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OSASCO
2019
JOYCE HERCULANO PASCHOAL
MARCOS ROBERTO VICTORINI
WELMO DE SOUZA SILVA
OSASCO
2019
JOYCE HERCULANO PASCHOAL
MARCOS ROBERTO VICTORINI
WELMO DE SOUZA SILVA
Orientador: ____________________________________________________
Prof. Carlos Alberto Marchioli
Examinador(a): ___________________________________________________
[Titulação e Nome do Professor Avaliador]
Examinador(a): ___________________________________________________
[Titulação e Nome do Professor Avaliador]
Examinador(a): ___________________________________________________
[Titulação e Nome do Professor Avaliador]
No processo de fundição sob pressão as ligas mais utilizadas são as ligas de Al-
Si, por apresentarem baixo ponto de fusão, boa resistência à tração, dureza e
alongamento, dentre outras propriedades. Na fundição sob pressão, aplica-se uma
alta velocidade na injeção do metal, gerando assim diversos defeitos como
microporosidades e junta fria por exemplo, resultando em falhas mecânicas da peça
final. Esses defeitos, normalmente surgem devido a falhas no projeto da matriz,
controle dos parâmetros de injeção e injetora irregular.
Afim de melhorar a qualidade dos produtos fundidos sob pressão, esse trabalho
teve como objetivo principal analisar a influência da velocidade de injeção nas
propriedades mecânicas da liga A380.
Para esse desenvolvimento, foram produzidos corpos de prova por fundição sob
pressão em injetora câmara fria com 6 variações de velocidade:
• 3 variações de velocidade na primeira fase.
• 3 variações de velocidade na segunda fase.
A caracterização mecânica foi feita através de ensaios de resistência a tração
e dureza Brinell. Para justificar os resultados obtidos, foi feita uma avaliação
microestrutural de cada variação de velocidade. Os resultados obtidos, foram
comparados em dois grupos: variações da primeira fase e variações da segunda fase.
In the process of high pressure die casting, the most commonly used alloys
are Al-Si alloys, as they have low melting point, good tensile strength, hardness
and elongation, among other properties. In die casting, a high speed is applied to
the metal injection, thus generating various defects such as microporosities and
cold joint for example, resulting in mechanical failure of the final part. These defects
typically arise due to failures in die design, control of injection parameters and
irregular injector.
In order to improve the quality of die cast products, this work aimed to
analyze the influence of injection speed on the mechanical properties of A380 alloy.
For this development, cold-die casting test specimens were produced in a
cold chamber injector with 6 speed variations:
• 3 speed variations in the first phase.
• 3 speed variations in the second phase.
The mechanical characterization was made through tensile strength and
Brinell hardness tests. To justify the results obtained, a microstructural evaluation
of each speed variation was made. The results were compared in two groups: first
phase variations and second phase variations.
Keywords: high pressure die casting. Velocity. Injection Phases. A380. Defects
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
ºC Graus Celsius
Al Alumínio
bar Unidade de Pressão
Ca Cálcio
cm Centímetro – unidade de comprimento
cm² Centímetro quadrado – unidade de área
cm³ Centímetro cúbico – unidade de volume
Cu Cobre
g Gramas – unidade de massa
kgf Quilograma-força – unidade de força
m/s Metros por segundo – unidade de velocidade
Mg Magnésio
mm Milímetros – unidade de comprimento
MPa Mega Pascal – unidade de pressão
Ni Níquel
R Raio
Si Silício
Sn Estanho
α Fase alfa
β Fase beta
π Pi
Mn Manganês
% Porcentagem
Fe Ferro
Ti Titânio
Cr Cromo
Zn Zinco
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................... 15
CONCLUSÃO ...................................................................................... 80
REFERÊNCIAS .................................................................................... 82
15
INTRODUÇÃO
1 Objetivos do Trabalho
Indústria automobilística;
Construção civil;
Indústria moveleira;
Brinquedos;
Eletro/eletrônicos;
Decoração;
Grupo de acionamento
Grupo de fechamento e extração da peça injetada
Grupo de injeção
A Figura 2 representa esses 3 sistemas e suas localizações na injetora
câmara quente.
Figura 2 Sistema Câmara Quente
• Grupo de acionamento
• Sistema de fechamento
É constituído por:
• Sistema de travamento
• Sistema de extração
• Câmara de injeção
É o recipiente que contém o metal líquido a ser injetado. É fabricado em
aço resistente à altas temperaturas. É constituído de um canal para alimentação
do metal líquido e uma flange externa que deve se armazenar entre a placa fixa
da máquina e placa fixa do molde impedindo sua movimentação por ocasião da
injeção.
A câmara de injeção deve ser submetida a tratamentos térmicos para
elevar sua dureza e resistência mecânica.
• Haste de injeção
Podemos observar na Figura 7, a haste de injeção é o componente
mecânico que fixa o pistão de injeção. É fabricado em aço de construção
mecânica e constituído em uma extremidade com rosca para a fixação do pistão
e na outra extremidade uma flange que permita ser fixado ao sistema de
acoplamento do cilindro de injeção. Interiormente, ao longo de seu comprimento,
é constituído de um furo que permita a passagem de água para a refrigeração
24
do pistão. O furo permite a passagem de um tubo que conduz a água até o pistão
e entre o tubo e o furo permite o retorno desta mesma água.
• Acoplamento da haste
Faz a junção da haste de injeção com a haste do cilindro de injeção. É
fabricada em aço de construção mecânica. Possui diversos modelos em função
do fabricante da máquina. O mais comum é aquele que permite a remoção rápida
da haste para agilizar na troca do pistão de injeção. A Figura 8 é uma
representação esquemática desse componente.
• Pistão de injeção
alta pressão para iniciar o disparo com a velocidade requerida, o fluido hidráulico
necessário para impulsionar o pistão deve estar armazenado em um recipiente
de alta pressão denominado acumulador. O acumulador é um reservatório do
gás Nitrogênio que, quando comprimido pelo sistema hidráulico (bomba de alta
pressão), fornecerá a energia necessária para que ocorra o disparo do pistão na
segunda fase de injeção.
26
Fases de injeção
No processo de injeção, o preenchimento do metal na bucha de injeção
até o preenchimento completo da cavidade é dividido em 3 fases como
esquematizado na Figura 9.
Fim da 2ª Fase
Início da 3ª Fase (Recalque)
F- Força de injeção
FF – Força de Fechamento do molde
FA – Força de abertura do molde
PE – Pressão específica de injeção
Fim da 2ª Fase
Início da 3ª Fase (Recalque)
Medidas e Cálculos
Passos
²,
X= [mm]
32
, ×)
²
C1= A – B – [mm]
Onde:
Obs: Quando o molde não possuir bloco difusor a dimensão B será 0 (zero).
CI = A - ET ou CI = A - (ET + B)
×!²
PT = [Kgf/cm²]
²
PT = Pressão de trabalho
PE = Pressão específica
d² = Diâmetro do pistão de injeção
D² = Diâmetro do pistão hidráulico
×"
Área do pistão = [cm²]
Molde de injeção
O molde de injeção é fabricado em aço e deve suportar às variações de
temperatura decorrentes do processo, que ao longo do tempo provocam
microtrincas superficiais no molde as quais são transferidas para o produto
prejudicando seu aspecto superficial.
Manutenções periódicas no molde devem ser conduzidas regularmente
para garantir sua longevidade e a repetitividade do produto.
Lubrificação do molde
• Óleos;
• Ceras;
• Silicones;
• Outros;
36
Legenda:
E = ENTRADA DA REFRIGERAÇÃO
S = SAÍDA DA REFRIGERAÇÃO
37
Bolsas de gases
Canais de alimentação
Canal de Corte
7ç
A.C.C = [m² ou
87 9:;9: 9:;9
cm²]
H = da espessura [mm]
A altura do canal de corte deve ser 2/3 da espessura da peça no ponto de
injeção.
L = tang. 10°× H × 2 + I
S
R=
T
Canal Secundário
H=l
L = 1,35 x l
S
R=
T
XYZ
ACS = ×H
40
Canal Primário
H=l
L = 1,35 x l
G
R=
T
(\Y])
ACP = ×^
41
Grão
O grão é definido como sendo um cristal circundado ou não por eutético,
no estado sólido.
No Al puro, um grão é representado por um cristal de Al formado pelo
crescimento de uma só dendrita a partir de um embrião, conforme Figura 22.
A liga Al-Si pertence a uma estrutura eutética binária, seu ponto eutético
se dá em torno de 12,6% de Si na temperatura de 577°C. Abaixo de 12,6 % a
liga é denominada de hipoeutética e acima deste valor é intitulada de
hipereutética.
44
Silício
Ferro
Por outro lado, ferro em teores muito abaixo de 1%, ou seja, residual
causa tendência de aderência ou solda com partes do molde, dificultando ou
impedindo a obtenção de peças íntegras, pelo o aumento da viscosidade da liga
fundida. Somente para as ligas com 5% de Silício ou com 8% de Magnésio há
necessidade de um teor um pouco mais alto do que 1,3% para corrigir uma
elevada tendência de solda destas ligas. Ao contrário das ligas para fundição por
gravidade onde o ferro é considerado impureza, para fundição sob pressão, o
ferro é elemento de liga importante.
Cobre
Magnésio
46
Zinco
Igualmente ao chumbo.
Cálcio
4 LIGA A380
• Redução do alongamento;
• Redução do limite de resistência;
• Redução da deformação e resistência à flexão;
• Redução da resistência ao impacto;
• Nucleação de eventuais trincas de fadiga em componentes sujeitos a
esforços cíclicos.
Junta fria
Junta fria ou ponto frio é o encontro de fluxos de metal líquido que não
se fundem completamente em função da baixa temperatura. A Figura 25 mostra
um exemplo desse tipo de defeito.
A junta fria diminui a resistência mecânica do produto, agindo como um
entalhe e, portanto, favorecendo a ocorrência de trincas.
É um dos defeitos mais comuns e desde que o operador de máquina
seja orientado corretamente, ele passa a contribuir por grande parte das
soluções.
Trincas
Superfície marmorizada
Defeitos dimensionais
Defeitos internos
Chupagens e rechupes
Bolhas (porosidades)
6 MATERIAIS E MÉTODOS
6.1 MATERIAIS
Figura 32 - Corpo de prova injetado de acordo com ABNT NBR 7549: 2008
Corpos de prova
MÉTODOS
Processo de injeção
Desgaseificação e Vazamento na
Análise da
escorificação panela de
efetividade da
transporte - Na
desgaseificação
faixa de 750°C
Inserção dos
Vazamento no Injeção dos corpos
parâmetros de
forno de espera de prova
injeção
• Fabricante: LK
• Modelo: DCC 500
• Força de Fechamento: 500T
• 1° Fase: 1 m/s
• 2° Fase: 6 m/s
Ensaios Mecânicos
Ensaio de tração
Realizamos o ensaio de tração em 60 corpos de prova, conforme norma
ABNT NBR ISO 6892-1:2018. Tracionamos 10 corpos de prova para cada
variação de velocidade em uma máquina universal conforme Figura 36. Foi
utilizada a velocidade de ensaio em 4 mm/min.
Através dos resultados de ensaio de tração, obtivemos as médias do
limite de escoamento, taxa de alongamento e a própria resistência a tração.
Metalografia
Micrografia
Ensaio de Tração
350
280,7 271,8 288,5
Tensão [MPa]
300
250
237,6
200
150
133,9 125,5
100
50
0
Taxa de Alongamento
2,8
2,7
Alongamento [%]
2,7
2,6 2,51
2,5
2,4 2,34
2,3
2,2
2,1
Variações da 1ª Fase
Ensaio de Tração
350
277 297,5 288,1
Tensão [MPa]
300
246
250
200
150 120,11 125
100
50
0
Taxa de Alongamento
3
2,44 2,51
Alongamento [%]
2,5
2
1,44
1,5
0,5
Variações da 2ª Fase
Dureza Brinell
78
77,448
Dureza [HB]
77 75,892
76
75
74,668
74
73
Dureza Brinell
82,484
83
81,916
Dureza [HB]
82
81 80,282
80
79
9,2
9,1
9 8,9
8,9
8,8
8,7
8,65
8,6
8,5
8,4
8,3
9,2
9
8,8 8,68
8,6 8,48
8,4
8,2
8
MACROGRAFIA E MICROGRAFIA
Velocidade de 0,1 m/s na 1ª Fase, 1,8 m/s na 2ª Fase e 132 bar de multiplicador
Figura 39- Amostra de 0,1 m/s atacada com HF (0,5%) - Região da borda - Aumento de
100x
Velocidade de 0,25 m/s na 1ª Fase, 1,8 m/s na 2ª Fase e 132 bar de multiplicador
Placas de Si
Região com grande Fase α
quantidade de
microporosidades.
76
Microrechupes
77
Velocidade de 0,6 m/s na 2ª Fase, 0,25 m/s na 1ª Fase e 132 bar de multiplicador
Junta fria
Película de
alumina
78
Velocidade de 1,5 m/s na 2ª Fase, 0,25 m/s na 1ª Fase e 132 bar de multiplicador
Velocidade de 3,0 m/s na 2ª Fase, 0,25 m/s na 1ª Fase e 132 bar de multiplicador
Microrechupe
Microporosidades
80
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
Fuoco, R., Corrêa, E.R., Bastos, M.A., Kolososki, J. e Santos, R.G. Projeto de
sistemas de canais para fundição de alumínio por gravidade. CONAF, ABIFA,
2001.
Runyoro, J., Boutorabi, S.M.A., Campbell, J. Critical gate velocities for film-
forming casting alloys: a basis for process specification. AFS Transactions, v.
92-37, p. 225-234, 1992.