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6.1 OBJETIVO
6.2 MATERIAL
6.3 FUNDAMENTOS
Chamamos de LED (do inglês: Light Emitting Diode), Figura 6.1, os diodos que emitem luz quando
percorridos por uma corrente elétrica. Como num diodo comum, a passagem de corrente elétrica só é
significativa quando o LED é polarizado no sentido direto, isto é, do anodo para o catodo. Internamente há
uma barreira de potencial designada de Eg. Se a diferença de potencial aplicada ao LED for menor do que o
mínimo necessário para que os elétrons vençam essa barreira, não haverá condução. Somente quando a
energia fornecida pela fonte de tensão aos elétrons for pelo menos igual à energia da barreira, teremos
condução. Ao vencerem a barreira de potencial os elétrons podem decair, num processo chamado de
recombinação, liberando a diferença de energia envolvida que é convertida em energia do fóton. Nessa
condição ocorre a emissão de luz.
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Igualando a energia fornecida pela fonte de tensão aos elétrons com a energia da barreira, temos
então:
eV = Eg (6.1)
hυ = Eg (6.2)
eV = hυ (6.3)
Na prática, traçaremos uma curva I versus V para cada LED. Esta curva tem a forma geral mostrada
na Figura 6.2. Para cada curva determinaremos o valor Vext (ext = extrapolado) obtido por extrapolação ao
traçar uma reta tangente à porção linear na parte final da curva, sendo Vext o valor de V para o qual a reta
tangente corta o eixo horizontal. Consideraremos então:
h
Vext = (6.4)
e
A luz emitida por um LED é praticamente monocromática, sendo a cor dependente do cristal e da
impureza de dopagem com que o componente é fabricado. O LED que utiliza o arseneto de gálio (GaAr)
emite radiações infra-vermelhas. Dopando-se com fósforo, a emissão pode ser vermelha ou amarela, de
acordo com a concentração. Utilizando-se fosfeto de gálio com dopagem de nitrogênio, a luz emitida pode
ser verde ou amarela. Hoje em dia, com o uso de outros materiais, consegue-se fabricar LED’s que emitem
luz azul, violeta e até ultra-violeta. Existem também os LED’s brancos, mas esses são geralmente LED’s
emissores de cor azul, revestidos com uma camada de fósforo do mesmo tipo usado nas lâmpadas
fluorescentes, que absorve a luz azul e emite a luz branca. Com o barateamento do preço, seu alto
rendimento e sua grande durabilidade, os LED’s estão se tornando ótimos substitutos para as lâmpadas
comuns, e devem substituí-las a médio ou longo prazo. Existem também os LED’s brancos chamados RGB
que são formados por três "chips", um vermelho (R de red), um verde (G de green) e um azul (B de blue).
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6.4 PROCEDIMENTOS
1.1 Utilizando a placa de circuito com LEDs e resistor, conecte uma fonte de tensão contínua regulável
(inicialmente a fonte de tensão deve estar regulada com uma tensão de saída de 0V) de modo a formar o
circuito da Figura 6.3. Utilize inicialmente o LED azul (numero 1). Aumente lentamente a tensão da
fonte até que o LED acenda e tenha um brilho satisfatório.
1.2 Monte o arranjo experimental como indicado na Figura 6.4 e anote a distância entre a Rede de difração e
a régua, L = ___________ (sugerimos uma distância L de pelo menos 1,0 m).
1.3 Observando a luz do LED através da rede de difração localize a posição de dois máximos de mesma
ordem, um a direita e o outro a esquerda do LED. Determine a distância entre esses máximos (dê
preferência a ordens maiores quando for possível). Anote a ordem e a distância entre os máximos.
1.4 Determine o comprimento de onda do LED sabendo que, dsen = m, onde m é o número da ordem, d é
o espaçamento da rede, e θ o ângulo entre o raio central e o raio que vai da rede ao máximo de ordem m.
1.4 Repita os procedimentos acima para os outros LEDs. Tenha o cuidado de só ligar a fonte de tensão com
a tensão inicial regulada em 0V, para não queimar o LED.
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PROCEDIMENTO 2: Levantamento da Curva I versus V de um LED.
2.1 Monte o circuito da Figura 6.5 para levantar a curva I versus V de um LED. Utilize o LED vermelho
(numero 4) e o resistor da placa de circuito impresso fornecida. Utilize uma fonte de tensão contínua e
tenha o cuidado de não aplicar uma tensão que possa produzir uma corrente maior do que 15 mA.
2.2 Anote os resultados na Tabela 6.2. Procure anotar em intervalos menores os valores de tensão e corrente
em torno do limiar de condução.
3.1 Ajuste o Gerador de Funções para onda senoidal, 2Vpp e 1 kHz; como indicado:
Wave -------- 1
Range ----------- 4
em seguida pressione Run
Ajuste a freqüência (FADJ) e a amplitude (AADJ) para os valores indicados acima. Para ajustar a
amplitude em 2 Vpp você deve visualizar o sinal do Gerador de Funções no osciloscópio. Você deve ajustar
o sinal do Gerador de Funções observando-o no Osciloscópio pois o valor da amplitude indicado no visor do
Gerador de Funções, em geral, é bem diferente do valor real mostrado no osciloscópio. Você pode confiar no
valor da freqüência indicado no Gerador de Funções.
3.3 Faça as ligações entre a placa com LEDs, o Gerador de Funções e o Osciloscópio como mostra a Figura
6.6. Reduza a amplitude do sinal do Gerador de Funções para um valor mínimo. No eixo X (CH 1)
conecte a tensão sobre o LED e no eixo Y (CH 2) a tensão sobre o resistor (a tensão no eixo Y
corresponde indiretamente a corrente no LED).
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Figura 6.6. Circuito e arranjo experimental.
3.4 Para cada LED indicado na Tabela 6.3 observe a curva da “corrente” versus tensão no osciloscópio.
Antes de conectar o LED seguinte ao Gerador de Funções reduza ao mínimo a amplitude do sinal do
Gerador de Funções. Verifique antes de cada medida se a origem dos sinais mostrados pelo
osciloscópio está bem centralizada, para isso pressione GND nos canais 1 e 2 (ajuste se necessário o
ponto luminoso para o centro da tela). Varie ligeiramente a amplitude da tensão fornecida pelo Gerador
de Funções de modo a localizar o potencial Vext a partir do qual o LED passa a conduzir. Anote essa
tensão na Tabela 6.3.
3.5 Baseado nos valores do comprimento de onda da luz emitida pelo LED calcule a freqüência
correspondente.
Tabela 6.3. Resultados Experimentais.
LED Cor Vext (V)
1
2
3
4
5
6.5 QUESTIONÁRIO
1- Faça o gráfico de I (mA) versus V (V) com os dados obtidos para o LED vermelho.
3- Determine a constante de Planck pelo gráfico da questão anterior e compare com o valor da literatura.
4- Baseado no valor de Vext , obtido para o LED infravermelho, determine a freqüência e o comprimento de
onda emitido pelo mesmo.
5- Qual a tensão mínima necessária para polarizar um LED que emitisse luz na cor violeta com
comprimento de onda de 420 nm? (supondo naturalmente que tal LED possa ser produzido). Use a
constante de Planck da literatura.
6- Que cor emitiria um LED que passasse a conduzir apenas sob uma tensão de 2,2 V ou maior? Use a
constante de Planck da literatura.
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Gráfico de I (mA) versus V (V) para o LED vermelho.
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