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A excelência da aviação aplicada ao treinamento

Preparatório para Comissários de Voo


CADERNO IV - CGA

CADERNO IV – CGA
1. Meteorologia Aeronáutica

CADERNO IV – CGA
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #1
Conceitos, Classificação e Instituições

CADERNO IV – CGA
CONCEITO

METEOROLOGIA:

É um ramo da Geofísica.

É a ciência que estuda a


atmosfera, seus fenômenos
e atividades.
DIVISÃO DA METEOROLOGIA

c
METEOROLOGIA c

Meteorologia Pura Meteorologia Aplicada


É o Estudo voltado para É o estudo voltado para as
a pesquisa: Climatologia, atividades humanas:
Dinâmica, Tropical Polar Meteorologia Aeronáutica,
e etc. Agrícola, Espacial
Marítima e etc.
METEOROLOGIA AERONÁUTICA

Estuda os fenômenos de
tempo que ocorrem na
atmosfera, visando a
economia e a segurança da
circulação do tráfego aéreo.
INSTITUIÇÕES DA METEOROLOGIA
INSTITUIÇÕES DA METEOROLOGIA
METEOROLOGIA GERAL: OMM – ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL

METEOROLOGIA AERONÁUTICA: OACI (ANEXO 3)

NO BRASIL: GOVERNO BRASILEIRO - COMANDO DA AERONÁUTICA (DECEA)

COMANDO DA MARINHA

GOVERNO BRASILEIRO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA


ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
COMANDO DA AERONÁUTICA – DECEA CINDACTA

CENTROS METEOROLÓGICOS
REDE DE ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
Rede de EMS
Estações Meteorológicas de Superfície

Rede de EMA
Estações Meteorológicas de Altitude
12
REDE DE CENTROS METEOROLÓGICOS

Rede de CMV
Centros Meteorológicos de vigilância

Rede de CMA
Centros Meteorológicos de Aeródromo

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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #2
Informações Meteorológicas

CADERNO IV – CGA
INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS

Informações úteis ao planejamento, desenvolvimento e segurança


da navegação aérea.

Temperatura do ar
Pressão atmosférica
Direção e velocidade do vento
Tempo presente, etc.

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INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
METAR - Informe Meteorológico Aeronáutico Regular
METAR SBRF 060300Z 06005KT 9999 SCT020 28/23 Q1009=

SPECI - Informe Meteorológico Especial Selecionado (não regular)


SPECI SBCT 060327Z 13004KT 9999 BKN008 16/16 Q1017=

TAF - Previsão de aeródromo


TAF SBBR 052000Z 0600/0624 00000KT 9999 SCT025 FEW040TCU
TN18/0608Z TX26/0616Z
PROB40 0600/0604 4000 TS BKN010 FEW035CB
BECMG 0604/0606 SCT012
PROB30 0608/0612 BKN010
BECMG 0612/0614 08003KT 9999 BKN025 FEW040CB
TEMPO 0617/0621 TSRA SCT030 FEW040CB RMK PDS=
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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

Exposição

Análise

Coleta
CLIENTE
Divulgação

Observação

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

OBSERVAÇÃO:
Verificação visual ou instrumental das condições
meteorológicas, numa determinada hora ou local.
Pode ser em superfície ou em altitude.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

DIVULGAÇÃO:
É a transmissão das observações realizadas para
fins de difusão.
Ex.: remessa das Estações para os Centros.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
COLETA:
É a coleção das observações feitas, para fins meteorológicos.
Ex.: Recepção de dados enviados pelas Estações aos Centros.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA
ANÁLISE:
Estudo e interpretação das observações coletadas
para fins de previsões meteorológicas.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

EXPOSIÇÃO:
Entrega das previsões para
consulta aeronáutica sob a forma
de produtos: METAR, TAF, SIGMET
ou SPECI.

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PROCESSO DE PRODUÇÃO DA INFORMAÇÃO METEOROLÓGICA

Exposição

Análise

Coleta
CLIENTE
Divulgação

Observação

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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #3
O Planeta Terra e o Sistema Solar

CADERNO IV – CGA
O SISTEMA SOLAR

Sistema é um conjunto formado por uma estrela e todos os objetos que


orbitam à sua volta.
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O SISTEMA SOLAR

ASTROS LUMINOSOS:
estrelas.

SISTEMA SOLAR

ASTROS ILUMINADOS:
planetas e satélites.

26
As Galáxias e o Universo

Quando vários sistemas se encontram reunidos em um grupo, passam a


constituir uma galáxia. A nossa galáxia é a Via Láctea.

O Universo é constituído pelo conjunto total das galáxias.


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Movimentos da Terra

28
AFÉLIO E PERIÉLIO

AFASTADO

PERIÉLIO AFÉLIO
d Mínima d Máxima

PERTO

ÓRBITA ELÍPTICA DA TERRA

29
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
30
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
31
MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO

EQUINÓCIO

SOLSTÍCIO

d Mínima d Máxima
SOLSTÍCIO

EQUINÓCIO
32
MOVIMENTOS DA TERRA
Rotação: Responsável pelos dias e noites;
Duração 23h 56min 4,09s.

Translação ou Revolução: Responsável pelas Estações do Ano;


Tempo 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos;
A cada 4 anos, um ano de 366 (bissexto).

Solstício de Verão – Dias maiores que as noites;


Solstício de Inverno – Noites maiores que os dias;
Equinócio – Dias e noites iguais.
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MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO
21-22 março
N - Primavera EQUINÓCIO

S - Outono 21-22 dezembro


21-22 junho SOLSTÍCIO
SOLSTÍCIO N - Verão N - Inverno

d Mínima d Máxima

S - Inverno
S - Verão

N - Outono

S - Primavera 22-23 setembro


EQUINÓCIO Observação: As datas podem variar!
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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #4
Coordenadas Geográficas

CADERNO IV – CGA
COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Ponto de encontro das Linhas imaginárias (paralelos e meridianos)


que servem para localizarmos um ponto na superfície terrestre.

Paralelos Meridianos
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MERIDIANOS

Meridiano é qualquer semicírculo máximo que passa pelos dois


polos do planeta.
Os meridianos dividem a Terra como se ela fosse uma laranja com
gomos.
Meridianos Importantes:
Greenwich (Meridiano Zero)
Antimeridiano de Greenwich
(Linha Internacional de Mudança de datas)

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LONGITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e o Meridiano de
Greenwich.
- Medida em graus
- Varia entre 00 e 180º
De Greenwich para Oeste (W)
De Greenwich para Leste (E)

Meridiano de Greenwich = Meridiano Padrão.


Cada Meridiano corresponde a 1 fuso horário.

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PARALELOS

Paralelo (ou paralelo geográfico) é todo círculo menor na posição


horizontal, perpendicular ao eixo terrestre e, portanto, paralelo à
linha do equador.

Paralelos Importantes:
Equador;
Trópico de Câncer;
Trópico de Capricórnio;
Circulo Polar Ártico; e
Circulo Polar Antártico.

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LATITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e a linha do Equador.
- Medida em graus
- Varia entre 00 e 90º
Do Equador para Norte (N)
Do Equador para Sul (S)

40
ZONAS CLIMÁTICAS

Zona Polar Ártica

Zona Temperada

Zona Tropical Zona Equatorial

Zona Temperada

Zona Polar Antártica

41
ZONAS CLIMÁTICAS
Zona Equatorial - Compreendidas imediatamente em torno do Equador
Geográfico.
A Zona de Convergência Intertropical (ITCZ), também conhecida como Equador
Meteorológico ou Convergência Intertropical (CIT).
Zona Tropical - Latitudes tropicais compreendidas entre os trópicos de Câncer
e Capricórnio.
Zona Temperada - Compreendidas 23º 27’ e 66º 33’ (Círculos Polares) de cada
hemisfério. Aqui, as quatro estações do ano são bem definidas.
Zona Polar – são aquelas compreendidas entre 66º 33’ (Círculos Polares) e 90º
(Polos).
O dia e a noite polar têm duração de seis meses.

42
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #5
Atmosfera Terrestre

CADERNO IV – CGA
ATMOSFERA TERRESTRE

Atmosfera é uma mistura mecânica,


inodora e incolor de gases, que envolve
o planeta e na qual cada componente
exerce função definida.
Composição (sempre Ar Seco):
Nitrogênio (N2) – 78%
Oxigênio (O2) – 21%
Gases Nobres – 1%
Desconsidere as impurezas e o vapor d’água.

Função:
A Atmosfera realiza a filtragem seletiva
das Radiações Solares
44
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

É a divisão superposta da estrutura


da atmosfera terrestre baseada na
distribuição vertical de temperatura.

45
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

TROPOSFERA
Camada mais baixa da atmosfera onde ocorrem os principais fenômenos
meteorológicos;

Equador: 17 a 19 Km
Altura da Camada Latitudes Temperadas: 13 a 15 Km
Polos: 7 a 9 Km

Característica: Gradiente Térmico = 0,65ºC/100m ou 2ºC/1.000 ft

46
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

TROPOPAUSA
Zona de transição que separa a Troposfera da Estratosfera.
Espessura: de 3 a 5 Km
Característica: Isotermia (mesma temperatura)

ESTRATOSFERA
Camada seguinte à Troposfera com extensão de 70 Km;
Início da Difusão da luz (Cor azulada do céu).

Camada de Ozônio ou Ozonosfera: Funciona como filtro seletivo dos raios


ultravioleta. Responsável pela absorção de 75% dos raios ultravioletas.

47
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA
IONOSFERA
Camada acima da Estratosfera;
Início da filtragem seletiva da radiação solar;
Absorve a radiação composta por raios X, Gama e Ultravioleta;
Reflexão das ondas de rádio;
Camada eletrizada, ótima condutora de eletricidade devido a presença de íons
eletrificados;
Ionização maior durante o dia;
Estende-se até cerca de 400 a 500 Km.

EXOSFERA
Estende-se verticalmente até 1.000 Km de altitude;
Confunde-se gradativamente com o espaço interplanetário;
Não exerce efeito de filtragem seletiva.
48
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA

EXOSFERA ERREI

IONOSFERA INFELIZMENTE

ESTRATOSFERA E

TROPOPAUSA TENTEI

TROPOSFERA TENTEI

49
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #6
Filtragem Seletiva da Atmosfera

CADERNO IV – CGA
FILTRAGEM SELETIVA DA ATMOSFERA

Filtragem Seletiva:
Absorção;
Difusão;
Reflexão.

51
ABSORÇÃO

Ocorre em maior número nas


camadas superiores da atmosfera,
onde são absorvidas as energias mais
penetrantes, tais como Raios
Ultravioletas Raio X, Raios Gama. A
atmosfera funciona como uma
“esponja”.

52
DIFUSÃO

É quando a onda de luz (radiação solar)


se “choca” com partículas da atmosfera
e se difunde, ou seja, se espalha em
todas as direções.

A difusão é responsável pela coloração do


céu. A luz que melhor se difunde na
atmosfera é a de cor azul.

53
DIFUSÃO

A difusão também é responsável


pela restrição à visibilidade.

54
REFLEXÃO

A energia luminosa é
refletida de volta para o
espaço, em sua maioria
pelo topo das nuvens e pela
superfície terrestre.

55
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #7
Radiação e Equilíbrio Térmico Terrestre

CADERNO IV – CGA
CONCEITOS
Radiação Solar: do sol (dia);

Radiação Terrestre: da superfície (noite);

Insolação: radiação solar que consegue


chegar à superfície terrestre após a
filtragem seletiva.

Equilíbrio Térmico da Terra: resultado


entre o aquecimento diurno e o
esfriamento noturno.

57
INSOLAÇÃO

Insolação é a radiação solar que atinge a


superfície da Terra;

Constante Solar : Quantidade de energia


solar que alcança o limite superior da
atmosfera terrestre;
Não varia, é constante;
Valor = 1,94 cal/cm2/min.

58
INSOLAÇÃO

A intensidade e o tempo de
duração da insolação são
medidos por um instrumento
chamado Heliógrafo.

59
RADIAÇÃO SOLAR

Durante o dia, os 100% de


radiação acontece :
25% de Reflexão;
18% de Absorção;
15% de Difusão; e
42% de Insolação.

60
RADIAÇÃO TERRESTRE

À noite, os 42% de insolação que


atingiram a Terra:
2% retidos na superfície;
18% absorvidos pelo Efeito Estufa;
14% voltam para a atmosfera;
8% retornam para o espaço.

61
ALBEDO

É a capacidade de reflexão
de uma superfície. É a
relação entre o total de
energia luminosa refletida
por uma superfície e o total
de energia incidente sobre a
mesma.

O Albedo médio da superfície


é de 30 a 35%.

62
EQUILÍBRIO TÉRMICO DA ATMOSFERA

O aquecimento diurno e o resfriamento noturno são responsáveis em


manter as temperaturas na Terra dentro de limites suportáveis,
constituindo o Equilíbrio Térmico da Atmosfera.
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #8
Pressão Atmosférica

CADERNO IV – CGA
PRESSÃO ATMOSFÉRICA

É a força que a Atmosfera exerce sobre a


superfície da Terra, sob o efeito da ação da
gravidade terrestre no peso do ar.

A pressão atmosférica é exercida em todas as


direções.

Resumindo, é a pressão exercida em todos os


sentidos pelos gases que compõem a
atmosfera.

65
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro é o instrumento utilizado


para medir a pressão atmosférica;

Tipos de barômetro:
barômetro de mercúrio;
barômetro aneroide ou metálico;

Barógrafo - mede e registra a pressão


atmosférica.
2 1
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Barômetro de mercúrio
2 1
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

A pressão atmosférica varia com:


Variação com a Altitude: A pressão atmosférica diminui com o aumento da
altitude na razão de 1 hpa para cada 30 pés (Gradiente de Pressão ou
Gradiente Bárico);
Variação com a Densidade: Quanto maior a massa maior a densidade e
maior pressão;
Variação com a Temperatura: Inversamente proporcional à temperatura. Ar
frio é mais pesado que o ar quente.
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Variação com o período do dia: A pressão atmosférica varia em “marés” de


acordo com o período do dia;

Variação com a Latitude: a pressão é maior na linha do Equador;

Variação Dinâmica: Movimento de grandes massas de ar.


MARÉ BAROMÉTRICA

2 máximos 1000H às 2200H


2 mínimos 0400H às 1600H

Maré barométrica :

10 é Máximo
4 é Mínimo
70
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Centros de Alta Pressão


(Anticiclones):

- Associados a Bom Tempo;


- Pressão maior no centro;
- Ventos divergentes.

71
VARIAÇÕES DA PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Centros de Baixa Pressão


(Ciclones):

- Associados a Mau Tempo;


- Pressão menor no centro;
- Ventos convergentes.

72
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #9
Atmosfera Padrão e Altimetria

CADERNO IV – CGA
ATMOSFERA PADRÃO
A atmosférica padrão, do inglês ISA (ICAO Standard Atmosphere ou
International Standard Atmosphere) é uma atmosfera teórica, ideal,
criada para estabelecer parâmetros de comparação com a atmosfera
real.

Alguns Valores da ISA

Pressão...................1013,2 hPa / 29,92 Pol Hg

Temperatura............15ºC / 59ºF

Gradiente Térmico.....0,65ºC/100m = 2ºC /1000pés

Latitude Média..........45º
PRESSÃO ATMOSFÉRICA PADRÃO

A pressão atmosférica aferida na atmosfera ISA recebe a designação de


1 atm (uma atmosfera) e terá a seguinte equivalência em outras
escalas:

1 atm = 76 cm Hg = 760 mm Hg = 1013.2 mb = 1013.2 hPa

Unidades:
atm (atmosfera);
mm de Hg (milímetros de Mercúrio);
hPa (Hectopascal) - utilizada na aviação no Brasil;
Mb (milibares).
ALTÍMETRO
O Altímetro é o instrumento usado para indicar o posicionamento da
aeronave a partir de uma referência no plano vertical. É um tipo de
barômetro aneroide destinado a registrar alterações da pressão
atmosférica que acompanham as variações de altitude.

O Altímetro usa como referências a pressão medida ao Nível Médio do


Mar - MSL (Mean Sea Level), medida em solo levando-se em
consideração a elevação de um Aeródromo ou medida na Atmosfera
Padrão (ISA). Cada referência fornecerá ao piloto da aeronave uma
leitura diferente.
ALTÍMETRO
ALTIMETRIA

ALTITUDE NÍVEL DE VOO ALTURA


QNH QNE QFE

AERÓDROMO

MSL – NÍVEL MÉDIO DO MAR


ISA – ATMOSFERA PADRÃO
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #10
Calor e Temperatura

CADERNO IV – CGA
CONCEITOS

Calor: É uma forma de energia. É o estado de agitação das moléculas de um


corpo.

Temperatura: é a medida da quantidade de calor de um corpo.

Termômetro: aparelho que fornece a leitura momentânea da temperatura.

Termógrafo: aparelho que mede e registra a temperatura.

80
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E REGISTRO DO CALOR

TERMOMETRO
TERMÓGRAFO

81
ESCALAS TERMOMÉTRICAS

82
ESCALAS TERMOMÉTRICAS
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em 1742 pelo astrônomo
e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta escala tem como pontos de referência a
temperatura de congelamento da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de
ebulição da água sob pressão normal (100 °C).

Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua inglesa, criada em 1708
pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), tendo como referência a
temperatura de uma mistura de gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo
humano (100 °F).

Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico inglês William Thompson
(1824-1907), também conhecido como Lorde Kelvin. Esta escala tem como referência a
temperatura do menor estado de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada
apartir da escala Celsius.
83
CONVERSÃO ENTRE ESCALAS TERMOMÉTRICAS

ºC = 5/9 ( ºF – 32 )
Celsius para Fahrenheit
ºF = 9/5 ºC + 32

Kelvin para Celsius K = ºC + 273

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1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #11
Transmissão de Calor

CADERNO IV – CGA
TRANSMISSÃO DE CALOR

O calor é um tipo de energia e como tal, pode ser transferido de um


corpo para o outro, quando há diferença de temperatura entre eles;

Para exemplificar, a transmissão de calor é uma das razões que


explicam a permanencia em movimento constante do ar atmosférico;

Há quatro processos principais de transmissão de calor: Condução,


Radiação, Convecção e Advecção.

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CONDUÇÃO

É a transmissão de calor de um corpo mais quente a um mais frio,


molécula a molécula através da matéria, sem o transporte de matéria,
apenas da energia.

O ar permanecendo sobre uma superfície mais quente adquire calor por


condução e aquele que está sobre uma superfície mais fria perde calor
por condução.

Melhores Condutores: Metais


Péssimos Condutores: Cortiça, Amianto, Feltro, Lã, etc

87
CONDUÇÃO

É mais efetivo nos corpos solidos, principalmente os metais.

88
RADIAÇÃO
Transporte de calor à distância, sem haver contato entre os corpos.

É um processo de transmitir energia sob forma de ondas, como ondas de


rádio e ondas luminosas.

Tipos: Radiação Solar e Terrestre


A parte da radiação solar que consegue alcançar a superfície terrestre
corresponde a 42%.
Destes apenas 2% é absorvido pela superfície terrestre.
A radiação terrestre é mais intensa em noites de céu claro.
89
RADIAÇÃO

90
CONVECÇÃO
É a transmissão de calor por meio de correntes de ar ascendentes e
descendentes.

Quando o ar fica em contato com uma superfície quente, as camadas


inferiores ficam aquecidas e, em consequência, o ar nestas camadas torna-se
menos denso do que nas camadas superiores e tende a subir.

Para compensar a ascensão de ar quente ocorre um movimento descendente


de ar mais frio.
A convecção na atmosfera é a responsável pela formação de nuvens tipo
cumulus.
91
CONVECÇÃO

92
ADVECÇÃO

É processo de transmissão de calor por meio de movimento


horizontal do ar atmosférico.

Os casos mais típicos de adveção são as massa de ar.

O movimento advectivo é realizado pelos ventos .


ADVECÇÃO
TRANSMISSÃO DE CALOR

Radiação: Transferência de
calor através do espaço.
Ex.: radiação solar, chama do
fogão.

Condução: Transferência de
calor molécula à molécula.
Melhores condutores são os
metais.
TRANSMISSÃO DE CALOR

Convecção: Calor transportado


por movimentos verticais do ar,
formando correntes
ascendentes e descendentes ou
“correntes convectivas”.

Advecção: Calor transportado


por movimentos horizontais da
ar. É o transporte do calor pelo
vento.
TRANSMISSÃO DE CALOR

Efeito Estufa: Quando em noites


nubladas a energia calorífica é
impedida pelas nuvens de ser
irradiada para o espaço.
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #12
Estados Físicos da Água

CADERNO IV – CGA
ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

A água está presente na atmosfera nos seus três estados físicos:

SÓLIDO LÍQUIDO GASOSO

Mudanças de estado físico da água dependem de dois fatores que são:


temperatura e/ou pressão.

99
MUDANÇA DE ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Vaporização ou Evaporação

100
MUDANÇA DE ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA

Fusão: (Sólido-líquido) derretimento do gelo;


Solidificação: (Líquido-sólido) formação das geleiras;
Evaporação: (Líquido-gasoso) evaporação dos rios,
lagos, mares, etc;
Condensação ou liquefação: (Gasoso-líquido)
Gás: oxigênio, hidrogênio, gás carbônico;
Vapor: vapor d'água, vapor de ferro;
Sublimação: (Sólido-gasoso) naftalina, gelo-seco, iodo,
enxofre.
101
VAPOR D’ÁGUA
Vapor D’água – Não compõe a atmosfera
Presença de Vapor D’água na Atmosfera:
Limite: 4%
Ar Seco – 0% (nenhuma umidade)
Ar úmido – mais que 0% e menos que 4%
Ar saturado – Exatamente 4% (precipitação)

Maior Concentração no Equador;


Diminui com a altitude;
Desprezível acima de 30 mil pés.

102
HUMIDADE ABSOLUTA E HUMIDADE RELATIVA

Humidade Absoluta – é a capacidade


da atmosfera em conter vapor d’água.
Varia de 0% a 4% do volume total de ar
ATMOSFERA atmosférico.
Humidade Relativa – é a quantidade
de vapor d’água contida no espaço
máximo de 4% do volume total de ar
Vapor
d’água atmosférico. Varia de 0% a 100%.

4%
Quando a Humidade Absoluta é de 2%, temos a Humidade Relativa de 50%.
103
AR SECO E AR HÚMIDO

Se pegarmos uma balança e inserirmos ar SECO


SECO ÚMIDO de um lado e ar ÚMIDO do outro notaremos que
o lado do ar seco pesará mais... Isso se deve ao
peso molecular de seus componentes.
Ex.:
O2 = 32
N2 = 28
H2O = 18 (vapor d’água)

Ou seja; no lado do ar SECO existe maior


quantidade de componentes atmosféricos (N2,
O2), pois no ar ÚMIDO o vapor d’água ocupa o
lugar destes componentes.

O AR SECO É MAIS PESADO QUE AR ÚMIDO


1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #13

Vento

CADERNO IV – CGA
VENTO

Vento é o ar em movimento;

Vento é um movimento horizontal de ar provocado por uma diferença de


pressão entre dois pontos, ocasionadas por variações de temperatura;

Influência na Aviação:

Ventos de Superfície: pouso e decolagem (até 100m);

Ventos de Altitude: navegação aérea.

106
FORÇAS QUE ATUAM NO VENTO

Força do gradiente de pressão


Formada pela diferença de pressão entre dois pontos, em uma mesma
superfície.

Vento sopra em função da diferença de pressão, da pressão maior para


menor pressão. Quanto maior a diferença de pressão, mais fortes serão os
ventos;

Força de Coriolis (1792-1843)


Força Inercial causada pela Rotação da terra, que provoca um desvio, para a
esquerda no hemisfério sul e para a direita no hemisfério norte.

Ela é mais forte nos polos e decresce até zero no equador.


107
Força de Coriólis:
Máxima nos pólos e nula no Equador
FORÇAS QUE ATUAM NO VENTO

Força centrífuga
Força que se opõe à força centrípeta, fazendo o ar fluir para fora do centro
de curvatura da terra;

Força de Atrito
Vento que flui próximo à superfície da terra sofre influência direta desta
superfície, modificando tanto a direção quanto a velocidade;

Força da Gravidade
Atrai os corpos em direção à superfície terrestre.

109
DESCRIÇÃO DO VENTO
Direção
É aquela de onde o vento está soprando.
Referente ao Norte verdadeiro
Expresso de 10º em 10º

Velocidade
É a distância percorrida por uma partícula de ar durante a unidade de tempo
expressa em NÓS (Knots).

Rajada é o pico máximo de velocidade, informada quando a velocidade


máxima exceder em 10KT a velocidade média num período inferior a 20s.

Caráter
Fluxo contínuo ou descontínuo do vento
110
VENTO
Instrumentos de análise do vento:
Anemômetro - Mede
Anemógrafo – Mede e Registra

Importância para os pousos e decolagens


Sustentação

Importância para Navegação Aérea


rumo e velocidade

111
INSTRUMENTOS DE ANÁLISE DO VENTO

ANEMÔMETRO ANEMOSCÓPIO ANEMÓGRAFO


Fornece velocidade Fornece direção Mede e Registra
112
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #14

Nuvens

CADERNO IV – CGA
NUVENS

Nuvem é o aglomerado de visíveis partículas de água, líquidas e/ou sólidas,


em suspensão na atmosfera, formados a partir da condensação ou sublimação do
vapor d’água na atmosfera.

A formação de uma nuvem acontece, quando uma parte do vapor de água


contido na atmosfera passa para o estado líquido ou sólido. Para que tal
transformação se realize, é preciso que existam determinadas condições:
Alta umidade relativa e;
Núcleos higroscópios ou de condensação (sal, pólens, fuligem, partículas).

114
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao aspecto físico

Estratiformes – Possuem desenvolvimento horizontal, de pouca espessura;


precipitação de caráter leve e contínua. Caracterizam o ar estável e ausência de
turbulências.

Cumuliformes – Possuem desenvolvimento vertical, em grande extensão; surgem


isoladas; precipitação forte, em pancadas e localizadas. Caracterizam o ar
instável ou agitado, com presença de turbulências.

115
ASPECTO FÍSICO DAS NUVENS
ESTRATIFORMES

CUMULIFORMES

116
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto à estrutura física:

Líquidas: constituídas apenas por gotículas d’água;

Sólidas: constituídas apenas por cristais de gelo;

Mistas: constituídas por gotículas d’água e por cristais de gelo.

117
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao estágio de formação

Um dos critérios mais utilizados para a identificação e classificação de


nuvens é pela altura de formação de sua base:

Estágio Região Tropical Regiões Temperadas Regiões Polares

Baixo até 2 km até 2 km até 2 km

Médio de 2 a 8 km de 2 a 7 km de 2 a 4 km
Alto de 6 a 18 km de 5 a 13 km de 3 a 8 km

118
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #15

Tipos de Nuvens

CADERNO IV – CGA
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

Quanto ao Gênero (Tipos de Nuvens)


A classificação das nuvens empregada no Atlas Internacional de Nuvens baseia-
se, essencialmente, em 10 grupos principais, chamados “gêneros” que são
mutuamente exclusivos, quer dizer, uma determinada nuvem só pode pertencer
a um único gênero. Estes são:
Nuvens Altas - cirrus, cirrocumulus, cirrostratus,
Nuvens Médias - altocumulus, altostratus, nimbostratus,
Nuvens Baixas - stratus, stratocumulus, cumulus e cumulunimbus.

120
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRRUS (CI)
Nuvens com aspecto delicado,
sedoso, sem sombra própria.
Sem precipitação;

121
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRROCUMULUS (CC)
Nuvens brancas sem sombra própria;
Compostas de elementos muitos
pequenos em forma de grãos, rugas.
Indicam a base da corrente de jato e
turbulência em níveis altos.

122
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CIRROSTRATUS (CS)
Ar estável – sem turbulência; Sem
sombra própria;
Véu transparente e esbranquiçado,
de aspecto fibroso.
Característica: círculo ao redor do
sol ou da lua, denominado “HALO”.

123
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTOSTRATUS (AS)
Ar estável – sem turbulência;
Cinzento-azulada, de aspecto
uniforme, cobrindo quase que
inteiramente o céu;
Pode ocorrer precipitação na
forma de chuva de caráter
contínuo.

124
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTOCUMULUS (AC)
Ar instável;
Sombra Própria;
Nuvens brancas ou acinzentadas;
Constituem o chamado céu encarneirado.
Pode produzir precipitação em forma de
virga (chuva que não alcança o solo);
Os altocumulus identificam Turbulência
nos níveis médios.

125
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

NIMBOSTRATUS (NS)
Ar estável
Nuvens de aspecto amorfo, base
difusa, muito espessa e escura.
Precipitação é intermitente e
mais ou menos intensa.

126
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

STRATUS (ST)
Restrição de teto. Ar estável.
Camada de nuvem comumente cinza com
base bastante uniforme, a qual pode
apresentar precipitação na forma de
CHUVISCO.
Quando o sol é visível através da nuvem
seu contorno é claramente distinguido.

127
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

STRATOCUMULUS (SC)
Banco, lençol ou camada de nuvem
cinzentada ou esbranquiçada que têm
partes escuras compostas de massas ou
rolos.
A precipitação é fraca, e o voo dentro
dessa nuvem é acompanhado de
TURBULÊNCIA LEVE.
Caracteriza o equilíbrio condicional
(turbulência dentro apenas).

128
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS
CUMULUS (CU)
Nuvens isoladas, geralmente densas e de
contornos definidos,
Apresenta desenvolvimento vertical, com
bases horizontais.
Assemelha-se a couve-flor, sendo maior
frequência sobre a terra durante o dia e
sobre a água a noite.
Quando desenvolvidos são chamados de TCU
(Grande Cumulus).
Precipitação na forma de pancadas de chuva.

129
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

CUMULONIMBUS (CB)
Nuvem densa e possante de considerável
dimensão vertical.
Sua região superior pode desenvolver-se
em forma de bigorna.
Nuvem de trovoada, relâmpago.
É constituída por gotículas de água,
cristais de gelo, gotas superesfriadas,
flocos de neve e granizo.
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

131
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS

ALTAS

MÉDIAS

BAIXAS

132
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #16

Nevoeiro

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

O nevoeiro é um tipo de hidrometeoro que tem como característica restringir


drasticamente a visibilidade a valores inferiores a 1.000 metros

Podem ser conhecidos regionalmente como: neblina, sereno, cerração e


acontecem com mais frequência no inverno e na primavera.

Quando apresentar visibilidade de 1.000m ou mais, o fenômeno nevoeiro será


denominado de Névoa Úmida.

134
DEFINIÇÃO

135
CONDIÇÕES PARA SURGIR NEVOEIRO

Humidade Relativa do ar entre 97% e 100%;

Presença de Núcleos Higroscópios em abundância;

Vento de superfície calmo (abaixo de 10kt).

136
CLASSIFICAÇÃO DOS NEVOEIROS

O nevoeiro, em função da redução da visibilidade, pode ser classificado como:

Leve: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 1.000 metros;


Moderado: Reduz a visibilidade a valores entre 500 e 100 metros e;
Forte: Reduz a visibilidade a valores inferiores a 100 metros.

137
CLASSIFICAÇÃO DOS NEVOEIROS

O nevoeiro, em função do processo de formação, pode ser classificado como:

DE RADIAÇÃO
DE MASSAS DE AR
DE VAPOR (VENTO FRIO SOB SUPERFÍCIE QUENTE)

DE ADVECÇÃO MARÍTIMO
NEVOEIRO
OROGRÁFICO
PRÉ-FRONTAIS DE BRISA MARÍTIMA
FRONTAIS GLACIAL
PÓS-FRONTAIS

138
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #17

Turbulência

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

A turbulência é o resultado da agitação do ar, seja por flutuações do vento


apresentando diferenças de direção, velocidade ou direção e velocidade
simultaneamente, ou provocada por fatores físicos ou térmicos que
interfiram no fluxo normal do ar.

140
TIPOS DE TURBULÊNCIA

CONVECTIVA/TERMAL ou TÉRMICA

OROGRÁFICA
MECÂNICA
TURBULÊNCIA
DE SOLO

FRONTAL
CAT – TURBULÊNCIA DE CÉU CLARO (JET STREAM FL200/400)
DINÂMICA
WINDSHEAR – CORTANTE DE VENTO OU TESOURA DE VENTO
ESTEIRA DE TURBULÊNCIA - AERONAVES
TIPOS DE TURBULÊNCIA
MECÂNICA
CONVECTIVA
TERMAL ou TÉRMICA

DE SOLO

OROGRÁFICA
TIPOS DE TURBULÊNCIA
FRONTAL WINDSHEAR

CAT
ESTEIRA DE TURBULÊNCIA
INTENSIDADE DE TURBULÊNCIA

LEVE

MODERADA
TURBULÊNCIA

FORTE

SEVERA

144
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #18

Massas de Ar e Frentes

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO
Quando um grande volume de ar está em
repouso ou se deslocando lentamente sobre
uma superfície uniforme, tende a adquirir as
características de temperatura, pressão e
umidade da superfície pela qual ela se
desloca, constituindo o que em meteorologia
denominamos de MASSA DE AR.

146
CLASSIFICAÇÃO DAS MASSAS DE AR
EQUATORIAL (E)
TROPICAL (T)
QUANTO A ORIGEM
POLAR (P)
ÁRTICA (A)
ANTÁRTICA (A)

MASSA DE AR FRIA (K)


QUANTO A TEMPERATURA
QUENTE (W)

CONTINENTAL (C) - SECA


QUANTO A UMIDADE
MARÍTIMA (M) - ÚMIDA

147
DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Zona de transição que separa duas massas de ar com características diferentes;

Sistema de pressões baixas, alongado, situadas entre dois sistemas de Alta pressão;

O Ar mais frio sempre se desloca em direção ao polo e o ar mais quente na direção do


equador;

Quando o ar frio avança para o equador a frente será fria.

Quando o ar quente avança para o polo a frente será quente.

Toda frente (fria ou quente) ocorre entre dois centros de alta. A frente sempre será uma
área de baixa.

Quanto maior a inclinação, mais rápida e mais intensa

148
CLASSIFICAÇÃO
FRENTE FRIA
É uma superfície de descontinuidade, formada por uma massa de ar polar
que avança sobre uma massa de ar tropical.

FRENTE QUENTE
Massa de ar quente avançando sobre uma massa de ar frio.

FRENTES ESTACIONÁRIAS
Quando uma frente perde velocidade e seu deslocamento é desprezível.
Duas massas em equilíbrio.

FRENTES OCLUSAS
Encontro de duas frentes de características diferentes.

149
CLASSIFICAÇÃO

150
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #19

Trovoadas

CADERNO IV – CGA
DEFINIÇÃO

O fenômeno conhecido como


Trovoada caracteriza as
tempestades locais produzidas por
nuvens Cumulunimbus (CB).

Durante uma trovoada, podem


ocorrer fenômenos como ventos
fortes, granizo, saraiva, descargas
elétricas, turbulência, tornados,
formação de gelo e chuva intensa.

152
DEFINIÇÃO

Conjunto de fenômenos que se produzem associados a uma nuvem


Cumulunimbus.

Fenômeno meteorológico que constitui num dos maiores riscos para a


atividade aérea.

Quando Ocorre:
Quantidade suficiente de vapor de água.

Instabilidade

Correntes Ascendentes

153
AS 3 FASES DA TROVOADA

1ª Fase: CUMULUS ou Formação 2ª Fase: Maturidade 3ª Fase: Dissipação

154
AS 3 FASES DA TROVOADA

CUMULUS
Primeira fase do ciclo de vida.

Predominância das correntes


ascendentes desde os níveis
inferiores.

Diâmetro: 3 a 8 Km.

Topo: 5 a 8 Km.

1ª Fase: CUMULUS ou Formação

155
AS 3 FASES DA TROVOADA
MATURIDADE
Estagio mais turbulento no ciclo de vida de
uma trovoada.

Predominância das correntes ascendentes e


descendentes.

Ventos fortes, Trovões e Relâmpagos

Queda brusca de temperatura e Aumento


rápido da pressão

Windshear, Precipitação forte, Granizo e


Turbulência 2ª Fase: Maturidade

156
AS 3 FASES DA TROVOADA
DISSIPAÇÃO
Predominância das correntes descendentes.

A turbulência torna-se menos intensa.

Os ventos de rajada vão desaparecendo.

Aparece a Bigorna.

Raios na horizontal.

3ª Fase: Dissipação

157
1. Meteorologia Aeronáutica
Aula #20

Gelo

CADERNO IV – CGA
TIPOS DE GELO

CLARO: Também conhecido como:


cristal, duro, liso ou translúcido;
• É o mais pesado e perigoso,
• Formado por congelamento lento
de grandes gotas
• Difícil remoção.
• Comum em ar instável em presença
de nuvens cumuliformes
• Temperatura do ar entre 0º C e -
10º C.

159
TIPOS DE GELO

ESCARCHA: Também conhecido como


amorfo, opaco ou granulado:
• Mais leve e de Formação instantânea;
• Fácil remoção;
• Ocorre em ar estável na presença de
nuvens estratiformes, entre 0º C e - 10º C
• Ocorre em ar instável em presença de
nuvens cumuliformes, abaixo de -10º C
• Deforma as superfícies aerodinâmicas

160
TIPOS DE GELO

GEADA: São cristais de gelo, formados


por sublimação, quando o vapor de água
entra em contato com a fuselagem muito
fria. Forma-se em camadas, finas e
opacas e sobre para-brisas.

Não pesa nem altera os perfis, mas afeta


a visibilidade do piloto. Sua formação
ocorre, mais frequentemente, nas
aeronaves no solo.

161
A excelência da aviação aplicada ao treinamento

Preparatório para Comissários de Voo


2. Navegação Aérea

CADERNO IV – CGA
2. Navegação Aérea

Aula #2.1
Histórico e Conceitos de Navegação

CADERNO IV – CGA
Conceito de Navegação
Origem do termo: Navigare (latim)
Navis (navio, embarcação);
Agere (fazer andar para frente, dirigir, conduzir);

Há 5000 anos Egípcios e Babilônicos navegavam em rotas comerciais no


Tigres e Eufrates, utilizando métodos primitivos.

O aperfeiçoamento da Navegação vem da necessidade do homem se


locomover, percorrendo distâncias cada vez maiores, seja por terra ou
em viagens marítimas;

Evolução: Segurança, determinação constante da posição em relação à


superfície da Terra
Conceito de Navegação

Ciência, arte, prática ou tecnologia que permite ao homem se


deslocar com habilidade e segurança de um lugar para outro sobre a
superfície da Terra, podendo a qualquer momento, determinar o local
onde se encontra.

Navegação Aérea: conduzir aeronave de um ponto de origem ao


destino pretendido. Durante o deslocamento o piloto deverá ser capaz
de determinar com precisão sua posição.
2. Navegação Aérea

Aula #2.2
Métodos de Navegação

CADERNO IV – CGA
Métodos de Navegação

Navegação Visual, Por Contato ou Praticagem;


Navegação Estimada;
Navegação Radiogoniométrica;
Navegação Eletrônica;
Navegação por Satélite (Satelital).
Métodos de Navegação

Navegação Visual, Por Contato ou Praticagem:


Não utiliza auxílios de instrumentos;
Totalmente baseada em Referências Visuais: rios, lagos, pontes, ilhas,
rodovias e etc.;
Só pode ser executada em Condição Meteorológicas favoráveis;
Pilota-se olhando para o exterior da aeronave;
Utilizada quando não há auxílios à navegação disponíveis e nos primeiros
passos da carreira de piloto.
Métodos de Navegação

Navegação Visual ou Por Contato


Métodos de Navegação

Navegação Estimada:
A posição, localização e orientação são determinados pelo uso da
bússola, do velocímetro e do relógio.

O deslocamento é sempre calculado pelo desempenho da aeronave,


levando-se em consideração a ação do vento, que pode ser favorável ou
contrário ao deslocamento da aeronave.
Métodos de Navegação

Navegação Estimada
Métodos de Navegação
Navegação Radiogoniométrica
Localização e orientação através de ondas de rádio. A aeronave deverá ter
a bordo um aparelho radio receptor, dotado de uma antena especial, que
tem a propriedade de determinar a direção das ondas de rádio emitidas
por um transmissor.
O Aparelho receptor de bordo chama-se ADF (Automatic Direction Finder)
e as antenas Transmissoras de Terra podem ser um NDB (Non-Directional
Beacon) ou mesmo uma estação de rádio comercial (broadcasting).
Métodos de Navegação

Antena do
Radiofarol (NDB)

ADF ADF

Navegação Radiogoniométrica
Métodos de Navegação

Navegação Eletrônica
Obtenção da localização e orientação através de informações oriundas
de equipamentos eletrônicos de bordo e em solo.
VOR/DME é um exemplo de auxílio para a navegação eletrônica.
Método simular ao anterior, entretanto as informações recebidas pela
aeronave provem de equipamentos eletrônicos.
Métodos de Navegação
Antena do VOR
Equipamento Receptor do VOR VHF Omni-directional Radio Range
Painel de Navegação

Navegação Eletrônica
Métodos de Navegação
Navegação por Satélite ou Satelital
Baseada em informações de satélites artificiais que giram ao redor da Terra.
Tais informações fornecem posição, altitude, velocidade e todas as variáveis
relativas à navegação aérea.
A constelação de satélites mais famosa é a americana GPS (Global Positioning
System), daí alguns se referirem ao método como Navegação GPS.
Também pode-se utilizar o termo Navegação GNSS (Global Navegation Satellite
System) referindo-se ao caráter global da cobertura dos satélites.
Este é o método mais moderno e mais utilizado em termos de navegação.
Métodos de Navegação

Constelações de Satélites
EUA - Global Positioning System (GPS)
Russia – Global Navegation Satellite System - GLONASS
China - BeiDou Navigation Satellite System (BDS)
União Europeia - Galileo

Navegação por Satélite, Satelital ou GNSS


2. Navegação Aérea

Aula #2.3

O Planeta Terra e seus Movimentos

CADERNO IV – CGA
O Planeta Terra

Forma: semelhante a uma elipse, com achatamento nos polos.


Diâmetro Equatorial: cerca de 12.756 Km
Diâmetro polar: cerca de 12.713 Km
Esta diferença de 43 Km caracteriza a forma elíptica.
Para fins de estudos em Navegação aérea, considera-se o
planeta Terra como uma esfera perfeita.
O Planeta Terra
A Terra gira em torno de um eixo 23°27’
imaginário (também chamado eixo polar),
que é uma linha imaginária que passa pelo
centro do planeta e pelos dois polos.

O eixo da Terra apresenta uma inclinação


de 23° 27' em relação ao plano da órbita
que o planeta descreve em torno do Sol.
Movimentos da Terra

182
AFÉLIO E PERIÉLIO

AFASTADO

PERIÉLIO AFÉLIO
d Mínima d Máxima

PERTO

ÓRBITA ELÍPTICA DA TERRA

183
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
184
MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

A Rotação é o movimento responsável


pela alternância entre dias e noites.
185
MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO

EQUINÓCIO

SOLSTÍCIO

d Mínima d Máxima
SOLSTÍCIO

EQUINÓCIO
186
MOVIMENTOS DA TERRA
Rotação: Responsável pelos dias e noites;
Duração 23h 56min 4,09s.

Translação ou Revolução: Responsável pelas Estações do Ano;


Tempo 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos;
A cada 4 anos, um ano de 366 (bissexto).

Solstício de Verão – Dias maiores que as noites;


Solstício de Inverno – Noites maiores que os dias;
Equinócio – Dias e noites iguais.
187
MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO
21-22 março
N - Primavera EQUINÓCIO

S - Outono 21-22 dezembro


21-22 junho SOLSTÍCIO
SOLSTÍCIO N - Verão N - Inverno

d Mínima d Máxima

S - Inverno
S - Verão

N - Outono

S - Primavera 22-23 setembro


EQUINÓCIO Observação: As datas podem variar!
188
2. Navegação Aérea

Aula #2.4
Planos da Terra:
Círculos Máximos e Círculos Menores
Paralelos e Meridianos
CADERNO IV – CGA
PLANOS DA TERRA
Círculos Máximos:
São aqueles cujos planos passam pelo centro da Terra e a dividem em duas
partes iguais.
É a linha de interseção, com a superfície da Terra, de qualquer plano que
passe pelo seu centro.
Um círculo máximo divide a Terra em dois hemisférios.
Um arco de círculo máximo é o caminho mais curto entre dois pontos
numa esfera.
PLANOS DA TERRA

Os Círculos Máximos são aqueles cujos planos passam pelo centro


da Terra e dividem o planeta em duas partes iguais.
PLANOS DA TERRA

Equador: Círculo máximo cujo


plano é perpendicular ao eixo polar
que divide a Terra em duas partes
iguais, chamadas Hemisférios Norte
e Sul. É o único Círculo Máximo no
mesmo sentido dos paralelos.
PLANOS DA TERRA

Círculos Menores ou Mínimos


São aqueles cujos planos não passam
pelo centro da Terra e dividem o
planeta em duas partes diferentes.

Exemplos: Trópicos de Câncer, de


Capricórnio, Círculo Polar Ártico e
Círculo Polar Antártico.
PLANOS DA TERRA
Meridianos
São semicírculos máximos (metade de um
Círculo Máximo) limitados pelos polos, cujos
planos que o formam contém o eixo polar.
São perpendiculares ao Equador.

Os Meridianos alcançam sua máxima


separação no Equador e convergem para os
polos.
PLANOS DA TERRA
Meridianos
Meridiano de Greenwich: é o
meridiano que passa pelo
Observatório Real de Greenwich,
na Inglaterra. Também chamado de
meridiano de origem, meridiano
zero ou primeiro meridiano.
PLANOS DA TERRA
Meridianos
Meridiano de 180º: é o meridiano
que fica 180° defasado em relação
ao meridiano de Greenwich. É
também conhecido como Linha
Internacional de Mudança de Data.
2. Navegação Aérea

Aula #2.5
Latitudes, Longitudes e
Coordenadas Geográficas

CADERNO IV – CGA
LATITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e a linha do Equador.
A Latitude é um arco de meridiano.
- Medida em graus
- Varia entre 00 e 90º
Do Equador para Norte (N)
Do Equador para Sul (S)

198
PARALELOS DE LATITUDE
Paralelos de Latitude
São círculos menores, de tamanhos
variados, paralelos à Linha do Equador.

O Equador não é um paralelo, por ser


um Círculo Máximo.

Todo Paralelo é um Círculo Menor, mas


nem todo Círculo Menor é um Paralelo.
Identificação dos Paralelos de Latitude mais importantes
COLATITUDE
É a distância angular entre uma determinada
latitude e o polo de seu hemisfério.

Numericamente falando é o que falta a uma


latitude para chegar aos 90º (polo).

Um ponto com Latitude 30º N terá uma


colatitude de 60º N.
LONGITUDE

Distância medida em graus, entre um


determinado ponto e o Meridiano de
Greenwich.
A Longitude é um arco de Paralelo ou do
próprio Equador.

- Medida em graus
- Varia entre 00 e 180º
De Greenwich para Oeste (W)
De Greenwich para Leste (E)

Meridiano de Greenwich = Meridiano Padrão


202
MERIDIANO DE LONGITUDE
Linha Internacional de
Mudança de Data
Meridiano de Longitude
É o meridiano onde determinada
longitude está localizada.

Há dois meridianos de Longitude


muito importantes: o Meridiano de
Greenwich e seu antimeridiano, a
Linha Internacional de Mudança de
Polo Sul
Data.
ANTIMERIDIANO
É o meridiano oposto 180º ao meridiano
observado.
Antimeridiano
Se o meridiano observado estiver no
hemisfério W (oeste), o seu antimeridiano Meridiano

estará no hemisfério E (leste) e vice versa.


Para calcular um antimeridiano, subtrai-se
a longitude do meridiano escolhido de
180º e troca-se o indicativo do
EQUADOR
hemisfério.
Antimeridiano = 180º - Meridiano
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Ponto de encontro das Linhas imaginárias (paralelos e meridianos)
que servem para localizarmos um ponto na superfície terrestre.
Medidas em termos de Latitude e Longitude.

Paralelos Meridianos
205
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Regras para a escrita das coordenadas geográficas:
A latitude sempre antes da longitude;
Os graus de latitude com dois dígitos e os graus de longitude com três dígitos;
Graus antes de minutos e minutos antes de segundos;
A latitude não pode exceder 90°.
A longitude não pode exceder 180°.

Ex.: 08 08 12S/034 55 37W


2. Navegação Aérea

Aula #2.6
Orientação: Rosa dos Ventos,
Pontos Cardeais e Pontos Colaterais

CADERNO IV – CGA
ORIENTAÇÃO
Orientação é a forma como determinamos nossa posição ou uma como
determinamos a localização de um dado lugar, ou ainda como determinamos
uma direção a seguir.

O tipo mais comum de orientação é a que toma como referência o sol.

Sabendo-se que o sol nasce no leste (E) e se põe no oeste (W), é possível
determinarmos que direção devemos seguir para alcançar o objetivo
desejado.
Rosa dos Ventos

É o plano de uma circunferência


dividida em 360 partes iguais, cujo
centro é o ponto de referência e o
contorno é o ponto de leitura do valor
da direção, a partir do Norte (000°),
no sentido horário, ou NESO.
Nela, aparecem marcados os pontos
cardeais, colaterais e sub-colaterais.
Pontos Cardeais
N – Norte 000º ou 360º Rosa dos Ventos
S – Sul 180º
E – Este ou L – Leste 090º
O – Oeste ou W – West 270º

Pontos Colaterais
NE – Nordeste 045º
NO ou NW – Noroeste 315º
SE – Sudeste 135º
SO ou SW – Sudoeste 225º

Pontos Sub-Colaterais
ENE – lés-nordeste 67,5º
ESE – lés-sudeste 112,5º
SSE – su-sudeste 157,5º
SSO ou SSW – su-sudoeste 202,5º
OSO ou WSW – oés-sudoeste 247,5º
ONO ou WNW – oés-noroeste 292,5º
NNO ou NNW – nor-noroeste 337,5º
NNE – nor-nordeste 022,5º
Divisão da Terra em Quadrantes

A divisão da Terra em quadrantes é N


000º
uma simplificação das Rosa dos
Ventos, dividida em ângulos de 90º,
para que possamos definir a posição
no globo terrestre. O
IV I
E
270º
090º
1º quadrante: 0° a 90°;


quadrante:
quadrante:
90° a 180°;
180° a 270°; e
III II
4º quadrante: 270° a 360°.
S
180º
Direção
É o senso de orientação, para onde alguém
pretende ir ou está indo. Utiliza-se a rosa-
dos-ventos para tomarmos valores que
indiquem essa direção.
A direção Nordeste, por exemplo, pode ser
lida como 045°, a direção Sul, como 180° e
etc.
Pode ser definida através dos pontos cardeais,
colaterais ou subcolaterais ou através de uma
medida angular em graus.
2. Navegação Aérea

Aula #2.7
Magnetismo Terrestre

CADERNO IV – CGA
Magnetismo Terrestre

Conceito de Magnetismo:
Magnetismo é o fenômeno físico
formado pelas forças de atração
e repulsão exercidas por
determinados corpos, devido à
presença de cargas elétricas em
movimento.
Magnetismo Terrestre
A Terra comporta-se como um enorme imã em
função da grande quantidade de material
magnético acumulado em seu interior,
principalmente em dois pontos (um próximo ao
polo norte geográfico e outro próximo ao polo
sul geográfico). A presença desta material cria
em torno do planeta um enorme campo
magnético.
Magnetismo Terrestre
O Polo Sul Magnético (PSM) não é
exatamente oposto ao Polo Norte
Magnético (PNM), como acontece nos Polos
Norte e Sul Geográficos.

O Polo Norte Geográfico, também é


conhecido como Norte Verdadeiro (termo
comumente utilizado em Navegação
Aérea).
Declinação Magnética (Dmg):

Como o Norte Verdadeiro e o Norte Magnético não são coincidentes, se


tomarmos um determinado ponto na superfície como referência, teremos
uma variação angular na direção destes.

Este ângulo formado entre a direção do Norte Verdadeiro e do Norte


Magnético é a Declinação Magnética - Dmg.

O valor da Dmg varia dependendo do ponto utilizado como referência.


Declinação Magnética (Dmg):
A Declinação Magnética recebe a
classificação Este (E) ou positiva
quando o ângulo é para a direita do
Norte Verdadeiro e de Oeste (W) ou
negativa quando o ângulo é para a
esquerda.
A referência será sempre o Norte
Verdadeiro.
Declinação Magnética (Dmg):

A Dmg é representada nas cartas através de linhas tracejadas chamadas de


Linhas Agônicas e Linhas Isogônicas.

A Linha Isogônica é aquela que em toda sua extensão tem o mesmo valor de
declinação magnética.

A Linha Agônica é aquela cuja declinação magnética é zero. Não há ângulo


ente os polos. Também chamada “declinação nula”.
Bússola
Instrumento destinado a indicar direções magnéticas.
A agulha de qualquer bússola magnética indica o Polo Norte magnético.
Esta agulha é um imã montado sobre uma superfície circular ou cônica
graduada que tende a alinhar-se com a direção Norte-sul magnética.
Elementos que compõem a Bússola:
Superfície Circular, cônica ou cilíndrica, capaz de girar livremente em
qualquer direção num plano horizontal e tendo dois ou mais imãs ajustados em
sua base.

Uma linha de fé ou marca de referência paralela ao eixo longitudinal do avião.

Escala dividida em graus, ou limbo, conhecida como Rosa dos Ventos, montada
na superfície circular, e cujos números impressos crescem no sentido do
movimento do ponteiro do relógio, de maneira a medir instantaneamente a
proa do avião.
Desvio da Bússola:
Determinados objetos ou superfícies, como
a estrutura metálica da aeronave, próximos
à bússola podem provocar erro na leitura.

Por esse motivo há um “cartão de desvio”


orientando as correções a serem feitas para
corrigir as interferências magnéticas
ocorridas.
O Cartão contém informações como: Para
N, leia 005º.
2. Navegação Aérea

Aula #2.8
Orientação: Rota, Rumo, Proa,
Deriva e Correção de Deriva.

CADERNO IV – CGA
Orientação:

Rota
É a projeção na superfície terrestre da trajetória prevista ou percorrida,
em nosso caso, por uma aeronave.

A B

Se a aeronave pretende deslocar-se de A para B, o traçado em uma carta


ou mesmo na superfície terrestre, corresponde a Rota AB.
Orientação:

Rumo Verdadeiro
É a direção da rota com referência ao Norte Verdadeiro. É o ângulo
formado, no sentido NESO, do Norte Verdadeiro até a linha de rota.
NV

Rumo Verdadeiro 090º

A B
Orientação:

Rumo Magnético
É a direção da rota com referência ao Norte Magnético. É o ângulo
formado, no sentido NESO, do Norte Magnético até a linha de rota.
NM

Rumo Magnético 090º

A B
Orientação:
Proa Verdadeira
É a direção do eixo longitudinal (o nariz) de uma aeronave. É o ângulo
formado, no sentido NESO, entre o Norte Verdadeiro e o eixo longitudinal
da aeronave.
NV
Proa Verdadeira

A B
Orientação:
Proa Magnética (Pmg)
É a direção do eixo longitudinal (o nariz) de uma aeronave. É o ângulo
formado, no sentido NESO, entre o Norte Magnético e o eixo longitudinal
da aeronave.
NM
Proa Magnética (Pmg)

A B
Orientação:

Deriva – O efeito do Vento


É a ação do vento na aeronave, que provoca um rumo diferente do
desejado. É o ângulo formado entre a proa e o novo rumo provocado pela
ação do vento.
Vento

A B
Deriva

C
Orientação:

Ângulo de Correção de Deriva


É o ângulo formado do rumo pretendido até a proa. É a atitude tomada pelo
piloto para compensar a ação do vento.
N Vento

Proa

Ângulo de Correção de Deriva

A B
Rumo
Ângulo de Correção de Deriva
2. Navegação Aérea

Aula #2.9
Unidades de Medida

CADERNO IV – CGA
Unidades de Medida de Distância

Unidades de Medida de Distâncias Horizontais:


Quilômetro – Km;
Milha Náutica – Nm (Nautical Mile);
Milha Terrestre – Mt ou St (Statute Mile);
1 Km = 1.000 m
1 Nm = 1.852 m
1 Mt = 1.609 m
Relação entre arco de círculo máximo e distância
Analisando se um arco de Meridiano ou do Equador (Círculos Máximos),
temos a seguinte relação: 1º = 60 Nm ou 1’ = 1 Nm.

Assim, se tomarmos o exemplo de 3° 20’ de arco de meridiano a distância


em milhas náuticas será:
3° x 60 = 180Nm
20’ = 20Nm;
Logo, 3° 20’ = 180 + 20 = 200Nm.
Relação entre arco de círculo máximo e distância

A que distância equivale 14° 12’ 30” de arco de meridiano?


14° x 60 = 840NM
12’ = 12NM
30”= 0,5NM;
Logo: 14° 12’ 30” = 840+12+0,5 = 852,5NM
Exercício
Dados os pontos de coordenadas geográficas “A” 18°00’S/028°00’E, “B”
16°00’S/028°00’E, pede-se informar o Rumo Verdadeiro de A para B, e a
distância em milhas náuticas entre os dois pontos:

a) RV 180; 030 Nm
b) RV 180; 120 Nm
c) RV 360; 030 Nm
d) RV 360; 120 Nm
Solução
Analisando-se os pontos, temos A e B na mesma
Longitude (028º 00’W), ou seja, estão sob o mesmo
Meridiano.

Analisando as Latitudes, concluímos que: Ponto B: 16°00’S

Ambos pontos estão no hemisfério Sul;


As Latitudes variam do equador (latitude 0) para o
Polo Sul (Latitude 090 S); Ponto A: 18°00’S
Logo, o Ponto B (16º S) está mais próximo ao
Equador e, portanto, acima do Ponto A (18º S).
O Rumo de A para B é 360º ou Rumo Norte.
Solução
Para calcular a distância, é necessário
analisarmos a DLA (Diferença de Latitude), que
neste exemplo é de 2º.
Ponto B: 16°00’S
Sabendo-se que cada grau de círculo máximo
DLA: 2°
equivale a 60 Nm, logo temos:
2 x 60 = 120 Nm.
Ponto A: 18°00’S

A distância entra o Ponto A e o Ponto B é 120 Nm


Unidades de Medida de Distância

Unidades de Medida de Velocidade:


Para medir a velocidade, utiliza-se
Quilômetro por Hora – Km/h; e
Nó – Kt (Knot)
O Kt é equivalente a uma milha náutica por hora.

1 Kt = 1 Nm/h
2. Navegação Aérea

Aula #2.10
Estudo do Tempo

CADERNO IV – CGA
Estudo do Tempo
A Terra executa um movimento de rotação em torno do seu eixo polar
fazendo com que “aparentemente” o sol esteja dando voltas em torno da
Terra.

Por questões didáticas, vamos considerar exatamente isso: o sol fazendo


movimentos em torno da Terra, parada.

Importante: Como o movimento aparente do sol é no sentido Leste-


Oeste, podemos observar que nos locais que estão mais a oeste será mais
cedo do que nos locais que estão mais a leste.
Estudo do Tempo
Sabendo que um giro completo da Terra em torno de eixo geográfico dura
24h e que a circunferência terrestre está dividida em 360º, concluímos que
o Sol leva 24h para percorrer estes 360º;

Dividindo-se 360 por 24, percebemos que em cada hora o Sol percorre um
arco de longitude de 15º;

Assim, dividimos a Terra em 24 faixas ou “gomos” de 15º de longitude.


Formação de Fusos Horários
Fuso Horário
Fuso Horário: (15º)
É uma uma faixa de 15° de longitude,
tendo no centro desta faixa, um Meridiano
Central
meridiano múltiplo de 15.

É uma área limitada por longitudes


distantes 7º 30’ de uma longitude situada
em um Meridiano Central, múltiplo de 15.

7º 30’ 7º 30’
Formação de Fusos Horários
Ao tomarmos o Meridiano Zero Greenwich
00º 00’
(Greenwich), de longitude 000°, o fuso
07º 30’ W 07º 30’ E
horário originado a partir deste
meridiano vai de 007°30’W a 007°30’E.

Esta região é chamada Zona Zero ou


7º 30’ 7º 30’
Fuso zero e é o único fuso que possui
um lado E e outro W.

Fuso Zero
Formação de Fusos Horários
A partir do Meridiano de Greenwich as áreas que se encontram a leste
(oriente) aumentam uma hora a cada 15°, e nas áreas a oeste (ocidente)
do meridiano principal a cada 15° diminuem uma hora.

7º30’ 7º30’

030ºW 015ºW 000º 015ºE 030ºE

15º 15º 15º 15º 15º


-2 -1 +1 +2
Formação de Fusos Horários

Como já foi dito, os Fusos horários geralmente estão centrados em


meridianos de longitudes que são múltiplos de 15°; no entanto, as formas
dos Fusos horários podem ser bastante irregulares devido a questões
políticas.
2. Navegação Aérea

Aula #2.11
Linha Internacional de Mudança de Data,
Hora Local, Hora Legal e GMT

CADERNO IV – CGA
Linha Internacional de Mudança de Data - LID
O meridiano 180 graus é a linha internacional de mudança de data. Quando
o sol está sobre Greenwich, são 12:00Z, e em seu oposto, no meridiano
180°, são 24:00Z, ou seja, está se iniciando o novo dia.

Nesse instante o dia é o mesmo em todo o globo terrestre e estará


acontecendo a mudança de data.

Os Fusos M e Y têm 7º 30’ cada um. A zona que engloba esses dois Fusos (a
que tem o meridiano 180° como meridiano central) tem um Fuso em cada
dia. No Fuso M será um dia a mais que no Fuso Y.
Linha Internacional de Mudança de Data - LID

Segunda-feira Domingo

Avança ou Recua ou
ganha um dia perde um dia
LID

180º E 180º W
Fuso M Fuso Y
Hora Local - HLO

Hora Local (HLO) corresponde à hora específica para cada ponto ou lugar,
dentro de uma mesma faixa de Fuso.

É o tempo calculado no meridiano que passa pela longitude de um


observador.

É a hora que leva em consideração cada variação de longitude para a


variação de tempo; de acordo com este conceito, as horas são diferentes em
quaisquer duas localidades com longitudes diferentes.
Hora Local - HLO
Adotar a hora local geraria muitos transtornos para nossa vida cotidiana.
Para o cálculo da Hora Local de uma determinada localidade, devemos
descobrir qual a diferença de longitude entre tal localidade e uma
localidade de referência e converter essa diferença em tempo, de acordo
com a seguinte tabela: Arco de Longitude Tempo gasto pelo Sol
360° 24 horas
15° 1 hora
1° 4 minutos
15’ 1 minuto
1’ 4 segundo
15” 1 segundo
Hora Legal - HLE

Hora Legal (HLE) é aquela estabelecida para ser a mesma, dentro do limite
de cada Fuso. É a hora relacionada com a longitude central de Fuso. É a
hora definida pelas leis de um Estado.

As horas UTC, HLE e HLO, coincidem na longitude 000° (Greenwich).

As horas HLE e HLO depois de Greenwich, só coincidem na longitude central


de cada Fuso.
Hora UTC – Universal Time Coordinated

É a hora computada no meridiano de Greenwich, válida para qualquer ponto


da superfície terrestre, internacionalmente usada na aviação.

Também chamada Hora Zulu ou Hora Média de Greenwich (GMT) por


representar a hora no fuso Z (Greenwich).
Relação entre Hora UTC e HLE:

HLE = UTC +/- valor correspondente ao Fuso:

Y X W V U T S R Q P O N Z A B C D E F G H I K L M
1 1 1 1
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 1 1 2

– +
Exemplo: 1) P = UTC – 3
2) D = UTC + 4
3) V = UTC – 9
Identificação do fuso com os seus designadores
Para identificarmos um fuso a partir de uma longitude informada devemos:
1º passo: Dividir a longitude por 15° (largura do Fuso);
2º passo: Analisar o resto e
Caso o resto seja entre zero e 7°30’, o Fuso será o próprio quociente da
divisão;
Caso o resto seja maior que 7° 30’, o Fuso será o quociente mais um;
Se o resto for exatamente 7° 30’ o ponto está no limite entre os dois Fusos.
Longitude Oeste (W): Fuso negativo (-)
Longitude Este (E): Fuso positivo (+)
Identificação do fuso com os seus designadores
Exemplo:
Identifique o fuso correspondente à Longitude 125° 27’ E

125° 27’ : 15 = 8; o resto é 5° 27’; menor que 7° 30’;

logo, o Fuso é igual a 8;

Como a longitude sendo Leste (E), o fuso é Positivo +;

Assim temos o fuso +8 E, olhando na tabela abaixo, Fuso H.


Y X W V U T S R Q P O N Z A B C D E F G H I K L M
1 1 1 1
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 1 1 2
– +
A excelência da aviação aplicada ao treinamento

Preparatório para Comissários de Voo


3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

CADERNO IV – CGA
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.1
Conceitos

CADERNO IV – CGA
Definição de Aeronave
Todo aparelho manobrável em voo que possa sustentar-se e circular no
espaço aéreo mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar
pessoas ou carga.

Classificam-se em:
Aeróstatos: corpos mais leves que o ar. Voam pelo princípio de
Arquimedes. (balão, dirigível)

Aeródinos: corpos mais pesados que o ar. Voam pelo princípio de


Bernoulli e pela 3° lei de Newton (ação e reação). (helicóptero,
autogiro, avião, planador)
O Princípio de Arquimedes

O princípio de Arquimedes diz que:

Todo corpo imerso em um fluido sofre


ação de uma força (empuxo)
verticalmente para cima, cuja
intensidade é igual ao peso do fluido
deslocado pelo corpo.
Aeróstatos

Livres
Balões
Cativos
Aeróstatos
Rígidos

Dirigíveis Semirrigidos

Não Rígidos
O Princípio de Bernoulli

O princípio de Bernoulli, também denominado equação de Bernoulli ou


Trinômio de Bernoulli, ou ainda Teorema de Bernoulli: “Estando um fluido
em movimento, quando a velocidade aumenta, a pressão estática diminui”.
3ª Lei de Newton
A Terceira lei de Newton descreve
o resultado da interação entre
duas forças. Ela pode ser
enunciada da seguinte maneira:
Para toda ação (força) sobre um
objeto, em resposta à interação
com outro objeto, existirá uma
reação (força) de mesmo valor e
direção, mas com sentido oposto.
Aeródinos

Ornitóptero Helicóptero

Convertiplano Avião
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.2
Partes que Compõem o Avião

CADERNO IV – CGA
Partes do Avião

Em geral é dividido em 5 partes:

✈ Fuselagem;

✈ Empenagem;

✈ Trem de pouso;

✈ Grupo moto-propulsor;

✈ Asa.
Fuselagem
Destinada a alojar tripulantes, passageiros e carga;
Parte onde são fixadas as asas e a empenagem.

Classificação de acordo com o número de lugares que a fuselagem comporta:


✈ Monoplace: 1 pessoa;
✈ Biplace: 2 pessoas;
✈ Triplace: 3 pessoas;
✈ Multiplace: mais de 3 pessoas.
Fuselagem
Fuselagem
Classificação de acordo com a estrutura:

Tubular: tubos de aço soldados;

Monocoque: anéis (ou cavernas) e revestimento de alumínio;

Semi-monocoque: anéis (ou cavernas), longarinas e revestimento


externo (tipo mais usado na aviação).
Fuselagem

Tubular
Fuselagem
Estrutura Monocoque
Fuselagem

Estrutura Semi-Monocoque
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.3
Empenagem e Trem de Pouso

CADERNO IV – CGA
Empenagem
Empenagem
Componentes da cauda do avião. Superfícies destinadas a estabilizar o voo.

Superfície horizontal:
Estabilizador horizontal e
Leme de profundidade ou Profundor;

Estabilizador Horizontal

Superfície vertical:
Estabilizador vertical (Deriva)
e Leme de direção.
Tipos de empenagem

Convencional Em “T”
Tipos de empenagem

Dupla ou em “H” Butterfly em “V” Cruciforme


Trem de Pouso
\\\\\\\\\\\\\\\\\\
\\\\\\\CCC
Trem de Pouso

O Trem de pouso auxilia no


amortecimento do pouso e no
deslocamento na superfície de
operação (solo, água, gelo e etc.);

Produz arrasto parasita quando


exposto ao Vento Relativo.
Classificação do Trem de Pouso
Litoplanos Terrestres
Superfície de Pouso Aquáticos ou Hidroaviões
Anfíbios

Fixo
Trem de Pouso Mobilidade Semi-Escamoteável ou Retrátil
Escamoteável

Convencional (Bequilha)
Posição das Rodas
Triciclo (Triquilha)
Classificação quanto à superfície de pouso:

Litoplanos ou Terrestres
Classificação quanto à superfície de pouso:

Aquáticos ou Hidroplanos
Classificação quanto à superfície de pouso:

Anfíbios
Classificação quanto à Mobilidade:
Semi-escamoteável ou Retrátil

Fixo Escamoteável
Classificação quanto à Posição das Rodas:
Convencional Triciclo

Bequilha Trem Principal


Trem do Nariz ou
Triquilha Trem Principal
Classificação do Trem de Pouso
Litoplanos Terrestres
Superfície de Pouso Aquáticos ou Hidroaviões
Anfíbios

Fixo
Trem de Pouso Mobilidade Semi-Escamoteável ou Retrátil
Escamoteável

Convencional (Bequilha)
Posição das Rodas
Triciclo (Triquilha)
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.4
GMP – Grupo Motopropulsor

CADERNO IV – CGA
Grupo Motopropulsor

Produz a força de tração


que impulsiona o avião,
através do princípio da
ação e reação.
Tipos de Motor

a pistão (Convencional)
a hélice
turboélice
Motor
jato puro ou turbo jato
a reação
turbo fan
Motor a Pistão e Hélice ou Convencional

Motor gera energia necessária para movimentar a hélice que


impulsiona o avião para frente.
Usado para aviões que voam a baixas altitudes;
Utiliza gasolina de aviação;
Aeronaves com Motor Convencional

Douglas DC-3
Motor Turboélice
Motor de ação mista (motor a jato acionando uma hélice);
A força propulsiva deste motor é produzida 90% pela hélice e 10% pelos
gases de escapamento;
Maior tração que o jato puro em baixas velocidades;
Menor consumo de combustível;
Eficiente nas decolagens (hélice movimentar uma grande massa de ar);
Maior força de frenagem no pouso (arrasto da hélice);
Utiliza querosene como combustível.
Motor Turboélice
Motor Turboélice
Aeronaves com Motor Turboélice

ATR-72
Motor Turbo-Jato
Motor à reação cuja força impulsionadora é dada pelos gases de escapamento

Elementos principais:
turbina/câmara de combustão/compressor

Utiliza querosene como combustível

Ideal para grandes altitudes e velocidade.


Motor Turbo-Jato
Motor Turbo-Jato
Motor Turbo-Fan
Motor a reação mais usado;
Produz mais tração com maior economia e menor ruído;
Como um motor turbo-jato acrescido de fan (ventilador).

Elementos principais:
fan / compressor / câmara de combustão / turbina

Utiliza querosene como combustível.


Motor Turbo-Fan
Aeronaves com Motor Turbo Fan

Embraer 190

Airbus 320 neo


Motor Turbo Fan
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.5
Grupo Motopropulsor: Classificação

CADERNO IV – CGA
Classificação

Monomotor
Número de Motores Bimotor
Trimotor
Multimotor
Motor
Subsônico
Velocidade Transônico
Supersônico
Classificação quanto ao número de motores

Bimotor

Monomotor
Classificação quanto ao número de motores

Quadrimotor

Trimotor
Classificação quanto ao número de motores

Multimotor ou 8 Motores

Multimotor ou 6 Motores
Classificação quanto à Velocidade
Número Mach
É uma forma medir altas velocidades;
É a razão entre a velocidade verdadeira da aeronave e a velocidade do som no
mesmo nível de voo ou altitude;
Velocidade do Som
Mach = Velocidade da Aeronave 340,29 m/s
Velocidade do Som 1.226 km/h
O número de Mach 1 significa que a velocidade aerodinâmica é 100% da
velocidade do som;
Mach = 0,8 significa que a velocidade aerodinâmica é 80% da velocidade do
som.
Classificação quanto à Velocidade

Motor Subsônico Abaixo de .75 Mach

Motor Transônico De .75 Mach até 1.20 Mach

Motor Supersônico De 1.20 Mach até 5.00 Mach

Motor Hipersônico Acima de 5.00 Mach


3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.6

Asa

CADERNO IV – CGA
Asa

Superfície aerodinâmica que produz


sustentação ao voo. Também usada
como alojamento de trem de pouso,
tanque de combustível e berço dos
motores (nacele);

A sustentação pode ser maior ou


menor, de acordo com sua área e
formato.
Estrutura da Asa
Longarinas: principal elemento estrutural da asa, estendendo-se da raiz
à ponta. Sua construção pode ser de madeira ou liga metálica, como nos
modernos aviões;

Nervuras: elemento da asa responsável pelo seu formato aerodinâmico;

Estais ou Cordas de piano: ligam as nervuras;

Entelagem ou Chapeamento: cobertura.


Classificação Quanto ao Número de Asas

Monoplano

Biplano
Classificação Quanto ao Número de Asas

Triplano

Multiplano
Classificação Quanto à Fixação das Asas

Cantilever

Semi-Cantilever
Classificação Quanto à Posição das Asas
Asa Baixa
Asa Média
Classificação Quanto à Posição das Asas
Asa Alta

Asa Parassol
Forma das Asas

Elíptica Trapezoidal

Retangular Delta
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.7
Eixos e Movimentos da Aeronave.

CADERNO IV – CGA
Eixos da Aeronave
Os eixos de uma aeronave são, na realidade, eixos imaginários, em torno dos
quais a aeronave realiza os movimentos.

EIXO
Movimentos da Aeronave
Os movimentos que uma aeronave pode realizar entorno de seus eixos são:
Arfagem ou Tangagem, Rolagem ou Bancagem e Guinada.

Arfagem Rolagem Guinada


Arfagem ou Tangagem
Arfagem ou Tangagem é o movimento realizado em torno do eixo lateral da
aeronave. Este movimento é causado pelo Leme de Profundidade (ou
Profundor), localizado no estabilizador horizontal da aeronave.

O Movimento do nariz do avião para cima chama-se Cabrar.


O Movimento do nariz do avião para baixo chama-se Picar.
Profundor para Cima Profundor para Baixo
Nariz para Cima Nariz para Baixo

CABRAR PICAR
Rolagem ou Bancagem
Rolagem ou Bancagem é o movimento realizado em torno do eixo longitudinal
da aeronave. Este movimento é causado pelos Ailerons, que são aerofólios
localizados no bordo de fuga das asas, próximo às pontas.

Aileron esquerdo desce Aileron esquerdo sobe


Aileron direito sobe Aileron direito desce
Rolagem para Esquerda Rolagem para Direita
Guinada
Guinada é o movimento realizado em torno do eixo vertical da aeronave.
Este movimento é causado pelo Leme de Direção, instalado no estabilizador
vertical da aeronave.

Leme para Direita Leme para Esquerda


Nariz para Direita Nariz para Esquerda
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.8
Superfícies Primárias de Controle

CADERNO IV – CGA
Conceitos
Controle: é a atitude tomada para fazer com que a aeronave siga a
trajetória de voo desejada.

Superfícies de Controle ou Superfícies de Comando de Voo: são diferentes


superfícies de controle utilizadas para controlar a aeronave em torno de
cada um dos seus três eixos. Movendo-se as superfícies de controle em uma
aeronave, muda-se o fluxo de ar que atua nessas superfícies.

São aerofólios articulados ou móveis, projetados para modificar a atitude de


uma aeronave durante o voo. Essas superfícies podem ser divididas em três
grupos, geralmente denominados Superfícies Primárias, Secundárias e
Auxiliares.
Superfícies Primárias de Controle
O grupo primário inclui os ailerons, profundores e leme.

Leme

Ailerons Profundores
Comandados pelo
movimento do Manche
para frente ou para trás
Comandado pelo
movimento dos Pedais

Comandados pelo movimento


do Manche para direita ou
esquerda
Superfícies Primárias de Controle
O grupo primário inclui os ailerons, profundores e leme.

Ailerons
Ailerons
Finalidade: Possibilitar o movimento de
inclinação lateral do avião.

Localização: Nos bordos de fuga das asas,


próximo às pontas.

Comando: Através do movimento lateral ou Comandados pelo movimento


do Manche para direita ou
rotação do manche. esquerda
Movimento dos Ailerons
Rolagem ou Bancagem (eixo Longitudinal)
Manche

Manche

Visão Traseira Visão Frontal


Superfícies Primárias de Controle

Profundores ou Leme de Profundidade


Profundores
Finalidade: Possibilitar o movimento de Comandados pelo
“nariz para cima” e “nariz para baixo”. movimento do Manche
para frente ou para trás
Localização: Na empenagem, parte traseira
do estabilizador horizontal.

Comando: Através do movimento


longitudinal da coluna do manche (para
frente e para trás).
Movimento dos Profundores
Arfagem ou Tangagem (eixo Lateral)

Manche para Trás Manche do Nariz para Cima = CABRAR


Profundor sobe
Cauda desce
Nariz sobe

Manche para Frente


Profundor Desce
Cauda sobe
Nariz desce Manche do Nariz para Baixo = PICAR
Superfícies Primárias de Controle

Leme de Direção
Finalidade: Possibilitar o movimento de Leme
direcionar o nariz para a direita e para a
esquerda.

Localização: Na empenagem, parte traseira


do estabilizador vertical.

Comando: Através do acionamento dos


pedais. Comandado pelo movimento
dos Pedais
Movimento do Leme
Guinada (eixo Vertical)

Pedal Direito para Frente


Nariz para Direita
Leme para Direita
Cauda para Esquerda

Pedal Esquerdo para Frente


Nariz para Esquerda
Leme para Esquerda
Cauda para Direita

Nariz acompanha o movimento do Leme. Leme para Direita/Nariz para direita.


Quadro Resumo

Comando Superfície de Controle Movimento Eixo

Manche Ailerons Rolagem ou Bancagem Longitudinal

Manche Profundores Arfagem ou Tangagem Lateral

Pedais Leme Direcional Guinada Vertical


3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.9
Superfícies Secundárias de Controle e
Superfícies Auxiliares de Controle

CADERNO IV – CGA
Superfícies Secundárias de Controle
As superfícies secundárias são chamadas compensadores, que são em
verdade pequenos aerofólios encaixados nos bordos de fuga das superfícies
de comando primárias com o propósito de corrigir qualquer condição de
desbalanceamento que possa existir durante o voo, sem exercer qualquer
pressão sobre os controles primários.
Superfícies Secundárias de Controle
Superfícies Auxiliares de Controle
São Superfícies dedicadas a aumentar (Hipersustentadoras) ou a diminuir
(Hiposustentadoras) a sustentação das aeronaves. No primeiro grupo estão os
Flapes, Slats e Slots. Os dispositivos destinados a diminuir a sustentação são
os Spoilers e os freios aerodinâmicos.
Superfícies Auxiliares de Controle
Os flapes aumentam a área da asa, aumentando dessa forma a sustentação na
decolagem, e possibilitando a diminuição da velocidade durante o pouso. Esses
aerofólios são retrateis e se ajustam aerodinamicamente ao contorno da asa.
Superfícies Auxiliares de Controle
Os Slats são aerofólios, que
se estendem e se retraem do
bordo de ataque das asas.
Alguns tipos criam uma
abertura entre o aerofólio
estendido e o bordo de
ataque, os Slots.
Superfícies Auxiliares de Controle
Os Spoilers ou freios aerodinâmicos são placas instaladas na superfície superior
da asa, que são geralmente defletidas para cima com a função de aumentar a
força de arrasto.
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.10
Introdução ao Estudo dos Fluidos

CADERNO IV – CGA
Conceitos
Escoamento
É o movimento dos fluidos. Pode ser de dois tipos:

Laminar (ou Lamelar): quando


ocorre em uma direção de
forma regular e ordenada.

Turbulento (ou Turbilhonado):


quando seu movimento é
irregular e desorganizado.
Conceitos
Equação da continuidade
“Quanto mais estreito for o tubo de escoamento maior será a velocidade do
fluxo e vice-versa”.

Pressão dinâmica
É a força de movimento, neste caso, criada pela força de impacto de um
fluido. No caso do ar, a pressão dinâmica deixa de existir quando o vento
pára de soprar.

Pressão estática
É a pressão parada ou aquela que é exercida em cima de um corpo
mergulhado na atmosfera.
Conceitos
Conservação da Energia
Expressa que em um fluido ideal (sem viscosidade nem atrito) em regime de
circulação por um conduto fechado, a energia que possui o fluido permanece
constante ao longo de seu percurso.

Princípio de Bernoulli
O princípio de Bernoulli, também denominado equação de Bernoulli ou
Trinômio de Bernoulli, ou ainda Teorema de Bernoulli descreve o
comportamento de um fluido movendo-se ao longo de uma linha de corrente
e traduz para os fluidos o princípio da conservação da energia.
Conceitos
Tubo de Venturi
O físico francês Giovani Venturi provou o teorema de Bernoulli através do
tubo de Venturi. No tubo ficou provado que quando há um estreitamento o
fluido desloca-se mais rapidamente para conservar a energia.
Conceitos
Tubo de Pitot
Tubo Pitot ou simplesmente pitômetro é um instrumento de medição de
velocidade, bastante utilizado para medir a velocidade de fluidos,
principalmente para medir a velocidade em aeronaves.
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.11

Aerodinâmica I

CADERNO IV – CGA
Aerodinâmica
Aerodinâmica é a parte da física (Mecânica dos Fluidos) que estuda os
gases em movimento e as forças que o ar exerce em corpos sólidos.
Conceitos
Resistência ao Avanço: também chamada resistência do ar, é uma
manifestação da força aerodinâmica. É a força que atua, no sentido
contrário ao do movimento, quando um objeto se move através de um
fluido ou quando o fluido se move através de um objeto. A força é
gerada pelo movimento relativo.

Perfil Aerodinâmico (Superfície Aerodinâmica): forma dada a um


objeto para atenuar a ação da Resistência ao avanço e para
proporcionar reações úteis ao movimento, como por exemplo a
Resultante Aerodinâmica. Os contornos do objeto são ajustados de tal
maneira que o fluido escoe de forma mais suave pelo objeto não se
separando de sua superfície.
Conceitos
Aerofólio
É uma superfície aerodinâmica que produz reações úteis ao voo. Alguns
exemplos são: asa, leme de direção, profundor e pás da hélice.
Perfis do Aerofólio

Perfil Simétrico Perfil Assimétrico


Partes do Aerofólio
Dorso ou Extradorso: parte superior do aerofólio;
Ventre ou Intradorso: parte inferior do aerofólio;
Bordo de Ataque: dianteira do aerofólio;
Bordo de Fuga: traseira do aerofólio;
Corda: linha reta que une o bordo de ataque ao bordo de fuga;
Envergadura: distância de uma ponta da asa à outra;
Linha de Curvatura Média: une o bordo de ataque ao bordo de fuga
equidistando o extradorso do intradorso.
Partes do Aerofólio

Linha de Curvatura Bordo de Fuga


Média
EXTRADORSO

INTRADORSO

Bordo de Ataque Corda


Partes do Aerofólio

BORDO DE ATAQUE

ENVERGADURA

BORDO DE FUGA
CORDA
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.12

Aerodinâmica II

CADERNO IV – CGA
Forças que atuam na Aeronave
SUSTENTAÇÃO

TRAÇÃO ARRASTO

PESO
Conceitos
Sustentação: força que se dá pela diferença de pressão, estática e
dinâmica, exercidas no intradorso e extradorso da asa, respectivamente.

e Menor Pressão

e Maior Pressão
Conceitos
Resultante Aerodinâmica: É a força resultante da decomposição das
forças de Sustentação e de Arrasto. A diferença de pressão entre o
intradorso e o extradorso, força a asa para cima e para trás.

Sustentação Resultante
Aerodinâmica

Vento

Arrasto
Centro de Pressão - CP
Conceitos
Vento Relativo: É Vento provocado pelo deslocamento do avião. Tem
sempre sentido oposto ao deslocamento, a mesma velocidade e direção.
Conceitos
Ângulo de Ataque: é o ângulo formado pela corda do aerofólio (asa) e o
vento relativo.

Corda
Ângulo de
Ataque
Vento Relativo
Conceitos
Ângulo de Incidência: Ângulo formado entre a Corda e a Direção do Voo,
como estes são fixos, o ângulo de incidência é invariável.

Corda da Asa
Eixo Longitudinal
Ângulo de Incidência
Conceitos
Ângulo de Estol: Quando o ângulo de ataque aumenta para o ângulo de
máxima sustentação, o ponto crítico de sustentação é atingido. Isso é
conhecido como ângulo de Estol ou Ângulo Crítico. A Sustentação passa de
seu valor máximo para Zero.
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.13
Arrasto, Equilíbrio e Estabilidade

CADERNO IV – CGA
Arrasto
Arrasto: é a resistência do ar aos objetos que se movem nele.

Arrasto Parasita: resistência produzida pelas partes expostas da


aeronave;

Arrasto Induzido: gerado pelo deslocamento do próprio aparelho


(vortex de ponta de asa)
Equilíbrio
Equilíbrio: é a tendência de voltar à uma condição de estabilidade,
após ser afastado desta condição por uma interferência externa (vento,
turbulência etc.). O equilíbrio de uma aeronave pode ser:

Equilíbrio Estável: o avião tende a voltar ao equilíbrio.

Equilíbrio Instável: o avião tende a se afastar cada vez mais do


equilíbrio.

Equilíbrio Indiferente: o avião continua fora do equilíbrio sem


tendência a aumentar ou diminuir o desvio.
Equilíbrio
Equilíbrio Instável Equilíbrio Indiferente

Equilíbrio Estável

Vento
Estabilidade
Estabilidade: característica de uma aeronave, que tende a fazê-la voar
em trajetórias reta e nivelada.
Estabilidade Longitudinal: Está relacionada com o movimento de
arfagem de um avião, portanto, em torno de seu eixo lateral.
Estabilidade
Estabilidade Lateral: Está relacionada com a tendência do avião se
recuperar de um afastamento ou desequilíbrio no plano lateral
(movimento de rolagem/bancagem).
Estabilidade
Estabilidade Direcional: Refere-se ao equilíbrio do avião em torno do
seu eixo vertical. É portanto a tendência do avião de retornar ao
equilíbrio após uma guinada inadvertida.
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.14
Ângulos de Fixação e
Construção das Asas

CADERNO IV – CGA
Ângulos de Construção e Fixação das Asas
Ângulo de Incidência: Ângulo formado entre a Corda e a Direção do Voo,
como estes são fixos, o ângulo de incidência é invariável.

Corda da Asa
Eixo Longitudinal
Ângulo de Incidência
Ângulos de Construção e Fixação das Asas
Ângulo de Diedro: é o ângulo formado entre o eixo lateral e o plano da
asa.

Diedro Positivo
Diedro Negativo

Diedro Nulo
Ângulos de Construção e Fixação das Asas

Diedro Positivo

Diedro Nulo

Diedro Negativo
Ângulos de Construção e Fixação das Asas
Ângulo de Enflechamento: ângulo formado entre o eixo Lateral e a linha
de bordo de ataque da asa.

Enflechamento Enflechamento Enflechamento


Positivo Nulo Negativo
Relação Ângulos x Estabilidade
A estabilidade longitudinal é influenciada pelo ângulo de incidência
da aeronave.

A estabilidade lateral é influenciada pelo ângulo diedro.

A estabilidade direcional é influenciada pelo ângulo de


Enflechamento da aeronave.
3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.15

Peso e Balanceamento

CADERNO IV – CGA
Peso e Balanceamento
Peso e Balanceamento: Calcular o peso e o balanceamento de uma
aeronave consiste em comprovar matematicamente que o peso e a
distribuição deste (balanceamento) estão dentro dos limites
especificados pelo fabricante da aeronave.

Centro de Gravidade: O CG de uma aeronave é o ponto sobre o qual os


momentos de nariz pesado e de cauda pesada são exatamente iguais.
Uma aeronave suspensa por este ponto não deve ter tendência de para
qualquer dos lados do nariz ou da cauda. Este é o ponto onde a força
peso age na aeronave.

Centro de Pressão: É o ponto onde atuam a Resultante Aerodinâmica, o


arrasto e a Sustentação.
Peso e Balanceamento
SUSTENTAÇÃO

Centro de Pressão

Centro de Gravidade

PESO
Peso e Balanceamento
Pesos para se considerar no balanceamento:

Vazio: peso do avião com seu equipamento fixo;

Básico: peso vazio acrescido por tripulantes e suas bagagens;

Operacional: peso do avião pronto para decolar faltando carregar PAX e Carga;

De decolagem: peso do avião pronto para decolar (com PAX e Carga);

Zero Combustível: peso do avião pronto para decolar, sem o combustível;

Carga Útil: Pax + Carga (Payload) e;

De pouso: peso com que o avião deve pousar.


3. Conhecimentos Gerais de Aeronaves

Aula #3.16

Manobras

CADERNO IV – CGA
Manobras
Decolagem;
Subida;
Voo em linha reta e horizontal;
Voo em curva;
Descida e;
Pouso.
Manobras
Decolagem: Fase inicial do voo, tem início na cabeceira da pista e termina
quando a aeronave cruza 50 pés (15m); São elementos importantes
considerados durante a decolagem, além do peso da aeronave: o vento
predominante, cumprimento da pista, temperatura do ar, umidade do ar e
pressão atmosférica.
Manobras
Subida: fase que vai da decolagem até atingir o nível de cruzeiro. Nesta fase
ocorre a aceleração da aeronave. Duas velocidades são importantes nesta
fase: a velocidade horizontal (de solo) e a velocidade vertical (razão de
subida). A razão de subida é medida por um instrumento chamado CLIMB ou
Variômetro.
Manobras
Voo reto e nivelado: nesta fase com velocidade constante, a sustentação é
igual e oposta ao peso e a tração é igual e oposta ao arrasto.
Manobras
Voo em Curva: para o avião executar uma curva, será necessário o surgimento
de uma força que mude a direção de sua velocidade em direção ao centro da
curva. Esta manobra é obtida ao se inclinar as asas do avião, assim, cria-se
uma componente horizontal da sustentação que puxa o avião para dentro da
curva.
Manobras
Descida: fase de economia de combustível, através de uma descida baseada
na redução dos motores aplicada ao ângulo de ataque. A razão de descida é
indicada pelo Variômetro.
Manobras
Pouso ou Aterragem: fase final da operação. A tração é reduzida a zero e
quando a aeronave toca o solo, são acionados os freios e o sistema de reverso
que auxilia na parada total do aparelho.
A excelência da aviação aplicada ao treinamento

Preparatório para Comissários de Voo


CADERNO IV - CGA

CADERNO IV – CGA

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