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Recife, 2023
para a análise dos dados. A análise dos dados e dos resultados obtidos, juntamente
ressonância.
composição implica em alterações óbvias nas respostas obtidas, sendo elas melhor
núcleo de um dos elementos, nesse caso o indutor, vemos que as respostas obtidas
mas sim, podem nos dar uma gama de informações de suma importância sobre o
série a partir de sua inserção em uma placa protoboard alimentados por um gerador
núcleo variáveis.
Com os dados obtidos pelo aparato supracitado foram obtidos diversos dados
Conclusão.
que mais se alterava com a inserção do material no núcleo era a amplitude do sinal
de output recebido pelo osciloscópio, já, por exemplo, fatores como a frequência de
ferromagnético. Por isso, o modelo teórico tem como objetivo principal determinar a
do material inserido.
1. 𝐿 ≡ indutância.
2. 𝑅 ≡ resistência.
3. 𝐶 ≡ capacitância.
6. 𝑖 ≡ corrente.
indutor+barra metálica.
perfeita ressonância entre seus elementos. Com isso, chegamos à conclusão que
ressonância:
1
ω = (3)
2π 𝐿𝐶
[4]:
1 1
µ(ω) = 𝑛²𝑙𝐶𝐴
( 2πω )² (4)
0
1 2π𝑉
𝑖= 𝐿
∫ 𝑉(𝑡)𝑑𝑡 = ω𝐿
(5)
∞
Logo
6
𝑙
𝐹 = 𝑖 ∫(𝑑𝑙' 𝑥 𝐵) = − ∇𝑈 (6)
0
Sabendo que
1
𝑈= 2
𝐿𝑖² (7)
∂𝑖
∇𝑈 = 𝐿𝑖 ∂𝑦
(8)
Como
𝑙𝐵 = 𝐿𝑖𝑛 (10)
Com isso:
2π∆𝑉
𝐿= − 𝐴𝑖𝑛
(11)
1 2µ0 µ0²
∆𝑉(µ) = − 𝑘²
µ² − 𝑘²
µ + 𝑘²
(12)
em que
ω
𝑘= 𝑛⁵𝑙²𝐴²𝑉𝑚𝑎𝑥
(13)
Figura 3. Plot gráfico da função ∆𝑉(µ) por µ. Figura obtida através da representação
Como
𝑉
𝑖= 𝑅
(16)
um capacitor de 100 µ𝐹; [II] um resistor de 470 Ω; [III] uma placa protoboard; [IV] um
2A; [VI] 3 barras de zinco; [VII] 4 barras de alumínio; [VIII] 2 barras de aço-carbono;
[IX] 3 barras de cobre; [X] 4 barras de ferro e [XI] um indutor de indutância variável
(400 voltas; 600 voltas; 800 voltas; 1600 voltas e 2400 voltas).
importam são o número de barras (ou seja, o quanto elas preenchiam o núcleo do
gerador de função, ou seja, para diferentes frequências, 𝑉max varia.ou seja, para
O grupo decidiu que a extração de dados seria dividida em duas partes: [I] a
diferentes e como ela muda com e sem a presença das barras introduzidas.
Figura 9. Imagem da d.d.p captada com indutor de 600 voltas a 61 kHz sem e com a
presença das barras de Alumínio (0 e 4 barras, respectivamente)
De modo a garantir que o material das barras fosse o mais puro possível, foi
como modelo o Método Gráfico. Para tal, foi usado o software “Origin” para traçar os
uma das amostras e estes foram simbolizados nos gráficos com suas respectivas
barras de erro.
∂𝑓
∆𝑓 = (∑(( ∂𝑥ᵢ )²(∆𝑥ᵢ)²)) (18)
𝑖
1 1
1 −2
∆µ = ( 𝑘∆𝑉
2
2
)²(∆(∆𝑉))² + (∆𝑉 )(∆𝑘)² (19)
Em que
ω²
𝑘≡ 𝑛⁵𝑙²𝐴²𝑉𝑚𝑎𝑥
(20)
1 ω² ω² 25ω² ω²
∆𝑘 = 𝑛⁵𝐴²𝑙²𝑉
(∆ω)² + 𝑛⁵𝑙⁴𝐴²𝑉
(∆𝑙)² + 𝑛⁵𝑙²𝐴⁴𝑉
(∆𝐴)² + 4𝑛⁶𝑙²𝐴²𝑉
(∆𝑛)² + 4𝑛⁵𝑙²𝐴²𝑉³
(∆𝑉)²
12
Analogamente, a respeito do cálculo de incertezas para a determinação da
(21)
sinal e como ele é recebido pelo osciloscópio com e sem a presença de material
comportamentos diamagnéticos muito sutis e não foi observado pelo grupo grandes
d.d.p com a frequência de output não existe para materiais não-magnéticos e com
Figura 11 e 12. Gráfico de 𝑉(ω) para µ ≠ µ(0). Indutor de 400 voltas e indutor de
que este material possui. Perceba que mesmo o Aço-Carbono sendo identificado
do Fe. Isso se deve ao fato de que sua permeabilidade magnética relativa é muito
mais baixa.
A segunda coisa que também é muito fácil de olhar é para altas indutâncias
(no primeiro gráfico, pode-se obter a partir dos métodos narrados em [5],
Figura 13: Gráfico de 𝑉(ω) para µ ≠ µ(0). Indutor de 1600 voltas. Comparação
verifica-se que:
magnético aplicado.
15
3. Em regimes de baixa indutância, a mudança de tensão provocada
de barras introduzido
Já para a segunda parte da análise dos dados obtidos, será analisado pelo
Figuras 14 e 15. Gráficos de (𝑉𝑀𝑎𝑥 ) x n.º de Barras com o uso de indutores de 400
estão inseridos.
modelo adotado.
quantitativo os coeficientes dos gráficos das figuras 10, 11 e 12, visto que eles eram
medidos experimentalmente.
medidas) que o erro relativo da maioria das medições está no limite aceitável, o que
nos diz a qualidade do modelo teórico proposto. Com isso, utilizando os métodos
1 µ0 µ0
∆𝑉 = − 𝑘²
µ² − 𝑘²
µ + 𝑘²
(21)
18
Podemos ver na Figura 20 apresenta uma congruência com o gráfico
V. CONCLUSÃO
previsto.
baixa indutância, não houve diferenças significativas nos dados obtidos para
com precisão satisfatória, o que nos permitiu fazer uma análise física bastante
apresentando incertezas baixas e gráficos com fatores de qualidade elevados (R² >
0,97).
19
Como nota final, a equipe gostaria de apontar alguns fatores de melhoria para
uma maior variedade de materiais metálicos para testes. Além destes, também é de
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] BÉRON, F.; SOARES, G.; PIROTA, K. R. First-order reversal curves acquired by
a high precision ac induction magnetometer. Review of Scientific Instruments, v.
82, n. 6, 2011. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Soares-5/publication/51460079_First-or
der_reversal_curves_acquired_by_a_high_precision_ac_induction_magnetometer/lin
ks/5452a3160cf2bccc490949e2/First-order-reversal-curves-acquired-by-a-high-preci
sion-ac-induction-magnetometer.pdf. Acesso em: novembro de 2023.
20
[2] Circuito RLC série. FAP-0214 2006.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/239561/mod_resource/content/1/RLC_caos.
pdf. Acesso: novembro de 2023.
[3] Exp. 7 Ressonância num circuito RLC FSC5143. Laboratório de Física III
FSC5123. Física experimental II. Disponível em: lemo.ufsc.br Versão de 28 de
novembro de 2020[1] https://lemo.paginas.ufsc.br/files/2019/09/roteiro-exp-7.pdf.
Acesso: novembro de 2023.
Neste relatório analisaremos o Problema 14: Truque da Régua, da 37º IYPT. O ob-
rante a Seção II, iremos interpretar e explicar o problema a partir de ideais teóricos.
sua importância para fazer os testes, além disso é exposto o procedimento por trás da
Seção IV.
2
I. INTRODUÇÃO
A colisão entre a régua e a bolinha é regida por uma série de fatores, que vão desde a
altura que ela é jogada, bem como sua massa, até a gramatura e dimensões do papel. Este
que é cobrida por ele, que será melhor abordada na Seção II. Assim, qualquer leve alteração
nas componentes do experimento implica em alterações nos resultados obtidos, e isso será
contemplado na Seção IV. Por causa disso, é essencial que sejam feitas séries de medidas
para cada amostra e que o procedimento para coletar dados seja o mais sistemático possível.
Mesmo com uma montagem simples, o experimento consegue ser desafiante pela dinâmica
de seus fatores, que estão sempre mudando, e por sua repetição. Porém, ter um bom enten-
dimento sobre ele pode nos revelar mais sobre colisões, corpos deformáveis e até mesmo
física dos materiais. O objetivo desse relatório será investigar como cada parâmetro influen-
ciará no fenômeno, e com base em nossos dados tentar propor um modelo experimental para
explicar o evento. Em seguida, vamos comparar os resultados com o modelo teórico e assim
Para criar o modelo teórico, note que durante a colisão, existe uma força na folha que re-
siste ao movimento, a natureza desta é a diferença de pressão entre a face inferior e superior
desta, assim a força será da forma F∆P = ∆P Aef etivo , Aef etivo corresponde à área em que a
diferença de pressão é criada, região onde a folha está em contato com a mesa, é de imediato
que menor que área total da folha. Podemos observar o equilíbrio da régua quando está no
limite de rotação, isto é, quando a força normal que a mesa exerce sobre este tende a zero e
3
então a bola foi lançada de uma altura crítica. Por praticidade, usemos A para representar a
área efetiva. Pela expressão para estática de corpo rígido exposta por D. Morin em sua obra
[1]
Onde F D é torque que a bola faz na régua, com D representando o braço da força consi-
do papel até o eixo da rotação. Analisando o impulso na esfera com a equação apresentada
√
p (1 + e)MB 2gHc
I = F ∆t = (1 + e)MB v = (1 + e)MB 2gHc → F = (2)
∆t
Se a esfera, de massa MB , colide com a régua a uma distância fixa K da ponta da régua fora
D = l/2 − K − x (4)
A. Equipamentos do Experimento
Os aparatos utilizados envolve uma série de papéis A4 com diferentes gramaturas, régua
de 30cm com massa MR = (0, 035 ± 0, 001)kg , uma pequena bola de basquete de basquete
de MB1 = (0, 1674 ± 0, 0001)kg e uma bola de frescobol de MB2 = (0.0583 ± 0, 0001)kg
(a)
B. Arranjo Experimental
Conforme testes foram promovidos, notamos uma dificuldade em manter o ponto de lan-
çamento em uma mesma vertical que o ponto de colisão desejado e de ajustar uma altura
5
desejado, assim construimos uma estrutura de canos PVC junto de um cano branco de lan-
çamento que resolvia estes impasses. O local do qual a bola era tal que o dentro geométrico
da esfera esteja na altura do bocal superior do cano, todos os valores de altura já foram cor-
rigidos considerando o raio da esfera. O esqueleto montado com canos nos permite maior
(a) (b)
Além disso, os dois canos destacáveis (Fig. 1(a)) têm diâmetros ajustados para as bolas de
respectivos tamanhos.
6
C. Procedimento
que foram escolhidos para variar e, assim, investigar a relação da variação da altura crítica
com a desses. Para determinada altura, a bola era solta 10 vezes a partir do bocal superior
do cano de lançamento - com a cautela de não rotaciona-lo - renovando a folha sob a régua
para que a diferença de pressão não fosse comprometida pelo amassado, e corrigindo o
valor da altura crítica considerando o raio da esfera solta, pois a altura que o CM da esfera
Quando o equilíbrio da régua era mantido em metade das repetições a altura estava próxima
da crítica e então todos os valores próximos eram testados, ajustando a posição do cano de
lançamento sem rotacionar este em torno do cano vetical do esqueleto fixo. A altura crítica
era considerada a média dos valores de H que seguiam a condição exposta acima.
O procedimento foi repetido para cada gramatura, com 18cm da régua embaixo da folha e
os dois tipos de bola, e por isso o gráfico respectivo (Fig. 6(a)) foi feito usando a energia crítica
Ec
do objeto que colide que está relacionado com a altura crítica por Ec = MB gHc → Hc = MB g
, e para comprimentos diferentes do trecho da régua coberta pela folha, 16cm; 18cm; 20cm e
Os testes com as folhas de gramatura 300g/m2 e 200g/m2 foram feitos com a bola de
frecobol e as folhas de gramatura 140g/m2 ; 115g/m2 ; 75g/m2 e 56g/m2 com a bola de bas-
quete.
7
(a)
altura crítica era maior que o teto do laboratório, assim percebemos que o comportamento
aumento rápido de Hc .
(a)
Figura 4: Gráfico Rf × Hc feito no aplicativo Origin com a curva que melhor se ajusta aos dados e
o modelo teórico.
8
tende a infinito, que está dentro dos dados obtidos no experimento, isso é equivalente à bola
colidir exatamente na ponta da mesa, ou seja o braço da força será nulo. É esperado pelo
modelo teórico que o mínimo da função seja em Rf = 15cm, pois é o ponto em que o CM
da régua está em cima do eixo de rotação da régua, assim a altura critíca será a menor, pois
a resistência à rotação será menor. Para Rf < 15cm a régua começa a perder o contato
com a folha mais facilmente, deslizando para fora da mesa e saindo do regime de interesse.
Continuando o desenvolvimento:
2 g∆t2
MR MR ∆t2 MR gl ∆t2 MR gl 2
2 R2
2MB (1+e)2 f
+ 2 (1+e)2 ((mg
MB
+ ∆P A)d − 2
)Rf + 2 g(1+e)2 ((mg
2MB
+ ∆P A)d − 2
)
Hc (Rf ) =
Rf2 − 54Rf + 729
(7)
aRf2 + bRf + c
= (8)
Rf2 − 54Rf + 729
MR2 g∆t2
→ = 60, 34cm (9)
2MB2 (1 + e)2
9
MR ∆t2 MR gl
→ 2 2
((mg + ∆P A)d − ) = −3267, 9cm2 (10)
MB (1 + e) 2
∆t2 MR gl 2
→ 2 2
((mg + ∆P A)d − ) = 44486, 1cm3 (11)
2MB g(1 + e) 2
(a)
Figura 5: Tabela feita no aplicativo Origin com os dados obtidos na variação dos tipos de folha,
Alterar a gramatura da folha, não influência apenas na massa da folha, mas também na
rigidez dela, ou seja a diferença de pressão muda devido ao tamanho da área de folha que
encosta na mesa, tendo vista que quanto mais rígido, menos ela toca na mesa pois sua
Vemos nos dados, que apesar da folha de gramatura 300g/m2 ser a mais massiva, é a que
precisa de menos energia na bola para retirar a régua do equilíbrio, por ser proporcionalmente
rígida. O tipo da folha que resiste mais ao movimento da régua é a de gramatura 75g/m2 , por
(a)
Figura 6: Gráfico Gramatura × Ec feito no aplicativo Origin, não é possível ver as barras de erros,
pois a incerteza é da ordem de 0, 01.
V. CONCLUSÃO
Pode-se dizer que o comprimento da régua é um fator muito importante para o experi-
mento, seu valor pode facilitar, ou dificultar o processo de tirar a régua do equilíbrio devido à
dependência dos braços das forças envolvidas no sistema. Este comportamento esta satis-
fatoriamente dentro da previsão do modelo teórico desenvolvido na Seção II. Outros fatores
que suas importâncias foram observadas é a gramatura e rigidez do papel, ou seja, o tipo,
a área de contato do papel com a mesa, Aef etiva , Então apesar de considerar a massa do
papel, e assim sua gramatura, pois m = λAtotal onde λ representa a densidade superficial
do papel (gramatura), o modelo teórico não consegue prever uma função para o gráfico da
11
Figura 6(a).
Portanto, possibilidades para um estudo futuro mais aprofundado seria testar novos possí-
[1] Introductory Classical Mechanics, D. Morin, with Problems and Solutions. Capítulo 1.2, Equação
1.8
Recife, 2023
37º IYPT. Esse problema tem como objetivo a análise do clareamento da sombra
que uma chama com sal causa frente à uma lâmpada de vapor de sódio de baixa
pressão (LVSBP) após essa chama ser exposta a um campo magnético forte. Esse
e até a análise do campo magnético de corpos celestes. Ele foi observado pela
primeira vez no final do século XIX por Pieter Zeeman e consiste na separação das
interação do momento magnético dos elétrons (e, em menor grau, do núcleo) com o
campo. Inicialmente, havia uma explicação desse fenômeno proposta por Alfred
tal efeito se concentram nos átomos de rubídio e césio, dada a maior facilidade de
parâmetro relevante é a lâmpada que emite essa luz. Evidentemente, o motivo pelo
de emissão dela sofre pequenas variações e assim cada linha de emissão tem uma
certa largura ωnat (ou em inglês, line breadth) devido principalmente ao princípio da
3
incerteza e ao Efeito Doppler do movimento dos átomos dentro da lâmpada, por
Ele é importante por ser uma forma mais barata e simples de se observar o efeito
Zeeman.
Na Seção II, faremos uma descrição teórica mais detalhada sobre o Efeito
isto é, do desdobramento das linhas espectrais dos átomos (no caso do presente
experimento, com atenção especial para as linhas de absorção do sódio) pela ação
Efeito Zeeman Normal, quando o spin total dos elétrons é nulo, e Efeito Zeeman
zero. Como no átomo de sódio o spin não é nulo, o modelo escolhido se baseia no
∆𝐸 = − µ𝑧 × 𝐵 (1)
µ𝐵
µ ·µ= − ħ
[𝐿 · 𝑙 + 2𝑆 · 𝑠] (2)
5
Porém, por conta de interações spin-órbita, os momentos angulares S e L
µ𝐵
µ𝐽 = − ħ𝐽
(3𝐽² + 𝑆² − 𝐿²) (3)
Porém, o valor de µ que vai interagir com o campo magnético (cuja direção é
na mesma direção que µj (por conta do fator gs ser diferente de gl), mas o seu vetor
𝐽𝑍
µ𝑍 = (µ𝑗 · 𝑧) = [µ𝑗 · ( 𝐽
)] (4)
Assim:
µ𝐵
µ𝑧 · 𝐽² = − ħ
[𝐽𝑍 (3𝐽² + 𝑆² − 𝐿²)] (5)
𝐽𝑍
µ𝑍 = − 𝑔µ𝑍 × ħ
(6)
Onde
𝑗(𝑗+1)+𝑠(𝑠+1)−𝑙(𝑙+1)
𝑔=1 + 2𝑗(𝑗+1)
(7)
∆𝐸 = 𝑔µ𝐵𝐵𝑚𝑗 (8)
Logo:
µ𝐵
∆ω = ℎ
· 𝑔𝑚𝑗 · 𝐵 (9)
6
Em que B é o campo magnético aplicado, e 𝑚𝑗 = − 𝐽, − 𝐽 + 1, ..., + 𝐽.
Até agora, nós apresentamos apenas o caso geral de um átomo com número
atômico n. Restringindo o caso para o sódio que possui 11 elétrons, sendo, entre
eles, apenas um elétron de valência (também chamado de elétron ótico), temos que
1 3
o estado P (Na⁺) está separado em um dubleto J = 2
e J = 2
, por conta de sua
influência de um campo magnético, cada um dos três níveis (²S, ²P1/2, e ²P3/2) é
átomo de sódio. Nesta figura podemos ver claramente o desdobramento das linhas
7
espectrais. Também está sendo representado (juntamente com as estruturas de
1 𝐵
∆π = 3
µ𝐵 · ℎ
= 4. 6 𝐺𝐻𝑧/𝑇 (10)
𝐵
∆σ1± = µ𝐵 · ℎ
= 14 𝐺𝐻𝑧/𝑇 (11)
5 𝐵
∆σ2± = 3
µ𝐵 · ℎ
= 23. 3 𝐺𝐻𝑧/𝑇 (12)
2 µ𝐵
∆π = 3
𝐵· ℎ
= 9. 3 𝐺𝐻𝑧/𝑇 (13)
4 µ𝐵
∆σ1± = 3
𝐵 · ℎ
= 18. 6 𝐺𝐻𝑧/𝑇 (14)
de [2].
8
O desenvolvimento em etapas das equações acima podem ser encontrados
em [3].
Por fim, vale ressaltar que, conforme [1], a observação do Efeito Zeeman
feita a partir de um valor de campo mínimo, Bcrítico, pois, para campos menores, a
largura (breadth) das linhas de emissão é maior que a separação das linhas de
absorção.
Para a execução final do experimento, foi utilizada uma bobina (1) fornecida
Pernambuco. Ela contém 2 núcleos de ferro, cuja distância pode ser ajustada, e para
a condução de todas as medidas aqui apresentadas, foi utilizada uma distância entre
escolhida por ser a menor possível para a qual a chama ainda passava
completamente, sem ser muito desviada para os lados, garantindo uma boa
números-indicadores.
uma corrente de 40A, que pode ser ajustada na fonte. Para medir o campo
voltagem foi variada de 0V a 10V e, para cada valor de voltagem, foi medida a
intensidade de campo magnético. Dessa forma, foi possível saber o valor do campo
bobina se deu por motivos técnicos, já que o ajuste de voltagem tinha uma escala
maior, o que possibilitou ao grupo fazer ajustes finos durante o experimento com o
Para fazer uma chama estável, foi utilizado um bico de bunsen (3),
alimentado por um botijão de gás de 2kg (2). A medida da intensidade luminosa foi
pressão, juntamente com a sua fonte de tensão e reator/ignitor (4) foi fornecida pelo
linear foi colocado em um suporte (7) na frente da saída de luz da lâmpada, e por
fim também foi utilizado um fio de níquel-cromo (5) para segurar o sal de cozinha (9)
em frente à chama.
que ela esquentasse por pelo menos 10 minutos (visando obter a máxima
da bobina, de forma que a sua chama passasse completamente por eles. O fio de
depois passado no sal para então ser colocado em um suporte que mantinha-o um
pouco acima do bico, mas ainda abaixo do espaço entre os núcleos, de forma que
toda a chama que passava pelos núcleos estava no espectro do sódio, e esse
processo era repetido toda vez que um novo “set” de medidas era feito (ou seja, a
cada 11 medições de intensidade por campo), para garantir que a chama estaria
bobina e o anteparo era de 53 cm. Por mais que fosse interessante aproximar mais
natureza difusa da lâmpada, e não poderia ser feita sem o uso de lentes. Era
importante manter uma distância considerável entre o sensor e a chama, para que a
Para obter os dados da intensidade para cada valor de campo com o sensor
da Thorlabs, utilizamos uma função estatística que faz 2000 medições durante
da voltagem na bobina era alterado e mais uma medição era tomada. Foram feitas
polarizada e por fim um set de controle, variando o campo com a chama na frente
sem sal. Por conta de uma breve queda de tensão na lâmpada, alguns dados
amplo, de forma que não faz uma boa sombra quando colocada na frente da
utilizadas não eram poderosas o suficiente para coletar dados. Além disso, se
fazer com que o fogo saia da região do campo magnético, fazendo com que
nossas medidas: Para conseguir observar o efeito, é necessário ter uma fonte
fogo. Dessa forma, só foi possível observar qualquer efeito quando nós
bastante estável.
campo magnético enquanto se conduzia o experimento (já que ele não podia ser
magnético para cada voltagem aplicada na bobina (cujo campo remanescente vale
considerável na emissão da lâmpada de sódio faz com que não seja possível
intensidades mais baixas, pois nesse regime a separação das linhas de absorção
devido ao Efeito Zeeman ainda é menor do que a largura de cada linha de emissão.
campo torna-se linear e bastante visível. Por isso, foi escolhido uma função de fitting
analisada é para um campo B > Bcrítico para determinar o valor médio da separação
será analisado para fazer uma estimativa da largura de linha média do espectro de
emissão da lâmpada.
Figura 10. Gráfico 1: Potência luminosa no sensor em função do campo para a luz
Figura 11. Gráfico 2: Potência luminosa no sensor em função do campo para a luz
que nos interessa nesse caso é o “k2”, que descreve a inclinação do gráfico. Neste
domínio (B > Bcrítico), a quantidade de luz absorvida pela chama diminui com o
com polarização π. Os dados com a luz não-polarizada não tiveram um R² tão alto
quanto os polarizados, o que faz sentido considerando que ele age como se
mostrar que o efeito observado é devido de fato à interação do sódio com o campo
magnético, e não uma variação da chama provocada pelo campo, já que eles não
Por fim, é relevante notar que o valor do campo mínimo (Bcrítico) para observar
uma diminuição na absorção da luz pelo sódio pode ser combinado com o modelo
separação com o campo (equações 10, 11, 12, 13 e 14), obtemos um valor médio
temos uma separação média de (9.3 ± 0.9) GHz para conseguir observar o Efeito
Zeeman. Isso significa que a largura das linhas de emissão da lâmpada está nessa
ordem de grandeza. Esse valor é compatível com outras medições feitas por
autores como Hon. R. J.; Strutt [1], que mediu um valor de separação entre 0.02nm
26GHz. Logo, a estimativa tomada configura uma boa estimativa, já que o valor
exato obtido depende da fonte de luz usada, impurezas, entre outros, além de que
V. CONCLUSÃO
17
No decorrer desse relatório, foi possível construir um experimento que
linear a partir de um valor crítico de campo magnético, assim como o esperado pelo
modelo teórico, já que a separação das linhas de absorção é linear com o campo
polarização sigma do que nas de polarização pi, o que é coerente com o modelo
teórico, onde as emissões pi têm uma separação mais fraca com o campo. Também
foi possível utilizar o valor de Bcrítico para estimar a largura das linhas de emissão da
Por outro lado, não foi possível encontrar uma forma direta de relacionar a
absorção (quantidade usada no modelo teórico), ou seja, por mais que tenha sido
possível observar o Efeito Zeeman qualitativamente, não foi possível obter de forma
analítica uma medida das separações das linhas em frequência, para que fosse
possível compará-la com o modelo teórico, e nem foi possível obter um modelo
em função do campo.
Assim, além de tomar dados com lâmpadas de intensidade mais alta ou utilizar
18
lentes para melhorar a intensidade que atinge a chama, também seria interessante
ainda mais alta para medir a dependência de cada transição específica com o
campo.
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[4] MOMIER, Rodolphe; PAPOYAN, Aram V.; LEROY, Claude. Sub-Doppler spectra
of sodium D lines in a wide range of magnetic field: theoretical study. Journal of
Quantitative Spectroscopy and Radiative Transfer, v. 272, p. 107780, 2021.
Disponível em: https://arxiv.org/pdf/2104.14896. Acesso em: novembro de 2023.