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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS SOBRAL - CE
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: ELETRÔNICA ANALÓGICA
PROFESSOR: DOUGLAS
AQUINO

PRÁTICA 05

RETIFICADORES

Luciano Aguiar Trévia Júnior


Matrícula: 375196

Marivalto Cavalcante Almedia Júnior


Matrícula: 379104

Rodolfo Alberto Camurça Martins


Matrícula: 375207

Sobral

2018
O relatório apresentado pretende informar e
dissertar acerca dos fatores práticos e teóricos da prática
de retificadores dessa forma contribuindo para a fixação
do assunto abordado e prova da realização da atividade.

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 3
2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 5
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 6
4. RESULTADOS ...................................................................................................... 10
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 12

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1. INTRODUÇÃO

Se uma tensão varia seu valor e polaridade ao longo do tempo, chamamos de tensão
alternada. O seu comportamento pode variar de diversos tipos de onda: senoidal, quadrada e
triangular. Porém, iremos analisar apenas as ondas do tipo senoidal, por conta de ser a forma utilizada
na alimentação de industrias e residências.
A tensão alternada (V(t)) de forma senoidal, é definida por:

𝑉(𝑡) = 𝑉𝑚 cos⁡(𝜔𝑡 + ⁡ 𝜃𝑣 )
Onde:
𝑉𝑚 = Valor máximo da tensão ou valor de pico da tensão;
ω = Frequência angular;
𝜃𝑣 = Ângulo de defasagem da tensão.
Podendo ser representado pelo fasor:
𝑉(𝑡) = 𝑉𝑚 ∠𝜃𝑣
Quando uma tensão alternada é ligada a uma impedância, forma uma corrente elétrica, que
da mesma forma da tensão, também é alternada e, portanto, possui a mesma forma equacional da
tensão:
𝐼(𝑡) = 𝐼𝑚 cos⁡(𝜔𝑡 + ⁡ 𝜃𝑐 )
Onde:
𝐼𝑚 = Valor máximo da corrente ou valor de pico da corrente;
ω = Frequência angular;
𝜃𝑐 = Ângulo de defasagem da corrente.
Podendo ser representado pelo fasor:
𝐼(𝑡) = 𝐼𝑚 ∠𝜃𝑐
Um dos elementos mais utilizados em eletrônica é o diodo e sua principal aplicação é na
retificação. A principal característica de um diodo é permitir a passagem de corrente em apenas um
sentido, no qual flui do ânodo, que é o polo positivo do diodo, para o cátodo, o polo negativo do diodo.
Os retificadores são dispositivos que permitem transformar corrente alternada em corrente
continua, onde se mantém apenas um semiciclo da senoide. Os retificadores são a parte do circuito
onde vai retificar a onda para complementar a alimentação da carga, basicamente são quatro diodos,
dois para conduzir a corrente e dois para bloquearem a corrente, transformando assim a corrente
alternada em corrente continua.

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FIGURA 1: CIRCUITO RETIFICADOR

FONTE: https://www.mundodaeletrica.com.br/diodo-retificador-o-que-e-pra-que-serve/
Também existe o retificador de meia onda no qual é utilizado apenas um diodo, que remove
metade do sinal de corrente alternada e transforma em corrente continua. Como na figura abaixo:
FIGURA 2: CIRCUITO RETIFICADOR DE MEIA ONDA

FONTE: https://www.eecis.udel.edu/~portnoi/academic/academic-files/retificador-onda-completa.html
Após a retificação o sinal das ondas fica o seguinte:
FIGURA 3: ONDAS RETIFICADAS

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rectified_waves.png

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2. OBJETIVOS

 Conhecer o funcionamento de diodos;


 Montar a topologia de retificadores (meia onda e onda completa);
 Comparar as topologias experimentalmente.

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3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

MATÉRIAL NECESSÁRIO: Fonte de tensão continua, resistores, diodos, protoboard e


osciloscópio.
PARTE A – Retificador de meia onda.
Para iniciar a pratica, pegamos todo o material necessário, e com uma resistência de 1𝐾Ω,
montamos o seguinte circuito abaixo, utilizando como alimentação uma tensão senoidal de entrada
34𝑉 pico a pico e uma frequência de 60𝐻𝑧.
FIGURA 4: RETIFICADOR DE MEIA ONDA

FONTE: Próprios Autores


A tensão de saída calculada foi 5,32V e uma tensão sobre o diodo de 5,30V é um valor muito
próximo do valor teórico. Como o novo valor de Vpp é igual a 17V temos:
𝑉𝑝𝑝 17
𝑉𝑐𝑐 = = = 5,4𝑉
𝜋 𝜋
Agora com o auxílio do osciloscópio, podemos verificar o formato de onda tanto na entrada, como
na saída. Como temos uma alimentação senoidal, e o diodo só conduz a corrente em um sentido,
quando a tensão da fonte passa para valores negativos a corrente inverte seu sentido, e o diodo entra
em corte funcionando como um circuito aberto. Com isso obtemos a seguinte onda
FIGURA 5: VISUALIZAÇÃO DA ONDA NO OSCILOSCÓPIO

FONTE: Próprios Autores


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Assim podemos observar que a tensão de pico a pico da fonte, que inicialmente era de 34⁡𝑉,
teve seu valor reduzido para 17,2⁡𝑉. Se o diodo fosse ideal, ele cairia pela metade, pois esse 0,8⁡𝑉 de
falta e devido à queda de tenção no diodo.

PARTE B- Retificadores de onda completa


Para iniciar com essa parte ao fazer o retificador de onda completa, escolhemos um resistor
de 1kΩ e montamos o circuito a seguir:
FIGURA 6: RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA

FONTE: Próprios Autores


Aplicamos novamente uma tensão de 34𝑉 pico a pico senoidal de 60⁡𝐻𝑧. Como a entrada e senoidal,
não precisamos colocar no osciloscópio, pois já sabemos seu formato de onda, assim pegamos o
formato de onda sobre um diodo e o formato de onda sobre o resistor, com isso obtemos os seguintes
gráficos.
FIGURA 7: VISUALIZAÇÃO DA ONDA NO OSCILOSCÓPIO

FONTE: Próprios Autores


A tensão de saída, 10V e uma tensão sobre o diodo de 5,1V. E possível notar que sobre um diodo
temos um retificador de meia onda, e através de toda a combinação dos 4 diodos conseguimos um
retificador de onda completa.
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Para continuar com nossas analises do circuito, colocamos um capacitor de 1𝑢𝐹 em paralelo
com a resistência, e dessa forma montamos o circuito abaixo:
FIGURA 8

FONTE: Próprios Autores


Aplicamos a mesma tensão dos exemplos anterior, um sinal senoidal de entrada com 34𝑉 pico
a pico e uma frequência de 60⁡𝐻𝑧, assim obtemos um valor de tensão de saída de 14,6V e uma tensão
sobre o diodo de 1,80V, que é um valor muito próximo ao valor teórico.
Vcc= Vp / [1 + 1/(2 * R * f * C) ] = 12,3V.
Como o capacitor vai ficar carregando e descarregando, visto que estamos fazendo uma
alimentação através da senoide que foi retificada, e esperado que o capacitor faça com que no
momento que a tenção começar a diminuir o capacitor comece a fornecer tensão ao circuito, fazendo
com que essa tensão decresça mais lentamente.
FIGURA 9: VISUALIZAÇÃO DA ONDA NO OSCILOSCÓPIO

FONTE: Próprios Autores

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Essa onda em azul, representa a tensão sobre o capacitor que é o sinal já retificado que passou
por um filtro capacito, é uma tensão quase que continua. O capacitor também influencia no diodo,
como vemos na onda amarela, isso se dá pelo fato do capacitor está carregado e o diodo sai da sua
zona de corte mais rápido.

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4. RESULTADOS

a) Explique a principal diferença observada nos dois circuitos montados. Cite as


vantagens/ desvantagens de cada topologia.
Percebe-se que o retificador de meia-onda apresenta usa apenas um semiciclo da tensão
fornecida quando filtra a onda de corrente alternada, enquanto o de onda completa usa os dois
semiciclos.
A principal vantagem do retificador de meia-onda é que ele necessita de somente um diodo
para ser construído, ou seja, o baixo número de componentes utilizados e sua facilidade na montagem
do circuito. A principal desvantagem é que ele produz muito ruído para o circuito e aproveita apenas
um semiciclo da onda gerada pela fonte de tensão.
O retificador de onda completa consegue aproveitar os dois semiciclos da onda de tensão o
que torna a filtragem mais simples e eficiente, há também um certo isolamento dos estágios anteriores
da fonte o que facilita seu uso em conexões diretas na rede com relativa segurança. A desvantagem
aparece no ponto de queda de tensão do retificador já que quando a corrente atravessa um diodo,
ocorre uma queda de tensão no mesmo, isso inviabiliza seu uso em válvulas retificadoras pelo fato de
apresentarem altas quedas de tensão da ordem de 20V a 60V.

b) Quais as observações que foram feitas com relação a tensão e corrente sobre os diodos
nas duas topologias?
No retificador de meia onda ele corta a tensão alternada no meio e apresenta para o circuito
somente um semiciclo da onda, o que gera ruído no circuito.
No retificador de onda completa, há uma queda de tensão quando a corrente passa pelos
diodos que as vezes pode prejudicar a aplicação do circuito devido a elevadas perdas de tensão, porém
ele consegue retificar a onda com mais segurança e economia do que o de meia onda já que gera dois
semiciclos de onda de tensão.

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5. CONCLUSÃO
Com a aplicação da prática foi possível perceber a viabilidade, vantagens e
desvantagens dos retificadores de meia-onda e de onda completa. Ao montar os circuitos foi
possível perceber que eles diferem também em complexidade de montagem. Os cálculos
aprendidos nas aulas teóricas foram úteis para determinar como o circuito deveria funcionar e
foi possível perceber apenas alterações pequenas devido ao meio físico e interferências
diversas.

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REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

Mundo da elétrica. O que é um diodo. Disponível em < https://www.mundodaeletrica.com.br/oque-


e-um-diodo/> . Acesso em 18 de maio de 2018.

Circuitos Retificadores: Fontes e Esquemas . Disponível em


<https://athoselectronics.com/circuitos-retificadores/> . Acesso em 19 de maio de 2018.

Circuitos Retificadores. Disponível em


<https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=1791037>. Acesso em 19 de maio de 2018.

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