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SUMÁRIO
O PAPEL DA DISCIPLINA NO CURSO............................................................................... 3
OBJETIVOS DA DISCIPLINA ............................................................................................. 3
METEOROLOGIA; CONCEITOS E INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS ........................ 4
O SISTEMA SOLAR E O PLANETA TERRA ....................................................................... 7
LATITUDES, PARALELOS E ZONAS CLIMÁTICAS........................................................ 11
ATMOSFERA TERRESTRE ............................................................................................... 13
RADIAÇÃO E EQUILÍBRIO TÉRMICO TERRESTRE ........................................................ 17
PRESSÃO ATMOSFÉRICA ............................................................................................... 20
CALOR E TEMPERATURA................................................................................................ 25
ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA .......................................................................................... 30
VENTO ............................................................................................................................... 32
NUVENS ............................................................................................................................ 35
NEVOEIROS E VISIBILIDADE ........................................................................................... 42
TURBULÊNCIA .................................................................................................................. 46
MASSAS DE AR ................................................................................................................ 50
TROVOADA ....................................................................................................................... 54
GELO .................................................................................................................................. 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 59
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
MET
METEOROLOGIA AERONÁUTICA
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Evidenciar a importância da Meteorologia Aeronáutica (Cn);
Explicar a origem das estações do ano com os movimentos da terra (Cp);
Citar as características das camadas atmosféricas e suas respectivas
funções (Cn);
Relacionar pressão atmosférica e temperatura no voo (Cp);
Definir radiação, condução, convecção e advecção (Cn);
Explicar o ciclo hidrológico, formação de nuvens e umidade (Cp);
Definir vento, vento de superfície e vento de altitude (Cn);
Explicar o modo pelo qual o vento é descrito (Cp);
Classificar as nuvens quanto ao estágio de formação (Cp);
Citar o efeito dos nevoeiros sobre as aeronaves (Cn);
Apontar os efeitos da turbulência sobre as aeronaves em pousos, em
decolagens e na navegação aérea (Cn);
Relacionar cada tipo de frente com suas respectivas características
principais (Cp);
Relacionar cada fase de formação das trovoadas com as suas
respectivas características principais (Cp); e
Apontar os efeitos do gelo sobre as aeronaves (Cn).
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO I
METEOROLOGIA AERONÁUTICA; CONCEITOS,
CLASSIFICAÇÃO E INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
Conceito de Meteorologia
A Meteorologia é a ciência, do ramo da Geofísica, que estuda os
fenômenos da atmosfera.
Classificação da Meteorologia
A meteorologia se divide em dois ramos: a meteorologia pura e a
aplicada.
Meteorologia Pura: Voltada para a área da pesquisa – meteorologia
sinótica, dinâmica, tropical, polar etc.
Meteorologia Aplicada: Voltada para uma das atividades humanas –
meteorologia marítima, aeronáutica, agrícola, bioclimatologia etc.
Meteorologia Aeronáutica
Dentro do ramo da Meteorologia aplicada, o objeto do nosso interesse é
a Meteorologia Aeronáutica, que é aquela que estuda os fenômenos de
tempo que ocorrem na atmosfera, visando a economia e a segurança da
circulação do tráfego aéreo.
Organização da Meteorologia
Dois organismos internacionais ligados à ONU regem as atividades
ligadas à Meteorologia em termos mundiais: a OACI , e a OMM
(Organização Meteorológica Mundial).
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Informações Meteorológicas
São Informações úteis ao planejamento, desenvolvimento e segurança
da navegação aérea, notadamente a temperatura do ar, a pressão
atmosférica, a Direção e a Velocidade do Vento e o Tempo Presente.
Observação:
Verificação visual ou instrumental das condições meteorológicas, numa
determinada hora ou local. Pode ser em superfície ou em altitude.
Divulgação:
É a transmissão das observações realizadas para fins de difusão.
Ex.: remessa das Estações para os Centros.
Coleta:
É a coleção das observações feitas, para fins meteorológicos.
Ex.: Recepção de dados enviados pelas Estações aos Centros.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Análise:
Estudo e interpretação das observações coletadas para fins de previsões
meteorológicas.
Exposição:
Entrega das previsões para consulta aeronáutica sob a forma de
produtos: METAR, TAF, SIGMET ou SPECI.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO II
O SISTEMA SOLAR E O PLANETA TERRA
O Planeta Terra
O Planeta Terra, pode ser descrita como uma esfera com o Pólo Norte no
topo e o Pólo Sul na extremidade inferior. A meio caminho entre os pólos
encontra-se um círculo imaginário chamado Equador.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Rotação
É o movimento que a Terra realiza em torno de seu próprio eixo e traz
como consequência a percepção dos dias e das noites. Tal movimento é
realizado no sentido anti-horário (considerado a partir da vista do polo
Norte) ou de oeste para leste. É realizado em aproximadamente 24 horas
(mais precisamente, 23h 56min 4,09seg), este tempo decorrido é
chamado Dia Sideral. Ao juntarm-se o tempo que falta a cada dia para
somar 24 horas, tem-se, ao longo de quatro anos, o período de tempo
equivalente a um dia. Este dia é acrescentado no mês de fevereiro a cada
quatro anos, resultando no ano bissexto.
O eixo da Terra apresenta uma
inclinação de 23° 27' em relação
ao plano da órbita que o planeta 23°27’
descreve em torno do Sol.
Translação ou Revolução
O movimento de Translação (ou
revolução) nos faz perceber as
estações do ano e, em função da
inclinação do eixo polar em
relação ao plano solar, dias e
noites com quantidade variável
de horas. Alguns países tiram
proveito deste fenômeno
instituindo o horário de verão
durante um período do ano para
economizar energia elétrica.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Periélio: Ponto mais próximo do sol que o planeta Terra atinge em seu
movimento de translação ao redor do seu.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO III
LATITUDES, PARALELOS E ZONAS CLIMÁTICAS
Latitude
Distância medida em graus, entre um
determinado ponto e a linha do
Equador.
Medida em graus
Varia entre 00 e 90º
Do Equador para Norte (N)
Do Equador para Sul (S)
Paralelos
Paralelo (ou paralelo geográfico) é
todo círculo menor na posição
horizontal, perpendicular ao eixo terrestre e, portanto, paralelo à linha do
equador.
Paralelos Importantes:
Equador;
Trópico de Câncer;
Trópico de Capricórnio;
Circulo Polar Ártico; e
Circulo Polar Antártico.
Círculo Polar - Latitude de 66º 33’ (sessenta e seis graus e trinta e três
minutos).
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Zonas Climáticas.
Zonas climáticas são espaços entre os paralelos, que de acordo com a
incidência de sol, baseada na latitude, vão apresentar características
climáticas semelhantes. São zonas climáticas:
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO IV
ATMOSFERA TERRESTRE
Conceito
Atmosfera é uma mistura mecânica, inodora e incolor de gases, que
envolve o planeta e na qual cada componente exerce função definida.
Composição
(sempre Ar Seco):
Nitrogênio (N2) – 78%
Oxigênio (O2) – 21%
Gases Nobres – 1%
Troposfera
Camada mais baixa da atmosfera onde ocorrem os principais fenômenos
meteorológicos;
Equador: 17 a 19 Km
Altura da Camada Latitudes Temperadas: 13 a 15 Km
Polos: 7 a 9 Km
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Tropopausa
Zona de transição que separa a Troposfera da Estratosfera.
Espessura: de 3 a 5 Km
Característica: Isotermia (mesma temperatura)
Estratosfera
Camada seguinte à Troposfera com extensão de 70 Km;
Início da Difusão da luz (Cor azulada do céu).
Ionosfera
Camada acima da Estratosfera;
Início da filtragem seletiva da radiação solar;
Absorve a radiação composta por raios X, Gama e Ultravioleta;
Reflexão das ondas de rádio;
Camada eletrizada, ótima condutora de eletricidade devido a presença de
íons eletrificados;
Ionização maior durante o dia;
Estende-se até cerca de 400 a 500 Km.
Exosfera
Estende-se verticalmente até 1.000 Km de altitude;
Confunde-se gradativamente com o espaço interplanetário;
Não exerce efeito de filtragem seletiva.
Função da Atmosfera:
A principal função da atmosfera é exercer a filtragem seletiva dos raios
solares, absorvendo, difundindo e refletindo os comprimentos de ondas
nocivos à vida
Absorção
Ocorre em maior número nas camadas superiores da atmosfera, onde
são absorvidas as energias mais penetrantes, tais como Raios
Ultravioletas Raio X, Raios Gama. A atmosfera funciona como uma
“esponja”.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Difusão
É quando a onda de luz (radiação solar) se “choca” com partículas da
atmosfera e se difunde, ou seja, se espalha em todas as direções. A
difusão é responsável pela coloração do céu. A luz que melhor se difunde
na atmosfera é a de cor azul. A difusão também é responsável
pela restrição à visibilidade.
Reflexão
A energia luminosa é refletida de volta para o espaço, em sua maioria
pelo topo das nuvens e pela superfície terrestre.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Dica do Braga
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO V
RADIAÇÃO E EQUILÍBRIO TÉRMICO TERRESTRE
Insolação
Insolação é a radiação solar
que atinge a superfície da Terra;
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Albedo
É a capacidade de reflexão de uma superfície. É a relação entre o total de
energia luminosa refletida por uma superfície e o total de energia
incidente sobre a mesma.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO VI
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Tipos de barômetro:
barômetro de mercúrio;
barômetro aneroide ou metálico;
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Atmosfera Padrão
A atmosférica padrão, do inglês ISA (ICAO Standard Atmosphere ou
International Standard Atmosphere) é uma atmosfera teórica, ideal,
criada para estabelecer parâmetros de comparação com a atmosfera
real.
Alguns Valores da ISA
Pressão...................1013,2 hPa / 29,92 Pol Hg
Temperatura............15ºC / 59ºF
Gradiente Térmico.....0,65ºC/100m = 2ºC /1000pés
Latitude Média..........45º
Unidades:
atm (atmosfera);
mm de Hg (milímetros de Mercúrio);
hPa (Hectopascal) - utilizada na aviação no Brasil;
Mb (milibares).
Altímetro
O Altímetro é o instrumento usado para indicar o posicionamento da
aeronave a partir de uma referência no plano vertical. É um tipo de
barômetro aneroide destinado a registrar alterações da pressão
atmosférica que acompanham as variações de altitude.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Estudos de Altimetria
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Altitude:
É a distância entre a aeronave e o nível médio do mar. Este valor é lido no
altímetro de bordo, quando for inserida a pressão ajustada ao nível médio
do mar (QNH).
Altura
É a distância entre a aeronave e o solo. Este valor é lido no altímetro de
bordo, quando este for ajustado a zero enquanto a aeronave estiver no
chão. (QFE).
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO VII
CALOR E TEMPERATURA
Termômetro Termógrafo
Escalas Termométricas
Escala Celsius
É a escala usada no Brasil e na maior parte dos países, oficializada em
1742 pelo astrônomo e físico sueco Anders Celsius (1701-1744). Esta
escala tem como pontos de referência a temperatura de congelamento
da água sob pressão normal (0 °C) e a temperatura de ebulição da água
sob pressão normal (100 °C).
Escala Fahrenheit
Outra escala bastante utilizada, principalmente nos países de língua
inglesa, criada em 1708 pelo físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit
(1686-1736), tendo como referência a temperatura de uma mistura de
gelo e cloreto de amônia (0 °F) e a temperatura do corpo humano (100
°F).
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Escala Kelvin
Também conhecida como escala absoluta, foi verificada pelo físico
inglês William Thompson (1824-1907), também conhecido como Lorde
Kelvin. Esta escala tem como referência a temperatura do menor estado
de agitação de qualquer molécula (0 K) e é calculada apartir da escala
Celsius.
Transmissão de Calor
O calor é um tipo de energia e como tal, pode ser transferido de um corpo
para o outro, quando há diferença de temperatura entre eles; Para
exemplificar, a transmissão de calor é uma das razões que explicam a
permanencia em movimento constante do ar atmosférico;
Condução
É a transmissão de calor de um corpo mais quente a um mais frio,
molécula a molécula através da matéria, sem o transporte de matéria,
apenas da energia. O ar permanecendo sobre uma superfície mais quente
adquire calor por condução e aquele que está sobre uma superfície mais
fria perde calor por condução.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Radiação
Transporte de calor à distância, sem haver contato entre os corpos.
É um processo de transmitir energia sob forma de ondas, como ondas de
rádio e ondas luminosas.
Tipos: Radiação Solar e Terrestre
A parte da radiação solar que consegue alcançar a superfície terrestre
corresponde a 42%.
Destes apenas 2% é absorvido pela superfície terrestre.
A radiação terrestre é mais intensa em noites de céu claro.
Convecção
É a transmissão de calor por meio de correntes de ar ascendentes e
descendentes. Quando o ar fica em contato com uma superfície quente,
as camadas inferiores ficam aquecidas e, em consequência, o ar nestas
camadas torna-se menos denso do que nas camadas superiores e tende
a subir.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Advecção
É processo de transmissão de calor por meio de movimento horizontal
do ar atmosférico. Os casos mais típicos de adveção são as massa de
ar. O movimento advectivo é realizado pelos ventos .
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Condução: Transferência de
calor molécula à molécula.
Melhores condutores são os
metais.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO VIII
ESTADOS FÍSICOS DA ÁGUA
Vapor D’água
Não compõe atmosfera.
Presença de Vapor D’água na Atmosfera:
Limite: 4%
Ar Seco – 0% (nenhuma umidade)
Ar úmido – mais que 0% e menos que 4%
Ar saturado – Exatamente 4% (precipitação)
Maior Concentração no Equador;
Diminui com a altitude;
Desprezível acima de 30 mil pés.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
ATMOSFERA
Vapor
d’água
Ar Seco e Ar Úmido 4%
Se pegarmos uma balança e inserirmos ar SECO de um lado e ar ÚMIDO
do outro notaremos que o lado do ar seco pesará mais. Isso se deve ao
peso molecular de seus componentes.
Ex.:
O2 = 32
N2 = 28
H2O = 18 (vapor d’água)
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO IX
VENTO
Circulação Atmosférica
A circulação atmosférica é definida como a movimentação do ar pela
atmosfera. Os movimentos do ar que ocorrem no sentido vertical
recebem a denominação de correntes convectivas ou turbulência; e os
movimentos horizontais são chamados de ventos.
Vento
O vento é definido como sendo o ar em movimento e ocorre quando
existe uma diferença de pressão entre duas regiões, ocasionadas por
variações de temperaturas.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Tipos de Vento:
Vento de Superfície: ocorre até os primeiros 100 metros de altura
(camada limite) e é inteiramente influenciado pela Força de Atrito com a
superfície e a Força do Gradiente de Pressão.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO X
NUVENS
Conceito
Aglomerado de partículas de água, líquidas e/ou sólidas, em suspensão
na atmosfera, formados a partir da condensação ou sublimação do vapor
d’água na atmosfera.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CIRRUS (CI)
Nuvens com aspecto
delicado, sedoso, sem sombra
própria.
Sem precipitação;
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CIRROCUMULUS (CC)
Nuvens brancas sem sombra
própria;
Compostas de elementos
muitos pequenos em forma
de grãos, rugas.
Indicam a base da corrente de
jato e turbulência em níveis
altos.
CIRROSTRATUS (CS)
Ar estável – sem turbulência;
Sem sombra própria;
Véu transparente e
esbranquiçado, de aspecto
fibroso.
Característica: círculo ao
redor do sol ou da lua,
denominado “HALO”.
ALTOSTRATUS (AS)
Ar estável – sem turbulência;
Cinzento-azulada, de aspecto
uniforme, cobrindo quase que
inteiramente o céu;
Pode ocorrer precipitação na
forma de chuva de caráter
contínuo.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
ALTOCUMULUS (AC)
Ar instável;
Sombra Própria;
Nuvens brancas ou acinzentadas;
Constituem o chamado céu
encarneirado.
Pode produzir precipitação em
forma de virga (chuva que não
alcança o solo);
Os altocumulus identificam
Turbulência nos níveis médios.
NIMBOSTRATUS (NS)
Ar estável
Nuvens de aspecto amorfo, base
difusa, muito espessa e escura.
Precipitação é intermitente e mais
ou menos intensa.
STRATUS (ST)
Restrição de teto. Ar estável.
Camada de nuvem comumente
cinza com base bastante
uniforme, a qual pode apresentar
precipitação na forma de
CHUVISCO.
Quando o sol é visível através da
nuvem seu contorno é claramente
distinguido.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
STRATOCUMULUS (SC)
Banco, lençol ou camada de nuvem
cinzentada ou esbranquiçada que têm
partes escuras compostas de massas
ou rolos.
A precipitação é fraca, e o voo dentro
dessa nuvem é acompanhado de
TURBULÊNCIA LEVE.
Caracteriza o equilíbrio condicional
(turbulência dentro apenas).
CUMULUS (CU)
Nuvens isoladas, geralmente densas e
de contornos definidos,
Apresenta desenvolvimento vertical,
com bases horizontais.
Assemelha-se a couve-flor, sendo
maior frequência sobre a terra durante
o dia e sobre a água a noite.
Quando desenvolvidos são chamados
de TCU (Grande Cumulus).
Precipitação na forma de pancadas de
chuva.
CUMULONIMBUS (CB)
Nuvem densa e possante de
considerável dimensão vertical.
Sua região superior pode desenvolver-
se em forma de bigorna.
Nuvem de trovoada, relâmpago.
É constituída por gotículas de água,
cristais de gelo, gotas superesfriadas,
flocos de neve e granizo.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
NUVENS ALTAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Nuvens isoladas, aspecto delicado, sedoso ou fibroso
Cirrus (CI) encurvados irregularmente, ou parecendo
emaranhados, apresentando cor branca brilhante,
Véu de nuvens esbranquiçado que cobre inteira ou
Cirrostratus (CS)
parcialmente o céu e dá origem ao fenômeno do Halo
Camadas de nuvens brancas e brilhantes, de aspectos
Cirrocumulus (CC)
granulados, podendo ser isolados ou muito próximos.
NUVENS MÉDIAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Camada de nuvem cinzenta, sombria, difusa e bastante
Nimbstratus (NS)
espessa, ocultando completamente o sol.
Lençol de nuvens estriadas, cobrindo inteira ou
Altostratus (AS) parcialmente o céu, deixando ver o Sol, ao menos
vagamente.
Banco ou lençol de nuvens brancas ou acinzentadas,
Altocumulus (AC)
em forma de lâminas ou rolos.
NUVENS BAIXAS
GÊNERO CARACTERÍSTICAS
Camada de nuvens esgarçadas de base muito baixa e
Stratus (ST) uniforme, coloração acinzentada e que precipitam na
forma de chuvisco.
Camada de nuvens cinzentas ou esbranquiçadas em
Stratocumulus(SC)
forma de rolo
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO XI
NEVOEIROS E VISIBILIDADE
Nevoeiros
O nevoeiro é um tipo de hidrometeoro que tem como característica
restringir drasticamente a visibilidade a valores inferiores a 1.000 metros,
chegando a inviabilizar, com freqüência, as operações de pouso e
decolagem, pois pode causar a restrição operacional de um ou mais
aeródromos durante várias horas, principalmente no sudeste e sul do
Brasil.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Visibilidade
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Sabe-se que observar um objeto nada mais é do que ver a luz difundida
ou irradiada por ele. Na realidade, esta difusão de luz por parte do objeto
permite definir seus detalhes de formato, cor, dimensões. Este mesmo
objeto será facilmente visto ou não, dependendo da transparência da
atmosfera. Se esta contiver elementos restritores (vapor d’água, poeira)
em quantidade suficiente para restringir a visibilidade, os objetos à
distância não poderão ser vistos.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO XII
TURBULÊNCIA
Conceito
A turbulência resulta da agitação do ar, seja por flutuações do vento
apresentando diferenças de direção, velocidade ou direção e velocidade
simultaneamente, ou provocada por fatores físicos ou térmicos que
interfiram no fluxo normal do ar.
Classificação:
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Em função da Intensidade:
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO XIII
MASSAS DE AR
Quando um grande volume de ar está sobre uma superfície uniforme,
tende a adquirir as características de temperatura, pressão e umidade da
superfície pela qual ela se desloca, constituindo o que em meteorologia
denominamos de MASSA DE AR.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
FRENTES
FRENTE FRIA:
A frente é denominada fria quando o ar frio desloca o ar quente ocupando
o seu lugar. É evidente que, quando a massa de ar mais frio avança em
direção à massa quente, seu movimento fica facilitado, pois a massa e ar
frio é mais densa que a massa de ar quente. Por isso que as frentes frias
são mais rápidas e violentas.
Características principais:
• Deslocamento no Hemisfério Sul: de SW para NE;
• Instabilidade devido à ascensão do ar quente, com a formação de
nebulosidade cumuliforme;
• Chuvas em forma de pancadas, além de trovoadas;
• Presença de Nevoeiro pós-frontal.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
FRENTE QUENTE:
A frente é denominada quente quando uma massa de ar quente avança
sobre uma massa de ar frio e ocupa seu lugar. Às vezes pode se
caracterizar como o retorno da massa de ar frio que sofreu alterações. A
frente quente é a região de encontro entre essas duas massas de ar.
Características principais:
• Deslocamento no Hemisfério Sul: de NW para SE;
• Menor instabilidade, pois não ocorre a ascensão do ar frio.
• Nebulosidade estratiforme
• Precipitação leve e contínua.
• Presença de Nevoeiro pré-frontal.
FRENTE OCLUSA: Ocorre quando uma frente fria alcança uma frente
quente e uma ou outra eleva a parcela de ar mais quente.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
CAPÍTULO XIV
TROVOADA
TROVOADAS
O fenômeno conhecido como Trovoada designa as tempestades locais
produzidas por nuvens Cumulunimbus (CB). Principalmente para a
aviação, ela constitui uma das condições meteorológicas de maior risco,
pois é responsável por uma série de fatores capazes de comprometer a
segurança do voo. Durante uma trovoada, podem ocorrer fenômenos
como ventos fortes, granizo, saraiva, descargas elétricas, turbulência,
tornados, formação de gelo e chuva intensa.
Estágios
O ciclo de vida de uma trovoada passa por três estágios consecutivos,
cuja durabilidade e intensidade dependerão dos fatores que deram
origem ao fenômeno:
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
Precipitação
No interior da nuvem é líquida (chuva) nos níveis inferiores; é mista
(chuva, granizo e neve) nos níveis médios; e sólida (granizo e neve) nos
níveis superiores.
Turbulência
Provocada pelas correntes convectivas (ascendentes e descendentes),
apresenta-se em todas as intensidades possíveis, podendo provocar
consideráveis alterações da altitude da aeronave, com remoinhos
irregulares, capazes de fazer gerar acelerações extremamente perigosas
para a estrutura do avião.
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Relâmpago
O peso de certos cristais de gelo formados nos níveis médios e médio-
superiores da nuvem (sobretudo o granizo) faz com que eles caiam para
camadas inferiores e colidam no caminho com gotas d’água. O resultado
é que se estilhaçam e eletrizam formando dois fluxos diversos: um
descendente, que carrega a base negativamente, e outro ascendente, que
carrega o topo positivamente. A partir daí, os campos elétricos formados
ao redor das duas cargas intensificam-se e ionizam o ar ao redor,
liberando uma tremenda quantidade de energia em forma de centelhas
não visíveis, que são o ponto de partida para a ocorrência dos
relâmpagos.
Ventos de rajada
Ocorrem como resultado das correntes descendentes que, ao atingirem
a superfície, sopram para fora da vertical correspondente à nuvem. São
bastante intensos e quase sempre servem como indicadores de trovoada
nas vizinhanças.
Formação de gelo:
A grande quantidade de água propicia a formação de gelo na estrutura de
um avião. Sendo o CB uma nuvem cumuliforme, o gelo que irá se formar
será predominantemente claro (mais perigoso) entre as temperaturas de
0° C e -10° C. Em temperaturas inferiores outros tipos de gelo poderão
aparecer.
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
CAPÍTULO XV
GELO
TIPOS DE GELO
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
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METEOROLOGIA AERONÁUTICA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANDRÉ LUIZ BRAGA
Caro aluno, encerramos aqui mais uma disciplina do curso. Mais uma
etapa foi vencida e demos mais um passo na construção do seu
conhecimento profissional.
Espero sinceramente que este livro texto tenha auxíliado na absorção dos
assuntos das disciplinas aqui referenciadas.
Aproveitem, revisem, assistam as videoaulas e procurem-nos para
resolver suas dúvidas persistentes.
Forte abraço, bons estudos e vejo você na próxima disciplina...
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