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Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 01
Primeiros Socorros na Aviação Civil

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1.1 Introdução aos Primeiros Socorros.
• Primeiras providências tomadas no local da emergência;
• Assegurar a vida;
• Evitar o agravamento;
• Atendimento temporário.

Figura 1: Ação do socorrista

Rápida

Ação do
Calma
Socorrista

Firme
Fonte: Do autor, 2019.

Há a necessidade de um treinamento adequado e reciclagem dos conhecimentos.

1.2 Comissário x Primeiros socorros.


A prestação de Primeiros Socorros é parte integrante das funções relativas ao atendimento e segurança do
passageiro a bordo.

Alínea “f” do Art. 6º da Lei nº 7.183/84.

1.3 Importância do treinamento


O Treinamento em primeiros socorros é parte integrante do treinamento de Emergência para Tripulantes.
Devemos ter conhecimento de primeiros socorros pois em qualquer situação podemos ajudar alguma
pessoa, seja em solo ou dentro da aeronave. Tendo esse conhecimento evitamos erros e aumentamos as
chances de sucesso em nosso atendimento e maior sobrevida da nossa vítima.

RBHA 121:121.417 (b) (2) (ii) e (iv).

1.4 Ação do comissário.


• Acionar a Equipe
• Avisar o Comandante
• Avaliar o Passageiro
• Verificar se existe médico (CRM) a bordo, caso necessário.

1.5 Recursos da aeronave


A. Conjunto Médico de Emergência
B. Conjunto Primeiros Socorros
C. Sistema Portátil de Oxigênio
D. Sistema Fixo de Oxigênio

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1.5.1 Conjunto Médico de Emergência
Normas do Ministério da Aeronáutica:
• Devem ser de fácil acesso aos comissários (galleys).
• Estojo à prova de umidade e poeira.
• Conter todos itens necessários (lista).
• Obrigatório a bordo da Aeronave

Aplicabilidade: Médico munido de CRM.


Controle do Kit: A bordo no local correto, contendo todos os itens, prazo de validade, fechado e lacrado.
Conteúdo:A lista está na parte externa do Kit.

É importante que o kit contenha todos os itens da lista, pois em uma próxima emergência poderá faltar algum
recurso e prejudicar o atendimento.

Equipamentos:
• Estetoscópio
• Esfigmomanômetro
• Cânulas orofaríngeas (3 tamanhos)
• Seringas
• Agulhas
• Cateteres endovenosos
• Lenços antissépticos
• Luvas descartáveis
• Caixa para descarte de agulhas
• Cateter urinário
• Sistema de administração de fluídos endovenosos
• Torniquete
• Gaze
• Fita adesiva
• Máscara cirúrgica
• Cateter traqueal de emergência
• Clamp umbilical
• Termômetro
• Cartão de SBV
• Lanterna e bateria

Medicações:
• Epinefrina
• Anti-histamínico
• Dextrose 50%
• Capsulas de Nitroglicerina ou spray
• Analgésicos potentes
• Sedativos
• Anticonvulsivantes
• Antiemético
• Broncodilatador
• Atropina
• Adrenocorticoesteróide
• Diurético
• Medicação para sangramento pós-parto
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• Cloreto de Sódio 0,9%
• Ácido Acetilsalicílico
• Betabloqueador oral

1.5.2 Conjunto de Primeiros socorros

Aplicabilidade: Comissários.
Controle do Kit: A bordo no local correto, contendo todos os itens, prazo de validade, fechado e lacrado.
Conteúdo:A lista está na parte externa do Kit.
• Devem ser de fácil acesso aos comissários (galleys).
• Estojo à prova de umidade e poeira.
• Conter todos itens necessários (lista).
• Obrigatório a bordo da Aeronave

Deve obedecer a RBAC 121 e 309 e atender as especificações e requisitos.


Conteúdo:
• Swabs ou algodão antisséptico (pacote com 10)
• Atadura simples ou adesiva
• Atadura triangular e alfinetes de segurança
• Compressa para queimaduras
• Compressa estéril
• Gaze estéril
• Fita adesiva
• Fita adesiva cirúrgica
• Fita adesivas estéreis
• Toalhas pequenas ou lenços umedecidos com substâncias antissépticas
• Protetor ou fita adesiva ocular
• Tesoura
• Pinça
• Luvas descartáveis
• Termômetro
• Máscara de RCP
• Ambu de silicone
• Máscara de primeiros socorros
• Manual de primeiros socorros
• Formulário de registro de eventos mórbidos a bordo

As medicações sugeridas a seguir podem ser incluídas nos kits de primeiros socorros quando permitido pelos
regulamentos nacionais.
• Analgésico de ação leve a moderada
• Antieméticos
• Descongestionante nasal
• Colírio
• Antiácido
• Anti-histamínico

Obs: induzir o passageiro a pedir pelo nome comercial (ex: aspirina, tylenol)

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Quantidade de Kits:
Tabela 1: Kits de primeiros socorros disponíveis de acordo com a quantidade de assentos da aeronave
Assentos Conjuntos
0 a 100 1
101 a 200 2
201 a 300 3
301 a 400 4
401 a 500 5
Acima de 500 6
Fonte: Disponível em:RBAC 121 e 309 Biblioteca ANAC- Acesso em 11/02/2019
1.5.3 Sistema Portátil de O2 Finalidade.
Finalidade:
Suprimento de O2 (enxaquecas, náuseas,etc.).
A localização e o número de cilindros estão de acordo com o tipo e a configuração da aeronave.

Componentes:
• Cilindro de aço de 311 litros e saídas de 02 e 04 l/min
• Máscara oro nasal
• Manômetro de pressão
• Válvula reguladora de fluxo: Hi/Lo (localizada na lateral do cilindro).

Cheque Pré-voo:
• Fixação (suportes).
• Máscara (lacrada) e prazo de validade
• Manômetro (faixa verde).
• Verificar a posição do ponteiro no manômetro. (O primeiro traço acima do zero, a utilização deve
ser interrompida).
• Verificar se a válvula de abertura do cilindro está em off.

Procedimentos para o uso do O2 portátil:


• Remover toda a maquiagem ou oleosidade da pele com um pano úmido
• Suspender a administração do O2 assim que os sintomas desapareçam (risco de hipocapnia).

1.5.3.1 Sistema Fixo de O2.


Finalidade: fornecer O2 em caso de despressurização.
Componentes: máscara oro nasal acoplada no compartimento acima de cada assento.
Procedimentos: O comissário deve assegurar seu aporte de O2 para depois ajudar os demais.

1.5.3.2 Máscara de O² em caso de despressurização


A função da máscara é para uma despressurização, a duração do oxigênio é de aproximadamente 15 minutos.
Ela faz parte do sistema fixo de oxigênio.

Figura 2: Máscaras de Oxigênio em caso de despressurização

Fonte: Disponível em:http://fragmentosdefisica.blogspot.com/2014/10/termologia.html- Acesso em 11/02/2019

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Cheque Pré-voo: Verificar se o compartimento está corretamente fechado.

2.1 Suporte básico de vida


São os primeiros socorros dados a vítima, desde quando à encontramos até a chegada da equipe de resgate.
Objetivos:
• Manutenção da vida.
• Evitar o agravamento
• Manter a respiração, pulso e ausência de hemorragias.

Figura 3: Protocolo de atendimento American Heart Association - 2015

Fonte: Disponível em:http://fragmentosdefisica.blogspot.com/2014/10/termologia.html- Acesso em 11/02/2019

Suporte Básico de Vida: C–B–A

C - Circulation (circulação)
A - Air (vias aéreas)
B - Breathing(Respiração)
O tipo de atendimento que iremos prestar é o chamado APH (Atendimento pré-hospitalar), ou seja, o
atendimento desde que encontramos a vítima até o transporte para o hospital e muitas vezes teremos que
manter suas funções vitais e prevenir complicações. Trata-se de um atendimento limitado. Neste tipo de
atendimento devemos verificar:
1. Circulação
2. Vias aéreas
3. Respiração
4. Hemorragia
5. Choque
6. Lesões de crânio e de coluna vertebral
7. Ferimentos abertos de tórax
8. Ferimentos abertos de abdômen
9. Grande queimado
10. Lesões osteo-articulares (luxações, entorses e fraturas).

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Devemos seguir o fluxograma de avaliação primária e secundária no atendimento a uma vítima.

Figura 4: Fluxograma de avaliação primária e secundária

Fonte: Do autor, 2019

Devemos classificar os pacientes quanto a gravidade.


1. Rotina: o tratamento pode ser retardado por várias horas, sem que haja risco de morte.
2. Urgência: O tratamento deve ser iniciado dentro de poucas horas, pois há o risco de morte devido a
complicações.
3. Emergência: exige tratamento imediato. Há a necessidade de mantermos os sinais vitais desta vítima
e evitarmos complicações graves.

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Avaliação dos sinais vitais
Os dados vitais são sinais que permitem uma avaliação rápida da condição cardiocirculatória e respiratória
do indivíduo.
Devemos avaliar:
• Frequência cardíaca (FC): é verificada com as polpas digitais do segundo e terceiro dedos da mão. O ritmo
pode ser regular (rítmico) ou irregular (arrítmico) e a intensidade pulso cheio (normal) ou pulso fino
(filiforme, no caso de choque). As principais artérias para sentir a pulsação são: Artéria carótida (pescoço),
artéria braquial em bebês (próximo a axila), artéria radial (próximo ao punho), artéria femoral (próximo a
virilha), artéria poplítea (atrás do joelho), artérias pediosas (parte superior do pé), tibial posterior (abaixo
do tornozelo).

Figura 5:Locais para aferição da pulsação

Fonte: Disponível em:https://comunidadeacademicadesaude.wordpress.com/2017/12/22/sinais-vitais-pt-1/- Acesso em


11/02/2019

Figura 6: verificação da pulsação em bebês - Artéria Braquial

Fonte: Disponível em:https://thegolfclub.info/627261636869616c/brachial-pulse-infant.html- Acesso em 11/02/2019

• Frequência respiratória (FR): é verificada pela observação dos movimentos respiratórios. Verificamos
ainda o ritmo se está regular (normal) e a profundidade (normal, superficial ou profunda e se ocorre
a dispneia).
• Pressão arterial (PA): Sistólica (máxima) e diastólica (mínima). Em um adulto jovem é em torno de
120X80 MmHg.
• Temperatura: Pode-se avaliar de forma subjetiva, porém é uma avaliação imprecisa, o ideal é utilizarmos
um termômetro. O centro de controle da temperatura é o hipotálamo. Quando a temperatura corporal
sobe acima de 41ºC, o parênquima de muitas células, começam a serem danificados. Quando a
temperatura sobe acima de 43,3ºC, a pessoa só tem algumas horas de vida, a menos que sua temperatura
seja rapidamente trazida de volta a faixa normal, seja pelo banho com agua fria ou através de
medicamentos. A hipotermia também pode levar o indivíduo a óbito. Uma pessoa exposta a água gelada

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por cerca de 20 a 30 minutos geralmente morre em virtude de parada ou fibrilação cardíaca, senão for
logo tratada.

Padrões normais de sinais vitais – Adulto


Tabela 2: Sinais vitais
Sinais Vitais FC FR PA
Normal Normocárdico Eupneico Normoten
60 – 100bpm 15 – 20rpm so
Diminuído Bradicárdico Bradipneico Hipotenso
Aumentado Taquicárdico Taquipneico Hipertenso
Fonte: Do autor, 2019.

Figura 7: Classificação pressão arterial.

Fonte: Disponível em: http://lyratopsicteo.blogspot.com/2017/05/nova-classificacao-da-hipertensao.html- Acesso em


11/02/2019

Figura 8: Valores de temperatura corporal

Fonte: Disponível em:https://efivest.com.br/wp-content/uploads/2018/04/apostila-fundamentos-enfermagem.pdf- Acesso


em 11/02/2019

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Avaliação das pupilas:
As pupilas podem adotar variados condições de acordo com o que está acontecendo com a vítima.
• Pupilas isocóricas: de tamanhos iguais e indica uma condição normal.
• Pupilas anisocóricas: de tamanhos diferentes e indica trauma em um dos hemisférios do cérebro (lesão
cortical)
• Pupilas em midríase: Dilatadas e indica lesão do tronco encefálico, uso de drogas como atropina,
abuso de substâncias como cocaína, LSD, álcool etc.
• Pupilas em miose/ puntiforme: apresenta diâmetro diminuído e indica sedação, coma ou óbito.
Figura 9: Avaliação das pupilas

Fonte: Disponível em:https://www.enfermagemnovidade.com.br/2017/08/avaliacao-das-pupilas.html- Acesso em 11/02/2019

Avaliação da Pele
• Vermelho cereja: Envenenamento por monóxido de carbono
• Branca (pálida): Choque, ataque cardíaco, susto, anemia, desmaio ou angústia emocional
• Azulada (cianótica): asfixia, hipóxia, envenenamento, parada cardíaca
• Amarela (ictérica): Doença hepática
• Preta ou azulada: Hematoma, equimose, infiltração de sangue sob a superfície da pele.

Avaliação do sistema nervoso central


• Avaliação do estado de consciência
• Sonolência
• Agitação
• Confusão mental

2.2 Obstrução de vias aéreas.


As obstruções das vias aéreas podem ocorrer por diversas causas:
• Língua (vítimas inconscientes)
• Glote (edema por inalação, anafilaxia)
• Hemorragia (epistaxe, traumas, ferimentos)
• Meio fluído (secreções, água, vômito)
• Corpo estranho (alimentos, prótese, objetos)
• Trauma (face, crânio).
• Enfermidades (câncer, infecções).

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A obstrução das vias aéreas pode ocorrer de 2 formas:
• O.V.A.C.E leve:
• Fala
• Tosse
• Respira

• O.V.A.C.E grave:
• Não fala
• Não tosse
• Não respira
• Apresenta o sinal universal da asfixia.

2.2.2 Conduta:
Depois de identificado o tipo de obstrução, devemos realizar a conduta correta.

• Obstrução leve:
• Estimular a tosse pedindo para a pessoa continuar a tossir, até que pare totalmente a tosse.

Obs: Não deixar a vítima sozinha, espere até que pare de tossir. Não dê tapas nas costas ou vire de cabeça
para baixo, isso pode levar a uma obstrução grave.

• Obstrução grave:
• Realizar a manobra de desobstrução: (Heimlich)

Bebês (0 a 1 ano):
• Decúbito ventral, apoiado sobre o antebraço, cabeça em plano mais baixo que o corpo e apoiada na
mão do socorrista.
• Batidas firmes entre as escapulas (mão em posição de concha). Realizar a manobra 5 vezes.
• Virar o bebê em decúbito dorsal, cabeça em plano mais baixo que o corpo e realizar com as pontas
dos dedos indicador e médio ou médio e anular 5 compressões no centro do tórax, na linha
intermamilar.
• Verificar se o corpo estranho sai pela boca ou realizar a inspeção abrindo a boca do bebê e fazer uma
varredura de um lado para o outro e para fora. Após a desobstrução colocar a vítima de lado (em
posição de descanso no antebraço).
• Verificar os sinais vitais.
• Caso não desobstrua, inicie a RCP.

Figura 10: Manobra de desobstrução em Recém-nascidos e bebês até 1 ano.

Fonte: Disponível em:https://www.iespe.com.br/blog/manobra-de-desengasgo-em-lactentes/- Acesso em 11/02/2019

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Crianças e Adultos: (acima de 1 ano):
Realizar a manobra de Heimlich/ Manobra de desobstrução:

Vítima em ortostatismo:
• Socorrista atrás da vítima, com o seu quadril de lado, apoiado na região glútea da vítima, os pés entre
as pernas da vítima, mão fechada (em copinho) na região epigástrica a outra mão por cima desta.
• Realizar a manobra em forma de “J” 5 vezes.
• Não adiantando repita novamente.

Vítima inconsciente:
• Vítima em DDH, mãos posicionadas no centro do tórax, na linha intermamilar, realizar 5 compressões
no tórax
• Realizar a varredura de um lado para o outro e para cima.
• Não adiantando repita a manobra.
• Verifique os sinais vitais
• Inicie a RCP se necessário.
• Em último caso a traqueostomia deve ser feita por um médico.

Figura 11: Manobra de Desobstrução (Heimlich) no adulto


Fonte: Disponível em:https://www.slideshare.net/emanueltstegeon/primeiros-socorros-modulo-iii - Acesso em 11/02/2019

Vítima obesa ou grávida:


• Socorrista atrás da vítima e com o quadril de lado, os pés entre as pernas da vítima, mão fechada
(em copinho) acima da região epigástrica a outra mão por cima desta.
• Realizar a manobra em forma de “J” 5 vezes.
• Não adiantando repita novamente.

Figura 12: Manobra de Desobstrução (Heimlich) em gestantes e obesos

Fonte: Disponível em:https://www.slideshare.net/emanueltstegeon/primeiros-socorros-modulo-iii - Acesso em


31/01/2019

Podemos ainda, quando estivermos sozinhos e sufocando, copiar a Manobra de Heimlich ou com uma
cadeira no esterno próximo ao processo xifoide conforme ilustração abaixo:

Figura 13: Manobra de Desobstrução (Heimlich) para quem está sozinha em um ambiente.
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Fonte: Disponível em:http://fabianascaranzi.com.br/manobra-de-heimlich-aprenda-como-ajudar-uma-pessoa-engasgada/ -
Acesso em 11/02/2019

2.3 Parada respiratória e Parada cardiorrespiratória

2.3.1 Parada respiratória


A parada respiratória pode ocorrer sem que haja a parada cardíaca no mesmo instante, porém pode levar a
ela pois, faltará oxigênio no músculo cardíaco e este começará a falhar.
Devemos realizar uma avaliação coordenada da permeabilidade das vias aéreas, das condições da ventilação,
circulação e do estado de consciência.

Sinais:
• Obstrução ou oclusão da hipofaringe parcial ou total
• Secreção
• Vômitos
• Regurgitação do conteúdo gástrico
• Corpos estranhos
• Edema
• Base da língua relaxada

Conduta:
As primeiras medidas podem ser destinadas a desobstruir as vias aéreas, manter a ventilação e oxigenação
artificial, remover os fatores que causam distúrbios nas funções do sistema nervoso central e
cardiocirculatório.

Desobstrução das vias áreas:


Colocar a vítima em decúbito dorsal horizontal (DDH), em uma superfície rígida e plana com a cabeça em
hiperextensão. Ao fazer esta manobra a mandíbula se desloca para frente e promove o estiramento dos
tecidos que ligam a faringe, removendo-se a obstrução da hipofaringe pela base da língua. Nos casos dos
bebês, deve-se fazer uma ligeira inclinação da cabeça. Se houver suspeita de lesão cervical ou do restante da
coluna, usar a manobra modificada ou tríplice de propulsão da mandíbula.

Figura 14: Manobra Tríplice de propulsão da mandíbula e modificada

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Fonte: Disponível em:http://luizamarques2015.blogspot.com/2012/04/manobra-triplice-e-manobra-triplice.html - Acesso em
11/02/2019

Vejamos agora a descrição da manobra:


• Vitima em DDH, posicione os joelhos acima da cabeça da vítima e alinhado a ela, colocando os
cotovelos na mesma superfície que a vítima
• Com as mãos uma de cada lado da cabeça da vítima, coloque as pontas dos dedos indicador e médio
sob o ângulo da mandíbula
• Com os dedos já posicionados, empurre a mandíbula da vítima para cima, mantendo a cabeça
estabilizada com a palma das mãos. Não eleve ou faça rotação da cabeça da vítima.

Verifique se a vítima precisa de suporte ventilatório. Mantenha a extensão da cabeça e utilize uma máscara
oro-nasal, colocando-a sob o nariz e a boca da vítima. Segure a ponta da máscara com a borda da mão que
eleva a cabeça e a base da máscara com o polegar, que fez o afastamento do queixo.

Suporte ventilatório:
A ventilação artificial pode ser feita de várias formas:
• Boca máscara boca
• Ambu
• Máscara facial
• Tubo endotraqueal
• Traqueostomia

No início a respiração artificial deve ser realizada de forma mais rápida, para a remoção do excesso de CO².
Em seguida, mantem-se uma frequência de cerca de 10 insuflações em cada minuto. Caso não haja respiração
espontânea após as insuflações ou ventilações iniciais, na presença de pulso, continue com o ciclo até o
retorno da respiração ou na sequência da parada cardíaca, caso ocorra iniciar a RCP.
Vejamos a seguir alguns exemplos:

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Bebês, crianças e adultos
Figura 15: Suporte ventilatório em Recém-nascidos, bebês e crianças.

Fonte: Disponível em:http://www.safeguardaquatics.com/lifeguard-certification/- Acesso em 11/02/2019

Figura 16: Suporte ventilatório noadulto, com máscara pocket

Fonte: Disponível em:https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAjCEAB/primeiros-socorros- Acesso em 11/02/2019

Figura 17: Suporte ventilatório em adultos com ressuscitador manual (AMBU)

Fonte: Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=kZNZk_woAY4- Acesso em 11/02/2019

Algumas vezes, a simples execução das manobras descritas para tornar permeáveis as vias aéreas é suficiente
para prevenir ou mesmo tratar a parada respiratória e reestabelecer os parâmetros de ventilação e
oxigenação. Portanto, o ar expirado pelo socorristaé suficiente para a vítima.

2.3.1.1 Parada Cardiorrespiratória


É a cessação súbita dos batimentos cardíacos e respiração.
Sinais e sintomas
• Ausência de pulso em grandes artérias
• Apneia zero
• Ausência de sons cardíacos
• Pupilas em midríase não reativa
• Palidez
• Pele fria, úmida e pegajosa
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Causas de Parada Cardiorrespiratória:
• Asfixia
• Intoxicação
• Traumatismos
• Afogamento
• Eletrocussão (choque elétrico);
• Estado de choque;
• Doenças cardíacas.

Diagnóstico:
O diagnóstico deve ser realizado dentro de 4 minutos. Transcorrido este tempo a possibilidade de
recuperação tornam-se escassas e geralmente acompanha lesões irreversíveis no sistema nervoso central.

Conduta:
Ressuscitação cardiopulmonar
São as manobras realizadas para reanimar o indivíduo em parada cardiorrespiratória. Depois de identificada
a PCR, inicie o quanto antes a RCP e não esqueça que o socorro eficiente ocorre antes do 4º minuto após a
PCR.

Compressão:
Adultos: mãos sobrepostas no centro da linha intermamilar (tórax: 5-6 cm)
Crianças: (1 a 8 anos): uma das mãos, no centro da linha intermamilar (tórax: 3-4 cm)
Bebês (0 a 1 ano): 2 dedos (indicador e médio) logo abaixo da região intermamilar(tórax 1-2 cm)
• Realizar 30 compressões x 2 ventilações, ou um ritmo de 100 a 120 compressões no minuto para adultos.
• Realizar 30 compressões X 2 ventilações em crianças, bebês e RN com 1 socorrista ou 15 compressões X
2 ventilações, com 2 socorristas.
Reavaliar a cada 2 minutos.

DEA – Desfibrilador externo automático


Figura 18: Desfibrilador Externo Automático

Fonte: Disponível em: https://www.centermedical.com.br/desfibrilador-externo-automatico-heartsine-samaritan-pad-dea/p -


Acesso em 11/02/2019

Após identificar a PCR, solicitar o DEA e instalar no tórax da vítima. Ele irá analisar o ritmo cardíaco e
informará se será necessário aplicar o choque ou continuar com as compressões reavaliando de 2 em 2
minutos.
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O posicionamento das pás, se dá conforme a classificação de adultos, crianças e bebês. Mesmo que você
esqueça o posicionamento, as pás contêm desenhos para que você se guie e as coloque em local correto. As
pás do desfibrilador deverão ser colocadas sobre a pele e não sobre a roupa. A presença de pelos

ou tórax molhado farão com que as pás não grudem adequadamente, sendo necessário a tricotomia e/ou
secagem do tórax.

Figura 19: Desfibrilador Externo Automático – posição das pás no adulto.

Fonte: Disponível em:http://formacionenemergencias.blogspot.com/2012/06/rcp-basica-en-adultos.html - Acesso em 11/02/2019

Figura 20: Desfibrilador Externo Automático – Posição das pás na criança.

Fonte: Disponível em:http://www.urcuit.fr/fr/information/89289/defibrillateurs-automatiques-%28dae%29 - Acesso em


11/02/2019

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Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 02
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.4.1.2 Síndrome da Hipertensão Intracraniana
Ocorre porque a caixa craniana não se expande e pelo aumento do volume junto ao cérebro tem-se o
aumento da pressão intracraniana. Diversas são as causas:
• Infecções e inflamações do sistema nervoso central
• Tumores cerebrais benignos ou malignos (contraindicação do voo. Somente irá voar com autorização do
médico)
• Abcessos
• Aneurismas
• AVCH/ I

Sinais e sintomas:
• Cefaleia intensa
• Vômito em jato
• Visão turva

Conduta:
• Repouso absoluto
• Avisar o comandante
• Solicitar médico a bordo

1.5 Acidente Vascular Encefálico.


O acidente vascular Cerebral também conhecido como Derrame, ocorre quando há o entupimento ou
rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem
circulação sanguínea adequada.

Tipos:
AVE Hemorrágico: Ocorre o rompimento de alguma artéria.
AVE Isquêmico: Ocorre aobstrução da artéria por algum trombo ou êmbolo.

Sinais e Sintomas:
• Hemiparesia
• Hipotonia
• Dor de cabeça
• Confusão súbita
• Dificuldade repentina para falar ou entender
• Dificuldade para ver (1 ou 2 olhos)
• Tontura
• Dificuldade para caminhar
• Perda do equilíbrio e coordenação
• Pupilas anisocóricas.

Causas:
• Hipertensão arterial
• Cardiopatia
• Colesterol elevado (LDL)
• Fumo
• Álcool em excesso
• Diabetes
• Idade
• Sexo (+ homens, até 51 anos)
• Raça
• Hereditariedade
• Obesidade
• Sedentarismo

Tratamento:
A vítima deve ser levada o mais rápido possível para o hospital. O atendimento deve ser feito antes de 3
horas do ocorrido.
• Procurar auxílio médico imediato
• Deixar a vítima em repouso
• Oxigênio
• Em caso de convulsão, lateralizar a vítima
• Monitorar a vítima até a chegada do suporte avançado.

3.6 Convulsão.
3.6.1
É a alteração da atividade cerebral devido a descargas elétricas cerebrais desordenadas.

3.6.2 Causas da Epilepsia:


Pode ser de causa cerebral ou extra cerebral.
• Febre alta
• Ingestão alcoólica
• Uso de Drogas ou fase de abstinência
• Medicamentos
• Traumatismo craniano

Sinais e Sintomas:
As crises tônico-clônicas ou grande mal duram de 1 a 3 minutos, desencadeando os seguintes sintomas:
• Perda da consciência
• Grito epilético
• Contrações musculares por todo o corpo (tônico clônicas)
• Olhar vago
• Sialorréia
• Descontrole esfincteriano urinário, sendo o fecal raro.
• Sudorese
• Midríase
• Cianose

Pequeno Mal
Ocorre em crianças, onde há a ausência ou perda fugaz da consciência que dura apenas alguns segundos.

3.6.3 Tratamento:
• Proteger a vítima contra injúria física
• Não conter a vítima e proteger a sua cabeça
• Afrouxar as vestes
• Comunicar o comandante
• Solicitar médico a bordo

Fase de relaxamento:
• Colocar a vítima em posição de recuperação (DL)
• Limpeza com gaze
• Oxigênio s/n
• Proteger a vítima de curiosos
• Avaliação dos sinais vitais

Obs: não colocar os dedos ou lenços entre os dentes ou qualquer outro objeto, pois você poderá se
machucar e machucar a vítima, piorando ainda mais o quadro clinico.
• NÃO se deve jogar água ou sacudir a vítima tentando acordá-la.
• A Epilepsia não é contagiosa, mais podem ocorrer lesões com sangramento, portanto utilize luvas
para a sua proteção
• Jamais deixe a vítima sozinha.

3.6 Alcoolismo
É considerada como uma doença que causa dependência e tolerância ao álcool.

Sintomas do álcool no organismo:


O álcool libera uma toxina depressora do sistema nervoso central diminuindo a oxigenação e a concentração
de glicose nas células nervosas.
• Fase de euforia: o indivíduo encontra-se alegre, falante, com manifestações inconvenientes e geralmente,
com tendência a maior ingestão de álcool.
• Fase depressiva: sonolência, falta de coordenação motora, fala arrastada, náuseas e vômitos e
comportamento desinibido ou arrogante.
• Fase grave: queda de temperatura corpórea (hipotermia), pulso fraco, sudorese, torpor e por vezes,
inconsciência (coma alcoólico), incontinência urinária e fecal
• "Delirium tremens" (alucinose alcoólica): Estado tóxico permanente ou devido a suspensão da ingestão
de álcool.

Sinais de suspeita: ansiedade, tremor incontrolável, irritabilidade, agitação, insônia, hiperatividade,


taquisfigmia, midríase

Aumento dos sinais vitais: Dilatação pupilar, Sudorese. Pode estar presente ainda: Alucinações visuais, táteis,
olfativas e auditivas, incoordenação motora, convulsão.

Tratamento:
• Suspender imediatamente o consumo de álcool a bordo
• Abordar a pessoa com respeito, de modo seguro e coerente (sem julgar ou atribuir conceitos morais).
Lembre-se de que existem pessoas com problemas psíquicos ou psiquiátricos.
• Manter a vítima sentada com a poltrona reclinada
• Oferecer café doce e forte
• Se a vítima dormir, lateralize a cabeça para evitar a asfixia se a pessoa vomitar.
• Comunicar o comandante e solicitar médico a bordo
• Se inconsciente, o médico deverá aplicar Glicose E.V.

A melhor opção será a profilaxia, reduzindo o consumo de bebidas a bordo. Os efeitos do álcool em voo, são
de 2 a 3 vezes potencializados.

3.8 Hipoglicemia e Hiperglicemia.


Hipoglicemia:É a diminuição de açúcar (glicose) no sangue. Algumas pessoas possuem predisposição para tal
ocorrência. Geralmente ocorre devido alongos períodos de jejum, alimentação deficiente, atividade física
excessiva, alcoolismo ou até mesmo devido a diabetes.
Sinais e sintomas:
• Suor
• Tontura
• Tremores
• Frio
• Palidez
• Desmaio
• Nervosismo
• Midríase
• Taquicardia
• Náuseas
• Fraqueza
• Fome
• Em casos mais graves: agitação, irritabilidade, amnésia e convulsão.

Tratamento:
• Convocar médico a bordo
• Agasalhar a vítima
• Se consciente, oferecer líquido bem açucarado. A reversão do quadro se faz quase que de imediato.

Hiperglicemia:é o aumento de açúcar (glicose) no sangue. Normalmente causada por falta de insulina.

Frequentemente o passageiro que sofre deste mal possui a medicação específica, seja ela um comprimido
hipoglicemiante ou insulina, cabendo ao comissário auxiliá-lo na automedicação.

Diabetes Mellitus: é uma doença metabólica caracterizada pelo acumulo de glicose no sangue.

Tipos:
• I – Autoimune
• II – Hereditário

Sintomas:
• Polifagia (muita fome)
• Polidpsia (muita sede)
• Polúria (vai ao banheiro várias vezes urinar)

Secundários:
• Perda de peso
• Náuseas
• Desidratação
• Vômitos
• Hálito cetônico

Complicações:
• Fase inicial: Alterações cutâneas como pruridos, furúnculos, infecções bacterianas ou fúngicas,
tuberculose pulmonar, alterações dos vasos dos pés.
• Fase Aguda: coma diabético, desidratação, cetoacidose, hipotermia, hiperpnéia, inconsciência.
• Fase crônica: Formação precoce de catarata, afecções de retina etc.
Tratamento:
• Suspender a alimentação a bordo
• Convocar médico a bordo
• Dar água em grande quantidade
• Medicação de acordo com a prescrição médica.

Obs: Sempre é importante colher informações com a vítima ou acompanhantes pois estes sinais podem ser
confundidos com os de hiperglicemia.

3.10 Diarreia e Colites


Doença que acomete o intestino caracterizando-se por alteração na frequência e consistência
dasevacuações. Estão relacionadas a ingestão alimentar, o que denominamos por intoxicação alimentar.
Podem ser também causadas pela ingestão de substâncias irritativas da mucosa. Nos casos de infecção
intestinal chamamos de colites ou enterocolites.

Sinais e sintomas:
• Fezes amolecidas e fétidas
• Aumento do número das evacuações
• Cólicas abdominais
• Ruídos intestinais
• Sede
• Inapetência
• Náuseas e vômitos

Complicação:
Desidratação

Tratamento:
• Hidratação - aumentar a ingestão líquida
• Repouso

Obs: NÃO administrar medicações que cortam a diarreia. Não é necessário suspender a alimentação, apenas
evitar alimentos condimentados e gordurosos.

Obs: Na ocorrência de um quadro de intoxicação alimentar a bordo causada pela ingestão da refeição
oferecida aos passageiros, esta deverá ser imediatamente suspensa.
Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 03
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.10.1 Náusea, vômito, azia e cólicas.
Náusea: É o desconforto no estomago com uma vontade urgente de vomitar. É também uma defesa do
organismo contra certas substâncias nocivas a ele.

Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. É uma resposta desagradável a algum problema.

Azia: É a sensação de queimação que tem início na parte posterior do esterno que se propaga em ondas até
a faringe, ocorre acompanhada de eructação, acidez e aumento da salivação.

Cólicas: é uma dor intensa que provoca espasmos musculares repetidos na região do abdômen que podem
variar de intensidade.

Causas:
• Doenças do labirinto
• Gravidez
• Vertigem
• Movimento de barcos e carros
• Aero cinetose
• Ansiedade
• Tonturas
• Enxaquecas
• Intoxicação
• Obstrução intestinal
• Traumatismo cranioencefálico
• Alcoolismo
• Bulimia nervosa
• Refluxo gastroesofágico
• Inflamação no esôfago
• Alimentação inadequada
• Excessivo consumo de frutas cítricas
• Fumo
• Álcool
• Cólica menstrual
• Cólica renal
• Cólica intestinal

Tratamento:
• Antiemético (náuseas e vômitos)
• Antiácido (azia)
• Mudanças nos hábitos alimentares
• Antiespasmódico (cólicas)
3.11 Doenças alérgicas
Asma:
Doença pulmonar que se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, estreitando-as e dificultando a
passagem do ar. São episódios paroxísticos e reversíveis.

Sinais e sintomas:
• Tosse
• Dispneia expiratória
• Chiado no peito (sibilos)
• Dor ou aperto no peito

Causas:
• Processos alérgicos (poeira, pólen, fumo, odores fortes, frio, umidade, fungos etc).
• Pré-disposição
• Fator psicogênico (contraindicação relativa ao voo)
Tratamento:
• Vítima em decúbito elevado
• Prevenção de exposição aos fatores de risco (ambiente)
• Broncodilatador
• Bombinhas
• Aerossóis
• Hidratação
• Oxigênio s/n

Figura 22: Fases de evolução da asma.

Fonte: Disponível em:https://biosom.com.br/blog/saude/asma/- Acesso em 11/02/2019


3.11.1 Estado de choque:
O termo choque, significa uma síndrome clínica de insuficiência circulatória aguda que se caracteriza pelos
sinais decorrentes da perfusão inadequada dos tecidos e órgãos vitais. Essa perfusão é insuficiente para
atender as demandas metabólicas, tornando-os incapazes de manter as funções fisiológicas normais.

Etiologia:
Choque anafilático.
É uma reação alérgica grave que surge em segundos ou poucos minutos, após contato com alguma
substância. Ocorre uma hipersensibilidade na qual são produzidos anticorpos de reação rápida contra o
agente agressor (Antígeno), medicamento, picada de inseto, alimentos como peixe, camarão.

Sinais e sintomas:
• Dificuldade respiratória
• Edema de Glote
• Náuseas e vômitos
• Coceira
• Taquicardia
• Sudorese intensa
• Tontura
• Confusão mental
• Desmaio

Tratamento:
Deve ser realizado o mais rápido possível com uma injeção de adrenalina, que somente o médico pode
aplicar.
• Manter a vítima em repouso
• Oxigenioterapia

Choque Hipovolêmico:
Ocorre devido à perda de 20% ou mais de volume sanguíneo.

Sinais e sintomas:
• Dor de cabeça constante que piora
• Cansaço excessivo e tontura
• Náuseas e vômito
• Pela pálida e fria
• Confusão
• Cianose periférica e central
• Sensação de desmaio

Tratamento:
• Atendimento médico imediato
• Colocar a pessoa em DDH com as pernas elevadas 30cm
• Aquecer a vítima

Choque Cardiogênico: de origem cardíaca (IAM)

Sinais e sintomas:
• Taquipnéia
• Taquicardia
• Desmaio
• Pulso fraco
• Sudorese abundante
• Pele pálida, úmida e pegajosa
• Extremidades frias
• Diminuição da quantidade de urina

Tratamento:
• Convocar médico a bordo
• Vítima em DDH
• Oxigenioterapia
• Medicamentos específicos administrados pelo médico
• Inicie a RCP se necessário

Choque Septicêmico: é uma infecção generalizada que acontece quando uma bactéria, fungos ou vírus
chegam a corrente sanguínea.

Sinais e sintomas:
• Hipotensão
• Hipóxia
• Febre
• Dispneia
• Oligúria
• Edema
• Inconsciência
• Confusão mental
• Tontura
• Fadiga
• Calafrio
• Vômito

Tratamento:
• Manter a vítima em repouso
• Solicitar médico a bordo
• Oxigenoterapia
• Medicamentos específicos

Choque Neurogênico: De origem neurológica (TCE). Ocorre quando há uma falha de comunicação entre o
cérebro e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos, percam tônus e se dilatem, dificultando a circulação
do sangue. Esse tipo de choque é comum na aviação e por quedas.

Sinais e sintomas:
• Hipotensão
• Bradicardia
• Hipotermia
• Taquipneia
• Pele fria e azulada
• Tonturas
• Sensação de desmaio
• Sudorese abundante
• Dor no peito

Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Imobilização
• Estabilização dos sinais vitais
• Oxigenioterapia s/n
• Soro E.V
• Medicamentos específicos administrados pelo médico.

3.12 Alterações orgânicas relacionadas ao calor


Insolação:
Ocorre por exposição prologada aos raios solares apresentando uma falha no mecanismo de sudorese.

Profilaxia:
• Evitar exposição prolongada ao sol
• Banhar-se periodicamente
• Hidratação

Intermação: Ocorre quando o indivíduo permanece em lugares fechados e pouco ventilados, prejudicando a
troca de temperatura corporal, superaquecendo o organismo.

Fatores Predisponentes:
• Umidade
• Ventilação
• Condicionamento Físico (obeso)
• Atividade Física excessiva
• Alimentação em excesso
• Roupas escuras
• Intoxicação (álcool e fumo)

Sinais e sintomas:
• Hipertermia
• Cefaleia
• Rubor na face
• Dores abdominais
• Náuseas e vômitos
• Palidez e tontura
• Desmaio (pode ocorrer subitamente)
• Bradipneia
• Pulso rápido

Tratamento:
• Retirar a vítima do local e levá-la para outro mais arejado
• Ventilar a vítima
• Afrouxar as vestes
• Afastar os curiosos
• Compressas frias
• Dar banhos com água em temperatura normal.
• Hidratação
• Oxigenioterapia s/n
• Antitérmicos

Temperatura
É o equilíbrio mantido entre a produção e perda de calor do organismo. É a quantidade de calor que o corpo
possui. O centro de controle da temperatura fica no hipotálamo.

Normotermia → oscila de 36 a 37,5ºC.


É verificada com auxílio de um termômetro, preferencialmente colocado na região axilar e mantido por 2
minutos.
Hipotermia: Ocorre quando a temperatura corpórea cai abaixo de 35º C.

Causas:
• Imersão em água fria
• Contato direto com gelo e neve
• Medicação sedativa (depressoras do SNC)
• Álcool
• Lesão do Sistema Nervoso Termorregulador (vasoconstrição)
• Exposição a temperaturas baixas, vento, umidade e chuva.

Sinais e sintomas:
• Leve (35 a 33ºC): Sensação de frio, tremor, letargia, espasmos, cianose de extremidades, confusão
mental.
• Moderada (33 a 30º): Sonolência, desaparecem os tremores, prostração, euforia, depressão.
• Grave (menos de 30º): Inconsciência e imobilidade.

Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Promover o aquecimento passivo externo
• Hidratação
• Oxigenioterapia s/n
• RCP s/n

Hipertermia.
É o aumento da temperatura corporal que pode trazer riscos para o organismo: febre acima de 40ºC
(convulsão).

Causas:
• Insolação
• Infecção viral
• Convulsão
• Lesão Cerebral Hipóxica (alteração do centro termorregulador)

Sinais e sintomas:
• Hipertermia
• Sudorese
• Desidratação
• Confusão mental
• Convulsão
• Agitação e hiperatividade muscular
• Calafrios

Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Hidratação
• Promover o resfriamento da vítima
• Manter a vítima em ambiente fresco (ventilar)
• Antitérmicos
• Repouso
• Monitorar a Temperatura

3.13 Envenenamento
Intoxicação.
É causada pela ingestão, inalação, inoculação ou contato cutâneo de substâncias que desencadeiam
respostas orgânicas de intolerância geralmente de caráter alérgico ou anafilático. Podem ser acidentais ou

não. Nos casos de ingestão ou absorção dos tóxicos, os primeiros socorros deverão ser aplicados
imediatamente, antes que ocorra absorção em maior quantidade. Isto deverá acontecer entre 2 a 4 horas
após a ingestão.

Ingeridos:
• Entorpecentes e medicamentos (barbitúricos)
• Produtos de limpeza e produtos químicos
• Alimentos contaminados

Sinais e sintomas:
Ingestão:
• Lesões na boca
• Hálito diferente
• Transpiração abundante
• Dor ao deglutir
• Dor abdominal
• Náuseas e vômitos
• Diarreia
• Alteração no nível de consciência
• Convulsão
• Alteração pupilar (diâmetro da pupila)
• Alteração na frequência cardíaca
• Alteração na frequência respiratória
• Manchas na pele

Inalados:
• Gases

Sinais e sintomas.
• Tosse produtiva
• Irritação traqueal
• Dor na inspiração
• Catarro escurecido
• Cefaleia
• Lábios vermelho cereja
• Náuseas e vômitos
• Vertigens
• Desmaio
• Alteração dos sinais vitais
• Insuficiência respiratória

Cuidados:
• Reconhecimento da situação como um todo - exame do local.
• Identificar situação de risco.
• Verificar se há sinais de drogas ou venenos e tentar identificá-los.

Se vítima inconsciente: Verificar se existem aplicadores de droga ou recipientes (identificação)

Se vítima consciente: o que foi utilizado? Tipo de medicamento? Como foi aplicado? Quantidade? Tempo
decorrido da aplicação? Tentativa de suicídio?

Tratamento geral:
• Solicitar médico a bordo
• Atentar para segurança do socorrista
• Evitar contaminação
• Retirar a vítima da situação de risco
• Desobstruir vias aéreas superiores
• RCP s/n
• Avaliar sinais vitais
• Afrouxar vestes
• Manter a vítima sob supervisão
• Lavagem gástrica no hospital com antidoto especifico para neutralizar o tóxico s/n
• Intoxicação por Monóxido de Carbono deve-se levar o passageiro ao ar livre e ministrar oxigênio
100%
• Intoxicação por Cloro deve-se levar a vítima ao ar livre e repouso absoluto
• Intoxicação por Anidro Sulfuroso deve-se levar a vítima ao ar livre e encaminhar para o hospital o
mais rápido possível.

Ingestão barbitúrica
• Indução ao vômito (somente em vítimas conscientes)
• A ingestão deve ter ocorrido há no máximo 2 horas
• Guardar pequena amostra do conteúdo eliminado

Modo de provocar o vômito:


Com auxílio do dedo da própria vítima, estimular a faringe.

Obs - NÃO provocar vômito em vítimas de intoxicações por substâncias químicas/corrosivas.

Inalação de gases:
• Retirada da vítima do ambiente de risco
• Administrar oxigênio na presença de dificuldade respiratória.
• A administração de leite, embora um pouco controversa, é empregada em casos de inalação de
fumaça (monóxido de carbono) e tem como finalidade a proteção da mucosa gástrica.

Via dérmica:
Lavar com água a região afetada por 15 minutos

Via ocular:
Lavar com água abundante e fazer um curativo oclusivo (umedecido com soro fisiológico).
Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 04
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.14 Urgências Obstétricas
Terminologia:
• Gestante - mulher grávida.
• Parturiente - mulher em trabalho de parto.
• Puérpera - mulher após o parto e durante o primeiro mês.
• Embrião - concepto até 2º mês de vida intrauterina.
• Feto - concepto a partir do 3º mês até o nascimento.
• Recém-nascido (RN) - concepto após o nascimento e durante o primeiro mês de vida.
• Aborto - expulsão do concepto (feto e anexos) até 22ª semana de gestação.
• Parto - expulsão do feto e anexos a partir da 22ª semana de gestação.

Estruturas:
• Membrana amniótica - membrana que envolve o concepto (feto e anexos).
• Líquido amniótico - meio onde se encontra o feto e o cordão umbilical. Possui função de proteção
mecânica. Características: branco- pérola.
• Placenta - estrutura responsável pelas trocas materno-fetais. Apresenta-se aderida ao útero e liga-
se ao feto pelo cordão umbilical.
• Cordão umbilical - une o feto à placenta. Mede aproximadamente 70cm.
• Características: Geleia de Warthon, possui 2 artérias e 1 veia.
• Feto - Características ao nascer:
• Comprimento - 50 cm (variação média de 2cm)
• Peso - 3,7 Kg (variação média de 0,2 Kg)
• Frequência cardíaca - 140 bpm
• Vernixcaseoso– substância sebácea que envolve o RN e auxilia na manutenção da temperatura
corpórea.

Aparelho reprodutivo feminino.


• Internamente composto pela vagina, útero, trompas de Falópio e ovários.
• Externamente composto pelo monte de vênus, grandes e pequenos lábios, clitóris e entrada da vagina
e períneo, ainda considerado como um órgão anexo, as mamas.
Figura 23: Aparelho genital feminino

Fonte: Disponível em:http://biologiaifms.blogspot.com/2015/03/embriologia_73.html- Acesso em 11/02/2019

3.14.1 Parto de emergência:


Há duas maneiras de termos um parto de emergência. Uma cesárea de emergência ou um parto normal não
esperado.
Figura 24: Útero gravídico
Fonte: Disponível em:https://www.gestacaobebe.com.br/gestacao-de-33-a-34-semanas-principais-sintomas/- Acesso em
11/02/2019

Parto
3.14.2 Sinais indicativos
• Perdas vaginais como saída do tampão
• Presença de sangue devido a dilatação do colo do útero
• Líquido amniótico (ruptura da bolsa)
• Contração uterina;
• Cólicas no baixo ventre, característica do período de dilatação, dolorosas e rítmicas (em torno de 4
a 5 a cada 10 minutos.
• Quando a dilatação do colo uterino estiver em 10cm e houver a apresentação cefálica, o parto
precederá.

A posição do feto dentro do útero recebe o nome de apresentação. Algumas posições não favorecem o parto
normal.

Apresentação:
• Cefálica - é a mais comum, ideal para o parto normal.
• Pélvica - de nádegas.
• Transversa

Figura 25: Posições do bebê na hora do parto

Fonte: Disponível em:https://www.dicasdemulher.com.br/como-cada-postura-do-bebe-influencia-no-tipo-de-parto/- Acesso em


11/02/2019
Considerações com a gestante a bordo
• O voo está contraindicado a partir do 7º mês de gestação.
• O posicionamento do cinto de segurança até o 4º mês será indiferente, após, deverá ser posicionado
no baixo-ventre, com auxílio de um travesseiro.
• Preferencialmente, deve ocupar lugar na cauda do avião (último trimestre).
• Deverá sempre ser acompanhada pelo comissário (a).
• Em caso de perda de líquido (ruptura de bolsa) está indicado o repouso e deverá desembarcar da
aeronave em maca.
• Não oferecer café, chá ou chimarrão.

Conduta durante o trabalho de parto


• A parturiente deve estar sentada na poltrona com inclinação máxima ou levada para a Galley traseira.
• Controlar as contrações (duração e intervalo).
• Controlar os sinais vitais.
• Avisar ao comandante.
• Solicitar médico a bordo (anotar nome e CRM).

No parto
• Posicionar a parturiente (posição obstétrica).
• Tenha todo o material necessário ao parto do seu lado e a comissária para auxiliar
• Duas comissárias deverão realizar o parto caso não haja médico a bordo
• Manter a privacidade da parturiente.
• Remover roupa íntima.
• Lavar as mãos.
• Calçar luvas.
• Lavar com água e sabão a região externa da vulva.
• Fazer antissepsia.
• Verificar circular de cordão
• Após a expulsão do feto colocar o clamp umbilical.

Orientar a parturiente para:


• Fazer força para baixo durante as contrações.
• Descansar nos intervalos.
• Deixar o feto sair naturalmente e posicionar-se para ampará-lo.
OBS: qualquer problema deve ser comunicado ao comissário chefe e comandante.Nunca puxar o feto,
somente auxiliá-lo.

Fases dos Parto:


1. Contrações
2. Parto
3. Dequitação ou secundamento.
Figura 26: Fases do parto

Fonte: Disponível em:http://exagerosdemae.com.br/curiosidades-fases-do-parto-normal/- Acesso em 11/02/2019

Figura 27: Fases do parto

Fonte: Disponível em:http://exagerosdemae.com.br/curiosidades-fases-do-parto-normal/- Acesso em 11/02/2019

Cuidados com RN:


• Desobstruir vias aéreas superiores - retirar secreção da boca com auxílio de uma gaze envolta no
dedo mínimo.
• Ligar e seccionar o cordão - Fazer dois clampeamentos no cordão, 5 dedos da barriga do RN, depois
mais 5 dedos deste clampeamento
• Cortar o cordão no meio dos dois clampeamentos.
• Manter o RN aquecido.
• Manter a cabeça inclinada para baixo e lateralizada (45º) para favorecer a drenagem postural.
• Pingar colírio, tipo lágrimas nos olhos – 2 gotas.
• Nos casos do RN apresentar cianose, está indicado a administração de oxigênio.
• No caso do RN com boa vitalidade, choro forte e saudável, se sem desconforto respiratório, poderá
ser colocado ao seio materno logo após o nascimento. Isto visa o aquecimento e alimentação do
bebê e evita que ele sofra hipotermia e hipoglicemia.

Dequitação ou Secundamento:
É a saída da placenta e anexos. Deve ser espontânea e nunca deve ser tracionada. O tempo normal para que
ocorra a dequitação é de 15-20 minutos.
Decorrido este período e não acontecendo sua saída, comunicar o superior e manter a puérpera sob
vigilância. A massagem abdominal auxiliana contração uterina e consequente saída da placenta.
Guardar a placenta e anexos em um saco plástico pois, deverá ser encaminhada para exame clínico junto
com a puérpera e o RN para o hospital.

Cuidados com a puérpera:


• Verificar ruptura de períneo. Nesses casos, fazer hemostasia através de compressão do local com
gaze e orientá-la para unir as pernas e fazer compressão (mínimo 10 minutos)
• Deixá-la em posição semideitada.
• Mantê-la sob observação e em repouso
• Deverá desembarcar com o RN e a placenta em saco plástico amarrado e identificado.
• Desembarque em maca para a ambulância.

4.1 Emergências Traumáticas


Quando ocorre um trauma de qualquer natureza, devemos avaliar a vítima como um todo, realizando a
avaliação primária e secundária. A lesão corporal resultante da exposição à energia que interagiu com o corpo
em quantidade acima da suportada fisiologicamente pode trazer graves prejuízos a todo o organismo.

4.2 Queimaduras.
Queimaduras são lesões da pele provocadas por algum agente.
• Calor, frio (agentes físicos)
• Radiação (raios solares e substâncias radioativas)
• Produtos químicos
• Certos animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar a infecções.
As queimaduras podem trazer complicações como a perda de eletrólitos (choque até a morte) e infecções.
Pode evoluir para processos severos como perda da visão, obstrução das vias aéreas, insuficiência
respiratória, parada cardiorrespiratória e desgaste emocional.

Classificação quanto à Profundidade:


1º Grau: Lesam a epiderme (camada superficial). Provoca dor local e vermelhidão (eritema). Ex: queimaduras
solares.
2º Grau: Lesam a epiderme e a derme. Provoca dor local, bolhas ou flictemas e eritema. Ex: queimaduras
por líquidos ou brasa.
3º Grau: Lesam a epiderme, derme e os tecidos subcutâneos (Hipoderme). Observamos que a pele apresenta
escaras amareladas, tecido necrosado, ausência de sensibilidade e pouca dor.Ex: queimaduras por choque
elétrico, fogo na roupa, fogo por gasolina.
4º Grau: Carbonização: atinge músculos e ossos.

Classificação quanto à extensão:


O indivíduo é considerado um grande queimado quando apresenta mais de 20% do corpo (extensão)
queimado.
Tabela 4: Classificação quanto a extensão de pele queimada
Área Porcentagem

Cabeça 9% adulto e 18% criança

Pescoço 1%
Posterior de tronco 18%

Anterior de tronco 18%

Membros superiores 9% cada

Membros inferiores 18% cada (adulto) e 14% cada


(criança)

Genitais - Períneo 1%

Fonte: Do autor, 2019

4.2.2 Tratamento das queimaduras:


• Lavar bem as mãos do socorrista
• Mergulhar a região em água fria (a bordo, compressas de agua fria até o alivio da dor (15 min).
• Proteger a região com gaze vaselinada e ataduras
• Não estourar as bolhas, não colocar a mão nem retirar a roupa
• Dar analgésicos e sedativos
• Hidratação com pequena quantidade de líquidos repetidas vezes
• Não furar bolhas
• Não colocar manteiga, pasta de dente, gelo ou café
• Mãos e pés devem ser protegidos, separar os dedos com gazes embebida em água limpa ou
vaselina
• Em queimaduras químicas lavar com água em abundância, se for em pó ou pasta retire antes de
lavar, remova as vestes contaminadas.
• Previna o estado de choque
• Oxigênio se necessário.

4.2.3 Tratamento em caso de Queimadura nos Olhos:


• Lavar os olhos com água em abundância. Se for queimadura provocada por ácido lavar por 5 minutos
no mínimo. Se a queimadura for por bases, lavar os olhos por 15 minutos no mínimo e substâncias
desconhecidas 20 minutos no mínimo.
• Cubra os olhos com gaze umedecida em SF09%
• Caso a vítima se queixar de dor, lavar por mais 5 minutos.
• Dar oxigênio se necessário.
• Previna o estado de choque.
• Procurar auxílio médico.

4.2.4 Pessoas em chamas: devemos interromper o calor.


• Água
Figura 28: Conduta pessoa em chamas
Fonte: Disponível em:https://slideplayer.com.br/slide/13821386/- Acesso em 11/02/2019

• Abafar com cobertor, lençol etc.

Figura 29: Conduta pessoa em chamas

Fonte: Disponível em:https://docplayer.com.br/71439880-Primeiros-socorros-acidentes.html- Acesso em 11/02/2019

Queimaduras por animais:


Potós:
Figura 30:Potó

Fonte: Disponível em:https://docplayer.com.br/71439880-Primeiros-socorros-acidentes.html- Acesso em 11/02/2019

Os potós são besouros que podem ser confundidos com formigas, mas devemos tomar muito cuidado com
eles pois, apesar de serem pequenos podem provocar queimaduras de 2º grau do tipo química com
propriedades tóxicas e vesicantes. Podem ser atraídos pelo calor e procuram geralmente as dobras do nosso
corpo.

Tratamento: lavar com água e sabão o local onde o potó passou, pois, a água dilui a substância amenizando
a lesão.
Lagartas:
Figura 31:Lagarta Lonomia Obliqua

Fonte: Disponível em:https://docplayer.com.br/71439880-Primeiros-socorros-acidentes.html- Acesso em 11/02/2019

Comuns no Brasil, as lagartas podem causar inflamação, queimaduras na pele e ainda podem ocasionar
problemas mais sérios como quadro hemorrágico, falência renal e morte. Essas lagartas possuem estruturas
externas lembrando pinheiros e pelos, que soltam toxinas que causam as feridas na pele.

Tratamento: soroterapia em ambiente hospitalar, anti-inflamatório, anti-histamínicos, analgésicos, limpar a


ferida com água quando for queimadura por podalia, procurar auxílio médico. Se possível capturar a lagarta,
coloca-la em recipiente de vidro para facilitar a identificação da lagarta e o tratamento.

Queimaduras por plantas e vegetais


Algumas plantas e vegetais podem causar desde irritações e queimaduras até a morte. Podemos citar alguns
exemplos: Copo-de-Leite, Comigo-ninguém-pode, Coroa-de-cristo eAvelós.

Tratamento:
Encaminhar a vítima para o hospital imediatamente e se possível levar um pedaço da planta. Utilizar luvas
para mexer com tais plantas tóxicas, não ter contato com a seiva e muitas vezes com toda a planta.

4.3 Ataque de animais e insetos


4.3.1 Prevenção e medidas.
Chamamos de animais peçonhentos, aqueles que possuem glândula de veneno e podem inoculá-lo (dentes,
ferrões, aguilhões).
Os acidentes por animais peçonhentos podem ser ativos ou passivos (Picadas, mordeduras, contato ou
ingestão).

Serpentes peçonhentas (Brasil):


Ação das peçonhas:
1. Proteolítica (morte de proteínas)
2. Coagulante (o sangue coagula)

3. Neurotóxica (lesão de nervos)


4. Miotóxica (lesão muscular)
5. Hemorrágica (perda de sangue)
6. Nefrotóxica (lesão renal)
7. Hemolítica (morte dos componentes do sangue)

Sinais e sintomas:
• Dor local
• Sensações de “agulhadas” no local
• Formigamento/parestesia (lesão nervosa)
• Edema
• Dor abdominal
• Náuseas
• Vômitos
• Ansiedade
• Hemorragias

Prevenção:
• Uso do EPI- equipamento de proteção individual (botas de cano alto, luvas de courocom mangas de
proteção)
• Limpeza da área (evitar ratos)
• Sempre que for mexer em buracos, usar um galho ou graveto
• Os vãos das portas e janelas devem ser tampados
• Nunca segurar as serpentes pela mão

Medidas a serem tomadas:


• Deitar a vítima e mantê-la em repouso absoluto
• Não fazer torniquetes, furar o local ou aplicar remédios caseiros
• Proteger a lesão com gaze seca
• Retirar objetos que limitem a circulação (adornos)
• Transportar o acidentado imediatamente para um hospital
• Soro específico (antiofídico)
• Dentro do menor tempo possível
• Quantidade suficiente

Aranhas:
Sintomas:
• Dor intensa
• Inchaço
• Vermelhidão
• Sudorese
Tratamento:
• Deitar a vítima e mantê-la em repouso absoluto
• Não fazer torniquetes, furar o local ou aplicar remédios caseiros
• Proteger a lesão com gaze seca
• Retirar objetos que limitem a circulação (adornos)
• Transportar o acidentado imediatamente para um hospital
• Se possível, apanhar o inseto para agilizar o tratamento
• Soro anti-aracnídico, com orientação médica.

Escorpiões:
Tipos:
• Marrom
• Stigmutus
• Preto
• Amarelo

Prevenção:
• Limpeza do local
• Evitar acúmulo de objetos
• Vedar as janelas e portas
• Verificar os sapatos e roupas antes do uso
• Roupas coloridas e muito barulho atraem e excitam os insetos
• Proteja as partes descobertas do corpo em caso de ataque
• Uso do EPI

Medidas a serem tomadas:


• Tratamento voltado para o controle da dor.
• Compressas mornas.
• Capturar o animal, facilita o diagnóstico.
• Soro anti-aracnídio (polivalente) e Soro Antiescorpiônico (Amarelo) com prescrição médica.

Abelhas e vespas:
A manifestação depende da sensibilidade do indivíduo e do número de picadas.
As abelhas podem ferroar somente uma vez, enquanto as vespas, várias vezes.

Sinais e sintomas:
• Edema de glote
• Broncoespasmo
• Choque anafilático

Tratamento:
• Retirar o ferrão
• Pressionar as bordas
• Aplicar gelo
• Procurar auxílio médico

OBS: não existe soro específico para ferroadas de abelhas e vespas.


Animais silvestres

Nunca alimente ou se aproxime de animais silvestres (foca, ursos, leão-marinho, tigre, leopardos,
macacos,skuas, gaivotas,etc). Em caso de mordida, lave o local da mordida com água e sabão, se necessário
realize a hemostasia e encaminhe para o atendimento médico.

Queimaduras de água viva:


Pode provocar: irritação na pele, queimadura e até paralisia e convulsões.

Tratamento:
• Não tente remover os tentáculos que estão grudados na pele;
• Use vinagre ou água salina para lavar os ferrões grudados (a água fresca pode ativar os tentáculos
para que ocorra a queimadura)
• Manter a vítima confortável e aquecida;
• Usar Amido, coco ou Amônia
• Procure socorro se necessário.
Mordida de seres humanos
A mordida dos seres humanos pode ocasionar infecções, por vezes as mordidas podem transmitir doenças
como por exemplo a hepatite.

Sintomas:
• Dor no local da lesão
• Marcas na pele
• Rubor
• Edema

Tratamento:
• Limpar a lesão
• Antibiótico
• Encaminhar para o hospital

Ouriço-do-mar:
Sintomas:
• Dor local
• Inflamação local
• Dores musculares
• Dores articulares
• Erupções Cutâneas
Tratamento:
• Retirar os espinhos imediatamente
• Utilizar vinagre para dissolver os espinhos superficiais
• Cirurgia caso haja espinhos incrustados
• Água quente para alivio da dor.

Carrapato:
A maioria das picadas de carrapatos não transmite doenças, porém podem manifestar algumas alterações.

Sintomas:
• Coceira
• Caroço vermelho
• Reações cutâneas alérgicas
• Fraqueza
• Paralisia
• Cansaço
• Inquietação
• Inflamação

Tratamento:
• Retirada do carrapato
• Oxigenioterapia s/n
• Ventilação mecânica
• Aplicar antisséptico
• Antibiótico (Doença de Lyme)
• Profilaxia
Arraia:
Sintomas:
• Sangramento
• Dor intensa
• Inflamação
• Vômito
• Diarreia
• Sudorese
• Desmaio
• Fraqueza
• Enjoo

Tratamento:
• Limpeza da área lesionada com água salgada
• Encaminhar para o médico
• Vacina Antitetânica
• Elevação da perna ou braço acometido por dias
• Antibiótico
• Cirurgia se necessário

Piranhas:
Após a mordida por piranhas deve-se levar a vítima para o hospital pois a sua mordida pode causar tétano e
infecção.

Sintomas:
• Dor no local
• Decepamento do membro
• Hemorragia
• Infecção

Tratamento:
• Lavar a ferida com água em abundância
• Fazer curativo
• Levar a vítima para o hospital

Sanguessuga:
Sintomas:
• Febre
• Inflamação
• Infecção
• Tontura
• Erupção cutânea
• Dispneia
• Sudorese intensa
• Hemorragia local
• Sangramento nasal e ocular
Tratamento:
• Localize a cabeça e a ventosa e retire com a ajuda das unhas por baixo das ventosas
• Limpe o local do ferimento com álcool oupolvedine
• Faça um curativo
• Se necessário realize a troca do curativo
• Bochechar bebidas alcoólicas por 30 segundos
• Em locais estreitos pedir ajuda a outra pessoa
• Se houver expansão devemos perfurar a sanguessuga
• Anti-histamínico
• Procurar auxílio médico.

Candiru:
Sintomas:
• Dor
• Hemorragias
• Infecções

Tratamento:
• Analgésico
• Encaminhar para o hospital com urgência
• Cirurgia

Poraquê (peixe elétrico)


Pode levar ao óbito com choques de 1500 volts.

Sintomas:
• Paralisia
• Arritmias
• Alterações nervosas

Tratamento:
• Encaminhar para o hospital

Medusa e Anêmona (lembram flores aquáticas)

Sintomas:
• Inflamação
• Ardência
• Dor intensa
• Coceira
• Bolhas
• Necrose
• Cefaleia
• Mal-estar
• Náuseas
• Vômitos
• Neurotoxicidade
• Arritmias
• Insuficiência respiratória
• Óbito
Tratamento:
• Repouso do membro afetado
• Retirada dos tentáculos com as mãos enluvadas levantando –os.
• Lavar o local com água do mar
• Usar vinagre comum por 30 minutos para inativar o veneno.
• Retirar os nematocistos com pasta de bicarbonato, agua do mar e talco. Espere secar e retire com o
bordo de uma faca.
• Colocar bolsa de gelo ou compressas de agua do mar por 5 a 10 minutos
• Corticoide tópico
• Analgésico

Moreia
Sintomas:
• Dor local
• Infecções
• Hemorragia
• Tratamento:
• Hemostasia
• Analgésico
• Líquido (Principalmente soro)
• Encaminhar para o hospital

Barracuda
Sintomas:
• Dor local
• Hemorragia

Tratamento:
• Hemostasia
• Analgésico
• Líquido (Principalmente soro)
• Encaminhar para o hospital

Tubarão:
Sintomas:
• Dor intensa
• Inflamação
• Infecção
• Hemorragia
• Choque

Tratamento:
• Hemostasia
• Encaminhar para o hospital com urgência
• Prevenir o estado de choque
Caracol Venenoso:
Possui veneno neurotóxico e de ação analgésica.

Tratamento:
• Encaminhar para o hospital com urgência

Bicho-de-pé:
Sintomas:
• Infecções
• Coceira
• Erupção cutânea (caroço vermelho)
• Supuração
• Ulceração
• Necrose de tecido
• Deformação e perda das unhas

Tratamento:
• Encaminhar o indivíduo para o hospital
• Crioterapia
• Remoção com pinça
• Antibiótico tópico
Vacina antitetânica s/n
Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 05
Primeiros Socorros na Aviação Civil
4.4. Hemorragia
4.4.1 É a perda de sangue circulante resultante de uma lesão vascular. Toda hemorragia está relacionada ao
tipo e ao calibre do vaso lesado.
O organismo possui mecanismos de defesa que agem na tentativa de controle da perda sanguínea através
da coagulação do sangue. Sempre diante de uma hemorragia há necessidade de se promover a hemostasia,
isto é, cessar o sangramento.
As plaquetas são as células que participam ativamente do processo de hemostasia, mas existem no sangue
vários outros fatores que contribuem para sua coagulação. Dentre eles destacam-se a tromboplastina e o
fibrinogênio, substâncias que juntamente com as plaquetas auxiliam no processo hemostásico.

Hemostasia: É o selamento dos vasos sanguíneos lesados, estancando ou diminuindo o sangramento.

Tipos de hemostasia:
Fisiológica: Coagulação - reações metabólicas entre plaquetas e fatores de coagulação (fibrinogênio,
tromboplastina e protrombina), auxiliando na reconstituição da lesão.
Vasoconstrição - por ação da serotonina e outras substâncias liberadas pelo organismo.

Mecânica: Geral - deitar a vítima, deixando-a na horizontal e elevar os membros inferiores (caso não haja
restrição).

Específicas - compressão no foco hemorrágico com gaze ou pano limpo e compressão nas áreas adjacentes.

4.4.2 Classificação das hemorragias


Hemorragia interna: Ocorre quando o sangue não é exteriorizado, fica acumulado em cavidades internas. É
mais grave devido a maior dificuldade de diagnóstico.
Seu diagnóstico é feito por sinais indiretos. Os locais mais comuns são:
• Região abdominal - fígado e baço
• Fraturas - pélvica e fêmur

Sinais e sintomas de hemorragia interna.


• Inquietação
• Ansiedade
• Pele fria e úmida
• Pulso rápido e fraco (fino)
• Respiração rápida
• Queda na pressão arterial

Suspeita de hemorragia interna.


• Ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou pescoço
• Sangramentos pelo nariz ou ouvido
• Vômito ou tosse com sangue
• Hematomas no tórax ou fratura de costelas
• Abdômen aumentado, rígido
• Fraturas no quadril, coxa e braço.

Nunca obstruir a saída de sangue das cavidades naturais do organismo em caso de suspeita de TCE, para
evitar a elevação da pressão intracraniana (boca, nariz, ouvido).

Terminologia:
• Otorragia:sangramento do ouvido, pode ser sinal de fratura craniana. Não tamponar.
• Epistaxe ou rinorragia: sangramento nasal. Deve-se colocar a cabeça para frente e comprimir a narina
que sangra com o polegar, aplicar bolsa de gelo no local e tamponamento com gaze.
• Hemoptise:sangramento proveniente dos pulmões, acompanhado de tosse. Deve-se notar se na secreção
há a presença de sangue em filamentos (tuberculose, Câncer, traumas), podendo ainda ser em golfadas,
espumoso e aerado de aspecto vermelho vivo.
• Hematêmese:sangramento proveniente do trato digestivo alto, acompanhado de vômito e sangue
compactado e de restos alimentares.
• Melena:presença de sangue nas fezes. As fezes são escuras, pegajosas e fétidas (sangue digerido).
Perguntar se a pessoa toma alguma medicação a base de ferro.
• Enterorragia: sangramento proveniente da porção final do aparelho digestivo (intestino grosso e reto).
Evacuação com sangue de característica vermelho vivo.
• Hematúria:sangue na urina.
• Metrorragia:sangramento anormal do útero, fora do período menstrual.

Hemorragia externa: Ocorre quando o sangue é exteriorizado através do ferimento ou orifício natural.

Lesão Vascular:

Figura 32: Lesão vascular

Fonte: Disponível em:https://www.ebah.com.br/content/ABAAAA6CUAF/biologia-apostila-3-ceesvo?part=5- Acesso em


11/02/2019

Figura 33: Formação do coágulo


Fonte: Disponível em:https://docplayer.com.br/68012969-Sangue-plasma-elementos-figurados.html- Acesso em 11/02/2019

Tipos de hemorragia
1. Arterial: origina-se por uma lesão de artéria e apresenta maior gravidade devido à dificuldade na obtenção
da hemostasia.
Características:
Sangramento abundante, coloração vermelho vivo e é pulsátil - o sangue sai em jatos.

2. Venosa: origina-se de uma lesão de veias e possui maior facilidade para obtenção da hemostasia.
Características:
Sangramento em grande quantidade, coloração vermelho escuro e o sangue escorre - extravasa
continuamente.

3. Capilar: origina-se de lesão em pequenos vasos e tendem a hemostasia espontânea, muito fácil.
Características: Sangramento pequeno.

Tratamento:
São consideradas 3 técnicas hemostásicas respectivamente:

1º - Compressão do foco hemorrágico


2º - Compressão nas adjacências
3º - Torniquete ou Garrote (*)
• Não retirar ou limpar coágulos
• Comprimir o local que sangra por 10 minutos com panos limpos, gazes, lenços etc.
• Utilizar bandagem de Jones se houver encharcamento das gazes.
• Elevar a parte afetada acima do coração

(*) O garrote é o último recurso que utilizamos. É uma técnica perigosa pois, promove isquemia no local
(diminuição do fluxo sanguíneo) e posterior necrose.
Quando utilizado, devemos obedecer a técnica que consiste em afrouxá-lo a cada 10 minutos, esperando 30
segundos pelo restabelecimento da circulação sanguínea no membro e só então garroteá-lo novamente. Este
procedimento deve ser repetido até o controle do sangramento. O garrote pode permanecer no membro
até 2 horas. (PHTLS).

Figura 34: Técnicas de torniquete

Fonte: Disponível em:http://hargaa.id/curacion-de-heridas-pictures-to-pin-on-pinsdaddy.html- Acesso em 11/02/2019

Figura 35: Técnica de torniquete.

Fonte: Disponível em: http://www.jmcprl.net/DIB%20PAUX%20GALICIA/PRIMEROS%20AUXILIOS%20(9).jpg - Acesso em


11/02/2019

4.4.3 Choque Hipovolêmico


Ocasionado por hemorragias ou queimaduras extensas onde ocorra uma grande perda de volume de líquido
corpóreo (20% ou mais de volume sanguíneo).

Sinais e sintomas:
• Palidez
• Sudorese
• Pele fria e pegajosa
• Taquicardia e pulso fino
• Hipotensão
• Diminuição da perfusão periférica
• Cianose
• Sudorese abundante
• Taquipnéia
• Alteração mental
• Sede
• Náuseas e vômitos
• Tontura
• Hipotermia
• Confusão mental
• Inconsciência

4.4.4 Tratamento:
• Afrouxar as vestes
• Decúbito dorsal e manter sua cabeça mais baixa que o corpo a fim de favorecer a oxigenação cerebral.
• Repouso
• Elevar os membros inferiores (se não houver contraindicação).
• Agasalhar a vítima.
• Não oferecer líquidos, apenas umedecer os lábios com gaze.
• Não alimentar a vítima
• Oxigenioterapia s/n
• RCP s/n

4.5 Traumatismos
4.5.1 São alterações sofridas pelo organismo e estão diretamente relacionadas à ação de um agente físico e
à força de impacto com o mesmo.
Estão divididos em dois tipos:
Abertos - são aqueles que apresentam ruptura da pele.
Fechados - são aqueles onde não há lesão da pele.

4.5.2 Traumatismos abertos.


Alteração sofrida pelo organismo causada por algum agente traumatizante, determinando lesão do tecido
tegumentar (pele) e consequente ruptura vascular.

4.5.2.2 Traumatismo de face


Devemos realizar a inspeção de Face e verificar se apresenta
• Hematomas
• Edemas
• Abaulamentos
• Afundamentos
• Fraturas
• Oclusão dentária
• Simetria ou assimetria
• Movimentos

Tratamento:
• Verificar sinais vitais
• Desobstruir as vias aéreas
• Lesões nasais:
Sangrantes: utilizar a técnica para Epistaxe. Não sangrantes: esperar pelo médico.
• Lesões da boca:
Sangrantes: curativos compressivos.
Não sangrantes: aguardar o médico e não alimentar a vítima.
Olho
Figura 36: Componentes externos e interno dos olhos

Fonte: Disponível em:https://www.optivista.com.br/pt/olho-humano/- Acesso em 11/02/2019

É uma estrutura delicada e tem como principal ocorrência acidentes com a presença de corpo estranho na
conjuntiva – tipo "cisco", que podem ser de vários tamanhos e tipos podendo trazer grandes prejuízos na
visão como a cegueira. Os tipos de traumas que podem ocorrer nos olhos são:
• Externo: atinge as pálpebras e supercílios
• Interno: atinge a esclera, córnea e globo ocular
• Misto: atinge tanto estruturas externas quanto externas.

Tratamento:
• Lavar a região ocular com água corrente.
Obs: Lesões oculares onde o corpo estranho se apresenta fixo na conjuntiva (transfixantes ou
penetrantes) proceder a lavagem com grande quantidade de colírio tipo lágrima e fazer curativo oclusivo.
NÃO retirar o corpo estranho.

• NÂO permitir que a vítima esfregue o olho. É necessário fazer curativo oclusivo no outro olho.
• Nunca utilizar antissépticos convencionais nos olhos
Figura 37: Técnica para retirar corpos estranhos dos olhos

Fonte: Disponível em:https://www.ebah.com.br/content/ABAAAhLs0AB/corpos-estranhos- Acesso em 11/02/2019

Figura 38: Técnica de curativo para proteção dos olhos

Fonte: Disponível em:http://www.transitolegal.com.br/transitolegal/hemoragia.htm- Acesso em 11/02/2019

Nariz
• Lesões nasais que não apresentem sangramento, não requerem tratamento imediato, podendo
aguardar avaliação médica e tratamento específico. O mesmo é verdadeiro para acidentes com corpo
estranho onde, geralmente a vítima respira pela boca. Não tente fazer a remoção pois isto pode
agravar a situação empurrando o corpo estranho para vias mais profundas.
• Assoar com delicadeza comprimindo a narina não envolvida. Nas lesões sangrantes, também
reconhecidas como epistaxe, deve-se tratar com:
• Compressão da narina sangrante.
• Cabeça para frente.
• Compressas de gelo na região da narina afetada.
• Nos casos em que a hemostasia não ocorre com o procedimento anteriormente descrito faz-se
necessário o tamponamento nasal o que é realizado com gaze embebida em soro fisiológico.

Boca
• Uma simples observação na cavidade oral é suficiente para detectar possíveis lesões. É importante
checar a integridade da mucosa bem como a boa oclusão dentária.
• A maioria dos sangramentos orais tende a coagulação espontânea, não requerendo cuidados
especiais. O maior cuidado deve ser a limpeza oral - desobstrução das vias aéreas superiores - para
evitar possível asfixia em vítimas que se encontram inconscientes.
Ouvidos
• O problema mais frequente ocorre com crianças que introduzem objetos dentro do conduto
auditivo. É comum encontrarmos grãos e objetos pequenos como peças de brinquedo.
• Outra ocorrência é associada a traumas, onde a vítima apresenta a saída de um líquido seroso ou
sanguinolento pelo ouvido, o que requer providenciar atendimento médico logo que possível.
• Lembre-se, este é um sinal que pode estar presente na vítima de fratura craniana - lesão crânio-
encefálico.

• Corpos estranhos
Nunca introduza qualquer instrumento ou objeto no ouvido na tentativa de retirar o corpo estranho
pois isto pode agravar a situação. O ideal é não tentar retirá-lo e, assim que possível, encaminhar a
atendimento médico específico.
• Na presença de um corpo estranho vivo deve-se pingar duas gotas de óleo no ouvido e orientar a
vítima para deitar com a cabeça virada para o lado afetado, favorecendo assim a saída do inseto. A
presença de um corpo vivo no interior doouvido é algo de extremo incômodo e causa um ruído
insuportável. Podemos ainda colocar uma luz para que o inseto caminhe até ela.

Traumatismo Craniano
Dividem-se em três tipos:
• Superficiais: Atingem o couro cabeludo e caracterizam-se por sangramento intenso. Deve-se fazer
curativo compressivo com enfaixamento com atadura de crepe.
• Ósseas - são aquelas com fratura craniana.
• Profundas ou Encefálicas - são aquelas com lesão cerebral e acompanhada dos dois tipos anteriores.
• Faz-se um curativo com delicada compressão.

Em toda vítima com suspeita deste tipo de lesão devemos avaliar e observar a presença dos seguintes
sinais e alterações:
• Estado de consciência
• Resposta a estímulos visuais, auditivos, dolorosos, reflexos e amnésia
• Alteração no nível de consciência – torpor, confusão mental e inconsciência
• Respiração lenta e profunda
• Inspeção e palpação da cabeça
• Simetria facial
• Atonia
• Motricidade
• Descontrole esfincteriano
• Bradicardia
• Pulso cheio e lento
• Alteração ocular - desvio ou assimetria ocular.
• Pupilas anisocóricas
• Vômitos em jato
• Otorragia.
• Convulsões
• Saída de líquor pelo nariz ou ouvido
• Sinal de batalha (coloração arroxeada atrás das orelhas)
• Olhos de guaxinim (sinal tardio – fratura de base de crânio)

Tratamento:
• Jejum absoluto
• Decúbito elevado se consciente
• Decúbito dorsal em maca se inconsciente
• Elevar a cabeceira da prancha caso não haja evidencia de choque, caso contrário eleve a parte inferior da
prancha.
• Lesões superficiais: curativo com suave compressão e capacete de faixa s/n
• Lesões cranianas e encefálicas: realizar o curativo com delicadeza, utilizar gaze estéril e capacete de faixa
sem compressão excessiva
• Não administrar medicamentos
• Umedecer com algodão ao redor da boca
• Encaminhar para o hospital com urgência.

Traumatismo de coluna:
Figura 39: Divisões da coluna

Fonte: Disponível em:http://fisioterapiaelainedaltoe.com.br/dores-e-disfuncoes/dor-na-coluna/ - Acesso em 11/02/2019

Cervical
A primeira porção da coluna vertebral é denominada coluna cervical. Lesões cervicais podem determinar
tetraplegias ou até mesmo a morte. Como todo trauma de coluna, a maioriaatinge as vértebras e há riscos
de lesão na medula espinhal, o que se caracteriza por comprometimentos respiratórios, perda de função
neurológica motora como paresias ou paralisias, além de dor, deformidades ou edemas em qualquer um dos
segmentos.
O atendimento adequado para vítimas de lesão na coluna vertebral seja ela de qualquer um dos segmentos
(cervical, torácica ou lombar), consiste em socorrê-los com técnicas de transportes adequadas.
Cuidados no transporte de vítimas com suspeita de lesão vertebral:
Imobilização da cabeça e pescoço com colar cervical (lesão cervical) e decúbito dorsal em superfície rígida.
Obs: Movimentar a vítima com muito cuidado para não exercer compressão na medula. Pelo menos quatro
pessoas devem transferir a vítima para a maca com movimentos sincronizados (cabeça, pescoço e tórax,
quadril, coxas e pernas).

Traumatismos torácicos.
Pode ocorrer de duas formas.
• Ferimentos abertos de tórax: também chamado de ferimento torácico. Pode atingir a pleura, o
mediastino e pericárdio.
• Ferimentos fechados de tórax: também chamado de contusão torácico. Pode ocorrer fraturas de
costelas.
Fratura de Costela.
Sinais e sintomas:
• Trauma no local com presença de escoriações ou ferimento corto contuso.
• Dor (que aumenta com os movimentos respiratórios)
• Dispneia
• Edema e hematoma

Tratamento:
• Administrar analgésico
• Enfaixamento torácico
• Aplicação de gelo picado.

Obs.: em caso de dispneia intensa, o enfaixamento torácico NÃO deverá ser feito.

• Nestes casos pode-se administrar oxigênio com a vítima na posição sentada e deixá-la em repouso.

Lesão pulmonar
Sinais e sintomas:
• Dor aguda, tipo pontadas (aumentam com os movimentos respiratórios)
• Hemoptise
• Dificuldade respiratória

Obs: lesões pulmonares abertas geralmente apresentam uma característica importante que é um
sangramento com bolhas (hemotórax).

Tratamento:
• Curativo de 3 pontas feito em apneia expiratória
• Manter o indivíduo sentado se consciente
• Se inconsciente colocar a vítima em decúbito dorsal com a cabeça lateralizada
• Analgésico
• Oxigenioterapia (com a vítima na posição sentada)
• Repouso

Complicações:
• Pneumotórax - ar na cavidade pleural, cujoo principal sintoma é dor local e dispneia. O pneumotórax
pode ocorrer de maneira espontânea, isto é, não estar relacionado a nenhum trauma.
• Hemotórax - sangue na cavidade pleural.
• A sintomatologia geralmente compreende dispneia e dor.

Obs: Essas complicações levam a alteração da mecânica pulmonar, levando a insuficiência respiratória.

• Lesão abdominal.
A região abdominal é muito susceptível a traumatismos por não possuir proteção óssea. Isto o torna
vulnerável a complicações pelo acometimento de órgãos internos (vísceras). Os traumatismos abdominais
estão divididos em:
• Aberto: superficial → quando atingem a pele, o subcutâneo e o tecido muscular.
• Profundas → quando lesam o peritônio e/ou vísceras.
• Fechado: provocado por trauma ou pancada (houve lesão visceral?)
Figura 40: Hemorragia abdominal interna

Fonte: Disponível em:https://twitter.com/ilindelatorremd/status/531073882669989888- Acesso em 11/02/2019


Sinais e sintomas:
São variáveis conforme a extensão
• Dor abdominal localizada ou difusa
• Vômitos (imediatos ou tardios)
• Contração muscular da parede abdominal (peritonite aguda)
• Distensão abdominal
• Evisceração
• Choque hipovolêmico

Tratamento:
• Manter a vítima em jejum
• Em casos de evisceração não tocar nas vísceras e NUNCA tentar recolocá-la na cavidade.
• Proceder a limpeza do ferimento (umedecer a região).
• Cobrir com gaze esterilizada e previamente umedecidas com soro fisiológico a 37ºC
• Transportar para o hospital.
Objetos fixados ou transfixados (empalamento):
Na presença de qualquer corpo estranho na cavidade abdominal, NUNCA tentar removê-lo. Apenas devemos
imobilizá-lo com esparadrapo ou fita crepe, coxins e encaminhar para o hospital.

Figura 41: Imobilização de objetos

Fonte: Disponível em:- Acesso em 11/02/2019


4.5.3 Traumatismos fechados.
4.5.3.1

No ferimento fechado a pele mantêm-se integra.

Contusão.
É uma lesão causada por golpe ou impacto com acometimento do tecido subcutâneo, muscular ou até
mesmo de órgãos internos, sem causar ruptura da pele.
Sintomas:
• Dor no local
• Edema (acúmulo de líquido)
• Equimose (mancha avermelhada causada por ruptura de pequenos vasos)
• Hematoma (mancha roxa causada por ruptura de vasos mais calibrosos).

Tratamento:
• Gelo no local (*)
• Analgésico
• Repouso
• Imobilização

(*) A aplicação do gelo está presente no tratamento dos traumatismos fechados em geral pois o gelo
possui duas propriedades importantes, ação de analgesia, combatendo a dor e ação vasoconstritora
atuando na diminuição do edema e do hematoma. Após 48h pode-se aplicar calor no local, favorecendo
a absorção do sangue no tecido.
Entorse
São traumatismos que ocorrem nas articulações. É causado por movimentos abruptos que exceda a
elasticidade dos ligamentos, podendo ocorrer rupturatotal ou parcial dos ligamentos.

Figura 42: Mecanismo de entorse

Fonte: Disponível em:https://runningshoes77.wordpress.com/2015/08/20/entorse-do-tornozelo/- Acesso em 11/02/2019

Sintomas:
• Dor intensa no local
• Edema
• Equimose ou hematoma (que podem instalar-se tardiamente)
• Dificuldade de realizar movimentos

Tratamento:
• Crioterapia
• Analgésico
• Imobilização com faixas de crepe
• Repouso

Luxação:
É o deslocamento de um ou mais ossos pertencentes a uma articulação, causando deformidade no membro
afetado.
Figura 43: Luxação de cotovelo

Fonte: Disponível em:http://www.rafaelavelino.com.br/luxacao-do-cotovelo/- Acesso em 11/02/2019

Ocorrência - ombro, cotovelo, clavícula, mandíbula, tornozelo e joelho.

As luxações estão classificadas em:


• Congênitas - a criança nasce com o traumatismo.
• Patológicas - o traumatismo ocorre em decorrência de uma doença.
• Traumáticas - ocorrem devido a impactos ou movimentos bruscos
Sinais e sintomas:
• Dor intensa
• Edema
• Equimose ou hematoma
• Impossibilidade de realizar movimentos
• Deformidade
Tratamento:
• Gelo no local
• Repouso
• Analgésico
• Imobilização com talas rígidas
• NUNCA fazer a redução das luxações, isto é, tentar recolocá-la no lugar. (Existe uma exceção para a
luxação de mandíbula).
Luxação Temporomandibular
A única luxação que pode ser reduzida como conduta em primeiros socorros.
Figura 44: Luxação temporomandibular

Fonte: Disponível em:https://drsolek.wordpress.com/2012/09/05/luxacao-da-articulacao-temporomandibular/- Acesso em


11/02/2019
Técnica:
• Coloca-se a vítima sentada com a cabeça apoiada na parede. O socorrista acomoda seus dedos polegares
sobre os molares inferiores da vítima (protegendo as mãos) e os outros dedos no ângulo da mandíbula.
• Exercer pressão para baixo e para trás - como num movimento de alavanca. Repetir a técnica por no
máximo 3 vezes. Imobilizar a mandíbula (atadura sob a mandíbula).
Curso Semipresencial

Comissário de Voo

Aula 06
Primeiros Socorros na Aviação Civil
4.5 Fraturas
4.6.1
É a ruptura total ou parcial do osso. As fraturas podem ser classificadas como:
• Aberta ou exposta: há a ruptura da pele e o osso é visualizado
• Fechada: Não há ruptura da pele e não visualizamos o osso

Considerações:
• Traço da fratura - local do osso em que ocorreu a lesão.
• Foco da fratura –é ao redor do local fraturado, onde observamos os sinais de edema e hematoma.

Anatomia fisiologia do sistema esquelético:


O Sistema esquelético compreende:
• Ossos
• Articulações
• Cartilagem

• Ossos
Figura 45: Características do osso

Fonte: Disponível em:http://resumindoanatomia.blogspot.com/2016/12/sistema-esqueletico.html- Acesso em 11/02/2019

Fraturas não articulares – Diafisárias


• A imobilização deve abranger uma articulação acima e outra abaixo da lesão.

Fraturas articulares – Epifisárias


• A imobilização deve abranger um osso acima e outro abaixo da lesão.

OBS: Em caso de dúvida se houve ou não a fratura, devemos sempre imobilizar. A imobilização evita o atrito
entre os fragmentos ósseos e complicações como ruptura de vasos sanguíneos ou nervos.
Classificação:
Quanto à fragmentação:
• Completa
• Incompleta

Quanto a quantidade de traço:


• Única ou simples
• Dupla
• Tripla
• Cominutiva

Quanto a movimentação de fragmentos:


• Angular
• Transversal
• Rotação
• Penetração
• Separação
• Cavalgamento

Quanto a direção do traço:


• Transversa
• Oblíqua
• Em bico de flauta
• Em espiral
• Longitudinal
• Compressão
• Galho verde

Quanto a relação Traumatismo X Traço:


• Direta
• Indireta

Quanto a posição:
• Articulares (epifisárias)
• Não articulares (diafisárias)

Figura 46: Tipos de fraturas

Fonte: Disponível em:https://www.fisioterapiaparatodos.com/p/dor-osso/fratura-cominutiva/- Acesso em 11/02/2019


Sinais e Sintomas:
• Dor intensa e constante
• Hematoma e edema
• Incapacidade funcional
• Crepitação óssea
• Espasmos musculares
• Hemorragia

Tratamento:
• Combater a hemorragia e choque
• Avaliar sinais vitais
• Gelo
• Analgésico
• Repouso
• Imobilização
• Utilizar coxins s/n

Fratura exposta: Ocorre uma lesão óssea com ruptura da pele. Pode apresentar como complicação a infecção
óssea que é denominada Osteomielite.
Sintomas e sinais:
• Dor intensa
• Incapacidade funcional (limitação de movimento)
• Edema
• Hemorragia

Tratamento:
• Iniciar com os cuidados à ferida lembrando que JAMAIS se deve tocar nos fragmentos ósseos
• NUNCA fazer a redução (recolocá-lo no lugar)
• Imobilizar
• Proteger o fragmento ósseo.
• Utilizar coxins s/n.

Fratura de mandíbula.
• O tratamento básico consiste em imobilização com atadura de crepe. Caso exista algum ferimento
cortocontuso, tratá-lo com curativo compressivo.
Figura 47: Fratura de mandíbula

Fonte: Disponível em:http://britesbucofacial.blogspot.com/2012/10/fratura-mandibular-por-acidente.html- Acesso em 11/02/2019


Fratura do quadril
Figura 48: Fratura de quadril

Fonte: Disponível em:https://medicinadoquadril.com.br/site/fraturas-da-pelve-e-do-acetabulo/- Acesso em 11/02/2019

Sinais:
• Dor no local
• Hematomas
• Incapacidade funcional

Obs: Podem ser causas de grandes hemorragias internas. Manter a vítima sobre constante vigilância para
detectar possíveis sinais de choque hipovolêmico.

Tratamento:
• Avaliar sinais vitais
• Evitar o estado de choque
• Realizar o curativo de possíveis ferimentos
• Analgesia
• DDH, realizar a imobilização e utilizarcoxins entre as pernas da vítima.

Imobilização:
• Talas rígidas/moldáveis, acolchoadas, ou madeira e papelão,etc.
• Imobilizar antes de movimentar a vítima, exceto em caso de risco iminente Ex: explosão, fogo, etc.
• Deixar as extremidades visíveis
• NUNCA comprimir o foco da fratura e não realinhar
• Permitir a circulação sanguínea
• Fixação do membro inferior fraturado ao sadio ou do membro superior ao tórax.Usada nas situações em
que não há equipamentos para imobilização e nas fraturas de quadril.

Fraturas não articulares – Diafisárias: Imobilizar uma articulação acima e outra abaixo da lesão (tala).

Fraturas articulares – Epifisárias: Imobilizar um osso acima e outro abaixo da articulação envolvida.
Ombro:
Devemos utilizar uma bandagem triangular e não talas. A primeira bandagem deverá ser colocada sobre a
forma de tipoia e a segunda bandagem colocada em forma de faixa larga. Deverá ser fixada para segurar o
braço contra o lado do tórax.

Figura 49: Imobilização com tipoia e atadura

Fonte: Disponível em:https://fortissima.com.br/2014/03/12/como-fazer-bandagem-para-curativos-48808/- Acesso em 11/02/2019

• Clavícula:
Deverá ser imobilizada com enfaixamento em oito e atadura longa. Imobilizar o braço junto ao tórax para
que não haja movimento.

Figura 50: Imobilização de clavícula em oito

Fonte: Disponível em:http://pricampos11.blogspot.com/2012/01/fratura-de-clavicula-enfaixamento-em.html- Acesso em


11/02/2019

• Costela e Esterno:
Devemos utilizar a bandagem triangular, dobrada em forma de faixa larga circundando o tórax. Caso aumente
a dor ou a faixa escorregue, devemos desfazer este enfaixamento.

Figura 51: Imobilização de costela e esterno

Fonte: Disponível em:https://airfreshener.club/quotes/how-broken-ribs-do-heal.html- Acesso em 11/02/2019


• Braço e cotovelo:
Devemos respeitar a posição que o membro foi encontrado.

Braço estendido: utilizar o braço da vítima como apoio ou com tala fixada com bandagem triangular dobrada
em forma de faixa.

Braço dobrado: utilizar bandagem triangular em forma de tipoia.

Figura 52: Imobilização braço e cotovelo

Fonte: Disponível em:https://professormoises.files.wordpress.com/2008/09/fraturas-diafisarias-metafisarias-e-epifisarias-1-modo-


de-compatibilidade.pdf- Acesso em 11/02/2019

• Antebraço:
Cotovelo dobrado:

Devemos apoiar o membro sobre uma tala fixada com bandagem triangular em forma de faixa e outra
bandagem em forma de tipoia.

Figura 53: Imobilização com tipoia e cinto

Fonte: Disponível em:http://uebtops2.blogspot.com/p/ataduras-tipoias-e-imobilizacoes.html- Acesso em 11/02/2019

Figura 54: imobilização com tala e atadura braço esticado e semi-flexionado

Fonte: Disponível em:http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/clavicula/clavicula.htm- Acesso


em 11/02/2019
• Punho e mão
Para imobilização do punho devemos utilizar uma atadura de crepe, deixando sempre as extremidades para
fora e não realizar compressão excessiva.

Figura 55: Imobilização de punho e mão

Fonte: Disponível em:https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/tecnicas-de-bandagem/tecnicas-de-bandagem/tecnica-de-


bandagem-para-mao-punho- Acesso em 11/02/2019

Para imobilização dos dedos, podemos utilizar o dedo ao lado para fazer a fixação ou ainda utilizar uma
pequena tala embaixo do dedo lesionado com fixação proximal ao redor da mão.

Figura 56: Imobilização dos dedos

Fonte: Disponível em: https://simbrazil.mediviewprojects.org/index.php/tecnicas-de-bandagem/tecnicas-de-bandagem/tecnica-


de-bandagem-para-mao-punho- Acesso em 11/02/2019

• Coluna vertebral
Devemos tomar cuidado para não piorar o quadro clinico da vítima. A tentativa de uma imobilização ou
transporte inadequado pode provocar danos irreversíveis.
Colar cervical: deverá ser utilizado quando houver suspeita de lesão cervical.
Prancha rígida: Devemos colocar a vítima em uma prancha rígida utilizando técnicas adequadas.

Figura 57: Imobilização de coluna cervical e prancha rígida

Fonte: Disponível em:http://svblog.com.br/2016/05/31/tt-a-menina-dos-movimentos-perfeitos/- Acesso em 11/02/2019

• Quadril
A imobilização do quadril deverá ser feita com uma tala longa, desde a região da axila até além do pé. A
vítima deverá ser colocada em uma prancha longa utilizando a técnica adequada para tal, não devemos rolar
a vítima e nem colocar o cinto sobre a pelve. A imobilização poderá ser feita também no membro
contralateral.
Figura 58: Técnica de imobilização de quadril

Fonte: Disponível em:https://slideplayer.com.br/slide/2915193/- Acesso em 11/02/2019

• Fêmur
Deverá ser imobilizado com tala longa desde o quadril até além do pé utilizando a perna sadia para a fixação.

Figura 59: Técnica de imobilização de fêmur

Fonte: Disponível em:https://slideplayer.com.br/slide/2915193/- Acesso em 11/02/2019

• Perna
Deverá ser imobilizada com talas estendendo-se do joelho até além do pé, fixada com ataduras ou bandagem
triangular dobrada em faixa, poderá ser estabilizada com a outra perna.

Figura 60: Imobilização de perna

Fonte: Disponível em:https://professormoises.files.wordpress.com/2008/09/fraturas-diafisarias-metafisarias-e-epifisarias-1-modo-


de-compatibilidade.pdf- Acesso em 11/02/2019
• Tornozelo e pé
Deverá ser imobilizado com talas e bandagens, cobertor ou travesseiro e fixado com ataduras ou bandagem
em forma de faixa.
Figura 61: Hemorragia interna

Fonte: Disponível em:https://pt.slideshare.net/clinicansl/primerios-socorros-enf-elisandro-greff-29883884- Acesso em 11/02/2019

4.6 TRIAGEM DE VÍTIMAS – S.T.A.R.T


O Método Start (simples triagem e rápido tratamento) é utilizado no resgate de acidentes com múltiplas
vítimas com o objetivo de salvar o maior número de pessoas possíveis. É utilizado nos casos de desastres
aéreos.
Figura 62: Sistema START (processo de triagem de vítimas simplificado e tratamento rápido)

Fonte: Disponível em:http://enfermeironogueira.blogspot.com/2015/07/atendimento-de-urgencia-em-incidentes.html- Acesso em


11/02/2019
Triagem e classificação das vítimas:
• Vítima cor vermelha: Primeira prioridade e transporte imediato.
Ex: hemorragias graves, obstrução de via aérea, traumas na coluna cervical e choques
• Vítima cor amarela: Segunda prioridade
Ex: feridas sem grandes hemorragias, fraturas.
• Vítima cor verde: Não requerem atenção imediata.
Ex: escoriações, contusões
• Vítimas cor preta: Sem prioridade.
Morte clínica

Sinais de morte clínica:


• Decapitação.
• Esmagamento completo da cabeça ou tórax c/ PCR.
• Calcinação (tornar-se cinzas).
• Carbonização (em forma de carvão).
• Estado de putrefação ou decomposição.
• Rigidez cadavérica.
• Manchas hipostáticas (roxo vinho; 3 a 4 horas pós morte).
• Secção do tronco.

ÁREA DE TRIAGEM – START


Figura 63: Hemorragia interna

Fonte: Disponível em:http://enfermeironogueira.blogspot.com/2015/07/atendimento-de-urgencia-em-incidentes.html- Acesso em


11/02/2019

4.8 Técnicas de transporte


Vítimas Conscientes:
• Sentado ou Semi-sentado(exceção - traumatismos de coluna vertebral)
• Fratura do quadril
• Lesão abdominal

Vítimas Inconscientes:
• Decúbito dorsal com lateralização da cabeça.
A lateralização da cabeça é medida utilizada para evitar-se a broncoaspiração.
Exceção - traumatismo de coluna cervical (a cabeça deve estar alinhada com o corpo, amparada por coxins).
Cuidados com as vítimas de lesão vertebral:
• Hiperextensão cervical para liberar as vias aéreas
• Colar cervical: imobilização da cabeça e pescoço
• Decúbito dorsal em superfície rígida
• Movimentar a vítima com muito cuidado para não pressionar a coluna
• Transferir em “Bloco”
• Monitorar sinais vitais

4.8.1 Técnica de transporte.


Antes da remoção da vítima devemos retirar próteses dentárias, colares, brincos e pulseiras, afrouxar as
vestes, agasalhar quando necessário, identificar a vítima quando possível e se existem objetos que possam
exercer pressão sobre áreas do corpo de acordo com cada intercorrência.
Dependendo do trauma, a posição da vítima transportada poderá variar.
• Traumatismo craniano (TCE)
Vítima consciente: decúbito elevado ou semi-sentado
Vítima inconsciente: decúbito dorsal com proteção do pescoço, ou lateralizada (caso não haja suspeita de
lesão cervical)
• Trauma de coluna cervical:
Decúbito dorsal em maca rígida, com proteção lateral da cabeça e nuca (não permitir flexão da cabeça)
• Trauma de coluna torácica, lombar e sacrococcígea
Decúbito dorsal em maca rígida, prendendo a vítima a maca para que não haja movimento
• Trauma de tórax:
Vítima consciente: decúbito elevado
Vítima inconsciente: decúbito dorsal com a cabeça ligeiramente em hiperextensão e lateralizada
• Trauma abdominal:
Decúbito dorsal.
Figura 64: Técnicas de transporte

Fonte: Disponível em:http://www.cadeiralince.com.br/pt-br/noticias-en/30-tecnicas-de-remocao-de-pessoas - Acesso em


11/02/2019

Figura 65: Transporte para vítima com suspeita de trauma na coluna

Fonte: Disponível em:http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2013/10/transporte-de-vitimas-em-situacoes-de.html- Acesso em


11/02/2019
• Transporte com cobertor
Figura 66: Transporte de arrasto com cobertor

Fonte: Disponível em:http://concursoparaenfermagem.blogspot.com/2010/06/transporte-de-acidentados.html-


Acesso em 11/02/2019

• Transporte em rede
Figura 67: Transporte em rede

Fonte: Disponível em:http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=1167- Acesso em


11/02/2019

• Transporte em maca
Figura 68: transporte em maca com 2 pessoas

Fonte: Disponível em:http://1o-socorros.blogspot.com/2011/11/transporte-de-acidentados-parte-ii.html- Acesso em 11/02/2019

• Transporte bombeiro
Figura 69: Transporte bombeiro

Fonte: Disponível em:http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_exibe.asp?cod_noticia=1167- Acesso em


11/02/2019
• Maca
Figura 70: Posição correta para transporte em maca

Fonte: Disponível em:http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2014/07/imobilizacao-e-transporte-em-maca.html- Acesso em


11/02/2019

Figura 71: Posição incorreta para transporte em maca

Fonte: Disponível em:http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2014/07/imobilizacao-e-transporte-em-maca.html- Acesso em


11/02/2019

Toda vítima com múltiplos traumatismos, lesões visíveis acima da região das clavículas e alteração do nível
de consciência, deve ser considerado como portador de Trauma na Coluna Cervical. O método mais seguro
de transporte é em maca, em decúbito dorsal horizontal com cabeça e tronco alinhados.

4.9 Feridas:
São lesões no tecido cutâneo causandodes continuidade da pele ou mucosa. Podem ter diversas causas, por
isso seu estudo está diretamente relacionado ao tipo de agente traumatizante. Suas características se
apresentam conforme as configurações de suas paredes, fundo e bordas.

Tipos de feridas:
Escoriações: causadas por superfícies ásperas (asfalto, cimento etc). Ocorre um atrito superficial sobre a
pele, apresentando um quadro doloroso e pequeno sangramento.
Punctória: é um ferimento perfurante causado por agentes pontiagudos (pregos, agulhas etc). Apresentam-
se com bordas pequenas e paredes fundas.
Incisas: provocadas por agentes cortantes (lâmina de bisturi, lâminas de facas, estiletes) e geralmente
sangrantes. Caracteriza-se por serem feridas regulares tendo bordas nítidas, fundo e paredes regulares.

Contuso: produzida por um instrumento de rombo esmagando planos moles da pele ou choque do corpo
contra uma estrutura rígida. Apresenta bordas irregulares e maceradas, se sangramento vivo, com vários
recessos na cavidade do ferimento.
Cortocontuso: é provocado por um instrumento pouco afiado que macera as bordas do ferimento deixando
o fundo irregular. É a forma mais comum de ferimento.
Perfurocontuso: é o mais comum dos ferimentos perfurantes. É causado por projétil de arma de fogo,
apresenta orlas de escoriações (queimadura ao redor do ferimento). A entrada do ferimento é redonda e lisa
e a saída tem bordas irregulares.
Perfurante:é um ferimento de profundidade, onde a superfície é circular. Suas bordas podem ser lisas e
regulares ou irregulares
Transfixantes: causadas por objetos que atravessam um segmento do membro.
Larcerocontuso:é a complicação de um ferimento contuso que formam retalhos da pele e que continuam
ligados ao restante desta, mais que perdem o contato com as camadas inferiores.
Escalpelamento: é o arrancamento do couro cabeludo.
Sinais e sintomas:
São variáveis de acordo com o tipo de ferimento e região afetada. Em geral:
• Dor
• Hemorragia
• Bordas separadas

Tratamento:
Temos como objetivo evitar a infecção, visto que é sempre um fator de risco.
• Lavar as mãos do socorrista
• Hemostasia
• Limpeza da ferida
• Antissepsia da ferida
• Bandagem

Em regiões pilosas como braços e tronco, pode ser necessário realizar a tricotomia da região (raspagem dos
pelos) para facilitar a limpeza.
Deve-se realizar a limpeza com água e sabão ou soro fisiológico, posteriormente usar um antisséptico.
Em alguns casos pode-se fazer a aproximação das bordas realizando um ponto falso e realizar o curativo.

Curativos:
• Um curativo nunca deve ser maior que a lesão
• Deve ser fixado conforme a região com atadura, esparadrapo, fita crepe ou colódio
• Cuidado para não deixar frouxa ou apertar demasiadamente a atadura no membro
• A atadura ser colocada em espiral e de distal para proximal
• Não cobrir totalmente o curativo
• Não trocar até o dia da retirada dos pontos a não ser que haja intercorrência.
• Não cobrir boca, ânus e nariz, pois as secreções existentes destas regiões podem ser absorvidas pelo
curativo e assim facilitar a contaminação.
• Pomadas devem ser utilizadas com critério, pois podem impedir a absorção das secreções da ferida.
• Não utilizar algodão diretamente na ferida. Utilize gaze – algodão – gaze – atadura/esparadrapo.
• A pele em volta do ferimento deve ser desengordurada com éter ou benzina
• Usar antissépticos (liquido de Dakin/ polvedine)
• Manter a articulação na posição mais cômoda possível
• Proteger saliências ósseas e pontos onde os nervos periféricos tornam-se superficiais com algodão
ortopédico.
• Utilizar ponto falso quando necessário

Feridas Sangrantes: nos casos de ferimento onde o sangramento é intenso, como em grandes hemorragias,
o tratamento compreende:
• Lavar as mãos
• Hemostasia
• Limpeza da ferida
• Antissepsia da ferida
• Bandagem
Nestes casos aplica-se também um curativo compressivo.

Feridas Secas: o ideal é evitar fazer curativos em feridas secas e com boa aproximação das bordas e sem
espaço morto, todavia, se realizarmos o curativo, devemos usar gazes secas, sem solução impermeabilizante,
lubrificante ou antibiótica.

Ponto Falso:
Figura 72: Ponto falso com esparadrapo ou fita crepe

Fonte: Disponível em:http://bombeiroswaldo.blogspot.com/2013/01/como-fazer-ponto-falso-com-esparadrapo.html- Acesso em


11/02/2019

Figura 73: Ponto falso com fita adesiva

Fonte: Disponível em:https://www.vix.com/pt/saude/546795/adesivo-para-cortes-e-feridas-pode-ser-solucao-para-quem-tem-


medo-de-levar-ponto- Acesso em 11/02/2019

5. Politraumatizado
É a vítima com lesões traumáticas em várias partes do corpo. Geralmente este é o tipo de vítima que
encontramos no socorro a acidentes aéreos. Nenhuma vítima deve ser removida do local do acidente antes
de serem prestados os primeiros socorros pertinentes e utilizada a técnica detransporte adequada, a menos
que haja algum risco iminente. Devemos observar sempre a vítima pois, pode ocorrer a necessidade de
mudança de conduta.
Avaliação geral:
• Verificar estado de consciência (Consciente ou inconsciente, sonolento ou comatoso)
• Checar resposta a estímulos (auditivos, visuais, dor e reflexo)
• Observar condição respiratória
• Manter as vias aéreas superiores pérvias
• Verificar pulsação (pulso cheio ou fino)
• Verificar sinais de sangramento
• Verificar coloração da pele e mucosas –rósea / vermelha/ palidez/cianose
• Verificar a dinâmica dos olhos e pupilas (desvios oculares ou diferenças entre as pupilas)
• Movimentos voluntários
• Observar presença de vômitos
• Funções renais alteradas
• Febre
• Retenção ou incontinência urinária
• Evacuação
• Sudorese
• Convulsão
• Etc...

"A avaliação primária, os cuidados no transporte e os movimentos adequados, melhoram ascondições de


remoção da vítima e sua posterior recuperação "

Amputação traumática ou avulsão completa:


• Controlar o sangramento do coto
• Proteger a parte avulsa dentro de um saco, com gelo ao redor, porém não em contato direto
• Não mergulhe o coto em meio líquido (contaminação)

Esmagamento de membros:
• Evite puxar a vítima tentando liberá-la
• Controle sangramentos externos
• Dê todo suporte emocional, tentando acalmá-la
• Se possível, transporte a vítima a um hospital ou chame por auxilio.

6. Afogamento
Ocorre por submersão em meio líquido causando asfixia. A vítima removida da água é reconhecida como
afogado. Dividiremos o afogamento em dois tipos clássicos.

Afogado cianótico:
É a vítima que sofreu asfixia pela água inundando as vias respiratórias.
Sinais e Sintomas
• Inconsciente
• Hipotônico
• Cianose
• Pulso fino
• Liquido espumoso branco ou avermelhado pelo nariz e boca
• Veias jugulares túrgidas
• Respiração superficial e irregular

Tratamento
• Afrouxar as vestes
• Desobstruir as V.A.S.
• Suporte das funções vitais (FR/ FC)
• Decúbito lateral assim que houver sinal de vida

Afogado pálido.
Vítima que se apresenta em parada cardiorrespiratória por obstrução das vias respiratórias devido ao
fechamento da glote (laringoespasmo)
Sinais e Sintomas
• Apneia
• Ausência de pulso
• Midríase paralítica
• Inconsciência
Tratamento:
Remoção da água:
• Posicionar a vítima em decúbito dorsal
• Colocar os braços da vítima esticados ao longo do corpo
• Em superfície rígida e plana
• Desobstruir as V.A.S.
• Realizar compressões no tórax da vítima (na linha intermamilar) - RCP
• Oxigenoterapia

7. Vertigem
É a sensação de movimento oscilatório ou giratório do próprio corpo ou do entorno com relação ao corpo.
Pode ocorrer também a sensação de deslocamento lateral e podem estar relacionadas com grandes
altitudes.

Conduta:
• Retirar a pessoa do local caso este seja o motivo da vertigem
• Converse e mostre segurança
• Afrouxar as vestes
• Arejar a vítima
• Deixe que a vítima encontre a melhor posição na poltrona
• Luminosidade mínima.

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