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Lição 7 – A Beleza do Serviço Cristão

14 de agosto de 2011

Texto Áureo

“Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. (Jo 13.14).

– Senhor e Mestre, um título duplo dá especial significação à reivindicação de Cristo sobre a vida dos discípulos.
Posteriormente, em 20.28, eles o chamarão Senhor em reconhecimento de sua divindade [1]. Jesus, provavelmente, não
estivesse procurando instruir uma prática literal para ser observada continuamente na Igreja, embora alguns achem que
fosse o caso. Mas ele demonstra uma grande preocupação para com o verdadeiro significado da serventia seja bem
compreendido, que ninguém a julgue abaixo da sua dignidade para realizar a mais baixa das tarefas para os outros. Por fim,
a serventia é uma disposição do coração e do espírito, que se expressa através de ações concretas [2].

Verdade Prática

A vida cristã só faz sentido neste mundo quando servimos a Deus e ao próximo em perfeito amor.

Leitura Bíblica em Classe

João 13.12-17/ Atos 2.42-47

Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar as características do servo de Cristo;

- Compreender que o serviço cristão engloba a relação com Deus e o próximo, e

- Explicar qual é a missão da Igreja no mundo.

Palavra-chave

SERVIÇO

Ato ou efeito de servir; Préstimo; trabalho; proveito; utilidade; uso; Exercício de funções obrigatórias; Ação útil e benéfica.
[Liturgia] Ofício. Ato ou efeito de servir.

Comentário

(I. Introdução)

Havia uma tradição entre os antigos habitantes do oriente médio que consistia em lavar os pés dos convidados. Depois que
o convidado chegava era cumprimentado, um escravo removia suas sandálias em preparação para o lava-pés e para que as
sandálias não trouxessem o pó apanhado ao longo do caminho para dentro de casa. Os pés eram então lavados por um
escravo, que derramava água sobre eles, os esfregava com as mãos e secava com uma toalha (Gn 18.4; 19.2; 24.32; 1Sm
25.41; Jo 13.3-5; 1Tm 5.10). A seguir, a cabeça do convidado era ungida com azeite de oliva, perfumado com especiarias -
Davi faz referência a esse costume no Salmo 23.5. Estas cortesias foram negligenciadas por Simão quando Jesus
compareceu ao banquete em sua casa (Lc 7.46) [3]. Jesus ao realizar um trabalho que estava reservado aos escravos e
serviçais, se coloca em posição destes para exemplificar que nenhum trabalho desenvolvido em prol do próximo é
degradante demais ou indigno. É altruísmo no mais alto grau. Altruísmo não é sinônimo de solidariedade como muitos
pensam, é um conceito muito mais amplo. É um conceito que se opõe ao egoísmo, é a atitude de viver para os outros. É a
verdadeira identidade do cristão! Boa Aula!

(II. Desenvolvimento)

I. AS CARACTERÍSTICAS DO SERVO DE CRISTO


1. Amor. A Igreja é caracterizada por um termo grego que nos é comum, qualquer que seja ramo de cristianismo – agapaõ e
seu substantivo correspondente ágape; Amor incondicional, amor por escolha e por um gesto de vontade, ágape não
procura nada em troca, não depende de química, afinidade, ou sentimento. Estes dois termos são utilizados no Novo
testamento para: (a) descrever a atitude de Deus para com seu Filho (Jo 17.26); para com o gênero humano, em geral (Jo
3.16; Rm 5.8); e para com aquele que crê no Senhor Jesus Cristo, em particular (Jo 14.21); (b) transmitir Sua vontade aos
Seus filhos concernente à atitude deles uns para com os outros (Jo 13.34), e para com todos os homens (1Ts 3.12; 1Co
16.14; 2Pe 1.7); (c) expressar a natureza essencial de Deus (1Jo 4.8). O amor só pode ser conhecido pelas ações que o
instiga. O amor de Deus é visto no presente do Seu Filho (1Jo 4.9,10). Mas obviamente este não é o amor de satisfação,
prazer, autocontentamento ou afeto, isto é, não foi obtido pela excelência de seus objetos (Rm 5.8). Foi um exercício da
vontade divina em escolha deliberada, feito sem causa designativa, exceto o que se acha na natureza do próprio Deus (cf.
Dt 7.7,8) [4]. Assim como Deus usou do seu amor, de forma altruísta, sem que merecêssemos, o crente deve demonstrar
seu amor não apenas aos da fé, mas a todo homem, até mesmo àquele que mantém atitude rude e contrária a nós. Possuir
o amor de Deus resulta em confiança destemida em relação a Deus e ao amor pelos irmãos. O crente que conhece esse
amor não teme a morte e o juízo, mesmo neste mundo, somos como Cristo é. Na teologia desenvolvida por João, a fé, o
amor e a obediência se relacionam um com o outro. A fé nos leva a um relacionamento amoroso com Deus, e o amor por
ele leva ao amor por outros crentes e à obediência de seus mandamentos. Eles não são pesados, pois os benefícios práticos
da obediência a todas as leis de Deus contribuem totalmente com o proveito e a realização humana daqueles que
aprendem a sua aplicação para a vida. Nossa fé traz vitória sobre o mundo, fornecendo uma arma espiritual através da qual
podemos combater tanto as tentações quanto as perseguições da sociedade ímpia [5]. Embora não sejamos semelhantes à
Cristo quanto a uma obediência perfeita de nossa parte, somos semelhantes a ele em nossa orientação básica e nos
distinguimos como ele o fez em relação ao mundo em geral (Jo 17.16).

2. Compromisso. (latim compromissum, -i, particípio passado de compromitto, -ere, comprometer) Obrigação contraída
entre diferentes pessoas de sujeitarem a um árbitro a decisão de um pleito. Promessa mútua. Comprometimento.
Compromisso é a forma, pública ou não, de se vincular ou assumir uma obrigação com alguém, com algum objetivo. Há
diversos tipos de compromissos, como por exemplo: compromisso religioso, compromisso amoroso, compromisso de
negócios. Compromisso é, portanto, uma responsabilidade adquirida em virtude de uma afirmação verbal ou escrita, feita
por nós mesmos. A expressão "ter um compromisso" significa estar ocupado em uma data, ou ter um vínculo ou acordo
com alguém. A palavra deriva de "promessa", ou seja, "com promessa". Quer dizer que quando há um compromisso há uma
promessa [6]. Como canta Régis Danese na sua canção ‘Compromisso’: ‘Pois eu confio nas promessas/Que Tu tens pra
mim/Eu faço compromisso/De ser fiel a Ti, até o fim’, aquele que decide pelo Senhor precisa estar disposto a batalhar: “Se
alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34). Isto significa que é necessário
tomar decisão e se apresentar comprometido com os negócios do Reino. O maior preconceito é você não assumir quem
você é; e a maior incompetência é você deixar de fazer o que pode e o que sabe. Nós fomos levantados com uma missão. Só
Ele pode nos deter, os homens nunca poderão. Não há poder infernal que pode deter um servo de Deus fiel e
comprometido.

3. Humildade. Humildade vem do Latim humilitas, -atis: pequenez, modéstia, qualidade de humilde; capacidade de
reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações. É o inverso de altivez, arrogância e orgulho. É demonstração de
respeito, submissão, deferência e reverência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras
pessoas, nem mostrar ser superior a elas. Como disse o poeta espanhol Miguel de Cervantes: “A humildade é a base e o
fundamento de todas as virtudes e sem ela não há nenhuma que o seja”, e como isso deve ser verdadeiro na vida do
cristão, que sabe que tudo o que possui não vem de si mesmo, mas de Deus, como Paulo que, escrevendo 2Co 3.4, 5 e 6,
afirma: “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como
de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus, O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo
testamento...”. Ele não se vangloriava, mas mostrou a quem pertence o crédito por todas as suas realizações em prol do
Evangelho; Paulo expressou sua humildade diante de Deus. Não podemos reivindicar que temos agido de forma adequada
sem a ajuda de Deus! Não somos suficientemente competentes para desempenharmos as responsabilidades do chamado
de Deus por nossa própria força. Sem a habilitação do Espírito Santo, nosso talento natural, e até a graça comum que foi
dada a todo homem, pode nos levar somente a certo ponto. Como testemunhas de Cristo e representantes do Reino,
precisamos do caráter e da força especial que somente Deus pode dar. Para desempenharmos o serviço do Senhor é
imperativo que haja humildade no coração: “O SENHOR já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que
ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência
ao nosso Deus” (Mq 6.8). (Veja Pv 4.23; Mt 15.19; Fp 2.13; Tg 4.10; Lc 22.26; 1Pe 5.5,6). Jesus tem muito a nos dizer sobre
humildade. E não é de se admirar, pois foi o orgulho que causou a primeira ruína do ser humano. Como o Novo Adão, Jesus
exemplificou esse aspecto da vida de justiça. O ser humano caiu, pois presumiu seu próprio caminho acima do de Deus, mas
a piedade restaurada exige que o ser humano faça o oposto e se humilhe perante a vontade e caminho de Deus. Então, a
verdadeira exaltação e reconhecimento dados por Deus virão para aqueles que menos os esperam e que menos os
procuram, assim, o crente deve: renunciar a qualquer forma de retaliação. Deixe qualquer vingança para Deus; Amar por
opção e não por circunstancias. Deixe os maus tratos dos outros relembrá-lo a superar o mal deles através do amor;
Perdoar diariamente aqueles que pecaram contra você. Humilhe-se. Seja cauteloso com o grave perigo do orgulho e da
arrogância. Evite empenhar-se por reconhecimento público e promover a si próprio ou o seu ministério. [7].

Sinopse do Tópico (1)

O amor, o compromisso e a humildade são características dos servos de Cristo.

II. O SERVIÇO CRISTÃO

1. Ordenado pelo Senhor. “E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34). Os romanos, o publico alvo do evangelho de Marcos, sabiam
o que significava carregar uma cruz sobre os ombros. A morte na cruz era uma forma de execução usada pelos romanos
para os criminosos mais perigosos. O prisioneiro carregava o madeiro até o local de execução, isso significava submissão ao
poder de Roma. Jesus fez uso da imagem da cruz sendo carregada para ilustrar a suprema submissão exigida de seus
seguidores. Carregar a cruz diz respeito ao esforço heróico necessário para seguir a Jesus em todos os momentos, fazendo a
vontade dele, em meio às dificuldades do presente e quando o futuro parecer pouco promissor [8]. O verdadeiro
discipulado exige compromisso total sem distração ou acomodação. Precisamos compreender que Jesus exige de nós uma
lealdade para com ele maior do que a lealdade para com qualquer outro ser humano, isso significa submetermos nossos
próprios interesses em favos dos de Deus. Reconheçamos que Jesus nos chama a irmos até pessoas de todas as nações e
ensiná-las a conhecê-lo e a viver para ele, ensinar que ele deve ser o centro de toda a sua vida. (Veja Mt 10.17-20; 34-36; Lc
12.51-53; Mc 8.34-36; Mt 28.18-20). Seria impossível entender a natureza e o caráter verdadeiro da Igreja sem reconhecer
que ela, desde o seu início, tem recebido poder e orientação do Espírito Santo para desenvolver o serviço cristão.

2. Em relação a Deus. A Igreja também é chamada a ser uma comunidade adoradora. O termo ‘adoração’, no inglês antigo,
denota a pessoa que recebe honra proporcional à sua dignidade. A adoração genuína é caracterizada quando a Igreja
centraliza a sua atenção no Senhor, e não em si mesma. O termo grego comum para ‘adorar’, proskuneõ, significava
originalmente ‘beijar em direção a’, e pode ter sido usada no sentido de beijar os pés de um superior. Chegou a significar
‘curvar-se em reverência e humildade’; no Novo Testamento, é usada no tocante à adoração e louvor a Deus, atribuindo-lhe
glória (Ap 11.16,17). Quando Deus é adorado exclusivamente, os crentes que assim o adoram são invariavelmente
abençoados e espiritualmente fortalecidos. A adoração não deve ser limitada apenas aos cultos regulares da congregação.
Na realidade, todos os aspectos da nossa vida devem caracterizar-se pelo desejo de exaltar e glorificar ao Senhor, no dizer
de Paulo, ‘Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (1Co 10.31)
[9].

3. Em relação ao próximo. A Igreja também é uma comunidade chamada para agir com solicitude e responsabilidade sociais.
Infelizmente, esta vocação tem sido minimizada ou negligenciada entre muitos evangélicos e pentecostais. É possível que
muitos crentes sinceros tenham receio de se tornarem modernistas ou rumar na direção do assim chamado ‘evangelho
social’, caso se envolvam em ministérios que visem o atendimento social. Haveria fundamento para tal receio se esse tipo
de obra fosse levado a extremos mal intencionados e deixasse de lado verdades eternas ao oferecer alívio temporário. Por
outro lado, o descuido com as necessidades sociais representa o abandono de um vasto número de admoestações bíblicas
dirigidas ao povo de Deus, no sentido de serem cumpridas essas obrigações. O ministério de Jesus caracterizava-se pela
compaixão amorosa a todos os sofredores e indigentes desse mundo (Mt 25.31-46; Lc 10.25-37). Idêntica solicitude é
demonstrada tanto nos escritos proféticos do Antigo Testamento (Is 1.15-17; Mq 6.8) quanto nas epístolas
neotestamentárias (Tg 1.27; 1Jo 3.17,18). Expressar o amor de Cristo de modo tangível pode ser um meio vital de a Igreja
cumprir a missão que lhe foi confiada por Deus. Assim como em todos os aspectos da missão (ou propósito) da Igreja, é
essencial que nossos motivos e métodos visem fazer tudo para a glória de Deus [10].
Sinopse do Tópico (2)

O serviço cristão ordenado pelo Senhor compreende a relação do homem com Deus e o com o próximo.

III. A MISSÃO DA IGREJA NESTE MUNDO

1. Proclamar a Palavra de Deus. O propósito do Senhor não era que a Igreja apenas existisse como finalidade em si mesma,
para se tornar, por exemplo, simplesmente mais uma unidade social formada por membros de mentalidade semelhante.
Pelo contrário, a Igreja é uma comunidade formada por Cristo em benefício do mundo. Cristo entregou-se em favor da
Igreja, e então a revestiu com o poder do Espírito Santo a fim de que ela pudesse cumprir o plano e propósito de Deus. A
parte central das últimas instruções de Jesus aos seus discípulos, antes de sua ascensão, foi a ordem de evangelizar o
mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). É importante frisar que Cristo não abandonou os crentes à sua própria
capacidade ou técnica, mas ele comissionou-nos a ir com a sua autoridade e no poder do Espírito Santo (Mt 28.18; At 1.8).
Para isso, é imperioso que se lance mão de todos os meios possíveis para difundir as boas novas do Reino, penetrar os locais
inacessíveis. O The Christian Post obteve os comentários de algumas pessoas sobre o uso da Internet como ferramenta de
evangelismo: ‘Marina Menezes, publicitária recém formada, afirma que já evangelizou colegas pelo MSN. “Não é difícil falar
pela internet. Ainda mais quando é uma pessoa próxima. Sempre é bom falar de Jesus”, afirma. O estudante Rafael Morales
também já compartilhou experiências com Deus pela ferramenta. “é uma forma legal de passar as coisas, pois é dinâmico”,
ressalta; O meio chega a render até conversões, segundo Gilson de Oliveira, que lidera um grupo de jovens em uma
Assembleia de Deus. “Já consegui levar uma pessoa a fazer a oração de entrega pelo MSN e ela está firme com Jesus até
hoje”, declara’. Não é em vão o comentário do Pr. Rick Warren, fundador da Saddleback Church, sobre o Facebook. Para
ele, se a rede fosse uma nação, hoje figuraria como a quarta maior do planeta [11].

2. Viver em comunhão. O termo comunhão, do grego koinonia, significa compartilhamento, uniformidade, associação
próxima, parceria, participação, uma sociedade, uma comunhão, um companheirismo, ajuda contribuinte, fraternidade.
Koinonia é uma uniformidade realizada pelo Espírito Santo. Em koinonia, o indivíduo compartilha o vínculo comum e íntimo
de companheirismo com o resto da comunidade cristã. Koinonia une os crentes ao Senhor Jesus e uns aos outros. O crente
é exortado a amar de um modo especial a todos os outros crentes verdadeiros, quer sejam membros da sua igreja e da sua
persuasão teológica quer não. ‘Um novo mandamento... que vos ameis uns aos outros’ (Jo 13.34), é novo porque apresenta
um novo padrão – o amor de Jesus. O amor zeloso, altruísta que os cristãos demonstram uns aos outros testemunham ao
mundo que eles são verdadeiros cidadãos do Reino de Deus. O mundo irregenerado nota que os crentes constituem uma
comunidade diferenciada pelo fato de que, as características exigidas do cidadão do Reino não são fáceis de praticar. É por
isso que as pessoas nos notam quando o fazemos e sabem que somos capacitados sobrenaturalmente. É imperioso que os
crentes vivam em comunhão!

3. Servir a Deus e ao próximo. ‘E, servindo eles ao Senhor...’ (At 13.2). Este é o comissionamento do grande ministério
apostólico de Paulo. Servindo traduz um verbo usado pelo serviço sacerdotal oficial. Aqui refere-se ao seu ministério da
adoração pública. O termo grego leitourgeo pode ser traduzido como realizar atos religiosos ou de caridade, cumprir uma
tarefa, realizar uma função, oficiar como sacerdote, servir a Deus com orações e jejum. A palavra descreve o sacerdócio
arônico ministrando serviços levíticos (Hb 10.11). Em Rm 15.27, é usado para atender necessidades financeiras dos cristãos,
realizar um serviço ao Senhor ao fazê-lo. Aqui, os cristãos de Antioquia estavam cumprindo uma tarefa e dispensando uma
função normal ao ministrar ao Senhor através de jejum e orações [12]. Aqueles crentes, mesmo estando longe dos seus
irmãos de Jerusalém, resolveram enviar sua ajuda para atender as necessidades daqueles crentes distantes - um princípio
que a igreja faria bem em observar hoje; o amor é mostrado não somente em um gesto heróico de dedicação, mas em uma
vida diária de compaixão e de serviço. O Reverendo Hélio G. Paulo escreve em seu artigo intitulado ‘Servir no Reino de
Deus’, disponível no site ‘ipmaracana.com.br’: ‘Servir a Deus é servir no reino. É aqui na terra que servimos ao Senhor, junto
com os nossos semelhantes. Na passagem do grande julgamento, Jesus virá na sua majestade, se assentará no trono e
julgará, separando as ovelhas dos cabritos e falará: tive fome e me deste de comer, sede e me deste de beber. Essa questão
impressiona tanto que os justos perguntarão: quando foi que o vimos assim e o suprimos? Jesus responde: “em verdade vos
afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40). Quando
servimos ao nosso semelhante, servimos ao próprio Rei do Universo. Porém, o texto deixa bem claro que a prontidão para
servir não deve se limitar ao espaço interno da comunidade; deve visar aos pequenos, aos desagregados e excluídos em
geral. O próprio Jesus não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Marcos 10.45). Ele nos ensina a servir no reino,
dando abrigo às aves do céu, fazendo sombra, dando possibilidade das aves criarem seus filhotes e crescer na vida, com
Deus e com seu semelhante. Servir a Deus no reino é muito abrangente e temos certos destaques de serviços concretos,
tais como: serviço às mesas, ensino, liderança, trabalho pastoral e missionário, de contribuição, de misericórdia, assistência
aos necessitados etc. Há vários serviços para os servos. Você já descobriu qual o seu serviço no reino de Deus? Saiba que
Deus o chamou para servi-lo no seu reino, adorando, orando, com toda a sua vida, obedecendo seu chamado de todo
coração, num agir novo, na missão!’

Sinopse do Tópico (3)

A missão da Igreja no mundo é proclamar o evangelho, viver a comunhão, servir a Deus e acolher o próximo.

(III. Conclusão)

Nós pertencemos ao reino para o serviço! Deus nos gerou e nos fez participantes do seu reino. A missão primordial da igreja
no que diz respeito ao mundo é a proclamação do “evangelho do reino”, assim como fizeram Jesus e os seus discípulos.
Corretamente entendido, esse evangelho inclui muitas coisas importantes. Em primeiro lugar, esse evangelho é um convite
a indivíduos, famílias e comunidades para se reconciliarem com Deus mediante o arrependimento e a fé em Cristo. Todavia,
o evangelho são as boas novas de Deus para todos os aspectos da vida, pessoal e coletiva. Assim sendo, a legítima
proclamação do evangelho não vai se limitar ao aspecto religioso e à dimensão individual (experiência de conversão
pessoal), mas vai mostrar o senhorio de Cristo sobre todos os aspectos da existência. Que sua vida seja uma vida de serviço
a Deus e aos seus semelhantes. Que você seja sombra e um local propício para as pessoas encontrarem abrigo e direção, ‘E
não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido’ (Gl 6.9).

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)

N’Ele, que ... não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28),

Francisco A Barbosa

auxilioaomestre@bol.com.br

Questionário

1. De acordo com a lição, cite as características do servo de Cristo.

R. Amor, compromisso e humildade.

2. Quais as marcas registradas do servo que ama a Cristo?

R. Servir a Deu se ao próximo, abnegação e diligência.

3. Que exemplo o Mestre amado deixou para os seus discípulos?

R. O exemplo do serviço.

4. Qual é a missão da Igreja nesse mundo?

R. Proclamar a Palavra de Deus, viver em comunhão, servir a Deus e ao próximo.

5. Você está disposto a servir ao Senhor e ao próximo?

R. Resposta pessoal.

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