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PAULO DE

TARSO
Apóstolo de Cristo
PREFÁCIO

Bom dia.
Hoje quero apresentar o último apóstolo de Cristo:
Paulo de Tarso. Paulo também era conhecido pelo
seu nome judaico ‘Saulo’. Ele foi um apóstolo que
ensinou o evangelho de Cristo ao mundo do primeiro
século.

Paulo é uma das pessoas mais importantes do início


do cristianismo.

Através de suas viagens missionárias, o Apóstolo


Paulo fundou várias igrejas na Ásia e na Europa. Sua
vida e obra foi registrada pelo evangelista Lucas
no livro de Atos, a partir do capítulo 9 até o capítulo
28.

A HISTÓRIA DE PAULO DE TARSO

Paulo nasceu na mesma época que Jesus.

Seu nome de circuncisão era Saulo, e provavelmente o


nome de Paulo, que significa “pequeno ou menor”,
também lhe foi dado na infância para uso entre os
gentios, e “Saulo” seria seu nome hebreu.

Paulo era natural de Tarso, a capital da Cilícia, uma


província romana no sudeste da Ásia Menor.

Essa cidade estava à beira do rio Berdan, que é


navegável até hoje, e por isso, tornou-se um centro de
movimentação comercial com muitos países ao longo
das margens do Mediterrâneo, bem como com os
países da Ásia Central Menor.

Tarso também era a sede de uma universidade


famosa, com maior reputação do que as universidades
de Atenas e Alexandria.

Foi em Tarso que nasceu Saulo, e foi onde ele passou a


sua juventude. Ele sem dúvida aproveitou a melhor
educação que sua cidade natal poderia oferecer.

Seu pai era da mais forte seita dos judeus, um fariseu


da tribo de Benjamim.

Sobre sua mãe, não se sabe nada, mas há razões para


concluir que ela era uma mulher piedosa, e que,
exerceu influência na formação do caráter de seu
filho visto que o próprio Paulo disse que ele era
irrepreensível quanto a lei de moisés, e isto
certamente denota uma boa criação.

Na Bíblia também lemos sobre sua irmã, o filho de sua


irmã e também outros parentes.

Embora judeu, o pai de Paulo era cidadão romano.

Não se sabe como ele obteve a cidadania romana, mas


se acredita que esta pode ter sido comprada, ganhada
por prestar um serviço distinto ao estado, ou
adquirido de várias outras maneiras, em qualquer
caso, seu filho era livre.

A cidadania romana era um privilégio valioso, e que


devia ser de grande utilidade para Paulo (embora não
da maneira como seu pai poderia ter desejado que ele
a usasse).

A EDUCAÇÃO DE PAULO

Sobre sua educação, Saulo de Tarso foi enviado, com


provavelmente cerca de treze anos de idade, à grande
escola judaica em Jerusalém como estudante da lei.

Tornou-se um aluno do célebre rabino Gamaliel (At


22:3) e passou muitos anos em um elaborado estudo
sobre as Escrituras e sobre as muitas questões que
lhes dizem respeito, com as quais os rabinos se
ocupavam.

SAULO DE TARSO, O PERSEGUIDOR

Cerca de dois anos após assessão do Senhor, o


cristianismo expandiu silenciosamente sua influência
em Jerusalém.

Finalmente Estevão, um dos sete diáconos, afirmou


publicamente que Jesus era o Messias, o que levou a
muita agitação entre os judeus e muita disputa nas
suas sinagogas.

A perseguição surgiu contra Estêvão e os seguidores


de Cristo em geral.

Saulo de Tarso tornou um grande perseguidor da


igreja com o objetivo de exterminar o cristianismo.

A CONVERSÃO DE PAULO

Mas o objetivo da perseguição iniciada falhou:

 “Os que foram espalhados para o exterior foram


pregando a palavra em toda parte”.

A raiva do perseguidor ficou ainda mais feroz.

Ouvindo que os cristãos se refugiaram em Damasco,


Saulo obteve cartas com o sumo-sacerdote,
autorizando-o a prosseguir com a perseguição.

Quando Saulo e seus companheiros se aproximaram


de Damasco, subitamente aparaceu uma luz que
brilhava em volta deles;

Saulo ficou aterrorizado no chão e uma voz soou nos


ouvidos: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”.

O Salvador ressurgido estava ali, com sua


humanidade revestida de glória.
Em resposta à inquietação ansiosa de Saulo: “Quem és
tu, Senhor?” Ele disse: “Eu sou o Jesus a quem
persegues” (At 9:5; At 22:8; At 26:15).

Este foi o momento da sua conversão, o mais


importante em toda a vida de Paulo.

Cego pela ofuscante luz (At 9:8), seus companheiros o


levaram até a cidade, onde, mergulhado em
pensamentos profundos por três dias, não comeu nem
bebeu (At 9:11).

Ananias, um discípulo que vivia em Damasco, foi


informado por uma visão da transformação que
aconteceu com Saulo, e foi enviado a ele para cura-lo
da sua cegueira e batizá-lo (At 9:11-16). O propósito de
sua vida agora foi totalmente mudado.

O PERSEGUIDOR TORNA-SE PERSEGUIDO

Imediatamente após a conversão, Paulo se retirou


para Arábia (Gl 1:17) onde permaneceu por três anos.
É uma pausa misteriosa, um momento incerto na
história do apóstolo, uma calma que abre na agitada
vida missionária.

Após voltar a Damasco, Paulo começou a pregar o


evangelho  “corajosamente em nome de Jesus” (At 9:27),
mas logo foi obrigado a fugir dos judeus e ir para
Jerusalém (At 9:25; 2Co 11:33).

Em Jerusalém Paulo ficou por três semanas, mas


novamente ele foi forçado a fugir da perseguição (At
9:28-29) e então, voltou para sua cidade natal: Tarso
(Gl 1:21).

O MINISTÉRIO DE PAULO EM ANTIOQUIA

Antioquia, a capital da Síria (atual Turquia), tornou-se


cenário de grande atividade cristã. O evangelho
ganhou uma base firme, e a causa de Cristo
prosperou.
Um discípulo chamado Barnabé, que tinha sido
enviado de Jerusalém para supervisionar a obra em
Antioquia, lembrando-se de Paulo, partiu para buscá-
lo em Tarso que respondeu prontamente ao chamado
e se dirigiu a Antioquia, que por “um ano inteiro” se
tornou o cenário de seus trabalhos.

Em Antioquia os discípulos foram chamados pela


primeira vez de “cristãos” (At 11:26).

A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

A igreja de Antioquia se propôs enviar missionários


aos gentios: Paulo, Barnabé e João Marcos como
assistente, foram escolhidos para este trabalho.

Esta foi uma grande época na história da igreja, pois


agora os discípulos começaram a cumprir a ordem do
Mestre: “Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a
toda criatura”.

Os três missionários saíram para primeira viagem


missionária. Eles partiram de Selêucia, o porto de
Antioquia, em frente a Chipre, cerca de 130k.

Em Pafos, Sérgio Paulo, o procônsul romano, foi


convertido ao evangelho.

Os missionários cruzaram para o continente, e


seguiram 10 quilômetros até Perge (At 13:13), onde
João Marcos abandonou a missão e retornou a
Jerusalém.

Paulo e Barnabé prosseguiram cerca de 160km em


terra, passando por Panfília, Pisídia e Licaônia. As
cidades mencionadas nesta viagem são a Antioquia da
Pisídia, Icônio, Listra e Derbe.

Eles voltaram pela mesma rota para ver e encorajar


os que haviam sido convertidos e separar presbíteros
em todas as cidades para cuidar das igrejas que se
formaram.

De Perge foram direto para Antioquia, onde haviam


começado a viagem missionária.
O CONCÍLIO DE JERUSALÉM

Depois de permanecerem um tempo Antioquia, surgiu


uma grande controvérsia na igreja sobre a relação dos
gentios com a lei mosaica. Para obter uma solução
para esta questão, Paulo e Barnabé foram enviados
como representantes para consultar a igreja em
Jerusalém.

O conselho que estava lá decidiu contra o partido


judaizante; e os representantes, acompanhados
por Judas, chamado Barsabás e Silas, voltaram a
Antioquia, trazendo consigo a decisão do conselho (At
15).

PAULO E BARNABÉ SE SEPARAM

Depois de um breve descanso em Antioquia, Paulo


disse a Barnabé:  “Voltemos para visitar os irmãos em
todas as cidades onde pregamos a palavra do Senhor,
para ver como estão indo” (At 15:36).

Barnabé queria levar Marcos novamente; mas Paulo


se recusou a permitir que ele fosse junto (já que na
viagem anterior Marcos havia desistido e voltado) e
assim Barnabé e Paulo tiveram uma disputa aguda.

Eles se separaram e nunca mais se encontraram.


Paulo, no entanto, depois fala com honra de Barnabé,
e tempos depois pede para que Marcos venha a ele em
Roma (Cl 4:10; 2Tm 4:11).

A SEGUNDA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Paulo tomou consigo Silas, em vez de Barnabé, e


começou sua segunda viagem missionária em cerca de
51 d.C. Desta vez, foi por terra, revisitando as igrejas
que já havia fundado na Ásia. Mas ele desejava entrar
em  “regiões além”, e ainda seguiu a Frígia e
a Galácia (At 16:6).

Contrário a sua intenção, Paulo foi obrigado a


permanecer na Galácia, por causa de algum tipo de
doença (Gl 4:13-14). 

Bitínia, uma província na margem do Mar Negro,


estava agora diante dele, e ele desejava entrar; mas o
caminho estava fechado e o Espírito de alguma
maneira o guiou em outra direção, até chegar
em Trôade (At 16:8).

Enquanto esperava em Trôade pela vontade de Deus


quanto aos seus próximos passos, teve uma visão em
que um homem da Macedônia estava diante dele e
implorava:  “Ajude-nos”(At 16:9).

Paulo reconheceu nesta visão uma mensagem do


Senhor, e no dia seguinte saiu para pregar o
evangelho na Macedônia. Igrejas foram plantadas
em Filipos, Tessalônica e Beréia.

Paulo chegou a Atenas, mas ficou pouco tempo. Os


atenienses o receberam com desprezo e ele nunca
mais visitou a cidade (At 17:17-31).

Ele então foi para Corinto, a sede do governo romano


da Acaia e permaneceu lá um ano e meio, trabalhando
com muito sucesso.

Enquanto esteve em Corinto, escreveu suas duas


cartas à igreja de Tessalônica, suas primeiras cartas
apostólicas, e depois partiu para a Síria.

Nesse trajeto o apóstolo Paulo foi acompanhado


por Priscila e Áquila a quem ele deixou em Éfeso. Ele
porém foi para Jerusalém, “saudou a igreja” e depois
partiu para Antioquia, onde morou “algum tempo” (At
18:20-23).

A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO

Em sua terceira viagem missionária, o apóstolo Paulo


começou pelas partes mais orientais da Ásia Menor e
depois foi para Éfeso, onde dedicou pelo menos três
anos de trabalho incessante.

Em Éfeso havia-se aberta uma “porta grande e


eficaz” para a pregação do evangelho. Seus colegas de
trabalho o ajudaram  levando o evangelho
para Colossos, Laodiceia e outros lugares a que
podiam chegar.

Pouco tempo antes de sua partida de Éfeso, o apóstolo


Paulo escreveu sua Primeira Epístola aos Coríntios.

Os ourives de Éfeso, que sentiam o perigo para a


venda de imagens por causa da pregação de Paulo,
organizaram uma revolta contra ele, e ele saiu da
cidade e foi para a Trôade (2Co 2:12).

Em Trôade, em consequência do relatório


que Tito trouxe de Corinto, ele escreveu sua segunda
epístola para aquela igreja. Tendo passado
provavelmente a maior parte do verão e o outono
na Macedônia, visitando as igrejas lá, especialmente
as igrejas de Filipos, Tessalônica e Beréia,. Ele foi
então à Grécia, onde morou três meses, gastando
provavelmente a maior parte desse tempo em Corinto
(Atos 20:2).

Durante sua permanência nesta cidade, ele escreveu


sua Epístola aos Gálatas, e também a grande Epístola
aos Romanos. No final dos três meses ele saiu
da Acaia para a Macedônia, daí, cruzou a Ásia Menor
e, aportando em Mileto, dirigiu-se aos presbíteros de
Efésios, a quem ele chamou para encontrá-lo (Atos
20:17), e depois partiu para Tiro, finalmente chegando
a Jerusalém, provavelmente na primavera de 58 d.C.

A PRISÃO DO APÓSTOLO PAULO

Enquanto estava em Jerusalém, na festa de


Pentecostes, o apóstolo Paulo foi quase assassinado
por uma multidão judaica no templo.

Resgatado de sua violência pelo comandante romano,


ele foi levado para prisão na Cesareia, onde, por
várias causas, foi detido prisioneiro por dois anos no
pretório de Herodes sob a autoridade do governador
Felix (At 23:35).

No final destes dois anos, o governador Felix foi


sucedido por Pôrcio Festo que chamou Paulo e seus
acusadores para ouvi-los. No julgando com privilégio
de um cidadão romano, Paulo apelou para ser julgado
pelo imperador (Atos 25:11).

O apóstolo Paulo foi imediatamente enviado


a Roma sob a responsabilidade de Julio, um centurião
da “corte de Augusto”. Depois de uma longa e perigosa
viagem, eles finalmente chegaram na cidade imperial,
provavelmente em 61 d.C.

Em Roma o apóstolo foi autorizado a morar em sua


própria casa contratada, sob constante guarda militar.
Este privilégio foi concedido a ele, sem dúvida, porque
ele era cidadão romano e, como tal, não poderia ser
posto na prisão sem julgamento.

Os soldados que mantinham a guarda sobre Paulo


eram mudados em intervalos frequentes, e assim ele
teve a oportunidade de pregar o evangelho a muitos
deles durante esses “dois anos inteiros” (Fp 1:13).

Sua casa era visitada por muitas pessoas que queriam


ouvi-lo, tanto judeus quanto gentios e tornou-se o
centro de uma influência que se espalhou por toda a
cidade (Atos 28:23-31).

Durante este período, o apóstolo escreveu suas


epístolas aos Colossenses, Efésios, Filipenses e
a Filemom, e provavelmente também aos Hebreus.

A MORTE DE PAULO

Segundo a tradição, a prisão em Roma chegou ao fim e


Paulo partiu em seus trabalhos missionários,
provavelmente visitando a Europa Ocidental e
Oriental e Ásia Menor. Durante este período de
liberdade, ele escreveu sua Primeira Epístola a
Timóteo e sua Epístola a Tito.

O ano da libertação do apóstolo Paulo foi marcado


pelo incêndio de Roma onde os cristãos foram
acusados da autoria pelo imperador Nero. Uma
perseguição feroz agora estourou contra eles.

O apóstolo Paulo foi preso novamente e levado para


Roma onde provavelmente ele escreveu sua última
epístola a Timóteo. Paulo foi condenado a morte por
Nero e levado para fora da cidade onde foi decapitado
em 66 d.C.

Adaptado de:  Wikipedia.

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