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Atos dos Apóstolos

 
 
Análise nº 44
 
Chave da Análise: 1:8
 
Chave da Mensagem: 1:1
 
Mensagem: O trabalho que Jesus iniciou, descrito nos Evangelhos foi, e ainda é feito por Ele
pelo Espírito Santo.
 
INTRODUÇÃO GERAL
 
AUTOR: Lucas, o médico amado (Veja Colossenses 4:14). O livro é em certo sentido, uma
continuação do Evangelho de Lucas, e está dirigido à mesma pessoa, a Teófilo, 1:1.
 
TEMA PRINCIPAL: A história do desenvolvimento da igreja primitiva desde a ascensão de Cristo até o
encarceramento de Paulo em Roma, e o começo de seu ministério ali. Muitos eruditos da Bíblia vêem
neste livro o começo formal da era do Espírito Santo. Ao partir, Cristo fez o anúncio de uma grande
campanha de missões por todo o mundo, através da mediação humana sob o poder do Espírito, 1:18.
 
O LIVRO PODE SER DIVIDIDO EM DUAS PARTES, o período das missões estrangeiras.
 
I. O período das missões locais, com Jerusalém como o centro. A obra centraliza-se
principalmente na Palestina entre os judeus, sendo o apóstolo Pedro a figura
preeminente.
 
(1) Os acontecimentos preparatórios.
(a) A comissão divina, 1:4-8.
(b) A ascensão do Senhor, 1:10-11.
(c) A descida do Espírito, 2:1-4.
(d) O equipamento dos obreiros, 2:4; 4:31.
(2) Os ministérios.
(a) De Pedro no Pentecoste, 2:14-40. O segundo sermão de Pedro, 3:12-26. Pedro no
sinédrio, 4:5-12.
(b) De Estêvão, 7:1-60.
(c) De Filipe e Pedro, 8:5-25.
(d) De Filipe, 8:26-40.
(3) Atos acerca da Igreja.
(a) Seu crescimento. Veja 7:33.
(b) Sua plenitude do Espírito Santo, 4:31.
(c) Sua unidade e benevolência, 4:32-37.
(d) Seu poder espiritual, 5:12-16.
(e) A eleição dos diáconos, 6:1-6.
(4) As perseguições da IGREJA, 4:1-3, 17-22; 5:17-18,40; 6:8-15. Perseguições sob Saulo
de Tarso, 8:1-3; 9:1.
 
II. O período das missões estrangeiras. O centro de operações, inicialmente em
Jerusalém, é transferido pouco depois para Antioquia da Síria.
 
(1) Acontecimentos preliminares que levaram às missões por todo o mundo.
(a) O ministério de Filipe em Samaria, em companhia de Pedro e Joäo, 8:5-25.
(b) A conversão de Paulo, que chega a ser o grande missionário e a figura preeminente da igreja durante
este período, 9:1-30.
(c) A ampliação dos pontos de vista de Pedro por causa da sua visão em Jope, resultando no seu
ministério entre gentios de Cesaréia, 10:1-43.
(d) O derramamento do Espírito Santo sobre os gentios em Cesaréia e a defesa do ministério
de Pedro ali, 10:44 -11:18.
(e) A ratificação da obra em Antioquia por Barnabé, o representante da igreja de Jerusalém, 11:22-24.
(f) Saulo de Tarso levado por Barnabé a Antioquia. Os dois cooperam no estabelecimento da igreja, no
lugar onde os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez, 11:25-26.
(g) Parêntese. A perseguição da igreja de Jerusalém por Herodes. A morte de Tiago e o encarceramento
e libertação de Pedro, 12:1-19.
(2) O acontecimento da época na história das missões estrangeiras. Sob a direção do Espírito Santo,
Paulo e Barnabé foram enviados como missionários pela igreja de Antioquia. João Marcos os acompanha,
13:1-5.
(3) Primeira viagem missionária de Paulo. Missionários: Paulo, Barnabé, e João Marcos, 13:4
-14:26. Lugares visitados e eventos principais: A ilha de Chipre, onde o procônsul se
converteu e o nome de Saulo foi mudado para Paulo no livro de Atos, 13:4-12. Perge e
Panfília, onde João Marcos abandonou o grupo, 13:13. Antioquia da Pisídia, onde Paulo prega
um grande sermão na sinagoga, 13:14-41. A oposição dos judeus e a obra entre os gentios,
13:44-49. Expulsos da cidade pelos judeus, os missionários vão a Icônio. Aqui eles trabalham
durante algum tempo, mas surge uma perseguição e eles fogem para Listra e Derbe, 14:6. A
cura do coxo em Listra resultou na tentativa do povo de adorar a Paulo e a Barnabé, mas os
judeus promoveram oposição e Paulo foi apedrejado. Imperturbáveis, os dois heróis escapam
para Derbe, onde pregam o evangelho e ensinam a muitos, 14:8-20. Deste ponto, os
missionários retornam pela mesma rota, visitando e organizando as igrejas. Em Antioquia da
Síria apresentam um relatório da viagem, 14:21-28.
(4) O concílio de Jerusalém.
(a) O assunto em disputa, 15:5-6.
(b) O argumento de Pedro a favor da liberdade cristã, 15:7-11.
(c) Paulo e Barnabé relatam suas experiências, 15:12.
(d) Palavras de Tiago e a decisão do concílio a favor de eximir aos gentios das regras da lei,
15:13-29. Os apóstolos enviam Judas e Silas a Antioquia como portadores da carta do
concílio à igreja, 15:27-30.
(5) Segunda viagem missionária de Paulo, 15:36 -18:22.
(a) Eventos preliminares. Um desacordo entre Paulo e Barnabé acerca de João Marcos. Silas é escolhido
por Paulo para acompanhá-lo na viagem, 15:36-40.
(b) lugares visitados e principais eventos: Visita às igrejas da Síria e Cilícia, 15:41. Em Listra,
Timóteo se une aos missionário, que visitam várias cidades da Ásia Menor, fortalecendo as
igrejas, 15:41 -16:5. O Espírito os guia a Trôade, onde Deus os chama à Europa por meio de
uma visão, 16:7-10. Em Filipos, as autoridades encarceram a Paulo e Silas; o carcereiro se
converte, 16:12-34, e os apóstolos estabelecem uma igreja. O próximo importante
acontecimento é a fundação de uma igreja em Tessalônica, onde se levanta uma perseguição
e eles vão a Beréia, 17:1-10. Aqui os missionários encontram alguns fiéis estudantes da
Palavra, que são receptivos, 17:11-12. Uma tormenta de perseguições se abate novamente
sobre eles, e Paulo vai a Atenas, deixando o estabelecimento da igreja a cargo de Silas e
Timóteo, 17:13-15. Em Atenas, Paulo encontra a cidade cheia de ídolos e prega um sermão
na colina de Marte, mas poucos se convertem à fé, 17:15-34. Em Corinto, Silas e Timóteo se
unem a Paulo e fundam uma igreja. A obra é levada a cabo em meio a perseguições que
duram dezoito meses, 18:1-17. Após um tempo considerável, Paulo se despede dos irmãos e
parte para Síria, fazendo breve escala em Éfeso, e termina sua viagem em Antioquia, 18:18-
22.
(6) Terceira viagem missionária de Paulo, 18:23 -21:15. Lugares visitados e eventos
principais: Visita às igrejas na Galácia e na Frígia, 18:23. Parêntese. Apolo em Éfeso, 18:24-
28. Paulo regressa a Éfeso e encontra um grupo de discípulos ainda não perfeitamente
instruídos, e os dirige à vida mais plena do Espírito, 19:1-7. Continua sua obra em Éfeso
durante dois anos, 19:8-10. O senhor mostra-lhe que aprova o trabalho, outorgando-lhe o
dom de curar, 19:11-12. Os pecadores se convertem e muitos queimam seus livros de
magia, 19:11-20. Logo se levantou um alvoroço entre os artífices, pois estes temiam que os
ensinos de Paulo destruíssem seu negócio de fabricação de ídolos, 19:23-41. Paulo sai de
Éfeso, e depois de visitar as igrejas da Macedônia vai à Grécia, 20:1-2. Depois de três meses
na Grécia, regressa a Macedônia e vai a Trôade, onde prega, 20:3-12. De Trôade vai a Mileto
e manda chamar aos anciãos efésios. Em Mileto, entrega uma mensagem de despedida aos
anciãos, 20:17-38. De Mileto Paulo começa a sua viagem de regresso a Jerusalém, advertido
pelo Espírito dos sofrimentos que ali o esperam, 21;1-17.
(7) Paulo em Jerusalém e Cesaréia.
(a) Relata à igreja as experiências de seu ministério entre os gentios, 21:18-20.
(b) Para evitar suspeitas, faz um voto, 21:20-26.
(c) Os judeus lançam mão dele no templo, mas os soldados romanos o resgatam, 21:27-40.
(d) Sua defesa ante a multidão, 22:1-21.
(e) Afirma sua cidadania romana a fim evitar ser açoitado, 22:25-30.
(f) Comparece perante o Sinédrio, 23:1-10.
(g) O Senhor lhe aparece de noite com uma mensagem de ânimo, 23:11.
(h) A conspiração de alguns judeus para matá-lo provoca o seu envio a Cesaréia, 23:12-33.
(i) A acusação trazida contra ele pelos judeus e a defesa de Paulo perante o governador Félix, 24:1-21.
(j) O discurso perante Félix acerca de sua fé em Cristo, 24:24-26.
(k) A defesa perante Festo e o apelo a César, 25:1-12.
(l) Seu discurso perante Agripa, 26:1-29.
(8) A viagem de Paulo, como prisioneiro, a Roma, 27:1 -28:16.
(a) A primeira etapa da viagem, 27:2-13.
(b) A tempestade e a fortaleza espiritual de Paulo, 27:14-36.
(c) O naufrágio e o livramento, 27:38-44.
(d) As experiências na ilha de Malta, 28:1-10.
(e) A chegada a Roma e seu ministério ali, 28:16-31.
 
   
 
AS OBRAS DE CRISTO
 
(1) Segundo Daniel Crawford, o pitoresco título Bantu para o livro dos Apóstolos, é "Palavras
concernentes às obras".
 
(2) Mas, as obras de quem? O atual título não nos parece bem correto, porque o livro fala de dois dos
apóstolos: Pedro e Paulo. Era conhecido, antigamente, como o "Evangelho do Espírito Santo" e
"Evangelho da Ressurreição". Tem sido chamado, também, os "Atos do Espírito Santo", e este é
verdadeiro; mas, o correto seria: "Os atos do Senhor Ressuscitado e Glorificado". No Capítulo 1:1 está a
revelação da sua mensagem. Os Evangelhos relatam a vida de Jesus na carne. O livro dos "Atos",
descreve a Sua vida no Espírito. Neste livro notamos, ainda, o Senhor Jesus Cristo, ressuscitado, vivo,
cooperando sempre, pelo Espírito Santo, com seus discípulos. Lucas, no seu Evangelho, escreveu o "que
Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar"; neste livro, encontramos o sumário do que continuou a
fazer e ainda está fazendo.
 
A ANÁLISE
 
(1) Este é o único livro incompleto na Bíblia. Notai como se encerra repentinamente. E, de
que outra maneira poderia encerrar-se? Como poderíamos ter um relato perfeito, completo
da vida de Quem ainda vive? E, o Senhor Jesus ainda vive!
 
(2) No entanto, neste livro, mesmo incompleto, há ordem e sistema. Capítulo 1:8, é a chave da análise.
Todo o livro relata o cumprimento daquela profecia, que indicava o início do trabalho em Jerusalém, sua
extensão a toda Judéia e Samaria e, como alcançaria os "confins da terra".
 
(3) O livro se abre com a pregação do Evangelho em Jerusalém, o grande centro religioso da
nação judaica e fecha-se com a pregação em Roma, o grande centro político do império do
mundo.
 
(4) É importante notar que, em cada um desses centros, avançados em influência, há um
derramamento singular do Espírito Santo, e um ato do Juízo Divino.
 
(1) DO PENTECOSTES À MORTE DE ESTEVÃO - O SENHOR TRABALHANDO EM
JERUSALÉM - Caps. 1 - 7
 
A obra em Jerusalém inaugurada com o derramamento do Espírito Santo e Juízo. (2:1 -
5:1-11)
Notar a Ascensão de Nosso Senhor. (1:1-11)
Fora da vista mas, não do pensamento e tato.
Dez dias aguardando o Espírito. (12-14)
A eleição dum apóstolo. (15-26)
Pentecostes e a fundação da Igreja. (Capítulo 2)
A cura do aleijado e sua seqüência. (Capítulo 3)
A primeira perseguição. (Capítulo 4)
O juízo. (Capítulo 5)
Os diáconos. (Capítulo 6)
Estevão. (Capítulo 7)
 
(2) PERSEGUIÇÃO DE SAULO ATÉ SUA CONVERSÃO - O SENHOR TRABALHANDO EM
"JUDÉIA E SAMARIA" - Caps. 8 e 9
 
O trabalho, numa esfera mais ampla, inaugurado por um derramamento do Espírito (8:17)
e uma ameaça de Juízo. (8:22-24)
Notar:
a perseguição de Saulo. (8:1-4)
o ministério de Filipe. (8:5-40)
A Conversão de Saulo. (9:1-30)
O Ministério adicional de Pedro. (9:32-43)
 
(3) O MINISTÉRIO DE PAULO ATÉ SUA PRISÃO - O SENHOR TRABALHANDO ATÉ
AOS "CONFINS DA TERRA" - Caps. 10 a 28
 
O trabalho nesta importante seção é inaugurado por um derramamento do Espírito Santo e
Juízo. (10:44-48 e 13:6-13)
 
A conversão de Cornélio e sua seqüência. (Capítulo 10 e 11)
 
A igreja em Antioquia. (11:19-30)
 
Prisão de Pedro e sua libertação. (Capítulo 12)
 
Primeira viagem missionária de Paulo. (Capítulo 13, 14 e 15:1-35)
 
Segunda viagem missionária de Paulo. (Capítulo 15:36-41, 16, 17 e 18:1-22)
 
Terceira viagem missionária de Paulo. (Capítulo 18:22-28, 19, 20 e 21:1-17)
 
A prisão de Paulo. (Capítulo 21:18-40 até o fim)
 
MENSAGEM
 
Afirmamos que "Atos dos Apóstolos" põe em destaque o Senhor Jesus. Ele é o Obreiro.
Fixemos este fato, no livro:
 
O 1. Comandante e instrutor de seu povo. (1:2-9)
  2. A grande esperança da igreja. (1:10-11)
3. Guia do seu povo em questões da igreja, nos momentos de perplexidade.
SENHOR (1:24, 10:13, 16:10 e 22:18-21)
  4. Doador do Espírito Santo. (2:33)
5. Assunto de todos os sermões e mensagens. (2:22-36, 3:13-15, 4:10-33,
JESUS 5:30, 6:14, 8:5 e 10:36)
  6. Aquele que fazia crescer a igreja. (2:47)
CRISTO 7. Única esperança para um mundo que está perecendo. (4:12)
 
8. Cooperador, ativo, em nosso serviço. (3:16,26 e 28:9,10)
  9. Agente pessoal na conversão de Saulo. (9:3-6)
 
10. Animador dos seus, nas suas muitas provações. (7:55,56 e 23:11)
   

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