. AS PALAVRAS E OBRAS DO FILHO DO HOMEM DA
GALILÉIA (CAP. 4.14-9.50)
• O início do ministério de Jesus (4.14-15)
Entre os versículos 13 e 14 há um espaço de tempo de mais ou menos
um ano, quando o Senhor ministrou na Judéia (veja João 2–5). Lucas vai
direto ao grande ministério realizado na Galiléia.
• Jesus é rejeitado em Nazaré (4.16-30)
Em uma visita à sinagoga em Nazaré, o Senhor Jesus leu Isaías 61.1-2a
e então declarou que era o Messias de quem Isaías falou. Ele havia vindo
para libertar a humanidade dos enormes problemas que a a igiam e para
proclamar um novo tempo (v.16-21). Em um primeiro momento, as pessoas
reagiram favoravelmente, mas, quando Ele predisse Sua rejeição pela cidade
de Nazaré e da nação de Israel e quando sugeriu que iria Se voltar aos
gentios, tentaram jogá-lO de um precipício! Ele deixou Nazaré e, até onde
sabemos, nunca voltou para lá (v.22-30).
• As curas milagrosas do Messias (4.31-41)
Em um sábado em Cafarnaum, Ele expulsou um demônio, curou a
sogra de Pedro e curou multidões de outras pessoas, desta forma revelando-
Se como Mestre sobre os demônios e doenças. Os demônios expulsos
sabiam que Jesus era o Filho de Deus, mas Ele os proibiu de testi car este
fato. Ele não aceitaria o testemunho de espíritos malignos.
• Jesus prega por toda Galiléia (4.42-44)
No dia seguinte, quando Se afastou a um lugar retirado perto de
Cafarnaum, as multidões O encontraram e rogaram para não deixá-los, mas
Jesus tinha mais obras a realizar nas outras cidades da Galiléia e então
partiu.
• Jesus chama pescadores (5.1-11)
Em pé no barco de Pedro, junto à praia do lago, Jesus ensinou o povo.
Deu uma lição sobre pesca aos habilidosos pescadores e chamou Pedro para
ser pescador de homens. Pedro, Tiago e João largaram tudo e seguiram a
Jesus.
• Jesus puri ca um leproso (5.12-16)
Após curar um homem cheio de lepra, Jesus lhe disse para ir ao
sacerdote e oferecer o sacrifício pela puri cação, mas para não divulgar o
milagre. Ao invés disso, o leproso espalhou a notícia, atraindo uma grande
multidão que queria a cura. Por isso, Jesus Se retirou ao deserto para orar.
• Curando um paralítico (5.17-26)
Quando as notícias de Seu ministério se espalharam e os hostis fariseus
e mestres da lei se reuniram para achar uma falta nEle, viram muitas pessoas
curadas. Quatro homens trouxeram um paralítico numa maca até a casa
onde Jesus estava curando. Incapazes de chegar a Ele por causa da multidão,
desceram o homem através de uma abertura no telhado. Jesus disse: “Seus
pecados estão perdoados” e isto enfureceu os fariseus e escribas. Chamaram
aquilo de blasfêmia. Para provar que os pecados daquele homem estavam
perdoados, o Senhor disse para ele apanhar sua cama e andar. Quando o ex-
paralítico obedeceu, o povo se maravilhou.
• Jesus chama Mateus, o cobrador de impostos (5.27-32)
Levi, isto é, Mateus, respondeu imediatamente ao chamado de Cristo e
então convidou seus velhos camaradas para um banquete onde iria
apresentá-lO. Quando os líderes religiosos criticaram Jesus por comer com
pecadores, Ele respondeu que não havia vindo para chamar os justos, mas os
pecadores ao arrependimento.
• Respondendo uma pergunta sobre jejum (5.33-39)
Depois eles criticaram Seus discípulos por não jejuarem. Ele respondeu
que não havia razão para jejuarem enquanto estava com eles, mas que
jejuariam quando Ele fosse levado para a morte.
Na parábola das roupas novas e vinhos novos, Jesus ensinou que a nova
era da graça não poderia se misturar com a religião vazia dos fariseus. Suas
tradições e rituais eram muito rígidos e in exíveis para carregar a alegria,
exuberância e energia do Cristianismo.
• Controvérsia sobre as obras necessárias no sábado (6.1-5)
Novamente, os fariseus criticaram os discípulos, desta vez por apanhar
grãos no sábado. O Senhor lembrou-lhes que Deus permitiu que Davi e seus
homens comessem o pão da propiciação, embora fosse reservado apenas
para os sacerdotes. Deus fez uma exceção porque o rei justo foi rejeitado,
assim como o Senhor Jesus foi agora rejeitado. Ademais, Cristo é o Senhor
do sábado e Ele é mais bem quali cado para interpretar seu verdadeiro
sentido espiritual.

• Controvérsia sobre a cura no sábado (6.6-11)


Noutro sábado, Jesus curou um homem com uma mão ressequida. O
Senhor destacou para os líderes como era inconsistente criticá-lO por fazer
o bem no sábado, quando na verdade estavam maquinando matá-lO
naquele mesmo dia! O sábado foi criado por Deus para o benefício do
homem e quando compreendido corretamente, não proibia uma obra
necessária ou uma obra de misericórdia.
• Jesus escolhe os doze (6.12-16)
Após passar uma noite em oração Jesus escolheu 12 discípulos. Ele os
envia, como lemos em Mateus 10.1-15, como homens pobres e não ricos;
famintos e não com fartura; pesarosos e não frívolos, perseguidos e não
populares – tudo isso pela causa do Filho do Homem.

• As Bem-aventuranças (6.17-26)
Depois, enquanto curava a muitos numa planície, Jesus começou a
doutrinar os discípulos nos princípios do Reino. Ele pronunciou os “ais”
para aqueles que eram ricos, fartos, levianos e populares.
• Um estilo de vida afetuoso (6.27-28; 31-36)
O amor dos discípulos deve ir além da mera afeição humana que ama
aqueles que o amam, que recompensa bondade com bondade, que empresta
por lucro. Deve ser igual ao amor de Deus que é derramado a todos, sem
discriminação.
• A outra face e a segunda milha (6.29-30)
O Senhor ensinou um novo tipo de amor ao mundo – um amor que é
dedicado aos inimigos, blasfemadores e perseguidores. Ele se manifesta na
não retaliação, em dar mais do que é pedido, em esperar nada em retorno.
Ele trata outros da mesma forma que quer ser tratado.
• Não julgue (6.37-42)
Este amor é misericordioso, não censurador, perdoador e generoso.
Jesus explicou que a extensão na qual os discípulos poderiam ser uma
bênção aos outros seria limitada pela sua própria condição espiritual. O
ministério deles seria um ministério de caráter. Eles não poderiam liderar o
caminho se não soubessem para onde iriam ou ensinar o que não
soubessem. Eles não poderiam esperar o progresso de seus discípulos além
do que eles, os instrutores, pudessem viver. Tampouco poderiam ajudar seus
discípulos com problemas que não foram solucionados em suas próprias
vidas.
• Como identi car um verdadeiro profeta (6.43-45)
Eles somente poderiam dar frutos de acordo com o caráter deles; o que
eles são, na verdade, seria mais importante do que qualquer coisa que
poderiam dizer ou fazer.
• Construtores sábios e tolos (6.46-49)
Chamar Jesus de Senhor e não obedecê-lo é um absurdo. O homem
sábio não somente vem a Cristo e ouve Suas palavras, mas também obedece.
Sua vida pode suportar as tempestades da vida. O homem tolo ouve os
ensinamentos sobre discipulado, mas vive da forma que quer. Nas crises da
vida, ele se encontra sem um sólido fundamento e porquanto sua alma pode
estar salva, sua vida pode estar perdida.
• Jesus cura o servo de um centurião (7.1-10)
Um centurião gentio, amado e respeitado pelos judeus, pediu a alguns
anciãos dos judeus para interceder com Jesus em favor de seu servo doente.
Enquanto Jesus ainda estava a caminho, o centurião disse que não era
necessário Ele vir, pois poderia curar somente falando uma palavra. Jesus se
maravilhou porque não havia encontrado fé igual àquela dentre os judeus. O
servo foi curado à distância pelo Senhor.
• Jesus levanta o lho da viúva de Naim (7.11-17)
Ao se aproximar da cidade de Naim, Jesus viu uma procissão de funeral
levando o lho único de uma viúva. O Senhor ordenou que o jovem se
levantasse e a sua vida retornou imediatamente, devolvendo o rapaz à sua
mãe. As pessoas estavam atônitas e espalharam as notícias da visitação do
Senhor por toda a região.
• Jesus encoraja João Batista (7.18-23)
Quando as notícias dos milagres de Jesus chegaram até João Batista, na
prisão, ele enviou dois mensageiros para perguntar se Jesus era realmente o
Messias, como querendo dizer, “se realmente for, porque ainda estou na
prisão?” Jesus respondeu-lhe que estava realizando os milagres profetizados
sobre o Messias e depois encorajou a fé perseverante. Há uma bênção para
aqueles que não têm dúvidas sobre Jesus.
• O tributo de Jesus a João Batista (7.24-35)
Depois Jesus exaltou seu precursor perante o povo, dizendo que João
não era oportunista nem bajulador moderno. Ao invés disso, era maior do
que um profeta, porque era o arauto de Jesus. Enquanto as pessoas comuns
reconheciam a justiça de Deus, submetendo-se ao batismo de João, os
líderes religiosos rejeitaram o programa de Deus rejeitando Seu mensageiro
(v.24-30).
O Senhor destacou que era impossível agradar àquela geração judaica.
João veio como um asceta e eles disseram que estava possuído por
demônios. Jesus veio comendo e bebendo de uma forma normal e eles O
chamaram de glutão e beberrão.
Entretanto, os discípulos de Jesus provaram de Suas declarações e
sabedoria (v.31-35), como visto no próximo acontecimento.
• Jesus perdoa uma mulher pecadora (7.36-50)
Quando Jesus visitou a casa de Simão, um fariseu, uma mulher
pecadora veio e lavou Seus pés com lágrimas, enxugou-os com seu cabelo,
beijou-os e ungiu-os. Simão protestou dizendo que verdadeiros profetas
devem ser separados dos pecadores. Então o Senhor lhe contou a história de
dois devedores falidos cuja dívida foi cancelada. Simão admitiu que aquele a
quem foi perdoado mais, amaria mais o credor e ao dizer isso condenou a si
mesmo. Ele nem tinha demonstrado cortesia ao Senhor, ao passo que a
mulher derramou amor sobre Ele. Jesus declarou publicamente à mulher
que seus pecados estavam perdoados. Quando alguns questionaram seu
direito de perdoar pecados, mais uma vez assegurou à mulher sobre sua
salvação e a despediu em paz.
• Muitas mulheres ajudavam Jesus (8.1-3)
Ao continuar Seu ministério na Galiléia, pregando as Boas Novas do
Reino, o Senhor era ajudado por mulheres que haviam sido ajudadas por
Ele.
• Parábola dos quatro tipos de solo (8.4-15)
A parábola dos quatro tipos de solo ensina que o Reino inclui tanto a
con ssão (os primeiros três) como a fé genuína (o quarto tipo). Isto forma a
base de uma advertência séria sobre como ouvimos e obedecemos à Palavra
de Deus.
• Parábola da candeia (8.16-18)
A Parábola da candeia signi ca que os discípulos não devem permitir
que os negócios (vaso ou alqueire) ou a preguiça (a cama) atrapalhe a
propagação da verdade, pois a negligência e o fracasso serão revelados. Se
formos éis em compartilhar a verdade com os outros, Deus irá revelar
novas verdades a nós, mas se não usarmos o que temos, vamos perdê-lO.
• A verdadeira família de Jesus (8.19-21)
Durante uma visita da mãe e dos irmãos de Jesus, o Senhor enfatizou
que a verdadeira relação com Ele depende da obediência à Palavra e não de
laços familiares.
• O Mestre do vento e das ondas (8.22-25)
No restante do capítulo, Jesus é Senhor sobre a natureza, demônios,
enfermidade e morte. Somente o homem se recusa a obedecê-lO. Ele
acalmou uma tempestade violenta no Mar da Galiléia, assim como o medo
nos corações de Seus discípulos.
• Os demônios obedientes e os porcos (8.26-39)
Ele expulsou muitos demônios de um gadareno, permitindo que eles
entrassem numa manada de porcos que se destruíram precipitando-se
dentro do mar. Os gadarenos pediram que Jesus Se retirasse dali, o que Ele
fez, mas deixou um homem liberto dos demônios para testemunhar por Ele.
• Doze anos de vida e doze anos de sofrimento (8.40-56)
No caminho para encontrar a lha doente de Jairo, o Salvador Se
atrasou em razão da multidão o impedir de andar. Uma mulher com um
sangramento crônico conseguiu passar por entre a multidão, tocou na orla
de sua veste e foi curada instantaneamente. Antes dela partir, Jesus a
chamou para sua con ssão pública e então a elogiou pela sua fé e a despediu
em paz (v.40-48). Naquele momento, um mensageiro havia chegado para
dizer que a lha de Jairo tinha morrido e que Jesus não precisava ir até lá.
Mas o Senhor foi até aquela casa e devolveu a vida à menina, dizendo aos
pais para não noticiar o milagre. Ele não estava interessado em notoriedade
(v.49-56).
• Jesus envia os doze (9.1-6)
Ao iniciar o terceiro ano de Seu ministério público, Cristo enviou os
doze para pregar e curar. Eles deveriam con ar nEle para suprir suas
necessidades, deveriam viver de forma simples, aceitar hospitalidade onde
fosse primeiramente oferecida e deixar qualquer cidade onde a mensagem
fosse rejeitada.
É verdade, ainda, que os servos de Deus devem viver pela fé – suas
vidas deveriam ser caracterizadas pela simplicidade – e não pela procura das
melhores acomodações – e ir onde Deus está trabalhando.
• Herodes perplexo depois do homicídio de João Batista
(9.7-9)
Quando Herodes ouviu que Alguém estava realizando grandes
milagres, cou perplexo. Sabia que não era João Batista e estava ansioso para
encontrar esta Pessoa, quem quer que fosse.
• O Cristo compassivo (9.10-17)
Após os discípulos terem relatado os resultados de sua missão ao
Senhor, Ele os levou a um deserto, mas a multidão os seguiu, eliminando
qualquer esperança de descanso e tranquilidade. Jesus pregou às pessoas,
curou os doentes e então alimentou 5.000 homens, mais mulheres e
crianças, com 5 pães e 2 peixes. Isto nos ensina que se dermos a Ele o que
tivermos, Ele pode multiplicá-lo para alimentar espiritualmente uma
multidão faminta.
• A grande con ssão de Pedro (9.18-21)
Talvez Deus usou este milagre para mostrar a Pedro que Jesus é o
Messias, o Filho do Deus vivo. Agora os discípulos sabiam que Ele não era
apenas outro grande homem; Ele era e é o Único. Mas Ele os advertiu para
não contar aos outros, para que um eventual pequeno movimento popular
não atrapalhasse Seu caminho até a Cruz.
• Jesus prediz Sua morte e ressurreição (9.22-27)
Os discípulos agora aprenderam que Jesus sofreria, seria rejeitado,
morto e se levantaria novamente. Ele os chamou para seguí-lO e a negarem
a si mesmos, carregando sua cruz e se sacri cando por Ele. Finalmente,
Jesus lhes prometeu honra futura no Seu Reino. Versículo 27 se refere a
Pedro, Tiago e João. Isso foi cumprido nos versículos 28-36.
• A trans guração de Cristo (9.28-36)
A trans guração proporcionou a Pedro, Tiago e João uma idéia da
glória futura, uma miniatura do Reino Milenar de Cristo. Em Seu esplendor,
Ele ofusca todos os outros. Ele tem a proeminência sobre todas as coisas e o
Pai O reconhece abertamente.
• A necessidade de orar e jejuar (9.37-42)
Seguindo a experiência no topo da montanha, Jesus se deparou com
um menino possuído por demônios que precisava de ajuda
desesperadamente, mas a quem os discípulos não conseguiram ajudar. Jesus
repreendeu a incapacidade deles e então expulsou o demônio e libertou o
menino, entregando-o ao seu pai.
• Jesus novamente prediz Sua morte e ressurreição (9.43-50)
Mais uma vez, Jesus adverte sobre Sua morte iminente, mas os
discípulos não compreenderam e não ousaram fazer perguntas. Quando
começaram a discutir sobre quem dentre eles era o maior, o Senhor
ensinou-lhes que grandeza era uma questão de identi car-se com os
menores entre os lhos de Deus. Ele também lhes disse que no serviço
cristão, qualquer um que não está trabalhando contra Cristo está do Seu
lado.
5. O MINISTÉRIO DO SALVADOR DA GALILÉIA, PELA
PERÉIA, ATÉ JERUSALÉM (CAP. 9.51-19.27)
• Jesus repreende a intolerância (9.51-56)
O Senhor repreendeu a intolerância dos discípulos quando quiseram
destruir um vilarejo samaritano que não O recebeu, porque Ele estava indo
a Jerusalém (capital judaica). Ele não havia vindo para destruir, mas para
salvar.
• Testando possíveis discípulos (9.57-62)
Três homens professaram estar prontos para seguir ao Senhor como
discípulos, mas não estavam preparados para pagar o preço. O primeiro não
estava disposto a abrir mão do conforto e conveniências da vida. O segundo
estava preso a este mundo por permitir que os laços naturais fossem mais
importantes que a chamada de Cristo. O terceiro colocou as despedidas (que
eram longos negócios) antes da obediência imediata. Ele olhou para trás
após colocar sua mão no arado.
• Jesus envia os setenta (10.1-12)
Anteriormente, o Senhor tinha enviado os doze para as localidades do
norte. Agora Ele envia os setenta discípulos ao longo da rota que Ele estava
tomando rumo ao sul, a Jerusalém. A missão era temporária, mas muitas
das instruções dadas a eles são de valor permanente. Elas se assemelham às
instruções do Senhor aos doze em 9.1-5.
• Rejeição e recepção (10.13-16)
Jesus pronunciou julgamento em Corazim, Betsaida e Cafarnaum, três
cidades da Galiléia, por não responderem ao Seu ministério. Ele disse que se
Tiro e Sidom tivessem tal privilégio, teriam se arrependido em pano de saco
e cinza.
• Os setenta retornam com júbilo (10.17-20)
Ao retornarem de sua missão, os setenta estavam extasiados – até
mesmo os demônios lhes obedeciam! A resposta do Senhor pode ter sido
uma advertência contra o orgulho ou Ele poderia estar dizendo que o
sucesso deles era uma mostra da razão da queda de Satanás. Ele lhes
assegurou que eram imortais até que a obra deles terminasse. No entanto,
não deveriam se alegrar de seu poder sobre demônios, mas que seus nomes
estavam escritos no céu.
• Jesus oferece descanso (10.21-24)
O Senhor Jesus tinha prazer em Seus simples e genuínos seguidores. O
Pai tinha entregue todas as coisas para Ele e Ele havia feito o Pai conhecido,
embora fosse, em Si mesmo, humanamente incognoscível. Ele disse aos Seus
discípulos que estavam vivendo dias de privilégio sem precedentes; estavam
vivendo nos dias do Messias.
• Parábola do bom samaritano (10.25-37)
Quando um intérprete da lei perguntou como poderia herdar a vida
eterna, Jesus lhe disse para amar a Deus completamente e seu próximo como
a si mesmo. Em um esforço para se justi car, ele perguntou, “Quem é o meu
próximo?” Em resposta, o Senhor contou a história do bom samaritano.
Para o samaritano, um judeu em necessidade era seu próximo. Portanto,
para o advogado judeu, qualquer pessoa em necessidade era seu próximo.
• Jesus é adorado e servido por Maria e Marta (10.38-42)
Em uma das visitas do Senhor a casa delas, em Betânia, Maria sentou
aos Seus pés e ouviu Sua palavra, enquanto Marta cou ocupada com seu
trabalho na cozinha. Ao invés de repreender Maria por não ajudar, Ele a
elogiou por escolher a mais alta prioridade e repreendeu a Marta pela sua
irritação.
• A oração modelo (11.1-8)
Respondendo a um pedido de um discípulo, por uma lição sobre
oração, o Senhor Jesus deu uma oração modelo, não para ser repetida
automaticamente, mas para esboçar os assuntos básicos para orar.
• Perseverança na oração (11.9-13)
Então Ele acrescentou a história de alguém insistente que recebeu o que
precisava por causa de sua absoluta audácia e perseverança. Portanto
devemos ser persistentes em pedir, buscar e bater à porta, seguros que Deus
nunca nos dará algo que não seja bom. Ao contrário, ele nos dará o que mais
precisamos – poder do Espírito Santo.
• Blasfemando o Espírito Santo (11.14-23)
Após Jesus devolver a fala a um mudo, alguns dos que estavam ali O
acusaram de realizar o milagre pelo poder de Belzebu, o príncipe dos
demônios. Outros pediam um milagre vindo do céu. A acusação é
respondida nos versículos 17-26, o pedido por um sinal, no versículo 29. Se
Jesus estava expulsando demônios por Belzebu, então o Diabo estava
trabalhando contra seus próprios interesses. Além disso, condenar a Jesus
era condenar seus próprios exorcistas judeus. A verdade era que Ele
expulsava demônios pelo dedo de Deus, ou seja, pelo Espírito Santo e isto
era um sinal claro que o Reino de Deus havia chegado. Até então, Satanás
obtinha controle completo sobre suas vítimas. Mas agora o Senhor o estava
derrotando e libertando seus cativos. Os acusadores de Cristo não estavam
com ele e, portanto, estavam trabalhando contra ele.
Há pelo menos três pecados imperdoáveis:
- Blasfêmia contra o Espírito Santo;
- Apostasia;
- Morrer rejeitando a Cristo.

• O endemoninhado reformado (11.24-26)


A nação judaica já tinha sido dominada pelo demônio da idolatria. O
cativeiro babilônico, porém, os livrou deste espírito maligno. Sua casa se
tornou limpa e ornamentada, mas eles recusaram permitir que o Senhor
Jesus entrasse e tomasse posse. Por isso, Ele advertiu que eles seriam
possessos por uma pior forma de idolatria que nunca acontecera antes. Isto
se refere à adoração futura ao Anticristo. O castigo para este pecado será
maior do que qualquer outro que a nação já suportou.
• A bênção de Jesus para os praticantes da Palavra (11.27-
28)
Quando uma mulher desconhecida abençoou Maria por ser a mãe de
Jesus, Ele destacou que uma pessoa que ouve e obedece à Palavra de Deus é
mais abençoada.
• Os fariseus pedem um sinal (11.29-32)
Em resposta à solicitação anterior por um sinal do céu (16), Jesus disse
que não haveria sinal exceto o de Jonas, referindo-Se à Sua própria
ressurreição. Jesus era maior do que Salomão e maior do que Jonas, por isso
as pessoas de Seus dias eram mais privilegiadas do que a Rainha de Sabá e os
homens de Nínive e, assim, mais responsáveis.
• A candeia do corpo (11.33-36)
Depois Jesus lembra Seus ouvintes que nenhum homem coloca uma
candeia no porão ou em baixo de um alqueire; em vez disso ele a coloca em
um velador onde irá prover luz para todos que entrarem. A aplicação é esta:
Deus possui uma candeia acesa. Na Pessoa e obra do Senhor Jesus, Ele
proveu luz para a escuridão do mundo. Se um homem escolhe não ver a
Luz, não é culpa de Deus (v.33). Se o olho de um homem é saudável, isto é,
se tem um desejo sincero de conhecer a verdade, Deus a revelará a ele. Se
seus motivos não forem puros, ele será impedido de ver a verdade. Jesus
advertiu seus ouvintes que a luz deles poderia se tornar em escuridão. Ele
disse que a pessoa que abre seu ser completamente ao Senhor, a Luz do
mundo, é inundando com iluminação espiritual, assim como seu corpo é
iluminado quando senta à luz da candeia (v.34-36).
• Jesus descreve os fariseus (11.37-44)
Quando um fariseu cou surpreso que Jesus não realizou toda a
lavagem cerimonial antes de comer, o Senhor advertiu os fariseus pela sua
avareza, maldade, injustiça, falta de amor por Deus, orgulho e corrupção em
seus corações.
• Jesus denuncia os fariseus (11.45-54)
Um fariseu protestou que a con ssão legal também havia sido
ofendida. Então Jesus começou a enumerar os pecados dos fariseus:
oprimiam as pessoas com regras irrealizáveis; eram assassinos hipócritas dos
servos de Deus; impediam que a Palavra de Deus chegasse ao povo (v.45-
52). Irado pelas sérias acusações do Salvador, os fariseus e mestres da lei
começaram a provocá-lO e tentaram confundi-lO para encontrar alguma
acusação contra Ele (v.53-54).
• Tema a Deus e não aos homens (12.1-12)
O Senhor usou o acontecimento anterior para advertir seus discípulos
contra o fermento (hipocrisia) dos fariseus. Ele lhes disse que tudo que
haviam feito em oculto seria exposto e que a verdade de Deus iria triunfar.
Os discípulos não deveriam temer a morte física que os fariseus in igiriam
sobre eles, deveriam antes temer a Deus, que cuida dos pardais, mas que
cuida muito mais de seus servos. Todos que O confessarem agora serão
confessados diante dos anjos de Deus. Aqueles que O rejeitarem agora
também serão rejeitados e aqueles que blasfemarem o Espírito Santo (o que
alguns dos judeus haviam feito – cap. 11.15) nunca serão perdoados. Os
discípulos não precisariam preparar sua defesa agora; o Espírito lhes dará as
respostas apropriadas.
• Parábola do rico tolo (12.13-21)
Um homem surgiu da multidão e pediu ao Senhor que resolvesse uma
disputa sobre uma herança entre ele e seu irmão. Jesus tinha coisas maiores
a fazer, então advertiu o homem contra a avareza, relacionando a parábola
ao rico tolo. Este homem tinha um campo que produziu em abundância e
então resolveu construir mais celeiros e silos e então se aposentar. Deus lhe
disse que iria morrer naquela mesma noite e deixaria tudo para trás. Jesus
comentou que seria melhor se ele fosse rico para com Deus.
• O Senhor proverá (12.22-34)
Os discípulos deveriam, pois, viver despreocupados quanto a prover
para um futuro desconhecido é desnecessário e também impossível. Se eles
colocassem os interesses do Senhor acima de tudo, Ele cuidaria para que
nunca lhes faltasse comida e roupa. Já que estão seguros de herdarem o
Reino, não precisariam se preocupar sobre como isso aconteceria. Já que
estavam em uma longa jornada, deveriam viajar com pouca bagagem!
O coração do homem está onde está o seu tesouro. Pode estar no céu
ou no banco, porém, neste caso está sujeito a perder.
• Ninguém sabe o dia ou a hora (12.35-40)
Eles deveriam viver na expectativa de Seu retorno, porque Ele virá
quando menos esperado e será bom para eles se Jesus encontrá-los vigiando.
• O desa o do serviço el (12.41-48)
A conversa anterior sobre vigilância foi direcionada para todos que são
despenseiros de Deus. Quando o Senhor vier e encontrar um de Seus servos
trabalhando com interesse genuíno no bem espiritual de homens e
mulheres, este discípulo será recompensado, deliberadamente. Se alguém
deseja ser um servo, mas abusa e rouba o povo de Deus e vive de forma
carnal, será castigado com todos os outros ímpios. Quanto maior o
privilégio que uma pessoa tem, maior a responsabilidade. Haverá graus de
recompensa no céu e graus de castigo no inferno.
• Jesus traz a espada (12.49-53)
O resultado inevitável da vinda de Jesus foi causar divisão, contenda,
perseguição e derramamento de sangue e isso já havia começado. Ele
próprio seria batizado na morte na Cruz e estava ansioso para realizar tal
redenção. Os discípulos poderiam esperar famílias divididas como resultado
de sua relação com Ele.
• Buscando um sinal do céu (12.54-59)
Os ímpios poderiam prever o tempo, Jesus disse, mas não poderiam
perceber o tempo signi cativo que havia chegado na história da
humanidade. Se eles realmente sentissem a importância dos dias em que
viviam, estariam com pressa para ser reconciliados a Deus. Eles deveriam se
arrepender ou iriam perecer.
• Jesus prega o arrependimento (13.1-5)
O assunto do arrependimento continua. As pessoas estavam em grande
temor em razão de duas calamidades locais – o massacre de alguns galileus
por Herodes e a morte de 18 pessoas, quando uma torre em Siloé caiu e as
matou. Jesus advertiu as pessoas que, a menos que se arrependessem,
também pereceriam espiritualmente, da mesma forma que as outras pessoas
haviam perecido sicamente.
• Parábola da gueira estéril (13.6-9)
Na parábola da gueira estéril, a árvore era Israel e a vinha
representava a Palestina. Quando a árvore não deu seu fruto por três anos
(os anos do ministério público do Senhor), o Dono (Deus) mandou cortá-la.
Mas o Viticultor (Cristo ou o Espírito Santo) pediu por mais um ano (talvez
até a morte de Estevão). Se até o término deste período continuar estéril,
então será cortada. E assim aconteceu – Jerusalém foi destruída e as pessoas
espalhadas.
• Jesus cura uma mulher no sábado (13.10-17)
O chefe da sinagoga protestou porque Jesus curou uma mulher no
sábado. O Senhor lembrou o hipócrita que ele não hesitaria em dar água aos
seus animais no sábado. Por que então seria errado curar uma judia com fé?
Os críticos caram envergonhados; as pessoas comuns se alegraram.
Se o hipócrita estivesse doente, ele aceitaria a cura em qualquer dia da
semana.
• Parábola do grão de mostarda (13.18-19)
O Senhor comparou o Reino de Deus a uma semente de mostarda que
cresceu anormalmente numa árvore e se tornou um lugar para ninhos de
pássaros. Da mesma forma o Cristianismo se tornou grande e popular e se
tornou o lugar de refúgio para todos os tipos de corrupção moral e
doutrinária.
• Parábola do fermento (13.20-21)
Jesus também comparou o Reino ao fermento que uma mulher
escondeu na comida. Assim o falso ensino estava escondido na comida do
povo de Deus e havia corrompido o corpo da doutrina.
• Os dois caminhos (13.22-24)
No caminho a Jerusalém, alguém perguntou a Jesus se somente
algumas pessoas seriam salvas. Ele respondeu esta pergunta com um
mandamento dizendo que se esforçassem para passar pela porta estreita.
• Falsos mestres (13.25-30)
Haverá um dia em que será muito tarde: as pessoas tentarão entrar,
reivindicando ter comunhão com Ele, mas Ele os expulsará como
praticantes da iniqüidade. Judeus descrentes verão os patriarcas no Reino a
certa distância, ao passo que gentios crentes vão desfrutar das bênçãos
maravilhosas do Reino. Portanto, o primeiro será o último e o último será o
primeiro.
• O plano de Herodes contra Jesus (13.31-33)
Alguns fariseus advertiram Jesus (provavelmente de forma insincera) a
Se retirar, porque Herodes estava planejando matá-lO. O Senhor disse-lhes
para comunicar àquela “raposa” que continuaria Seu trabalho por pouco
tempo e depois completaria no terceiro dia, quando seria morto em
Jerusalém, uma cidade notória por matar os profetas de Deus.
• O amor de Jesus por Jerusalém (13.34-35)
Tendo falado assim sobre Jerusalém, Jesus lamenta sobre ela. Ele queria
poupá-la, mas agora sua sentença estava selada. O Templo e a terra seriam
desolados até que os judeus O recebessem como o Rei, em sua Segunda
Vinda.
• Jesus cura um homem no sábado (14.1-6)
Na casa de um fariseu, o Senhor curou um homem no sábado.
Antecipando suas críticas, Jesus lembrou os mestres e fariseus que eles
tirariam um boi do poço no sábado. Quanto mais misericórdia deveria ser
dedicada a um homem com lepra!
• Jesus ensina humildade e hospitalidade (14.7-14)
Percebendo que os convidados brigavam pelos melhores lugares à
mesa, Cristo os advertiu contra a auto-promoção. Disse-lhes que deveriam
tomar o último lugar até que fossem convidados a uma posição melhor (v.7-
11). Então, voltando-Se ao Seu an trião – o fariseu – deu-lhe a regra de
hospitalidade do Reino: convidar aqueles que não podem recompensá-lo, ou
seja, os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. A recompensa virá na
ressurreição (v.12-14).
• Parábola da festa de casamento (14.15-24)
Quando um dos convidados observou como seria maravilhoso
participar das bênçãos do Reino, Jesus respondeu em uma parábola que
muitos, que são convidados a entrar no Reino, dão todos os tipos de
desculpas tolas para não aceitar o convite. Se aqueles da lista original dos
convidados (os judeus) O rejeitarem, então Deus irá persuadir outros (os
gentios) a vir.
• O preço do discipulado (14.25-33)
O Senhor viu grandes multidões seguindo-O, então começou a testá-
los com exigências rigorosas do discipulado cristão. Qualquer um que O
segue deve amá-lO acima de todas as coisas. Um verdadeiro discípulo deve
tomar sua própria cruz e segui-lO. Duas ilustrações enfatizam a necessidade
de avaliar o custo antes de começar a seguí-lO: o homem que constrói uma
torre e o rei que vai à guerra contra forças numericamente superiores. O
discípulo deve deixar tudo para seguir a Cristo.
• Os crentes são sal e luz (14.34-35)
O crente, como o sal, tem uma razão básica para sua existência. Se ele
falhar nisto, se torna objeto de desprezo e julgamento.
• Parábola da ovelha perdida (15.1-7)
Os escribas e fariseus se ofendiam com o fato de Jesus comer junto com
os pecadores. Para responder ao julgamento deles, o Senhor contou três
parábolas para mostrar que Deus realmente se alegra e se satisfaz quando vê
pecadores se arrependendo, ao passo que não tem prazer algum de
hipócritas que se auto-justi cam e que são orgulhosos demais para admitir
sua miséria pecaminosa.
Na parábola da ovelha perdida, Jesus é o Pastor, a ovelha perdida é um
terrível pecador que se arrepende e as noventa e nove são os escribas e
fariseus que não sentiram necessidade de arrependimento.
• Parábola da moeda perdida (15.8-10)
Na segunda parábola, a moeda perdida, representa o pecador
arrependido, a mulher é o Espírito Santo, a lâmpada é a Palavra de Deus e as
outras nove moedas são os escribas e fariseus e todos os outros que são
orgulhosos demais para confessar seu estado pecaminoso.
• Parábola do lho pródigo (15.11-32)
Na parábola do lho pródigo (ou melhor, perdulário), Deus é descrito
como um pai que tem dois lhos. O lho mais novo retrata o pecador que
reconhece sua culpa. O lho mais velho ilustra os escribas e os fariseus e
todos os outros religiosos hipócritas que não se agradam que Deus estende
Sua misericórdia para pecadores incrédulos. Os impenitentes nunca trazem
contentamento ao coração de Deus.
• Parábola do administrador in el (16.1-13)
Jesus agora transfere sua atenção dos fariseus para dar uma lição sobre
mordomia aos Seus discípulos. Na parábola do mordomo in el, o homem
rico é o próprio Deus. O mordomo era claramente desonesto, mas ele
planejou o tempo em que sua mordomia iria terminar. Ele foi elogiado por
causa de sua previdência. Assim como ele tomou medidas para assegurar
que teria amigos durante sua aposentadoria, assim o cristão deve usar os
bens de seu Mestre de tal forma a garantir um comitê de boas-vindas
quando ele chegar ao céu. Se formos éis em lidar com aquilo que é pouco
(dinheiro), então seremos éis em lidar com aquilo que é muito (tesouros
espirituais). Qualquer um que não é honesto com o dinheiro do Senhor não
pode esperar que Ele lhe con e verdadeiras riquezas. É impossível viver para
o dinheiro e para Deus ao mesmo tempo.
• O Reino e a lei (16.14-18)
Quando os fariseus zombaram destes ensinamentos, Jesus os
considerou como pessoas gananciosas e que se auto-justi cam. Uma nova
Dispensação havia começado e homens, especialmente coletores de
impostos e pecadores, estavam adentrando este novo tempo. No entanto, a
nova Dispensação não aboliu verdades morais básicas como a lei do
casamento.
• O homem rico e Lázaro (16.19-31)
Para concluir seu discurso sobre mordomia, o Senhor contou a história
do homem rico e Lázaro – duas vidas, duas mortes e dois futuros. O homem
rico foi para o Hades e o pobre ao seio de Abraão. O homem rico não foi
condenado por causa de sua riqueza; foi sua negligência para com o pobre
que mostrou que ele não tinha uma fé salvadora. O Antigo Testamento
ensinou que as riquezas eram um sinal da bênção e favor de Deus. Como
poderia um judeu rico ir para o Hades? O Senhor Jesus havia acabado de
inaugurar uma nova Dispensação. Daqui em diante, as riquezas são um teste
e não um sinal de bênção.
O Capítulo 16 termina com uma advertência solene aos fariseus e para
todos que vivem para o dinheiro. É um grande perigo para suas almas.
Como disse alguém: “É melhor mendigar o pão na terra do que mendigar
água no inferno”.
• Jesus adverte sobre escândalos (17.1-3a)
Jesus advertiu os discípulos sobre a seriedade de induzir outros a pecar,
dizendo que uma morte violenta por afogamento seria melhor!
• Perdão ilimitado (17.3b-6)
Outro perigo é recusar a perdoar repetidamente um irmão que se
arrepende repetidamente. O pensamento de perdoar sete vezes em um dia
fez os discípulos pedir um acréscimo de fé. O Senhor respondeu que não era
uma questão de quantidade de fé, mas na qualidade e no fato de usar
efetivamente a fé que possuíam.
• Fé e dever (17.7-10)
O servo de Cristo deve “estar disposto a aceitar uma carga após a outra,
sem esperar qualquer reconhecimento” (Hession). Não importa quão
incansavelmente servimos ao Senhor, continuamos sendo servos inúteis que
realizamos somente nosso dever.
• Jesus cura os dez leprosos (17.11-19)
A história dos dez leprosos destaca o pecado da ingratidão. Todos
foram curados, mas somente um voltou para agradecer ao Senhor e este era
um samaritano e não um judeu. Enquanto os nove foram libertos somente
da lepra, o décimo foi liberto também do pecado.
• A natureza do Reino de Deus (17.20-21)
Respondendo a uma interrogação de um fariseu, o Senhor disse que o
Reino de Deus não viria com sinais visíveis, mas que já estava no meio deles,
isto é, o Rei estava presente com eles.
• Jesus prenuncia sobre os falsos cristos no nal (17.22-25)
Então Ele lhes disse que viria o tempo quando os discípulos teriam
saudades daqueles dias em que Jesus estava com eles na terra e quando
tinham comunhão com Ele. Falsos cristos se levantariam e haveria falsos
rumores sobre a Vinda do Messias. Na verdade, Sua Segunda Vinda será tão
visível e inconfundível como o relâmpago. Mas, primeiramente, Ele deveria
sofrer e ser rejeitado.
• Ilustrações do período do Advento (17.26-37)
Anterior à Segunda Vinda de Cristo, as pessoas estarão vivendo como
se fazia nos dias de Noé e Ló, indiferentes à destruição repentina que
enfrentarão (v.26-29).
Naquele dia, tentativas de salvar posses materiais será fatal; somente
aqueles que fugirem sem olhar para trás irão escapar. A verdadeira
segurança se encontrará em perder sua vida por causa de Cristo. Será um
tempo de separação, em que alguns serão levados para julgamento e outros
poupados para entrar no Reino de Cristo. O julgamento cairá sobre toda
forma de incredulidade e rebelião contra Deus, com os abutres
representando o julgamento divino e as carcaças representando tanto o
judaísmo apóstata como o cristianismo apóstata (v.30-37).
• Parábola da viúva persistente (18.1-8)
A parábola da viúva perseverante ensina que devemos ser
incansavelmente persistentes em nossas orações e que Deus vingará Seu
povo oprimido que ora desta forma. Jesus questionou se Ele acharia fé igual
à dessa viúva quando voltasse a terra. Quando observamos o declínio
espiritual dos dias atuais, admitimos que Sua pergunta é muito pertinente.
• Parábola do fariseu e do cobrador de impostos (18.9-14)
A parábola do fariseu e do cobrador de impostos focaliza as pessoas
que se auto-justi cam e que desprezam os outros. O fariseu fez toda uma
encenação sem orar de verdade. O cobrador de impostos tomou o lugar de
um pecador, chorou diante de Deus por misericórdia e foi para casa
justi cado.
• Jesus ama as criancinhas (18.15-17)
Os discípulos estavam irritados com as mães que traziam suas crianças
a Jesus e tentaram afastá-las dEle, mas Jesus usou este fato para ensinar que a
fé simples e a humildade de uma criança são as qualidades que lhe dão
acesso ao Reino.
• O jovem rico (18.18-23)
Um jovem rico perguntou a Jesus o que deveria fazer para herdar a vida
eterna. O Senhor usou a Lei para tentar condená-lo pelo seu pecado, mas o
jovem se orgulhou pelo fato de ter sempre guardado a Lei. Em resposta,
Jesus disse: “Se você ama seu próximo como a você mesmo, venda suas
posses, dê aos pobres e venha Me seguir”. O jovem cou muito triste porque
era muito rico e não estava disposto a entregar suas riquezas.
• Recompensas do Reino (18.24-30)
Então o Senhor comentou sobre a impossibilidade das pessoas ricas
entrarem no Reino. O amor e a dependência deles pelo dinheiro os impede
de con ar no Salvador. Quando Pedro lembrou o Senhor que os discípulos
tinham deixado tudo para seguí-lO, o Salvador assegurou-lhes que uma vida
de sacrifício assim receberá dividendos agora e na vida futura.
• Jesus novamente prediz Sua morte e ressurreição (18.31-
34)
Agora, Jesus toma os discípulos e prediz Sua morte e ressurreição com
precisão perfeita, mas por alguma razão eles não puderam compreender.
• Jesus cura um cego (18.35-43)
O Senhor Jesus agora deixa a Peréia, cruzando o Rio Jordão e vai aos
arredores de Jericó. Um pedinte cego reconheceu-O como o Messias e
clamou insistentemente por visão. Pela palavra do Senhor, o homem recebeu
a visão, tornou-se um seguidor do Senhor e glori cou a Deus.
• Jesus visita a casa de Zaqueu (19.1-10)
A história de Zaqueu reforça a verdade de 18.27, mostrando que para
Deus é possível também a conversão de um homem rico. Em razão de ser
um homem baixo, este coletor de impostos incomum subiu em uma árvore
para ver Jesus. O Senhor o viu e Se ofereceu para ir à sua casa. Zaqueu creu
no Senhor e, como resultado de sua salvação, determinou dar metade de
suas posses aos pobres e de restituir a qualquer um que tenha defraudado.
Quando a oposição criticou Jesus, por comer com pecadores como Zaqueu e
seus amigos, Ele disse que havia vindo para buscar e salvar os perdidos.
• A parábola das minas (19.11-27)
Na parábola das minas, Jesus é o homem nobre, Seus discípulos são os
dez servos e os concidadãos são a nação judaica. As dez minas representam
coisas que todos os discípulos têm em comum – o tempo, o Evangelho, a
responsabilidade de testemunhar de Cristo, etc. O povo judeu (concidadãos)
rejeitou Cristo como seu Messias e Rei. Os servos (discípulos) são julgados
de acordo com seu investimento das minas. Os primeiros recebem posições
de autoridade, de acordo com o seu ganho. O terceiro, representando as
pessoas ímpias, perde tudo. Os concidadãos são denunciados como inimigos
e condenados à morte. A parábola desfaz a impressão que o Reino de Deus
apareceria imediatamente (veja versículo 11), mostrando que haveria um
intervalo entre a Primeira e a Segunda Vinda de Cristo em que seus
discípulos estariam servindo-O ativamente.
6. A ÚLTIMA SEMANA EM JERUSALÉM CULMINA COM A
MORTE DE JESUS (CAP. 19.28 - 23.49)
• A entrada triunfal (19.28-40)
No domingo antes de Sua cruci cação, Jesus chegou ao Monte das
Oliveiras e enviou dois discípulos buscar o lhote de um jumento, para que
Ele o montasse a caminho de Jerusalém. As pessoas zeram um tapete de
suas roupas e espalharam suas vestes pelo caminho. Ao entrar na cidade,
Seus seguidores romperam em louvor. Os fariseus estavam indignados, mas
Jesus respondeu que se Seus discípulos não O aclamassem, as pedras o
fariam!
• Jesus chora por Jerusalém (19.41-44)
Chegando perto de Jerusalém, Cristo chorou pela cidade que havia
desperdiçado sua chance. Se as pessoas O tivessem recebido, haveria paz
para eles, mas agora era tarde demais. Eles O rejeitaram e estavam
condenados à destruição. Este juízo aconteceu no ano de 70 d.C. quando
Tito destruiu Jerusalém.
• A limpeza do Templo (19.45-48)
Chegando a fase nal de Seu breve ministério, o Salvador entrou nos
pátios do Templo e expulsou os cambistas pela segunda vez (a primeira vez
foi no inicio de seu ministério público, cfe. João 2.13-17).
Os lideres judeus buscavam uma desculpa para matar Jesus, mas as
pessoas comuns ainda admiravam este Nazareno que realizava milagres.
• A autoridade do Rei é desa ada (20.1-8)
Quando os principais sacerdotes e escribas, insolentemente,
questionaram a autoridade de Jesus, Ele perguntou se o ministério de João
Batista era ordenado por Deus ou somente da autoridade humana. Se eles
dissessem que era de Deus deveriam se arrepender e receber o Messias a
Quem João anunciava. Se dissessem que era de autoridade humana, eles
enfureceriam o povo, que reconhecia João como um profeta de Deus.
Quando se recusaram a responder, Jesus também não lhes respondeu.
• Parábola da vinha (20.9-19)
Na parábola da vinha, Deus é o dono da vinha. Ele arrendou a vinha
(Israel) para lavradores (os líderes da nação). Os servos, a quem Ele enviou
para coletar os frutos, eram os profetas. Quando os lavradores rejeitaram
estes servos, Deus enviou Seu Filho, mas os lavradores O expulsaram da
vinha e O mataram. Jesus então anunciou que aqueles malvados lavradores
seriam destruídos e que Deus traria os gentios para uma posição
privilegiada. Os construtores judeus haviam rejeitado a Cristo, a Pedra, mas
Deus estava determinado a dar-Lhe uma posição de preeminência,
tornando-O a pedra de esquina. Aqueles que caíssem sobre Ele seriam
destruídos (a nação judaica foi destruída pelos romanos). Quando Ele voltar
dissipará os incrédulos como poeira.
• Submissão a César (20.20-26)
Alguns espias dos líderes religiosos tentaram trapacear o Senhor,
perguntando se era certo para um judeu pagar tributos a Cesar. Uma
resposta negativa O faria culpado de traição, ao passo que uma resposta
positiva alienaria os herodianos e a maioria do restante dos judeus.
Emprestando um denário, o Senhor respondeu, “Dai, pois, a César o que é de
César e a Deus o que é de Deus”. Foi uma resposta perfeita.
• Sete irmãos e uma noiva (20.27-38)
Os saduceus tentaram apoiar sua recusa da ressurreição corporal com
uma história ridícula e, na prática, impossível. Uma mulher casou com sete
irmãos numa rápida sucessão, mas ela morre sem lho algum. “...no dia da
ressurreição, de qual deles será esposa?”, perguntaram eles. Jesus respondeu
que o relacionamento de casamento não continua no céu. Ele citou Êxodo
3.6 para mostrar o caráter de Deus como o Deus dos vivos e não de mortos.
• Filho de Deus e Filho do Homem (20.39-44)
Quando os escribas pareciam admitir a força de seu argumento, Ele
citou o Salmo 110.1 e perguntou-lhes como o Messias poderia ser o Senhor
e o Filho de Davi ao mesmo tempo. Ele mesmo era a resposta; como Deus,
Ele era o Senhor de Davi, como Homem, Ele era o Filho de Davi.
• Jesus pronuncia os “ais” aos escribas (20.45-47)
Então o Senhor sendo ouvido pela multidão, advertiu os discípulos a se
guardarem dos escribas. Jesus disse que eles ngiam piedade, amavam as
honrarias, conseguiam os lugares de destaque, mas ao mesmo tempo
roubavam as viúvas e faziam longas orações. A hipocrisia seria severamente
castigada.
• As moedas da viúva (21.1-4)
Ao ver as pessoas depositando suas ofertas no gazo lácio do Templo, o
Salvador destacou que uma pobre viúva havia lançado mais do que todos os
outros, porque deu tudo o que tinha (ela poderia, a nal, ter guardado uma
das moedas para suas próprias necessidades – já que era uma moeda tão
pequena).
• Sinais do m dos tempos (21.5-33)
Nos versículos 5-33, Jesus esboça os futuros eventos nos quais a
destruição de Jerusalém parece coincidir com Sua Segunda Vinda:
- A destruição de Jerusalém (v.5-6).
- Um retrato geral dos eventos que precedem Sua Segunda Vinda (v.7-
19).
- A queda de Jerusalém seguida da Tribulação (v.20-24).
- Os sinais que antecedem Sua vinda e a proximidade da redenção
nacional de Israel (v.25-26).
- O sinal da gueira e de todas as árvores, isto é, o restabelecimento de
Israel como uma nação e o aumento do nacionalismo por todo o mundo
(v.29-33).
• Vigilância por Sua Vinda (21.34-38)
O capítulo encerra com uma advertência para estarmos atentos e um
apelo para vigiar e orar por Sua Vinda.
O Salvador ensinou diariamente na área do Templo e então dormiu na
entrada do Monte das Oliveiras. Cada manhã as pessoas voltavam para ouvi-
lO ensinar mais.
• O Plano para matar Jesus (22.1-2)
Os líderes religiosos estavam buscando uma forma de matar Jesus sem
enfurecer o povo.
• Trinta moedas de prata (22.3-6)
Ao se aproximar a Páscoa, Judas fez uma terrível barganha para trair
Jesus por uma quantia xa.
• Celebrando a Páscoa (22.7-20)
O Senhor enviou Pedro e João à cidade, para preparar a refeição da
Páscoa. Ali, em um aposento no andar de cima, Ele e os discípulos passaram
a Páscoa e a primeira Ceia do Senhor.
• Jesus prediz a traição de Judas (22.21-23)
Judas estava presente para a Páscoa, mas, após ser lhe passado aquele
pedaço de pão especial, saiu (João 13.30) e não esteve presente para a Ceia.
A traição, sofrimentos e morte de Jesus eram inevitáveis, mas Judas
deliberadamente escolheu o papel do traidor.
• Os discípulos discutem sobre grandeza (22.24-30)
Neste momento crucial, quando a morte do Salvador se aproximava, os
discípulos estavam, na verdade, discutindo sobre quem deles era o maior!
Jesus pacientemente lembrou-lhes que Seus seguidores demonstram
grandeza tomando o lugar do menor e servindo. Então, graciosamente,
elogiando-os por permanecer com Ele em Suas a ições, prometeu aos
discípulos posições de autoridade em seu Reino.
• Jesus prediz a negação de Pedro (22.31-34)
Além da traição de Judas e da ambição egoísta dos discípulos,
aconteceriam as negações de Pedro. Satanás queria peneirar Pedro, mas
Jesus orou por ele e ele seria restaurado e acabaria fortalecendo os outros
discípulos.
• Bolsa, alforje e espada (22.35-38)
Agora o Senhor emitiu novas ordens para a guerra. Como estava
prestes a deixar os discípulos, seria necessário que zessem provisão para
suas necessidades atuais – uma bolsa, um alforje e uma espada. Os
discípulos não compreenderam a referência dEle quanto à espada, pensando
que deveriam usar espadas para protegê-lO da morte. Até mesmo
comentaristas modernos se confundem quanto à referência de Jesus sobre a
espada, no versículo 36.
• A agonia no jardim (22.39-46)
Após a Ceia do Senhor, o Salvador foi com os discípulos ao Jardim do
Getsêmani. Então, deixando-os sozinhos, foi e orou três vezes para que
aquele cálice passasse, mas, acima de tudo, que a vontade de Deus fosse feita.
Em cada vez que retornava, via os discípulos dormindo.
• Traição e aprisionamento no Getsêmani (22.47-53)
Então Judas, chegando com uma turba para prender o Filho de Deus, O
identi cou com um beijo. Um dos discípulos (Pedro) tentou resgatar o
Senhor, cortando a orelha do servo do sumo sacerdote, mas Ele repreendeu
Pedro e curou o servo. Daí Jesus apontou para a inconsistência dessa prisão,
pois era apenas um calmo Mestre e não um rebelde violento. Sabia, porém,
que agora era o tempo deles e por isso não reagiu.
• Jesus perante Caifás (22.54-65)
A turba levou Jesus ao sumo sacerdote para um falso julgamento. Fora,
no pátio, Pedro negou o Senhor três vezes, assim como o Salvador havia
predito.
Os guardas que detinham Jesus zombavam dEle e O espancavam,
vendaram os olhos, bateram nEle e O provocavam, pedindo que profetizasse
quem estava batendo.
• Jesus perante o Sinédrio (22.66-71)
Ao amanhecer, levaram Jesus ao Sinédrio. Os membros do concílio
perguntaram-Lhe se era o Messias. O Senhor sabia que era inútil discutir o
assunto, mas os advertiu que um dia estaria sentado à destra de Deus.
Quando Lhe perguntaram se Ele era o Filho de Deus, Jesus con rmou. Para
eles, isso era blasfêmia e merecia pena de morte.
• Jesus perante Pilatos (23.1-12)
Após sua apresentação perante o Sinédrio na sexta pela manhã, o
Senhor Jesus foi trazido perante Pilatos e acusado de apoiar a desobediência
a Roma, proibindo os judeus de pagar impostos e de fazê-lo rei. Jesus disse
que era o Rei dos judeus. Pilatos o considerou inocente, mas a turba insistiu
e, então, Pilatos enviou Jesus a Herodes. O Senhor recusou-Se a responder às
perguntas insolentes de Herodes, então este rei iníquo zombou dEle e O
enviou de volta a Pilatos.
• Barrabás é solto (23.13-25)
Embora convencido que Jesus era inocente, Pilatos apaziguou a
multidão soltando Barrabás, um criminoso famoso e entregou Jesus para ser
cruci cado.
• Jesus é cruci cado (23.26-43)
Muitas mulheres choravam e lamentavam quando o Senhor foi levado,
mas Ele lhes disse para lamentarem por elas mesmas, por seus lhos e pela
terrível destruição que atingiria a cidade.
Chegando ao Calvário, os soldados cruci caram o Senhor da vida e
glória, com um criminoso em cada lado. Após isso, se seguiram a oração do
Senhor pelo perdão de Deus àquelas pessoas, a divisão de Suas vestes, a
zombaria dos o ciais e soldados, a inscrição colocada sobre Ele e a
conversão de um dos malfeitores.
• Cristo morre pelos incrédulos (23.44-49)
A escuridão cobriu a terra do meio-dia até às três da tarde. O véu do
Templo foi rasgado de cima para baixo. Entregando Seu espírito ao Pai, Jesus
morreu. A história é contada com grande simplicidade, mas vai exigir a
eternidade para que seu signi cado seja entendido.
7. O SEPULTAMENTO, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO DE
CRISTO (CAP. 23.50-24.53)
• Cristo é sepultado na tumba de José (23.50-56)
Um membro do Sinédrio, chamado José de Arimatéia, um crente
secreto, foi até Pilatos e obteve permissão para levar o corpo de Jesus e
enterrá-lo. Ele envolveu o corpo em um lençol de linho e o colocou em um
sepulcro novo, feito de rocha sólida. Mulheres éis da Galiléia
acompanharam José e resolveram voltar com mais especiarias e bálsamos
para o corpo dAquele que amavam.
• As maravilhosas boas notícias (24.1-12)
Após descansar no sábado, as mulheres voltaram ao túmulo com
aromas e o encontraram aberto e sem o corpo do Senhor! Dois anjos
asseguraram-lhes que Jesus havia ressuscitado, assim como havia prometido
quando estava com eles, na Galiléia (v.1-8).
Elas se apressaram para levar as boas notícias à cidade, mas os onze não
acreditaram. Mesmo após Pedro ter visto por si mesmo, ainda continuava
perplexo (v.9-12).
• A estrada a Emaús (24.13-27)
Mais tarde naquele dia, o Senhor ressurreto apareceu a dois discípulos
ao retornarem para Emaús. Sem perceberem Quem era, eles Lhe contaram
dos eventos traumáticos dos últimos dias. Ele lhes mostrou que tudo que
havia acontecido era exatamente o que os profetas predisseram concernente
ao Messias.
• Jesus é reconhecido pelos discípulos de Emaús (24.28-35)
Eles não reconheceram o Salvador senão após entrarem em sua casa e
tomarem a refeição.
Então Ele desapareceu e os dois discípulos voltaram a Jerusalém para
contar aos onze tudo que aconteceu.
• A grande comissão (24.36-49)
No domingo à noite, os discípulos estavam tomados de pavor quando
Jesus apareceu no recinto. Somente quando Ele lhes mostrou as cicatrizes de
Sua paixão em Suas mãos e pés, começaram a compreender. Para poder
convencê-los que realmente era Ele, comeu peixe assado e favo de mel com
eles. Então explicou aos discípulos como Sua ressurreição era o
cumprimento daquilo que lhes havia falado e das escrituras do Antigo
Testamento. Já que eram testemunhas da ressurreição, eram responsáveis
para pregar arrependimento e perdão de pecados entre todas as nações
(v.36-48). Mas eles deveriam primeiramente esperar pela vinda do Espírito
Santo em Jerusalém (v.49).
• A ascensão (24.50-53)
Quarenta dias após sua ressurreição, Jesus levou seus discípulos à parte
leste do Monte das Oliveiras, os abençoou e depois ascendeu aos céus. Eles
adoraram e depois voltaram a Jerusalém com as notícias. Eles gastaram os
dez dias seguintes louvando e bendizendo ao Senhor nos pátios do Templo.
Assim encerra o que o cético francês Renan chamou de “o livro mais
lindo do mundo”.
O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO

INTRODUÇÃO

PROPÓSITO SINGULAR DE JOÃO


João, o lho de Zebedeu e o “discípulo a quem Jesus amava”, dá o
propósito de seu Evangelho em João 20.31: “Estes, porém, foram registrados
para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome”. Isto faz com que somente este Evangelho tenha o
ímpeto evangelístico, embora, naturalmente, todos os Evangelhos levem a
Cristo como o Salvador. Este retrato de Jesus como Filho de Deus e Salvador
do mundo é enfatizado ao longo de toda esta narrativa.
CONTEÚDO ÚNICO E DATA DE JOÃO
Mais de 90% do conteúdo de João é único e não é encontrado nos
outros Evangelhos. Acredita-se que ele escreveu no m do primeiro século
(algo em torno de 85-95 d.C.) e propositadamente suplementou Mateus,
Marcos e Lucas. O ministério na Judéia, por exemplo, é encontrado somente
em João (1.15-4.54).
OS SETE “EU SOU” DE JOÃO
Os sete “Eu sou” deste Evangelho são familiares: o Pão da Vida; a Luz
do Mundo; a Porta: o Bom Pastor; a Ressurreição e a Vida; o Caminho, a
Verdade e a Vida; e a Videira. Nem tão familiares são as sete vezes em que
Jesus Se referiu como EU SOU sem nenhuma descrição a mais (4.26; 6.20;
8.24, 28, 58; 13.19; 18.5, 8. A última ocorrência é dupla). Ao usar este título,
Ele fez uma reivindicação direta de ser o YAHWEH do Antigo Testamento
(o “EU SOU”, do verbo hebraico “ser”).
OS SETE SINAIS DE JOÃO
Há sete milagres ou sinais públicos, designados a mostrar que Jesus é
Deus: a transformação de água em vinho; a cura do lho de um o cial; a
multiplicação de pães para a multidão de 5.000 homens; a caminhada sobre
o Mar da Galiléia; a cura do cego de nascença e a ressurreição de Lázaro
dentre os mortos. Além disso, após Sua ressurreição, Ele proporcionou uma
pesca milagrosa para Seus discípulos.

ESTILO E MATERIAL DE JOÃO


O vocabulário e a estrutura das frases de João são geralmente simples;
entretanto, os pensamentos que ele expressa são inesgotáveis.

ESBOÇO DO EVANGELHO DE JOÃO


1. Prólogo: A Palavra eterna se torna carne (1.1-14)
2. O testemunho de João Batista sobre Jesus (1.15-34)
3. O primeiro ano do ministério de Jesus (1.35–4.54)
4. O ministério em Jerusalém durante o segundo ano (Cap. 5)
5. O ministério na Galiléia durante o terceiro ano (Cap. 6)
6. O ministério em Jerusalém durante o terceiro ano
(7.1 – 10.39)
7. O ministério na Peréia durante o terceiro ano (10.40 – 11.57)
8. O ministério público nal (Cap.12)
9. O discurso do cenáculo (Cap.13–16)
10. A oração sacerdotal de Jesus (Cap.17)
11. A traição, julgamentos e cruci cação (Cap.18–19)
12. A ressurreição (Cap.20)
13. O Cristo ressurreto com os Seus na Galiléia (Cap.21)
1. PRÓLOGO: A PALAVRA ETERNA SE TORNA CARNE
(CAP. 1.1-14)
Jesus é a Palavra eterna (o Logos), que estava com Deus, é Deus, é
Criador, Vida e Luz. João Batista testi cou que Ele era a Luz verdadeira. A
Palavra se encarnou e habitou neste mundo. Ele foi rejeitado por Seu
próprio povo, os judeus, mas aqueles que O recebem, judeus ou gentios, se
tornam lhos de Deus por um nascimento espiritual sobrenatural.
2. O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA SOBRE JESUS
(CAP. 1.15-34)
• A exposição de Deus por Jesus (1.15-18)
João anunciou que a Palavra era pré-existente, que Ele trouxe graça e
verdade em vez da lei e que era o Filho de Deus que revelou a Deus
totalmente.
• O testemunho de João aos sacerdotes e levitas (1.19-28)
Quando o Sinédrio enviou uma delegação para identi car João que
estava batizando no Rio Jordão, ele disse que não era o Messias, ou Elias ou
o Profeta que Moisés havia prometido. Como o precursor do Messias, ele
batizou somente com água e não se considerava digno de ser comparado
com o próprio Messias.

• O testemunho de João no batismo de Cristo (1.29-34)


No dia seguinte, João identi cou Jesus publicamente como o Cordeiro
de Deus, o Messias de Israel, Aquele que batiza com o Espírito Santo, o Filho
de Deus. Ele primeiramente reconheceu Jesus como o Messias quando viu o
Espírito descendo sobre ele em Seu batismo.
3. O PRIMEIRO ANO DO MINISTÉRIO DE JESUS
(CAP. 1.35-4.54)
• Os primeiros discípulos de Jesus (1.35-51)
Dois dos discípulos de João viram Jesus e O seguiram. Um deles,
André, foi e trouxe seu irmão Pedro e o apresentou a Jesus. No dia seguinte,
Jesus chama Filipe e este, por sua vez, trouxe Natanael. Este último, de início
foi cético, mas logo reconheceu Jesus como o Filho de Deus e Rei de Israel.
O Senhor prometeu que sua fé seria recompensada com maiores visões.
• O casamento em Caná (2.1-11)
O primeiro milagre de Jesus foi a transformação de água em vinho em
um casamento em Caná. Foi o melhor vinho e foi produzido em
abundância.
• Cristo promove a limpeza do Templo (2.12-22)
Após uma breve visita a Cafarnaum, o Senhor foi a Jerusalém para a
Páscoa. Ali Ele expulsou os cambistas para fora dos pátios do Templo, uma
demonstração de zelo pela casa de Seu Pai. Quando os judeus Lhe pediram
um sinal, os encorajou a destruir “este templo” e Ele o levantaria em três dias.
Eles entenderam que Ele fez referência ao Templo construído por Herodes,
mas Ele quis dizer Seu corpo. Foi somente após a ressurreição que seus
discípulos se lembraram disso e o compreenderam.
• Cristo conhece a todos os homens (2.23-25)
Na Páscoa, muitas pessoas professavam crer em Jesus quando viam
milagres, mas Ele sabia que eram crentes apenas nominais e não discípulos
genuínos.
• Você tem que nascer de novo (3.1-21)
Nicodemos era um rígido fariseu e um dos principais sacerdotes.
Quando Jesus lhe disse que teria que nascer de novo para entrar no Reino de
Deus, Nicodemos pensou na impossibilidade de experimentar o nascimento
físico novamente. Então o Senhor lhe explicou que o novo nascimento é
uma obra misteriosa, maravilhosa e miraculosa do Espírito de Deus e isto
acontece quando um pecador crê no lho unigênito de Deus. Aquele que crê
tem a vida eterna, mas aquele que não crê já está condenado. Naturalmente
falando, as pessoas não querem crer porque amam a escuridão moral
(pecado) mais do que a luz (justiça).
• João batista exalta Jesus (3.22-36)
Por um tempo, Jesus e João Batista exerceram ministérios paralelos na
Judéia. Quando os judeus disseram a João que Jesus estava, aparentemente,
atraindo mais pessoas, João disse que assim teria que ser, de fato. Jesus era o
Messias, João não era. Jesus era o Noivo, João era apenas Seu amigo. Jesus
deve crescer, João deve diminuir. Jesus era de origem celestial, João era de
pais humanos. Apesar disso, poucas pessoas estavam dispostas a receber os
ensinamentos do Salvador. Mas aqueles que realmente creram nEle
receberam a oferta da salvação de Deus e ganharam a vida eterna. Aqueles
que não creram colocaram-se debaixo da ira de Deus.
• Uma mulher samaritana encontra seu Messias judeu (4.1-
30)
Talvez os discípulos de João estavam com inveja que Jesus, através de
Seus discípulos, estava batizando mais pessoas que João. Seja qual for a
razão, Jesus deixou a Judéia e iniciou Seu ministério ao norte da Galiléia. No
caminho, Ele parou no poço de Jacó em Samaria e pediu água para uma
mulher. Na conversa que se seguiu, o Senhor lhe falou sobre a água viva que
satisfaz eternamente, expôs a necessidade que ela tinha dessa água (ela
estava vivendo em pecado) e revelou a verdadeira forma de adoração.
Voltando de suas incumbências, os discípulos caram surpresos por
encontrá-lO falando com uma mulher, principalmente, por ser uma
samaritana! Então a mulher voltou a Sicar com as notícias de que havia
encontrado o Messias, o que resultou no a uxo de pessoas para vê-lO.
• A ceifa das almas (4.31-38)
Quando os discípulos expressaram a preocupação de que Jesus não
havia comido, ele explicou que a alegria de fazer a vontade de Deus
transcendia a satisfação do apetite físico. Ele, então, os encorajou a
experimentar esta grande alegria, ceifando as almas nos campos que já
estavam maduros. Outros haviam semeado; eles tinham o privilégio de
colher o fruto do trabalho alheio.
• O Salvador do mundo (4.39-45)
Muitos samaritanos creram por causa do testemunho da mulher, outros
por causa das palavras do próprio Senhor. Hospedou-se com eles por dois
dias e então foi para a Galiléia onde teve uma melhor recepção do que na
Judéia.
• A cura do lho de um o cial (4.46-54)
Em Caná, um o cial do rei implorou que Jesus curasse seu lho.
Quando o o cial mostrou que ele não precisava de um sinal para crer, Jesus
disse: “teu lho vive”. Mais tarde o o cial descobriu que seu lho foi curado
no exato momento que o Senhor havia pronunciado estas palavras.
4. O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM DURANTE O SEGUNDO
ANO (CAP. 5)
• Cura no tanque de Betesda (5.1-9)
Quando Jesus foi a Jerusalém para uma das festas judaicas, Ele curou
um homem que era aleijado havia 38 anos. Este homem havia tentado, sem
sucesso, entrar no Tanque de Betesda para ser curado, mas os outros sempre
chegavam antes dele. Jesus ordenou que tomasse seu leito e ele foi curado
instantaneamente.
• Uma reação negativa (5.10-16)
Alguns judeus criticaram o homem por carregar seu leito em um
sábado, embora eles nunca tivessem sido capazes de ajudá-lo, mas
receberiam a cura abertamente em qualquer dia da semana se fosse para eles
mesmos. Naquele momento, ele não conseguia identi car Aquele que o
curou, mas após encontrar o Senhor nos pátios do Templo, disse aos judeus
que foi Jesus que o deixara bem. E então os judeus, furiosos, tentaram matar
Jesus por, supostamente, descumprir o descanso do sábado.
• Igualdade do Pai e do Filho (5.17-27)
Eles caram ainda mais resolutos em seus esforços quando Jesus
reivindicou ser igual a Deus por chamá-lO de Pai. Ele lhes respondeu
dizendo que fazia tudo o que Seu Pai realizava; mantendo-se igual a Deus
em conhecimento e em poder para ressuscitar os mortos; dizendo que o Pai
havia delegado todo julgamento a Ele; a rmando o direito de igual honra
com o Pai; reivindicando ser igual a Deus em dar a vida eterna e por ser
igual com o Pai em auto-existência.
• As duas ressurreições (5.28-30)
Jesus continuou dizendo que um dia todos os mortos ouviriam Sua voz
e ressurgiriam, embora em duas ressurreições distintas. Ele também
reivindicou que era tão moralmente perfeito que não poderia agir por Sua
própria vontade, mas somente em obediência à vontade do Pai.
• Os quatro testemunhos (5.31-40)
Nos versículos restantes do capítulo, o Senhor Jesus descreveu os vários
testemunhos à Sua divindade. Ele reconheceu que Seu testemunho
concernente a Ele mesmo, embora verdadeiro, não seria considerado
adequado. Entretanto, também tinha o testemunho de João Batista, de Suas
obras, de Seu Pai e das Escrituras do Antigo Testamento.
• A honra dos homens versus a honra de Deus (5.41-47)
O problema dos judeus se encontrava em sua própria vontade; eles não
queriam vir até Cristo. Eles amavam a si mesmos em vez de amarem a Deus.
Estavam mais interessados na aprovação dos homens do que na de Deus.
Não queriam recebê-lO, mas nos tempos futuros receberiam o Anticristo.
Jesus não os acusaria perante o Pai; os escritos de Moisés seriam su cientes
para condená-los.
5. O MINISTÉRIO NA GALILÉIA DURANTE O TERCEIRO
ANO (CAP. 6)
• Alimentando os cinco mil (6.1-14)
Em algum lugar, ao leste ou ao norte do Mar da Galiléia, o Senhor
multiplicou cinco pães e dois peixes pequenos que puderam alimentar 5.000
homens, mais mulheres e crianças e ainda encheram 12 cestos com as
sobras. Como resultado, muitos creram que era o profeta prometido e
esperavam que Ele os libertasse do jugo romano.

• Andando sobre as águas (6.15-21)


Para escapar do desejo carnal de torná-lO rei, Jesus foi sozinho ao topo
de uma montanha. Quando os discípulos estavam voltando de barco para
Cafarnaum, levantou-se uma tempestade. Jesus veio andando sobre as águas
até eles e então acalmou a tempestade e revelou-Se como o grande “EU
SOU” (“Sou eu”). Imediatamente chegaram ao seu destino.
• Multidão segue Jesus a Cafarnaum (6.22-24)
No dia seguinte, a multidão seguiu Jesus pelo mar da Galiléia a
Cafarnaum. Suas perguntas culminaram no discurso do Pão da Vida. Em
um primeiro momento, Jesus lhes respondeu com declarações simples e
compreensíveis, mas como a incredulidade deles se tornava cada vez mais
forte, Seu ensino se tornou mais profundo.
• Comida perecível e vida eterna (6.25-27)
A pergunta inicial deles parecia evidenciar um interesse pelo Senhor,
mas Ele lhes disse que estavam interessados somente porque os havia
alimentado. Eles deveriam trabalhar por comida espiritual, que garantiria
vida eterna.
• A obra de Deus é crer em Cristo (6.28-29)
Que tipo de obra é esta?, perguntaram-Lhe. A resposta dEle foi “Crer
em mim”.
• Jesus, o Pão do Céu (6.30-33)
Eles pediram um sinal, como o maná que Moisés deu. Ele respondeu
que o maná não dava vida, mas o verdadeiro Pão de Deus dá a vida.
• Jesus, o Pão da Vida (6.34-40)
Eles pediram, “...dá-nos sempre desse pão”, ao que Ele respondeu,
“venha, ...e creia”. Mas Ele sabia que não estavam dispostos a crer.
Entretanto, também sabia que a vontade de Deus triunfaria, apesar da falta
de fé deles.
• Apropriar-se de Jesus traz vida eterna (6.41-51)
Os judeus se ofenderam por Ele ter a rmado que desceu do céu. Então
Jesus lembrou-lhes que existem dois lados para a salvação. Primeiro, Deus
traz a pessoa. Então esta pessoa deve crer nEle para ter vida eterna. Isso é o
mesmo que comer o Pão vivo e comer a Sua carne.
• Jesus ensina sobre Seu corpo e sangue (6.52-59)
A multidão cou confusa pela declaração que Ele daria sua carne para
comer. Ao invés de explicar, o Senhor insistiu que a única forma de obter
vida eterna é comer de Sua carne e beber Seu sangue. Sabemos que isto
signi ca crer nEle, mas Jesus não explicou isso por causa da incredulidade
deles.
• Muitos seguidores abandonam Jesus (6.60-66)
Muitos se ofenderam com a idéia de comer carne humana e beber
sangue. Ele respondeu que a di culdade de fazer isto literalmente
aumentaria quando ascendesse ao céu. Mas Ele não quis dizer que deveriam
comer Sua carne literalmente, mas “comer” Suas palavras, isto é, crer
naquilo que dizia.
• A con ssão de fé de Pedro (6.67-71)
A partir deste momento muitos discípulos nominais O deixaram. Mas
Pedro disse, “...nós [os doze] temos crido e conhecido que tu és o Santo de
Deus”. O Senhor respondeu, de fato, não os doze entre vocês – somente
onze, porque sabia que Judas O trairia.
6. O MINISTÉRIO EM JERUSALÉM DURANTE O TERCEIRO
ANO (CAP. 7.1-10.39)
• A incredulidade dos irmãos de Jesus (7.1-9)
No tempo da Festa dos Tabernáculos os irmãos de Jesus, com desprezo,
sugeriram que Ele fosse à Judéia mostrar Suas obras. Ele respondeu que
ainda não era o tempo de Deus para Sua manifestação pública. Eles viviam a
seu bel-prazer sem considerar a vontade de Deus. Não precisavam enfrentar
o ódio do mundo porque pertenciam a esse mundo.
• Jesus ensina na Festa dos Tabernáculos (7.10-24)
Após Seus irmãos partirem, Jesus realmente foi a Jerusalém sozinho.
Alguns judeus O procuraram, alguns O adoraram e alguns O condenaram,
mas nenhum se atrevia a apoiá-lO abertamente.
Na metade da festa, o Senhor começou a ensinar nos pátios do Templo.
Ele disse que Sua doutrina era de Deus e se alguém sinceramente desejasse
conhecer a verdade, Deus lhe revelaria. Ele acusou os judeus de quebrar a lei
de Moisés tramando um plano para matá-lO. Eles negaram isso, acusando-
O de estar possesso de demônios. Mas Ele lembrou da fúria deles quando
curou um homem no sábado, embora os judeus realizassem uma cirurgia
(circuncisão) nas crianças no sábado.
• A pessoa de Jesus é um mistério para o povo (7.25-29)
As pessoas de Jerusalém questionavam porque os líderes permitiram
que Jesus continuasse pregando sendo que, ao mesmo tempo, estavam
tramando matá-lO. Será que os líderes concluíram que era o Messias? Ele
não poderia ser o Messias, pensavam, porque sabiam quem Ele era e de
onde vinha. Jesus respondeu que O conheciam como Homem, mas não
perceberam que era também de Deus, uma reivindicação de Sua deidade.
• Jesus evita ser preso (7.30-36)
A dúvida do povo quanto a Jesus ser, de fato, o Messias impeliu os
líderes religiosos a enviar os guardas do Templo para prendê-lO. Jesus
confundiu os principais sacerdotes dizendo que logo os deixaria e que
estariam separados dEle para sempre.
• Jesus promete o Espírito Santo (7.37-39)
No último dia da festa, o Senhor prometeu publicamente que o Espírito
Santo viria e habitaria naqueles que cressem nEle – uma promessa que foi
cumprida no dia de Pentecostes.
• Opiniões divididas sobre Jesus (7.40-44)
Mais uma vez as pessoas expressaram opiniões diferentes concernentes
a Ele.
• Jesus rejeita os líderes (7.45-52)
Quando os guardas do Templo voltaram sem Cristo e falaram
favoravelmente dEle, os fariseus os acusaram de terem sido enganados.
Quando Nicodemos insistiu que Ele tivesse uma audiência justa, zombaram
dEle, perguntando se era um galileu ignorante.
Uma adúltera perante a Luz do Mundo (7.53-8.11)
Embora muitos manuscritos antigos do Novo Testamento não
contenham João 7.53 – 8.11, a maioria deles contém esta passagem.
Agostinho disse que foi tirada de alguns textos pelo medo de que encorajaria
imoralidade! O primeiro versículo do capítulo 8 está conectado com 7.53.
Quando a multidão foi para casa, Jesus, sem lar, foi para o Monte das
Oliveiras.
Na manhã seguinte Jesus voltou ao Templo. Ali os fariseus trouxeram
uma mulher que foi pega em adultério e então pediram o veredicto de Jesus,
querendo acusá-lO. (Por que eles não trouxeram também o homem
envolvido?) O Senhor sustentou a Lei, concordando que ela deveria ser
apedrejada, mas chamou qualquer um que não tivesse culpa para iniciar a
sentença. Quando ninguém se manifestou, disse a ela para ir e não pecar
mais. Esta benevolência é característica da atitude de nosso Senhor para
com os pecadores. Acreditamos que esta passagem seja autêntica.
• Jesus defende Sua pessoa (8.12-20)
Tudo que Jesus dizia provocava um duelo com os judeus. Quando Ele
anunciou ser a luz do mundo, negaram que o testemunho de uma pessoa
sobre ela mesma fosse aceitável como verdade. Ele insistiu que era válido
neste caso e que Seu Pai o con rmava. Eles, desdenhosamente, perguntaram
onde estava seu Pai. Jesus respondeu que, por causa da rejeição deles, não O
aceitando como Filho de Deus, cou impossível que eles conhecessem o Pai.
• Jesus prediz sua partida (8.21-29)
Jesus disse que deixaria os judeus, que eles O buscariam em vão,
morreriam em seus pecados e seriam eternamente impedidos de estar no
céu. Pensaram que Ele estava ameaçando o suicídio! Ele os repreendeu pela
sua ignorância espiritual e repetiu a sentença de condenação deles.
Respondendo a pergunta sobre quem Ele era, disse que era o Messias, como
sempre havia lhes falado. Havia muito que lhes poderia ser dito, mas Jesus
falou somente das coisas que seu Pai havia indicado. Depois que O
cruci cassem, saberiam que Ele era o Messias e o grande EU SOU, que
mantinha uma íntima comunhão com o Pai.
• A verdade vos libertará (8.30-32)
A todos que professaram acreditar nEle, o Senhor disse que a
obediência contínua à Sua Palavra provaria se realmente eram discípulos e
os livraria de seus pecados e faltas.
• Os judeus incrédulos que não eram descendentes
espirituais de Abraão (8.33-47) Isto reacendeu o debate com os
judeus incrédulos. Eles se vangloriavam que eram a semente de
Abraão e que nunca estiveram em escravidão. Repetindo sua
oferta de liberdade, Jesus disse que embora fossem descendentes
de Abraão, não eram seus lhos. Tinham o sangue dele em suas
veias, mas seus corações não herdaram a sua fé dele. Com o
desejo de matar Jesus, mostraram quem realmente era o seu pai –
Satanás. Disseram que não nasceram de fornicação (talvez
inferindo que Ele era) e que Deus era o Pai deles. Jesus lembrou-
lhes que se amassem a Deus, O amariam também. Não
conseguiram entender o uso gurativo de Suas palavras porque
não estavam dispostos a tolerar Seus ensinamentos. Eram
assassinos e mentirosos, assim como o pai deles, o Diabo. Não
criam em Jesus, apesar de não conseguirem achar um traço de
pecado nEle. Recusando a verdade, provaram que não
pertenciam a Deus.
• A verdadeira identidade de Jesus revelada (8.48-59)
Eles acusaram Jesus de ser um samaritano possuído por demônios. A
verdade é que Ele honrava seu Pai e não a Si mesmo e qualquer um que O
obedecesse nunca veria a morte (eterna). Os judeus desa aram esta última
declaração, destacando que Abraão e os profetas estavam mortos. Ele
deveria estar reivindicando ser maior que Abraão! Jesus respondeu que
aquele que chamavam de seu Deus era Aquele que O honrava. Disse que
conhecia Deus e era igual a Deus e se Ele negasse isso, estaria mentindo.
Então acrescentou que Abraão se alegrou esperando este dia acontecer, o dia
do Messias e cou feliz quando pôde vê-lO. Portanto Jesus a rmou ser o
cumprimento de todas as profecias messiânicas. Primeiramente os judeus O
ridicularizaram e depois se prepararam para apedrejá-lO, mas Ele escapou
do pátio do Templo.
• A cura de um cego de nascença (9.1-12)
Um homem nascido cego providenciou o trampolim para que Jesus
realizasse um milagre de cura. O Salvador ungiu os olhos do cego com terra
e saliva e então mandou que se lavasse e o milagre aconteceu – o cego
recebeu a visão imediatamente. Os vizinhos estavam todos cheios de
perguntas, às quais o homem respondeu da melhor maneira que podia.
• Os fariseus interrogam o convertido (9.13-17)
Perturbados porque uma cura se deu no sábado, os fariseus
interrogaram o homem. Ele lhes contou como aconteceu, negou que uma
pessoa que fazia milagre assim pudesse ser um pecador e disse que achava
que Jesus era profeta.
• Os fariseus interrogam os pais do convertido (9.18-23)
Depois os judeus interrogam os pais daquele homem, duvidando que
Jesus tivesse dado vista ao cego. Os pais con rmam a cura, mas recusam a se
envolver mais pelo medo de serem excomungados.
• Jesus fortalece a fé do convertido (9.35-38)
Quando o expulsaram, Jesus estava esperando por ele para revelar-Se
como o Filho de Deus. O homem creu e O adorou.
• Jesus ensina sobre a cegueira espiritual (9.39-41)
Então o Senhor comentou que o julgamento era o resultado inevitável
de Sua vinda. Aqueles que reconhecessem sua cegueira espiritual veriam;
aqueles que não tivessem nenhum senso de necessidade seriam con rmados
em sua cegueira. Se os fariseus apenas admitissem sua incapacidade de ver, o
seu pecado seria relativamente insigni cante. Mas eles não podiam e não
iriam ver o Filho de Deus que estava entre eles; por isso, não haveria milagre
de visão espiritual.
• O Bom Pastor (10.1-18)
O discurso do Bom Pastor continua no assunto do capítulo 9. O pastor
é o Senhor Jesus. O aprisco é a nação de Israel. O porteiro é o Espírito Santo
trabalhando através de João Batista. Aqueles que não entrarem no aprisco
pela porta são aqueles que, como os fariseus, reivindicaram jurisdição sobre
o povo judeu, mas que não tinham credenciais apropriadas. Eles eram
ladrões, salteadores, estranhos e mercenários. As outras ovelhas “não deste
aprisco” são os gentios. O rebanho único é a Igreja, composta de judeus
crentes e gentios. Jesus veio com todas as credenciais do Messias e as
verdadeiras ovelhas O reconheceram. Ele guia e alimenta Suas ovelhas,
morre por elas, ressurge novamente e lhes dá vida abundante.
• Uma casa dividida (10.19-21)
Os judeus tomaram partidos, a favor ou contra Jesus. Parece que não
havia meio termo.
• Jesus proclama Sua divindade na Festa das Luzes (10.22-
30)
Mais tarde, na Festa da Dedicação (Luzes), quando os judeus
perguntaram se Jesus era o Messias, Ele não somente con rmou o fato, mas
a rmou igualdade com Seu Pai para dar vida eterna às Suas ovelhas.
• As reivindicações de Jesus são rejeitadas (10.31-39)
Os judeus estavam prontos para apedrejá-lO por falar esta “blasfêmia”.
Jesus respondeu, de fato, que, se Deus usou a palavra “deuses” para
descrever juízes meramente humanos no Antigo Testamento, mesmo sendo
apenas representantes de Deus, quanto mais direito Ele teria de Se chamar
de Filho de Deus? A nal, o Pai O havia enviado do céu ao mundo. Ademais,
se não acreditassem em Suas palavras, teriam que se convencer pelos
milagres que mostravam Sua igualdade em poder com o Pai.
7. MINISTÉRIO NA PERÉIA DURANTE O TERCEIRO ANO
(CAP. 10.40-11.57)
• Muitos crêem em Jesus (10.40-42)
Novamente tentaram capturá-lo, mas Ele escapou para o leste do
Jordão. Ali, muitos creram nEle, admitindo que o testemunho de João
concernente a Jesus era verdade.
• A morte de Lázaro (11.1-16)
Quando Maria e Marta avisaram a Jesus que seu irmão Lázaro estava
enfermo, Ele disse aos discípulos que a enfermidade resultaria em glória
para Deus ao invés de morte nal. Após dois dias, Ele sugeriu voltar à
Judéia, onde estava Lázaro. Os discípulos lembraram-Lhe das tentativas
recentes dos judeus para apedrejá-lO ali. Jesus respondeu que nada poderia
acontecer até que Sua obra terminasse. Ele sabia que Lázaro havia morrido,
embora tivesse usado a palavra “dormir” primeiramente como um sinônimo
para morte.
• Jesus é a ressurreição e a vida (11.17-37)
Chegando quatro dias depois de Lázaro ter morrido, Jesus consolou
Marta assegurando que o irmão dela ressurgiria novamente, não apenas no
último dia, mas agora. Então acrescentou a maravilhosa revelação que, em
Sua vinda, aqueles que haviam morrido com fé viveriam e que os crentes
vivos iriam para o céu sem morrer. Marta o reconheceu como o Messias e
Filho de Deus e então foi até sua casa e trouxe Maria que, aparentemente,
estava se lamentando sobre o atraso do Senhor.
• Lázaro é ressuscitado dos mortos (11.38-44)
Após a pedra ser removida do túmulo, obedecendo à ordem de Jesus, o
Senhor ordenou que Lázaro saísse de lá. Lázaro apareceu, sem andar, mas
ainda envolto nas roupas de sepultamento. Assim que o desenrolaram, ele
foi embora.
• A trama para matar Jesus (11.45-54)
O Sinédrio cou ciente que alguns judeus creram em Jesus. Se este
movimento popular continuasse, temiam que os romanos pudessem
destruir o Templo e dispersar o povo. Caifás, o sumo sacerdote, respondeu
com palavras que tinham um signi cado mais profundo do que pretendia.
Ele disse profeticamente que os judeus não pereceriam por causa de Jesus,
mas que Jesus morreria pela nação e também reuniria Seus eleitos dentre os
gentios. Esta profecia parecia encorajar os judeus a conspirar contra Jesus.
Então Ele Se retirou com os discípulos para um vilarejo próximo ao deserto.
• Procurando Jesus (11.55-57)
Ao se aproximar o tempo da Páscoa, as pessoas iam a Jerusalém com a
intenção de ver Jesus. Os líderes religiosos também estavam procurando-O
– para prender e matá-lO.
8. O MINISTÉRIO PÚBLICO FINAL (CAP. 12)
• Jesus ungido em Betânia (12.1-8)
A caminho de Jerusalém para a Páscoa, Jesus parou na casa de Lázaro,
Maria e Marta. Quando Maria ungiu os pés de seu Senhor com perfume
caro, Judas Iscariotes contestou, ngindo ter preocupação pelos pobres
enquanto escondia sua própria avareza. Mas o Senhor defendeu Maria
dizendo que tais oportunidades de ministrar a Ele eram limitadas, enquanto
que sempre haveria oportunidades para cuidar dos pobres.
• O plano para matar Lázaro (12.9-11)
Enquanto isso os principais sacerdotes estavam tramando matar Lázaro
porque sua ressurreição fez muitos judeus acreditarem em Jesus.
• A entrada triunfal (12.12-19)
Parecia que o povo de Jerusalém deu calorosas boas-vindas a Jesus,
pavimentando o caminho com ramos de palmeiras e exaltando-O como o
Rei de Israel. Contudo, sabemos que para muitos destes, seus cumprimentos
logo se transformariam em clamor para tirar Sua vida. Primeiramente
clamaram “hosana” para seu Rei; depois “cruci quem-no!” com toda sua
força.
• A lei da colheita (12.20-26)
Alguns gregos buscaram ter um encontro com o Senhor através de
Felipe e André (quem sabe com a intenção de tê-lO como líder de uma nova
escola de loso a na Grécia). O Salvador respondeu que a lei da semeadura
exigia morte para haver fecundidade. Ele seria glori cado por Sua morte
sacri cial em vez de viver uma vida confortável de um guru. Seus servos
deveriam seguir Seu exemplo de auto-sacrifício.
• Jesus prediz eventos vindouros (12.27-33)
Jesus não orou por livramento da hora vindoura, mas que o nome do
Senhor fosse glori cado. Neste momento, Deus falou audivelmente do céu
que Sua oração foi respondida. Em uma rápida sucessão, Jesus anunciou a
condenação do mundo, a derrota de Satanás, Sua própria cruci cação e o
ajuntamento de todas as classes de pessoas a Ele.
• Quem é o Filho do Homem? (12.34-36)
Alguns questionavam como Jesus poderia ser o Messias e, mesmo
assim, morrer; entendiam das Escrituras que o Messias viveria para sempre.
“Quem é esse Filho do Homem?” perguntavam. Ele falava que era a Luz e os
aconselhou a andar na Luz, o que signi cava que deveriam crer nEle
enquanto tinham a oportunidade.
• Quem creu em nossa pregação? (12.37-43)
Apesar dos muitos milagres de Jesus, somente algumas pessoas creram
nEle, assim como Isaías profetizou. Por causa de sua incredulidade o
restante permaneceu judicialmente cego, novamente como Isaías havia
profetizado. Alguns líderes religiosos professaram crer nEle, mas não O
confessaram abertamente por medo de serem excomungados.
• Jesus adverte contra a incredulidade (12.44-50)
Isto levou o Salvador a falar contra os perigos da incredulidade. Crer
nEle também signi cava crer em Seu Pai. Vê-lO, era ver a Deus. O propósito
de Sua vinda era ser luz e não juiz. Aqueles que O rejeitarem serão julgados
por Seus ensinamentos no dia vindouro. Ele entregou elmente a mensagem
de vida eterna que Deus havia dado para declarar.
9. O DISCURSO DO CENÁCULO (CAP. 13-16)
• O Mestre toma o lugar do escravo (13.1-11)
Na noite anterior à cruci cação, Jesus reuniu seus discípulos em um
cenáculo em Jerusalém. Durante a ceia, o Diabo deu o sinal para Judas trair
o Senhor. Totalmente consciente de Sua missão e Seu destino, nosso Senhor
tomou o lugar do escravo e começou a lavar os pés dos discípulos. Quando
Pedro protestou, Jesus deu uma lição espiritual. Seus discípulos precisam ser
lavados apenas uma vez, isto é, com o banho da regeneração. Mas
precisariam dos “pés lavados muitas vezes” para terem comunhão com Ele.
Estas freqüentes lavagens pela Palavra limpam da poluição deste mundo
pecaminoso que os atinge. Os discípulos, exceto Judas, estavam todos
limpos, isto é, lavados.

• Jesus explica Seu exemplo (13.12-20)


Depois o Senhor deu outra lição. Já que O reconheciam como Mestre e
Senhor, deveriam seguir Seu exemplo lavando os pés uns dos outros; não
literalmente, mas espiritualmente; não com a água, mas com a Palavra (v.12-
17). Ao falar estas coisas, Jesus excluiu Judas. Ele identi cou Judas de
antemão aos discípulos para que, quando a predição se cumprisse, saberiam
que Ele era o EU SOU do Antigo Testamento (v.18-20).
• Jesus prediz a traição de Judas (13.21-30)
Quando Jesus repetiu que um dos discípulos O trairia, estavam incertos
sobre quem poderia ser. Finalmente, Ele indicou claramente colocando o
pão no molho e o entregou a Judas. O traidor saiu imediatamente.
• O novo mandamento (13.31-35)
Antecipando o Calvário, Jesus disse que Deus foi glori cado e que
também O glori caria levantando-O dos mortos de uma vez por todas.
Então lhes disse que estaria partindo e que não poderiam segui-lO. Mas lhes
deixou um novo mandamento – amar uns aos outros; isto seria o marco
distintivo de seus discípulos.
• Jesus prediz a negação de Pedro (13.36-38)
Pedro rogou para ir com Ele, até mesmo dar sua vida por Ele. Mas Jesus
revelou que, pelo contrário, Pedro O negaria três vezes antes do amanhecer!
• Jesus encoraja seus discípulos (14.1-11)
O Discurso do cenáculo continua com a promessa do Salvador que
viria novamente para levar Seu povo para o céu. Respondendo à pergunta de
Tomé, de como isso seria, Jesus disse que Ele era o caminho, o único
caminho ao Pai. Isto incitou Felipe a pedir a Jesus que os levasse para ver o
Pai. Jesus explicou que era tão intimamente ligado ao Pai que aqueles que O
viam, viam ao Pai. As palavras que falava e os milagres que realizava eram
palavras e obras do Pai. Estes milagres deveriam convencer os discípulos da
íntima união entre as duas Pessoas da Divindade.
• Oração em nome de Jesus (14.12-14)
Cristo disse aos Seus discípulos que através da oração em Seu nome,
eles realizariam maiores milagres, isto é, maiores na proporção da área
mundial e maiores no número de pessoas envolvidas.
• Outro Consolador (14.15-21)
Depois o Salvador prometeu pedir ao Pai para enviar “outro
Consolador”, isto é, o Espírito Santo, que habitaria e estaria com os
discípulos. Assim Jesus não os deixaria órfãos, mas voltaria para eles (na
Pessoa do Espírito). Pela fé eles O veriam e desfrutariam de uma íntima
comunhão com Ele. Pela obediência, demonstrariam seu amor pelo Senhor
e experimentariam o amor do Pai e do Filho.
• Comunhão com Jesus e Seu Pai (14.22-24)
Quando o outro Judas perguntou por que Jesus Se revelaria a eles, mas
não ao mundo (ver v.22), o Senhor respondeu que somente aqueles que O
amam e obedecem podem desfrutar de comunhão com o Pai e com Ele.
• O legado da paz de Jesus (14.25-27)
Na ausência de Cristo, o Consolador ensinaria os discípulos e os
lembraria das palavras do Salvador. Jesus deixaria Sua paz com eles para que
seus corações não cassem perturbados ou atemorizados.
• Alegria do reencontro de Jesus com Seu Pai (14.28-31)
Se os discípulos O amavam, se alegrariam por Ele estar retornando ao
céu, onde não estaria mais sujeito à injuria dos homens. Enquanto Jesus
estivesse na terra, o Pai era maior do que Ele quanto à posição externa, mas
não quanto à Pessoa ou divindade (v.28). Eles creriam quando Ele retornasse
ao céu. Mas agora o Diabo estava se manifestando e o Senhor tinha que
avançar para fazer a vontade de Seu Pai (v.29-31). Satanás é o príncipe deste
mundo, um fato con rmado diariamente na mídia.
• A videira verdadeira (15.1-8)
É muito importante perceber o contexto aqui: o discurso sobre a
videira e os ramos tem a ver com serviço e não salvação. Jesus é a videira
verdadeira, seu Pai é o agricultor. O ramo infrutífero é o crente carnal que
sofre o castigo de Deus. O ramo frutífero, ou seja, o cristão que cresce
espiritualmente é podado para que se torne mais frutífero. A única forma
para um ramo ser frutífero é permanecer na videira. Um cristão que não
permanece em Cristo perde seu testemunho; as pessoas desconsideram
totalmente sua reputação. Permanecendo em Cristo, um crente tem uma
vida de oração efetiva e, por manifestar o fruto do Espírito, glori ca a Deus
e se a rma como um verdadeiro discípulo de Jesus.
• Amor e alegria através da obediência (15.9-17)
Amor, obediência e alegria estão entrelaçados. Amor por Cristo leva à
obediência aos Seus mandamentos e a obediência garante a permanência em
Seu amor. Isto, por sua vez, leva à plenitude de alegria. Obediência signi ca
amar uns aos outros até ao ponto de morrer. Isto torna os crentes amigos de
Cristo e não apenas servos e, como amigos, vêm a conhecer os negócios do
Mestre. Cristãos são chamados para produzir frutos que permanecem e
desta forma têm poder na oração. Entretanto, o mandamento básico é que
amem uns aos outros.
• Ódio do mundo (15.18-25)
Os discípulos deveriam esperar ódio e perseguição do mundo, já que
não pertencem ao mundo. Os servos não devem esperar melhor tratamento
que seu Mestre. Se Jesus não viesse e tivesse falado ao mundo e realizado
milagres singulares, o pecado do povo seria comparativamente menor. Mas
agora são culpados de odiar tanto o Pai como o Filho, sem razão. Eles não
têm desculpas.
• Testemunho futuro de Cristo (15.26-27)
O Consolador prometido irá testi car sobre Cristo e os discípulos têm
que testi car também do que eles têm visto e ouvido desde o início.
• A futura rejeição (16.1-4)
Jesus alertou Seus discípulos que os homens os excomungariam e até os
matariam. Esta perseguição se originaria da rejeição do povo a Jesus e
também ao Pai. Por saber disso antecipadamente, os discípulos cariam
desiludidos.
• O ministério do Espírito Santo (16.5-15)
Mesmo que os discípulos cassem tristes, Jesus havia lhes dito que
haveria de partir e não estaria mais com eles. No entanto, Ele enviaria o
Espírito Santo, cuja presença no mundo iria condená-los pelo pecado de
rejeitar a Cristo; convenceria o mundo que Jesus estava certo e seria o
parâmetro do julgamento de Satanás e de todos os ímpios. Havia outras
coisas que o Salvador poderia compartilhar com os discípulos se estivessem
preparados, mas o Espírito viria e os guiaria em toda verdade, falaria
somente dirigido pelo Pai e glori caria a Cristo.
• Tristeza vira alegria (16.16-22)
Os discípulos cariam tristes quando Jesus morresse e, depois, quando
voltasse aos céus. Mas cariam alegres quando O vissem na ressurreição,
quando o Espírito Santo viesse e, mais tarde, quando Ele voltasse
novamente. A tristeza ligada a Sua ausência seria rapidamente esquecida
quando O vissem novamente.
• Cristo – o vencedor do mundo (16.23-33)
Enquanto Jesus estava com eles, os discípulos haviam feito todos os
seus pedidos a Ele. Agora poderiam orar diretamente ao Pai em Nome de
Jesus e estar seguros das respostas e desta forma poderiam se alegrar. Até
agora, o Senhor Jesus havia falado em uma linguagem gurativa, com
signi cados abaixo da superfície. Através da vinda do Espírito Santo, falaria
claramente e os discípulos poderiam orar ao Pai em Seu Nome. O Pai os
amava porque eles amavam o Filho e criam que Ele havia vindo do Pai. Os
discípulos pareciam entender estas coisas. Entretanto, Jesus disse que nas
horas escuras à frente, todos O abandonariam – todos menos o Pai. Então
acrescentou que o propósito deste discurso era para que tivessem paz no
meio da tribulação, porque Ele havia vencido o mundo.
10. A ORAÇÃO SACERDOTAL DE JESUS (CAP. 17)
Como Sumo Sacerdote, nosso Senhor orou pelos Seus e não pelo
mundo. Não há crítica aos Seus seguidores, apesar de seus pecados e falhas.
Ele ora pela prosperidade espiritual deles em vez de riquezas materiais.
Existem sete pedidos na oração, dois para Ele, três para os discípulos e dois
para aqueles que iriam crer nEle no futuro.
• O primeiro pedido (17.1-4)
O primeiro pedido é que o Pai glori casse o Senhor Jesus levantando-O
dos mortos, para que Ele glori casse o Pai dando vida eterna àqueles que o
Pai havia Lhe dado.

• O segundo pedido (17.5)


Agora Jesus pede ao Pai que O honre no céu em Sua glória pré-
encarnada, tanto agora como Homem e também como Deus.
• Jesus revelando o Pai (17.6-10)
Além dos pedidos, o Senhor Jesus falou de como havia revelado o Pai
aos discípulos, como havia lhes transmitido as palavras que Deus havia Lhe
dado e de como agora sabiam que Ele havia vindo do Pai. Como Sumo
Sacerdote, orou pelos Seus, não pelo mundo. Mas isto não nega Seu amor
pela humanidade perdida.
• O terceiro pedido (17.11-12)
O terceiro pedido é para que Deus guarde Seus discípulos,
provavelmente no sentido de guardá-los na fé verdadeira, já que Judas é
imediatamente mencionado como aquele que falhou.
• Jesus trazendo alegria (17.13-14)
Jesus estava dizendo estas coisas no mundo, para que a alegria dos
discípulos pudesse ser completa, apesar do ódio do mundo.
• O quarto pedido (17.15-16)
O quarto pedido é para que os discípulos fossem guardados do mal, já
que não pertencem à esfera de Satanás, isto é, o mundo.
• O quinto pedido (17.17-19)
O quinto é que os discípulos fossem separados na verdade de Deus.
• O sexto pedido (17.20-23)
O sexto é que todos os futuros crentes fossem um em Cristo, de caráter
piedoso para que o mundo pudesse crer que Deus enviou o Senhor Jesus.
• O sétimo pedido (17.24)
Finalmente, Cristo ora para que todos os crentes pudessem
eventualmente estar com Ele no céu para contemplar todo Seu esplendor.
• O epílogo (17.25-26)
Os últimos dois versículos formam um epílogo nos quais nosso Senhor
fala de Sua completa, mas contínua, obra na vida de Seus discípulos.
11. A TRAIÇÃO, JULGAMENTOS E CRUCIFICAÇÃO (CAP.
18-19)
• Traição e aprisionamento no Getsêmani (18.1-11)
Após Jesus ter ido com Seus discípulos ao Jardim do Getsêmani, Judas
chegou com um destacamento militar bem armado para prendê-lO. Os
soldados e o ciais caram pasmos por um momento quando o Senhor falou
de Si mesmo, como o EU SOU, isto é, o Jeová do Antigo Testamento. Pedro
tentou impedi-los, golpeando o servo do sumo sacerdote com uma espada,
mas ouviu Jesus mandando-o desistir.
• Jesus perante Caifás e as três negações de Pedro (18.12-27)
O destacamento militar prendeu o Salvador e O leva para Anás, o sogro
de Caifás, para a primeira fase do julgamento religioso. Fora do pátio do
sumo sacerdote, Pedro nega ser um discípulo de Jesus (v.12-18).
Quando, sob interrogatório, o Senhor nega ter dito ou feito algo de
errado em algum momento, um dos o ciais lhe dá uma bofetada no rosto.
Jesus questionou o direito deles em Lhe ferir quando não poderiam provar
qualquer acusação contra Ele. Então Anás envia-O para Caifás, o sumo
sacerdote, para a segunda fase do julgamento religioso, que não está
registrado no Evangelho de João. Durante este julgamento, cedo pela manhã,
Pedro nega Jesus mais duas vezes (v.19-27). A terceira fase era um
julgamento pela manhã perante o Sinédrio (Mt 27.1).
• Jesus perante Pilatos (18.28-40)
O primeiro lugar do julgamento civil foi perante Pilatos. Este
governador romano tentou jogar o caso de volta às mãos dos judeus, mas
eles o lembraram que não tinham permissão para executar alguém. Após
examinar Jesus, Pilatos O declarou inocente e então sugeriu libertá-lO na
tradicional anistia pascal. Mas a multidão clamou para que o salteador
chamado Barrabás fosse solto.
• Os soldados zombam de Jesus (19.1-16)
Quanto mais Pilatos insistia na inocência do Acusado, mais a multidão
insistia na Sua cruci cação. As chicotadas, a coroa de espinhos, o manto de
púrpura, o escárnio e a violência dos soldados – estas eram as formas nas
quais as criaturas trataram seu Criador. O governador cou temeroso
quando ouviu que Jesus reivindicou ser o Filho de Deus, mas nalmente
cedeu à pressão da turba que clamou que o Senhor era um rival de César.
• Jesus é cruci cado (19.17-27)
Os soldados levaram Jesus e O cruci caram no Gólgota entre dois
bandidos. Quando Pilatos ordenou que fosse colocada uma placa,
proclamando Jesus como Rei dos Judeus, os principais sacerdotes
protestaram, mas o governador não mudou a placa. Os soldados dividiram
as vestes do Salvador entre si e lançaram sortes por Sua túnica sem costura.
Olhando do alto da cruz, Jesus entregou sua mãe ao cuidado do apóstolo
João.
• Cristo morre pelos pecadores (19.28-30)
Atendendo ao clamor de estar com sede, os soldados deram a Jesus um
pouco de vinagre. Após bebê-lo, bradou: “Está consumado!” – signi cando
Sua morte sacri cial pela salvação dos pecadores – e assim rendeu Seu
Espírito.
• O lado de Jesus é ferido (19.31-37)
Para acelerar a morte de Jesus antes da chegada do sábado, os soldados
quebraram as pernas dos ladrões, mas vendo que Jesus já estava morto, não
quebraram nenhum de Seus ossos. Entretanto, um soldado feriu seu lado,
“...e logo saiu sangue e água”.
• Cristo é enterrado no sepulcro de José (19.38-42)
Com a permissão de Pilatos, José de Arimatéia tomou o corpo de Jesus,
envolveu-o em lençóis e aromas e o sepultou em seu próprio sepulcro novo.
12. A RESSURREIÇÃO (CAP. 20)
• O sepulcro vazio (20.1-10)
Quando Maria Madalena chegou ao sepulcro, domingo de manhã cedo
e o encontrou vazio, levou a notícia até Pedro e João. Na corrida deles até o
sepulcro, João chegou antes, mas Pedro foi o primeiro a entrar e ver os
panos do sepultamento. Então João entrou, viu e creu.
• O grande momento de Maria Madalena (20.11-18)
Ao invés de voltar para casa com os dois discípulos, Maria cou no
sepulcro. Primeiramente, viu dois anjos e depois o próprio Jesus. Tão logo
Jesus falou seu nome, ela O reconheceu e aparentemente queria abraçar os
Seus pés. Mas Ele lhe falou que voltaria para o Pai, talvez sugerindo que
quando viesse o Espírito Santo, ela O conheceria melhor do que antes. Em
obediência à Sua palavra, Maria foi comunicar as maravilhosas notícias aos
discípulos.
• A comissão dos discípulos (20.19-23)
Naquela mesma noite, o Senhor Jesus apareceu aos discípulos, acalmou
seus temores, mostrou-lhes Suas feridas e os enviou com um antegosto da
autoridade, da presença e do poder do Espírito Santo. Entretanto, o Espírito
somente seria dado como um Ajudador permanente no Pentecostes.
• O incrédulo Tomé vê e crê (20.24-29)
Quando Tomé ouviu o que tinha acontecido, cou cético. Porém uma
semana mais tarde, Jesus apareceu aos discípulos novamente e Tomé cou
convencido pelas marcas da cruci cação de Cristo. Seria melhor,
naturalmente, se tivesse crido sem precisar de uma prova.
• O objetivo do Evangelho de João (20.30-31)
O propósito do Evangelho é dado aqui: “...para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”.
Portanto, este é um livro evangelístico.
13. O CRISTO RESSURRETO COM OS SEUS NA GALILÉIA
(CAP. 21)
• Café da manhã com Jesus (21.1-14)
Depois, o Senhor ressurreto apareceu aos discípulos após estes
passarem uma noite de pescaria fracassada no Lago da Galiléia. Ao Seu
comando, lançaram a rede no lado direito do barco e a puxaram repleta de
153 peixes grandes! Ao chegarem na praia, encontraram Jesus com o café da
manhã pronto para eles.
• Jesus restaura Pedro (21.15-23)
Após o café da manhã, Jesus carinhosamente inquiriu Pedro com
perguntas sobre seu amor por Ele. Após as três a rmações de Pedro, Ele
ordenou, por três vezes, que Pedro apascentasse Suas ovelhas. Então Jesus
predisse a morte de Pedro como um mártir e lhe disse para não se preocupar
sobre o futuro dos outros discípulos. A responsabilidade de Pedro, disse-lhe
Jesus, era seguí-lO por si só. O mesmo vale para todos nós.
• A conclusão do discípulo amado (21.24-25)
João não alegou ter feito um registro completo das obras de Jesus. Não
haveria espaço su ciente no mundo em que coubessem os livros para
registrar tudo o que o Senhor fez. Amém!
OS ATOS DOS APÓSTOLOS

INTRODUÇÃO
O SEGUNDO VOLUME DE LUCAS
Lucas retoma a narrativa de Atos exatamente onde ele parou no seu
Evangelho, a saber, na ascensão de Cristo. E então ele descreve a chama
espalhadora do cristianismo sobre a próxima geração (em torno de 34 anos).
UMA HISTÓRIA SELETIVA E ESPIRITUAL
O texto não dá uma história completa, mas eventos isolados escolhidos
pelo Espírito Santo para mostrar o desenvolvimento espiritual da Igreja
primitiva. Ele descreve o cumprimento histórico do mandamento de Cristo
que o Evangelho deveria ser pregado ao judeu primeiro e depois ao gentio.
O movimento do Livro de Atos corresponde às palavras do Senhor em Atos
1.8, “...em Jerusalém, como em toda Judéia e Samaria e até aos con ns da
terra”. Pedro, o apóstolo para os judeus, ocupa um papel central nos
primeiros 12 capítulos, mas a partir daí, Paulo, o apóstolo aos incircuncisos
(isto é, os gentios), tem o papel central.
A CHAMADA DE DEUS A ISRAEL
Durante o período de Atos, o Espírito de Deus ainda está chamando a
nação de Israel para receber o Senhor Jesus como o Rei Messias. Mas por
causa de sua in exível recusa, Israel é colocado de lado como nação e os
gentios são trazidos a uma posição favorável.
A TRANSIÇÃO DE ISRAEL PARA IGREJA
Em um primeiro momento, a Igreja tinha fortes associações judaicas,
mas começou um processo de afastamento e, ao nal do livro, a Igreja havia
lançado fora as mortalhas do judaísmo e demonstrava agora seu caráter
distinto como uma nova sociedade na qual judeus e gentios são um em
Cristo.
ESBOÇO DE ATOS
1. A promessa do Espírito pelo Senhor Ressurreto (1.1-5)
2. O mandamento aos Apóstolos na Ascensão do Senhor (1.6-11)
3. Os discípulos devotos esperando em Jerusalém (1.12-26)
4. O dia de Pentecostes e o nascimento da Igreja (Cap.2)
5. A cura de um coxo e a acusação de Pedro a Israel (Cap.3)
6. A perseguição e crescimento da Igreja (Caps.4-8)
7. A conversão de Saulo de Tarso (9.1-31)
8. Pedro leva o Evangelho aos gentios (9.32-11.18)
9. A implantação da Igreja em Antioquia (11.19-30)
10. A perseguição de Herodes e sua morte (12.1-23)
11. A primeira viagem missionária de Paulo – Galácia (12.24-14.28)
12. O conselho em Jerusalém (15.1-35)
13. A segunda viagem missionária de Paulo – Ásia Menor e Grécia
(15.36-18.22)
14. A terceira viagem missionária de Paulo – Ásia Menor e Grécia
(18.23-21.25)
15. O aprisionamento e julgamentos de Paulo (21.26-26.32)
16. A viagem a Roma e naufrágio (27.1-28.16)
17. A prisão domiciliar de Paulo e testemunho aos judeus em Roma
(28.17-31)
1. A PROMESSA DO ESPÍRITO PELO SENHOR RESSURRETO
(1.1-5)
Já passaram 40 dias da ressurreição de Cristo. O cenário é Jerusalém. O
Senhor Jesus ordenou que os discípulos cassem ali até que acontecesse o
batismo prometido do Espírito Santo. No Monte das Oliveiras, eles
questionaram sobre a restauração do reino de Israel. O Salvador lhes disse
que deveriam ser primeiramente testemunhas dEle em todas as partes do
mundo.
2. O MANDAMENTO AOS APÓSTOLOS NA ASCENSÃO DO
SENHOR (1.6-11)
Imediatamente após o Senhor Jesus ascender ao céu, dois anjos,
vestidos de branco, asseguraram aos discípulos que Ele voltaria novamente,
assim como O viram partir.
3. OS DISCÍPULOS DEVOTOS ESPERANDO EM JERUSALÉM
(1.12-26)
De volta à cidade, enquanto os discípulos estavam orando juntos, Pedro
se lembrou das Escrituras do Antigo Testamento de que um sucessor de
Judas Iscariotes deveria ser escolhido. Teria que ser alguém que tivesse
andado com o Senhor Jesus durante Seu ministério terreno e alguém que O
viu ressurreto. Sortes foram lançadas e Matias foi escolhido.
4. O DIA DE PENTECOSTES E O NASCIMENTO DA IGREJA
(CAP.2)
• O Milagre do Pentecostes (2.1-13)
O dia de Pentecostes foi dez dias depois da ascensão de Cristo.
Enquanto os discípulos estavam reunidos, o Espírito do Senhor foi
derramado como prometido, acompanhado de um ruído como de um vento
forte, de línguas como que de fogo e do dom miraculoso de falar outros
idiomas instantaneamente. Judeus de quinze regiões adjacentes ouviram os
discípulos galileus falando as obras maravilhosas de Deus em dialetos que
nunca haviam falado antes.

• A mensagem do Pentecostes (2.14-21)


Pedro aproveitou a oportunidade para explicar que o fenômeno das
línguas, longe de ser causado pela embriaguez, estava associado de alguma
forma com a profecia de Joel concernente ao derramamento do Espírito
(embora nem todas as coisas que Joel profetizou aconteceram no
Pentecostes e não vão acontecer até Cristo voltar para reinar).
• O desa o do Pentecostes (2.22-36)
Ousadamente, Pedro acusou os homens de Israel de matar Jesus de
Nazaré e então acrescentou o anúncio eletrizante de que Deus O havia
ressuscitado dos mortos. Explicou que, quando Davi falou em ser ressurreto,
não estava falando de si, mas sobre o Messias. Agora aconteceu – Jesus era o
Messias que havia ressurgido, foi exaltado à destra de Deus e então lhes
havia enviado o Espírito de Deus.

• O resultado do Pentecostes (2.37-47)


A acusação de que o povo de Israel havia cruci cado seu próprio
Messias causou uma convicção profunda do pecado. Em resposta ao seu
apelo desesperado por algum conselho, Pedro lhes disse: “Arrependei-vos, e
cada um seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos
pecados”, para que recebessem o Espírito Santo e fossem salvos da geração
que cruci cou o Salvador. Em torno de 3 mil responderam e a Igreja nasceu.
Os novos convertidos se reuniam elmente, viam milagres através dos
apóstolos, partilhavam de posses materiais onde fosse necessário e louvavam
a Deus pela fé recém-nascida.
Eles continuaram andando elmente nos ensinos dos apóstolos, na
comunhão, no partir do pão e na oração – quatro importantes práticas de
uma Igreja do Novo Testamento.
5. A CURA DE UM COXO E A ACUSAÇÃO DE PEDRO A
ISRAEL (CAP.3)
• A Cura de um coxo (3.1-11)
Um dia, quando Pedro e João estavam a caminho do Templo,
encontraram um coxo que lhes pediu um esmola. No entanto, deram-lhe
algo melhor que dinheiro: pelo poder de Jesus, ele foi curado! Ao invés de
esmolas, deram-lhe pernas para andar. O milagre atraiu uma multidão de
pessoas maravilhadas.
• O sermão evangelístico de Pedro (3.12-26)
Isto deu a oportunidade para que Pedro lhes pregasse o Evangelho.
Explicou que não fora ele ou João quem curou o homem. Ao invés disso, foi
Deus Quem o fez, o Pai do Senhor Jesus. O povo judeu tinha entregue Jesus
aos gentios, negaram-nO, pediram Barrabás e tiveram o Senhor executado
pelos romanos. Mas Deus O levantou dos mortos e agora este milagre
realizou-se pela fé em Seu Nome. Pedro graciosamente admitiu que o povo
havia agido por ignorância e que ainda havia esperança. Se Israel se
arrependesse, Deus iria perdoar seus pecados e enviar Jesus de volta. De
outro modo, com relação a Israel, o Senhor caria no céu até que retornasse
para estabelecer Seu Reino na terra. Esta seria a era dourada de paz e
prosperidade predita por Moisés e todos os profetas. Os ouvintes de Pedro
estavam entre o povo para quem as promessas do Reino haviam sido feitas.
Se eles recebessem o Messias, Ele os perdoaria de suas iniqüidades. Aqueles
que recusassem a ouvir o Profeta de Deus seriam destruídos.
6. A PERSEGUIÇÃO E CRESCIMENTO DA IGREJA (CAP. 4-8)
• Pedro e João presos (4.1-4)
Oposição! Os líderes religiosos estavam furiosos que Pedro e João
estavam pregando sobre Jesus e a ressurreição, então os mantiveram em uma
espécie de prisão domiciliar até o dia seguinte. Neste momento 5 mil
homens já tinham entrado na comunhão cristã.

• Discursando no Sinédrio (4.5-12)


No dia seguinte, os discípulos estavam perante o Sinédrio para explicar
o poder e autoridade pelos quais estavam agindo. Era tudo que Pedro queria
para poder testi car sobre Cristo! Ele, ousadamente, anunciou que ele e João
estavam agindo no Nome de Jesus, o qual as autoridades judaicas haviam
assassinado e a Quem Deus ressuscitou e havia curado um coxo pedinte.
Jesus havia sido rejeitado pelos líderes judeus, exaltado à destra de Deus e
era o único Caminho pelo qual os homens podiam ser salvos.
• O Sinédrio proíbe pregar em Nome de Jesus (4.13-18)
Os membros do Sinédrio estavam impressionados com os apóstolos e
não podiam negar o milagre da cura. No entanto, sua decisão era a de que os
seguidores de Jesus não deveriam mais falar ao povo sobre Jesus.
• Ouvir a Deus ao invés dos homens (4.19-22)
Pedro e João explicaram que tinham que obedecer a Deus ao invés dos
homens; havia uma compulsão divina sobre eles para pregar a mensagem.
Após ameaçá-los, o Sinédrio os liberou ao perceber que o povo estava
apoiando os discípulos.
• Uma oração por ousadia (4.23-31)
Quando outros cristãos souberam o que havia acontecido com Pedro e
João, foram ao Senhor em oração. Encontrando um paralelo entre o
segundo Salmo e eventos recentes, pediram a Deus para dar ousadia aos
Seus servos e para continuar a operar milagres através deles. O lugar tremeu,
os discípulos caram cheios do Espírito Santo e então pregaram com
intrepidez.
• Compartilhando todas as coisas (4.32-37)
Os crentes de Jerusalém tinham tão pouco apego às suas posses que
vendiam suas propriedades para poder suprir as necessidades da
comunidade. Barnabé foi um daqueles que vendeu sua terra e trouxe o
dinheiro para os apóstolos, para distribuição aos necessitados.
• Mentindo ao Espírito Santo (5.1-16)
Ananias e Sa ra também venderam uma propriedade e simularam dar
todo o valor aos apóstolos, mas retiveram parte dele. Quando Pedro
confrontou Ananias com esta mentira, este caiu morto. Então Sa ra entrou e
Pedro confrontou-a também. Ela reconheceu que a acusação era verdadeira
e caiu morta também. O povo então percebeu que Deus julga o pecado na
Igreja, freqüentemente de uma forma dramática. Perceberam que era coisa
séria identi car-se com a comunidade cristã. Contudo multidões de pessoas
acreditaram e muitos vieram se curar com os apóstolos.
• Pregação, perseguição e prisão (5.17-28)
Indignados que os apóstolos continuavam a pregar o Evangelho, os
líderes religiosos os colocaram na prisão para aguardar julgamento no dia
seguinte. Durante a noite, um anjo abriu a prisão e disselhes para voltarem à
área do Templo e para continuarem pregando. Então, quando os soldados
foram buscá-los para o julgamento pela manhã, encontraram tudo em
ordem – exceto pelos prisioneiros que haviam desaparecido! Enquanto os
principais sacerdotes ainda estavam expressando sua perplexidade e
frustração, um mensageiro entrou para anunciar que os acusados estavam
novamente pregando no pátio do Templo! Finalmente os apóstolos foram
trazidos de volta ao conselho e interrogados por causa de sua obediência
contínua a Deus.
• Obedecer a Deus ao invés dos homens (5.29-32)
Foi mais uma grande oportunidade para uma pregação improvisada!
Pedro insistiu que quando as ordens de Deus estão em con ito com as
ordens dos homens, crentes têm que obedecer a Deus. Mais uma vez ele,
corajosamente, acusou os líderes pela morte do Filho de Deus, lembrando-
os que Deus O havia exaltado para ser um Príncipe e Salvador e ofereceu
arrependimento e perdão em Seu Nome.
• O conselho de Gamaliel ao Sinédrio (5.33-42)
Quando os principais sacerdotes caram tão irados que tramaram
matar os discípulos, um respeitável fariseu chamado Gamaliel pediu
moderação. Ele argumentou que se esta nova religião não fosse de Deus,
logo iria desaparecer. Mas se fosse de Deus, então os líderes religiosos se
encontrariam em uma posição complicada de estarem lutando contra Deus.
Seu conselho prevaleceu. Os apóstolos foram surrados, advertidos para não
pregarem em Nome de Jesus e soltos novamente. Partiram jubilosos, nem
um pouco intimidados e continuaram a ensinar e a pregar sobre Jesus
Cristo.
• Os primeiros problemas (6.1-7)
O primeiro problema a assolar a Igreja surgiu a partir de dinheiro e
provisões. Alguns dos judeus de fala grega sentiram que suas viúvas não
estavam recebendo tanto apoio quanto a viúvas judias de Jerusalém e da
Judéia. Deste modo, os apóstolos convocaram a assembléia para designar
sete homens que seriam encarregados da distribuição diária. A maioria dos
escolhidos parecia ser de judeus de fala grega, uma graciosa concessão ao
grupo que reclamou. A Igreja seguia adiante com muitas pessoas sendo
salvas.
• Estevão é acusado de blasfêmia (6.8-15)
Estevão, um dos homens escolhidos para administrar os fundos, tinha
um ministério tão efetivo e de milagres que alguns grupos da sinagoga
buscaram silenciá-lo através do debate. Ao falharem nisto, prenderam-no e
o trouxeram perante o Sinédrio, acusado de falar contra o Templo e a Lei de
Moisés.
• O sermão de Estevão (7.1-53)
Em sua defesa, Estevão primeiramente deu um resumo da história de
Abraão (v.1-8). Então, falou de José, rejeitado pelo seu próprio povo, mas
exaltado por Deus para ser o salvador deles (v.9-19). Moisés também sabia
que seria recusado pelo povo mesmo que Deus O havia levantado para ser o
libertador do povo (v.20-43). Quanto a falar contra o Templo, Estevão
lembrou o Sinédrio que a nação de Israel havia sido culpada de adorar os
poderes do céu, isto é, as estrelas, naquele mesmo momento quando Deus
habitava entre eles no Tabernáculo. Ele voltou na história do Tabernáculo
nos dias de Josué e Davi e então explicou que construções não são tão
importantes para Deus quanto a condição moral e espiritual das vidas dos
homens (v.44-50). Quanto à acusação, de que teria falado contra a lei, eram
eles que persistentemente resistiram ao Espírito Santo e falharam em
obedecer à Lei. A rejeição deles aos líderes de Deus culminou na traição e
assassinato do justo Senhor Jesus. Eles eram o povo que havia falhado em
guardar a Lei – a Lei que lhes foi dada pelas mãos de anjos (v.51-53).
• O primeiro mártir cristão (7.54-60)
Quando Estêvão lhes disse que via os céus abertos e Jesus em pé à
destra de Deus, as autoridades se enfureceram e levaram-no fora da cidade.
Lá ele foi apedrejado até a morte, orando pelos seus assassinos culpados. Um
jovem chamado Saulo estava entre os espectadores; seu nome aparecerá
novamente.
• Perseguição da Igreja (8.1-4)
A morte de Estevão provocou uma onda de perseguições contra a
Igreja. Crentes eram expulsos de Jerusalém para Judéia e Samaria, levando o
Evangelho com eles. Saulo era um líder entre os perseguidores.
• O ministério de Filipe em Samaria (8.5-25)
Filipe, um dos diáconos no capítulo 6, foi ao norte para Samaria,
proclamando Cristo e realizando muitos milagres. Um mágico, chamado
Simão, aceitou a nova fé e foi batizado (v.5-13). Quando os apóstolos em
Jerusalém ouviram que muitos samaritanos haviam aceitado ao Senhor,
enviaram Pedro e João, sem dúvida como uma expressão de sua profunda
comunhão pelo que estava acontecendo ali. Pedro e João oraram pelos novos
crentes, impuseram as mãos sobre eles e imediatamente os samaritanos
receberam o Espírito Santo (v.14-17). Simão queria comprar o dom de
conceder o Espírito Santo pela imposição de mãos, mas, ao invés disso
recebeu uma sova verbal de Pedro (v.18-24). Os dois apóstolos retornaram a
Jerusalém, mas daquele momento em diante continuaram a pregar nos
vilarejos samaritanos (v.25).
• Filipe e o etíope (8.26-40)
Deus chamou Filipe para sair de Samaria e se encontrar com um o cial
etíope que estava indo para casa após visitar Jerusalém para adorar. Quando
Filipe se aproximou do carro, o eunuco estava lendo Isaías 53. Filipe
explicou-lhe que Isaías estava falando sobre Jesus, Sua Pessoa e obra
expiatória. O etíope creu, foi batizado e foi embora jubiloso. Filipe foi
milagrosamente transportado para Azoto (Asdode do Antigo Testamento) e
dali foi para Cesaréia.
7. A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO (CAP. 9.1-31)
• Uma luz do céu (9.1-9)
Saulo de Tarso estava a caminho de Damasco para capturar e aprisionar
cristãos, “aquele bando cujo único crime era crer em Cristo”. Subitamente
estava prostrado no chão, incapaz de ver, mas ouvindo a voz do Senhor
ressurreto protestando contra ele. Ele reconheceu seu pecado e se submeteu
a Cristo por salvação e serviço. E então foi a Damasco, agora não para
perseguir os santos, mas como um deles.
• Batismo e primeira pregação de Saulo (9.10-22)
Quando o Senhor enviou um discípulo chamado Ananias para
restaurar a visão de Saulo, Ananias hesitou lembrando o dano que Saulo
havia in igido aos cristãos. Mas quando ele foi e impôs as mãos sobre Saulo,
este recebeu sua visão, cou cheio do Espírito Santo e então foi batizado.
Não muito tempo depois, Saulo estava indo nas sinagogas em Damasco
proclamando Jesus como o Messias e Filho de Deus. As pessoas cavam
espantadas que um dos principais inimigos do Cristianismo houvesse se
tornado em um grande defensor dele. O mundo não consegue explicar a
mudança na vida de Saulo. Somente o novo nascimento fornece uma
resposta satisfatória.
• A fuga de Saulo e testemunho em Jerusalém (9.23-31)
Um plano judeu para matar Saulo o forçou a escapar por cima do muro
da cidade, à noite (v.23-25). Não era de surpreender que houvesse
descon ança da parte dos crentes, quando chegou a Jerusalém, mas o
afetuoso Barnabé o recebeu como amigo. Os cristãos logo perceberam que
Saulo era genuíno quando o viram pregando ousadamente em Nome do
Senhor. Vendo que sua vida estava em perigo por causa dos judeus
helenistas, levaram-no a Cesaréia, de onde partiu para Tarso. Então, foi
concedida uma trégua à Igreja, um tempo de consolidar os ganhos e
crescimento espiritual e numérico da comunhão (v.26-31).
8. PEDRO LEVA O EVANGELHO AOS GENTIOS (CAP. 9.32-
11.18)
• Pedro cura um homem e restaura uma mulher (9.32-43)
A narrativa volta para Pedro. Em Lida, ele encontrou um homem
paralítico chamado Enéias que jazia de cama há oito anos. Em Nome de
Jesus Cristo, Pedro o curou. Em Jope uma mulher, chamada Dorcas (ou
Tabita), que era bem conhecida por sua bondade, havia morrido. Sua morte
trouxe tristeza para muitos até que Pedro disse “Tabita, levanta-te!” e ela foi
instantaneamente restaurada à vida. Ambos os milagres de curas resultaram
em muitas vidas para o Senhor. Enquanto estava em Jope, Pedro cou com
Simão, o curtidor.
• A visão de Cornélio (10.1-8)
O Evangelho havia chegado aos judeus e aos samaritanos. Agora era o
momento de alcançar os gentios. Isto aconteceria primeiramente ao
centurião romano chamado Cornélio, que vivia em Cesaréia. Embora fosse
gentio, ele buscava a Deus e era el em oração e dava esmolas ao povo. O
Senhor apareceu a ele numa visão, instruindo-o a enviar mensageiros a
Pedro em Jope que, por sua vez, lhe diria o que deveria fazer.
• A visão de Pedro (10.9-16)
O apóstolo Pedro, mergulhado na tradição judaica, teria normalmente
evitado os gentios como se fossem de outro mundo, então ele precisava estar
preparado para o choque cultural de sua vida. Ele estava no eirado de Simão,
o curtidor, quando teve uma visão de um grande lençol descendo do céu,
contendo todo tipo de animal, quadrúpedes e aves. Ordenado a matar e
comer, o apóstolo protestou de que nunca havia comido alimento que não
fosse kosher (comida permitida aos judeus). A voz do céu disse que ele não
deveria chamar “comum” ou impuro o que Deus havia limpado. Este diálogo
ocorreu três vezes e então o lençol voltou para os céus. O signi cado,
naturalmente, era que os gentios não eram imundos e que Pedro deveria
recebê-los.
• Uma convocação à Cesaréia (10.17-23)
Mas enquanto Pedro ainda estava tentando compreender a visão, os
homens enviados por Cornélio chegaram e explicaram que o mestre deles
queria que o apóstolo viesse à Cesaréia. Pedro lhes deu pouso e depois
viajou com eles para Cesaréia no dia seguinte, como o Espírito havia lhe
instruído.
• Pedro prega aos gentios (10.24-43)
Antecipando a vinda de Pedro, Cornélio ajuntou um grupo de
familiares e amigos. Quando Pedro chegou, ele e Cornélio relataram sobre as
visões celestiais que os haviam aproximado, um do outro. Então Pedro
apresentou a mensagem do Evangelho, discorrendo sobre a vida, morte e
ressurreição do Senhor Jesus, terminando com a oferta de perdão para
aqueles que acreditassem.
• O Espírito desce sobre os gentios que creram (10.44-48)
Pedro ainda falava quando o Espírito Santo desceu sobre aqueles que
creram e falaram em línguas, para a admiração dos judeus presentes. O
apóstolo percebeu que Deus havia visitado os gentios, assim como fez com
os judeus, então ele ordenou que Cornélio e toda sua casa fossem batizados.
Observe a ordem na conversão dos gentios: eles creram, receberam o
Espírito Santo e foram batizados.
• Pedro defende a graça de Deus aos gentios (11.1-18)
Alguns dos judeus crentes em Jerusalém caram perturbados quando
ouviram que Pedro havia confraternizado com os gentios. Então Pedro
relatou todo o acontecimento com eles – a visão do lençol que desceu do
céu, a ordem do Espírito para ir à Cesaréia, a visão pela qual Cornélio havia
sido instruído a chamar o apóstolo e a forma com que o Espírito Santo
desceu sobre Cornélio e sua casa quando creram. Ouvindo isto, os santos em
Jerusalém perceberam que Deus havia salvado os gentios assim como aos
judeus.
9. A IMPLANTAÇÃO DA IGREJA EM ANTIOQUIA
(CAP. 11.19-30)
• A expansão do Evangelho (11.19-21)
A narrativa agora volta ao tempo da perseguição que seguiu ao
martírio de Estevão. Aqueles que foram espalhados, levaram o Evangelho
aos judeus na Fenícia, Chipre e Cirene. Depois, a mensagem chegou aos
gentios em Antioquia que mais tarde provou ser um lugar de partida para
Paulo e seus companheiros para levar o Evangelho aos gentios.
• Barnabé e Saulo na Igreja em Antioquia (11.22-26)
Quando a Igreja de Jerusalém ouviu das bênçãos do Evangelho em
Antioquia, enviaram o amável Barnabé para investigar. Ele logo viu que
Deus estava fazendo maravilhas ali, então os encorajou a permanecerem
éis ao Senhor. Percebendo que Saulo poderia ser útil a esta nova igreja, foi
até Tarso, trouxe Saulo à Antioquia e trabalhou com ele por um ano. Em
Antioquia, os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez.
• Antioquia envia ajuda a Jerusalém (11.27-30)
Neste tempo, alguns profetas vieram à Antioquia de Jerusalém e um
deles, Ágabo, predisse uma grande fome. Quando isto ocorreu, os crentes
gentios enviaram ajuda aos santos judeus na Judéia pelas mãos de Barnabé e
Saulo, uma evidência comovente que o antagonismo antigo entre judeu e
gentio é abolido em Cristo.
10. A PERSEGUIÇÃO DE HERODES E SUA MORTE (CAP.
12.1-23)
• Pedro escapa da morte (12.1-17)
Para poder agradar os inimigos do Cristianismo, o Rei Herodes Agripa
I conseguiu matar Tiago, irmão de João, ao o da espada e planejou fazer a
mesma coisa com Pedro. Na noite anterior à execução xada de Pedro, um
anjo apareceu em sua cela e o deixou sair da prisão e depois desapareceu. O
apóstolo foi diretamente à casa de Maria, a mãe de Marcos, onde os
discípulos estavam orando por ele. Primeiramente não acreditaram que
fosse realmente Pedro à porta, mas nalmente deixaram-no entrar e houve
grande alegria ali. O apóstolo deu um breve testemunho de sua fuga
milagrosa e então partiu.
• O destino dos guardas de Pedro (12.18-19)
O rei cou furioso quando soube que Pedro havia escapado. Após
inquirir as sentinelas ordenou a execução deles.

• A morte de Herodes (12.20-23)


Mas a morte de Herodes estava mais perto do que ele imaginava. Pouco
tempo depois, quando o rei estava em Cesaréia, algumas pessoas de Tiro e
Sidom buscaram seu favor porque dependiam de grãos importados da
Judéia. Quando ele teve uma assembléia pública com eles concederam-lhe
honrarias divinas. Porque havia aceitado tais honras, um anjo do Senhor o
abateu com uma enfermidade horrível e ele morreu.
11. A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO –
GALÁCIA (CAP. 12.24-14.28)
• Mais crescimento do Evangelho (12.24-25)
Apesar da oposição, o Evangelho continuou a crescer. Tendo
completado sua missão em Jerusalém, Barnabé e Saulo voltaram a Antioquia
com João Marcos.

• Barnabé e Saulo são enviados (13.1-3)


O Espírito Santo revelou aos profetas e aos mestres na Igreja em
Antioquia que tinha uma missão especial para Barnabé e Saulo, então
impuseram as mãos sobre eles e os enviaram. Deste modo começa o que é
conhecido como a “primeira viagem missionária de Paulo”, numa jornada
em que ele e Barnabé foram levados a um circuito da Ásia Menor Central.
• Evangelizando Chipre (13.4-12)
Os missionários velejaram de Selêucia a Salamina até a ilha de Chipre,
onde pregaram nas sinagogas judaicas. Depois cruzaram a ilha de Pafos,
onde Sergio Paulo, o pró-cônsul, se converteu, apesar da oposição de um
mágico chamado Barjesus.
• João Marcos parte para Jerusalém (13.13-15)
Depois velejaram ao noroeste a Perge e Panfília na costa sudeste da
Ásia Menor. João Marcos deixou os evangelistas aqui e voltou a Jerusalém.
Então, os pregadores continuaram até Antioquia da Pisídia, 170 quilômetros
ao norte de Perge, onde os chefes das sinagogas os convidaram a falar.
• Paulo prega em Antioquia da Pisídia (13.16-41)
Em sua mensagem, Paulo revisou a escolha de Deus por Israel, a
libertação do Egito, Seu cuidado por eles no deserto, a entrega de Canaã a
eles, o período dos juízes, o reino sob Saul e Davi e o ministério de João
Batista. Todos estes caminhos levam a Cristo: mencionou a Sua condenação
pelo povo, Sua morte, sepultamento e ressurreição testemunhada. O
apóstolo terminou com a oferta de Deus por perdão de pecados, de
justi cação pela fé independente da lei e advertência contra a rejeição da
salvação de Deus.
• Respostas ao Evangelho (13.42-52)
Muitos dos judeus responderam favoravelmente e pediram por mais
ministração da Palavra para o sabath seguinte (42-43). Mas uma semana
depois havia uma vigorosa oposição de judeus incrédulos, então Paulo e
Barnabé disseram-lhes francamente de que, por estarem condenando a si
mesmos como indignos de vida eterna, o Evangelho agora iria aos gentios.
Os ouvintes gentios se alegraram, mas os judeus expulsaram os apóstolos da
região. Paulo e Barnabé sacudiram a poeira de seus pés e seguiram para
Icônio (44-52) • Paulo e Barnabé agredidos em Icônio (14.1-7)
Após os apóstolos terem pregado na sinagoga em Icônio e muitos
judeus e gregos terem crido, os judeus incrédulos incitaram os demais
gentios e então lançaram um ataque conjunto contra eles. Quando isso
chegou ao ponto de ameaças de apedrejamento, Paulo e Barnabé fugiram
para Listra e Derbe, na parte central da Ásia Menor.
• Paulo e Barnabé são considerados deuses em Listra (14.8-
18)
Paulo curou um coxo em Listra, causando tamanha comoção entre o
povo que queriam adorar os dois apóstolos como deuses gregos. Até o
sacerdote de Zeus quis fazer um grande sacrifício para honrá-los. Assim que
compreenderam o que estava acontecendo, os apóstolos protestaram e
advertiram o povo contra tal loucura. Explicaram que eram somente
homens e que a missão deles era levar os homens dos ídolos ao Deus vivo. O
povo então desistiu.
• Paulo é apedrejado, mas escapa (14.19-20)
Logo vieram judeus da Antioquia, da Pisídia e de Icônio e incitaram os
gentios contra os apóstolos. A mesma multidão que havia idolatrado os
apóstolos agora queria vitimá-los. Apedrejaram a Paulo e o arrastaram para
fora da cidade, pensando que o haviam matado. Entretanto Paulo se
levantou e partiu com Barnabé no dia seguinte para Derbe.

• Acompanhamento dos novos convertidos (14.21-28)


De Derbe, começaram a jornada de volta para casa, remontando seus
passos à Listra (onde Paulo havia sido apedrejado recentemente), Icônio e
Antioquia, acompanhando os convertidos, encorajando-os a não desanimar
na perseguição e designando presbíteros em cada igreja. Depois foram para
Pisídia e Panfília, até Atalaia e, de navio, retornaram à Antioquia, onde
deram um testemunho de seus esforços missionários e especialmente como
o Evangelho havia alcançado os gentios. Isto marcou o m da primeira
viagem missionária.
12. O CONSELHO EM JERUSALÉM (CAP. 15.1-35)
• Con ito sobre a circuncisão (15.1-6)
Desde o início da Igreja, havia discípulos judeus que ensinavam que a
fé em Cristo não era su ciente para salvação. Insistiam que a circuncisão e a
guarda da lei também eram essenciais. Esta “festa da circuncisão” era
controlada dentro e ao redor de Jerusalém. Quando alguns destes viajaram a
Antioquia para forçar este ensinamento, os crentes decidiram enviar Paulo e
Barnabé e outros para Jerusalém para esclarecer o caso de uma vez por
todas.
• Paulo defende a salvação pela graça e por meio da fé
(15.7-11)
Quando apóstolos e presbíteros se encontraram em concílio, Pedro
tomou a frente, lembrando-os de como Deus havia salvo o gentio Cornélio e
sua família pela fé. Perguntou a eles porque agora tentavam colocar um
fardo insuportável sobre os gentios. Deus estava salvando judeus e gentios
pela mesma maneira – pela fé.
• Paulo e Barnabé testi cam (15.12)
Barnabé e Paulo também compartilham suas experiências de levar o
Evangelho aos gentios.
• A recomendação de Tiago (15.13-21)
Tiago, meio-irmão de Jesus, agora declara que o propósito de Deus,
para aquela época, é chamar dos gentios um povo seu. Isto estava de acordo
com as palavras de Amós 9.11-12, que declarava que depois deste tempo
presente, Deus iria restaurar o remanescente de Israel quando Cristo vier
reinar e que depois da restauração de Israel, Ele salvaria todos os gentios que
são chamados pelo Seu Nome. Então Tiago simplesmente recomendou que
os crentes gentios fossem advertidos a se absterem das comidas oferecidas
aos ídolos, da fornicação, das carnes de animais sufocados e do sangue.
• A decisão do conselho de Jerusalém (15.22-35)
A recomendação foi aceita e os líderes em Jerusalém enviaram uma
delegação à Antioquia, com Paulo e Barnabé, para assegurar aos crentes
gentios que a circuncisão não era necessária, mas que deveriam se abster das
quatro coisas mencionadas por Tiago (v.22-29). Quando as notícias da
decisão do concílio chegaram até Antioquia, houve grande alegria e grande
comunhão de espírito (v.30-35).
13. A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO – ÁSIA
MENOR E GRÉCIA (CAP. 15.36-18.22)
• A disputa sobre João Marcos (15.36-41)
Agora era o tempo de Paulo e Barnabé iniciarem a segunda viagem
missionária. O propósito era acompanhar os santos onde estiveram
pregando recentemente. Entretanto, uma disputa acirrada se levantou sobre
se deveriam ou não levar João Marcos. Como resultado, Barnabé levou
Marcos e Paulo levou Silas. Barnabé desaparece da narrativa neste ponto.
Paulo e Silas viajaram através da Síria e Cilícia, con rmando as igrejas.
• O Evangelho penetra a Europa (16.1-15)
Timóteo se juntou a Paulo e Silas quando vieram a Derbe e Listra.
Guiados pelo Espírito, viajaram pela Ásia Menor até Trôade, pregando o
Evangelho e fortalecendo os crentes (1-8). Em Trôade, Paulo teve uma visão
de um homem na Macedônia (norte da Grécia), implorando para que o
apóstolo fosse lá. Então ele velejou através do Mar Egeu e chegou a Filipos.
Ali uma mulher chamada Lídia se tornou a primeira convertida na Europa e
ali foi estabelecida a primeira igreja européia (9-15).
• Paulo e Silas na prisão (16.16-24)
Certo dia uma jovem possuída de espírito adivinhador seguiu Paulo e
seus companheiros e clamava após eles. Quando Paulo expulsou o demônio
em Nome de Jesus, seus senhores caram furiosos. Arrastaram os
missionários até a corte, bateram neles e os prenderam com segurança
máxima.
• Um carcereiro convertido (16.25-34)
À meia-noite, enquanto Paulo e Silas cantavam, a prisão foi atingida
por um terremoto. Temeroso por causa de seu trabalho e por sua vida, o
carcereiro estava prestes a cometer suicídio. Respondendo sua pergunta,
Paulo e Silas explicaram o caminho da salvação a ele e depois à sua família.
Todos creram e foram batizados e providenciaram uma refeição para os
missionários.
• Paulo e Silas o cialmente liberados (16.35-40)
Pela manhã os magistrados perceberam que estavam agindo
injustamente, então com apologias pediram que Paulo e Silas deixassem a
cidade. Antes disso, eles ainda visitaram Lídia e os irmãos e então partiram.
• Igreja fundada em Tessalônica (17.1-9)
Após deixarem Filipos, Paulo e Silas foram ao sudoeste, para Anfípolis
e Apolônia e depois para o oeste, a Tessalônica. Ali Paulo pregou por três
sábados na sinagoga, resultando em muitas vidas sendo salvas e uma igreja
estabelecida. Judeus incrédulos iniciaram uma revolta contra o hospedeiro
de Paulo, Jasom e outros crentes. Estes crentes foram presos e depois soltos
mediante ança.
• Estudos bíblicos em Beréia (17.10-15)
Os cristãos decidiram que seria sensato que os pregadores partissem,
então os enviaram à noite para Beréia. Lá Paulo e Silas foram diretamente
para a sinagoga. Conferindo o Evangelho com o Antigo Testamento, muitos
judeus creram. Mas quando os perturbadores em Tessalônica ouviram sobre
isso, vieram e os problemas começaram ali também. Paulo partiu para
Atenas, mas Silas e Timóteo permaneceram ali.
• Paulo prega em Atenas (17.16-21)
O apóstolo estava comovido pela idolatria que encontrou em Atenas.
Ele pregou na sinagoga e na praça para todos que queriam ouvir. Dois
grupos de lósofos o consideraram um tagarela e pregador de deuses
estranhos, então decidiram que ele deveria ter uma audiência no Areópago,
um tipo de suprema corte.
• Paulo discursa no Areópago (17.22-31)
Em seu discurso, Paulo disse que eram muito religiosos, a ponto de
adorar um Deus desconhecido. Então ele começou a falar sobre o verdadeiro
Deus: o Criador, o Senhor supremo que não habita em templos de homens
ou precisa do serviço do homem, que é a Fonte de toda bênção. O apóstolo
então explicou que Deus é responsável pela criação e unidade da raça
humana, os anos pelos quais contamos o tempo e os limites da habitação do
homem. Deus fez tudo isso para que a humanidade pudesse buscá-lO.
Tendo em vista que o homem é criação, não deveriam pensar em Deus
como se fosse uma imagem esculpida (que é produto de homem), mas como
um Deus Vivo e pessoal. Por muitos séculos Deus não considerou a
ignorância dos gentios, mas agora ele chama todos para o arrependimento,
antes que julgue o mundo através de Jesus Cristo, a Quem levantou dos
mortos.
• A reação ao discurso de Paulo (17.32-34)
Ao mencionar a ressurreição o público polarizou-se: alguns zombaram;
outros adiaram qualquer decisão; alguns creram, incluindo cidadãos
proeminentes. Paulo nunca retornou para Atenas, o centro da loso a e do
desenvolvimento intelectual.
• Pregando em uma sinagoga em Corinto (18.1-6)
A próxima parada era Corinto, onde Paulo conheceu Áquila e Priscila,
com quem estabeleceu uma parceria que continuaria por toda sua vida.
Aqui Silas e Timóteo vieram da Beréia para se reagrupar ao apóstolo.
Quando os judeus na sinagoga se opuseram ao Evangelho, Paulo os declarou
culpados de sangue e, a partir dali, dedicou sua atenção aos gentios.

• Uma igreja em casa, em Corinto (18.7-11)


O ministério de Paulo continuou com grandes bênçãos na casa de Tício
Justo e depois de ser encorajado pelo Senhor em uma visão, ele continuou
em Corinto por um ano e meio.
• Paulo perante Gálio (18.12-17)
Então alguns judeus incrédulos, acusando Paulo de estar ensinando
contrariamente à Lei, o arrastaram até Gálio, o pró-cônsul da Acaia. Gálio,
porém, não se importou com o caso a rmando que era questão de lei
judaica – sobre a qual ele não tinha jurisdição, nem interesse. Desta vez foi o
principal da sinagoga, não Paulo, que foi espancado.
• O retorno de Paulo à Antioquia (18.18-22)
Mais uma vez era chegado o momento da viagem de volta a Antioquia.
A primeira parada foi em Éfeso, onde Paulo teve uma recepção favorável na
sinagoga e onde Áquila e Priscila permaneceram. Depois, continuou em
direção a Cesaréia, Jerusalém e nalmente a Antioquia.
14. A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO – ÁSIA
MENOR E GRÉCIA (CAP. 18.23-21.25)
• Paulo fortalece os cristãos na Galácia e Frígia (18.23)
Após passar um tempo em Antioquia, Paulo partiu para a Galácia e
Frígia.
Atos 18.23 começa com o registro da terceira viagem missionária. Esta
viagem levou Paulo e seus companheiros ao oeste, através da Ásia Menor até
Trôade, pelo Mar Egeu ao norte da Grécia, pelo mar ao sul da Grécia, por
terra de volta ao norte da Grécia, através da costa oeste da Ásia Menor, pelo
mar a Cesaréia e, então, por terra até Jerusalém.

• O ministério de Apolo (18.24-28)


A cena muda agora para Éfeso, onde encontramos Apolo, um pregador
eloqüente, mas cujo conhecimento da fé cristã era incompleto. Após Priscila
e Áquila terem lhe dado instrução, ele partiu para Corinto, onde foi usado
poderosamente. É louvável que este grande pregador estava disposto a ser
ensinado por um casal que fazia tendas.
• Doze discípulos de João Batista em Éfeso (19.1-7)
Por esse tempo Paulo havia chegado a Éfeso e havia se encontrou com
doze discípulos, anteriormente batizados por João Batista, mas que não
haviam recebido o Espírito Santo. Quando Paulo lhes falou da necessidade
da fé em Cristo, eles creram, foram batizados com batismo cristão, tiveram a
imposição de mãos do apóstolo sobre eles e receberam o Espírito Santo.
• Pregando o Evangelho em uma escola (19.8-12)
Depois de pregar por três meses em uma sinagoga e encontrar os
judeus com os corações cada vez mais endurecidos e até hostis, o apóstolo se
retirou até a escola de Tirano, onde continuou seu ministério por dois anos,
pregando a Palavra e curando os doentes. Como resultado, toda a província
da Ásia ouviu o Evangelho.
• Reveses para as forças do mal (19.13-20)
Quando alguns judeus exorcistas tentaram expulsar um espírito
demoníaco no Nome de Jesus, o demônio os desprezou dizendo que eram
desconhecidos no inferno e o endemoninhado os atacou violentamente,
afugentando-os. Este incidente espalhou-se, então muitos creram e
queimaram seus livros de magia.
• As últimas viagens de Paulo (19.21-22)
Após ter enviado Timóteo e Erasto à Macedônia, Paulo cou em Éfeso,
esperando ir para a Grécia, eventualmente a Jerusalém e, nalmente, a
Roma.
• Um tumulto sobre religião (19.23-41)
Foram tantas pessoas que aceitaram a Cristo em Éfeso que os negócios
de venda de ídolos caíram drasticamente. Um ourives, chamado Demétrio,
juntou alguns de seus colegas ourives e artí ces e os advertiu que Paulo
estava acabando com o negócio deles e trazendo descrédito à sua deusa
Diana. Uma turba arremeteu contra os companheiros de Paulo, que quis
intervir, sendo dissuadido pelos discípulos e líderes locais. A confusão se
instalou. Um judeu chamado Alexandre tentou falar, mas foi impedido de
fazê-lo. Finalmente o escrivão da cidade foi capaz de restaurar a ordem
enaltecendo Éfeso como a guardiã da grande Diana, insistindo que a
adoração à Diana era invulnerável e advertindo contra represálias do
governo romano por suscitar uma cena de rebelião. Ele lhes disse que
quaisquer reclamações legítimas poderiam ser resolvidas em uma
assembléia regular. A turba acalmou-se e dissolveu-se paci camente.
• Paulo prega na Macedônia, Grécia e Trôade (20.1-12)
Paulo viaja agora de Éfeso a Macedônia (através de Trôade, ver 2Co
2.12-13) por três meses, em seguida para o sul da Grécia, de volta à
Macedônia e depois de volta a Trôade. No Dia do Senhor, quando Paulo
estava pregando em Trôade e os crentes locais se ajuntaram para o partir do
pão, um jovem sentado à beira de uma janela caiu três andares abaixo e
morreu.
O apóstolo desceu e o restaurou à vida e então continuou com a
reunião até o amanhecer.
• Paulo exorta os presbíteros efésios (20.13-35)
O itinerário do apóstolo o levou à costa oeste da Ásia Menor a Mileto.
Ali, convocou um encontro com os presbíteros da igreja em Éfeso.
Em uma mensagem magistral, ele recapitulou sua própria vida e
serviço entre eles, falou de sua próxima viagem a Jerusalém, percebendo que
não os veria mais, cobrou a proteção do rebanho dos perigos externos e
internos, encomendou-os à graça de Deus e lembrou de como havia lhes
servido sem remuneração, trabalhando para suprir suas próprias
necessidades e as necessidades daqueles que viajaram com ele.
• Paulo dá adeus aos presbíteros (20.36-38)
Na conclusão da mensagem, Paulo se ajoelhou e orou com os
presbíteros. Então houve uma despedida cheia de lágrimas, especialmente
porque Paulo disse que não o veriam mais.
• Advertências no caminho a Jerusalém (21.1-14)
O navio que levava Paulo velejou ao sudoeste da Ásia Menor e depois
foi para o sudeste, passando ao sul de Chipre, aportando em Tiro. Durante a
estadia de sete dias ali, alguns dos crentes o advertiram para não ir a
Jerusalém.
A viagem continuou a Ptolemaida e Cesaréia onde um profeta
chamado Ágabo, amarrando suas mãos e pés, predisse que Paulo seria preso
em Jerusalém e entregue aos gentios. O apóstolo deixou de lado todas as
considerações de segurança pessoal e continuou por terra até Jerusalém.
Este era o término de sua terceira viagem missionária.
• Paulo e a Igreja em Jerusalém (21.15-25)
Os irmãos judeus estavam jubilosos ao ouvirem como Deus se revelava
entre os gentios, mas estavam temerosos dos problemas de alguns crentes
judeus que supostamente ouviram Paulo pregar contra Moisés e a Lei. Então
propuseram que o apóstolo se juntasse a quatro outros e zessem um voto
que iria desmentir tais acusações.
15. O APRISIONAMENTO DE PAULO E JULGAMENTOS
(CAP. 21.26-26.32)
• Soldados resgatam Paulo da multidão (21.26-40)
Antes do voto se completar, alguns judeus da Ásia viram Paulo no pátio
do Templo e começaram um tumulto contra ele, acusando-o de falar contra
os judeus, a lei e o Templo e também de trazer gentios para a área do
Templo, fora do pátio dos gentios. Enquanto eles tentavam espancá-lo até à
morte, os soldados chegaram, resgataram-no e começaram a levá-lo à
fortaleza. No caminho, Paulo pediu permissão para falar com a multidão.
Quando o comandante percebeu que ele não era um terrorista egípcio, deu-
lhe permissão. O apóstolo começou a falar em aramaico (NVI) e a multidão
se acalmou.
• A história pré-cristã de Paulo (22.1-5)
Paulo começou seu discurso com seu nascimento como judeu, em
Tarso da Cilícia, sua educação aos pés do famoso mestre judeu, Gamaliel e
sua instrução no Judaísmo. Ele, então, enfatizou seu zelo como um judeu.
Havia perseguido a fé cristã, enchendo as prisões com aqueles que criam em
Jesus. O sumo sacerdote e o Sinédrio poderiam testemunhar integralmente
de seus métodos. Eram eles que o autorizavam a ir a Damasco e trazer os
cristãos de volta a Jerusalém para serem castigados.

• A conversão de Paulo (22.6-21)


Então ele relatou os detalhes de sua conversão: a grande luz do céu; a
voz do Jesus glori cado falando com ele, sua entrega a Cristo, Ananias
ajudando-o em Damasco, seu batismo, sua visita a Jerusalém, seu êxtase no
qual o Senhor lhe disse para deixar Jerusalém porque estava sendo enviado
aos gentios.
• Cidadania romana ajuda o caso de Paulo (22.22-30)
Sua menção de ir aos gentios com o Evangelho suscitou uma inveja
insana e ódio. A multidão então se alvoroçou furiosamente, gritando pela
vida de Paulo. O comandante interpretou que o apóstolo tivesse sido
culpado de algum crime severo, então ordenou que fosse trazido na
fortaleza e açoitado, para poder extrair uma con ssão. Quando estava sendo
amarrado, ele calmamente perguntou se era legal açoitar um cidadão
romano sem estar condenado. Então o centurião romano relatou ao
comandante que o prisioneiro era um cidadão romano. Isto rapidamente fez
com que o comandante viesse até Paulo para averiguar que não haveria
açoitamento, embora o apóstolo tenha cado preso a noite toda. No
próximo dia o comandante levou Paulo perante os principais sacerdotes e o
Sinédrio para ver quais eram as acusações contra ele.
• Paulo perante o Sinédrio (23.1-5)
Perante o Sinédrio, Paulo a rmou de que havia sempre andado diante
de Deus com a consciência limpa. Neste momento, o sumo sacerdote
mandou bater-lhe na boca. O apóstolo respondeu com uma réplica mordaz
e logo se justi cou, citando Êxodo 22.28.
• Paulo apela aos fariseus (23.6-10)
Ouvindo a dissensão entre os saduceus e fariseus na sala do tribunal,
Paulo declarou-se um fariseu que estava em julgamento porque acreditava
na ressurreição dos mortos (a qual os saduceus liberais, naturalmente,
negavam). Isto aumentou a discórdia entre fariseus e saduceus e criou uma
desordem tal no recinto que o comandante ordenou que os soldados
levassem o prisioneiro de volta à fortaleza.
• A graça de Deus a Paulo (23.11)
Na noite seguinte o Senhor aparece a Paulo assegurando-lhe que do
mesmo modo como havia sido Sua testemunha em Jerusalém, o seria
também em Roma.
• Paulo escapa de uma cilada para matá-lo (23.12-32)
No dia seguinte, mais de quarenta judeus juraram que não comeriam
ou beberiam até que matassem o apóstolo. O plano deles era convocar uma
audiência no Sinédrio para ouvir o caso de Paulo e ali mesmo o matar.
Quando a trama foi revelada às autoridades, decidiram levar rapidamente
seu prisioneiro à Cesaréia sob forte proteção. O comandante enviou uma
carta a Félix, o governador romano em Cesaréia, explicando-lhe a história
de Paulo.
• Paulo entregue a Félix (23.33-35)
Na chegada, entregaram Paulo a Félix, junto com a carta. Quando o
interrogatório preliminar satisfez Félix, quanto à cidadania romana de Paulo,
prometeu ouvir o caso tão breve chegassem os acusadores de Jerusalém.
Entrementes, Paulo foi detido no pretório de Herodes.
• As acusações contra Paulo (24.1-9)
Cinco dias depois o sumo sacerdote e alguns do Sinédrio chegaram de
Jerusalém e Paulo foi intimado a julgamento perante Félix. Tértulo, o
promotor, apresentou quatro acusações contra o apóstolo: ele era uma peste,
promoveu revoltas entre os judeus, era o principal agitador da seita do
Nazareno e ainda tentou profanar o Templo.
• A defesa de Paulo perante Félix (24.10-21)
Em sua defesa Paulo respondeu as acusações de forma metódica. Longe
de ser uma peste, ele havia vindo a Jerusalém para adorar e havia estado ali
por somente 12 dias. Em nenhum momento havia alvoroçado os judeus a se
rebelar. Ele não negou ser um líder da “seita dos nazarenos”, mas disse que,
em sua capacidade, servia ao Deus dos judeus crendo nas Escrituras do
Antigo Testamento, especialmente na esperança da ressurreição. Ele não
havia profanado o Templo, mas estava no ato de trazer oferendas quando
alguns judeus da Província da Ásia o acusaram falsamente de levar gentios
em uma área proibida do Templo.
• Félix suspende o processo (24.22-23)
Félix concluiu que Paulo era inocente, no entanto queria apaziguar os
judeus. Decidiu, então, continuar o caso depois que o comandante pudesse
vir à Cesaréia. Enquanto isso, deveriam manter Paulo com segurança
mínima.
• Félix procrastina sobre Cristo (24.24-27)
Algum tempo depois Félix e sua esposa tiveram uma entrevista
particular com o apóstolo. Paulo testemunhou el e corajosamente a ele
concernente à fé cristã. Félix adiou em tomar uma decisão, mas nos
próximos dois anos, ele chamou Paulo freqüentemente, na expectativa de
que Paulo o subornasse. Quando Festo sucedeu Félix, este havia ordenado
que Paulo casse preso, para agradar os judeus.
• Paulo perante Festo (25.1-8)
Quando Festo visitou Jerusalém, os judeus pediram que Paulo fosse
trazido ali para julgamento, mas Festo disselhes para virem a Cesaréia se
tivessem acusações contra ele. No dia após seu retorno, a corte se reuniu. Os
judeus trouxeram muitas acusações contra Paulo, mas falhavam em
evidenciá-las. Percebendo o enfraquecimento do caso, o apóstolo contentou-
se com uma simples negação de qualquer crime contra a Lei, o Templo ou
César.
• Paulo apela ao imperador (25.9-12)
Quando o governador perguntou se Paulo iria à Jerusalém para
julgamento, o apóstolo recusou, insistindo que a corte em Cesaréia era o
local apropriado para um julgamento. Então Paulo acrescentou, “Apelo para
César”. Isto resolveu a questão. Festo não teve outra opção a não ser enviá-lo
a Roma.
• Festo fala do caso de Paulo a Agripa (25.13-21)
Algum tempo depois, Rei Herodes Agripa II e sua irmã Berenice
vieram a Cesaréia para parabenizar Festo pela sua nova função. O
governador aproveitou a ocasião para contar a Agripa sobre o caso
envolvendo Paulo – as exigências sanguinárias dos judeus, o julgamento
metódico em Cesaréia, a inocência de Paulo sobre qualquer crime contra
Roma, sua história da ressurreição de Jesus, sua recusa em ir a Jerusalém e
seu apelo a César.
• Preparação para ouvir Paulo (25.22-27)
No dia seguinte, quando Herodes e Berenice organizaram uma
audiência formal, Festo novamente deu um resumo do caso. Ele explicou de
que teria que enviar Paulo a César sem um caso válido contra ele.
• Paulo perante Agripa (26.1-23)
Agripa deu a Paulo a oportunidade para falar em sua própria defesa.
Após uma introdução graciosa, o apóstolo descreveu seu passado como um
fariseu exigente. Agora ele estava sendo julgado por acreditar na
ressurreição dos mortos, uma necessidade absoluta se as promessas de Deus
aos patriarcas eram para ser cumpridas. Paulo descreveu seu antigo zelo em
perseguir os cristãos e então falou de sua conversão na estrada de Damasco
e de sua comissão de levar o Evangelho aos gentios. Ele estava pregando o
Evangelho na área do Templo quando os judeus tentaram matá-lo. Mas
Deus o protegeu e ele ainda estava declarando que o Messias tinha que
sofrer, ressurgir dos mortos e que anunciaria a luz aos judeus e gentios.
• Paulo apela a Agripa pessoalmente (26.24-32)
Neste ponto Festo interrompeu para dizer a Paulo que estava louco. O
apóstolo calmamente negou a acusação, expressou con ança que Agripa
compreendeu o que ele estava dizendo e perguntou diretamente se ele
acreditava nos profetas. O rei se retirou com gracejo indeciso. Depois de
Agripa, Berenice e Festo terem se reunido privativamente, decidiram que
Paulo não era culpado de qualquer crime capital. Agripa acrescentou que o
apóstolo poderia ser solto se não tivesse apelado a César.
16. A VIAGEM A ROMA E NAUFRÁGIO (CAP. 27.1-28.16)
• Uma tempestade no mar (27.1-20)
A jornada a Roma começou em Cesaréia, com Paulo sendo guardado
por um centurião chamado Júlio. Uma breve parada em Sidom permitiu que
o apóstolo visitasse os discípulos, então o navio partiu ao redor da costa
norte do Chipre até Mirra e à costa sudoeste da Ásia Menor. Em Mirra o
centurião e outros passageiros para Roma trocaram de navio. Este navio
velejou a oeste, ao longo da costa até Cnido e daí ao sul, até Creta, parando
em Bons Portos. Paulo advertiu a tripulação a não continuarem por causa
do tempo ruim do inverno, mas o capitão e o mestre do navio decidiram
velejar para oeste, até Fenice. Na viagem um tufão veio contra o navio,
arrastando-o ao sudoeste, em direção a uma pequena ilha chamada Cauda.
A tripulação quase perdeu o pequeno barco que estavam rebocando.
Amarraram cabos em volta do casco do navio para permanecer inteiro,
baixaram todas as velas e cordames, começaram a lançar toda carga ao mar
e, após três dias, lançaram ao mar a armação do navio. Quando a
tempestade aumentou, toda esperança despareceu.
• Paulo tranquiliza seus companheiros (27.21-26)
Então Paulo se levantou com uma mensagem de esperança. Ele lhes
assegurou que apesar da perda do navio, não haveria perda de vidas. Um
anjo havia lhe falado que ele chegaria seguro em Roma e todos os outros na
embarcação seriam preservados também.
• Avistando terra (27.27-32)
Após quatorze dias vagando sem esperança, os marinheiros
pressentiram que estavam perto de terra, então baixaram quatro âncoras.
Alguns começaram ir à costa por um bote, mas Paulo os advertiu contra
isso, então os soldados cortaram os cabos do bote e deixaram que se
afastasse.
• Nutrição para sobreviver (27.33-37)
O apóstolo insistia que a tripulação e passageiros comessem, já que não
conseguiram fazê-lo por duas semanas. Assegurando-lhes novamente de que
todos chegariam à terra rme de forma segura, deu graças e comeu perante
eles. Isto encorajou todos a comerem também.
• Naufrágio (27.38-44)
Então esvaziaram o navio jogando fora toda a carga que restava e
dirigiram-se para a praia. As pessoas nadaram até à costa ou utuaram nos
destroços da popa rachada.
• Um milagre de proteção em Malta (28.1-6)
Sem saber, tinham parado na ilha de Malta. Alguns dos habitantes
locais zeram uma fogueira na praia para os sobreviventes. Enquanto Paulo
estava ajudando, uma cobra mortífera picou em sua mão. Primeiramente as
pessoas interpretaram que isto era uma indicação de que Paulo era um
assassino, mas quando não demonstrou nenhum sinal de envenenamento,
decidiram que, ao contrário, era um deus!

• Milagres de cura em Malta (28.7-10)


Públio, o governador de Malta, forneceu acomodações temporárias
para os sobreviventes até que pudessem ser tomadas providências para eles
no inverno. Quando o pai de Públio cou doente com febre e disenteria,
Paulo foi até ele, orou, impôs-lhe as mãos e o curou. As notícias correram e
muitos outros vieram receber a cura.
• Viajando a Roma (28.11-16)
No nal do inverno, o centurião partiu novamente com seus
prisioneiros. Viajaram a Sicília, a Régio, na costa sudoeste da Itália e então
norte a Putéoli, na Baía de Nápoles. Dali, viajaram por terra até Roma, onde
foi permitido que Paulo vivesse em uma casa por sua conta com o soldado
que o guardava.
17. A PRISÃO DOMICILIAR DE PAULO E TESTEMUNHO
AOS JUDEUS EM ROMA (CAP. 28.17-31)
• Paulo testemunha aos judeus Romanos (28.17-22)
O apóstolo convidou os líderes judeus locais a virem à sua casa para
que pudesse lhes explicar o seu caso. Eles disseram que não sabiam nada
sobre ele, mas demonstraram um desejo de ouvir mais.
• Diferentes respostas ao Evangelho (28.23-29)
Em uma segunda reunião com judeus proeminentes, Paulo pregou
sobre Jesus a partir de sua própria Escritura. Enquanto alguns creram, ele
viu que o restante estava rejeitando o Evangelho, então lhes disse que
estavam cumprindo a profecia de Isaías em relação a um povo surdo e cego.
Portanto, estava levando o Evangelho aos gentios e assegurou que eles
ouviriam.
• Um ministério desimpedido em Roma (28.30-31)
Paulo passou dois anos em sua própria casa alugada em Roma,
pregando o Reino e ensinando sobre o Senhor Jesus. Geralmente acredita-se
que após dois anos, seu caso foi até Nero e ele foi inocentado. Suas viagens
após isso podem ser somente inferidas das suas últimas epístolas.
A CARTA DE PAULO AOS ROMANOS

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA IGREJA EM ROMA
A igreja em Roma pode ter sido fundada por judeus convertidos que
retornaram para lá após terem estado em Jerusalém para o Dia de
Pentecostes (ver Atos 2.10).
• Origem e data de Romanos
Paulo nunca tinha estado em Roma quando ele escreveu esta carta,
embora esperasse visitá-la em breve. Na sua terceira viagem missionária, ele
passou três meses na Grécia, dos quais a maioria provavelmente em Corinto.
De lá, escreveu esta carta aos crentes romanos, em algum momento entre 56
e 58 d.C.
• Resumo de Romanos
Em Romanos a doutrina do Evangelho é anunciada como em nenhum
outro lugar na Bíblia. O apóstolo abrange desde a condição pecaminosa e
perdida do homem à justi cação pela fé, santi cação e eventual glori cação.
Uma seção profética demonstra a maneira como Deus Se relaciona com Seu
povo e aponta para a restauração nal de Israel. Os capítulos nais
estabelecem instruções práticas para aqueles que foram justi cados.
• Esboço de Romanos
1. Introdução e de nição do Evangelho (1.1-17)
2. A necessidade universal pelo Evangelho (1.18-3.20)
3. As bases e termos do Evangelho (3.21-31)
4. A harmonia do Evangelho com as Escrituras do Antigo Testamento
(Cap.4)
5. Os benefícios práticos do Evangelho (5.1-11)
6. O triunfo da Obra de Cristo sobre o pecado de Adão (5.12-21)
7. O caminho do Evangelho a uma vida santa (Cap.6)
8. O lugar da lei na vida do cristão (Cap.7)
9. O Espírito Santo como poder para uma vida santa (Cap.8)
10.O passado, presente e futuro de Israel à luz do Evangelho Cap.9-11)
11. O comportamento dos cristãos (12.1-15.13)
12. Explicações nais, admoestações e saudações (15.14-16.27)
1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO DO EVANGELHO (CAP. 1.1-
17)
Após se identi car e se dirigir aos santos com palavras de louvor, o
apóstolo vai direto ao ponto – o Evangelho. São boas notícias de Deus,
prometidas no Antigo Testamento, concernentes ao Filho de Deus, o Senhor
Jesus. É o poder de Deus para salvação, disponível para todas as pessoas e
recebido somente pela fé.
2. A NECESSIDADE UNIVERSAL PELO EVANGELHO
(CAP. 1.18 – 3.20)
• A necessidade dos gentios perdidos (1.18-32) O
Evangelho é o remédio de Deus para pessoas que estão perdidas e
corrompidas. Todas as classes da humanidade estão perdidas.
Primeiramente, os pagãos que nunca ouviram o Evangelho estão
perdidos. Sabem que há um Deus pelas maravilhas da criação.
No entanto, rejeitam totalmente o conhecimento de Deus e
começam a adorar ídolos. Ao mergulharem mais fundo na
idolatria, se tornam cada vez mais depravados, entregando-se à
homossexualidade e outros comportamentos repulsivos. Eles não
somente praticam estes comportamentos por si mesmos, mas
encorajam outros a acompanhá-los.
• A necessidade dos moralistas perdidos (2.1-16) Moralistas
farisaicos, judeus ou gentios, também estão perdidos. A
habilidade deles em julgar os outros, mostra que sabem a
diferença entre o certo e o errado. Contudo, praticam aquilo que
condenam nos outros. Deveriam saber alguns fatos sobre o
julgamento de Deus. Este julgamento é de acordo com a verdade.
Ele é incontornável, embora, às vezes, demore. Está de acordo
com o acúmulo de culpa. Será visto como totalmente justo. Será
de acordo com as obras e com o privilégio ou do entendimento
recebido. Não fará distinção de pessoas e levará em conta
também os seus segredos e não somente seus pecados
conhecidos.
• A necessidade dos judeus perdidos (2.17-29) Os judeus,
para quem a lei foi dada, também estão perdidos. Eles pensam
que privilégios especiais e conhecimento superior lhes dão favor
com Deus. Mera posse da lei não é su ciente: a lei exige
obediência. A circuncisão só tem valor se for acompanhada de
santidade prática. Deus não está interessado em rituais externos,
mas ao invés disso, está interessado na atitude interna. Desta
forma, um gentio incircunciso obediente pode agradar a Deus
mais do que um judeu circunciso desobediente. O verdadeiro
judeu é aquele que não é somente circunciso, mas santi cado em
seu interior.
• O julgamento de Deus é justo (3.1-8)
As acusações feitas contra os judeus, no capítulo 2, podem lançar uma
dúvida sobre a superioridade desse povo e no benefício da circuncisão. Na
verdade, eles tiveram o privilégio maravilhoso de receber as Escrituras do
Antigo Testamento, mas responderam basicamente com incredulidade. A
in delidade deles não irá anular as promessas de Deus. Ele irá julgar
justamente. Mesmo que Deus triunfe sobre os pecados do homem, isso não
justi ca o homem, permitindo que peque mais. Mesmo que a injustiça do
homem faça a justiça de Deus brilhar com mais esplendor, isso não justi ca
ou encoraja o pecado do homem.
• Todos pecaram (3.9-18)
Portanto, a conclusão é que todas as pessoas são pecadoras – os pagãos,
os moralistas autossu cientes, os judeus – todos têm falhado em alcançar o
padrão de Deus. O pecado afetou todos os que nasceram de pais humanos
(10-12) e tem afetado todas as partes da pessoa individualmente.
• A incapacidade de a lei justi car (3.19-20) Deus provou
Israel sob a Lei e, baseado nesta prova da raça humana,
pronunciou que todos são culpados. A Lei não pode justi car,
mas só pode produzir o conhecimento do pecado.
3. AS BASES E TERMOS DO EVANGELHO (CAP. 3.21-31)
• Justi cação pela graça por meio da fé (3.21-25) Deus
agora revelou Seu método para justi car pecadores incrédulos,
um método que foi predito no Antigo Testamento e é totalmente
separado da observância da Lei. Ele imputa justiça a todo
pecador – judeu ou gentio – que confessa e que coloca sua fé no
Senhor Jesus. A justi cação é um dom gratuito, baseado na obra
redentora no Calvário. Esta obra mostrou que Deus foi justo
a nal, em salvar os crentes do Antigo Testamento; a morte e
ressurreição de Cristo proporcionaram um fundamento
completamente adequado e justo para fazê-lo assim.
• A graça exclui a vanglória (3.26-30)
O Evangelho mostra como Deus pode justi car pecadores incrédulos
(baseando-se na redenção de Cristo) e ainda ser justo agindo assim (o preço
do pecado foi pago por um Substituto perfeito). Quando a justi cação é pela
fé, toda a vanglória é excluída. Se fosse pela Lei, não poderia ser assim. No
entanto, é pela fé e não pela observância da Lei. Ademais, é tanto para os
gentios quanto para os judeus.
• O propósito da lei estabelecido (3.31)
Isto não torna a Lei inútil. A Lei exige a morte do transgressor. O
Evangelho fala de como as exigências da Lei foram totalmente satisfeitas na
cruz. Cristo morreu no lugar do pecador e, agora, Deus pode salvar o
pecador que crê porque o preço já foi pago.
4. HARMONIA DO EVANGELHO COM AS ESCRITURAS DO
ANTIGO TESTAMENTO (CAP. 4)
• A justi cação de Abraão e Davi pela fé (4.1-8) Para provar
que o Evangelho está totalmente de acordo com os ensinamentos
das Escrituras do Antigo Testamento, Paulo cita as experiências
de Abraão e de Davi. As Escrituras dizem, especi camente, que
Abraão foi justi cado pela fé e isso signi ca que as obras não
estavam envolvidas, porque graça e obras são princípios opostos.
A experiência de Davi foi a mesma, pois falou do homem bem-
aventurado a quem, mesmo pecador, Deus atribui justiça sem
qualquer menção de obras.
• A natureza da fé de Abraão (4.9-25)
O fato de Deus imputar justiça aos gentios que crêem tanto quanto aos
judeus que crêem é visto pelo fato que Abraão foi justi cado antes de ser
circuncidado, isto é, antes de ele ser “judeu”. Abraão é agora o pai de todos
os que crêem, judeus ou gentios. Se a justiça vem pela observação da lei,
então a fé seria excluída. Ao invés disso, ela vem da graça por meio da fé e
assim os crentes podem estar seguros de serem aceitos por Deus. A
paternidade de Abraão sobre todos os verdadeiros crentes é con rmada em
Gênesis 17.5, onde é chamado de “o pai de muitas nações”, porque ele creu
na promessa de Deus, que teria um lho embora fosse humanamente
impossível pelas idades avançadas de sua esposa Sara e dele mesmo. Por essa
razão a justiça foi imputada. Tudo isso foi escrito para nosso bem como pelo
bem de Abraão. A justiça é imputada se crermos nAquele que realizou a
redenção por nós.
5. OS BENEFÍCIOS PRÁTICOS DO EVANGELHO (CAP. 5.1-
11)
• Paz com Deus e outras bênçãos (5.1-5)
A justi cação traz muitos benefícios ao crente: paz com Deus, acesso a
uma indescritível posição de favor, uma esperança jubilosa da glória
vindoura, a habilidade de se regozijar nas tribulações. A tribulação produz,
em seqüência: perseverança, experiência e uma esperança que não vai ser
frustrada.
• Segurança eterna (5.6-10)
Outro benefício da justi cação é que somos eternamente seguros em
Cristo. O argumento é que, se Cristo morreu por nós quando não tínhamos
força, éramos incrédulos, pecadores e inimigos. Ele certamente não vai nos
abandonar agora que estamos justi cados, salvos e reconciliados!
• Alegria no Senhor (5.11a)
Um sexto benefício da justi cação é que podemos nos alegrar em Deus
e não somente em seus dons, mas no próprio Doador.
• Reconciliação a Deus (5.11b)
Finalmente somos reconciliados com Deus. Onde antes havia
inimizade e alienação, hoje existe harmonia entre nós e Deus.

6. O TRIUNFO DA OBRA DE CRISTO SOBRE O PECADO DE


ADÃO (CAP. 5.12-21)
O restante do capítulo 5 serve como uma ponte entre o que já foi
expresso e os três capítulos que seguem. Ele mostra que a obra de Cristo
excede em bênçãos muito mais do que o pecado de Adão trouxe em
condenação, miséria e perda. Através do pecado de Adão muitas pessoas
morreram, mas através da obra de Cristo, a graça abundou muito mais para
muitas pessoas. O pecado de Adão trouxe julgamento, mas a obra de Cristo
trouxe justi cação. Através do pecado de Adão, a morte reinou com tirania
cruel, mas através da obra de Cristo, os crentes reinam em vida. A ofensa de
Adão trouxe condenação a todos que estão em Adão, mas a obra de Cristo
traz justi cação que resulta em vida a todos que estão nEle. A desobediência
de Adão resultou em muitos pecadores, mas a obediência a Cristo até a
morte resulta em muitos sendo justi cados. Onde abundou o pecado,
superabundou a graça.
7. O CAMINHO DO EVANGELHO A UMA VIDA SANTA
(CAP. 6)
• Morto para o pecado, vivo para Deus (6.1-10) Surge a
pergunta: “Permaneceremos no pecado, para que a graça seja
mais abundante?” A resposta, naturalmente, é um enfático
“Não!” Não podemos continuar no pecado, porque morremos
para ele. Quando Cristo morreu, nós morremos e já que Ele
morreu para o pecado, nós também morremos para o pecado. O
batismo ilustra a morte e sepultamento de nosso velho homem
com Cristo e nossa ressurreição para andar em um novo estilo de
vida.
• Considerando-se morto (6.11-14)
O que é verdadeiro sobre nós posicionalmente deve se tornar
verdadeiro para nós de forma prática; devemos responder às tentações
pecaminosas como um defunto responderia e nos render daqui em diante a
Deus e à Sua vontade. A graça nos liberta do poder do pecado.
• De escravos do pecado a servos de Deus (6.15-23) No
entanto, o fato de estarmos debaixo da graça e não debaixo da Lei
não dá licença para pecar. Outrora nos entregávamos ao pecado
como escravos, praticando coisas das quais agora temos
vergonha. Doravante, temos que nos entregar como escravos à
justiça e à santidade. Fomos libertos do pecado e agora somos
desejosos servos de Deus. O salário do pecado foi substituído
pelo dom da vida de Deus.
Perceba o contraste: pecado x Deus (como mestres), salário x dom,
morte x vida eterna.

8. O LUGAR DA LEI NA VIDA DO CRISTÃO (CAP. 7)


• Liberdade da Lei (7.1-6)
A morte termina o domínio da Lei. Por exemplo, a morte quebra a lei
do casamento. Enquanto o marido estiver vivo, sua esposa está ligada a ele
pela lei. Mas, se ele morrer, ela está livre para se casar com outro homem. Da
mesma forma, os crentes estão livres da Lei através da morte de Cristo e,
agora, casados com Ele, são capacitados a gerar frutos para Deus. Nos dias
que não éramos convertidos, gerávamos frutos para a morte. Agora estamos
mortos para a Lei e nosso serviço é a liberdade e não a escravidão.
• A importância da Lei (7.7-14)
Isto não signi ca que tem alguma coisa de errado com a lei. Paulo
prova isto mostrando a importância que ela teve em sua vida antes de sua
conversão. Até certo ponto, o pecado era relativamente irreconhecível, mas
quando a lei veio até ele com um poder convincente, sua natureza
pecaminosa despertou e ele morreu para todos os seus pecados de auto-
justi cação. O problema não era a lei. Mas o pecado inato reviveu quando a
lei disse: “Não cobiçarás”. A natureza caída quer fazer aquilo que é proibido.
• A incapacidade da Lei em santi car (7.15-25) Mesmo após
a conversão, a Lei é incapaz de produzir santidade. Neste ponto,
o apóstolo descreve o con ito que acontece em um crente que
não conhece a verdade de sua identi cação com Cristo na morte
e ressurreição. A velha natureza está em con ito constante com a
nova. A vontade de fazer o que é certo está lá, mas falta a atitude.
Parece ser uma derrota contínua, ao invés de vitória constante. A
natureza carnal é incuravelmente má. É como um corpo morto
amarrado nas costas de uma pessoa. Mas há libertação por meio
de Cristo Jesus – como?
9. O ESPÍRITO SANTO COMO PODER PARA UMA VIDA
SANTA (CAP. 8)
• Andando no Espírito (8.1-4)
No capítulo 8, os pronomes pessoais do capítulo 7 (eu, me, mim, meu)
dão lugar ao Espírito Santo. A vitória não está em mim mesmo, mas no do
poder do Espírito Santo.
O Espírito fornece a vida ressurreta do Senhor Jesus, tornando o crente
livre da lei do pecado e da morte. A carne pecaminosa, como a lei da
gravidade, puxa uma pessoa para baixo. A vida de Cristo em uma pessoa
capacita esta a se elevar. Aqueles que andam no Espírito cumprem a justiça
que a Lei exigia, mas que não conseguia produzir.

• A carne versus o Espírito (8.5-14)


A carne controla o não convertido. Ele está preocupado com as coisas
da carne, uma atitude que é contrária a Deus, desobediente à Sua lei e que
leva à morte. O Espírito, por outro lado, controla os crentes. Eles estão
preocupados com coisas eternas, garantindo vida, paz e a ressurreição do
corpo que agora está sujeito à morte. Os crentes não devem mais à carne,
mas devem morti car os feitos do corpo dizendo “não” a todas as tentações
pecaminosas. Todos os verdadeiros lhos de Deus são guiados pelo Espírito.
• O Espírito de adoção (8.15-18)
Os crentes não vivem escravizados ao medo. Ao invés disso, o Espírito
Santo produz a consciência de que são lhos de Deus, herdeiros de Deus e
co-herdeiros com Cristo. Embora sofram agora, serão glori cados juntos.
Os sofrimentos presentes não são nada, quando comparados à glória futura!
• Do sofrimento à glória (8.19-25)
Toda a Criação, que agora está sofrendo por causa da entrada do
pecado, está ardendo em expectativa por um dia melhor quando os crentes
serão manifestados como lhos de Deus e quando a própria Criação será
liberta de sua miséria. Até mesmo os crentes gemem, aguardando seu corpo
glori cado. Esta é a esperança que acompanha a salvação.
• A intercessão do Espírito (8.26-27)
O Espírito Santo ora ao Pai por nós quando não sabemos como orar e
Suas orações estão sempre em harmonia com a vontade de Deus.
• Todas as coisas cooperam para o bem (8.28-39) Toda a
extensão do programa de Deus coopera juntamente para o bem
daqueles que O amam – de Sua presciência sobre nós na
eternidade passada à nossa futura glori cação. Assim sendo,
ninguém poderá ser contra nós. E já que Ele nos deu o maior dos
presentes, não vai reter outros menores. Ninguém poderá trazer
acusação válida contra nós ou nos condenar e nada no Universo
pode nos separar do amor de Cristo.
10. O PASSADO, PRESENTE E FUTURO DE ISRAEL À LUZ
DO EVANGELHO (CAP. 9-11)
• A rejeição de Cristo por Israel (9.1-5)
O fato que o Evangelho é tanto para os gentios quanto aos judeus pode
criar a impressão que Deus quebrou Suas promessas com Seu antigo povo,
Israel. Os capítulos 9 a 11 ocupam-se do passado, presente e futuro de Israel
no plano de Deus.
Paulo está angustiado profundamente por seu povo israelita, porque
não creu apesar dos mais maravilhosos privilégios.
• A rejeição de Israel e o propósito de Deus (9.6-13) A
rejeição de Cristo por Israel não signi ca que Deus falhou. Ele
sempre teve uma seleção soberana baseada na promessa e não
apenas de forma linear descendente. Isso pode ser observado na
escolha de Isaque sobre Ismael e de Jacó sobre Esaú.
• A rejeição de Israel e a justiça de Deus (9.14-33) A
soberania de Deus pode ser vista quando demonstra
misericórdia para alguns e quando endurece os corações de
outros, como o caso de Faraó, por exemplo. O endurecimento do
coração de Faraó por Deus não foi arbitrário. O tirano atraiu isso
sobre si. Ninguém pode questionar Deus sobre isso. Assim como
o oleiro tem o direito de fazer o que ele quiser com o barro, assim
também Deus tem o direito de escolher gentios e judeus. A nal,
Oséias não predisse a chamada dos gentios e Isaías não predisse a
rejeição de todos, menos do remanescente de Israel?
• O amor de Paulo pelo seu próprio povo (10.1-4) Longe de
ser um traidor de seu povo, Paulo amava os judeus ao ponto de
morrer por eles. Eles tinham zelo por Deus, mas falharam em
tentar obter a justiça pela obediência à Lei em vez da fé em
Cristo.
• Fazer versus crer (10.5-10)
A linguagem da lei e da fé são totalmente diferentes. A lei diz que você
deve fazer. A fé não diz para você fazer, mas para crer. Ela não o manda para
o céu para trazer Cristo à terra; Ele já veio na encarnação. Ela não lhe diz
para ir à sepultura para trazer Cristo de volta à vida; Ele já reviveu na
ressurreição. A fé lhe diz para confessar Jesus como Senhor (a encarnação de
Deus Filho) e crer em Deus Pai que O fez ressurgir (na ressurreição).
Quando você crer, é considerado justo; então você confessa sua salvação aos
outros.
• Proclamando as Boas Novas de Salvação (10.11-15) Esta
salvação é para “todo aquele que nele crê” – gentios como judeus
(v.11-12). A mensagem, porém, deve ser proclamada, então Deus
envia seus servos adiante. Eles pregam as boas novas, os
pecadores ouvem a oferta gratuita de Deus, alguns crêem na
mensagem, então invocam ao Senhor e são salvos.
• A resistência obstinada de Israel foi predita (10.16-21)
Infelizmente, nem todo o Israel creu na mensagem. Apesar de
uma proclamação mundial, muitos israelitas foram indiferentes
enquanto os gentios creram e foram salvos. O Senhor convidou
Israel o dia todo com as mãos estendidas, mas encontrou
desobediência e recusa in exível.
• A rejeição de Israel não é total (11.1-10)
Deus não rejeitou Seu antigo povo. O próprio Paulo é um exemplo de
um judeu salvo. Aconteceu a mesma coisa nos dias de Elias. A maioria da
nação tinha virado suas costas a Deus e buscado ídolos, ainda assim havia
um remanescente el. Então, hoje, há um remanescente escolhido que não é
baseado em suas obras, mas por soberana graça. O incrédulo Israel está
cego, assim como foi predito no Antigo Testamento.
• A queda de Israel não é nal (11.11-12)
Embora seja verdade que Israel caiu, esta queda não é nal ou para
sempre. Através de sua queda, a benção uiu para os gentios. Mas esta
bênção é nada comparada à bênção que a restauração de Israel irá trazer ao
mundo durante o Milênio!
• O propósito da rejeição de Israel (11.13-16) O apóstolo
gostaria que a bênção de Deus para os gentios provocasse inveja
a alguns israelitas e resultasse em sua salvação. Os gentios devem
compreender que, assim como a rejeição de Israel signi cou
reconciliação com o mundo, o restabelecimento de Israel será
como uma regeneração mundial. E tão certo como Abraão (as
primícias e raiz) foi separado por Deus, assim serão aqueles que
descendem dele na linhagem escolhida (os ramos).
• A boa oliveira: o lugar de privilégio (11.17-24) Israel
(alguns dos ramos) foi cortado da linhagem do favor de Deus e
os gentios (uma oliveira brava) foram enxertados. Mas os gentios
não devem se vangloriar, porque seria um processo muito menos
violento para Deus remover os gentios e enxertar Israel de volta.
• A promessa da restauração de Israel (11.25-27) Um
endurecimento veio sobre o segmento incrédulo de Israel até que
o último gentio tenha sido acrescentado à Igreja. Então, na
Segunda Vinda, todo o remanescente el será salvo, como foi
profetizado por Isaías e Jeremias.
• Israel amado, mas alienado (11.28-32)
O status presente de Israel é alienação do favor de Deus enquanto o
Evangelho vai para os gentios. Mas eles ainda são amados por causa dos
patriarcas e Deus irá eventualmente cumprir Suas promessas. Assim como
gentios incrédulos eventualmente encontraram misericórdia, quando Israel
for provocado à inveja através do favor demonstrado aos gentios, ele
também encontrará misericórdia. Desta forma, haverá misericórdia para
todos.
• As maravilhas da sabedoria de Deus (11.33-36) A
contemplação dos feitos maravilhosos da graça de Deus inspira
louvor e adoração. Suas riquezas, sabedoria e conhecimento são
insondáveis, suas decisões imperscrutáveis e seus caminhos
impenetráveis. Não tem ninguém igual a Ele, não precisa de
conselheiro e não pode estar em dívida com ninguém. Ele é a
fonte, o Agente e o propósito de toda Criação.
11. O COMPORTAMENTO DOS CRISTÃOS (CAP. 12.1-15.13)
• Responsabilidades para com Deus, Igreja e sociedade
(Cap.12) O restante da Carta aos Romanos é amplamente
dedicado a instruções práticas para aqueles que têm sido
justi cados pela fé.
A única resposta racional pelas misericórdias de Deus é ter um
comprometimento completo com Ele, evitar conformidade com o mundo e
ter uma mente transformada (v.1-2). Não há espaço para o complexo de
superioridade ou inferioridade, já que todo membro do Corpo de Cristo
tem seu dom espiritual ou função (v.3-5). A pessoa deve exercitar este dom
com toda a habilidade que Deus dá (v.6-8). Mas o dom não é su ciente. Ele
deve ser associado com um caráter semelhante a Cristo (v.9-21).
• Responsabilidades para com o Governo (13.1-7) Os
crentes devem ser obedientes ao governo humano já que os
governantes são instituídos por Deus para preservar a ordem e
punir os transgressores. As autoridades são servas de Deus
o cialmente, mesmo se não O conhecem pessoalmente. Resistir a
eles é opor-se a Deus e atrair castigo. Obediência às autoridades
inclui pagamento de impostos e demonstração de respeito.
Devemos obedecer, pagar e orar. Contudo, se a obediência ao
governo requer desobediência a Deus, então os crentes devem
recusar a se submeter ao governo e sofrer as conseqüências sem
se rebelar (veja Atos 5.29).
• Responsabilidades com o próximo (13.8-10)
O amor é outra obrigação distinta. Aquele que ama seu próximo
cumpre a lei.
• Revestindo-se do Senhor Jesus Cristo (13.11-14) O tempo
que nos resta é curto. Nossa salvação nal, isto é, nosso estado
glori cado, está mais perto do que nunca. Devemos descartar as
obras impuras da escuridão e nos revestir do Senhor Jesus Cristo
e nada dispondo à natureza caída e depravada.
• A lei da liberdade (14.1-13)
Do capítulo 14.1 a 15.13, o apóstolo Paulo trata do comportamento
cristão em questões de imparcialidade moral, isto é, coisas que não são
certas ou erradas em si. Algumas pessoas podem ser “fracas” porque são
excessivamente cuidadosas em relação a estas coisas. Outros são “fortes”,
pois têm liberdade de fazer estas coisas sem uma má consciência. Aqui estão
os princípios diretivos: O irmão fraco deve ser recebido, mas sem a idéia de
disputa com ele (v.1). O irmão mais forte não deve desprezar o fraco e o
fraco não deve julgar o forte. Não temos o direito de julgar os servos do
Senhor nestas questões (v.2-4). Em relação às comidas e à observância de
dias religiosos, cada um deve ter sua opinião bem de nida em sua própria
mente. O importante é que cada lado busque agradar ao Senhor (v.5-9).
Vamos dar contas de nós mesmos e não dos outros, no Tribunal de Cristo.
Ao invés de julgar, devemos ter cuidado de não fazer ninguém tropeçar
(v.10-13).
• A lei do amor (14.14-23)
Nenhuma comida causa impureza cerimonial, mas se uma pessoa a
considera impura, então não deve comê-la. Comidas não são importantes o
su ciente para que ofendamos outro irmão ou destruamos seu bem-estar
espiritual ou para que permitamos tais coisas secundárias desonrem nosso
bom nome. O que realmente conta é justiça, paz e alegria. Estas ganham a
aprovação de Deus e dos homens (13-18). Devemos manter a paz e
harmonia na comunhão cristã e buscar edi car os outros. Não podemos
fazer nada para atrapalhar a obra de Deus na vida de outra pessoa. É errado
alguém agir contra sua própria consciência. É melhor nunca comer carne ou
beber vinho do que fazer alguém tropeçar, ofendê-lo ou causar um estrago
espiritual. Se temos liberdade em ceder a coisas que não são erradas em si
mesmas, devemos praticá-las de forma privada. Se um irmão fraco come
com uma consciência culpada, ele peca (19-23).
• Suportando a carga uns dos outros (15.1-4)
Os primeiros 13 versículos do capítulo 15 continuam a tratar sobre
questões de imparcialidade moral. O forte deve tratar o fraco com bondade
e consideração e cada um deve seguir o exemplo de Cristo, vivendo de
modo que agrade ao próximo e não a si mesmo. Cristo viveu para agradar
Seu Pai e tomou os insultos contra o Pai pessoalmente, como predito pelo
salmista.
• Glori cando a Deus juntos (15.5-13)
A tensão sobre comidas e observância de dias especiais provavelmente
aconteceu entre os judeus convertidos e gentios convertidos, sendo os
judeus os “fracos”. Paulo ora para que ambos os lados aprendam a viver
harmoniosamente unidos, de acordo com os ensinos e exemplo do Senhor
Jesus, adorando a Deus e recebendo um ao outro em Sua glória (5-7). O
ministério do Senhor Jesus é tanto para judeus como para gentios, como
visto em três citações do Antigo Testamento. A implicação é a de que nossos
corações devem ser su cientemente grandes para abraçar ambos. Paulo
encerra esta parte com a oração que Deus dará, aos santos, alegria e paz ao
crerem (8-13).
12. EXPLICAÇÕES FINAIS, ADMOESTAÇÕES E SAUDAÇÕES
(CAP. 15.14-16.27)
• O propósito de Paulo ao escrever (15.14-16) Paulo estava
con ante que os cristãos romanos atentariam às suas orientações
e o reconheceriam como servo de Deus aos gentios.
• A trajetória de pregação de Paulo: de Jerusalém até o
Ilírico (15.17-21) Ele não se gloriou do que Deus fez através dos
outros, mas somente da forma maravilhosa que o Senhor operou
através do seu ministério aos gentios. Sua política era a de pregar
em território virgem ao invés de edi car sobre o fundamento de
outro, cumprindo assim a profecia de Isaías concernente à
evangelização dos gentios.
• O plano de Paulo para visitar Roma (15.22-29) Até agora
sua agenda carregada o tinha impedido de visitar Roma, mas
após ele ter entregue os fundos doados pelas igrejas gentias aos
santos necessitados em Jerusalém, ele planejou fazer uma parada
em Roma, em seu caminho à Espanha. Os fundos,
conseqüentemente, eram um pagamento material de uma dívida
espiritual.
• Pedido de oração de Paulo (15.30-33)
O apóstolo encerra esta seção com um pedido de oração para ser
protegido dos judeus “zelotes”, que os santos judeus aceitem os fundos
graciosamente e que sua visita a Roma seja jubilosa e também restauradora.
• Ajudando uma irmã abnegada (16.1-2)
Dentre outras coisas, esta carta serviu para apresentar Febe aos santos
em Roma como uma serva el à igreja em Cencréia.
• Saudando os santos em Roma (16.3-16)
Os versos 3-16 contêm saudações e cumprimentos a vários crentes que
eram conhecidos de Paulo, embora ele nunca tenha estado em Roma. À luz
dos ataques injustos contra Paulo, de que ele era “machista”, deve ser
observado como saudou com apreço, em Cristo, as muitas mulheres: Maria,
Júnias, Trifena, Trifosa, Pérside, mãe de Rufo, Hermas, Júlia, irmã de Nereu
e, naturalmente, Febe, que carregou o pergaminho original de Romanos!
Alguns têm comparado este capítulo a uma miniatura do Tribunal de
Cristo.
• Advertência contra pessoas destrutivas (16.17-20) Paulo
não pode terminar esta carta sem uma advertência contra os
falsos mestres que podem se in ltrar nas igrejas.
• Saudações dos amigos de Paulo (16.21-24)
Paulo também envia saudações de amigos cristãos que estavam com
ele, incluindo Tércio, o assistente que escreveu o manuscrito original desta
grande epístola doutrinária e prática.
• Doxologia (16.25-27)
Os companheiros de Paulo colocam suas saudações e então a carta
termina com uma doxologia, exaltando a Deus por revelar o mistério da
Igreja por meio dos profetas do Novo Testamento.
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS
CORÍNTIOS

INTRODUÇÃO
ORIGEM DA IGREJA EM CORINTO
Paulo visitou Corinto pela primeira vez em sua segunda viagem
missionária (Atos 18). Primeiramente, ele ministrou entre os judeus
juntamente com Priscila e Áquila, seus companheiros que faziam tendas.
Quando a maioria dos judeus rejeitou sua mensagem, ele voltou-se aos
gentios. Muitos foram salvos através da pregação do Evangelho e uma igreja
foi formada.
• Origem e data de 1 Coríntios
Mais ou menos três anos depois, quando Paulo estava pregando em
Éfeso, ele recebeu uma carta de Corinto, relatando os problemas daquela
congregação e fazendo várias perguntas quanto à prática cristã. Foi em
resposta a esta carta que foi escrita a Primeira Carta aos Coríntios, em torno
de 54-55 d.C.
ESBOÇO DE 1 CORÍNTIOS
1. Saudação (1.1-3)
2. Ações de graças de Paulo (1.4-9)
3. Divisões na igreja (1.10-4.21)
4. Disciplina na igreja (Cap. 5)
5. Processos entre cristãos (6.1-11)
6. Alguns princípios para julgar entre certo e errado (6.12-20)
7. Instruções concernentes ao casamento e celibato (Cap.7)
8. A questão sobre comer carne oferecida aos ídolos (8.1-11.1)
9. Instruções concernentes ao uso do véu às mulheres (11.2-16)
10. Instrução quanto à Ceia do Senhor (11.17-34)
11. Os dons do Espírito e seu uso na Igreja (Cap.12-14)
12. A resposta de Paulo para aqueles que negavam a ressurreição
(Cap.15)
13. Instruções quanto à coleta aos necessitados (16.1-4)
14. Os planos pessoais de Paulo (16.5-9)
15. Exortações nais e saudações (16.10-24)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-3)
As saudações iniciais geralmente incluíam uma referência ao seu
apostolado, aos membros da equipe que estavam com ele ou a alguma
característica especial da igreja ou indivíduo para quem ele escrevia. Então
ele acrescentava sua saudação típica, “graça e paz”. A característica especial
dos crentes em Corinto era de “santi cados em Cristo Jesus, chamados
...santos”. Quanto à sua posição, eram santos, mas a prática não era sempre
santi cada, como veremos. Aqui está um lembrete de que nosso estado deve,
de modo crescente, corresponder à nossa posição.
2. AÇÕES DE GRAÇAS DE PAULO (CAP. 1.4-9)
O apóstolo era agradecido por eles serem ricamente dotados com dons
do Espírito Santo, especialmente os dons de línguas e conhecimento. Isto era
uma con rmação da obra de Deus em suas vidas e Paulo estava con ante
que o Senhor os preservaria até o m.
3. DIVISÕES NA IGREJA (CAP. 1.10-4.21)
• Sectarismo em Corinto (1.10-17)
O primeiro problema a ser tratado eram as divisões na igreja, com cada
grupo reivindicando seu próprio líder. Isto era uma negação da unidade do
corpo de Cristo, um desprezo Àquele que fora cruci cado por eles e uma
rejeição ao signi cado do batismo. Paulo havia batizado apenas alguns,
temendo que a lealdade do povo fosse para com ele e não para com Cristo.
Ele não dependia da oratória ou retórica para que a cruz de Cristo não
perdesse seu efeito. Será que os pregadores mais famosos de hoje teriam este
mesmo cuidado e humildade?
• A Sabedoria e Poder de Deus (1.18-25)
Aparentemente havia aqueles em Corinto que desejavam tornar o
Evangelho mais aceitável aos lósofos e eruditos, removendo ou abrandando
a ofensa da cruz. Paulo insistia que a mensagem da cruz é o oposto de tudo
que as pessoas consideram ser a verdadeira sabedoria. É loucura para
aqueles que estão perecendo, mas Deus a utiliza para salvar aqueles que
crêem. É uma pedra de tropeço aos judeus que pedem sinais e loucura para
os gregos amantes da sabedoria, mas poder e sabedoria de Deus para
aqueles a quem Ele chama. Deus usa “loucura” e “fraqueza” para fazer o que
a sabedoria e poder do homem nunca poderiam fazer.
• Glória no Senhor (1.26-31)
Por que os coríntios devem demonstrar tamanha reverência pelo
intelectualismo e loso a? Eles não tinham vindo da elite intelectual da
sociedade! Deus escolhe pessoas simples, fracas, humildes, desprezadas para
cumprir Seus propósitos para que Ele receba o crédito e para que o orgulho
humano seja excluído. Cristo é nossa sabedoria, justiça, santidade e
redenção: se formos nos gloriar, devemos nos gloriar nEle.
• Pregando a Cristo cruci cado (2.1-5)
O apóstolo menciona sua própria introdução aos Coríntios como um
exemplo do que tinha acabado de dizer. Ele não havia tentado impressioná-
los com eloqüência ou sabedoria superior, mas havia pregado a simples
mensagem de Cristo cruci cado. Ele não tinha poder em si mesmo; era
fraco, temeroso e trêmulo. Eles sabiam que ele não era responsável pelo que
havia acontecido em suas vidas. Qualquer crédito deveria ser do Senhor.
• Revelação pelo Espírito de Deus (2.6-10a)
Isto não signi ca que o Evangelho é algo tolo, pois, aos maduros
espiritualmente é sabedoria divina que Deus havia mantido em segredo
desde antes de o tempo começar. Isaías havia predito que Deus, um dia,
revelaria maravilhosas verdades além da imaginação humana e agora Deus
as tem revelado aos apóstolos pelo Espírito.
• Revelação (2.10b-12)
Primeiramente, houve revelação. De certa forma não compreendemos
totalmente. O Espírito do Senhor revelou estas verdades profundas de Deus
a Paulo e a nenhum outro escritor do Novo Testamento. Assim, já que
somente o Espírito conhece a mente de Deus, somente Ele pode revelar as
verdades de Deus ao povo de Deus.
• Inspiração (2.13)
Então houve inspiração. Os apóstolos escreveram as verdades que lhes
haviam sido reveladas nas mesmas palavras que o Espírito Santo lhes deu
para usar. Eles não usaram palavras de suas próprias escolhas ou ditadas
pela sabedoria humana.
• Iluminação (2.14-16)
Finalmente há iluminação. O Evangelho não é somente divinamente
revelado ou inspirado, mas ele pode ser compreendido somente pelo poder
do Espírito de Deus. O homem natural é incapaz de receber verdades
divinas: elas são loucura para ele. O homem espiritual, tendo a mente de
Cristo, pode discernir estas verdades maravilhosas, mesmo que ele não
consiga ser compreendido pelo incrédulo.
• Sectarismo carnal (3.1-4)
Por causa da carnalidade dos coríntios, Paulo não pôde lhes comunicar
profundas verdades. A prova dessa carnalidade estava no fato de que havia
inveja e contendas entre eles. Ao formarem partidos, estavam agindo em um
nível puramente humano.
• Plantando e regando (3.5-9)
Os cristãos coríntios deveriam perceber que homens como Apolo e
Paulo eram apenas servos e não mestres. Como servos, tudo que poderiam
fazer era plantar e regar, somente Deus poderia conceder vida espiritual. Em
um dia vindouro as suas obras poderiam ser avaliadas e recompensadas.
Enquanto isso, eram cooperadores, servindo os coríntios de quem Paulo
descreve como lavoura e edifício de Deus.

• Três tipos de construtores (3.10-17)


Paulo havia vindo a Corinto como um sábio construtor, lançando um
fundamento verdadeiro – as verdades concernentes à Pessoa e obra de
Cristo. Outros mestres seguiram-nO, construindo sobre este fundamento.
Todo ensino é de valor duradouro, temporário ou destrutivo e cada
trabalhador será recompensado de acordo com seu trabalho. Um bom
mestre constrói com ouro, prata e pedras preciosas, isto é, seu ensino é
sólido e duradouro. Outro mestre poderá construir com madeira, palha e
feno, que signi ca que seu ministério é raso e de valor apenas temporário.
Um terceiro “construtor” poderá destruir uma igreja por sua doutrina
maligna. O primeiro trabalhador será recompensado. O segundo sofrerá
perda, embora que ele mesmo se salvará. O terceiro será abatido, por ser um
crente apenas nominal.
• Em Cristo tudo é nosso (3.18-23)
A verdadeira sabedoria para um servo de Cristo encontra-se em
compreender sua insigni cância. A verdadeira sabedoria para o povo de
Deus encontra-se em compreender que todos os servos de Deus pertencem
a Ele; eles não devem escolher favoritos ou formar partidos entre si.

• Despenseiros dos mistérios de Deus (4.1-5) Os líderes


cristãos são servos de Cristo e despenseiros das verdades de
Deus. Exige-se que sejam éis. Outros não podem julgar isto. Um
servo não pode julgar nem sua própria delidade! Somente Deus
pode fazer isto e, por isso, o julgamento deve ser deixado para
Ele.
• A origem das divisões (4.6-7)
O orgulho era a causa das divisões que haviam ocorrido na igreja em
Corinto. Mas isto é tolice. Se um obreiro cristão é mais dotado do que o
outro, é porque Deus o fez assim.
• Loucos pela Causa de Cristo (4.8-13)
Os coríntios eram auto-su cientes, orgulhosos, ricos, vivendo em luxo,
conforto e tranquilidade. Estavam reinando como reis. Enquanto isso, os
apóstolos passavam fome, sede, vestidos com trapos, brutalizados, sem lar,
perseguidos, difamados e tratados como a escória da terra!
• O cuidado paternal de Paulo (4.14-21)
Paulo explicou que não usava a ironia para envergonhar os crentes.
Como pai na fé, ele os incitava a imitá-lo. Ele estava enviando Timóteo para
lembrá-los de seu estilo de vida. Isto não signi cava que o apóstolo não iria
a Corinto. Ele estava planejando ir, pois saberia se aqueles que causaram as
divisões tinham apenas palavras ou se também tinham poder espiritual. Sua
disposição dependeria dos próprios coríntios.
4. DISCIPLINA NA IGREJA (CAP. 5)
• Imoralidade na Igreja (5.1-8)
Agora Paulo lida com outro problema na igreja; um homem foi
culpado de incesto com a mulher de seu pai (aparentemente sua madrasta).
A atitude da igreja foi de orgulho ao invés de lamento. A atitude de Paulo foi
de entregar o homem a Satanás para a destruição da carne, isto é, para
corrigir este traço pecaminoso em seu caráter. O pecado na igreja age como
fermento: ele se espalha, contamina muitos e afeta negativamente a todos.
Portanto, deve ser lançado fora. As vidas dos crentes devem ser um festival
contínuo de pão sem fermento, isto é, devem ser exemplos vivos de
sinceridade e verdade.
• A imoralidade deve ser julgada (5.9-13)
No dia a dia, é impossível evitar contato com pessoas imorais. Mas, na
Igreja, é errado tolerar aqueles que são culpados de comportamento
pecaminoso. Podemos deixar que Deus julgue incrédulos imorais, mas
somos responsáveis para disciplinar crentes declarados quando foram
comprovadamente culpados de imoralidade sexual, avareza, idolatria,
difamação, calúnia ou alcoolismo. É proibida a comunhão social com
crentes declarados que estão vivendo no pecado.
5. PROCESSOS ENTRE CRISTÃOS (CAP. 6.1-11)
• Processos em cortes pagãs (6.1-5)
Outro problema em Corinto eram os processos entre os crentes, uma
prática que o apóstolo julgava ser totalmente inconsistente com princípios
cristãos. Porque, já que os santos um dia vão julgar o mundo e até os anjos,
eles deverão ser capazes de julgar as coisas pertencentes a esta vida. Deve
haver pelo menos um homem na igreja local que seja capaz de lidar com tais
questões!
• Melhor ser ofendido do que pecar (6.6-11)
É melhor sofrer o dano e ser enganado do que ir a juízo contra um
irmão. Ao invés disso, os crentes estavam fazendo injustiça e causando dano.
Estavam agindo como pessoas más e incrédulas que não herdarão o reino de
Deus. Eles tinham sido lavados, separados e justi cados e deveriam se
portar de acordo com isso.
6. ALGUNS PRINCÍPIOS PARA JULGAR ENTRE CERTO E
ERRADO (CAP. 6.12-20)
Nesta parte, o apóstolo demonstra algumas diretrizes na área do
comportamento pessoal. Algumas coisas são legítimas, mas não são
bené cas. Outras coisas são legítimas, mas opressoras. Outras, ainda, são
legítimas, mas somente de valor temporário. Entretanto, usar o corpo para a
impureza sexual é sempre errado. O corpo é para o Senhor e o Senhor para
o corpo. Assim como o corpo de Cristo foi ressurreto, assim será o nosso
também. Nossos corpos são membros de Cristo. Fornicação é um pecado
contra o corpo como nenhum outro pecado. O corpo é o templo do Espírito
Santo, comprado por Cristo e pertencente a Deus.
7. INSTRUÇÕES CONCERNENTES AO CASAMENTO E
CELIBATO (CAP. 7)
Os coríntios haviam escrito várias questões sobre casamento e celibato.
As respostas do apóstolo são dadas aqui.
• Princípios do casamento (7.1-6)
Como princípio geral, é bom permanecer solteiro. Entretanto, o
casamento é aconselhável por causa do perigo da impureza moral. O
casamento deve ser com uma pessoa e cada parceiro deve retribuir ao outro
as obrigações da vida casada, já que há dependência mútua. A única razão
de se privar um do outro, no casamento, é para dedicar-se à oração. Mesmo
assim, esta abstinência deve ser temporária e por consentimento mútuo. É
permitido, mas não ordenado.
• Conselho para solteiros e viúvas (7.7-9)
Paulo considerava o estado de solteiro preferível, mas compreendia que
poderia ser somente vivido com a capacitação divina. Porquanto
aconselhava os solteiros e viúvas a permanecer solteiros, admitia que casar-
se é preferível à falta de auto-controle.
• Princípios para os crentes casados (7.10-11) Em
casamentos onde os dois cônjuges são crentes, o casamento não
pode ser rompido. Se ocorrer uma separação, não deve haver um
segundo casamento, pois a reconciliação poderá sempre ser algo
possível.
• Princípios para casamentos mistos (7.12-24) Se um cristão
é casado com um descrente, o cristão não deve se separar, já que
o descrente é colocado em uma posição de privilégio externo.
Seu relacionamento próximo ao crente fornece uma exposição
constante ao Evangelho e às virtudes da vida cristã. Se o
descrente quer se afastar, isso deverá ser-lhe permitido
paci camente, mas a esperança de sua eventual salvação deverá
estar sempre presente. A regra geral é que tornar-se cristão não
signi ca necessariamente destruir laços existentes, sejam
culturais, raciais ou sociais.
• Conselho aos solteiros (7.25-28)
Agora seguem alguns conselhos para os solteiros, sejam homens ou
mulheres. Em geral, é bom ser solteiro, em vista da a ição atual, isto é, os
sofrimentos desta vida terrena em geral. É uma a ição sempre presente e
não somente nos dias de Paulo. Isto certamente não signi ca que os casados
devem se divorciar, tampouco signi ca que é um pecado se casar, mesmo
com todas as di culdades envolvidas.
• Benefícios de permanecer solteiro (7.29-38) O estado de
solteiro é preferível por causa da brevidade do tempo e porque
ele permite uma pessoa servir ao Senhor sem distração. Se um
homem se comporta impropriamente para com sua virgindade
(se ele não pode ter auto-controle na área sexual), lhe é
permitido casar. Se ele puder se auto-controlar e manter sua
virgindade, é melhor ser solteiro.
• Conselho para viúvas cristãs (7.39-40)
Já que a morte separa o laço matrimonial, uma viúva está livre para se
casar. No entanto, ela será mais feliz se permanecer como viúva.
8. A QUESTÃO SOBRE COMER CARNE OFERECIDA AOS
ÍDOLOS (CAP. 8.1-11.1)
• Conhecimento e amor (8.1-3)
Somente conhecimento não é um guia su ciente nesta área; ele tende a
produzir orgulho. O amor é extremamente necessário.

• Um Deus e um Senhor (8.4-6)


Primeiramente, existem alguns fatos básicos concernentes aos ídolos.
Os ídolos não representam deuses reais. Eles são chamados de deuses ou
deuses mitológicos que dizem estar no céu e na terra. No entanto, existe
somente um verdadeiro Deus e somente um Senhor Jesus Cristo.
• Sensibilidade à consciência de alguém (8.7-13) O grande
perigo de comer comida oferecida aos ídolos é que pode ofender
um irmão fraco. Sob tais circunstâncias é um pequeno sacrifício
se abster da refeição. É uma coisa séria ser uma pedra de tropeço
a um irmão fraco. Isto pode encorajá-lo a fazer algo que sua
consciência condena e ao fazê-lo, uma pessoa por quem Cristo
morreu, pode arruinar seu testemunho. Fazê-lo tropeçar é pecar
contra Cristo. Seria melhor nunca comer carne do que ofender
um irmão. Isto também é verdade em relação a beber vinho. É
melhor renunciar direitos legítimos do que impedir o progresso
espiritual de alguém.
• O padrão de Paulo de auto-negação (9.1-14) Paulo cita
agora seu próprio exemplo de auto-negação para o bem dos
outros. Como um apóstolo que havia visto o Senhor, cujo
ministério havia sido abençoado, ele tinha direito a um sustento
nanceiro. Ele lista seis argumentos: 1) Os outros apóstolos eram
sustentados;
2) Nos negócios humanos um soldado, um cultivador de vinhas e um
pastor de ovelhas recebem suas partes do lucro;
3) A Lei de Moisés diz que o trabalhador deve tirar sua parte da
colheita;
4) Outros estavam sendo sustentados pelos coríntios;
5) Aqueles que serviam no Templo eram sustentados;
6) O Senhor ordenou que aqueles que pregassem o Evangelho deveriam
receber seu sustento do Evangelho.
• Tornando o Evangelho livre de acusações (9.15-18)
Contudo, o apóstolo havia recusado este direito legítimo de
sustento. Ele não poderia se gloriar em pregar o Evangelho, já
que havia um constrangimento divino sobre ele. Portanto, ele
gloriava-se no fato de que sustentava a si mesmo nanceiramente
para tornar o Evangelho livre de acusações aos outros.
• Servindo a todos (9.19-23)
Sempre que podia fazê-lo sem comprometer sua lealdade a Cristo,
Paulo abandonava direitos legítimos para o bem do Evangelho, seja para
judeus debaixo da Lei, seja para aqueles que não estavam debaixo da Lei ou
aos fracos – em suma, a todos.

• Correndo para o prêmio (9.24-27)


O apóstolo estava atenciosamente acautelado do perigo de alguém
perder seu prêmio por causa da falta de auto-disciplina. Como atletas
correm para ganhar o prêmio, assim somos nós. Porquanto atletas praticam
a auto-disciplina para ganhar uma coroa corruptível, devemos fazer o
mesmo para ganhar uma coroa incorruptível. Paulo não corria sem um alvo
ou lutava contra a sombra, mas mantinha seu corpo em sujeição a m de
que não fosse desquali cado no nal. Não era uma questão de perder sua
salvação, mas de ser desquali cado quanto ao serviço a realizar.
• Advertências do Antigo Testamento (10.1-13) A história
de Israel apresenta exemplos vívidos do perigo da idolatria e
auto-indulgência. Todos os israelitas desfrutavam dos mesmos
privilégios maravilhosos ao atravessarem o Mar Vermelho e na
passagem pelo deserto, mas Deus estava insatisfeito com a
maioria deles e eles pereceram no deserto. Por quê? Porque
cobiçaram coisas pecaminosas, cometeram idolatria e fornicação,
tentaram e desa aram ao Senhor e murmuraram. Estas coisas
aconteceram como exemplos (lit. “tipos”) para nós – uma
advertência contra os auto-con antes e um consolo aos que estão
sendo provados.
• A mesa do Senhor é única e exclusiva (10.14-22) Paulo
está agora para dar instruções especí cas concernentes a carnes
oferecidas aos ídolos. Os crentes estão proibidos de participar em
festas idólatras em templos de ídolos. Assim como comer à Mesa
do Senhor signi ca comunhão com Ele e, assim como israelitas
que comiam os sacrifícios tinham comunhão com o altar, assim
aqueles que comem nas festas dos ídolos estão, na verdade, tendo
comunhão com os demônios que estão associados com os ídolos.
É moralmente impossível ter comunhão com o Senhor e com os
demônios! Aqueles que o fazem provocam o Senhor ao ciúme e
O levam a revelar Seu poder em julgamento.
• O teste triplicado (10.23-24)
Em relação a outras situações, o cristão deve se perguntar: É lícito? É
proveitoso? Edi ca – isto é, edi caria os outros?

• A glória de Deus e o bem-estar dos outros (10.25-11.1) As


carnes vendidas no mercado podem ser comidas, mesmo que
previamente oferecida aos ídolos. Carnes oferecidas aos ídolos
podem ser comidas em uma casa particular a menos que a
consciência de um irmão fraco seja ofendida. Porque assim, esta
ofensa causaria condenação desnecessária a alguém e seria a
causa de falatórios malignos. Tudo que zermos deve ser para a
glória de Deus e para o bem-estar dos outros.
9. INSTRUÇÕES CONCERNENTES AO USO DO VÉU ÀS
MULHERES (CAP. 11.2-16)
• O signi cado dos véus (11.2-10)
Após uma palavra preliminar de louvor, a apóstolo começa o assunto
do véu. Primeiramente, ele destaca que existem três esferas de autoridade no
universo – Cristo sobre o homem, o homem sobre a mulher e Deus sobre
Cristo. Um homem deve orar ou profetizar com a cabeça descoberta, mas
uma mulher com a cabeça coberta, de outra forma ela desonra sua cabeça. É
vergonhoso para uma mulher estar descoberta. A sujeição da mulher ao
homem remonta à Criação, quando a mulher foi feita do homem para o
homem. Isto prova que não é algo limitado à cultura dos dias de Paulo. Ela
deve vestir um véu como símbolo de sua sujeição – e por causa dos
observadores inocentes.
• A interdependência de homens e mulheres (11.11-12)
Enquanto homens e mulheres são mutuamente dependentes um
ao outro, a posição de cada um é determinada por ordem divina.
• A analogia da natureza (11.13-15)
A natureza ensina que as mulheres devem estar cobertas. Assim como é
vergonhoso para um homem ter cabelo comprido, é glória para uma mulher
tê-lo.
• A prática do ensino de Paulo (11.16)
O costume dos apóstolos e das igrejas era que as mulheres usassem véu.
10. INSTRUÇÕES QUANTO À CEIA DO SENHOR (CAP. 11.17-
34)
• Abusos na Ceia do Senhor (11.17-22)
O assunto muda agora para os abusos que haviam surgido em relação à
Ceia do Senhor. Antes de tudo, havia divisões entre os santos quando
estavam juntos. Em segundo lugar, eles confundiam a Ceia do Senhor com
uma refeição comum na qual alguns comiam sem esperar pelos outros,
alguns eram deixados com fome e alguns até se embriagavam.
• O signi cado da Ceia do Senhor (11.23-26) O verdadeiro
propósito da Ceia é lembrar-se do Senhor em Sua morte até que
venha, de acordo com Seu pedido. O pão fala do corpo de Cristo
entregue e o cálice de Seu sangue derramado.
• Auto-exame antes de participar (11.27-34)
Participar de forma indigna é ser culpado de Seu corpo e sangue e
atrair a si mesmo o julgamento de Deus. Portanto, os crentes devem julgar a
si mesmos e lançar fora todo o pecado antes de comer e beber. Além disso,
também devem esperar uns pelos outros e não fazer da Ceia do Senhor um
tempo para deleites e farras.
11. OS DONS DO ESPÍRITO E SEU USO NA IGREJA (CAP. 12-
14)
Os capítulos 12-14 tratam sobre dons espirituais, especialmente
profecias e dom de línguas.
• O teste do Espírito Santo (12.1-3)
Os crentes devem estar cientes que há diferentes formas de
manifestações de espíritos. Há manifestações de espíritos malignos e do
Espírito Santo. O verdadeiro teste do Espírito Santo é a con ssão sincera de
que Jesus é Senhor.
• Diversidade na unidade (12.4-6)
Há uma variedade de dons espirituais, mas uma unidade triplicada.
Todos são dirigidos pelo mesmo Espírito. Todos servem ao mesmo Senhor.
Todos se originam do mesmo Deus.
• Manifestações diferentes do mesmo Espírito (12.7-11) O
propósito comum dos dons espirituais é bene ciar toda a Igreja
(v.7). Para citar alguns deles: palavra da sabedoria, a palavra do
conhecimento, fé, curas, milagres, profecia, discernimento de
espíritos, línguas e interpretação de línguas (outras passagens
mostram dons adicionais). O Espírito distribui estes dons
soberanamente (v.8-11).
• A analogia do corpo humano (12.12-20)
Paulo usa o corpo humano para ilustrar a unidade e diversidade da
obra do Espírito. Assim como há muitos membros no corpo, muitos (todos)
crentes foram batizados no corpo de Cristo e todos tomam parte do mesmo
Espírito. Qualquer corpo exige muitos membros. É ridículo um membro
invejar o outro porque todo membro tem uma função distinta, designada
por Deus. Com somente um membro, não haveria corpo; com muitos
membros, há um corpo funcional.
• Todos por um e um por todos (12.21-26)
Nenhum membro é independente dos outros; todos são necessários.
De fato, os membros mais fracos são geralmente mais importantes e os
membros que parecem ser menos dignos recebem maior honra. Deus
formou o corpo misturando os membros decorosos e os que não o são para
que haja uma cooperação harmoniosa e um cuidado mútuo. O que afeta um
membro afeta a todos.
• Dons diferentes para crentes diferentes (12.27-31) Os
cristãos formam o corpo de Cristo e, individualmente, são
membros desse corpo. Deus estabeleceu uma variedade de dons
na Igreja, mas Ele não deu o mesmo dom a todos. Uma igreja
local deve desejar os dons que são mais úteis às suas necessidades
particulares. As palavras “um caminho sobremodo excelente”
introduzem o capítulo 13, o capítulo do Amor.
• A excelência do amor (13.1-3)
Mais importante do que estes dons em si, é o exercício prático destes
em amor. O amor sempre pensa nos outros ao invés de pensar em si.
Portanto, o amor exercita seus dons para o benefício dos outros. Este é o
caminho mais excelente mencionado em 12.31b.
• As qualidades do amor (13.4-7)
Aqueles que praticam seus dons em amor são caracterizados por
qualidades listadas aqui semelhantes às de Cristo, como: paciência, bondade,
humildade, amabilidade e perseverança.
• A permanência do amor (13.8-11)
Os dons de línguas, profecia e conhecimento terão um m, seja neste
tempo ou na eternidade, mas o amor é para sempre. No versículo 11, Paulo
poderia estar sugerindo que o uso de um dom para sua própria exibição ou
para atrair atenção é como uma criança se divertindo com um brinquedo.
Uma pessoa espiritualmente madura coloca de lado coisas infantis.
• A grandeza do amor (13.12-13)
Um dia, o parcial dará lugar ao completo, a re exão ofuscada será uma
visão plena. O amor, porém, será sempre a maior das virtudes cristãs.
• Profecia é superior ao dom de línguas (14.1-5) O dom de
profecia é melhor do que o de línguas sem interpretação, porque
ele bene cia os ouvintes. As pessoas compreendem a profecia
porque é em sua própria língua. Ninguém é edi cado pelas
línguas, a menos que sejam interpretadas.
• Uma mensagem clara bene cia a Igreja (14.6-12) Paulo
insiste que os sons devem ser claros, distintos e inteligíveis se
têm o propósito de transmitir uma mensagem. Isto é verdadeiro
sobre a linguagem humana, notas musicais e sons de pássaros e
animais. As igrejas que estão ávidas por possuir dons espirituais
devem desejar os dons que edi cam.
• A importância de ser compreendido (14.13-20) As línguas
edi cam somente quando são interpretadas. Seja orando,
cantando ou louvando em línguas, deve fazê-lo para ser
compreendido. De outra forma, ninguém pode dizer “Amém” ou
ser edi cado (v.13-17). É muito melhor ser compreendido do que
falar em uma língua que ninguém compreende (v.18-19). Não
devemos usar as línguas ou qualquer outro dom como uma
criança usa um brinquedo; devemos ter a inocência ou
simplicidade de uma criança somente em relação à malícia
(v.20).
• Línguas e profecias como sinais (14.21-22) Assim como
Deus usou uma língua estrangeira (a língua assíria) como um
sinal para Israel nos dias de Isaías, assim o dom de línguas serve
como um sinal para os incrédulos que rejeitaram a Palavra de
Deus e fecharam seus corações à verdade. Por outro lado, a
profecia é um sinal para os crentes.
• Profetizar produz convicção (14.23-25)
As línguas sem interpretação não produzem convicção aos incrédulos,
mas a profecia produz porque eles entendem o que é falado.
• Regras para o dom de línguas (14.26-28)
O apóstolo coloca algumas regras para o exercício do dom de línguas.
A mensagem deve ser edi cante. Não pode haver mais do que três pessoas
falando em uma reunião e estes devem falar cada um por sua vez – e não ao
mesmo tempo. Um intérprete deve estar presente.
• Regras para o dom de profecia (14.29-33)
Paulo também coloca regras para o uso de profecia. Somente dois ou
três profetas podem falar em qualquer reunião. Os ouvintes devem julgar as
mensagens. Um profeta deve deixar outro profeta falar, quando este acabar
de receber uma revelação. Os profetas devem falar um por vez, para ensinar
e consolar. Os profetas devem estar no controle de suas próprias faculdades
e não como se estivessem hipnotizados ou em transe.
• As mulheres devem estar em silêncio na Igreja (14.34-36)
As mulheres devem permanecer em silêncio nas reuniões da
igreja; nem lhes é permitido fazer perguntas. Caso se oponham a
isso, elas devem ser questionadas se elas produziram a Palavra de
Deus ou se elas são as únicas que a receberam.
• As instruções de Paulo são mandamentos de Deus (14.37-
38) Paulo declara que todos os profetas e homens espirituais
devem reconhecer que estas instruções são os mandamentos de
Deus.
• Os dons devem ser usados com equilíbrio e ordem (14.39-
40) O apóstolo conclui esta parte repetindo que a profecia deve
ser preferível como mais útil; as línguas não devem ser proibidas;
tudo deve ser feito decentemente e com ordem.
12. A RESPOSTA DE PAULO PARA AQUELES QUE
NEGAVAM A RESSURREIÇÃO (CAP. 15)
O capítulo 15 é a resposta de Paulo para alguns na igreja em Corinto
que realmente negavam a ressurreição.
• A ressurreição e o Evangelho (15.1-11)
A ressurreição de Cristo é vital para o Evangelho. O Antigo Testamento
a predisse e muitas testemunhas do Novo Testamento a con rmaram. O
apostolado de Paulo era baseado na ressurreição e era também o
testemunho unânime dos apóstolos.
• Se não há ressurreição, não há cristianismo (15.12-19) Se
não há tal coisa como a ressurreição do corpo, então Cristo não
ressurgiu, a pregação dos apóstolos é vazia de conteúdo, nossa fé
é fútil, os apóstolos eram enganadores, não há salvação do
pecado, aqueles que morreram na fé pereceram e os crentes vivos
são as pessoas mais desprezíveis.
• A ressurreição de Cristo garante a nossa (15.20-22) De
fato, Cristo ressuscitou e Sua ressurreição garante a de todos que
morreram nEle.
• A ordem da ressurreição (15.23-28)
Três grupos estão envolvidos na ressurreição: 1) Cristo, as primícias; 2)
aqueles que são de Cristo em sua vinda; 3) todos os ímpios no m, isto é,
quando todos os inimigos forem colocados debaixo de Seus pés e a obra
redentora de Cristo estiver completa.
• A ressurreição faz o sofrimento valer a pena (15.29-32)
Paulo pergunta por que os cristãos seriam tão tolos de suportar o
sofrimento e martírio por Cristo se não há ressurreição. Seria
insensato o batismo para encher as leiras dos mártires. O
sofrimento do apóstolo como cristão seria inútil. Seria mais
sábio viver em conforto e prazer.
• A ressurreição e a moralidade (15.33-34)
O falso ensinamento sobre a ressurreição afeta a moral de uma pessoa e
não deve ser tolerado. Se esta vida fosse somente isto, a moralidade não teria
valor.
• A ressurreição do corpo ilustrada (15.35-41) Em relação à
forma da ressurreição, o corpo ressurreto terá certos traços
semelhantes com o corpo natural, mas ele terá uma forma
glori cada. Isto é ilustrado pela diferença entre a semente e a
planta que produz, carne humana e carne de outras criaturas,
corpos terrenos e corpos celestiais e a diferenciação do esplendor
do sol, lua e as estrelas.
• A gloriosa ressurreição do corpo (15.42-49) O corpo do
crente será incorruptível, glorioso, poderoso – um corpo
espiritual como o corpo de Cristo. Ele será adaptado a uma vida
no céu, o que não é verdadeiro para o nosso corpo natural.
• Ressurreição e transformação (15.50-57)
No retorno de Cristo os mortos nEle serão ressurretos e os crentes
vivos serão transformados.
• A promessa da recompensa (15.58)
Os crentes devem car rmes em vista da recompensa garantida na
vinda do Senhor.

13. INSTRUÇÕES QUANTO À COLETA AOS NECESSITADOS


(CAP. 16.1-4)
Concernente à coleta para os santos necessitados em Jerusalém, o
apóstolo apontou que a doação deveria ser sistemática, adequada e não uma
tarefa de última hora. Paulo iria enviar o dinheiro por homens escolhidos
pela igreja e talvez ele mesmo iria também.
14. OS PLANOS PESSOAIS DE PAULO (CAP. 16.5-9)
Escrevendo de Éfeso, Paulo planejava seguir até à Macedônia e então ao
sul para Corinto, possivelmente para passar o inverno ali. Enquanto isso, ele
tinha uma porta totalmente aberta em Éfeso e caria lá até o Pentecostes.
15. EXORTAÇÕES FINAIS E SAUDAÇÕES (CAP. 16.10-24)
• Conselho concernente a Timóteo e Apolo (16.10-12)
Entrementes, se Timóteo viesse, eles deveriam dar-lhe calorosas
boas-vindas (v.10-11). Paulo pediu para Apolo visitar Corinto,
mas este disse, “agora não, mais tarde” (v.12).
• Exortações nais (16.13-18)
Após algumas exortações gerais, o apóstolo solicitou aos santos a
estarem sujeitos à casa de Estéfanas e a todos os outros que faziam parte do
ministério (v.13-16). Paulo se alegrou com a visita de três irmãos que
zeram para ele o que os coríntios não foram capazes de fazer (v.17-18).

• Saudações e despedida (16.19-24)


Após enviar saudações dos santos em Éfeso e dele próprio, Paulo
encerra com uma maldição a todos os que não esperam a vinda do Senhor
Jesus e com uma bênção de graça e amor a todos os que a amam.
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS
CORÍNTIOS

INTRODUÇÃO

CONTEXTO DE 2 CORÍNTIOS
Paulo havia cado muito ansioso para saber como os coríntios tinham
reagido à sua carta anterior, especialmente a parte concernente à disciplina
de um membro que estava em pecado. Então ele partiu de Éfeso para Trôade
onde esperava encontrar Tito, mas, não o encontrando, seguiu até à
Macedônia. Foi ali que Tito veio com notícias boas e más. Os santos haviam
disciplinado o transgressor e isto resultou em sua recuperação espiritual, o
que era uma boa notícia. Mas os cristãos acabaram não enviando o dinheiro
aos santos necessitados em Jerusalém, como tinham pretendido e isto era
uma má notícia. Finalmente, Tito relatou que falsos mestres estavam ativos
em Corinto, debilitando a obra de Paulo e questionando sua autoridade
como servo de Cristo. Esta era uma notícia angustiante também.
VISÃO GERAL E DATA DE 2 CORÍNTIOS
Portanto, estas são as circunstâncias que exigiram esta carta, escrita por
volta de 57 d.C. Segunda Coríntios tem três partes principais: 1) Uma
descrição do ministério de Paulo (Cap.1–7); 2) Um apelo aos crentes para
enviarem sua contribuição prometida aos santos necessitados em Jerusalém
(Cap.8–9); e 3) uma defesa do apostolado de Paulo (Cap.10–13).
ESBOÇO DE 2 CORÍNTIOS
1. O livramento recente de Paulo da morte (1.1-11)
2. A preocupação de Paulo em relação ao problema de disciplina em
Corinto (1.12-2.13)
3. A descrição do ministério de Paulo em conexão à Nova Aliança
(2.14-6.10)
4. O apelo de Paulo para restauração do amor dos coríntios (6.11-7.16)
5. O apelo de Paulo aos santos para enviarem suas contribuições
prometidas à Jerusalém (Cap.8-9)
6. A defesa de Paulo de sua autoridade (10.1-12.18)
7. Exortações nais de Paulo e bênção (12.19-13.14)
1. PAULO RECENTEMENTE LIVRADO DA MORTE (CAP. 1.1-
11)
• Saudação (1.1-2)
Paulo se apresenta como apóstolo (um fato sendo questionado!),
vincula Timóteo a si mesmo e deseja graça e paz aos santos em Corinto e em
toda a Acaia.
• Transmitindo o consolo de Deus (1.3-7)
Ele era grato a Deus pelo consolo que lhe veio em sua a ição e
sofrimento, compreendendo que, por meio disso, ele seria capaz de consolar
outros em tribulação. Os sofrimentos de Paulo por Cristo e as consolações
que resultavam disso eram destinadas a encorajar outros em seus
sofrimentos por Cristo.

• O livramento de Paulo da morte (1.8-11)


O apóstolo se lembra de um momento particular de prova que passou
na Província da Ásia. A situação era tão séria que ele se desesperou pela sua
vida. A única esperança que tinha era em Deus que levanta os mortos. E o
Senhor realmente o livrou e agora aqueles, em Corinto, que oraram por ele
poderiam dar graças pela oração respondida.
2. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO EM RELAÇÃO AO
PROBLEMA DE DISCIPLINA EM CORINTO (CAP. 1.12-2.13)
• A SINCERIDADE DE PAULO (1.12-14)
Alguns de seus críticos haviam acusado o apóstolo de insinceridade e
desonestidade por falhar em vir a Corinto como planejado. O fato era que
ele sempre havia sido completamente franco e honesto com eles. Esperava
que eles pudessem compreender que poderiam se gloriar nele assim como
ele se gloriaria deles na vinda do Senhor.

• A dependência de Paulo (1.15-20)


O plano original de Paulo era de ir a Corinto primeiro e depois para o
norte, à Macedônia e, então, visitar Corinto uma segunda vez antes de partir
a Judéia. Ao invés disso, ele viajou de Éfeso a Trôade. Por não encontrar Tito
ali, foi diretamente à Macedônia, omitindo Corinto do itinerário. Isto
signi cava que era inconstante? Ele disse “sim”, mas isto signi ca “não”? Ao
contrário, ele não era incerto assim como não era incerto o Filho de Deus de
quem pregava! Ele havia lhes apresentado Aquele que representa o
cumprimento de todas as promessas de Deus.
• Por que Paulo não foi a Corinto (1.21-24)
Por que, então, ele não visitou Corinto como havia planejado? Era para
poupá-los. Ele não era senhor sobre a fé deles, mas somente um ajudador.
Eles eram responsáveis diante de Deus.

• Por que Paulo escreveu a Corinto (2.1-4)


Para evitar uma visita dolorosa, na qual se entristeceria pelas pessoas
que deveriam lhe dar alegria, o apóstolo decidiu escrever uma carta,
esperando que isto iria alcançar o resultado desejado.
• Perdoando o transgressor (2.5-11)
A igreja de Corinto havia disciplinado o irmão ofensor, talvez
excomungando-o. Como resultado, ele tinha se arrependido
verdadeiramente e havia voltado ao Senhor. Agora eles deveriam perdoá-lo e
recebê-lo em comunhão para que Satanás não pudesse ter vantagem sobre
ele, deixando-o sem esperanças.
• Uma porta aberta para o Evangelho (2.12-13)
Como mencionado anteriormente, Paulo havia deixado Éfeso e ido até
Trôade onde uma porta maravilhosa para o Evangelho havia sido aberta.
Mas ele estava tão ansioso para obter notícias de Tito sobre Corinto que
cruzou o Mar Egeu até a Macedônia.
3. A DESCRIÇÃO DE PAULO DE SEU MINISTÉRIO EM
CONEXÃO À NOVA ALIANÇA (CAP. 2.14-6.10) • O
EVANGELHO TRIUNFANTE (2.14-16)
Deixando um avivamento para obter notícias de uma igreja pode ter
parecido uma derrota para a causa de Cristo, mas Paulo descreveu que o
Senhor estava guiando-o triunfantemente através do Mar Egeu à
Macedônia. Onde quer que o Senhor vá, há vitória através de Seus servos.
Para Deus, eles são o aroma doce de Cristo, independentemente de as
pessoas aceitarem ou rejeitarem a mensagem.
• A pureza do Evangelho de Paulo (2.17)
Paulo encerra esta parte insistindo que ele não adulterou a mensagem,
como muitos o fazem. Era uma mensagem da sinceridade de Deus, falada
em Nome de Cristo.
• A carta viva de Paulo (3.1-3)
Falsos mestres haviam vindo a Corinto, negando que Paulo era um
verdadeiro servo de Cristo. Quem sabe sugeriram que ele deveria trazer uma
carta de recomendação quando viesse. Sua resposta foi que os próprios
coríntios eram sua carta de recomendação, já que os havia levado ao Senhor.
Eles eram suas credenciais – uma carta genuína de Cristo, escrita com o
Espírito de Deus em placas de corações humanos.
• A maior glória do Evangelho (3.4-18)
O apóstolo não reivindicava competência em si mesmo como um
ministro da Nova Aliança; antes, sua competência provinha de Deus (v.4-
6a). Esta menção da Nova Aliança o levou a contrastar a lei e o Evangelho,
provavelmente porque os falsos mestres eram judaizantes, tentando colocar
os crentes sob a Lei de Moisés. A letra, isto é, a lei, mata; o Espírito, isto é, o
Evangelho, dá vida. A Antiga Aliança é um ministério de morte; a Nova é
um ministério do Espírito. A lei tinha glória, mas o Evangelho tem uma
glória insuperável. A glória da lei era transitória, a do Evangelho, no entanto,
é permanente. Moisés escondeu seu rosto, mas o cristão tem um rosto
desvelado. A glória estava somente sobre a face de Moisés, porém agora a
glória é para cada crente (v.6b-18).
• A luz gloriosa do Evangelho (4.1-6)
Continuando a descrição de seu ministério, Paulo explicou sua
obrigação de apresentar o Evangelho integralmente. Ele estava determinado
de que não obscureceria a verdade; a única obscuridade seria aquela
colocada por Satanás nas mentes das massas que estão perecendo! A
mensagem em si é clara e simples, apresentando Jesus Cristo como Senhor.
Deus a tem revelado a nós para que pudéssemos repassá-la aos outros.
• Tesouro em vasos de barro (4.7-18)
O apóstolo se maravilhava da natureza frágil, mas com um destino
glorioso do vaso humano no qual a mensagem do Evangelho foi con ada. O
corpo é como um vaso de barro, sujeito a ataques contínuos, mas sem ser
derrotado. Através deste processo de morrer diariamente, a vida de Jesus é
revelada aos outros. Sustentado pela esperança viva da ressurreição, o crente
vê que todas as provações no serviço cristão resultam em bênção aos outros
e gratidão a Deus. A condição presente e futura do crente está em vívido
contraste: enquanto o homem exterior está se corrompendo, o homem
interior é renovado a cada dia. Enquanto nossa leve a ição é momentânea, o
peso da glória é eterna, enquanto as coisas que se vêem são temporárias, as
que se não vêem são eternas.
• Segurança da ressurreição (5.1-10)
Ainda pensando no destino glorioso do crente, Paulo explica que
existem três possíveis condições nas quais o cristão pode existir. A primeira
é “neste tabernáculo”, isto é, no corpo (nossa condição presente, enquanto na
terra). A segunda é “despida” ou nua, isto é, o estado desencorpado, quando
o espírito e alma vão se encontrar com Cristo e o corpo for para a sepultura.
A terceira é “revestida”, isto é, quando recebermos nosso corpo glori cado.
O primeiro estado é bom, o segundo é melhor, mas o terceiro é o melhor de
todos. Não ansiamos por ser despidos, mas em sermos revestidos com o
corpo redimido. Deus nos designou para este destino e nos deu o Espírito
Santo como uma garantia. A con ança de sermos glori cados com Cristo
nos inspira para sermos agradáveis a Ele. Queremos ouvir do Senhor: “bom
trabalho”, quando estivermos diante de Seu trono de julgamento.
• Um ministério impulsionado pelo amor de Cristo (5.11-
15) Ao continuar o ministério da reconciliação, o motivo de
Paulo era o temor do Senhor. Sua vida era transparente diante de
Deus e esperançosamente também ao homem. Ele não queria se
ufanar, mas queria, sim, dar fatos aos coríntios para responderem
aos seus críticos. Diziam que Paulo era insano; ao que respondeu
que, tanto são como insano, era para a glória de Deus e para o
bem do homem. Ele cou tão compelido pelo amor de Cristo que
não podia mais viver para si; se Jesus morreu por ele, então
doravante ele deveria morrer para Jesus.
• Tudo é novo (5.16-17)
De agora em diante, ele não poderia julgar as pessoas pelos padrões do
mundo ou ver Cristo simplesmente como um homem ou um Messias
secular. Em Cristo há uma nova criação e isto signi ca que as coisas velhas
se passaram e tudo se fez novo.
• O ministério da reconciliação (5.18-19)
Todas estas coisas novas são de Deus. Ele nos reconciliou e nos enviou
com o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava, em Cristo,
reconciliando o mundo consigo mesmo.
• A mensagem da reconciliação (5.20-6.2)
Agora é exposta a mensagem da reconciliação. De forma resumida, é
isto o que Paulo pregava aos pecadores. Ele se apresentava como embaixador
de Cristo, insistindo para que o povo se reconciliasse com Deus e dizendo-
lhe como Cristo se tornou pecado por ele para que se tornasse a justiça de
Deus nEle (20-21). Aqueles que crêem no Senhor Jesus são revestidos de
uma justiça absoluta perante Deus, uma posição que os torna aptos para o
céu.
Os primeiros dois versículos do capítulo 6 continuam a mensagem que
o apóstolo pregava aos não-salvos. Os incrédulos não deveriam recusar a
graça de Deus, mas deveriam responder imediatamente porque agora é o dia
de salvação.
• As marcas do ministério (6.3-10)
Agora o apóstolo muda da mensagem que pregava para seu próprio
comportamento no ministério. Ele vivia de forma a não trazer descrédito na
obra do Senhor. Era um ministério de provações severas, de virtudes cristãs
e de emoções e experiências paradoxais.
4. O APELO DE PAULO PARA RESTAURAÇÃO DO AMOR
DOS
CORÍNTIOS (CAP. 6.11-7.16)
• O apelo de Paulo por corações abertos (6.11-13) Em tudo
que foi dito, o apóstolo havia falado livremente aos coríntios. Seu
coração estava amplamente aberto para eles e ansiava que
respondessem com afeição para com ele.
• Separação do pecado (6.14-18)
Era importante que eles se separassem dos incrédulos (talvez Paulo
estivesse pensando principalmente nos falsos mestres que estavam
debilitando seu ministério). Não pode haver comunhão entre pessoas ou
coisas que são moralmente opostas. Deus promete intimidade e carinho
especiais para aqueles que se separam de todos os relacionamentos malignos
desta vida.
• Puri cando a carne e o Espírito (7.1)
Em vista destas maravilhosas promessas (6.17-18), devemos nos
puri car de toda impureza física e espiritual.
• A atitude positiva de Paulo com os coríntios (7.2-4) Paulo
sentiu muito a perda do amor dos coríntios. Ele não havia feito
nada de mal contra eles. Ele os amava, tinha con ança neles e
orgulho deles.
• O regozijo de Paulo (7.5-7)
No capítulo 2 versículo 13, ele relata como havia deixado Trôade e
seguido até à Macedônia. Agora ele resume a narrativa. Na Macedônia,
passou por tumultos emocionais até Tito chegar com boas notícias de
Corinto. Então sua alegria superabundou.
• Arrependimento ao invés de remorso (7.8-12)
Após ter escrito aos coríntios, o apóstolo tinha tido alguns
pressentimentos, mas agora compreendeu que, embora a carta tivesse
causado tristeza, ela havia produzido arrependimento divino e não apenas
um remorso terreno. Eles haviam tomado medidas disciplinares contra o
ofensor.
• A alegria e amor de Tito (7.13-16)
Paulo cou animado não somente pela ação que os santos em Corinto
haviam tomado, mas pelo entusiasmo que Tito havia mostrado em relação a
eles. O orgulho de Paulo por Tito havia sido justi cado, sua con ança neles
não foi em vão e o amor de Tito por eles cou maior pela recepção que lhe
deram.
5. O APELO DE PAULO AOS SANTOS PARA ENVIAREM
SUAS CONTRIBUIÇÕES À JERUSALÉM (CAP. 8-9) • A
GENEROSIDADE DOS MACEDÔNIOS (8.1-5)
O apóstolo deve agora apelar aos coríntios para enviarem suas
contribuições aos santos necessitados de Jerusalém conforme prometeram.
Eles deveriam seguir o exemplo das igrejas na Macedônia, que deram uma
oferta generosa, sacri cial e voluntariamente. Os macedônios
primeiramente entregaram-se a Deus e depois a Paulo como o agente para
lidar com o dinheiro.
• Cristo – o modelo de um viver abnegado (8.6-9) O
apóstolo insistiu que Tito visse que as contribuições foram
levadas e também insistiu que os santos acrescentassem uma
doação generosa às suas outras virtudes (v.6-7). Ele não estava
impondo de forma legalista, mas testando o amor deles e lhes
mostrando o exemplo de Jesus, que se empobreceu para
enriquecer a muitos (v.8-9).
• Equilibrando o dar e o receber (8.10-15)
Há um ano os coríntios tinham expressado sua disposição para dar;
agora deveriam fazê-lo com o que possuíam e não com aquilo que
desejariam possuir! O ideal é que o ofertar deve uir para aqueles em
necessidade sem colocar nenhuma igreja debaixo de di culdades
nanceiras.
• A coleta para os santos judeus (8.16-24)
Tito estava entusiasmado sobre sua missão vindoura em Corinto. Paulo
também estava enviando dois irmãos que não foram nomeados no texto e
que iriam auxiliar na coleta. As críticas poderiam ser evitadas tendo mais de
uma pessoa cuidando da coleta. Depois de recomendar estes três
mensageiros, o apóstolo solicitou aos santos para recebê-los calorosamente e
tornar a sua missão exitosa ao lhes con arem a sua dádiva.
• Administrando a coleta (9.1-5)
Paulo havia demonstrado aos macedônios o orgulho dos crentes de
coríntios demonstrado pela sua vontade em ajudar. Agora eles deveriam
justi car este orgulho coletando uma quantia generosa para enviar a
Jerusalém. De outra forma, ele caria envergonhado se alguns dos
macedônios viessem a Corinto com ele e vissem que nada foi feito. Então o
apóstolo decidiu enviar os três irmãos antecipadamente para terminar os
preparativos para a coleta.
• Princípios cristãos de ofertar (9.6-11)
Os próximos três parágrafos estabelecem grandes princípios em relação
às ofertas dos cristãos. A extensão de nossa colheita é proporcional à
extensão de nossa semeadura. O ofertar deve ser alegre e não relutante ou
obrigado. Aqueles que realmente querem ser doadores generosos nunca
terão falta de recursos e vão colher recompensas eternas. Por meio de sua
oferta, os cristãos são enriquecidos de todas as formas, o que surte mais
generosidade.
• Os resultados graciosos do dar cristão (9.12-14) Nosso
ofertar não somente supre as necessidades, mas expressa gratidão
que sobe até Deus. As pessoas O louvam pela nossa obediência e
generosidade, além de também orarem por nós com muita
afeição.
• O maior dom de Deus (9.15)
Deus é o maior doador e seu Filho é o maior dom. Como devemos
agradecê-lo!

6. A DEFESA DE PAULO SOBRE SUA AUTORIDADE


(CAP. 10.1-12.18)
Os últimos quatro capítulos da carta de Paulo tratam principalmente da
defesa de seu apostolado.
• A batalha espiritual do Apóstolo (10.1-6)
Os críticos de Paulo o acusavam de ser tímido quando estava presente,
mas ousado quando ausente e também de usar táticas mundanas.
Entretanto, ele seria ousado com estes caluniadores quando os encontrasse.
Ele assegurou aos coríntios que lutava com armas espirituais, dissipando
todo o raciocínio humano e julgando tudo à luz dos ensinamentos de Cristo.
Agiria contra os falsos mestres assim que se certi casse da obediência dos
crentes.
• A realidade da autoridade de Paulo (10.7-11) Quem sabe,
alguns coríntios reivindicavam ser seguidores exclusivos de
Cristo. Paulo não somente pertencia a Cristo, mas tinha
autoridade para edi car os santos e não amedrontá-los. Seus
críticos projetavam-no como um escritor poderoso, mas um
orador inexpressivo. Eles descobririam os fatos quando o
encontrassem!
• Os limites da autoridade de Paulo (10.12-18) Os
caluniadores de Paulo o acusavam de comparação desfavorável
com os outros. Ele respondeu que eles, insensatamente, se
comparavam entre si e desta forma pareciam bons. Estava
determinado a se orgulhar somente na esfera do serviço no qual
Deus havia lhe dado, uma esfera que incluiria os coríntios. Sua
regra de trabalho era conquistar novo território e não se
intrometer na obra de outro. Seu objetivo supremo era o louvor
do Senhor e não o seu.
• Um simples apóstolo versus os “super apóstolos” (11.1-6)
O apóstolo oferece três razões porque os santos deveriam
suportá-lo, embora parecesse se orgulhar de forma tola. A
primeira é sua preocupação piedosa pelo estado espiritual deles.
A segunda é seu temor de que poderiam ser enganados e
afastados de sua devoção a Cristo. A terceira, é que os coríntios
haviam demonstrado uma disposição para ouvir falsos mestres e,
assim, porque não deveriam ouvir um “tolo ostentador”? Ele não
era inferior aos “super apóstolos” em nada (tradução literal).
Embora não fosse um orador treinado, certamente não lhe
faltava conhecimento.
• O desprendimento do apóstolo (11.7-12)
Quando Paulo estava em Corinto, não recebeu nenhuma assistência
nanceira deles, mas era sustentado pelas igrejas da Macedônia. Talvez
julgaram que ele havia pecado ao fazer isso. No entanto, Paulo estava
determinado em ostentar sua independência nanceira, não porque não os
amava, mas para silenciar a oposição.
• Ministros de Satanás (11.13-15)
Os “super apóstolos” eram falsos apóstolos, obreiros enganadores,
disfarçando-se como apóstolos de Cristo e de justiça.
• A relutante vanglória de Paulo (11.16-21)
Paulo não era tolo em se vangloriar, mas mesmo assim, ele teria o
direito de fazê-lo. Embora o Senhor não tivesse Se vangloriado, os coríntios
permitiram que outros o zessem, então porque não o permitiam a Paulo?
Toleraram homens que abusaram deles, mas o apóstolo era “fraco” demais
para fazer isto!
• Os sofrimentos de Paulo por Cristo (11.22-33) O apóstolo
tinha muitas razões para se gloriar – sua linhagem, seu serviço,
seus sofrimentos sem precedentes por Cristo, sua preocupação
constante pelas igrejas e sua fuga humilhante de Damasco.
• A visão de Paulo do paraíso (12.1-6)
A última vanglória de Paulo foi sobre suas visões e revelações do
Senhor. Falando na terceira pessoa, relata que foi arrebatado ao paraíso e
ouviu coisas inexprimíveis. Ao falar sobre a fraqueza, não se importou de
citar a si mesmo, mas ao descrever uma experiência de tamanha grandeza,
falaria dela como tendo ocorrido a um homem que ele “conhecia” (muito
bem! [v.1-5]). Então ele pára de se vangloriar, embora poderia ser
justi cado. Não queria que as pessoas tivessem uma admiração excessiva
por ele (v.6).
• O espinho na carne de Paulo (12.7-10)
Para prevenir Paulo do orgulho, Deus permitiu que Satanás o
atormentasse com algum problema físico. O apóstolo havia orado três vezes
para que Deus removesse aquilo, mas ao invés disso, Deus prometeu graça
para suportá-lo. Paulo então aceitou e se gloriou nisso, sabendo que o poder
de Deus se aperfeiçoa na fraqueza do homem.
• Os sinais de apostolado de Paulo (12.11-13)
O apóstolo não tinha necessidade de se vangloriar. Os próprios
coríntios deveriam recomendá-lo. Ele não era em nada inferior aos “super
apóstolos”, pois havia demonstrado todos os sinais miraculosos de um
apóstolo. A única diferença era que não os havia explorado nanceiramente!
• O espírito altruísta de Paulo (12.14-18)
Em relação à sua visita pendente a Corinto, ele voltaria, mas não para
levar e, sim, para dar, assim como ele e seus mensageiros haviam feito no
passado.
7. EXORTAÇÕES FINAIS DE PAULO E BÊNÇÃO
(CAP. 12.19-13.14)
• O propósito da epístola de Paulo (12.19-21)
Sua carta foi planejada para prepará-los para uma visita alegre e não
uma visita triste.
• Vindo com autoridade apostólica (13.1-6)
Quando chegasse até eles, haveria uma investigação completa e ele
lidaria severamente com os ofensores. Se os coríntios quisessem uma prova
do apostolado de Paulo, deveriam examinar-se a si mesmos. Foi ele quem os
levou a Cristo. Embora Cristo fosse cruci cado em fraqueza, Ele havia
trabalhado poderosamente em suas vidas. Da mesma forma, no ministério
do apóstolo havia uma combinação de fraqueza e poder.
• A preferência de Paulo pela bondade (13.7-10) O desejo
de Paulo era de que eles se comportassem de tal forma para que
pudesse edi cá-los e não repreendê-los.
• Saudações e bênção (13.11-14)
Em suas saudações nais, ele os impeliu para que corrigissem seus
caminhos, atendessem seu apelo, tivessem o mesmo parecer e vivessem em
paz. Então, numa bênção trinitariana agora popular, ele lhes desejou a graça
do Senhor Jesus, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo.
A CARTA DE PAULO AOS GÁLATAS

INTRODUÇÃO

CONTEXTO DOS GÁLATAS


Durante as duas primeiras viagens missionárias, Paulo fundou igrejas
na Galácia, um distrito na Ásia Menor Central. Depois disso, alguns falsos
mestres de Jerusalém foram até estas igrejas ensinando que a observância da
Lei deveria ser acrescentada à fé para a salvação e santi cação. A mensagem
deles era uma mistura de cristianismo e judaísmo, de graça e Lei. Eles
também negaram que Paulo era um apóstolo genuíno.
PROPÓSITO DOS GÁLATAS
Era com a intenção de refutar estes erros que Paulo escreveu esta carta
um tanto acalorada. Nela, ele defende sua mensagem e ministério e
estabelece a grande verdade do Evangelho como sendo pela graça, através da
fé em Cristo somente e não pela observância da Lei. Ele explica o propósito
da Lei e então aponta a insensatez de cristãos que desejam estar debaixo
dela. Eles deveriam evitar os perigos do legalismo e viver na verdadeira
liberdade e piedade cristã.
DATA DOS GÁLATAS
A carta deve ter sido escrita por volta do ano de 49 d.C., antes do
Concílio de Jerusalém (Atos 15). Se isto estiver correto, a carta aos Gálatas é
até mais antiga do que 1 Tessalonicenses. Entretanto, alguns estudiosos
preferem uma data posterior (algo em torno de 52-58 d.C.).
ESBOÇO DE GÁLATAS
1. O propósito de Paulo em escrever (1.1-10)
2. A defesa de Paulo de seu ministério (1.11-2.10)
3. A repreensão de Paulo a Pedro (2.11-21)
4. A grande verdade do Evangelho (3.1-18)
5. O propósito da Lei (3.19-29)
6. Filhos e liação (4.1-16)
7. Escravidão e liberdade (4.17-31)
8. O perigo do legalismo (5.1-15)
9. Poder para um viver piedoso (5.16-26)
10. Exortações práticas (6.1-10)
11. Conclusão (6.11-18)
1. O PROPÓSITO DE PAULO AO ESCREVER (CAP. 1.1-10)
• Saudação (1.1-5)
Paulo insiste, no início de sua carta, que seu apostolado não vinha dos
homens ou mesmo de qualquer homem, mas diretamente de Jesus Cristo e
de Deus o Pai. Nos primeiros versículos, ele introduz a morte vicária e a
ressurreição corporal de Cristo, para enfatizar o fundamento de nossa
salvação.
• Somente um Evangelho (1.6-10)
O apóstolo Paulo ca admirado que os gálatas haviam absorvido tão
rapidamente um evangelho pervertido e relembra que a maldição de Deus
repousa sobre todo aquele que prega qualquer “evangelho” diferente do
Evangelho da Graça de Deus.

2. PAULO DEFENDE SEU MINISTÉRIO (CAP. 1.11-2.10)


• A conversão e o chamado de Paulo (1.11-24)
Uma breve conversão e uma história de pós-conversão mostra que o
Evangelho que Paulo pregava veio de uma revelação direta do Senhor e não
através dos outros apóstolos (embora fosse o mesmo Evangelho que eles
pregavam). Ele relata o seu zelo pelo judaísmo, sua conversão a Jesus como o
Messias na estrada de Damasco, seu tempo na Arábia e seu retorno a
Damasco. Somente após três anos é que ele foi para Jerusalém e isso para
uma visita de apenas 15 dias, com Pedro. De lá, foi para a Síria e Cilícia,
sendo pessoalmente desconhecido às igrejas na Judéia.
• O triunfo da graça em Jerusalém (2.1-10)
Quatorze anos depois, Paulo e Barnabé levaram um crente gentio,
chamado Tito de Antioquia, para Jerusalém para um teste. Judaizantes
haviam vindo para a Antioquia, insistindo que a circuncisão, “como um
símbolo da observância da Lei”, era necessária para a salvação. Os líderes em
Jerusalém concordaram com Paulo e Barnabé que a circuncisão não era
parte do Evangelho em nenhuma hipótese. O verdadeiro Evangelho era
salvação pela graça através da fé para judeus e gentios da mesma forma e
completamente separado da observância da Lei.
3. A REPREENSÃO DE PAULO A PEDRO (CAP. 2.11-21)
Mais tarde, quando Pedro veio a Antioquia, ele comeu com os crentes
gentios em regozijo completo de sua liberdade cristã. Mas quando alguns
homens vieram de Jerusalém, da parte de Tiago, Pedro então parou de ter
comunhão com os crentes gentios, temendo que as notícias de seu
comportamento chegariam até Jerusalém. Até Barnabé juntou-se a Pedro
nessa hipocrisia. Paulo viu que isto era um ataque à verdade do Evangelho.
Isto demonstrava que os crentes gentios de alguma forma eram imperfeitos
em sua posição perante Deus. Então Paulo repreendeu publicamente a
Pedro, acusando-o de inconsistência ao professar que cria na justi cação
pela fé somente, no entanto, agindo como se as obras da Lei fossem também
necessárias. Pedro estava se colocando de volta sob a Lei da qual ele havia
sido liberto pela morte de Cristo. Paulo destacou que, se a justiça pudesse vir
da Lei, então a obra de Cristo não foi su ciente. Aparentemente Pedro
aceitou a repreensão de bom grado porque depois ele fala de Paulo como
“nosso amado irmão” (2 Pe 3.15).
4. A GRANDE VERDADE DO EVANGELHO (CAP. 3.1-18)
• Justi cação é pela fé (3.1-5)
Paulo agora apresenta três provas de que a salvação ocorre pela fé e não
pela guarda da Lei. Primeiramente é a experiência dos próprios gálatas. Eles
haviam recebido o Espírito no momento de seu novo nascimento através da
fé e não pelas obras. Eles não poderiam ser salvos pelas obras e eles
certamente não poderiam ser santi cados por elas também!
• O Antigo Testamento e a fé (3.6-14)
A segunda prova é o testemunho das Escrituras do Antigo Testamento.
Abraão foi justi cado pela fé e não pela Lei (Gn 15.6). Ao invés de salvar os
homens, a Lei amaldiçoa a todos quantos não a obedecem completa e
continuamente (Dt 27.26). Habacuque 2.4 ensina distintamente que a Lei
exige “fazer” e não “crer”. Aplicando Deuteronômio 21.23 a Cristo, Paulo
mostra que, por se tornar amaldiçoado por nós, o Senhor nos redimiu da
maldição da Lei.
• A promessa inalterável (3.15-18)
A terceira prova está baseada na inviolabilidade de acordos meramente
humanos. O argumento é este: em Gênesis 22.18, Deus fez uma promessa
incondicional de abençoar todas as nações através de Cristo. A Lei que veio
quatrocentos e trinta anos depois, não pode alterar este pacto mais do que
uma vontade pode ser alterada após assinada e selada. A promessa de Deus
não foi baseada na Lei; foi uma aliança de graça para ser recebida pela fé.
5. O PROPÓSITO DA LEI (3.19-29)
O propósito da Lei era revelar o pecado em seu real caráter como
transgressão. Foi um pacto condicional entre duas partes e por isso exigia-se
um mediador. Foi intencionada para ser um tutor temporário até Cristo
surgir. Agora, com a fé cristã, os crentes não estão sob um tutor, mas são
tratados como lhos crescidos na família de Deus. Em Cristo são abolidas
todas as distinções de raças, status social ou sexo do homem em relação à
sua posição diante de Deus.
6. FILHOS E FILIAÇÃO (CAP. 4.1-16)
• Herdeiros de Deus (4.1-7)
Os israelitas sob a Lei eram como crianças pequenas, cercados por
guardas e chefes como se fossem escravos. Sob a graça, os crentes são
tratados como lhos adultos com todos os privilégios e responsabilidades da
liação.
• Escravidão e miséria não são para os crentes (4.8-11)
É loucura para os cristãos desejarem voltar à Lei novamente porque é
um sistema de escravidão. Paulo expressa preocupação com aqueles que
estavam desejando deixar Cristo por causa de cerimônias religiosas.
• Amor perdido através do legalismo (4.12-16)
Quando o apóstolo veio primeiramente até os gálatas eles o receberam
como um anjo ou até como o próprio Jesus Cristo, mas a atitude deles
mudou depois que os falsos mestres e legalistas chegaram.
7. ESCRAVIDÃO E LIBERDADE (CAP. 4.17-31)
• A perplexidade sobre seus novos convertidos (4.17-20)
Estes judaizantes eram zelosos ao tentar afastar os crentes de Paulo e a
resposta dos gálatas deixaram-no perplexo.
• Lei e graça não se misturam (4.21-31)
Paulo agora retorna a um capítulo da história doméstica de Abraão que
mostra que o legalismo é escravidão e que ele não pode se misturar com a
graça. Sara e Isaque representam graça, enquanto Agar e Ismael representam
a Lei. Assim como Agar era uma jovem escrava, assim a Lei produz
escravidão. Assim como Ismael perseguiu Isaque, assim a Lei persegue a
graça. Assim como Sara e Agar não poderiam viver sob o mesmo teto, da
mesma forma graça e Lei não podem se misturar. Assim como Ismael não
poderia herdar, da mesma forma aqueles debaixo da Lei nunca podem
herdar a grande salvação de Deus.
8. O PERIGO DO LEGALISMO (CAP. 5.1-15)
• A guarda da Lei sufoca a liberdade (5.1-5)
Os crentes devem permanecer na liberdade na qual Cristo os tornou
livres e não se colocarem sob a Lei. É totalmente pecaminoso para eles voltar
à Lei de alguma forma. O legalismo é um jugo da escravidão. Tira todo o
valor de Cristo. Exige-se a impossível tarefa de guardar toda a Lei. Signi ca
o abandono de Cristo como a única esperança de justiça.
• O in uência maligno do legalismo (5.6-12)
O legalismo não tem nenhuma utilidade. É desobediência à verdade.
Não é um ensinamento divino. Ele gera mais e mais maldade. Traz
julgamento para aqueles que o ensinam. Elimina o sacrifício da cruz. Paulo
deseja que os judaizantes se afastem dos gálatas (ou até mesmo que se
mutilassem!).
• A liberdade cristã positiva (5.13-15)
A liberdade cristã é livre para servir e não para pecar; para amar um ao
outro e não para criticar e brigar.
9. PODER PARA UM VIVER PIEDOSO (CAP. 5.16-26)
O Espírito Santo é o poder do crente para um viver piedoso. Se
andarmos no Espírito, não satisfaremos os desejos da carne. A carne e o
Espírito estão em um con ito incessante, mas o Espírito nos dá o poder para
superá-la. Aqueles que praticam as obras da carne não vão herdar o reino.
Aqueles que cruci caram a carne, isto é, crentes verdadeiros, manifestam o
fruto do Espírito. Já que nascemos do Espírito, devemos andar no Espírito,
evitando a competitividade invejosa dos legalistas.

10. EXORTAÇÕES PRÁTICAS (CAP. 6.1-10)


Crentes maduros devem restaurar aqueles que caíram, suportar os
problemas uns dos outros, suportar aqueles que ensinam a Palavra e fazer o
bem a todos, especialmente àqueles da comunhão cristã.
11. CONCLUSÃO (CAP. 6.11-18)
• A glori cação dos legalistas (6.11-13)
O objetivo dos falsos mestres era de ostentarem-se tendo muitos
seguidores. É fácil conseguir isso fazendo as pessoas pensar que podem
alcançar o favor de Deus por suas obras – neste caso, pela circuncisão.
• A glori cação do apóstolo (6.14-17)
O terreno para a glori cação de Paulo não estava na carne de homens,
mas na cruz de Cristo (14). Não é a circuncisão que conta – ou falta de
circuncisão – mas a evidência da nova criação. Paz e misericórdia são a
porção daqueles que andam de acordo com esta regra da nova criação. Paulo
tinha as marcas de propriedade do Senhor Jesus no seu corpo – as cicatrizes
que foram a igidas pelos perseguidores.
• Bênção e graça (6.18)
Gálatas encerra com a bênção da graça – a palavra que tanto
caracteriza o Evangelho de Paulo. Signi ca tudo por nada, para aqueles que
nada merecem, a não ser a condenação.
A CARTA DE PAULO AOS EFÉSIOS

INTRODUÇÃO

Coleridge chamou esta carta de: “A composição mais divina do


homem”. Unger a classi cou como “talvez a mais sublime de todas as
epístolas paulinas”.
PANORAMA DE EFÉSIOS
Aqui Paulo estabelece a verdade gloriosa da Igreja, uma nova sociedade
na qual crentes judeus e crentes gentios são um em Cristo Jesus. Eles são
igualmente herdeiros, membros e participantes da promessa de Deus em
Cristo.

RESUMO DE EFÉSIOS
Os primeiros três capítulos estabelecem a posição do crente em Cristo,
enquanto os últimos três descrevem sua prática e como deve corresponder a
esta posição.
OS RECEPTORES ORIGINAIS DE EFÉSIOS
Porque alguns manuscritos antigos omitem as palavras “em Éfeso” em
1.1, muitos acreditam que esta era uma carta circular, planejada para várias
congregações locais e não somente para a de Éfeso.

ORIGEM E DATA DE EFÉSIOS


Esta carta é uma de quatro escritas durante o aprisionamento romano
de Paulo, as chamadas “Epístolas da Prisão”. As outras são Filipenses,
Colossenses e Filemon. Ela foi escrita por volta de 63 d.C.

É
ESBOÇO DE EFÉSIOS
1. Saudação
2. Paulo louva a Deus pelas bênçãos da graça (1.3-14)
3. Ação de graça e orações de Paulo pelos santos (1.15-23)
4. O poder de Deus manifestado na salvação dos gentios e judeus (2.1-
10)
5. A união de judeus crentes e gentios em Cristo (2.11-22)
6. Um parêntese no mistério da Igreja (3.1-13)
7. A oração de Paulo pelos santos (3.14-19)
8. O louvor de Paulo a Deus (3.20-21)
9. Exortações para uma vida digna (4.1 – 6.9)
10. Exortações concernentes à batalha cristã (6.10-20)
11. Saudações pessoais de Paulo (6.21-24)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-2)
Paulo começa apresentando-se como um apóstolo pela vontade divina.
Ele estava escrevendo aos santos, aqueles que são éis a Cristo Jesus, uma
descrição que se encaixa para todos os verdadeiros cristãos. Suas saudações
expressam, como alguém já disse, graça aos desprezíveis e paz aos a itos.

2. PAULO LOUVA A DEUS PELAS BÊNÇÃOS DA GRAÇA


(CAP. 1.3-14)
A carta começa com louvor a Deus por enriquecer seu povo com todas
as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo – não bênçãos
materiais da terra, mas bênçãos espirituais que são encontradas em Cristo.
Estas bênçãos incluem nossa eleição na eternidade passada para sermos
santos e sem culpa, nossa predestinação para sermos colocados como lhos
e lhas adultos em sua família e nossa redenção e perdão através do sangue
de Cristo (v.3-7). Deus também tem compartilhado Seu plano conosco, até
agora secreto, de trazer tudo no céu e terra para a consumação, perfeição e
cumprimento em Cristo (v.8-10). Os judeus crentes têm sua parte neste
grande plano de Deus, baseado em sua união com Cristo (v.11-12). Crentes
gentios também têm sua parcela neste segredo revelado da vontade de Deus
porque ouviram o Evangelho, creram no Senhor Jesus e foram selados com o
Espírito Santo, que é a garantia a todos os crentes de que vão receber a
herança completa (v.13-14).
3. AÇÃO DE GRAÇA E ORAÇÕES DE PAULO PELOS SANTOS
(CAP. 1.15-23)
Após agradecer a Deus pela fé e amor dos santos, Paulo ora para que
eles venham a ter entendimento espiritual, para apreciar a esperança da
glória eterna, o rico tesouro que Cristo tem em Seus santos e o poder que
Deus usa para alcançar Seus objetivos. Este poder levantou Jesus dos
mortos, O glori cou à destra de Deus, deu-Lhe domínio sobre tudo e O
colocou como Cabeça sobre a Igreja.
4. O PODER DE DEUS MANIFESTO NA SALVAÇÃO DOS
GENTIOS E JUDEUS (CAP. 2.1-10)
• Troféus da graça de Deus (2.1-7)
O mesmo poder que levantou nosso Senhor dos mortos deu vida aos
gentios que estavam mortos, depravados, diabólicos e desobedientes e aos
judeus que eram carnais, corruptos e condenados (v.1-3). Em grande
misericórdia, Deus nos reviveu, nos levantou e nos assentou em lugares
celestiais. Seremos, “...nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua
graça...” (v.4-7).
• O Evangelho simples (2.8-10)
Nossa salvação é pela graça, por meio da fé e totalmente separada das
obras. É um dom e por isso não há lugar para ostentação. Embora não
sejamos salvos pelas boas obras, somos salvos para as boas obras, isto é, elas
devem ser o resultado esperado da nossa salvação.
5. A UNIÃO DE JUDEUS CRENTES E GENTIOS EM CRISTO
(CAP. 2.11-22)
• Adquirido pelo sangue de Cristo (2.11-13)
Um aspecto do programa de Deus nesta era é que crentes judeus e
crentes gentios se tornam um em Cristo, abolindo todas as antigas
diferenças. No passado, por exemplo, gentios eram desprezados, pessoas que
não criam em Cristo, alienados, estranhos, sem esperança e ímpias (v.11-
12). Entretanto, em Cristo Jesus, eles são trazidos a uma posição de
aproximação por meio do Seu sangue (v.13).
• Cristo, nossa paz (2.14-18)
Através da obra de Cristo, as barreiras e distinções das quais a lei
estabeleceu entre judeu e gentio foram removidas. Agora ambos se tornam
um novo homem em Cristo, removendo assim antigas animosidades e
criando a paz. Cristo é nossa paz, Ele criou a paz e Ele veio e pregou a paz.
Através dEle tanto crentes judeus e gentios têm acesso a Deus pelo Espírito.
• Um lugar de habitação para Deus (2.19-22)
Crentes gentios não são mais rejeitados, mas são agora concidadãos,
membros da família e parte de um lugar de habitação de Deus.
6. UM PARÊNTESE NO MISTÉRIO DA IGREJA (CAP. 3.1-13)
• O mistério revelado (3.1-7)
Deus havia dado uma revelação especial ao apóstolo, concernente ao
mistério da Igreja – uma verdade nunca conhecida antes, mas agora revelada
aos apóstolos e profetas do Novo Testamento. Esta verdade é que os crentes
gentios são coerdeiros, membros do Corpo e coparticipantes de tudo que
está prometido no Evangelho. Paulo considerava isto como um ato da graça,
pois Deus comissionara um duplo ministério a ele.
• O propósito do mistério (3.8-13)
A grande missão de Paulo era pregar o Evangelho de Cristo aos gentios
e ensinar a todos os povos a gloriosa verdade da Igreja (v.8-9). Um dos
presentes propósitos de Deus em conexão ao mistério é revelar sua múltipla
sabedoria aos seres angelicais no céu (v.10-11). Outro propósito é que todos
os crentes podem ter o privilégio de um acesso con ante e seguro à presença
de Deus a qualquer momento por meio da oração (v.12). Em vista à
dignidade de seu ministério e os resultados maravilhosos que uem disso,
Paulo não queria que os santos cassem abatidos quando pensassem nele
como um prisioneiro (v.13).
7. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS SANTOS (CAP. 3.14-19)
Novamente o apóstolo volta à oração pelos santos, pedindo ao Pai que
eles possam ter força espiritual, que possam desfrutar da comunhão com
Cristo, que possam ser fundamentados em amor, que possam compreender
as dimensões do mistério, que possam apreciar o amor de Cristo que vai
além da compreensão e possam ser cheios da plenitude de Deus. Ele pediu
que a oração pudesse ser respondida de acordo com as riquezas da glória de
Deus (v.16). Não havia nada de pequeno em suas orações.
8. O LOUVOR DE PAULO A DEUS (CAP. 3.20-21)
A oração termina com uma doxologia, louvando a Deus pelo seu poder
de trabalhar abundantemente além do que o ser humano possa pensar ou
pedir e atribuindo glória eterna a Ele na Igreja e em Cristo, o Cabeça da
Igreja.

Õ
9. EXORTAÇÕES PARA UMA VIDA DIGNA (CAP. 4.1-6.9)
O tema de Efésios agora muda de posição à prática, de doutrina ao
dever, de posição à situação, de edi cação à exortação.

• Vivendo a unidade cristã (4.1-6)


Primeiro há um apelo pela unidade na comunhão cristã. Os santos
devem andar dignos de sua grande vocação descrita nos capítulos anteriores.
Uma forma com que podem fazer isto é viver em harmonia, lembrando-se
que todos os crentes são unidos pelas sete realidades listadas nos versículos
4-6. Eles devem manter a unidade do Espírito em uma atitude de
humildade, mansidão, longanimidade e paciência.
• Edi cando a Igreja pelos dons espirituais (4.7-16)
Então Paulo descreve o programa de Deus para o funcionamento
apropriado dos membros do Corpo de Cristo. Enquanto cada membro tem
um dom e a habilidade para exercê-lo, o Cristo ressurreto tem dado alguns
dons especiais de serviço para o crescimento da Igreja – apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres. A função da maioria destes dons é edi car
os santos para o serviço divino e, assim, edi car o Corpo até entrar em plena
maturidade e plena conformidade a Cristo. Se os santos não estão usando
seus dons ativamente, se tornam imaturos, instáveis e ingênuos. O exercício
apropriado dos membros do Corpo, possuindo a verdade em amor, resulta
no seu amadurecimento em todas as coisas.

• Vestindo-se do novo homem (4.17-32)


Os crentes devem abandonar o estilo de vida velho e pagão que é
incerto, cego, pecaminoso, imprudente, desinibido, sórdido e insaciável
(v.17-19). A vida cristã, como ensinada por Cristo, exige que o estilo antigo e
corrupto de viver seja rejeitado, que o espírito da mente seja renovado e que
o novo homem seja demonstrado em uma vida de justiça e santidade (v.20-
24). Os crentes devem mostrar esta mudança em suas vidas trocando a
mentira pela verdade, ira pecaminosa pela ira santa, roubo pela doação,
conversa corrupta pelo discurso que edi ca e cabeças quentes por corações
de ternura (v.25-32).
• Estilo de vida de amor e luz (5.1-14)
De forma geral, os crentes devem ser imitadores de Deus, amando um
ao outro como Cristo nos amou com sacrifício (v.1-2). Eles devem se abster
de todas as formas de imoralidade sexual e conversas insinuantes,
lembrando-se que as pessoas imorais vão herdar a ira de Deus e não o seu
Reino (v.3-6). O povo de Deus não pode ter comunhão com estes. Embora
os santos já foram caracterizados como imorais e escuridão espiritual, agora
eles são luz e devem andar como lhos da luz, demonstrando tais
características como bondade, justiça e verdade (v.7-10). Devem repreender
as obras infrutíferas e vergonhosas das trevas. Sua luz deve expor as obras
das trevas e assim despertar aqueles que dormem na morte espiritual para a
luz de Cristo (v.11-14).
• Andando em sabedoria (5.15-21)
Os crentes não devem viver como néscios, mas de forma sábia remindo
todo o tempo. Eles não devem, de forma insana, seguir suas próprias
vontades, mas buscar a vontade de Deus e realizá-la. Não devem se
embriagar com o vinho, mas devem estar continuamente se enchendo com o
Espírito. Isto resultará em um discurso edi cante, adoração melodiosa, ação
de graça contínua e submissão reverente.
• Submissão da esposa ao seu marido (5.22-24)
Há três áreas especí cas no lar cristão onde deve haver a submissão.
Primeiro, as esposas devem ser submissas aos seus maridos já que o marido
é o cabeça da esposa como Cristo é o Cabeça da Igreja. Assim como a Igreja
está sujeita a Cristo, as esposas devem estar aos seus maridos.
• O amor do marido pela sua esposa (5.25-33)
Entretanto a submissão mencionada anteriormente deve ser balanceada
pelo alto padrão com que os maridos devem amar suas esposas: como Cristo
amou a Igreja. Um pregador disse que conhecia homens que amavam suas
esposas, mas nenhum que amava nesta dimensão.
O amor de Cristo é demonstrado por Seu auto-sacrifício no passado,
Sua obra santi cadora no presente e Sua suprema apresentação da Igreja a Si
mesmo em beleza perfeita e glória. Há um paralelo maravilhoso entre o
relacionamento Cristo/Igreja e do marido/esposa; assim como Cristo e Seus
membros são um corpo, do mesmo modo o marido e a esposa são uma só
carne. Ao amar sua esposa, um homem ama a si mesmo. Ao respeitar seu
marido, a esposa se submete ao seu cabeça.
• Submissão de lhos aos pais (6.1-3)
A segunda área onde se ordena a submissão é com relação entre os
lhos e seus pais. Os lhos devem obedecer porque, está escrito, isto é justo,
é para o seu próprio bem e promove vida longa.
• Treinamento de paciência aos pais (6.4)
O fator de equilíbrio é que os pais não devem provocar seus lhos. Eles
devem criá-los para amar e obedecer ao Senhor.
• Submissão de servos aos seus senhores (6.5-8)
A terceira esfera de submissão é a de servos aos seus senhores. Os
servos cristãos devem ser obedientes, respeitosos e cuidadosos. Eles devem
trabalhar como se estivessem servindo a Cristo. Devem ser diligentes e
alegres, visando todo o serviço como sagrado e seguros da recompensa de
Deus. Estes princípios de serviço são válidos hoje na relação
empregador/empregado.
• Bondade dos senhores aos servos (6.9)
Aqui o fator de equilíbrio é que os senhores devem ser bondosos e não
ameaçadores. Eles devem se lembrar de que são também servos e que o
Senhor deles é imparcial.
10. EXORTAÇÕES CONCERNENTES À BATALHA CRISTÃ
(CAP. 6.10-20)
• A armadura de Deus (6.10-17)
Como soldados de Cristo, os crentes precisam de força e armadura
divinas para que possam resistir, lutar e car rmes contra Satanás (v.10-13).
A armadura é a proteção conquistada por um caráter cristão impecável: o
cinturão da honestidade e delidade à verdade de Deus, o peitoral de
integridade prática e retidão, as sandálias de prontidão de ir em frente com
as boas novas de paz, o escudo de con ança completa no Senhor e em sua
Palavra, o capacete da fé na certeza da vitória e a espada do Espírito, a saber,
a Palavra de Deus (v.14-17).

• A arma secreta: Oração (6.18-20)


A oração é a atmosfera na qual o soldado enfrenta o inimigo. O
apóstolo insiste que a oração deve ser constante, guiada pelo Espírito,
vigilante, perseverante e para todos os santos – incluindo a si mesmo. Os
que oram devem pedir para serem íntegros e ousados em declarar o
Evangelho. Paulo queria as orações de seus irmãos. Ele não era auto-
su ciente, mas consciente de sua necessidade do poder e proteção de Deus.

Õ
11. SAUDAÇÕES PESSOAIS DE PAULO (6.21-24)
Esta carta termina com saudações pessoais de Paulo. Ele havia enviado
Tíquico com notícias sobre si e com encorajamento aos santos. Agora lhes
deseja paz, amor e fé e sua marca principal – graça.
A CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES

INTRODUÇÃO
PANORAMA DE FILIPENSES
Os cristãos em Filipos formaram a primeira igreja cristã na Europa,
estabelecida quando Paulo pregou lá durante sua segunda viagem
missionária. Lídia, uma vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, foi a
primeira a se converter. Após o apóstolo ter exorcizado um demônio de uma
jovem, seus mestres, in amados, zeram com que Paulo e Silas fossem
surrados e lançados na prisão. Naquela noite o carcereiro e sua família
foram convertidos e acrescentados à igreja. Os magistrados locais
perceberam que eles haviam maltratado estes dois cidadãos romanos e os
impeliram para que deixassem a cidade. Algum tempo depois, quando os
evangelistas sentiram que a missão deles em Filipos havia terminado,
partiram para Tessalônica.
DATA DE FILIPENSES
O apóstolo visitou Filipos duas vezes em sua terceira viagem
missionária (Atos 20.6). Esta carta provavelmente foi escrita por volta de 61
d.C., durante seu primeiro aprisionamento romano (Atos 28.30-31). Depois
ele cou sob prisão domiciliar, acorrentado a um guarda romano.
PANORAMA DE FILIPENSES
Os lipenses haviam enviado uma oferta para Paulo através de
Epafrodito e ele escreveu para agradecer por esta sua ajuda prática na obra
do Senhor. As palavras-chave são alegria e regozijo, ocorrendo 17 vezes. A
alegria do cristão deve ser algo independente de circunstâncias terrenas.
ESBOÇO DE FILIPENSES
1. A saudação, louvor e oração de Paulo (1.1-11)
2. O aprisionamento de Paulo, perspectivas e apelo por perseverança
(1.12-30)
3. Exortação à unidade baseada nos exemplos de humildade e de
sacrifício demonstrados por Cristo (2.1-16)
4. Exortação à unidade como re etida nas vidas de Paulo, Timóteo e
Epafrodito (2.17-30)
5. Advertências contra falsos mestres (3.1-3)
6. Herança e conquistas pessoais de Paulo renunciados por causa de
Cristo (3.4-16)
7. Exortação a um andar piedoso exempli cado pelo apóstolo (3.17-21)
8. Apelo por harmonia, assistência mútua, alegria, paciência, devoção e
uma vida mental disciplinada (4.1-9)
9. A gratidão de Paulo pela ajuda nanceira dos santos (4.10-20)
10. As últimas saudações de Paulo (4.21-23)
1. A SAUDAÇÃO, LOUVOR E ORAÇÃO DE PAULO (CAP. 1.1-
11)
• A saudação de Paulo aos lipenses (1.1-2) Na saudação
notamos que o aprendiz de Paulo, Timóteo, estava junto com ele
quando a carta foi escrita e que ambos eram servos de Cristo
Jesus. (O apostolado de Paulo não foi desa ado em Filipos, então
isto não é mencionado aqui). Também observamos a composição
de uma igreja do Novo Testamento: santos, bispos (ou
presbíteros) e diáconos. Sua saudação característica, “Graça e
paz”, combina as palavras gregas e hebraicas para bênção. Ao
atribuir a união do Senhor Jesus e Deus Pai como a fonte destas
bênçãos, Paulo ressalta a igualdade do Pai e do Filho.
• O elogio de Paulo aos lipenses (1.3-8) Era parte do estilo
do apóstolo elogiar sempre quando possível. Aqui ele está
agradecido a Deus pela forma que eles o têm apoiado por meio
de suas orações e ofertas sacri ciais. Deus irá completar a boa
obra que Ele começou em suas vidas, através do crescimento
deles até que o Senhor volte. Paulo sente uma afeição veemente
por eles, sabendo que compartilham da mesma graça, esteja ele
aprisionado ou defendendo e con rmando o Evangelho. Ele
ansiava por eles com toda a afeição do Senhor Jesus Cristo.
• A oração de Paulo pelos lipenses (1.9-11) O elogio se
transforma em oração: que o amor deles não seja tolo, mas que
seja capaz de discernir o que é excelente, para que possam ser
sinceros e inculpáveis e que demonstrem o fruto de um caráter
cristão.
2. O APRISIONAMENTO DE PAULO, PERSPECTIVAS E
APELO POR PERSEVERANÇA (CAP. 1.12-30) • PREGANDO
A CRISTO (1.12-18)
Agora uma palavra de explicação. O aprisionamento signi cou vitória e
não derrota para o Evangelho. Membros da guarda pretoriana haviam
ouvido as boas novas. Irmãos em Cristo se tornaram mais corajosos para
pregar a mensagem. Também é verdade que alguns motivos eram suspeitos,
mas Paulo ainda poderia se alegrar que o Evangelho estivesse indo adiante.
O importante era que Cristo fosse anunciado.
• Vivendo ou morrendo por Cristo (1.19-26) Paulo estava
con ante de que seria solto em breve, mas não fazia diferença se
o resultado fosse vida ou morte. O primeiro signi caria mais
trabalho frutífero entre os santos, o segundo seria estar com
Cristo, que é in nitamente melhor.
• Lutando e sofrendo por Cristo (1.27-30) Não importa o
que acontecesse com ele, estava preocupado que os lipenses
andassem de forma digna e perseverassem heroicamente em caso
de perseguição.
3. EXORTAÇÃO À UNIDADE BASEADA NO EXEMPLO DE
HUMILDADE E SACRIFÍCIO DE CRISTO (CAP. 2.1-16) •
UNIDADE PELA HUMILDADE (2.1-4)
Con itos pessoais haviam surgido na igreja (4.2), exigindo um apelo do
apóstolo por unidade, amor e para que se considerasse o outro superior a si
mesmo.
• O Cristo humilde e exaltado (2.5-11) Os santos deveriam
adotar a mente de Cristo. Embora totalmente Deus, Ele estava
disposto a deixar sua posição no céu e vir a este mundo como um
escravo e como um homem verdadeiro para Se humilhar, para
morrer pelos outros e até mesmo morte de cruz. Como resultado
deste auto-esvaziamento, Deus O exaltou, dando-lhe um Nome
que todo o universo, mais cedo ou mais tarde, há de honrar.
• Luzeiros em um mundo enegrecido (2.12-16) Tendo
exposto o problema (con itos de personalidade) e após ter dado
o remédio (a mente de Cristo), o apóstolo os orienta para
desenvolverem a solução (libertação), certos de que Deus iria
lhes dar o desejo e a habilidade para realizá-la (v.12-13). Assim
eles podem desenvolver sua salvação, evitando disputas e
murmurações, brilhando como luzeiros em um mundo
enegrecido. Se eles mantivessem a palavra de vida, Paulo se
alegraria no Dia de Cristo (v.14-16).
4. EXORTAÇÃO À UNIDADE COMO REFLETIDA NAS VIDAS
Ó
DE PAULO, TIMÓTEO E EPAFRODITO (CAP. 2.17-30) • O
EXEMPLO DE PAULO (2.17-18)
No restante do capítulo 2 o apóstolo dá três exemplos de homens que
tinham a mente de Cristo, que se humilharam e que consideraram os outros
melhores do que eles mesmos.
Paulo considerava a vida de sacrifício dos lipenses mais importante
que sua própria vida. O que eles estavam fazendo era como uma tremenda
oferta sacri cial ao Senhor. Ele estava contente em poder ser nada mais do
que uma oferta de libação, isto é, ser martirizado por eles.
• O exemplo de Timóteo (2.19-24)
Timóteo estava sinceramente preocupado pelos lipenses, para que
colocassem as coisas de Cristo antes de seus próprios interesses. Paulo estava
enviando-o a Filipos para cuidar dos santos e esperava ir lá em breve.
• O exemplo de Epafrodito (2.25-30)
Epafrodito havia cado gravemente enfermo como resultado da longa
viagem de Filipos a Roma. Entretanto, não foi a doença que o perturbou e
sim o fato que os lipenses haviam ouvido sobre isso. Não queria que
cassem se culpando. Quando ele voltasse com esta carta, deveriam recebê-
lo cordialmente e honrá-lo, porque ele não somente havia colocado sua vida
em perigo, mas também havia sido o mensageiro que levou uma oferta a
Paulo.
A palavra-chave ou pensamento do capítulo 2 é “outros” (v.3-4, 20).
Cristo é como o sol, em todo seu esplendor radiante e seus três seguidores
são como luas, re etindo a glória do sol.
5. ADVERTÊNCIAS CONTRA FALSOS MESTRES (CAP. 3.1-3)
Após um encorajamento para se alegrar, Paulo continua a advertir os
lipenses contra os judaizantes. Ele os chama de cães, obreiros malignos e de
mutilação, uma “imitação” da ênfase deles na circuncisão física (as palavras
são semelhantes no original). Em contraste, crentes verdadeiros são aqueles
que adoram pelo Espírito e que se orgulham em Cristo e não em sua própria
carne.
6. HERANÇA E CONQUISTAS PESSOAIS DE PAULO
RENUNCIADAS POR CAUSA DE CRISTO (CAP. 3.4-16) ISTO
LEVA, NATURALMENTE, A UM CATÁLOGO DE
VANTAGENS CARNAIS NAS QUAIS O APÓSTOLO PODERIA
TER SE ORGULHADO – NASCIMENTO, LINHAGEM,
ORTODOXIA, ZELO E JUSTIÇA LEGÍTIMA (V.4-6). MAS ELE
RENUNCIOU A TODAS ELAS, ESQUECENDO E
CONSIDERANDO-AS COMO INÚTEIS PARA GANHAR A
CRISTO. ELE QUERIA SER IDENTIFICADO COM CRISTO
EM PODER, NO SOFRIMENTO, NA MORTE E NA
RESSURREIÇÃO, NÃO IMPORTA QUAL FOSSE O PREÇO.
OLHANDO A VIDA COMO UMA CORRIDA ATLÉTICA,
PAULO SEGUIA ADIANTE EM DIREÇÃO À LINHA DE
CHEGADA PARA O PRÊMIO, DETERMINADO A CUMPRIR
O PROPÓSITO PELO QUAL CRISTO O HAVIA CHAMADO.
PESSOAS ESPIRITUALMENTE MADURAS COMPARTILHAM
DE SEU PONTO DE VISTA. SE OUTROS QUISEREM SER
CONDUZIDOS, DEUS NÃO VAI DESAPONTÁ-LOS.
ENQUANTO ISSO, CADA UM DEVE VIVER À ALTURA DO
PADRÃO QUE ELE(A) JÁ CONQUISTOU (V.7-16).
7. EXORTAÇÃO PARA UM ANDAR PIEDOSO
EXEMPLIFICADO PELO APÓSTOLO (CAP. 3.17-21) • O
CONTRASTE DE DOIS CAMINHOS (3.17-19) O EXEMPLO
DE PAULO ERA DIGNO DE IMITAR, DIFERENTE DO
Õ
EXEMPLO DOS JUDAIZANTES. AQUELES CHARLATÕES
RELIGIOSOS ODIAVAM A CRUZ E TUDO QUE ELA
REPRESENTA. ELES PREGAVAM POR GANHOS
FINANCEIROS, SE ORGULHAVAM DE SEU
COMPORTAMENTO VERGONHOSO E CONCENTRAVAM
SUA ATENÇÃO EM COISAS DESTA TERRA.
• Nossa cidadania celestial (3.20-21)
A cidadania do crente e, portanto, seus interesses são celestiais. Ele
espera momentaneamente pelo Salvador e pelo corpo glori cado que terá
pelo poder de Cristo.
8. APELO POR HARMONIA, ASSISTÊNCIA MÚTUA,
ALEGRIA, PACIÊNCIA, DEVOÇÃO E UMA VIDA MENTAL
DISCIPLINADA (CAP. 4.1-9) AGORA PAULO FAZ VÁRIOS
APELOS AOS CRENTES FILIPENSES: APELO POR
CONSTÂNCIA, PARA RECONCILIAÇÃO EM CRISTO DE
DUAS IRMÃS QUE ESTAVAM EM CONTENDA, PARA UMA
ATITUDE DE ALEGRIA CONSTANTE, POR PACIÊNCIA DE
UM PARA COM O OUTRO, PARA UMA VIDA LIVRE DE
ANSIEDADE ATRAVÉS DA ORAÇÃO E AÇÕES DE GRAÇAS,
PARA UMA VIDA POSITIVA E PURA DE PENSAMENTO E
POR OBEDIÊNCIA AO EXEMPLO E ENSINO DE PAULO.
9. A GRATIDÃO DE PAULO PELA AJUDA FINANCEIRA DOS
SANTOS (CAP. 4.10-20)
Paulo agora agradece a ajuda que os santos em Filipos haviam enviado
a ele por Epafrodito. Eles queriam ter enviado antes, mas tiveram falta de
um mensageiro. Mesmo aprisionado, Paulo estava satisfeito, pois aprendeu a
viver tanto na abundância como na escassez. Ele sabia que podia todas as
coisas dentro da vontade de Cristo. Ao elogiar os lipenses, o apóstolo
relembra o ato de bondade anterior deles – duas vezes quando estava em
Tessalônica e uma vez em Corinto. Embora grato pela recente ajuda, ele está
mais interessado que a recompensa deva ser creditada na conta deles.
Considera a oferta deles como um sacrifício de aroma suave, aceitável e
aprazível a Deus. Porque eles eram despenseiros éis, Paulo tem certeza que
Deus irá suprir todas as suas necessidades de maneira superabundante. (Este
verso não deve ser mencionado fora de contexto para membros mesquinhos
de igrejas!).
10. AS ÚLTIMAS SAUDAÇÕES DE PAULO (CAP. 4.21-23)
A carta encerra com um louvor a Deus, com saudações dos santos que
estavam com Paulo e com sua bênção costumeira.
Algumas das saudações vêm dos crentes da casa de César, um lembrete
de que o Evangelho tem o poder de penetrar alguns lugares incomuns!
A CARTA DE PAULO AOS COLOSSENSES

INTRODUÇÃO
A DATA DE COLOSSENSES
É amplamente aceito que a carta aos Colossenses foi escrita durante o
primeiro aprisionamento de Paulo em Roma, por volta de 60 d.C.
PANORAMA DE COLOSSENSES
Colossos estava localizada na parte oeste da Ásia Menor, o que agora é
a Turquia. O apóstolo nunca havia estado lá (2.1). Quem sabe a igreja tenha
sido estabelecida por Epafras (1.7).
MENSAGEM DE COLOSSENSES
É claro, pelos conteúdos da carta, que os crentes estavam em perigo de
serem levados por um sistema cultual, como cerimonialismo, ascetismo,
loso a, guarda da lei e adoração a seres intermediários entre Deus e o
homem.
Epafras e outros, aparentemente contataram Paulo em Roma pedindo
um conselho em relação a estes ensinamentos. Em uma palavra, sua resposta
foi “Cristo” – a supremacia e su ciência de Cristo.
Tíquico e Onésimo levaram a carta de volta a Colossos.
COLOSSENSES E EFÉSIOS
A Epístola aos Colossenses é estritamente semelhante a Efésios: 54
versículos são quase os mesmos. Porém, enquanto Efésios enfatiza a Igreja
como o corpo de Cristo, Colossenses estabelece Cristo como o Cabeça
glori cado da Igreja.
ESBOÇO DE COLOSSENSES
1. A saudação, ação de graças e oração de Paulo para os colossenses
(1.1-14)
2. As glórias de Cristo, o Cabeça da Igreja (1.15-23)
3. O ministério comissionado a Paulo (1.24-29)
4. A su ciência de Cristo contra os perigos da loso a, legalismo,
misticismo e ascetismo (Cap.2)
5. A nova vida do crente, deixando o velho homem e revestindo-se do
novo homem (3.1-17)
6. Comportamento apropriado para os membros do lar cristão (3.18 –
4.1)
7. A vida de oração do crente e seu testemunho no viver e no falar (4.2-
6)
8. Vislumbres pessoais e cumprimentos (4.7-18)
1. A SAUDAÇÃO, AÇÃO DE GRAÇAS E ORAÇÃO DE PAULO
PARA OS COLOSSENSES (CAP. 1.1-14)
Seguindo sua saudação costumeira (v.1-2), Paulo começa com louvor a
Deus pela fé, amor e esperança dos cristãos colossenses (v.3-8). O louvor,
agora, dá espaço para oração e ele pede que os santos sejam cheios com o
pleno conhecimento da vontade de Deus (v.9), que andem dignamente
diante do Senhor (v.10), que sejam fortalecidos com todo o poder (v.11) e
que sejam gratos pelo que Deus tem feito por eles, em Cristo (v.12-14).

2. AS GLÓRIAS DE CRISTO, O CABEÇA DA IGREJA


(CAP. 1.15-23)
A menção do Filho amado de Deus move o apóstolo a recontar as
maravilhosas glórias de Cristo, tanto de Sua Pessoa como de Sua obra. Ele é
a imagem de Deus, o primogênito de toda criação (v.15), o arquiteto,
criador, objeto e sustentador do universo (v.16-17), o Cabeça da Igreja
(v.18), o primogênito dos mortos (v.18), o possuidor de toda plenitude
(v.19), o futuro reconciliador de todas as coisas (v.20) e o reconciliador
presente dos crentes (v.21-23).
3. O MINISTÉRIO COMISSIONADO A PAULO (CAP. 1.24-29)
As referências do corpo ou Igreja (v.18) e o Evangelho (v.23)
conduzem, naturalmente, a uma descrição do ministério de Paulo (v.24-29).
Foi um ministério de sofrimento pelo Evangelho e pela Igreja; seu objeto era
apresentar todo homem amadurecido em Cristo por meio do poder do
Senhor.

4. A SUFICIÊNCIA DE CRISTO CONTRA OS PERIGOS DA


FILOSOFIA, LEGALISMO, MISTICISMO E ASCETISMO (CAP.
2)
Mais uma vez, Paulo ora pelos santos (v.1-3). Especi camente, ele pede
que sejam fortalecidos contra os perigos, que seus corações possam estar
unidos em amor, que tenham total segurança do entendimento da fé, que
venham a conhecer o mistério de Deus, isto é, Cristo. Se eles derem o
verdadeiro valor a Cristo, não serão enganados pelos ensinamentos das
seitas, porque Ele é a origem de toda sabedoria e conhecimento (v.4-5).
Eles haviam recebido Cristo Jesus, o Senhor, como o único e su ciente
Salvador; agora devem permanecer nEle, con rmando a fé (v.6-7).
Vale destacar a paráfrase deste versículo 8 feita pelo Dr. Phillips:
“Tenham cuidado que ninguém corrompa sua fé através do intelectualismo
ou tolices absurdas. Tais coisas são fundamentadas nas idéias de homens
sobre a natureza do mundo e desconsideram Cristo!”
O recurso do crente contra o falso ensinamento é Cristo. Toda
plenitude da Divindade habita corporalmente nEle e o crente é completo
nEle, no sentido de que não precisa de nada mais para estar aperfeiçoado
perante Deus (v.9-10). Na circuncisão de Cristo, isto é, Sua morte, o cristão
foi circuncidado – liberto do domínio da natureza carnal com todos seus
esforços para ganhar ou merecer justiça. O batismo retrata a morte do velho
homem e suas tentativas de agradar a Deus pela carne e também uma
ressurreição a uma nova vida (v.11-12). O crente foi perdoado de todas as
transgressões e liberto das cerimônias e ordenanças do judaísmo por Aquele
que triunfou sobre todos os principados do inimigo (v.13-15).
Os versículos restantes do capítulo 2 revelam alguns dos falsos
ensinamentos contra os quais Paulo estava combatendo:
O esforço para ganhar a salvação obedecendo aos mandamentos
concernentes à comida e dias santos (v.16-17).
O sistema gnóstico de falsa humildade, de adoração aos anjos
intermediários entre Deus e o homem, de conhecimento superior recebido
através de visões e de independência de Cristo, que é a verdadeira fonte de
vida e crescimento (v.18-19).
A prática de ascetismo como um meio de ganhar a aprovação de Deus.
Isto dá uma aparência exterior de piedade, mas não tem valor em controlar a
indulgência da carne (v.20-23).
5. A NOVA VIDA DO CRENTE, DEIXANDO O VELHO
HOMEM E REVESTINDO-SE DO NOVO HOMEM (CAP. 3.1-
17)
No capítulo 2 aprendemos que Deus vê o crente como morto com
Cristo e ressuscitado com Ele (2.11-12). Esta é posição dele em Cristo.
Agora segue a exortação prática: viva como alguém que foi ressuscitado com
Cristo e cuja vida está oculta com Cristo, em Deus (v.1-4). Isto signi ca
colocar de lado os vícios do velho e pecaminoso homem, ou seja, todas as
formas de coisas profanas (v.5-7), ira (v.8) e mentira (v.9). Do lado positivo,
isto vai signi car revestir-se das virtudes do novo homem, isto é: compaixão,
bondade, mansidão, humildade, longanimidade (v.12), paciência, perdão
(v.13) e amor (v.14).
Os crentes devem experimentar a paz de Cristo ocupando seus
corações e a Palavra de Cristo habitando neles ricamente, resultando na
edi cação de outros. Tudo deve ser feito em Nome do Senhor Jesus e com
espírito de gratidão (v.16-17).
6. COMPORTAMENTO APROPRIADO PARA OS MEMBROS
DO LAR CRISTÃO (CAP. 3.18-4.1)
Depois o apóstolo dá instruções de retidão para os membros do lar
cristão. Para as esposas a palavra é submissão; para os maridos, amor; para
os lhos, obediência; para os pais, a não provocação; para os servos,
obediência; para os senhores, justiça.
7. A VIDA DE ORAÇÃO DO CRENTE E SEU TESTEMUNHO
NO VIVER E NO FALAR (CAP. 4.2-6)
A vida de oração é importante, então Paulo impele os colossenses a
orar constantemente, vigilantes e gratos, além de, interceder especi camente
por ele (v.2-4). Eles devem andar em sabedoria e aproveitar ao máximo as
oportunidades (v.5). Sua conversa deve ser graciosa, estimulante e
temperada (v.6).
Paulo os lembra que estava escrevendo da prisão e que seu “crime” era
pregar o mistério de Cristo, a grande verdade da Igreja, na qual judeus e
gentios são feitos um novo homem em Cristo.
8. VISLUMBRES PESSOAIS E CUMPRIMENTOS (CAP. 4.7-18)
Nos versículos 7 a 14 temos vislumbres pessoais de alguns dos amigos
dos apóstolos. Finalmente, há saudações pessoais e instruções (v.15-17) e o
fechamento complementar de Paulo escrito à mão (v.18).
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO AOS
TESSALONICENSES

INTRODUÇÃO

ORIGEM DA IGREJA DE TESSALÔNICA


Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo viajou ao oeste,
através da Ásia Menor, passando por Tarso e então foi de navio pelo Mar
Egeu de Trôade à Macedônia (o que é o norte da Grécia hoje). Quando ele e
seu grupo vieram à Tessalônica, foi à sinagoga e pregou a Cristo. Isto
continuou por três sábados. Alguns creram, mas outros iniciaram uma
revolta contra aqueles que receberam Paulo e companhia, então os irmãos
enviaram Paulo e Silas à Beréia.
ORIGEM E DATA DE 1 TESSALONICENSES
De Beréia, o apóstolo foi para Atenas. Ali ele recebeu notícias de que os
cristãos tessalonicenses estavam sofrendo perseguição. Quando ele foi
impedido numa tentativa de visitá-los, enviou Timóteo, que mais tarde
trouxe de volta um relatório animador. Isto fez com que Paulo escrevesse
esta carta, talvez o primeiro livro do Novo Testamento a ser escrito e
certamente a primeira das cartas inspiradas de Paulo (em torno de 51 d.C.).
RESUMO DE 1ª TESSALONICENSES
O apóstolo cobre muitos assuntos, mas um dos mais importantes é a
vinda do Senhor Jesus. Ela é mencionada em todos os cinco capítulos. Paulo
enxerga a vinda do Senhor Jesus como um motivo para o serviço, uma
esperança de recompensa no Tribunal de Cristo, um estímulo para unidade
em amor, uma esperança confortadora e um apelo para a santi cação do
espírito, alma e corpo.
ESBOÇO DE 1ª TESSALONICENCES
1. Saudação e ações de graças (1.1-3)
2. A rmação de Paulo concernente aos santos (1.4-5a)
3. Como os tessalonicenses se tornaram cristãos multiplicadores (1.5b-
10)
4. As lembranças de Paulo de Tessalônica (2.1-12)
5. A resposta dos tessalonicenses ao Evangelho (2.13-16)
6. Explicação de Paulo sobre a impossibilidade de retornar à
Tessalônica (2.17-20)
7. A missão de Timóteo em Tessalônica (3.1-10)
8. A oração de Paulo pela igreja em Tessalônica (3.11-13)
9. Uma vida de santidade (4.1-8)
10. Uma vida fraternal e ordeira (4.9-12)
11. A esperança que consola os crentes (4.13-18)
12. O Dia do Senhor (5.1-11)
13. Várias exortações aos santos (5.12-22)
14. Saudações nais aos tessalonicenses (5.23-28)
1. SAUDAÇÕES E AÇÕES DE GRAÇAS (1.1-3)
Silas e Timóteo estão ligados a Paulo na introdução costumeira (1).
Então, de maneira previsível o apóstolo rompe em ações de graças pelos
santos – por sua conversão a Deus, seu serviço amoroso por Ele e sua
paciente espera pelo Senhor Jesus (2-3).
2. A AFIRMAÇÃO DE PAULO CONCERNENTE AOS SANTOS
(1.4-5A)
Não havia dúvida de que eles faziam parte dos eleitos; isto cou
evidente pela forma que responderam ao evangelho quando ouviram Paulo
pregar pela primeira vez.
3. COMO OS TESSALONICENSES SE TORNARAM CRISTÃOS
MULTIPLICADORES (1.5B-10)
Os tessalonicenses haviam se tornado imitadores de Paulo e do Senhor
por receber a palavra com alegria mesmo em meio à perseguição. Eles eram
cristãos modelos, anunciando a palavra do Senhor não somente na Grécia,
mas em todos os lugares. As notícias rapidamente se espalharam de como
eles deixaram os ídolos e se converteram a Deus, como estavam servindo ao
Senhor e como estavam esperando o retorno do Salvador.

4. AS LEMBRANÇAS DE PAULO DE TESSALÔNICA (2.1-12)


• O sucesso de Paulo em meio aos con itos (2.1-2)
Quando Paulo fala sobre sua visita à Tessalônica, ele lembra os santos
que não foi em vão. Ele havia acabado de ser surrado e aprisionado em
Filipos, mas não se intimidou. Ele continuou a pregar ousadamente frente a
muita oposição.
• A mensagem de Paulo aos tessalonicenses (2.3-4)
Quanto a sua mensagem, era verdadeira em sua fonte, pura em seu
motivo e dedigna ao seu método. Ele via seu ministério do evangelho
como uma mordomia sagrada de Deus e o levava com a determinação de
agradar a Deus e não aos homens.
• O comportamento de Paulo em Tessalônica (2.5-12)
O apóstolo coloca grande ênfase em seu próprio comportamento, um
lembrete de que, em um sentido real, o homem é a mensagem. Ele não
recorria à bajulação (5a). Ele não estava no ministério pelo dinheiro (5b-6).
Ele era gentil (7), afetuoso e sacri cial (8), trabalhador e autossustentável
(9), santo, justo e inculpável (10), com todas as características de um pai
bom e espiritual (11-12).
5. A RESPOSTA DOS TESSALONICENSES AO EVANGELHO
(2.13-16)
Mas Paulo também relembra de como os tessalonicenses haviam
respondido ao evangelho. Eles o haviam recebido como a Palavra de Deus e
não palavra de homens (13). Após serem salvos, sofreram perseguição nas
mãos de seus compatriotas assim como as igrejas da Judéia haviam sofrido
nas mãos dos judeus. A oposição judaica era realmente intensa. Eles haviam
matado os profetas de Deus, haviam matado o Senhor Jesus, expulsavam
Paulo de vários locais e faziam de tudo para impedir que ele pregasse aos
gentios. Por causa da culpa deles que se agravava, a ira de Deus estava
pendendo sobre suas cabeças, talvez uma referência à destruição iminente
de Jerusalém em 70 d.C. (14-16).
6. EXPLICAÇÃO DE PAULO SOBRE A IMPOSSIBILIDADE DE
RETORNAR À TESSALÔNICA (2.17-20)
Finalmente, o apóstolo explica seu fracasso de retornar à Tessalônica.
Ele havia tentado duas vezes voltar lá, mas o diabo o impediu. Certamente
não foi por causa de falta de consideração afetuosa que Paulo tinha por eles.
Ele havia os levado até Cristo e eles seriam sua alegria e coroa de glória
quando estivessem perante o Senhor no céu.
O versículo 19 ajuda responder a pergunta, “Reconheceremos uns aos
outros no céu?” Paulo certamente esperava reconhecer os tessalonicenses.

7. A MISSÃO DE TIMÓTEO EM TESSALÔNICA (3.1-10)


• A ansiedade de Paulo em Atenas (3.1-5)
Frustrado em seu desejo de visitar os santos, Paulo enviou Timóteo
para encorajá-los a perseverar apesar da perseguição. Não havia ele já lhes
advertido que teriam que sofrer por Cristo? (v.1-4). O apóstolo estava
ansioso para saber como estavam resistindo às intempéries e se estavam
rmes na fé. A expressão “sua fé” é a chave para este capítulo (v.5).
• A resposta encorajadora de Timóteo (3.6-10)
Como resultado, Timóteo trouxe um bom relatório. Os santos estavam
fortalecidos na fé e no amor e estavam tão ansiosos de rever Paulo como ele
estava para vê-los (v.6). Que refrigério foi isto para o apóstolo! A constância
deles era como uma transfusão de vida para ele.
8. A ORAÇÃO DE PAULO PELA IGREJA EM TESSALÔNICA
(3.11-13)
Ele agradecia ao Senhor por toda a alegria que deram a ele e orava
continuamente para que pudesse estar com eles outra vez e edi cá-los
através do ministério da Palavra. Ele também orava que o amor deles fosse
multiplicado nesta vida para que pudessem ser inculpáveis na outra. A
recompensa deles seria manifestada na vinda de Cristo com seus santos para
reinar sobre a terra.
9. UMA VIDA DE SANTIDADE (4.1-8)
O capítulo 4 inicia com um apelo para agradar a Deus por meio de uma
vida de santidade e encerra com o arrebatamento dos santos ao céu. Paulo já
os tinha advertido para fazer a vontade de Deus abstendo-se da imoralidade
sexual. Cada um deve abster-se das relações sexuais antes do casamento e da
in delidade depois dele porque Deus nos chamou para vidas de santidade e
não de desenfreada lascívia. Desobedecer é desprezar sua Palavra e ofender
o Espírito Santo.
No versículo 1 Paulo poderia estar pensando em Enoque, que andou
com Deus, agradou a Deus e que foi arrebatado ao céu por Deus.
10. UMA VIDA FRATERNAL E ORDEIRA (4.9-12)
Mais uma vez volta o assunto do amor. Os santos foram ensinados a
amar. Na verdade, podiam distinguir-se amando. E deveriam continuar a
demonstrar esta graça (9-10). Entretanto, parece que alguns haviam parado
de trabalhar para esperar a vinda do Senhor. Isto era irresponsável. Eles
deveriam ser um bom testemunho trabalhando diligentemente e não
explorando os outros (11-12).
11. A ESPERANÇA QUE CONSOLA OS CRENTES (4.13-18)
• Os mortos em Cristo (4.13-14)
Também parecia que alguns dos crentes estavam com medo que seus
entes queridos que haviam morrido em Cristo, de alguma forma, não
estariam presentes quando Cristo retornasse para estabelecer Seu reino na
terra. Não seria assim, diz Paulo. Tão certo quanto Cristo morreu e
ressurgiu, assim Deus irá trazer aqueles santos de volta com Cristo quando
Ele vier reinar. Mas como isso pode acontecer? Seus restos estão agora na
sepultura. Como pode Deus trazê-los de volta do céu à terra?
• A ordem dos eventos no Arrebatamento (4.15-18)
A resposta, naturalmente, é que o arrebatamento irá acontecer neste
meio tempo. Naquele momento os crentes vivos não irão ter nenhuma
vantagem sobre aqueles que morreram. O Senhor vai descer às nuvens. Os
mortos em Cristo ressuscitarão, os vivos serão transformados e todos irão
subir para encontrar com o Senhor nos ares e para estar para sempre com
Ele. Esta é a esperança consoladora do povo de Deus.

12. O DIA DO SENHOR (5.1-11)


• Os tempos e estações (5.1-5)
O assunto agora muda do arrebatamento para o Dia do Senhor e
especi camente aquele cenário deste dia conhecido como a Tribulação. Será
um período de sete anos de julgamento que segue o Arrebatamento. Os
tessalonicenses já haviam sido ensinados sobre isso e sabiam que ele viria
como um ladrão da noite (1-2). A destruição iria descer quando todos
estivessem falando sobre paz, mas Paulo assegura seus leitores que não
precisavam temer porque eles pertencem ao dia e não à noite. O Dia do
Senhor irá surpreender somente aqueles que estão em escuridão moral e
espiritual (3-5).
• As principais virtudes cristãs (5.6-8)
Os crentes devem viver como lhos da luz sendo vigilantes e sóbrios,
manifestando as principais virtudes cristãs – fé, esperança e amor.
• Ira não, mas livramento! (5.9-11)
O apóstolo assegura aos crentes que não estão sentenciados a sofrer a
ira do Dia do Senhor. Em vez disso obterão a salvação quando o Salvador
vier para os seus. Porque nós iremos viver com ele, devemos viver juntos uns
com os outros cooperativamente agora.
13. VÁRIAS EXORTAÇÕES AOS SANTOS (5.12-22)
Versículos 12-22 contêm exortações práticas a vários grupos para a
família da fé. Os cristãos devem reconhecer e respeitar seus líderes
espirituais em uma atmosfera de paz (v.12-13). Os líderes devem advertir os
desregrados, isto é, aqueles que não trabalham; encorajar os medrosos;
apoiar os fracos e ser paciente com todos (v.14). Os santos, em geral, não
devem retaliar, mas demonstrar bondade positiva (v.15). Sendo alegres,
dedicados a oração e agradecidos, eles farão a vontade de Deus (v.16-18). Na
assembléia ou qualquer outro lugar, eles não devem reprimir o Espírito ou
desprezar as profecias. Devem testar todos os ensinamentos pela Palavra e
reter o que é bom. Eles devem se abster de qualquer forma do mal (v.19-22).

Õ
14. SAUDAÇÕES FINAIS AOS TESSALONICENSES (5.23-28)
Para terminar, Paulo pede a Deus que os santi que de forma integral
para que sejam irrepreensíveis quando Jesus voltar. Ele está con ante de que
nosso Deus el fará isso. Após um pedido pessoal por oração, um ósculo
santo para todos os irmãos e uma incumbência para que a carta seja lida
publicamente, o apóstolo acrescenta sua saudação característica, “Graça”.
A SEGUNDA CARTA DE PAULO AOS
TESSALONICENSES

INTRODUÇÃO

CONTEXTO E DATA DE 2 TESSALONICENSES


Acredita-se que esta carta foi escrita de Corinto logo após 1
Tessalonicenses (em torno de 51 d.C.). Paulo, Silvano e Timóteo estavam
ainda juntos (1.1) e Corinto é a única cidade onde lemos sobre esse fato de
estarem juntos (Atos 18.1,5).
MENSAGEM DE 2 TESSALONICENSES
Havia uma razão tripla para outra epístola em breve. Os santos estavam
sendo perseguidos e precisavam ser encorajados (cap.1). Eles estavam sendo
enganados quanto ao Dia do Senhor e precisavam ser iluminados (cap.2).
Alguns estavam vivendo no ócio e precisavam ser corrigidos porque o
Senhor estava prestes a vir (cap.3).
ESBOÇO DE 2 TESSALONICENSES
1. Saudação e expressão de gratidão de Paulo (1.1-5)
2. Julgamento justo de Deus (1.6-10)
3. A oração de Paulo pelos santos (1.11-12)
4. Os eventos que precedem e acontecem durante o Dia do Senhor (2.1-
12)
5. A Gratidão de Paulo pelos santos escaparem do julgamento (2.13-14)
6. O apelo de Paulo pelos santos (2.15)
7. A oração de Paulo pelos santos (2.16-17)
8. O pedido de Paulo por oração (3.1-2)
9. A con ança de Paulo concernente aos santos (3.3-5)
10. Instruções para lidar com os insubordinados (3.6-15)
11. Bênção (3.16-18)
1. SAUDAÇÃO E EXPRESSÃO DE GRATIDÃO DE PAULO
(1.1-5)
Seguindo sua saudação, muito semelhante à de 1 Tessaloniceses, Paulo
expressa sua gratidão a Deus pelos santos. Ele destaca a fé, o amor e a
perseverança deles na perseguição e na a ição. Ele omite a esperança deles,
provavelmente porque precisavam de mais ensino sobre a vinda do Senhor.
A forma que estavam perseverando na perseguição demonstrava sua aptidão
para governar com Cristo em Seu reino vindouro.
2. O JULGAMENTO JUSTO DE DEUS (1.6-10)
Na Segunda Vinda, perseguidores serão publicamente punidos e o
povo perseguido de Deus permanecerá. Cristo virá em fogo consumidor,
banindo os descrentes de sua presença para sempre. Seus santos vão
glori cá-lO e admirá-lO naquele dia.
3. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS SANTOS (1.11-12)
O apóstolo ora para que a vida dos tessalonicense seja digna de uma
chamada tão nobre e que o poder tremendo de Deus possa capacitá-los para
obedecer todo o impulso de fazer o bem e cumprir toda obra realizada pela
fé.
4. OS EVENTOS QUE PRECEDEM E OCORREM DURANTE O
DIA DO SENHOR (2.1-12)
• O consolo da Vinda do Senhor (2.1-2)
Os tessalonicenses estavam confusos pelas supostas revelações que o
Dia do Senhor já havia chegado, que já estavam na Tribulação. A severa
perseguição na qual estavam sofrendo tornaram esta idéia ainda mais crível.
Paulo instrui-os com base no arrebatamento de que não deveriam pensar
que o Dia do Senhor estava presente; em outras palavras, eles seriam
arrebatados ao lar celestial antes deste dia chegar.
• A grande Apostasia (2.3-7)
Três outros eventos vão acontecer antes do dia do Senhor: (1) Uma
grande apostasia ou perda da fé vai ocorrer. (2) O homem da iniquidade,
isto é, o anticristo, será revelado. (3) Aquele que refreia, a quem acreditamos
seja o Espírito Santo, será tirado do caminho. No arrebatamento, o Espírito
Santo será removido como aquele que habita permanentemente na Igreja e
nos crentes individuais.
• O Anticristo e a Tribulação (2.8-12)
O homem da iniquidade irá se opor a todas as formas de religião; irá
ordenar que todas as pessoas adorem-no e irá enganar as pessoas com seus
milagres (v.4,9,10a). Aqueles que se recusarem a con ar em Cristo nesta era
da graça e que ainda estiverem vivos no Período da Tribulação serão
enganados pela sua mentira de que é Deus (v.10b-11). Tanto o anticristo
como seus adoradores serão julgados quando Cristo retornar à terra em
poder e glória (v.8b,12).
5. A GRATIDÃO DE PAULO PELOS SANTOS ESCAPAREM
DO JULGAMENTO (2.13-14)
Paulo expressa gratidão pelos santos escaparem deste julgamento. Deus
os escolheu desde a eternidade, os chamou em tempo e irá glori cá-los com
Cristo no futuro.
6. O APELO DE PAULO PELOS SANTOS (2.15)
Em vista destas coisas, eles devem permanecer rmes.
7. A ORAÇÃO DE PAULO PELOS SANTOS (2.16-17)
O capítulo termina com a oração de Paulo para que Deus console seus
corações e os con rmem em toda boa obra e palavra.
8. O PEDIDO DE PAULO POR ORAÇÃO (3.1-2)
O apóstolo pede oração para que a palavra do Senhor possa ser
disseminada e prospere e que ele possa ser liberto do ódio de homens
perversos.
9. A CONFIANÇA DE PAULO CONCERNENTE AOS SANTOS
(3.3-5)
Ele tem a con ança que o Senhor el irá preservar os crentes e que vão
continuar a obedecer a Palavra, amando como Deus ama e permanecendo
constante como Cristo é constante.
10. INSTRUÇÕES PARA LIDAR COM OS INSUBORDINADOS
(3.6-15)
Alguns dos cristãos em Tessalônica estavam andando desleixadamente,
isto é, haviam parado de trabalhar para poder esperar a volta do Senhor.
Paulo ordena o restante para demonstrar sua reprovação recusando contato
com estes irmãos preguiçosos (v.6). Ele havia dado a eles um exemplo de
uma pessoa que trabalha duro, ganhando seu próprio sustento e não
explorando os outros. Ele não havia usado seu direito de ser sustentado por
aqueles a quem havia ministrado (v.7-9).
A regra é de que se um homem não quer trabalhar, que não seja
alimentado. Ao invés de ser uma pessoa desobediente, preguiçosa e
intrometida, ele deveria trabalhar calmamente e sustentar a si mesmo e sua
família (v.10-12). Se ele recusar, deveria ser disciplinado pelos outros crentes
e aconselhado por eles – mas não tratado como inimigo (v.13-15).
11. BÊNÇÃO (3.16-18)
Paulo termina com “fechamento pací co para uma epístola
tempestuosa”. Com caneta na mão, ele deseja aos santos a paz, a presença e a
graça de Deus.
A PRIMEIRA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO

INTRODUÇÃO

AS EPÍSTOLAS PASTORAIS
As cartas de Paulo a Timóteo e Tito são chamadas de Epístolas
Pastorais. O nome é apropriado se isto significar que as cartas contêm
instruções para o cuidado pastoral de igrejas, mas inadequado se sugere que
Timóteo e Tito eram pastores de igrejas. Na verdade eles eram obreiros
itinerantes servindo como assistentes.
CONTEXTO DE 1 TIMÓTEO
O apóstolo conheceu Timóteo durante sua primeira visita à Listra.
Timóteo já era um discípulo naquele tempo (Atos 16.1). A partir daquele
momento os dois trabalharam juntos. Quando Paulo fala de Timóteo como
seu filho, isto pode significar que ele o considerava assim porque seguia as
orientações de Paulo, não necessariamente de que tenha sido o apóstolo que
o levou à fé em Cristo.
DATA DE 1 TIMÓTEO
É geralmente aceito que Paulo escreveu esta carta após ter sido solto
de sua prisão domiciliar em Roma, entre 63 e 67 d.C. e assim depois dos
eventos registrados no Livro de Atos.
TEMA DE 1 TIMÓTEO
O tema desta carta é dado em 3.15: “...como se deve proceder na casa
de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”.
ESBOÇO DE 1 TIMÓTEO
1. Saudações iniciais a Timóteo (1.1-2)
2. Exortação para silenciar os falsos mestres (1.3-11)
3. Ações de graças pela verdadeira graça de Deus (1.12-17)
4. Rea rmando a exortação a Timóteo (1.18-20)
5. Instruções concernentes à vida congregacional (Caps. 2-3)
6. Advertência contra a iminente apostasia (4.1-5)
7. Instruções positivas a Timóteo em vista da iminente apostasia (4.6-
16)
8. Instruções especí cas concernentes a várias classes de crentes (5.1 –
6.2)
9. Falsos mestres e o amor ao dinheiro (6.3-10)
10. Últimas exortações a Timóteo (6.11-21)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A TIMÓTEO (CAP. 1.1-2)
As saudações iniciais a Timóteo exalam grande cordialidade; Paulo o
chama de “verdadeiro filho na fé”.
2. EXORTAÇÃO PARA SILENCIAR OS FALSOS MESTRES
(CAP. 1.3-11)
• O propósito da exortação de Paulo (1.3-5)
Imediatamente ele se lança à exortação que já havia dado antes, isto é:
que Timóteo silenciasse falsos mestres que estavam ensinando mitos sem
valor e genealogias intermináveis (v.3-4). O objetivo final da exortação era
produzir não apenas ortodoxia, mas amor de um coração puro, uma boa
consciência e uma fé sincera (v.5).
• O propósito da Lei (1.4-11)
Os falsos mestres estavam insistindo na guarda da lei como meio de
obter o favor de Deus (v.6-7). Eles deveriam compreender que a lei é boa se
usada legitimamente e o uso legítimo da lei é produzir convicção do
pecado. A lei não foi dada para homens bons, mas para os sem lei e
desobedientes dos quais Paulo procede e lista 13 exemplos (v.8-11).
Õ
3. AÇÕES DE GRAÇAS PELA VERDADEIRA GRAÇA DE
DEUS (CAP. 1.12-17)
Este catálogo de pecados aparentemente lembrava Paulo de sua própria
conversão e da graça de Deus que o chamou para Sua obra. Ele havia sido
um blasfemo, um perseguidor e um homem violento – de fato, o principal
dos pecadores. Mas Cristo morreu por pecadores como ele, mostrou grande
graça por ele e o estabeleceu como modelo do que a graça de Deus pode
fazer na vida de uma pessoa. Este pensamento levou o apóstolo a eclodir
numa eloqüente doxologia.
4. REAFIRMANDO A EXORTAÇÃO A TIMÓTEO (CAP. 1.18-
20)
Parece que profecias foram feitas apontando Timóteo para a obra do
Senhor. Paulo relembra isso a Timóteo e repete seu pedido para que
reprenda os falsos mestres. Neste bom combate o jovem soldado deve
manter a fé e a boa consciência. Alguns conhecidos do apóstolo haviam
abandonado a boa consciência, haviam blasfemado e naufragaram na fé.
Paulo os havia entregue a Satanás para castigo e correção.
5. INSTRUÇÕES CONCERNENTES À VIDA
CONGREGACIONAL (CAP. 2 E 3)
Capítulos 2 e 3 contêm instruções em relação à ordem na Igreja.
• Oração por todas as pessoas (2.1-7)
Orações devem ser feitas por todos, especialmente pelos governantes
para que os crentes vivam em tranquilidade e em paz. Isto tem a ver com o
desejo de Deus que todos sejam salvos. Os crentes possuem a chave de
como chegar-se a Deus. Paulo apresenta-se a si mesmo como uma prova
viva do desejo de Deus pela salvação de todos; o Senhor o designou para
levar a mensagem aos gentios.
• O papel dos homens na Igreja (2.8)
Paulo ensina que os homens devem dirigir a oração pública, mas os
homens que o fazem devem ser santos e pacificadores.
• O papel das mulheres na Igreja (2.9-15)
Em relação às mulheres, Paulo menciona que devem se vestir
modestamente, evitando estilos chamativos. Entretanto, mais importante é
seu caráter interno, manifestado por boas obras. Na igreja as mulheres
devem aprender silenciosamente com toda sujeição, sem ensinar ou usurpar
autoridade sobre os homens. Isto não é uma questão cultural, mas remete à
ordem da criação e a entrada do pecado através de Eva ser enganada. No
entanto, a sujeição da mulher não significa que não tenha um papel crucial
para desenvolver. Ela tem recebido o importante ministério de criar os
filhos para Deus. Esta é sua posição na igreja, em outras palavras, o que a
salva da insignificância e a exalta a um lugar de grande honra.
• Quali cações para os pastores (3.1-7)
Paulo agora instrui Timóteo sobre as qualificações dos pastores na
assembléia local. Todo aquele que almeja o episcopado deseja uma boa
obra. Ele deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante,
sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto a ensinar e não viciado em vinho, que
não seja briguento ou amante de dinheiro, gentil, líder em seu lar e não
novo convertido e com uma boa reputação em sua comunidade.
• Quali cações para os diáconos (3.8-13)
Os diáconos são aqueles que servem a igreja com qualquer capacidade
diferente da dos pastores ou presbíteros. Os diáconos devem ser
respeitáveis, de uma só palavra, não viciados ao vinho e não cobiçosos. Eles
devem ser inteiros na doutrina como na vida. Devem ser primeiramente
testados para assegurar que são irrepreensíveis. Devem ser maridos de uma
só mulher e líderes em seus lares (v.8-10,12). As mulheres (tanto diaconisas
ou esposas de diáconos) devem ser dignas e não fofoqueiras, mas
equilibradas e fiéis a todas as coisas (v.11). Por servir bem, um diácono
ganha o respeito dos outros e grande confiança para falar sobre a fé cristã
(v.13).
• O grande mistério da fé (3.14-16)
Como Paulo escreveu, ele esperava ver Timóteo em breve, mas se o
apóstolo se atrasasse, queria que seu verdadeiro filho soubesse como se
comportar na igreja, que é a coluna e baluarte da verdade. Ele resume esta
verdade, isto é, a fé cristã, em um credo em que chama de o mistério da
piedade. Isso inclui declarações básicas concernentes ao Cristo encarnado.
Ele foi manifesto na carne em sua encarnação; justificado no Espírito em
seu batismo, transfiguração, ressurreição e ascensão; assistido por anjos em
seu nascimento, tentação, agonia no Jardim, ressurreição e ascensão;
pregado entre os gentios do período apostólico até agora; crido no mundo,
embora não pelo mundo; e recebido na glória em sua ascensão.
6. ADVERTÊNCIA CONTRA A IMINENTE APOSTASIA (CAP.
4.1-5)
Paulo prevê uma apostasia nos últimos dias com homens abandonando
a verdade pelo espiritismo e demonismo. Ele chama estes homens de
mentirosos hipócritas com consciências cauterizadas. Duas de suas
doutrinas são a abstinência compulsória do casamento e de várias comidas.
O apóstolo lembra Timóteo de que todas as comidas são boas, são presentes
de Deus, santificados pela Palavra de Deus e oração e devem ser comidas
com ações de graças.
7. INSTRUÇÕES POSITIVAS A TIMÓTEO EM VISTA DA
IMINENTE APOSTASIA (CAP. 4.6-16)
Em vista desta iminente apostasia, Timóteo deveria regularmente
lembrar os cristãos deste perigo. Sua própria vida deveria ser uma vida de
piedade e assim um exemplo aos outros. Ele deveria dar atenção à leitura
pública das Escrituras, usar integralmente seu dom, ser sincero em seu
serviço, guardar sua vida pessoal e ser atento ao efeito de seu ensino aos
outros.
8. INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS CONCERNENTES A VÁRIAS
CLASSES DE CRENTES (CAP. 5.1 – 6.2)
Do versículo 1 do capítulo 5 até o segundo versículo do capítulo 6,
temos instruções específicas concernentes a vários grupos na comunhão
cristã.
• Tratamento adequado de vários grupos (5.1-2)
Um jovem como Timóteo não deve repreender um idoso, mas tê-lo
como pai. Ele deveria tratar os moços como irmãos, mulheres mais velhas
como mães e as mais novas como irmãs.
• Tratamento adequado às viúvas (5.3-16)
Em relação ao cuidado com as viúvas, aquelas que tivessem parentes
vivos deveriam ser cuidadas por eles. Aquelas que não tivessem parentes
são “viúvas de fato”. Se já fossem mais idosas, se fossem mulheres de
caráter excelente e que serviram a Cristo e Seu povo deveriam ser
sustentadas pela igreja. Seria melhor que viúvas mais novas casassem
novamente porque as tentações de desejos sexuais e o ócio as levaria a
problemas com freqüência.
• Tratamento adequado aos presbíteros (5.17-20)
Presbíteros que presidem bem merecem sustento financeiro como
também respeito e honra. Qualquer acusação contra um presbítero deve ser
confirmada por duas ou três testemunhas. Aqueles que pecassem deveriam
ser repreendidos publicamente.
• O conselho pessoal de Paulo a Timóteo (5.21-25)
Timóteo deveria obedecer estas instruções imparcialmente. Ele não
deveria fazer julgamentos precipitados ao escolher pessoas para a obra, ou
se envolver com o pecado. Ele deveria evitar água contaminada que
aparentemente estava fazendo-lhe mal e usar um pouco de vinho para usos
medicinais. Deveria se lembrar de que tanto os pecados como as boas obras
se tornam conhecidos, uns mais cedo outros mais tarde.
• Tratamento adequado aos senhores (6.1-2)
Escravos cristãos que têm senhores não crentes devem tratá-los com
respeito como um testemunho para o Senhor. Aqueles que têm senhores
cristãos não devem desprezá-los ou tirar vantagem deles porque são irmãos
em Cristo. Estas instruções se aplicam a empregados cristãos em todos os
lugares de todas as épocas.
9. FALSOS MESTRES E O AMOR AO DINHEIRO (CAP. 6.3-10)
• Caráter pecaminoso dos falsos mestres (6.3-5)
Agora o apóstolo dá um duro golpe contra os falsos mestres. Ele diz
que são arrogantes, ignorantes e briguentos, produzem inveja, disputas,
linguagem abusiva, desconfianças malignas e contendas. Além disso,
acham que o ministério é uma forma de enriquecer a si mesmos.
• A riqueza de um contentamento piedoso (6.6-8)
A verdade é que a piedade com contentamento é grande riqueza. O
contentamento consiste em estar satisfeito com as necessidades básicas da
vida.
• Raiz de todo tipo de mal (6.9-10)
A cobiça por riquezas leva à tentação, ciladas, temores, desejos tolos,
ruínas e muitas dores. O amor ao dinheiro é verdadeiramente uma raiz de
todos os tipos de mal.
10. ÚLTIMAS EXORTAÇÕES A TIMÓTEO (CAP. 6.11-21)
• A boa con ssão (6.11-16)
Em suas admoestações finais a Timóteo, Paulo diz fuja, siga e lute.
Fuja dos perigos das riquezas. Siga a justiça e outras grandes virtudes
cristãs. Lute o bom combate da fé, tome posse da vida eterna para a qual foi
chamado. O apóstolo também diz a Timóteo para ser fiel à verdade até que
o Senhor volte.
• Instruções para os ricos (6.17-19)
Timóteo deveria, sem temor, admoestar aqueles que são ricos a evitar a
vaidade e dependência em suas riquezas. Em vez disso deveriam confiar em
Deus e usar suas riquezas para o bem dos outros. Desta forma, eles teriam
tesouros eternos.
• Guardar a fé (6.20-21a)
Finalmente Paulo pede que Timóteo guarde a verdadeira doutrina da fé
que foi comissionada a ele evitando debates inúteis e qualquer forma de
conhecimento que conflita com a Bíblia. Estas coisas afastam as pessoas da
fé.
• Bênção (6.21b)
A bênção final é “graça”. Foi escrita a Timóteo e a todos quantos
compartilham da carta com ele. O pensamento aqui não é tanto o favor
imerecido de Deus na salvação, mas Sua força e ajuda na caminhada cristã.
A SEGUNDA CARTA DE PAULO A TIMÓTEO

INTRODUÇÃO

DATA DE 2 TIMÓTEO
Esta é a última carta de Paulo, escrita em seu aprisionamento final em
Roma, por volta de 67-68 d.C.
CONTEXTO DE 2 TIMÓTEO
Percebendo que logo seria executado, Paulo estava ansioso para
encorajar e instruir Timóteo. Dias obscuros aguardavam a Igreja. Os
problemas se multiplicariam. Timóteo deveria ser corajoso e
desembaraçado para o desempenho de seu ministério. Quanto mais a
escuridão tentar abatê-lo, mais ele deveria treinar outros, suportar as
dificuldades e afastar-se do mal. O grande recurso de Timóteo em um
tempo de pecaminosidade na vida e na doutrina são as Sagradas Escrituras.
Ele deveria servir fielmente, pregar a Palavra, vigiar, perseverar, ou seja,
cumprir seu ministério como servo de Deus.
ESBOÇO DE 2 TIMÓTEO
1. Saudações iniciais a Timóteo (1.1-5)
2. Exortação a Timóteo (1.6-2.13)
3. A necessidade especial de defender a fé cristã (2.14-26)
4. Descrição da apostasia vindoura (3.1-13)
5. O recurso do homem de Deus em vista da apostasia (3.14-4.8)
6. Pedidos pessoais e observações (4.9-22)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A TIMÓTEO (CAP. 1.1-5)
Imagine as profundas emoções que podem ter surgido no coração de
Paulo quando ele escrevia sua última carta ao seu filho amado (v.1-2)! Ele
agradece a Deus pelas memórias de seu irmão mais jovem – suas lágrimas,
talvez quando partiram pela última vez, sua fé sincera e sua mãe e avó
piedosas (v.3-5).
2. EXORTAÇÃO A TIMÓTEO (CAP. 1.6 – 2.13)
• Sem se envergonhar do Evangelho (1.6-12)
Agora palavras de exortação são despejadas em uma rápida sucessão.
Timóteo não deveria ser tímido, mas forte, amoroso e disciplinado (v.6-7).
Ele não deveria se envergonhar do Evangelho ou de Paulo em seu
aprisionamento, mas deveria estar disposto a sofrer pelo Evangelho (v.8).
Esta é a única atitude razoável quando pensamos na natureza sublime do
Evangelho e o que Deus fez por nós. Embora Paulo estivesse sofrendo, ele
não se envergonhava, mas era confiante no poder de Deus (v.9-12).
• Lealdade à fé (1.13-18)
Timóteo deveria guardar a fé como o apóstolo havia entregado a ele
(v.13-14). E ele deveria estar ao lado de seus amigos cristãos (v.15-18). Os
amigos de Paulo na província da Ásia o haviam abandonado, mas um
homem, Onesíforo, era fiel e o amparava na prisão.
• Forte na graça (2.1-10)
O conselho do pai continua. Quanto a Timóteo, deveria ser forte na
graça de Cristo Jesus. Ele também deveria ensinar a homens fiéis que
fossem capazes de repassar a outros (v.1-2). Como um soldado, deveria
suportar as dificuldades e manter-se desembaraçado do mundo (v.3-4).
Como um atleta, deveria obedecer às regras (v.5). Como lavrador, deveria
trabalhar com a certeza de uma porção na colheita (v.6-10).
• Uma palavra el (2.11-13)
Paulo aparentemente cita um hino cristão primitivo que diz: “Se
formos fiéis ao Salvador, seremos amplamente recompensados. Se O
negarmos, Ele nos negará, Ele sempre vai agir de acordo com Seu caráter
fiel”. Aqui a negação é de um descrente, não de um discípulo verdadeiro
como Pedro. O Senhor nunca negará os Seus.
3. A NECESSIDADE ESPECIAL DE DEFENDER A FÉ CRISTÃ
(CAP. 2.14-26)
• Obreiros aprovados (2.14-15)
Timóteo deveria advertir outros ensinadores para não se envolverem
em minúcias sobre palavras (v.14). Ele mesmo deveria se apresentar como
um obreiro aprovado sem do que se envergonhar, manejando corretamente a
palavra da verdade (v.15).
• Obreiros reprovados (2.16-19)
Paulo constantemente remete aos falsos mestres cujas doutrinas falsas
levam a mais impiedade. Ele menciona dois homens que ensinavam que a
ressurreição havia passado, destruindo a fé de alguns (v.16-18). Então se
consola no fato de que Deus não foi derrotado; e Ele conhece os que Lhe
pertencem. Se alguém reivindica ser seu, esta pessoa deve provar vivendo
uma vida santa.
• A grande casa que é a cristandade (2.20-21)
A cristandade é feita de uma multidão mista – os verdadeiros e os
falsos. Para ser um servo efetivo do Mestre, um homem deve estar separado
do pecado, seja de pessoas ou de suas doutrinas.
• Pureza, paciência e paz (2.22-26)
É importante para Timóteo fugir dos desejos pecaminosos e seguir a
pureza e a integridade pessoal (v.22). Ele deveria evitar argumentos e
contendas inúteis e pacientemente ensinar aqueles que o opõem com a
esperança de que irão se livrar do laço do diabo e retornar à verdade de
Deus (v.23-26).
4. DESCRIÇÃO DA APOSTASIA VINDOURA (CAP. 3.1-13)
• Tempos e homens perigosos (3.1-5)
Paulo prevê tempos terríveis nos últimos dias. O caráter dos apóstatas
é detalhado – e não é um quadro bonito. Timóteo deve se afastar deles.
• Vendedores de heresias (3.6-9)
Quanto à estratégia deles, fazem seus caminhos com mulheres
ingênuas que, cientes de suas cargas de pecados, estão dispostas a aceitar
qualquer remédio falso que aparece, mas nunca aceitam a verdade. Os
apóstatas são como os encantadores egípcios que se opuseram a Moisés e o
fracasso deles também é certo.
• O estilo de vida do homem de Deus (3.10-13)
Em contraste a estes falsos mestres era a vida e o ministério do
apóstolo Paulo, marcado por nove características de serviço e sofrimento
(v.10-11). Ele relembra Timóteo que a perseguição é inevitável para aqueles
que vivem uma vida piedosa. Os perversos vão de mal a pior. (v.12-13).
5. O RECURSO DO HOMEM DE DEUS EM VISTA DA
APOSTASIA (CAP. 3.14 – 4.8)
• A palavra perfeita de Deus (3.14-17)
O grande recurso do homem de Deus nos dias de apostasia é
permanecer na Palavra de Deus. Timóteo sabia as Sagradas Escrituras desde
a infância. Estes escritos são inspirados por Deus e proveitosos para
capacitar o homem de Deus em toda a boa obra e são capazes de torná-lo
sábio para a salvação em primeiro lugar.
• Ministrando em meio a crescente apostasia (4.1-8)
Agora chegamos à advertência final de Paulo a Timóteo. Primeiro ele
pede por uma proclamação positiva da mensagem (v.1-2). São dadas duas
razões: haverá um abandono geral da sã doutrina; e o tempo da partida de
Paulo estava próximo (v.3-4). Depois Paulo impele seu assistente a manter
sua razão, suportar as aflições, a evangelizar e completar todas as
exigências e requisitos de seu ministério (v.5-8).
6. PEDIDOS PESSOAIS E OBSERVAÇÕES (CAP. 4.9-22)
• Notícias pessoais de Paulo (4.9-13)
Agora o apóstolo acrescenta algumas notas pessoais. Ele anseia que
Timóteo venha a Roma e traga Marcos. Um de seus companheiros o havia
abandonado e outros tinham partido para outro lugar, deixando apenas
Lucas com ele. Ele pede que Timóteo traga sua capa e seus livros,
especialmente os pergaminhos. Alguns destes devem ter sido as Escrituras e
alguns para correspondência.
• Um mestre el em meio a homens in éis (4.14-18)
Em relação ao seu julgamento, Alexandre causou-lhe muitos males,
quem sabe acusando-o falsamente e se opondo ao testemunho de Paulo. Na
primeira defesa do apóstolo, ninguém testificou por ele, mas o Senhor o
assistiu e foi-lhe dado um alívio temporário. Ele estava confiante de que o
Senhor o libertaria de toda obra maligna e o preservaria para o Seu reino
eterno.
• A saudação nal de Paulo (4.19-22)
Após algumas notas adicionais e um apelo pungente para que Timóteo
viesse antes do inverno, Paulo pronuncia sua bênção final ao seu filho
verdadeiro e a todos que estão com ele. Ele entrega sua caneta e breve
entregaria sua vida, mas a fragrância de sua vida e a bênção de seu
ministério estão ainda conosco até hoje. Quanto devemos a ele e às suas
cartas inspiradas por Deus!
A CARTA DE PAULO A TITO

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE TITO
Entre seus dois aprisionamentos romanos, Paulo havia deixado Tito em
Creta para ver que a ordem tinha sido estabelecida e mantida nas igrejas lá.
Tito era um companheiro de viagem e mensageiro do apóstolo que foi
incumbido de resolver problemas das igrejas.
A MENSAGEM DE TITO
A carta a Tito lista algumas das necessidades para uma igreja ordeira.
Primeiramente, os ministros devem possuir certas quali cações. Segundo,
os falsos mestres devem ser silenciados. Terceiro, a sã doutrina deve ser
ensinada e obedecida. Finalmente, os santos devem ser sujeitos aos governos
humanos e devotos a boas obras ao invés de serem desocupados.
DATA DE TITO
A carta foi escrita por volta de 65 d.C., isto é, antes de 2 Timóteo.
ESBOÇO DE TITO
1. Saudações iniciais a Tito (1.1-4)
2. Ministros na igreja local (1.5-9)
3. Falsas doutrinas na igreja local (1.10-16)
4. Serviço na igreja local (Cap.2)
5. Exortação na igreja local (3.1-11)
6. Saudações nais (3.12-15)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS A TITO (CAP. 1.1-4)
Em uma introdução mais longa que a usual, o apóstolo Paulo resume
seu ministério em evangelismo, educação e expectativa. Ele trouxe pessoas à
fé, ensinou-lhes a verdade e assegurou quanto à futura glória. O Evangelho
havia sido prometido há séculos, manifestado através da pregação e
comissionado a ele (e a outros, naturalmente). Ele chama Tito de seu lho
na fé.
2. MINISTROS NA IGREJA LOCAL (CAP. 1.5-9)
Como mencionado, Paulo deixou Tito em Creta para completar o que
o apóstolo não terminou e para ordenar ministros nas igrejas. As
quali cações dadas nos versículos 6-9 dizem o que os ministros deveriam
ser em casa, consigo mesmo e na igreja. Exigia-se caráter espiritual maduro
e habilidades efetivas de liderança.
3. FALSAS DOUTRINAS NA IGREJA LOCAL (CAP. 1.10-16)
• Repreensão aos enganadores (1.10-11)
Tito deveria repreender falsos mestres, especialmente os judaizantes
que buscavam misturar lei e graça e cujo objetivo era fazer dinheiro para si
próprios.
• Repreensão dos cretenses (1.12-15)
Os próprios cretenses também deveriam ser repreendidos; como povo
eram “mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos”. Deveriam ser
advertidos contra as fábulas judaicas e leis de dietas que estavam agora
canceladas. Em geral os cretenses eram ofensivos, desobedientes e
impróprios para fazer qualquer coisa boa.
4. SERVIÇO NA IGREJA LOCAL (CAP. 2)
• Qualidades de uma igreja saudável (2.1-10)
Paulo agora descreve a vivência prática de uma doutrina saudável em
cinco classes de pessoas: homens idosos, mulheres idosas, mulheres novas,
homens novos e servos.

• Treinado pela graça salvadora (2.11-15)


Um dos grandes propósitos de nossa salvação é produzir vidas de pura
santidade. A mesma graça que traz salvação nos ensina a viver vidas
exemplares enquanto esperamos pelo retorno do Salvador. Um dos
propósitos da vinda de Cristo e do auto-sacrifício era nos redimir da
iniqüidade e puri car um povo zeloso e de boas obras para Si. Tito deveria
ensinar isso e exortar e repreender sem receio.
5. EXORTAÇÃO NA IGREJA LOCAL (CAP. 3.1-11)
• Graça gentil dos herdeiros da graça (3.1-2)
Os cristãos são obrigados a obedecer seus governantes e a estar prontos
para qualquer obra honesta. Evitando fala e brigas malignas, devem ser
gentis e educados.
• Antes e depois da Graça de Deus (3.3-8)
Antes de nossa conversão, éramos caracterizados por um catálogo de
vícios (v.3). Então Deus nos salvou pela Sua graça, não pelas nossas obras.
Experimentamos um banho de regeneração e renovo do Espírito Santo e nos
tornamos herdeiros da vida eterna. Já que fomos salvos de tanta coisa e por
tão grande salvação, devemos viver de forma digna mantendo as boas obras
(v.4-8).
• Evitando disputas e divisões (3.9-11)
Tito foi cobrado para evitar controvérsias tolas. Ele também deveria
rejeitar uma pessoa divisora (“herético”, lit. faccioso) depois de duas
admoestações já que tal pessoa é subversiva, pecaminosa e autocondenada.
6. SAUDAÇÕES FINAIS (CAP. 3.12-15)
Esta carta fecha com algumas curtas diretivas a Tito envolvendo os
companheiros na obra e um apelo nal para crentes se envolverem
profundamente em boas obras. Esta expressão “boas obras” é encontrada
sete vezes nesta pequena epístola e, por isso, é um de seus principais temas.
A CARTA A FILEMOM

INTRODUÇÃO
CONTEXTO DE FILEMOM
Durante o aprisionamento de Paulo em Roma, ele conheceu um
escravo fugitivo chamado Onésimo e o levou a Cristo. Por uma
“coincidência” extraordinária, Paulo conhecia o proprietário do escravo, um
cristão em Colossos chamado Filemom.
PROPÓSITO DE FILEMOM
Em mandar Onésimo de volta a Filemom, o apóstolo decidiu
interceder para sua reintegração não somente como um escravo, mas agora
como um irmão no Senhor. A carta é uma obra prima de intercessão
diplomática.
DATA DE FILEMOM
Esta carta linda e graciosa foi provavelmente escrita por volta de 62
d.C., no mesmo período da carta de Colossenses. Paulo comissiona Tíquico
para entregar ambas as cartas e enviou Onésimo de volta com ele (Cl 4.7-9).
ESBOÇO DE FILEMOM
1. Saudações iniciais (v. 1-3)
2. Ação de graças de Paulo e oração por Filemom (v.4-7)
3. O apelo de Paulo por Onésimo (v.8-16)
4. Paulo encoraja a obediência de Filemom (v.17-20)
5. Observações nais (v.21-25)
1. SAUDAÇÕES INICIAIS (V. 1-3) TIMÓTEO ESTAVA COM
PAULO, PRISIONEIRO, NO MOMENTO DA ESCRITA. ESTA
CARTA É DIRECIONADA NÃO SOMENTE A FILEMOM, MAS
TAMBÉM A ÁFIA E ARQUIPO, QUE GERALMENTE TEM-SE
ACEITO COMO SENDO ESPOSA E FILHO DE FILEMOM E À
IGREJA QUE SE REUNIA EM SUA CASA.
2. AÇÃO DE GRAÇAS DE PAULO E ORAÇÃO POR FILEMOM
(V.4-7) O APÓSTOLO MANDA SEU CUMPRIMENTO
COSTUMEIRO DE GRAÇA E PAZ. PAULO EXPRESSA SEU
APREÇO SINCERO PELO CARÁTER DE FILEMOM,
PARTICULARMENTE SEU AMOR E FÉ E ORA PARA QUE
SUA BONDADE AOS OUTROS POSSA FAZER MUITOS
VEREM AS COISAS BOAS QUE SÃO NOSSAS EM CRISTO
JESUS. A GENEROSIDADE E O AMOR ABNEGADO DE
FILEMOM TROUXERAM GRANDE ALEGRIA E CONFORTO
AO APÓSTOLO.
3. O APELO DE PAULO POR ONÉSIMO (V.8-16) AO INVÉS
DE ORDENAR QUE FILEMOM RECEBESSE ONÉSIMO
CORDIALMENTE, PAULO LHE FAZ UM APELO EM TOM
AMOROSO, COMO UM HOMEM DE IDADE AVANÇADA E
UM PRISIONEIRO DE CRISTO JESUS (V.8-10). APESAR DE
SEU NOME, QUE SIGNIFICA “RENTÁVEL”, ONÉSIMO HAVIA
SIDO QUALQUER COISA, MENOS RENTÁVEL AO SEU
MESTRE. NO ENTANTO, AGORA QUE ESTAVA
CONVERTIDO, ELE ERA ÚTIL A FILEMOM E A PAULO, SEU
PAI NA FÉ (V.11). AO ENVIAR ONÉSIMO DE VOLTA, PAULO
SENTIU QUE ESTAVA PERDENDO PARTE DE SI MESMO.
ELE GOSTARIA DE TER MANTIDO SEU FILHO NA FÉ E
FILEMOM, ASSIM, ESTARIA AJUDANDO O APÓSTOLO
PROPORCIONANDO-LHE UM ASSISTENTE. MAS PAULO
NÃO FARIA ISSO SEM O CONSENTIMENTO SINCERO DE
FILEMOM (V.12-14). O MESTRE HAVIA PERDIDO UM
ESCRAVO TEMPORARIAMENTE, MAS AGORA ESTAVA
GANHANDO UM SERVO E UM IRMÃO PARA SEMPRE, QUE
O SERVIRIA COM FORÇA FÍSICA E QUE TERIA
COMUNHÃO COM ELE COMO CRENTE (V.15-16).
SOMENTE O EVANGELHO PODE PRODUZIR TAIS
MUDANÇAS SOCIAIS E MORAIS.
4. PAULO ENCORAJA A OBEDIÊNCIA DE FILEMOM (V.17-
20) FILEMOM DEVERIA RECEBER ONÉSIMO COMO ELE
RECEBERIA O PRÓPRIO PAULO. SE O ESCRAVO TIVESSE
ROUBADO DE SEU MESTRE, O APÓSTOLO REPARARIA
ISSO, APESAR DO FATO QUE FILEMOM DEVESSE SUA
CONVERSÃO AO APÓSTOLO. AO RECEBER ONÉSIMO,
FILEMOM TRARIA GRANDE ALEGRIA E REFRIGÉRIO AO
CORAÇÃO DE PAULO.
5. OBSERVAÇÕES FINAIS (V.21-25) O APÓSTOLO TINHA
CONFIANÇA QUE FILEMOM NÃO SOMENTE HONRARIA
SEU PEDIDO CONCERNENTE A ONÉSIMO, MAS QUE LHE
PROVIDENCIARIA HOSPEDAGEM EM SUA FUTURA
Õ
VIAGEM (V.21-22). A CARTA ENCERRA COM SAUDAÇÕES
DE CINCO DOS COMPANHEIROS DE PAULO E UMA
ORAÇÃO PEDINDO QUE A GRAÇA ESTIVESSE NO
ESPÍRITO DE SEUS LEITORES (V.23-25).
A CARTA AOS HEBREUS

INTRODUÇÃO

A AUTORIA E DATA DE HEBREUS


Não sabemos quem foi o escritor da carta, mas sabemos do conteúdo
que foi escrito em algum momento durante um período de quarenta anos
entre a ascensão de Cristo, em aproximadamente 30 d.C. e a destruição do
Templo, em 70 d.C. Cristo já estava sentado à destra de Deus (10.12) e o
Templo ainda estava intacto (13.10-11).
PERIGOS À FÉ EM HEBREUS
Naquela época, assim como agora, judeus que professavam a fé em
Cristo estavam sujeitos a grandes pressões para voltar ao judaísmo. Eles
eram lembrados das glórias do sacerdócio, o Templo e o sistema sacri cial.
Aqueles que eram somente crentes nominais estavam em perigo de negar a
Cristo e voltar à sua religião antiga e ritualística.
O ARGUMENTO DE HEBREUS
O argumento da epístola de Hebreus é que Cristo é o cumprimento de
todas as pré- gurações e imagens do Antigo Testamento. Ele é melhor do
que todos os heróis do judaísmo e Sua obra é melhor do que todos os
sacrifícios antigos. Aqueles que deixam o judaísmo por Cristo passam do
ritual para a realidade. Aqueles que voltam ao judaísmo cometem o pecado
obstinado da apostasia.

ESBOÇO DE HEBREUS
1. Cristo é superior aos profetas (1.1-3)
2. Cristo é superior aos anjos (1.4-2.18)
3. Cristo é superior a Moisés (3.1-4.13)
4. O Sumo Sacerdócio de Cristo é de uma Ordem Superior a de Arão
(4.14-7.28)
5. O ministério de Cristo é superior ao de Arão (Cap. 8)
6. A oferta de Cristo é superior à do Antigo Testamento (9.1-10.18)
7. Exortações e advertências (10.19-13.17)
8. Conclusão (13.18-25)
1. CRISTO É SUPERIOR AOS PROFETAS (CAP. 1.1-3)
Cristo é superior aos profetas. Deus falou a eles em muitas e diferentes
formas, mas agora ele tem falado na pessoa de “seu lho”. Este Filho é a
herança designada por Deus, o Criador universal, o esplendor da glória de
Deus, Sua imagem exata, o Sustentador onipotente, o sacrifício que tira o
pecado e o Senhor entronizado.
2. CRISTO É SUPERIOR AOS ANJOS (CAP. 1.4-2.18)
• A exaltação do Filho (1.4-14)
Cristo é superior aos anjos como Filho de Deus. Ele está entronizado
acima dos anjos e com um nome acima deles. O objeto da adoração
angelical; Ele é chamado pelo Pai como “Deus”. Ele é o eterno Soberano, o
Rei justo e o grande Criador. A Ele é prometido absoluto domínio,
conquanto os anjos são somente servos.
• O perigo de rejeitar tão grande Salvação (2.1-4)
O argumento é interrompido aqui pela primeira de várias advertências.
Há sempre o perigo de se afastar da revelação cristã. Se aqueles que
desobedeceram a lei foram castigados severamente, quanto mais aqueles que
rejeitam a grande salvação que Cristo introduziu, os apóstolos atestaram e
Deus con rmou pelos milagres.
• Domínio perdido e resgatado (2.5-9a)
Cristo é superior aos anjos, não somente como Filho de Deus, mas
também como Filho do Homem. Aqui o argumento ca um tanto
complicado. Originalmente, Deus deu domínio da terra ao homem, não aos
anjos (v.5-8b). Entretanto o homem transgrediu este domínio por meio do
pecado, por isso hoje não vemos o homem no controle perfeito das coisas.
Mas vemos Jesus coroado com glória e honra e nele encontramos a chave ao
domínio futuro do homem sobre a terra. Como Homem, Ele voltará para
reinar no mundo e irá restaurar o domínio que Adão perdeu e muito mais
(v.8c-9a).
• Bênçãos da humilhação de Cristo (2.9b-18)
Antes de alcançar Sua atual posição de honra, Cristo, na verdade, Se
tornou menor que os anjos na encarnação, no sofrimento e na morte (v.9b-
10). A perfeição de Sua humanidade é abundantemente con rmada pelas
Escrituras judaicas (v.11-13). Algumas das bênçãos que uem de Sua
humilhação são a destruição de Satanás, libertação do medo e socorro aos
que são tentados (v.14-18).
3. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS (CAP. 3.1-4.13)
• O servo e o Filho (3.1-6)
Agora Cristo é demonstrado como superior a Moisés. Embora ambos
sejam éis em suas próprias esferas, o Senhor Jesus é maior como
construtor da casa (Moisés somente serviu na casa), maior como Deus e
maior como o Filho.
• O perigo de endurecer o coração (3.7-19)
Agora vem a segunda advertência. O Espírito adverte contra o perigo
constante de endurecer o coração, o pecado do qual uma geração de
israelitas foi impedida de entrar em Canaã (v.7-11). Todos que professam ser
crentes devem se guardar contra um coração mau e incrédulo, aquele que é
endurecido pela falsidade do pecado (v.12-15). Voltando aos israelitas, todos
os soldados com mais de 20 anos, que saíram do Egito, provocaram a Deus,
pereceram no deserto e assim foram excluídos do descanso de Deus. Não
puderam entrar por causa do pecado da incredulidade (v.16-19).
• Diligência para entrar no descanso de Deus (4.1-13)
A segunda advertência continua. Temos que ser cuidadosos para não
falharmos em entrar no descanso de Deus. Diferentes descansos são
mencionados aqui. Deus descansou no sétimo dia. Mais tarde Ele jurou que
os israelitas incrédulos não entrariam em Seu descanso. Se Josué lhes tivesse
dado o descanso nal de Deus em Canaã, Davi não teria falado de um
descanso em uma data posterior. Todos os que crêem, entre nós, entram no
descanso no momento presente. E ainda permanece o descanso do Sabbath
para o povo de Deus, isto é, o descanso eterno no céu. Devemos ser
diligentes para entrarmos neste descanso, lembrando que a desobediência e
a incredulidade serão inevitavelmente expostas pela Palavra de Deus e por
nosso onisciente Senhor.
4. O SUMO-SACERDÓCIO DE CRISTO É DE UMA ORDEM
SUPERIOR À DE ARÃO (CAP. 4.14-7.28)
• Nosso Sumo-Sacerdote compassivo (4.14-16)
Agora nos voltamos ao Sumo-Sacerdócio de Cristo e descobrimos que
é superior ao de Arão (4.14-7.28). Temos um grande Sumo-Sacerdote,
exaltado nos céus, Jesus o Filho de Deus. Ele é totalmente compreensivo, foi
totalmente provado, perfeito e sem pecado. Portanto devemos nos agarrar à
fé e nos achegar com con ança ao trono da graça em oração. Lá nós
receberemos misericórdia e encontraremos graça oportuna.
• Quali cações dos sacerdotes arônicos (5.1-4)
O sacerdote arônico era escolhido entre homens, que servia ao povo
oferecendo oferendas e sacrifícios por pecados, compassivo com a
fragilidade humana, que sacri cava por si mesmo e pelo povo e que era
chamado por Deus.
• O perfeito e perpétuo sacerdócio de Cristo (5.5-10)
Cristo era designado por Deus como sacerdote da ordem de
Melquisedeque. Sua humanidade perfeita foi marcada por orações, lágrimas
e con ança – uma con ança que foi respondida pela sua ressurreição.
Embora ele seja Filho de Deus, aprendeu a obediência através do sofrimento
e Se tornou a fonte perfeita de salvação para todos quantos Lhe obedecem.
• Imaturidade espiritual (5.11-14)
A terceira advertência é contra o perigo de apostasia ou abandono da fé
(5.11-6.20). O escritor gostaria de aprofundar o assunto do sacerdócio, mas
a imaturidade de seus leitores limita o entendimento deles da verdade
divina. Por este tempo deveriam estar ensinando, mas ainda precisavam ser
ensinados. Eles eram como crianças necessitadas de leite em vez de adultos
que discernem as coisas. Crentes espiritualmente maduros são capazes de
discernir entre a inferioridade do sacerdócio arônico e a superioridade de
Cristo.
• O perigo de não progredir (6.1-8)
A admoestação continua. Eles devem, por enquanto, não lançar mão
novamente das doutrinas básicas do Antigo Testamento como
“arrependimento de obras mortas e de fé em Deus”, lavagens cerimoniais,
imposição de mãos nas cabeças de animais para sacrifício, ressurreição e
julgamento e então partir para a completa maturidade cristã (v.1-3).
Versículos 4 e 5 descrevem as pessoas que têm professado ser cristãos,
embora nunca tivessem nascido de novo. Receberam discernimento
(aprenderam muito sobre Cristo), experimentaram (mas não vivenciaram) o
dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo (que convence do
pecado, por exemplo), experimentaram a boa Palavra de Deus (mas não
obedeceram) e viram os milagres que serão realizados novamente na Era do
Milênio. Se eles apostatarem, cruci cando o Filho de Deus novamente,
expondo-O ao desprezo, não podem ser renovados ao arrependimento. Eles
são como a terra que traz espinhos e abrolhos em vez de uma vegetação útil
– uma terra que está condenada a ser queimada. São apóstatas (v.4-8).
• O propósito de Deus em Cristo (6.9-20)
Diferentemente dos apóstatas os verdadeiros crentes são caracterizados
por coisas que acompanham a salvação. Suas obras e amor provam a
realidade de sua fé. Eles devem permanecer rmes até o nal, herdando as
promessas pela fé e perseverança (v.9-12). Abraão é um exemplo. Jurando
por si mesmo, Deus prometeu ao patriarca uma descendência numerosa.
Abraão pacientemente perseverou e a promessa foi cumprida. Para que seu
povo cresse na promessa e estivesse totalmente con ante, Deus acrescentou
um juramento de salvação eterna. Sua promessa e Seu juramento nos dão
segurança absoluta e forte encorajamento ao deixarmos este mundo
condenado e formos à cidade celestial de refúgio. O fato é que o Senhor
Jesus tem sido nossa garantia e entrada (v.13-20).
• Jesus e Melquisedeque (7.1-3)
Continuando a mostrar que o sacerdócio de Cristo é superior ao de
Arão, o escritor oferece alguns fatos históricos concernentes a
Melquisedeque. Ele era o rei de Salém e um sacerdote de Deus. Ele
abençoou Abraão e recebeu dízimos dele. Seu nome signi ca “rei de justiça”,
e, já que Salém (como shalom) signi ca “paz”, ele era rei de paz também.
Quanto ao sacerdócio, ele não tinha genealogia e nenhum registro de seu
começo e m. E, portanto, com este sacerdócio contínuo, ele assemelhava-se
ao Filho de Deus.
• O sacerdócio de Melquisedeque (7.4-10)
O autor continua para provar que o sacerdócio de Melquisedeque era
superior ao de Arão. Primeiramente, Abraão entregou dízimos a
Melquisedeque. O fato de Melquisedeque ter abençoado Abraão é
signi cativo; o superior abençoa o inferior. O sacerdócio levítico terminava
com a morte, enquanto o sacerdócio de Melquisedeque continua para
sempre.
• A necessidade de um novo sacerdócio (7.11-22)
Se o sacerdócio levítico tivesse cumprido seu propósito íntegra e
nalmente, não haveria necessidade de outro sacerdócio. Mas tem outro – o
sacerdócio de Cristo deixou de lado o sacerdócio levítico. Toda a Lei em
relação ao sacerdócio foi mudada. Cristo é descendente de Judá e não da
tribo sacerdotal de Levi. Ele Se tornou sacerdote, não através de
descendência, mas através do poder pessoal e inerente. Ele vive para sempre.
A antiga Lei é colocada de lado e com isso surge uma nova esperança. Jesus
foi introduzido em seu trono pelo juramento de Deus que O fez Sacerdote
para sempre. Isto O torna o ador de uma melhor Aliança.
• O sacerdócio inalterável de Cristo (7.23-25)
Havia uma sucessão constante dos sacerdotes arônicos porque, mais
cedo ou mais tarde, todos morreriam. Mas o sacerdócio de Cristo é
permanente porque Ele vive para sempre. Isto signi ca que é capaz, o tempo
todo, de salvar aqueles que vêm a Deus por meio dEle já que o Senhor está
sempre intercedendo por eles nos céus.
• O sacerdócio perfeito de Cristo (7.26-28)
Outra característica que torna o sacerdócio de Cristo superior ao de
Arão é Sua excelência pessoal. Ele tem um caráter impecável, desfruta da
mais alta exaltação, realizou um sacrifício perfeito para sempre e Se tornou
sacerdote de uma ordem superior.
5. O MINISTÉRIO DE CRISTO É SUPERIOR AO DE ARÃO
(CAP. 8)
• Nosso grande Sumo-Sacerdote (8.1-3)
Vamos ver agora que o ministério de Cristo é superior ao de Arão (v.1-
13), primeiro por um contraste entre os dois santuários. O santuário
celestial tem um Sumo-Sacerdote que está assentado à destra de Deus. O
santuário foi feito pelo Senhor e não pelo homem. Como todos os
sacerdotes, nosso Senhor deve ter algo a oferecer (a natureza do qual será
discutido mais tarde).
• Ministério, aliança e promessas melhores (8.4-6)
Sacerdotes no tabernáculo terreno tinham que ser quali cados de
acordo com a Lei. Sendo da tribo de Judá, Cristo era inelegível para este
ministério. O tabernáculo terreno era somente uma cópia e sombra do
celestial. O ministério de Cristo é melhor já que Ele é mediador de uma
Nova Aliança, representando melhores promessas.
• A Nova Aliança (8.7-13)
A alusão à Aliança naturalmente leva a um contraste entre Lei e graça.
A existência da Nova Aliança sugere que a primeira não era infalível. O
próprio Deus expressou insatisfação com a primeira e prometeu uma Nova
Aliança. Esta, inteiramente dependente de Deus, promete conhecimento do
coração dEle, o perdão do pecado e esquecimento divino deles. A Nova
Aliança torna a antiga obsoleta.
6. A OFERTA DE CRISTO É SUPERIOR A DO ANTIGO
TESTAMENTO (CAP. 9.1-10.18)
• O tabernáculo terreno (9.1-5)
Agora aprendemos que a oferta de Cristo é superior àquela do Antigo
Testamento (9.1-10.18). No sistema levítico havia um santuário terreno com
duas salas, o santo lugar e o Santo dos Santos, cada um com sua mobília
apropriada. O escritor relaciona os artigos em cada uma das salas, mas não
entra em detalhes.
• Limitações do culto terreno (9.6-10)
Os sacerdotes iam à primeira sala, continuamente, mas somente o
sumo-sacerdote poderia entrar na segunda, apenas em um dia no ano e
somente se ele carregasse uma bacia de sangue por seus pecados e pelos da
nação. Estas severas restrições mostravam que o acesso à presença de Deus
era imperfeito enquanto durasse o primeiro tabernáculo. Além disso, as
oferendas nunca deram ao adorador uma consciência realmente clara
quanto ao pecado. Eles tratavam mais com a profanação cerimonial e
regulamentações temporárias.
• O santuário celestial (9.11-14)
Em contraste com a obra de Cristo, um Sumo Sacerdote superior serve
em um tabernáculo superior. Ele entrou de uma vez por todas no lugar
santo no céu, tendo adquirido redenção eterna para nós. Ele não tirou
sangue de animais, mas deu o Seu próprio. Porquanto os restos mortais de
um novilho no Antigo Testamento garantiam uma puri cação externa e
ritualística, o sangue de Cristo oferece uma puri cação interna, puri cando
a consciência das obras mortas para servir o Deus vivo.
• A necessidade de expiação por sangue (9.15-22)
Cristo é o mediador de uma Nova Aliança e Sua morte redime os
santos do Antigo Testamento das transgressões sob a Lei Mosaica para que
possam receber herança eterna. Assim como um último desejo e testamento
se tornam efetivos somente após a morte da pessoa que os fez, assim a
primeira Aliança foi rati cada pela morte, isto é, a morte de animais
sacri cados. Moisés borrifou o livro da lei, o povo e o tabernáculo com o
sangue. O sangue era necessário para a maioria das formas de puri cação e é
necessário para todo o perdão de pecados.
• A grandeza do sacrifício de Cristo (9.23-28)
Estes rituais eram su cientes para puri car o santuário terreno e vasos,
mas o santuário celestial exigia um sacrifício maior. Esta exigência foi
inteiramente realizada por Cristo. Ele mesmo entrou no céu e não em um
santuário feito por homens, para comparecer perante Deus por nós. Ele não
fez ofertas repetidamente, como o sumo-sacerdote do Antigo Testamento,
com o sangue de animais. Em vez disso, Ele apareceu de uma vez por todas
para apagar os pecados pelo Seu próprio sacrifício. A Antiga Aliança
condenava transgressores à morte e julgamento. A Nova Aliança fala sobre a
primeira Vinda de Cristo para tratar com a questão do pecado e sobre Sua
Segunda Vinda para salvar aqueles que ansiosamente esperam por Ele.
• A insu ciência do sacrifício animal (10.1-4)
A fraqueza do sistema legal do Antigo Testamento era que as ofertas
nunca poderiam dar ao povo uma consciência clara em relação aos seus
pecados. Ao contrário, havia um lembrete anual dos pecados. O sangue de
animais, na verdade, nunca eliminou um só pecado.
• A morte de Cristo cumpre a promessa de Deus (10.5-10)
Quando Cristo veio ao mundo, Ele percebeu que Deus, o Pai, não
estava satisfeito com o sistema sacri cial antigo, então, voluntariamente
ofereceu a Si mesmo como sacrifício. Ao fazê-lo Ele aboliu o antigo sistema
de oferendas e introduziu Seu próprio e grande sacrifício pelos pecados, um
sacrifício que santi ca, de uma vez por todas, aquele que crer.
• A morte de Cristo aperfeiçoa os santi cados (10.11-14)
Onde os sacerdotes levíticos cavam diariamente, oferecendo
continuamente sacrifícios que nunca poderiam remover pecados, Cristo
ofereceu um único sacrifício que é permanentemente válido. Depois Ele
sentou à destra de Deus. Por Seu sacrifício único, Ele deu aos crentes uma
posição perfeita perante Deus e uma consciência perfeita em relação ao
pecado.
• O poder perpétuo da Nova Aliança (10.15-18)
Através das Escrituras do Antigo Testamento, o Espírito Santo
testemunha que, sob a Nova Aliança, os pecados seriam efetivamente
tratados de uma vez por todas.

7. EXORTAÇÕES E ADVERTÊNCIAS (CAP. 10.19-13.17)


• Achegando-se a Deus (10.19-22)
Porque agora podemos entrar no santuário com con ança e, porque
nós temos um grande Sacerdote, devemos nos aproximar de forma sincera,
con ante, com uma consciência limpa e uma vida santa.
• Firmados na con ssão (10.23-25)
Devemos também estar rmados na con ssão de nossa esperança,
encorajar um ao outro para praticar o amor e as boas obras. Além disso, não
podemos abandonar as reuniões para nossa comunhão cristã – a igreja.
Aqui, abandonar a comunhão signi ca muito mais do que parar de
congregar. Signi ca apostatar.
• Advertência contra a apostasia (10.26-31)
A quarta advertência trata com o pecado intencional da apostasia, o
pecado de renunciar a Cristo e ir para outra religião. Pessoas que professam
ser cristãs (mas nunca nasceram de novo verdadeiramente), que se associam
em uma igreja local e que depois, deliberada e maliciosamente, rejeitam a
Cristo são apóstatas. Não há possibilidade de salvação para eles – somente
julgamento e fogo impetuoso. Se alguém que quebrou a lei de Moisés
morreu pelo seu pecado, quanto mais severo será o castigo de um apóstata,
alguém que rejeita o Filho de Deus, que profana o sangue precioso e insulta
o Espírito Santo. Seu castigo é incontornável e indescritível.
• Encorajamento sob perseguição (10.32-39)
Pessoas que estão sendo perseguidas precisam ser encorajadas a
perseverar. A experiência passada dos hebreus crentes deve estimulá-los a
suportar pacientemente as provações. A proximidade da recompensa deve
fortalecê-los a manter a fé. O temor do descontentamento do Senhor deve
preveni-los de voltar atrás.
• Vendo o invisível (11.1-3)
Duas palavras chave – perseverança e fé – emergem nestes dois
capítulos. O capítulo 11 trata com a visão e perseverança da fé. Ele nos
introduz a homens e mulheres do Antigo Testamento que tinham boa visão
espiritual e que perseveraram enfrentando tremenda vergonha e sofrimento
ao invés de renunciar ao seu Senhor. A fé tornou as promessas de Deus tão
reais como se elas já tivessem sido cumpridas. Ela concedeu substância à
esperança deles e os capacitou a ver o invisível. A fé nos capacita a
compreender a criação, a fonte e a composição da matéria.
• Fé no início da história (11.4-7)
Pela fé Abel achegou-se a Deus com um sacrifício aceitável,
provavelmente porque envolveu o derramamento de sangue. Porque Enoque
creu na promessa de Deus agradando-Lhe e, assim, foi levado ao céu sem ter
morrido. Sem fé é impossível agradar a Deus. Pela fé Noé e sua família
foram salvos do grande Dilúvio.
• Abraão el (11.8-12)
Abraão demonstrou sua fé ao deixar a casa paterna e partir para um
destino desconhecido para, depois, habitar como peregrino em uma terra
que Deus já havia lhe dado. Pela fé Sara foi capaz de conceber quando já era
uma mulher idosa e, assim, Abraão se tornou o pai de muitas nações embora
seu próprio corpo estivesse desgastado.
• A pátria celestial (11.13-16)
Estes patriarcas morreram sem receber tudo que foi prometido, mas
estavam inteiramente con antes de que as promessas de Deus seriam
cumpridas e assim não desistiram. Eles ansiavam pelo lar celestial.

• A fé dos patriarcas (11.17-22)


O teste supremo da fé de Abraão foi a oferta de Isaque. Ele sabia que
Deus era capaz de levantar Isaque dos mortos, se necessário, para poder
manter Sua promessa de uma posteridade através de Isaque (v.17-19).
Mesmo na morte, Isaque, Jacó e José foram fortes na fé, con antes de que
Deus cumpriria suas promessas (v.20-22).
• A fé de Moisés (11.23-28)
Os pais de Moisés perceberam que o seu lho tinha um destino traçado
e então o esconderam da ira do rei. O próprio Moisés renunciou à fama,
prazer, riqueza, poder político e religião do Egito colocando-se junto ao
povo oprimido de Deus.
• Vencendo pela fé (11.29-35a)
A fé abriu as águas do Mar Vermelho, derrubou as muralhas de Jericó e
salvou Raabe e sua família de uma destruição certa (v.29-31). A fé resultou
em grandes conquistas estrangeiras, realizações morais e espirituais,
libertações físicas, vitórias militares e ressurreições corporais (v.32-35a).
• Superando a opressão pela fé (11.35b-40)
Além disso, a fé também capacitou alguns crentes a suportar o
martírio, zombaria, aprisionamento, apedrejamento, mutilação, destruição,
desapropriação e expulsão. Eles morreram sem ver o cumprimento de
algumas promessas de Deus, mas eles as verão todas cumpridas quando nos
encontrarmos todos juntos com o Senhor, nos ares.
• A carreira da fé (12.1-4)
O exemplo destas testemunhas do Antigo Testamento, no capítulo 11,
deve nos impulsionar a correr a carreira sem impedimentos, com grande
perseverança e olhando para o exemplo de Jesus. Ele perseverou até o
sangue, isto é, ao ponto de morrer, algo que nenhum de nós ainda fez.
• Disciplinados pelo Pai (12.5-8)
Perseguições e sofrimentos são parte do programa educativo de Deus
para Seus lhos e lhas. Ele não cria estas provações, mas Ele as usa. Todos
os lhos verdadeiros são chamados à disciplina da perseverança.
• Disciplinados pelos pais (12.9-11)
Pais humanos disciplinam seus lhos durante os primeiros anos.
Mesmo se esta disciplina é freqüentemente imperfeita, os lhos acabam por
respeitar seus pais. Quanto mais devemos estar sujeitos à disciplina de Deus!
Não é algo prazeroso no momento, mas eventualmente isto proporcionará
grandes benefícios.
• Renovando a vitalidade espiritual (12.12-14)
Não devemos buscar perseguições e provações, mas devemos usar estas
experiências como um meio de inspirar outros que são tentados ao
desespero. Devemos sempre nos esforçar pela paz e santidade.
• Advertência contra a apostasia (12.15-17)
A quinta advertência é direcionada contra qualquer um na comunhão
que falha em responder à graça de Deus; que faz com que a raiz de amargura
da apostasia brote; que é imoral ou despreza valores espirituais como Esaú
fez. Embora Esaú, depois, mudasse sua opinião, já era tarde demais.
• Os terrores da Lei (12.18-21)
Aqueles que são tentados a retornar à Lei devem se lembrar das
circunstâncias terríveis e proibidas sob as quais fora dada. Tudo falava de
distância e perigo. De fato a voz dizia: “Não se aproxime”. Até Moisés teve
medo.
• A companhia gloriosa (12.22-24)
A Nova Aliança, por outro lado, fala de proximidade com Deus e a
vinda da graça. Pela fé, crentes entram no santuário celestial e cam na
presença das hostes angelicais, aqueles santos da Igreja que já morreram, os
santos do Antigo Testamento, Deus, o Senhor Jesus e todo o valor de Seu
sangue derramado.
• A voz de Deus abalando Céu e a Terra (12.25-27)
Aqueles que desobedeceram à voz de Deus, como foi falado na Lei,
eram punidos de acordo. Quando o privilégio é maior, a responsabilidade
também é maior. Em Cristo, Deus deu Sua revelação melhor e nal. Aqueles
que rejeitam Sua voz, como agora é dita dos céus, são mais responsáveis do
que aqueles que quebraram a Lei. Escapar é impossível.
• O Reino inescapável (12.28-29)
Cristãos verdadeiros possuem um Reino que não pode ser abalado. Isto
deveria inspirar o culto com devoção, reverência e temor piedoso.
• Concluindo orientações morais (13.1-6)
Exortações especí cas aqui tratam de virtudes que os cristão devem
desenvolver: amor pelos irmãos, hospitalidade aos estranhos, cuidado com
crentes aprisionados, simpatia pelos santos em sofrimento, pureza no
casamento e contentamento com o que possuem. A carta tem nos lembrado
de tudo que temos em Cristo. Como podemos estar menos contentes?
• Concluindo orientações religiosas (13.7-17)
Devemos respeitar nossos líderes espirituais e imitar sua fé. Não
devemos permitir que nos enganem com ensinamentos estranhos. Temos
que estar separados em Cristo, nosso altar, ir para fora do arraial levando o
seu vitupério. Como sacerdotes, devemos oferecer os sacrifícios de nossa
adoração e posses (v.7-16). Por último, devemos obedecer nossos líderes, já
que terão que prestar contas pelo nosso estado espiritual. É de nosso melhor
interesse que eles o façam com alegria (v.17).
8. CONCLUSÃO (CAP. 13.18-25)
A Carta incomparável de Hebreus termina com um apelo pessoal por
oração, uma bênção amável aos leitores e algumas saudações nais.
A CARTA DE TIAGO

INTRODUÇÃO
DATA DA CARTA DE TIAGO
Esta carta de Tiago aos cristãos judeus espalhados por todo o mundo
conhecido de então pode ter sido a mais antiga epístola do Novo
Testamento, escrita por volta do ano 45 d.C.
A MENSAGEM DA CARTA DE TIAGO
Esta é uma carta muito prática, que repreende contra pecados como
distinções de classes, língua descontrolada, inveja, contendas e opressão dos
pobres.
A ÊNFASE DA CARTA DE TIAGO
Tiago enfatiza a diferença entre o tipo de fé que é mera con ssão e
aquela que resulta em boas obras. Ele diz: “Mostre-me suas obras e eu
acreditarei que tens uma fé salvadora”. Ele não contradiz o ensino de Paulo
de que somos salvos somente pela fé, mas insiste que a verdadeira fé
resultará em uma vida de boas obras. A epístola termina com exortações
para sermos pacientes na a ição e para orarmos uns pelos outros.

ESBOÇO DA CARTA DE TIAGO


1. A Saudação (1.1)
2. Provações e tentações (1.2-18)
3. A Palavra de Deus (1.19-27)
4. A prática da parcialidade (2.1-13)
5. Fé e obras (2.14-26)
6. A língua, seu uso e abuso (3.1-12)
7. Sabedoria, a verdadeira e a falsa (3.13-18)
8. Cobiça, sua causa e cura (Cap. 4)
9. Os ricos e seu remorso vindouro (5.1-6)
10. Exortações à perseverança (5.7-12)
11. Oração e a cura do enfermo (5.13-20)
1. A SAUDAÇÃO (CAP. 1.1)
Tiago era provavelmente um dos meio-irmãos de Jesus, mas ele fala de
si mesmo como Seu escravo. Como mencionado, ele escreve aos crentes
judeus da Diáspora.

2. PROVAÇÕES E TENTAÇÕES (CAP. 1.2-18)


• Bene ciando-se das provações (1.2-8)
Primeiramente ele volta sua atenção ao assunto das provações santas e
também às tentações profanas. Podemos nos alegrar nas provações, sabendo
que elas produzem constância. Se perseverarmos até o m, nos tornamos
maduros, cristãos completos com todas as graças do Espírito (v.2-4). Exige-
se sabedoria para perseverar nas provações, mas Deus a concede para
aqueles que pedem pela fé. As pessoas vacilantes não a recebem (v.5-8).
• As provações do rico e do pobre (1.9-11)
Independentemente se uma pessoa é rica ou pobre, benefícios
espirituais permanentes podem ser extraídos das provações da vida. O
homem pobre pode se regozijar em suas riquezas espirituais e o homem rico
pode se regozijar quando perde seu dinheiro, especialmente se aprender de
que ele e suas riquezas são ambos transitórios e que somente valores
espirituais permanecem.
• Suportando as provações (1.12-18)
A pessoa que suportar a provação irá receber a coroa da vida (v.12). O
assunto agora muda para as tentações mundanas. Estas não vêm de Deus,
mas de nossa própria natureza caída e depravada. Elas começam na mente,
daí resultam em atos pecaminosos que levam, por sua vez, à morte. Somente
coisas boas vêm de Deus, o Pai e Fonte de toda luz. Ele também é nosso Pai,
através do novo nascimento e deseja que sejamos modelos de santidade.
3. A PALAVRA DE DEUS (CAP. 1.19-27)
Podemos ser as primícias de Suas criaturas tendo: auto-controle no que
ouvimos, falamos, e no temperamento; prontidão para reprimir o mal;
receber a Palavra e obedecê-la; controlar a língua; visitar órfãos e viúvas e
nos mantermos incontaminados do mundo.

4. A PRÁTICA DA PARCIALIDADE (CAP. 2.1-13)


Ao praticar a fé cristã, não devemos fazer distinção entre as pessoas,
por exemplo, conduzindo uma pessoa rica a um lugar de proeminência
enquanto mantemos a pessoa pobre em um lugar desprezível. Este tipo de
parcialidade negligencia o fato de que Deus escolheu os pobres, enquanto os
ricos são aqueles que caracteristicamente oprimem o pobre e blasfemam o
Nome do Senhor. A maior das leis é amar a Deus e aos outros como a nós
mesmos. Parcialidade quebra esta lei e nos faz culpados de violar todas as
leis. Se formos imparciais, o julgamento que de outra forma cairia sobre nós
será substituído por misericórdia.
5. FÉ E OBRAS (CAP. 2.14-26)
• Fé sem obras é morta (2.14-20)
Fé sem obras não é melhor do que palavras simpáticas sem atitudes
para sustentá-las. Este tipo de fé não salva ninguém (v.14-17). Um homem
que diz que tem fé, mas que não possui feitos que acompanhem não pode
provar que tem fé. Fé só pode ser demonstrada por uma vida de boas obras.
Apenas crer que há um único Deus não é su ciente. Fé sem obras é inútil.
Isto não signi ca que somos salvos pelas obras, ou até pela fé mais as obras,
mas pelo tipo de fé que resulta em uma vida de boas obras (v.18-20).
• Um patriarca e uma prostituta (2.21-26)
Abraão, o pai dos éis, foi justi cado pelas obras quando ofereceu
Isaque no altar, mas isto foi anos depois dele ter sido justi cado pela fé (Gn
15.6). Raabe, uma meretriz cananita, mostrou a realidade de sua fé
recebendo os espias judeus. À parte da fé, estas seriam obras más –
homicídio e traição, mas porque eram fruto de fé, foram obras boas. Assim
como um corpo vivo indica a presença do espírito, assim as boas obras
tornam a fé visível.
6. A LÍNGUA, SEU USO E ABUSO (CAP. 3.1-12)
O controle da fala é básico. Os professores, especialmente, devem se
lembrar disso. Aquele que puder disciplinar sua língua pode controlar
qualquer área de sua vida. Como o freio na boca do cavalo ou o leme do
navio, a língua é comparativamente pequena, mas tem grande potencial para
o bem ou mal. Ela pode destruir como um fogo orestal. É diferente das
criaturas selvagens que podem ser domadas. Não é como uma fonte porque
a língua pode amaldiçoar ou abençoar, enquanto a fonte pode produzir
somente um tipo de água, doce ou salgada. Não é como uma gueira que
somente produz gos ou uma vinha, que pode produzir somente uvas. Não
há nada na natureza como a língua humana em sua vasta capacidade para o
bem ou para o mal.
7. SABEDORIA, A VERDADEIRA E A FALSA (CAP. 3.13-18)
A pessoa verdadeiramente sábia é comparada com aquela que tem
sabedoria do mundo. A que tem verdadeira sabedoria a demonstra por uma
vida exemplar unida a um espírito humilde. Ela é pura, pací ca, indulgente,
submissa, cheia de misericórdia e bons frutos, imparcial e sincera. A outra é
invejosa e ambiciosa. Seus métodos são cruéis, enganosos e diabólicos. Por
aonde vá uma pessoa com esta sabedoria, causa desordem e toda prática
maligna.
8. COBIÇA - CAUSA E CURA (CAP. 4)
• Contenda e orgulho superados pela graça e humildade
(4.1-6)
Problemas entre os cristãos vêm de desejos fortes e insatisfeitos. Somos
determinados a termos coisas sem submetermos a Deus em oração. Mesmo
se orarmos, nossos motivos são egoístas (v.1-3). Esta cobiça é adultério
espiritual. O Espírito Santo não é o autor de um espírito competitivo e
ganancioso. Deus concede graça abundante aos humildes (v.4-6).
• Passos para um viver cristão positivo (4.7-10)
Seis passos para o verdadeiro arrependimento são: submissão a Deus;
resistência ao Diabo; achegar-se a Deus; limpar as mãos (ações) e puri car o
coração (motivos); profundo lamento pelo pecado; e se humilhar perante o
Senhor.
• O pecado da maledicência (4.11-12)
Caluniar um irmão é condenar a lei que a proíbe e usurpar o papel de
Deus como Legislador e Juiz.
• O pecado da ostentação (4.13-17)
Agora Tiago denuncia o pecado da auto-con ança. Em vez de planejar
arrogantemente, em independência de Deus, devemos fazer nossos planos
em submissão à vontade do Senhor. É pecado não colocar Deus em todos os
aspectos de nossas vidas.
9. OS RICOS E SEU REMORSO VINDOURO (CAP. 5.1-6)
Os ricos devem chorar e se lamentar por causa da perda eventual de
todas as suas posses. Eles acumularam riquezas explorando seus
trabalhadores, usaram suas riquezas para o comodismo e vida de luxúria e
oprimiram os justos arrogantemente.
10. EXORTAÇÕES À PERSEVERANÇA (CAP. 5.7-12)
Os crentes oprimidos deveriam ser pacientes até que o Senhor venha, e
não deveriam nutrir ressentimentos. Os profetas do Antigo Testamento
foram pacientes em seus sofrimentos e Jó também é um bom exemplo de
perseverança. No caso deste, “o propósito do Senhor” foi que Deus lhe deu
duas vezes mais do que ele tinha antes (v.7-11). Os crentes não devem usar
imprudentemente o Nome do Senhor ou qualquer outra palavra para atestar
a veracidade de sua fala. Um simples “sim” ou “não” deve ser su ciente
(v.12).
11. ORAÇÃO E A CURA DO ENFERMO (CAP. 5.13-20)
• Satisfazendo necessidades especí cas (5.13-16)
Na di culdade, alegria, enfermidade ou qualquer outra necessidade,
devemos ir ao Senhor em oração. Uma pessoa doente deve chamar os
presbíteros da igreja e confessar quaisquer pecados que podem ser a causa
da enfermidade. Devem orar por ele, ungindo-o com óleo e a oração da fé
(isto é, a oração baseada na promessa de nitiva de levantar este homem) irá
curar o doente. Perceba que em todo o contexto há uma conexão entre
pecado, enfermidade, con ssão, oração e cura.

• A oração de Elias (5.17-18)


A oração de Elias trouxe seca ao pecaminoso Israel por três anos e
meio. Ele orou novamente e Deus enviou a chuva.
• Restaurando os errantes (5.19-20)
Quando oramos pelos errantes, podemos salvá-los da morte prematura
sob a mão punitiva de Deus e ver seus pecados perdoados por Ele.
A PRIMEIRA CARTA DE PEDRO

INTRODUÇÃO

DATA E DESTINATÁRIOS DA 1ª CARTA DE PEDRO


A Primeira Carta de Pedro foi escrita por volta de 63 d.C. aos cristãos
na Ásia Menor que estavam sofrendo severa perseguição.
A MENSAGEM DA 1ª CARTA DE PEDRO
Sua mensagem é de esperança. O cristão pode olhar além do
sofrimento para a glória. Enquanto isso, a graça de Deus é su ciente para
todos os momentos de necessidade. A riqueza do cristão é incorruptível – o
sangue de Cristo, a Palavra de Deus e o futuro como herança; perseguição
nunca poderá roubar estas coisas.
A ÊNFASE DA 1ª CARTA DE PEDRO
Portanto, o apóstolo impele os santos a permanecerem rmes; para
olhar os sofrimentos como necessários, temporários e úteis; e para sofrerem
pelo bem e não por causa de seus próprios pecados. Ele encoraja todos a
seguir o exemplo de Cristo de uma vida santa. Pedro fala particularmente a
eles como cidadãos, escravos, maridos e esposas, enfatizando como deveria
ser seu comportamento em vista do vindouro m dos tempos. Os
presbíteros na igreja são exortados à delidade e os jovens à obediência e
submissão.
ESBOÇO DA 1ª CARTA DE PEDRO
1. Saudações introdutórias (1.1-2)
2. A posição privilegiada do crente (1.3-12)
3. A conduta do crente à luz de sua posição (1.13 – 2.3)
4. Os privilégios do crente na nova casa espiritual e sacerdócio (2.4-10)
5. O peregrino cristão e sua relação com o mundo (2.11-12)
6. O cidadão cristão e sua relação com o governo (2.13-17)
7. O servo cristão e sua relação com seu Mestre (2.18-25)
8. A esposa cristã e sua relação com seu marido (3.1-6)
9. O marido cristão e sua relação com a esposa (3.7)
10. O cristão e sua relação à comunhão (3.8)
11. O cristão e sua relação aos perseguidores (3.9-4.6)
12. Imperativos urgentes para os últimos dias (4.7-11)
13. Exortações e explanações sobre o sofrimento (4.12-19)
14. Exortações à Igreja (5.1-11)
15. Saudações nais (5.12-14)
1. SAUDAÇÕES INTRODUTÓRIAS (CAP. 1.1-2)
Os forasteiros mencionados no versículo 1 podem ter sido cristãos
judeus da Dispersão ou cristãos gentios que foram espalhados pela
perseguição pelas cinco províncias da Ásia Menor. Em todo caso, eles foram
escolhidos, santi cados e convertidos.
2. A POSIÇÃO PRIVILEGIADA DO CRENTE (CAP. 1.3-12)
• Uma herança celestial (1.3-9)
Pedro louva ao Senhor pela grande salvação que nos tem dado pela Sua
misericórdia. No presente temos uma viva esperança através da ressurreição
de Cristo; no futuro teremos uma herança que é incorruptível, imaculada e
imperecível – um lugar para um povo especial (v.3-5). O cristão pode se
alegrar apesar de seus sofrimentos, sabendo que a prova da fé é preciosa e
resultará em futura glória e adoração (v.6-7). Embora nunca vimos nosso
Salvador, amamos, con amos e nos exultamos nEle (v.8). A conseqüência
nal de nossa fé é a salvação de nossas almas (v.9).

• As profecias messiânicas (1.10-12)


Os profetas do Antigo Testamento caram perplexos quanto à esta
grande salvação, particularmente quanto à identidade do Messias, o tempo
de Seu aparecimento e como Ele poderia tanto sofrer como ser glori cado.
Eles aprenderam que estavam escrevendo para nós, não para eles mesmos,
concernentes às coisas que estão escondidas dos anjos, mas reveladas a nós
pelos apóstolos.
3. A CONDUTA DO CRENTE À LUZ DE SUA POSIÇÃO
(CAP. 1.13-2.3)
• Vivendo perante Deus nosso Pai (1.13-21)
Esta grande salvação requer um viver digno. Devemos ter uma mente
preparada para ação, uma mente sóbria e uma mente otimista (v.13).
Devemos ser obedientes em nos conformar à santidade e não ao mal (v.14-
16). Lembrando que o Pai é um Juiz imparcial, devemos nos comportar
reverentemente, sempre atentos sobre nossa redenção gloriosa; fomos
resgatados da futilidade pelo sangue de Cristo. Através de nosso Redentor
maravilhoso, temos con ança inabalável em Deus que O ressuscitou e O
glori cou (v.17-21).
• Amando um ao outro fervorosamente (1.22)
Também devemos ter uma mente amorosa, que é um dos propósitos do
novo nascimento. Devemos amar um ao outro de forma sincera e de todo o
coração.

• Vivendo novamente através da Viva Palavra (1.23-25)


A semente do novo nascimento é a viva e imperecível Palavra de Deus.
Diferentemente da humanidade transitória e da vegetação de pouca duração,
a Palavra é eterna.
• Colocando de lado a malícia e amando o leite da Palavra
(2.1-3)
Devemos parar com todos os atos desamorosos e desenvolver um
apetite voraz pela Palavra de Deus assim como um recém-nascido necessita
de leite.

4. OS PRIVILÉGIOS DO CRENTE NA NOVA CASA


ESPIRITUAL E SACERDÓCIO (CAP. 2.4-10)
• Privilégios preciosos recebidos (2.4-8)
Pedro muda da exortação à consideração dos privilégios do crente na
nova casa de Deus e no novo sacerdócio cristão. Nesta casa, Cristo é a Rocha
viva. Os crentes são as pedras vivas, uma casa espiritual um sacerdócio santo
(v.4-5). Cristo é a Pedra Angular, predita na Escritura como divinamente
estabelecida, escolhida, preciosa e completamente con ável (v.6). Para os
crentes Ele é precioso. Embora rejeitado pelos incrédulos, Lhe é dado o lugar
mais alto por Deus. Ele Se torna uma pedra de tropeço àqueles que são
destinados à queda por causa de sua desobediência por rejeitar o Evangelho
da Graça de Deus (v.7-8).
• Privilégios antigos recuperados (2.9-10)
Os cristãos hoje desfrutam dos privilégios que Israel tinha no Antigo
Testamento, mas que perdeu por causa da incredulidade. Os cristãos são
uma raça eleita, um sacerdócio real, uma nação santa, um povo de
propriedade exclusiva de Deus. Foram chamados das trevas à luz para
proclamar Suas maravilhas, de um povo que não era ninguém para ser o
povo de Deus, de desamparados a objetos de Sua misericórdia (v.9-10).
5. O PEREGRINO CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O
MUNDO (CAP. 2.11-12)
Como peregrinos no mundo, mas não do mundo, os cristãos devem
ser caracterizados pela pureza pessoal e comportamento irrepreensível que
glori ca a Deus e silencia a desaprovação.
6. O CIDADÃO CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM O
GOVERNO
(CAP. 2.13-17)
Os cristãos devem ser sujeitos ao seu governo e desta forma calar a
oposição. Eles devem viver em liberdade, mas não em licenciosidade e
mostrar respeito por todos.
7. O SERVO CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM SEU MESTRE
(CAP. 2.18-25)
Os servos cristãos devem se sujeitar aos seus senhores, não importa
quão injustos sejam. A aprovação de Deus repousa naqueles que sofrem
injustamente e não naqueles que o merecem. Somos chamados a imitar a
Cristo; Ele foi sem pecado, sincero, paciente, gentil, humilde e sacri cial. Ele
morreu por nossos pecados para que pudéssemos morrer para o pecado e
viver justamente. Costumávamos a vaguear continuamente, mas agora
temos retornado ao nosso Pastor.
8. A ESPOSA CRISTÃ E SUA RELAÇÃO COM SEU MARIDO
(CAP. 3.1-6)
As esposas cristãs devem se sujeitar aos seus maridos. Se o marido é
descrente, a esposa deveria se comportar de tal forma a ganhá-lo sem
palavras (v.1-2). Ela não deveria se concentrar em sua aparência externa,
mas no adorno interior que é imperecível e o qual Deus valoriza (v.3-4). Sara
se adornou com um espírito submisso e as esposas hoje podem imitá-la pela
retidão e intrepidez piedosa.
9. O MARIDO CRISTÃO E SUA RELAÇÃO COM A ESPOSA
(CAP. 3.7)
O marido cristão deve ser amável a sua esposa, tratando-a como o vaso
mais fraco e herdeira juntamente da graça da vida. Juntos, marido e esposa,
foram agraciados com a habilidade de trazer nova vida no mundo – um
privilégio maravilhoso, freqüentemente desvalorizado neste mundo egoísta
atual. Pela consideração mútua e altruísmo, as orações não serão
interrompidas.
10. O CRISTÃO E SUA RELAÇÃO À COMUNHÃO (CAP. 3.8)
Em relação à comunhão, deve haver unidade, harmonia, amor
fraternal, bondade e cordialidade.
11. O CRISTÃO E SUA RELAÇÃO AOS PERSEGUIDORES
(CAP. 3.9-4.6)
Sofrendo justa e injustamente (3.9-16)
Agora Pedro retorna à atitude cristã quanto aos seus perseguidores. Ele
deve evitar a retaliação, pagando o mal com o bem e, assim, herdar uma
bênção como a prometida no Salmo 34. Como regra geral, as pessoas não
prejudicam uma pessoa justa. Mas mesmo se um cristão sofre injustamente,
ele é abençoado. Ele deve se comportar destemidamente, reverenciar Cristo
como Senhor, ter uma resposta preparada e uma consciência tranqüila.
• O sofrimento de Cristo por nós (3.17-22)
Certamente é melhor sofrer por fazer o bem do que por fazer o mal.
Mais uma vez Cristo é nosso exemplo. Ele sofreu, o Justo pelo injusto, para
nos trazer a Deus. Pelo mesmo Espírito Santo que O levantou dos mortos,
Ele pregou ao povo incrédulo dos dias de Noé que estão agora aprisionados.
Somente os quatro casais na arca foram salvos naquele momento. O batismo
não limpa da sujeira exterior, mas é o testemunho de estarmos conscientes
diante de Deus porque a ressurreição e glori cação de Cristo nos asseguram
que a questão do pecado foi resolvida de uma vez por todas.
• Nosso sofrimento por Cristo (4.1-6)
Já que Cristo sofreu injustamente, devemos estar prontos a fazer o
mesmo. Quando escolhemos a perseguição e o sofrimento em vez do
pecado, o poder do pecado é destruído em nossas vidas. Não somos mais
controlados pelas paixões sensuais, mas pela vontade de Deus. Nossa vida
anterior de pecado e degradação foi su ciente. Quando não participamos
mais de prazeres pecaminosos, o mundo nos difama. Eles terão que dar
contas a Deus e nós seremos justi cados. É por isso que o Evangelho foi
pregado àqueles crentes que foram subseqüentemente perseguidos e mortos.
Os homens os colocam à morte, mas eles foram inocentados por Deus e
agora desfrutam da vida eterna com Ele.
12. IMPERATIVOS URGENTES PARA OS ÚLTIMOS DIAS
(CAP. 4.7-11)
Uma série de admoestações é agora introduzida pela declaração que “o
m de todas as coisas está próximo”. Podemos resumi-las como orações
serenas, amor intenso, hospitalidade de bom grado e servir generosamente.
Falando ou servindo, tudo deve ser feito para a glória de Deus.
13. EXORTAÇÕES E EXPLANAÇÕES SOBRE O SOFRIMENTO
(CAP. 4.12-19)
Em relação a perseguições e sofrimentos, os crentes não devem se
surpreender como se fossem incomuns. Os crentes que sofrem por Cristo
serão, seguramente, participantes de Sua glória. Eles também são consolados
por ter o Espírito Santo residindo neles agora. É vergonhoso sofrer pelo seu
pecado, mas um privilégio sofrer como um cristão e uma oportunidade de
glori car a Deus. O Senhor lida com Seu próprio povo primeiramente;
depois ele julgará o mundo. Se os crentes sofrem agora, quanto mais os não
salvos sofrerão eternamente? Portanto, cristãos que sofrem devem viver em
retidão e con ar em seu Criador el.
14. EXORTAÇÕES À IGREJA (CAP. 5.1-11)
• Exortação aos presbíteros (5.1-4)
Pedro exorta seus companheiros presbíteros a pastorearem o rebanho
de Deus espontaneamente, sem motivos mercenários e sendo modelos em
vez de dominadores. A sua recompensa será uma coroa incorruptível de
glória.
• Exortações ao rebanho (5.5-11)
Os jovens cristãos devem ser sujeitos aos mais velhos, e todos somos
exortados a sermos humildes e livres da ansiedade. Temos que resistir ao
diabo e nos lembrar da eterna glória que seguirá os sofrimentos presentes.

15. SAUDAÇÕES FINAIS (CAP. 5.12-14)


O apóstolo Pedro ditou sua carta a Silvano (Silas é a forma curta do
mesmo nome), assegurando aos seus leitores que a fé cristã é a fé verdadeira
e encorajando-os a permanecerem rmes nela. Ele enviou saudações nais
de amor e paz.
A SEGUNDA CARTA DE PEDRO

INTRODUÇÃO

MENSAGEM DE 2ª CARTA DE PEDRO


A Segunda Carta de Pedro, como 2 Tessalonicenses e 2 Timóteo, fala
sobre as condições da igreja nos últimos dias quando a cristandade será
inteiramente corrupta. Pedro suplica pelo desenvolvimento do caráter
cristão em vista da certeza do Reino vindouro, quando as recompensas serão
manifestas. Ele adverte sobre falsos mestres que enganarão muitos antes de
serem nalmente julgados. Fala sobre escarnecedores dos últimos dias que
negarão a verdade da vinda de Cristo. Rea rma a verdade da Segunda Vinda
e o julgamento deste mundo e exorta os crentes à diligência, santidade,
constância e crescimento na graça, à luz da vinda de Cristo.
DATA DE 2ª CARTA DE PEDRO
Pedro escreveu a carta provavelmente em 66 ou 67 d.C.
ESBOÇO DE 2ª CARTA DE PEDRO
1. Saudação (1.1-2)
2. Chamada para Desenvolver um Forte Caráter Cristão (1.3-21)
3. O Surgimento Previsto de Falsos Mestres (Cap. 2)
4. O Surgimento Previsto de Escarnecedores (Cap. 3)
1. SAUDAÇÃO (CAP. 1.1-2)
Pedro era servo por escolha pessoal e um apóstolo por comissão divina.
Ele escreve a todos que haviam recebido a mesma fé que os apóstolos, pela
justiça do Senhor, e lhes deseja graça e paz.
2. CHAMADA PARA DESENVOLVER UM FORTE CARÁTER
CRISTÃO (CAP. 1.3-21)
• Crescimento frutífero na fé (1.3-11)
Primeiramente, o apóstolo faz uma chamada para o desenvolvimento
de um forte caráter cristão. Deus tem provido a nossa santidade por meio de
seu poder e promessas. É nossa responsabilidade cultivar oito qualidades
cristãs – fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade,
bondade fraternal e amor (v.3-4). Ao fazer isso, salvaremos a nós mesmos de
sermos ine cientes, infrutíferos, cegos, com falta de visão e esquecidos (v.5-
9). Pelo crescimento em graça, con rmamos nossa chamada e eleição,
poupando a nós mesmos de cairmos e nos assegurando uma entrada
abundante no reino eterno (v.10-11). Nossa entrada no Reino é pelo novo
nascimento, mas uma entrada abundante é pelo desenvolvimento de caráter
cristão.
• A aproximação da morte de Pedro (1.12-15)
O apóstolo estava determinado a lembrar os santos continuamente da
importância do caráter cristão, especialmente como sabia que o tempo de
sua morte estava se aproximando. Ao deixar a mensagem de forma escrita,
ele possibilitaria ao povo de Deus revisar os padrões de Deus para o seu
caráter em qualquer era.
• A aproximação da Vinda de Cristo (1.16-21)
Agora ele fala sobre a certeza da glória vindoura. Os eventos no Monte
da Trans guração foram um antegosto do Segundo Advento de Cristo e seu
Reino glorioso. A a rmação de Pedro era baseada no que viu, ouviu e
testemunhou. A Trans guração con rmou as profecias do Antigo
Testamento sobre a Segunda Vinda. Estas profecias não eram uma questão
de interpretação humana ou impulso humano, mas de inspiração divina.
3. O SURGIMENTO PREVISTO DE FALSOS MESTRES (CAP.
2)
• Doutrinas destrutivas e enganosas (2.1-3)
O apóstolo prediz o surgimento inevitável de falsos mestres e descreve
suas estratégias astutas, falsas doutrinas, sucesso, sensualidade, difamação da
verdade, avareza, exploração enganosa e iminente julgamento.
• Condenação para os falsos mestres (2.4-10b)
No Antigo Testamento, Deus julgou três classes de apóstatas – os anjos
que pecaram, os pré-diluvianos e o povo de Sodoma e Gomorra. Ele é capaz
tanto de resgatar os piedosos como preservar os injustos para o castigo,
especialmente os imorais e rebeldes.
• Depravação dos falsos mestres (2.10c-22)
Os falsos mestres são presunçosos, irracionais, ignorantes; estão
condenados à destruição. Andam em imundas paixões e são
incessantemente imorais, habilidosos em cobiça, como Balaão, o profeta
(v.10c-16). Escuridão profunda está reservada para estes homens que
desapontam a expectativa de seus seguidores. Com palavras jactanciosas e
engodos sensuais, eles seduzem o povo que quer uma vida melhor.
Prometendo-lhes liberdade, estes escravos da corrupção lideram seus
seguidores a um estado pior do que o anterior. Seria melhor para estes
seguidores cegos se nunca tivessem conhecido do que, conhecendo,
voltassem à podridão do mundo, como um cão ao seu vômito ou o porco ao
lamaçal (v.17-22).
4. O SURGIMENTO PREVISTO DE ESCARNECEDORES (CAP.
3)
• Lembrando-se das palavras dos profetas e dos apóstolos
(3.1-2)
Nesta segunda carta, Pedro impele seus leitores a se lembrarem dos
escritos do Antigo Testamento e os mandamentos do Novo Testamento.

• Mentiras dos “uniformistas” (3.3-7)


Eles devem saber que os escarnecedores surgirão nos últimos dias,
pessoas de moral depravada, que negarão a Segunda Vinda de Cristo.
Ensinarão que Deus nunca intervém na história humana, deliberadamente
ignorando a destruição da Terra pelo Dilúvio de Noé e negligentes que um
dia serão destruídos pelo fogo.
• Longanimidade do Senhor (3.8-10)
Os cristãos devem se lembrar de que o Senhor não é limitado pelo
tempo, de que é el à Sua promessa e de que Sua demora é para que os
homens se arrependam. O Dia do Senhor, aqui signi cando o aspecto nal
deste dia, signi cará a destruição dos céus estelares, dos céus atmosféricos e
da terra pelo fogo.
• Aguardando a vinda do Dia do Senhor (3.11-18a)
Enquanto isso, o povo de Deus deve ser santo e piedoso, aguardando
pelo Dia de Deus, isto é, o estado eterno com seus novos céus e nova terra.
Os cristãos devem ser paci cadores, puros e perceptivos, entendendo que a
demora de Deus foi desenhada para a salvação do homem. Paulo também
ensinou que a paciência de Deus provê oportunidade para a salvação do
homem. Ele nos deu muitas outras verdades que são difíceis de entender.
Pessoas ignorantes e instáveis distorcem estas verdades para sua própria
destruição. Os crentes devem estar atentos contra tais erros. O antídoto ao
erro é crescimento na graça e em conhecimento do Senhor Jesus.
• Enaltecendo ao Senhor (3.18b)
A doxologia nal atribui glória ao Salvador, agora e para sempre.
A PRIMEIRA CARTA DE JOÃO

INTRODUÇÃO

CONTEXTO DA 1ª CARTA DE JOÃO


A Primeira Carta de João foi escrita, em parte, para refutar uma heresia
conhecida como Gnosticismo que, entre várias coisas, negava a divindade e
a verdadeira humanidade do Senhor Jesus Cristo. Professando
conhecimento superior, os gnósticos ensinavam que o Cristo era uma
emanação divina que veio sobre Jesus em Seu batismo e que O deixou no
Jardim do Getsêmani. Portanto ensinavam que Jesus não era o Cristo. Foi o
homem Jesus que morreu e não “o Cristo”.
• Provas da verdadeira comunhão Para poder distinguir
estes hereges dos verdadeiros crentes, João estabelece alguns
testes de vida – obediência, amor, justiça, sã doutrina,
continuidade na comunhão cristã e separação do mundo.
Somente aqueles que passarem nestes testes de vida podem
conhecer a comunhão na família de Deus.
TEMAS DA 1ª CARTA DE JOÃO
Esta carta é difícil de esboçar porque os temas são como linhas em uma
tecelagem. Elas desaparecem, depois vêm à superfície novamente. Isto pode
sugerir que os testes da vida não devem ser compartimentados, mas devem
ser entrelaçados no próprio tecido de nosso comportamento.
DATA DA 1ª CARTA DE JOÃO
João escreveu a carta provavelmente entre 90 e 95 d.C.

ESBOÇO DA 1ª CARTA DE JOÃO


1. Prólogo: A comunhão cristã (1.1-4)
2. Meios de manter a comunhão (1.5–2.2)
3. Marcas da comunhão cristã: Obediência, amor (2.3-11)
4. Estágios de crescimento na comunhão (2.12-14)
5. Dois perigos à comunhão: O mundo e falsos mestres (2.15-28)
6. Marcas da comunhão cristã (cont.): Justiça, amor e a con ança que
proporciona (2.29-3.24) 7. A necessidade de discernir entre verdade e
erro (4.1-6)
8. Marcas da comunhão cristã (cont.) (4.7-5.20)
9. Apelo nal (5.21)
1. PRÓLOGO: A COMUNHÃO CRISTÃ (CAP. 1.1-4)
O fundamento doutrinário da comunhão cristã é a Pessoa de Jesus
Cristo. João enfatiza Sua eternidade e Sua encarnação como um homem real
que podia ser ouvido, visto, admirado e tocado. O testemunho dos apóstolos
é uma base con ável para se crer nEle (v.1-3a). Comunhão com o Pai, com
seu Filho e com outros crentes leva à plenitude da alegria (v.3b-4).
2. MEIOS DE MANTER A COMUNHÃO (CAP. 1.5-2.2)
• O reconhecimento do pecado (1.5-10) Para poder andar
em comunhão com Deus, uma pessoa deve andar na luz e não na
escuridão. Esta pessoa também deve reconhecer a verdade
concernente a ela – de que é uma pessoa pecaminosa que convive
com o pecado.
• O Advogado do pecador (2.1-2) O desejo de Deus é que os
cristãos não devem pecar. Entretanto, uma provisão é ofertada
para quem falha; Cristo é tanto o Advogado quanto a
Propiciação.
3. MARCAS DA COMUNHÃO CRISTÃ: OBEDIÊNCIA, AMOR
(CAP. 2.3-11) • O TESTE DA OBEDIÊNCIA (2.3-6) O TESTE
TRIPLO DA OBEDIÊNCIA ENVOLVE GUARDAR SEUS
MANDAMENTOS, GUARDAR SUA PALAVRA E ANDAR
COMO ELE ANDOU. TEMOS QUE SER GUIADOS PELA SUA
PALAVRA ESCRITA, SUA VONTADE E SEU ANDAR
EXEMPLAR.
• O teste do amor (2.7-11) Depois vem o teste do amor aos
irmãos – um mandamento que é tanto antigo como novo; antigo,
porque Jesus ensinou e o cumpriu desde o início e novo, porque
agora deve ser visto pelos Seus seguidores. O amor é uma marca
autêntica dos verdadeiros cristãos. O ódio caracteriza aqueles
que estão em escuridão moral.
4. ESTÁGIOS DE CRESCIMENTO NA COMUNHÃO
(CAP. 2.12-14) EXISTEM ESTÁGIOS DIFERENTES DE
CRESCIMENTO NA COMUNHÃO CRISTÃ – PAIS, JOVENS E
CRIANÇAS. ESTES ENVOLVEM GRAUS DIFERENTES DE
APREENSÃO E AVALIAÇÃO DO PAI E DO FILHO E GRAUS
DIFERENTES DE ENVOLVIMENTO NO COMBATE.
5. DOIS PERIGOS À COMUNHÃO: O MUNDO E FALSOS
MESTRES (CAP. 2.15-28) • O PERIGO DO MUNDANISMO
(2.15-17) AMAR O MUNDO É TOTALMENTE
INCOMPATÍVEL COM O AMOR DO PAI. MUNDANISMO É
O AMOR DAS COISAS PASSAGEIRAS. OBEDIÊNCIA À
VONTADE DE DEUS TEM RECOMPENSAS ETERNAS.
• O perigo dos falsos mestres (2.18-28) Falsos mestres têm o
espírito do Anticristo. Por se afastarem da comunhão cristã,
demonstram que realmente nunca nasceram de novo. Cristãos
verdadeiros têm a provisão divina por conhecerem a verdade na
Pessoa do Espírito Santo (v.20). O teste da verdadeira doutrina é
con ssão sincera de que Jesus é o Cristo. Aqueles que tentam
separar Jesus do Cristo são mentirosos e anticristos e não
possuem Deus como Seu Pai (v.21-23). A mensagem cristã é a
salvaguarda do crente contra o erro; tudo deve ser testado pelo
que a Bíblia diz (v.24-25). Os cristãos não podem ser seduzidos
por aqueles que reivindicam ter conhecimento que é fora da
Bíblia ou superior a ela. O Espírito Santo lidera Seu povo na
verdade da Palavra de Deus e Ele não precisa de mestres que vão
além do que a Bíblia diz (v.26-27). João impele seus lhos
amados a permanecer em Cristo para que quando o Salvador
retornar, João e os outros apóstolos tenham con ança e não
sejam envergonhados (v.28).
6. MARCAS DA COMUNHÃO CRISTÃ: JUSTIÇA, AMOR E A
CONFIANÇA QUE PROPORCIONA (CAP. 2.29-3.10A) •
JUSTIÇA (2.29-3.10A) OUTRO TESTE NA VIDA É JUSTIÇA. É
UMA EVIDÊNCIA DO RELACIONAMENTO COM DEUS
(V.29). É VERDADEIRO QUE OS CRENTES SÃO FILHOS DE
DEUS, MESMO QUE O MUNDO NÃO OS RECONHEÇA
COMO TAL. NÃO SABEMOS O QUE SEREMOS, MAS
SABEMOS QUE SEREMOS MORALMENTE PARECIDOS
COM O SENHOR JESUS. ESTA VERDADE TEM UM EFEITO
PURIFICADOR SOBRE NÓS (V.3.1-3). OS CRISTÃOS NÃO
PRATICAM O PECADO PORQUE É CONTRÁRIO À
VONTADE DE DEUS, A TODO O PROPÓSITO DA VINDA DE
CRISTO, AO CARÁTER DE CRISTO E À VERDADE DA
UNIÃO COM CRISTO (V.4-6). OS FILHOS DE DEUS
PRATICAM A JUSTIÇA ENQUANTO OS FILHOS DO DIABO
PRATICAM O PECADO. O PROPÓSITO DA PRIMEIRA
VINDA DE CRISTO ERA DESTRUIR AS OBRAS DO DIABO. É
MORALMENTE IMPOSSÍVEL, PARA OS FILHOS DEUS,
PECAR HABITUALMENTE. ELES SE DISTINGUEM DOS
FILHOS DO DIABO POR PRATICAREM A JUSTIÇA (V.7-
10A).
• O teste do amor (3.10b-24a) O teste do amor agora
reaparece. O amor tem sido uma obrigação desde o início. Caim
foi o primeiro violador e o mundo tem seguido seu exemplo
odiando os justos. Nosso amor pelos irmãos cristãos nos
assegura que temos passado da morte para vida. O ódio é
homicídio e nenhum homicida tem a vida eterna. O maior
exemplo de amor é o auto-sacrifício de Cristo por nós. Podemos
mostrar amor colocando nossas vidas para ajudar os irmãos e
partilhando as nossas posses com os que necessitam. Então nosso
amor será sincero e vivo. Este tipo de amor também nos dará
con ança na oração. Con ança em Cristo e amar um ao outro
nos dá uma consciência clara, livre da auto-condenação e nos dá
segurança de que recebemos o que pedimos.
• Con ança (3.24b)
Quando guardamos os mandamentos do Senhor, sabemos que Ele
permanece em nós pela habitação do Espírito.
7. A NECESSIDADE DE DISCERNIR ENTRE VERDADE E
ERRO (CAP. 4.1-6) VOLTAMOS AGORA AO TESTE DA
DOUTRINA. VERDADEIROS MESTRES CONFESSAM QUE
JESUS CRISTO SE MANIFESTOU NA CARNE. FALSOS
MESTRES TÊM O ESPÍRITO DO ANTICRISTO; ELES NEGAM
A VERDADE DA ENCARNAÇÃO (V.1-3). A MANEIRA DE
SUPERÁ-LOS É PELO PODER DO ESPÍRITO. O MUNDO É A
FONTE, AUTORIDADE E AUDIÊNCIA DOS ANTICRISTOS.
CRENTES VERDADEIROS RECONHECEM OS ENSINOS DOS
APÓSTOLOS (V.4-6).
8. MARCAS DA COMUNHÃO CRISTÃ (CAP. 4.7-5.20)
• Amor (4.7-21)
Retornamos ao amor novamente. É um dever que é consistente com o
caráter de Deus e é uma prova do nascimento divino. O amor de Deus tem
três tempos verbais. No passado Ele deu seu Filho por nós. No presente Ele
habita em nós. No futuro Seu amor nos dará coragem no dia do julgamento.
Nosso amor por Deus é uma resposta ao Seu amor anterior por nós e é
provado pelo nosso amor pelos irmãos. Se amarmos a Deus temos que amar
nossos irmãos também.
• Sã doutrina (5.1a) A linha da doutrina vem à superfície da
tecelagem novamente.
• O amor e a obediência que produz (5.1b-3) Quatro
resultados de crer que Jesus é o Cristo são o novo nascimento,
amor por Deus, amor pelos irmãos e obediência aos
mandamentos de Deus.
• Fé (5.4-5)
A fé capacita os crentes a superar o mundo por ver além do visível e
temporário, para o invisível e eterno. O fundamento da verdadeira fé é que
Jesus Cristo é o Filho de Deus.
• Sã doutrina (5.6-12) As duas extremidades do ministério
de Jesus é Seu batismo (água) e Sua morte expiatória na cruz
(sangue) – não apenas o batismo, como os gnósticos ensinavam,
mas o batismo e a cruz. O Espírito sempre sustenta o testemunho
à verdade (v.7). Três testemunhas da verdade concernente à
pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo são o Espírito Santo, o
batismo de Jesus quando Deus O aprovou abertamente e o
sangue que Ele verteu na cruz. Crer o que Deus diz a respeito de
Seu Filho traz vida eterna; não crer nEle implica que Ele é
mentiroso. A salvação está na Pessoa de Cristo. Aqueles que não
O possuem, não têm a vida (v.8-12).
• Segurança pela palavra (5.13) Aqueles que acreditam em
Cristo podem saber que realmente são salvos na autoridade da
Palavra de Deus.
• Con ança na oração (5.14-17) O crente tem con ança na
oração de acordo com a vontade de Deus. Um cristão que
tropeça pode ser restaurado por meio da oração. Seu pecado não
é “para morte”. Mas um apóstata, como os hereges gnósticos,
pecou “para morte” e somos instruídos para não orarmos por tal
pessoa.
• Conhecimento e realidades espirituais (5.18-20) A carta
termina com algumas grandes certezas da fé cristã. Os cristãos
não praticam o pecado porque Cristo os mantém guardados do
maligno. Os crentes são de Deus, enquanto o mundo incrédulo
jaz sob o poder do maligno. O Filho de Deus veio e nos revelou
Deus. Estamos nEle, o verdadeiro Deus e devemos nos guardar
de qualquer outro conceito de Deus 9. Apelo nal (Cap. 5.21)
Ao fazer isso, nos guardaremos dos ídolos.
A SEGUNDA CARTA DE JOÃO

INTRODUÇÃO

ORIGEM DA 2ª CARTA DE JOÃO


O apóstolo João, um “presbítero” muito conhecido, escreve a uma
senhora cristã e aos seus lhos, provavelmente de Éfeso. Alguns estudiosos
acreditam que a “senhora” e seus “ lhos” são uma expressão literária para
uma igreja local e seus membros, já que nenhum nome é citado.
PANORAMA E DATA DA 2ª CARTA DE JOÃO
A 2ª Carta de João enfatiza “a política da porta fechada” para com os
falsos mestres. Temos que recusar qualquer um que não sustenta a doutrina
de Cristo – Sua divindade absoluta e Sua humanidade sem pecado. Foi
provavelmente escrita no m da vida de João, em torno de 85-90 d.C.
ESBOÇO DA 2ª CARTA DE JOÃO
1. Saudação (v.1-3)
2. A alegria do apóstolo – lhos obedientes (v.4)
3. A admoestação do apóstolo – andar em amor (v.5-6)
4. A preocupação do apóstolo – falsos mestres (v.7-11)
5. A esperança do apóstolo – uma visita pessoal (v.12-13)
1. SAUDAÇÃO (V.1-3)
João escreve a uma senhora cristã e seus lhos, enfatizando a
importância da verdade e amor no andar cristão.
2. A ALEGRIA DO APÓSTOLO – FILHOS OBEDIENTES (V.4)
Após os cumprimentos tradicionais, ele expressa alegria em saber que
seus lhos estavam vivendo de acordo com a verdade da palavra de Deus.
Observe que a verdade não é algo simplesmente a ser crido, mas algo a ser
vivido. Nossas vidas devem ser testemunhos à verdade.
3. A ADMOESTAÇÃO DO APÓSTOLO – ANDAR EM AMOR
(V.5-6)
Ele impele a senhora a amar seus irmãos cristãos, andando em
obediência aos mandamentos do Senhor.
4. A PREOCUPAÇÃO DO APÓSTOLO – FALSOS MESTRES
(V.7-11)
No entanto, ela deveria estar atenta contra os falsos mestres que negam
a verdade concernente à Pessoa do Senhor Jesus. Se ela e sua família
permanecerem rmes nesta verdade, o trabalho dos apóstolos não terá sido
em vão e a família receberá uma recompensa completa. Os enganadores e
anticristos vão além do que está escrito na Bíblia, declarando que possuem
novas e melhores revelações. Isto é típico das falsas religiões: usam a Bíblia e
mais algum outro livro ou doutrina. Ela não deve receber tais in ltradores
em sua casa ou ela estará apoiando-os contra o Salvador. Isso seria
deslealdade.
5. A ESPERANÇA DO APÓSTOLO – UMA VISITA PESSOAL
(V.12-13)
João gostaria de escrever mais, mas ele espera visitá-los em breve e
então todos se alegrarão. Ele termina com saudações das sobrinhas e
sobrinhos eleitos da senhora.
A TERCEIRA CARTA DE JOÃO

INTRODUÇÃO

ORIGEM DA 3ª CARTA DE JOÃO


Assim como a 2ª Carta de João, esta epístola provavelmente foi escrita
de Éfeso, mas a um cristão amado chamado Gaio.
ESBOÇO E DATA DA 3ª CARTA DE JOÃO
Diferentemente da 2ª Carta de João, que destaca a “política da porta
fechada”, na 3ª Carta o apóstolo aconselha uma política da porta aberta em
favor dos pregadores itinerantes. Ele, também, condena vigorosamente
Diótrefes por seu comportamento ditatorial na igreja. E ele elogia Demétrio
que permaneceu aprovado quando foi testado pela verdade e pelo
julgamento de outros. A carta provavelmente foi escrita no m da vida de
João, em torno de 85-90 a.C.
ESBOÇO DA 3ª CARTA DE JOÃO
1. O piedoso Gaio (v.1-8)
2. O ditatorial Diótrefes (v.9-11)
3. O nobre Demétrio (v.12)
4. O plano do apóstolo e bênção apostólica (v.13-14)
1. O PIEDOSO GAIO (V.1-8)
• Sua integridade espiritual (1-4)
Gaio era um irmão muito amado cuja saúde física não correspondia à
sua prosperidade espiritual. A maior alegria de João era saber que aqueles
que ele havia levado a Cristo, como Gaio, estavam rmes na fé cristã.
• Sua hospitalidade e generosidade (5-8)
Gaio já era el no ministério da hospitalidade; sua casa estava sempre
aberta aos servos do Senhor. Ao continuar a ajudar generosamente àqueles
que buscavam ao Senhor, para suprir suas necessidades, ele estaria ajudando
o avanço da verdade.

2. O DITATORIAL DIÓTREFES (V.9-11)


O apóstolo agora fala contra o arrogante Diótrefes, que era um ditador
virtual na igreja. Este tirano havia interceptado uma carta de João na igreja,
havia acusado o apóstolo injustamente, havia recusado de receber irmãos
piedosos e havia excomungado aqueles que os receberam. João planejava
lidar com ele na próxima visita. Enquanto isso, Gaio deveria imitar os bons e
não os maus. Aqueles que fazem o mal são estranhos a Deus.
3. O NOBRE DEMÉTRIO (V.12)
Em contraste com Diótrefes, Demétrio tinha uma reputação louvável
em relação à verdade. Ele testemunhava a verdade, porém mais importante,
a verdade testemunhava dele.

4. O PLANO DO APÓSTOLO E BÊNÇÃO APOSTÓLICA (V.13-


14)
Novamente o apóstolo decide parar de escrever porque ele espera
visitar Gaio em breve. Até lá – paz!
A CARTA DE JUDAS

INTRODUÇÃO
AUTORIA
Judas foi provavelmente o meio irmão de nosso Senhor, embora em sua
humildade ele menciona seu irmão Tiago que era bem conhecido na igreja
primitiva. Entretanto, ambos os irmãos haviam desacreditado de seu meio-
irmão divino até depois da Ressurreição.
ATITUDE DO AUTOR
Judas aciona um toque de alarme em sua pequena carta – um alarme
estridente contra os apóstatas anticristos que estavam se in ltrando nas
reuniões da igreja, especialmente as ágapes, “banquetes de confraternização”.
Estes homens eram falsos mestres com estilos de vida imorais.
DATA
Devido a Judas e 2 Pedro terem paralelos verbais tão próximos, quase
todos os estudantes da Bíblia acreditam que uma carta usou a outra. (Alguns
acreditam que ambos usaram uma fonte comum). É provavelmente correto
que Judas usou Pedro (Pedro foi martirizado nos anos sessenta do século
primeiro). A apostasia predita em 2Pedro parece ter iniciado enquanto Judas
escrevia. Portanto, é provável que seja uma data entre 66 e 80 a.C.,
tornando-se um dos últimos livros do Novo Testamento.
ESBOÇO DE JUDAS
1. Saudação (v.1-2)
2. Os apóstatas desmascarados (v.3-16)
3. A defesa dos cristãos contra a apostasia (v.17-23)
4. A maravilhosa bênção (v.24-25)
1. SAUDAÇÃO (V.1-2)
Judas era provavelmente um meio-irmão de Jesus Cristo; mas mesmo
se fosse outro Judas, era pelo menos Seu servo. Ele escreve àqueles que são
chamados e amados por Deus e guardados por Jesus Cristo. Seus
cumprimentos são misericórdia, paz e amor. Ele deseja que estas três
bênçãos sejam multiplicadas e não repartidas em frações.
2. OS APÓSTATAS DESMASCARADOS (V.3-16)
• Batalhando pela fé (3-4)
Judas havia originalmente planejado escrever sobre a salvação que é
comum a todos os cristãos, mas mudou o assunto para adverti-los sobre os
falsos mestres que haviam se in ltrado secretamente na igreja. Estes mestres
haviam transformado a graça de Deus em uma licença para pecar e negar o
Senhor Jesus, Sua Pessoa e obra.
• Apóstatas antigos e suas condenações (5-7)
A condenação deles é tão certa quanto a de três grupos de apóstatas do
Antigo Testamento: 1) O Israel incrédulo que pereceu no deserto depois de
escapar do Egito; 2) Anjos rebeldes que deixaram seus lugares designados
por Deus são mantidos em algemas eternas; 3) Os homossexuais de
Sodoma e Gomorra que foram punidos com fogo eterno.
• Apóstatas modernos e sua degeneração (8-11)
Os apóstatas modernos se perdem na imoralidade, se rebelam contra a
autoridade e falam desrespeitosamente de líderes, um desrespeito que o
arcanjo não ousou mostrar à autoridade de Satanás. Eles se perderam “no
caminho de Caim” (salvação pelas obras), mergulharam no “erro de Balaão”
(servir por motivos mercenários) e pereceram na “revolta de Corá”
(rebelando-se contra os representantes de Deus).
• Apóstatas depravados e condenados (12-16)
São rochas submersas, nuvens sem água, árvores infrutíferas, ondas
bravias e estrelas errantes (v.12-13). Sua condenação foi predita por Enoque;
eles serão julgados pela sua murmuração, julgamento, vida de luxúria,
discursos arrogantes e bajulação (v.14-16).
3. A DEFESA DOS CRISTÃOS CONTRA A APOSTASIA (V.17-
23)
Qual é o papel dos cristãos nos dias de apostasia? Primeiramente eles
devem se lembrar de que foram já advertidos do perigo pelos apóstolos.
Depois devem se manter em uma forte condição espiritual – edi cando-se,
orando, suportando, esperando. Finalmente, devem usar o discernimento
para ministrar àqueles que foram vitimados pelos apóstatas – os céticos, os
que estão em risco e os corrompidos.

Ê Ã
4. A MARAVILHOSA BÊNÇÃO (V.24-25)
Judas termina sua carta com uma das maiores bênçãos da Bíblia e que é
usada corretamente em muitos momentos. Ela atribui honras supremas ao
nosso Guardador, Consumador e Salvador em todo o tempo da eternidade.
Ele é capaz de nos guardar do tropeço e de nos apresentar inculpáveis
perante a presença de Sua glória com abundante regozijo. Ele é digno de
glória, majestade, domínio e poder, agora e sempre.
APOCALIPSE

INTRODUÇÃO
ESCOPO DO APOCALIPSE
Este é um livro tanto de julgamento como de glória. Começando com a
Era da Igreja, vai até o período da Tribulação e então, em ordem, ao glorioso
retorno de Cristo para reinar, o Reino Milenar na terra, o julgamento do
grande trono e o estado eterno com seus novos céus e nova terra.
AUTORIA E DATA DO APOCALIPSE
O Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João enquanto era prisioneiro na
ilha de Patmos, provavelmente em algum período entre 81 e 96 d.C. Deus
tornou este aprisionamento em algo bom, nos dando esta maravilhosa
revelação dos eventos futuros – o livro nal de Sua Santa Palavra.

ESBOÇO DO APOCALIPSE
1. Prólogo (1.1-8)
2. A visão de Cristo em vestes judiciais (1.9-20)
3. As cartas para as Sete Igrejas na Ásia (cap. 2-3)
4. Prelúdio à Tribulação (cap. 4-5)
5. O período da Tribulação (cap. 6-18)
6. A Segunda Vinda de Cristo e seu Reino de Glória (19.1-20.6)
7. O julgamento de Satanás e de todos os incrédulos (20.7-15)
8. O Novo Céu e a Nova Terra (21.1-22.5)
9. Advertências, consolos, convites e bênçãos nais (22.6-21)
1. PRÓLOGO (CAP. 1.1-8)
• O sobrescrito (1.1-3)
O prólogo explica que esta é uma revelação de Jesus Cristo para João
concernente às coisas que ocorreriam iminentemente. Ele também proclama
uma bênção para aqueles que ouvem e obedecem à Sua mensagem.
• A saudação (1.4-8)
O livro, direcionado às sete igrejas da Ásia Menor, imediatamente
eclode em um hino de louvor ao Senhor Jesus, no nal do qual Ele introduz
a Si mesmo como o Alfa e o Ômega.
2. A VISÃO DE CRISTO EM VESTES JUDICIAIS (CAP. 1.9-20)
• As coisas que João viu (1.9-16)
O apóstolo João explica que o Senhor lhe apareceu enquanto era
prisioneiro em Patmos, dando-lhe a visão para as sete igrejas, representadas
pelos sete candelabros. Jesus estava vestido em vestes judiciais e segurava
sete estrelas, representando os anjos das igrejas.
• A chave para o Livro (1.17-20)
João cou primeiramente dominado pela visão, mas o Senhor o
encorajou e o comissionou: “...escreve as coisas que viste...” (a visão do cap.1),
“...as que são...” (as sete igrejas dos cap. 2-3) e “...as que hão de acontecer
depois destas” (a Tribulação e eventos subseqüentes dos cap. 4-22). As sete
estrelas eram anjos e os sete candelabros dourados eram igrejas.
3. AS CARTAS PARA AS SETE IGREJAS NA ÁSIA (CAP. 2-3)
Nos capítulos 2 e 3 vemos o Senhor como Juiz, escrutinando as sete
igrejas. Estas eram congregações locais existentes nos dias de João, mas nós
cremos que elas espelham condições que podem ser encontradas nas igrejas
em algum lugar do mundo, em qualquer período especí co e também
representam sete eras consecutivas na história da Igreja universal.
As cartas seguem um padrão: cada uma abre com um retrato diferente
do Senhor; há palavras de louvor (exceto para Laodicéia); há culpa em áreas
onde falharam e conselhos ao arrependimento (exceto para Esmirna e
Filadél a); há uma exortação para ouvir o que o Espírito está dizendo e há
uma promessa ao vencedor.
• A carta a Éfeso (2. 1-7)
Esta igreja foi elogiada por suas obras, trabalho e perseverança; sua
intolerância a homens maus; sua habilidade de discernir falsos mestres; sua
perseverança paciente na provação e adversidade e seu ódio pelas obras dos
nicolaítas. Entretanto, havia abandonado seu primeiro amor. Ela deveria se
lembrar de sua fé original, arrepender-se de sua decadência e renovar seu
culto devoto. De outro modo, seu testemunho cessaria. Aqueles que
vencerem se alimentarão da árvore da vida.
Esta carta descreve bem a condição da Igreja ao nal do Período
Apostólico.
• A carta a Esmirna (2. 8-11)
Aqui temos uma igreja sofredora, suportando a tribulação e pobreza,
porém espiritualmente forte. Mais aprisionamentos e tribulação estavam
pela frente, mas aqueles que fossem mártires éis receberiam uma coroa de
vida. O vencedor nunca experimentaria a segunda morte.
Esmirna retrata bem as perseguições à Igreja sob os imperadores
romanos antes de Constantino.
• A carta a Pérgamo (2. 12-17)
Esta cidade era a sede asiática para adoração do imperador, por esta
razão a referência ao trono de Satanás. A igreja ali havia se mantido el a
Cristo e um de seus membros, Antipas, havia sido martirizado. Ainda assim,
tolerava aqueles que ensinavam doutrinas malignas. A igreja é chamada para
se arrepender antes que o Senhor tivesse que intervir. O vencedor comerá do
maná escondido e receberá uma pedra branca personalizada.
Historicamente, esta igreja representa a era que começara com
Constantino quando a Igreja era patrocinada pelo Estado e tolerava
in uências pagãs.
• A carta a Tiatira (2.18-29)
A comunidade cristã estava crescendo em boas obras, amor, fé, serviço
e perseverança paciente. No entanto, uma suposta profetisa havia
introduzido falsos ensinamentos que levaram à idolatria e imoralidade.
Deus a julgaria com seus seguidores. Um remanescente el foi incumbido de
manter-se rmado à verdade. O vencedor reinaria com Cristo durante o
Milênio.
Muitos ensinadores vêem Tiatira com um retrato da Igreja na Idade das
Trevas espirituais (em torno de 600-1500 d.C.) até ser abalada pela Reforma.
Mas características semelhantes às de Tiatira ainda estão conosco hoje.
• A carta para Sardes (3.1-6)
Sardes era essencialmente uma igreja sem vida. O Senhor a chamou
para um novo zelo e esforço para fortalecer o pouco que havia. Somente o
arrependimento a salvaria do julgamento. Os poucos éis que haviam
permanecido puros andariam com Cristo em vestiduras brancas. Os
vencedores não seriam apagados do Livro da Vida, mas seriam confessados
por Cristo perante Seu Pai e os anjos.
Sardes é freqüentemente associada às igrejas formais e ritualísticas do
Estado no período pós-reforma.
• A carta para Filadél a (3.7-13)
O Senhor louva Filadél a pelas boas obras, mesmo tendo pouca força,
além da delidade ao Seu nome. Ela teria uma porta aberta que grupos
opositores não conseguiriam fechar e também seria salva do tempo
vindouro da Tribulação. A esperança da vinda de Cristo deveria motivá-la a
permanecer rme. O vencedor seria um símbolo de força, honra e segurança
permanente e seria publicamente identi cado com Deus, Cristo e a Nova
Jerusalém.
Filadél a retrata bem o maior despertar evangélico do século dezoito e
início do século dezenove com sua atividade missionária mundial.
• A carta para Laodicéia (3.14-22)
A mornidão de Laodicéia causou náuseas ao Senhor. Ela era orgulhosa,
auto-su ciente, complacente e ignorante. Ela precisava de justiça divina,
justiça prática e verdadeira visão espiritual. Cristo pede que ela seja zelosa e
que se arrependa. O Senhor convida homens para deixar esta igreja apóstata
para desfrutar da comunhão com Ele. O vencedor reinará com Cristo.
Laodicéia retrata claramente a Igreja apóstata dos últimos dias. É a
Igreja às vésperas do retorno de Cristo. A partir deste ponto, a Igreja não é
mais vista na terra no Livro do Apocalipse.
4. PRELÚDIO À TRIBULAÇÃO (CAP. 4-5)
Os capítulos 4 e 5 descrevem cenas no céu, anteriores ao
desencadeamento dos julgamentos da Grande Tribulação dos capítulos 6–
18. Eles começam o descortinar das coisas “que hão de acontecer depois
destas” (1.19).
• A sala do Trono do Céu (Cap. 4)
Transportado em espírito ao céu, João viu o Deus da glória sentado
sobre um trono de julgamento (v.1-3). Ele também viu 24 anciãos, que
podem representar os redimidos no céu e quatro seres viventes, que podem
ser guardiões angelicais do trono de Deus. Estes seres viventes falam
incessantemente da santidade de Deus e os 24 anciãos O adoram como o
grande Criador (4.1-11) A visão nos prepara para o que se segue. O Juiz do
Universo, rodeado por criaturas que O adoram, está prestes a mandar o
juízo à terra.
• Digno é o Cordeiro (Cap. 5)
Deus está segurando um livro selado por sete selos. É um livro de Sua
ira a ser derramada no mundo que rejeitou Seu Filho. O único digno de
abri-lo é o Senhor Jesus. Quando Cristo segura o livro, os seres viventes e os
24 anciãos irrompem em adoração a Cristo como o Redentor. Então todas as
hostes do Universo se juntam em adoração ao Cordeiro que vive
eternamente.
5. O PERÍODO DA TRIBULAÇÃO (CAP. 6-18)
• O primeiro selo: O conquistador (6.1-2)
Quando o Cordeiro abre o primeiro selo, aparece um cavaleiro em um
cavalo branco carregando um arco. O arco simboliza a ameaça de guerra,
mas hostilidades não irrompem até que o segundo selo seja quebrado. O
selo pode representar um líder mundial que ganha poder através da
conquista sanguinária.
• O segundo selo: Con ito na terra (6.3-4)
O cavaleiro do segundo cavalo, que é vermelho fogo, carrega uma
grande espada e remove a paz da terra.
• O terceiro selo: Escassez na terra (6.5-6)
O rompimento do terceiro selo traz um cavaleiro num cavalo preto. A
balança que ele traz e o preço exorbitante da comida nos diz que ele
representa a fome, que geralmente acontece depois de uma guerra.
• O quarto selo: Morte espalhada em toda a terra (6.7-8) O
quarto cavalo é amarelo pálido; a morte é seu cavaleiro, seguida
do Hades. Por meio da guerra, pestes e feras selvagens, a morte
pede os corpos e o Hades reivindica as almas dos habitantes de
um quarto da população da terra.
• O quinto selo: O clamor dos mártires (6.9-11)
O quinto selo nos introduz aos mártires, assassinados pelos seus
testemunhos éis e o clamor a Deus para vingar o sangue deles. Foram lhes
dadas vestiduras brancas e a ordem para aguardar porque outros ainda
seriam mortos por causa do Nome do Senhor.
• O sexto selo: Convulsões cósmicas (6.12-17)
A abertura do sexto selo causa tremendas convulsões na natureza – tão
severas que todas as classes da sociedade são atingidas pelo pânico.
• Os 144.000 selados de Israel (7.1-8)
Agora há um interlúdio entre os selos no qual somos introduzidos a
duas companhias de crentes. Primeiramente, há os 144.000 judeus, sendo
12.000 de cada tribo de Israel. Eles devem ser selados com uma marca em
suas testas antes que sejam derramados os grandes julgamentos destrutivos
sobre a terra, mar e vegetação. O selo garante que eles serão preservados
vivos durante a Tribulação.
• A grande multidão da Grande Tribulação (7.9-17)
O segundo grupo é uma grande multidão de gentios que são salvos
durante a Tribulação. Eles sobrevivem a este período de desordem sem
precedentes e desfrutam das bênçãos do Reino eterno de Cristo. Os anjos,
anciãos e seres viventes juntam-se a eles em adoração a Deus.
• O sétimo selo: prelúdio às sete trombetas (8.1-6)
O sétimo e último selo é introduzido por um silêncio de 30 minutos no
céu. Cristo aparece como um anjo, adicionando incenso às orações dos
santos que sofreram na Tribulação, com o incenso sendo a fragrância de Sua
própria Pessoa e obra. Em resposta aos clamores por vingança, Ele atira
brasas amejantes na terra, resultando em relâmpagos, trovões e terremoto.
O sétimo selo introduz e, provavelmente, contêm as sete trombetas de
julgamento que se seguem.
• A primeira trombeta: a vegetação é abalada (8.7)
Quando a primeira trombeta é tocada, uma terça parte da terra, das
árvores e da vegetação são queimadas por saraiva e fogo misturados com
sangue.

• A segunda trombeta: os mares abalados (8.8-9)


O som da segunda trombeta resultou em algo como uma grande
montanha ardente sendo lançada no mar, tornando uma terça parte do mar
em sangue, destruindo um terço de toda vida marinha e destruindo um
terço das embarcações.
• A terceira trombeta: as águas são atingidas (8.10-11) A
terceira trombeta sinaliza a queda de uma estrela ardente
chamada Absinto, tornando amarga uma terça parte do
suprimento de água em suas fontes e causando a morte de
muitos.
• A quarta trombeta: os Céus são abalados (8.12-13)
Quando a quarta trombeta soar, o sol, a lua e as estrelas serão afetados
de tal forma que eles darão somente dois terços de sua luz usual (v.12). Uma
águia voando pelo meio do céu anuncia uma tripla a ição aos habitantes da
terra, isto é, aqueles que têm seu olhar somente nesta terra (v.13).
• A quinta trombeta: os gafanhotos do abismo (9.1-12)
Quando uma estrela caída, provavelmente um anjo, abriu o poço do
abismo, uma grande fumaça cobriu a terra e uma praga terrível de
gafanhotos atormentou os incrédulos por cinco meses; mas os gafanhotos
não matavam os homens ou dani cavam a vegetação. Os gafanhotos,
descritos aqui em detalhes vívidos como um exército conquistador,
provavelmente representam demônios, embora alguns achem que isso é
literal. Esta é a quinta trombeta e o primeiro “ai”.
• A sexta trombeta: Um terço da humanidade morta (9.13-
21) A sexta trombeta solta quatro anjos do rio Eufrates, seguidos
de uma cavalaria de 200 milhões de homens (embora muitos
manuscritos dizem 100 milhões). Isso resulta na destruição de
um terço da humanidade. Mas mesmo este segundo ai não cura
os sobreviventes da sua maldade.
• O Anjo forte com o livrinho (10.1-7)
O Anjo forte, possivelmente o Senhor Jesus, desce dos céus com o
livrinho. Quando Ele brada, desferem-se sete trovões, os quais João
aparentemente compreende, mas não lhe é permitido descrever. Com um pé
na terra e um pé no mar, o Anjo jura que não haverá mais demora. A sétima
trombeta terminará o mistério de Deus pelo castigo de todos os que
cometem o mal e a inauguração do Reino glorioso de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo.
• João come o livrinho (10.8-11)
João obedece à voz do céu comendo o livrinho que é amargo em seu
estômago, mas doce em sua boca (v.8-10). De modo semelhante o estudo da
profecia é amargo na contemplação do julgamento, mas doce no aspecto do
triunfo de Deus sobre Satanás e suas hostes. João foi incumbido, ainda, de
profetizar “a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (v.11).

• O Templo é medido (11.1-2)


A mensuração do Templo e do altar e a contagem dos adoradores
signi ca preservação. No entanto, não deveria medir o Átrio dos Gentios
que seria pisado pelas nações na última metade do período da Tribulação.
• As duas testemunhas (11.3-10)
As duas testemunhas aparecem em Jerusalém, bradando contra os
pecados do povo e advertindo sobre o julgamento de Deus. Então uma besta
surge do abismo e as mata após três dias e meio, enquanto o povo, em um
tipo de “Natal” não cristão, se regozijam festejaando e enviando presentes,
uns aos outros.

• As duas testemunhas revivem (11.11-12)


Então Deus faz reviver as duas testemunhas e as leva para o céu
enquanto o povo assiste. Estas duas testemunhas são normalmente
identi cadas como Moisés e Elias porque os milagres são muito
semelhantes, mas isso é apenas uma interpretação. Quando a Bíblia não é
especí ca, é melhor esperar até que a profecia seja cumprida.
• O grande terremoto (11.13-14)
Um grande terremoto atinge Jerusalém, destruindo a décima parte da
cidade e matando sete mil pessoas. Os sobreviventes reconhecem que Deus
está por trás disso tudo. O segundo “ai”, isto é, a sexta trombeta, termina
aqui (cap.10 e 11.1-13 são um parênteses).

• A sétima trombeta (11.15-19)


A sétima trombeta, isto é, o terceiro “ai” nos leva ao m da Grande
Tribulação e o início do Reino Milenar de Cristo. Os 24 anciãos no céu
adoram a Deus pela sua vitória magní ca sobre Seus inimigos e por
recompensar aqueles que con aram nEle (v.15-18). O Templo aberto no céu
é um lembrete de que Deus não esqueceu Sua aliança com Israel (v.19).
• O dragão, o Diabo e o lho varão (12.1-6)
Uma mulher aparece no céu, prestes a dar à luz. Um dragão também
aparece pronto para destruir a criança assim que ela nascer. A mulher é
Israel, o dragão é o Diabo e a criança é o Messias. O lho varão foi
arrebatado ao céu e a mulher foge em exílio por três anos e meio, a última
metade do Período da Tribulação (nossa atual Era da Igreja é um parênteses
entre os versículos 5 e 6).
• Guerra no Céu (12.7-12)
Rompe uma guerra no céu entre Miguel e seus exércitos contra o
dragão e seus anjos. A vitória de Miguel resulta no dragão e seus anjos sendo
atirados à terra. Isto é seguido por um anúncio de que o dia do triunfo de
Deus é chegado e o dia da conquista de seu povo.
• Guerra na Terra (12.13-17)
Percebendo sua derrota, o Diabo tenta destruir a mulher com uma
torrente de água, mas é frustrado quando a Terra se abre para engolir a água.
Então Satanás vai atrás do restante da descendência judaica para destrui-la.
A guerra no céu provavelmente acontece na metade dos sete anos da
Tribulação.
• A besta que emerge do mar (13.1-10)
Agora vemos dois líderes proeminentes do período da Tribulação – a
besta do mar (v.1-10) e a besta da terra (v.11-18).
A primeira besta tem dez chifres, sete cabeças, dez diademas em seus
chifres e uma ferida mortal em uma de suas cabeças. É como um leopardo,
um urso e um leão. A besta pode representar o futuro do reavivado Império
Romano em reino formado por dez partes. Visto que ele vem do mar (e o
mar freqüentemente simboliza os gentios) é muito provável que seja um
líder gentio. Ele incorpora características de impérios mundiais
antecedentes como descritos em Daniel – Grécia (leopardo), Pérsia (urso) e
Babilônia (leão). As sete cabeças podem ser partes do antigo Império
Romano que têm sobrevivido e a cabeça com a ferida mortal é, às vezes,
explicada como a forma imperial de governo que acabou, mas que irá
reaparecer.
Homens que não têm seus nomes escritos no Livro da Vida do
Cordeiro adoram Satanás e a besta, que fala coisas blasfemas contra Deus
pelos três anos e meio de seu reino. Ele governa sobre a Terra com
crueldade, perseguindo os santos. A certeza de que seus perseguidores serão
levados para o cativeiro e mortos possibilita que os crentes aguardem com
paciência e fé.
• A besta da terra (13.11-18)
A besta da terra será provavelmente um líder judeu já que a terra
freqüentemente simboliza Israel. Ele trabalha em conjunto com a primeira
besta, organizando um movimento internacional para a adoração da besta e
de uma imagem representando-o. Ele parece como um cordeiro, mas fala
como um dragão. Ele realiza milagres, fazendo cair fogo do céu e fazendo a
imagem idólatra falar. Ele exige que as pessoas recebam a marca da besta em
suas testas e mão direita; sem ela ninguém pode comprar ou vender. O
número da besta é 666 (seis é o número do homem). A recusa em adorar à
imagem da besta é punida com morte.
• O Cordeiro e os 144.000 (14.1-5)
As visões deste capítulo não estão em ordem cronológica.
A primeira visão refere-se ao nal da Tribulação quando os 144.000
estão prestes a entrar o Reino com Cristo. Eles são os primeiros na colheita
da Tribulação que vão povoar a terra do Milênio. Eles se mantiveram livres
da idolatria e imoralidade, seguiram o Cordeiro, recusaram a adorar a besta
e agora cantam uma nova canção perante o trono em Jerusalém.
• A proclamação do primeiro anjo (14.6-7)
O anjo com o Evangelho eterno adverte os habitantes da terra que Deus
está prestes a julgar o mundo e corrigir as coisas, isto é, pelo retorno pessoal
do Senhor Jesus para reinar.
• A proclamação do segundo anjo (14.8)
O segundo anjo anuncia a queda da Babilônia. Isto ocorre no nal da
Tribulação e é descrito em detalhes vívidos nos capítulos 17 e 18.
• A proclamação do terceiro anjo (14.9-13)
O terceiro anjo adverte que todos que adoram a besta irão sofrer as
a ições do inferno eterno. Esta advertência vem durante a segunda metade
da Tribulação, os três anos e meio conhecidos como a Grande Tribulação.
Crentes que morrem como mártires serão especialmente recompensados
pela sua delidade.
• Ceifando a colheita da terra (14.14-16)
No Segundo Advento, Cristo envia adiante Seus anjos para juntar os
santos (feixes) em Seu reino glorioso (silo). Incrédulos (debulha) serão
queimados com fogo inextinguível.
• Ceifando as uvas da ira (14.17-20)
A vindima da terra descreve os últimos julgamentos terríveis na porção
incrédula da nação de Israel (a vinha da terra). Ela acontece fora de
Jerusalém. Sangue irá correr por um riacho de 200 milhas de extensão e
profundo até os freios de um cavalo. Isto também acontece no nal da
Tribulação.
• Vitória sobre a besta (15.1-4)
Neste pequeno capítulo são descritos sete anjos com sete agelos.
Quando estes agelos são lançados na terra, a ira de Deus termina; em
outras palavras, o período da Tribulação acaba. João vê uma multidão de
pessoas no Céu, em pé no mar de vidro misturado com fogo. Ele os
reconhece como aqueles que recusaram adorar a besta. Certamente foram
martirizados, mas agora estão no céu, cantando o cântico de Moisés e do
Cordeiro. Eles testi cam a justiça dos julgamentos de Deus aos executores
criminosos.
• Prelúdio aos julgamentos das taças (15.5-8)
Então João vê sete anjos vindos do Templo do Céu em vestimentas
sacerdotais. Um dos quatro seres viventes alcança uma taça dourada para
cada anjo. Estes julgamentos nais de Deus afetam todos os Seus inimigos e
não somente uma parte deles. Ninguém pode entrar no Templo até que as
sete pragas acabem.
• A primeira taça: úlceras malignas e perniciosas (16.1-2)
Previamente, tivemos os julgamentos dos sete selos e das sete
trombetas. Agora chegamos às sete taças da ira de Deus ou os
sete agelos. Nós sugerimos que os julgamentos das sete
trombetas estavam incluídos no sétimo selo. Agora sugerimos
que as sete taças estão incluídas na sétima trombeta.
Uma voz do céu ordena que sete anjos derramem as taças da ira de
Deus. A primeira taça causa úlceras malignas e perniciosas em todos que
adoram a besta e sua imagem.
• A segunda taça: o mar se torna sangue (16.3)
Com o segundo agelo, o mar se torna em sangue e toda vida marinha
é morta.
• A terceira taça: as águas tornam-se sangue (16.4-7)
A terceira taça torna toda a água potável em sangue. Dois anjos
justi cam Deus por fazer isso, declarando que os homens maus estão sendo
punidos por derramar o sangue dos santos.
• A quarta taça: os homens são queimados (16.8-9)
O quarto julgamento traz sérias queimaduras do sol ou radiação solar
nos homens. Entretanto, ao invés de se arrependerem, eles amaldiçoam a
Deus por desencadear estas torturas.
• A quinta taça: escuridão e dor (16.10-11)
As vítimas se tornam mais endurecidas no seu ódio contra Deus.
• A sexta taça: o Rio Eufrates seca (16.12-16)
Quando a sexta taça é derramada, o Rio Eufrates é secado para que os
exércitos do leste possam marchar até Israel. Três espíritos semelhantes a rãs,
vindos do dragão, da besta e o falso profeta, juntam os exércitos do mundo
para a batalha. Eles se deparam com o próprio Senhor no Vale do
Armagedom e são completamente derrotados.
• A sétima taça: A Terra é assolada (16.17-21)
A sétima taça nos leva ao m da Tribulação: “Feito está!” A terra é
assolada por tremendos cataclismos e os homens blasfemam contra Deus
por causa de um terrível agelo de saraiva, cada um pesando um talento,
isto é, quase 40 quilos.

• A mulher em escarlate e a besta escarlate (17.1-8)


Os capítulos 17 e 18 descrevem a queda de um grande sistema
religioso, político e comercial conhecido como Babilônia, a grande, a mãe
das meretrizes e das abominações da terra. Este sistema tem uma in uência
mundial com os governantes da terra. Ele senta em uma besta escarlate que
é claramente a besta do mar (13.1-10), o Império Romano reavivado.
Babilônia é uma combinação de riqueza, idolatria e imoralidade. Ela é
culpada por derramar o sangue dos mártires cristãos através dos séculos.
• O signi cado da mulher e da besta (17.9-18)
A besta escarlate ou o Império Romano reavivado é explicado aqui em
detalhes. Este império de dez reinos vai à guerra contra o Senhor Jesus
quando Ele retorna à terra no nal da Tribulação, mas é inteiramente
destruído (v.14). O império eventualmente se vira contra a meretriz e a
destrói (v.16-18).
• A queda da Babilônia, a grande (18.1-19)
Este capítulo é inicialmente um cântico funeral, celebrando a queda da
Babilônia, um lugar em que reside todo tipo de maldade. Uma voz adverte o
povo de Deus a sair deste sistema falido antes de ser destruído. Os reis da
terra lamentam pela perda de sua amante e os mercadores lamentam por
causa do colapso de seu mercado.
• A queda de nitiva da Babilônia (18.20-24)
No entanto, enquanto todos os ímpios estão chorando, o céu está se
regozijando. Um anjo atira uma pedra no mar como um retrato da queda da
Babilônia. Este sistema implacável tem sido uma pedra de moinho em volta
do pescoço de milhões, afundando-os no inferno. Agora a grande meretriz
sofre o mesmo destino. Todos os sons de suas atividades são silenciados para
sempre. Deus está vingando o sangue de Seus santos martirizados.
6. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E SEU REINO GLORIOSO
(CAP. 19.1-20.6)
• O Céu exulta sobre a queda da Babilônia (19.1-5)
João ouve uma grande multidão no céu louvando a Deus pelo justo
castigo dado à grande meretriz. Os 24 anciãos e os quatro seres viventes
adoram a Deus e O enaltecem pelo que Ele tem feito. Uma voz do trono
chama para que todos os servos de Deus O adorem.
• As Bodas do Cordeiro (19.6-9)
As Bodas do Cordeiro acontecem no Céu, após o Tribunal de Cristo. A
Igreja é a noiva celestial; aqueles que são convidados são o restante dos
redimidos no céu, isto é, santos do Antigo Testamento e santos da
Tribulação. A Noiva é vestida com linho branco que fala dos atos de justiça
dos santos. Um anjo anuncia as bênçãos de todos que são chamados à ceia
das Bodas do Cordeiro.
• Verdadeira adoração e testemunho (19.10)
Quando João começa a adorar o anjo, ele é impedido, porque somente
Deus deve ser adorado. O anjo lhe diz que o verdadeiro propósito de toda
profecia é difundir o testemunho à Pessoa e obra do Senhor Jesus.
• O Segundo Advento de Cristo (19.11-16)
Agora nos aproximamos do evento ao qual tem se direcionado todo o
restante do livro do Apocalipse – o glorioso retorno de Cristo à Terra para
abater Seus inimigos e estabelecer Seu reino. Ele vem do céu em um cavalo
branco, o grande Conquistador, glorioso em Suas vestes. Seguindo-O estão
os exércitos do céu.
• A Grande Ceia do Senhor (19.17-18)
Um anjo convida as aves a comer as carniças daqueles que foram
mortos pelo Senhor; isto é conhecido como a grande Ceia do Senhor.
• Punição dos rebeldes (19.19-21)
A besta romana e o falso profeta se levantam contra o Senhor, mas são
levados vivos e então lançados no lago de fogo. O restante dos rebeldes é
morto pela espada do Senhor e são devorados pelas aves.
• Satanás é preso por 1.000 anos (20.1-3)
Antes do início do Milênio, Satanás é preso num abismo onde ele
permanece durante o reinado de mil anos de Cristo.
• O Reino Milenar de Cristo (20.4)
João vê o povo de Deus, provavelmente da Era da Igreja, sentado em
tronos com poderes administrativos. Ele também vê os mártires do Período
da Tribulação, agora ressurgidos dos mortos e reinando com Cristo por
1.000 anos.
• Ressurreição e Reino (20.5-6)
O verso 5 omite a ressurreição dos mortos ímpios no nal do Reino de
Cristo, mas as palavras: “Esta é a primeira ressurreição” se referem aos santos
ressurgidos no versículo 4. Na verdade é a segunda fase da primeira
ressurreição, considerando a primeira fase a que ocorreu no tempo do
Arrebatamento (1Co 15.51-54). A primeira ressurreição é uma bênção; a
segunda ressurreição é a condenação eterna.
7. O JULGAMENTO DE SATANÁS E DE TODOS OS
INCRÉDULOS (CAP. 20.7-15)
• A derrota e castigo de Satanás (20.7-10)
No nal do Milênio, Satanás é liberto do abismo, reúne um exército e
marcha contra Jerusalém, a cidade do grande Rei. Mas fogo do céu consome
o exército e Satanás é lançado no lago de fogo.
• O julgamento do Grande Trono Branco (20.11-15)
Após céus e terra serem destruídos pelo fogo, os ímpios mortos estarão
no julgamento perante o Grande Trono Branco e serão julgados por Cristo
de acordo com suas obras. Porque seus nomes não estão escritos no Livro da
Vida, serão lançados no lago de fogo. O fato de que seus nomes não são
encontrados indica de que nunca se arrependeram de seus pecados e nunca
colocaram sua fé no Senhor. Suas obras determinam o grau de seu castigo.
8. O NOVO CÉU E A NOVA TERRA (21.1-22.5)
Nos últimos dois capítulos do Apocalipse, às vezes é difícil saber se
João está falando sobre o Milênio ou sobre o estado eterno porque eles têm
muitas características em comum. A maior diferença é de que há algum
pecado no Milênio, mas nenhum no estado eterno.
• A descrição do Novo Céu e Nova Terra (21.1-22.5)
Este parágrafo descreve o Novo Céu e a Nova Terra na Eternidade. A
Nova Jerusalém que desce do céu é a noiva, a esposa do Cordeiro. João ouve
uma declaração de que o tabernáculo de Deus está com os homens, de que o
Senhor habitará com eles como seu Deus e que a morte, tristeza, choro e dor
são coisas do passado. Os ímpios são excluídos da Nova Jerusalém.
• A Nova Jerusalém (21.9-27)
Agora vemos a Nova Jerusalém descendo do céu e pairando sobre a
terra durante o reino de Cristo. Sua beleza é comparada com pedras
preciosas. É um lugar de enorme tamanho e de grande pureza, paz e
felicidade.
• O rio de água da vida (22.1-5)
Compreendemos que os versículos 1-5 estão ainda falando de uma
cena do Milênio já que lemos sobre cura para as nações, o que seria
desnecessário no estado eterno, mas que é necessário nesta terra por causa
do dano causado na grande rebelião nal (veja 20.7-8). A Nova Jerusalém
tem um rio de água da vida e a árvore da vida. Não há maldição nem morte
ali. O trono de Deus está lá e a glória do Senhor a ilumina. É uma cena de
beleza indescritível.
9. ADVERTÊNCIAS, CONSOLOS, CONVITES E BÊNÇÃOS
FINAIS (CAP. 22.6-21)
O livro encerra com uma bênção para todos que guardam as palavras
desta revelação con ável; uma advertência para João não adorar o anjo
intérprete; uma garantia de que a profecia seria cumprida em breve e várias
promessas do retorno iminente do Senhor. O castigo dos impenitentes é
ligado a um forte apelo do Evangelho. Uma maldição nal é pronunciada
sobre qualquer um que adulterar o livro.
Por m, Deus é adorado, Cristo é glori cado, os santos estão no
descanso eterno, Satanás é banido e o pecado abolido. Não há mais noite,
nem mar, nem necessidade do sol e lua, nenhuma maldição, nem tristeza,
nem dor, nem lágrimas e nada que corrompe. A VERDADEIRA Igreja
aguarda por esta grande consumação com imensa expectativa. Amém!

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