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HISTÓRIA

Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso, na Cilícia, entre os anos 15 e 5 a.C. Tarso
não era um lugar insignificante, mas sim um centro de cultura grega. Tarso era uma cidade
universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha
nascido como um cidadão romano, Paulo era um filho de descendência israelita. De acordo
com os costumes da sua época, tinha como nomes: Saulo para o mundo judeu e Paulo para
o mundo Romano, nome que adoptaria quando se converteu ao Cristianismo.

Na verdade, desde o seu nascimento até ao seu aparecimento em Jerusalém como


perseguidor dos cristãos,Paulo querendo eliminar as primeiras comunidades cristãs, há
pouca informação sobre a vida do apóstolo Paulo.

Uma curiosidade sobre Paulo é provavelmente era um poliglota, pois conhecia certamente o
hebraico, língua que já não era falada naquela época, mas era usada para ler as Escrituras e
para o culto em geral. Foi nessa língua que provavelmente ele se dirigiu ao povo. Na
Palestina falava-se aramaico. A língua mais usada na parte oriental do Império Romano era
o grego, que Paulo conhecia, tanto que as suas cartas foram escritas nessa língua.

Perseguição

Como já dissémos, Saulo ameaçava de morte os discípulos do Senhor. Dirigindo-se ao


sacerdote de Jerusalém, pediu que enviasse uma carta para as sinagogas (lugar de
reunião dos judeus para adorar a Deus) de Damasco, pedindo a cooperação delas na
perseguição a todos os seguidores de Cristo que encontrasse ali,para que pudesse levá-los
presos para Jerusalém.

No caminho de Jerusalém para Damasco, Saulo encontrou Jesus: Quando Saulo viu uma luz
brilhante no céu, caiu arrebatado na terra. Uma voz perguntou: "Saulo, Saulo, por que me
persegues?" Saulo respondeu:"Quem és Tu, Senhor?" A voz replicou-lhe:"Eu sou Jesus, a
quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens a fazer". Viu-se, assim,
confrontado com dois caminhos: o terreno – que lhe pedia que servisse Roma, perseguindo
os cristãos – e o espiritual – que lhe oferecia um caminho cheio de obstáculos e dissabores,
mas que lhe dava a oportunidade de fazer uma descoberta do seu próprio interior. Este
último, levá-lo-ía à grande experiência de partilhar com diversas comunidades o encontro
com a Fé.

Já Saulo ficou cego, e foi levado para Damasco onde passou três dias sem ver, sem comer e
sem beber. Desta maneira, Paulo descobriu um novo caminho baseado em Cristo,
transformando se num instrumento de anúncio do Evangelho, acabando por se converter
num apóstolo de Cristo.
Primeira viagem missionária
A primeira viagem missionária de Paulo está registada em Atos 13,1-14,28. Não se sabe
exatamente quanto tempo durou essa primeira viagem. Sabe-se apenas que ela deve ter
ocorrido por volta de 46 e 48 d.C. O ponto de partida foi Antioquia, um lugar que se havia
tornado uma espécie de centro do Cristianismo entre os gentios.
Basicamente a viagem foi concentrada na Ilha de Chipre e na parte sudeste da província
romana da Galácia. Barnabé e Paulo foram anunciar a Palavra de Deus nas sinagogas dos
judeus. Tinham João como auxiliar. Entretanto, João Marcos separou-se deles e voltou para
Jerusalém. Depois de terem anunciado a Boa Nova, voltaram para Antioquia.

Segunda viagem missionária

A segunda viagem missionária de Paulo está registada em Atos 15,35-18,22.


O propósito dessa viagem, conforme o próprio Paulo disse, era voltar a visitar os irmãos por
todas as cidades em que Paulo e Barnabé tinham anunciado a Palavra do Senhor. No
entanto, ao discordarem sobre a ida de João, também chamado Marcos na viagem
missionária, Paulo e Barnabé decidiram separar-se. Então Paulo levou consigo Silas.
Durante a viagem, Paulo teve uma visão e partiram para a Macedónia, persuadidos de que
Deus os chamava para aí anunciar a Boa Nova.

Terceira viagem missionária


A terceira viagem missionária de Paulo está registada em Atos 18,23-21,26. O apóstolo
Paulo atravessou a região da Galácia e Frígia e depois prosseguiu em direção à Ásia e à sua
principal cidade, Éfeso. Paulo passou em Éfeso mais de dois anos (Atos 19,8-10), e aí deve
ter escrito 1 Coríntios e Gálatas.

O resultado das viagens missionárias do apóstolo Paulo foi extraordinário.

Catorze Epístolas do Novo Testamento são atribuídas a Paulo, das quais sete têm a autoria
quase que universalmente aceite, enquanto que a autoria das outras sete é disputadas.
Paulo aparentemente ditou todas as suas epístolas através de um secretário (ou
amanuense), que geralmente parafraseava o tom da sua mensagem, como era a prática
entre os escribas do século I. Estas Cartas de S.Paulo circulavam entre as comunidades
cristãs e eram lidas em público por membros da igreja, juntamente com outras obras. Estas
Epístolas eram uma forma de Paulo acompanhar e aconselhar as comunidades que tinha
fundado.

Nem a Bíblia nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo
morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado junto.
Talvez o texto que mais defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente este:
"Combati o bom combate, terminei a corrida, permaneci fiel. A partir de agora, já me aguarda
a merecida coroa, que me entregará, aquele dia, o Senhor, justo juiz e não somente a mim,
mas a todos os que anseiam pela sua vinda."

Podemos concluir que sendo um grande pecador e perseguidor, não impediu que Deus o
chamasse, e que convertendo-se, se tornasse nos dias de hoje num grande modelo de Fé
para a Igreja. Para os grupos cristãos a figura de São Paulo adquire uma dimensão e um
significado especial pelo seu testemunho de fé. A sua grande força provinha da sua fé num
Criador, mas também em si mesmo, na sua própria capacidade de realizar uma missão
nesta terra. Com humildade, mas com firmeza, defendeu os ideais de Deus e tomou o
caminho dos homens livres que são capazes de entregar a sua vida ao serviço dos outros.
Por Ser um homem como nós, que duvida, vacila, erra, falha, sofre, confronta-se, perde-se,
encontra-se, descobre-se, conhece-se, foi escolhido para ser nosso patrono.

oração

Aqui estamos nós, designação do nome do Clã, para fazer a experiência de Paulo, a
experiência do encontro com Jesus, a experiência da conversão, a experiência do Amor:

- Abre o meu coração à vida, toda a minha existência ao Amor, que és Tu. Ajuda-me a
interpretar tantos momentos de graça que o Senhor concede à minha vida.

- Abre os meus olhos para ver, nas contrariedades comuns do dia-a-dia, a máxima
experiência da graça de Deus, do Seu Amor, na minha vida, que nunca me abandona. Abre o
meu coração a Jesus. - Abre os meus ouvidos para escutar Jesus que me fala no mais
profundo do meu íntimo e me convida à conversão.

- Abre a minha boca para que pronuncie com todo o fervor as mesmas palavras de todos
aqueles a quem o Senhor chama e envia, porque descobrem em vós a âncora nas
tempestades e a força nas adversidades: Eis-me aqui!

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