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O Senhor Deus nos falou através deles...


- Estudando sobre os escritores da Bíblia -
ESTUDO 28 – Paulo, o pequeno gigante de Cristo

INTRODUÇÃO
o Paulo (Lat. Paulus, que significa “pequeno”; também conhecido por seu nome
hebraico, Saulo, “aquele que pediu”).
o Entre todas as personagens humanas da história cristã primitiva, existem poucas
mais influentes e mais impressionantes do que o apóstolo Paulo.
o Ele escreveu treze cartas, as quais compõem um terço do Novo Testamento.
o Foi pastor, missionário e teólogo, e deu forma ao cristianismo pregando,
ensinando e explicando a mensagem de Jesus.
o Plantou igrejas em cidades por todo o Império Romano, difundindo assim o
cristianismo de maneira profunda.
o Foi um homem chamado de uma forma singular por Jesus, a quem era
inteiramente devotado, a ponto de sofrer e morrer por seu Senhor.

O apóstolo Paulo também foi uma ponte para superar a divisão entre judeus e gentios.
o Ele transitava pelo inquietante terreno multicultural do século 1 enquanto
difundia o evangelho e plantava igrejas compostas por judeus e gentios que se
tornaram irmãos e irmãs em Cristo.
o Seu ministério evangélico transcultural reestruturou a identidade das pessoas,
radicalmente, na pessoa de Cristo, não em etnia, condição social, filiação religiosa
ou gênero.
Gálatas 3.28-29
Assim sendo, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem
nem mulher; porque todos vocês são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são
também descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa.

o No entanto, nem todos aceitaram o evangelho de Paulo, e muitas vezes ele sofreu
aberta e violenta hostilidade, tanto de judeus como de gentios (At 13.45; 17.5-6;
18.12; 19.23-30).
o Enfrentou espancamentos, tumultos, foi levado à prisão, encarcerado e julgado
por pregar a mensagem do Jesus crucificado e ressuscitado dos mortos (2Co 11.23-
28).

Seu nascimento, criação e educação inicial, tudo isso o preparou de maneira única para
seu ministério entre judeus e gentios.
o Saulo, nasceu em Tarso (na atual Turquia) por volta de 5 d.C., o que o torna
poucos anos mais jovem do que Jesus.
o Paulo nasceu em uma família judia devota, a qual se assegurou de que ele
seguiria as exigências da Torá e as tradições dos ancestrais.
o Paulo descreve sua herança e origem judaicas assim: “circuncidado no oitavo dia;
da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu nascido de hebreus; quanto à
lei, fariseu” (Fp 3.5).

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o CIDADÃO ROMANO: Os membros judeus da família de Paulo também eram


cidadãos romanos. Sabemos disso por Atos, em que ele afirma: “Sou um judeu de
Tarso da Cilícia, cidadão de uma cidade importante” (At 21.39).
o NOME: Paulo (Paulus) significa “pequeno” ou “pequenino” em latim,
provavelmente esse era seu nome do meio (cognomen), que, em geral, descrevia
uma qualidade física ou um traço de caráter da pessoa (por exemplo, Cícero, que
significa “grão de bico”, era assim chamado porque tinha uma protuberância do
tamanho de um grão de bico no rosto).
o APARÊNCIA: Quanto à sua aparência física, existem apenas dados indiretos e
bastante alusivos do NT. O fato de os residentes de LISTRA, em seu ardor mal
direcionado, terem identificado BARNABÉ com ZEUS, o chefe dos deuses do
Olimpo, e PAULO com HERMES, o mensageiro alado dos deuses, possivelmente
indica a estatura relativa dos dois missionários (Atos 14:12). Barnabé era
provavelmente a figura mais majestosa e imponente, com Paulo sendo inferior
em físico, embora de temperamento mais ativo. O próprio Paulo se refere a dois
assuntos que devem ter prejudicado sua aparência até certo ponto, pelo menos
mais tarde na vida: (1) uma “enfermidade física” (Gálatas 4:13-15) – seria o
“espinho na carne” de 2Co 12:7-10? ; e (2) “as marcas de Jesus” trazidas em seu
corpo (Gl 6:17), o que provavelmente significa as cicatrizes do abuso físico sofrido
como ministro do evangelho e que ele via como marcas sagradas, significando sua
relação com seu Senhor.

AS SUAS CARTAS TAMBÉM REVELAM um homem de INTELECTO AGUÇADO,


NATUREZA SENSÍVEL, ESPÍRITO CONTAGIANTE, IMENSA VITALIDADE,
FORTE DETERMINAÇÃO E UMA VASTA CAPACIDADE DE AMIZADE.
Um presbítero na província da Ásia durante o segundo séc. descreveu-o como “um
homem de pequena estatura, de cabeça calva e pernas tortas, em bom estado de corpo,
com sobrancelhas reunidas e nariz um tanto encurvado, cheio de simpatia; pois agora
ele parecia um homem e agora tinha o rosto de um anjo” (Atos de Paulo e Tecla).

PAULO SE IDENTIFICAVA COMO UM FARISEU


o O que descrevia como a “seita mais severa de nossa religião” (At 26.5; cf. Fp 3.5).
o AS CARACTERÍSTICAS DOS FARISEUS nos são relatadas por Josefo,
historiador judeu:
“Os fariseus defendiam um equilíbrio entre o controle de Deus sobre o destino das
pessoas e a liberdade humana de tomar as próprias decisões. Eles acreditavam na
imortalidade da alma, em recompensas e punições na vida após a morte baseadas
nos feitos da pessoa, em um lugar de punição eterna para os ímpios e na ressurreição
dos justos para a vida eterna. Os fariseus procuravam viver com simplicidade,
observar as leis alimentares judaicas e fazer o que dita a razão. Eles eram o partido
majoritário dentro da sociedade judaica e persuadiram a maioria das pessoas a
aceitar seus pontos de vista”.

O “ZELOSO” PERSEGUIDOR DE CRISTÃOS.

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o Paulo aparece pela primeira vez no NT no papel de perseguidor da igreja:


oficiando o martírio de Estêvão, aprisionando cristãos em Jerusalém e trazendo
de volta os crentes que haviam fugido em busca de segurança para áreas fora da
Palestina (Atos 7:58-8). :3; 9:1-2; 1 Coríntios 15:9; Filipenses 3:6).
o A ação de Paulo também poderia ter sido facilmente justificada biblicamente. De
acordo com Num. 25:1-5, MOISES ordenou a destruição dos israelitas imorais em
PEOR, pouco antes da entrada do povo em Canaã. E Números 25:6-15 relata o
afastamento da ira de Deus por um homem, FINEIAS, que recebeu o louvor de
Deus pelo seu zelo em eliminar a apostasia de Israel – até mesmo ao assassinato de
dois dos principais ofensores.
o Para Paulo, as situações de então e de seus dias poderiam ter parecido análogas: a
quase entrada de Israel na terra com o reino quase messiânico e as apostasias
semelhantes que poderiam apenas atrasar ainda mais as bênçãos de Deus.

 Com tais precedentes, juntamente com a crescente onda de expectativa


messiânica judaica, havia motivação suficiente para Paulo assumir a terrível
tarefa de erradicar o que ele acreditava ser apostasia.
 Mas, embora sem dúvida sincero e motivado pelo desejo de fazer a vontade de
Deus como ele a entendia, Paulo estava na verdade – como mais tarde percebeu –
se opondo a Deus “na ignorância e na incredulidade” (1Tm 1:13).

AS CIRCUNSTÂNCIAS DA SUA CONVERSÃO.

Foi enquanto viajava para DAMASCO para extraditar os cristãos que Paulo foi
confrontado pelo Cristo ressuscitado e glorificado de uma maneira que ele considerou
comparável às aparições da ressurreição a PEDRO, aos outros apóstolos e a TIAGO (1
Coríntios 15:3–8).

No relato de Lucas em Atos 9 e nos discursos do apóstolo registrados nos caps. 22 e 26,
afirma-se que ao meio-dia uma luz do céu brilhou sobre ele e seus companheiros,
jogando-os todos no chão e cegando Paulo. Então ouviu-se uma voz do céu que dizia:
“Saulo, Saulo, por que me persegues?” Paulo perguntou sobre a identidade do orador e
foi informado: “Eu sou Jesus, a quem você persegue”. Ele foi então instruído a se
levantar e entrar na cidade, e lhe seria dito o que fazer. Acometido de cegueira por três
dias, Paulo residia na casa de um homem chamado Judas, que morava na “rua chamada
Direita”, quando um discípulo cristão chamado ANANIAS foi enviado por Deus para
ministrar-lhe. Foi através de Ananias que a visão de Paulo foi restaurada, ele foi
batizado como cristão e lhe foram dadas mais instruções sobre o propósito de Deus para
sua vida.

CONVICÇÕES RESULTANTES.

Tendo sido encontrado por Cristo no caminho para Damasco, três convicções tornaram-
se inevitavelmente óbvias para Paulo.

1º) SUA VIDA PARECIA CERTA, MAS NÃO ERA.

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o Em primeiro lugar, apesar do zelo, das credenciais superiores e da garantia de


fazer a vontade de Deus (Romanos 9:4-5; 10:2-4), a sua vida e atividades no
Judaísmo estavam sob a repreensão de Deus.
o Uma voz do céu o corrigiu e não havia mais nada que pudesse ser dito.
o Jesus Cristo é o “fim da Lei”. Ele se apegou tenazmente à lei mosaica como tendo
autoridade intrínseca literal, mas falhou em compreender que também tinha
autoridade para ser “guardiã para levar os pecadores à fé em Jesus Cristo” (Gálatas
3:19-24).
o “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê” (Romanos 10:4).

2º) JESUS CRISTO SÓ PODIA FAZER O QUE FEZ SENDO DEUS

o Paulo não podia escapar da conclusão de que o Jesus a quem ele perseguia estava
vivo, exaltado e, de alguma forma, associado ao Deus que Israel adorava.
o Ele teve, portanto, que REVISAR TODA A SUA ESTIMATIVA DA VIDA,
ENSINO E MORTE DO NAZARENO, pois Deus obviamente o havia exigido de
uma maneira incontestável.
o Assim, ele foi compelido a concordar com os cristãos que A MORTE DE CRISTO
NA CRUZ, em vez de desacreditá-lo como um impostor, era realmente a provisão
de Deus para o pecado e era o cumprimento da profecia.
o E ele foi compelido a reconhecer que a RESSURREIÇÃO DE CRISTO, também
em cumprimento da profecia, foi a prova destes factos e proporciona vida àqueles
que creem (1 Coríntios 15:3-8).

3º) O SENHOR JESUS TINHA UM PROPÓSITO PARA A VIDA DELE

o Uma terceira convicção que era inequivocamente clara para Paulo era que ele havia
sido designado por Jesus Cristo para SER UM APÓSTOLO AOS GENTIOS,
entregando-lhes a mensagem de um Senhor crucificado e ressuscitado e
trazendo-os à unidade de um só corpo em Cristo (Rm (11:13; 15:16; Gl 1:11-16; Ef
3:8).
o Não há consciência em Paulo de que ele diferiu dos primeiros apóstolos na questão
do conteúdo do evangelho. Mas há a firme convicção refletida em seus escritos de
que lhe foi dada uma nova compreensão do padrão da história redentora – a
salvação a todos os que creem, não só os judeus.
o Ele se refere a isso como “meu evangelho” (Romanos 2:16; 16:25), sempre
afirmando que veio a ele por meio de uma revelação dada por Jesus Cristo
(Gálatas 1:1, 11-12; Efésios 3: 2 – 3).
o Ele entendia mais claramente que o evangelho envolve plena igualdade entre
judeus e gentios diante de Deus e a legitimidade de uma abordagem direta ao
mundo gentio na missão cristã, era seu hábito constante relacionar seus comissão
firme e diretamente à sua conversão.

CONCLUSÃO

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 A vida de Paulo é um exemplo de perseverança e fé.


 O apóstolo Paulo foi um homem extraordinário. Ele foi um dos maiores líderes da
igreja primitiva, e sua vida e ministério tiveram um impacto duradouro no mundo.
 Após a conversão, Paulo passou os próximos 30 anos viajando pelo mundo,
pregando o evangelho. Ele fundou muitas igrejas, e escreveu muitas cartas às
igrejas que ele fundou.
 As cartas de Paulo são uma das principais fontes de conhecimento sobre a fé cristã.
 Ele enfrentou muitos desafios em sua vida, mas ele nunca desistiu de seu chamado.
 Ele foi um exemplo de perseverança e fé para todos os cristãos.

Podemos fortalecer nossa fé: Podemos fazer isso estudando a Bíblia, orando e
participando da comunhão com outros cristãos.
Podemos perseverar em nossos desafios: Podemos fazer isso confiando em Deus e
buscando Sua força.
Podemos amar a Deus e às pessoas: Podemos fazer isso servindo aos outros e sendo
compassivos e misericordiosos.

A vida de Paulo é uma inspiração para todos nós. Ele nos mostra que, com fé,
perseverança e amor, podemos superar qualquer desafio e fazer a diferença no mundo.

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Bibliografia:
- Enciclopédia Merril.
- Guia Ilustrado sobre o apóstolo Paulo.

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Obs.: Todas as referências bíblicas são da versão NAA se não houver indicação ao
contrário.

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