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Comissário de Voo
Aula 01
Primeiros Socorros na Aviação Civil
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1.1 Introdução aos Primeiros Socorros.
• Primeiras providências tomadas no local da emergência;
• Assegurar a vida;
• Evitar o agravamento;
• Atendimento temporário.
Rápida
Ação do
Calma
Socorrista
Firme
Fonte: Do autor, 2019.
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1.5.1 Conjunto Médico de Emergência
Normas do Ministério da Aeronáutica:
• Devem ser de fácil acesso aos comissários (galleys).
• Estojo à prova de umidade e poeira.
• Conter todos itens necessários (lista).
• Obrigatório a bordo da Aeronave
É importante que o kit contenha todos os itens da lista, pois em uma próxima emergência poderá faltar algum
recurso e prejudicar o atendimento.
Equipamentos:
• Estetoscópio
• Esfigmomanômetro
• Cânulas orofaríngeas (3 tamanhos)
• Seringas
• Agulhas
• Cateteres endovenosos
• Lenços antissépticos
• Luvas descartáveis
• Caixa para descarte de agulhas
• Cateter urinário
• Sistema de administração de fluídos endovenosos
• Torniquete
• Gaze
• Fita adesiva
• Máscara cirúrgica
• Cateter traqueal de emergência
• Clamp umbilical
• Termômetro
• Cartão de SBV
• Lanterna e bateria
Medicações:
• Epinefrina
• Anti-histamínico
• Dextrose 50%
• Capsulas de Nitroglicerina ou spray
• Analgésicos potentes
• Sedativos
• Anticonvulsivantes
• Antiemético
• Broncodilatador
• Atropina
• Adrenocorticoesteróide
• Diurético
• Medicação para sangramento pós-parto
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• Cloreto de Sódio 0,9%
• Ácido Acetilsalicílico
• Betabloqueador oral
Aplicabilidade: Comissários.
Controle do Kit: A bordo no local correto, contendo todos os itens, prazo de validade, fechado e lacrado.
Conteúdo:A lista está na parte externa do Kit.
• Devem ser de fácil acesso aos comissários (galleys).
• Estojo à prova de umidade e poeira.
• Conter todos itens necessários (lista).
• Obrigatório a bordo da Aeronave
As medicações sugeridas a seguir podem ser incluídas nos kits de primeiros socorros quando permitido pelos
regulamentos nacionais.
• Analgésico de ação leve a moderada
• Antieméticos
• Descongestionante nasal
• Colírio
• Antiácido
• Anti-histamínico
Obs: induzir o passageiro a pedir pelo nome comercial (ex: aspirina, tylenol)
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Quantidade de Kits:
Tabela 1: Kits de primeiros socorros disponíveis de acordo com a quantidade de assentos da aeronave
Assentos Conjuntos
0 a 100 1
101 a 200 2
201 a 300 3
301 a 400 4
401 a 500 5
Acima de 500 6
Fonte: Disponível em:RBAC 121 e 309 Biblioteca ANAC- Acesso em 11/02/2019
1.5.3 Sistema Portátil de O2 Finalidade.
Finalidade:
Suprimento de O2 (enxaquecas, náuseas,etc.).
A localização e o número de cilindros estão de acordo com o tipo e a configuração da aeronave.
Componentes:
• Cilindro de aço de 311 litros e saídas de 02 e 04 l/min
• Máscara oro nasal
• Manômetro de pressão
• Válvula reguladora de fluxo: Hi/Lo (localizada na lateral do cilindro).
Cheque Pré-voo:
• Fixação (suportes).
• Máscara (lacrada) e prazo de validade
• Manômetro (faixa verde).
• Verificar a posição do ponteiro no manômetro. (O primeiro traço acima do zero, a utilização deve
ser interrompida).
• Verificar se a válvula de abertura do cilindro está em off.
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Cheque Pré-voo: Verificar se o compartimento está corretamente fechado.
C - Circulation (circulação)
A - Air (vias aéreas)
B - Breathing(Respiração)
O tipo de atendimento que iremos prestar é o chamado APH (Atendimento pré-hospitalar), ou seja, o
atendimento desde que encontramos a vítima até o transporte para o hospital e muitas vezes teremos que
manter suas funções vitais e prevenir complicações. Trata-se de um atendimento limitado. Neste tipo de
atendimento devemos verificar:
1. Circulação
2. Vias aéreas
3. Respiração
4. Hemorragia
5. Choque
6. Lesões de crânio e de coluna vertebral
7. Ferimentos abertos de tórax
8. Ferimentos abertos de abdômen
9. Grande queimado
10. Lesões osteo-articulares (luxações, entorses e fraturas).
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Devemos seguir o fluxograma de avaliação primária e secundária no atendimento a uma vítima.
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Avaliação dos sinais vitais
Os dados vitais são sinais que permitem uma avaliação rápida da condição cardiocirculatória e respiratória
do indivíduo.
Devemos avaliar:
• Frequência cardíaca (FC): é verificada com as polpas digitais do segundo e terceiro dedos da mão. O ritmo
pode ser regular (rítmico) ou irregular (arrítmico) e a intensidade pulso cheio (normal) ou pulso fino
(filiforme, no caso de choque). As principais artérias para sentir a pulsação são: Artéria carótida (pescoço),
artéria braquial em bebês (próximo a axila), artéria radial (próximo ao punho), artéria femoral (próximo a
virilha), artéria poplítea (atrás do joelho), artérias pediosas (parte superior do pé), tibial posterior (abaixo
do tornozelo).
• Frequência respiratória (FR): é verificada pela observação dos movimentos respiratórios. Verificamos
ainda o ritmo se está regular (normal) e a profundidade (normal, superficial ou profunda e se ocorre
a dispneia).
• Pressão arterial (PA): Sistólica (máxima) e diastólica (mínima). Em um adulto jovem é em torno de
120X80 MmHg.
• Temperatura: Pode-se avaliar de forma subjetiva, porém é uma avaliação imprecisa, o ideal é utilizarmos
um termômetro. O centro de controle da temperatura é o hipotálamo. Quando a temperatura corporal
sobe acima de 41ºC, o parênquima de muitas células, começam a serem danificados. Quando a
temperatura sobe acima de 43,3ºC, a pessoa só tem algumas horas de vida, a menos que sua temperatura
seja rapidamente trazida de volta a faixa normal, seja pelo banho com agua fria ou através de
medicamentos. A hipotermia também pode levar o indivíduo a óbito. Uma pessoa exposta a água gelada
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por cerca de 20 a 30 minutos geralmente morre em virtude de parada ou fibrilação cardíaca, senão for
logo tratada.
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Avaliação das pupilas:
As pupilas podem adotar variados condições de acordo com o que está acontecendo com a vítima.
• Pupilas isocóricas: de tamanhos iguais e indica uma condição normal.
• Pupilas anisocóricas: de tamanhos diferentes e indica trauma em um dos hemisférios do cérebro (lesão
cortical)
• Pupilas em midríase: Dilatadas e indica lesão do tronco encefálico, uso de drogas como atropina,
abuso de substâncias como cocaína, LSD, álcool etc.
• Pupilas em miose/ puntiforme: apresenta diâmetro diminuído e indica sedação, coma ou óbito.
Figura 9: Avaliação das pupilas
Avaliação da Pele
• Vermelho cereja: Envenenamento por monóxido de carbono
• Branca (pálida): Choque, ataque cardíaco, susto, anemia, desmaio ou angústia emocional
• Azulada (cianótica): asfixia, hipóxia, envenenamento, parada cardíaca
• Amarela (ictérica): Doença hepática
• Preta ou azulada: Hematoma, equimose, infiltração de sangue sob a superfície da pele.
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A obstrução das vias aéreas pode ocorrer de 2 formas:
• O.V.A.C.E leve:
• Fala
• Tosse
• Respira
• O.V.A.C.E grave:
• Não fala
• Não tosse
• Não respira
• Apresenta o sinal universal da asfixia.
2.2.2 Conduta:
Depois de identificado o tipo de obstrução, devemos realizar a conduta correta.
• Obstrução leve:
• Estimular a tosse pedindo para a pessoa continuar a tossir, até que pare totalmente a tosse.
Obs: Não deixar a vítima sozinha, espere até que pare de tossir. Não dê tapas nas costas ou vire de cabeça
para baixo, isso pode levar a uma obstrução grave.
• Obstrução grave:
• Realizar a manobra de desobstrução: (Heimlich)
Bebês (0 a 1 ano):
• Decúbito ventral, apoiado sobre o antebraço, cabeça em plano mais baixo que o corpo e apoiada na
mão do socorrista.
• Batidas firmes entre as escapulas (mão em posição de concha). Realizar a manobra 5 vezes.
• Virar o bebê em decúbito dorsal, cabeça em plano mais baixo que o corpo e realizar com as pontas
dos dedos indicador e médio ou médio e anular 5 compressões no centro do tórax, na linha
intermamilar.
• Verificar se o corpo estranho sai pela boca ou realizar a inspeção abrindo a boca do bebê e fazer uma
varredura de um lado para o outro e para fora. Após a desobstrução colocar a vítima de lado (em
posição de descanso no antebraço).
• Verificar os sinais vitais.
• Caso não desobstrua, inicie a RCP.
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Crianças e Adultos: (acima de 1 ano):
Realizar a manobra de Heimlich/ Manobra de desobstrução:
Vítima em ortostatismo:
• Socorrista atrás da vítima, com o seu quadril de lado, apoiado na região glútea da vítima, os pés entre
as pernas da vítima, mão fechada (em copinho) na região epigástrica a outra mão por cima desta.
• Realizar a manobra em forma de “J” 5 vezes.
• Não adiantando repita novamente.
Vítima inconsciente:
• Vítima em DDH, mãos posicionadas no centro do tórax, na linha intermamilar, realizar 5 compressões
no tórax
• Realizar a varredura de um lado para o outro e para cima.
• Não adiantando repita a manobra.
• Verifique os sinais vitais
• Inicie a RCP se necessário.
• Em último caso a traqueostomia deve ser feita por um médico.
Podemos ainda, quando estivermos sozinhos e sufocando, copiar a Manobra de Heimlich ou com uma
cadeira no esterno próximo ao processo xifoide conforme ilustração abaixo:
Figura 13: Manobra de Desobstrução (Heimlich) para quem está sozinha em um ambiente.
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Fonte: Disponível em:http://fabianascaranzi.com.br/manobra-de-heimlich-aprenda-como-ajudar-uma-pessoa-engasgada/ -
Acesso em 11/02/2019
Sinais:
• Obstrução ou oclusão da hipofaringe parcial ou total
• Secreção
• Vômitos
• Regurgitação do conteúdo gástrico
• Corpos estranhos
• Edema
• Base da língua relaxada
Conduta:
As primeiras medidas podem ser destinadas a desobstruir as vias aéreas, manter a ventilação e oxigenação
artificial, remover os fatores que causam distúrbios nas funções do sistema nervoso central e
cardiocirculatório.
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Fonte: Disponível em:http://luizamarques2015.blogspot.com/2012/04/manobra-triplice-e-manobra-triplice.html - Acesso em
11/02/2019
Verifique se a vítima precisa de suporte ventilatório. Mantenha a extensão da cabeça e utilize uma máscara
oro-nasal, colocando-a sob o nariz e a boca da vítima. Segure a ponta da máscara com a borda da mão que
eleva a cabeça e a base da máscara com o polegar, que fez o afastamento do queixo.
Suporte ventilatório:
A ventilação artificial pode ser feita de várias formas:
• Boca máscara boca
• Ambu
• Máscara facial
• Tubo endotraqueal
• Traqueostomia
No início a respiração artificial deve ser realizada de forma mais rápida, para a remoção do excesso de CO².
Em seguida, mantem-se uma frequência de cerca de 10 insuflações em cada minuto. Caso não haja respiração
espontânea após as insuflações ou ventilações iniciais, na presença de pulso, continue com o ciclo até o
retorno da respiração ou na sequência da parada cardíaca, caso ocorra iniciar a RCP.
Vejamos a seguir alguns exemplos:
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Bebês, crianças e adultos
Figura 15: Suporte ventilatório em Recém-nascidos, bebês e crianças.
Algumas vezes, a simples execução das manobras descritas para tornar permeáveis as vias aéreas é suficiente
para prevenir ou mesmo tratar a parada respiratória e reestabelecer os parâmetros de ventilação e
oxigenação. Portanto, o ar expirado pelo socorristaé suficiente para a vítima.
Diagnóstico:
O diagnóstico deve ser realizado dentro de 4 minutos. Transcorrido este tempo a possibilidade de
recuperação tornam-se escassas e geralmente acompanha lesões irreversíveis no sistema nervoso central.
Conduta:
Ressuscitação cardiopulmonar
São as manobras realizadas para reanimar o indivíduo em parada cardiorrespiratória. Depois de identificada
a PCR, inicie o quanto antes a RCP e não esqueça que o socorro eficiente ocorre antes do 4º minuto após a
PCR.
Compressão:
Adultos: mãos sobrepostas no centro da linha intermamilar (tórax: 5-6 cm)
Crianças: (1 a 8 anos): uma das mãos, no centro da linha intermamilar (tórax: 3-4 cm)
Bebês (0 a 1 ano): 2 dedos (indicador e médio) logo abaixo da região intermamilar(tórax 1-2 cm)
• Realizar 30 compressões x 2 ventilações, ou um ritmo de 100 a 120 compressões no minuto para adultos.
• Realizar 30 compressões X 2 ventilações em crianças, bebês e RN com 1 socorrista ou 15 compressões X
2 ventilações, com 2 socorristas.
Reavaliar a cada 2 minutos.
Após identificar a PCR, solicitar o DEA e instalar no tórax da vítima. Ele irá analisar o ritmo cardíaco e
informará se será necessário aplicar o choque ou continuar com as compressões reavaliando de 2 em 2
minutos.
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O posicionamento das pás, se dá conforme a classificação de adultos, crianças e bebês. Mesmo que você
esqueça o posicionamento, as pás contêm desenhos para que você se guie e as coloque em local correto. As
pás do desfibrilador deverão ser colocadas sobre a pele e não sobre a roupa. A presença de pelos
ou tórax molhado farão com que as pás não grudem adequadamente, sendo necessário a tricotomia e/ou
secagem do tórax.
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Curso Semipresencial
Comissário de Voo
Aula 02
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.4.1.2 Síndrome da Hipertensão Intracraniana
Ocorre porque a caixa craniana não se expande e pelo aumento do volume junto ao cérebro tem-se o
aumento da pressão intracraniana. Diversas são as causas:
• Infecções e inflamações do sistema nervoso central
• Tumores cerebrais benignos ou malignos (contraindicação do voo. Somente irá voar com autorização do
médico)
• Abcessos
• Aneurismas
• AVCH/ I
Sinais e sintomas:
• Cefaleia intensa
• Vômito em jato
• Visão turva
Conduta:
• Repouso absoluto
• Avisar o comandante
• Solicitar médico a bordo
Tipos:
AVE Hemorrágico: Ocorre o rompimento de alguma artéria.
AVE Isquêmico: Ocorre aobstrução da artéria por algum trombo ou êmbolo.
Sinais e Sintomas:
• Hemiparesia
• Hipotonia
• Dor de cabeça
• Confusão súbita
• Dificuldade repentina para falar ou entender
• Dificuldade para ver (1 ou 2 olhos)
• Tontura
• Dificuldade para caminhar
• Perda do equilíbrio e coordenação
• Pupilas anisocóricas.
Causas:
• Hipertensão arterial
• Cardiopatia
• Colesterol elevado (LDL)
• Fumo
• Álcool em excesso
• Diabetes
• Idade
• Sexo (+ homens, até 51 anos)
• Raça
• Hereditariedade
• Obesidade
• Sedentarismo
Tratamento:
A vítima deve ser levada o mais rápido possível para o hospital. O atendimento deve ser feito antes de 3
horas do ocorrido.
• Procurar auxílio médico imediato
• Deixar a vítima em repouso
• Oxigênio
• Em caso de convulsão, lateralizar a vítima
• Monitorar a vítima até a chegada do suporte avançado.
3.6 Convulsão.
3.6.1
É a alteração da atividade cerebral devido a descargas elétricas cerebrais desordenadas.
Sinais e Sintomas:
As crises tônico-clônicas ou grande mal duram de 1 a 3 minutos, desencadeando os seguintes sintomas:
• Perda da consciência
• Grito epilético
• Contrações musculares por todo o corpo (tônico clônicas)
• Olhar vago
• Sialorréia
• Descontrole esfincteriano urinário, sendo o fecal raro.
• Sudorese
• Midríase
• Cianose
Pequeno Mal
Ocorre em crianças, onde há a ausência ou perda fugaz da consciência que dura apenas alguns segundos.
3.6.3 Tratamento:
• Proteger a vítima contra injúria física
• Não conter a vítima e proteger a sua cabeça
• Afrouxar as vestes
• Comunicar o comandante
• Solicitar médico a bordo
Fase de relaxamento:
• Colocar a vítima em posição de recuperação (DL)
• Limpeza com gaze
• Oxigênio s/n
• Proteger a vítima de curiosos
• Avaliação dos sinais vitais
Obs: não colocar os dedos ou lenços entre os dentes ou qualquer outro objeto, pois você poderá se
machucar e machucar a vítima, piorando ainda mais o quadro clinico.
• NÃO se deve jogar água ou sacudir a vítima tentando acordá-la.
• A Epilepsia não é contagiosa, mais podem ocorrer lesões com sangramento, portanto utilize luvas
para a sua proteção
• Jamais deixe a vítima sozinha.
3.6 Alcoolismo
É considerada como uma doença que causa dependência e tolerância ao álcool.
Aumento dos sinais vitais: Dilatação pupilar, Sudorese. Pode estar presente ainda: Alucinações visuais, táteis,
olfativas e auditivas, incoordenação motora, convulsão.
Tratamento:
• Suspender imediatamente o consumo de álcool a bordo
• Abordar a pessoa com respeito, de modo seguro e coerente (sem julgar ou atribuir conceitos morais).
Lembre-se de que existem pessoas com problemas psíquicos ou psiquiátricos.
• Manter a vítima sentada com a poltrona reclinada
• Oferecer café doce e forte
• Se a vítima dormir, lateralize a cabeça para evitar a asfixia se a pessoa vomitar.
• Comunicar o comandante e solicitar médico a bordo
• Se inconsciente, o médico deverá aplicar Glicose E.V.
A melhor opção será a profilaxia, reduzindo o consumo de bebidas a bordo. Os efeitos do álcool em voo, são
de 2 a 3 vezes potencializados.
Tratamento:
• Convocar médico a bordo
• Agasalhar a vítima
• Se consciente, oferecer líquido bem açucarado. A reversão do quadro se faz quase que de imediato.
Hiperglicemia:é o aumento de açúcar (glicose) no sangue. Normalmente causada por falta de insulina.
Frequentemente o passageiro que sofre deste mal possui a medicação específica, seja ela um comprimido
hipoglicemiante ou insulina, cabendo ao comissário auxiliá-lo na automedicação.
Diabetes Mellitus: é uma doença metabólica caracterizada pelo acumulo de glicose no sangue.
Tipos:
• I – Autoimune
• II – Hereditário
Sintomas:
• Polifagia (muita fome)
• Polidpsia (muita sede)
• Polúria (vai ao banheiro várias vezes urinar)
Secundários:
• Perda de peso
• Náuseas
• Desidratação
• Vômitos
• Hálito cetônico
Complicações:
• Fase inicial: Alterações cutâneas como pruridos, furúnculos, infecções bacterianas ou fúngicas,
tuberculose pulmonar, alterações dos vasos dos pés.
• Fase Aguda: coma diabético, desidratação, cetoacidose, hipotermia, hiperpnéia, inconsciência.
• Fase crônica: Formação precoce de catarata, afecções de retina etc.
Tratamento:
• Suspender a alimentação a bordo
• Convocar médico a bordo
• Dar água em grande quantidade
• Medicação de acordo com a prescrição médica.
Obs: Sempre é importante colher informações com a vítima ou acompanhantes pois estes sinais podem ser
confundidos com os de hiperglicemia.
Sinais e sintomas:
• Fezes amolecidas e fétidas
• Aumento do número das evacuações
• Cólicas abdominais
• Ruídos intestinais
• Sede
• Inapetência
• Náuseas e vômitos
Complicação:
Desidratação
Tratamento:
• Hidratação - aumentar a ingestão líquida
• Repouso
Obs: NÃO administrar medicações que cortam a diarreia. Não é necessário suspender a alimentação, apenas
evitar alimentos condimentados e gordurosos.
Obs: Na ocorrência de um quadro de intoxicação alimentar a bordo causada pela ingestão da refeição
oferecida aos passageiros, esta deverá ser imediatamente suspensa.
Curso Semipresencial
Comissário de Voo
Aula 03
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.10.1 Náusea, vômito, azia e cólicas.
Náusea: É o desconforto no estomago com uma vontade urgente de vomitar. É também uma defesa do
organismo contra certas substâncias nocivas a ele.
Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. É uma resposta desagradável a algum problema.
Azia: É a sensação de queimação que tem início na parte posterior do esterno que se propaga em ondas até
a faringe, ocorre acompanhada de eructação, acidez e aumento da salivação.
Cólicas: é uma dor intensa que provoca espasmos musculares repetidos na região do abdômen que podem
variar de intensidade.
Causas:
• Doenças do labirinto
• Gravidez
• Vertigem
• Movimento de barcos e carros
• Aero cinetose
• Ansiedade
• Tonturas
• Enxaquecas
• Intoxicação
• Obstrução intestinal
• Traumatismo cranioencefálico
• Alcoolismo
• Bulimia nervosa
• Refluxo gastroesofágico
• Inflamação no esôfago
• Alimentação inadequada
• Excessivo consumo de frutas cítricas
• Fumo
• Álcool
• Cólica menstrual
• Cólica renal
• Cólica intestinal
Tratamento:
• Antiemético (náuseas e vômitos)
• Antiácido (azia)
• Mudanças nos hábitos alimentares
• Antiespasmódico (cólicas)
3.11 Doenças alérgicas
Asma:
Doença pulmonar que se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, estreitando-as e dificultando a
passagem do ar. São episódios paroxísticos e reversíveis.
Sinais e sintomas:
• Tosse
• Dispneia expiratória
• Chiado no peito (sibilos)
• Dor ou aperto no peito
Causas:
• Processos alérgicos (poeira, pólen, fumo, odores fortes, frio, umidade, fungos etc).
• Pré-disposição
• Fator psicogênico (contraindicação relativa ao voo)
Tratamento:
• Vítima em decúbito elevado
• Prevenção de exposição aos fatores de risco (ambiente)
• Broncodilatador
• Bombinhas
• Aerossóis
• Hidratação
• Oxigênio s/n
Etiologia:
Choque anafilático.
É uma reação alérgica grave que surge em segundos ou poucos minutos, após contato com alguma
substância. Ocorre uma hipersensibilidade na qual são produzidos anticorpos de reação rápida contra o
agente agressor (Antígeno), medicamento, picada de inseto, alimentos como peixe, camarão.
Sinais e sintomas:
• Dificuldade respiratória
• Edema de Glote
• Náuseas e vômitos
• Coceira
• Taquicardia
• Sudorese intensa
• Tontura
• Confusão mental
• Desmaio
Tratamento:
Deve ser realizado o mais rápido possível com uma injeção de adrenalina, que somente o médico pode
aplicar.
• Manter a vítima em repouso
• Oxigenioterapia
Choque Hipovolêmico:
Ocorre devido à perda de 20% ou mais de volume sanguíneo.
Sinais e sintomas:
• Dor de cabeça constante que piora
• Cansaço excessivo e tontura
• Náuseas e vômito
• Pela pálida e fria
• Confusão
• Cianose periférica e central
• Sensação de desmaio
Tratamento:
• Atendimento médico imediato
• Colocar a pessoa em DDH com as pernas elevadas 30cm
• Aquecer a vítima
Sinais e sintomas:
• Taquipnéia
• Taquicardia
• Desmaio
• Pulso fraco
• Sudorese abundante
• Pele pálida, úmida e pegajosa
• Extremidades frias
• Diminuição da quantidade de urina
Tratamento:
• Convocar médico a bordo
• Vítima em DDH
• Oxigenioterapia
• Medicamentos específicos administrados pelo médico
• Inicie a RCP se necessário
Choque Septicêmico: é uma infecção generalizada que acontece quando uma bactéria, fungos ou vírus
chegam a corrente sanguínea.
Sinais e sintomas:
• Hipotensão
• Hipóxia
• Febre
• Dispneia
• Oligúria
• Edema
• Inconsciência
• Confusão mental
• Tontura
• Fadiga
• Calafrio
• Vômito
Tratamento:
• Manter a vítima em repouso
• Solicitar médico a bordo
• Oxigenoterapia
• Medicamentos específicos
Choque Neurogênico: De origem neurológica (TCE). Ocorre quando há uma falha de comunicação entre o
cérebro e o corpo, fazendo com que os vasos sanguíneos, percam tônus e se dilatem, dificultando a circulação
do sangue. Esse tipo de choque é comum na aviação e por quedas.
Sinais e sintomas:
• Hipotensão
• Bradicardia
• Hipotermia
• Taquipneia
• Pele fria e azulada
• Tonturas
• Sensação de desmaio
• Sudorese abundante
• Dor no peito
Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Imobilização
• Estabilização dos sinais vitais
• Oxigenioterapia s/n
• Soro E.V
• Medicamentos específicos administrados pelo médico.
Profilaxia:
• Evitar exposição prolongada ao sol
• Banhar-se periodicamente
• Hidratação
Intermação: Ocorre quando o indivíduo permanece em lugares fechados e pouco ventilados, prejudicando a
troca de temperatura corporal, superaquecendo o organismo.
Fatores Predisponentes:
• Umidade
• Ventilação
• Condicionamento Físico (obeso)
• Atividade Física excessiva
• Alimentação em excesso
• Roupas escuras
• Intoxicação (álcool e fumo)
Sinais e sintomas:
• Hipertermia
• Cefaleia
• Rubor na face
• Dores abdominais
• Náuseas e vômitos
• Palidez e tontura
• Desmaio (pode ocorrer subitamente)
• Bradipneia
• Pulso rápido
Tratamento:
• Retirar a vítima do local e levá-la para outro mais arejado
• Ventilar a vítima
• Afrouxar as vestes
• Afastar os curiosos
• Compressas frias
• Dar banhos com água em temperatura normal.
• Hidratação
• Oxigenioterapia s/n
• Antitérmicos
Temperatura
É o equilíbrio mantido entre a produção e perda de calor do organismo. É a quantidade de calor que o corpo
possui. O centro de controle da temperatura fica no hipotálamo.
Causas:
• Imersão em água fria
• Contato direto com gelo e neve
• Medicação sedativa (depressoras do SNC)
• Álcool
• Lesão do Sistema Nervoso Termorregulador (vasoconstrição)
• Exposição a temperaturas baixas, vento, umidade e chuva.
Sinais e sintomas:
• Leve (35 a 33ºC): Sensação de frio, tremor, letargia, espasmos, cianose de extremidades, confusão
mental.
• Moderada (33 a 30º): Sonolência, desaparecem os tremores, prostração, euforia, depressão.
• Grave (menos de 30º): Inconsciência e imobilidade.
Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Promover o aquecimento passivo externo
• Hidratação
• Oxigenioterapia s/n
• RCP s/n
Hipertermia.
É o aumento da temperatura corporal que pode trazer riscos para o organismo: febre acima de 40ºC
(convulsão).
Causas:
• Insolação
• Infecção viral
• Convulsão
• Lesão Cerebral Hipóxica (alteração do centro termorregulador)
Sinais e sintomas:
• Hipertermia
• Sudorese
• Desidratação
• Confusão mental
• Convulsão
• Agitação e hiperatividade muscular
• Calafrios
Tratamento:
• Solicitar médico a bordo
• Hidratação
• Promover o resfriamento da vítima
• Manter a vítima em ambiente fresco (ventilar)
• Antitérmicos
• Repouso
• Monitorar a Temperatura
3.13 Envenenamento
Intoxicação.
É causada pela ingestão, inalação, inoculação ou contato cutâneo de substâncias que desencadeiam
respostas orgânicas de intolerância geralmente de caráter alérgico ou anafilático. Podem ser acidentais ou
não. Nos casos de ingestão ou absorção dos tóxicos, os primeiros socorros deverão ser aplicados
imediatamente, antes que ocorra absorção em maior quantidade. Isto deverá acontecer entre 2 a 4 horas
após a ingestão.
Ingeridos:
• Entorpecentes e medicamentos (barbitúricos)
• Produtos de limpeza e produtos químicos
• Alimentos contaminados
Sinais e sintomas:
Ingestão:
• Lesões na boca
• Hálito diferente
• Transpiração abundante
• Dor ao deglutir
• Dor abdominal
• Náuseas e vômitos
• Diarreia
• Alteração no nível de consciência
• Convulsão
• Alteração pupilar (diâmetro da pupila)
• Alteração na frequência cardíaca
• Alteração na frequência respiratória
• Manchas na pele
Inalados:
• Gases
Sinais e sintomas.
• Tosse produtiva
• Irritação traqueal
• Dor na inspiração
• Catarro escurecido
• Cefaleia
• Lábios vermelho cereja
• Náuseas e vômitos
• Vertigens
• Desmaio
• Alteração dos sinais vitais
• Insuficiência respiratória
Cuidados:
• Reconhecimento da situação como um todo - exame do local.
• Identificar situação de risco.
• Verificar se há sinais de drogas ou venenos e tentar identificá-los.
Se vítima consciente: o que foi utilizado? Tipo de medicamento? Como foi aplicado? Quantidade? Tempo
decorrido da aplicação? Tentativa de suicídio?
Tratamento geral:
• Solicitar médico a bordo
• Atentar para segurança do socorrista
• Evitar contaminação
• Retirar a vítima da situação de risco
• Desobstruir vias aéreas superiores
• RCP s/n
• Avaliar sinais vitais
• Afrouxar vestes
• Manter a vítima sob supervisão
• Lavagem gástrica no hospital com antidoto especifico para neutralizar o tóxico s/n
• Intoxicação por Monóxido de Carbono deve-se levar o passageiro ao ar livre e ministrar oxigênio
100%
• Intoxicação por Cloro deve-se levar a vítima ao ar livre e repouso absoluto
• Intoxicação por Anidro Sulfuroso deve-se levar a vítima ao ar livre e encaminhar para o hospital o
mais rápido possível.
Ingestão barbitúrica
• Indução ao vômito (somente em vítimas conscientes)
• A ingestão deve ter ocorrido há no máximo 2 horas
• Guardar pequena amostra do conteúdo eliminado
Inalação de gases:
• Retirada da vítima do ambiente de risco
• Administrar oxigênio na presença de dificuldade respiratória.
• A administração de leite, embora um pouco controversa, é empregada em casos de inalação de
fumaça (monóxido de carbono) e tem como finalidade a proteção da mucosa gástrica.
Via dérmica:
Lavar com água a região afetada por 15 minutos
Via ocular:
Lavar com água abundante e fazer um curativo oclusivo (umedecido com soro fisiológico).
Curso Semipresencial
Comissário de Voo
Aula 04
Primeiros Socorros na Aviação Civil
3.14 Urgências Obstétricas
Terminologia:
• Gestante - mulher grávida.
• Parturiente - mulher em trabalho de parto.
• Puérpera - mulher após o parto e durante o primeiro mês.
• Embrião - concepto até 2º mês de vida intrauterina.
• Feto - concepto a partir do 3º mês até o nascimento.
• Recém-nascido (RN) - concepto após o nascimento e durante o primeiro mês de vida.
• Aborto - expulsão do concepto (feto e anexos) até 22ª semana de gestação.
• Parto - expulsão do feto e anexos a partir da 22ª semana de gestação.
Estruturas:
• Membrana amniótica - membrana que envolve o concepto (feto e anexos).
• Líquido amniótico - meio onde se encontra o feto e o cordão umbilical. Possui função de proteção
mecânica. Características: branco- pérola.
• Placenta - estrutura responsável pelas trocas materno-fetais. Apresenta-se aderida ao útero e liga-
se ao feto pelo cordão umbilical.
• Cordão umbilical - une o feto à placenta. Mede aproximadamente 70cm.
• Características: Geleia de Warthon, possui 2 artérias e 1 veia.
• Feto - Características ao nascer:
• Comprimento - 50 cm (variação média de 2cm)
• Peso - 3,7 Kg (variação média de 0,2 Kg)
• Frequência cardíaca - 140 bpm
• Vernixcaseoso– substância sebácea que envolve o RN e auxilia na manutenção da temperatura
corpórea.
Parto
3.14.2 Sinais indicativos
• Perdas vaginais como saída do tampão
• Presença de sangue devido a dilatação do colo do útero
• Líquido amniótico (ruptura da bolsa)
• Contração uterina;
• Cólicas no baixo ventre, característica do período de dilatação, dolorosas e rítmicas (em torno de 4
a 5 a cada 10 minutos.
• Quando a dilatação do colo uterino estiver em 10cm e houver a apresentação cefálica, o parto
precederá.
A posição do feto dentro do útero recebe o nome de apresentação. Algumas posições não favorecem o parto
normal.
Apresentação:
• Cefálica - é a mais comum, ideal para o parto normal.
• Pélvica - de nádegas.
• Transversa
No parto
• Posicionar a parturiente (posição obstétrica).
• Tenha todo o material necessário ao parto do seu lado e a comissária para auxiliar
• Duas comissárias deverão realizar o parto caso não haja médico a bordo
• Manter a privacidade da parturiente.
• Remover roupa íntima.
• Lavar as mãos.
• Calçar luvas.
• Lavar com água e sabão a região externa da vulva.
• Fazer antissepsia.
• Verificar circular de cordão
• Após a expulsão do feto colocar o clamp umbilical.
Dequitação ou Secundamento:
É a saída da placenta e anexos. Deve ser espontânea e nunca deve ser tracionada. O tempo normal para que
ocorra a dequitação é de 15-20 minutos.
Decorrido este período e não acontecendo sua saída, comunicar o superior e manter a puérpera sob
vigilância. A massagem abdominal auxiliana contração uterina e consequente saída da placenta.
Guardar a placenta e anexos em um saco plástico pois, deverá ser encaminhada para exame clínico junto
com a puérpera e o RN para o hospital.
4.2 Queimaduras.
Queimaduras são lesões da pele provocadas por algum agente.
• Calor, frio (agentes físicos)
• Radiação (raios solares e substâncias radioativas)
• Produtos químicos
• Certos animais e vegetais, que causam dores fortes e podem levar a infecções.
As queimaduras podem trazer complicações como a perda de eletrólitos (choque até a morte) e infecções.
Pode evoluir para processos severos como perda da visão, obstrução das vias aéreas, insuficiência
respiratória, parada cardiorrespiratória e desgaste emocional.
Pescoço 1%
Posterior de tronco 18%
Genitais - Períneo 1%
Os potós são besouros que podem ser confundidos com formigas, mas devemos tomar muito cuidado com
eles pois, apesar de serem pequenos podem provocar queimaduras de 2º grau do tipo química com
propriedades tóxicas e vesicantes. Podem ser atraídos pelo calor e procuram geralmente as dobras do nosso
corpo.
Tratamento: lavar com água e sabão o local onde o potó passou, pois, a água dilui a substância amenizando
a lesão.
Lagartas:
Figura 31:Lagarta Lonomia Obliqua
Comuns no Brasil, as lagartas podem causar inflamação, queimaduras na pele e ainda podem ocasionar
problemas mais sérios como quadro hemorrágico, falência renal e morte. Essas lagartas possuem estruturas
externas lembrando pinheiros e pelos, que soltam toxinas que causam as feridas na pele.
Tratamento:
Encaminhar a vítima para o hospital imediatamente e se possível levar um pedaço da planta. Utilizar luvas
para mexer com tais plantas tóxicas, não ter contato com a seiva e muitas vezes com toda a planta.
Sinais e sintomas:
• Dor local
• Sensações de “agulhadas” no local
• Formigamento/parestesia (lesão nervosa)
• Edema
• Dor abdominal
• Náuseas
• Vômitos
• Ansiedade
• Hemorragias
Prevenção:
• Uso do EPI- equipamento de proteção individual (botas de cano alto, luvas de courocom mangas de
proteção)
• Limpeza da área (evitar ratos)
• Sempre que for mexer em buracos, usar um galho ou graveto
• Os vãos das portas e janelas devem ser tampados
• Nunca segurar as serpentes pela mão
Aranhas:
Sintomas:
• Dor intensa
• Inchaço
• Vermelhidão
• Sudorese
Tratamento:
• Deitar a vítima e mantê-la em repouso absoluto
• Não fazer torniquetes, furar o local ou aplicar remédios caseiros
• Proteger a lesão com gaze seca
• Retirar objetos que limitem a circulação (adornos)
• Transportar o acidentado imediatamente para um hospital
• Se possível, apanhar o inseto para agilizar o tratamento
• Soro anti-aracnídico, com orientação médica.
Escorpiões:
Tipos:
• Marrom
• Stigmutus
• Preto
• Amarelo
Prevenção:
• Limpeza do local
• Evitar acúmulo de objetos
• Vedar as janelas e portas
• Verificar os sapatos e roupas antes do uso
• Roupas coloridas e muito barulho atraem e excitam os insetos
• Proteja as partes descobertas do corpo em caso de ataque
• Uso do EPI
Abelhas e vespas:
A manifestação depende da sensibilidade do indivíduo e do número de picadas.
As abelhas podem ferroar somente uma vez, enquanto as vespas, várias vezes.
Sinais e sintomas:
• Edema de glote
• Broncoespasmo
• Choque anafilático
Tratamento:
• Retirar o ferrão
• Pressionar as bordas
• Aplicar gelo
• Procurar auxílio médico
Nunca alimente ou se aproxime de animais silvestres (foca, ursos, leão-marinho, tigre, leopardos,
macacos,skuas, gaivotas,etc). Em caso de mordida, lave o local da mordida com água e sabão, se necessário
realize a hemostasia e encaminhe para o atendimento médico.
Tratamento:
• Não tente remover os tentáculos que estão grudados na pele;
• Use vinagre ou água salina para lavar os ferrões grudados (a água fresca pode ativar os tentáculos
para que ocorra a queimadura)
• Manter a vítima confortável e aquecida;
• Usar Amido, coco ou Amônia
• Procure socorro se necessário.
Mordida de seres humanos
A mordida dos seres humanos pode ocasionar infecções, por vezes as mordidas podem transmitir doenças
como por exemplo a hepatite.
Sintomas:
• Dor no local da lesão
• Marcas na pele
• Rubor
• Edema
Tratamento:
• Limpar a lesão
• Antibiótico
• Encaminhar para o hospital
Ouriço-do-mar:
Sintomas:
• Dor local
• Inflamação local
• Dores musculares
• Dores articulares
• Erupções Cutâneas
Tratamento:
• Retirar os espinhos imediatamente
• Utilizar vinagre para dissolver os espinhos superficiais
• Cirurgia caso haja espinhos incrustados
• Água quente para alivio da dor.
Carrapato:
A maioria das picadas de carrapatos não transmite doenças, porém podem manifestar algumas alterações.
Sintomas:
• Coceira
• Caroço vermelho
• Reações cutâneas alérgicas
• Fraqueza
• Paralisia
• Cansaço
• Inquietação
• Inflamação
Tratamento:
• Retirada do carrapato
• Oxigenioterapia s/n
• Ventilação mecânica
• Aplicar antisséptico
• Antibiótico (Doença de Lyme)
• Profilaxia
Arraia:
Sintomas:
• Sangramento
• Dor intensa
• Inflamação
• Vômito
• Diarreia
• Sudorese
• Desmaio
• Fraqueza
• Enjoo
Tratamento:
• Limpeza da área lesionada com água salgada
• Encaminhar para o médico
• Vacina Antitetânica
• Elevação da perna ou braço acometido por dias
• Antibiótico
• Cirurgia se necessário
Piranhas:
Após a mordida por piranhas deve-se levar a vítima para o hospital pois a sua mordida pode causar tétano e
infecção.
Sintomas:
• Dor no local
• Decepamento do membro
• Hemorragia
• Infecção
Tratamento:
• Lavar a ferida com água em abundância
• Fazer curativo
• Levar a vítima para o hospital
Sanguessuga:
Sintomas:
• Febre
• Inflamação
• Infecção
• Tontura
• Erupção cutânea
• Dispneia
• Sudorese intensa
• Hemorragia local
• Sangramento nasal e ocular
Tratamento:
• Localize a cabeça e a ventosa e retire com a ajuda das unhas por baixo das ventosas
• Limpe o local do ferimento com álcool oupolvedine
• Faça um curativo
• Se necessário realize a troca do curativo
• Bochechar bebidas alcoólicas por 30 segundos
• Em locais estreitos pedir ajuda a outra pessoa
• Se houver expansão devemos perfurar a sanguessuga
• Anti-histamínico
• Procurar auxílio médico.
Candiru:
Sintomas:
• Dor
• Hemorragias
• Infecções
Tratamento:
• Analgésico
• Encaminhar para o hospital com urgência
• Cirurgia
Sintomas:
• Paralisia
• Arritmias
• Alterações nervosas
Tratamento:
• Encaminhar para o hospital
Sintomas:
• Inflamação
• Ardência
• Dor intensa
• Coceira
• Bolhas
• Necrose
• Cefaleia
• Mal-estar
• Náuseas
• Vômitos
• Neurotoxicidade
• Arritmias
• Insuficiência respiratória
• Óbito
Tratamento:
• Repouso do membro afetado
• Retirada dos tentáculos com as mãos enluvadas levantando –os.
• Lavar o local com água do mar
• Usar vinagre comum por 30 minutos para inativar o veneno.
• Retirar os nematocistos com pasta de bicarbonato, agua do mar e talco. Espere secar e retire com o
bordo de uma faca.
• Colocar bolsa de gelo ou compressas de agua do mar por 5 a 10 minutos
• Corticoide tópico
• Analgésico
Moreia
Sintomas:
• Dor local
• Infecções
• Hemorragia
• Tratamento:
• Hemostasia
• Analgésico
• Líquido (Principalmente soro)
• Encaminhar para o hospital
Barracuda
Sintomas:
• Dor local
• Hemorragia
Tratamento:
• Hemostasia
• Analgésico
• Líquido (Principalmente soro)
• Encaminhar para o hospital
Tubarão:
Sintomas:
• Dor intensa
• Inflamação
• Infecção
• Hemorragia
• Choque
Tratamento:
• Hemostasia
• Encaminhar para o hospital com urgência
• Prevenir o estado de choque
Caracol Venenoso:
Possui veneno neurotóxico e de ação analgésica.
Tratamento:
• Encaminhar para o hospital com urgência
Bicho-de-pé:
Sintomas:
• Infecções
• Coceira
• Erupção cutânea (caroço vermelho)
• Supuração
• Ulceração
• Necrose de tecido
• Deformação e perda das unhas
Tratamento:
• Encaminhar o indivíduo para o hospital
• Crioterapia
• Remoção com pinça
• Antibiótico tópico
Vacina antitetânica s/n
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4.4. Hemorragia
4.4.1 É a perda de sangue circulante resultante de uma lesão vascular. Toda hemorragia está relacionada ao
tipo e ao calibre do vaso lesado.
O organismo possui mecanismos de defesa que agem na tentativa de controle da perda sanguínea através
da coagulação do sangue. Sempre diante de uma hemorragia há necessidade de se promover a hemostasia,
isto é, cessar o sangramento.
As plaquetas são as células que participam ativamente do processo de hemostasia, mas existem no sangue
vários outros fatores que contribuem para sua coagulação. Dentre eles destacam-se a tromboplastina e o
fibrinogênio, substâncias que juntamente com as plaquetas auxiliam no processo hemostásico.
Tipos de hemostasia:
Fisiológica: Coagulação - reações metabólicas entre plaquetas e fatores de coagulação (fibrinogênio,
tromboplastina e protrombina), auxiliando na reconstituição da lesão.
Vasoconstrição - por ação da serotonina e outras substâncias liberadas pelo organismo.
Mecânica: Geral - deitar a vítima, deixando-a na horizontal e elevar os membros inferiores (caso não haja
restrição).
Específicas - compressão no foco hemorrágico com gaze ou pano limpo e compressão nas áreas adjacentes.
Nunca obstruir a saída de sangue das cavidades naturais do organismo em caso de suspeita de TCE, para
evitar a elevação da pressão intracraniana (boca, nariz, ouvido).
Terminologia:
• Otorragia:sangramento do ouvido, pode ser sinal de fratura craniana. Não tamponar.
• Epistaxe ou rinorragia: sangramento nasal. Deve-se colocar a cabeça para frente e comprimir a narina
que sangra com o polegar, aplicar bolsa de gelo no local e tamponamento com gaze.
• Hemoptise:sangramento proveniente dos pulmões, acompanhado de tosse. Deve-se notar se na secreção
há a presença de sangue em filamentos (tuberculose, Câncer, traumas), podendo ainda ser em golfadas,
espumoso e aerado de aspecto vermelho vivo.
• Hematêmese:sangramento proveniente do trato digestivo alto, acompanhado de vômito e sangue
compactado e de restos alimentares.
• Melena:presença de sangue nas fezes. As fezes são escuras, pegajosas e fétidas (sangue digerido).
Perguntar se a pessoa toma alguma medicação a base de ferro.
• Enterorragia: sangramento proveniente da porção final do aparelho digestivo (intestino grosso e reto).
Evacuação com sangue de característica vermelho vivo.
• Hematúria:sangue na urina.
• Metrorragia:sangramento anormal do útero, fora do período menstrual.
Hemorragia externa: Ocorre quando o sangue é exteriorizado através do ferimento ou orifício natural.
Lesão Vascular:
Tipos de hemorragia
1. Arterial: origina-se por uma lesão de artéria e apresenta maior gravidade devido à dificuldade na obtenção
da hemostasia.
Características:
Sangramento abundante, coloração vermelho vivo e é pulsátil - o sangue sai em jatos.
2. Venosa: origina-se de uma lesão de veias e possui maior facilidade para obtenção da hemostasia.
Características:
Sangramento em grande quantidade, coloração vermelho escuro e o sangue escorre - extravasa
continuamente.
3. Capilar: origina-se de lesão em pequenos vasos e tendem a hemostasia espontânea, muito fácil.
Características: Sangramento pequeno.
Tratamento:
São consideradas 3 técnicas hemostásicas respectivamente:
(*) O garrote é o último recurso que utilizamos. É uma técnica perigosa pois, promove isquemia no local
(diminuição do fluxo sanguíneo) e posterior necrose.
Quando utilizado, devemos obedecer a técnica que consiste em afrouxá-lo a cada 10 minutos, esperando 30
segundos pelo restabelecimento da circulação sanguínea no membro e só então garroteá-lo novamente. Este
procedimento deve ser repetido até o controle do sangramento. O garrote pode permanecer no membro
até 2 horas. (PHTLS).
Sinais e sintomas:
• Palidez
• Sudorese
• Pele fria e pegajosa
• Taquicardia e pulso fino
• Hipotensão
• Diminuição da perfusão periférica
• Cianose
• Sudorese abundante
• Taquipnéia
• Alteração mental
• Sede
• Náuseas e vômitos
• Tontura
• Hipotermia
• Confusão mental
• Inconsciência
4.4.4 Tratamento:
• Afrouxar as vestes
• Decúbito dorsal e manter sua cabeça mais baixa que o corpo a fim de favorecer a oxigenação cerebral.
• Repouso
• Elevar os membros inferiores (se não houver contraindicação).
• Agasalhar a vítima.
• Não oferecer líquidos, apenas umedecer os lábios com gaze.
• Não alimentar a vítima
• Oxigenioterapia s/n
• RCP s/n
4.5 Traumatismos
4.5.1 São alterações sofridas pelo organismo e estão diretamente relacionadas à ação de um agente físico e
à força de impacto com o mesmo.
Estão divididos em dois tipos:
Abertos - são aqueles que apresentam ruptura da pele.
Fechados - são aqueles onde não há lesão da pele.
Tratamento:
• Verificar sinais vitais
• Desobstruir as vias aéreas
• Lesões nasais:
Sangrantes: utilizar a técnica para Epistaxe. Não sangrantes: esperar pelo médico.
• Lesões da boca:
Sangrantes: curativos compressivos.
Não sangrantes: aguardar o médico e não alimentar a vítima.
Olho
Figura 36: Componentes externos e interno dos olhos
É uma estrutura delicada e tem como principal ocorrência acidentes com a presença de corpo estranho na
conjuntiva – tipo "cisco", que podem ser de vários tamanhos e tipos podendo trazer grandes prejuízos na
visão como a cegueira. Os tipos de traumas que podem ocorrer nos olhos são:
• Externo: atinge as pálpebras e supercílios
• Interno: atinge a esclera, córnea e globo ocular
• Misto: atinge tanto estruturas externas quanto externas.
Tratamento:
• Lavar a região ocular com água corrente.
Obs: Lesões oculares onde o corpo estranho se apresenta fixo na conjuntiva (transfixantes ou
penetrantes) proceder a lavagem com grande quantidade de colírio tipo lágrima e fazer curativo oclusivo.
NÃO retirar o corpo estranho.
• NÂO permitir que a vítima esfregue o olho. É necessário fazer curativo oclusivo no outro olho.
• Nunca utilizar antissépticos convencionais nos olhos
Figura 37: Técnica para retirar corpos estranhos dos olhos
Nariz
• Lesões nasais que não apresentem sangramento, não requerem tratamento imediato, podendo
aguardar avaliação médica e tratamento específico. O mesmo é verdadeiro para acidentes com corpo
estranho onde, geralmente a vítima respira pela boca. Não tente fazer a remoção pois isto pode
agravar a situação empurrando o corpo estranho para vias mais profundas.
• Assoar com delicadeza comprimindo a narina não envolvida. Nas lesões sangrantes, também
reconhecidas como epistaxe, deve-se tratar com:
• Compressão da narina sangrante.
• Cabeça para frente.
• Compressas de gelo na região da narina afetada.
• Nos casos em que a hemostasia não ocorre com o procedimento anteriormente descrito faz-se
necessário o tamponamento nasal o que é realizado com gaze embebida em soro fisiológico.
Boca
• Uma simples observação na cavidade oral é suficiente para detectar possíveis lesões. É importante
checar a integridade da mucosa bem como a boa oclusão dentária.
• A maioria dos sangramentos orais tende a coagulação espontânea, não requerendo cuidados
especiais. O maior cuidado deve ser a limpeza oral - desobstrução das vias aéreas superiores - para
evitar possível asfixia em vítimas que se encontram inconscientes.
Ouvidos
• O problema mais frequente ocorre com crianças que introduzem objetos dentro do conduto
auditivo. É comum encontrarmos grãos e objetos pequenos como peças de brinquedo.
• Outra ocorrência é associada a traumas, onde a vítima apresenta a saída de um líquido seroso ou
sanguinolento pelo ouvido, o que requer providenciar atendimento médico logo que possível.
• Lembre-se, este é um sinal que pode estar presente na vítima de fratura craniana - lesão crânio-
encefálico.
• Corpos estranhos
Nunca introduza qualquer instrumento ou objeto no ouvido na tentativa de retirar o corpo estranho
pois isto pode agravar a situação. O ideal é não tentar retirá-lo e, assim que possível, encaminhar a
atendimento médico específico.
• Na presença de um corpo estranho vivo deve-se pingar duas gotas de óleo no ouvido e orientar a
vítima para deitar com a cabeça virada para o lado afetado, favorecendo assim a saída do inseto. A
presença de um corpo vivo no interior doouvido é algo de extremo incômodo e causa um ruído
insuportável. Podemos ainda colocar uma luz para que o inseto caminhe até ela.
Traumatismo Craniano
Dividem-se em três tipos:
• Superficiais: Atingem o couro cabeludo e caracterizam-se por sangramento intenso. Deve-se fazer
curativo compressivo com enfaixamento com atadura de crepe.
• Ósseas - são aquelas com fratura craniana.
• Profundas ou Encefálicas - são aquelas com lesão cerebral e acompanhada dos dois tipos anteriores.
• Faz-se um curativo com delicada compressão.
Em toda vítima com suspeita deste tipo de lesão devemos avaliar e observar a presença dos seguintes
sinais e alterações:
• Estado de consciência
• Resposta a estímulos visuais, auditivos, dolorosos, reflexos e amnésia
• Alteração no nível de consciência – torpor, confusão mental e inconsciência
• Respiração lenta e profunda
• Inspeção e palpação da cabeça
• Simetria facial
• Atonia
• Motricidade
• Descontrole esfincteriano
• Bradicardia
• Pulso cheio e lento
• Alteração ocular - desvio ou assimetria ocular.
• Pupilas anisocóricas
• Vômitos em jato
• Otorragia.
• Convulsões
• Saída de líquor pelo nariz ou ouvido
• Sinal de batalha (coloração arroxeada atrás das orelhas)
• Olhos de guaxinim (sinal tardio – fratura de base de crânio)
Tratamento:
• Jejum absoluto
• Decúbito elevado se consciente
• Decúbito dorsal em maca se inconsciente
• Elevar a cabeceira da prancha caso não haja evidencia de choque, caso contrário eleve a parte inferior da
prancha.
• Lesões superficiais: curativo com suave compressão e capacete de faixa s/n
• Lesões cranianas e encefálicas: realizar o curativo com delicadeza, utilizar gaze estéril e capacete de faixa
sem compressão excessiva
• Não administrar medicamentos
• Umedecer com algodão ao redor da boca
• Encaminhar para o hospital com urgência.
Traumatismo de coluna:
Figura 39: Divisões da coluna
Cervical
A primeira porção da coluna vertebral é denominada coluna cervical. Lesões cervicais podem determinar
tetraplegias ou até mesmo a morte. Como todo trauma de coluna, a maioriaatinge as vértebras e há riscos
de lesão na medula espinhal, o que se caracteriza por comprometimentos respiratórios, perda de função
neurológica motora como paresias ou paralisias, além de dor, deformidades ou edemas em qualquer um dos
segmentos.
O atendimento adequado para vítimas de lesão na coluna vertebral seja ela de qualquer um dos segmentos
(cervical, torácica ou lombar), consiste em socorrê-los com técnicas de transportes adequadas.
Cuidados no transporte de vítimas com suspeita de lesão vertebral:
Imobilização da cabeça e pescoço com colar cervical (lesão cervical) e decúbito dorsal em superfície rígida.
Obs: Movimentar a vítima com muito cuidado para não exercer compressão na medula. Pelo menos quatro
pessoas devem transferir a vítima para a maca com movimentos sincronizados (cabeça, pescoço e tórax,
quadril, coxas e pernas).
Traumatismos torácicos.
Pode ocorrer de duas formas.
• Ferimentos abertos de tórax: também chamado de ferimento torácico. Pode atingir a pleura, o
mediastino e pericárdio.
• Ferimentos fechados de tórax: também chamado de contusão torácico. Pode ocorrer fraturas de
costelas.
Fratura de Costela.
Sinais e sintomas:
• Trauma no local com presença de escoriações ou ferimento corto contuso.
• Dor (que aumenta com os movimentos respiratórios)
• Dispneia
• Edema e hematoma
Tratamento:
• Administrar analgésico
• Enfaixamento torácico
• Aplicação de gelo picado.
Obs.: em caso de dispneia intensa, o enfaixamento torácico NÃO deverá ser feito.
• Nestes casos pode-se administrar oxigênio com a vítima na posição sentada e deixá-la em repouso.
Lesão pulmonar
Sinais e sintomas:
• Dor aguda, tipo pontadas (aumentam com os movimentos respiratórios)
• Hemoptise
• Dificuldade respiratória
Obs: lesões pulmonares abertas geralmente apresentam uma característica importante que é um
sangramento com bolhas (hemotórax).
Tratamento:
• Curativo de 3 pontas feito em apneia expiratória
• Manter o indivíduo sentado se consciente
• Se inconsciente colocar a vítima em decúbito dorsal com a cabeça lateralizada
• Analgésico
• Oxigenioterapia (com a vítima na posição sentada)
• Repouso
Complicações:
• Pneumotórax - ar na cavidade pleural, cujoo principal sintoma é dor local e dispneia. O pneumotórax
pode ocorrer de maneira espontânea, isto é, não estar relacionado a nenhum trauma.
• Hemotórax - sangue na cavidade pleural.
• A sintomatologia geralmente compreende dispneia e dor.
Obs: Essas complicações levam a alteração da mecânica pulmonar, levando a insuficiência respiratória.
• Lesão abdominal.
A região abdominal é muito susceptível a traumatismos por não possuir proteção óssea. Isto o torna
vulnerável a complicações pelo acometimento de órgãos internos (vísceras). Os traumatismos abdominais
estão divididos em:
• Aberto: superficial → quando atingem a pele, o subcutâneo e o tecido muscular.
• Profundas → quando lesam o peritônio e/ou vísceras.
• Fechado: provocado por trauma ou pancada (houve lesão visceral?)
Figura 40: Hemorragia abdominal interna
Tratamento:
• Manter a vítima em jejum
• Em casos de evisceração não tocar nas vísceras e NUNCA tentar recolocá-la na cavidade.
• Proceder a limpeza do ferimento (umedecer a região).
• Cobrir com gaze esterilizada e previamente umedecidas com soro fisiológico a 37ºC
• Transportar para o hospital.
Objetos fixados ou transfixados (empalamento):
Na presença de qualquer corpo estranho na cavidade abdominal, NUNCA tentar removê-lo. Apenas devemos
imobilizá-lo com esparadrapo ou fita crepe, coxins e encaminhar para o hospital.
Contusão.
É uma lesão causada por golpe ou impacto com acometimento do tecido subcutâneo, muscular ou até
mesmo de órgãos internos, sem causar ruptura da pele.
Sintomas:
• Dor no local
• Edema (acúmulo de líquido)
• Equimose (mancha avermelhada causada por ruptura de pequenos vasos)
• Hematoma (mancha roxa causada por ruptura de vasos mais calibrosos).
Tratamento:
• Gelo no local (*)
• Analgésico
• Repouso
• Imobilização
(*) A aplicação do gelo está presente no tratamento dos traumatismos fechados em geral pois o gelo
possui duas propriedades importantes, ação de analgesia, combatendo a dor e ação vasoconstritora
atuando na diminuição do edema e do hematoma. Após 48h pode-se aplicar calor no local, favorecendo
a absorção do sangue no tecido.
Entorse
São traumatismos que ocorrem nas articulações. É causado por movimentos abruptos que exceda a
elasticidade dos ligamentos, podendo ocorrer rupturatotal ou parcial dos ligamentos.
Sintomas:
• Dor intensa no local
• Edema
• Equimose ou hematoma (que podem instalar-se tardiamente)
• Dificuldade de realizar movimentos
Tratamento:
• Crioterapia
• Analgésico
• Imobilização com faixas de crepe
• Repouso
Luxação:
É o deslocamento de um ou mais ossos pertencentes a uma articulação, causando deformidade no membro
afetado.
Figura 43: Luxação de cotovelo
Comissário de Voo
Aula 06
Primeiros Socorros na Aviação Civil
4.5 Fraturas
4.6.1
É a ruptura total ou parcial do osso. As fraturas podem ser classificadas como:
• Aberta ou exposta: há a ruptura da pele e o osso é visualizado
• Fechada: Não há ruptura da pele e não visualizamos o osso
Considerações:
• Traço da fratura - local do osso em que ocorreu a lesão.
• Foco da fratura –é ao redor do local fraturado, onde observamos os sinais de edema e hematoma.
• Ossos
Figura 45: Características do osso
OBS: Em caso de dúvida se houve ou não a fratura, devemos sempre imobilizar. A imobilização evita o atrito
entre os fragmentos ósseos e complicações como ruptura de vasos sanguíneos ou nervos.
Classificação:
Quanto à fragmentação:
• Completa
• Incompleta
Quanto a posição:
• Articulares (epifisárias)
• Não articulares (diafisárias)
Tratamento:
• Combater a hemorragia e choque
• Avaliar sinais vitais
• Gelo
• Analgésico
• Repouso
• Imobilização
• Utilizar coxins s/n
Fratura exposta: Ocorre uma lesão óssea com ruptura da pele. Pode apresentar como complicação a infecção
óssea que é denominada Osteomielite.
Sintomas e sinais:
• Dor intensa
• Incapacidade funcional (limitação de movimento)
• Edema
• Hemorragia
Tratamento:
• Iniciar com os cuidados à ferida lembrando que JAMAIS se deve tocar nos fragmentos ósseos
• NUNCA fazer a redução (recolocá-lo no lugar)
• Imobilizar
• Proteger o fragmento ósseo.
• Utilizar coxins s/n.
Fratura de mandíbula.
• O tratamento básico consiste em imobilização com atadura de crepe. Caso exista algum ferimento
cortocontuso, tratá-lo com curativo compressivo.
Figura 47: Fratura de mandíbula
Sinais:
• Dor no local
• Hematomas
• Incapacidade funcional
Obs: Podem ser causas de grandes hemorragias internas. Manter a vítima sobre constante vigilância para
detectar possíveis sinais de choque hipovolêmico.
Tratamento:
• Avaliar sinais vitais
• Evitar o estado de choque
• Realizar o curativo de possíveis ferimentos
• Analgesia
• DDH, realizar a imobilização e utilizarcoxins entre as pernas da vítima.
Imobilização:
• Talas rígidas/moldáveis, acolchoadas, ou madeira e papelão,etc.
• Imobilizar antes de movimentar a vítima, exceto em caso de risco iminente Ex: explosão, fogo, etc.
• Deixar as extremidades visíveis
• NUNCA comprimir o foco da fratura e não realinhar
• Permitir a circulação sanguínea
• Fixação do membro inferior fraturado ao sadio ou do membro superior ao tórax.Usada nas situações em
que não há equipamentos para imobilização e nas fraturas de quadril.
Fraturas não articulares – Diafisárias: Imobilizar uma articulação acima e outra abaixo da lesão (tala).
Fraturas articulares – Epifisárias: Imobilizar um osso acima e outro abaixo da articulação envolvida.
Ombro:
Devemos utilizar uma bandagem triangular e não talas. A primeira bandagem deverá ser colocada sobre a
forma de tipoia e a segunda bandagem colocada em forma de faixa larga. Deverá ser fixada para segurar o
braço contra o lado do tórax.
• Clavícula:
Deverá ser imobilizada com enfaixamento em oito e atadura longa. Imobilizar o braço junto ao tórax para
que não haja movimento.
• Costela e Esterno:
Devemos utilizar a bandagem triangular, dobrada em forma de faixa larga circundando o tórax. Caso aumente
a dor ou a faixa escorregue, devemos desfazer este enfaixamento.
Braço estendido: utilizar o braço da vítima como apoio ou com tala fixada com bandagem triangular dobrada
em forma de faixa.
• Antebraço:
Cotovelo dobrado:
Devemos apoiar o membro sobre uma tala fixada com bandagem triangular em forma de faixa e outra
bandagem em forma de tipoia.
Para imobilização dos dedos, podemos utilizar o dedo ao lado para fazer a fixação ou ainda utilizar uma
pequena tala embaixo do dedo lesionado com fixação proximal ao redor da mão.
• Coluna vertebral
Devemos tomar cuidado para não piorar o quadro clinico da vítima. A tentativa de uma imobilização ou
transporte inadequado pode provocar danos irreversíveis.
Colar cervical: deverá ser utilizado quando houver suspeita de lesão cervical.
Prancha rígida: Devemos colocar a vítima em uma prancha rígida utilizando técnicas adequadas.
• Quadril
A imobilização do quadril deverá ser feita com uma tala longa, desde a região da axila até além do pé. A
vítima deverá ser colocada em uma prancha longa utilizando a técnica adequada para tal, não devemos rolar
a vítima e nem colocar o cinto sobre a pelve. A imobilização poderá ser feita também no membro
contralateral.
Figura 58: Técnica de imobilização de quadril
• Fêmur
Deverá ser imobilizado com tala longa desde o quadril até além do pé utilizando a perna sadia para a fixação.
• Perna
Deverá ser imobilizada com talas estendendo-se do joelho até além do pé, fixada com ataduras ou bandagem
triangular dobrada em faixa, poderá ser estabilizada com a outra perna.
Vítimas Inconscientes:
• Decúbito dorsal com lateralização da cabeça.
A lateralização da cabeça é medida utilizada para evitar-se a broncoaspiração.
Exceção - traumatismo de coluna cervical (a cabeça deve estar alinhada com o corpo, amparada por coxins).
Cuidados com as vítimas de lesão vertebral:
• Hiperextensão cervical para liberar as vias aéreas
• Colar cervical: imobilização da cabeça e pescoço
• Decúbito dorsal em superfície rígida
• Movimentar a vítima com muito cuidado para não pressionar a coluna
• Transferir em “Bloco”
• Monitorar sinais vitais
• Transporte em rede
Figura 67: Transporte em rede
• Transporte em maca
Figura 68: transporte em maca com 2 pessoas
• Transporte bombeiro
Figura 69: Transporte bombeiro
Toda vítima com múltiplos traumatismos, lesões visíveis acima da região das clavículas e alteração do nível
de consciência, deve ser considerado como portador de Trauma na Coluna Cervical. O método mais seguro
de transporte é em maca, em decúbito dorsal horizontal com cabeça e tronco alinhados.
4.9 Feridas:
São lesões no tecido cutâneo causandodes continuidade da pele ou mucosa. Podem ter diversas causas, por
isso seu estudo está diretamente relacionado ao tipo de agente traumatizante. Suas características se
apresentam conforme as configurações de suas paredes, fundo e bordas.
Tipos de feridas:
Escoriações: causadas por superfícies ásperas (asfalto, cimento etc). Ocorre um atrito superficial sobre a
pele, apresentando um quadro doloroso e pequeno sangramento.
Punctória: é um ferimento perfurante causado por agentes pontiagudos (pregos, agulhas etc). Apresentam-
se com bordas pequenas e paredes fundas.
Incisas: provocadas por agentes cortantes (lâmina de bisturi, lâminas de facas, estiletes) e geralmente
sangrantes. Caracteriza-se por serem feridas regulares tendo bordas nítidas, fundo e paredes regulares.
Contuso: produzida por um instrumento de rombo esmagando planos moles da pele ou choque do corpo
contra uma estrutura rígida. Apresenta bordas irregulares e maceradas, se sangramento vivo, com vários
recessos na cavidade do ferimento.
Cortocontuso: é provocado por um instrumento pouco afiado que macera as bordas do ferimento deixando
o fundo irregular. É a forma mais comum de ferimento.
Perfurocontuso: é o mais comum dos ferimentos perfurantes. É causado por projétil de arma de fogo,
apresenta orlas de escoriações (queimadura ao redor do ferimento). A entrada do ferimento é redonda e lisa
e a saída tem bordas irregulares.
Perfurante:é um ferimento de profundidade, onde a superfície é circular. Suas bordas podem ser lisas e
regulares ou irregulares
Transfixantes: causadas por objetos que atravessam um segmento do membro.
Larcerocontuso:é a complicação de um ferimento contuso que formam retalhos da pele e que continuam
ligados ao restante desta, mais que perdem o contato com as camadas inferiores.
Escalpelamento: é o arrancamento do couro cabeludo.
Sinais e sintomas:
São variáveis de acordo com o tipo de ferimento e região afetada. Em geral:
• Dor
• Hemorragia
• Bordas separadas
Tratamento:
Temos como objetivo evitar a infecção, visto que é sempre um fator de risco.
• Lavar as mãos do socorrista
• Hemostasia
• Limpeza da ferida
• Antissepsia da ferida
• Bandagem
Em regiões pilosas como braços e tronco, pode ser necessário realizar a tricotomia da região (raspagem dos
pelos) para facilitar a limpeza.
Deve-se realizar a limpeza com água e sabão ou soro fisiológico, posteriormente usar um antisséptico.
Em alguns casos pode-se fazer a aproximação das bordas realizando um ponto falso e realizar o curativo.
Curativos:
• Um curativo nunca deve ser maior que a lesão
• Deve ser fixado conforme a região com atadura, esparadrapo, fita crepe ou colódio
• Cuidado para não deixar frouxa ou apertar demasiadamente a atadura no membro
• A atadura ser colocada em espiral e de distal para proximal
• Não cobrir totalmente o curativo
• Não trocar até o dia da retirada dos pontos a não ser que haja intercorrência.
• Não cobrir boca, ânus e nariz, pois as secreções existentes destas regiões podem ser absorvidas pelo
curativo e assim facilitar a contaminação.
• Pomadas devem ser utilizadas com critério, pois podem impedir a absorção das secreções da ferida.
• Não utilizar algodão diretamente na ferida. Utilize gaze – algodão – gaze – atadura/esparadrapo.
• A pele em volta do ferimento deve ser desengordurada com éter ou benzina
• Usar antissépticos (liquido de Dakin/ polvedine)
• Manter a articulação na posição mais cômoda possível
• Proteger saliências ósseas e pontos onde os nervos periféricos tornam-se superficiais com algodão
ortopédico.
• Utilizar ponto falso quando necessário
Feridas Sangrantes: nos casos de ferimento onde o sangramento é intenso, como em grandes hemorragias,
o tratamento compreende:
• Lavar as mãos
• Hemostasia
• Limpeza da ferida
• Antissepsia da ferida
• Bandagem
Nestes casos aplica-se também um curativo compressivo.
Feridas Secas: o ideal é evitar fazer curativos em feridas secas e com boa aproximação das bordas e sem
espaço morto, todavia, se realizarmos o curativo, devemos usar gazes secas, sem solução impermeabilizante,
lubrificante ou antibiótica.
Ponto Falso:
Figura 72: Ponto falso com esparadrapo ou fita crepe
5. Politraumatizado
É a vítima com lesões traumáticas em várias partes do corpo. Geralmente este é o tipo de vítima que
encontramos no socorro a acidentes aéreos. Nenhuma vítima deve ser removida do local do acidente antes
de serem prestados os primeiros socorros pertinentes e utilizada a técnica detransporte adequada, a menos
que haja algum risco iminente. Devemos observar sempre a vítima pois, pode ocorrer a necessidade de
mudança de conduta.
Avaliação geral:
• Verificar estado de consciência (Consciente ou inconsciente, sonolento ou comatoso)
• Checar resposta a estímulos (auditivos, visuais, dor e reflexo)
• Observar condição respiratória
• Manter as vias aéreas superiores pérvias
• Verificar pulsação (pulso cheio ou fino)
• Verificar sinais de sangramento
• Verificar coloração da pele e mucosas –rósea / vermelha/ palidez/cianose
• Verificar a dinâmica dos olhos e pupilas (desvios oculares ou diferenças entre as pupilas)
• Movimentos voluntários
• Observar presença de vômitos
• Funções renais alteradas
• Febre
• Retenção ou incontinência urinária
• Evacuação
• Sudorese
• Convulsão
• Etc...
Esmagamento de membros:
• Evite puxar a vítima tentando liberá-la
• Controle sangramentos externos
• Dê todo suporte emocional, tentando acalmá-la
• Se possível, transporte a vítima a um hospital ou chame por auxilio.
6. Afogamento
Ocorre por submersão em meio líquido causando asfixia. A vítima removida da água é reconhecida como
afogado. Dividiremos o afogamento em dois tipos clássicos.
Afogado cianótico:
É a vítima que sofreu asfixia pela água inundando as vias respiratórias.
Sinais e Sintomas
• Inconsciente
• Hipotônico
• Cianose
• Pulso fino
• Liquido espumoso branco ou avermelhado pelo nariz e boca
• Veias jugulares túrgidas
• Respiração superficial e irregular
Tratamento
• Afrouxar as vestes
• Desobstruir as V.A.S.
• Suporte das funções vitais (FR/ FC)
• Decúbito lateral assim que houver sinal de vida
Afogado pálido.
Vítima que se apresenta em parada cardiorrespiratória por obstrução das vias respiratórias devido ao
fechamento da glote (laringoespasmo)
Sinais e Sintomas
• Apneia
• Ausência de pulso
• Midríase paralítica
• Inconsciência
Tratamento:
Remoção da água:
• Posicionar a vítima em decúbito dorsal
• Colocar os braços da vítima esticados ao longo do corpo
• Em superfície rígida e plana
• Desobstruir as V.A.S.
• Realizar compressões no tórax da vítima (na linha intermamilar) - RCP
• Oxigenoterapia
7. Vertigem
É a sensação de movimento oscilatório ou giratório do próprio corpo ou do entorno com relação ao corpo.
Pode ocorrer também a sensação de deslocamento lateral e podem estar relacionadas com grandes
altitudes.
Conduta:
• Retirar a pessoa do local caso este seja o motivo da vertigem
• Converse e mostre segurança
• Afrouxar as vestes
• Arejar a vítima
• Deixe que a vítima encontre a melhor posição na poltrona
• Luminosidade mínima.