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Dinâmica da Atmosfera
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Aula 01: Ventos e Circulação
Geral da Atmosfera
Ventos
1 Definição
No equilíbrio das pressões (bárico) acontece o fluxo de ar da alta pressão para a
baixa pressão ocasionando o vento.
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2.2 Força de Coriolis – F
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3.2 Camada de Transição
4.2 Forças G e F
Já para o cálculo do vento, o vento geostrófico sempre será 50% mais intenso que o
vento de superfície.
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4.7 Ventos que atuam na Camada de Fricção e Atmosfera Livre (resumo)
Figura. Mendes e Gomes. Circulação nos oceanos: correntes oceânicas e massas d’água.
Representação esquemáticas dos ciclones e anticiclones(a). Efeito da força de Coriolis sobre esses
centros no hemisfério norte (b). Fonte: Domínio Público. Acesso em: 01 set. 2021.
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6 Lei de Buys Ballot
“Se dermos as costas para o vento no hemisfério sul, as pressões menores e
consequentemente as áreas de mau tempo estarão a nossa direita”.
Figura. Lei de
Buys
Fonte:
Ballot.
A B
Elaborado pela
autora. 2021.
Figura.
ResearchGate.
Modelo conceitual
da circulação global
atmosférica,
indicando as
células meridionais
e as direções dos
ventos próximos à
superfície. Também
são indicadas as
latitudes típicas de
baixas e altas
pressões. Fonte:
Domínio Público.
Acesso em: 01 set.
2021.
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De acordo com Daniels, Fallow e Kinney (1995) o ar quente do Equador se eleva e
avança em direção aos polos. Ao atingir a latitude de 30 graus – norte ou sul –, já
esfriou o suficiente para descer de volta à superfície terrestre. Boa parte desse ar
volta ao Equador em um padrão circulatório conhecido como célula de Hadley, mas
o restante vai para os polos. A cerca de 60 graus de latitude esse ar colide com o ar
frio polar que corre em direção ao Equador. Ele então se eleva e retorna para o
Equador, no fluxo conhecido como célula de Ferrel. O ar polar tendo absorvido calor
da Terra, também se eleva e volta à sua origem, formando uma célula de circulação
polar.
Circulação Inferior:
Até 20.000 pés
São os ventos POLARES, DE OESTE e ALÍSIOS
Predomina de ESTE
Circulação Superior:
Acima de 20.000 pés
São os ventos Contra alísios, Jatos de Este,
Corrente de Berson, ventos Krakatoa e Corrente
de Jato (Jet Stream)
Predomina de OESTE
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Fluem nas latitudes temperadas. Predominam de Oeste em ambos os hemisférios.
4 Circulação superior
Baseado em estudos de Sonnemaker (2017).
Acima de 40.000 pés, com velocidades de 60KT, entre 20° de latitude nos dois
hemisférios.
Acima de 60.000 pés, com velocidades de 100KT ou mais, oscila ente 6°N e 4°S.
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4.4 Ventos Krakatoa
De uma forma geral, toda vez que uma corrente de jato é observada com
intensidade sobre a região de São Paulo, ela afetará com máxima intensidade, as
operações aéreas em altitude, sobre toda a faixa litorânea, compreendida entre Rio
de Janeiro e Curitiba, com reflexos de fortes ventos até Florianópolis.
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• Nebulosidade: Cirrus Uncinus com seus tufos indicando para onde sopra
o vento e cirrocumulus em suas bases.
• Isotermia: a temperatura não varia verticalmente, mas horizontalmente,
o ar para o lado polar, será sempre mais frio.
• Turbulência: surge nas bases, nas margens e no topo, do tipo CAT. CAT
é um repentino fluxo maciço de ar, representado imensas correntes de ar
invisíveis e inaudíveis. A CAT ocorre com muita frequência em áreas
montanhosas (como os Alpes, por exemplo). No interior da corrente de
jato o fluxo de vento é máximo e diminui para a periferia. Quando essa
variação de velocidade com a distância é grande, causa uma cortante de
vento (WS), o vento máximo que flui no interior da corrente, choca-se com
o vento da periferia, que é de pequena velocidade, ou quase calmo,
ocasionando a CAT. Essa variação de velocidade no fluxo de ar pode
ocorrer tanto no sentido vertical como horizontal e quando essas
variações se encontram num ponto e há convergência de massa, temos o
ponto máximo da turbulência. O melhor ângulo de penetração de uma
corrente de jato é 45°.
6 Circulação secundária
Os ventos descritos abaixo são pertencentes a chamada Circulação Secundária que
são ventos Barostróficos ou de Superfície que representam uma irregularidade
dentro do sistema de Circulação Geral dos Ventos na Atmosfera.
É o fluxo diurno de ventos que sopram no litoral do mar para a terra devido o ar
adjacente a água do mar estar mais frio (mais denso) do que na terra (mais quente
e menos denso).
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É o fluxo noturno de ventos litorâneos da terra para o mar por efeito oposto ao da
brisa marítima: pela noite, o ar adjacente a terra está mais frio (mais denso) do
que o ar vizinho ao mar (mais quente e menos denso).
Figura. Freepik. Brisa marítima (sea breeze) e brisa terrestre (land breeze). Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 01 set. 2021.
6.3 Monções
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Figura. Viajar entre viagens. Como funcionam as monções no sudeste asiático (informação por
país). Fonte: Domínio Público. Acesso em: 01 set. 2021.
Figura. Tempo.com. O que é o efeito Foehn? Fonte: Domínio Público. Acesso em: 01 set. 2021.
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6.5 Ventos de Vale
São fluxos ascendentes e diurnos que ocorrem quando nas primeiras horas da
manhã, o Sol aquece inicialmente as paredes dos vales, expulsando o ar frio.
Anabáticos fluem costa acima durante o dia.
OBSERVAÇÃO
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Aula 02: Turbulência
1 Definição
É a agitação vertical das moléculas do ar, que provoca um voo desconfortável, pois
o deslocamento da aeronave tem sua atitude alterada seguidamente, ocasionando
variações em sua sustentação. Em voo é percebida pelos solavancos da aeronave
e/ou pelas variações na velocidade indicada (VI), derivadas de mudanças de
atitudes da ACFT.
Leve
Moderada
Forte
Severa ou Extremamente Forte
2.1 Leve
A VI varia de 5 15KT.
2.2 Moderada
A VI varia de 15 a 25 KT.
2.3 Forte
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A VI varia valores maiores que 35KT. É o caso mais extremo onde a pilotagem
torna-se impossível e os danos materiais são inevitáveis.
3 Tipos de turbulência:
3.1 Convectiva ou Termal
Figura. Turbulência
convectiva. Fonte: Souza
(1989).
3.2 Mecânicas
a) De solo
Figura. Ondas
orográficas. Fonte: Souza
(1989).
c) Esteira de turbulência
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Figura. Federal Aviation Administration. Advisory Circular n. 90-23G. Aircraft Wake Turbulence.
Fonte: Domínio Público. Acesso em: 10 set. 2021.
3.3 Dinâmicas
Figura. Agência
Nacional de
Aviação Civil. Wind
Shear. Fonte:
Domínio Público.
Acesso em: 10 set.
2021
b) Turbulência frontal
Associada às frentes.
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Aula 03: Massas de ar e
Frentes
1 Definição
Um grande volume de ar que apresenta características iguais no seu sentido
horizontal (mesma temperatura, pressão, densidade e umidade).
2 Regiões de Origem
São os locais onde formam-se as massas de ar.
Oceanos
Regiões polares
Áreas de deserto
Florestas
Quanto à superfície
Quanto à temperatura
Quanto à latitude
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quentes (w): estáveis
frias (k): instáveis
Tropical (T)
Polar (P)
Equatorial (E)
Ártica ou Antártica (A)
Resumo:
Designação Abreviatura Internacional
marítima Tropical fria mTk
marítima Tropical quente mTw
marítima Polar fria mPk
marítima Polar quente mPw
continental Tropical fria cTk
continental Tropical quente cTw
continental Polar fria cPk
continental Polar quente cPw
continental Antártica cA
continental Equatorial cE
marítima Ártica mA
marítima Equatorial mE
4 Massa de ar quente
Quando um grande volume de ar repousa sobre uma superfície mais fria do que
ela:
a) Estabilidade do ar.
b) Massa de ar úmida: nevoeiros, névoa úmida e nuvens estratiformes.
c) Massa de ar seca: fumaça e névoa seca.
d) Visibilidade reduzida.
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5 Massa de ar fria
Quando um grande volume de ar se encontra repousado sobre uma superfície mais
quente do que ela.
a) Instabilidade do ar.
b) Massa úmida: nuvens cumuliformes.
c) Massa seca: ventos moderados a forte.
d) Visibilidade boa, exceto na hora das pancadas de chuva.
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• Penetra pelo continente, vindo da Argentina e dissipando-se para o mar.
Figura. Só Geografia. Massas de ar. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 11 set. 2021
Frentes
1 Definição
As frentes são áreas de baixas pressões situadas entre duas massas de ar de
características diferentes (duas altas pressões). É definida pela dianteira da massa
de ar que se desloca sobre a outra. Portanto, para que se possa existir uma frente,
é necessária a presença de duas massas de ar diferentes, uma fria e outra quente,
transportando calor e umidade entre uma e outra, aquela que for maior, empurrará
a menor, e sua dianteira definirá a FRENTE. Isto ocorre porque fisicamente é
impossível que duas massas de ar de características opostas se misturem, ao invés
disto, cria-se uma área entre as duas, definida como zona ou rampa frontal.
Quando a alta polar (massa de ar frio) avança teremos uma frente fria, já quando
a alta tropical (massa de ar quente) avançar, teremos uma frente quente.
2 Rampa Frontal
Vista de perfil, a rampa frontal apresenta-se inclinada para o lado do ar mais frio
(mais denso) tanto na frente fria quanto na frente quente.
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Figura. Adaptado de MeteoroCG. PP
capítulo 15 – Frentes. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 11 set. 2021
3 Frente Fria
Ocorre quando uma massa de ar frio avança sobre uma massa de ar quente.
Nas frentes frias, o ar frio (que é mais denso e pesado) penetra por baixo do ar
quente fazendo este se elevar.
Figura. Monolito Nimbus. Sistemas Frontais – Frente fria. Fonte: Domínio Público. Acesso em: 29
ago. 2021.
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Setor pré-frontal: Setor frontal: Setor pós-frontal:
• Aparecem CI no • A pressão chega ao • A pressão volta a
horizonte; seu valor mais subir;
• A temperatura baixo; • A temperatura cai
aumenta; • Os ventos de lentamente;
• A pressão diminui; superfície de W no • Os ventos de
• Os ventos de HS; superfície sopram
superfície fluem de • Nuvens CB e de SW no HS e de
NW no HS e SW no tempestades NW no HN;
HN; ocorrem. • Há possibilidade
• A deriva é para a de formação de
esquerda no HS. FG;
• A deriva é para a
direita no HS.
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4 Frente quente
É na verdade uma frente fria que está recuando do Equador para os pólos
como resultado do aquecimento natural das massas de ar frio nas latitudes mais
baixas.
Figura. Monolito Nimbus. Sistemas Frontais – Frente quente. Fonte: Domínio Público. Acesso em:
29 ago. 2021.
• Nuvens estratiformes.
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5 Frentes estacionárias
É quando uma frente perde seu deslocamento, isto é, quando duas massas de ar
que geraram a frente entram em equilíbrio, cessa o movimento frontal, situação
em que a frente é classificada como estacionária.
6 Frente oclusa
São, normalmente, frentes frias que alcançam uma frente quente, criando
ondulações instáveis e deslocam-se ao longo das rampas frontais. A partir daí, uma
ou outra é elevada, ocluindo (escondendo) o ar quente. Estas ondulações
desenvolvem atividades fortes pois incorporam as ações de duas frentes.
Ocorre quando o ar que empurra a frente fria for mais frio do que o ar adiante da
frente quente (frente quente se eleva).
Ocorre quando o ar que empurra a frente fria for menos frio do que o ar adiante da
frente quente (frente fria se eleva).
Figura. Meteorotica.
Frentes. Fonte: Domínio
Público. Acesso em: 11 set.
2021.
8 Generalidades
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Aula 04: Trovoadas (TS)
1 Definição
É o conjunto de fenômeno que se manifesta na nuvem CB.
Figura. Exame. Ciência. São Paulo terá maior incidência de raios nos próximos 30 anos. Fonte:
Domínio Público. Acesso em: 13 set. 2021.
Presença de umidade
Ar instável
Presença de elemento inicial de formação
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3 Ciclo da vida de uma trovoada
CUMULUS MATURIDADE DISSIPAÇÃO
Turbulência Ascendente Forte a severa Descendentes
Correntes Ascendente Ascendentes e Descendentes
descendentes
Precipitação Não há* Intensa do tipo Uniforme e leve
pancada
Relâmpagos e Não há* Em atividade Na horizontal
trovões
Neve e granizo Não há* No interior da nuvem Não há*
Topo - Cirriforme ventos Bigorna,
fortes cabeleira ou
penacho
Desenvolvimento - ápice -
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b) Convectivas ou Térmicas: ocorrem em dia de forte insolação com velocidades
de 80% dos ventos predominantes.
4.2 Dinâmicas
a) Frontais:
b) Não Frontais:
5.3 Relâmpagos
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São eletometeoros, causados pela energia elétrica armazenada que atinge o
potencial de mais de 100.000.000 de Volts, produzindo uma descarga elétrica de
300.000 Amperes, a cerca de 30.000 pés; na vertical indicam a aproximação da
nuvem, na horizontal, o afastamento.
5.4 Trovões
6 O relâmpago e a aeronave
Todos os dados a seguir são estudos do CENIPA.
• Nariz, bordo de fuga e ponta das asas, frentes dos motores à reação, leme de
direção e profundor;
• Fuselagem e área da asa atrás dos motores à reação; e
• Restante da asa e toda empenagem.
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Para sua segurança memorize
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Aula 05: Gelo em Aeronaves
1 Definição de calor
Aeronaves em voo estão sujeitas a possibilidade de verificarem a ocorrência de
formação de gelo em suas partes externas (asa, hélices) e, em alguns casos, até
internamente (carburador e entradas de ar), quando se encontram em níveis que
favorecem o seu acontecimento. O gelo se forma sempre que existir umidade e
temperaturas convenientes. A formação de gelo prejudica o desempenho das
aeronaves, alterando sua performance, pondo em risco a segurança e não
raramente, danificando seriamente o equipamento.
Pode ser percebido pela queda da VI e vibrações tanto na hélice como no motor, o
degelo é facilmente efetuado com uma variação de rotação da mesma.
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2.3.2 Na Borboleta – forma-se ao seu redor quando o ar, já resfriado entra em
contato com o metal e se congela, o gelo aos poucos vai fechando a passagem da
gasolina e o motor perde potência gradualmente. É por esta razão que em decidas
demoradas em ar frio e úmido, o piloto deve providenciar leves rajadas na potência
a fim de que a gasolina que vai passar pela borboleta quebre o gelo.
OBSERVAÇÃO
Figura. Agência
Nacional de
Aviação Civil.
Formação de gelo.
Fonte: Domínio
Público. Acesso em:
15 set. 2021.
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OBSERVAÇÃO
4 Tipos de gelo
4.1 Gelo claro, liso, brilhante, vidrado, transparente, cristal, translúcido
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4.2 Gelo escarcha, opaco, amorfo, granulado
5 Geada
É o depósito de cristais de gelo leve e fofo, sobre bordo de ataque, e principalmente,
sobre pára-brisas e janelas. Pode formar-se em voo, quando uma aeronave desce de
uma camada de temperatura muito baixa para uma camada mais úmida.
Esse tipo de gelo ocorre comumente sobre os aviões à jato e não constituem grandes
problemas ao voo, a não ser por reduzir a visibilidade, quando cobre o para-brisa.
Figura. Agência Nacional de Aviação Civil. Formação de gelo. Fonte: Domínio Público. Acesso em:
15 set. 2021
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Quanto menor a temperatura, menor a frequência de formação de gelo, pois é
menor a quantidade de umidade (água superesfriada).
Quanto mais veloz, mais rápido se forma o gelo, maior é o acúmulo de gelo.
Em trovoadas o gelo pode se formar até 50.000 pés. Sob condições normais, a faixa
altimétrica fica em torno de 30.000 e 35.000 pés.
7 Sistemas de degelo
7.1 Preventivos ou Anticongelantes
OBSERVAÇÃO
A prevenção de gelo não deve ser feita quando representar desperdício de energia
(bordo de ataque e hélices) ou de líquido anticongelante. Nesses casos, é preferível
esperar o gelo se formar, e então acionar os sistemas de degelo. Por outro lado, a
prevenção deve ser feita no caso do ar quente do carburador e aquecimento elétrico
do tubo de Pitot e para-brisas, sempre que o piloto julgar conveniente.
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Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Wind shear. 2020. Disponível em:
https://www.anac.gov.br/en/safety/aeronautical-meteorology/conditions/wind-
shear. Acesso em: 10 set. 2021.
EXAME. Ciência. São Paulo terá maior incidência de raios nos próximos 30 anos.
2017. Disponível em: https://exame.com/ciencia/sao-paulo-tera-maior-incidencia-
de-raios-nos-proximos-30-anos/. Acesso em: 13 set. 2021.
FREEPIK. Brisa marítima (sea breeze) e brisa terrestre (land breeze). 2021.
Disponível em: https://br.freepik.com/vetores-gratis/infografico-de-ciencia-para-
brisa-terrestre-e-maritima_6408010.htm. Acesso em 15 set. 2021.
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METEOROCG. PP capítulo 15 – Frentes. Disponível em:
https://meteorocg.blogspot.com/2012/08/pp-capitulo-15-frentes.html. Acesso em:
11 set. 2021.
SONNEMAKER, João Baptista. Meteorologia. 32. ed. ver. E atual. São Paulo: ASA, 2017.
SOUZA, Walkir Barros de. Capítulo 2: Meteorologia. In: Piloto Privado – Avião. 2 ed. Rio
de Janeiro: IAC, 1989.
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2021. Todos os direitos reservados.
Produção editorial e revisões: Esp. Tammyse Araújo da Silva
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