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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL

I) INTRODUÇÃO

O Transporte Aéreo Internacional é uma extraordinária mola que impulsiona o progresso e


assegura o entendimento e a aproximação entre nações e povos graças às características básicas
de rapidez e segurança que proporciona.

Imagine o grau de dificuldade para uma aeronave comercial cumprindo uma linha aérea
internacional, com escalas em diversos países em que a tripulação tivesse que efetuar
comunicações nos diversos idiomas, utilizar grande variedade de auxílios à navegação e de cartas
aeronáuticas sem nenhuma padronização, cumprir formalidades e exigências alfandegárias de
imigração e saúde, padronizadas diferentemente de acordo com a decisão de cada país. Com
certeza, a concretização desta hipótese tornaria o transporte aéreo internacional
inviável e com baixo nível de segurança.

economicamente

II) HISTÓRICO

Preocupados em equacionar esses problemas, vários países passaram a reunir-se após a Primeira
Guerra Mundial, quando aumentou o interesse pelo avião não só para o transporte de armas
como também de passageiros e cargas.

O progresso da aviação no período 1906-1914, apesar de notável para a época, sofreu um


processo de desenvolvimento muito mais intenso no período de 1914 a 1918 que viria a se
acentuar aceleradamente durante e após a Segunda Guerra Mundial. Já se vislumbrava a
importância do avião no relacionamento internacional em tempos de paz e o pensamento das
nações voltou-se para a regulamentação do seu emprego nesse campo. Com o início do
transporte aéreo regular em

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1919, surgiu a primeira conferência sobre navegação aérea Internacional realizada em Versailles
(França), também em 1919, chamada de "Conferência da Paz" com os seguintes objetivos:

1. Traçar a paz entre os países envolvidos na Guerra (1914- 1918);

2. Estabelecer normas técnicas para a Aviação Civil Internacional criando a Comissão Internacional
de Navegação Aérea (CINA);

3. Criação da Liga das Nações Unidas que


futuramente iria dar lugar à ONU
(Organização das Nações Unidas -26 de
julho de 1945);

4. Formação do Direito Aeronáutico e


desenvolvimento da Aviação Civil.
Iniciava- se, portanto o processo de
internacionalização. Cujo primeiro
objetivo era alcançar uma solução para o
problema da caracterização da natureza
jurídica do espaço aéreo. Com relação a
essa natureza jurídica do espaço aéreo
duas correntes se destacaram;

a. INSPIRAÇÃO INGLESA: defendia o princípio da soberania do Estado com relação ao espaço


aéreo sobrejacente a seu território;

b. FORMAÇÃO FRANCESA: era favorável à livre circulação de aeronaves no espaço aéreo. Dessas
correntes, surgiram quatro principais teorias:

c. TEORIA DA LIBERDADE DO ESPAÇO AÉREO: Defendia o princípio da liberdade absoluta de


navegação aérea sem restrição por parte do estado sobrevoado.

d. TEORIA DA LIBERDADE RESTRITA DO ESPAÇO AÉREO: Defendia a premissa de que a soberania


do espaço aéreo resultava da capacidade do Estado de ocupá-lo, submetê-lo ou transportá-lo;

e. TEORIA DAS ZONAS DE AR TERRITORIAL: Previa a divisão do espaço em zonas; em uma primeira
faixa definida como ar territorial, o Estado exerceria total soberania, enquanto nas faixas de ar
superiores, seriam totalmente livres;

f. TEORIA DA SOBERANIA: Defendia a extensão da soberania do Estado a toda faixa atmosférica


sobrejacente ao seu respectivo território, caracterizando uma verdadeira projeção do poder do
Estado.

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III) PRINCIPAIS CONVENÇÔES E CONFERÊNCIAS

CONVENÇÃO: Documentos internacionais, multilaterais para ajustes e determinações que,


bastante generalizadas, definem
padrões entre países.

CONVENÇÃO DE PARIS: realizada em


Versailles (França), em 1919, chamada
“Conferência da Paz”. Foi criada a CINA
(Comissão Internacional de Navegação
Aérea).

CONFERÊNCIA IBERO - AMERICANA DE


NAVEGAÇÃO AÉREA: realizada em
1926 em Madri (Espanha).

CONVENÇÃO DE HAVANA: realizada


em 1928, tratou principalmente dos
Direitos Comerciais Aéreos.

CONVENÇÃO DE VARSÓVIA: realizada em 1929 e ratificada em 1933. Para unificação de algumas


regras relativas ao transporte aéreo internacional, deixando livres as leis nacionais e a
regulamentação dos transportes internos. Estabeleceu regras uniformes quanto;

a. Direitos e obrigações dos transportadores aéreos e dos usuários de transporte internacional;

b. Limite máximo de responsabilidade dos transportadores aéreos no que se refere aos


passageiros em caso de morte ou lesão por acidente ou em caso de atraso nas viagens;

c. Base rígida e segura para a reparação de danos pessoais;

d. Uniformidade com respeito aos documentos de transporte (bilhete de passagem, nota de


bagagem, conhecimento aéreo para cargas e encomendas).

- CONVENÇÃO DE ROMA: realizada em 1933 para unificação de certas regras relativas aos danos
causados por aeronaves na superfície;

- CONVENÇÃO DE BRUXELAS: realizada em 1938 para unificação de certas regras relativas à


assistência e salvamento de aeronaves ou por aeronaves no mar (não ratificada no Brasil);

- CONVENÇÃO DE CHICAGO: realizada de 01/11 a 07/12 1944, com a presença de 54 nações e deu
o grande passo no sentido da normatização da navegação aérea internacional. Foi convocada
pelos EUA.

Esta convenção aceitou o princípio de que cada Estado teria soberania total e exclusiva sobre o
espaço aéreo de seu território e previu que nenhum serviço aéreo regular internacional poderia
operar sobre o território de um Estado - Membro sem consentimento prévio. Assim consagrou-se
a Teoria da Soberania Exclusiva e Absoluta dos Estados sobre o espaço aéreo sobrejacente ao seu
território cujos conceitos permanecem até hoje. Houve a confrontação de duas correntes

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antagônicas quanto ao problema de concorrência no transporte aéreo internacional. Uma delas
queria a livre concorrência e a outra a divisão de tráfego aéreo em cotas distribuídas aos diversos
países. Tal divergência foi tão profunda que, não foi alcançado integralmente o objetivo de
adoção, de um código completo de navegação e de transporte aéreo.

A Convenção de Chicago destacou-se por dois aspectos:

Aspecto Técnico: teve como objetivo assegurar um transporte ordenado, eficiente e seguro. Tal
objetivo foi plenamente alcançado;

Aspecto Econômico: bastante complexo e problemático, somente conseguiu-se harmonia


mediante a celebração de acordos bilaterais, que disciplinam a exploração comercial através da
troca de direitos entre os Estados. Extinguiu-se a CINA (Comissão Internacional de Navegação
Aérea) criada em 1919 na convenção de Paris e criou-se a OACI, Organização de Aviação Civil
Internacional que é uma instituição intergovernamental podendo fazer parte dela todos os
Estados- Membros da ONU.

IV) OACI (ICAO)

É uma “agência especializada" da ONU, sua sede é


em Montreal (Canadá) e foi fundada em 1947.

A OACI é um organismo internacional no qual se


fazem representar Os Governos de muitos países,
inclusive o Brasil; que é extremamente atuante
devido à sua importância no contexto mundial, no
que se refere à aviação civil. Um Delegado serve de
elo entre a OACI e o governo brasileiro.

Objetivos da OACI

a. Assegurar o desenvolvimento seguro e ordenado da aviação civil internacional no mundo;

b. Incentivar o desenvolvimento técnico da aeronáutica e de sua operação para fins pacíficos;

c. Estimular o desenvolvimento de aerovias (notas) aeroportos e facilidades à navegação aérea na


aviação civil internacional;

d. Satisfazer as necessidades dos povos do mundo relativo ao transporte aéreo seguro regular,
eficiente e econômico;

e. Evitar o desperdício de recursos econômicos causados por competição ruinosa;

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f. Assegurar que os direitos dos Estados contratantes sejam plenamente respeitados e que
tenham oportunidades equitativas de operar empresas aéreas internacionais;

g. Evitar discriminação entre os Estados contratantes;

h. Contribuir para a segurança dos voos na navegação aérea internacional

i. Fomentar de um modo geral o desenvolvimento de todos os aspectos da aeronáutica civil


internacional.

A diferença fundamental entre a OACI e os órgãos que a precederam, é que ela foi criada para
funcionar permanentemente, mantendo uma vigília diária sobre os problemas relacionados ao
Transporte Aéreo Internacional.

Ao término foi assinada uma ata final contendo doze resoluções e os cinco seguintes apêndices.

 O acordo provisório de Aviação Civil Internacional;


 A Convenção de Aviação Civil Internacional;
 O acordo de Serviço de Trânsito Aéreo Internacional;
 O acordo de Transporte Aéreo Internacional;
 Os projetos de Anexos Técnicos à Convenção de Aviação Civil Internacional

Nos projetos de Anexos Técnicos ficam definidos as Normas Técnicas em geral e foram
padronizados para disciplinar o exercício do transporte aéreo. Com o estudo permanente dos
problemas da Aviação Civil na OACI, outros foram sendo criados permitindo uma atualização das
matérias. Atualmente são dezenove;

Anexo 1 - Licença de pessoal;

Anexo 2 - Regras do ar (de tráfego aéreo);

Anexo 3 - Serviço meteorológico para navegação aérea internacional;

Anexo 4 - Cartas aeronáuticas;

Anexo 5 - Unidades de medida a serem usadas nas operações no ar e em terra;

Anexo 6 - Operações de aeronaves: Parte 1 – Transporte aéreo comercial

Parte 2 – Aviação geral internacional· Parte 3 – Operações internacionais – Helicópteros;

Anexo 7 - Marcas de nacionalidade e de matrícula de aeronaves;

Anexo 8 - Aeronavegabilidade;

Anexo 9 - Facilitação;

Anexo 10 - Telecomunicações aeronáuticas:

Volume l – Parte I - Equipamentos e rádios;

Parte II – Radiofrequências;

Volume 2 - Procedimentos das comunicações;

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Anexo 11 - Serviços de tráfego aéreo;

Anexo 12 - Busca e salvamento;

Anexo 13 - Investigação de acidentes de aeronaves;

Anexo 14 - Aeroportos;

Anexo 15 - Informações aeronáuticas;

Anexo 16 - Proteção ao meio ambiente:

Volume 1 - Ruído de aeronaves

Volume 2 - Emissão de motores de aeronaves;

Anexo 17 - Segurança - Proteção da aviação civil internacional contra atos de interferência ilícita;

Anexo 18 - Transporte com segurança de materiais perigosos por via aérea;

Anexo 19 - Gestão da Segurança Operacional.

Estrutura da OACI

CONSELHO - é um órgão permanente executivo da OACI, composto por 36 membros ou Estados, representados po

ASSEMBLÉIA - Órgão soberano e não permanente constituído por todos Estados contratantes,
que se reúnem a cada três anos e extraordinariamente, em qualquer época por convocação do
Conselho ou a pedido de dez Estados contratantes. É o poder máximo da organização, que analisa
o trabalho realizado no período anterior e planeja as atividades para os três anos seguintes.

SECRETARIADO - Órgão executivo e permanente da Organização e a ele está vinculado o corpo de


funcionários da OACI. “Está estruturado de forma departamental nos assim chamados ‘bureau”,
que são os seguintes”:

 Navegação aérea;
 Transporte aéreo;

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 Jurídico;
 Assistência técnica/Administração;
 Serviços.

ÓRGÃOS TÉCNICOS - Trabalham de modo intermitente e são compostos com representantes dos
Estados que se mantém em ligação com seus correspondentes que operam na estrutura do
Secretariado. São eles:

a. COMISSÃO DE NAVEGAÇÃO AÉREA: Trata das questões técnicas do interesse da aviação civil. É
o principal órgão a quem compete o desenvolvimento de normas internacionais, responsável
pelos exames, coordenação e planejamento de todo trabalho da OACI;

b. COMITÊ DE TRANSPORTE AÉREO: Trata das questões que tem reflexos nos interesses
comerciais das empresas aéreas;

c. COMITÊ DE AJUDA COLETIVA PARA OS SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA: Visa apoiar os Estados
mais carentes na melhoria de seus serviços de apoio à aviação civil;

d. COMITÊ DE FINANÇAS: Trata do planejamento e controle dos gastos da Organização, a qual


depende da contribuição dos Estados;

e. COMITÊ SOBRE INTERFERÊNCIA ILÍCITA NA AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL: Trata do


desenvolvimento de métodos para melhorar a segurança contra atos que ponham em risco a
Aviação Civil;

f. COMITÊ JURÍDICO: trata do estudo e desenvolvimento de novos instrumentos jurídicos do


interesse da coletividade dos Estados, bem como do aperfeiçoamento dos instrumentos já
existentes.

NOTA: As Comissões são Permanentes As Conferências não são permanentes.

V) I A T A (Internacional Air Transport


Association)

Associação Internacional De Transporte


Aéreo

Foi fundada em abril de 1945 em Havana


(Cuba) pelas empresas de transporte aéreo
de inúmeros países; visando a resolução dos
problemas resultantes do rápido desenvolvimento da aviação civil.

A IATA é uma associação de Empresas de Transporte Aéreo, criada com o intuito de atender aos
interesses comuns delas sem, contudo, criar monopólios dos serviços oferecidos por seus
membros ou dividir continentes em áreas de influência, mas sim ser um instrumento de
cooperação, visando a organização do tráfego aéreo internacional.

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Tem sua sede localizada em Montreal (Canadá) se qualifica como uma entidade privada
internacional neutra e sem fins lucrativos e sua manutenção está baseada nas cotas que as
Empresas pagam.

Atualmente conta com mais de 150 membros representando mais de 100 bandeiras. Os serviços
administrativos das conferências de tráfego da IATA funcionam nas delegações instaladas em
Nova Iorque, Paris e Singapura.

A (Câmara de Compensação está instalada em Londres).

O Serviço de Inspeção tem sede em Nova Iorque e gabinetes em Londres; Bangkok e Rio de Janeiro.

Objetivos da IATA

a. Assegurar transportes aéreos rápidos cômodos, seguros eficientes e econômicos tanto para
empresas como para o público.

b. Criar meios necessários para a colaboração entre as empresas de transporte aéreo,


encontrando soluções para os problemas que ultrapassam as possibilidades de qualquer empresa
agindo isoladamente;

c. Atuar, perante os governos, como agente na negociação de acordos internacionais sobre


tarifas, rotas e métodos comerciais;

d. Cooperar com a OACI e com outras organizações;

e. Em relação ao público em geral:

 Elevado nível de serviços eficientes em qualquer parte do mundo;


 Práticas comerciais corretas;
 Simplificação de formalidades;
 Aplicação de tarifas baixas.

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Todas as Empresas aéreas que tenham sido autorizadas por parte de um país elegível como

Membros da OACI a explorar serviços aéreos regulares podem fazer parte da IATA.

MEMBROS ATIVOS: as empresas aéreas que exploram serviço aéreo internacional;

MEMBROS ASSOCIADOS: as empresas aéreas de transporte doméstico.

ESTRUTURA DA IATA

A estrutura da IATA, no seu mais alto nível de decisão, é representada pela Assembleia.

Geral e pelo Comitê Executivo, que é eleito para um mandato de três anos. É integrado por 21
Presidentes de empresas aéreas atendendo uma representação regional e proporcional.

Há também os denominados Comitês Permanentes, que são integrados por membros das
Empresas Aéreas filiadas a IATA e por elementos do Secretariado da Organização. São eles:

a. Jurídico;

b. Financeiro;

c. Comercial ou de tráfego;

d. Operativo ou Técnico.

A IATA realiza a coordenação do Transporte


Aéreo Mundial, adotando um sistema de áreas.

ÁREA 1 - Compreende as Américas;

ÁREA 2 – Inclui a Europa, África e o Oriente Médio;

ÁREA 3 – Abrange a Ásia e a Oceania.

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VI) CLAC - Comissão Latino-Americana De Aviação Civil

Teve sua origem nas conferências Regionais de Aviação Civil - CRAC. Sendo que a primeira se
realizou no Rio de Janeiro, em 1959 por iniciativa do Brasil, Argentina e Uruguai. A Segunda
realizou- se no Uruguai em 1960, e a terceira, em Bogotá em 1962, na qual foi proposta a criação
de uma Secretaria Permanente, com inteira colaboração da OACI cujo objetivo seria a
consolidação da defesa dos interesses da região no campo da aviação civil internacional. Outras
reuniões foram realizadas e, em 1965 na cidade de Montevidéu, concluiu- se pela adoção de
várias recomendações, dentre elas a criação de um Grupo Técnico permanente vinculado a OACI
para estudar as matérias da aviação civil.

As discussões prosseguiram e finalmente


surgiu a CLAC, como Organismo fruto das
conclusões acordadas na 2ª Conferência
Latino-Americana de autoridades
Aeronáuticas, realizada em dezembro de
1973.

Seu objetivo principal é assegurar às


Autoridades Aeronáuticas da aviação Civil
Internacional dos Estados da Região Latino-Americana, um instrumento adequado à discussão e
planejamento das medidas necessárias e úteis à cooperação e coordenação das atividades da
aviação civil diante disto, só participam da CLAC, as Autoridades Aeronáuticas responsáveis pela
administração da aviação civil internacional dos Estados situados na área geográfica denominada
Latino-Americana, integrada pela América do Sul, Central e Caribe.

Sua estrutura conta com um Presidente, Vice-presidente e Comitê Executivo.

As Assembleias realizam-se a cada dois anos.

A CLAC tem sua sede em Lima no Peru.

VII) AITAL - Associação Internacional De


Transporte Aéreo Latino-Americano

A história da AITAL quanto à necessidade se


confunde com a da IATA. Comparando-se a IATA a
OACI, podemos comparar AITAL a CLAC.

Enquanto a OACI e a CLAC são entidades públicas, a


IATA e a AITAL são entidades privadas.

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A AITAL foi criada e é mantida pelas empresas aéreas do continente latino-americano e subsiste
através das quotas pagas pelas mesmas Empresas Associadas.

Sua atuação se justifica quando, através de objetivos comuns, consegue sensibilizar as demais
Associadas da IATA para os problemas específicos Latino-Americanos. A AITAL foi criada em 1980
na cidade de Bogotá com a finalidade de tratar dos problemas do transporte aéreo, das tarifas
aéreas e de seu cumprimento, apoiando as empresas coligadas, inclusive nos direitos de tráfego a
que fazem jus, congregando-as e coordenando os esforços de seus membros no sentido de
facilitar a solução de problemas do transporte aéreo dentro da região.

VIII - CERNAI: COMISSÃO INTERNACIONAL.

ESTUDOS RELATIVOS À NAVEÇÃO AÉREA

A criação da CERNAI foi uma consequência natural da adesão do Brasil à Convenção de Chicago. Os complexos tem

Mais tarde, em 20 de outubro de 1949, foi formalmente criada a CERNAI, já como organismo permanente, definind
- se legalmente suas atribuições.

A CERNAI é um órgão eminentemente político de


assessoramento do Ministro da Aeronáutica que tem por finalidade estudar, planejar, orientar e coordenar os as

A Ela Compete:

a. O estudo, a elaboração de relatórios e a emissão de pareceres com referência a acordos sobre


transporte aéreo, convenções de demais atos internacionais relativos à aviação civil internacional;

b. O exame e parecer relativo à designação e ao funcionamento jurídico de empresas estrangeiras


de transporte aéreo, para operarem em território nacional;

c. Estabelecimento de bases e a colaboração de projetos de instruções para a orientação de


delegações brasileiras a congressos, convenções, assembleias, conferências, reuniões de consulta,
conversações e negociações, pertinentes à aviação civil internacional;

d. A promoção de estudos relativos às questões de direito aeronáutico, decorrentes de acordos.


Convenções e demais atos internacionais, referentes à aviação civil internacional.

e. A promoção junto aos órgãos competentes do cumprimento dos atos internacionais sobre
aviação civil internacional ratificado pelo Brasil;

f. O estudo e a proposição das medidas julgadas adequadas à constante atualização da política


aeronáutica de transporte aéreo, no campo internacional observando seus fundamentos jurídicos,
técnicos econômicos e correlatos;

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g. Apreciação sobre:

- Pedido de aumento de capacidade que seja por alteração de frequência, mudança de


equipamento ou configuração;

- A inclusão ou a suspensão de escalas constantes dos quadros de Notas dos acordos sobre
transportes aéreos firmados pelo Brasil, bem como das concessões unilaterais;

h. A necessidade de se estabelecer limitações ao levantamento de tráfego aéreo, quando este não


estiver sendo exercido na conformidade dos acordos sobre transportes aéreos firmados pelo
Brasil e das concessões unilaterais;

i. O apoio contínuo e permanente à delegação brasileira junto à OACI.

Estrutura do CERNAI

É composta por três setores principais:

1. PRESIDÊNCIA: exercida por um Oficial General do quadro de aviadores designado pelo


Presidente da República por indicação do Ministro da aeronáutica.

ASSISTENTE; Exercido por um Coronel da ativa da aeronáutica, tem como atribuição básica
organizar e distribuir para as assessorias todas as solicitações dirigidas à CERNAI.

2. ASSESSORIAS SETORIAIS: Composta por Oficiais e Civis da Aeronáutica com experiência nas
áreas jurídicas, de navegação aérea e de transporte aéreo internacional, terá por finalidade
realizar estudos e dar pareceres que serão submetidos ao Plenário da CERNAI.

3. PLENÁRIO: Tem por finalidade apreciar e deliberar sobre as matérias relacionadas com a
aviação civil internacional, que lhe forem submetidas pelo Presidente da comissão. E constituído
pelo Presidente da CERNAI e mais 18 membros efetivos, representantes de diversos órgãos do
Ministério da Aeronáutica (Defesa), Ministério das Relações Exteriores e da EMBRATUR.

A CERNAI a quem compete a atualização permanente internacional tem contato direta e


indiretamente com as seguintes autoridades governamentais e internacionais:

 Ministério da Aeronáutica (Defesa); em especial a ANAC;


 Ministério das Relações Exteriores;
 As Empresas Aéreas e por via delas a IATA e a AITAL;
 A área econômica do governo;
 OACI;
 CLAC.

Quanto ao Relacionamento Aeronáutico Internacional, o CERNAI é responsável por tratar deste


assunto. Pode ser FORMAL, mediante a assinatura de um Memorando de Entendimento ou de
Acordo de Serviço Aéreo entre as partes e, INFORMAL mediante autorização informal de uma das
partes sem qualquer comprometimento da outra.

A maioria das dificuldades encontradas nas negociações de acordos é causada pelas diferenças de
interesse ou filosofias das Nações envolvidas. Quanto mais nações participarem de um acordo,
mais difíceis serão as negociações e menos áreas poderão atingir um consenso. Alguns exemplos:

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a. Interesses Ideológicos e Econômico- Geográficos - são comuns em países com mercado interno
pequeno e grande capacidade e serviços oferecidos por empresas de transporte aéreo;

b. Deregulation - forma de competição na indústria do transporte idealizada pelo governo


americano. Significa o fato do mercado regular a aviação comercial em alguns países, não
deixando de lado a preocupação de evitar a competição ruinosa como consequência de tal
medida.

c. Ações unilaterais /Exigências fiscais - Cobrança de tarifas;

d. Ações não ortodoxas - Por parte das empresas aéreas com o objetivo de obter maior
participação no mercado;

e. Altos interesses financeiros;

f. Evolução tecnológica - Preocupação com ruído provocado pelos motores das aeronaves;

g. Restrição da capacidade de passageiros;

h. Restrição ao tráfego de 5ª Liberdade do Ar - Principalmente para as empresas Europeias,


medida, unilateral por parte do governo brasileiro.

CONCEITUAÇÃO DAS LIBERDADES DO AR

As Liberdades do Ar são um conjunto de direitos da Aviação Comercial que concedem à(s)


empresa(s) aérea(s) de um Estado a prerrogativa de entrar no espaço aéreo e pousar no território
de outro Estado. Foram formuladas em virtude de desentendimentos acerca da proposta
liberalização dos serviços aéreos na Convenção de Chicago, de 1944. Estabeleceu-se, então, um
conjunto padronizado de direitos aéreos que seriam negociados entre os Estados.

Primeira Liberdade

O direito de sobrevoar o território do Estado contratante sem pousar.

Segunda Liberdade

O direito de fazer uma escala técnica (reabastecimento ou manutenção) no território do outro


Estado contratante, sem embarcar ou desembarcar passageiros ou carga.

Terceira Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga do território do Estado de nacionalidade da aeronave


para o território do outro Estado contratante.

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Quarta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga do território do outro Estado contratante para o


território do Estado de nacionalidade da aeronave.

Quinta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre o território do outro Estado contratante e o


território de um terceiro Estado, no âmbito de um serviço aéreo destinado a ou proveniente do
Estado de nacionalidade da aeronave.

Sexta Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga, através do território do Estado de nacionalidade da


aeronave, entre o território de um terceiro Estado e o território do outro Estado contratante.

Sétima Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre o território do outro Estado contratante e o


território de terceiro Estado, sem continuar o serviço aéreo para o território do Estado de
nacionalidade da aeronave.

Oitava Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre dois pontos no território do outro Estado
contratante, no âmbito de um serviço aéreo destinado a ou proveniente do Estado de
nacionalidade da aeronave. Trata-se de direitos de cabotagem, raramente concedidos.

Nona Liberdade

O direito de transportar passageiros e carga entre dois pontos no território do outro Estado
contratante, sem continuar o serviço aéreo para o território do Estado de nacionalidade da
aeronave. Trata-se de direitos de cabotagem pura, raramente concedidos.

IX) CONCLUSÃO

O Sistema de Aviação Civil Internacional só existe em função do desenvolvimento do transporte


aéreo do mundo e para ele deve trabalhar visando atender o usuário de maneira segura e
eficiente seja ele carga, passageiro ou correio.

É matéria essencialmente dinâmica, objeto de atualização constante e para tanto se torna


imprescindível que os órgãos de governo assessorados pelas empresas, seus braços comerciais,
mantenham-se permanentemente atentos à evolução sob pena de prejuízos irreparáveis.

Cabe, portanto, a todos os que militam como componentes do Sistema a responsabilidade de


prestar sua colaboração à aviação civil valorizando-a em sua devida dimensão.

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SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRO

1- Abreviaturas:

ANAC- Agência Nacional de Aviação Civil


CEMAL- Centro de Medicina Aeroespacial

CENIPA- Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

CERNAI- Comissão de Estudos à Navegação Aérea Internacional

CINDACTA- Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo

COMAR- Comando Aéreo Regional

COMARA- Comissão de Aeroportos da Região Amazônica

CONAC- Conselho Nacional de Aviação

CTA- Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial

DECEA- Departamento de Controle do Espaço Aéreo

DIRENG- Diretoria de Engenharia da Aeronáutica

DIRSA- Diretoria de Saúde da Aeronáutica

DTCEA- Destacamento de Controle do Espaço Aéreo

GTCA - Gerência Técnica de Capacitação

NURAC – Núcleo Regional de Aviação Civil

HASP- Hospital de Aeronáutica de São Paulo

INFRAERO- Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária

SAC- Sistema de Aviação Civil

SERIPA- Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

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SICONFAC- Sistema Integrado de Controle e Fiscalização de Aviação Civil

SIPAER- Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

SFI – Superintendência de Ação Fiscal

SAS - Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos

SAF - Superintendência de Administração e Finanças

SAR - Superintendência de Aeronavegabilidade

SGP - Superintendência de Gestão de Pessoas

SIA - Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária

SPI - Superintendência de Planejamento Institucional

SRA - Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos

SPO - Superintendência de Padrões Operacionais

STI - Superintendência de Tecnologia da Informação SISCEAB- Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro SRPV
2- O Sistema De Aviação Civil Brasileiro No Contexto Do Poder Aeroespacial

A Constituição Brasileira foi outorgada em 1988 e é, seguindo os seus preceitos, que o Ministério da Aeronáutica

Poder; Algumas definições:

Capacidade natural de agir. Ex.: um líder tem o poder de eletrizar as massas.

1. Faculdade moral ou legal, ou ainda o direito de fazer alguma coisa. Ex.: o Presidente da
República, no regime Presidencialista tem o poder de vetar um projeto de lei.

2. O termo designa concretamente a autoridade, os órgãos que exercem o poder e o governo.


Dividido classicamente em: Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.

Poder Nacional

É a expressão integrada dos meios de toda ordem, de que a Nação efetivamente dispõe no
considerado momento para promover no campo internacional e no âmbito interno, a consecução
dos objetivos nacionais.

É a capacidade da Nação em perseguir seus objetivos permanentes, que se desenvolvem em cinco


dimensões distintas:

- Poder Militar;

- Poder Econômico;

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- Poder Político;

- Poder Psicossocial;

- Poder Aeroespacial.

Poder Aeroespacial

Com o domínio dos ares pelo homem, a expressão militar do Poder Nacional se expandiu em nova
direção, trazendo no seu bojo a concepção de Poder Aéreo que, com o desenvolvimento
tecnológico sem precedentes das últimas décadas permitiu ao homem acessar o espaço exterior
introduzindo o conceito atual de Poder Aeroespacial: É a projeção do Poder Nacional, resultante
da capacidade aeronáutica e espacial de que dispõe a nação para controlar e utilizar o espaço
aéreo com propósitos definidos.

À definição somou-se a vontade política suportada por uma doutrina aeroespacial que reuniu
todos os meios serviços e apoios objetivando maior eficiência,
segurança e economia.

Ao Ministério da Aeronáutica competia o estudo e o


despacho de todos os assuntos relativos à atividade da
aviação nacional (civil e militar) dirigindo-a técnica e
administrativamente.

Cabia ainda ao MAER:

 Propor a organização e providências para o


reaparelhamento e adestramento da Força
Aérea Brasileira inclusive de elementos para
integrar forças combinadas ou conjuntas;
 Orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil, tanto comerciais como
privadas e desportivas;
 Estabelecer, equipar e operar diretamente ou mediante autorização ou concessão, a
infraestrutura aeronáutica, inclusive os serviços de aeroespaciais sob um comando
unificado;
 Apoio necessário à navegação aérea;
 Resumo Histórico 1920- Criada a Inspetoria Federal de Viação Marítima e Fluvial,
acumulando atribuições referentes à navegação e indústria aeronáutica, emergentes a
época.

1931- Criado o Departamento de Aviação Civil (DAC), subordinado ao antigo Ministério de Viação
e Obras Públicas.

1941- Criado o Ministério da Aeronáutica (Defesa) - Esta foi à filosofia adotada pelo Brasil, ao criar
o MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA (MAER). Em 20 de janeiro de 1941, Decreto Lei nº2961 com o
objetivo de aglutinar as atividades da aviação civil e militar, utilizando a mesma infraestrutura e
dispondo dos mesmos conceitos: Orientar, incentivar e realizar pesquisas e desenvolvimento de
interesse da aeronáutica.

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1969 – Instituído o Sistema de Aviação do Ministério da Aeronáutica com a finalidade de organizar
as atividades necessárias ao funcionamento e ao desenvolvimento da aviação civil.

1972-Constituída a Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuário (INFRAERO)

Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária: empresa pública destinada a implantar,


operar, administrar comercial e industrialmente a infraestrutura
aeroportuária.

Administra os principais aeroportos do país com


eficiência, rapidez, conforto e, sobretudo dentro dos
padrões de segurança exigidos.

Fundada em 12 de dezembro de 1972, mas começou a


funcionar em 1973, tem sua sede em Brasília - DF. Sua
diretoria é constituída de um Presidente que traça a
política da empresa, um Vice- presidente que está
coordenado à ação e por quatro diretores voltados para
as atividades comerciais, técnicas, administrativas e
econômico-financeiras.

Nos aeroportos encontram-se administradores e/ou gerentes que são os executores finais da
política traçada pela sede.

Objetivos:

a. Segurança geral dos aeroportos;

b. Desimpedindo movimento de aeronaves no solo e seu rápido desembaraço para o voo;

c. Rápido embarque e desembarque dos passageiros e suas bagagens com o mínimo de


inconvenientes;

d. Controlar o manuseio de carga aérea e armazenada;

e. A proteção e conforto de todos os que se utilizam do aeroporto;

f. A prevenção da ordem, disciplina e a melhor apresentação possível do aeroporto.

As receitas aeroportuárias são arrecadadas através de;

 Tarifas aeroportuárias fixadas pelo Ministério da Aeronáutica;


 Arrendamento de área e/ou instalações existentes no aeroporto;

1999- Criado o Ministério da Defesa (10 de junho de 1999). O Ministério da Defesa (MD) é o órgão
do Governo Federal incumbido de exercer a direção superior das Forças Armadas, constituídas
pela Marinha, Exército e Aeronáutica. Nesta data o Ministério da Aeronáutica passou a ser
denominado Comando da Aeronáutica.

2000- Instituído o Conselho de Aviação Civil, pelo decreto nº 3.564/200, 17 de agosto de 2000, e
alterado pelos Decretos nº 3.955/2001, de 5 de outubro de 2001,e nº5.419/2005, de 13 de abril
de

18
2005.É o órgão de assessoramento do Presidente da República para a formulação da política de
aviação civil.

2005- Criada a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, entidade integrante da administração
pública federal indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculado ao Ministério da
Defesa, criada pela lei nº 11.182/2005.

AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC)

A Agência Nacional de Aviação Civil, Decreto nº 5.731, de 20 de


março de 2006, ela passa a ser o novo órgão regulador e fiscalizador
da aviação civil brasileira, em substituição ao Departamento de
Aviação Civil - DAC, do Comando da Aeronáutica, encarregada da
execução das políticas estabelecidas pelo governo para o setor e
responsável por regular não apenas os transportes aéreos, mas a
aviação civil em geral, a indústria aeronáutica, a infraestrutura
aeroportuária e aeronáutica, exceto as atividades do SISCEAB e do
SIPAER que é da competência do Comando da Aeronáutica.

É o órgão central do SAC e tem como atribuição primordial a consecução dos objetivos da política
aeroespacial nacional no setor da aviação civil pública e privada, estudando, planejando,
orientando, controlando, incentivando e apoiando tais atividades.

SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS - SIPAER

O Sistema de Investigação e prevenção é parte da infraestrutura aeronáutica que tem por


competência planejar, coordenar, controlar e executar as atividades de
investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos dentro da área de
responsabilidade do Brasil.

Órgão Central: Centro de Investigação e prevenção de acidentes


Aeronáuticos-CENIPA, órgão pertencente à estrutura do comando da
aeronáutica – COMAER.

19
SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO-SISCEAB

O controle do espaço aéreo brasileiro é parte da infraestrutura aeronáutica que se dedica a


garantir a fluidez, regularidade e segurança da circulação aérea no país, gerenciando a
movimentação de aeronaves, tanto militares quanto civis, no espaço aéreo de
responsabilidade do Brasil e, simultaneamente, contribuindo para as
tarefas inerentes à atividade de defesa aérea do nosso território.

Órgão Central: Departamento de Controle do Espaço Aéreo – DECEA,


órgão pertencente à estrutura do Comando de Aeronáutica-COMAER.

SISTEMA DE AVIAÇÃO CIVIL BRASILEIRO – SAC


Os elementos básicos do sistema de aviação civil são seus recursos humanos, serviços aéreos,
aeronaves civis, oficinas de manutenção, exceto as de competência do SISCEAB e do SIPAER
(Comando da Aeronáutica).

ÓRGÃO CENTRAL: AGÊNCIA NACIONAL


DE AVIAÇÃO CIVIL - ANAC

BREVE HISTÓRICO

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério dos
Transportes, Portos e Aviação Civil, dotada de independência administrativa, autonomia
financeira e com dirigentes nomeados para mandato fixo, que atuam em regime de colegiado.
Criada em 2005, por meio da Lei n° 11.182, a ANAC iniciou suas atividades em 2006, com a
promulgação do Decreto n° 5.731, e substituiu o extinto Departamento de Aviação Civil (DAC) e
outros órgãos subordinados ao Comando da Aeronáutica.

Atualmente, além da Agência, compõem o setor de aviação civil as seguintes instituições públicas
federais:

•Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por intermédio da Secretaria Nacional de
Aviação Civil, responsável por formular as políticas do setor;

•Infraero, responsável por administrar parte dos aeroportos;

•Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que efetua o controle de espaço aéreo; e

•Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), que está à frente da


investigação de acidentes. Fazem parte do Comando da Aeronáutica.

20
A ANAC tem como atribuições a regulação e a fiscalização das atividades de aviação civil e de
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária no Brasil, com exceção das atividades relacionadas ao
controle do espaço aéreo e à investigação de acidentes aeronáuticos. Dentre as principais
competências da Agência, destacam-se:

•Negociar acordos e tratados sobre transporte aéreo internacional;

• Emitir regras sobre segurança em área aeroportuária e a bordo de aeronaves civis;

•Conceder, permitir ou autorizar a exploração de serviços aéreos e de infraestrutura aeroportuária;

•Estabelecer o regime tarifário da exploração da infraestrutura aeroportuária;

• Administrar o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);

•Homologar, registrar e cadastrar os aeródromos;

•Emitir certificados de aeronavegabilidade atestando aeronaves, produtos e processos


aeronáuticos e oficinas de manutenção;

•Fiscalizar serviços aéreos e aeronaves civis;

•Certificar licenças e habilitações dos profissionais de aviação civil;

•Autorizar, regular e fiscalizar atividades de aeroclubes e escolas e cursos de aviação civil;

•Reprimir infrações às normas do setor, inclusive quanto aos direitos dos usuários, aplicando as
sanções cabíveis.

UNIDADES DA ANAC:

Além da sede e de seu Centro de Treinamento, localizados em Brasília (DF), a ANAC possui
Representações Regionais no Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e São José dos Campos (SP).

A Agência também está presente nas principais regiões do país, por meio dos Núcleos Regionais
de Aviação Civil (NURAC’s). Veja o mapa a seguir:

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SEDE E REPRESENTANTES REGIONAIS DA ANAC

SEDE: Setor Comercial Sul - Quadra 09 - Lote C - Edifício Parque Cidade Corporate - Torre
A (1º ao 7º andar) Brasília - DF – CEP: 70.308-200

CENTRO DE TREINAMENTO TRAINAIR PLUS ANAC: Aeroporto Internacional de Brasília,


Setor de Hangares, Lote 4 – Brasília - DF.

ANAC Rio de Janeiro: Avenida Presidente Vargas, 850 - Centro Rio de Janeiro - RJ - CEP
20.071/001

ANAC São José dos Campos: Rua Dr. Orlando Feirabend Filho, 230 - Centro Empresarial
Aquarius - Torre B - Andares 14 a 18, Parque Residencial Aquarius, São José dos Campos/SP - CEP
12.246-190

ANAC São Paulo: Rua Renascença 112, Vila Congonhas - São Paulo/SP – CEP 04612-010

NURAC - Núcleos Regionais de Aviação Civil

A ANAC está presente em diversas cidades do país com os Núcleos Regionais de Aviação Civil
(NURACs). Essas unidades realizam atividades como a prestação de serviços a aeronautas e a
proprietários de aeronaves, o agendamento e a realização de provas, a atualização de seguros e
licença de estação. Os inspetores de aviação civil que atuam nos NURACs também são
responsáveis por fiscalizações de rampa (operacional), de aeronavegabilidade e da prestação dos
serviços oferecidos pelas empresas aéreas.

Os Núcleos também são responsáveis pela fiscalização da prestação dos serviços aéreos
oferecidos aos passageiros pelas empresas, e monitoram requisitos de segurança nos aeroportos
(tais como pórticos de raio-x, cercas, pistas, dentre outros).

22
Confira a localização e o endereço dos NURACs:

23
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ANAC

Além da Diretoria Colegiada, a ANAC conta com 21 unidades organizacionais, todas elas
vinculadas diretamente ao Colegiado. São dez Superintendências (seis finalísticas e quatro áreas-
meio) e onze órgãos de assessoramento à Diretoria. Ademais, a Agência possui 2 (dois) órgãos
colegiados, o Plenário e o Conselho Consultivo. A Estrutura Organizacional completa pode ser
consultada no art. 2º do Regimento Interno da Agência ou pelo Portal da ANAC. A disposição
desses órgãos encontra- se ilustrada no organograma da figura a seguir:

Diretoria Colegiada

A Diretoria Colegiada é o órgão de deliberação máxima da ANAC, composta por cinco diretores
nomeados para mandato de cinco anos. Todos são nomeados por ato do Presidente da República,
após aprovação do Senado Federal, na forma do disposto no art. 12 da Lei nº 11.182, de 27 de
setembro de 2005. Um dos diretores exerce a função de Diretor-Presidente, por designação do
Presidente da República. O artigo 9º do Regimento Interno da ANAC define todas as competências
da Diretoria. De forma geral, compete ao colegiado analisar, discutir e decidir, em instância
administrativa final, as matérias de competência da Agência. Todas as decisões emanadas da
Diretoria da ANAC devem ser deliberadas com o quórum mínimo de três diretores e aprovadas
por maioria absoluta, cabendo ao Diretor-Presidente o voto de qualidade. Nos casos de urgência e
relevância, em que não for possível reunir a tempo o referido quórum – sob o risco de
intempestividade da matéria deliberada –, o Diretor-Presidente pode deliberar ad referendum da
Diretoria, situação em que as matérias deverão ser referendadas posteriormente pelo Colegiado.

Unidades Organizacionais

Compete às Superintendências deliberar sobre assuntos essencialmente técnicos, baseando-se


nos direcionamentos estratégicos estabelecidos pela Diretoria. As Superintendências atuam tanto
nas atividades finalísticas, como nas atividades de suporte da Agência. Completam a estrutura da
ANAC os órgãos de assessoramento direto e imediato à Diretoria, que são aqueles que se
encontram na linha vertical do organograma. Dentre os órgãos de assessoramento, tem-se dois
colegiados: o

24
Conselho Consultivo, composto por representantes de diversos segmentos da aviação civil
brasileira, e o Plenário, a quem compete apreciar as matérias relacionadas com a aviação civil
internacional que subsidiarão as decisões da Diretoria.

SUPERINTENDÊNCIAS ANAC
SFI- Superintendência de Ação Fiscal
Atribuições

Pelo Regimento Interno da ANAC, cabe à Superintendência de Ação Fiscal (SFI):

planejar e executar as ações fiscais da ANAC;

 coordenar as ações fiscais especiais decorrentes de denúncias que demandem atuação de


mais de uma superintendência;

 propor à Diretoria aperfeiçoamentos na regulação inerente à ação fiscal, mediante o


desenvolvimento de procedimentos e metodologias que propiciem sua integração;

 coordenar as atividades das Autoridades Aeroportuárias da ANAC;

 coordenar o cumprimento do plano de assistência a vítimas e parentes em caso de


acidente aeronáutico;

 coordenar as ações fiscais da ANAC em colaboração com outros órgãos da administração


pública, em especial o Departamento da Polícia Federal (DPF), a Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB);

 desenvolver e aplicar mecanismos de inteligência na identificação e prevenção de


infrações aos regulamentos da Agência executadas por agentes regulados, bem como de
possíveis atos ilegais cometidos por agentes em atividade regulada pela ANAC;

25
 coordenar a emissão, quando necessário, de autorização de sobrevoo para aeronaves
civis estrangeiras realizando transporte aéreo não remunerado;

 coordenar e administrar as Unidades Administrativas Regionais, com exceção daquelas


que possuam unidades organizacionais das superintendências no nível mínimo de
Gerência Técnica;

 propor a celebração de convênios de cooperação técnica e administrativa com órgãos e


entidades governamentais, nacionais ou estrangeiros, em temas voltados à ação fiscal, e
desenvolver mecanismos de inteligência que auxiliem na identificação e prevenção de
atos ilícitos na atuação dos regulados da ANAC.

 SAS - Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da


ANAC, a Superintendência de
Acompanhamento de Serviços Aéreos
(SAS) tem as seguintes atribuições:

Submeter à Diretoria:

a) projetos de atos normativos relativos à


outorga e à exploração de serviços aéreos públicos, inclusive no que se refere sobre direitos e
deveres dos usuários de serviços de transporte aéreo público e condições de acessibilidade de
passageiros com necessidade de assistência especial ao transporte aéreo, observadas as
atribuições da GGAF;
b) proposta de outorga, renovação, suspensão e extinção da autorização ou concessão para
exploração de serviços aéreos públicos;
c) parecer sobre anuência prévia para a transferência do controle societário ou de ações
representativas do capital de empresas que importem na transferência da concessão ou do
controle societário de empresas concessionárias de transporte aéreo público;
d) proposta de autorização para funcionamento e autorização para operar, no Brasil, solicitada
por empresa estrangeira de transporte aéreo;
e) parecer sobre consorciação, pool, associação, constituição de grupo entre empresas
concessionárias e autorizadas de prestação de serviços aéreos, sempre que importar em
transferência da concessão ou do controle societário das empresas concessionárias;

 Fiscalizar a prestação de serviços aéreos públicos, observadas as atribuições da GGAF;


 Compor, administrativamente, conflitos de interesse entre:
a) prestadoras de serviços aéreos entre si;
b) prestadoras de serviços aéreos e prestadoras de serviços de infraestrutura
aeroportuária, ouvida a Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos.

26
 Comunicar aos órgãos e entidades do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência fato
que configure ou possa configurar infração contra a ordem econômica, ou que
comprometa a defesa ou a promoção da concorrência;
 Elencar e acompanhar indicadores sobre as condições do mercado de serviços aéreos
públicos e satisfação dos usuários e divulgar os correspondentes estudos;
 Implementar programas de incentivos para o aumento da produtividade do setor aéreo e
para viabilizar o acesso à infraestrutura e ao transporte aéreo para as localidades não
atendidas;
 Promover a proteção e defesa coletiva dos direitos dos usuários dos serviços de
transporte aéreo público;
 Assegurar às empresas brasileiras de transporte aéreo regular a exploração de quaisquer
linhas aéreas domésticas, observadas, exclusivamente, as condicionantes do sistema de
controle do espaço aéreo, a capacidade operacional de cada aeroporto e as normas
regulamentares de prestação de serviço adequado;
 Executar as atividades relacionadas ao registro prévio para exploração de linhas aéreas e
à autorização dos serviços de transporte aéreo público;
 Assegurar a liberdade tarifária na exploração de serviços aéreos;
 Zelar para que as empresas de prestação de serviços aéreos mantenham regularidade
com suas obrigações fiscais e previdenciárias, bem como com o pagamento de taxas à
ANAC;
 Elaborar minutas de termos e contratos de serviços aéreos públicos;
 Monitorar as operações dos serviços aéreos públicos;
 Expedir prévia aprovação dos atos constitutivos, e de suas modificações, das empresas
prestadoras de serviços aéreos públicos;
 Expedir anuência prévia para a transferência do controle societário ou de ações
representativas do capital de empresas de transporte aéreo, com exceção das que
importem na transferência da concessão ou do controle societário de empresas
concessionárias, que terão a prévia aprovação expedida pela Diretoria;
 Aprovar operações em código compartilhado entre empresas de transporte aéreo regular,
de caráter doméstico e internacional;
 Interagir com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e outras entidades afins;
 Padronizar as demonstrações contábeis a serem apresentadas à ANAC pelas empresas
que exploram serviços aéreos públicos;
 Examinar a contabilidade das empresas que exploram os serviços aéreo públicos, quando
julgar necessário; e
 Alocar e monitorar os horários de chegadas e partidas em aeroportos coordenados e
monitorar os aeroportos de interesse.

 SAF - Superintendência de Administração e Finanças (SAF)

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Administração e Finanças


(SAF) tem as seguintes atribuições:

27
 Propor, atualizar e acompanhar o orçamento anual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o
plurianual da Agência, articulando-se com a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da
República e outros órgãos públicos;
 Elaborar, executar e acompanhar a programação orçamentária e financeira da Agência,
bem como a arrecadação das receitas da Agência a partir da constituição definitiva do
crédito;
 Contabilizar a movimentação financeira da Agência e preparar as demonstrações
contábeis, financeiras e relatórios de gestão financeira;
 Elaborar instrumentos de transferência de recursos a outros órgãos/entidades
públicas/privadas sob demanda das demais áreas da ANAC;
 Suprir e dar suporte às áreas da Agência na infraestrutura, execução e gerenciamento da
gestão da informação necessários ao desenvolvimento das atividades finalísticas e da
gestão interna;
 Propor normas para contratação de bens e serviços;
 Consolidar as necessidades de recursos da Agência e executar as atividades de
suprimento de materiais, serviços gerais e de apoio administrativo;
 Elaborar editais e termos de referência quando demandados, considerando as
competências das áreas demandantes, bem como executar os procedimentos referentes
às compras e contratações;
 Gerenciar os contratos de fornecimento;
 Designar a fiscalização e acompanhar os serviços contratados;
 Administrar os serviços gerais necessários ao desempenho das atividades da Agência e o
sistema de concessão de diárias e passagens;
 Administrar e controlar o patrimônio da Agência;
 Coordenar e elaborar o processo de Prestação de Contas da Agência, subsidiando a
Superintendência de Planejamento Institucional na elaboração dos respectivos relatórios;
 Aplicar as penalidades de multa e advertência, em casos de descumprimento de cláusulas
contratuais e da legislação aplicável, bem assim propor as demais penalidades à
Diretoria;
 Trabalhar em estreita articulação com as demais Superintendências e Órgãos da estrutura
da Agência;
 Coordenar, regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas pelas Unidades
Administrativas Regionais em áreas técnicas de competência da Superintendência de
Administração e Finanças;
 Supervisionar os recursos dos programas e projetos de acordo com a disponibilidade
orçamentária e financeira, observada a legislação pertinente e os prazos previstos para
execução;
 Supervisionar registros contábeis de programas e projetos de cooperação técnica
internacional;
 Realizar e acompanhar a execução orçamentária e financeira, no que tange ao repasse de
recursos, e analisar a prestação de contas, no que se refere à emissão de pareceres
financeiros, de convênios e/ou instrumentos congêneres celebrados entre a Agência e
terceiros;
 Gerenciar os canais de comunicação da Agência com usuários de aviação civil e cidadãos e
os correspondentes sistemas informatizados de registro e processamento, recebendo e

28
respondendo as manifestações e denúncias após consulta à unidade organizacional
competente;
 Coordenar o Serviço de Informação ao Cidadão (SIC);
 Monitorar a disponibilidade dos serviços e a qualidade do atendimento por meio de
indicadores de desempenho;
 Julgar, em primeira instância, os recursos referentes aos créditos de TFAC impugnados,
podendo requerer a manifestação das Superintendências envolvidas.
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

 SAR - Superintendência de Aeronavegabilidade

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da


ANAC, a Superintendência de
Aeronavegabilidade (SAR) tem as seguintes
atribuições:

 Submeter à Diretoria, no que tange


a aeronavegabilidade, ruído e
emissões de produtos aeronáuticos,
proposta de ato normativo e parecer relativos às seguintes matérias:

a) certificação de projeto, incluindo validação de produto aeronáutico importado;


b) certificação de organização de produção;
c) certificação de organização de manutenção, incluindo as atividades de manutenção das
empresas de transporte aéreo;
d) certificação de modificação de projeto, incluindo validação modificação de produto
aeronáutico importado;
e) certificação de aeronavegabilidade, incluindo aprovação de aeronavegabilidade para
exportação;
f) aprovação e/ou aceitação de instruções de aeronavegabilidade continuada;
g) acompanhamento da aeronavegabilidade continuada, e sobre a emissão de diretrizes de
aeronavegabilidade;
h) concessão de isenção a requisito;
i) credenciamento de pessoas e empresas para desempenhar atividades relacionadas às suas
competências;
j) formação e habilitação de pessoal autorizado a desempenhar atividades relacionadas com
manutenção;
k) ato normativo de outro órgão, governamental ou não, nacional ou internacional que tenha
repercussão nas suas áreas de competência, inclusive casos omissos;

 Emitir, suspender e extinguir certificado de tipo, certificado suplementar de tipo,


certificado de organização de produção, certificado de organização de manutenção e
atestado de produto aeronáutico aprovado, incluindo os respectivos adendos e
especificações técnicas, quando aplicável;
 Avaliar pedidos de isenção e requisitos;

29
 Desenvolver e propor requisitos mínimos de segurança relativos ao projeto, à fabricação e
à manutenção aplicáveis a produto aeronáutico;
 Emitir, suspender e extinguir certificado de matrícula e certificado de aeronavegabilidade,
padrão ou especial;
 Emitir aprovação de aeronavegabilidade para exportação;
 Emitir e revogar diretriz de aeronavegabilidade;
 Emitir, suspender e extinguir outros atestados, aprovações e autorizações relativas às
atividades em seu âmbito de atuação;
 Analisar normas e recomendações, na sua área de competência, da Organização de
Aviação Civil Internacional - OACI e propor medidas para implementá-las avaliando
resultado e sugerindo alteração necessária ou propor a notificação de diferença;
 Avaliar pedido de cancelamento, suspensão e/ou cassação de qualquer certificado
emitido;
 Analisar, dar parecer e tomar ação, conforme aplicável, sobre recomendação de
segurança de voo relativa à investigação de acidente e de incidente aeronáutico;
 Administrar o Registro Aeronáutico Brasileiro;
 Representar a ANAC em discussões relativas à sua área de competência, quando
determinado pela Diretoria;
 Participar e apoiar atividade de pesquisa e desenvolvimento que seja de interesse da
Superintendência;
 Coordenar ações, participar de negociações, realizar intercâmbios, buscar consenso e
articular-se com as outras Superintendências e demais órgãos da ANAC em atividades que
envolvam esses órgãos;
 Participar de negociações, realizar intercâmbios e articular-se com autoridade
aeronáutica estrangeira para validação recíproca de atividade relativa à sua área de
competência;
 Credenciar pessoas, nos termos estabelecidos em regulamento específico, para
desempenhar atividades relacionadas à aeronavegabilidade, assim como executar a
supervisão continuada destas pessoas e suspender ou revogar tal credenciamento;
 Delegar, quando necessário, qualquer de suas atribuições, salvo aquelas que, pela sua
própria natureza ou por vedação legal, só possam ser por ela exercidas privativamente;
 Regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas pelas Unidades Administrativas
Regionais em áreas técnicas de competência da Superintendência de
Aeronavegabilidade;
 Prover suporte técnico e operacional para o cumprimento das atribuições da Agência
relativas à emissão de ruído, escapamento de aeronaves e drenagem de combustível;
 Avaliar e conceder nível equivalente de segurança e meio alternativo de demonstração de
cumprimento com requisito;
 Aprovar atividades de manutenção de empresa de transporte aéreo; e
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

 SGP - Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP)

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP)


tem as seguintes atribuições:

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 Propor ao Diretor-Presidente as políticas e diretrizes de pessoal da Agência;
 Elaborar estudos sobre a força de trabalho da Agência para fins de formulação da Política
de Gestão de Pessoas;
 Propor e administrar o plano de benefícios da Agência;
 Promover a seleção e administrar o ingresso, registro e pagamento de pessoal;
 Gerenciar o plano de carreira e de cargos e salários da Agência;
 Propor e administrar sistemática de avaliação de desempenho do pessoal da Agência;
 Planejar, realizar e avaliar programas de desenvolvimento e de capacitação para os
servidores da Agência;
 Planejar e realizar programas voltados à Qualidade de Vida no Trabalho e à Gestão do
Clima Organizacional;
 Propor metodologias voltadas à mensuração, acompanhamento e permanente melhoria
da qualidade dos serviços prestados pela área de Gestão de Pessoas;
 Promover a articulação com os órgãos central e setorial do Sistema de Pessoal Civil da
Administração Federal - SIPEC;
 Orientar e acompanhar as atividades de gestão de pessoas das unidades organizacionais
da Agência;
 Realizar a execução orçamentária e financeira da folha de pagamento;
 Propor e gerenciar o orçamento de capacitação da Agência;
 Controlar, avaliar acompanhar e executar as atividades pertinentes a aposentadorias e
pensões;
 Coordenar, orientar e acompanhar a aplicação da legislação voltada à gestão de pessoas;
 Executar as atividades de catalogação e manutenção do banco de dados sobre a
legislação de gestão de pessoas;
 Promover a capacitação do público externo do Sistema de Aviação Civil em eventos
realizados pela ANAC, em articulação com as demais Superintendências;
 Desenvolver o intercâmbio de conhecimentos e experiências com entidades de ensino e
pesquisa, órgãos governamentais, entidades privadas atuantes no setor, no País e no
exterior;
 Planejar, coordenar e orientar a execução das atividades de disseminação do
conhecimento e administrar o acervo bibliográfico da Agência;
 Desenvolver e gerir sistemas de informação, em articulação com a Superintendência de
Tecnologia da Informação, para o adequado funcionamento e aprimoramento dos
processos de gestão de pessoas;
 Solicitar e acompanhar a aquisição de bens e serviços necessários à manutenção das
atividades e ao cumprimento das atribuições dessa Superintendência;
 Realizar e manter o registro de profissionais envolvidos no processo educacional da
Agência, de participantes, de aprovação cursos, de expedição e validade dos certificados
de eventos de capacitação;
 Instruir processos e realizar análise sobre os assuntos afetos à gestão de pessoas;
 Coordenar, regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas em áreas técnicas de
competência dessa Superintendência; e
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

31
Divisão das competências da Superintendência de Gestão de Pessoas

1. Gerência Técnica de Assessoramento (GTAS)


2. Gerência de Administração de Pessoas (GAPE)
3. Gerência de Desenvolvimento de Pessoas (GDPE)
4. Gerência Técnica de Capacitação (GTCA)
5. Gerência Técnica de Recrutamento, Seleção, Desempenho e Qualidade de Vida
(GTRQ)

*Gerência Técnica de Capacitação (GTCA)

Competências:

 Planejar, realizar e avaliar programas de desenvolvimento e de capacitação para os


servidores da Agência;
 Promover a capacitação do público externo do Sistema de Aviação Civil em eventos
realizados pela ANAC, em articulação com as demais Superintendências;
 Propor metodologias voltadas à mensuração, acompanhamento e permanente melhoria
da qualidade dos serviços prestados relativos à capacitação de servidores;
 Coordenar o Centro de Treinamento da ANAC;
 Realizar e manter o registro de profissionais envolvidos no processo educacional da
Agência, de participantes, de aprovação cursos, de expedição e validade dos certificados
de eventos de capacitação;
 Coordenar atividades relacionadas à proficiência linguística dos servidores
 Administrar a ANACpédia;
 Gerenciar o Programa TRAINAIR PLUS;
 Propor o desenvolvimento de cooperações técnicas institucionais para intercâmbio de
tecnologia e expertise em capacitação.

32
 SIA - Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Infraestrutura


Aeroportuária (SIA) tem as seguintes atribuições:

 Submeter à Diretoria projetos de atos normativos ou emitir parecer sobre as seguintes


matérias:

a) operação de infraestrutura aeroportuária e dos serviços conexos, inclusive dos serviços de


prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis, exceto sobre as atividades e
procedimentos relacionados com o sistema de controle de espaço aéreo e com o sistema de
investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos;
b) fiscalização do controle do perigo da fauna nos aeródromos;
c) planos diretores de aeroportos, planos de zoneamento de ruído e planos e programas
relacionados à segurança operacional de aeródromos;
d) aprovação de Planos Diretores de Aeroportos;
e) normas que assegurem a compatibilidade, a operação integrada e a interconexão de
informações entre aeródromos e demais infraestruturas aeronáuticas e aeroportuárias, inclusive
quanto a dados ou informação Geoespacial, equipamentos, veículos, materiais, produtos e
processos que utilizarem e serviços que prestarem;
f) autorização prévia de instalação e funcionamento de infraestrutura aeroportuária;
g) segurança em área aeroportuária, de ofício ou quando requerido por qualquer interessado;
h) aprovação de Planos de Emergência de Aeroportos, de Planos Contra incêndio de Aeródromos
Civis, e registro de Planos de Zoneamento de Ruído;
i) aferição da capacitação operacional do serviço de prevenção, salvamento e combate a incêndio
em aeródromos civis;

j) ligação com organizações, entidades e/ou organismos nacionais e internacionais, sociedades


científicas e universidades a fim de acompanhar continuamente o progresso tecnológico na área
de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos;
k) especificação e/ou homologação de materiais e equipamentos especializados contra incêndio
para utilização no serviço de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis;
l) procedimentos relacionados com planejamento da infraestrutura aeroportuária no que tange a

33
passageiros, movimento de aeronaves, carga e mala postal;
m) índices técnicos para operação e manutenção da infraestrutura aeroportuária;
n) condicionantes e padrões técnicos referentes à operação e à certificação de aeródromos, aos
serviços de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis, planos de
zoneamento de ruído e ao controle do perigo da fauna nos aeródromos;
o) condicionantes e padrões técnicos quanto à segurança operacional dos aeroportos;
p) padrões técnicos e instruções para a execução e o acompanhamento das atividades de
prevenção, salvamento e combate a incêndio nos aeródromos civis, bem como para a habilitação
de recursos humanos, certificação de empresas e de equipamentos especializados e de agentes
extintores; e
q) segurança contra atos de interferência ilícita do transporte aéreo nacional;

 Fiscalizar a instalação e o funcionamento de qualquer serviço de infraestrutura


aeroportuária, respeitadas as atribuições das demais autoridades;
 Subsidiar tecnicamente a fiscalização da prestação de serviços de infraestrutura
aeroportuária;
 Homologar, registrar e emitir certificado operacional de aeródromos;
 Fiscalizar a observância dos requisitos técnicos na construção, reforma e ampliação de
aeródromos e aprovar sua abertura ao tráfego;
 Autorizar a abertura ao tráfego aéreo, observada a legislação e as normas pertinentes e
após prévia análise pelo Comando da Aeronáutica, sob o ponto de vista de segurança da
navegação aérea;
 Promover a modernização e a expansão de capacidade das infraestruturas físicas e
operacionais existentes, bem como a intensificação da utilização dessas infraestruturas;
 Assegurar o cumprimento das normas pertinentes ao meio ambiente, na área de
influência dos aeródromos, de forma a garantir o desenvolvimento sustentável da aviação
civil;
 Assegurar a implementação dos padrões de segurança operacional e de segurança da
aviação civil contra atos de interferência ilícita;
 Propor normas e padrões técnicos para o desenvolvimento de Planos e Programas de
Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita dos operadores de

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aeródromos, empresas aéreas, empresas de táxi aéreo, aviação geral, concessionários
aeroportuários, agentes de carga aérea e outras empresas de serviço instaladas nos
aeroportos;
 Fomentar a capacitação técnica inerente às atividades de segurança contra atos de
interferência ilícita do transporte aéreo nacional;
 Analisar e aprovar os Planos e Programas de Segurança da Aviação Civil contra Atos de
Interferência Ilícita;
 Fiscalizar, nos assuntos de sua competência, a implementação dos procedimentos de
segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita;
 Implementar programas de incentivos para o aumento da produtividade do setor de
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária para viabilizar o acesso à infraestrutura e ao
transporte aéreo nas localidades não atendidas;
 Propor à Diretoria a participação e o afastamento de servidores para eventos de
capacitação, lato e stricto sensu, na forma da legislação em vigor;
 Homologar empresas prestadoras de serviços e centros de treinamento referentes à
prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis;
 Desenvolver estudos de logística para os segmentos de passageiros e carga aérea;
 Desenvolver e acompanhar estudos, projetos e programas para a modernização e a
expansão da capacidade das infraestruturas aeronáuticas e aeroportuárias;
 Propor regras e padrões relativos à infraestrutura aeroportuária;
 Estruturar, analisar e manter atualizadas informações técnico-econômicas sobre a
infraestrutura aeronáutica e aeroportuária brasileira, dos correspondentes serviços
infraestruturas e dos que lhe são conexos e os indicadores internacionais,
disponibilizando as informações para o conhecimento público;
 Estabelecer diretrizes, normas e padrões técnicos para o desenvolvimento, a aprovação e
a execução de planos diretores, planos aeroviários e projetos de infraestrutura
aeroportuária e suas alterações relativos à construção, reforma, modernização e
expansão de capacidade de aeródromos civis, públicos e privados, observadas, no que
couber, as orientações, diretrizes e políticas estabelecidas pelo governo federal;
 Contribuir, dentro das atribuições legais da ANAC e das competências da
Superintendência de Infraestrutura Aeroportuária, propondo condicionantes e padrões
técnicos para o estabelecimento de Zonas de Proteção de Aeródromos, Zonas de
Proteção de Helipontos e Zonas de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea, básicos ou
específicos;
 Acompanhar, sob o aspecto da segurança operacional, as obras de infraestrutura nas
áreas de movimento dos aeroportos;
 Acompanhar e divulgar estudos e programas que visam assegurar o desenvolvimento da
infraestrutura aeroportuária, assim como sua fiscalização quanto à segurança
operacional, em consonância com as normas pertinentes ao meio ambiente, em proveito
do desenvolvimento sustentável da aviação civil;
 Coordenar a elaboração de planos, programas, pareceres, normas e de outros
documentos objetivando a padronização e a redução dos impactos urbanos e ambientais
gerados pelos aeródromos em proveito da segurança operacional;
 Participar do processo de regulação e concessão das autorizações de horários de
transporte - HOTRAN, observando os condicionantes da gestão do tráfego aéreo e da
infraestrutura aeroportuária;

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 Coordenar a emissão de NOTAM quanto à execução de obras e serviços aeroportuários, à
existência de perigo operacional e às não-conformidades que afetam a segurança
operacional das aeronaves;
 Coordenar a elaboração de planos, programas, pareceres, normas e de outros
documentos, objetivando a padronização e a eficiência dos serviços de prevenção,
salvamento e combate a incêndio em aeródromos civis;
 Definir requisitos técnicos, especificações e testes de desempenho que os equipamentos
especializados de prevenção, salvamento e combate a incêndio em aeronaves devem
atender, bem como acompanhar e avaliar o nível de proteção contra incêndio existente
nos aeródromos civis;
 Analisar e estudar estatisticamente informações referentes aos acidentes ou incidentes
aeronáuticos onde tenham existido a intervenção dos serviços de prevenção, salvamento
e combate a incêndio nos aeródromos civis;
 Fiscalizar os planos de contra incêndio de aeródromos civis;
 Fiscalizar as medições de atrito e de textura dos pavimentos das pistas de pouso e
decolagem;
 Desenvolver atividades relacionadas à capacitação técnica no que se refere à segurança
contra atos de interferência ilícita do transporte aéreo nacional;
 Coordenar ações visando à elaboração e a implementação do PNAVSEC junto aos
organismos intervenientes, em especial o Departamento da Polícia Federal (DPF), a
Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB),
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Vigilância Agropecuária
Internacional (VIGIAGRO), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e agentes de
segurança pública Estaduais e Municipais;
 Aprovar, fiscalizar e controlar os Planos e Programas de Segurança da Aviação Civil contra
Atos de Interferência Ilícita das administrações aeroportuárias, empresas aéreas,
empresas de táxi aéreo, aviação geral, concessionários aeroportuários, agentes de carga
aérea e outras empresas de serviços instaladas nos aeroportos;
 Planejar, executar e controlar as inspeções aeroportuárias envolvendo os enfoques da
segurança da aviação civil, infraestrutura aeroportuária e operações incluindo certificação
operacional, meio ambiente e serviços de combate a incêndio;
 Regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas pelas Unidades Administrativas
Regionais em áreas técnicas de competência da Superintendência de Infraestrutura
Aeroportuária;
 Supervisionar a autorização e o desenvolvimento de cursos na área de segurança da
Aviação Civil;
 Subsidiar tecnicamente o desenvolvimento e a supervisão do Programa Nacional de
Gerenciamento do Risco da Fauna em coordenação com as autoridades ambiental e
aeronáutica militar; e
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

 SPI - Superintendência de Planejamento Institucional

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Planejamento Institucional


(SPI) tem as seguintes atribuições:

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 Formular, propor, coordenar e apoiar a implementação de programas, projetos e ações
sistêmicas integradas voltadas ao fortalecimento institucional da Agência;
 Coordenar e integrar a atuação das unidades da Agência com vistas ao cumprimento das
políticas, metas e projetos estabelecidos;
 Coordenar, orientar e supervisionar o processo de planejamento estratégico da Agência;
 Propor a elaboração de políticas e diretrizes estratégicas de atuação da Agência;
 Promover a articulação institucional, fomentando a capacidade do pensamento
estratégico, bem como da mensuração, avaliação e divulgação de resultados da
Agência;
 Orientar, acompanhar, e apoiar a realização de grupos de trabalho, comissões e outros,
objetivando a integração de ações entre as unidades da Agência;
 Elaborar estudos e relatórios gerenciais estratégicos sobre os resultados da Agência;
 Elaborar propostas de ações objetivando auxiliar na articulação das ações executadas
pelas Unidades Administrativas Regionais com as orientações emanadas das
Superintendências;
 Analisar e propor o aperfeiçoamento da estrutura organizacional e dos processos e
procedimentos administrativos visando à modernização institucional, a desburocratização
e o fortalecimento da gestão interna;
 Coordenar a elaboração do Relatório de Gestão;
 Planejar, propor à diretoria e executar as ações de fomento à aviação civil, em especial as
relacionadas à capacitação de profissionais para o Sistema de Aviação Civil com a
finalidade de propiciar incentivos à sua formação;
 Exercer a função de escritório de projetos da Agência;
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

 SRA - Superintendência de Regulação Econômica de Aeroportos

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Regulação Econômica de


Aeroportos (SRA) tem as seguintes atribuições:

 Submeter à Diretoria:

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a) proposta de outorga de autorização e concessão para exploração de aeródromos civis públicos;
b) parecer sobre anuência prévia para a transferência do controle societário ou de ações
representativas do capital de empresas que importem na transferência da concessão ou do
controle societário de empresas concessionárias de exploração de infraestrutura aeroportuária;
c) proposta de prorrogação da outorga da exploração de infraestrutura aeroportuária;
d) parecer sobre intervenção do poder concedente na concessão da exploração de infraestrutura
aeroportuária;
e) proposta de extinção ou revogação de atos de outorga de exploração da infraestrutura
aeroportuária;
f) parecer sobre proposta de plano de outorga elaborada pela Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República;
g) proposta de aplicação, a empresas detentoras de outorga para exploração de infraestrutura
aeroportuária, de penalidades de suspensão do direito de participar de licitações e contratar com
a administração pública e de caducidade de contrato, bem como medidas acautelatórias
previstas;
h) proposta de estabelecimento de regime de tarifas aeroportuárias;
i) proposta de medidas regulatórias para o aprimoramento da regulação tarifária de infraestrutura
aeroportuária;
proposta de atos normativos que discipline a alocação e remuneração de áreas aeroportuárias;
proposta de atos normativos referentes à qualidade dos serviços prestados pelos operadores de aeródromo;
proposta de atos normativos referentes à outorga e à exploração de infraestrutura aeroportuária concedida;

Emitir, no que tange suas competências, parecer sobre proposta de edição de normas ou procedimentos;
Cumprir e fazer cumprir, na fiscalização da exploração da infraestrutura aeroportuária, as obrigações do poder out
Monitorar a prestação dos serviços de infraestrutura aeroportuária;
Compor, administrativamente, conflitos de interesses entre:

a) prestadoras de serviços de infraestrutura aeroportuária entre si; e


b) prestadoras de serviços aéreos e prestadoras de serviços de infraestrutura aeroportuária,
ouvida a Superintendência de Acompanhamento de Serviços Aéreos;

 Aplicar as penalidades de advertência e multa previstas no âmbito da exploração de


infraestrutura aeroportuária, bem como propor a Diretoria a aplicação das demais
penalidades;
 Gerir os contratos de concessão de infraestrutura aeroportuária;
 Expedir anuência prévia para alteração no controle societário ou transferência de
participação societária em empresas concessionárias de infraestrutura aeroportuária,
bem como em suas controladoras, com exceção das que importem na transferência da
concessão ou do controle societário, que observarão o disposto no inciso I, alínea “b”,
deste artigo;
 Acompanhar projetos de delegação de infraestrutura aeroportuária;

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 Fixar, revisar e reajustar os valores dos tetos das tarifas aeroportuárias e de preços
específicos relativos à prestação de serviços de infraestrutura aeroportuária e dos que lhe
são conexos;
 Elaborar estudos sobre regulação econômica de infraestrutura aeroportuária;
 Elaborar modelos regulatórios para a delegação à iniciativa privada de infraestrutura
aeroportuária;
 Elaborar e manter atualizado os regulamentos que tratam de documentos,
demonstrações contábeis, e relatórios padronizados a serem apresentados pelos
aeroportos;
 Elaborar e manter atualizado plano de contas regulatório com vistas a permitir a
adequada gestão dos contratos de concessão;
 Monitorar os preços específicos relativos à prestação dos serviços de infraestrutura
aeroportuária;
 Receber, fiscalizar e estruturar as informações estatísticas e contábeis recebidas dos
aeroportos;
 Promover e divulgar medidas para a melhoria da qualidade do serviço prestado pelos
operadores de aeródromo;
 Coordenar a representação da ANAC em discussões relativas à facilitação do transporte
aéreo com as demais superintendências;
 Comunicar, no que tange a suas competências, aos órgãos e entidades do Sistema
Brasileiro de Defesa da Concorrência fato que configure ou possa configurar infração
contra a ordem econômica, ou que comprometa a defesa ou a promoção da
concorrência;
 Implementar políticas públicas para viabilizar o acesso à infraestrutura aeroportuária;
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

 SPO - Superintendência de Padrões Operacionais

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Padrões Operacionais – SPO


tem as seguintes atribuições:

 Submeter à Diretoria projetos de atos normativos sobre padrões operacionais


relacionados à certificação e fiscalização, no âmbito operacional, de operadores aéreos,
de operações aéreas, de transporte de artigos perigosos, de organizações de instrução, de
equipamentos simuladores de voo para instrução e treinamento de tripulantes, de
médicos e clínicas médicas executores de exames médicos para emissão de certificados
médicos, de fatores humanos relacionados às operações aéreas, de avaliação operacional
de aeronaves e de pessoas integrantes do cenário operacional;
 Promover estudos, emitir parecer, propor normas e participar, mediante deliberação da
Diretoria, de Painéis Técnicos, Grupos de Estudo, Grupos de Trabalho, e outros eventos
similares, nacionais e internacionais relativos a:

a) padrões operacionais mínimos a fim de garantir a segurança operacional, em especial aqueles


ligados à operação de aeronaves, transporte de artigos perigosos, organizações de instrução e a
licença de pessoal e sua certificação e fiscalização, coordenando, quando necessário, com os
setores correlatos das demais Superintendências da ANAC, incluindo a isenção de seus requisitos;
b) padrões relacionados à saúde, fatores humanos e ergonomia de tripulantes, bem como

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medidas a serem adotadas pelas empresas prestadoras de serviços aéreos para prevenção, por
seus tripulantes ou pessoal técnico de manutenção e operação que tenha acesso às aeronaves,
quanto ao uso de substâncias entorpecentes ou psicotrópicas, que possam produzir dependência
física ou psíquica, permanente ou transitória;
c) padrões relacionados a atividade de médicos e clínicas médicas credenciados a fim de elaborar
pareceres médicos para emissão de Certificado Médico Aeronáutico (CMA);
d) padrões operacionais relacionados a avaliação operacional de aeronaves e avaliação de
dispositivos de treinamento de voo para treinamento de tripulantes;
e) padrões operacionais relacionados a certificação e vigilância continuada de equipamentos
simuladores de voo para instrução e treinamento de tripulantes;
f) padrões relacionados à avaliação de proficiência linguística de tripulantes;
g) utilização e aplicação de novas tecnologias aeronáuticas nas operações aéreas;

 Propor a atualização dos padrões de certificação operacional e estabelecer padrões


relativos a processos de autorização de operações com base na evolução dos padrões
operacionais nacionais e internacionais e da tecnologia aeronáutica disponível;
 Emitir parecer sobre:

a) padrões mínimos de desempenho e eficiência, sob o aspecto de segurança operacional, a


serem cumpridos pelos operadores aéreos, em articulação com as demais Superintendências;
b) normas e procedimentos de controle do tráfego aéreo propostos pelo Comando da
Aeronáutica, que tenham repercussão nas práticas e padrões operacionais dos operadores
aéreos;
c) interpretação de normas e recomendações internacionais relativas às atividades de sua
competência, na esfera técnica, inclusive os casos omissos;

 Propor aos órgãos interessados medidas para implementar as normas e recomendações


da Organização de Aviação Civil Internacional - OACI, avaliando os resultados e sugerindo
as alterações necessárias ao aperfeiçoamento dos serviços aéreos, notificando à OACI e
publicando as diferenças na área de competência da Superintendência de Padrões
Operacionais, quando for o caso;
 Participar de negociação, realizar intercâmbio e articular-se, quando determinado pela
Diretoria, com autoridades aeronáuticas estrangeiras, para validação recíproca de
atividades relativas ao estabelecimento de padrões operacionais a fim de garantir nível
aceitável de segurança operacional;
 Proceder à certificação e emitir, suspender, revogar ou cancelar certificados, atestados,
aprovações e autorizações, relativos às atividades sob responsabilidade da
Superintendência de Padrões Operacionais, observados os padrões e normas
estabelecidos e, em especial:

a) reconhecer a certificação estrangeira, nos termos dos acordos internacionais celebrados com
outros países;
b) emitir, suspender, revogar e cancelar certificado de operadores aéreos, de transporte de
artigos perigosos e de organizações de instrução;
c) emitir, suspender, revogar e cancelar licenças de pessoal e certificados de habilitação técnica e
de capacidade física e mental;
d) avaliar e qualificar os dispositivos simuladores de voo para instrução e treinamento de

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tripulantes, com vistas a sua qualificação e ao controle recorrente dessa qualificação;
e) emitir, suspender, revogar e cancelar autorizações de operações aéreas especiais solicitadas
por operadores aéreos; e
f) emitir, suspender, revogar e requalificar nível de proficiência em língua inglesa de tripulantes;

 Estabelecer rotinas pertinentes à certificação e vigilância continuada no que concerne às


operações aéreas, ao transporte aéreo de artigos perigosos, às organizações de instrução,
às licenças de pessoal, à habilitação técnica e à capacidade física e mental de tripulantes,
incluindo a realização de inspeções, vistorias, auditoria, voos de acompanhamento
operacional, voos de verificação de proficiência técnica, testes e demais procedimentos
pertinentes ao cumprimento dos padrões operacionais estabelecidos a fim de garantir a
segurança operacional, inclusive em aeronaves estrangeiras em operação em território
brasileiro;
 Promover a apreensão de bens e produtos aeronáuticos de uso civil, que estejam em
desacordo com as especificações;
 Credenciar, nos termos estabelecidos em norma específica, pessoas físicas ou jurídicas,
públicas ou privadas, de notória especialização, de acordo com padrões
internacionalmente aceitos para a aviação civil, para expedição de laudos, pareceres ou
relatórios que demonstrem o cumprimento dos requisitos necessários à emissão de
certificados ou atestados relativos às atividades de sua competência, bem como
descredenciar quando julgado apropriado;
 Delegar, quando necessário, qualquer de suas atribuições, salvo aquelas que, pela sua
própria natureza ou por vedação legal, só possam ser por ela implementadas
privativamente;
 Regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas pelas Unidades Administrativas
Regionais em áreas técnicas de competência da Superintendência de Padrões
Operacionais;
 Coordenar, regular, padronizar e normatizar as atividades exercidas pelas Unidades
Administrativas Regionais em áreas técnicas de competência da Superintendência de
Padrões Operacionais;
 Avaliar operacionalmente os modelos de aeronaves a serem operados no Brasil, em
coordenação com a Superintendência de Aeronavegabilidade, com vistas ao
estabelecimento de padrões de treinamento de tripulantes;
 Analisar, dar parecer e tomar ação, conforme aplicável, sobre recomendação de
segurança de voo relativa à investigação de acidente e de incidente aeronáutico;
 Definir os pré-requisitos, a qualificação mínima e o padrão de treinamento e reciclagem
para os servidores e credenciados de sua área de competência;
 Definir o conteúdo programático mínimo e, quando aplicável, a carga horária e demais
disposições normativas necessárias para obtenção de licenças, habilitações ou
certificados emitidos segundo o RBAC 61, o RBHA 63 e o RBHA 65, ou regulamentos que
vierem a substituí-los;
 Julgar, em primeira instância, os recursos referentes aos Autos de Infração emitidos
quando da realização das atividades de vigilância continuada e fiscalização sob
competência desta Superintendência;
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

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 STI - Superintendência de Tecnologia
da Informação

Atribuições

De acordo com o Regimento Interno da ANAC, a Superintendência de Tecnologia da Informação


(STI) tem as seguintes atribuições:

 Estabelecer e formular estratégias e padrões relacionados com a administração dos


recursos de tecnologia da informação para a sistematização e disponibilização de
informações gerenciais, visando dar suporte ao processo decisório da Agência;
 Suprir e dar suporte às áreas da Agência na infraestrutura, execução e gerenciamento dos
projetos de tecnologia da informação necessários ao desenvolvimento das atividades
finalísticas e de gestão interna;
 Coordenar, supervisionar, acompanhar, controlar e avaliar a execução das atividades
relacionadas com a infraestrutura de tecnologia da informação, desenvolvimento de
projetos e sistemas de informação, segurança da informação e inovação tecnológica no
âmbito da Agência;
 Elaborar, propor e manter o Plano Diretor de Tecnologia da Informação;
 Organizar, dirigir, controlar e avaliar os serviços de segurança da informação e inovação
 tecnológica da Agência;
 Propor parcerias e intercâmbios de recursos, informações, tecnologias, produtos e
serviços com empresas públicas e privadas, instituições de pesquisa e desenvolvimento, e
com demais organizações afins em matérias do seu âmbito de atuação;
 Definir e regulamentar a execução das normas e procedimentos de acesso e uso de
serviços de comunicações, das atividades de gestão da infraestrutura de rede corporativa,
dos serviços de suporte técnico das redes locais e remotas, da política de segurança e
plano de contingência, e atendimento via suporte técnico aos usuários;
 Exercer outras atividades que lhe forem atribuídas pela Diretoria.

Seções de Aviação Civil


As Seções de Aviação Civil estão subordinadas aos Núcleos Regionais de Aviação Civil (NURAC) de
sua área e estão localizadas nos principais aeroportos do país. Estas seções têm como
característica o atendimento ao público e a fiscalização das empresas e profissionais do setor.

Inspetor de Aviação Civil-INSPAC e Examinador Credenciado

Desempenham suas funções verificando a proficiência dos aeronautas, a formação, o treinamento


e aperfeiçoamento do pessoal, e inspecionando aeronaves, oficinas de manutenção, empresas e
escolas, contribuindo para o transporte aéreo e condições necessárias a segurança de voo, em
proveito do usuário.

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Organizações da estrutura do COMAER- elos executivos do SAC

COMAR- Comando Aéreo Regional: intervém no sistema de Aviação Civil nas áreas de segurança
aeroportuária e nos planos de zonas de proteção dos aeródromos, através de seus órgãos
subordinados (SERENG, SERPAT, SRPV, CINDACTA E BINFA). Interagem e desenvolvem a região
amazônica através da COMARA.

CTA- Centro Técnico Aeroespacial: dentre suas múltiplas atividades encontram-se a homologação
de equipamentos aeronáuticos, o controle e a homologação da fabricação de peças e
equipamentos e a formação de técnicos e engenheiros com destino ao CTA e à aviação civil.
Localiza-se em São José dos Campos e é o Departamento de Aviação Militar.

DIRSA- Diretoria de Saúde da Aeronáutica: realiza através do CEMAL (Centro de Medicina


Aeroespacial), a seleção e o controle médico periódico do pessoal aero navegante.

DIRENG- Diretoria de Engenharia da Aeronáutica: organização do MAER que participa


diretamente do SAC através dos Serviços Regionais de Engenharia (SERENG), na implantação e na
manutenção da infraestrutura aeroportuária.

DECEA- Departamento de Controle do espaço Aéreo: sua missão é planejar, implantar, integrar,
normatizar, coordenar e fiscalizar as atividades de controle do espaço aéreo brasileiro, de
telecomunicações aeronáuticas e de informática.

É o órgão diretivo principal (Central) do SISCEAB- Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.
Pertencente à estrutura básica do comando da aeronáutica, tem sua constituição e atribuições
gerais estabelecidas em regulamento próprio. Órgão normatizador e executor da proteção ao
Voo.

O SISCEAB congrega vários órgãos e serviços que são:

ATS- Air Traffic Service (Serviços de Tráfego Aéreo)

AIS – Aeronautical Information Service (Serviço de Informação Aeronáutica)

MET – (Meteorology) Serviço de Meteorologia Aeronáutica

COM – (Comunnication) Serviço de Telecomunicações Aeronáuticas

SAR- (Search and Rescue) Serviço de Busca e Salvamento Para fins de atuação do SISCEAB, a
DECEA dividiu o espaço aéreo brasileiro em seis RCEA (Região de Controle do Espaço Aéreo), cada
um contendo as FIR-Região de Informação de Voo, RDA– Região de Defesa Aérea e SRR – Região
de Busca e Salvamento.

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SRPV – Serviço Regional de Proteção ao Voo, organização integrante do Sistema de Proteção ao
Voo, diretamente subordinada ao DECEA, tem por finalidade a execução, dentro de sua área de
jurisdição, das atividades relacionadas com o referido sistema, segundo normas, critérios,
princípios e programas elaborados pelo DECEA. Mantém e assegura a operacionalidade, dos
equipamentos de eletrônica e proteção ao voo sob sua responsabilidade.

Exercem suas atividades dentro da área de jurisdição do respectivo Comando Aéreo regional-
COMAR.

Nos aeródromos providos de serviços de tráfego aéreo estão localizados os Destacamentos de


Controle do Espaço Aéreo- DTCEA, órgãos diretivos subordinados técnica e operacional aos SRPV,
que tem como atribuições gerais assegurar a execução das atividades relacionadas.

Com eletrônica e proteção ao voo, mantendo a operacionalidade dos equipamentos, na área de


sua responsabilidade.

CINDACTA- CINDACTA

Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo: subordinados à DECEA são
responsáveis não só pelo desempenho das funções relacionadas ao controle do espaço aéreo sob suas jurisdições,

ÓRGÃOS INTERVENIENTES E ELOS EXECUTIVOS DO SAC

Estão localizados na estrutura básica e somam-se a estes os Órgãos ou elementos estranhos que
por força de convênios, contratos ou concessão, explorem os serviços públicos relacionados com
aviação civil.

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- Aviação Geral

Com suas aeronaves de pequeno porte, em permanente cobertura do imenso território nacional.

- Entidades Aero desportivas

Com as escolas e aeroclubes voltados para a formação profissional e o aero desporto.

Devem ser consideradas não simplesmente como transportadoras de pessoas e coisas, mas sim
como fator de intercâmbio nacional, marcando a presença de nossa bandeira no exterior.

- Empresas De Manutenção

Espalhadas por todo Brasil apoiando a atividade aeronáutica.

- Indústria aeronáutica

Tem como expoente a EMBRAER (Empresa Brasileira de Aeronáutica), empresa construtora de


aviões que tem se firmado no mercado internacional, mercê do alto padrão de tecnologia
empregada na construção e na fabricação de suas aeronaves.

- Departamentos Aeroviários Do Estado

Paulatinamente vem assumindo suas atribuições no desenvolvimento da infraestrutura aeroportuária.

Escolas de Aviação Civil

Entidades de Ensino Superior

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protegida pelas leis de direitos autorais internacionais.

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