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MOSSORÓ/RN
2021
1. INTRODUÇÃO
No que tange o estudo relacionado a transmissão e distribuição de energia
elétrica, far-se-á necessário que esta seja dimensionada de maneira tal que seu
planejamento seja o mais fidedigno possível, prevendo possíveis compensações ou
alterações nessas linhas de transmissão, bem como o emprego de componentes que
realizem a conversão de energia, de potência, de corrente elétrica, tensão e entre outros
parâmetros.
Um retificador, segundo Hart (2012), é um equipamento capaz de converter uma
corrente CA em CC, com finalidade de produzir uma saída que é puramente contínua ou
uma forma de onda de tensão ou corrente que possui uma componente CC especificada.
Um retificador trifásico pode tanto converter a energia de geração para uma LT, como
também retificar a energia elétrica trifásica para alimentar determinados aparelhos
eletrônicos que dependem dessa conversão para seu funcionamento.
Como se tem vários modelos de retificadores trifásicos adota-se o modelo de
retificador trifásico não controlado de ponto médio com carga resistiva para se efetuar o
referido estudo sobre essa modelagem de circuito. Tal retificador assemelhasse a um
conjunto de retificadores monofásicos de meia onda, com cada diodo ligado em cada
fase desse sistema. A utilização do diodo é o que caracteriza esse modelo ser não
controlado, visto que esse semicondutor permite a passagem da corrente em apenas um
sentido, sem qualquer tipo de chaveamento que permita a interrupção desse dispositivo
ou o controle deste. Dessa maneira, o circuito desse tipo de retificador é mostrado
adiante:
Figura 1 – Retificador trifásico não controlado de ponto médio e carga resistiva.
2. DESENVOLVIMENTO
De acordo com o script do projeto, a tensão de entrada CA será de 220 V rms –
60hz e a potência de saída – na carga – será igual ao produto entre os dois últimos
números da matricula de quem redige esse artigo por 10. Assim sendo, a potência
utilizada será de 840 W. Logo, a fim de se obter a resistência que será utilizada, é
necessário saber o valor da tensão média a qual essa carga está sendo submetida.
Segundo Barbi (2005), a expressão algébrica para se obter o valor de tensão média na
carga é mostrado na Equação 1:
(1)
1 𝑇
𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴: 𝑉𝐿𝑚é𝑑 = ∫ 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜 sin(𝜔𝑡) 𝑑(𝜔𝑡) ∴ 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 = √2𝑉𝑅𝑀𝑆𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
𝑇 0
3 5𝜋/6
𝑉𝐿𝑚é𝑑 = ∫ √2 ∗ 𝑉𝑅𝑀𝑆𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 ∗ sin(𝜔𝑡) 𝑑(𝜔𝑡)
2𝜋 𝜋/6
Desenvolvendo essa integral, tem-se:
3 ∗ √3 ∗ √2 ∗ 𝑉𝑅𝑀𝑆𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
𝑉𝐿𝑚é𝑑 =
2∗𝜋
O valor de tensão eficaz na carga é dado por:
1 𝑇
𝑉𝑅𝑀𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = √ ∫ [𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 sin(𝜔𝑡)]2 𝑑(𝜔𝑡)
𝑇 0
Desenvolvendo-a, tem-se:
3 5𝜋/6
𝑉𝑅𝑀𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = √ ∫ [𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒 ∗ sin(𝜔𝑡)]2 𝑑(𝜔𝑡)
2𝜋 𝜋/6
3 ∗ √3 ∗ √2 ∗ 220
𝑉𝐿𝑚é𝑑 = = 257,299 ≅ 257,30 𝑉
2∗𝜋
𝑉𝑅𝑀𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 0,84 ∗ √2 ∗ 220 ≅ 261,35 𝑉
Logo, para encontrar o valor referente ao resistor empregado nesse projeto
utiliza a Equação 2 a seguir:
(2)
𝑉𝑅𝑀𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ² 𝑉𝑅𝑀𝑆𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ² 261,35²
𝑃= ∴ 𝑅= = = 81,315 Ω
𝑅 𝑃 840
De acordo com a tabela de resistores comerciais da Figura 3, utiliza-se o resistor
de 82 Ω.
𝐼𝐿𝑚é𝑑 3,1378
𝐼𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜 = = = 1,045 𝐴
3 3
Ainda através de Barbi (2005), tem-se que o valor eficaz da corrente em cada
diodo é dada pela Equação 4:
(4)
3 5𝜋/6 𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
𝐼𝑅𝑀𝑆𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜 =√ ∫ [ ∗ sin(𝜔𝑡)]2 𝑑(𝜔𝑡)
2𝜋 𝜋/6 3∗𝑅
1 5𝜋/6 √2𝑉𝑅𝑀𝑆𝑓𝑜𝑛𝑡𝑒
𝐼𝑅𝑀𝑆𝑑𝑖𝑜𝑑𝑜 = √ ∫ [ ∗ sin(𝜔𝑡)]2 𝑑(𝜔𝑡)
2𝜋 𝜋/6 𝑅
4. CONCLUSÕES
Como visto anteriormente, através dos resultados obtidos, pode-se ver graficamente o
comportamento pulsante da forma de onda da tensão e da corrente na carga, devido ao
comportamento das tensões trifásicas e dos diodos em condução, onde cada pulso é
ocasionado pela condução, em seu referido tempo, de cada um dos diodos utilizados em
cada fase desse sistema.
Nota-se que na condução do diodo na Figura 7, a forma de crista dupla se
explica pelo fato de que quando em condução o diodo ideal comporta-se como um fio,
não possuindo assim tensão, e enquanto esse está bloqueado pela condução dos demais
diodos, sua forma de onda de tensão é a sobreposição das tensões das outras fases, com
amplitude maior devido a frequência dos pulsos ser três vezes a freqüência de cada
fonte, logo 180 Hz.
É também perceptível que tanto corrente como tensão, na carga, possuem o
mesmo comportamento gráfico, estando assim ambas em mesma fase de ângulo. Todo
esse comportamento justificado, também, pela condução individual de cada diodo.
Através dos comportamentos observados nos espectros de corrente e tensão na
carga é possível constatar que a maior parcela atribuída está nas primeiras harmônicas,
já na corrente de entrada, aquela vista dos diodos, possuem diversas contribuições
iniciais devidos seu comportamento de condução e bloqueio presentes no circuito.
Dessa forma, concluindo o referido trabalho constatando que tanto os valores obtidos
algebricamente como aqueles encontrados através da simulação no PSIM estão
condizentes com o estudo, por apresentarem proximidade e igualdade em seus valores.
5. REFERENCIAS