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LIÇÃO 7
A
terceira e maior etapa do desenvolvimento do Evangelho e da Igreja
nos é apresentada a partir do capítulo 13 até o último do Livro de
Atos. No início da Igreja, o Evangelho era algo exclusivo dos judeus.
Na segunda fase, os judeus gregos ou helenistas introduziram idéias de
maior alcance e estenderam o Evangelho aos samaritanos e aos gregos te-
mentes a Deus. Na última fase, o Evangelho foi levado diretamente aos pa-
gãos, e, após uma dura luta, libertou-se, “livrou-se dos impedimentos”, em-
bora a um custo tremendo, pois, que redundou na auto-exclusão dos judeus.
ESBOÇO DA LIÇÃO
OBJETIVOS DA LIÇÃO
TEXTO 1
Todavia, o Espírito Santo tinha outra obra a realizar, pelo que disse à
igreja em Antioquia (possivelmente, através de um daqueles profetas) que
separasse Barnabé e Saulo para o trabalho ao qual os tinha chamado.
É bom lembrar aqui que Saulo já havia sido escolhido como apóstolo aos
gentios, desde a sua conversão. É certo que ele se ocupou na tarefa de
doutrinar os gentios convertidos em Antioquia, mas, dentro dos planos de
Deus, ele deveria seguir para além das fronteiras da Síria.
Evangelho.
O começo da viagem
TEXTO 2
O CONCÍLIO DE JERUSALÉM
(At 15.1-35)
A primeira dificuldade que surgiu na Igreja foi causada pelo seu cresci-
mento rápido. Milhares de gentios foram trazidos para o seio da Igreja através
do ministério de Paulo, e já que a liderança da Igreja era dominantemente de
judeus, a questão do relacionamento entre os gentios e a lei judaica logo teria
de surgir.
(At 15.1). Nem todos os cristãos judeus concordavam com Paulo de que o
Novo Concerto se estabelecera pela fé, mas, sim, pela circuncisão. Ensina-
vam então, que para serem salvos, os gentios precisavam ser circuncidados,
de acordo com os ensinos de Moisés.
A reação de Paulo
A transigência de Pedro
TEXTO 3
Barnabé decidira levar João Marcos com eles. Paulo por sua vez rejei-
tou a idéia, alegando que João Marcos os havia deixado em meio à viagem
anterior, voltando a Jerusalém. Tal contenda causou a divisão entre ambos.
Barnabé acompanhado de João Marcos foi novamente a Chipre, enquanto
que Paulo levando Silas em sua companhia, saiu a percorrer a Ásia Menor,
visitada durante a primeira viagem missionária, e entregando às igrejas, cópi-
as da decisão apostólica tomada na assembléia de Jerusalém (cap. 15).
TEXTO 4
Vários séculos antes, essa cidade fora censurada pelos seus estadistas,
por se interessar mais em ouvir contar novidades do que dar atenção a as-
suntos de real importância. Para Paulo, sobretudo, era doloroso ver uma ci-
dade tão culta envolvida em extrema idolatria. Aqui dissertara não apenas
entre os judeus na sinagoga, como também entre os atenienses na praça, a
Ágora*, centro da vida pública ateniense.
O discurso de Paulo
Na Ágora*, Paulo disputara com os adeptos das duas mais ilustres esco-
las de Atenas formadas pelos estóicos e epicureus; aqueles buscando a auto-
suficiência como o mais elevado bem; os últimos, buscando o prazer. Aos
epicureus, Paulo parecia pregador de estranhos deuses (v. 18), pelo que
levaram-no à corte do Areópago, para que expusesse o seu ensino.
O discurso de
Paulo perante aquele
grupo de pessoas,
como vem narrando
Lucas, começou com
uma referência ao altar
dedicado ao DEUS
DESCONHECIDO:
“... passando eu e ven-
do os vossos santuári-
os, achei também um
altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse pois, que
vós honrais não o conhecendo, é o que eu vos anuncio” (At 17.23 - ARC).
Paulo declarou, pois, que a sua missão era tornar conhecido esse Deus que
todos os atenienses adoravam sem conhecê-lo. Paulo enfatizou que Deus
não devia ser adorado segundo o sistema idolátrico de Atenas e do mundo
pagão em geral. E prosseguiu conclamando a todos a se arrependerem, por-
quanto Deus “tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o
mundo, por meio do varão que destinou” (v. 31 - ARC).
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*Ágora era a praça principal na constituição da pólis, a cidade grega da Antigüidade clássica. Normal-
mente, era um espaço livre de edificações, configurado pela presença de mercados e feiras livres em
seus limites, assim como por edifícios de caráter público. Enquanto elemento de constituição do espa-
ço urbano, a Ágora manifestava-se como a expressão máxima da esfera pública na urbanística grega,
sendo o espaço público por excelência. É nela que o cidadão grego convivia com o outro, onde ocorriam
as discussões políticas e os tribunais populares: era, portanto, o espaço da cidadania. Por este motivo, a
Ágora (juntamente da pnyx, o espaço de realização das assembléias) era considerada um símbolo da
democracia direta e, em especial, da democracia ateniense, na qual todos os cidadãos tinham igual voz
e direito a voto. A Ágora de Atenas, por este motivo, também é a mais conhecida de todas as Ágoras nas
cidades da Antigüidade.
TEXTO 5
PAULO EM CORINTO
(At 18.1-28)
Saindo de Atenas, Paulo foi para Corinto, grande cidade comercial. Era
a maior de todas as cidades que Paulo visitara. Depois de sua destruição pelo
general romano Múmio, no ano 146 a.C., ficou em ruínas durante 100 anos,
até que em 46 a.C., Júlio César a reedificou como colônia romana. Por muito
tempo foi conhecida como uma cidade de extrema imoralidade. A imoralidade
era até consagrada pela religião como uma forma de culto. Nela, fora edificado
um templo dedicado a Afrodite, a deusa do amor. Nesse templo haviam prosti-
tutas “consagradas” e dedicadas ao culto da orgia e da imoralidade.
Evidentemente, a atitude dos judeus para com Sóstenes (v. 17) - o prin-
cipal da sinagoga - evidenciava todo o rancor que os gregos alimentavam
contra os judeus. Se este Sóstenes é o mesmo de 1 Coríntios 1.1, ele tornara-
se cristão, tal como aconteceu com Crispo, seu antecessor. O tesoureiro da
cidade, Erasto, também tornou-se cristão (Rm 16.23).
Na primavera do ano 52, Paulo deixou Corinto para uma rápida visita a
Jerusalém, onde pretendia passar a páscoa. A caminho, passou por Éfeso,
sem contudo se demorar ali, contrariando os discípulos daquela cidade. Con-
tudo, ficara a promessa de um retorno àquela cidade, o que se cumpriu,
conforme veremos na próxima Lição.