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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Escola das Ciências da Vida e do Ambiente

Bioengenharia

Eletrónica
Professor: Salviano Soares

Relatório do Trabalho Prático nº4 – Fonte de alimentação linear


Retificador de onda completa (parte B)

Ana Beatriz Sousa Lourenço Pereira nº75902


Ana Rita Correia Pereira nº75819
Lara Joana Teixeira Carvalho nº76447
Maria Loureiro Pinto nº77168

2022/2023

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Índice:
1- Introdução ………………………………………………………..……….… 3
2- Material ……………………………………………………………...….… 3-4
3- Resumo ………………………………………………………...….…....… 4-7
4- Procedimento …………………………. ……………………………....….... 7
5- Resultados ……………………………………………………………..……. 8
6- Discussão de resultados………………………………...…………....……… 9
7- Conclusão………………………………...………………………….……… 9

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1- Introdução:
O objetivo deste trabalho prático é explorar o uso de uma ponte de díodos para
criar um retificador de onda completa, visando construir uma fonte de alimentação
linear.

2- Material:
 Resistências:

 1 de 10 kΩ

 Condensadores:

 1 de 10 μF
 1 de 100 μF

 Díodo:

 4 de 1N4148

 Regulador de tensão:

 1 de LM7805

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 Uma placa de experiências (RH21 ou similar)

 Fios de diversas cores

3- Resumo:
O díodo semicondutor é um elemento ou componente eletrónico composto de cris-
tal semicondutor de silício ou germânio numa película cristalina cujas faces opostas
são dopadas por diferentes materiais durante sua formação, que causa a polarização
de cada uma das extremidades.

O díodo é um componente elétrico que permite que a corrente atravesse mais facil-
mente em um determinado sentido do que no sentido oposto. O tipo mais comum de
díodo é o díodo semicondutor, embora existam outras tecnologias disponíveis. Nos
diagramas esquemáticos, os díodos semicondutor são representados como na figura
abaixo. O termo "díodo" é normalmente utilizado para dispositivos que operam com
sinais de baixa intensidade, com correntes iguais ou inferiores a 1 A.

A polarização do díodo é dependente da polarização da fonte de alimentação.


Quando o polo positivo da fonte de alimentação está conectado ao lado do cristal P
do díodo (conhecido como ânodo) e o polo negativo da fonte de alimentação está co-
nectado ao lado do cristal N do díodo (conhecido como cátodo), dizemos que o díodo
está polarizado diretamente.

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Quando a tensão da fonte de alimentação é maior do que a tensão interna do díodo,
os portadores livres são repelidos devido à polaridade da fonte e conseguem atraves-
sar a junção P-N, movendo-se e permitindo a passagem da corrente elétrica. Isso é
conhecido como polarização direta.

Por outro lado, quando se verifica o contrário, ocorre a polarização inversa. Nesse
caso, há uma atração das lacunas do lado do ânodo (cristal P) devido à polarização
negativa da fonte de alimentação e uma atração dos eletrões livres do lado do cátodo
(cristal N) devido à polarização positiva da fonte de alimentação. Isso resulta no blo-
queio do fluxo de portadores livres na junção P-N, impedindo a passagem da corrente
elétrica.

Devido às características dos díodos fabricados, eles não são ideais e apresentam
certa resistência, muito baixa e quase desprezível, durante a condução de corrente
elétrica quando estão polarizados diretamente.

Por outro lado, quando estão polarizados inversamente e bloqueiam a corrente elé-
trica, não há um bloqueio total devido à presença de impurezas. Isso resulta em uma
pequena corrente, conhecida como corrente de fuga, que é conduzida na ordem de
micro amperes. No entanto, essa corrente de fuga também é considerada quase des-
prezível.

Um retificador de onda completa pode ser visualizado como a combinação de dois


retificadores de meia onda, posicionados um de costas para o outro. Cada retificador
de meia onda é responsável por retificar um semiciclo da forma de onda de entrada.
No caso do retificador de onda completa, o primeiro retificador controla o semiciclo
positivo da forma de onda, enquanto o segundo retificador controla o semiciclo alter-
nado.

Por causa do enrolamento do secundário com derivação central, cada circuito de


díodos recebe apenas metade da tensão do secundário. Essa configuração permite que
cada retificador trabalhe alternadamente com a metade da forma de onda, garantindo
a retificação completa da forma de onda de entrada.

Esse tipo de retificador melhora o nível de corrente contínua (CC) a partir de uma
entrada senoidal em 100%, ou seja, a forma de onda retificada será o mais próximo
possível de uma corrente contínua, eliminando a componente negativa da forma de
onda. O circuito empregado para realizar tal função é o que utiliza quatro díodos e
uma ponte.

A tensão de entrada (V1) pode ser tanto a tensão da rede como a do secundário de
um transformador. Observando a tensão senoidal aplicada na entrada, pode-se perce-
ber que durante o semiciclo positivo da tensão de entrada os díodos D2 e D4, estão
polarizados diretamente e os díodos D1 e D3 estão cortados.

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As oscilações que aparecem na tensão sobre a carga, denominam-se “ripple”. Este
ripple de tensão pode ser reduzido com a inclusão de um filtro capacitivo, normal-
mente um condensador eletrolítico de alto valor em paralelo com a carga.

Uma das poucas desvantagens do retificador em ponte é a queda de tensão adicio-


nal por causa do uso de mais díodos, pois enquanto o retificador com derivação cen-
tral perde apenas 0,7 V com relação à onda de entrada, no retificador em ponte os
díodos consomem 1,4 V da tensão inicial.
O retificador em ponte apresenta várias vantagens, que o tornaram um projeto po-
pular:
• Saída em onda completa: O retificador em ponte retifica a forma de onda com-
pleta da tensão de entrada, o que resulta em uma saída de corrente contínua
(CC) mais suave e constante em comparação com o retificador de meia onda,
que retifica apenas metade da forma de onda.
• Tensão ideal de pico: A tensão de pico na saída do retificador em ponte é igual
à tensão de pico do secundário do transformador. Isso significa que o retifica-
dor em ponte utiliza a tensão disponível de forma mais eficiente, proporcionan-
do uma tensão de saída mais próxima da tensão de entrada.
• Não requer enrolamento secundário com tomada central: Ao contrário do retifi-
cador de meia onda, o retificador em ponte não requer um transformador com
enrolamento secundário com tomada central. Isso simplifica o projeto e reduz
os custos de fabricação.
Devido às vantagens acima indicadas, concluímos que o retificador em ponte é am-
plamente utilizado em muitos equipamentos eletrónicos para converter a tensão alter-
nada (CA) da linha de energia em uma tensão contínua (CC), adequada para alimen-
tar dispositivos semicondutores (como componentes eletrónicos simples e circuitos
integrados).

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4- Procedimento:
Selecionamos, no gerador de sinais, uma onda sinusoidal com as seguintes
características:
 Frequência: 50 Hz
 Valor pico-a-pico: 27,5 V
 Valor DC: 0 V

Montamos o circuito da figura, sem o regulador de tensão 7805 e com C1=10 μF, e
registamos o valor do ripple (ripple= Vmax – Vmin). Alteramos o condensador para
10 μF e registamos o valor do ripple.
Por último, montamos todo o circuito da figura1 e recorrendo ao osciloscópio e
medimos o valor de V 0

Figura 1 – Circuito para um retificador de onda completa

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5- Resultados:

Onda de entrada V i (t)

V/div 5,00V
T/div 2,50ms
f (Hz) 100
T(s) 0,010
Máx (V) 10
Min (V) 0
V pp 10V
Eficaz (V) 7,071

Onda de saída V 0 (t )

V/div 5,00V
T/div 2,50ms
f (Hz) 50
T(s) 0,020
Máx (V) 10
Min (V) - 10
V pp 20 V
Eficaz (V) 7,071

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6- Discussão de resultados:
Quando a tensão e de 0,7 V (valor tabelado para o silício) ou 0,3 V (valor tabelado
para o germânio), entre o ânodo e o cátodo conduz. Por outro lado, quando e inferior,
ou quando o ânodo e o cátodo se encontram mal posicionados não conduz.
Essa tensão de condução e conhecida como "tensão de limiar" ou "tensão de corte"
do díodo.
Por outras palavras, quando a tensão direta aplicada ao díodo é inferior a tensão de
limiar, o díodo esta em um estado de bloqueio e não conduz corrente significativa.
Comparando um condensador de 100 μF com um de 10 μF, o condensador de 100
μF descarrega mais lentamente do que o de 10 μF. Isso ocorre devido aos
condensadores armazenarem tensão.

7- Conclusão:
Ao explorar este trabalho prático (subdividido em 3 partes), ajudou nos a
compreender o comportamento do díodos em diferentes polarizações, as vantagens e
aplicações dos retificadores em ponte e até mesmo a importância dos filtros
capacitivos para a redução do ripple.
Vale ressaltar que, temos de ter em atenção, quando trabalhamos com díodos, é
sempre importante consultar as especificações técnicas do componente específico
para obter os valores precisos da tensão de limiar e outras características relevantes.

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