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CURITIBA
2010
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DANIELLE RAPHAELA VOLTOLINI
CURITIBA
2010
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Sumário
1. Introdução ................................................................................................... 5
2. Fundição por Areia Verde ........................................................................... 6
2.1. Areia ...................................................................................................... 8
2.2. Análise de areia - principais ensaios e importâncias ........................... 11
2.2.1. Compactabilidade ......................................................................... 11
2.2.2. Umidade ....................................................................................... 11
2.2.3. Permeabilidade ............................................................................. 11
2.2.4. Resistência a Compressão ........................................................... 12
2.2.5. Granulometria ............................................................................... 12
2.3. Molde .................................................................................................. 12
2.4. Moldagem ........................................................................................... 13
2.5. Fusão .................................................................................................. 13
2.6. Processo ............................................................................................. 15
2.7. Vazamento .......................................................................................... 16
2.8. Solidificação ........................................................................................ 16
2.9. Contrações .......................................................................................... 17
2.10. Limpeza, rebarbagem ...................................................................... 17
2.11. Defeitos de fundição ........................................................................ 18
2.11.1. Lavagem e Erosão .................................................................... 18
2.11.2. Quebra e queda de areia no molde ........................................... 19
2.12. Vantagens e desvantagens.............................................................. 20
2.12.1. Vantagens ................................................................................. 20
2.12.2. Desvantagens ........................................................................... 20
2.13. Materiais a serem utilizados............................................................. 21
2.13.1. Ferro fundido ............................................................................. 21
2.13.2. Aço ............................................................................................ 21
2.13.3. Latão ......................................................................................... 21
2.13.4. Bronze ....................................................................................... 22
2.13.5. Alumínio .................................................................................... 22
3. Conclusão ................................................................................................. 23
4. Apêndice A – Imagens do processo de fabricação de uma peça por molde
de areia verde .................................................................................................. 24
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5. Referencias Bibliograficas ......................................................................... 29
5.1. Livros................................................................................................... 29
5.2. Sites .................................................................................................... 29
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1. Introdução
O processo de fundição é definido como o conjunto de atividades
requeridas para dar forma aos materiais por meio da sua fusão, consequente
liquefação e seu escoamento ou vazamento para moldes adequados e
posterior solidificação.
Os métodos de fundição são muito antigos, sua importância é
fundamental para o crescimento tecnológico desde os primórdios da
humanidade. Seu aperfeiçoamento é contínuo, partindo desde pequenas peças
fundidas artesanalmente às técnicas de siderurgia.
O processo de fusão se dá pelo aquecimento da matéria prima até
atingir seu ponto de liquefação. Depois de derretida será escoada ou injetada,
numa cavidade normalmente denominada molde. Uma vez resfriada, a matéria
prima solidifica-se tomando a forma em negativo.
Os processos mais utilizados ainda para a confecção dos moldes
convencionais são em areia de fundição ou terras especiais. Estes materiais
são refratários e abundantes na natureza, os mais usados são
areia, gesso, cimento e outras substâncias cerâmicas.
Nesse trabalho abordaremos os moldes de areia verde.
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2. Fundição por Areia Verde
O processo de Fundição por Areia Verde é responsável por mais de 60
% da produção mundial de fundidos.
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Após colocação dos machos (se necessário), juntam-se e apertam-se
entre si as 2 meias moldações, através dum conjunto de pernos de guiamento,
ficando a moldação pronta para o vazamento.
A galga é sem dúvida, o elemento principal de uma instalação para
preparação de areia do tipo sintética (verde) com base em argilas, onde são
usadas bentonites sódica e cálcica, aditivos como o pó de carvão, dextrina, pó
de madeira, entre outros. Dentro da galga estes materiais são misturados com
areia, que compõe a base da mistura e água que actua quimicamente no
processo de hidratação da argila (bentonite).
Figura 3 – Galga
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Relativamente aos aditivos, estes são colocados num outro silo e
injectados no recipiente de mistura, que funciona continuamente.
A injecção de argilóides na areia proporciona uma homogeneização
instantânea, devendo-se isto ao envolvimento dos grãos da areia nova, à
integração da bentonite através da mistura e ao amassamento da areia a alta
velocidade.
Quando o tempo de mistura estiver esgotado, a porta na parede do
misturador é aberta e a areia preparada é descarregada através de uma força
centrífuga.
Assim a preparação da areia pode variar entre 14 a 128 toneladas/hora
e o peso total pode variar entre 4200 a 23200 Kg.
2.1. Areia
A areia verde possui como principais características sua plasticidade e
consistência, moldabilidade, dureza, resistência e refratariedade.
Existem três tipos de areia verde:
• areia de moldação fina: tamanho de grão (120-180) mesh e alta
percentagem de argila (12 a 15%);
• areia de moldação média: tamanho de grão (80-100) mesh e alta
percentagem de argila (8 a 14%);
• areia de moldação grosseira: tamanho de grão (60-100) mesh e baixa
percentagem de argila (4 a 6%), sendo este tipo de areia mais utilizada
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para o aço e para o ferro, devido à necessidade destes metais
permanecerem por um longo período de tempo na moldação.
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coesão (da Bentonita). Enquanto a adesão reflete-se na interface
areia/Bentonita permitindo a aderência da Bentonita aos grãos de areia, a
coesão afeta a resistência interna do filme de Bentonita que envolve os grãos.
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Sabe-se que as bentonitas sódicas apresentam melhores propriedades
para fundição que as cálcicas naturais, por este motivo, realiza-se este
tratamento químico, que neste caso atendem melhor a certas exigências para o
uso como aglomerante.
2.2.1. Compactabilidade
Atualmente é o controle mais importante na areia de moldagem, é um
parâmetro relacionado ao teor de água de moldagem aglomerada na bentonita,
que deve ser suficiente para ser absorvida pela areia, de modo a anão se
separar dos grãos durante a moldagem. A quantidade de água necessária é
determinada pela soma de todos os “espaços” as serem preenchidos, seja dos
revestimentos de carbono contidos no pó de carvão, dos grãos de quartzo ou
dos demais aditivos.
2.2.2. Umidade
Geralmente seu aumento indica falta de areia nova no sistema, baixo
grau de preparação da mistura e outros fatores, causando vários problemas de
acabamento superficial.
2.2.3. Permeabilidade
Esta associada à umidade e granulometria, tem correlação direta aos
defeitos de gases nas peças (bolhas e pinholes).
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2.2.4. Resistência a Compressão
Este ensaio é de grande importância, pois determina a quantidade de
adição de bentonita que está totalmente ligada à argila ativa. Os valores ideais
de resistência dependem do tipo de liga a ser vazada e formato de peças.
2.2.5. Granulometria
Este ensaio se relaciona ao acabamento exigido, sua distribuição
correlaciona com a permeabilidade e fluidez. Nem sempre se deve tomar uma
decisão em usar uma areia com modulo maior (areia fina) para obter peças de
melhor acabamento, devem-se levar em consideração outras variáveis, como:
dimensões do fundido, umidade da areia, metal a ser vazado, temperatura de
vazamento, processo de moldagem e outros.
2.3. Molde
A cavidade do molde, tendo a forma e tamanho desejado, tem de ser
produzida tendo em conta as contracções e dilatações, devido à solidificação
do metal. O molde tem de ser capaz de produzir os detalhes desejados e
possuir propriedades refractárias para que não seja afectado significativamente
pelo metal fundido.
É importante que o molde tenha resistência suficiente para suportar o
peso do metal líquido que em seu interior será acomodado, além de ter
resistência à ação erosiva do metal líquido, que gere a menos quantidade
possível de gases e que os eventuais gases formados sejam facilmente
escoados para fora do molde.
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2.4. Moldagem
A moldagem em areia verde pode ser feita manualmente (com socador
manual ou pneumático) ou mecanicamente (com máquinas de compressão, de
impacto, compressão vibratória, sopragem ou projeção centrífuga).
As caixas de moldação são de armação metálica ou de outro material
resistente usado para conter, sustentar e manter a areia utilizada na realização
de um molde
A moldação pode ser obtida por vários processos, que diferem entre si,
principalmente, na forma como é feita a compactação da areia de moldação em
redor da placa molde.
2.5. Fusão
O processo de fusão tem de ser capaz de providenciar material fundido
não só à temperatura apropriada, mas também à quantidade desejada, com
qualidade aceitável e custo razoável.
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Figura 10 - Fusão do metal
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2.6. Processo
O processo inicia-se com a construção de um modelo padrão com uma
aproximação do fundido final. A areia é então compactada em torno do modelo
que posteriormente é removido para produzir a cavidade do molde.
2.7. Vazamento
O fator mais importante que afeta a fluidez do metal fundido é a
temperatura de vazamento ou a quantidade de sobreaquecimento, embora, a
temperatura e o intervalo de arrefecimento sejam também fatores importantes
que afetam a fluidez. Quanto mais alta for a temperatura de vazamento, mais
elevada é a fluidez. Contudo, a uma temperatura excessivamente alta, as
reações do metal são aceleradas e a penetração em pequenos vazios é
possível, entre as partículas da areia no molde, que deixará partículas
embutidas na peça de fundição, traduzindo-se num defeito mecânico.
2.8. Solidificação
O processo de solidificação deve ser desenhado e controlado
convenientemente. Devem ser tomadas precauções para que o molde não
apresente muitas restrições às contrações que acompanham o arrefecimento
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do metal sólido. Senão, o fundido irá fraturar quando estiver solidificando e a
sua resistência será baixa.
Depois do metal fundido ser vazado para o molde, uma série de eventos
toma lugar durante a solidificação do fundido e o seu arrefecimento até à
temperatura ambiente. Estes eventos influenciam muito o tamanho, forma e
uniformidade dos grãos formados durante a solidificação que influenciam as
suas propriedades gerais. Os fatores significantes que afetam estes eventos
são o tipo de metal, as propriedades térmicas do metal e do molde, as relações
geométricas entre o volume e a área de superfície do fundido e a forma do
molde.
2.9. Contrações
Devido à suas características de expansão térmica, os metais contraem
durante a solidificação e arrefecimento. As contrações causam modificações
dimensionais e por vezes ruptura, como resultado de:
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2.11. Defeitos de fundição
Os vários defeitos podem ocorrer no processo de produção, dependendo
dos fatores tais como os materiais, desenho das peças, e técnicas de
processamento. Enquanto alguns defeitos afetam só a aparência das peças,
outros podem afetar muito a integridade estrutural das peças finais. Vários
defeitos podem-se desenvolver em fundição.
• Projeções metálicas;
• Inclusões;
• Cavidades, consistindo em cavidades internas ou externas redondas e
rugosas, incluindo furos e cavidades contraídas.
• Descontinuidades, tais como fendas, rupturas a frio ou a quente, devido
aos rápidos arrefecimentos. Se a solidificação do metal não contrai
livremente podem ocorrer fendas ou rupturas. Embora muitos fatores
estão envolvidos na ruptura, o tamanho de grão grosseiro e a presença
de segregações de baixa fusão ao longo das fronteiras de grão
(intergranular) aumentam a tendência de ruptura a quente. Os
vazamento incompletos resultam do metal fundido estar muito baixa
temperatura ou de um mau vazamento.
• Faces defeituosas, tais como pregas, dobras, abas, rugosidade, areia
aderente, e oxidação.
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excesso de modelos na placa, resultando na formação de regiões
finas entre os modelos e/ou modelos e lateral da caixa;
pequenas espessuras na parte superior ou inferior do molde, devido
a altura excessiva do modelo;
canais perto dos modelos que ocasionam regiões fracas;
dimensão incorreta na caixa de macho ou modelo;
Processo de moldagem
colocação inadequada de pesos;
excesso de finos na areia do sistema;
proteção inadequadados canais de subida e descida durante a
confecção da tampa;
baixa resistência de areia por mistura deficiente;
compactação insuficiente;
alta temperatura da areia preparada;
manuseio e colisões bruscas dos moldes;
colocação inadequada de machos ou luvas provocando quebra ou
queda de areia no molde;
Processo de Macharia
caixa aberta durante a confecção, alterando o dimensional do macho;
desgaste de pinos e buchas na caixa de machos provocando
desencontro no macho;
excesso de finos na areia do sistema;
baixa resistência da areia com mistura deficiente;
compactação fraca nas caixas de macho;
alta temperatura da areia preparada;
manuseio e colisões bruscas dos machos
2.12.1. Vantagens
Esta tecnologia pode ser utilizada para metais ferrosos e não
ferrosos;
Baixo custo do modelo;
Não existem grandes limitações relativamente ao tamanho, forma e
peso do fundido;
Adapta-se a pequenas e grandes série
Não há perda de material (visto ser possível utilizar sucata e retornos
provenientes do corte dos sistemas de gitagem e alimentação);
2.12.2. Desvantagens
Baixa precisão dimensional;
Tolerâncias dimensionais ≥ 1.5875 mm
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2.13. Materiais a serem utilizados
Qualquer metal pode ser fundido, embora existam alguns que são mais
utilizados.
2.13.2. Aço
O aço pode ser utilizado para fundição ou para formar lingotes, os quais
laminados, formarão barras ou placas.
2.13.3. Latão
O latão e suas ligas contêm uma base de cobre com uma percentagem
de zinco. As ligas de latão possuem uma excelente aptidão à fundição e
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maquinagem, podendo ser utilizadas em válvulas, bombas, instalações de
tubagens, rodas dentadas, componentes de máquinas, peças decorativas e
produtos mecânicos de elevados esforços.
2.13.4. Bronze
O bronze e suas ligas para além de cobre e zinco contêm outros
elementos. As ligas de bronze possuem uma excelente resistência à corrosão e
ductilidade razoável. São normalmente utilizadas para instalações de válvulas e
impulsores.
2.13.5. Alumínio
O alumínio e suas ligas são utilizados para calhas, cadeiras de parques,
pratos para tartes, sinais de trânsito, peças de chassis de camiões e
componentes de mísseis. As ligas de alumínio têm excelentes características
para fundição e maquinagem, têm também elevada pureza base, o que implica
uma elevada força e ductilidade.
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3. Conclusão
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4. Apêndice A – Imagens do processo de fabricação de uma
peça por molde de areia verde
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Macho sendo retirado da caixa após cura da areia;
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Instante do vazamento do metal da panela para o molde;
26
Esmerilhamento das rebarbas metálicas e áreas de canais e
massalotes;
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5. Referencias Bibliográficas
5.1. Livros
5.2. Sites
• http://cursos.unisanta.br/mecanica/ciclo6/Fundicao.pdf - Processos de
Fabricação Mecânica – Fundição, Autor: Professor Demarchi
• http://www.poli.usp.br/d/pmr2202/arquivos/Processos%20de%20Fundi%
C3%A7%C3%A3o%20e%20Sinteriza%C3%A7%C3%A3o.pdf –
Introdução à Manufatura Mecânica – Processos de Fundição e
Sinterização (Metalurgia do Pó), Autor: Professora Izabel Machado
• http://www.grupometal.com.br/imagens/downloads/grupometal03.pdf -
Processos e Variáveis de Fundição – Autor: Sergio Mazzer Rossitti
(Maio/1993) – Grupo Metal
• http://www.areiaverde.com/main.html - Marco Assessoria em Areia
Verde
• http://www.cimm.com.br/portal/noticia/material_didatico/3676 -
Processos de Fundição
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