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Sistema INTERNACIONAL
de Aviação Civil Internacional
PROFESSOR NETO
Professor Neto
REV MAIO 2021
I - INTRODUÇÃO
Grandes seriam as dificuldades para uma aeronave
comercial realizar uma linha aérea internacional, com
sobrevoo e escalas em diversos países; com diferentes
idiomas e onde as tripulações tivessem que efetuar as
comunicações em línguas diferentes; com a utilização dos
mais diversificados auxílios à navegação e das mais
variadas cartas aeronáuticas;
Além de atender às formalidades alfandegárias,
imigratórias e de saúde, padronizadas de acordo com a
decisão de cada país, das maneiras mais diferentes.
Certamente, tudo isso tornaria o transporte aéreo
internacional impraticável, ou, no mínimo, inviável sob o
aspecto econômico e de segurança.
• A evolução e os grandes projetos que têm feito do avião
o meio de transporte que mais evoluiu nos últimos
tempos, apresentaram problemas internacionais que os
governos não podiam resolver individualmente, dando
origem à criação de regras e à unificação de
procedimentos, questões de primordial importância para
a segurança aérea.
• II - O INÍCIO DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO AÉREO
• Objetivando equacionar esses problemas de
fundamental importância, diversos países passaram a
reunir-se, após a Primeira Grande Guerra Mundial,
devido ao crescente aumento do interesse pelo avião
como meio de transporte de passageiros e cargas.
Estava iniciado o processo de internacionalização, cujo
objetivo primordial era alcançar uma solução para o
problema da caracterização da natureza jurídica do espaço
aéreo.
Na época, surgiram duas correntes - a inglesa e a francesa
- cada uma defendendo filosofias antagônicas.
A inglesa defendia o princípio da soberania do Estado
sobre o espaço aéreo sobrejacente a seu território.
A francesa defendia a livre circulação de aeronaves no
espaço aéreo.
• III - CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE AVIAÇÃO
• Transcorridos apenas alguns anos desde o primeiro voo
de uma aeronave mais pesada do que o ar, 19 países
europeus tentaram, pela primeira vez, embora sem
êxito, chegar a um acordo internacional. Todavia, a
chamada Convenção de Paris, realizada em 1919, foi a
que marcou o início da unificação das regras relativas à
navegação aérea internacional.
• 1ª - CONVENÇÃO DE PARIS
• Foi celebrada em Versalhes, em 1919 — ano que
marcou o início das atividades aéreas no setor comercial
entre Londres e Paris. Os primeiros voos internacionais
de longa distância já fizeram sentir a necessidade de
regulamentação uniforme das regras de voo.
• Teve como resultados mais importantes a consagração
da teoria da soberania do Estado sobre o espaço aéreo,
de corrente inglesa, cujos conceitos permanecem até a
atualidade, assim como a criação da Comissão
Internacional de Navegação Aérea (CINA), que é
considerada o embrião da atual Organização de Aviação
Civil Internacional (OACI)
• 2ª- CONVENÇÃO DE HAVANA, DE 1928
• A Conferência tomou lugar por iniciativa dos Estados
Unidos. Teve caráter eminentemente comercial e em
algum de seus artigos esboçou temas relativos às
liberdades do ar, taxas, reparação de danos, etc.
• 3ª - CONVENÇÃO DE VARSÓVIA, DE 1929
• Esta Convenção teve origem pelo reconhecimento que
tiveram vários países, da utilidade de regular, de
maneira uniforme, as condições do transporte aéreo
internacional, no que concerne aos documentos
utilizados nesse transporte, tais como: bilhete de
passagem, conhecimento aéreo e nota de bagagem,
bem como tratar da responsabilidade do transportador e
de disposições relativas aos transportes aéreos
combinados.
• 4ª - CONVENÇÃO DE ROMA, DE 1933
• Realizaram-se em Roma, em 1933, as seguintes
convenções:
• Países reuniram-se em convenção por terem
reconhecido a necessidade de adotar certas regras
uniformes em matéria de sequestro preventivo de
aeronaves; e
Nessa mesma ocasião, vários países presentes reuniram-
se em Convenção para a unificação de certas regras
relativas aos danos causados pelas aeronaves a terceiros,
na superfície.
• 5ª - CONVENÇÃO DE BRUXELAS, DE 1938
Esta foi a Conferência Internacional do Direito Privado
Aéreo na qual os países representados assinaram um
Protocolo Adicional à Convenção de Roma para unificação
de certas regras relativas aos danos causados pelas
aeronaves a terceiros, porém sob o aspecto dos efeitos
que esses danos produzirão com respeito aos terceiros
lesados.
• 6ª - CONVENÇÃO DE CHICAGO, DE 1944
Esta Convenção foi a mais importante de várias que se
realizaram com o objetivo de estabelecer certos princípios,
a fim de que a aviação internacional se desenvolvesse de
maneira segura e sistemática.
Com a presença de 54 países, inclusive o Brasil, tratou de
estabelecer o novo ordenamento jurídico para a aviação
civil internacional.
Com o desenvolvimento da aviação, principalmente a
atividade de transporte aéreo, começaram a surgir vários
problemas, nos aspectos políticos e de direitos comerciais.
A fim de dar soluções a esses e outros assuntos que
envolviam diretamente a navegação aérea e o transporte
aéreo internacional, o governo dos Estados Unidos
promoveu a Convenção de Navegação Aérea
Internacional, em Chicago, em novembro de 1944.
Em resumo, as finalidades desta Convenção eram:
• preservação da amizade e compreensão entre as nações e os
povos do mundo para garantia de desenvolvimento da aviação civil
internacional;
• promover a cooperação entre as nações e os povos para
preservação da paz mundial;
• promover acordos internacionais para o estabelecimento de
princípios e meios pelos quais a aviação civil internacional se
desenvolvesse com segurança e de forma ordenada, e que o
serviço de transporte aéreo internacional se estabelecesse
qualitativa e economicamente; e
• estabelecer a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).
A Convenção de Chicago promoveu os privilégios e
restrições de todos os Estados contratantes e estabeleceu
a adoção dos padrões internacionais e métodos
recomendados, os quais objetivam:
• regulamentar a navegação aérea internacional;
• recomendar a instalação de auxílios à navegação
aérea;
• sugerir a facilitação do transporte aéreo; e
• estabelecer a redação de formalidades alfandegárias e
de imigração.
A Convenção ratificou (confirmou) o princípio de soberania
de um Estado no espaço aéreo sobre o seu território e que
nele nenhuma empresa estrangeira de serviço aéreo
poderia operar sem prévio consentimento.
A OACI só começou a funcionar após a ratificação da
Convenção por 26 Estados. Até que isso se desse, foi
criada a OPACI — Organização Provisória de Aviação
Civil Internacional —, que funcionou durante 20 meses.
DESTAQUE SOBRE A CONVENÇÃO DE CHIGAGO
• Na Convenção de Chicago foram propostos dois
acordos complementares de grande importância sobre o
tema aéreo internacional denominado acordo das Cinco
Liberdades:
• O primeiro, de Trânsito, consagra as duas primeiras
liberdades.
• O segundo, de Transporte, consagra as três últimas
liberdades.
• O Brasil assinou o Acordo de Trânsito, mas não o de
Transporte.
Convenção de Montreal
CONSELHO
SECRETARIADO
PRESIDENTE
ORGÃOS
TÉCNICOS
COMITÊ DE
COMITÊ DE AJUDA
TRANSPORTE AÉREO
PARTE I
Estados de maior importância no transporte
aéreo: