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GINÁSTICA

RÍTMICA
Prof. Ms. Lucas Fraga
GR Masculina
 A modalidade foi desenvolvida inicialmente para a prática das mulheres;
 Rudolf Bode e Enrich Medau desenvolveram seus métodos ginásticos visando
à valorização e ao desenvolvimento de aspectos socialmente considerados
“femininos”, como beleza, graciosidade e elegância, que seriam trabalhados
através da dança e da expressividade;
 Existem basicamente duas linhas de GR praticadas pelos homens: a tradicional
e a asiática.
Linha Tradicional
 Mesmas regras previstas para a modalidade feminina. Coelho (2016) nos apresenta
o caso da Espanha, onde os homens iniciam sua participação aos doze anos e são
divididos em cinco faixas de idade: sênior, benjamín, alevin, infantily e júnior;
 Não há apresentação masculina de conjunto, apresentando‑se apenas nas provas
individuais que são as mesmas das mulheres;

 Espanha é o único país que possui um campeonato nacional;

 2009 – 10 participantes
 2018 - Mais de 50 participantes
Linha Asiática
 Surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial (década
de 1950).
 Baseado na calistenia e em elementos do wushu (kung
fu);
 Valoriza a força e a resistência do ginasta. Seus
movimentos muitas vezes estão relacionados a
movimentos de lutas, mais rígidos e firmes,
diferentemente do que se vê na GR feminina, em que os
movimentos são mais suaves e graciosos.
GR Japão
 Corda (igual à das mulheres);
 Maças (semelhante às das mulheres);
 Bastão (semelhante ao das lutas);
 Arcos menores (dois).
 Provas Individuais (semelhantes ao feminino);
 Nas provas de conjunto, apresentam‑se seis ginastas, sem a utilização de
aparelhos (mãos livres), a série apresentada precisa conter saltos,
flexibilidades, equilíbrios e paradas de mão, exigindo‑se um número mínimo de
seis formações ao longo da apresentação.
 2’’30’ a 3’’
Componentes de Dificuldade

 Dificuldade Corporal (BD);


 Combinação de Passos de Dança (S);
 Elementos Dinâmicos com Rotação (R);
 Dificuldade do Aparelho (AD);
Elementos de Dificuldade
Corporal
 As Dificuldades Corporais (BD) incluem
Saltos;
 Equilíbrios no pé plano, sobre os dedos
dos pés em posição de meia ponta ou nos
cotovelos ou até no peito;
 Rotações, giros feitos com o pé apoiado
no chão  ou sobre os dedos dos pés
em relevé (caso em que são conhecidos
como pivôs).
Saltos
 Os saltos são movimentos realizados por meio de impulso, no qual os pés
perdem o contato com o solo e permanecem em suspensão por um tempo
mínimo;
 Fase de impulsão, fase área e fase da aterrissagem;
 Forma definida e fixada durante o voo (posicionamento dos segmentos
corporais);
 Altura (elevação) suficiente para demonstrar a forma correspondente;
 Chegada ao solo, que deve ser suave, graciosa e precisa.
Saltos
 Salto Jeté
 Gazela
 Arqueado
 Cabriole
 Afastado
 Tesoura
 Cadete
 Galope
 Grupado
 Carpado
Equilíbrio
 Os equilíbrios constituem movimentos de manutenção e controle do centro de
gravidade sobre o limite de uma base de apoio.
 Para que os árbitros considerem um equilíbrio válido, o atleta deve manter‑se
durante a realização de, no mínimo, um manejo, e as posturas devem ter forma
claramente fixada com parada na posição, sendo precisas e evitando
movimentos suplementares, como balanços e demonstrações de instabilidade
no equilíbrio.
 Muitos equilíbrios da GR são iguais ou semelhantes aos do balé clássico, as
aulas de balé são essenciais para a realização desses elementos corporais.
Equilíbrio
 Segundo o código de pontuação (FIG, 2017), há
três tipos de dificuldades de equilíbrio, descritas a
seguir.
 Equilíbrio sobre o pé: executado em meia-ponta
(flexão plantar/sobre os dedos dos pés) ou pé
plano.
 Equilíbrio sobre outras partes do corpo: por
exemplo, sobre o joelho, sobre o abdome, sobre
o peito.
 Equilíbrio dinâmico: executados com movimentos Equilibrio de Fouetté 
suaves e contínuos, de uma forma para a outra.
Rotação
 Rotações , ou pivôs , são movimentos em torno
do próprio eixo corporal. A maioria das rotações
acontecem no eixo corporal longitudinal;
 Rotações devem ser coordenadas com no
mínimo um manejo do aparelho, em qualquer
parte da rotação, para ser válida.
 A maioria das rotações são realizadas na meia
ponta (flexão plantar), e perder o equilíbrio ou
encostar o calcanhar no chão pode invalidar ou
tirar pontos da ginasta.
Pré‑acrobáticos
 Na GR o termo pré‑acrobático define acrobacias que não possuem fase aérea, ou seja,
não podem ser realizadas sem o contato com o solo. Na grande maioria, são
movimentos com rotação nos eixos corporais anteroposterior (como a estrelinha) e eixo
latero‑lateral (como rolamentos e reversões).

 Rolamentos para frente e para trás sem voo;


 Reversões para frente e para trás e lateral sem voo;
 Rolamento sobre o peito/fish‑flop.
Rolamentos para frente
Reversão para frente
Reversões para trás
Rolamento sobre o
peito/fish‑flop
Combinação de Passos de Dança
 Uma sequência de no mínimo 8 (oito) ou mais Passos de Dança, executados
em qualquer parte da coreografia.
 Pelo menos uma combinação de Passos de Dança deve fazer parte de todas
as rotinas.
 Requisitos: Cada S deve ser executado: Com no mínimo 1(um) Elemento
Técnico Fundamental do Aparelho. Com no mínimo 8 (oito) segundos
começando do primeiro movimento de dança; todos os passos devem ser
claros e visíveis por toda a duração.
Dificuldade do Aparelho
 São elementos que exigem sincronização técnica, particularmente difícil,
entre aparelho e corpo, caracterizados pela execução de um manejo de
base dos grupos técnicos fundamentais ou outros grupos do aparelho,
aliados a dois critérios ou ações que dificultam a realização desse manejo.
Um exemplo de maestria é a recuperação de um aparelho fora do campo
visual e sem as mãos.
 Individual no mínimo uma vez, podendo ser executada durante a realização
de uma dificuldade corporal (BD) ou durante a combinação de passos de
dança (S).
Elementos Dinâmicos com
Rotação
 Primeiramente, a ginasta realiza um grande lançamento do aparelho;
 Na sequência, durante o voo do aparelho, a ginasta deve executar duas ou mais
rotações ao redor de qualquer eixo corporal (360° cada rotação), sem interrupção. A
primeira rotação pode ser realizada durante o lançamento ou voo do aparelho;
 A recuperação do aparelho deve ser realizada durante ou imediatamente ao finalizar
a última rotação. O risco está exatamente nessa agilidade de execução, pois a
ginasta pode perder o aparelho.
Exercícios de conjunto e
dificuldades
Dificuldades Corporais (BD)

 As dificuldades corporais são formadas por saltos, equilíbrios e rotações. Todos


os elementos de BD listados para os exercícios/séries individuais são válidos
também para os exercícios em conjunto;
 A ginasta pode inserir em sua série coreográfica um mínimo de quatro
dificuldades corporais, ou seja, no mínimo, um salto, um equilíbrio, uma rotação e
uma dificuldade à sua escolha. Tais dificuldades corporais devem ser executadas
simultaneamente por todas as cinco ginastas; se uma ou mais ginastas cometer
uma falta técnica durante a realização, a dificuldade não será válida.
Dificuldade de Troca
 Dificuldade de troca (ED) é definida como uma troca dos aparelhos em que todas as cinco
ginastas devem participar das duas ações: lançar seu próprio aparelho para a parceira e
receber o aparelho da parceira. Existem várias formas de realizar essas trocas de aparelho.

 As trocas podem ser efetuadas:


 Simultaneamente ou em muito rápida sucessão;
 Com as ginastas em seu lugar ou em deslocamento;
 Pelas 5 ginastas juntas ou por subgrupos;
 Entre 1 ou 2 tipos de aparelhos;
 Com o mesmo nível ou níveis combinados de altura/parábolas dos lançamentos.
Combinação de passos de dança
 No conjunto, a combinação de passos (S) de dança segue os mesmos critérios
da categoria individual.
 Como se trata de um conjunto, elas podem realizar a combinação de passos de
dança iguais ou diferentes,nentre as cinco ginastas, ou, ainda, igual ou
diferente por subgrupos. Elas podem realizar colaborações (C) na combinação
de passos desde que não interrompam a continuidade da dança.
Elementos Dinâmicos com Rotação

 No conjunto, os elementos dinâmicos com rotação (R) seguem os


mesmos critérios da categoria individual. A definição básica,
conforme descrito anteriormente para o individual, deve ser
cumprida pelas cinco ginastas para ser válida. As ginastas podem
executar o R simultaneamente ou em sucessão por subgrupos.
Colaborações
 Colaborações (C) são características do conjunto, sendo definidas pelo
trabalho de cooperação em que cada ginasta entra em uma relação com um ou
mais aparelhos e uma ou mais parceiras;
 Para uma colaboração ser válida, é preciso que todas as cinco ginastas
participem na ação de colaboração, mesmo se tiverem papeis diferentes; de
outra forma, a colaboração não será válida;
 Todas as cinco ginastas devem estar em uma relação direta e/ou através do
aparelho;
 Mínimo quatro colaborações.

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